1 Efeito das distorções harmônicas na elevação de temperatura de transformadores a seco Adilson P. Bortoluzzi e Ricardo J. O. Carvalho Resumo—Apesar de existirem vários trabalhos sobre o tema distorções harmônicas, ainda é comum a falta de conhecimento prático sobre o efeito que elas têm sobre os componentes do sistema elétrico. Entre os componentes que mais “sofrem” destaca-se o transformador elétrico. O principal problema apresentado pelos transformadores é o sobreaquecimento. Este estudo faz uma abordagem nas técnicas e normas utilizadas para prever ou calcular este sobreaquecimento bem como apresenta um comparativo, com dados reais, entre os valores de ensaio de elevação de temperatura de um transformador a seco alimentando carga linear, com os dados de elevação de temperatura do mesmo transformador alimentando uma carga não linear. Palavras chave — Distorções harmônicas, Elevação de temperatura de transformador a seco, Fator K. de energia tem ficado abaixo de um mínimo aceitável. No Brasil não se tem normatizado valores máximos admissíveis destas distorções, existe um procedimento aprovado pela ANEEL, que é denominado Prodist módulo 8, porém o módulo apresenta disposições de caráter indicativo, não exigindo obrigatoriedade [1], é comum utilizar a norma IEEE Std 519-1992 [2] como referência. Harmônicas de corrente e tensão causam danos em todo o sistema elétrico, mas um equipamento em particular tem sido alvo desta baixa qualidade de energia, o transformador [3]. A norma IEEE Std C57.110-2008 [4] expõe de maneira clara como se deve calcular a quantidade de sobre corrente a qual o transformador ficará submetido no caso de ser utilizado para alimentar carga não linear. As perdas totais no transformador de acordo com [4] consistem em perdas a vazio e em carga conforme equação abaixo. I. INTRODUÇÃO C OM o aumento da utilização de dispositivos que utilizam semicondutores para controle e acionamento de cargas diversas, o termo carga não linear tem ganhado relevância no meio industrial. A carga não linear é formada pelo dispositivo de controle a base de semicondutores mais a carga. Na maioria dos casos esta carga não linear é caracterizada pela utilização dos conhecidos inversores de frequência usados para controle de cargas diversas (motores, resistências, etc). Na maioria dos casos o inversor é instalado entre a carga e o transformador. Nos últimos anos tem aumentado o conhecimento no meio técnico, sobre os problemas que cargas não lineares causam ao sistema elétrico. Cargas não lineares são caracterizadas por possuírem uma forma de onda de corrente ou tensão não senoidal comumente chamada de harmônicas. As correntes harmônicas circulam no sistema elétrico através dos circuitos de menor impedância geralmente em direção a fonte de alimentação. Correntes harmônicas são correntes que possuem frequências múltiplas da fundamental. Estas correntes harmônicas, circulando através das impedâncias do sistema, causam quedas de tensão e deformações na forma de onda da tensão que são conhecidas como harmônicas de tensão. Com a distorção das formas de onda de corrente e tensão, a qualidade Adilson. P. Bortoluzzi é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Blumenau, Blumenau, SC (e-mail: [email protected]). Ricardo. J. O. Carvalho é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Blumenau, Blumenau, SC (e-mail: [email protected]). Pt = Pv + Pc (1) Onde: Pt = Perdas totais Pv = Perdas a vazio Pc = Perdas em carga Perdas a vazio é devido à tensão de excitação do núcleo. Perdas em carga são devido às perdas ohmicas, I2R mais perdas adicionais. As perdas adicionais podem ser divididas em perdas adicionais nos enrolamentos mais perdas adicionais nas partes metálicas (ferragens, parafusos de fixação do transformador etc.). As perdas em cargas podem ser definidas então como: Pc = I 2 R + Ps + Pf (2) Onde: I2R = Perdas devido à corrente e resistência do enrolamento Ps = Perdas adicionais nos enrolamentos Pf = Perdas nas ferragens, parafusos, etc As perdas devido à resistência do próprio enrolamento são proporcionais ao quadrado da magnitude da corrente, inclusive as componentes harmônicas, mas independente da frequência. Não existem métodos disponíveis para separar as perdas adicionais nos enrolamentos das perdas adicionais restantes, 2 calculam-se as perdas adicionais totais subtraindo-se as perdas ôhmicas das perdas em carga medidas: Ps + Pf = Pc − I 2 R (3) As perdas adicionais nos enrolamentos são devido basicamente ao efeito pelicular, a área útil de condução de um condutor diminui com o aumento da frequência e ao efeito de proximidade, campos magnéticos do condutor de uma espira induzem correntes contrárias na espira vizinha. Estas perdas são proporcionais ao quadrado da corrente de carga e aproximadamente proporcional ao quadrado da frequência. As perdas adicionais, que não as dos enrolamentos, são basicamente perdas nas ferragens e partes metálicas e são devido ao fluxo de dispersão e são proporcionais ao quadrado da corrente, porém não ao quadrado da frequência, a referência [4] sugere que o aumento devido à frequência deve ser a ordem harmônica elevada a um expoente 0.8. Em transformadores a seco o aquecimento das ferragens e partes metálicas pouco contribui para o aquecimento do enrolamento. Um transformador submetido a correntes não lineares as perdas nos enrolamentos devido a I2*R e as perdas adicionais, tem um acréscimo devido ao incremento do valor RMS de corrente causando um sobre aquecimento dos enrolamentos do transformador. As perdas a vazio são devido à tensão de alimentação e podem ser divididas em perdas por correntes parasitas (4), perdas por efeito da histerese (5), e perdas adicionais. W p = 10 −12 π 2 8ρ BM2 f 2 δ 2 l S (4) Onde: ρ é a resistividade do material das lâminas em micro-ohmscentímetro; BM é o valor máximo da indução nas lâminas; f é a frequência da variação do fluxo; δ é a espessura em mm das lâminas; (lS) é o volume em cm3 das lâminas; Wh = 10 −7 µ BM1, 6 f V (5) Onde: µ é o coeficiente de Steinmetz; BM é o valor máximo da indução nas lâminas; f é a frequência da variação do fluxo; V é o volume do material em Cm3; As perdas adicionais no núcleo são presumidas em torno de 10% das perdas por histerese mais perdas por correntes parasitas. Muitos autores desprezam as perdas a vazio para efeito de sobreaquecimento, porém em alguns casos o núcleo pode sofrer um sobreaquecimento capaz de prejudicar os enrolamentos. Nos transformadores a seco de maior potência os enrolamentos ficam afastados do núcleo, por este motivo só um valor considerável de temperatura do núcleo poderá afetar o enrolamento, porém atualmente devido ao aumento da concorrência os fabricantes tendem a explorar os limites das curvas de saturação das chapas de aço silício bem como o limite de condução dos condutores o que faz com que transformadores, principalmente na faixa até 1MVA, tenham um aquecimento do núcleo a vazio considerável e uma queda de tensão interna representativa (regulação de tensão). Nestas faixas de potência o ajuste de tensão é feito baseando-se no valor de tensão da baixa tensão, então quando o transformador está com carga próxima a nominal ocorre uma queda de tensão interna o que muitas vezes faz com que o usuário interprete isso como sendo uma queda proveniente da alta tensão, para solucionar o problema geralmente é alterado o tap primário do transformador fazendo com que o fluxo máximo no núcleo aumente. As perdas por correntes parasitas são proporcionais ao quadrado do fluxo máximo e ao quadrado da frequência e a perda por histerese é proporcional ao fluxo elevado a um expoente entre 1,6 e 2. As distorções de tensão geralmente estão em torno de 5% a 10%, neste cenário o aquecimento do núcleo pode ser um problema e deve ser analisado. Devido ao fato do transformador ser o componente do sistema de potência mais afetado pelas cargas não lineares, ele foi o primeiro a receber um sistema de marcação o qual garante o seu funcionamento normal quando submetido a cargas não lineares, esta marcação é chamada de Fator K. O fator K pode ser definido por : k = I 12 (1) 2 + I 22 ( 2) 2 + I 32 (3) 2 + I 42 ( 4) 2 + ... + I n2 ( n ) 2 (4) Onde: I1 é a relação entre a corrente fundamental e a corrente RMS total. I2 é a relação entre a corrente harmônica de segunda ordem e a corrente RMS total I3 é a relação entre a corrente harmônica de terceira ordem e a corrente RMS total. I4 é a relação entre a corrente harmônica de quarta ordem e a corrente RMS total. In é a relação entre a corrente harmônica de enésima ordem e a corrente RMS total. O fator K define o quanto de conteúdo harmônico um determinado transformador poderá suportar sem ultrapassar seu limite de temperatura. O fator K muitas vezes é interpretado como o quanto de sobre corrente o transformador pode suportar, porém trata-se de uma interpretação equivocada, pois o fator K define o quanto de conteúdo harmônico o transformador pode suportar, ou seja, correntes com vários valores de frequência, diferente de uma sobre corrente somente com frequência de 60 Hz e que consequentemente geram um aquecimento diferente. No Brasil devido à falta de normatização e conhecimento específico, o uso de transformadores com a marcação de fator K ainda é pouco difundida sendo comum a utilização de transformadores normais para aplicações em cargas não lineares. Além do fator K existem outras maneiras de se determinar a capacidade do transformador quando submetido a correntes harmônicas conforme descrito em [4]. Existem estudos publicados sobre o efeito das correntes harmônicas sobre a temperatura dos enrolamentos, porém geralmente o transformador é 3 monofásico e imerso em óleo [5,6], em outros a elevação de temperatura é feita por uma curva de tendência [7]. Esse trabalho apresenta uma avaliação detalhada do efeito, sobre a temperatura de um transformador, quando o mesmo alimenta uma carga linear versus alimentando uma carga não linear, utiliza uma metodologia de aplicação de carga semelhante a casos reais e executa o ensaio de elevação de temperatura de acordo com a norma [8], por fim apresenta os resultados obtidos. O artigo apresenta também uma análise comparativa dos resultados obtidos entre as duas situações de carga. II. APLICAÇÃO DE CARGA A elevação de temperatura foi avaliada com um transformador construído especialmente para o ensaio, em parceria com a empresa Indusul Transformadores [9]. Trata-se de um transformador trifásico a seco cujas características são descritas na tabela 1: TABELA I CARACTERÍSTICAS DO TRANSFORMADOR POTÊNCIA FREQUÊNCIA CLASSE DE TEMPERATURA CLASSE DE 5 KVA 60 HZ F 0,6 KV ENROLAMEN CORRENTE TENSÃO LIGAÇÃO 4,37 A 7,59 A 660 V 380 V ESTRELA III. FORMAS DE ONDA E RESULTADOS Primeiramente foi aplicada uma carga linear de 5000 W, composta por um banco de resistências conforme figura 2 Fig. 2. Esquema de ligação do transformador com carga linear Com auxílio de um osciloscópio foram registradas as formas de ondas conforme figura 3. Com auxílio do Matlab, foi executada uma análise das distorções harmônicas (DH) presentes nas formas de onda de tensão e corrente. O espectro harmônico de tensão é demonstrado na figura 4 e da corrente na figura 5. A análise harmônica da tensão é apresentada na tabela II e da corrente na tabela III, foram apresentados os valores de maior relevância. Onde h é a ordem harmônica, Van e Ia são a tensão e corrente da fase “a” respectivamente e DH é a distorção harmônica individual. Como se trata de um sistema equilibrado a análise foi executada somente em uma fase. TENSÃO TO PRIMÁRIO SECUNDÁRIO ESTRELA No estudo foi empregado para cálculo de elevação de temperatura o método de variação de resistência do próprio enrolamento com aplicação de carga real [9]. Em conjunto com este método foi executada a medição de temperatura real, no ponto considerado mais quente das bobinas, entre os enrolamentos na parte superior da bobina central, através de sonda PT100 [10] e os valores estão anotados na tabela III. Fig. 3 Forma de onda de tensão e corrente para carga linear. Canal 1=Tensão, valor de pico 317V e Canal 2 = Corrente, valor de pico 10,7A. % da fundamental (60 Hz) 2 Fig. 1. Fotografia do transformador utilizado nos ensaios. Tensão fundamental (60 Hz)= 316,90 V (Valor de pico) 1.5 1 0.5 0 0 200 400 600 800 1000 Frequencia (Hz) Fig. 4 Espectro harmônico da tensão no secundário do transformador com carga linear 4 TABELA II ANÁLISE HARMÔNICA DA TENSÃO COM CARGA LINEAR h 1 3 5 7 Van 316,90 6,07 3,57 2,43 DH% 1,91 1,12 0,78 9 0,08 0,02 2 1.5 1 Fig. 7 Forma de onda de tensão e corrente para carga não linear. Canal 1=Tensão, valor de pico 314V e Canal 2 = Corrente, valor de pico 9,9A. 0.5 0 0 200 400 600 800 1000 Frequencia (Hz) Fig. 5 Espectro harmônico da corrente no secundário do transformador com carga linear. TABELA III ANÁLISE HARMÔNICA DA CORRENTE COM CARGA LINEAR h 1 3 5 7 9 Ia 10,68 0,20 0,12 0,08 0,01 DH% 1,87 1,15 0,73 0,09 Como era de se esperar percebe-se um baixo conteúdo de harmônicos nas formas de onda com carga linear caracterizando uma senóide pura. Após a estabilização da temperatura [11], foram efetuadas medições, conforme tabela VI. Com o transformador desenergizado aguardou-se até o resfriamento total e novamente foi submetido à carga, desta vez uma carga não linear conforme figura 6. A análise harmônica da forma de onda de tensão e corrente, com carga não linear são demonstradas abaixo, onde o espectro harmônico de tensão é demonstrado na figura 8 e da corrente na figura 9. Os valores das distorções de maior relevância de tensão são apresentados na tabela IV e da corrente na tabela V. 9 Tensão fundamental (60 Hz)= 312,55 V (Valor de pico) 8 % da fundamental (60 Hz) % da fundamental (60 Hz) Corrente fundamental (60 Hz)= 10,7 A (Valor de pico) 7 6 5 4 3 2 1 0 0 200 400 600 800 1000 Frequencia (Hz) Fig. 8 Espectro harmônico da tensão no secundário do transformador com carga não linear Fig. 6. Esquema de ligação do transformador com carga não linear A metodologia empregada foi colocar um inversor entre a carga e o secundário do transformador, permanecendo as tensões de alimentação iguais nas duas situações, desprezou-se a perda do inversor, que conforme informada pelo fabricante neste nível de corrente fica em torno de 150W. Novamente com o auxílio de um osciloscópio as formas de ondas foram registradas conforme figura 7. TABELA IV ANÁLISE HARMÔNICA DA TENSÃO COM CARGA NÃO LINEAR h 1 3 5 7 9 Van 312,55 2,04 26,49 7,15 1,05 DH% 0,65 8,47 2,29 0,34 5 IV. OBSERVAÇÕES E CONCLUSÕES Corrente fundamental (60 Hz)= 9,22 A (Valor de pico) % da fundamental (60 Hz) 35 Nota-se um aumento considerável na temperatura do transformador quando o mesmo é submetido a carga não linear comprovando a necessidade de se calcular estas perdas devido as componentes harmônicas ou adotar o fator K conforme normas internacionais para que o tempo de vida útil do transformador seja mantida. 30 25 20 15 10 V. REFERENCIAS 5 0 0 200 400 600 800 1000 Frequencia (Hz) Fig. 9 Espectro harmônico da corrente no secundário do transformador com carga não linear TABELA V ANÁLISE HARMÔNICA DA CORRENTE COM CARGA LINEAR h 1 3 5 7 9 Ia 9,22 0,45 3,29 0,69 0,08 DH% 4,88 35,71 7,51 0,89 Nota-se visualmente uma grande deformação na forma de onda da corrente deformação típica de inversores de seis pulsos e uma deformação um pouco menor na forma de onda de tensão. É possível verificar através do espectro harmônico da corrente, figura 9 e tabela V, uma distorção na ordem de 35% na quinta harmônica. Os valores de elevação de temperatura [11,12] estão apresentados na tabela VI. TABELA VI RESULTADOS DO ENSAIO DE ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA Método utilizado Elevação de temperatura carga linear (∆T) em °C Bobina central Resistência do próprio enrolamento Primário 83,74 Secundário 76,65 Elevação de temperatura carga não linear (∆T) em °C Bobina central Primário 98,85 Secundário 90,21 TABELA III TEMPERATURA ENTRE PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO COM SONDA PT100 Carga linear 103,0 °C Carga não linear 118,0 °C Conforme pode ser observado, os resultados apresentam diferenças consideráveis, comprovando o cuidado que se deve ter ao utilizar sistemas de acionamento que utilizam semicondutores. [1] H. Lamain, “Nova era na Regulamentação dos Serviços de Distribuição de Energia,” EM Fevereiro , 2009. [2] IEEE Std 519-1992 – IEEE recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in Electrical Power Sistems. [3] F.A.(Tony) Furfari “The Transformer,” IEEE Industry Applications Magazine – Jan/Feb 2002. [4] IEEE Std C57 110 – 2008 – Recomended Practice for Stablishing Liquid-Filled and Dry-Type Power and Distribution Transformer Capability When Suppliyng Nonsinusoidal Loads Currents. [5] M. Davis Hwang, W Mack Grady, H. Walter Sanders Jr, “Calculation of Winding Temperature in Distribution Transformers Subjected to Harmonic Currents,” IEEE Transaction on power delivery, volume 3 , n° 3, July 1988. [6] A.W. Galli, M. D. Cox, “Temperature Rise of Small Oil-Filled Distribution Tranformers Supplying Nonsinusoidal Loads Currentes,” IEEE Transaction on power delivery, volume 11 , n° 1, January 1996. [7] D.F. Bernardes et al, “Impacto Causado pelo uso de Cargas Não Lineares em Transformadores,” O Setor Elétrico, Junho 2010. [8] NBR - 10295 – Transformadores de Potência Seco, Maio. 1988. [9] Transformador trifásico indusul [online]. Disponível: www.indusul.com. [10] Termoresistência pt100 [online]. Disponível: www.contemp.com.br/produtos/termopares-etermorresistencias/termopares-termorresistencias-cabos-eacessorios/termorresistencias-pt-100. [11] A.P.Bortoluzzi, R.J.O. carvalho “ Estudo sobre ensaio de elevação de temperatura em transformadores a seco,” SBSE, 2010. [12] NBR – 5356-2 – Transformadores de Potência. Parte 2: Aquecimento. III. BIOGRAFIAS Adilson P. Bortoluzzi é graduado em engenharia elétrica pela FURB, e atualmente é aluno do curso de mestrado da FURB na linha de pesquisa sistemas de potência. Desde o início de 2011 vem atuando como professor na FURB. Suas áreas de interesse incluem: sistemas de potência e seus componentes em especial transformadores a seco e qualidade de energia. Ricardo J. O. Carvalho é graduado em engenharia elétrica pela UFAM, mestre pela UnB e doutor pela UFSC, ambos em Engenharia Elétrica. Desde 2000 vem atuando como professor e pesquisador no Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Blumenau. Suas áreas de interesse incluem otimização, simulação e proteção de sistemas elétricos e qualidade de energia. Atualmente vem atuando no Laboratório de Qualidade de Energia da FURB, coordenando projetos de pesquisa na área de qualidade de energia e aplicação de novas tecnologias em sistemas elétricos industriais.