UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS- UNEAL
CAMPUS-III-PALMEIRA DOS ÍNDIOS
2014
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL
Campus III – Palmeira dos Índios
Mônica Francisca de Souza1
Aldinês Vieira da Silva2
Marcos António Luz Surica3
Mário Diniz Agra4
UMA ABORDAGEM SISTEMÁTICA SOBRE OS METAIS ALCALINOS
E METAIS ALCALINOS - TERROSOS.
1.Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL campus III, Palmeira dos Índios.
2. Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL campus III, Palmeira dos Índios.
3. Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL campus III, Palmeira dos Índios.
4. Docente Supervisor da Escola Estadual Manoel Passos de Lima, em Química.
5. Docente Coordenador da Universidade Estadual de Alagoas –UNEAL, no Curso de Licenciatura em Química.
Palmeira dos Índios – AL
2014
RESUMO
Este artigo propõe uma discussão acerca da proposta de discutir o tema da educação
relacionada a técnicas que incentivem a criatividade do aluno, para possibilitar a
aprendizagem a partir de outras formas de ensino, e não somente na forma teórica tradicional.
Esta prática está inteiramente ligada ao ensino dos metais alcalinos e metais alcalino-terrosos
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da tabela periódica dos elementos em química, discorrendo acerca de como são encontrados,
aplicados e consumidos na sociedade consumista atual, integrando a arte no ensino de
química e fazendo com que o aluno sinta prazer ao trabalhar certos tipos de conteúdo. Um
bom método de ensino que se pretende ser aplicado é fazendo com que o aluno desperte sua
imaginação. Várias maneiras poderiam ser abordadas, mas um bem significativo seria o
desenvolvimento de um conto literário, onde os personagens seriam duas famílias com
personalidades e características diferentes que nessa dramaturgia representariam os metais
alcalinos e os metais alcalino-terrosos. Com relação a educação de modo geral, esse conto
seria de grande importância, pois levaria o aluno ao estudo dos metais na tabela periódica,
visto que ele iria encarar como uma maneira mais fácil, relacionando uma matéria que de
certa forma é considerada pelo aluno como sendo complicada, com outra mais fácil ou até
mesmo mais dinâmica, levando em consideração que esse vínculo facilitaria para ambas as
partes.Isso só demonstra que o âmbito da química está inteiramente ligado a
multidisciplinaridade, pois conduziria o aluno a ter sua curiosidade despertada, procurando
saber qual a importância e desenvolvimento dos metais tanto para sua vida, como para a
sociedade em que ele está relacionado.Frequentemente quando abordamos tabela periódica
em sala de aula logo percebemos a dificuldade dos alunos em compreender suas utilidades,
seu funcionamento, forma de leitura e organização, tornando-se claro a dificuldade em
identificar periodicamente até mesmo famílias dos mais simples elementos para uma possível
utilidade de aplicação em sala.
Palavras-chave: Educação; Tabela Periódica; Metais.
A SYSTEMATIC APPROACH ON THE ALKALI METALS AND METALS
ALKALINE EARTH.
ABSTRACT
This paper proposes a discussion on the proposal to discuss the theme of the related
techniques that encourage student's creativity education to enable learning from other forms
of education, not only in the traditional theoretical way. This practice is fully engaged in the
teaching of the alkali metals and alkaline earth metals of the periodic table of elements in
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chemistry, talking about how they are found, applied and consumed in the current
consumerist society, integrating art in teaching chemistry and causing the student feel
pleasure to work certain types of content. A good method of teaching that is intended to be
applied, is causing the student to awaken your imagination. Several ways could be addressed,
but a significant and would be the development of a short story, where the characters would
be two families with different personalities and characteristics that this drama represent the
alkali metals and alkaline earth metals. With respect to general education, this story would be
of great importance as it would take the student to the study of metals in the periodic table,
because he would face as an easier way, relating a story that somehow is regarded by the
student as being complicated, with another easier or even more dynamic, taking into
consideration that this link would facilitate for both parties. It just shows that the scope of
chemistry is fully linked multidisciplinary because the student would have aroused your
curiosity, seeking to know the importance and development of metals for both your life and
for the society in which it is related. Often when we approach the periodic table in the
classroom soon realized the difficulty of students to understand their usefulness, functioning,
organization and form of reading, it became clear the difficulty in identifying periodically
even families of the simplest elements of a possible use of application in the classroom.
Keywords: Education. Periodic Table. Metals.
INTRODUÇÃO
Os contos fazem-se presentes em nossas vidas desde os anos iniciais, pois quando
criança já começamos a assistir filmes e ouvir histórias baseadas em narrativas, por
intermédio da vida escolar e também de nossos pais. Desde a antiguidade os contos são
narrativas populares que perpassaram inicialmente pela tradição oral. São narrativas simples,
porém de grande complexidade, pois abordam assuntos de conflitos cotidianos até filosóficos
e psicológicos, geralmente abordados através da formação moral e dos polos opostos como,
por exemplo a bondade e a maldade, a beleza e a feiura, entre outros.
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Segundo Betthelheim (2007) estas histórias falam ao ego em germinação e encorajam
seu desenvolvimento enquanto ao mesmo tempo aliviam pressões pré conscientes e
inconscientes [...] começam onde a criança realmente se encontra no seu ser psicológico e
emocional. Falam de suas pressões internas graves de um modo que ela consequentemente
compreende.
Visando o conto como material de trabalho no ensino de química, especificamente aos
estudos dos metais alcalinos e alcalino-terrosos, utilizando este método como artificio para
fugir do modo tradicional promovendo um possível envolvimento dinâmico e compreensivo
ao alcance dos alunos para que assim seja removido a impressão de que o estudo da química é
chato e cansativo.
Nobrega (2009, p. 25) explica que “a fantasia preenche as enormes lacunas da
compreensão da criança”. Isso faz com que ela possa criar e desenvolver estratégias de
resolução, frente a pensamentos sempre otimistas dominando seus temores.
A narração, segundo Bettelheim (2007) permite maior flexibilidade no contato
intrapessoal, aumentando até mesmo os lados entre seus parceiros e a compreensão do texto.
O adulto narrador pode e deve demonstrar emoções, dar vozes, sentidos aos acontecimentos
expressos neste momento apreciar integralmente os sentimentos e as reações da criança
(BETTELHEIM, 2007, p. 219).
Nobrega (2009, p. 20) demonstra que os contos partem de uma organização simples e
dinâmica “mantém uma estrutura fixa, partem de um problema vinculado a realidade que
desequilibra a tranquilidade inicial, buscam soluções no plano de fantasias e necessitam de
elementos mágicos para enfim trazer de volta a realidade”, possibilitando a criança interação
com o seu modo de percepção do mundo.
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OBJETIVOS
Objetivo Geral

Despertar no estudante o interesse pela leitura, proporcionar conhecimentos voltados
aos alcalinos e alcalino-terrosos de forma prazerosa, atrativa e envolvente através do
conto com a dramatização.
Objetivos Específicos

Construir junto com o aluno conhecimentos sobre os alcalinos e alcalino-terrosos.

Promover o interesse pela leitura através do conto, voltado ao grupo 1A e 2A da tabela
periódica.

Estabelecer uma leitura dinâmica através do mini-livro elaborado especificamente aos
metais alcalinos e alcalino-terrosos.
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METODOLOGIA DE ENSINO
Este artigo tem como método de aplicação abordar detalhadamente os metais
alcalinos e alcalino-terrosos, por meio de uma pesquisa a respeito de cada elemento
representada por uma dramatização abordando os aspectos principais dos mesmos
viabilizando sua importância para a sociedade contemporânea, levando os alunos a uma
aprendizagem mais prazerosa, trazendo músicas da atualidade para o ensino de química.
Dar-se também a aplicação do mini-livro nele contido uma dramaturgia envolvendo os
metais alcalinos e alcalino-terrosos, fazendo com que os alunos despertema imaginação tendo
em foco o conhecimento e aprendizado sobre estes elementos e aplique-as em um teste de
rendimento.
A técnica por sua vez trás o desenvolvimento de um conto literário, onde os
personagens fazem parte de duas famílias da tabela periódica. Cada personagemassume
características peculiares do elemento em questão, proporcionando ao discente um
entendimento maior e mais amplo, com relação ao que se diz respeito à educação de um
modo geral e mais especifico na área de química.
Esse conto é de grande pertinência na área da educação, pois leva o aluno ao estudo
dos metais na tabela periódica, de forma que ele possa encarar como uma maneira mais fácil,
relacionando uma matéria que é considerada pelo mesmo como sendo complicada,
trazendomais dinamismo facilitando assim o trabalho de ambas as partes.
Isso só demonstra que o âmbito da química está presente na vida do aluno e no meio
em que ele vive, o qual deve ser valorizado pela sua magnitude proporcionando assim ao
discente a curiosidade de buscar novos conhecimentos fundamentando a importância e
desenvolvimento dos metais tanto para sua vida, como para a sociedade em que ele está
relacionado.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Frequentemente quando abordamos tabela periódica em sala de aula logo percebemos
a dificuldade dos alunos em compreender suas utilidades, seu funcionamento, forma de
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leitura e organização, tornando-se claro a dificuldade em identificar periodicamente até
mesmo famílias dos mais simples elementos para uma possível utilidade de aplicação em
sala. Daísurgem as mais variadas perguntas; como sãoorganizados os elementos? Como
identificar cada um deles? Como e onde é aplicado? Entre outras indagações, diante desse
contexto é de fundamental importância à formação e metodologia aplicada pelo professor
para que junto com seus alunos possam construir um aprendizado que proporcione
compreensão do conteúdo abordado e possíveis futuras descobertas, no entanto o individuo
precisa ter além do conhecimento, a noção do
poder de aquisição daquilo que lhe é
possibilitado.
A presença da Química no dia a dia das pessoas é mais que suficiente para justificar a
necessidade do cidadão ser informado sobre a Química. Todavia, o ensino de Química
atualmente em nossas escolas está muito distante do que o cidadão necessita conhecer para
exercer sua cidadania (SANTOS; SCHNETZLER, 1997, p. 13). Segundo Gadner:
Na criação artística o problema a ser resolvido vai
sendo reformulado ao longo do processo de criação: “o
artista geralmente define seu problema conforme avança
descobrindo novas possibilidades e acrescentando novas
limitações por materiais e por suas manobras”(1997, p.
277).
A linguagem química não é importante apenas porque vai registrar o fenômeno de
uma forma mais concisa e simplificada, mas que ao registrar o fenômeno dessa forma vai
configurar os limites e as possibilidades de um certo lugar de observação desse fenômeno.
Então, a partir dessas considerações, eu poderia apontar aqui que esse “ensinar nomenclatura”
de compostos, esse “aprender a representar fórmulas estruturais” de forma mecânica, como se
faz, pouco pode contribuir para a formação do pensamento químico nesse sentido que estou
considerando (MACHADO, 1999, p. 127-128).
Lutfi (1997) tece considerações a respeito de mudanças necessárias à Educação
Química. A respeito da forma como os conteúdos químicos são muitas vezes ensinados,
desconectados da vida dos estudantes, o autor destaca que:
“Se pretendermos ser do nosso tempo, precisamos refletir se
seguimos essa sequência formal de conteúdos ou se damos o
passo e pegamos tudo o que está embaralhado na vivência
com os alimentos, as tintas, os tecidos, as embalagens e
neles buscamos as substâncias na mediação entre estrutura e
função (LUTFI, 1997, p. 8)”.
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Dessa forma, é importante estabelecer relações entre o conteúdo químico citado e as
vivências dos estudantes durante as aulas de química, introduzindo-lhes assim essa troca de
conhecimento, que se faz bastante necessária para o ensino-aprendizagem.
Freire (1988) aponta que:
“uma das tarefas da escola, como centro de produção
sistemática do conhecimento, é trabalhar criticamente a
inteligibilidade das coisas e dos fatos e sua
comunicabilidade. É imprescindível, portanto que a escola
instigue constantemente a curiosidade do educando em vez
de ‘amaciá-la’ ou ‘domesticá-la’. É preciso mostrar ao
educando que o uso ingênuo da curiosidade altera a sua
capacidade de achar e obstaculiza a exatidão do achado. É
preciso por outro lado e, sobretudo, que o educando vá
assumindo o papel de sua inteligência do mundo e não
apenas de recebedor da que lhe seja transferida pelo
professor (FREIRE, 1988, p. 124)”.
Trazer textos a respeito do suposto cotidiano dos estudantes como um pretexto para
ensinar os conteúdos também se constitui de uma forma de entrada da leitura nas aulas. A
esse respeito, Geraldi (2002) comenta que:
Não vejo porque um texto não possa ser pretexto (para
dramatizações, ilustrações, desenhos, produção de outros
textos, etc.). Antes pelo contrário: é preciso retirar os textos
dos sacrários, des-sacralizandos-os com nossas leituras,
ainda que venham marcados por pretexto e não do fato de o
texto ter sido pretexto (GERALDI, 2002, p. 97).
Em relação à leitura de textos que envolvem conhecimento químico, os estudantes
tendem a não gostar muito, preferindo a explicação do professor. Dizem que, se o professor
não explicar depois da leitura, esta não adianta. Por outro lado, podemos pensar essa situação
do ponto de vista da bagagem de leituras, da experiência dos leitores com o vocabulário
químico. A explicação de termos e conceitos é importante neste sentido, mas pode ser
utilizada de forma dinâmica, interessando-se pelas dúvidas dos estudantes, deixando-os
questionar e elaborar questões a respeito do texto lido. Por outro lado muitos estudantes
sentem-se presos e dependentes da explicação, que deixa de ser um esclarecimento de
dúvidas e passa a ser o estabelecimento de um modelo de leitura.
Sendo assim o projeto também está contido na proposta de quebrar a dificuldade na
leitura e na compreensão de ler texto envolvendo a química por meiode um conto que de
forma prazerosa está vinculado ao ato de informar aos educandos maiores conhecimentos
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sobre os metais alcalinos e os metais alcalinos terrosos, mostrando-lhes suas diversas
utilidades e aplicações no dia a dia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma salienta-sea luta constante dos docentes na formação de profissionais
competentes e autônomos, devido àgrandes mudanças que ocorreram no Brasil sejam em
questões sociais, econômicas e políticas, modificando assim o ensino-aprendizagem
dificultando o mesmo devido as inovações tecnológicas, fazendo com que os alunos se
tornem aptos a acomodação refletindo assim sobre seu aprendizado, não tendo interesse por
assuntos que envolvam as ciências exatas entre elas a química, julgando-a complexa; neste
sentido os profissionais devem procurar meios que tragam os alunos para a aula e que tenham
interesse em permanecer nela. Este artigo tem por finalidade ajudar os profissionais da área
de química proporcionando aulas mais dinâmicas e distintas que tenham co-relação ao
dia-a-dia do aluno mostrando a eles da necessidade de se conhecer os fenômenos que se
relacionam a respectiva promovendo uma reflexão sobre esta ciência que é tão essencial ao
homem, trazendo as tecnologias e a cultura atual como ferramenta para que o
ensino-aprendizado seja mais satisfatório, contextualizando a química com a arte por meio de
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dramaturgiasmusicais que façam despertar a imaginação e a curiosidade sobre os compostos
metálicos mais usados na sociedade atual.
REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Trad. Arlene Caetano. São Paulo:
Paz e Terra, 2007.
WESTON, Anthony. Creativity for critical thinkers. New York/ Oxford: Oxford University
Press, 2007.
VELHO, Gilberto (org.). Desvio e divergência. Uma critica da patologia social. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
SANTOS, W. L.; SCHNETZLER, R. P. Educação em Química: Compromisso com a
cidadania. Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 1997. 144 p.
GARDINER, H. As artes e o desenvolvimento Humano. Porto Alegre, RS: Artes Médicas,
1997.
NÓBREGA, LyédeRuggero de Barros. Educar com Contos de Fadas: Vinculo entre a
realidade e fantasia. São Paulo: Mundo Mirim, 2009.
MACHADO, A. H. Aula de Química – discurso e conhecimento. 1999. Tese (Doutorado em
Educação). Universidade Estadual de Campinas.
LUTFI, M. A. A abordagem sociológica do Ensino de Química. Ciência & Ensino, FE –
Unicamp, Campinas, v. 3, p. 7-9.
FREIRE, P. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São
Paulo: Cortez, 1988. 80 p.
GERALDI, J. W. O Texto na Sala de Aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 2002. 127 p.
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