>
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
MATERIAL
OPÇÕES
Veja abaixo os tipos
de parede sem
função estrutural
(paredes de vedação)
> ALVENARIA DE BLOCOS
DE VIDRO
> ALVENARIA DE BLOCOS
DE CONCRETO
> ALVENARIA DE BLOCOS
CERÂMI COS
> PAREDES DE CHAPAS DE
GESSO ACARTONADO
(DRYWALL)
> ALVENARIA DE BLOCOS
SÍLICO-CALCÁRIOS
> ALVENARIA DE BLOCOS
DE CONCRETO CELULAR
AUTOCLAVADOS
> ALVENARIA DE BLOCOS
E TIJOLOS DE SOLOCIMENTO
> ALVENARIA DE TIJOLOS
CERÂMICOS MACIÇOS
> ALVENARIA DE BLOCOS
DE GESSO
Bloco de vidro
sem função estrutural
PRODUTO
Bloco de vidro para alvenaria sem função estrutural (Bloco de
vidro para alvenaria de vedação).
DEFINIÇÃO
De acordo com a NBR 14899-1 de setembro de 2002, define-se o
Bloco de vidro como bloco fabricado com vidro recozido, ou
seja, com vidro sódico-cálcico, estanque ao ar.
PRODUÇÃO ANUAL ESTIMADA
Anualmente são produzidos cerca de dez milhões de blocos
de vidro no País.
Fonte: Seves abril/2007
TIPOS (NBR 14899-1/2002)
Formato
Os blocos de vidro podem ser classificados, de acordo com sua forma, em: Forma B,
quadrada, e Forma E, retangular, conforme figuras 1 e 2.
Face externa
Face interna
CHECKLIST
Verifique os itens a serem considerados no
momento da especificação
Largura b
Compr
Figura 1 –
Forma B,
quadrada
imento
L
ra h
Altu
Face externa
Face interna
Saliência lateral (borda)
Comprimento L
Argamassa de assentamento e rejuntamento
Aspecto
Barras de aço
Características específicas do projeto
Consumo
Controle do serviço
Desempenho
Dimensões e tolerâncias dos blocos de vidro
Disponibilidade
Espaçadores
Forma de pagamento/medição
Interfaces alvenaria x estrutura
Juntas
Massa do bloco de vidro
Modulação
Papel betumado ou manta asfáltica
Perfis metálicos para instalação da parede
Preços (material e serviço)
Recebimento em obra e armazenamento
Resistência à compressão
Resistência ao choque térmico do bloco
Saliência lateral (borda)
Largur
ab
ra h
Figura 2 –
Forma E,
retangular
Altu
JUNHO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 71 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 89
alternativas tecnologicas71.p65
89
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>
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
Dimensões e massas
Vida útil de projeto
As alvenarias externas e
internas, bem como seus
componentes constituintes,
devem manter sua
funcionalidade durante toda
a vida útil de projeto, desde
que sejam respeitadas as
condições de uso conforme
previsto em projeto e
submetidas a manutenções
periódicas e conservação
especificada pelos
respectivos fornecedores.
No caso de paredes
expostas às intempéries,
devem ser limitados os
deslocamentos, fissurações
e falhas, inclusive nos seus
revestimentos, como
conseqüência da exposição
ao calor e resfriamentos
periódicos.
As manutenções preventivas
e as de caráter corretivos,
que visam não permitir o
progresso de pequenas
falhas, que poderiam resultar
em extensas patologias,
devem ser realizadas de
acordo com o “Manual de
Operação, Uso e
Manutenção” fornecido pelo
incorporador e/ou
construtora.
O Projeto de Norma 02:136.01001/1 de 10/11/2006, Edifícios
habitacionais de até cinco
pavimentos – Desempenho,
Parte 1: Requisitos gerais,
Anexo E, indica o valor
mínimo de 15 anos para a
vida útil de projeto de
paredes de vedação. Indica
ainda que as alvenarias de
vedação têm prazo de
garantia mínimo de cinco
anos no que diz respeito à
segurança e integridade.
Tabela 1 – Dimensões nominais e massas de blocos de vidro
FORMA
NOMENCLATURA
COMPRIMENTO L (mm)
LARGURA B (mm)
ALTURA H (mm)
MASSA (kg)**
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
B
E
E
E
E
E
E
E
E
90 x 80
146 x 80
146 x 98*
146 x 98*
190 x 50
190 x 80*
190 x 80*
190 x 100*
190 x 100*
197 x 80
197 x 98*
197 x 98*
197 x 98*
240 x 80
300 x 80
190 x 90 x 80
190 x 90 x 90
190 x 95 x 80
197 x 95 x 80
197 x 95 x 98
197 x 146 x 80
197 x 146 x 90
240 x 115 x 80
90
146
146
146
190
190
190
190
190
197
197
197
197
240
300
190
190
190
197
197
197
197
240
90
146
146
146
190
190
190
190
190
197
197
197
197
240
300
90
90
95
95
95
146
146
115
80
80
98
98
50
80
80
100
100
80
98
98
98
80
80
80
90
80
80
98
80
98
80
1,6
1,4
1,6
2,8
2,1
2,4
2,6
2,6
5,1
2,3
2,7
3,5
4,6
4,1
6,8
1,4
1,6
1,3
1,4
1,6
1,9
2,0
2,1
*As massas diferentes correspondem a espessuras de vidro diferentes.
**Tolerância para a massa: ± 10%
Tolerâncias dimensionais
Tabela 2 – Tolerâncias dimensionais para blocos de vidro
Comprimento, largura e altura
Concavidades das faces externas sem considerar as saliências das bordas
Convexidades das faces externas sem considerar as saliências das bordas
Diferenças de esquadro entre bordas
Rotação ou translação das bordas
± 2 mm
até 1 mm
até 2 mm
até 1 mm/100 mm da borda ou 2 mm do comprimento
até 0,8 mm/100 mm de comprimento
A saliência da solda não deve ultrapassar as bordas da face.
Linha
de solda
Concavidade
Linha de solda
Convexidade
Rotação
Translação
Figura 3 – Tolerâncias dimensionais para blocos de vidros
Norma técnica diretamente relacionada
NÚMERO
DATA DA ÚLTIMA
DA NORMA
ATUALIZAÇÃO
NBR 14899-1
set/02
DESCRIÇÃO DA NORMA
TIPO DE NORMA
Blocos de vidro para a construção civil - Parte 1: Definições, requisitos e métodos de ensaio
Especificação e Método de ensaio
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90
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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (NBR 14899-1/2002)
QUESTÃO
AMBIENTAL
Marcação
>
Classificação do
resíduo: conforme
resolução Conama
(Conselho Nacional do
Meio Ambiente) 307 de
5/7/2002, os resíduos de
blocos de vidro podem
ser considerados de
classe B, sendo possível
serem reciclados para
outras destinações.
Destinação do
resíduo: podem ser
reutilizados, reciclados
ou encaminhados para
áreas de armazenamento
temporário, onde
futuramente podem ser
utilizados para
reciclagem.
Os blocos de vidro devem ser marcados, um a um, com código do fabricante, ou marca comercial,
e com o código do bloco de vidro, como exemplo: MARCA: ABNT NBR 14899 – E 240 x 115 x 80.
Resistência à compressão
Tabela 3 – Resistência à compressão dos blocos de vidro
FORMA
COMPRIMENTO (mm)
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO EXIGIDA DOS BLOCOS DE VIDRO
ENSAIO FEITO NA FACE CONFORME
ENSAIO FEITO NA LATERAL CONFORME
MÉTODO I (BLOCOS DE VIDRO
MÉTODO II (BLOCOS DE VIDRO
UTILIZADOS NA HORIZONTAL)
UTILIZADOS NA VERTICAL)
VALOR
VALOR MÍNIMO
VALOR MÉDIO
VALOR MÍNIMO
MÉDIO MPa
INDIVIDUAL MPa
MPa
INDIVIDUAL MPa
B
B
B
90 - 149
150 - 239
240 - 300
5,5
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
7,0
7,0
7,0
6,0
6,0
6,0
E
Todos
5,0
3,5
7,0
6,0
>
Obs.: valores individuais abaixo de 80% do valor mínimo não são considerados no cálculo do valor médio.
Resistência ao choque térmico do bloco
Os blocos de vidro, submetidos à variação de temperatura de (47±5)°C para (22±5)°C, não
devem apresentar falhas.
Aderência da tinta nas laterais dos blocos
Os blocos, após 24 horas de imersão em água à temperatura ambiente, não devem
apresentar descolamento da tinta nas laterais, sob pressão do dedo (sem unha).
Aspecto visual
As imperfeições devidas ao processo de fabricação não devem comprometer a durabilidade
nem o aspecto visual; não devem ser perceptíveis elementos estranhos, defeitos de superfície
e variação de cor. A camada de pintura é restrita às laterais, não podendo apresentar falhas
ou descontinuidades, ou seja, a superfície deve estar totalmente coberta e homogênea.
CONSUMO DE MATERIAL
O consumo de blocos de vidro é apresentado na tabela 4:
Tabela 4 – Consumo de material por metro quadrado*
MATERIAL
CONSUMO
Bloco
Aço
Argamassa
Rejunte
Espaçadores
25 peças (19 x 19 x 8 cm)
1 barra de aço com 12 m de comprimento e Ø 4,2 mm
23 kg
3 kg
35 peças
*Consumo de material para parede reta.
Fonte: Como Construir: Alvenaria de blocos de vidro, Revista Téchne 64 julho/2002.
PREÇOS UNITÁRIOS
Para fins de comercialização adota-se a unidade.
Preço (R$):
TIPO DE BLOCO DE VIDRO
Ondulado incolor
LARGURA
ALTURA
COMPRIMENTO
(mm
mm))
(mm
mm))
(mm
mm))
80
190
190
UN
SP
RJ
MG
DF
PR
SC
RS
BA
PE
CE
PA
un
9,28
8,78
11,14
11,78
8,20
8,23
8,68
11,73
10,40
10,23
11,82
Data-base março/2007.
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>
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO
A forma ideal de entrega é com embalagens que evitem o contato direto entre os blocos de vidro.
No momento da cotação de preços, o comprador deve informar o local da entrega do material, o formato e as dimensões
dos blocos de vidro, a aplicação ou condição de uso, a resistência à compressão, outras características particulares de
projeto e a referência à NBR 14899-1/2002.
ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO (NBR 14899-1/2002)
Os critérios de amostragem, aceitação e rejeição dos blocos de vidro são apresentados na tabela 5:
Tabela 5 – Amostragem, aceitação e rejeição
ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS
TAMANHO DO LOTE (BLOCOS)
26 a 150
NO DE BLOCOS
NO DE BLOCOS
NO DE ACEITAÇÃO
NO DE REJEIÇÃO
AMOSTRA 1
AMOSTRA 2
AMOSTRA 1
AMOSTRA 1
NO DE ACEITAÇÃO
AMOSTRA 2 (*)
8
8
0
2
1
151 a 500
13
13
0
2
1
501 a 1.200
20
20
0
3
2
1.201 a 3.200
32
32
1
4
4
3.201 a 10.000
50
50
2
5
6
10.001 a 35.000
80
80
3
7
8
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO E AO CHOQUE TÉRMICO
151 a 500
13
13
0
2
1
501 a 1.200
20
20
0
3
2
1.201 a 3.200
32
32
1
4
4
3.201 a 10.000
50
50
2
5
6
10.001 a 35.000
80
80
3
7
8
(*) Considerar a soma das amostras 1 e 2.
Verificar com Cláudio.
DESEMPENHO
O desempenho dos blocos de vidro é apresentado nas tabelas 7 e 8:
Tabela 6 – Dados de desempenho de blocos de vidros nacionais
BLOCO DE 19 X 19 X 8 cm
Transmissão luminosa %
71 a 77
Transmissão térmica kcal/m²h°C (W/hm²)
2,5 (2,9)
Fonte: Manual Técnico “Vidromatone” de julho/2003.
Tabela 7 – Dados de desempenho de blocos de vidro estrangeiros
DIMENSÕES DOS BLOCOS (cm)
19 X 19 X 8
19 X 19 X 10(¹)
19 X 19 X 15(²)
Transmissão luminosa (%)
80
78
76
Transmissão térmica (U), em W/m²°C
2,9
1,954
1,6
Isolação acústica (Rw), em dB
42
48 a 53
48 a 53
Resistência ao fogo, quesito isolação térmica (minutos)
15
30
60
Fonte: www.glassblocks.co.uk em 20/04/2007.
(¹) Bloco TF30 especialmente fabricado pela colagem de dois blocos de 19x19x5; parede com emprego de duas barras de aço inoxidável de Ø 6
mm em cada junta (horizontal e vertical) e de 8 mm na periferia.
(²) Bloco TF60 especialmente fabricado pela colagem de três blocos de 19x19x5; parede com emprego de três barras de aço inoxidável de Ø 6
mm em cada junta (horizontal e vertical) e de 8 mm na periferia.
O desempenho quanto a resistência ao impacto pode ser verificado com o fabricante em
função do uso da parede, se interna ou de fachada.
No caso de fachadas, deve ser considerado também o comportamento à ação de calor e
choque térmico da parede.
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92
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SERVIÇO
ETAPAS
DO SERVIÇO
A execução divide-se
nas seguintes fases
> Instalação de perfis
metálicos
> Colocação de papel
betumado ou manta
asfáltica no interior dos
perfis metálicos
> Colocação de junta de
separação entre os perfis
metálicos e a estrutura do
edifício
> Colocação da primeira
camada de argamassa de
assentamento
> Colocação dos
primeiros espaçadores
> Assentamento dos
blocos de vidro na
primeira fiada
> Posicionamento das
barras de aço da
armadura
> Assentamento das
demais fiadas dos blocos
de vidro com respectivas
barras de aço
> Rejuntamento
> Limpeza
Alvenaria sem função
estrutural com blocos
de vidro
DEFINIÇÃO
Execução de alvenaria sem função estrutural com blocos de vidro.
ESPECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS
Blocos de vidro, argamassa de assentamento, argamassa de rejuntamento, espaçadores,
perfis metálicos, vergalhões e manta asfáltica ou papel betumado.
DADOS DE PROJETO
Para atender às necessidades da produção, o projeto de alvenaria deve contemplar:
> Detalhes típicos das interfaces entre a alvenaria de blocos de vidro e a estrutura, e
outros elementos construtivos
> Juntas de controle ou de movimentação
> Especificação dos blocos de vidro, das argamassas de assentamento e rejuntamento,
dos espaçadores, das barras de aço, dos produtos de interface com os perfis metálicos e
dos produtos a serem empregados nas interfaces da alvenaria com a estrutura ou outros
elementos construtivos
> Especificação de comprimento e altura máximos da parede, bem como da localização das juntas
NORMA TÉCNICA DIRETAMENTE RELACIONADA
Não há norma técnica brasileira para execução do serviço de alvenaria para blocos de
vidro, no entanto, recomenda-se a leitura dos artigos:
> Como Construir: Alvenaria de blocos de vidro, revista Téchne 64, julho/2002
> Como assentar blocos de vidro, revista Equipe de Obra, janeiro-fevereiro/2007
DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO
> A primeira fiada de blocos deve estar perfeitamente nivelada, no interior da guia
metálica
> A base de concreto deve estar regularizada e limpa para a colocação dos perfis
metálicos; da mesma forma as laterais e a parte superior do elemento onde será inserida a
alvenaria de blocos de vidro devem ser previamente preparadas
> A área contínua máxima recomendada é de 15 m², com altura máxima de 6 m e
comprimento máximo de 7,5 m; além desses limites é necessário fazer o reforço estrutural
com vigas e pilares
> Os perfis metálicos devem ser revestidos internamente com manta asfáltica ou cartão betumado.
> Deve ser colocada uma armadura constituída de barras de aço, de forma a proporcionar
estabilidade e resistência a esforços laterais da alvenaria, principalmente em razão da
adoção de juntas de prumo
Referências: Como Construir: Alvenaria de blocos de vidro, revista Téchne, 64 julho/2002;
Como assentar blocos de vidro, revista Equipe de Obra janeiro fevereiro/2007
JUNTAS DE CONTROLE OU MOVIMENTAÇÃO
Em paredes com áreas maiores que 2 m² é recomendada a adoção de juntas de
deslizamento e de dilatação.
Recomenda-se o uso de juntas elásticas (de deslizamento) entre a parede de blocos de
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>
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
vidro e a estrutura ou outro elemento construtivo, por meio da colocação de materiais
deformáveis entre os blocos de vidro e os perfis metálicos, como é o caso do papel
betumado e da manta asfáltica.
As juntas de dilatação entre os perfis metálicos e a estrutura ou outros elementos
construtivos são feitas com emprego de EPS (isopor), ou outro material com função
semelhante, nas laterais e no topo da alvenaria.
Junta de dilatação: poliestireno expandido
(entre a base do perfil e a massa)
Junta de deslizamento: cartão betuminoso
ou massa (entre o perfil e a massa)
Massa de cimento
(até completar o perfil)
Massa de cimento
(até completar o perfil)
Cartão betuminoso ou massa
(entre o perfil e a massa)
A primeira barra de ferro fica dentro
da massa e serve para amarração
das barras verticais
Fonte: Como Construir: Alvenaria de blocos de vidro, revista Téchne 64, julho/2002.
ESPAÇADORES
Os espaçadores são de uso obrigatório, pois mantêm a mesma distância entre os blocos
e garantem uma adequada colocação. O uso de instrumentos de referência como prumo,
nível, régua e linha não pode ser ignorado.
Os espaçadores utilizados em uma parede podem chegar a 40% a mais do número de
blocos (n o de espaçadores = n o de blocos x 1,4).
ARGAMASSA E REJUNTE
Recomenda-se para a argamassa o uso de cimento comum ou cimento branco estrutural
e areia lavada no traço 1:3 utilizando pouca água, conseguindo assim uma mistura firme
e que não escorra. O uso de aceleradores de pega e cimentos especiais (cura rápida ou
aluminosos) é desaconselhado.
Os blocos são assentados a 1 cm de uma outra alvenaria ou de perfis nas laterais, sendo
a argamassa de assentamento mantida a aproximadamente 3 mm em baixo relevo da face
do bloco, permitindo uma aplicação adequada da camada de rejuntamento.
3 mm
Fonte: Como Construir: Alvenaria de blocos de vidro,
revista Téchne 64, julho/2002.
94 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 71 – JUNHO 2007
alternativas tecnologicas71.p65
94
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FORMA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (Garantias)
Quando o processo de execução é conduzido diretamente pela empresa construtora, com mãode-obra própria ou terceirizada, contratando também o projeto de produção e especificando os
materiais, normalmente a responsabilidade técnica é compartilhada com a empresa projetista.
Nessa situação, a empresa construtora define e gerencia os fornecedores de mão-de-obra, o
processo de produção, o controle da qualidade dos serviços e a administração dos materiais
(especificação, negociação, compra e perdas).
Por outro lado, quando a empresa construtora contrata outra empresa especializada, que
comercializa o pacote de serviço, pode incluir no contrato o fornecimento de materiais
(blocos, argamassa, acessórios) e mão-de-obra para o serviço de alvenaria, além da:
> Definição do sistema a ser adotado, incluindo especificação de materiais,
equipamentos e métodos construtivos para a execução dos serviços
> Administração dos materiais fornecidos, com levantamentos quantitativos, elaboração
de pedidos, recebimento e controle das perdas
> Projeto de produção das paredes
> Equipamentos de execução, carrinhos de transporte e EPI’s
> Gestão dos serviços, com elaboração de cronogramas detalhados, planejamento do
canteiro e proposição de soluções logísticas para o serviço
A mão-de-obra para execução da alvenaria deve contemplar também transporte horizontal
e vertical dos materiais, dosagem dos materiais para argamassa, confecção de reforços,
instalação de perfis e execução de juntas, além da alvenaria propriamente dita, incluindo
dispositivos típicos.
Na contratação de empresas especializadas pode ser exigida a ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) para os serviços executados, incluindo o fornecimento de materiais.
Pode ser feita retenção, em geral de 5%, de cada medição, a ser paga posteriormente,
normalmente 90 dias após a conclusão de todos os serviços contratados. O valor poderá
ser usado para eventuais correções de falhas verificadas ou até mesmo para alguma
despesa administrativa não paga e de responsabilidade do empreiteiro como impostos,
encargos sociais e possíveis causas trabalhistas.
Em qualquer dos casos é importante que a construtora aplique a sua metodologia de controle
na aceitação dos serviços, antes de efetuar a liberação do pagamento, sendo que muitas
construtoras já dispõem de fichas de verificação de serviços incluindo os itens a serem
conferidos e tolerâncias, como:
> Desvios ou tolerâncias para marcação, prumo, nível e alinhamento
> Desvios de espessura incluindo revestimento
> Acabamento de juntas
> Verificação do preenchimento das juntas entre os blocos
> Verificação dos reforços
RELAÇÃO DE EPI’S
UTILIZADOS
> Bota de segurança
com bico de aço
> Capacete de
segurança
> Cinto de segurança
com trava-quedas
(preso em cabo de aço
ou corda de segurança
auxiliar)
> Luva de proteção
(vinílica, de raspa)
> Óculos de segurança
FORMA DE PAGAMENTO
Em geral, os pagamentos ou medições são feitos considerando-se a quantidade de
serviço concluído por área de alvenaria. Dependendo do caso, a medição pode ser feita
considerando a área de alvenaria executada no andar ou no meio-andar, em função das
dimensões da obra e quantidades de serviço.
As medições normalmente são feitas quinzenalmente, uma no início do mês (em torno do
dia 5) e outra no final do mês (em torno do dia 20).
No caso de empresa que comercializa o pacote de serviço, incluindo fornecimento de
materiais e mão-de-obra, a contratação é feita normalmente em regime de preços unitários
ou preço global com medições por preços unitários. As medições são feitas
quinzenalmente e o pagamento é feito segundo as quantidades de serviço executado no
período, conforme os critérios de medição definidos na contratação.
FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO DO SERVIÇO
> Iluminação
> Andaime metálico ou de madeira
> Argamassadeira mecânica
> Caixa ou caixote para argamassa (argamassadeira manual)
> Carrinho de mão ou gerica
> Chave de fenda
JUNHO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 71 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 95
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>
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
CONTROLE E
ACEITAÇÃO DO
SERVIÇO
Os defeitos visuais dos
blocos de vidro não
devem ser notados
além de 2 m de
distância da parede, a
olho nu. Tais defeitos
podem ser evitados,
realizando uma
verificação nos blocos
antes da instalação,
excluindo-se assim as
peças defeituosas ou
quebradas durante o
transporte.
> Colher de pedreiro
> Desempenadeira de borracha
> Escada de sete degraus
> Escantilhão
> Esponja
> Esquadros de 45º e 90º
> Fio de prumo
> Linha de náilon
> Martelo de borracha
> Nível de bolha
> Trena metálica de 3, 5 e 20 m
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
O livro NR18 Manual de Aplicação, de abril de 1999, escrito por José Carlos de Arruda
Sampaio e publicado pela Editora PINI, caracteriza o trabalho de alvenaria como um
serviço de cuidados simples no que diz respeito ao uso de ferramentas.
O início dos serviços de assentamento dos blocos deve ocorrer após a instalação de
proteções em todas as aberturas de pisos, paredes e fachadas, evitando, dessa forma, a
queda de pessoas ou materiais.
Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a instalação de
proteções coletivas, como guarda-corpos, plataformas, etc. e os operários devem utilizar
sempre cintos de segurança.
O uso de EPI’s faz-se necessário quando da execução de serviços como:
> Preparo da argamassa e assentamento dos blocos: uso de luvas impermeáveis
> Trabalhos em alturas superiores a 2 m: é necessário o uso do cinturão de segurança
tipo pára-quedista
No que diz respeito ao armazenamento de materiais, este deverá ser feito de forma a não
obstruir as passagens e acessos.
Quando do içamento dos blocos, este poderá ser feito por gruas ou guinchos, no caso
de materiais paletizados, ou por meio de elevadores de materiais. Em qualquer situação, a
carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de serem tomadas
todas as cautelas necessárias para que não haja quedas de materiais.
Além dos já citados, veja uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários
à execução do serviço:
> Bandejas primárias e secundárias
> Cancelas para bloqueio de circulação
> Tela de proteção para fachadas
> Telas de proteção do andar
MANUTENÇÃO
A manutenção das paredes de blocos de vidro requer basicamente uma limpeza
superficial, sendo as manchas de cimento removidas utilizando-se uma solução de ácido
muriático diluído a 10% em água.
Fonte: Como Construir: Alvenaria de blocos de vidro, revista Téchne 64, julho/2002.
ÁGUA E ENERGIA
Não é comum a apropriação do consumo de água e energia elétrica. Entretanto, é
importante a verificação do perfil de consumo para cada obra ou serviço, do ponto de
vista da sustentabilidade da construção.
PREÇOS MÉDIOS DO SERVIÇO
Preços de mão-de-obra (R$)
DESCRIÇÃO DO SERVIÇO
UN
EQUIPE TERCEIRIZADA
Alvenaria sem função estrutural com bloco de vidro, 190 x 190 x 80 mm
m2
75,00
Dados referenciais para São Paulo, data-base abril/2007.
Fernando Benigno da Silva
96 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 71 – JUNHO 2007
alternativas tecnologicas71.p65
96
17/5/2007, 11:09
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Bloco de vidro sem função estrutural