O discurso para além da palavra:
entre o artifício e a natureza
Carolina Ribeiro Paraíso
Araujo
Mestranda em filosofia pela
PUC-SP
[email protected]
Palavras-chave
Linguagem, Natureza, Artifício,
Isócrates, Diderot, Nietzsche.
Resumo
Ao discorrer sobre a questão do discurso, na perspectiva dos escritos filosóficos de Isócrates, Nietzsche e Diderot, tentaremos realizar
um breve olhar perante a temática da linguagem. Nossas reflexões
têm por objetivo indagar, o que se referente à palavra e ao discurso
apresentados pelos filósofos.
Temos em mãos uma tarefa um tanto complexa e que cabe antes
de qualquer coisa compreender um tempo e espaço, em contextos,
mundos, situações históricas e sociais de grandes disparidades entre o pensamento filosófico de cada um, ou seja, o lugar de onde
se fala. Assim sendo o intuito é trabalhar com os pensamentos dos
três filósofos, para que possamos ampliar o modo de compreensão
sobre a problemática do dizer.
Nosso texto tende fazer apontamentos, os quais julgamos de relevância para uma singela análise, não queremos, contudo finalizar
ou esgotar o assunto.
A noção da linguagem que trataremos tenta perceber, a palavra
como fonte de valorar ou transvalorar uma ideia, algo ou alguém
em um determinado cenário, seja em meio à sociedade, ao que diz
respeito ao ethos, política ou no âmbito teatral.
Para que isto seja possível, é preciso compreender as relações e a
natureza humana, que são consolidadas pelos conceitos e no uso
das palavras (escrita e discurso). Portanto adentraremos no campo
dos jogos de poder, ações, convencimentos que podem e devem ser
usados a partir de referencias contidas no agir natural e com artificialidade.
1.
Nietzsche afirma que o discurso deve ser compreendido a partir da
arte da retórica, o qual deve ser buscado na natureza e ter uma artificialidade que o envolve. Deste modo o ouvinte será persuadido,
por não ser de todo artificial, nem natural ao extremo, haverá sim,
uma imitação da natureza.
El discurso debe aparecer apropiado y natural en la boca de
aquel que habla por si o en nombre de una causa; por lo tanto,
no hay que rememorar el arte de la sustitución, porque de lo
contrario, el oyente desconfiará y temerá ser engañado. Así
pues, en la retórica hay tambien una “imitación de la naturaleza” como medio principal para persuadir” (NIETZSCHE: ? 98)
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A linguagem para Nietzsche tem em si um propósito de acentuar
coisas no mundo, por que tem caráter gregário; carrega consigo
marcas e formas de um mundo, de uma cultura, de modos de ser,
além de ter o ato de engendrar certo talvez nas coisas.
Em Humano demasiado humano, Nietzsche, discorre no parágrafo
11: A linguagem como pretensa ciência, sobre a importância de
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compreender a significação da linguagem, a qual seria “... o desenvolvimento da civilização está em que, nela, o homem colocou
um mundo próprio ao lado do outro, um lugar que ele considerou
bastante firme para, apoiado nele, deslocar o restante do mundo...
torna-se senhor dele...” (Nietzsche: 1983: 92)
Neste sentido, para Nietzsche, o homem, acreditando em conceitos
e na nomenclatura das coisas que fora dado por ele próprio ao longo de tempos, fez com que este elevasse a figura homem em face
da figura animal, por que pensa ter na linguagem, o conhecimento
e domínio do mundo.
Mas é por meio dos seus estudos sobre a retórica que Nietzsche irá
fazer um apanhado geral do que é bom para o discurso e como um
orador deve ser, para que assim possa atingir seu público. Desta
maneira irá pensar a retórica como um “jogo teatral”, um estudo
mais ampliado e apurado da natureza e da artificialidade. “O orador guarda uma certa relação com o ator. Isso pode ser preservado
em certa medida no discurso escrito, conforme o autor domine as
possibilidades rítmicas da língua”(LOPES: 2006: 46)
A retórica aparece também no discurso oral, assim Nietzsche admite certa “força” que o dizer tem no momento da transmissão
para o ouvinte, por carregar um caráter sonoro, musical, que é
próprio da língua.
Com isso, o ouvinte deve ser convencido do que está escutando,
uma vez que ele tem uma percepção dos tons utilizados. Desse
modo o “bom”, o “verdadeiro” orador, fala sobre o ethos - os costumes das pessoas, seu ponto de partida é a busca por argumentos
e hipóteses que façam com que seu público se envolva e compreenda com uma certa propriedade, o que está sendo pronunciado,
“pureza y claridad ante todo; pero todo modificado según las características de lugar, circunstancias, de aquel que habla, de lós que
escuchan”.(NIETZSCHE:?: 98)
El arte del orador es el arte de no dejar nunca que se note la
artificialidad: de ahí el estilo característico que, sin embargo,
es todo lo más un producto del arte más noble: como la “naturalidad” del buen actor.(NIETZSCHE: ? :98)
Os discursos gregos dirigiam-se primeiro aos ouvidos. Nietzsche
admite segundo Suarez, em referencia ao curso de Retórica, que
o senso rítmico se faz necessário no desenvolvimento da palavra
no discurso, sendo que entre gregos e romanos, estava pautado
no exercício contínuo, que representava o artifício como forma de
seduzir os ouvidos.
2.
Neste ponto de nossas cogitações perante a linguagem, abordaremos na visão de Isócrates elementos, os quais ele entende como
problemático entre os oradores de seu tempo.
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Todos saben que muchos oradores se atreven a hablar ante el
pueblo no de lo que conviene a la ciudad, sino de aquello de
lo que esperan sacar ingressos ellos mismos, mientras que yo
y los mios no solo nos alejamos más que otros de los bienes
públicos sino que nos gastamos los nuestros particulares en las
necessidades de la ciudad por encima de nuestras posibilida-
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des. (...) además esos oradores se insultan entre ellos mismos
en las asambleas por garantía depositada en manos de tercero,
injurian a los aliados o acusan en falso a cualquiera de los
demás. (ISÓCRATES: 1998: 236)
Neste trecho vemos uma crítica de Isócrates aos discursos sem sentido, que visam necessidades particulares e não o bem da cidade ou
para os cidadãos.
Isócrates compreende que a locução, tinha caráter político e moral,
uma vez que o orador deveria ter a preocupação e se concentrar no
seu “falatório” para o público, se pautando no interesse coletivo,
ou seja, no que era pertinente e que fizesse sentido para a cidade e
consecutivamente para os cidadãos na pólis, a qual precisaria ser
envolvida pelos dizeres do orador.
Rohden, em sua análise sobre o método isocrático, diz que a retórica
deveria encontrar novos rumos diretivos, uma vez que a retórica
anterior falhou em concentrar-se apenas em direção à política diária.
Assim a proposta de Isócrates foi de resgatar a arte retórica, com a
possibilidade de torná-la o exercício da verdadeira arte política.
Isócrates vê a relação da retórica como meio de enriquecer a cultura política, apontando seus fins. Acredita que a retórica deveria
ser a melhor maneira para formar o conteúdo ético-político de seu
tempo. “Sua ação retórica deve ser compreendida no grande movimento educativo ateniense ocorrido no período pós-guerra (do Peloponeso), em que havia um forte desejo de renovação ético-política.”
(ROHDEN: 2010: 36/ 37)
Ainda Segundo, Rohden, Isócrates relaciona a linguagem como
uma questão que se volta para si e para fora de si, ou seja, não
admite a filosofia fora da retórica. Entende que a natureza humana
não tem como alcançar uma autentica ciência, no sentido de episteme; a sabedoria incide na descoberta, na opinião – doxa, do que
deve dizer ou fazer para o melhor do homem.
A retórica é síntese da arte da persuasão e do viver social: em
sua arte retórica está incluída a própria moralidade. O filosofo
não é o que contemplou o mundo das formas perfeitas (...). A
descoberta prática, concreta, do que é melhor para o homem é
uma atividade própria do retórico. (ROHDEN: 2010: 37)
Isócrates, no entanto, segundo Rohen apresenta um equilíbrio entre as diferentes partes de um discurso, compreende que a retórica
deixa de ser meramente uma propaganda ou simples forma de eloquência, por ter em si o caráter de converter a uma ação política.
O discurso deve conter e enfatizar a limpidez das palavras para que
a linguagem seja usada de uma maneira convincente e que possa
ter adequação para uso da humanidade.
Deste modo, Isócrates, reconhece na retórica a busca do melhor
nas opiniões, para o bom viver humano. Igualmente vê na palavra
uma relação próxima com quem lê, tendo essa ligação um papel
direto com a moral, sendo que é pela palavra que se pode modificar a si e a outrem.
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3.
Retomaremos alguns conceitos básicos que nos conduzirão para
a parte final dos nossos apontamentos sobre a linguagem e o seu
uso. Aqui faremos uma singela retomada de alguns conceitos de
Niezstche e Isócrates para adentrarmos na conceituação que Diderot terá sobre o assunto.
Para Nietzsche o orador deve ser como um ator, que tem o artifício
tão bem pensado e articulado que convence quem está escutando.
No entanto, para que isso seja possível os ouvintes devem acreditar
no discurso, podendo haver um apelo por meio dos “sentimentos”.
Convencer que tudo o que é dito é verdadeiro e real, é o ponto de
chegada; aí está a persuasão exercida por meio da retórica.
Já em Isócrates, a arte da retórica, se valerá da utilização de elementos que possam ambientar o leitor, ou ouvinte com uma realidade, de forma que este consiga se localizar no que está sendo
transmitido. Para que isso ocorra com a mais naturalidade possível
é preciso que as palavras sejam utilizadas de modo límpido e no
discurso exista o entendimento e uma proximidade com os ouvintes, ou leitores, isto não significa que não há a presença de elementos artificiais, muito pelo contrário, o artifício se faz de grande
importância, e compreender os interlocutores é necessário para que
a natureza consiga agir de modo que crie uma espécie de harmonização entre o discurso.
No ato de convencer é necessário que exista um equilíbrio para que
o leitor possa adentrar e degustar o discurso. Isócrates cria um estilo epidítico, que talvez permite ouvir por traz da leitura.
Para Isócrates o homem pode e deve dominar a palavra, para assim
poder dominar a si próprio. A retórica tem como principal intuito a
formação moral do povo.
Aqui entraremos no que concerne ao pensamento de Denis Diderot,
assim sendo, pensemos no que este filósofo pode contribuir para
os nossos estudos até então. Destacar a importância que ele dará a
busca da natureza e artificialidade no discurso, no uso da palavra
e nas gesticulações nos facilitará para um melhor entendimento de
outros conceitos atribuídos por Diderot e seus comentadores.
Segundo Guinsburg, Diderot foi concebido como teórico da representação enquanto atividade estética, política, ética e moral,
quebrando com o conceito de intersecção entre a representação, a
retórica e a substância do texto. Foi ele, quem primeiro concebeu
a questão da representação como uma arte em si e por si mesma;
para ele, a representação, a linguagem, os gestos e a articulação de
cada ator nada tinham a ver com os sinais que os textos e a sensibilidade propunham.
Diderot ao observar que deveria existir uma técnica na arte do atuar, irá perceber que a boa imitação da natureza requer certo caráter
de artificialidade, para que haja impacto e verdade para quem atua,
assim como para quem assisti à peça.
Resgatar a simplicidade da natureza, restabelecer a dimensão
propriamente espetacular da cena, trazê-la da corte para o
quotidiano doméstico – eis, enfim, os significados maiores da
reflexão de Diderot sobre o teatro. (MATOS: 2009: 14)
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No Paradoxo do comediante, Diderot aponta que o discurso deve ser
compreendido, na realização mediada por técnicas que combinem
a artificialidade com a imitação da natureza. Ao criar este clima
apoiado na artificialidade, o comediante no seu processo de estudos
perante as palavras e as ações, tem a necessidade de compreender a
arte da persuasão. O público para ser afetado carece da veracidade
do que será dito e apresentado; o que deve ser realizado por meio
de um envolvimento que tem que aparentar ser natural.
...se o comediante fosse sensível, ser-lhe-ia permitido, de boa
fé, desempenhar duas vezes seguidas um mesmo papel com
o mesmo calor e o mesmo êxito? Muito ardente na primeira
representação, estaria esgotado e frio como mármore na terceira. (DIDEROT: 1985:163)
Assim, Diderot percebe que o imitador atento da natureza, poderá
atuar e representar quaisquer que sejam as personagens, por que
este tem a reflexão a seu favor, por ser um copista de si, da natureza, de seus estudos e observador da sensibilidade e de sua própria
interpretação. A somatória de todas essas “técnicas” fará com que o
ator tenha um exímio desempenho perante o que representa, convencendo o público de suas “reais” ações e discursos no palco, será
em sentido nietzscheano um grande ator.
... longe de enfraquecer-se, fortalecer-se-á com novas reflexões que terá recolhido; ele se exaltará ou se moderará, e vós
ficareis com isso cada vez mais satisfeito. Se ele é ele quando
representa, como deixará de ser ele? Se ele quer cessar de ser
ele, como perceberá o ponto justo em que deve colocar-se e
deter-se? (DIDEROT: 1985:163)
O artifício para Diderot se faz necessário para que assim o público
compreenda a cena que o comediante quer representar, é só dessa
maneira que o espectador será convencido.
Ao representar, o comediante tem que se utilizar sempre de reflexão, com um profundo olhar nas questões da natureza humana,
imitando paciente e ininterruptamente um modelo ideal. Provido
de uma constante memória, imaginação, será uno e o mesmo em
todas as representações, uma vez que, com maestria no ato de sua
recuperação de fatos mundanos, transmitirá a quem assiste um real
momento. Todavia, executará, com grande êxito, seu papel, não
ficando no campo de seu “achismo emocional”. O ator incorpora a
verdadeira essência das coisas por meio de artifícios que são dados
a partir de sua reflexão perante a natureza, que é o seu modelo ideal, o qual fortalecerá sua interpretação e seu trabalho de atuação.
Diderot insiste que o discurso ordenado não é o melhor meio
de expressar as paixões, ao contrário dos gritos não articulados, das expressões faciais, dos gestos. Esse realismo reclama
não apenas a valorização da pantomima do ator, mas também
que o texto dramático seja escrito em prosa, como o romance,
além de destacar a importância dos cenários e do figurino.
(MATOS: 2009:15)
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Diderot demonstra a semelhança entre os gênios das pinturas, poetas, oradores, atores e músicos. Assemelham-se pelo olhar atento
que direcionam as coisas da natureza e em seus momentos de
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inspiração sabem controlar o delírio do entusiasmo e manter certo
sangue frio: “os grandes poetas dramáticos, sobretudo, são espectadores assíduos do que se passa em torno deles no mundo físico e
no mundo moral” (DIDEROT, 2000: 35).
Os grandes imitadores da natureza, entre eles, podem-se incluir
atores, poetas, oradores entre outros, são os menos sensíveis dos
seres, pois a sensibilidade não está inclusa como uma qualidade
dos gênios, estes são sim imitadores constantes da natureza, dotados de muita imaginação e julgamento, sendo seguros de seus atos,
compreendem e estão sempre em uma constante observação dos
fatos ao seu redor. Necessitam deixar-se embriagar pelas atitudes
mundanas para que seu íntimo esteja inundado de vivências, as
quais serão de grande valia, desde que possa reproduzir com intensidade, veracidade e com a arte de convencer quem quer que seja.
...no fragmento de Diderot a cena não se organiza em torno
da palavra. O diálogo, simples e econômico, é pontuado por
olhares, gestos, silêncios e ruídos, igualmente convocados a
falar. (MATOS: 2009:14)
Segundo Maria das Graças de Souza, o exemplo clássico do paradoxo é o do ator de teatro, que se expressa da seguinte maneira: aos
olhos da plateia, um grande ator é aquele que, ao representar um
determinado papel em cena, não apenas aparenta os sentimentos do
personagem, mas os experimenta realmente. Contudo, aos olhos do
crítico, ou filósofo, passa-se exatamente o contrário: o grande ator
é aquele que mantém seus próprios sentimentos sob absoluto controle, para representar um papel que foi meditado e construído.
O paradoxo se manifesta no fato de que quanto mais os resultados
forem dados a partir da reflexão, no silêncio das emoções, mais
perfeitamente ele poderá retratar, diante do público, as emoções do
personagem, sendo assim mais “verdadeiro”. Portanto, o paradoxo
são duas verdades distintas, que não se excluem, mas, geram um
amplo fio condutor com capacidade de fazer com que as duas facetas se reconciliem.
O princípio dessa dramaturgia... é o seguinte: a fim de restituir
ao teatro o poder de melhorar os homens, é preciso “abalar”
(“renverser”) os espíritos, levando “tumulto” e “pavor” à alma
do espectador, a exemplo da tragédia grega. Para isso, deve-se
resgatar a energia da linguagem, a energia da natureza de que
a linguagem é portadora, o que se supõe que libere a cena das
regras e “conveniências” clássicas. Tomando como modelo a
célebre passagem das Eumênides de Ésquilo em que o parricida
Orestes é perseguido pelas Fúrias, assim Diderot imagina “um
exemplo doméstico e comum”, possível no teatro (MATOS:
2009:12)
No que diz respeito a Diderot, Romano nos aponta a seguinte questão “Essa forma de combate à garrulice, quando se revela ineficaz,
exige a mudança no ataque (...) manipular não apenas o silêncio,
mas a própria linguagem reduzida ao barulho simples. Neste instante, Jean-François usa as onomatopeias, indicando a inanidade
da lógica dogmática em qualquer domínio do espírito” (ROMANO:
1996: 10/11)
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O espetáculo só voltará a produzir um efeito duradouro caso o
dramaturgo recuse um teatro de grandes poetas, fundado sobre
a excelência do texto literário... (MATOS: 2009:14)
Depois de muitas leituras, reflexões, acordos e desacordos nas buscas
que se tornaram particulares ao estudo da palavra, do discurso e o
representar, podemos compreender que é preciso muito mais tempo
e esforço para uma análise mais ampliada e de profundeza, para que
possamos abranger mais conceitos e novas disparidades ou similitudes entre as obras, filósofos e questões por nós oras apresentadas.
O silêncio nos abaterá por enquanto, deixaremos nosso texto com
indagamos maiores para que em um futuro próximo possamos nos
ater a mais pontos e escavar coisas que ainda não conseguimos dar
conta nessa tentativa de perceber as múltiplas formas que estão
contidas na utilização do discurso.
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Bibliografia
DIDEROT, Denis; GUINSBURG, J. (org.). Obras II Estética, Poética e
Contos. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000.
DIDEROT, Denis. Textos escolhidos. col. Os pensadores. 2ª ed. São
Paulo- SP. Abril Cultural, 1985.
ISÓCRATES. Discursos. HERMIDA, Juan M. Guzmán (trad.). España - Madrid Biblioteca Clásica Gredos- Editorial Planeta De
Agostini, 1998.
LOPES, Rogério Antonio. Elementos de retórica em Nietzsche. São
Paulo – SP. Edições Loyola: 2006.
MATOS, Luiz Fernando Batista Franklin de. A querela do teatro no
século no século XVIII: Voltaire, Diderot, Rousseau. O que nos
faz pensar (PUCRJ), Rio de Janeiro – RJ. v. 25, p. 7-22, 2009.
NIETZSCHE, Friedrich. Escritos sobre a retórica. Campinas – SP.
Editora Trotta – UNICAMP, (?)
______. Obras incompletas. col. Os pensadores.3ª ed. São Paulo-SP.
Abril Cultural, 1983.
ROHDEN, Luiz .O poder da linguagem : a Arte Retórica de Aristóteles.2° ed. Ver. ampl. – Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.
ROMANO, Roberto. Silêncio e Ruído: a sátira em Denis Diderot.
Campinas - SP. Editora da UNICAMP, 1996.
SOUZA, Maria das Graças. Natureza e Ilustração: sobre o materialismo de Diderot. Col. Biblioteca de Filosofia. – São Paulo SP. Editora UNESP. 2002.
SUAREZ, Rosana. Nietzsche e os cursos sobre a retórica. O que nos
faz pensar (PUC - Rio) Rio de Janeiro – RJ. n° 14. 2000.
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