Escola Secundária Manuel Cargaleiro
Observação de células
animais
Realizado por:
Nuno Valverde
Pedro Correia
10ºD
nº12
nº16
Índice
Página
1. Objectivos
3
2. Introdução Teórica
4
3. Procedimento Experimental
10
4. Resultados
12
5. Discussão de Resultados
15
6. Conclusão
16
7. Bibliografia
17
2
1. Objectivos
Conhecer Células Animais
Identificar estruturas celulares das células animais: Membrana
Celular, Núcleo e Citoplasma, em todas as preparações.
Distinguir uma Célula Animal de uma Célula Vegetal
3
2. Introdução Teórica
As células são componentes fundamentais de todos os organismos vivos
do planeta Terra. Cada célula dá estrutura e funcionamento ao ser vivo do qual a
célula faz parte, ou seja, a célula é a unidade morfofisiológica dos seres vivos.
Os menores organismos são unicelulares e microscópicos, enquanto que os
organismos maiores são pluricelulares. Os seres unicelulares, evidentemente,
não formam tecidos, mas podem constituir colônias. Os organismos unicelulares
ocorrem em grande quantidade em todos os ambientes.
A célula animal é uma célula que pertence ao grupo das células
eucarióticas constituída por um núcleo, citoplasma , membrana plasmática,
retículos endoplasmáticos (R.E.L. e R.E.R.), ribossomas, complexo de Golgi,
lisossomas, peroxissomas, mitocôndrias, centríolos, flagelos complexos e muitos
e curtos cílios. Estas são células eucarióticas, pois apresentam maior
complexidade, devido a terem um núcleo delimitado pelo invólucro nuclear,
terem sistemas membranares e um conjunto de organitos, caracteristicos das
células animais.
Assim uma Célula Animal é constituída por:
Núcleo
Nos eucariontes, o núcleo abriga o genoma, o conjunto total de genes que é
responsável pela codificação das proteínas e enzimas que determinam a
constituição e o funcionamento da célula e do organismo. O núcleo é envolvido
por uma dupla membrana porosa, a carioteca ou envelope nuclear, que regula a
passagem de moléculas entre o interior do núcleo e o citoplasma. Os genes são
segmentos de ADN, o ácido desoxirribonucléico, molécula orgânica que
armazena em sua estrutura molecular, as informações genéticas. O ADN se
combina fortemente a proteínas denominadas histonas, formando um material
filamentoso intranuclear , a cromatina.
Citoplasma
É uma massa semifluída, aparentemente homogénea, cuja função é conter
dispersos no seu seio organitos variados.
4
Membrana Plasmática
Membrana plasmática é uma película finíssima e muito frágil composta,
principalmente, por fósfolipídios e proteínas. Ela tem importantes funções na
célula, e uma delas é isolar a célula do meio externo. Seu tamanho é tão
pequeno que se a célula fosse aumentada ao tamanho de uma laranja, a
membrana seria mais fina do que uma folha de papel de seda. Água,
substâncias nutritivas e gás oxigênio são capazes de entrar com facilidade
através da membrana, que permite a saída de gás carbônico e de resíduos
produzidos dentro da célula. A membrana é capaz de atrair substâncias úteis e
de dificultar a entrada de substâncias indesejáveis. Exercendo assim um
rigoroso controle no trânsito através das fronteiras da célula. É comum compará-la a um "portão" por suas funções e a um saco plástico pela sua aparência.
Retículo endoplasmático
Rede de túbulos e cisternas achatadas mergulhados no citoplasma. Dentre suas
várias funções ressalta-se o metabolismo de lipídios (incluindo a síntese de
esteróides e fosfolípidos) e a síntese de proteínas para exportação. Pode-se
distinguir em 2 tipos: rugoso (por ter ribossomas junto aos canais) e liso. Mesmo
sendo de diferentes tipos eles estão interligados. Este complexo sistema, é
comparável à uma rede de encanamentos, onde circulam substâncias fabricadas
pela célula.
5
Ribossomas
Os ribossomas são o local da síntese protéica nas células. Podem estar livres no
hialoplasma ou aderidos à face externa das membranas do retículo
endoplasmático.
Aparelho de Golgi
Esta organela também é denominada complexo de Golgi ou, simplesmente,
Golgi. Esta organela foi descoberta pelo citologista italiano Camillo Golgi que
viveu no século XIX. Observa-se, no aparelho de Golgi, a síntese de enzimas e
a gênese de lisossomas, estes organitos responsáveis pela digestão celular.
Lisossomas
Estes organitos são vesículas esféricas repletas de enzimas hidrolíticas que
atuam em pH ácido. No animais e protistas, os lisossomas digerem partículas
alimentares provindas do exterior da célula, mas também podem degradar
organitos envelhecidas da própria célula num processo conhecido como
autofagia. As plantas não possuem lisossomas e a função semelhante destes é
feita pelos vacúolos.
Peroxissomas
Certos processos químicos oxidativos, como a degradação de aminoácidos,
produzem peróxido de hidrogênio (H2O2) que pode lesar os componentes
celulares. Para proteger a célula há os peroxissomos, organitos que possuem a
enzima catalase que catalisa a reação de degradação de moléculas de peróxido
6
de hidrogênio em água e oxigênio molecular. Os peroxissomos estão presentes
nas células eucariontes.
Mitocôndrias
Têm sua estrutura formada de duas membranas que delimitam uma matriz
coloidal onde encontram-se enzimas, íons, dentre outras substâncias. No interior
das mitocôndrias ocorre a degradação oxidativa de ácidos graxos e de grupos
acetil (provindos da degradação da glicose). Neste processo oxidativo
(denominado respiração celular), participam o oxigênio molecular, as enzimas do
ciclo de Krebs e a cadeia respiratória, e são sintetizadas 36 moléculas de ATP
(trifosfato de adenosina).
Centríolos
São estruturas localizadas no citoplasma, presente da maioria das células
eucariontes com exceção das plantas angiospermas. O centríolo, que é
constituído por nove conjuntos de três microtúbulos cada um, geralmente se
encontram aos pares nas células. Em algumas plantas e nos animais, os
centríolos localizam-se no centrossomo, uma região da célula onde vários
microtúbulos do citoesqueleto se encontram. É a partir dos centríolos, também,
que se formam os cílios e flagelos.
Cílios e Flagelos
Frequentes em organismos unicelulares. Quando são finos e numerosos
denominam-se de cílios. Quando se apresentam longos e em pequeno número,
chamam-se flagelos. Ambos têm a mesma função que é a locomação das
céulas.
7
De acordo com a sua função, uma célula apresentará organitos mais
desenvolvidos do que outras. Assim, células que secretam grande quantidade
de enzimas digestivas, como as do pâncreas, têm o aparelho de Golgi bem
desenvolvido. Pode-se citar outro exemplo de especialização celular, as
hemácias, em que todo o citoplasma é formado pelo pigmento hemoglobina.
Por este facto as hemácias não tem núcleo e as outros organitos. Como as
hemácias precisam ser carregadas dentro do líquido circulatório, o sangue,
estas são pequenas e são redondas e bicôncavas.
O sangue tem uma função muito importante num ser vivo porque não só
o permite aquecer como é responsável pelo transporte de oxigénio através do
corpo. O sangue é constituído por: plasma, glóbulos vermelhos(também
designado por hemácias, e eritrócitos), glóbulos brancos ou leucócitos, e
plaquetas sanguínias. O sangue tem côr vermelha devido à hemoglobina das
hemácias existentes neste.
Os protozoários são microrganismos com características semelhantes a
animais, incluindo locomoção, ingestão de alimentos, e ausência de parede
celular rígida. Presentes na água doce e marinhas, no solo, ou podem ser
simbióticos dentro ou sobre hospedeiros
Exigências Nutricionais para a maioria dos protozoários:
PH:
Temperatura :
Luz :
limites: 3.2 - 8.7
óptimo: 6.0 – 8.0
óptimo 16 - 25 oC
alguns efectuam a fotossíntese
Os principais grupos de especial interesse na microbiologia :
Flagelados - reprodução assexuada por fissão binária, reprodução sexuada
conhecida em alguns grupos, autotróficos e/ou heterotróficos, formas amebóides
com ou sem flagelos, 1 ou muitos flagelos comensais, simbióticos e parasitas,
ex. Leishmania, Trypanosomas, Giardia, Trichomonas
Amoeba - a maioria são de vida livre, corpos nus ou com esqueleto externo ou
interno, movimento amebóide, alimentação por meio de pseudópodes,
reprodução assexuada por fissão binária, reprodução sexuada, quando
presente, por gametas flagelados, ex. Amoeba
Ciliados - o maior filo, todos possuem cílios como organela de locomoção,
muitos possuem boca, presentes dois tipos de núcleos : macronúcleo, que
controla o metabolismo, e micronúcleo que controla a reprodução, reprodução
assexuada por fissão binária, reprodução sexuada nunca envolve a formação de
gamentas livres, são amplamentes distribuidos : águas doces, salgadas, em
solos; 1/3 das espécies são parasitas, e as outras de vida livre, ex. Didimium,
Paramecium
8
Pode-se também dizer que existem dois tipos de corantes, corantes
naturais e corantes artificiais. Os corantes naturais são extraídos de animais ou
plantas e são exemplos o carmin, a hematoxilina e a orceína. Os corantes
artificiais, onde estão incluidos os corantes vitais, são sintetizados em laboratório
a partir de derivados da anilina e são exemplos a eosina, o azul metileno, a
fucsinas, o verde iodo e o vermelho neutro. Estes podem ser ácidos, básicos ou
neutros e esta característica vai torná-los específicos para a coloração de certos
componentes celulares. Ao corante que é responsável pela coloração específica
de um organito, chama-se corante selectivo.
No quadro seguinte pode-se verificar quais os corantes mais utilizados
nos laboratórios escolares e as estruturas que, respectivamente, coram.
Corantes
Orcénas Acética
Soluto de Lugol
Eosina
Água Iodada
Vermelho Neutro
Azul de Metileno
Estruturas
Cromossomas
Núcleo, grãos de amido
Citoplasma
Parede celulósica, grãos
de amido
Vacúolos
Núcleo
Quando se observa células vivas deve-se ter o cuidado de usar corantes
que não alterem nem destruam o material biológico. Tais corantes, os corantes
vitais, como é o caso do azul de metileno, do vermelho neutro e da eosina, são
utilizados normalmente nas preparações temporárias, ou seja, preparações
feitas para exames de ocasião, como é o caso.
Quando se pretende fazer um grande número de observações ou exames
demorados são geralmente utilizadas preparações definitivas. Neste caso,
além da coloração, há necessidade de preservar, da maneira mais perfeita
possível, a estrutura original das células. Tal efeito consegue-se com a utilização
de fixadores, ou seja, substâncias químicas como o formol, o ácido acético e o
álcool, que matam rapidamente a célula, mantendo as suas estruturas com a
menor alteração possível, sendo assim conservado o material biológico para
futuras observações.
9
3. Procedimento Experimental
Material Utilizado:
Microscópio óptico
composto
Lâminas e Lamelas
Palito
Agulha de ponta fina
Água destilada
Bisturi
Corantes:
Azul de Metileno
Material Biológico:
Células do epitélio lingual
Sangue de um mamífero
Amoeba
Paramécia
Procedimento para a observação de células do Epitélio
Lingual:
1. Com um palito raspou-se cuidadosamente a face dorsal da língua.
2. Numa lâmina de vidro, onde se colocou uma gota de solução
concentrada de azul metileno, dissociou-se, com a ajuda de uma
agulha de ponta fina, o material esbranquiçado recolhido.
3. Cobriu-se com a lamela.
4. Observou-se ao microscópio na menor ampliação e tentou-se
descrever a forma das células, focando e desfocando-se
lentamente com o parafuso micrométrico.
Procedimento para a observação de células de Sangue de
um Mamífero (preparação definitiva):
1. Colocou-se uma preparação definitiva de sangue no microscópio
2. Observou-se a preparação primeiro com a objectiva de menor
ampliação e de seguida com a de maior ampliação.
10
Procedimento para a observação de protozoários (amoeba e
paramécia):
1. Colocou-se a primeira preparação definitiva de amoeba no
microscópio.
2. Observou-se a preparação ao microscópio, primeiro com a
objectiva de menor ampliação e de seguida com a de maior
ampliação.
3. De seguida, colocou-se a segunda preparação definitiva de
paramécia no microscópio.
4. Observou-se a preparação ao microscópio, primeiro com a
objectiva de menor ampliação e de seguida com a de maior
ampliação.
11
12
13
14
5. Discussão de resultados
Durante a observação ao microscópio, observou-se células do
epitélio lingual e preparações definitivas de sangue e protozoários
(amoeba e paramécia), em várias ampliações e observou-se as
várias estruturas celulares correspondentes.
Células do Epitélio Lingual
Na única preparação que se realizou pôde-se observar, com a
utilização do corante azul metileno, a uma ampliação total de 150x e
400x, o núcleo, o citoplasma e a membrana celular, que por vezes se
encontrava dobrada, devido a ser muito frágil e a célula não possuir
uma parede celular.
Células de preparações definitivas de Sangue e de Protozoários
Na 1ª preparação definitiva, referente ao sangue, pôde-se
observar, a uma ampliação total de 400x e 600x, hemácias, ou seja,
glóbulos vermelhos.
Na 2ª preparação definitiva, referente ao protozoário amoeba,
pôde-se observar, a uma ampliação total de 100x e 400x, o núcleo, o
citoplasma, a membrana celular e pseudópodes, que são
prolongamentos do citoplasma, responsáveis pelo deslocamento da
célula.
Na 3ª preparação definitiva, referente ao protozoário
paramécia, pôde-se observar, a uma ampliação total de 100x e de
160x, o núcleo, a membrana celular e o citoplasma. Para além disto,
ainda se pôde observar uma célula a realizar a bipartição do núcleo,
o que leva a crer que este tipo de protozoário utiliza uma reproducão
assexuada.
Pode-se então, após as observações realizadas com o M.O.C.,
distinguir uma célula animal de uma célula vegetal. Assim, a célula
vegetal possui uma parede celulósica, cloroplastos e grandes
vacúolos, que as células animais não possuem. Por sua vez, as
células animais possuem lisossomas, centríolos e cílios que não
estão presentes nas células vegetais.
15
6. Conclusão
Segundo os objectivos pode-se concluir que uma célula animal é uma
célula eucariótica. Esta é caracterizada, essencialmente, por não apresentarem
parede celular nem vacúolos de grandes dimensões(existem, sim, de pequenas
dimensões) nem cloroplastos. Assim a célula animal apresenta as seguintes
estruturas celulares: membrana plasmática, citoplasma, núcleo, retículo
endoplasmático liso e rugoso (R.E.L. e R.E.R.), ribossomas, complexo de Golgi,
lisossomas, peroxissomas, mitocôndrias , centríolos, cílios e flagelos, embora
que a maior parte destas não se consigaram observar ao microscópio óptico
composto.
A utilização dos corantes é uma grande vantagem pois algumas
estruturas celulares apresentam um fraco contraste óptico, tornando a sua
observação muito difícil. Para ultrapassar este problema recorre-se à coloração
celular. Este processo vai permitir destacar algumas estruturas celulares por
contraste com as restantes, na medida em que aluns componentes celulares
têm a capacidade de absorver certos corantes, enquanto que outros não.
Com a realização deste relatório sobre as células animais e outro sobre
as células vegetais podemos concluir que:
As células vegetais e animais têm: membrana plasmática, núcleo, retículo
endoplasmático, ribossomas, complexo de Golgi, peroxissomas,
mitocôndrias, vacúolos (embora que nas células animais sejam pequenos e
temporários) e flagelos;
Apenas as células vegetais têm: parede celular, cloroplastos e grandes
vacúolos;
Apenas as células animais têm; lisossomas, centríolos e cílios.
As células animais diferem em forma e tamanho conforme o tipo de tecido
a que pertencem. As células dos animais não possuem parede celular,
cloroplastos e o vacúolo central característicos das células de plantas.
16
7. Bibliografia
Azevedo, Carlos; Biologia celular ; Edições Técnicas;
1ª Edição; p. 484; Porto 1994.
Nápoles, Anabela Metelo; Branco, Maria do Carmo;
Técnicas Laboratoriais de Biologia; Didáctica Editora;
p.43 à 49; Lisboa 1995.
Oliveira, Elsa; Pedrosa, Carmen; Pires, Rosa; Do BigBang À Célula – Ciências da Terra e da Vida 10º ano;
p.201, 202, 206, 207 e 216; Texto Editora; 2ªEdição;
Lisboa 1999
Internet
17
Download

Observacao de Celulas Animais ao Microscopio optico