LEONAM FURTADO PEREIRA DE SOUZA
VOCABULÁRIO
DA
NATUREZA
meio ambiente - recursos naturais - ecologia
e ciências correlacionadas
2009
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
O engenheiro agrônomo e professor Leonam Furtado Pereira de Souza é graduado
pela Escola de Agronomia da Amazônia, em 1968, atual Universidade Federal Rural da
Amazônia. Recém formado, fez parte da equipe pioneira de técnicos do Projeto Jarí,
empreendimento do norte-americano Daniel Ludwig que, a partir de 1969, começou a
desenvolver atividades silviculturais visando produção de matéria prima para uma
fábrica de celulose implantada na fronteira do Pará com o Amapá. Em 1974, ingressou
no Projeto RADAM, onde especializou-se em pedologia e participou dos levantamentos
de solos e estudos integrados em todo o território nacional. Em 1986, com o término do
Projeto RADAMBRASIL, atuou em empresas de consultoria, elaborando estudos e
projetos. Com a obrigatoriedade do licenciamento ambiental para os empreendimentos
potencialmente
modificadores
do
meio
ambiente,
integrou-se
às
equipes
multidisciplinares para a elaboração de Estudos e Relatório de Impacto Ambiental –
EIA-RIMA, no contexto do licenciamento de empreendimentos governamentais e da
iniciativa privada. De 1997 a 2004, sediado em Belém – PA, trabalhou no SIVAM –
Sistema de Vigilância da Amazônia, fazendo parte da equipe que sistematizou e
atualizou as informações geográficas e, em especial, o conhecimento e a cartografia
referente aos solos, geologia, geomorfologia e vegetação da Amazônia Legal,
objetivando a criação de um Banco de Dados que permitiu a consolidação do patamar
confiável e georreferenciado necessário à implantação e operacionalidade do SIPAM –
Sistema de Proteção da Amazônia. A partir de 2005, morando em Brasília, voltou a
exercer atividades de consultoria e iniciou trabalhos docentes, ministrando aulas de
Avaliação de Impacto Ambiental e Recuperação de Áreas Degradadas.
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VOCABULÁRIO DA NATUREZA
LEONAM FURTADO PEREIRA DE SOUZA
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
meio ambiente - recursos naturais - ecologia
e ciências correlacionadas
mais de 6 400 palavras e expressões
Dedico este trabalho aos meus queridos netos PEDRO ANTÔNIO,
OTNICHENKO, JOÃO VICTOR, LUCAS, LUAN e PAULO CÉSAR,
futuros cidadãos do Terceiro Milênio e que deverão atuar melhor que a
minha geração para manter a vida sobre a Terra, com qualidade e
dignidade.
Brasília – DF
2009
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VOCABULÁRIO DA NATUREZA
Capa e ilustrações:
Marcelo Conduru de Souza
Editoração eletrônica:
Equipe Leonam’s Home Page
Direitos reservados:
Leonam Furtado Pereira de Souza
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
meio ambiente - recursos naturais - ecologia e ciências correlacionadas
Leonam Furtado Pereira de Souza
1a edição – Brasília, DF 2006
401 p.
Inclui bibliografia
1. Vocabulário 2. Meio ambiente 3. Recursos naturais
I. Souza, Leonam Furtado Pereira de Souza
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VOCABULÁRIO DA NATUREZA
APRESENTAÇÃO
A uniformização e divulgação da terminologia utilizada em ciências naturais é
hoje uma constante necessidade, em decorrência das características dinâmicas
e interrelacionadas dos componentes ambientais e da ampliação significativa do
saber humano que, a cada dia, gera novas palavras, conceitos e definições.
Engajado há mais de trinta e oito anos em levantamentos de recursos naturais e
estudos ambientais, venho colecionando, catalogando e pesquisando os termos
utilizados nestas atividades; investigando uma ampla bibliografia, tanto em
fontes convencionais como na Internet.
Nesta obra, procuro consolidar uma relação, a mais abrangente possível, das
palavras e expressões que fazem parte da comunicação científica atual
relacionada às pesquisas e estudos da Natureza. Vale salientar que, dentro do
enfoque holístico adotado, não poderiam ser omitidas algumas palavras
definidoras de situações e procedimentos específicos das ciências que, por
estarem indiretamente relacionadas à ecologia, geralmente não constam nos
vocabulários, glossários e dicionários especializados em termos ambientais e
ecológicos.
Aqui, estão reunidos mais de 6.400 verbetes e expressões que pertencem aos
mais variados campos do saber, tais como, biologia, ecologia, palinologia,
agronomia, biotecnologia, genética, botânica, zoologia, meteorologia,
cartografia, mineralogia, climatologia, pedologia, geomorfologia, paleontologia,
geologia, agricultura, fitopatologia, virologia e tantas outras ciências que estão,
correlacionadas com o meio ambiente e os recursos naturais, sem esquecer que
o contexto multidisciplinar e globalizado não permite excluir termos de áreas
que, tradicionalmente, não são contempladas quando se faz uma relação como
esta. Assim, palavras no âmbito da medicina, astronomia, sócio-economia,
metalurgia, engenharia, estatística, tecnologia, robótica, cibernética,
comunicação e informática, entre outras áreas do conhecimento humano, estão
inclusas nesta obra.
Na verdade, gostaria que esta pequena contribuição viesse ajudar na melhoria
da consciência ecológica no Brasil, onde muitos cidadãos assistem sem
entender, as polêmicas envolvendo questões como desenvolvimento
sustentado, degradação ambiental, preservação dos recursos naturais,
desertificação, mudanças climáticas, explosão demográfica, alimentos
transgênicos, dentre os mais variados temas que constantemente estão nos
noticiários. Por não conhecerem uma simples definição ou o significado de uma
palavra, as pessoas perdem o interesse por um assunto que, muitas vezes,
pode ser importante para a sua saúde, segurança ou bem-estar, vale dizer, para
a sua cidadania.
Espero que este vocabulário seja de utilidade para professores, estudantes e
pessoas que se interessam pelos assuntos vinculados à Natureza, e que todos
encontrem na sua consulta, algum entendimento das situações cotidianas ou
uma abordagem mais simplificada dos complexos mecanismos que regulam a
vida sobre a Terra.
O Autor
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VOCABULÁRIO DA NATUREZA
SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS
Simbologia utilizada neste vocabulário
Unidades Básicas:
Nome da Unidade
metro
ampère
candela
quilograma
mol
kelvin
segundo
Símbolo
m
A
cd
kg
mol
K
s
Unidades Suplementares:
Nome da Unidade
radiano
esterradiano
Símbolo
rad
sr
Grandeza
comprimento
corrente elétrica
intensidade luminosa
massa
quantidade de matéria
temperatura termodinâmica
tempo
Grandeza
ângulo plano
ângulo sólido
Unidades Derivadas:
Unidades Geométricas e Mecânicas
Grandeza
Nome da Unidade
aceleração
metro por segundo ao quadrado
aceleração angular
radiano por segundo ao quadrado
área
metro quadrado
densidade de fluxo de energia
watt por metro quadrado
difusividade, viscosidade cinemática
metro quadrado por segundo
fluxo de massa
quilograma por segundo
força
newton
frequência
hertz
massa específica
quilograma por metro cúbico
quilograma-metro quadrado por segundo
momento angular
momento de força, torque
newton-metro
momento de inércia
quilograma-metro quadrado
momento linear
quilograma-metro por segundo
potência, fluxo de energia
watt
pressão
pascal
tensão superficial ou interfacial
newton por metro
trabalho, energia, quantidade de calor
joule
vazão
metro cúbico por segundo
velocidade
metro por segundo
velocidade angular
radiano por segundo
quilograma por metro quadrado e por segundo
velocidade mássica
viscosidade dinâmica
pascal-segundo
volume
metro cúbico
Grandeza
calor específico
capacidade térmica
coeficiente de transferência
condutividade térmica
fluxo de transferência de calor
gradiente de temperatura
temperatura Celsius
Unidades Térmicas:
Nome da Unidade
joule por quilograma e por kelvin
joule por kelvin
watt por metro quadrado de calor e por kelvin
watt por metro e por kelvin
watt por metro quadrado
kelvin por metro
grau Celsius
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Símbolo
m/s2
rad/s2
m2
W/m2
m2/s
kg/s
N
Hz
kg/m3
kg.m2/s
N.m
kg.m2
kg.m/s
W
Pa
N/m
J
m3/s
m/s
rad/s
kg/(m2.s)
Pa.s
m3
Símbolo
J/(kg.K)
J/K
W/(m2.K)
W/(m.K)
W/m2
K/m
o
C
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
Unidades Elétricas e Magnéticas:
Nome da Unidade
farad
carga elétrica (quantidade de eletricidade)
coulomb
condutância
siemens
condutividade
siemens por metro
fluxo magnético
weber
gradiente de potencial, intensidade de campo elétrico
volt por metro
indução magnética
tesla
indutância
henry
intensidade de campo magnético
ampère por metro
potência aparente
volt-ampère
potência reativa
var
relutância
ampère por weber
resistência elétrica
ohm
resistividade
ohm-metro
tensão elétrica, diferença de potencial, força eletromotriz
volt
Grandeza
capacitância
Grandeza
ângulo plano
ângulo plano
ângulo plano
área
comprimento
comprimento
comprimento
comprimento
condutância
condutividade elétrica
decremento logarítmico
densidade
densidade
energia
energia
massa
massa
massa
massa
nível de potência
radiação
tempo
tempo
tempo
tempo
velocidade angular
volume
Outras Unidades:
Nome da Unidade
grau
minuto
segundo
centimetro quadrado
unidade astronômica
parsec
centímetro
milimetro
deciSiemens
milimohs
neper
parte por bilhão
parte por milhão
elétron-volt
caloria
tonelada
grama
miligrama
centimol de cargas
decibel
cintilações por segundo
minuto
hora
dia
segundo
rotação por minuto
litro
7
Símbolo
F
C
S
S/m
Wb
V/m
T
H
A/m
VA
var
A/Wb
Ω
Ω.m
V
Símbolo
o
`
``
cm2
UA
pc
cm
mm
dS
mmhs
Np
ppb
ppm
eV
cal
t
g
mg
cmolc
dB
cps
min
h
d
s
rpm
l
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
Prefixos:
Grandeza
exa
peta
tera
giga
mega
quilo
hecto
deca
deci
centi
mili
micro
nano
pico
femto
atto
Nome da Unidade
E
P
T
G
M
k
h
da
d
c
m
µ
n
p
f
a
8
Símbolo
1018
1015
1012
109
106
103
102
10
10-1
10-2
10-3
10-6
10-9
10-12
10-15
10-18
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
A
cerca de 450 espécies (ex: uruú,
mandaçaia, jataí, abelha-limão, etc);
criadas pelos povos indígenas há longa
data. (Zoologia)
aberração cromática Efeito luminoso de
uma lente que apresenta índices de
refração diferentes para os distintos
comprimentos de onda da luz. (Física)
a
Colocado após o símbolo dos
horizontes A, B e C, indica propriedades
ândicas, ou seja, que a constituição do
horizonte é dominada por material
amorfo, de natureza mineral, oriundo de
transformações
de
materiais
vulcanoclásticos; por exemplo: Ba.
(Pedologia)
abeto Designação comum às espécies
dos gêneros Abies e Picea, plantas de
regiões frias, constituindo parte da
vegetação típica da tundra. (Botânica)
abioceno Lugar desprovido de seres
vivos. (Ecologia)
abiogênese
Suposta formação de
organismo vivo a partir de matéria não
viva; geração expontânea.
A Ver horizontes do solo; horizonte A.
(Pedologia)
A antrópico Ver horizonte A antrópico,
horizontes do solo. (Pedologia)
abiótico Lugar ou processo sem seres
vivos; literalmente significa não biológico;
elemento abiótico diz respeito a uma
característica física ou química de um
ambiente ou ecossistema.
A chernozêmico
Ver horizonte A
chernozêmico, horizontes do solo.
(Pedologia)
A fraco Ver horizonte A fraco, horizontes
do solo. (Pedologia)
abioto O que é incompatível com a vida;
o que mata; designação dada à cicuta
por sua qualidade mortífera.
A húmico Ver horizonte A húmico,
horizontes do solo. (Pedologia)
abissal
Relativo às profundezas
marinhas onde não há mais vegetação
verde; um depósito marinho abissal é
aquele localizado a uma profundidade
superior a 1.000 m.
A proeminente
Ver horizonte A
proeminente,
horizontes
do
solo.
(Pedologia)
aa Ver lava aa. (Geologia)
abiu Árvore de pequeno porte (Pouteria
caimito), com 4 a 10 m de altura e copa,
às vezes, ao alcance da mão; o fruto é
uma baga globosa, de casca inteiramente
amarela quando maduro; é comumente
encontrado em estado silvestre por toda
a Amazônia.
aba Parte mais baixa de uma montanha
ou de um anticlíneo, não devendo ser
confundida com os flancos da montanha.
(Geomorfologia)
abajeru Planta da família das Rosaceae
(Coupeia canomensis), que tem fruto tipo
drupa, comum em algumas áreas da
Amazônia; guajuru, gajiru.
abiurana-abiu (Pouteria guianensis)
Árvore da família Sapotaceae, de porte
médio, fuste cilíndrico, de diâmetro
superior a 60 cm, casca sulcada,
avermelhada, com 0,5 cm de espessura;
madeira pesada; cerne castanho-escuro;
alburno amarelo-escuro; grã direita;
textura média; sem cheiro e sem gosto.
abalo Estremecimento, trepidação ou
tremor do solo devido a um sismo ou
explosão. (Geologia)
abaxial Localizado no lado oposto das
nervuras; inferior, fosca e com nervuras
salientes; exemplo: a superfície inferior
de uma folha. (Botânica)
ablação Degelo das partes superficiais
de uma geleira, por ação da radiação
solar (insolação), do ar quente e da
chuva.
abelhas indígenas Abelhas sociais e
sem ferrão, da família Apidae, subfamília
Meliponinae; no Brasil são encontradas
9
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ou em estado iônico a um sólido; entrada
do nutriente no citoplasma celular.
ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas, entidade civil sem fins
lucrativos de utilidade pública; desde
1940, elabora normas técnicas no país,
com o objetivo de facilitar as trocas de
bens e serviços, promovendo o
desenvolvimento
da
ciência,
da
tecnologia, da indústria e do comércio;
integra o Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial,
criado pela Lei Federal 5966/73; é
reconhecida como o único Fórum
Nacional
de
Normalização
pela
Resolução 7/92 do Conselho Nacional de
Metrologia.
absorção passiva Movimento de íons e
água para dentro da raiz da planta como
resultado de difusão ao longo de um
gradiente de atividade.
absortância Propriedade apresentada
por um objeto de absorver a energia.
abunã Alimento, tipo de pirão feito na
Amazônia, utilizando ovos de tartaruga e
farinha de mandioca, comumente com
adição de açúcar.
abundância Termo que indica o número
de indivíduos presentes num biótopo ou
numa área determinada; é o número total
de indivíduos de uma espécie numa
determinada população ou comunidade.
(Fitossociologia)
aborígene Originário do país onde vive;
nativo; habitante primitivo de uma região;
indígena.
abrasivo
Material
duro
e
mecanicamente usado em abrasão ou
corte; comumente feito de material
cerâmico. (Metalurgia)
açacu Árvore de grande porte da família
das euforbiáceas (Hura crepitans),
comum na Amazônia, de látex muito
venenoso; sua madeira esbranquiçada e
leve é utilizada como matéria-prima nas
serrarias.
abrolho Acidente do relevo submarino
constituindo um rochedo que por vezes
aflora próximo aos litorais, formando
ilhas; encontrado também no leito dos
rios, dando origem a pequenas
corredeiras.
açafrão
Corante de origem vegetal
extraído dos estigmas dissecados das
flores do Crocus sativus L.
abscesso Uma coleção ou aglomerado
localizado de pus. (Medicina)
açaí Palmeira (Euterpe oleraceae) de
cujo fruto se faz o chamado vinho de
açaí, consumido pela população da
Amazônia, principalmente em Belém,
Estado do Pará; ultimamente tem sido
muito utilizado como fornecedor de
palmito, fato que está causando a
destruição dos açaizais nativos.
absinto Erva aromática européia, da
família das Compostas (Artemisia
absinthium), dotada de propriedades
amargas e cujas flores são empregadas
na preparação de um licor de teor tóxico.
absoluto Termo utilizado para designar
uma substância quimicamente pura, por
exemplo: álcool absoluto. (Química)
acamadamento Arranjo paralelizado de
corpos litológicos de forma lenticular,
mais ou menos alongada, produzida por
movimentos não-coaxiais dúcteis e
desmembramentos dos litotipos seguidos
de deslocamentos e deformação das
porções. (Geologia)
absorção Processo físico no qual um
material coleta e retém outro, com a
formação de uma mistura; pode ser
acompanhado de uma reação química;
processo pelo qual a água ou fluído (com
sais, se houver), penetra no corpo
através de um tecido celular poroso.
ação antrópica
Qualquer atividade
desenvolvida pelo homem sobre o meio
ambiente, independentemente de ser
maléfica ou benéfica.
absorção ativa Movimento de íons e
água para dentro da raiz da planta como
resultado de processos metabólicos.
ação bioquímica Modificação química
resultante do metabolismo de organismos
vivos.
absorção de nutrientes Processo de
incorporação de material líquido, gasoso
10
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ação sistêmica Propriedade de uma
substância química em ser absorvida por
uma
planta
e
deslocar-se
em
quantidades suficientes para exercer sua
ação tóxica.
ação capilar
Ação devida a
capilaridade, por exemplo: retenção da
água num solo contra a força de
gravidade.
ação civil pública de responsabilidade
Procedimento jurídico com respaldo na
Lei no 7347 de 24.07.1985, que confere
ao Ministério Público Federal e Estadual,
órgãos e instituições da Administração
Pública e às associações com finalidade
protecionistas a legitimidade para acionar
os responsáveis por danos ao meio
ambiente, ao consumidor e aos bens e
direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico. (Direito)
ação teratogênica
Anormalidades
congênitas produzidas por alguns
agentes químicos que possuem a
capacidade de afetar células do embrião
ou feto em desenvolvimento.
acapú
Árvore da família das
leguminosas (Vouacapoua americana)
comum na Amazônia, que pode atingir
mais de 20 metros de altura; fornece
madeira escura de elevada duração,
muito utilizada em cercas e para fazer
tacos e tábuas para assoalhos.
ação de contato Aquela que se dá pela
penetração de uma substância química
através do revestimento externo (pele ou
tegumento) de um organismo.
acápua
fumo.
ação de limpeza
Remoção de
substâncias indesejáveis através da
utilização de processos físico-químicos.
Lenha seca , que não deixa
acari tamanco (Panaque nigrolineatus)
Peixe que juntamente com as outras
variedades de acaris, representam uma
proporção expressiva na produção
pesqueira em toda a região do Baixo
Tocantins;
existem
espécies
exclusivamente ornamentais. (Ictiofauna)
ação de tamponamento A resistência
de uma solução à mudança de seu pH.
ação fumigante Penetração de uma
substância química volátil no organismo,
através das vias respiratórias.
acaricida
ácaros.
ação mutagênica É aquela capaz de
provocar uma alteração comossômica
não detectável, conhecida como mutação
genética, a qual é transmitida às
gerações
sucessivas
de
células.
(Genétia)
Qualquer substância letal a
acariquara
Árvore da família das
oleraceas (Minquartia punctata e M.
guianensis), de madeira muito resistente
e utilizada como postes, moirões, esteios
e dormentes; acariúba, acaximba.
ácaro Designação geral dos aracnídeos
da ordem Acarina, na qual se incluem
também os carrapatos e os micuins.
(Zoologia)
ação popular Direito constitucional de
qualquer
cidadão
para
obter
a
invalidação de atos ou contratos
administrativos lesivos ao patrimônio
federal, estadual e municipal ou de
órgãos
e
pessoas
jurídicas
subvencionadas com dinheiro público; o
cidadão a promove em nome da
coletividade, no uso de uma prerrogativa
cívica que a Constituição da República
lhe outorga. (Direito)
acarofilia Simbiose de uma planta com
os ácaros, com vantagens mútuas.
(Biologia)
acárpico Vegetal sem fruto, que não
gera fruto; acarpo. (Botânica)
acasalamento ao acaso Sistema em
que cada fêmea tem chance igual de se
acasalar com qualquer reprodutor
durante uma estação de monta;
acasalamento ao acaso é necessário
para testes de progênie precisos.
(Melhoramento Genético)
ação residual
Aquela em que é
pretendido um efeito relativamente longo,
posterior ao momento de aplicação de
uma substância química para uso
específico. (Química)
11
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
acasalamento associativo Sistema de
acasalamento
de
indivíduos
fenotipicamente semelhantes; embora o
fenótipo seja produto tanto do genótipo
quanto do meio ambiente, tais indivíduos
têm maiores chances de carregar os
mesmos alelos para genes que
determinam a morfologia. (Melhoramento
Genético)
Amazonas e no Tapajós; floração de
julho a setembro e frutificação até
dezembro ou janeiro.
aciaria Usina ou parte de uma usina
siderúrgica destinada à produção de aço.
acidente Acontecimento ou série de
acontecimentos com a mesma origem, de
que resulta, ou possa resultar numa
situação de emergência ou seja
susceptível de provocar danos pessoais,
materiais ou ambientais. (Defesa Civil)
acaule Denominação aplicada a uma
planta que não apresenta caule visível.
(Botânica)
acidente de Bhopal
Vazamento de
substâncias químicas ocorrido em uma
fábrica de agrotóxicos, matando mais de
mil pessoas na cidade de Bhopal, região
central da Índia; ainda hoje existem
pessoas sofrendo com as seqüelas e
efeitos duradouros dos produtos tóxicos.
aceiro
Procedimento utilizado no
combate e prevenção de incêndios
florestais; consiste numa faixa de terra
aberta em volta da área que está sendo
queimada ou que se quer proteger,
mantida livre de vegetação, com capina
ou poda, a qual impede a invasão do
fogo.
acidente de Goiânia
Vazamento de
césio 137 ocorrido em Goiânia, Estado
de Goiás, região Centro-Oeste do Brasil,
em setembro de 1987, quando um
cilindro de ferro e chumbo é quebrado,
liberando uma cápsula de césio. Em
decorrência, 22 pessoas morrem e mais
de uma centena fica com seqüelas; o lixo
altamente tóxico desse acidente foi
armazenado em barris lacrados na
cidade de Abadia de Goiás.
aceitabilidade Disposição com a qual os
animais selecionam e ingerem uma
forragem; algumas vezes é usado de
modo trocado para significar ambos
palatabilidade ou consumo. (Zootecnia)
aceleração Variação da velocidade em
função do tempo. (Física)
acelerador Sistema destinado a elevar a
energia cinética de partículas carregadas
como elétrons, prótons, dêuterons, etc;
os
mais
comuns
são
ciclotron,
sincrodiclotron,
betatron,
acelerador
linear. (Física Nuclear)
acidez Presença de ácido, ou seja, de
um composto hidrogenado que, em
estado líquido ou dissolvido, se comporta
como um eletrólito; a concentração de
íons H+ é expressa pelo valor do pH.
acelerógrafo Instrumento de registo da
aceleração.
acidez ativa Refere-se à concentração
dos íons H+ presentes na solução do
solo; pH do solo. (Pedologia)
acenafteno Hidrocarboneto cristalino,
incolor, obtido do alcatrão da hulha;
fórmula C12H10.
acidez da água Quantidade de ácido,
expressa em miliequivalentes de uma
base forte por litro de água, necessária
para titular uma amostra a um
determinado valor do pH.
acesso
Amostra de germoplasma
representativa de um indivíduo ou de
vários indivíduos da população; em
caráter mais geral, qualquer registro
individual constante de uma coleção de
germoplasma,
por
exemplo:
uma
plântula, uma maniva. (Genética)
acidez livre Quantidade de ácidos fortes
contida na água, geralmente expressa
em miliequivalentes de base forte,
necessária para neutralizar um litro dessa
água, utilizando-se, por exemplo, o
vermelho de metila como indicador.
achuá Árvore com até 18 metros de
altura, (Sacoglottis guianensis), cujo fruto
é uma drupa de cor amarela; dispersa em
toda a região amazônica, e mais
frequentemente encontrada no Baixo
acidez não trocável
Refere-se à
quantidade de íons hidrogênio que o solo
12
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
fabricação de resinas acrílicas, de
fórmula CH2COOH; ácido vinilfórmico.
é capaz de liberar pela extração com
uma solução de sal tamponada,
geralmente a pH 7,0; é obtida por
diferença entre a acidez potencial e a
trocável. (Pedologia)
ácido ascórbico Substância existente
em vários frutos cítricos, cristalina e
muito importante para o metabolismo do
organismo, cuja fórmula é: C6H8O6.
acidez potencial Relacionada aos íons
H+ e Al³+ ainda combinados com
moléculas e colóides do solo e que
poderão se dissociar delas, influenciando
seu pH e, portanto, seu poder tampão;
extraída com a solução de acetato de
cálcio 0,5M a pH 7,0 ou por processo
indireto. Ver método SMP. (Pedologia)
ácido barbitúrico Substância derivada
do ácido malônico e da uréia, cristalina e
incolor, cuja fórmula é: C4H4O3N2;
utilizado em farmacologia.
ácido benzóico Derivado de benzeno,
cristalino,
incolor,
usado
como
preservativo de bebidas e como corante;
fórmula C6H5COOH; é também antiséptico.
acidez total
Quantidade de ácidos
fracos
e
fortes,
expressa
em
miliequivalentes de uma base forte
necessária para neutralizar esses ácidos,
utilizando-se, por exemplo, a fenolftaleína
como indicador.
ácido carbônico Ácido fraco que se
forma pela dissolução do dióxido de
carbono em água, cuja fórmula é: H2CO3.
ácido carboxílico Composto orgânico
que apresenta grupo funcional - COOH
(carboxila), ligado diretamente à cadeia
carbônica.
acidilas Ver acilas.
acidimetria Processo para determinar a
composição química de uma solução
ácida mediante uma solução básica de
normalidade conhecida; oximetria.
ácido carmínico
Substância sólida,
cristalina, vermelho, encontrada nas
cochonilhas, de fórmula: C22H20O13. Ver
cochonilha-do-carmim, cochonila.
ácido
Composto químico que doa
prótons; substância que tem mais prótons
do íon hidroxila em solução; solo
deficiente em bases trocáveis; possui pH
inferior a 7.
ácido cianídrico Ver ácido prússico.
ácido cítrico
Ácido tricarboxílico,
cristalino, incolor, presente no suco das
frutas cítricas, de fórmula: C6H8O7.
ácido abiético Ácido monocarboxílico
derivado dos terpenos, cristalino, extraído
da resina das coníferas.
ácido clorídrico
Solução de gás
clorídrico, de cheiro muito forte e
sufocante, e que apresenta importantes
usos industriais, cuja fórmula é: HCl; no
estômago trabalha em conjunto com
enzimas como a pepsina para digerir
proteínas. (Medicina)
ácido acético Líquido claro, viscoso, de
cheiro picante e solúvel em água, sendo
que
quando
resfriado
em
uma
temperatura abaixo de 16,70 C, solidificase formando cristais brilhantes, incolores
e transparentes com aspecto de gelo; é
utilizado na preparação de perfumes,
corantes, acetona, etc, sendo ainda
encontrado como principal constituinte do
vinagre; fórmula: CH3COOH.
ácido de Arrhenius Substância que
libera íons hidrogênio (H+) quando se
dissolve em água.
ácido desoxirribonucléico – ADN ou
DNA É a substância responsável pela
herança biológica de todos os seres
vivos, à exceção de muitos vírus, nos
quais esse papel é representado pelo
ARN; a molécula de ADN é formada por
duas cadeias que se enrolam, compondo
uma hélice dupla, semelhante a uma
escada em caracol. As cadeias, o
ácido acetilsalicílico Substância sólida,
incolor, cristalina, derivado do ácido
salicílico, usado como antipirético e
analgésico, cuja fórmula é: C9H8O4;
aspirina.
ácido acrílico Ácido monocarboxílico
não-saturado, líquido, incolor, utilizado na
13
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
corrimão da escada, são constituídas por
moléculas de fosfato e carboidratos que
se alternam. As bases nitrogenadas
citosina: timina, adenina e guanina,
dispostas em pares, representam os
degraus. (Genética)
ácido melíssico Ácido graxo encontrado
na cera de abelhas, de fórmula:
C30H60O2.
ácido esteárico Ácido graxo existente
nas gorduras animais e vegetais e cujos
sais de sódio e potássio formam os
sabões; fórmula: C17H35COOH.
ácido nítrico Líquido incolor, fortemente
ácido, muito reativo, oxidante, com
numerosíssimas aplicações industriais.
ácido mirístico Ácido graxo encontrado
em muitos óleos vegetais, incolor,
cristalino, cuja fórmula é: C14H28O2.
ácido pantotênico Líquido viscoso, de
fórmula C9H17O5N, fator de crescimento
de certos organismos.
ácido fúlvico Termo de uso variado,
mas geralmente referindo-se à mistura de
substâncias orgânicas que permanece
em solução após acidificação de um
extrato do solo, usando um alcali diluído;
distingue-se
do
ácido
húmico
principalmente devido ao menor peso
molecular e maior teor de grupos
carboxílicos. Ver ácido húmico.
ácido prússico Ácido que só existe em
solução, muito venenoso, de fórmula
HCN; produto tóxico produzido como um
glicosídio por várias espécies de plantas,
especialmente sorgos; ácido cianídrico.
ácido ribonucléico – ARN ou RNA
Substância sintetizada pela ação de
diversas enzimas a partir de um filamento
de ADN que lhe serve de guia, no
processo conhecido como transcrição; é
constituído pela pentose (ribose), pelo
ácido fosfórico e pelas bases citosina,
uracila (ausente do ADN), adenina e
guanina; compõe-se de uma só cadeia
helicoidal e apresenta três classes, cada
uma das quais cumpre uma função
específica na célula; ácido nucléico
envolvido na transferência da informação
genética e na sua decodificação em uma
cadeia polipeptídica; em alguns vírus ele
é o material genético primário. (Genética)
ácido giberélico Hormônio natural dos
vegetais, branco, cristalino, usado para
provocar o crescimento das plantas, cuja
fórmula é: C19H22O6.
ácido glutâmico Aminoácido resultante
da hidrólise de proteínas, cristalino, com
sabor de carne, usado como condimento;
fórmula: C5H9O4N.
ácido hipúrico
Ácido orgânico
normalmente encontrado na urina dos
herbívoros.
ácido húmico Fração do húmus do solo
de cor escura, que pode ser extraída com
solução diluída de álcali e após,
precipitada por acidificação.
ácido sulfônico Composto orgânico que
apresenta o grupamento funcional SO3H (sulfônico) diretamente ligado à
cadeia carbônica.
ácido láctico Líquido incolor, xaroposo,
encontrado no organismo humano e que
apresenta importante função metabólica,
cuja fórmula é: CH3CHOHCOOH.
ácido úrico
Substância cristalina,
pulverulenta, incolor, existente em
pequenas quantidades na urina humana;
fórmula: C5H4O3N4; seu excesso no
organismo causa a doença denominada
de gota.
ácido Lewis Substâncias que podem
receber um ou mais pares de elétrons.
ácido linoléico
Ácido graxo nãosaturado,
líquido,
encontrado
em
diversos óleos vegetais, cuja fórmula é:
C18H32O2.
ácidos biliares Ácidos fracos formados
pelo fígado a partir do colesterol que
ajudam na digestão das gorduras.
(Medicina)
ácido lisérgico Produto derivado da
hidrólise de certos alcalóides vegetais,
cristalino e que possui propriedades
alucinógenas; fórmula: C16H16O2N2.
ácidos graxos Compostos que contêm
uma cadeia com 14, 16 ou 18 átomos de
carbono, não ramificada, saturada ou
14
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
maior o teor de carbono, maior a dureza
e menor a dutilidade do aço. (Metalurgia)
insaturada, com um grupo carboxílico em
uma ponta da molécula; quase todos os
ácidos graxos encontrados na natureza
encerram um número par de átomos de
carbono, incluindo o carbono no grupo
carboxílico.
aço especial Aço produzido em menor
escala e de acordo com as necessidades
do consumidor, tem propriedades muito
diferentes dos aços carbono, graças à
adição de elementos de liga. (Metalurgia)
ácidos graxos totais
Conteúdo
normalmente expresso em porcentagem,
das matérias graxas que compõem os
sabões.
aço hipoeutetóide Aço com teor de
carbono menor que 0,8%. Ver aço.
(Metalurgia)
ácidos nucléicos São as substâncias
(ADN,
ARN)
responsáveis
pela
transmissão da herança biológica,
constituindo as moléculas que regem a
atividade da matéria viva, tanto no
espaço (coordenando e dirigindo a
química celular por meio da síntese de
proteínas), como no tempo (transmitindo
os caracteres biológicos de uma geração
a outra, nos processos reprodutivos; são
moléculas longas e complexas, de
elevado peso molecular, constituídas por
cadeias de unidades denominadas
mononucleotídeos. (Genética)
aço inoxidável
Aço contendo, no
mínimo, 11,5% de cromo, com grande
resistência à corrosão; pode ser
encontrado com diversas microestruturas
e
propriedades
sob
as
formas:
martensítico, ferrítico, austenítico, ou
duplex. (Metalurgia)
aço liga Ver aço ligado. (Metalurgia)
aço ligado
Aço com propriedades
modificadas graças à adição de outros
elementos ao ferro e ao carbono; a gama
de elementos de liga é grande e suas
proporções podem variar, sendo, assim,
os aços ligados uma família de materais
extremamente diversificada. (Metalurgia)
acidulante
Substância capaz de
comunicar ou intensificar o gosto ácido
(azedo) dos alimentos e bebidas.
acondicionamento Ato ou efeito de
embalar os resíduos, para transporte e
ou disposição final. (Saneamento)
acilas São radicais derivados dos ácidos
monocarboxílicos pela retirada do
grupamento hidroxila contido na carbonila
e representados genericamente por Ac.
aços de baixa liga Aços contendo
quantidades baixas de elementos de liga.
(Metalurgia)
aclive Inclinação de um trecho de uma
superfície, como a encosta de um morro,
o reverso de uma cuesta, a vertente de
uma serra, etc., considerada de baixo
para cima.
acre
Medida de superfície agrária,
utilizada em países como a Inglaterra e
Estados Unidos, equivalente a 4.000
metros quadrados ou a 0,4 hectare.
aço Ver aço carbono. (Metalurgia)
acreção Fenômeno que consiste no
aumento do tamanho de partículas por
um processo de adições externas;
acrescência.
aço acalmado ao alumínio
Aço
desoxidado com alumínio para evitar
reações entre o oxigênio e o carbono
durante a solidificação. (Metalurgia)
ácricos Solos onde predominam cargas
positivas, de fertilidade natural muito
baixa.
aço carbono
Liga de ferro-carbono
contendo
de
0,008%
até
aproximadamente 2,0% de carbono, e
outros elementos residuais, resultantes
do processo de fabricação, como fósforo,
enxofre, manganês e silício; a maior
parte do aço produzido no mundo é do
tipo aço carbono. Em regra geral, quanto
acridofagia
Hábito
de
comer
gafanhotos, apresentado por certos
índios do Brasil, entre eles os camaiurás
e quicuros, do rio Xingu; este hábito é
também observado em outros povos,
como os africanos.
15
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
acunhamento Denominação aplicada
ao aspecto apresentado por uma camada
quando ela se adelgaça lateralmente até
o seu desaparecimento, passando a
outra de natureza diferente. (Geologia)
acritarcos Microfósseis unicelulares ou
aparentemente
unicelulares
que
consistem em uma testa constituída de
substâncias orgânicas de forma e
ornamentação variadas; ocorreram do
Pré-cambriano até o Terciário.
acupuntura Técnica milenar que utiliza
estímulos em pontos do corpo capazes
de despertar recursos de harmonização
psicofísica;
tradicionalmente
são
aplicadas agulhas para a estimulação,
mas hoje em dia estão sendo
substituídas por estímulos luminosos ou
sonoros.
acrófita Planta que vive nas regiões
alpinas. (Botânica)
acrografia Arte de gravar em relevo,
através da utilização da água-forte.
acromobacteriáceas
Família
de
bactérias baciliformes cujas células são
imóveis ou providas de flagelos; podem
viver na água ou no solo, poucas sendo
parasitas. (Biologia)
acurácia de seleção Correlação entre o
valor genético real (desconhecido) de um
animal e um valor genético calculado.
(Genética)
acronecrose Morte das extremidades
das plantas quase sempre causada por
vírus. (Fitopatologia)
ad hoc Método de avaliação de impacto
ambiental através de reuniões de
especialistas, para obter respostas com
base no conhecimento individual de cada
participante; fornece uma orientação
mínima para avaliação de impactos
ambientais. Ver AIA.
actinógrafo Aparelho que registra a
radiação solar direta. (Climatologia)
actinolita
Mineral do grupo dos
anfibólios monoclínicos e que se
diferencia
da
tremolita
Ca2Mg5(Si8022)(0H)2- pela presença de
ferro em quantidades superiores a 2%.
adaptabilidade
Potencial
para
adaptação; com sentido genérico e
evolutivo. Habilidade de se ajustar com a
variação ambiental; pode ser um produto
da adaptação, mas está associada a
custo metabólico e não precisa ser
inevitavelmente
um
resultado
da
evolução; capacidade do organismo
adaptar-se a níveis de variações
ambientais. (Genética)
actinomicetáceas Família de bactérias
que transitam para os fungos em virtude
das colônias filamentosas e radialmente
ramificadas; o gênero-tipo, muito rico em
espécies é o Actinomyces, produtor de
antibióticos e pigmentos.
actinomicetos Bactérias filamentosas ,
geralmente ramificadas , e que formam
micélios semelhantes aos dos fungos;
vVivem, principalmente, no solo e quando
proliferam na água causam problemas de
sabor e odor.
açúcar Qualquer elemento do grupo de
compostos carbohidratos solúveis em
água, com peso molecular relativamente
baixo e que apresenta um típico sabor
doce; é um sacarídeo.
adaptação
Processo pelo qual um
organismo
tornar-se
ajustado
ao
ambiente, dinâmica esta que pode exigir
mudanças morfológicas, bioquímicas,
fisiológicas ou comportamentais no
indivíduo e que o tornam mais capacitado
para sobreviver e reproduzir-se, em
comparação com outros membros da
mesma espécie. Ver característica
adaptativa, adaptabilidade.
açude Construção destinada a represar
águas, em geral para consumo humano e
irrigação, entre outros fins; barragem.
adenosina difosfato
Coenzina que
intervém no transporte da energia nos
organismos vivos.
acúleo Estrutura de origem epidérmica,
com aspecto de espinho, encontrado em
caules, como por exemplo, na roseira, e
folhas. (Botânica)
adenosina
trifosfato
Coenzina
nucleótica que fornece a energia
necessária para as diversas atividades
desenvolvidas pelas células, além de
16
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
intervir em numerosas reações químicas
dos organismos vivos.
adições Acréscimo ao solo de materiais
adicionados pela água, pelo ar ou pelos
organismos. (Pedologia)
adensador de lodo Unidade onde é
processado o adensamento do lodo.
aditivo Substância química adicionada a
alimentos para dar melhor aparência,
mudar espessura, gosto, prevenir a
decomposição rápida, etc; a maioria dos
aditivos é proveniente de materiais
sintéticos.
adensamento Redução na porosidade,
que se reflete no aumento da densidade
global, de uma camada do solo; tem
causas naturais, ligadas à gênese do
solo, diferenciando-se de compactação,
que tem causas antrópicas. (Pedologia)
ádito
Termo empregado em lavra
subterrânea representando uma galeria
sensivelmente horizontal, que apresenta
uma extremidade na superfície destinada
exclusivamente
a
ventilação
ou
drenagem, ou servindo a uma função
secundária no tocante ao transporte e
acesso. (Mineração)
adensamento do lodo Aumento da
concentração de sólidos do lodo nos
tanques de sedimentação e digestão;
geralmente a redução do teor excessivo
de umidade dos lodos não digeridos ,
com diminuição do seu volume, é
efetuada
em
tanques
especiais
(adensadores), através de uma agitação
conveniente, sem que haja adição de
reagentes químicos, ocorrendo então
uma liberação de parte da água, em
conseqüência
da
floculação
pela
aglomeração dos sólidos. (Saneamento)
adobe Pequeno bloco semelhante ao
tijolo, feito de uma mistura de barro cru,
areia em pequena quantidade, estrume e
fibra vegetal. (Engenharia Civil)
adsorbato Material retido por adsorção;
adsorvato.
adiabático Processo termodinâmico em
que não há troca de calor entre o sistema
considerado e seu ambiente; nos
processos adiabáticos o aquecimento e o
arrefecimento do ar ocorrem apenas por
efeito da pressão, expansão ou
compressão; na atmosfera tais variações
de pressão ocorrem pela ascensão do ar
(expansão) que produz resfriamento, ou
descida do ar (compressão) que produz
aquecimento;
aquecimento
e
resfriamento adiabáticos, são também
denominados
aquecimento
e
resfriamento dinâmicos. (Meteorologia)
adsorção Fase da multiplicação onde as
partículas virais colidem, casualmente,
com a superfície celular, resultando em
aproximadamente uma adsorção a cada
103 colisões. (Virologia).
adsorção Processo através do qual
átomos, moléculas e íons são retidos na
superfície de sólidos por intermédio de
ligações
físicas
ou
químicas;
concentração de íons por atração
eletrostática na superfície dos colóides
do solo (argilas e húmus).
adsorvente Material sólido na superfície
do qual ocorre a adsorção.
adiabático úmido Processo adiabático
em que ocorre a diminuição da
temperatura na razão de 0,60 C para
cada 100 m de altura. (Meteorologia)
adubação Processo de adição ao solo
de substâncias, produtos ou organismos
,que contenham elementos essenciais ao
desenvolvimento de plantas que são
cultivadas.
adição eletrofílica Reação de adição na
qual a primeira etapa é o ataque de uma
parte da molécula com excesso de
elétrons por um íon positivo, eletrófilo.
adubação verde Incorporação de
biomassa vegetal ao solo para elevar o
conteúdo de matéria orgânica; as plantas
utilizadas nesta prática agrícola devem
apresentar crescimento rápido e cortadas
jovens, ainda verdes; são preferidas
aquelas da família das leguminosas, que
adição nucleofílica Reação de adição
na qual a primeira etapa é a ligação de
um nucleófilo (substância com elétrons
disponíveis) a uma parte positiva
(deficiente em elétrons) da molécula.
17
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
além da matéria orgânica, incorporam
nitrogênio ao solo.
representativa de certa massa de água e
de seu grau de poluição.
adubo Qualquer substância aplicada no
solo ou em qualquer outro substrato para
torna-lo mais produtivo; pode ser
orgânico (folhas, estrume) ou inorgânico
(cal, fosfato. etc.); fertilizante.
aeração do solo Processo através do
qual é efetuada a troca de gases entre o
ar do solo e o ar atmosférico. Solos bem
arejados apresentam ar de composição
semelhante ao da atmosfera logo acima
da superfície, sendo que solos com
arejamento
deficiente,
geralmente
apresentam taxa muito elevada de CO2, e
em
conseqüência
uma
baixa
percentagem de oxigênio, em relação à
atmosfera; a velocidade de aeração
depende, em muito, do volume e da
continuidade dos poros do solo.
(Pedologia)
adubo mineral
Material inorgânico,
geralmente de origem industrial, que se
adiciona ao meio em que a planta é
cultivada para fornecer determinados
nutrientes.
adubo misto Mistura de fertilizantes
simples em proporções adequadas para
obter as concentrações de nutrientes
desejadas; formulado.
aeração prolongada Modificação do
processo de lodo ativado que realiza a
digestão do lodo no interior do sistema de
aeração.
adubo orgânico
Adubo constituído
essencialmente por elementos naturais
(matéria orgânica decomposta, esterco,
dentre outros), isto é, sem o acréscimo
de produtos químicos.
aerênquima Parênquima que apresenta
espaços
intercelulares
grandes,
aeríferos, com célula de fina membrana;
encontrado em algumas partes de
plantas flutuantes. (Botânica)
adubo químico Ver adubo mineral.
adubo verde Ver adubação verde.
adulária Variedade incolor, translúcida e
transparente do ortoclásio - K Al Si3 O8 que se apresenta habitualmente em
cristais pseudo-ortorrômbicos, apesar de
pertencer ao sistema monoclínico.
aeróbio
Organismo para os qual o
oxigênio livre do ar é imprescindível à
vida.
aerobiose
Vida em um meio onde
ocorre oxigênio livre.
adutora de água
Conjunto de
canalizações
dos
serviços
de
abastecimento público, destinadas a
conduzir água potável aos sistemas de
distribuição, ou água não potável dos
mananciais às estações de tratamento
aerodispersóide Ver aerossol.
aerófito Vegetal que apenas se ampara
em outro, sem contudo parasita-lo.
aerofotogrametria É a fotogrametria a
partir das fotografias aéreas; método de
obtenção de informações através de
fotografias aéreas.
advecção Processo de transferência de
calor por movimento horizontal do ar
atmosférico mediante fluxos ou massas
de ar; a transferência de calor das
latitudes baixas para as latitudes altas é
um típico exemplo. (Meteorologia)
aerógrafo Instrumento que projeta a
tinta por meio de ar comprimido , sendo
utilizado para colorir mapas, cartazes,
etc; é igualmente empregado no preparo
de originais destinados à reprodução por
via fotomecânica. (Cartografia)
aeração
Ato ou efeito de arejar,
especialmente a ventilação do solo;
aeragem; penetração do ar; nas plantas é
a troca de gases entre os tecidos internos
e a atmosfera.
aeromagnetômetro Sensor destinado a
medir a intensidade do campo magnético
terrestre.
aeração da água Reoxigenação da água
com a ajuda do ar; a taxa de oxigênio
dissolvido, expressa em porcentagem de
saturação,
é
uma
característica
aeroplancton
Conjunto
microorganismos que flutuam no ar.
18
de
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
exposição acessível à observação
humana, tais como: corte de estradas,
túneis, galerias subterrâneas , poços, etc.
aerossol
Conjunto de finíssimas
partículas em suspensão no ar ou em
outro gás, podendo ser sólidas (poeira,
gelo, fumo, pólen e alguns minúsculos
animais) ou líquidas(nevoeiros, vapores,
nuvens, etc.); geralmente os aerossóis
estão carregados eletricamente e formam
a base do núcleo de condensação;
podem afetar os raios de luz provocando
reflexão, refração e difusão.
afloramentos de rochas Quando as
rochas se encontram à superfície do
terreno, em contato direto com o ar
atmosférico. (Pedologia)
aflotoxina
Substância polinuclear
derivada
de
fungos;
cancerígena;
produzido por fungos encontrados em
amendoim, milho e outras plantas,
especialmente grãos.
aerossol monodisperso
Aerossol
constituído por partículas de mesmo
tamanho.
afluências
Volumes de água que
passam numa dada seção durante um
período
de
tempo
determinado.
(Hidrologia)
aerotriangulação Ver fototriangulação.
afanítica Denominação utilizada para
indicar uma textura, na qual os
constituintes minerais não são visíveis à
vista desarmada. (Geologia)
afluente
Denominação aplicada a
qualquer curso d'água, cujo volume ou
descarga contribui para aumentar outro,
no qual desemboca. (Hidrologia)
afecção Processo mórbido encarado
nas
suas
manifestações
atuais,
abstraindo-se, de suas causas e
conseqüências.
aftermath – Resíduo e ou rebrota de
plantas usada para pastejo após colheita
de uma cultura.
afélio Ponto da órbita de um planeta que
se afasta mais do Sol. (Astronomia)
agamospermia Formação assexuada
de semente. Ver apomixia; reprodução
assexuada. (Genética)
afetação de uso Destinação especial
dada a um determinado bem público.
(Direito)
agar-agar
Substância de natureza
gelatinosa obtida de algas marinhas e
que
é
largamente
utilizada
em
microbiologia, como base sólida dos
meios de cultura; é utilizada por alguns
povos como condimento.
afídio Qualquer um de um grupo de
pequenos insetos homópteros e alados,
de 1 a 5 mm, que sugam a seiva das
plantas; vulgarmente são chamados de
pulgões. Produzem uma secreção
adocicada que atrai as formigas;
exemplo: o pulgão das orquídeas
(Cerataphis lataniae), que assemelha-se
às
cochonilhas,
e
o
Cerataphis
orchidearum, encontrado nos trópicos e
estufas da Europa e América do Norte.
(Zoologia)
ágata Agregado bandado de calcedônia
disposta em camadas concêntricas e/ou
paralelas, submilimétricas a milimétricas
e como tal, constituídas de fibras de
quartzo
orientadas
de
modo
aproximadamente radial, separadas uma
das outras por camadas igualmente
orientadas de fibras mais espessas ou
com elongação contrária às anteriores.
áfilo Vegetal desprovido de folhas , tal
como a Euphorbia tirucalli, conhecida na
região nordeste com o nome vulgar de
avelós, ou que apresenta folhas muito
reduzidas, quase imperceptíveis, como a
cuscuta; em ecologia se considera o
caráter áfilo como uma adaptação
xerofítica,
pois
que
limita
a
evapotranspiração. (Botânica)
agência de bacia Instituição prevista na
Lei de Recursos Hídricos (Lei Federal
9433/97) como órgão criado na área de
atuação de um ou mais Comitês de Bacia
Hidrográfica; deve cuidar da cobrança
pelo uso da água, administrar os valores
arrecadados, medir a disponibilidade de
recursos hídricos, realizar pareceres
sobre projetos de obras, elaborar o Plano
afloramento Exposição em superfície,
de rocha ou mineral, bem como, qualquer
19
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de Recursos Hídricos do Comitê de Bacia
e cadastrar os usuários.
agente fitotóxico Substância capaz de
produzir danos aos vegetais.
agenda 21 Documento aprovado na
Conferência Mundial para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, realizada
no Rio de Janeiro, em junho de 1992,
que tem como objetivo traçar estratégias
para implantar os princípios da Carta da
Terra; de seus 40 capítulos, oito tratam
de questões econômicas e sociais; 14, da
conservação e gestão dos recursos
naturais; 7 descrevem o papel dos
grupos sociais; e 11 tratam das políticas
para garantir a qualidade de vida das
próximas gerações. Ver Carta da Terra.
agente
floculante
Substância
coagulante que, quando acrescentada à
água residuária, forma um precipitado
flocoso que conterá material suspenso,
promovendo a sua sedimentação.
agente infeccioso Bactéria, protozoário,
fungo, vírus ou helminto (verme), capaz
de
produzir
infecção
que,
em
circunstâncias favoráveis, no que se
refere ao hospedeiro e ao meio ambiente,
pode causar doença infecciosa; agente
etiológico animado.
agente irritante Todo e qualquer agente
físico ou químico que produza, quando
em contato com mucosas, lesão ou
reação inflamatória na área de contato;
essa lesão ou reação inflamatória não
envolve mecanismo imunológico, mas
depende apenas da duração do contato
ou da concentração do agente.
agente alergênico
Substância que,
após
um
ou
vários
contatos
subseqüentes com a pele ou mucosa,
desencadeia uma reação inflamatória na
área do contato e em outras áreas
distantes do contato primitivo; essa
reação inflamatória envolve mecanismo
imunológico e independente da duração
do contato e da concentração do agente.
agente mutagênico
Substância ou
radiação
que
provoca
alterações
genéticas nos organismos vivos, as quais
podem ser transmitidas para gerações
subseqüentes; agente físico ou químico
que pode aumentar a freqüência com que
as mutações podem ocorrer. (Genética)
agente
biológico
de
controle
Organismo vivo, natural ou que pode ser
obtido através de manipulação genética,
que é introduzido no ambiente para
promover o controle de uma determinada
população, ou das atividades biológicas
de outro organismo considerado como
nocivo.
agente patogênico
provocar doenças.
Agente capaz de
Ver agente
agente polinizador Ave ou inseto que
fecunda a flor. (Zoologia)
agente dispersante Substância química
que reduz a atração entre as partículas.
agente sensibilizante Substância que,
através de mecanismo imunológico,
precondiciona o organismo de modo que
posteriores contatos com tal substância
provocam alterações na saúde.
agente de floculação
floculante.
agente do modelado O que contribui
para a modificação da paisagem física.
(Geomorfologia)
agente tenso-ativo Qualquer substância
ou composto que seja capaz de reduzir a
tensão superficial, quando dissolvido em
água ou solução aquosa, ou que reduza
a tensão interfacial entre dois líquidos ou
entre um líquido e um sólido.
agente etiológico
Substância, cuja
presença ou ausência pode iniciar ou
perpetuar um processo mórbido; pode
ser nutricional, física, química ou
parasítica.
agente etiológico animado Ver agente
infeccioso.
agente teratogênico
Substância ou
radiação que pode provocar máformação durante o desenvolvimento
embrionário.
agente extintor
Qualquer matéria
utilizável no combate eficaz de um foco
de incêndio.
20
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
caracteriza-se pela produção de bens
alimentícios
e
matérias-primas
decorrentes do cultivo de plantas e da
criação de animais; na produção agrícola
temos de considerar três fatores: o
trabalho, a terra e o capital. (Agronomia)
agente tóxico
Qualquer substância
exógena em quantidade suficiente que,
em contato com o organismo, possa
provocar uma ação prejudicial, originado
um desequilíbrio orgânico.
aglomeração Ver floculação.
agricultura
alternativa
Métodos
alternativos que normalmente dispensam
usos
de
insumos
químicos
ou
mecanização, visando a conservação do
solo, bem como a sua fauna e flora;
nestes sistemas, as policulturas estão
adaptadas à vocação do solo e às
condições climáticas locais, enquanto as
pragas e as plantas invasoras são
contidas através do controle biológico; a
produtividade é condizente com a
manutenção do equilíbrio natural do
sistema; conjunto de técnicas agrícolas
baseadas em conceitos de conservação
de energia e matéria, reproduzindo
processos
ecológicos
naturais
e
aproveitando a economia da natureza,
inclusive de organismos vivos do
ambiente,
como
decompositores
parasitas e predadores existentes;
agricultura ecológica. (Agronomia)
aglomerado Placa prensada, composta
de serragem compactada com cola e
fechada com duas lâminas de madeira.
aglutinação
Células
aglomerados
devido
imunológica superficial.
reunidas em
à
reação
agônica Linha ao longo da qual a
declinação é zero. (Cartografia)
agradação
Processo que leva a
construção de uma superfície devido a
fenômenos
deposicionais.
(Geomorfologia)
agregação União de partículas primárias
do solo (areia, silte e argila) para formar
partículas secundárias ou agregadas; tal
união é realizada por forças naturais e
substâncias derivadas exsudadas de
raízes
e
atividade
microbiana.
(Pedologia)
agricultura biodinâmica
É uma das
formas de agricultura orgânica que
buscam harmonizar a relação do homem
com o campo; ela segue a idéia de que o
conhecimento, a sabedoria e a humildade
estão implícitos no trabalho agrícola
diário,
que
deve
ser
exercido
solidariamente, para gerar alimentos
sadios, preservar o ambiente e contribuir
com o bem estar das futuras gerações.
(Agronomia)
agregação a seco Agregação do solo
que não é quebrada por determinadas
condições de peneiragem a seco
efetuada no laboratório. (Pedologia)
agregado É o material mineral (areia,
brita, etc.) ou industrial que entra na
preparação do concreto. (Engenharia
Civil)
agregado Grupo de partículas do solo
(areia, silte e argila) aderidas de tal modo
que se comportam mecanicamente como
uma só unidade estrutural; quando
formado artificialmente é denominado de
torrão e se formado naturalmente é
denominado ped. (Pedologia)
agricultura biológica
Conjunto de
técnicas e de métodos com o objetivo de
preservar a qualidade biológica e
respeitar os equilíbrios naturais durante
a fase de produção de alimentos.
(Agronomia)
agreste Zona geográfica entre a mata
da encosta e a caatinga do Nordeste
brasileiro, com a vegetação associada;
um tipo mais robusto de caatinga fechada
junto ao litoral. (Geografia)
agricultura ecológica
alternativa. (Agronomia)
Ver agricultura
agricultura extensiva Quando o fator
predominante é apenas a terra;
geralmente é praticada com pouco
investimento e muita mão-de-obra
familiar. (Agronomia)
ágrico Ver horizonte ágrico. (Pedologia)
agricultura
Atividade
produtiva
integrante do setor primário da economia.
21
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
agricultura intensiva
É quando há
predomínio de investimentos de capital:
dinheiro
empregado
em
salários,
tecnologia,
máquinas
e
produtos
químicos (fertilizantes e agrotóxicos).
(Agronomia)
cientifico do solo; a ciência da agricultura
e do manejo do solo.
agricultura itinerante É uma agricultura
rudimentar, onde se pratica a queima do
mato, com o intuito de limpar o terreno.
Planta-se nesta terra récem-desbravada
para, após duas ou três safras, ter de
mudar de sítio , reiniciando-se o
processo; sistema de rodízio de terras de
cultivo. (Agronomia)
agro-silvo-pastoril Sistema de uso da
terra,
no
qual
árvores
perenes
desenvolvem com culturas agrícolas,
culturas forrageiras e produção animal.
agrosilvicultura Sistema produtivo no
qual a produção de bens florestais está
associada à produção de alimentos para
o homem.
agrotóxicos
Defensivos agrícolas
utilizados para combater pragas e
doenças agrícolas; todos, em princípio,
são tóxicos e sua utilização requer
cuidados especiais.
agroecologia Ramo da ecologia que
estuda
as
condições
ambientais
abióticas, bióticas e noóticas, dos
agroecossistemas.
água
Bem mineral encontrado na
natureza em estado líquido, sólido ou em
forma de vapor, formado por uma
substância química composta por duas
moléculas de oxigênio e uma de
hidrogênio (H2O), sendo responsável
pela existência e pela manutenção de
toda a vida na Terra.
agroecossistema
Sistema ecológico
natural, transformado em espaço agrário,
utilizado para produção agrícola ou
pecuária, segundo diferentes tipos e
níveis de manejo; em muitos casos
funciona como sistema monoespecífico,
para monoculturas, provocando diversos
problemas ambientais. (Agronomia)
água adsorvida
Água fixada na
superfície dos sólidos por forças
moleculares de adesão. Forma uma
película de uma ou mais camadas de
moléculas de água; ocorre tanto na zona
saturada como na não - saturada.
Normalmente é de baixa qualidade
química.
agroflorestal Ver agrossilvicultura.
agroflorestas
São povoamentos
permanentes, de aspecto florestal,
biodiversificados, manejado pelo homem
de forma sustentada e intensiva,
constituídas
de
espécies
perenes
(madeiráveis, frutíferas, condimentares,
medicinais etc.), para gerar um conjunto
de produtos úteis para fins de
subsistência e/ou de comercialização.
água agressiva
Água naturalmente
ácida e que apresenta uma ação
corrosiva, devido principalmente ao
conteúdo
de
anidrido
carbônico
dissolvido.
agroindústria
Conjunto de setores
industriais que fornecem insumos à
agricultura (fertilizantes, agrotóxicos,
sementes, etc.) e aos que beneficiam,
processam e/ou comercializam os
produtos
agrícolas;
indústria
que
beneficia matéria prima oriunda da
agricultura.
água branda Água predominantemente
livre de íons de cálcio (Ca+2) magnésio
(Mg+2).
agrologia Ramo da ciência que trata do
conhecimento da terra nas suas relações
com a agricultura.
água bruta Água que se encontra em
fonte de abastecimento, antes de receber
qualquer tipo de tratamento.
agronomia Especificação da agricultura
que trata da teoria e da prática do cultivo
de plantas incluindo o manejo técnico
água capilar
Água fixada entre
superfícies sólidas pouco distanciadas
(mm), devido ao balanço entre as forças
água alcalina Água que apresenta pH
superior a 7 (sete).
água boricada Solução límpida, incolor
e inodora, com 3% de ácido bórico.
22
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de
coesão/tensão
superficial
das
moléculas do líquido, adesão entre
líquido e sólido, e peso do líquido; ocorre
tanto na zona saturada como na não saturada. No topo do aqüífero livre forma
a zona capilar.
água do solo Água contida no meio
poroso situado próximo à superfície
topográfica; ocorre como água pelicular.
água conata Água retida nos interstícios
de uma rocha, quando no momento de
sua formação. água congênita.
água doce Água que possui baixas
concentrações de matéria dissolvida
(salinidade inferior a 2 000 ppm)
principalmente cloreto de sódio - NaCl.
água do telhado Superfície inclinada do
telhado por onde escorre a água da
chuva. (Engenharia Civil)
água congênita Ver água conata.
água dura
Água que apresenta
concentrações de Ca e Mg (poucas
centenas de miligramas por litro - mg/l)
capazes de provocar o aparecimento de
um resíduo insolúvel ao contato com
sabão ou ao ser fervida.
água continental Corpo e fluxo de água
localizado no interior de continentes;
presente em rios, lagos, represas,
charcos, lagoas, pequenos tanques e
corpos de água temporários.
água de barita Solução aquosa de
hidróxido de bário - Ba(OH)2 - que
apresenta
caráter
alcalino,
sendo
utilizada em análises qualitativas para
identificação de gás carbônico e
carbonatos.
água fóssil
Água contida em um
aqüífero e que se infiltrou em uma época
geológica com condições climáticas e
morfológicas deferentes das atuais.
água furtada Encontro de duas águas
do telhado. (Engenharia Civil)
água de constituição Água que faz
parte da composição química de um
mineral, tal como a água dos minerais
hidratados.
água gravitacional
Água que foi
retirada de uma massa rochosa ou de
solo, na zona de saturação, pela ação
direta da gravidade, sem que haja
alimentação.
água de desidratação Água que estava
em combinação química com certos
minerais e que, posteriormente, ficou livre
devido a ações químicas.
água higroscópica Água do solo em
equilíbrio
com
o
vapor
d'água
atmosférico; é, essencialmente, a água
que a atração molecular pode reter,
contrariando a evaporação.
água de fundo Água da parte mais
profunda de uma coluna de água, sendo
caracterizada geralmente por uma
densidade mais elevada do que a água
de superfície, principalmente devido a
sua temperatura mais baixa.
água incrustante Água saturada em
material
dissolvido,
normalmente
bicarbonato, e que gera precipitados.
água de retenção Água contida nos
interstícios de um meio poroso, e não
mobilizável pela ação da gravidade.
água interior Ver água continental.
água juvenil Água que entra no ciclo
hídrico pela primeira vez, através de
fenômenos magmáticos.
água diagenética Água que foi expulsa
das rochas em função de compressão,
por
processos
litogenéticos
ou
metamórficos; normalmente apresenta
baixa qualidade química.
água lêntica
Denominação genérica
para indicar toda água parada, como a
dos lagos.
água lótica Denominação utilizada para
as águas correntes, como a dos rios.
água disponível Teor de umidade que
se encontra retido no solo e disponível
para ser utilizado pelas plantas; sua
capacidade é limitada pela quantidade de
água armazenada entre a capacidade de
campo e o ponto de murcha.
água mineral Água subterrânea que
apresenta
características
especiais,
físicas e/ou químicas, naturais, com
23
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
água salobra
Água que apresenta
salinidade compreendida entre 1,5% e
3,0%.
possibilidades terapêuticas e/ou gosto
especial.
água mole Água doce que apresenta
baixas concentrações de sais alcalinosterrosos (Ca ;Mg), isto é, poucas dezenas
de miligramas por litro - mg/l.
água superficial Água que ocorre em
corpos cuja superfície livre encontra-se
em contato direto com a atmosfera, isto
é, acima de superfície topográfica.
água pelicular Água aderida como filme
à superfície dos sólidos, podendo ocorrer
tanto na zona saturada como na não
saturada.
água superfundida
Água que foi
submetida a resfriamento abaixo do
ponto de congelamento, sem que tenha
havido solidificação ou cristalização.
água potável Água que se destina ao
consumo humano, devendo ser incolor e
transparente
a
uma
temperatura
compreendida entre 8 e 110 C, além de
não poder conter nenhum germe
patogênico ou substância nociva à saúde
.
água supersaturada
Água que
apresenta concentrações de matéria
dissolvida acima da constante de
equilíbrio , e normalmente causada pela
queda da temperatura e/ou pressão; é
uma situação instável que tende a
provocar precipitação.
água produzida É a quantidade de água
que sai das estações de tratamento de
água e entra no sistema de distribuição.
água termal
Água subterrânea
naturalmente quente quando da sua
surgência; ou seja, acima de temperatura
média da região.
água profunda Denominação aplicada a
um corpo de água que apresenta uma
profundidade superior à metade do
comprimento das ondas superficiais
normais.
água tratada Água a qual tenha sido
submetida a um processo de tratamento,
com o objetivo de torná-la adequada a
um uso específico.
água residuária bruta Água residuária
antes de receber qualquer tratamento.
Ver água residuária.
água utilizada Água que após cumprir
determinada função ou uso, sai do
sistema de abastecimento e não torna
mais a ingressar no mesmo. Inclui tanto a
água utilizada racionalmente pelos
usuários quanto os desperdícios.
água residuária decantada/clarificada
Água residuária em que, parte dos
sólidos,
foram
removidos
por
sedimentação.
água vadosa
Água superficial que
ocorre na zona de aeração sob a
influência das forças moleculares e,
portanto, fixa.
água residuária oxidada
Água
residuária em que a matéria orgânica foi
estabilizada.
água residuária Qualquer despejo ou
resíduo liquido com potencialidade de
causar poluição.
aguaceiro
Queda
repentina
e
extremamente forte de chuva, produzida
por nuvens do tipo cumulus.
água residuária séptica
Água
residuária em estado de putrefação sob
condições anaeróbicas.
água-forte
Processo de gravação
química que transforma em cavo os
traços da imagem por mordedura de um
ácido em uma chapa de metal.
água salgada
Água em que a
quantidade de matéria dissolvida é
sensível ao paladar, ou seja, que
apresenta concentrações acima de 1.000
mg/l.
água-marinha Variedade de berilo
(Be3Al2Si6O18)
de
coloração
azulesverdeado pálido, transparente e que
cristaliza no sistema hexagonal; o berilo
de
coloração
verde
intensa
e
24
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
transparente recebe a denominação de
esmeralda.
gelo formados
atmosfera.
por
sublimação
na
água-mestra Termo que designa as
duas águas de forma trapezoidal, nos
telhados retangulares de quatro águas.
(Engenharia Civil)
AIA Ver avaliação de impacto ambiental.
ajuru
Pequena árvore ou arbusto
(Chrysobalanus icaro), com frutos de
coloração variável (róseo, branco-creme,
púrpura, quase-preto), tipo drupa; a parte
comestível é o mesocarpo brancacento,
adocicado ou algo insípido. Comum no
litoral bragantino, no Pará.
aguapé Plantas aquáticas que medram
na superfície da água, especialmente e
Eichhornia, da família Pontederiaceae.
aguarrás Líquido oleoso, extraído da
resina do pinheiro, contendo pineno,
C10H16 e outros terpenos; utilizado
principalmente como solvente.
alabastro
Variedade de gipsita
(Ca2SO42H2O) finamente granulada ou
maciça, utilizada quando pura e
translúcida para fins ornamentais, em
virtude de sua cor muito branca.
águas eutróficas
Aquelas que
apresentam uma elevada concentração
de nutrientes.
albedo Capacidade de reflexão; relação
de energia radiante refletida e recebida
por uma superfície, expressa geralmente
em porcentagem, sendo que uma
aplicação mais comum é a luz refletida
por um corpo celeste.
águas oligotróficas
Aquelas que
apresentam uma baixa concentração de
nutrientes e, por isso, suportam menos
biomassa.
águas particulares As nascentes e
todas as águas situadas em terreno que
também o sejam, quando as mesmas
não estiverem classificadas entre as
águas comuns de todos, as águas
públicas ou as águas comuns.
albufeira Ver laguna.
albumina Uma proteína encontrada em
todos os tecidos animais.
albuminóides Substâncias semelhantes
às proteínas verdadeiras, tais como a
queratina e o colágeno; quaisquer das
classes de proteínas simples.
águas públicas de uso comum Os
mares territoriais, incluindo os golfos,
baias, enseadas e portos; as correntes,
canais, lagos e lagoas navegáveis ou
flutuáveis; as fontes e reservatórios
públicos; os braços de quaisquer
correntes públicas, desde que os
mesmos influam na navegabilidade ou
flutuabilidade.
alburno Parte externa da
espessura variável e de
menos dura; situa-se entre
casca e à medida que
envelhecem transforma-se
borne.
madeira, de
consistência
o cerne e a
as células
em cerne;
agudo Processo rápido ou de curta
duração. (Medicina)
alcalinidade Capacidade das águas em
neutralizar compostos de caráter ácido,
propriedade esta devido ao conteúdo de
carbonatos, bicarbonatos, hidróxidos e
ocasionalmente boratos, silicatos e
fosfatos; é expressa em miligrama por
litro ou equivalentes de carbonato de
cálcio.
agulha
Elevação
proeminente
constituída de lava solidificada, e que se
apresenta em forma de pontão.
(Meteorologia)
alcalinidade à fenolftaleína Medida do
teor de hidróxidos e de carbonatos
alcalinos em uma amostra, sendo
expressa em termos de CaCO3.
agulhas de gelo Denominação utilizada
para a precipitação de finos cristais de
alcalino Qualidade de soluções que
apresentam pH acima de 7,0; denomina
os solos cujo pH determinado pelos
águas públicas dominicais São todas
as águas situadas em terrenos que
também o sejam, quando as mesmas
não forem do domínio público de uso
comum, ou não forem comuns.
25
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
álcool etílico hidratado
Mistura
constituída de 96% de etanol (álcool
etílico) e 4% de água, sendo uma
solução azeotrópica; álcool 960 GL.
processos convencionais está acima de
7,0.
alcalóides
Substâncias orgânicas
nitrogenadas,
de
origem
vegetal,
caracterizadas
principalmente
pela
enérgica ação fisiológica, em geral, sobre
o sistema nervoso central.
álcool etílico hidratado carburante AEHC Comumente chamado de álcool
hidratado; utilizado no Brasil como
combustível em motores de Ciclo Otto;
também utilizado para fins industriais;
contém pequeno percentual de água.
alcanos Compostos binários de carbono
e hidrogênio de fórmula geral Cn H2n+2,
também denominados hidrocarbonetos
saturados, por apresentar somente
ligações simples entre seus átomos.
álcool metílico Derivado do metano;
composto por um átomo de carbono, três
de hidrogênio e um íon OH-; fórmula:
CH3OH; metanol.
alçaponamento Ver trapa.
alcatrão Denominação utilizada para
qualquer das várias misturas semisólidas de hidrocarbonetos e de carbono
livre, produzidas por destilação destrutiva
de carvão ou por refino do petróleo.
alcoolismo
Ato de ingerir bebida
alcoólica de maneira crônica, excessiva e
compulsiva que interfere com a vida
social e econômica do indivíduo; o álcool
afeta
particularmente
em
maior
intensidade o sistema nervoso e o
sistema digestivo
alcenos
Hidrocarbonetos insaturados
apresentando uma ligação dupla na
molécula; fórmula geral CnH2n; alquenos.
alcinos
Hidrocarbonetos insaturados
apresentando uma ligação tripla na
molécula e com fórmula geral CnH2n-2;
alquinos.
aldeído Composto que apresenta um
grupo funcional carbonila e de fórmula
geral RCHO, onde R é um átomo de
hidrogênio, um grupo alquila ou um grupo
arila.
alcoílas
Radicais
monovalentes
derivados dos alcanos através da
substituição de um átomo de hidrogênio.
aldose
Monossacarídeos
apresentam como base um
aldeídico, como a glicose.
álcool Qualquer composto orgânico que
contenha, pelo menos, uma hidroxila (íon
OH-) ligada diretamente a um átomo de
carbono.
aléia
Caminho presente em jardins,
parques e mesmo nas florestas, que é
utilizado tanto por pedestres como para
transporte de produtos.
alcool 960 GL
hidratado.
alelo letal Aquele que causa a morte do
indivíduo que o possui em estado
homozigótico. (Genética)
Ver
álcool
etílico
álcool etílico
Derivado do etano,
composto por dois átomos de carbono,
cinco átomos de hidrogênio e um íon OH;
fórmula: C2H5OH. Líquido incolor com
cheiro característico, volátil, inflamável e
solúvel na água. Solidifica a menos 1150
C e entra em ebulição a 780 C; etanol.
que
grupo
alelo neutro É aquele que permanece
na população com alta freqüência
independente de diversas condições
ambientais. (Genética)
alelo raro É aquele que aparece na
população em uma freqüência inferior a
5%; neste caso são requeridas grandes
amostras para a permanência desse
alelo na nova população. (Genética)
álcool etílico anidro carburante - AEAC
Comumente chamado de álcool anidro;
utilizado em mistura com a gasolina, com
o objetivo de aumentar o poder
antidetonante em motores de Ciclo Otto;
a quantidade de água encontrada no
álcool anidro deve ser ínfima.
alelopatia Influência positiva ou negativa
de uma planta sobre uma outra devido a
secreção de substâncias química.
26
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
alelos São estados diferentes de uma
mesma unidade genética, ou seja, gene
que tem mais de uma possibilidade de
expressão nos descendentes; os genes
que determinam o fator Rh do sangue,
por exemplo, são os alelos R e r; nas
experiências genéticas observou-se que,
nos alelos originais, pode produzir-se
uma sucessão de alterações ou
mutações que originam os chamados
alelos múltiplos; alternativas de um gene
situadas em um mesmo loco em
cromossosmos
homólogos
e
responsáveis
pelas
diferentes
manifestações fenotípicas de um caráter.
(Genética)
maioria unicelulares, havendo contudo
espécies multicelulares, com as células
apresentando pouca divisão de trabalho;
plantas primitivas, uni ou pluri celulares,
capazes de elaborar seus alimentos pela
fotossíntese.
algas azuis Algas que constituem a
divisão Cyanophycophyta, multiplicandose por divisão simples, e cujos pigmentos
azuis da ficocianina mascaram a cor
verde da clorofila; são geralmente
filamentosas, envolvidas por bainhas
gelatinosas e vivem sobretudo em águas
doces, podendo ser encontradas em
águas salgadas, fontes termais, solo, etc.
alelos múltiplos
Quando um gene
possui mais de dois alelos. (Genética)
algicida Substância química utilizada
para controlar ou destruir o crescimento
das algas.
alergênicos São proteínas que causam
reação na população alérgica.
algodão de
silicatado.
alérgeno Substância capaz de produzir
reações alérgicas.
algodão silicatado
Substância com
aspecto e consistência de algodão,
formada por inúmeros fios capilares de
vidro; algodão de vidro.
alergia
determinados
químicos.
Hipersensibilidade
agentes
físicos
a
ou
vidro.
Ver
algodão
alicerces Apoios que o terreno recebe
para suportar a estrutura a ser
construída; fundações. (Engenharia Civil)
aléssio Método de determinação da
hora local através da observação das
passagens meridionais de 4 estrelas,
sendo duas na posição direta e duas na
posição inversa.
álico
Denominação dos solos que
apresentam teor de alumínio trocável
maior que 0,3 cmolc/dm³ e saturação de
alumínio na C.T.C. efetiva (m%) maior
que 50%; solos de baixa fertilidade,
necessitando de calagem para a obtção
de boas produtividades das culturas; a
saturação por alumínio trocável é
calculada pela expressão m (%) = 100
Al3+ / (Al3+ S), onde S é a soma de
cátions básicos trocáveis; para efeito de
classificação do solo, a saturação por
alumínio trocável é considerada em uma
seção de controle de 100 cm de
espessura, contada a partir dos 25 cm
superficiais, ou menos profunda, quando
presente contato lítico ou litóide antes
dos 125 cm. (Pedologia)
alexandrita Variedade de cor verdeesmeralda do crisoberilo (BeAl2O4) que
cristaliza no sistema ortorrômbico, classe
bipiramidal e que exibe a cor vermelha
quando submetida a luz transmitida.
Alfissolo Ordem do sistema americano
de
classificação
de
solos
(Soil
Taxonomy); engloba a classe de solos
que possuem um horizonte argílico ou
nátrico acompanhado de alta saturação
por bases acima de profundidades
críticas, mas não apresentando nem
epipedon
mólico
nem
horizontes
diagnósticos característicos de regime
pedoclimático demasiadamente seco;
alfisol. (Pedologia)
alimentos geneticamente modificados
São alimentos que contém organismos
geneticamente modificados ou derivados
destes; são produtos criados em
laboratórios com a utilização de genes de
algas
Organismos pertencentes ao
Reino Protista, em sua grande maioria
aquáticos, tanto de águas salgadas
quanto doces; são em sua grande
27
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
espécies diferentes de animais
vegetais; alimentos transgênicos.
orgânica ou não, transportado para
ambientes deposicionais ou tectônicos
não coincidentes com seu local de
origem; alotígeno.
ou
alimentos transgênicos Ver alimentos
geneticamente modificados.
alofana Mineral de argila, amorfo, com
proporções indefinidas de alumínio, sílica
e água.
alíquota Porção de uma amostra que é
tomada para os procedimentos analíticos.
alísios Ventos que sopram durante todo
o ano em direção às calmarias
equatoriais, que são as áreas de baixa
pressão. (Meteorologia)
alogamia Fertilização cruzada; numa
população panmítica é o transporte e
fusão do gameta masculino de um
indivíduo com o gameta feminino de
outro
indivíduo.
Ver
autogamia.
(Genética)
Alissolos
Solos com alto teor de
alumínio e horizonte B textural,
anteriormente
conhecidos
com
Rubrozem, Podzólico Bruno Acinzentado,
Podzólico Vermelho-Amarelo; termo da
nova classificação brasileira de solos.
(Pedologia)
alometria Aumento em tamanho de um
determinado órgão sob uma taxa diversa
daquela do resto do corpo. (Biologia)
alopatia Combate das doenças através
dos meios contrários a elas, baseado no
conhecimento das etiologias, procurando
tratar as causas das enfermidades; a
palavra foi inventada pelo homeopata
Samuel Hahnemann como um termo
para designar os que não são
homeopatas. Ver homeopatia. (Medicina)
almanaque astronômico
Publicação
periódica contendo as coordenadas
astronômicas,
que
são
úteis
a
navegação;
apresenta
menos
informações que uma efeméride e com
valores menos precisos. Ver efeméride.
(Astronomia)
alopatria Isolamento geográfico entre
populações de uma mesma espécie, de
modo que interrompe-se o fluxo gênico
entre as mesmas e, como conseqüência,
pode dar- se o isolamento reprodutivo
entre elas, assim possibilitando a
formação de nova espécie. (Genética)
almocântara Círculo da esfera celeste
paralelo ao horizonte, e que une todos os
pontos que apresentam a mesma altura;
paralelo de altura. (Astronomia)
almofada de neve
Instrumento
constituído de um colchão pneumático
cheio de uma solução anticongelante e
dotado de um manômetro, utilizado para
indicar o equivalente em água da neve.
alopecia Ausência congênita ou não dos
cabelos ou dos pelos do corpo; falacrose.
(Medicina)
aloclásticos Fragmentos de natureza
vulcânica, produzidos pela disrupção de
rochas vulcânicas preexistentes, devido a
processos ígneos que ocorrem abaixo da
superfície, com ou sem a intrusão de um
novo magma. (Geologia)
alopoliplóide Poliplóide formado por
conjuntos
de
cromossomos
geneticamente
diferentes,
isto
é,
conjuntos provenientes de duas ou mais
espécies diferentes. (Genética)
alossomo Cromossomo que difere de
um para outro sexo, em tamanho, forma,
número ou comportamento. (Genética)
alocromático Mineral que se apresenta
incolor quando em estado puro, mas que
pode se mostrar colorido devido ma
presença de inclusões submicroscópicas
ou então pela presença de um elemento
químico que, sem ser essencial em sua
composição, se tornou parte de sua
estrutura cristalina.
alotígeno Ver alóctone.
alotropia Propriedade apresentada por
certos elementos de existirem sob mais
de uma forma estável.
alpaca Liga metálica de cobre, zinco,
níquel e prata; metal branco. (Metalurgia)
alóctone Que se encontra fora do seu
meio natural; material de natureza
28
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
dada, variável
(Energia)
alpaca Mamífero artiodáctilo, família dos
camelídeos, Lama pacos, menor que a
lhama, de pescoço muito longo, pelagem
lanosa e longa, de cor variável, sendo
mais comum a marrom-escura; frequente
em estado doméstico no Peru e Bolívia; a
forma selvagem já foi extinta. (Zoologia)
de
país
para
país.
alteração
ambiental
É
o
remanejamento, induzido ou espontâneo,
funcional
ou
físico,
dos
fatores
ambientais da região de influência da
atividade transformadora, em decorrência
de uma ou mais intervenção ambiental.
alqueire Unidade de medida de área
utilizada no meio rural brasileiro,
equivalente em Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Goiás a 4,84 hectares (alqueire
goiano), mas o mais comum é o alqueire
paulista de 2,42 hectares (São Paulo e
Paraná).
alteração sialítica
Processo de
intemperismo que conduz à formação de
solos constituídos por argilominerais
aluminossilicatados
e
sendo
significativamente lixiviados de metais
alcalinos e alcalino-terrosos.
alqueive Terreno lavrado deixado em
pousio, para recuperar a força produtiva.
altimetria
Processo de medição de
elevação de pontos da superfície; diz-se
do conjunto formado pelas curvas de
uma carta ou mapa. (Cartografia)
alquenos Ver alcenos.
alquil benzeno Compostos orgânicos
que apresentam um grupo alquila ligado
a um anel benzênico, como o metilbenzeno (tolueno) com fórmula C6H5CH3;
podem ser obtidos através da reação de
Friedel-Crafts.
altímetro barométrico Instrumento que
indica valores de altitude ou diferenças
de altitude entre pontos.
altitude Distância na vertical obtida a
partir de um datum, geralmente o nível
médio do mar, até um ponto ou objeto
situado na superfície da Terra; já a altura
ou elevação são referidas a pontos ou
objetos que estão situados acima da
superfície terrestre.
alquil benzeno sulfonato - ABS
Detergente aniônico. Ver detergente.
alquimia A química desenvolvida na
Idade Média e Renascença que
procurava, principalmente, pela fórmula
secreta que transformaria metais em
ouro. Ver pedra filosofal.
altitude relativa Distância vertical de um
ponto da superfície da terra em relação a
um nível de referência considerado.
alquinos Ver alcinos.
alto montano Relativo aos ambientes
situados em altitudes superiores a 1.500
m.
alta Denominação utilizada para indicar
uma área de alta pressão atmosférica ou
um anticiclone. (Meteorologia)
altostratus Nuvem que se apresenta em
camadas cinzentas ou azuladas, muitas
vezes associadas a altocumulus, sendo
constituídas por gotículas superesfriadas
e cristais de gelo. (Meteorologia)
alta pressão Região da atmosfera onde
a pressão é relativamente alta no centro,
em relação à região circunvizinha no
mesmo nível; os ventos sopram para fora
e ao redor deste centro; no hemisfério
sul, os ventos giram contra o sentido
horário e no hemisfério norte, no sentido
anti-horário.
Ver
anticiclone.
(Meteorologia)
altura d'água
Altura da superfície
líquida de um curso d'água ou lago,
referida
a
um
plano
arbitrário
conveniente.
alta salinidade Termo aplicado a solos
com condutividade elétrica do extrato de
saturação maior que 15 mmhs/cm a 250
C, em alguma época do ano. (Pedologia)
altura de mistura Altura que se estende
desde o nível do solo até a base de uma
camada estável; é uma região onde
ocorre vigorosa mistura vertical.
alta tensão Tensão cujo valor entre
fases é igual ou superior a uma tensão
altura de nuvem Altura da base de uma
nuvem em relação ao solo; de acordo
29
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
aluvião
Designação genérica para
englobar depósitos detríticos recentes, de
natureza fluvial, lacustre, marinho, glacial
ou
gravitacional,
constituídos
por
cascalhos, areias, siltes e argilas,
transportados e depositados por corrente,
sobre planícies de inundação e no sopé
de montes e escarpas.
com a distância da base em relação ao
solo podem ser classificadas em nuvens
altas, nuvens médias e nuvens baixas.
(Meteorologia)
altura de precipitação Espessura da
camada de água que se acumula sobre
uma superfície horizontal, como resultado
de uma ou mais quedas de precipitação
pluviométrica, na ausência de infiltração
ou evaporação. (Meteorologia)
alúvio Ver aluvião.
alvará de aprovação
Documento
emitido pela prefeitura caracterizando a
aprovação de um projeto arquitetônico,
conforme a lei de parcelamento, uso e
ocupação do solo. (Engenharia Civil)
altura geoidal Ondulação do geóide;
distância do geóide ou elipsóide de
referência. (Geodésia)
altura
hidrométrica
fluviométrica.
Ver
cota
alvará de execução Documento emitido
pela prefeitura liberando a execução da
obra, segundo projeto aprovado no alvará
de aprovação. (Engenharia Civil)
aluimento Colapso de uma superfície de
terra considerável, devido à remoção de
líqüidos ou sólidos do seu interior ou
remoção de material solúvel através da
água.
alvejante
Qualquer substância com
ação química, oxidante ou redutora, que
exerce uma ação branqueadora.
álula Conjunto de 2 a 7 penas rígidas,
as rêmiges alulares, que se inserem na
região do dedo I (pólex) da mão; tem
mobilidade e pode ser utilizada por certos
anatídeos durante a natação; é usada,
principalmente pelos Falconiformes, para
canalizar o ar durante o vôo; através da
fenda formada entre a álula e o restante
da asa, o ar desloca-se rapidamente
sobre a superfície dorsal dela, o que evita
o estol. Ver estol. (Zoologia)
alúmen
Denominação comercial
sulfato de alumínio, utilizado
tratamento da água de abastecimento
residuária, e obtido pela combinação
bauxita com ácido sulfúrico.
alvenaria Conjunto de pedras, de tijolos
ou de blocos, com argamassa ou não,
que formam paredes, muros e alicerces;
quando esse conjunto sustenta uma
casa, ele é designado como alvenaria
estrutural. (Engenharia Civil)
álveo É a superfície que as águas
cobrem, sem transbordar para o solo
natural ordináriamente enxuto; leito,
calha.
do
no
ou
de
amaciantes
Substâncias
ou
formulações que ao serem adsorvidas
sobre as fibras dos tecidos, aumentam a
lubrificação entre elas, tornando-as
macias ao tato.
alumínio residual
Alumínio que
permanece na forma dissolvida, na água,
em meio ácido ou alcalino.
amálgama
mercúrio.
Solução sólida de prata e
amalgamação Processo de extração do
ouro da areia ou rocha que o contenha
(depois de triturada e lavada), por
amálgama.
aluminisação intensa
Refere-se a
condições em que os materiais
constitutivos do solo se encontram em
estado
fortemente
dessaturado
e
caracterizado por superveniente elevado
teor de Al extraível. (Pedologia)
amaparana
Planta característica e
exclusiva das matas pluviais Atlântica e
Amazônica (Thyrsodium spruceanum);
comum no interior de matas primárias e
secundárias tanto em terra firme quanto
em várzeas inundáveis; sua madeira é
indicada para a construção civil e para a
aluvial
Pertinente a processos em
materiais associados com o transporte ou
deposição por água corrente. Ver solos
aluviais. (Pedologia)
30
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ambiente biológico Ambiente natural
representado pela presença dos seres
vivos, animais e vegetais. (Ecologia)
marcenaria leve, já que é de baixa
resistência e moderadamente durável;
serve à arborização paisagística e seus
frutos são muito procurados por
pássaros; mututurana, manga-brava ou
tutuzuba-da-várzea.
ambiente de alta energia Ambiente
aquático
caracterizado
por
uma
turbulência que não permite que
partículas finas assentem e portanto
sejam acumuladas.
amarelão
Parasitose causada por
Ancylostoma duodenales ou Necator
americanus,
cujas
larvas
são
encontradas em terras úmidas e quentes,
e penetram através dos pés descalços ou
via oral; esses vermes se alojam nos
intestinos, coração e pulmão, causando
ferimentos,
pelo
sugamento
de
sangue.(Medicina)
ambiente de baixa energia Ambiente
aquático
caracterizado
por
águas
tranqüilas que propiciam a deposição de
partículas finas.
ambiente euxínico Ambiente marinho
ou lacustre, no qual a presença de H2S
incorporado à água inibe a vida.
amarilidácea Família botânica, a qual
pertence entre outras espécies, as
açucenas.
ambiente físico
Ambiente natural
representado pelos fatores químicos e
físicos, como o ar, água e solo.
(Ecologia)
Amazônia Legal
Área do território
nacional que tem sua abrangência
definida pela Lei nº 55.173, de 27/10/66,
formada atualmente pelos Estados do
Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá,
Mato Grosso, e Tocantins e, parte do
Estado do Maranhão a oeste do
meridiano de 44º. WGr.
âmbito
Campo de ação ou de
ocorrência de uma planta; contorno.
(Ecologia)
ameba
Protozoário sem membrana,
unicelular,
que
se
move
por
pseudópodes. (Biologia)
âmbar Resina fóssil amorfa com cor
geralmente amarelada, muito dura,
semitransparente , sendo que sua origem
é atribuída a um pinheiro do Período
Terciário (Pinus succinites); em algumas
situações são encontradas em seu
interior delicados fósseis de insetos.
amensalismo
Denominação utilizada
quando
uma
espécie
tem
seu
crescimento inibido ou sua sobrevivência
ameaçada por uma outra que em nada é
afetada. (Biologia)
ametista Variedade de quartzo (SiO2)
que apresenta cor purpúrea ou violeta,
devido a presença de ferro-férrico, e que
cristaliza no sistema hexagonal-R, classe
trapezoédrica.
ambientalista Pessoa interessada ou
preocupada
com
os
problemas
ambientais e a qualidade do meio
ambiente ou engajado em movimentos
de defesa da natureza; também usado
para designar o especialista em ecologia
humana.
amianto Denominação comercial para
um grupo heterogêneo de minerais
facilmente separáveis em fibras da
família da serpentina – crisotila, e do
anfibólio - crocidolita, amosita, antofilita,
actinolita e tremolita; asbesto.
ambiente É a soma das condições que
atua sobre os organismos através dos
fatores ambientais de ordem físicoquímica, edáfica, climática, hídrica,
biótica e social.
amidas Compostos orgânicos derivados
dos ácidos carboxílicos pela sua
substituição da hidroxila contida na
carboxila pelo grupamento - NH2.
ambiente antrópico Ambiente natural
modificado pelo ser humano; ambiente
onde vive o ser humano.
amidificação
Reação química que
permite obter amidas, pela ação do
amoníaco,
aminas
primárias
ou
31
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
secundárias - sobre ácidos,
halógenos ou seus esteres.
seus
semelhanças com a água devido ao fato
de ter pontes de hidrogênio.
amido
Substância
de
reserva
característica dos vegetais em geral; é
um polissacarídeo constituindo órgão
formados de camadas concêntricas ao
redor de um núcleo, depositado, em
geral, nas folhas, bem como nas
sementes das plantas superiores; assim,
a parte nutritiva das sementes (arroz,
trigo, etc), como de alguns tipos de caule
(batatinha), ou de raízes especiais
(mandioca), é constituída principalmente
de amido.
amonificação Processo bioquímico no
qual o nitrogênio amoniacal é formado a
partir de compostos orgânicos contendo
nitrogênio.
amônio
(NH4)
Grupamento básico
produzido na decomposição, assimilável
ás plantas; fonte de importante de
nitrogênio .
amorfa Substância desprovida de
qualquer estrutura interna ordenada; as
substâncias amorfas, de ocorrência
natural, são denominadas mineralóides.
(Mineralogia)
amígdalas Denominação utilizada para
indicar as cavidades preenchidas por
minerais deutéricos ou secundários, tais
como:opala, calcedônia, clorita, calcita e
as zeólitas. (Mineralogia)
amostra
Uma pequena porção
representativa de um conjunto para
exame ou prova, por exemplo: 1 m2 de
vegetação; 500 g do solo tomado a 0-20
cm de profundidade. Subconjunto de uma
população através do qual se estimam as
propriedades e características dessa
população.
amilopectina Polissacarídios do amido,
de alto peso molecular, no qual, além das
ligações a 1-4 ocorrem também ligações
do tipo a 1-6 nos pontos de ramificações;
são mais facilmente dissolvidas e
digeridas que amilose; o conteúdo de
amilose e amilopectina nos grãos é
controlado geneticamente.
amostra base São amostras obtidas
através
dos
procedimentos
de
multiplicação da amostra inicial ou
diretamente dos procedimentos de coleta
ou intercâmbio de germoplasma, quando
seu tamanho é adequado para evitar ou
diminuir a ocorrência de perdas de
variação
genética
durante
os
procedimentos
de
multiplicação
e
regeneração. (Genética)
amilose Polissacarídios do amido no
qual as ligações são exclusivamente do
tipo a 1-4; enquanto as fórmulas
representativas
são
usualmente
apresentadas numa forma linear, as
moléculas têm uma forma espiralada.
aminação Reação química que permite
introduzir numa molécula um ou mais
radicais aminos.
amostra composta Amostra de solo
representativa de uma área homogênea,
formada pela mistura de várias amostras
tomadas ao acaso em diferentes pontos
dentro da área. (Pedologia)
aminas
São compostos orgânicos
derivados teoricamente do gás amoníaco
pela substituição de um ou mais átomos
de hidrogênio por radicais alcoílas ou
arilas.
amostra inicial São amostras obtidas
através de procedimentos de coleta e
intercâmbio de germoplasma ou de
melhoramento genético. (Genética)
aminoácido Substância orgânica em
cuja molécula figuram os grupos básicos
aminos (NH2) e carboxílico (-COOH). São
os componentes das proteínas e
constituem a base da vida.
amostra sintética
Amostra de
germoplasma representativa da variação
genética suposta de existir em uma
espécie, resultante de uma mistura de
genótipos de várias procedências, com
condições
mesológicas
uniformes;
composite. (Genética)
amônia Gás incolor com fórmula NH3,
odor forte e picante, muito solúvel em
água e álcool; a solução de amoníaco,
amônia líquida, apresenta algumas
32
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
amostragem atmosférica Atividade que
consiste
em
retirar
uma
fração
representativa de região da atmosfera ou
de mistura de gases e outros
componentes para fins de análise, com
ou sem separação de componentes
previamente selecionados.
amostrador Instrumento utilizado com
ou sem medida de fluxo, com a finalidade
de conseguir uma porção representativa
de água, ar ou despejos, com objetivo
analítico.
amostrador de fita
Equipamento
destinado à amostragem do ar, dotado de
uma fita de papel, sobre a qual se retém
material para análise; a fita se desloca a
intervalos de tempo regulares e as
amostras são normalmente tomadas
consecutivamente mediante dispositivo
automático; geralmente a análise se
realiza por técnica ótico-analítica.
amostragem contínua
Amostragem
realizada sem interrupção durante um
determinado intervalo de tempo.
amostragem cumulativa Amostragem
em que o ar coletado durante o tempo de
amostragem, ou apenas um de seus
componentes é retido em um recipiente
único; tal tipo de amostragem não
apresenta indicação relativa a variações
de concentração.
amostrador de grandes volumes
Equipamento destinado à amostragem do
ar projetado para coletar material
particulado em suspensão através da
filtração de grandes volumes de ar
respirado.
amostragem de chaminé
Termo
utilizado para a amostragem de fonte,
quando a fonte em consideração é uma
chaminé ou duto de exaustão.
amostrador de poeiras respiráveis
Amostrador de vários estágios, que
separa a fração respirável do material
particulado em suspensão.
amostragem de fonte Amostragem de
emissões atmosféricas oriundas de uma
fonte de poluentes sem mascaramento
do processo.
amostrador
de
vários
estágios
Equipamento destinado à amostragem do
ar no qual o material é retido
seletivamente em elementos colocados
em série.
amostragem instantânea Amostragem
realizada em um período de tempo que é
relativamente breve, em comparação ao
período de tempo em estudo.
amostrador dicotômico
Amostrador
projetado
para
coletar
material
particulado em suspensão, abaixo de um
certo diâmetro de corte, e para separá-lo,
conforme um outro diâmetro de corte, em
dois filtros independentes.
amostragem intermitente Amostragem
realizada por períodos sucessivos e
limitados
durante
um
tempo
predeterminado; a duração dos períodos
de amostragem e dos intervalos entre
eles não é necessariamente regular e
especificada.
amostrador eletrostático Equipamento
destinado à amostragem do ar no qual as
partículas de aerossóis são precipitadas
e
coletadas
através
de
forças
eletrostáticas.
amostragem isocinética Amostragem
realizada em condições tais que
velocidade e sentido de captação são
idênticas à velocidade e sentido do fluxo
gasoso que se quer medir.
amostragem Sistemática de efetuar-se
a amostra; as técnicas de amostragem
variam, conforme as necessidades da
demanda; pode-se ter amostragens
seletivas ou casualizadas; o número ideal
de indivíduos a ser amostrado varia de
cultura para cultura e a abordagem
geralmente leva em consideração o
sistema de cruzamento da espécie, se
autógama, alógama ou intermediária.
(Genética)
amostragem
por
condensação
Amostragem em que ocorre a separação
de um ou mais componentes de uma
corrente gasosa através de resfriamento.
amostragem seqüencial Amostragem
em que ocorre a separação de porções
de ar, ou de um de seus componentes,
durante intervalos de tempo parciais e
sucessivos; permite a determinação de
33
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
análise
modal
Quantificação
dos
minerais presentes em uma rocha, obtida
através de estudos petrográficos em
lâmina delgada, sendo utilizada a
contagem de pontos com a platina
mecânica, em intervalos constantes; os
resultados são expressos em % por
volume.
variações de concentração durante a
amostragem.
amplitude de maré Diferença de altura
alcançada pela maré entre os níveis da
preamar e da baixa mar consecutivos.
amplitude térmica
Oscilação ou
diferença entre as temperaturas máximas
e mínimas, ou entre temperaturas
médias, a mais elevada e a mais baixa,
no decorrer de um intervalo de tempo;
sua medição pode ser diária, mensal ou
anual. (Climatologia)
análise multivariada
Parte da
estatística que cuida da análise de duas
ou
mais
variáveis
aleatórias
simultaneamente. (Estatística)
análise química total Determinação dos
elementos, geralmente expressos na
forma de óxidos, que estejam presentes
em teores superiores ao limite de
precisão do método, com finalidade de
caracterizar solos e rochas.
amplitude total É a diferença entre o
maior e o menor valor de um conjunto de
dados. (Estatística)
anabolismo
É um metabolismo
construtivo, no qual os componentes
simples
são
transformados
em
compostos
mais
complexos,
com
absorção da energia armazenada.
anamórfica
A fase assexuada dos
fungos; a maior parte das leveduras se
reproduzem
assexuadamente
por
brotamento ou gemulação e por fissão
binária. (Micologia).
anaeróbio
Organismo que vive em
ambientes livres de oxigênio livre.
análise custo-benefício Técnica que
tenta destacar e avaliar os custos e os
benefícios sociais de projetos de
investimento, para auxiliar a decidir se os
projetos devem ou não ser realizados.
(Sócio-economia)
anaplasia Processo de diferenciação
incompleto onde a célula resultante
apresenta características semelhantes às
células
embrionárias;
perda
da
especificidade absoluta.
anãs castanhas Estrelas que possuem
menos de 0,08 massa solar, e por isso
não têm condições no seu núcleo para a
fusão nuclear; como são aquecidas
principalmente
pela
contração
gravitacional da sua matéria que vai
gerando calor, são geralmente pouco
brilhantes e por isso difíceis de detectar.
(Astronomia)
análise de ativação Método de análise
química,
não
destrutiva,
usada
especialmente para medir quantidades
mínimas de um material, baseado na
detecção de radiações características
emitidas por radionuclídeos, formados
após bombardeio nuclear da amostra.
análise
foliar
Determinação
dos
elementos químicos presentes nas folhas
de uma planta.
anãs vermelhas
Estrelas menos
maciças que o Sol, mas como têm mais
que 8% da massa solar, já conseguem
produzir reações de fusão nuclear.
(Astronomia)
análise
granulométrica
Análise
realizada para indicar as proporções
relativas das partículas do solo de
diferentes tamanho (areia, silte e argila),
visando determinar a classe textural do
solo; análise textural, análise mecânica.
(Pedologia)
anastomose
Confecção cirúrgica de
uma passagem entre dois espaços ou
vísceras ocas. (Medicina)
ancestral Na disciplina de origem das
plantas cultivadas é a espécie nativa que
deu origem ao estoque a partir do qual se
domesticou a cultura hoje integrante da
agricultura; éspécies ancestrais podem
análise mineralógica Determinação
qualitativa ou quantitativa dos minerais
constituintes
do
solo
ou
rocha.
(Pedologia)
34
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
androstilo Ver ginostêmio. (Botânica)
ainda existir na natureza ou serem
consideradas extintas. Ver cultígeno,
indigen. (Genética)
aneis
de
Liesegang
Feições
caracterizadas pela difusão as bandas
coloridas, devido a um fluxo oxidante que
atua de fora para dentro, ocorrendo em
planos de acamamento e superfícies de
juntas; mostram cores variegadas,
principalmente entre tons amarelados e
avermelhados; halos de Liesegang.
ancoragem Processo através do qual é
possível sustentar porções de solo ou
maciços de rocha, bem como melhorar a
união de obras de engenharia aos
maciços de apoio, sendo utilizadas
barras de união, atirantadas ou não.
(Engenharia Civil)
anelamento Processo de retirada da
casca de uma árvore, com a forma de um
anel, até alcançar os vasos condutores
da seiva, levando a planta a morte.
andaime
Plataforma utilizada para
alcançar pavimentos superiores das
construções. (Engenharia Civil)
anemia Condição na qual o número de
células vermelhas do sangue ou a
hemoglobina estão abaixo dos níveis da
normalidade. (Medicina)
andar
Unidade
básica
da
cronoestratigrafia
de
categoria
relativamente pequena na hierarquia
convencional, representando intervalo de
tempo geológico relativamente pequeno;
seu equivalente geocronológico é a
idade, que leva o nome do andar
correspondente. (Geologia)
anemógrafo Instrumento utilizado para
medição e registro de velocidades e de
direção do vento. (Meteorologia)
anemômetro Instrumento utilizado para
medição de velocidade e de direção do
vento; também usado para medição de
fluxos gasosos. (Meteorologia)
andiroba (Carapa guianensis) Árvore da
família Meliaceae, de porte médio, com
sapopemas baixas, casca avermelhada,
longitudinalmente fissurada formando
estreitas
tiras,
com
descamação,
espessura de até 1,0 cm; madeira
moderadamente pesada; cerne marromavermelhado; alburno castanho-pálido;
grã direita e entrecruzada; textura média;
figura pouco destacada; cheiro e gosto
distintos.
aneuplóide Organismo cujo número de
cromossomos somáticos não é múltiplo
perfeito do número haplóide. (Genética)
anfibólios
Grupo de minerais que
cristalizam nos sistemas ortorrômbico e
monoclínico, e raramente no triclínico;
diferem dos piroxênios por conterem
hidroxila e apresentarem um ângulo de
clivagem com valores de 560 e 1240;
engloba três subgrupos.
Andissolo Ordem do sistema americano
de
classificação
de
solos
(Soil
Taxonomy); engloba a classe de solos
que possuem um epipedon hístico ou
sofreram períodos de saturação e
redução, dentro de profundidades
especificadas; andisol. (Pedologia)
anfíclise Bacia que apresenta fundo
chato e acolheu um volume significativo
de produtos vulcânicos e subvulcânicos,
aliada a um embasamento de história
geológica simples.
androgênese Desenvolvimento haplóide
de um óvulo fecundado, sem que o
núcleo feminino se desenvolva; o zigoto
permanece haplóide e de constituição
hereditária, com o núcleo masculino.
(Genética)
anfidiplóide
Poliplóide
cujo
complemento
cromossômico
é
constituído pelos dois complementos
somáticos completos de duas espécies.
(Genética)
andróide Denominação de um tipo de
autômato que tem a forma humana,
criado para executar tarefas como andar,
tocar música, escrever ou desenhar. Ver
autômato. (Nanotecnologia)
anfótero Denominação utilizada para
indicar
substâncias
químicas
que
apresentam propriedades tanto ácidas
quanto básicas.
35
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
consistem atualmente em um grupo
extremamente diversificado, tanto quanto
a forma quanto ao habitat. (Botânica)
angelim-da-mata
(Hymenolobium
excelsum)
Árvore
da
família
Leguminosae,
de
porte
bastante
avantajado, fuste retilíneo com diâmetro
superior a 1,10 m, casca acinzentada
com placas soltas, com 2,0 cm de
espessura; madeira pesada; cerne
vermelho-castanho sobre fundo amarelopardacento, com estrias claras; alburno
amarelo-acinzentado;
grã
revessa;
textura grossa; cheiro e gosto indistintos.
anglesita Mineral de origem supérgena
que cristaliza no sistema ortorrômbico,
classe bipiramidal, e composição PbSO4,
brilho adamantino e coloração branca
quando puro.
angra É uma enseada ou baía formando
uma reentrância com ampla entrada na
costa, cuja tendência natural é para
retificação.
angelim-pedra
(Hymenolobium
pulcherrimum)
Árvore da família
Leguminosae, de porte gigantesco,
chegando a 60 m de altura, com diâmetro
chegando a 2 m; casca avermelhada,
espessa, com placas soltas (caducas);
madeira
pesada;
cerne
castanhoamarelado com manchas castanhoescuro; alburno creme; grã revessa;
textura grossa; figura atrativa; cheiro
desagradável quando úmida, porém
ausente quando seca; gosto amargo.
angstrom Unidade de comprimento que
vale 10-18 cm, muito utilizada em ótica e
técnicas de raio X.
anidrita
Mineral que cristaliza no
sistema ortorrômbico, classe bipiramidal,
apresentando suas três clivagens em
ângulo reto; de composição CaSO4, ao
absorver umidade transforma-se em
gipsita, com aumento de volume.
anilha Anel de uma liga metálica leve
que é adaptado ao tarso-metatarso das
aves; no Brasil, as anilhas são fornecidas
pelo Centro de Pesquisas para a
Conservação das Aves Silvestres CEMAVE.
angelim-rajado
(Pithecelobium
racemosum) Árvore de porte mediano,
fuste normalmente se apresenta tortuoso,
casca acinzentada; com descamação em
placas, com 1,0 cm de espessura;
madeira muito pesada; cerne amareloclaro com longos veios regulares de cor
castanho-claro, de aspecto fibroso
inconfundível; alburno amarelado com
espessura média de 5,4 cm; grã revessa;
textura média a grossa; figura atrativa;
cheiro e gosto indistintos.
anilhamento Ë o ato de colocar anilhas
em indivíduos da fauna. São cintas de
plástico ou metal, em geral com
numeração para identificação, com o
objetivo de marcar o animal para que,
com uma posterior captura, sejam
obtidas informações sobre a distribuição
geográfica da espécie.
angiodisplasia Deformidade dos tecidos
vasculares
causada
por
um
desenvolvimento
anormal;
dilatação
degenerativa dos vasos sanguíneos.
(Medicina)
aninga Planta da família das Aráceas,
Montrichardia arborescens, com veneno
potente que bastam 3 ou 4 gramas para
matar um homem; em contato com a pele
provoca a sensação de uma queimadura
forte e sobre a língua chega a impedir a
fala; pode, no entanto, ser usada como
planta medicinal apropriada para casos
de angina, inflamações na pele, úlceras e
moderdura de cobra.
angiogênese
Processo
de
desenvolvimento dos vasos sanguíneos.
(Medicina)
angiospermas
Vegetais
que
apresentam seus óvulos contidos em
ovários fechados, e as sementes
encerradas em frutos; possuem flores
verdadeiras, geralmente dotadas de
cores vivas. Seus fósseis mais antigos
remontam ao início de Período Cretácico,
vindo a florescer no Albiano e
Cenomaniano
(Cretáceo
Médio);
ánions Íons carregados negativamente,
e sendo assim denominados pelo fato de
durante o processo de eletrólise se
deslocarem em direção ao ânodo.
36
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
anofelino Inseto do gênero Anopheles
responsável pela transmissão da malária,
doença que provoca ataques periódicos
de febre, suor e tremedeira e, em alguns
casos, pode ser fatal; este mosquito
prefere águas limpas e procura as suas
vítimas pouco antes de anoitecer; são as
fêmeas que sugam o sangue porque
precisam dele para depositar os ovos.
ankerita
Mineral que cristaliza no
sistema
hexagonal-R,
classe
romboédrica e composição CaFe(CO3)2;
é o membro final de uma série isomórfica
em que o outro membro é a dolomitaCaMg(CO3)2 - com o ferro ferroso
substituindo o magnésio; a dolomita
presente na maioria dos sedimentos
calcários mostra-se algo ankerítica, com
superfícies intemperizadas mostrando
uma coloração canela ou amarelada,
devido a oxidação do ferro.
anortoclásio
Denominação que é
conferida ao microclínio (KAlSi3O8)
quando o sódio substitui o potássio,
excedendo-o; pertence ao grupo dos
feldspatos potássicos.
ano hidrológico Período contínuo de
doze meses durante o qual ocorre um
ciclo anual climático completo; sua
adoção deve-se ao fato de permitir que
haja uma comparação mais significativa
entre os dados meteorológicos; período
de um ano baseado em critérios de
hidraulicidade. (Hidrologia)
anóxia Falta de oxigênio.
anóxico
Ambiente permanente ou
temporariamente
sem
oxigênio;
encontrado por exemplo, no hipolímnio
anóxico (em lagos), em praia marinha,
pântano, ou qualquer local redutor.
ano luz Unidade de comprimento que é
igual à distância que a luz consegue
viajar num ano (cerca de 10 trilhões de
quilômetros ou 6 trilhões de milhas).
(Astronomia)
anquilossauro
Dinossauro herbívoro
que viveu no Cretáceo e apresentava o
corpo revestido por uma carapaça óssea.
anta (Tapirus terrestres)
Mamífero
terrestre, solitário, de hábitos noturnos;
embora nade e mergulhe muito bem, só
procura a água para se refugiar; faz
muito barulho quando corre na mata
porque abaixa a cabeça e vai
arrebentando galhos e cipós que
encontra pela frente; temcarne apreciada
pelos povos da floresta..
ano médio
Ano fictício cujas
características hidráulicas correspondem
à média de uma série coerente do maior
número de anos possível; a série em que
se baseia o ano médio ou normal, deve
ser especificada em cada caso.
(Hidrologia)
ano seco Ano baseado em critérios
estatísticos, em que o curso de água tem
afluências inferiores à média. (Hidrologia)
antéclise Feição que ocorre nas bordas
ou no interior das sinéclises, e cujas
dimensões podem alcançar centenas de
quilômetros, sendo que sua característica
fundamental é um comportamento
passivo ou apresentar uma menor
subsidência. (Geologia)
ano úmido Ano baseado em critérios
estatísticos, em que o curso de água tem
afluências
superiores
à
média.
(Hidrologia)
anodizado Superfície metálica revestida
por uma camada de óxido; é conseguida
fazendo-se, do componente, o anodo em
um banho eletrolítico. (Metalurgia)
anteduna
Duna em geral pouco
desenvolvida, situada logo atrás da praia,
e apresentando dimensões reduzidas.
anodo
Eletrodo no qual ocorrem
reações de oxidação; no anodo há uma
tendência em aumentar o número de íons
do metal em solução.
antefossa Depressão crustal que se
apresenta de forma estreita e alongada,
margeando uma faixa orogênica dobrada
ou arco insular no seu lado convexo, em
geral no lado que corresponde ao oceano
aberto.
anódromo
Peixe que na época da
desova, sai do mar e desloca-se para os
rios.
antepraia
Conjunto
de
partes
submersas, que se estendem desde a
37
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
anticiclone frio Anticiclone que é frio
em relação às áreas circunvizinhas em
determinados níveis; usualmente são
considerados
os
níveis
inferiores.
(Meteorologia)
superfície mais elevada, sempre coberta
pelas águas, até a profundidade onde
cessa ou diminui sensivelmente o
movimento do material da praia; os
estratos mergulham suavemente em
direção ao mar.
anticiclone migratório Áreas de alta
pressão que, de tempos em tempos,
percorrem as regiões temperadas,
modificando a circulação geral dos
ventos. (Meteorologia)
antera Porção dilatada sacular no ápice
do filete do estame e que contém, em
seu interior, os grãos de pólen; é formada
por duas tecas unidas pelo conectivo,
cada uma delas composta de dois sacos
polímicos; as anteras abrem-se por
fendas ou por poros para dar saída ao
seu produto - os grãos de pólen.
(Botânica)
anticiclone permanente Região onde
predominam
largamente
as
altas
pressões através de todo o ano e onde
aparece um anticiclone sobre a carta de
pressão média anual. (Meteorologia)
ante-recife Declive mais abrupto voltado
para o lado do mar aberto, de um recife
orgânico.
anticiclone quente Anticiclone
quente
em
relação
às
circunvizinhas em determinados
em geral são considerados os
inferiores. (Meteorologia)
antese
Estágio no desenvolvimento
floral quando o pólen é desprendido.
(Botânica)
que é
áreas
níveis;
níveis
anticiclone subtropical
Séries de
células de alta pressão alinhadas,
aproximadamente, ao longo de uma linha
de latitude em ambos os hemisférios; o
eixo do cinturão se localiza nos níveis
baixos a cerca de 35o de latitude, em
média, e tem uma pequena flutuação
meridional anual. (Meteorologia)
anti-ácido Medicação que neutraliza os
ácidos do estômago. (Medicina)
antialísios Ventos em altitude, de oeste,
que sopram acima dos ventos alísios de
superfície, dos trópicos. (Meteorologia)
antibiose
Forma de resistência de
plantas a insetos através da liberação de
substâncias
químicas
tóxicas
ao
predador.
anticlinal Dobra que mostra fechamento
para cima, apresentando as rochas mais
antigas em seu núcleo.
anticiclone
Distribuição da pressão
atmosférica na qual existe uma pressão
central mais alta com relação às
adjacências; caracteriza-se em uma carta
sinótica como um sistema de isóbaras
fechadas, envolvendo uma pressão
central alta; é normalmente chamado de
centro de alta. Ver alta pressão
(Meteorologia)
anticlinório
Anticlinal
complexo,
constituído de vários anticlinais e
sinclinais subsidiários, tanto ao longo dos
flancos como da crista.
antideposição Propriedade exibida por
certas substâncias de manter em
suspensão os resíduos removidos,
evitando sua redeposição.
anticiclone continental
Anticiclone
situado sobre um continente geralmente
na estação fria; é causado principalmente
pelo
resfriamento
prolongado
da
superfície da terra e com baixas
temperaturas associadas nas camadas
da atmosfera inferior. (Meteorologia)
antídoto Substância que neutraliza o
efeito de substâncias venenosas, como
os agrotóxicos.
antiduna Onda de areia que se desloca
corrente acima devido à erosão na
encosta a jusante e deposição na
encosta a montante; essas ondulações
no leito se formam em fase com as
ondulações da superfície da água, e em
regime de fluxo superior, isto é, quando o
número de Froude é superior a 1.
anticiclone estacionário
Anticiclone
semipermanente, considerando-se a
pressão alta. (Meteorologia)
38
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
apapá (Pellona castelnaena)
Peixe
muito magro com espinhas bifurcadas e
carne não é muito apreciada que vive em
cardumes e desova durante as
enchentes em locais rasos e com
corrente fraca;. sardinha de água doce;
sardinha branca. (Ictiofauna)
antiespasmódico
Medicação que
diminui a contratilidade dos músculos
intestinais ou cólicas. (Medicina)
antiforme
Dobra
que
mostra
fechamento para cima, sendo porém
desconhecidas as relações estratigráficas
entre suas rochas. (Geologia)
apara Denominação genérica que é
dada aos cavacos que resultam de
aplainamento manual ou mecânico da
madeira.
antigorita
Variedade de serpentinaMg6(Si4O10)(OH)8- que ocorre em placas
e cujas propriedades se harmonizam com
as dos filossilicatos, e cristalizando no
sistema monoclínico.
apatita
Denominação geral utilizada
para um grupo de minerais que
cristalizam no sistema hexagonal, classe
prismática, dureza 5, e nos quais estão
incluídas a fluorapatita- Ca5F(PO4)3, a
clorapatitaCa5Cl(PO4)3,
e
a
hidroxilapatita- Ca5(OH)(PO4)3, sendo
que o cloro, o flúor e a hidroxila podem
ser
substituídos
mutuamente;
a
carbonato-apatita
é
produto
da
substituição do PO4 pelo CO3.
antraceno Substância cristalina, incolor,
com leve fluorescência, obtida do
alcatrão da ulha.
antracito Carvão que apresenta uma
densidade entre 1,4 e 1,7 e fratura
brilhante do tipo conchoidal , aspecto
vítreo, com 90% a 93% de carbono; seu
poder calorífico é superior a 8.000 cal/g ,
é pobre em voláteis e juntamente com a
hulha é conhecido como carvão mineral.
apex Abertura inferior do hidrociclone,
através da qual a fração grossa é
separada da polpa alimentada. Ver
também hidrociclone. (Mineração)
antracnose Termo que designa várias
moléstias
das
plantas
superiores,
causadas por vários fungos da ordem
das Melanconiales; as folhas apresentam
manchas escuras, às vezes amareladas,
que
posteriormente
se
tornam
ulcerações. Importante para agricultura
pelos prejuízos que podem causar.
ápice caulinar É o domo apical envolto
por, pelo menos, um par de primórdios
foliares; quando cultivado in vitro
apresenta a capacidade de originar um
indivíduo semelhante à planta-mãe.
(Genética)
antracose Pneumoconiose por carvão.
Ver pneumoconiose.
apicoada
Superfície submetida a
desbastamento do qual resulta uma
textura
rugosa,
antiderrapante.
(Engenharia Civil)
antraquinona Substância resultante da
oxidação do antraceno - C14H8O2 cristalina, amarelo-pálida, usada na
obtenção de corantes. Ver antraceno.
apicum Termo com conotação regional
utilizado para designar as áreas mais
internas do manguezal, que apresenta
pouca vegetação e com elevada
concentração de sal produzido pela
evaporação das águas provenientes das
inundações das marés.
antrópico
Relativo às atividades
humanas - sociais, econômicas e
culturais - no meio ambiente. Ver
ambiente, meio antrópico.
antropogenia Estudo da origem e da
evolução do homem.
apiranga Arbusto ou árvore pequena
(Mouriri apiranga) cujo fruto é uma baga
arrendondada de cor vermelha quando
madura, doce, de sabor agradável; é
originária do sudeste da Amazônia e
muito frequente em Santarém-PA, em
habitats de beira de rio, praias arenosas
e campos alagados.
antropogênico Em sentido restrito, dizse dos impactos sofridos pelo meio
ambiente, gerados por ações do homem.
anuros Grupo de anfíbios pertencentes
à ordem Anura que, entre outras
características, apresenta adaptações
para saltar. Ex: sapos, rãs e pererecas.
39
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
pressupondo-se um ou mais distintos
níveis de manejo.
apófises Diques ou corpos tabulares
que se apresentam intrudidos em outras
rochas, mas que são claramente
provenientes de uma mesma rocha.
aptidão genética Contribuição para a
próxima geração de um genótipo numa
população relativamente às contribuições
de outros genótipos; é um processo de
seleção natural que tende a favorecer os
genótipos com maior aptidão genética.
apogeu Distância máxima entre a Terra
e a Lua, que é de 406.700 quilômetros.
(Astronomia)
apomixia No sentido amplo, engloba os
vários tipos de reprodução assexuada em
plantas e animais; no sentido restrito,
representa o modo de reprodução em
que ocorre a formação assexuada de
sementes em angiospermas, quando
então é sinônimo de agamospermia; a
apomixia se divide em apomixia
gametofítica e embrionia adventícia. Ver
poliembrionia. (Genética)
apuí É um cipó (Ficus sp) que cresce na
copa das árvores e, para alcançar o
chão, emite raízes que vão envolvendo o
tronco da hospedeira; à medida que se
tocam, as raízes já enrijecidas, soldamse e sufocam a árvore até a morte; a
estranguladora sobrevive então como
uma árvore independente atingindo, às
vezes, porte colossal.
aquecimento adiabático Descida do ar
com o conseqüente aumento de pressão
e que provoca aumento de temperatura.
apomixia gametofítica Formação de
semente agâmica (assexuada) em que o
saco embrionário se origina de uma
sinérgida ou antípoda e ocorre o
desenvolvimento
partogenético
da
oosfera; a prole é do tipo materno; a
apomixia gametofítica compreende a
aposporia e a diplosporia. (Genética)
aquecimento global É uma hipótese de
aumento da temperatura da atmosfera,
considerando o aumento da emissão de
gases estufa, principalmente CO2, pelas
atividades humanas, como a queima de
combustíveis fósseis em veículos e
fábricas; o aumento da emissão de gases
estufa aumenta a capacidade da
atmosfera aprisionar calor; baseia-se em
observações da temperatura global do ar
nos últimos 150 anos, no aumento da
concentração de CO2 e em simulações
com modelos de circulação geral da
atmosfera.
aposporia Desenvolvimento de sacos
embrionários, sem divisão redutiva prévia
da célula arquespórica, a partir de células
somáticas, geralmente células do nucelo.
(Genética)
apotécio Tipo de ascocarpo aberto, em
forma de cálice onde se localizam os
ascos.
Ver
ascos,
ascosporos.
(Micologia)
aqüicludo Unidade geológica que pode
conter água e até mesmo absorve-la
lentamente, contudo apresenta uma
permeabilidade tão reduzida que não
permite que haja um fluxo significativo.
aprofundar
Termo que significa
diminuição da pressão no centro de um
ciclone
ao
longo
do
tempo.
(Meteorologia)
apterygota
Subclasse dos insetos
primariamente desprovidos de asas,
sendo que seus fósseis remontam ao
Período Devoniano.
aqüífero Unidade geológica que contém
e libera água em quantidades suficientes,
de modo que pode ser utilizado como
fonte de abastecimento.
aptidão - Estado de estar adaptado; é a
capacidade do indivíduo prosperar e
reproduzir-se indefinidamente num tipo
particular de ambiente. (Ecologia)
aqüífero confinado Aqüífero situado
entre duas camadas impermeáveis, e
que apresenta a água contida , sob uma
pressão maior do que a atmosférica.
aptidão
agrícola
das
terras
Adaptabilidade da terra para um tipo
específico
de
utilização
agrícola,
aqüífero livre
Aqüífero no qual a
superfície
da
água
encontra-se
submetida a pressão atmosférica.
40
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
semelhante à composição do ar
atmosférico livre, mas, quantitativamente
pode variar bastante. (Pedologia)
aqüífero semiconfinado Aqüífero que
apresenta partes de sua camada
sobreposta por outra camada, de
permeabilidade muito baixa ou até
mesmo impermeável.
ar equatorial
instável
da
(Meteorologia)
aqüífero suspenso Aqüífero que resulta
do aprisionamento da água da zona de
aeração por camadas periféricas que são
impermeáveis.
Massa de ar úmida e
circulação
equatorial.
ar frio
Ar que apresenta uma
temperatura interior mais baixa que a
temperatura da superfície subjacente ou
mais baixa que a temperatura de outro
ar. (Meteorologia)
aqüífugo
Unidade
geológica
impermeável, que não absorve e nem
transmite água.
ar polar Massa de ar originária das altas
latitudes, mais frias, que se move em
direção ao equador; as massas de ar
originárias do Ártico e da Antártica
recebem os nomes das próprias regiões.
(Meteorologia)
aqüitardo
Unidade geológica que
apresenta baixa permeabilidade, e que
portanto retarda mas não impede que
receba água de aqüíferos adjacentes ou
veicule água para aqüíferos adjacentes.
ar saturado Ar que a uma determinada
temperatura e pressão, contém todo o
vapor d’água possível, ou seja, 100% de
umidade relativa. (Meteorologia)
ar Mistura de gases que formam a
atmosfera. (Meteorologia)
ar antártico Massa de ar originária do
Continente Antártico; é fria e seca em
todas as estações do ano. (Meteorologia)
ar seco Camada de ar que não contém
condensação do vapor d’água visível, ou
seja, ar de baixa umidade relativa.
(Meteorologia)
ar ártico Massa de ar que tem sua
origem sobre os campos de gelo e neve
do ártico ou do antártico.
ar tropical Massa de ar originária das
baixas latitudes, normalmente nas Altas
Subtropicais, nas latitudes de 30º a
35º.(Meteorologia)
ar claro Ar destituído de quaisquer
partículas sólidas ou líquidas que
reduziriam a visibilidade; condição
excepcional de clareza e transparência
da atmosfera, sendo que os objetos
distantes se destacam com relevos e
detalhes completos, havendo grandes
contrates e nitidez em relação ao fundo e
sem
qualquer
esmorecimento
da
visibilidade antes de 10 km.
ar úmido Ar de alta umidade relativa em
que há condensação de vapor d’água
visível. (Meteorologia)
araçá Espécie vegetal de porte variável
(Psidium guineensis), cujo fruto é uma
baga globosa branco-amarelada, ácida,
com sementes numerosas; floresce de
junho a dezembro e frutifica de outubro a
março.
ar continental Massa de ar que esteve
diversos dias sobre um continente, e que
assim, apresenta um conteúdo de
umidade relativamente baixo.
araçá-boi Pequeno arbusto (Eugenia
stipitata) pertencente à família das
Mirtáceas, com frutos tipo baga que pode
atingir até 12 cm de diâmetro e peso
máximo de 750 gramas, de cor
amarelada quando maduro; a polpa é
mole-sucosa, brancacenta, de sabor
ácido; é frutífera nativa da Amazônia
Peruana e apresenta excelente potencial
econômico devido suas qualidades.
ar continental polar
Massa de ar
proveniente de áreas terrestres ou
oceânicas polares e que se caracteriza
por apresentar baixa temperatura, baixa
umidade
específica
e
acentuada
estabilidade vertical.
ar do solo Atmosfera, ar ou fase gasosa
do solo que preenche o volume não
ocupado por sólidos e líquidos; sua
composição
é
qualitativamente
araçá-d'água Ver camu-camu ou caçari.
41
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
arandela Todo e qualquer aparelho de
iluminação
apoiado
em
paredes.
(Engenharia Civil)
araçá-de-anta Pequena árvore (Bellucia
grossularoides) com fruto tipo baga
amarelada,
polpa
brancacenta,
gelatinosa,
adocicada,
sementes
numerosas; dispersa por toda a
Amazônia, ocorrendo geralmente na
vegetação secundária; é tipicamente
silvestre, tendo possibilidade de ser
utilizada como planta decorativa em
logradouros públicos.
arapaçu-de-bico-de-cunha
(Glyphorynchus spirurus) Ave típica da
floresta amazônica, mede 14 cm e usa o
seu bico em forma de cunha para talhar a
madeira como um pica-pau; tem um
piado estridente.
arapaçu-de-bico-torto
(Campylorhamphus trochilirostris) Ave
que apresenta um curioso bico adaptado
para catar pequenos animais como larvas
de mosquitos, libélulas e girinos que se
desenvolvem na água acumulada na
base das folhas de bromélias
araçá-pera É uma fruteira encontrada em
forma silvestre ou cultivada na Amazônia
(Psidium acutangulum); seus frutos, em
geral,
ácidos,
normalmente
são
consumidos na forma de refresco; a
floração ocorre praticamente durante o
ano todo, com menores emissões florais
nos meses de janeiro, fevereiro e março;
a frutificação concentra-se no segundo
semestre de cada ano, com maiores
produções nos meses de outubro,
novembro e dezembro.
arara azul (Anodorhynchus hyacinthinus)
É o maior psitacídeo do mundo, podendo
atingir até 1,15 m de comprimento; é a
única família que usa os pés para
segurar a comida e levá-la ao bico; essas
aves não andam em bandos, geralmente
estão solitárias ou em casais; nidificam
em árvores ocas, aproveitando-se das
fendas formadas pela decomposição
aracnídeos Animais que pertencem à
classe Aracnida do filo Arthropoda; tem 4
pares de patas articuladas, não possuem
antenas e apresentam o corpo dividido
em duas regiões distintas, cefalotórax e
abdômem; exemplo: aranhas, escorpiões
e carrapatos.
arara canindé (Ara ararauna) Aves de
ampla distribuição no Brasil, mas é
especialmente abundante na Amazônia;
elas se distribuem em casais pela floresta
na época reprodutiva, mas durante o
restante do ano se concentram em
grandes poleiros comunais para passar a
noite; a chegada dessas aves no final da
tarde é um dos mais belos espetáculos
da natureza da região; come, sobretudo,
frutas de casca duríssima, que ela tritura
com facilidade.
aracu (Leporinus fasciatus) Peixe que
pertence a uma grande família com mais
de 110 espécies; é encontrado,
normalmente, em lagos e áreas
marginais; tem uma carne muito
saborosa e é, particularmente, apreciado
pelo pescador amador porque quando
morde o anzol oferece resistência, não se
entrega com facilidade.
ararajuba Ave psitaciforme de coloração
predominantemente amarela, com penas
verdes nas pontas das asas; encontrada
nos Estados do Pará e Maranhão;
guaruba, aiurujuba, guarajuba, marajuba,
tanajuba.
aragem
Vento muito brando que
encrespa a superfície do mar durante
uma calmaria; corresponde à brisa leve
terrestre.
aragonita
Mineral que cristaliza no
sistema ortorrômbico, classe bipiramidal,
composição CaCO3 e apresentando uma
cristalização piramidal acicular, tabular ou
como geminados pseudo-hexagonais;
polimorfo instável da calcita, nas
condições normais de temperatura e
pressão; é o mineral formador de muitas
conchas e esqueletos.
arara-piranga ou arara-canga (Ara
macao) Ave que gosta de viver em
florestas próximas de rios desde o
México à Amazônia até o norte do Mato
Grosso, sudeste do Pará e Bolívia;
alimentam-se de frutos, sementes e
grãos e o vozear do bando logo as
42
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
arco de ilhas Cadeia de ilhas que se
afiguram com uma forma curvilínea semelhante as ilhas Aleutas - geralmente
com o lado convexo voltado em direção
ao oceano, e bordejada por uma
profunda fossa submarina e também
envolvendo uma profunda bacia marinha.
denuncia; a ave adulta mede entre 85-89
cm.
arara-vermelha (Ara chloroptera) Ave
que costuma voar aos gritos e em bando.
Constrói seu ninho, geralmente, em
troncos ocos; em cativeiro, consegue
dizer algumas palavras, mas não
reproduz os sons tão bem como o
papagaio.
arco marinho Testemunho rochoso que
se apresenta com a forma de um arco,
resultante
de
erosão
diferencial
provocada pelas ondas.
arbonitretação
Tratamento
termoquímico em que se promove o
enriquecimento superficial simultâneo
com carbono e nitrogênio; utiliza-se para
peças que necessitem de alta dureza
superficial, alta resistência à fadiga de
contato
e
submetidas
a
cargas
superficiais moderadas. (Metalurgia)
arco montanhoso Ver arco continental.
arcósio
Arenito
que
apresenta
geralmente
granulação
grosseira,
seleção regular, e constituído, em sua
maior parte, por quartzo e feldspatos,
sendo presumivelmente derivado de
rochas granitóides de textura granular; a
quantidade mínima de feldspatos deve
ser próxima de 12,5%, enquanto que no
subarcósio os feldspatos não podem
ultrapassar os 5%.
arboreto Jardim contendo coleções de
plantas, normalmente restritas a árvores
e outras espécies lenhosas, mantidas e
ordenadas cientificamente, em geral
documentadas e identificadas, e aberto
ao público com as finalidades de
recreação, educação e pesquisa.
ardósia
Rocha proveniente do
metamorfismo de grau incipiente de
rocha sedimentar argilosa; a sua principal
característica é a partição perfeita,
chamada de clivagem ardosiana ,
conferida por um único conjunto de
planos S, com acentuada orientação
preferencial das lâminas de mica e
clorita.
arbúsculo Vegetal lenhoso munido de
profusas ramificações herbáceas, ao
longo de todo o seu sistema caulinar, ou
por vezes, cespitoso, isto é, com vários
eixos
de
sustentação
resistentes,
partindo da base, formando moitas ou
touceiras; sua altura varia entre 0,5 e 3
m; subarbusto
área basal
De uma árvore: seção
transversal do tronco medido a uma
altura determinada (geralmente à altura
do peito, ou seja, 1,5 m acima do chão);
de uma taxon: soma da área basal por
hectare ocupada por troncos de um
taxon. Trata-se de uma medida
quantitativa de dominância.
arbusto Vegetal lenhoso possuidor de
um pequeno tronco, com ramificações
desde a base, e apresentando altura
compreendida entre 3-5 m.
arbusto arborescente Quando mostra
um tronco curto, com poucos ramos de
primeira ordem.
área de drenagem Parte do relevo
drenada por uma rede hidrográfica; bacia
hidrográfica.
arbusto ramoso Quando dotado de
ramificações numerosas ao longo de seu
eixo simples, a partir de suas porções
inferiores
área de influência
Área que sofre
impactos ambientais diretos e indiretos
em decorrência da manifestação de
atividades transformadoras existentes ou
previstas, sobre as quais serão
desenvolvidos os estudos qualitativos e
quantitativos. Ver AIA.
arco continental
Arco magmático
desenvolvido em zonas de convergência
de placa oceânica sob continente, e
localizado no interior do continente, à
semelhança dos Andes, Arco do México
e Arco da Turquia; arco montanhoso.
43
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
área mínima mapeável As menores
dimensões que podem ser legivelmente
delineadas num mapa, sem prejuízo da
informação gerada nos trabalhos de
campo, o que corresponde, na prática, a
uma área de 0,4 cm2 (0,6 cm x 0,6 cm); a
equivalência desta área no mapa, com a
área correspondente no terreno, é função
da escala de apresentação final do mapa.
(Pedologia)
área de influência direta Área que sofre
impactos
ambientais
direto
em
decorrência da implantação da atividade
transformadora,
isto
é,
impactos
ambientais oriundos de fenômenos
diretamente decorrentes de alterações
ambientais que venham a suceder. Ver
AIA.
área de influência indireta Área que
possui limites com a área de influência
direta, e potencial para sofrer impactos
ambientais, proveniente de fenômenos
secundários. Ver AIA.
área ótima Extensão da superfície na
qual um animal ou vegetal encontra as
condições favoráveis para o seu
desenvolvimento. (Ecologia)
área de inundação Parte baixa do
relevo que sofreu ou pode sofrer
inundação.
área proglacial Parte proximal de uma
região periglacial em relação as geleiras.
área verde É toda área de domínio
público ou privado, em solo natural, onde
predomina qualquer forma de vegetação,
distribuída em seus diferentes estratos:
arbóreo, arbustivo e herbáceo /forrageira,
nativa ou exótica.
área de proteção ambiental - APA
Área pertencente ao grupo das unidades
de
conservação
de
uso
direto,
sustentável e regida por dispositivos
legais; constitui-se de área em geral
extensa, com certo grau de ocupação
humana dotada de atributos abióticos ,
bióticos , estéticos ou culturais,
especialmente importantes para a
qualidade de vida
e bem estar da
população residente e do entorno; tem
por objetivo, disciplinar o uso sustentável
dos recursos naturais e promover,
quando necessário, a recuperação dos
ecossistemas degradados.
área verde per capita
Expressa o
número de metros quadrados de área
vegetada para cada habitante de uma
cidade; é um dos parâmetros para avaliar
a qualidade de vida nas grandes cidades.
áreas metropolitanas
Formas de
aglomeração
urbana
onde
as
conurbações são hierarquizadas por uma
metrópole. Ver conurbações.
área de relevante interesse ecológico ARIE
Unidade de conservação de
características naturais extraordinárias ou
que abriga exemplares raros da biota
regional.
areia Partícula do solo sem coesão e
cujos grãos ou elementos do arcabouço
são constituídos por partículas com
granulação compreendida entre 0,05 e 2
mm de diâmetro. (Pedologia)
área de sedimentação Área ou seção
com pastagem, arbusto ou outro tipo de
vegetação, usada com o propósito de
provocar o depósito de silte, pedras
pequenas e outros materiais que as
correntes de água possam arrastar; em
geral, encontra-se situada acima de um
tanque de armazenamento, campo de
cultura, ou área que necessite proteção
contra sedimentos.
areia
Sedimentos constituídos por
partículas com granulação compreendida
entre 0,062 e 2 mm , de acordo com a
escala de Wentworth. (Geologia)
areia de fundição Areia utilizada para
confecção de molde de fundição de
peças metálicas. Suas características
dependem do aglomerante empregado
(ex. silicato de sódio, resinas poliméricas,
etc.) (Metalurgia)
área irrigável Área que se apresenta
com condições de terreno apropriadas
para permitir a instalação de um sistema
de irrigação.
areia fina Uma das subdivisões da
areia, com diâmetro entre 0,2 e 0,05 mm.
(Pedologia)
44
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
arenito lítico Arenito caracterizado por
conter mais de 25% de partículas
detríticas representadas por fragmentos
de rochas em sua fração areia, e
apresentar pouca ou nenhuma matriz.
areia grossa Uma das subdivisões da
areia, com diâmetro entre 02 e 0,2 mm.
(Pedologia)
areia movediça Depósito de natureza
arenosa ou areno-argilosa, saturado de
água, que devido a ação da pressão
hidrostática, é capaz de escoar como um
fluido; pode ser injetada em fissuras,
originando os diques de areia.
arenoso Denominação do solo com
predominância de areia; classe textural
dos solos com teores de argila+silte
menores que 150 g/kg (15%); nos solos
brasileiros o mineral predominante na
fração areia é o quartzo. (Pedologia)
areia negra
Areia que apresenta
elevada concentração de minerais
pesados de cor preta, em geral ricos em
ferro e magnésio, tais como hematita,
magnetita, ilmenita, etc.
argamassa
Mistura de cal, areia e
cimento que serve para assentamento e
revestimento de paredes. (Engenharia
Civil)
areia quartzosa Areia essencialmente
constituída por quartzo. (Pedologia)
argila 1:1 Argila do tipo duas camadas;
sua estrutura é em lâminas compostas de
unidades alternadas de tetraedros de
silício e octaedros de alumínio; exemplos
são a caolinita e haloisita; são argilas de
carga superficial (capacidade de troca de
cátions) baixa e dependente do pH; são
as mais comuns em solos tropicais.
(Pedologia)
Areia Quartzosa Grafada com iniciais
maiúsculas,
refere-se
a
unidade
taxonômica que agrupa solos profundos,
não hidromórficos, de textura arenosa
(classes texturais areia e areia franca),
com permeabilidade rápida ao longo de
todo o perfil, o qual é formado por
material essencialmente quartzoso e
virtualmente destituído de minerais
primários
facilmente
intemprizáveis
(Pedologia)
argila 2:1 Argila do tipo 3 camadas; sua
estrutura é em lâminas compostas de
duas camadas de tetraedros de silício e
uma central de octraédro de alumínio;
exemplos são a montmorilonita, ilita e
vermiculita; possuem carga superficial
elevada e fixa (não dependente de pH);
são
comuns
em
solos
pouco
intemperizados. (Pedologia)
Areia Quartzosa Marinha Grafada com
iniciais maiúsculas, refere-se à uma
unidade taxonômica, de ocorrência na
faixa costeira, que agrupa solos
arenosos, não hidromórficos, com cores
claras
ou
esbranquiçadas,
muito
profundos, de textura arenosa (classes
texturais areia e areia franca), com
permeabilidade rápida ao longo de todo o
perfil. (Pedologia)
argila alóctone
Argila que sofreu
transporte, originando um depósito
argiloso.
argila aluvial Argila que foi depositada
pela água, usualmente em associação
com rios ou correntes.
areia verde Areia cuja coloração verde é
devida a elevada presença de glauconita,
sendo geralmente de origem marinha.
argila arenosa Uma classe textural do
solo. Ver textura do solo (Pedologia)
arenito Termo descritivo utilizado para
designar
um
sedimento
clástico
consolidado,
cujos
constituintes
apresentam um diâmetro médio que
corresponde a granulação da areia; por
não
apresentar
uma
conotação
mineralógica
ou
genética,
são
considerados arenitos todas as rochas
sedimentares
que
apresentam
granulação do tamanho areia.
argila autóctone Argila formada in situ.
(Pedologia)
argila bauxítica Argila que contém uma
mistura de minerais de alumínio, tais
como
gibbsita
e
diásporo,
com
argilominerais do grupo da caulinita,
estando os primeiros constituintes abaixo
de 50 % do total (o oposto seria um
bauxito argiloso); corresponde ao termo
45
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
brasileiro argila aluminosa ou altamente
aluminosa aplicada às argilas utilizadas
na fabricação de materias refratários.
argila residual Argila que resultou da
ação do intemperismo sobre uma rocha e
permaneceu no lugar de origem.
argila calcária Argila que contém os
minerais calcita e/ou dolomita em
quantidades suficientes para produzir
uma visível efervescência com HCl
diluído.
argila sedimentar Argila que após ser
transportada, geralmente por água, mas
também pela ação de ventos ou geleiras,
foi depositada em camadas como um
sedimento.
argila coluvial Argila que foi movida
para a parte baixa da encosta,
principalmente por efeito da gravidade, e
assentada em sua base; argila coluvião
argila siltosa Uma classe textural do
solo. Ver textura do solo. (Pedologia)
argilas Família de minerais, a maioria
constituída de silicatos hidratados de
alumínio,
finamente
cristalinos
ou
amorfos e que cristalizam no sistema
monoclínico; distinguem-se três grupos: o
do caulim (caulinita, nacrita, dickita,
anauxita, halloysita e alofana); o da
montmorillonita
(montmorillonita,
beidellita, nontronita e saponita); e o das
hidromicas
(
hidromuscovita);
em
pedologia, são as partículas minerais
com tamanho menor que 0,002 mm.
argila coluvião Ver argila coluvial.
argila de atividade alta - Ta
atividade das argilas. (Pedologia)
Ver
argila de atividade baixa - Tb
atividade das argilas. (Pedologia)
Ver
argila de delta Argila que se acumulou
no delta do rio, são as argilas aluviais.
argila de estuário
Argila que foi
depositada no estuário de um rio e na
desembocadura de um rio, no mar.
argilito
Rocha sedimentar produzida
pela compressão das argilas, clivandose, segundo os planos de estratificação,
o que a diferencia da ardósia.
argila de terraços Argila usualmente
impura, depositada nos terraços aluviais
que ocorrem ao longo dos vales, bacias
ou baixadas de outros tipos; qualquer
argila que recobre a planície de
inundação ou de enchente de um rio, isto
é, a parte do vale de um rio que se cobre
de água durante inundações.
argilização Conjunto de processos de
transformação de feldspato, micas e
outros silicatos aluminosos em argila.
argilomineral
Silicato de alumínio
hidratado, podendo conter elementos
como Mg, Fe, Ca, Na, K, Li e outros, com
estrutura
cristalina
constituída
de
camadas ou fibras.
argila de várzea Ver argila de terraços.
argila dispersa em água É a argila
determinada em análise granulométrica,
utilizando-se apenas a água como
dispersante. (Pedologia)
argilosa
Textura do solo cuja
composição granulométrica apresenta
teores de argila entre 350 e 600 g/kg (35
e 60%); denominação de solos com
predominância de minerais do tamanho
argila na parte sólida. (Pedologia)
argila lacustre Argila que foi depositada
em um lago.
argila marinha Argila que foi acumulada
como um sedimento no fundo do oceano.
argipã
Camada densa, compacta,
presente no subsolo, contendo um teor
de argila bem mais elevado do que o
material sobrejacente, e do qual
encontra-se separado por um limite
claramente
definido;
apresenta-se
geralmente dura quando seca, e plástica
e pegajosa quando molhada. (Pedologia)
argila natural Ver argila dispersa em
água. (Pedologia)
argila pesada
Designação imprópria
para a classe textura muito argilosa Ver
textura do solo. (Pedologia)
argila refratária Argila cuja temperatura
de fusão se iguala pelo menos, à do
Cone de Seger 26 (16500 C).
Argissolo Uma das classes do novo
Sistema Brasileiro de Classificação de
46
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
etc; o termo é livremente intercambiado
por conservação, especialmente no caso
de
sementes.
Ver
conservação.
(Genética)
Solo; corresponde, no antigo Sistema, às
classes
dos
Podzólico
VermelhoAmarelo, parte das Terras Roxas
Estruturadas e similares, Terras Brunas,
Podzólico Vermelho-Escuro; são solos
relativamente profundos e bem drenados;
a característica principal é um horizonte
B textural - Bt. Esse horizonte é
obrigatoriamente mais argiloso que os
horizontes acima e abaixo dele;
tipicamente, possuem sequência de
horizontes A-Bt-C; são semelhantes aos
Ultissolos da Taxonomia de Solos
(classificação americana). (Pedologia)
armazenamento de água no solo
Quantidade de água em um perfil (ou
camada) de solo de espessura prédeterminada, expressa em termos de
uma altura, medida em centímetros;
trata-se, na verdade, de um volume de
água (cm3) por unidade de área (cm2),
resultando em uma altura (cm); uma
relação importante é 1 litro/m2 = 1 mm.
(Hidrologia)
aridicultura Prática de condução de
cultura em área de baixa precipitação,
sem irrigação. (Agronomia)
armazenamento
específico
Capacidade em água do volume unitário
do aqüífero, ou seja, é o parâmetro
hidráulico que expressa o volume de
água que um volume unitário de um
aqüífero é capaz de receber/ceder, em
função de uma variação unitária da
superfície potenciométrica, tanto da água
como das litologias presentes, sendo
menor
em
aqüíferos
confinados.
(Hidrologia)
Aridissolo Ordem do sistema americano
de
classificação
de
solos
(Soil
Taxonomy). Engloba os solos de regiões
bastante secas e que possuem um
epipedon
ócrico
ou
antrópico,
acompanhado de um horizonte câmbico
ou de alguma forma de acumulação que
resulte em horizonte argilico, nátrico,
cálcico ou gípsico; Aridisol. (Pedologia)
armazenamento inativo ou volume
morto Volume retido na represa abaixo
do nível mínimo de exploração. (Energia)
arilo
Saliências observadas na
superfície de muitas sementes (mamona,
nóz moscada), e que pode ser piloso
como no algodão. (Botânica)
arquipélago Agrupamentos de ilhas que
se encontram concentradas em certas
áreas dos oceanos; na foz dos rios
deltáicos
também
se
formam
arquipélagos de natureza sedimentar;
grupo de ilhas próximas entre si, e que
apresentam a mesma origem e estrutura
geológica, podendo ser continentais,
coralíneas ou vulcânicas. (Geografia)
ariranha
(Pteronura
brasiliensis)
Mamífero
aquático,
nadador
e
barulhento; vive em pequenos grupos;
para refúgio e procriação, escava tocas
nos barrancos próximos à água; embora
pareça amistoso é um bicho carnívoro e
extremamente
perigoso;
é
muito
perseguido pelos caçadores por sua pele.
(Zoologia)
arquitetura
É a arte de compor e
construir
edifícios
para
qualquer
finalidade, tendo em vista o contorno
humano, a realidade social e o sentido
plástico da época em que se vive.
armazenabilidade Capacidade em água
do aqüífero, ou seja, é o parâmetro
hidráulico que expressa o volume de
água que um aqüífero, é capaz de
receber/ceder, em função de uma
variação
unitária
da
superfície
potenciométrica; está associada à
porosidade e a fenômenos elásticos,
tanto da água quanto das litologias
presentes. (Hidrologia)
arraia de fogo (Potamotrygon motoro)
Este peixe é um dos mais perigosos da
Amazônia; vive no fundo do rio
camuflada na areia; na cauda pode ter
mais de um ferrão com as pontas
recurvadas, o que torna a extração difícil
e dolorosa; quando é retirado o ferrão
rasga a carne; costuma atacar a planta
ou o dorso do pé; para evitá-lo, é preciso
armazenamento Guarda de acessos,
sob a forma de sementes, pólen, cepas,
47
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
artéria Vaso sangüíneo com estrutura
histológica característica que transporta
sangue para longe do coração.
(Anatomia)
entra no rio arrastando os pés, pois ela
foge com o movimento. (Ictiofauna)
arraste Movimento vagaroso da massa
e do material do solo, declive abaixo,
primariamente sob a influência da
gravidade, mas auxiliado por saturação
com água, por congelamento e degelo
alternados.
arteriografia Procedimento diagnóstico
usado para detectar doenças em vasos
sangüíneos ou órgãos sólidos (pâncreas,
fígado e baço); também serve para
detectar pontos de sangramento; um tipo
especial de contraste é injetado nas veias
ou artérias para que estes possam ser
visualizados no raio - X. (Medicina)
arrasto Atividade de pesca em que a
rede é lançada e o barco permanece em
movimento; é uma prática considerada
predatória quando a malha das redes é
pequena, fora dos padrões fixados
oficialmente, pois nestes casos há
captura de peixes e outros organismos
aquáticos jovens; outro prejuízo causado
pelo arrasto é o revolvimento do fundo do
mar, o que prejudica sensivelmente o
ambiente e a fauna bentônica .
artroconídios
Taloconídios formados
por fragmentação das hifas em
segmentos
retangulares;
são
encontrados nos fungos do gênero
Geotrichum, em Coccidioides immitis e
em dermatófitos. Ver taloconídios.
(Micologia)
artrópodes
Filo Arthropoda que
congrega cerca de ¾ do reino animal e
que encontra-se presente desde o
Período Cambriano; apresentam o corpo
segmentado , bilateralmente simétrico e
revestido por um esqueleto de quitina
que é substituído quando da muda; os
segmentos do corpo denominados
somitos ou metâmeros possuem um par
de apêndices articulados , responsáveis
pela designação do filo; nas formas
especializadas os apêndices estão
ausentes em muitos somitos; são
geralmente pequenos, contudo os
extintos euripterídeos tinham cerca de 3
m de comprimento e o atual caranguejo
japonês poder atingir até 4 m; exemplo:
aranhas,
escorpiões,
camarões,
caranguejos, insetos, centopéias, etc.
(Zoologia)
arredondamento Grau de agudeza ou
curvatura dos cantos e arestas de uma
partícula; depende da intensidade de
abrasão sofrida durante o transporte e da
natureza da partícula; podem ser
distinguidos
cinco
graus
de
arredondamento: angular, subangular,
subarredondado, arredondado e bem
arredondado.
arrêico
Relativo a áreas
que se
apresentam
quase
completamente
desprovidas de drenagem superficial.
(Geomorfologia)
arroio
Denominação
pequenos rios do Sul
(Geografia)
dada aos
do Brasil.
arsenopirita Mineral metálico, principal
fonte de arsênio, que cristaliza do
sistema monoclínico, classe prismática e
composição FeAsS; quando o cobalto
substitui parte do ferro , recebe a
denominação de danaíta; mispíquel.
árvore Vegetal lenhoso dotado de tronco
robusto, via de regra com um sistema de
ramos divaricados de primeira ordem, a
partir de um certo nível, de onde se
dispõem as ramificações da copa.
ART - Anotação de Responsabilidade
Técnica Documento emitido pelo CREA
- Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, toda vez que
um profissional executar um projeto; visa
garantir a responsabilidade técnica
perante os serviços a serem executados
por esse profissional.
árvore biliar Sistema de canalículos e
ductos que drenam a bile produzida no
fígado; ao raio - X lembram uma árvore.
(Medicina)
árvore filogenética
Representação
diagramática de supostas linhas de
descendência baseadas em evidências
48
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
paleontológicas, morfológicas
qualquer outra natureza.
ou
associação Menor unidade de uma
comunidade vegetal, delimitada pela
relação espécie/área mínima
e que
corresponde à unidade espacial básica
da
classificação
fitossociológica;
comunidade vegetal caracterizada por
uma composição florística definida,
muitas vezes chamada pelo nome da(s)
espécies(s) mais importante(s) que a
compõe(m); termo fitossociológico com
vários sentidos. (Fitogeografia)
de
asbesto Ver amianto.
ascensão capilar Elevação da água
acima da superfície freática, sob o efeito
da tensão superficial; elevação capilar.
(Pedologia)
ascite Acúmulo de líquido na cavidade
abdominal. (Medicina)
ascocarpos Corpos de frutificação que
contém ascos. São de três tipos:
cleistotécio, peritécio e apotécio. Ver
ascos, ascosporos. (Micologia)
associação
complexa
de
solos
Associação de solos formada por duas
ou mais unidades taxonômicas de formas
muito intricadas, quando não é possível a
determinação
da
proporção
dos
componentes na escala do trabalho de
campo. (Pedologia)
ascos Estruturas em forma de saco
onde se formam os esporos sexuados;
podem ser simples, ou se distribuir em
lóculos ou cavidades do micélio. Ver
ascostroma. (Micologia)
associação geoquímica Conjunto de
elementos quimicamente afins, reunidos
no mesmo depósito mineral e, quase
sempre, polimetálicos.
ascosporos São os esporos sexuados
internos e se formam no interior dos
ascos. (Micologia)
associação petrotectônica
Conjunto
litoestrutural indicativo de ambientes
tectônicos e sua evolução. (Geologia)
ascostroma Lóculos ou cavidades que
abrigam os ascos. Ver ascos. (Micologia)
asfalto
Mistura de hidrocarbonetos
obtida como resíduo de destilação do
óleo bruto e usada principalmente na
pavimentação de estradas.
assoreamento Depósito de sedimentos
transportados pela água nos leitos das
correntes, lagos, reservatórios ou nos
campos de inundação, geralmente em
conseqüência
do
decréscimo
da
velocidade da água; processo de
obstrução por areia, lama ou outro
sedimento do leito do rio, canal ou
desembocadura em consequência da
erosão natural ou provocada pelo
homem.
áspide Área aproximadamente circular,
em forma de escudo, localizada acima da
superfície geral do grão de pólen, na qual
está situada a abertura. (Botânica)
assentamento humano Qualquer forma
de ocupação organizada do solo, quer
urbano ou rural, onde o homem vive em
comunidade.
astenosfera Camada situada abaixo da
litosfera e cujo topo está situado a
profundidades variáveis que podem
alcançar 200 km- em média 100 km- e
com a base, a 400 km; é o sítio provável
dos
mecanismos
propulsores
responsáveis pela dinâmica das placas
litosféricas, dos aspectos isostáticos, e
da principal geração de magma.
Individualiza-se da litosfera em função do
contraste térmico (1.200 0C - 1.400 0C),
refletindo-se na mudança das condições
mecânicas.
assintomático Que não tem indicação
ou sintoma de doença.
assoalho
oceânico
Região
circunvizinha às cadeias mesoceânicas,
onde ocorre a expansão de crosta
oceânica, e de composição basáltica.
associação Agrupamento de classes de
solos,
associadas
geográfica
e
regularmente em um padrão de arranjo
definido; é constituída por classes de
solos distintos, com limites nítidos ou
mesmo
pouco
nítidos
entre
si.
(Pedologia)
asteriacites
Estrutura que pela sua
forma lembra estrelas do mar, sendo
49
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
terreno fica sujeito a
deslizamentos.
Ver
(Saneamento)
desse modo considerada como marca de
repouso devida a esse equinodermo.
asterismo Propriedade apresentada por
certos minerais, principalmente aqueles
que cristalizam no sistema hexagonal, de
quando observados na direção do eixo
vertical mostrarem raios de luz que
lembram uma estrela. (Mineralogia)
explosões e
chorume.
atitude
Termo geral utilizado para
indicar a orientação de uma linha ou
plano estrutural no espaço; posição de
uma superfície, que pode ser uma
camada, plano de falha, etc., em relação
e um plano horizontal, expressa
quantitativamente pelas medidas de
direção e mergulho. (Geologia)
astroblema Forma estrutural que se
apresenta
com
um
aspecto
grosseiramente circular, e originado pelo
impacto de meteoritos.
ativação de lodos
Obtenção sob
condições aeróbicas, de organismos
capazes de metabolizar a matéria
orgânica da água no processo de
tratamento de esgotos por lodos
ativados. (Saneamento)
astroquímica
Estudo das interações
químicas entre os gases e as poeiras
dispersas entre as estrelas. (Astronomia)
ataque sulfúrico Método utilizado nos
levantamentos de solos no Brasil, para se
estimar a composição química total da
fração argila do solo; envolve o
tratamento da fração terra fina por ácido
sulfúrico, determinando-se no extrato os
teores de alumínio, ferro, titânio, fósforo e
manganês; a sílica é determinada a partir
do resíduo, após solubilização com
carbonato de sódio. (Pedologia)
atividade biológica Refere-se à ação
de organismos como minhocas, cupins,
formigas, etc., na massa do solo.
(Pedologia)
atividade das argilas
Refere-se à
capacidade de troca de cátions da fração
mineral
do
solo;
atividade
alta
corresponde a valores iguais ou
superiores a 27 centimol (cmolc)/ 100 g
de argila, e atividade baixa indica valores
situados abaixo de 27 centimol (cmolc) /
100 g de argila, após correção referente
ao carbono, ou seja, após dedução da
capacidade de troca de cátions da
matéria orgânica. Ver Ta, Tb. (Pedologia)
aterro controlado
Aterro para lixo
residencial urbano, onde os resíduos são
depositados recebendo depois uma
camada de terra por cima; na
impossibilidade de se proceder a
reciclagem do lixo, pela compostagem
acelerada ou pela compostagem a céu
aberto, as normas sanitárias e ambientais
recomendam a adoção de aterro sanitário
e não do controlado. Ver compostagem.
(Saneamento)
atividade
ótica
Capacidade
apresentada por certas substâncias de
desviarem o plano da luz polarizada em
um determinado ângulo; tais substâncias
são denominadas oticamente ativas,
sendo dextrógiras quando desviam o
plano para a direita, e levógiras quando
desviam o plano para a esquerda.
aterro sanitário- Aterro para lixo
residencial urbano com pré-requisitos de
ordem sanitária e ambiental; deve ser
construído de acordo com técnicas
definidas, como: impermeabilização do
solo para que o chorume não atinja os
lençóis freáticos, contaminando as
águas; sistema de drenagem para
chorume, que deve ser retirado do aterro
sanitário e depositado em lagoa próxima
que tenha essa finalidade específica,
vedada ao público; sistema de drenagem
de tubos para os gases, principalmente o
gás carbônico, o gás metano e o gás
sulfídrico, pois, se isso não for feito, o
atividade poluidora Qualquer atividade
utilizadora de recursos ambientais, atual
ou potencialmente, capaz de causar
poluição ou degradação ambiental.
(Ecologia)
atividades transformadoras É qualquer
processo, em decorrência da atividade
humana ou não, capaz de alterar o
ambiente, em qualquer nível. (Ecologia)
50
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
átomo É a menor quantidade de um
elemento que contêm as propriedades
desse elemento. (Astronomia)
ativos Conjunto de bens, valores e
créditos que formam o patrimônio da
empresa; existem três tipos principais de
ativos: circulante: é o dinheiro em caixa,
os saldos bancários e os valores que
podem ser transformados em dinheiro
imediatamente; fixo: é tudo que é
essencial para ao funcionamento da
empresa - como imóveis, patentes,
ferramentas, máquinas; financeiro: são
os bens que a empresa detém no
mercado
financeiro,
como
títulos
públicos, certificados de depósitos
bancários, debêntures etc. (Economia)
atresia biliar Doença congênita na qual
a bile produzida pelo fígado não
consegue chegar ao intestino porque os
ductos biliares se formaram de maneira
incompleta ou não se formaram.
(Medicina)
atualismo Ver uniformitarianismo.
auditoria Análise completa e minuciosa
da contabilidade de uma empresa ou
instituição; é feita por peritos que
analisam as operações contábeis do
começo até o balanço final e apontam
correção ou incorreção delas; as
auditorias podem ser feitas por
funcionários da empresa ou instituição
(interna) ou por uma empresa prestadora
de serviços (externa). (Economia)
atlas Conjunto de mapas agrupados
num livro.
atmosfera Camada fina de gases, sem
cheiro, sem cor, e sem gosto, presa à
Terra
pela
força
da
gravidade;
compreende uma mistura
mecânica
estável de gases, sendo que os mais
importantes são o nitrogênio, o oxigênio,
o argônio, o bióxido de carbono, o ozônio
e o vapor d'água; outros gases estão
presentes, porém em quantidades muito
pequenas, tais como o neônio, o
criptônio, o hélio, o metano , o
hidrogênio, etc.; a atmosfera está
estruturada
em
três
camadas
relativamente quentes, separadas por
duas camadas relativamente frias.
(Meteorologia)
auditoria ambiental Análise da situação
ambiental
de
um
projeto
ou
empreendimento, com a finalidade de
indicar os pontos geradores de possíveis
impactos, apontando responsáveis e
conseqüências.
aurícula
Um apêndice da folha;
adjacente ao colar entre a lâmina e a
bainha. (Botânica)
aurora boreal Fenômeno causado pela
interação entre o vento solar, o campo
magnético da Terra e a camada superior
da atmosfera, e que se observa no
Hemisfério Norte; efeito similar ocorre no
Hemisfério Sul, onde é conhecido como
aurora austral. (Astronomia)
atmosfera inferior Parte da atmosfera
composta pela troposfera e pela
estratosfera. (Meteorologia)
atmosfera superior Parte da atmosfera
a partir da estratopausa e terminando
onde a atmosfera se funde com o espaço
exterior; a atmosfera superior geralmente
é subdividida em mesosfera, termosfera,
exosfera. (Meteorologia)
austêmpera
Tratamento isotérmico
composto de aquecimento até a
temperatura
de
austenitização,
permanência nesta temperatura até
completa
equalização,
resfriamento
rápido até a faixa de formação da bainita,
permanência nesta temperatura até
completa transformação; utiliza-se para
peças
que
necessitam
de
alta
tenacidade. (Metalurgia)
atol Construção elaborada por corais ou
outros tipos de invertebrados, que
apresenta forma circular e envolve uma
laguna geralmente com profundidade
compreendida entre 30 m e 100 m e cujo
diâmetro bastante variável pode alcançar
até 60 km. coroa de coral erigida sobre
um pilar vulcânico, e que aparece como
uma ilha muito rasa com uma laguna
central.
austenita Forma estável de ferro (910o C
- 1400o C) de estrutura cúbica de face
centrada, apresenta uma estrutura de
grãos poligonais irregulares; fase do aço
51
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cúbica de face centrada, com boa
resistência
mecânica,
apreciável
tenacidade,
amagnética,
com
solubilidade máxima de carbono de 2%;
ferro gama. (Metalurgia).
abrange ainda uma classe de dispositivos
eletromecânicos (virtuais ou reais) que
transformam a informação com base em
instruções
ou
procedimentos
predeterminados.
autecologia A ecologia das espécies
individuais, e não das comunidades.
autopolinização Transporte do grão de
pólen ao estigma da mesma flor.
Fenômeno característico das flores
hermafroditas. Ver polinização cruzada.
autóctone Formado in situ; originário do
próprio lugar onde habita atualmente.
autopoliplóide Poliplóide formado pela
multiplicação de um conjunto completo
haplóide de cromossomos de uma
espécie. (Genética)
autodepuração
Capacidade
apresentada por um corpo de água que,
após receber uma carga de agentes
poluidores,
recupera
através
de
processos naturais, de caráter físico,
químico e biológico, as suas qualidades
ecológicas e sanitárias.
autossomo Todos os cromossomos de
um organismo que não estão diretamente
relacionados à determinação sexual.
(Genética)
autofecundação Reprodução sexuada
onde os gametas masculinos e femininos
originam-se
do
mesmo
indivíduo;
predominantemente
em
vegetais;
fecundação do óvulo pelo grão de pólen
de uma mesma flor, dando origem ao
zigoto;
autofertilização,
autogamia,
fertilização cruzada.
autotoxidade Um tipo específico de
alelopatia onde a presença de plantas
adultas interfere na germinação e
desenvolvimento de suas próprias
sementes e plântulas.
autótrofo Organismo que se mostra
capaz de sintetizar sua própria matéria
orgânica, seja através da fotossíntese
(plantas
clorofiladas)
ou
da
quimiossíntese.
autofertilização Ver autofecundação.
autófita Qualquer planta que produz seu
próprio alimento de matéria inorgânica,
ou seja, através da fotossíntese.
(Botânica)
auxina
Hormônio regulador do
crescimento das plantas superiores,
produzido pelas extremidades do caule e
da raiz, e que migra do ápice para a zona
de alongamento; a auxina produzida no
ápice desloca-se com uma velocidade de
cerca de 1cm/h quando a temperatura é
normal.
autogamia Ver autofecundação.
auto-imunidade Condição na qual são
produzidos anticorpos contra as próprias
células do organismo. (Medicina)
auto-incompatibilidade
Adaptação
fisiológica que impede a ocorrência de
autofertilização.
avalancha Tipo de movimento de massa
rápido , no qual um grande volume de
material (gelo ou fragmentos de rocha) é
transportado pelo efeito da gravidade
para regiões mais baixas.
automação Compreende o conjunto de
fenômenos
e
meios
tecnológicos
destinados a substituir o esforço humano
pelo trabalho realizado por mecanismos
cujo funcionamento está submetido a
controles externos.
avaliação Registro e aferição, sob as
condições de um determinado ambiente,
de características influenciáveis por
fatores bióticos e abióticos; normalmente,
estas são as características de valor
agronômico (ex.: rendimento da cultura) e
geralmente estão sob o controle de
poligenes para sua expressão. Ver
caracterização. (Genética)
automático
Próprio de autômato;
maquinal; inconsciente; que se realiza
por meios mecânicos.
autômato Termo que se aplica a uma
série de objetos mecânicos que imitam
os movimentos dos seres animados;
52
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
avulsão
Processo que consiste no
abandono relativamente rápido de parte
do conjunto de meandros, passando
então o rio a mover-se em um novo
curso, situado em um nível mais baixo da
planície de inundação. (Geomorfologia)
avaliação de carcaça Técnicas para
medir componentes de qualidade e
quantidade em carcaças de animais.
(Zootecnia)
avaliação de impacto ambiental – AIA
Instrumento de política ambiental,
formado
por
um
conjunto
de
procedimentos capaz de assegurar,
desde o início do processo, que se faça
um exame sistemático dos impactos
ambientais de uma ação proposta
(projeto, programa, plano ou política) e
de suas alternativas, e que os resultados
sejam apresentados de forma adequada
ao público e aos responsáveis pela
tomada de decisão, e por eles
considerados;
além
disso,
os
procedimentos devem garantir a adoção
das medidas de proteção do meio
ambiente, no caso de decisão sobre a
implantação do projeto; ação executada
através de métodos estruturados visando
coletar, avaliar, comparar, organizar e
apresentar informações e os dados sobre
os prováveis impactos ambientais de um
empreendimento.
azimute
Direção horizontal de uma
linha, medida no sentido horário, a partir
do norte magnético de um plano de
referência, normalmente o meridiano;
distância angular, medida sobre o
horizonte, variando de 0º a 360º, a partir
do norte por leste (azimute topográfico)
ou a partir do sul por oeste (azimute
astronômico). (Cartografia)
B
aventurescência Fenômeno ótico que
consiste em reflexos metálicos brilhantes,
fortemente coloridos, produzidos por
certas inclusões presentes em alguns
minerais
translúcidos,
quando
observados através de luz refletida.
b Colocado após o símbolo do horizonte,
indica
presença
de
horizontes
enterrados, se suas características
genéticas
principais
puderem
ser
identificadas
como
tendo
sido
desenvolvidas antes do horizonte ser
enterrado; aplicável aos horizontes H, A,
E, B e F, por exemplo Ab, Eb.
(Pedologia)
aves
Nome
geral
dado
aos
representantes da classe Aves (filo
Chordata, subfilo Vertebrata); como
importante característica diferencial deste
grupo, a mais evidente é a presença de
penas; apresentam uma série de
adaptações anátomo-fisiológicas dos
órgãos e esqueleto, que lhes permitem
voar; existem cerca de 9000 espécies e
ocupam as mais distintas regiões
geográficas do planeta. (Zoologia)
B Ver horizontes do solo; horizonte B.
(Pedologia)
bacaba Palmeira de tronco solitário, liso
e reto, crescendo até 20 m de altura
(Oenocarpus bacaba); produz cachos
robustos com cerca de 1,5 m de
comprimento
contendo
frutos
arredondados de cor roxo-escuro na
casca; o mesocarpo é brancacento,
oleoso; é nativa da Amazônia e mais
frequente no Pará e Amazonas; pelo
mesmo processo utilizado para o açaí,
prepara-se o vinho de bacaba, de cor
creme-leitoso, consumido com açúcar e
farinha de mandioca; também produz
palmito comestível.
aves de arribação Qualquer espécie de
ave que migre periodicamente. (Zoologia)
aves migratórias Ver aves de arribação.
(Zoologia)
avifauna Conjunto das espécies de aves
que vivem numa determinada região.
(Zoologia)
53
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
agentes
erosivos,
alargando
ou
diminuindo a área da bacia; área de
drenagem, bacia fluvial. (Hidrologia).
bacia artesiana Configuração estrutural
geológica, freqüentemente de grandes
dimensões, em que a água está
confinada
sob
pressão
artesiana.
(Hidrologia)
bacia marginal
Bacia do tipo mar
epicontinental, adjacente a um continente
, sendo que seu fundo é constituído de
massa continental submersa. (Hidrologia)
bacia com soleira Bacia submarina que
apresenta deposição separada do corpo
principal por uma crista submersa
estreita;
a
água
mais
profunda
permanece mais ou menos estagnada,
mostrando deste modo características
redutoras. (Hidrologia)
bacia sedimentar Entidade geológica
que se refere ao conjunto de rochas
sedimentares que guardam uma relação
geométrica e/ou histórica mútua, e cuja
superfície atual não necessariamente se
comporta
como
uma
bacia
de
sedimentação;
em
pedologia
corresponde a depressão preenchida
com detritos carregados das áreas
circundantes; a espessura do sedimento
aumenta na direção do centro da bacia.
bacia contribuinte Área que fica à
montante de um local considerado e que
contribui para alimentar o curso d'água.
(Hidrologia)
bacia de captação Mais de que o rio,
lago ou reservatório de onde se retira a
água para consumo, compreende
também toda a região onde ocorre o
escoamento e a captação dessas águas
na natureza. (Hidrologia)
bacilar Em forma de bastão, longo e
estreito.
bacilo Designação dada às bactérias
que
apresentam
forma
cilíndrica.
(Biologia)
bacia de estabilização É a área total
drenada por um rio e seus afluentes.
(Hidrologia)
background
Termo utilizado em
geoquímica e geofísica para relacionar
um valor, teor ou porcentagem mineral,
ou ainda uma propriedade física
(radiométrica, magnetométrica, etc) a um
padrão
regional
para
efeito
de
comparação; o mesmo pode relacionarse a ppm, ppb, cps, etc.
bacia experimental Bacia na qual as
condições naturais são deliberadamente
alteradas objetivando estudar os efeitos
dessas modificações no ciclo hidrológico.
(Hidrologia)
bacia fluvial
(Hidrologia)
Ver bacia hidrográfica.
bactéria
Microorganismo unicelular
procariota e pertencente ao Reino
Monera , geralmente sem clorofila, e que
utiliza alimentos solúveis , normalmente
orgânicos, apesar de algumas bactérias
serem quimiossintetizantes; apresentam
ampla distribuição na natureza, sendo
que algumas bactérias formam esporos
resistentes, que podem ficar inativos em
condições
inadequadas
do
meio
ambiente, e serem reativadas com o
retorno de condições mais aceitáveis.
(Biologia)
bacia
hidrogeológica
Região
geográfica cujas águas subterrâneas
escoam para um só exutório. Pode não
coincidir com a bacia hidrográfica.
(Hidrologia)
bacia hidrográfica Conjunto de terras
drenadas por um rio principal e seus
afluentes; a noção de bacias hidrográfica
inclui naturalmente a existência de
cabeceiras ou nascentes, divisores
d'água,
cursos
d'água
principais,
afluentes, subafluentes, etc; deve existir
uma hierarquização na rede hídrica e a
água se escoa normalmente dos pontos
mais altos para os mais baixos. Inclui,
também, noção de dinamismo, por causa
das modificações que ocorrem nas linhas
divisórias de água sob o efeito dos
bactérias anaeróbias facultativas São
bactérias que conseguem se desenvolver
tanto na presença quanto na ausência de
oxigênio. (Biologia)
bactérias
clorifiladas
Bactérias
anaeróbias que obtém energia para o
54
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
bactérias heterotróficas São bactérias
que requerem um ou mais compostos
orgânicos que não o dióxido de carbono
para síntese do seu protoplasto.
(Biologia)
crescimento, através de um processo
particular de fotossíntese. Ver bactérias
fotossintetizantes. (Biologia)
bactérias coli-aerógenas
Bactérias
encontradas
predominantemente
no
intestino do homem ou de animais,
podendo
ocasionalmente,
serem
encontradas em qualquer outra parte;
terminologia antiga, não mais utilizada,
empregada para designar bactéria do
grupo coliforme. (Biologia)
bactérias mesófiças Bactérias que são
mais ativas numa temperatura entre 20º
C e 40º C. (Biologia)
bactérias patogênicas Bactérias que
causam
doenças
nos
organismos
hospedeiros. (Biologia)
bactérias criófilas Bactérias que são
mais ativas numa temperatura igual ou
inferior a 10º C. (Biologia)
bactérias psicrófilas
Aquelas que
apresentam o ótimo de crescimento em
temperaturas
inferiores
a
0
aproximadamente 15 C. (Biologia)
bactérias de nódulo São aquelas que
formam nódulos, ou seja, estruturas
organizadas, que podem ocorrer em
raízes ou caules das plantas e onde se
dá o processo de fixação biológica do N2.
(Biologia)
bactérias
quimiossintetizantes
Bactérias que utilizam reações de
oxidação-redução,
como
fonte
de
energia, no processo de síntese de
compostos orgânicos; não empregam a
luz ou compostos orgânicos nas citadas
reações. (Biologia)
bactérias do ferro
Bactérias que
pertencem a ordem chlamydobacteriales,
e que apresentam a propriedade de
retirar o íon ferroso do meio aquoso e
precipita-lo em sua bainha, na forma de
íon férrico; algumas bactérias do ferro ,
como crenothrix, gallionella e leptothrix,
são capazes de oxidar metabolicamente
o íon ferroso para o íon férrico
autotroficamente; em outras, como no
caso da sphaerotillos, esta oxidação é
puramente química e processada em sua
bainha. (Biologia)
bactérias saprófitas
Bactérias que
vivem da matéria orgânica morta e
promovem
a
sua
decomposição.
(Biologia)
bactérias termófilas Bactérias que são
mais ativas numa temperatura variando
de 40º C a 55º C. (Biologia)
bactericida
É a substância ou a
preparação química que destrói as
bactérias patogênicas e não patogênicas,
mas não necessariamente as formas
esporuladas.
bactérias do metano
Bactérias
metanogênicas, que na ausência de
oxigênio, induzem uma fermentação
alcalina da matéria orgânica putrescível,
com a produção de gás metano.
(Biologia)
bacteriófago O menor vírus de estrutura
icosaédrica conhecido, possuindo 60
capsômeros; fago. Ver capsômeros.
(Virologia)
bactérias entéricas Bactérias que se
desenvolvem no trato intestinal e deste
modo são utilizadas como indicadoras de
contaminação fecal. (Biologia)
bacteriostase Substância que inibe a
multiplicação bacteriana; é a substância
ou a preparação química capaz de inibir
a multiplicação de bactérias; não tem
ação sobre esporos.
bactérias fotossintetizantes Bactérias
que utilizam a energia luminosa no
processo de síntese de compostos
orgânicos;
são
de
habitat
predominantemente aquático e têm papel
importante em lagoas anaeróbias, para
tratamento de águas residuárias; bactéria
fototrófica. (Biologia)
bacteriostático Ver bacteriostase.
bacteróide Forma alterada de células de
certas
bactérias;
refere-se
particularmente às células intumescidas e
vacuoladas irregulares de rizóbio em
nódulos de leguminosas.
55
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
camadas ou lâminas superpostas,
incolores, amareladas ou pardas e
constituída de substâncias sépticas.
(Biologia)
bacuri Árvore com 15 a 25 m de altura
(Platonia insignis), que exsuda um látex
amarelo quando cortada; o fruto é uma
baga volumosa, de tamanho variável com
polpa branca, macia, fibro-mucilaginosa,
fortemente aderida a semente, de cheiro
e sabor muito agradáveis; a região do
Salgado e da ilha do Marajó, no Estado
do Pará, são as áreas de maior
concentração na Amazônia.
bainita
Microestrutura de cementita
dispersa
em
ferrita,
obtida
por
transformação isotérmica, em baixa
temperatura (200 a 500o C), da austenita.
(Metalurgia)
baixa
Região da atmosfera que
apresenta pressão barométrica baixa à
superfície e valor ainda mais baixo em
seu centro; quanto maior a diferença de
pressão entre o centro e as suas
vizinhanças maior será a intensidade do
vento em uma baixa; no hemisfério sul os
ventos sopram no sentido dos ponteiros
do relógio , enquanto no hemisfério norte
ocorre o contrário. (Meteorologia).
bacuripari Árvore com 6 a 20 m de
altura, (Rheedia macrophylla), frutos tipo
baga de casca lisa, amarela, contendo
até quatro sementes envolvidas por uma
polpa branca mucilaginosa de sabor
acidulado.
badland Terreno geralmente desprovido
de vegetação e entrecortado por um
intrincado padrão de ravinas estreitas,
cristas agudas e pináculos, resultados de
uma erosão severa em materiais não
muito resistentes. (Geomorfologia)
baixa equatorial Faixa de baixa pressão
localizada bem ao norte do equador,
principalmente no hemisfério norte.
(Meteorologia).
baía Porção do oceano, mar ou lago que
adentra pelo continente, caracterizandose por apresentar uma linha de costa
com a concavidade voltada para o
exterior; pode ser do tipo aberta ou
fechada. (Geografia)
baixa
extratropical
Depressão
barométrica que se forma fora dos
trópicos. (Meteorologia).
baixa tensão Tensão cujo valor entre
fases é inferior a uma tensão dada,
variável de país para país. (Energia)
baía aberta Baía delimitada por dois
pontões
rochosos,
com
distância
suficiente entre eles de modo a permitir
que as ondas no seu interior tenham as
mesmas características das observadas
em mar aberto. (Geografia)
baixada Depressão do terreno; área
baixa em relação aos terrenos vizinhos;
planície extensa e de pequena altitude
relativa, junto à costa, baías ou rios; parte
da área está sujeita a inundação; extenso
plano, normalmente situado na área
litorânea pouco acima do nível das
marés.
baía fechada Baía que se comunica
indiretamente com o mar aberto através
de passagens estreitas. (Geografia)
baia tropical Depressão barométrica
formada nos trópicos. (Meteorologia)
baixa-mar Elevação mínima alcançada
por cada maré vazante.
baías Termo regional que designa as
lagoas temporárias ou permanentes, de
dimensões e formas variadas, muito
freqüentes no pantanal da Nhecolândia.
baixio Elevação do fundo submarino
formada por material inconsolidado,
geralmente arenoso, podendo contudo
ser argiloso ou conchífero, e situado a
menos de 20 m de profundidade.
bainha Base da folha, alargada, e que
abraça, parcial ou totalmente, o
pseudobulbo ou a espata. (Botânica)
bajada Área plana situada na porção
terminal de um conjunto de pedimentos,
na qual acumulam-se os sedimentos
provenientes das partes mais elevadas;
pode comportar depressões do tipo
playa. (Geomorfologia)
bainha
Revestimento
externo,
mucilaginoso, cilíndrico, que envolve os
filamentos de certos gêneros de algas e
bactérias; pode ser formada de várias
56
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
superfície; em geral, o balanço de
radiação na superfície terrestre é positivo
de dia e negativo à noite.
balança comercial É a relação entre as
exportações e as importações de um
país. Se o valor das exportações supera
o das importações, ocorre um superávit;
se as importações excedem as
exportações, há déficit. (Economia)
balanço hídrico Balanço das entradas e
saídas de água no interior de uma região
hidrológica bem definida, tal como uma
bacia hidrográfica ou um lago, levando
em consideração as variações efetivas
de acumulações.
balanço Conjunto de dados econômicos
e financeiros de uma empresa,
apresentado ao mercado de forma
periódica (balanço do trimestre, do
semestre ou do ano); o balanço deve
incluir todos os bens, créditos, dívidas e
obrigações da companhia. (Economia)
balanço hídrico do solo Método que
estabelece a contabilidade hídrica de um
perfil
de
solo,
determinando
as
quantidades de água recebida, retida,
evapotranspirada e disponível para as
plantas.
balanço de energia
Equação que
relaciona o fluxo de radiação em uma
parte da superfície da Terra, ao calor
perdido ou ganho por condução para/ou
de uma camada abaixo; o calor é perdido
ou ganho da atmosfera, por processos de
difusão molecular, e a perda ou ganho da
superfície,
por
evaporação
ou
condensação; fluxo de ganho, perda e
armazenamento de energia por um
organismo, população ou ecossistema.
balanço térmico Balanço de ganhos e
perdas de calor para um dado sistema,
durante um período determinado.
balata Produto intermediário entre a
borracha e a gutapercha, sendo
produzida pela Mimusops bidentada;
plástico natural proveniente da secagem
da seiva (látex) de certas sapotáceas,
como por exemplo da abiurana-guta
(Pouteria gutta) encontrada na Amazônia.
balanço de nitrogênio A relação entre a
entrada e saída de nitrogênio de um
sistema ecológico, tais como: lagos, rios
e instalação de tratamento de esgotos.
balceiro Pequena ilha flutuante, formada
por vegetação que é transportada pela
correnteza em um curso de água.
balanço de nutrientes Razão entre as
concentrações de nutrientes necessários
ao desenvolvimento das plantas, a qual
permite máxima taxa de crescimento e de
produção.
baldrame Viga de concreto que sustenta
as paredes das construções. (Engenharia
Civil)
ball clay
Argila na qual predomina
caulinita
acompanhada
de
outros
argilominerais como a ilita, a esmectita e
a clorita, além de conter quantidades
subordinadas de quartzo, plagioclásio,
feldspato potássico e calcita; apresenta
elevada plasticidade, sendo por vezes
refratária e comumente caracterizada
pela associação com matéria orgânica e
apresentando tonalidades que variam do
levemente amarelado até matizes de
cinza.
balanço de oxigênio Balanço entre o
consumo e a produção ou reintrodução
de oxigênio ao longo de um corpo
d'água.
balanço de pagamentos É o resumo,
expresso em unidades monetárias das
transações ocorridas entre o país e o
resto do mundo; ele apresenta duas
grandes contas: o saldo em transações
correntes, que se refere às transações de
bens e serviços realizadas pelos
brasileiros com o exterior, e, o saldo de
capitais, que reflete o fluxo de moedas
entre o país e o resto do mundo.
(Economia)
balneabilidade Padrão de qualidade
das águas, que indica se as pessoas
podem se banhar sem risco para a
saúde; no Brasil, ele é definido pela
Resolução 20/86 do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente,
que
divide
as
condições
de
balanço de radiação Diferença entre a
quantidade de radiação que é absorvida
e emitida por um dado corpo ou
57
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
desenvolvimento nos países da América
Latina e do Caribe; a sede fica em
Washington, nos Estados Unidos.
balneabilidade em quatro categorias:
excelente, muito boa, satisfatória e
imprópria, onde os poluentes medidos
são coliformes fecais e coliformes totais.
banco ativo de germoplasma
coleção ativa. (Genética)
Banco Internacional de Reconstrução
e Desenvolvimento - BIRD Ver Banco
Mundial.
Ver
Banco Mundial Instituição financeira
ligada à ONU e criada em 1944; o
objetivo inicial do Banco Mundial era
ajudar na recuperação dos países
europeus cuja economia havia sido
aniquilada pela Segunda Guerra Mundial;
atualmente,
tem
como
objetivos
principais o combate à pobreza e a
melhoria nas condições de vida em todo
o mundo. O número de países-membros
é de 181.
Banco Central
Instituição financeira
governamental cuja função é zelar pela
estabilidade da moeda, controlar o
crédito e monitorar entrada e saída de
dinheiro e metais preciosos do país; no
Brasil, o Banco Central detém o
monopólio da emissão de moeda no país
e fiscaliza os bancos. (Economia)
banco de areia Deposição de material
sobre o fundo de um lago, de um rio, de
sua foz, ou do mar, junto à costa, em
resultado do perfil do fundo, das
correntes dominantes e da ocorrência de
sedimentos; bancos de sedimentos
(areia,
cascalho,
por
exemplo)
depositado no leito de um rio,
constituindo obstáculos ao escoamento e
à navegação; acumulação de aluviões e
seixos nas margens dos rios e na beira
dos litorais onde predominam as areias;
barra, coroa.
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social - BNDES Tem a
função de financiar empreendimentos
que contribuam para o desenvolvimento
do país; foi criado em 1952 e,
atualmente, é vinculado ao Ministério do
Desenvolvimento.
banda de absorção da atmosfera
Região do espectro eletromagnético para
a qual a atmosfera comporta-se de
maneira opaca, não permitindo a
passagem da radiação eletromagnética.
banco de genes Base física onde o
germoplasma é conservado; geralmente,
são centros ou instituições públicas e
privadas que conservam as coleções de
germoplasma sob a forma de sementes,
explantes
ou
plantas
a
campo.
Informalmente, banco de genes e banco
de germoplasma se eqüivalem em
sentido. (Genética)
banda do visível Faixa do espectro
eletromagnético que pode ser percebido
a
olho
nú,
e
compreendida
aproximadamente entre 7.000 e 4.000
Angstrons, os limites do infravermelho e
do ultravioleta, respectivamente.
banda ripícola Faixa de proteção criada
ao longo da linha de água com o objetivo
de reduzir efeitos nocivos da agricultura.
Ver floresta ripária.
banco de germoplasma
Expressão
para designar uma área de preservação
biológica com grande variabilidade
genética; por extensão, qualquer área
reservada para a multiplicação de plantas
a partir de um banco de sementes ou de
mudas, ou laboratório onde se conserva,
por vários anos, sementes ou genes
diferentes.
banco genético
germoplasma.
Ver
banco
bandamento composicional Foliação
definida por faixas paralelas de
composição mineralógica ou texturas
diferentes; pode corresponder a um
acamamento relíquiar ou ser originado
por
segregação
metamórfica,
migmatização, cisalhamento e dissolução
por pressão.
de
Banco
Interamericano
de
Desenvolvimento - BID Organização
internacional criada em 1959 para prestar
ajuda
financeira
e
fomentar
o
banhado
Denominação
regional
utilizada no Sul do Brasil para indicar
extensões de terras baixas inundadas
58
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
pelos rios, que podem periodicamente se
apresentar secas e aptas ao cultivo, ao
contrário dos pântanos. (Geografia)
barra cuspidada
Barra que se
apresenta em forma de crescente, unida
à praia por ambas as extremidades.
bar Igual a 0,987 atmosferas ou 1,02
kg/cm2 ou 100 kilopascal ou 14.5 lbs/pol
quadrada;
unidade
de
pressão
equivalente a aproximadamente um
milhão de dinas por centímetro quadrado.
barra de arrebentação
Barra que
apresenta sedimentos mais grosseiros
que os das áreas adjacentes, e formada
no local onde ocorre a arrebentação das
ondas.
barbas Ramificações de uma pena, que
se originam na raque; delas partem
ramificações secundárias, as bárbulas,
que possuem diminutos ganchos os
quais de prendem à bárbula adjacente,
dando resistência às penas de vôo, de
cobertura e às coberteiras; nas plumas e
semiplumas não existe coesão das
bárbulas através de ganchos e tais penas
têm aspecto plumáceo. (Zoologia)
barra de canal
Forma de leito de
ocorrência não periódica, e que se
desenvolve
sob
condições
de
profundidade rasa, nas quais pequenas
mudanças
no
fluxo
podem
ser
responsáveis por considerável variação
na sua morfologia; rsulta então de
simples feições deposicionais e formas
complexas, devido a atuação de múltiplos
eventos erosivos e deposicionais;
levando-se em consideração o fluxo e o
padrão de crescimento pode ser
longitudinal, transversal, em pontal e
diagonal.
barbotina Uma suspensão espessa de
partículas sólidas em um líquido.
(Metalurgia)
barcana Duna que apresenta forma de
meia-lua , mostrando sua face convexa
voltada para barlavento , e a face
côncava para sotavento.
barra de costa afora
Acumulação
subaquática de areia que se apresenta
em forma de crista, situada a alguma
distância
da
praia,
e
resultante
principalmente da ação das ondas.
barita Mineral que cristaliza no sistema
ortorrômbico, classe bipiramidal e
composição BaSO4, sendo que sua
densidade de 4,5 é considerada elevada
para um mineral não-metálico; quando o
estrôncio substitui o bário o mineral
passa a ser denominado celestina, e
anglesita quando presente o chumbo.
barra digitada Corpo arenoso estreito e
longo, de seção transversal lenticular,
subjacente a um canal distributário em
um delta pé-de-pássaro; o corpo
arenoso, muito mais largo do que o canal
distributário, é formado pelo avanço
progradante da barra em meia lua, junto
à desembocadura do distributário.
barlavento Face de qualquer elemento
voltada para o lado que sopra o vento.
barra em meia lua
Barra que se
apresenta em forma de crescente, sendo
encontrada nas saídas de braços de
maré entre ilhas barreiras, na entrada de
uma baía, na foz de um rio ou de um
distributário deltáico.
barógrafo
Aparelho que registra a
pressão atmosférica. (Meteorologia)
barômetro
Ver barômetro aneróide.
(Meteorologia)
barômetro aneróide Instrumento para
se medir a pressão atmosférica.
(Meteorologia)
barra longitudinal Barra formada após
o sulco longitudinal e disposta de modo
aproximadamente paralelo à linha de
costa.
barra
Banco de areia de grandes
dimensões, formado pelo transporte
transversal dos sedimentos do fundo
marinho até a costa; pode ser submarina
,insular e litorânea. Ver banco de areia.
barragem Construção para regular o
curso de rios, usada para prevenir
enchentes, aproveitar a força das águas
como fonte de energia ou para fins
turísticos; sua construção pode trazer
problemas ambientais, como no caso de
59
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
grandes hidrelétricas, por submergir
terras férteis, muitas vezes cobertas por
importantes ecossistemas, ou/e por
desalojar populações que vivem na área.
basalto
Rocha ígnea extrusiva de
granulação fina (afanítica) em que o
plagioclásio sódico-cálcico predomina
sobre o feldspato potássico.
barranco Exposição geralmente vertical
de cortes de estradas, voçorocas ou
margens de rios.
base de Arrhenius
libera íon hidroxila
dissolvida em água.
barreira
Massa arenosa, disposta
paralelamente à costa, e que permanece
elevada acima da maré mais alta;
restinga.
base de Bronsted Substância capaz de
aceitar um próton (H+).
Substância que
(OH-) quando
base de dados Coleção de informações
sobre acessos, que inclui descritores e os
estados dos descritores associados.
(Genética)
barreira Qualquer obstáculo de ordem
física, química ou biológica que impede a
dispersão dos seres vivos. (Ecologia)
base de Lewis Substância que pode
doar um ou mais pares de elétrons.
barreira de água doce Frente de água
doce subterrânea que apresenta uma
altura de carga suficiente para impedir a
intrusão de água salgada ou salobra.
base genética
Total da variação
genética presente em uma população;
em princípio, quanto maior for a
amplitude da variação genética maior
será a capacidade da população fazer
frente a flutuações ambientais, em
benefício de sua perpetuação.
barreiro Denominação dada às porções
de terreno em áreas de várzea próximas
ao litoral, onde ocorre eflorescência
salina.
barrento
Que tem característica de
barro; uma classe textural do solo,
segundo antiga classificação. (Pedologia)
base monetária Corresponde à criação
primária de moeda; ela é divulgada de
duas maneiras: na mais restrita
corresponde ao total de papel moeda em
circulação,
somado
às
reservas
bancárias; na maneira mais ampla, é a
quantidade de dinheiro disponível no
mercado; é o nome dado ao conjunto de
toda a moeda existente em um país.
(Economia)
barril Unidade de volume equivalente a
158,98 litros.
barril de óleo equivalente Unidade
utilizada para permitir comparar, em
equivalência térmica, um volume de gás
natural com um volume de óleo.
barrilete Parte da sonda destinada a
recolher, proteger e recuperar o material
a ser amostrado.
bases de referência Compreende o
material cartográfico, utilizado em
levantamento de solos, consistindo de
mapas planaltimétricos, imagens de radar
e de satélite, fotografias aéreas, cartaimagem de sensores remotos orbitais,
levantamentos
topográficos
convencionais
e
restituições
aerofotográficas, além de informações
contidas
nos
mapas
pedológicos
preexistentes e outros mapas temáticos,
que permitam a obtenção e a utilização
de informações preliminares sobre o
meio ambiente e o uso da terra.
barrilete de ventilação
Tubulação
horizontal com saída para atmosfera em
um ponto, destinado a receber dois ou
mais tubos ventiladores. (Engenharia
Civil)
barrilha
Denominação aplicada ao
carbonato de sódio (NaCO3) e que é
utilizada no preparo de sabões, de vidros
e no amolecimento de água dura.
barro Argila como é encontrada no
barreiro, própria para a fabricação de
tijolos
e
telhas;
Classe
textural
equivalente a franco. (Pedologia)
basídio
Célula fértil claviforme que
abriga em seu ápice os esporos
sexuados externos. (Micologia)
60
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ocorre comumente em regiões de clima
tropical.
basidiosporos
Esporos sexuados
contidos nos basídios. Ver basídio.
(Micologia)
beiju Alimento das populações nativas
da Amazônia, feito com mandioca ou
tapioca, de diversos tipos e formatos:
beijucica, beijuguaçu, beiju-moqueca,
beijuteica.
basônimo Nome específico conferido
pela primeira vez, na nomenclatura
botânica.
bateria Denominação aplicada a uma
célula ou a um conjunto de células
eletroquímicas conectadas em série, e
que podem ser utilizadas como fonte de
energia elétrica direta com voltagem
constante. (Química).
beneficiamento de sementes Processo
de retirada da casca e/ou polpa dos
frutos a fim de extrair as sementes.
benigno O que não é maligno , não está
associado ao câncer. (Medicina)
bateria de poços Conjunto de mais de
três ou mais poços, tubulares ou
amazonas, perfurados em uma mesma
área e explorando o mesmo aqüífero,
voltado ao atendimento de uma
determinada demanda.
bens
Qualquer coisa com alguma
utilidade, que seja capaz de cumprir uma
função ou satisfazer uma necessidade;
há, porém, bens com valor econômico e
bens sem valor claro; o exemplo clássico
é o ar: tem uma função tão importante
para o ser humano que ninguém é capaz
de sobreviver sem respirá-lo; no entanto,
é abundante e não requer trabalho para
obtê-lo; por isso não tem valor
econômico;
os
bens
econômicos
recebem várias classificações, quase
sempre por sua função na produção.
(Sócio-Economia)
batimetria
Procedimento
para
determinação e representação gráfica do
relevo de fundo de áreas submersas
(mares, lagos, rios).
batólito Grande massa plutônica que
apresenta uma exposição com mais de
100 km2 e constituída por rochas com
granulação média a grosseira e
composição
granítica:
granodiorito,
granito e quartzo monzonito; quando
inferior a 100 km2 denomina-se stock. .
(Geologia)
bens
comuns
da
humanidade
Sistemas naturais de interesse comum,
cuja administração transcende jurisdições
nacionais; exemplos: Convenção dos
Oceanos que regulamenta o uso de
águas comuns e estabelece zonas
exclusivas de comércio; Convenção do
Espaço Cósmico de 1967 e a instalação
do Comitê da ONU para seu uso pacífico;
Tratado Antártico, de 1959, que garante o
uso do continente para fins pacíficos,
investigações científicas e cooperação
internacional, proibindo o despejo de
resíduos radiativos e testes nucleares.
baunilha
Planta da família das
Orquidáceas, Vanilla planifolia, da qual
se extrai uma substância muito utilizada
em confeitaria e perfumaria.
bauxita
Mistura de hidróxidos de
alumínio, tendo como constituintes
principais a gibbsita - Al(OH3), a
boehmita- AlO(OH)3 e o diásporo- AlO (
OH )2- qualquer um deles podendo ser o
dominante. É o mais importante minério
de alumínio.
bens de capital
São os bens que
servem para a produção do outros bens,
tais como máquinas, equipamentos,
material de transporte e construção.
bayou Drenagem estuarina, tributária ou
ligando outros canais ou corpos de água,
que se desenvolve através de zonas
pantanosas.
bens de produção Ver bens de capital.
bens intermediários São aqueles bens
que são absorvidos na produção de
outros, como o aço nos automóveis, os
chips nos computadores, etc.
bbl/dia ou bpd Barris por dia. (Petróleo)
beach rock Denominação utilizada para
indicar uma praia arenosa que foi
cimentada por carbonato de cálcio;
61
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
bento Conjunto de seres vivos que
habitam,
permanentemente
ou
preferencialmente, o fundo dos mares.
anos e quando eclode como adulto,
acasala e põe ovos na raiz da árvore.
best linear unbiased prediction - BLUP
Teoria genético-quantitativa sobre a qual
se baseiam os sistemas mais avançados
de avaliação genética; uma das
propriedades mais importantes da
metodologia BLUP é proporcionar os
fatores de ponderação apropriados para
que as diversas fontes de informação
disponíveis a respeito de cada indivíduo
possam ser resumidas a um único valor.
(Genética)
bentônicos
Animais aquáticos que
vivem junto ao substrato, podendo ser
fixos (sedentários) ou apenas pousados
(vágeis) e locomovendo-se de formas
diversas.
bentonita Argila de granulação muito
fina, composta por minerais do grupo da
esmectita; a maioria dos depósitos se
forma pela alteração de cinza vulcânica;
no Brasil o termo bentonita tem sido
empregado
para
materiais
não
necessariamente betoníticos: mistura de
argilas cauliníticas, montmoriloníticas e
ílitas.
bétis Planta da família das Piperáceas,
Piper aucalyptifolium, originária da
Amazônia e Guianas, cujas folhas
encerra substância analgésica.
betume Ver asfalto.
benzeno Líquido incolor, volátil, com
cheiro característico, cuja molécula tem
uma estrutura cíclica típica (C6H6); usado
como solvente e como matéria-prima
para obtenção de diversos outros
produtos.
betume natural
Porção do petróleo
encontrada no estado sólido ou semisólido, nas condições de reservatório;
usado
no
passado
para
impermeabilização de esquifes, cisternas,
embarcações; também utilizado para
iluminação noturna em tochas, no antigo
Egito.
bequerel
Unidade de medida de
radiação, que substituiu a Medida Curie;
é a quantia de radiotividade onde um
núcleo deteriora por segundo.
biblioteca genômica Coleção de clones
moleculares que contém, pelo menos,
uma cópia de cada sequência de ADN no
genoma. (Genética)
bergschrund Fenda que se apresenta
orientada segundo o contato entre o gelo
e a rocha, caracterizando a porção
superior de uma geleira; sua origem está
ligada ao movimento da geleira, que faz
com que o gelo se afaste lentamente da
rocha.
bicho-pau Inseto da família Phasmidae
que para se proteger, se disfarça de
graveto; quando pousa no galho ele junta
as antenas, estica as pernas e até
balança com o vento; o predador tem que
prestar muita atenção para perceber que
ele não faz parte da árvore.
berilo Mineral que cristaliza no sistema
hexagonal,
classe
bipiramidaldihexagonal, de cor verde, algumas
vezes amarelo ou verde azulado, de
composição Be3Al2(Si6O18), geralmente
bem cristalizado e com hábito fortemente
prismático; ocorre principalmente em
pegmatitos.
biesfenóide
Forma que apresenta
quatro faces, na qual as duas faces do
esfenóide superior se alternam com as
duas
do
esfenóide
inferior.
(Cristalografia)
berma Terraço formado acima do limite
dos fluxos da maré alta; é construída
principalmente durante as ressacas,
sendo que quanto maior for a
tempestade, mais altas e distintas se
apresentam.
bifoliado
(Botânica)
Que
tem
duas
folhas.
bifólio Ver bifoliado. (Botânica)
big bang Teoria para explicar a origem e
evolução do Universo baseado num
estado
extremamente
elevado
de
densidade e temperatura a partir do qual
besouro mãe-de-sal Inseto que vive na
raiz da sumaúma; sua fase larvar dura 20
62
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
o Universo começou a expandir-se; ponto
de começo do tempo e do espaço.
(Astronomia)
biocenese
Relação de equilíbrio
existente entre flora e fauna de um dado
ecossistema.
bigênere
Designação dos híbridos
resultantes do cruzamento de dois
gêneros diferentes. (Botânica)
biocenose Grupo de organismos que
vivem intimamente associados, formando
uma unidade ecológica natural.
biguá (Phalacrocorax brasilianus) Aves
que vivem em lagos, grandes rios do
México à América do Sul. São ótimos
mergulhadores e descansam pousando
na beira da água, sobre pedras, árvores,
estacas e esticam as asas como os
urubus; eles alimentam-se de peixes e
nidificam sobre árvores em matas
alagadas, matas ciliares, às vezes entre
colônias de garças. (Zoologia)
biocenose do solo
Assembléia de
organismos que vivem juntos como uma
comunidade irter-relacionada no solo;
constitui uma unidade ecológica natural.
biocenótico Relativo à biocenose.
biocida Substância química de origem
natural ou sintética que é utilizada para
controlar ou mesmo eliminar organismos
vivos considerados nocivos à atividade
ou saúde humanas.
biguatinga (Anhinga anhinga)
Ave
encontrada nas regiões tropical e
temperada e vive em pequenos grupos
próximo a lagos e rios; o pássaro nada
quase submerso com a cabeça e o
pescoço sobre a água lançando-se como
uma cobra de um lado a outro; assim, ele
pega os peixes com seu bico e os
carrega para a terra.
bioclasto
Resíduo de organismo
carbonatado, fragmentado, transportado
e depois depositado.
bioclima É a relação entre o clima e os
organismos vivos.
bioconcentração Ver bioacumulação.
biócoro
Meio geográfico básico,
caracterizado por certa vegetação
adaptada a determinadas condições;
características físicas de um biociclo; o
biociclo terestre engloba quatro biócoros:
deserto, savana, pradaria e mata.
bile Líquido composto por substâncias
produzidas pelo fígado e armazenado na
vesícula biliar; tem como papel
fundamental ajudar na digestão de
gorduras. (Medicina)
biodegradável Denominação aplicada
a qualquer produto que pode ser
decomposto através da ação de
microorganismos.
bilirrubina Pigmento amarelo produzido
pelo fígado a partir da quebra da
molécula de hemoglobina; na icterícia há
um aumento dos níveis de bilirrubina no
sangue e nos tecidos. (Medicina)
biodigestão
Processo que utilIza a
biodegradabilidade para a produção de
materiais energéticos.
bioacumulação
Acumulação
progressivamente mais concentrada de
uma substância em cada etapa da cadeia
alimentar, podendo ameaçar a saúde dos
organismos animais e vegetais, inclusive
o Homem; também se refere à
capacidade de substâncias químicas
persistentes (como o mercúrio, cádmio,
chumbo e elementos que compõem
agrotóxicos organoclorados) de se
acumularem ao longo do tempo em
organismos vivos em concentrações
maiores que as da água ou alimento
consumido.
biodigestor Equipamento constituído
por um tanque subterrâneo, na maioria
das vezes destinado a recolher gás
metano (também chamado biogás)
exalado do lixo biológico, produzindo
ainda, uma carga de nutrientes agrícolas
sob a forma de resíduos sólidos
chamados
biofertilizantes;
contém
nitogênio, fósforo e potássio dentre
outros.
biodiversidade É a variedade de formas
de vida do planeta; essa variedade pode
ser analisada em vários níveis, incluindo:
63
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
50 a 70% de metano (CH4), 50 a 30% de
gás carbônico e traços de gás sulfídrico
(H2S); pode ser obtido partindo-se de
diversos tipos de materiais, tais como
resíduos de materiais agrícolas, lixo,
vinhaça, casca de arroz, esgoto, etc; nos
digestores,
pelo
processo
da
fermentação anaeróbica (digestão) uma
sequência de reações finaliza com a
produção de gases como o metano e o
carbônico.
a diversidade genética dentro de
populações e espécies, a variedade de
espécies da fauna, da flora e de
microrganismos; a variedade de funções
ecológicas
desempenhada
pelos
organismos nos ecossistemas, e a
diversidade de habitats, comunidades e
ecossistemas
formados
pelos
organismos; a biodiversidade refere-se
tanto ao número de espécies de
organismos (riqueza) quanto à sua
abundância
relativa
(equitabilidade);
inclui a variabilidade a nível local, (alfa
diversidade),
complementaridade
biológica entre habitats (beta diversidade)
e variabilidade entre paisagens (gama
diversidade); a biodiversidade inclui
assim, a totalidade dos recursos vivos ou
biológicos, bem como os recursos
genéticos e seus componentes; além de
promover o equilíbrio e a estabilidade dos
ecossistemas, a biodiversidade tem
também imenso potencial econômico,
sendo a base das atividades agrícolas,
pecuárias, pesqueiras e florestais, além
de ser fonte estratégica para a indústria
da biotecnologia.
biogenia Ramo da biologia, voltado ao
estudo das etapas do desenvolvimento e
das modificações das formas e funções
dos organismos vivos, através dos
tempos.
biogeografia Ciência voltada ao estudo
da distribuição geográfica dos seres
vivos, no globo terrestre.
biogeoquímica Ramo da ciência que
estuda os ciclos geoquímicos e
biológicos, p.ex: ciclo do nitrogênio, ciclo
hidrológico.
bioherme Estrutura que se assemelha a
recifes, em forma de elevações, lentes ou
outras
estruturas
maciças,
sendo
constituída unicamente de material de
origem orgânica, e presente em rochas
de diferentes litologias.
biodiversidade genética Refere-se à
variação dos genes dentro das espécies,
cobrindo diferentes populações da
mesma espécie ou a variação genética
dentro de uma população.
bioindicador Animal ou vegetal cuja
presença em um determinado ambiente
indica a existência de modificações de
natureza orgânica, física ou química;
alguns
bioindicadores
são
bioacumuladores, pois denunciam a
presença de substâncias tóxicas.
bioensaio O uso de organismos vivos
para
estimar
quantitativamente
a
quantidade
de
substâncias
biologicamente ativas presentes numa
amostra.
bioestratigrafia Ramo da estratigrafia
voltado, primariamente, ao estudo da
distribuição dos fósseis e das rochas que
os contêm, no espaço e no tempo.
biolitito Rocha calcária cuja estrutura é
mantida por um arcabouço orgânico
como as rochas de recife.
biologia
Ciência natural voltada
estudo dos seres vivos, através
morfologia, da fisiologia, da ecologia e
sistemática, dentre outros. Inclui
botânica e a zoologia.
bioética Ramo da ciência que discute
ética da manipulação genética.
biófago Que se nutre à custa de um
organismo vivo.
ao
da
da
a
biólose Degradação ou destruição da
matéria orgânica viva.
biogás
Mistura de gases cuja
composição depende da forma como foi
obtida; de modo geral sua composição é
variável e é expressa em função dos
componentes que aparecem em maior
proporção; assim o biogás pode conter
bioma Amplo conjunto de ecossistemas
terrestres caracterizados por tipos
fisionômicos semelhantes de vegetação,
com diferentes tipos climáticos; é o
64
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
biosfera Região do planeta que contém
todo o conjunto de seres vivos e na qual
a vida é permanentemente possível;
pode ser considerada como o conjunto
de todos os ecossistemas; a biosfera é
dividida em biociclos; estes são
ambientes menores dentro da biosfera;
há três biociclos: Talassociclo - biociclo
marinho; Epinociclo - biociclo terrestre;
Limnociclo - biociclo da água doce;
compreende a porção inferior da
atmosfera, a hidrosfera e a porção
superior da litosfera.
conjunto de condições ecológicas de
ordem climática e características de
vegetação: o grande ecossistema com
fauna, flora e clima próprios; os principais
biomas mundiais são: tundra, taiga,
floresta temperada caducifólia, floresta
tropical chuvosa, savana, oceano e água
doce; principal comunidade climax
composta de plantas e animais de uma
área.
biomagnificação
Transferência de
determinadas substâncias tóxicas ao
longo
da
cadeia
alimentar,
em
concentração exponencial.
biosparito
Esparito
contendo
fragmentos aloquímicos derivados de
fósseis
carbonáticos,
tais
como
foraminíferos, fragmentos de conchas de
moluscos, etc.
biomassa É o peso total de todos os
organismos vivos de uma ou várias
comunidades, por uma unidade de área.
É a quantidade de matéria viva num
ecossistema.
biossegurança Designação genérica da
segurança das atividades que envolvem
organismos vivos; abrange o significado
da expressão segurança biológica,
voltada para o controle e a minimização
de riscos advindos da exposição,
manipulação e uso de organismos vivos
que podem causar efeitos adversos ao
homem, animais e meio ambiente; os
procedimentos de biossegurança devem
ser amplamente adotados em hospitais e
laboratórios que pesquisam ou produzem
patógenos ou outros organismos que
apresentem potencial de dano à saúde
pública, à vida humana e ao ambiente; no
Brasil, passou a ser mais amplamente
abordada na questão dos organismos
geneticamente modificados.
biometria Ramo da ciência que trata da
aplicação dos procedimentos estatísticos
em biologia.
biomicrito Rocha calcária constituída de
porções variáveis de detritos esqueletais
e lama carbonática.
biomineralização
Elaboração de
esqueletos duros internos ou externos,
pelos organismos, sendo que tais
esqueletos
são
constituídos
de
substâncias minerais e de uma matriz
orgânica.
biomonitoramento Vigilância contínua
de um efluente de águas residuárias,
através do emprego de organismos vivos,
para controlar a qualidade dos despejos
lançados num corpo receptor; emprego
de organismos vivos para controlar a
qualidade de uma água receptora à
jusante de uma descarga.
biossequência
Seqüência de solos
relacionados que diferem uns dos outros,
primariamente, como resultado de
diferenças em tipos e números de
organismos que tomam parte na
formação do solo. (Pedologia)
biopirataria Comércio ilegal de plantas
e animais.
biossistemática Estudo classificatório
de taxa através de cruzamentos
controlados para inferir o relacionamento
genético e, assim, taxonômico entre eles;
como disciplina que considera a afinidade
genética e o sucesso reprodutivo como
os principais parâmetros para a
classificação dos seres vivos, a
biossistemática
não
considera
a
morfologia em seu método científico e
bioporo Poro existente no solo, cuja
origem é devida a ação de raízes e
também
da
fauna
endopedônica,
propiciando deste modo a entrada e a
percolação da água no solo. (Pedologia)
biópsia Procedimento diagnóstico no
qual é retirado um pequeno fragmento do
tecido
a
ser
estudado
microscopicamente. (Medicina)
65
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
enfatiza os índices de fertilidade das
progênies resultantes (F1, F2, Fn) para
estimar a distância do relacionamento
filogenético entre formas parentais e se
as mesmas de fato constituem espécies;
taxonomia experimental. (Genética)
bioturbação
Perturbação
dos
sedimentos
devido
à
ação
de
organismos, que chegam por vezes a
destruir completamente as estruturas
sedimentares.
bipirâmide
Conjunto de formas
fechadas com 6, 8, 12, 16 ou 24 faces,
podendo
ser
consideradas
como
formadas por pirâmides, mediante
reflexão sobre um plano de simetria
horizontal. (Cristalografia)
biossoma Pacote de sedimentos que
encerra fósseis documentários da
persistência de vida de uma associação,
por um determinado intervalo de tempo.
bióstromos
Leitos acamadados,
formados por concentrações de restos de
organismos sedentários que cresceram e
foram depositados in situ.
biribá Pequena árvore de 6 a 10 m de
altura (Rollinia mucosa), com frutos do
tipo sincarpo bacáceo, ovóde ou globoso,
de casca espessa amarela, munida de
saliências carnosas e escamiformes; a
polpa é branca, abundante e sucosa,
sementes numerosas; o peso de um fruto
pode alcançar até 1.300 g. É uma das
fruteiras mais populares da Amazônia e
sua frutificação vai de novembro a maio.
biota
Denominação utilizada para o
conjunto da fauna e flora de uma
determinada região.
biotecnologia
Técnicas que usam
organismos vivos ou partes destes para
produzir ou modificar produtos, melhorar
geneticamente plantas ou animais, ou
desenvolver microrganismos para fins
específicos; as técnicas de biotecnologia
servem-se da engenharia genética,
biologia molecular, biologia celular e
outras disciplinas e seus produtos
encontram
aplicação
nos
campos
científico, agrícola, médico e ambiental.
Ver engenharia genética
bissecta Perfil de plantas e solo com a
vegetação natural intacta, mostrando a
distribuição vertical e lateral das raízes e
copas em sua posição natural.
bissequum Dois sequa em um solo, ou
seja, duas seqüências de um horizonte
eluvial e sua relação com o horizonte
iluvial.
bissialitifização
Formação
de
argilomnerais do tipo 2:1 sob condições
de drenagem deficiente.
biótipo
Conjunto de fenótipos que
apresentam
o
mesmo
patrimônio
genético; comumente o termo é utilizado
para referir-se à aparência geral do
indivíduo.
blasto
Prefixo ou sufixo de origem
grega, que é utilizado para indicar
texturas ou minerais formadas durante o
metamorfismo.
biotita Mineral do grupo das micas que
cristaliza no sistema monoclínico, classe
prismática
e
fórmula
K(Mg,Fe)(AlSiO3O10)(OH)2; apresenta-se
em cristais tabulares ou prismáticos
curtos, com planos basais bem nítidos,
sendo que as folhas delgadas mostram
cor escura, diferindo da muscovita, que
se apresenta quase incolor.
blastoconídio Formação originária da
célula-mãe no processo de brotamento;
este broto cresce e recebe um núcleo
após a divisão do núcleo da célula-mãe.
(Micologia)
blastoconídios
Taloconídios comuns
nas leveduras e que derivam por
brotamento da célula-mãe; gêmulas. Ver
taloconídios. (Micologia)
biótopo Local onde habitualmente vive
uma dada espécie da fauna ou da flora; é
uma extensão mais ou menos bem
delimitada da superfície, contendo
recursos suficientes para assegurar a
conservação da vida.
blastomilonito Rocha milonítica em que
a recuperação - recristalização neomineralização,
foi
de
grande
importância. (Geologia)
66
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
entre 2,5 e 5 cm, e que ocorrem em geral
concentradas em faixas nos oceanos
situados em altas latitudes
blenda Mineral que cristaliza no sistema
isométrico, classe hexatetraédrica, de
composição ZnS, brilho resinoso a
submetálico, sendo que suas formas
mais comuns são o tetraedro, o
dodecaedro e o cubo, podendo por vezes
mostrar geminação polissintética; é o
principal minério de zinco. esfalerita
bolha de consumo
Fenômeno que
acontece quando o consumo cresce
muito, sem que haja condições para que
essa prosperidade continue por muito
tempo; os consumidores não se sentem
estimulados a guardar o dinheiro e
passam a gastar mais em compras —
uma situação que não se mantem nos
meses subseqüentes. (Economia)
bloco de pedra Pedra angulosa obtida,
geralmente, através de fragmentação
artificial, e que apresenta dimensão
superior a 10 cm.
bolsa de mercadorias
Mercado
centralizado
para
operações
com
mercadorias, sobretudo de produtos
primários com maior importância no
comércio internacional e interno, como
café, açúcar, algodão, cereais, etc;
realizando negócios tanto com estoques
existentes quanto com mercados futuros,
as bolsas de mercadorias exercem papel
estabilizador no mercado, minimizando
as variações de preço provocadas pelas
flutuações de procura e reduzindo os
riscos dos comerciantes. (Economia)
blocos Tipo de estrutura do solo em que
as três dimensões da unidade estrutural
são aproximadamente iguais. (Pedologia)
blocos angulares Constituí-se em um
tipo de estrutura em blocos onde as fases
são planas e têm a maioria dos vértices
com ângulos vivos. (Pedologia)
blocos subangulares Constituí-se em
um tipo de estrutura em blocos onde têm
mistura de faces arredondadas e planas
com muitos vértices arredondados.
(Pedologia)
bloom
Aumento excepcional no
crescimento de algas, no decorrer de
certas épocas do ano, em alguns
ecossitemas, particularmente em lagos e
lagoas de regiões temperadas. Tal
crescimento pode ser devido a lagoa ou
lago receber uma elevada carga de
matéria orgânica, como esgoto sem
tratamento, que será absorvida pela
vegetação aquática, provocando sua
expansão que por vezes pode chegar a
cobrir totalmente a superfície líquida, e
deste modo cortar a oxigenação.
bomba
Fragmento produzido por
erupções vulcânicas de caráter explosivo
com diâmetro superior a 32 mm, e que se
apresenta total ou parcialmente fundido;
quando compactado e cimentado é
denominado aglomerado.
bonanza Denominação aplicada a um
grande bolsão mineralizado presente
dentro de um veio. (Geologia)
borboletas Insetos que pertencem à
ordem Lepidoptera, que significa asa com
escamas. Junto com as mariposas, elas
representam um dos grupos mais
numerosos do mundo que compreende
cerca de 500.000 mil espécies; como são
extremamente sensíveis a qualquer
mudança no meio ambiente, representam
um indicador precioso do equilíbrio do
ecossistema; no Brasil existem mais de
3.000 espécies, das quais mais de 2.000
vivem na Amazônia. (Zoologia)
bloqueio Termo que define a situação
na qual existe interrupção do movimento
normal para leste das depressões,
cavados, anticiclones e cristas, por um
certo período de tempo. (Meteorologia)
boçoroca Ver voçoroca.
boghead Carvão betuminoso formado
quase que unicamente por algas
pelágicas microscópicas (botriococáceas)
constituídas
de
células
ovóides
embutidas em funis de gelatina.
borbulhador Equipamento que retém,
em um meio líquido, substâncias contidas
em fluxos gasosos, através da formação,
de modo adequado, de bolhas que
aumentam a superfície de contato entre o
bolas de gelo Esferas de gelo marinho
que apresentam diâmetro compreendido
67
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
conhecidas na bacia amazônica são o
boto-branco e o boto-preto ou tucuxí; a
lenda do boto é parte integrante do
folclore amazônico.
líquido e o gás, melhorando assim a
eficiência de retenção.
boretação Tratamento termoquímico em
que
se
promove
enriquecimento
superficial com boro; utiliza-se para
peças que necessitam de alta resistência
à abrasão. (Metalurgia)
boto cor-de-rosa (Inia geoffroyensis)
Este mamífero, de temperamento afável
e brincalhão, pode ser encontrado tanto
em águas salgadas como doces; família
dos Platanistídeos, ocorre no Alto
Orenoco e na bacia amazônica, tendo a
parte superior cinza e o ventre branco
tendendo ao avermelhado; pode atingir 2
a 3 m de comprimento e pesar mais de
120 kg, alimentando-se exclusivamente
de peixes; é o personagem principal de
uma das lendas mais populares da
Amazônia: o povo acredita que ele é o
responsável pela paternidade de muitas
crianças e pode atacar os pescadores
para vingar o roubo de suas namoradas;
boto-branco.
borne Ver alburno.
bornita Mineral metálico que cristaliza
no
sistema
isométrico,
classe
hexaoctaédrica e composição Cu5FeS4;
quando exposta ao ar embaça-se
rapidamente, adquirindo cores purpúrea
e azul, podendo chegar quase ao preto.
bororo Índios que distribuíam-se por
extensa região, compreendida entre a
Bolívia, a Oeste, o rio Araguaia, o rio das
Mortes, ao Norte, e o rio Taquari, ao Sul.
São
de
língua
tronco
macro-jê,
autodenominado boe; o funeral é o que
mais chama atenção pela complexidade,
podendo durar até dois meses; a morte
de alguém pode provocar mudanças ou
reforçar as alianças; a tribo obedece a
uma organização social rígida; a aldeia é
dividida em duas partes - exare e
tugaregue - que, por sua vez, se
subdividem em clãs com deveres muito
bem definidos; eles reconhecem a
liderança de dois chefes hereditários que
sempre pertencem à metade exare,
conforme determinam seus mitos.
boto-branco Ver boto cor-de-rosa.
boto-preto Ver tucuxí.
botritizar Ato de contaminar uvas com o
fungo Botrytis cinerea com o objetivo de
obter vinho doce licoroso; esse fungo, ao
invés de destruir as uvas, perfura a
casca, provocando a saída de água e
concentrando o açúcar; as uvas assim
contaminadas ficam com aspecto de
uvas
passas
e/ou
apodrecidas.
(Enologia)
borrachudo Termo popular dos insetos
dípteros da família dos Simulídeos,
nematóceros de pequeno porte; só as
fêmeas são hematófagas e diurnas;
transmitem a oncocercose ao homem;
pium.
boulders Matacões com mais de 100
cm de diâmetro.
borrasca
Fenômeno atmosférico
caracterizado por um aumento brusco e
intenso da velocidade do vento com a
duração de alguns minutos, e que diminui
subitamente;
vem
muitas
vezes
acompanhado de aguaceiros e de
trovoadas. (Meteorologia)
box-work Estrutura reticulada que se
apresenta
com
aspecto
poroso,
semelhante a uma colméia, sendo
preenchida por determinada substância
mineral.
boule Forma que se assemelha a de
uma pêra invertida; o coríndon e o
espinélio
sintéticos
usualmente
cristalizam nessa forma. (Gemologia)
braça
Unidade de medida de
comprimento que corresponde a 6 pés ou
aproximadamente 1,83 m.
botânica Ramo da biologia que estuda
os vegetais.
bráctea Órgão foliáceo na proximidade
das flores e diferente das folhas normais
e das peças do perianto; equivalente a
hipsofilo. (Botânica)
boto Mamífero cetáceo, das famílias dos
platanistídeos e delfinídeos, marinhos e
de água doce; as espécies fluviais mais
68
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ao meio terrestre é parcial, já que
necessita de umidade suficiente para o
crescimento vegetativo, maturação dos
órgãos sexuais e fertilização; divide-se
nas classes hepáticas, antoceros e
musgos. (Botânica)
bradilético
Tipo de evolução que se
processa a um ritmo mais lento que o
normal, para um determinado grupo.
branqueador ótico Substância química
que absorve radiação ultravioleta e emite
radiação na região visível; esta emissão
normalmente ocorre na faixa azul do
aspecto visível.
briozoários
Animais
coloniais,
predominantemente
marinhos,
bentônicos ou epiplantônicos, que vivem
sobre algas ou incrustados em conchas,
rochas ou outros objetos; raramente
ultrapassam 1 mm de comprimento e
ocorrem em águas com profundidade de
até 5.500 m, sendo contudo mais
abundantes em águas rasas dos mares
tropicais ou temperados; acham-se
documentados desde o Proterozóico
Superior.
braquiópodes
Animais marinhos,
bentônicos, dotados de uma concha
bivalve, predominantemente de natureza
calcária; estão fixos ao fundo geralmente
através de um órgão denominado
pedículo ou pedúnculo, podendo ainda se
soldarem por intermédio de uma das
valvas; a valva central é geralmente a
maior, apresentando comumente um
orifício denominado forâmen, por onde
sai o pedículo.
briquetagem Aglomeração de partículas
em pequenos pedaços por compressão.
brasagem
Junção de duas partes
metálicas pela fusão de um outro metal
com ponto de fusão mais baixo; solda
forte. (Metalurgia)
brisa Vento local, diurno ou noturno, de
pouca intensidade e com velocidade
média de até 50 km/h (forças de 1 a 6 na
Escala de Beaufort).
brecha
Rocha
constituída
por
fragmentos angulares, cimentados ou
dispostos em uma matriz de granulação
fina; pode ser originada por falhas
(brecha tectônica), por erosão (brecha
clástica),
por
vulcanismo
(brecha
vulcânica) ou por colapso.
brisa de montanha Vento local que
sopra durante a noite, das escarpas das
montanhas para os vales, devido ao
arrefecimento noturno das encostas.
brisa marítima Vento local que sopra do
mar para a terra durante o dia, causado
pelo resfriamento desigual entre as
superfícies terrestre e marinha.
brecha intraformacional
Brecha
monogênica
cujos
constituintes
apresentam-se angulosos e mostram
uma natureza bastante próxima da
natureza da matriz; origina-se na própria
bacia de sedimentação.
brisa terrestre Vento local de sopra de
terra para o mar, durante a noite, face ao
resfriamento noturno que a superfície
terrestre sofre devido ao efeito da
radiação; terral.
brejo Terreno molhado ou saturado de
água, alagáveis de tempos em tempos,
coberto com vegetação natural própria na
qual predominam arbustos integrados
com gramíneas rasteiras e algumas
espécies
arbóreas;
terreno
plano,
encharcado, que aparece nas regiões de
cabeceira,
ou
em
zonas
de
transbordamento de rios e lagos.
brises São elementos arquitetônicos de
proteção, com a finalidade principal de
interceptar os raios solares, quando estes
forem inconvenientes. (Engenharia Civil)
british thermal unit - BTU Corresponde
à quantidade de calor necessária para
elevar a temperatura de uma libra de
água de 39,2º F; 1 BTU = 1.055,6 J. Ver
joule.
briófita Planta criptogâmica avascular,
pequena, sendo a maioria menor do que
10 cm; forma um grupo pioneiro, as mais
simples e primitivas plantas terrestres, as
quais habitaram a Terra após migração
dos ambientes aquáticos; esta adaptação
broca-do-tronco Praga do cacaueiro,
Xilosandrus morigerus e Theoborus
villosulus. Insetos que preferem plantas
novas, ainda nos viveiros, e no campo as
69
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
contrastante, em seqüência a um
horizonte A fraco, ou raramente horizonte
A moderado, geralmente muito duro,
saturação de bases alta e argila de
atividade alta; ocorrem mais tipicamente
em regiões semi-áridas sendo em geral,
cascalhentos,
principalmente
na
superfície. (Pedologia)
plantas com até dois anos de idade; a
broca perfura o caule penetrando até o
córtex, onde deposita os ovos, podendo
se associar a um fungo, provocando a
morte
do
tecido
parenquimatoso,
determinando, se não houver controle, a
morte da planta.
bromélia
Planta típica dos trópicos
americanos; existem cerca de 2.000
espécies e só uma vive na África; o
espaço entre as folhas funciona como um
reservatório de água, onde vivem plantas
aquáticas e uma fauna variada: cobras,
escorpiões, aranhas, borboletas e sapos.
Já foram listadas mais de 250 espécies
encontradas nas águas das bromélias;
floresce apenas uma vez na vida e
algumas espécies levam até 50 anos
para isso; encontradas em tamanhos
variáveis, podem ser minúsculas ou
gigantescas com inflorescência de até 5
m de altura; o morcego e o beija-flor são
os polinizadores; são utilizadas pelo
homem
como
remédio
diurético,
antiinflamatório e outros; como alimento,
a mais conhecida é o abacaxi. Também
fornece fibras para a fabricação de
cestos e cordas.
bueiro
Conduto fechado para livre
passagem de água superficial de
drenagem sob estrada de rodagem,
estrada de ferro, canal ou outra estrutura.
(Engenharia Civil)
bulbo Tipo de caule, subterrâneo ou
aéreo, dominado por grande gema
terminal suculenta colocada sobre um
eixo basal encurtado. (Botânica)
bulbosa Planta cujos talos ou folhas
saem de um bulbo.
bulking
Formação de espuma nos
decantadores de lodos ativados; os
flocos
formados
possuem
pouca
densidade e sobem à superfície ao invés
de sedimentar.
buraco negro Objeto compacto que
permanece após uma estrela maciça
gastar toda a sua energia e explodir
como supernova; a gravidade é tão forte
à superfície de um buraco negro que nem
a massa nem a luz conseguem escapar
dele. Isto significa que a velocidade para
escapar dele teria de ser superior à
velocidade da luz. (Astronomia)
bronze
Liga de cobre e estanho.
(Metalurgia)
bronze de alumínio
alumínio. (Metalurgia)
Liga de cobre e
bruma Fenômeno no qual a visibilidade
torna-se reduzida devido à concentração
de material particulado sólido, muito fino,
em suspensão no ar. (Meteorologia)
buriti Ver miriti.
buscador Pequeno telescópio, anexo a
outro maior, que graças à amplitude do
seu campo permite localizar objetos com
maior facilidade. (Astronomia)
Brunizem
Classe
de
solos
caracterizados por apresentarem argila
de
atividade
alta,
horizonte
A
chernozêmico, incluindo perfis com
horizonte B incipiente e com horizonte B
textural. (Pedologia)
butano Hidrocarboneto saturado com
quatro átomos de carbono e dez átomos
de hidrogênio (C4H10); é gasoso, incolor e
possui cheiro característico; empregado
como combustível doméstico e como
iluminante; também utilizado como fonte
de calor industrial em caldeiras, fornalhas
e secadores.
Brunizem Avermelhado
Classe de
solos não hidromórficos constituídos de
horizonte A chernozêmico sobrejacente
ao horizonte B textural, com argila de
atividade alta e cores vermelho forte. Ver
atividade das argilas. (Pedologia)
Bruno Não Cálcico Classe de solos
minerais não hidromórfico, com horizonte
B
textural,
avermelhado,
bem
70
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
C
ocorre
nos
pediplanos
tabulares,
dominados por fanerófitos finos e
deciduais
na
época
chuvosa,
assemelhando-se a uma floresta ripária;
a bacia do rio Negro e os ambientes
situados ao longo dos rios de água preta
foram os centros de dispersão deste
domínio florístico.
c Colocado após o símbolo do horizonte,
indica acumulação significativa de
concreções
ou
nódulos
nãoconcrecionários, cimentados por material
outro que não seja sílica, nos horizontes
A, E, B e C; não é usado se as
concreções ou nódulos forem dolomita
ou calcita; exemplo: Bc. (Pedologia)
caatinga-gapó Denominação local da
vegetação típica de alguns rios de água
preta, tais como os rios Negro, Atabapo e
Pacimone, onde em algumas partes de
seu curso, a amplitude da terra inundada
é inteiramente revestida por arbustos e
pequenas arvoretas de alturas iguais, na
borda das quais a floresta virgem sobe
abruptamente à altura duas vezes mais
alta que estas; ocorre também no alto rio
Solimões e no médio e alto rio Urubu,
assim como na Guiana Inglesa; é um tipo
de caatinga amazônica; caatingas do rio
Negro.
C
Símbolo químico do elemento
carbono; utilizado para representar o teor
de carbono orgânico do solo.
C Ver horizontes do solo , horizonte C.
(Pedologia)
C4 Rota de fixação do CO2 que ocorre
na maioria das plantas e gramíneas
tropicais, tais como, a cana-de-açúcar e a
cevada, resultando em compostos de 4
carbonos como o oxaloacetato, o malato
e o aspartato; a fixação ocorre pela
carboxilação do fosfoenolpiruvato a
oxaloacetato
catalisada
pela
fosfoenolpiruvato
carboxilase;
nos
vegetais que apresentam metabolismo
C4, a fixação do CO2 ocorre nas células
fotossintéticas presentes no mesófilo da
folha. Ver CAM, planta C4.
caatingas do rio Negro Ver caatingagapó, campinarana.
cabeça de corrente de retorno Porção
da corrente de retorno que se alarga,
rumo ao oceano, ao ultrapassar a zona
de arrebentação.
cabeceira Local onde nasce o rio, ou
curso d’água; nem sempre é um ponto
bem definido, constituindo às vezes toda
uma área. Isso se nota, por exemplo, na
dificuldade em determinar onde nasce o
rio principal; porção superior de um curso
d'água, próximo a sua nascente; fonte,
mina.
caatinga
Formação vegetal que se
desenvolve em climas quentes semiáridos, distribuída principalmente nos
Estados
do
nordeste
brasileiro;
desenvolve-se em solos argilosos,
pedregosos ou arenosos e as plantas
têm
adaptações
especiais
para
sobreviver a longos períodos secos; as
árvores e os arbustos, em geral, perdem
as folhas na estação seca; é também rica
em bromeliáceas e cactos; região com
drenagens intermitentes e exorréicas,
sujeita a temperaturas de 24 a 29o C de
média anual, com 280 a 750 mm de
precipitações anuais em média, mas com
períodos de até 6 anos de seca.
cabo Porção saliente da linha de costa
que avança em direção ao mar; esta
feição tanto pode ser resultante de uma
erosão diferencial como da ação das
ondas e correntes marinhas.
cabochão Tipo de talhe com que pode
ser lapida uma gema , sendo que a parte
superior da pedra mostra uma superfície
convexa, enquanto a parte inferior pode
ser convexa, côncava ou mesmo plana.
(Gemologia)
cabotagem
Navegação realizada
próxima à costa, podendo utilizar
acidentes geográficos, como pontos de
referência; a pequena cabotagem refere -
caatinga-amazônica É um subgrupo de
formação da Campinarana Florestada;
71
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
entrelaçam, num mesmo ecossistema,
formando redes alimentares, uma vez
que a maioria das espécies consomem
mais de um tipo de animal ou planta;
cadeia trófica. (Ecologia)
se à navegação costeira e a grande
cabotagem a navegação de longo curso.
cabrestante
Aparelho de forma
cilíndrica com eixo vertical, que
desprovido de motor, é acionado pela
força física de homens ou animais, de
modo a enrolar cabos ou tracionar pesos.
cadeia externa
Elevação submersa
ampla, que se apresenta em geral com
mais de 160 km de largura e altura de até
1.800 m, estendendo-se paralelamente à
margem continental, e podendo ser
incorporada a uma bacia marginal.
caçari Pequeno arbusto de 1 a 3 metros
de altura (Myrciaria dubia), cujo fruto é
uma baga esférica de casca fina, lisa e
brilhosa, de cor vermelha passando para
o negro-púrpura, ao final da maturação,
polpa sucosa, levemente rósea, com
duas sementes; ocorre sobretudo em
áreas alagadas da Amazônia, com a
metade inferior do caule imersa n'água; é
espécie tipicamente silvestre e com bom
potencial econômico; sua frutificação
predomina nos meses de novembro a
março; camu-camu.
cadeia trófica
(Ecologia)
Ver cadeia alimentar.
cadeias assísmicas
Conjunto de
elevações geradas por vulcanismo
interplaca relacionado a pontos quentes
atualmente inativos; são alinhados em
arcos de círculos concêntricos ao pólo de
rotação da placa; traços de plumas.
cadivo Ver decíduo. (Botânica)
cacauí
Árvore amazônica que pode
atingir até 15 metros de altura
(Theobroma speciosum), apresentando
fruto com casca levemente aveludada,
amarela quando maduro; a polpa é
brancacenta, quase sem cheiro; as
sementes dão excelente chocolate;
frutifica de fevereiro a abril.
caducidade Processo de adaptação de
um vegetal através do qual as folhas
caem antes de brotarem novas folhas,
permitindo deste modo que seja
conservada água durante a estação
desfavorável, seja a fria (hibernação) seja
a seca (estivação).
cachimbo Trincheira profunda, aberta
na encosta de uma elevação.
caducifólio Vegetal que perde as folhas
durante o período desfavorável.
cachorro-do-mato (Speothos venaticus)
Mamífero terrestre que vive em bandos
numerosos. São muito espertos para
caçar e sempre procuram alimento em
grupo; quando se sentem ameaçados
podem se tornar muito perigosos; tem um
latido singular que sai do fundo da
garganta e que parece com um soluço.
(Zoologia)
caduco Ver decíduo. (Botânica)
caiaué Palmeira oleaginosa tipicamente
amazônica, (Elaeis oleifera); os frutos
fornecem dois tipos de óleo: da polpa um óleo avermelhado muito utilizado na
culinária; e da amêndoa - um óleo branco
que, refinado, pode ser aproveitado na
fabricação de manteiga vegetal.
caixa 2 Expressão usada para descrever
o dinheiro que entra em uma empresa
sem o devido registro, e que por isso
pode ser utilizado sem que sobre ele
incidam impostos; o caixa 2 é ilegal e
quem usa esse subterfúgio pode ser
enquadrado
criminalmente
por
sonegação de impostos; como os
recursos do caixa 2 não existem
oficialmente, é comum que sejam
destinados
a
finalidades
também
irregulares, como o pagamento de
cacimba Escavação produzida em áreas
de rochas cristalinas devido a ação do
intemperismo químico, e que foi
preenchida
com
material
clástico
grosseiro por ocasião de fortes chuvas
durante a época de clima árido que
abrangeu o final do Pleistoceno e o início
do Holoceno.
cadeia alimentar É a seqüência de
transferência de energia, de organismo
para
organismo,
em
forma
de
alimentação; as cadeias alimentares se
72
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
madeira leve; cerne quando verde é
castanho, passando com o tempo para o
amarelo-limão; alburno manchado de
amarelo-escuro; grã direita, textura
média; sem cheiro e sem gosto.
propinas a políticos e funcionários
públicos corruptos. (Economia)
caixa de distribuição
Construção
destinada a receber esgoto e distribuí-lo
uniforme e proporcionalmente à vazão
afluente, de modo a manter descargas
efluentes
próximas
de
grandezas
preestabelecidas. (Engenharia Civil)
cajuí
Árvore grande (Anacardium
giganteum), com até 30 m de altura e
tronco retilíneo; o pseudofruto que é o
pendúnculo frutífero é carnoso-sucoso de
cor vermelha; o fruto verdadeiro que é a
castanha é muito pequeno em relação ao
pedúnculo; é espécie nativa da
Amazônia, bastante comum no Pará,
especialmente nas matas do estuário,
zona bragantina e baixo Tocantins.
caixa de inspeção
Construção
destinada a permitir a inspeção, limpeza
e
desobstrução
das
tubulações.
(Engenharia Civil)
caixa de passagem Caixa dotada de
grelha ou tampa cega destinada a
receber água de lavagem de pisos e
afluentes de tubulação secundária de
uma
mesma
unidade
autônoma.
(Engenharia Civil)
cal extinta Cal virgem misturada com
água, formando hidrato de cálcio, que
incha ,liberando muito calor e tornandose dura.
caixa de resfriamento
Construção
destinada a provocar o resfriamento dos
esgotos a uma temperatura que não
cause danos à rede pública de destinos
finais. (Engenharia Civil)
cal virgem Ver cal viva.
cal viva Produto que ocorre como CaO,
proveniente da queima do calcário à uma
temperatura de cerca de 9000 C, com a
conseqüente perda de CO2.
caixa neutralizadora Caixa destinada a
corrigir o pH dos esgotos por adição de
agente químico. (Engenharia Civil)
calado
É a profundidade de água
necessária para a flutuação de um barco;
distância que vai da linha da água até a
parte inferior da quilha.
caixa retentora Dispositivo projetado e
instalado
para
separar
e
reter
substâncias indesejáveis às redes de
esgoto sanitário. (Engenharia Civil)
calagem
Prática de aplicação de
material corretivo da acidez do solo com
objetivo de neutralizar a acidez
excessiva, fornecer Ca e Mg e precipitar
alumínio.
caixa sinfonada Construção dotada de
fecho hídrico, destinada a receber
efluentes da instalação secundária de
esgotos. (Engenharia Civil)
calamidade Acontecimento ou série de
acontecimentos graves, de origem
natural ou tecnológica, com efeitos
prolongados no tempo e no espaço, em
regra
previsíveis,
susceptíveis
de
provocarem elevados prejuízos materiais
e, eventualmente, vítimas, afetando
intensamente as condições de vida e a
sócio-economia em áreas extensas do
território nacional.
cajá Ver taperebá.
cajarana ou cajá-manga
Pequena
árvore de forma irregular (Spondias
dulcis), com fruto tipo drupa pesando até
370 g, de casca amarelo-ouro quando
maduro, polpa sucosa, agridoce; o
endocarpo ou caroço é revestido de
projeções fibrosas espiniformes; a
propagação da planta pode ser por
semente ou por estaca; frutifica de julho a
dezembro.
calazar Doença tropical que tem como
causa a Leishmania donovani, que ocorre
significativamente na Ásia; leishmaniose
visceral.
caju-açu
(Anacardium
giganteum)
Anacardiaceae Árvore de grande porte,
com diâmetro superior a 1 m, casca lisa,
acinzentada, com 2 cm de espessura;
calcarenito
produzido
precipitação
73
Arenito
carbonático
freqüentemente
por
química
seguida
de
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
retrabalhamento no interior da própria
bacia, ou sendo ainda resultante da
erosão de calcários mais antigos situados
fora da bacia de deposição.
calcífuga Planta que não se adapta à
solos calcários.
calcário
Termo geral utilizado para
especificar rochas carbonatadas ou
fósseis, compostas principalmente por
carbonatos de cálcio ou combinações de
carbonatos de cálcio e magnésio, com
quantidades variáveis de impurezas,
principalmente sílica e alumínio; corretivo
da acidez do solo, constituído de
carbonatos de cálcio e magnésio; é
moído e peneirado para ser aplicado ao
solo.
calcimperme
Camada endurecida,
cimentada por carbonato de cálcio.
calcilutito Calcário constituído por lama
calcária litificada.
calcinação Dissociação de um sólido
em um gás e outro sólido.
calcita
Mineral da família dos
carbonatos, que cristaliza no sistema
hexagonal-R, classe escalenoédricahexagonal e composição CaCO3; os
hábitos mais importantes são o
prismático,
o
romboédrico
e
o
escalenoédrico; apresenta dureza 3,
clivagem perfeita segundo e intensa
dupla refração; usualmente branca a
incolor pode contudo mostrar cores cinza,
vermelho, verde, azul e amarelo.
calcário calcítico
Calcário rico em
carbonato de cálcio e pobre em
carbonato de magnésio (teores de MgO
menores que 5%).
calcário dolomítico
Calcário que
apresenta os mais elevados teores de
MgO (superiores a 12 %).
calcófilos Elementos que mostram forte
afinidade pelo enxofre (S) e são solúveis
em uma fusão de FeS.
calcário litográfico Denominação geral
utilizada para indicar um calcário
principalmente de origem marinha,
afanítico, equigranular e praticamente
puro.
calcopirita
Mineral metálico que
cristaliza no sistema tetragonal, classe
escalenoédrica, composição CuFeS2,e
de coloração amarela; é um dos
principais minérios de cobre.
calcário magnesiano
Calcário com
teores intermediários de MgO (entre 5 e
12%).
calcrete Depósito superficial constituído
por materiais que podem ter granulação
de conglomerado ou areia, e cimentados
por carbonato de cálcio, resultante da
sua concentração por evaporação em
clima seco.
calcedônia Denominação aplicada às
variedades criptocristalinas fibrosas do
quartzo (SiO2); mais especificamente é
tida como uma variedade que apresenta
coloração desde parda a cinzenta, com
brilho vítreo e translúcida; a cor e a
disposição em faixas dão origem às
variedades conhecidas como cornalina,
sardo, crisoprásio, ágata, heliotrópio e
ônix.
calda bordaleza Mistura de sulfato de
cobre e cal diluída em água, utilizada na
agricultura para combater parasitas,
especialmente fungos, sendo também
empregada na caiação das paredes
internas de decantador de ETA, para
prevenir o desenvolvimento de algas.
calcícola
Denominação aplicada à
plantas que vivem em solos calcários.
caldeira Cratera muito ampla, resultante
do colapso ou subsidência durante a
atividade vulcânica, ou de posterior
erosão quando cessada a atividade
ígnea, ou ainda em situações especiais,
devido a explosões violentas.
calcificação Processo de formação de
solos que consiste na translocação e
redistribuição de CaCO3 no perfil, o que
provoca sua maior concentração em
alguma parte do solo
calgon
Nome comercial de um sal
(hexametafosfato de sódio), empregado
calcífitas Ver calcícolas.
74
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
como
dispersante
na
análise
granulométrica do solo. (Pedologia)
calor molar de combustão Energia
liberada quando um mol de uma
determinada substância é completamente
oxidada.
calha Vales ou sulcos por onde correm
as águas de um rio.
calor molar de cristalização Energia
liberada quando um mol de uma dada
substância cristaliza a partir de uma
solução saturada da mesma substância.
calha de onda Porção mais baixa de
uma onda situada entre duas cristas
sucessivas.
calhaus Fração grosseira do solo com
diâmetro entre 2 cm e 20 cm.
calor molar de dissolução Energia
liberada ou absorvida quando um mol de
uma
determinada
substância
é
completamente dissolvida em um grande
volume de solvente.
caliça
Sobras ou fragmentos de
argamassas de cimento ou cal e gesso,
que se desprendem das paredes e tetos,
durante a execução dos revestimentos;
fragmentos resultantes da demolição de
obra de alvenaria. (Engenharia Civil)
calor molar de formação
Energia
liberada ou absorvida quando um mol de
um composto se forma a partir dos seus
componentes.
caliche
Solo desértico endurecido
devido a cristalização da calcita e outros
minerais, em seus interstícios; forma-se
em regiões de clima semi-árido a árido,
onde o sentido predominante da
movimentação da umidade no solo é
ascendente, devido ao excesso de
evaporação e à ação da capilaridade; as
águas carbonatadas ao se evaporarem
propiciam a precipitação da calcita entre
as partículas do solo.
calor molar de fusão Energia expressa
em kilojoules, necessária para fundir um
mol de um sólido.
calor molar de neutralização Energia
liberada na neutralização de um ácido ou
de uma base.
calor molar de sublimação Energia
expressa em kilojoules, necessária para
sublimar um mol de um sólido.
calisto Satélite de Júpiter com uma
superfície muito antiga cheia de crateras;
com um diâmetro de 4.800 km e uma
densidade média de 1,86 g/cm3, é a
menos densa das grandes luas de
Júpiter. (Astronomia)
calor molar de vaporização Energia
expressa em kilojoules, necessária para
evaporar um mol de um líquido.
calmaria
Ausência perceptível dos
ventos, sendo que em tais condições a
velocidade é inferior a 1 nó (força 0 na
Escala de Beaufort) ou mesmo nula.
caloria - cal
Quantidade de calor
necessária para elevar a temperatura de
um grama de água de 14,5º C a 15,5º C,
à pressão atmosférica normal (a 760 mm
Hg). 1 kilocaloria (kcal) = 1000 calorias; 1
megacaloria (Mcal) =1000000 calorias;
grama caloria.
calo de argila Ver argipã. (Pedologia)
calpã Ver calcinperme.
calor de formação Energia necessária
para um composto ser formado a partir
dos elementos.
CAM Rota de fixação do CO2 que ocorre
pelo
metabolismo
ácido
das
Crassuláceas;
processo
primeiro
encontrado nesta família de plantas; é
muito comum também nas famílias das
angiospermas:
Agavaceae,
Bromeliaceae,
Cactaceae,
Euphorbiaceae, Liliaceae, Orchidaceae,
etc.; entretanto, os metabolismos CAM e
C4 diferem entre si pelo local e tempo de
ocorrência. Ver C4, planta C4.
calor de umedecimento Quantidade de
calor liberado durante adsorsão de água
pelos colóides do solo seco, quando este
é umedecido. (Pedologia)
calor específico Quantidade de calor
que é preciso fornecer a 1 g de uma
substância qualquer para elevar a sua
temperatura em 10 C.
75
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
termoclina e homogeneizada pela ação
do vento. Eqüivale ao epilímnio dos
lagos.
camada Corpo tabular de rocha que se
encontra em posição essencialmente
paralela à superfícies sobre a qual foi
formada. (Sedimentologia)
camada nefelóide Camada constituída
por matéria particulada em suspensão,
situada próxima ao substrato das áreas
oceânicas,
que
apresentam
profundidades superiores a 4.500 m; esta
zona de sedimentos em suspensão pode
também ser encontrada em águas mais
rasas, próximas ao continente, quando
estão presentes fortes correntes de
fundo.
camada Seção superfícial ou paralela a
superfície, de constituição mineral ou
orgânica, pouco diferenciada e pouco ou
nada influenciada pelos processos
pedogenéticos. (Pedologia)
camada
Unidade formal de menor
hierarquia
na
classificação
litoestratigráfica, apresentando-se como
um corpo rochoso aproximadamente
tabular,
relativamente
delgado
e
litologicamente diferenciável das rochas
sobre e sotopostas. (Estratigrafia)
camada protetora Qualquer material tal
como palha, serragem, folhas, plástico
etc, que é espalhado à superfície do
terreno, com a finalidade de proteger o
solo e as raízes das plantas dos impactos
diretos das gotas de chuva e raios do sol,
evitando
encrostamento
do
solo,
congelamento, evaporação, etc; mulch.
camada arável
Camada de solo
movimentada ou passível de ser
movimentada no cultivo. Horizonte A ou
parte dele; material do solo, mas não
necessariamente fértil, usado para ser
espalhado
em
jardins,
canteiros,
gramados e margens de estradas.
camada saturada Porção da camada
aqüífera que apresenta seus espaços
(poros,
interstícios,
fendas,
etc)
completamente preenchidos por água; é
considerada apenas nos aqüíferos livres.
camada de inversão
Camada
atmosférica,
horizontal
ou
quase
horizontal, na qual há um incremento de
temperatura com o aumento da altitude;
pelo
fato
de
gerar
estabilidade
atmosférica e ocorrer próximo ou junto à
superfície terrestre, funciona como uma
barreira que impede a ascensão do ar
para os níveis mais elevados, dificultando
deste modo a dispersão dos poluentes
atmosféricos.
camalhão Monte ou dique de solo que é
amontoado in loco e em linha, como
prática de controle à erosão para
conservação do solo, através da
utilização de implemento agrícola;
concomitantemente,
é
construída
paralelamente ao camalhão, uma valeta
ou canal, utilizado para reter ou canalizar
a água de superfície; a este conjunto é
dado o nome de terraço em camalhão.
camada de ozônio Parte da atmosfera
superior
que
possui
elevada
concentração de ozônio e que absorve
grandes proporções da radiação solar na
faixa do ultravioleta, evitando que a
mesma alcance a Terra em quantidades
consideradas perigosas; ozonosfera.
camapu Planta herbácea, anual, ruderal,
de 30 a 60 cm de altura (Physalis
angulata), com frutos de cor amarelada
que ficam no interior de um cálice em
forma de visícula; os frutos são
ligeiramente acidulados e consumidos in
natura; as folhas são tidas como
ligeiramente narcóticas.
camada impermeável
É a camada
formada por processos outros que não
pedogenéticos e que é resistente à
penetração de fluidos e/ou raízes;
caracterizada pela acentuada diminuição
da condutividade hidráulica em relação à
das camadas ou horizontes adjacentes.
(Pedologia)
câmara de aeração Unidade em que
ocorre a oxidação bioquímica dos
esgotos domésticos, através do contato
íntimo entre o ar e o líquido, provocado
pelo excesso de aeração.
câmara de decantação Compartimento
da fossa séptica onde se processa o
camada mista Camada superficial de
água oceânica, situada acima da
76
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
fenômeno de decantação da matéria em
suspensão nos despejos.
além
de
representantes
invertebrados. (Geologia)
câmara de digestão Local da fossa
séptica destinado à acumulação e
digestão do material decantado.
caméfitos
Plantas sublenhosas e/ou
ervas cujas gemas e brotos de
crescimento estão situados acima do
solo, podendo alcançar até 1 m de altura
e
protegidos
durante
o
período
desfavorável, ora por catáfilos , ora pelas
folhas verticiladas ao nível do solo; aqui
se
incluem
arbustos
nanificados,
subarbustos e ervas (Trifolium, Saxifraga,
Sida, Melochia, Turnera, etc.). (Botânica)
câmara de ovipostura Parte do ninho,
geralmente côncava, onde são postos e
incubados os ovos. É também nela que
ficam os filhotes durante a permanência
no ninho. (Zoologia)
câmara de retenção de gordura
Espaço da caixa de gordura destinado à
retenção
dos
dejetos
gordurosos.
(Engenharia Civil)
dos
caminhamento
Percurso medido e
orientado
de
um
levantamento
topográfico,
usado
também
em
levantamento de solos.
câmara multiespectral
Câmara que
permite o registro proveniente da
radiação de uma mesma cena em um
filme preto e branco, de tal forma que
esta radiação pode ser decomposta em
diferentes faixas do espectro através da
utilização de filtros interpostos entre o
filme e a objetiva.
campinarana
Vegetação campestre
com clímax edáfico arbóreo, arbustivo e
gramíneo-lenhoso, muito bem definido
nas áreas deprimidas com Espodossolo
(Podzol
Hidromórfico)
e
Areias
Quartzosas Hidromórficas, com formas
biológicas adaptadas a esses solos
quase sempre encharcados; florística
típica com um domínio específico de
alguns gêneros endêmicos e um mesmo
tipo de clima superúmido quente, com
precipitações superiores a 3.000 mm
anuais, e temperaturas médias em torno
dos 250 C; tem ocorrência na Amazônia,
onde tem o seu core na porção Ocidental
Norte, nas bacias do alto rio Negro e
médio rio Branco, ocorrendo com
disjunções ecológicas; dispersa por toda
a Amazônia, do Acre ao Pará, e também
com penetrações na Colombia e
Venezuela. Ver caatingas do rio Negro.
câmbico
Qualificação usada para
unidades de solos cujas características
sejam intermediária para Cambissolo.
(Pedologia)
câmbio Operação financeira de compra,
venda ou troca de moedas estrangeiras
ou de papéis que representem estas
moedas. (Economia)
Cambissolo Uma das classes do novo
Sistema Brasileiro de Classificação de
Solo; são solos rasos e bem drenados;
ainda guardam nos seus horizontes
vestígios do material de origem; possuem
sequência de horizontes A-Bi-C, onde Bi
representa o horizonte B incipiente; são
semelhantes aos Inceptissolos da
Taxonomia de Solos (classificação
americana). (Pedologia)
campo Vegetação destituída de formas
arbóreas e arbustivas, sendo constituída
essencialmente por formas herbáceas
e/ou subarbustivas.
campo
aberto
Ecossistema
caracterizado por uma vegetação na qual
predominam gramíneas com no máximo
30 cm de altura.
cambriano
Período primevo da Era
Paleozóica e com duração de tempo
compreendida entre aproximadamente
570 e 505 milhões de anos; sua
denominação é atribuída ao geólogo
inglês Adam Sedgwick em homenagem a
Câmbria, antiga denominação do País de
Gales. Neste período surgiram os
primeiros foraminíferos e graptólitos,
campo cerrado Vegetação natural de
cerrado, com vegetação mais aberta,
subcaducifólia e alto nível de exposição
da superfície do solo aos raios solares.
Ver cerrado.
77
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
canal coletor
Canal em que se
desemboca a corrente de um ou mais
terraços para desaguar uma área; de
modo geral está protegido da erosão por
uma densa cobertura de gramíneas
perenes; canal de drenagem do terraço.
campo de gás Área geográfica, na
superfície, correspondente à projeção de
reservatórios de gás.
campo de inundação
Terreno que
margeia um rio, formado por sedimentos
provenientes de transbordo e sujeito a
inundação quando o rio se encontra em
período de cheia.
canal de derivação Canal construído
com o objetivo de desviar os
escoamentos de cheia entre um ponto
situado à montante da região protegida e
outro situado à jusante. (Hidrologia)
campo de neve Extensão de neve
perene que ocorre em uma área, na qual
a quantidade de neve precipitada no
inverno é superior aquela que se funde
no verão.
canal de divergência Canal projetado
para proteger as terras de baixadas da
enxurrada, ou para ser construído acima
de uma área terraceada, para protegê-la
da enxurrada de área terraceada; pode
também ser utilizada para desviar águas
de voçorocas e de área construídas;
canal de interceptação.
campo de óleo Área geográfica, na
superfície, correspondente à projeção de
reservatórios de óleo.
campo rupestre Vegetação herbácea
desenvolvida em áreas rochosas ou subrochosas, muito comuns no alto de
montanhas quartzíticas, onde o solo
pouco profundo impede a formação do
lençol freático; constituído por um extrato
herbáceo contínuo, com arbustos e
arvoretas esparsos; as principais famílias
encontradas nesse tipo de vegetação
são: Graminae, Eriocaulacea, Xiridaceae,
Compositae,
Malatosmastaceae,
Leguminosae e Vochysiaceae.
canal de drenagem do terraço
canal coletor.
canal de interceptação
divergência.
Ver:
Ver canal de
canal de maré Canal natural formado
sobre a planície de maré e que é mantido
pelo fluxo das correntes de maré.
canal de primeira ordem Canal que
não possui tributário, isto é, encontra-se
diretamente ligado a nascente.
campos de altitude Tipo de vegetação
campestre descontínua, associada a
afloramentos rochosos em serras do
Brasil Central e Oriental.
canal de retorno
Canal que foi
escavado pelo fluxo das correntes de
retorno, em direção ao mar aberto,
podendo
seccionar
as
barras
longitudinais.
camu-camu Ver caçari.
camuflar Disfarce do animal através da
cor, forma, adornos, postura e atividade,
que juntos determinam a sua aparência
no ambiente; a camuflagem é, em geral,
um mecanismo de defesa. (Zoologia)
canal de segunda ordem Canal que
surge da confluência de dois canais de
primeira ordem, recebem somente
afluentes de primeira ordem.
canal Curso de água natural ou artificial,
claramente diferenciado, que contém
água em movimento de maneira contínua
ou periódica, ou então que estabelece
uma interconexão entre dois corpos de
água. (Hidrografia)
canal de terceira ordem Canal que
surge da confluência de dois canais de
segunda ordem, podendo contudo
receber afluentes de ordem inferior.
canal escoadouro
Faixa de terra
cultivada com gramíneas de porte baixo,
para receber e conduzir a água
proveniente de áreas cultivadas para fora
das mesmas.
canal Intervalo correspondente a um
determinado comprimento de ondas
selecionado a partir do espectro
eletromagnético.(Sensoriamento Remoto)
canalete Depressão situada no flanco
das cristas e voltada para o continente ,
78
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
capacidade calorífica Ver capacidade
térmica do solo. (Pedologia)
por onde as águas são obrigadas a correr
paralelamente à praia durante a maré
vazante.
capacidade de campo
Quantidade
máxima de água que um solo é capaz de
reter em condições normais de campo,
quando cessa ou diminui sensivelmente a
ação
gravitacional;
corresponde,
portanto, ao limite superior da faixa de
disponibilidade de água no solo para as
plantas; capacidade efetiva de retenção
de água. (Pedologia)
candela Quantidade de energia que é
emitida por 1/60 cm2 da superfície de um
objeto incandescente que se encontra a
uma temperatura de 17730 C.
canevá
Denominação utilizada para
indicar a rede de meridianos e paralelos.
(Cartografia)
canga Concreção ou crosta ferruginosa
formada por rocha limonitizada misturada
com argila e areia; canga laterítica. Ver
concreções.
capacidade de infiltração Taxa máxima
que um determinado solo, pode absorver
de água, por unidade de superfície.
(Pedologia)
cânhamo
Vegetal da família das
Moráceas, erva alta de origem asiática
cujo caule é utilizado na produção de
fibras
têxteis;
sua
resina
tem
propriedades alucinógenas e, por isso as
plantas femininas são trituradas para
consumo como maconha. Ver maconha.
capacidade
de
retenção
capacidade de campo. (Pedologia)
Ver
capacidade de saturação Quantidade
de água que um solo pode reter para
preencher todos os espaços vazios
existentes entre as partículas do solo;
limite superior de umidade do solo.
(Pedologia)
canhão submarino
Feição que se
assemelha a um vale terrestre, e que
adentra
no
talude
continental,
apresentando um curso sinuoso e uma
seção em forma geralmente de V; estão
separados por paredes rochosas muitas
vezes íngrimes, terminando em leques
nas suas desembocaduras.
capacidade de suporte Taxa de lotação
máxima de animais, conduzida sem
causar danos a vegetação ou recursos
relacionados; ela pode variar de um ano
para outro, numa mesma área devido a
flutuação na produção de forragem.
(Zootecnia)
canibalismo Variante do predatismo,
em que o indivíduo mata e come o outro
da mesma espécie.
capacidade de troca catiônica efetiva
É a soma de cátions trocáveis que um
solo pode adsorver, em seu pH natural
(ou pH de campo); estimada geralmente
pela capacidade de troca de cátions mais
Al extraível pela solução normal de KCl.
(Pedologia)
caos de blocos Amontoado de blocos e
matacões com formas subarredondadas
dispostos na superfície do terreno.
capa Denominação aplicada ao bloco
situado acima do plano de falha quando
esta é inclinada ou horizontal; quando a
falha é vertical, essa distinção não existe.
(Geologia Estrutural)
capacidade de troca de ânions - CTA
É a soma de ânions trocáveis que um
solo pode adsorver a um pH específico.
(Pedologia)
capa Massa encaixante sobrejacente à
jazida; a subjacente denomina-se lapa,
sendo que em jazidas verticais não é
possível tal distinção; nas onduladas ou
falhadas, a rocha que constitui a capa em
um
determinado
trecho
pode
corresponder a lapa em outro; não se
trata, portanto, de uma questão da
natureza da rocha, mas de sua posição
relativa à jazida. (Mineração)
capacidade de troca de cátions - CTC
Refere-se ao total de cargas negativas
existentes no solo, cargas que retêm os
cátions de forma reversível (trocável).
Pode ser determinada diretamente ou
pela soma das cargas de todos os
cátions extraídos: C.T.C. = Ca + Mg + K+
Al + H, desde que estejam todos na
mesma
unidade,
que
pode
ser
79
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cmolc/dm³, mmolc/dm³ ou
meq/100 mL. (Pedologia)
o
rapidamente; consiste em se capinar
espaços, fileiras ou ruas em sistema
alternado para evitar que o terreno fique
completamente limpo; na época da seca,
o sistema de capina alternada não é
aconselhável, pois a vegetação que
permanecer irá concorrer com as outras
plantas em água e nutrientes.
antigo
capacidade
de
uso
da
terra
Adaptabilidade de um terreno, segundo
fins agrícolas diversos, em função de
uma
susceptibilidade
ao
depauperamento, principalmente pela
erosão acelerada do solo, explorado com
cultivos anuais, perenes, pastagens ou
reflorestamentos. (Agronomia)
capital É a soma de todos os recursos,
bens e valores mobilizados para a
constituição
de
uma
empresa.
(Economia)
capacidade diferencial de água Valor
absoluto da taxa de mudança do teor de
água com a pressão da água do solo; a
capacidade de água, a um dado teor de
água, irá depender da curva da adsorsão
ou dessorção particular empregada.
capital de risco É o dinheiro investido
em
atividades
em
que
existe
possibilidade de perdas; normalmente
estes investimentos são feitos por
empresas ou instituições privadas.
(Economia)
capacidade efetiva de retenção de
água
Ver capacidade de campo.
(Pedologia)
capacidade instalada
nominal. (Energia)
capital natural
Conceito que altera
teorias econômicas tradicionais, onde a
natureza
era
considerada
dádiva
infindável; por exemplo: uma floresta
nativa derrubada para venda da madeira
era contabilizada como renda no cálculo
do PIB - Produto Interno Bruto, sem levar
em conta a depreciação do meio
ambiente, ou o custo da recomposição,
como se faz em relação às máquinas.
(Economia)
Ver potencia
capacidade
mais
provável
de
produção - CMPP
Estimativa da
produtividade futura de um animal para
uma dada característica, baseada em
sua
produtividade
passada.
(Melhoramento Genético).
capacidade máxima de retenção de
água Teor máximo de água que um solo
pode conter. (Pedologia)
capitalização
É a ampliação do
patrimônio de uma empresa ou instituição
com a injeção de dinheiro novo. Pode ser
feita de várias maneiras; as principais
são a emissão de ações ou títulos (que
são vendidos, e o dinheiro resultante é
incorporado ao capital da empresa) ou a
venda de parte da companhia a um novo
sócio
(conhecido
como
sócio
estratégico). (Economia)
capacidade térmica do solo Número
de calorias necessárias para elevar de 10
C uma massa de solo seco, à 150 C e
pressão constante, podendo ser dado em
cal/0 C; capacidade calorífica. (Pedologia)
capacidade útil
Volume de água
disponível numa represa entre o nível de
pleno armazenamento e o nível mínimo
de exploração normal. (Energia).
capítulo
Tipo de inflorescência
característica das plantas compostas
que, na verdade, são várias flores, muito
pequeninas e diferentes as das bordas e
as do centro, reunidas nessa estrutura.
(Botânica)
capão
Bosque isolado no meio do
campo; porção de mato isolado, que
surge no campo.
caparrosa Denominação popular para o
sal solúvel de ferro que apresenta a
fórmula FeSO47H2O .
capivara (Hydrochaeris hydrochaeris)
Mamífero terrestre considerado o maior
roedor
do
mundo;
tem
um
comportamento pacífico e quando
perseguido, emite um grito rouco e curto
e foge para a água, onde fica com o
capina alternada
É o sistema de
limpeza de áreas agrícolas utilizado,
principalmente, na época das chuvas,
quando as ervas crescem mais
80
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
oligogenes; normalmente, um único ou
poucos pares de genes, estão envolvidos
na expressão de caracteres qualitativos
(Genética)
corpo submerso e deixa de fora apenas
os olhos e as narinas.
capoeira
Estágio arbustivo alto ou
florestal baixo, pelo qual passa a
vegetação após algum tipo de processo
predatório como fogo ou corte; vegetação
secundária que nasce após a derrubada
das florestas primárias, ou virgens; mato
que foi roçado; mato que substitui a mata
depois de ser derrubada.
característica
quantitativa
Característica em que a variação
apresentada é contínua. sendo comum o
encontro de um gradiente, isto é, a
característica apresenta-se sob vários
estados, desde fraca até fortemente
presente; geralmente, a expressão
destas características é controlada por
poligenes. (Genética)
capsídeo Capa protéica que envolve um
cerne de ácido nucléico (DNA ou RNA)
constituíndo os vírus. (Virologia)
caracterização ecológica É a descrição
dos
componentes
e
processos
importantes
que
integram
um
ecossistema e o entendimento de suas
relações funcionais. (Ecologia)
capsômeros Grupos de protômeros dos
capsídeos; um capsídeo pode ser
composto por centenas de capsômeros,
mas ainda é baseado no icosaédro
simples; o número total de capsômeros
que formam o capsídeo é característico
de cada grupo de vírus. Ver protômeros,
icosaédro, vírion. (Virologia)
caracterização genética Descrição e
registro de características morfológicas,
citogenéticas, bioquímicas e molecular do
indivíduo,
as
quais
são
pouco
influenciadas pelo ambiente, em sua
expressão; aplica-se a descritores de
acessos componentes de uma coleção
de germoplasma ou àqueles de um
banco de genes; a caracterização e
dados de passaporte são componentes
vitais do germoplasma com perspectivas
de utilização em programas nacionais de
pesquisa e requisição internacional.
(Genética)
cápsula Designação geral de frutos
secos e deiscentes. Uma cápsula de
orquídea pode conter mais de um milhão
de diminutas sementes, que a olho nu
assemelham-se a um fino pó. (Botânica)
captação da água
Conjunto de
estruturas montadas para retirar água
dos mananciais, para abastecimento
público ou outros fins.
cara de gato (Platynematichthys notatus)
Peixe que tem esse nome devido à forma
de sua cabeça curta e alta que lhe dá
essa aparência singular; como tem
espinhos peitorais muito longos e agudos
é muito temido pelos pescadores;
espécie não abundante.
característica da terra
terreno que pode ser
estimado. (Agronomia)
carambola Árvore de 8 a 10 m de altura,
tronco tortuoso com ramos flexíveis,
Averrhoa carambola; folhas formando
uma copa densa; flores pequenas,
brancas e purpúreas, freqüentemente
presas aos ramos; originária da Ásia
Tropical foi introduzida no Nordeste, em
1817; fruta muito rica em sais minerais,
vitaminas A, C e complexo B, é ainda,
fonte natural de ácido oxálico; o fruto
quando cortado no sentido transversal
adquire a forma de uma perfeita estrela
de cinco pontas, característica que lhe
concedeu o nome mundial de star fruit;
produz durante o ano todo.
Atributo do
medido ou
característica do solo Atributo do solo
que pode ser medido ou descrito.
(Pedologia)
característica qualitativa Característica
em que a variação mostrada é
descontínua; a utilização de flor amarela
versus. flor roxa para separar duas
espécies é um exemplo de variação
descontínua; de grande valor em
taxonomia e geralmente controlada por
caranguejeira
Aracnídeo do gênero
Avicularia, um dos mais comuns da
Amazônia; algumas espécies dessa
aranha têm entre 8 e 13 cm. Ao contrário
do que se acredita, a caranguejeira é
81
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mansa, podemos pegá-la com a mão;
entretanto, se ela se sentir ameaçada
pode picar, provocando fortes dores;
vivem em galerias que podem atingir
mais de 40 cm de profundidade.
(Zoologia)
e manifesta sua característica biológica
em
detrimento
daquela
do
segundo.(Genética)
caráter ebânico Termo utilizado para
individualizar classes de solos de
coloração escura, quase preta, na maior
parte do horizonte diagnóstico superficial
com predominância de cores conforme
definido: para matiz 7,5YR ou mais
amarelo: cor úmida: valor < 4 e croma <
3, cor seca: valor < 6 . para matiz mais
vermelho que 7,5YR: cor úmida: preto ou
cinzento muito escuro, cor seca: valor <
5. (Pedologia)
caráter ácrico Refere-se a materiais de
solos contendo quantidades iguais ou
menores que 1,5 cmolc/kg de argila de
bases trocáveis mais Al3+ extraível por
KCl 1N e que preencha pelo menos uma
das seguintes condições: pH KCl 1N
igual ou superior a 5,0 ou delta pH
positivo ou nulo. (Pedologia)
caráter epiáquico
Este caráter
caracteriza solos com lençol freático
superficial temporário resultante da má
condutividade hidráulica de alguns
horizontes do solo; esta condição de
saturação com água permite que ocorram
os processos de redução e segregação
de ferro nos horizontes que antecedem
ao B e/ou no topo destes. (Pedologia)
caráter alumínico Refere-se à condição
em que os materiais constitutivos do solo
se encontram em estado dessaturado e
caracterizado por teor de alumínio
extraível ≥ 4 cmolc/kg de solo, além de
apresentar saturação por alumínio ≥ 50
%; para a distinção de solos mediante
este critério é considerado o teor de
alumínio extraível no horizonte B, ou no
horizonte C, quando na ausência do B,
ou no horizonte A, quando na ausência
dos horizontes B e C. (Pedologia)
caráter monogênico
É aquele
determinado por um par de genes; é
pouco influenciado pelo meio ambiente.
(Genética)
caráter carbonático
Propriedade do
solo referente à presença de 15 % ou
mais de CaC03 equivalente (% por peso),
sob qualquer forma de segregação,
inclusive concreções. (Pedologia)
caráter oligogênico
É aquele
determinado por poucos pares de genes,
geralmente até seis pares. (Genética)
caráter
petroplíntico
Horizonte
constituído de 50% ou mais, por volume,
de petroplintita, que sào concreções de
ferro ou ferro e alumínio, numa matriz
terrosa de textura variada ou matiz de
material mais grosseiro identificado como
horizonte Ac, Ec, Bc ou Cc; o horizonte
com caráter petroplíntico, para ser
diagnóstico, deve apresentar no mínimo
15 cm de espessura. (Pedologia)
caráter com carbonato Propriedade
referente à presença de CaCO3
equivalente (% de peso), sob qualquer
forma
de
segregação,
inclusive
concreções, ≥ 5 % e < 15 %; esta
propriedade discrimina solos sem caráter
carbonático, mas que possuem horizonte
com CaCO3. (Pedologia)
caráter crômico O termo crômico é
usado para caracterizar as modalidades
de solos que apresentam, na maior parte
do horizonte B, excluído o BC,
predominância de cores (amostra úmida)
conforme definido: matiz 7,5YR ou mais
amarelo com valor superior a 3 e croma
superior a 4; ou matriz mais vermelho
que 7,5YR com croma maior que 4.
(Pedologia)
caráter plácico É um horizonte fino, de
cor preta a vermelho escuro que é
cimentado por ferro (ou ferro e
manganês), com ou sem matéria
orgânica,
constituindo-se
em
impedimento a passagem da água e das
raízes das plantas. (Pedologia)
caráter
poligênico
É
aquele
determinado por muitos pares de genes;
é muito influenciado pelo meio ambiente.
(Genética)
caráter dominante Quando um dos
genes tem predominância sobre o outro,
82
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
que desempenha papel indispensável ao
metabolismo dos seres vivos; constitui-se
em matéria prima para a fabricação de
proteínas e gorduras.
caráter recessivo
Quando um dos
genes não manifesta sua característica
biológica
em
conseqüência
da
predominância de outro gene que tem
caráter dominante.(Genética)
carbohidrato estrutural
Carboidrato
encontrado na parede celular (ex:
hemicelulose, celulose); assumido para
não ser disponível para sustentar o
processo de vida.
caráter sálico Propriedade referente à
presença de sais mais solúveis em água
fria que o sulfato de cálcio (gesso), em
quantidade tóxica à maioria das culturas,
expressa por condutividade elétrica no
extrato de saturação maior que ou igual a
7 dS/m (a 250 C), em alguma época do
ano. (Pedologia)
carbohidrato
não-estrutural
Carboidrato solúvel encontrado no
conteúdo celular que diferencia dos
carboidratos da parede celular; assumido
estar disponível para sustentar o
processo de vida.
caráter salino
Atributo referente à
presença de sais mais solúveis, em água
fria, que o sulfato de cálcio (gesso), em
quantidade
que
interfere,
desfavoravelmente, no desenvolvimento
da maioria das culturas; é expresso pela
condutividade elétrica do estrato de
saturação igual ou maior que 4dS/m e
menor que 7 dS/m (a 250 C), em alguma
época do ano. (Pedologia)
carbonado Variedade de diamante de
qualidade inferior, formado por pequenos
cristais , cimentados naturalmente, de
coloração preta e formando uma massa
muito compacta.
carbonatação
Processo
de
solubilização de CO2 na água; processo
de intemperismo químico.
caráter sódico É usado para destinguir
horizontes ou camadas que apresentam
saturação por sódio (100Na+/T) maior ou
igual 15 %, em alguma parte da seção de
controle que defina a classe de solo.
(Pedologia)
carbonização Processo de fossilização
em que os constituintes voláteis da
matéria orgânica - hidrogênio, oxigênio e
nitrogênioescapam
durante
sua
degradação, deixando uma película de
carbono que geralmente permite o
reconhecimento do organismo.
caráter solódico É usado para distinguir
horizontes ou camadas que apresentam
saturação por sódio (100Na+/T) variando
de 6 % a < 15 %, em alguma parte da
seção controle que defina a classe de
solo. (Pedologia)
carbono
Corpo químico simples,
metalóide, encontrado na natureza em
substâncias gasosas, minerais ou
orgânicas; pode ser fixado pelas planta
pela fotossíntse (dióxido de carbono), a
partir da qual elas produzem matérias
orgânicas como lipídios e glicídios e, a
partir daí, participar da cadeia alimentar e
completar o Ciclo do carbono.
carbamato
Grupo químico dos
agrotóxicos compostos por ésteres do
ácido
mencarbâmico
ou
dimenicarbâmico;
classifica-se
sua
toxicidade aguda como intermediária
entre os inseticidas fosforados e os
clorados; carbamatos degradam mais
rapidamente no ambiente, não se
acumulando em tecido gorduroso. Mas
vários carbamatos foram proibidos em
alguns países, por terem efeitos
cancerígenos.
carbono 14
Isótopo radioativo do
carbono comum (Carbono 12) e que se
forma na atmosfera pelo choque dos
raios cósmicos com o nitrogênio;
combina-se rapidamente com o oxigênio,
gerando óxido de carbono radioativo; nos
vegetais e animais a proporção entre os
dois é mais ou menos a mesma da
atmosfera; após a morte dos seres vivos
esta proporção tende a modificar-se,
havendo um decréscimo da quantidade
do carbono radioativo em comparação
carbohidrato Composto químico que
apresenta fórmula geral Cx(H2O)y,
sintetizado no processo de fotossíntese,
e incluindo açúcares, celulose e amido, e
83
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
carena Ver quilha. (Botânica)
com o carbono natural, em virtude da
desintegração; após 5.730 anos, a
proporção entre os dois cai pela metade
do valor inicial; o conhecimento dessa
proporção permite calcular a idade do
material analisado; através desse método
podem ser datados fósseis com até
50.000 anos.
carepa Película de óxido de ferro que se
forma na superfície do aço laminado a
quente; é removida com sprays de água
em alta pressão ou outros métodos.
(Metalurgia)
carga capilar crítica Pressão capilar
acima da qual o ar expulsa a água
contida nos interstícios.
carbono
orgânico
Carbono
tetravalente, fazendo parte de compostos
orgânicos; usado como medida do teor
de material orgânico do solo, expresso
anteriormente como %C e, pelo Sistema
Internacional de Unidades como g C/dm³;
para transformar em teores de matéria
orgânica basta multiplicar por 1,72.
(Pedologia)
carga de base Parte constante da carga
de uma rede durante um período
determinado (por exemplo : dia, mês,
ano). (Energia)
carga de ponta Potência máxima à qual
uma rede tem que fazer face durante um
determinado período (por exemplo: dia,
mês, ano, hora, minuto). (Energia)
carbono sob a forma esférica Produto
da grafitização do carbono existente no
ferro fundido. (Metalurgia)
carga dependente de pH Porção da
capacidade de troca catiônica ou
aniônica que varia com o pH.
carburante
Produto químico cuja
combustão
permite
obter
energia
mecânica em motores térmicos.
carga estrutural Carga negativa de um
argilomineral
que
se
origina
da
substituição isotérmica de um cátion por
outro, usualmente de menor carga.
carcinogênicas
São substâncias
químicas que causam câncer ou que
promovem o crescimento de tumores
iniciados anteriormente por outras
substâncias; algumas substâncias são
carcinogênicas a baixos níveis, como a
dioxina, e outras reagem com mais vigor;
a maioria das substâncias carcinogênicas
é também mutagênica e teratogênica;
carcinógeno.
carga genética Qualquer redução da
adaptabilidade média de uma população
devido à existência de genótipos com
adaptabilidade menor que aquela do
genótipo mais adaptado. (Melhoramento
Genético)
carga
permanente
Porção
da
capacidade de troca de cátions que
independe do pH. Esta carga se origina
de substituição isomórfica na estrutura
dos minerais.
carcinógeno Ver carcinogênicas.
carcinoma
Tecido de crescimento
desordenado e anormal que invade as
estruturas do corpo destruindo-as.
(Medicina).
carga poluidora É a quantidade de
poluentes que atingem os corpos d'água,
prejudicando seu uso. Medida em DBO e
DBQ.
cardeiro
(Scleronema
micranthum)
Árvore da família Bombacaceae, de
grande porte, com uma frequência
bastante acentuada, fuste retilíneo, com
diâmetro até 70 cm, casca acinzentada
rugosa, com espessura até 3,0 cm;
madeira moderadamente pesada; cerne
castanho-claro lustroso; alburno amareloclaro, com espessura média de 3,5 cm;
grã direita a oblíqua; textura grossa,
cheiro e gosto indistintos; presença de
canais secretores bastante acentuados e
de pigmentos de cor branca.
carga poluidora admissível
É a
quantidade de poluentes que atingem os
corpos d'água nos limites previstos para
não afetar as condições ambientais e a
saúde humana.
carga própria de demanda Maior média
de demanda medida num intervalo de 60
segundos, verificada num período de
referência, em MWh/h.
84
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
tem como ponto central a constatação de
que os países ricos poluem mais o
planeta e, portanto, devem ajudar as
nações pobres com tecnologias nãopoluidoras e avanços científicos que as
conduzam a um desenvolvimento mais
rápido e menos predatório; reconhece
que os Estados têm o direito soberano
sobre os recursos naturais de seus
territórios, têm a responsabilidade de
garantir que sua exploração não cause
danos ao meio ambiente de outros
países e o dever de indenizar as vítimas
de poluição e outros danos ambientais;
todos os governos e pessoas devem
cooperar na erradicação da pobreza, mas
os
países
desenvolvidos
têm
responsabilidades maiores: são os que
mais consomem e os que detêm as
tecnologias
necessárias
para
o
desenvolvimento dos países pobres. Ver
Agenda 21.
carga própria de energia Demanda
média requerida de uma instalação ou
conjunto de instalações durante um
período de referência - (relação entre a
eletricidade gerada em MWh e o tempo
de funcionamento das instalações).
caribé Tipo de mingau feito com farinha
fina de mandioca; alimento feito com
beiju de tapioca e água, consumido pelos
povos do interior amazônico.
carimbó
paraense.
Dança folclórica do litoral
carmim Matéria corante vermelho muito
vivo, ligeiramente arroxeado, extraída
originalmente da cochonilha-do-carmim.
Ver cochonilha-do-carmim.
caroba (Jacaranda copaia)
Árvore
grande da família Bignoniaceae, fuste
retilíneo, com diâmetro até 1,0 m, casca
acinzentada
e
quebradiça,
com
espessura de 0,5 a 2,0 cm; madeira
muito leve; cerne e alburno indistintos, de
cor branca-parda, levemente rosada com
listras vasculares mais escuras; grã
direita; textura fina; cheiro e gosto
indistintos.
carta de declividade
Carta que
representa declividade (gradientes) do
terreno; a declividade é expressa
geralmente em porcentagem ou pelo
valor da tangente do ângulo de
inclinação. (Cartografia)
carotenos
Pigmentos amarelos ou
vermelhos contidos em frutos e verduras.
carta de marear
Mapa desenhado
especialmente para permitir a orientação
náutica e em que estavam marcadas as
coordenadas geográficas; carta náutica
utilizada pelos pilotos dos navios.
carrasco Formação vegetal mais rala,
baixa, raquítica e áspera do que a
caatinga,
no
nordeste
brasileiro;
carrascal.
carta de Munsell É um conjunto de
tabelas contendo escalas padronizadas
de cores, formadas por pequenos
retângulos com colorações diversas,
arranjadas
num
livro
de
folhas
destacáveis; a anotação da cor do solo é
feita comparando-se um torrão, de um
determinado horizonte, com estes
retângulos; uma vez que se ache o de
colorido mais próximo, faz-se uma
anotação, que indica os três elementos
da cor: o matiz (cor fundamental de arcoíris ou mistura da mesma); valor
(tonalidade de cinza) e croma (proporção
de mistura com a tonalidade de cinza
indicada pelo valor); esses elementos
são anotados em forma de números e
letras, como por exemplo: 2,5 YR 3/6
cárstica Superfície típica de uma região
de calcário caracterizada pela presença
de vales de dissolução, fossos e
correntes de águas submersas.
carta classe A Carta com Padrão de
Exatidão Cartográfica (PEC) planimétrico
igual a 0,5 mm na escala da carta, sendo
de 0,3 mm o erro padrão correspondente
e PEC altimétrico igual a metade da
equidistância entre as curvas de nível
sendo um terço desta equidistância o
erro-padrão
correspondente.
(Cartografia)
Carta da Terra Documento aprovado na
Conferência Mundial para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, realizada
no Rio de Janeiro, em junho de 1992,
também chamada de Declaração do Rio;
85
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cartografia analógica
Conjunto de
estudos e técnicas para elaboração de
cartas através do uso de aparelhos
traçadores analógicos cujos produtos são
armazenados em papel.
(vermelho-escuro), sendo 2,5 YR o matiz,
3 o croma e 6 o valor. (Pedologia)
carta de solos
(Pedologia)
Ver mapa de solos.
carta imagem Carta ou mapa obtido
através da correção geométrica de uma
imagem de satélite. (Cartografia)
cartografia
convencional
cartografia analógica.
cartografia náutica
Elaboração e
preparação de cartas que representam,
entre outros aspectos, profundidades e
natureza da superfície marinha.
carta índice Cartas esquemáticas que
mostram limites e nomenclaturas de
cartas elaboradas e impressas por uma
determinada instituição até certa data.
(Cartografia)
cartografia numérica
Processo de
confecção de mapas ou cartas através de
computadores
e/ou
dispositivos
computadorizados.
carta náutica Representação gráfica de
uma área de águas navegáveis; mostra
os meridianos de latitude e longitude.
Informa os navegadores sobre a
profundidade das águas, faróis, bóias,
perigos submersos, etc.
carta pedológica
(Pedologia)
Ver
cartograma É um documento onde a
informação ou tema central é colocado
em seu interior sem a preocupação com
a localização exata das informações nos
seus locais absolutos ou específicos de
decorrência. Pode ser qualitativo quando
trabalha com dados na escala nominal e
quantitativo quando representa dados e
informações na escala ordinal, intervalar
ou razão.
Ver mapa de solos.
carta planimétrica
Carta elaborada
através de um levantamento topográfico
ou fotogramétrico, sem mostrar as curvas
de nível.
carta sinótica Carta ou mapa no qual
são
representados
elementos
meteorológicos selecionados, sobre uma
vasta área em um dado horário.
(Meteorologia)
caruma
Película que reveste as
castanhas que ainda estão verdes e
tenras. (Botânica)
caruncho Termo popular para designar
insetos
coleópteros,
geralmente
xilófagos, que perfuram madeiras e
cereais; gorgulho. (Zoologia)
carta topográfica
Carta elaborada
mediante um levantamento original, ou
compilada de outras já existentes,
incluindo os acidentes naturais e
artificiais,
permitindo
deste
modo
determinar suas alturas.
carúncula Proeminência carnosa, da
natureza do arilo, encontrada em várias
sementes, como por exemplo: mamona.
(Botânica); pequena saliência carnuda da
cabeça de certas aves e lagartas
(Zoologia)
cartel
Grupo
de
empresas
independentes que formalizam um
acordo para sua atuação coordenada,
com vistas a interesses comuns,
garantindo a divisão de mercado entre si,
controlando o volume de produção e,
consequentemente, o preço. (Economia)
carvalho Designação comum a diversas
árvores da família Fagacea, gênero
Quercus, que apresentam madeira dura
e pardacenta.
carvão Substância combustível, sólida,
negra,
resultante
da
combustão
incompleta de materiais orgânicos.
cartografia
Ciência que estuda os
mapas e cartas geográficas; arte de
traçar cartas geográficas ou conjunto de
cartas geográficas; termo criado pelo
historiador português Visconde de
Santarém, em 1839.
carvão ativado Carvão que é ativado
através de um processo de oxidação,
cuidadosamente controlado, e destinado
a produzir uma estrutura porosa com
86
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cassiterita Mineral que cristaliza no
sistema
tetragonal,
mostrando
comumente um geminado em cotovelo e
fórmula SnO2; apresenta coloração
usualmente castanha ou preta e
densidade elevada (6,8- 7,1) o que é
pouco comum para um mineral de brilho
não-metálico; pode por vezes mostrar
uma aparência fibrosa radiada, sendo
então denominado estanho lenhoso.
grande superfície , o que lhe confere uma
elevada capacidade de adsorção.
carvão húmico Carvão proveniente de
restos
de
vegetais
superiores,
apresentando
forma
nitidamente
estratificada devido à intercalação de
lâminas mili a centimétricas; os diferentes
componentes de origem vegetal que
formam os litótipos, denominados
macerais, são divididos em três grandes
grupos: vitrina, exinita e inertinita.
castanha sapucaia
Grande árvore
(Lecythis pisonis), com 30 metros de
altura cujos frutos são volumosas
cápsulas lenhosas, do tipo pixídio,
munido de opérculo que se destaca na
maturação para libertar as sementes; é
frequente na Amazônia Central, tanto em
áreas de várzeas como em terra-firme.
As amêndoas são muito saborosas e
contém cerca de 51% de óleo comestível;
floresce entre maio e agosto e os frutos
estão maduros somente 8 a 10 meses
depois.
carvão mineral É um combustível que
tem origem com a fossilização de matéria
orgânica em bacias sedimentares, sob
certas
condições;
desde
a
Era
Paleozóica, no período Carbonífero,
restos
de
vegetais
lenhosos,
semidecompostos pelo clima frio e seco,
junto com sedimentos, provenientes da
ação de geleiras, foram se acumulando
no fundo de lagos, com pouca
oxigenação; esta acumulação, ao longo
dos milhares dos anos, de sucessivas
camadas
geológicas
de
rochas
sedimentares exercendo uma enorme
pressão sobre aqueles restos orgânicos
vegetais semidecompostos, transformouos em carvão mineral; nas camadas mais
profundas pode se encontrar o carvão
mais raro, antigo e com maior alto teor de
carbono e poder calorífico; a sucessão do
carvão mais antigo e puro, para o mais
recente e impuro é: antracito (cerca de
95% de carbono), hulha (de 75 a 90%),
linhito (de 65 a 75%) e turfa (no máximo
com 50% de carbono).
castanha-do-pará
Árvore de porte
colossal (Bertholletia excelsa), em torno
de 40 a 50 metros de altura e cerca de 2
metros de diâmetro na altura do peito;
fruto capsular do tipo pixídeo incompleto,
vulgarmente denominado de ouriço, que
pode pesar entre 500 a 1.500 gramas,
contendo 15 a 24 sementes angulosas,
com casca córnea e rugosa; é nativa da
Amazônia com extensa área de
distribuição; o processo de enxertia
conseguiu reduzir a idade da primeira
frutificação de 12 para 6 anos e,
excepcionalmente, até para 3,5 anos.
carvão sapropélico Carvão constituído
por esporos e pólens (cannel), ou algas
(boghead), depositados como lama no
fundo dos lagos e lagunas.
cascalho Fração grosseira do solo com
diâmetro entre 2 mm e 2 cm. (Pedologia)
castanha-jacaré (Corythophora rimosa)
Árvore da família Lecythidaceae, de
grande porte, de fuste retilíneo as vezes
superior a 90 cm de diâmetro, casca
grossa dura, sulcada, acinzentada, de 2,0
cm de espessura aproximadamente;
madeira pesada; cerne avermelhado a
castanho-escuro, bem diferenciado do
alburno creme; grã direita a levemente
ondulada; textura média; figura pouco
destacada, cheiro e gosto indistintos.
cascata
Pequena queda d'água da
ordem de poucos metros, formada pelo
desnível altimétrico no perfil de um rio.
casualização Sorteio que se realiza, ao
planejar um experimento, fazendo-se, ao
acaso, a escolha do tratamento a ser
carvão vegetal
Carvão obtido pela
carbonização de madeira.
cascalhento Tipo de textura de solo que
contém cascalho entre 15 e 50 g/kg de
solo (15 e 50%). (Pedologia)
87
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
uma pasta mole; são aplicados
externamente
de
duas
maneiras:
quentes, para um efeito revulsivo ou
maturativo; mornos, de efeito calmante.
aplicado a cada parcela. (Estatística
Experimental).
cat clay Argila de solos mal drenados,
os quais contém sulfetos ferrosos que se
tornam
altamente
ácidos
quando
drenados.
catarata
Grande queda d'água da
ordem de dezenas de metros formada
por um elevado desnível altimétrico.
Pode estar associada à erosão
diferencial de diferentes tipos litológicos
ou a grandes estruturas geológicas.
cata Trabalho individual, efetuado por
processos
equiparáveis
aos
de
garimpagem e faiscação, na parte
decomposta dos filões e veeiros, com
extração de substâncias minerais úteis,
sem o emprego de explosivos, e que seja
apurado por processos rudimentares.
catástrofe
Interrupção grave do
funcionamento da comunidade, gerando
vastos prejuízos humanos, materiais e
ambientais, que a sociedade afetada não
pode superar com os seus próprios
recursos; classificam-se frequentemente
pela
sua
velocidade
de
desencadeamento (rápida ou lenta), ou
de acordo com a sua causa (natural ou
provocada pelo homem).
catabolismo
Conversão através dos
organismos vivos de moléculas orgânicas
complexas em moléculas simples,
resultando em liberação de energia.
catádromo
Migração estacional de
certos peixes de água doce, tal como as
enguias, que descem os rios para
desovarem no mar.
catástrofe
biológica
Catástrofe
causada por exposição de organismos
vivos a germes e substâncias tóxicas.
catáfilo Folha modificada, geralmente
escamiforme, de consistência variável e
freqüentemente sem clorofila. (Botânica)
catecolaminas Determinação genérica
da dopamina, adrenalina, noradrenalina
(hormônios) e outros compostos e
metabólicos, e que são encontrados em
certas terminações nervosas. (Medicina)
catalisador - Substância que, por sua
presença, modifica a velocidade de uma
reação química, sem se alterar no
processo. (Química)
categoria Grupamento de classes de
solos relacionados, as quais são
definidas, aproximadamente, pelo mesmo
nível de abstração. Exemplo de
categorias: ordem, subordem, família,
etc. (Pedologia)
catalisador automotivo Equipamento
em forma de cilindro, instalado no
conjunto do escapamento dos veículos;
funciona através de um processo de
aquecimento, provocando a queima dos
gases poluentes (especialmente o
dióxido
de
carbono),
tornando-os
inofensivos à saúde humana.
catena
Seqüência
de
solos
aproximadamente da mesma idade,
derivados de materiais semelhantes, e
que ocorrem sob condições climáticas
similares, mas tem características
diferentes, devido às variações de relevo
e de drenagem; seqüência de solos do
topo à base de uma pequena elevação; a
litologia original pode ser a mesma ou
não. (Pedologia)
catálise Fenômeno pelo qual é possível
aumentar a velocidade de uma reação
pela presença de uma substância ou
catalizador que não sofre mudança
química permanente, encontrando-se
inalterado ao final da reação. (Química)
catanduva Nome popular dado as terras
pobres, nos Estados de São Paulo e
Paraná, quase sempre arenosas, que só
podem ser cultivadas esporadicamente e
com resultados fracos.
catéter Todo e qualquer tubo oco que
permite a drenagem, injeção e medidas
de pressões.
cátion Íon que se apresenta carregado
positivamente;
sendo
que
tal
denominação é devida ao fato de durante
cataplasma É um preparado composto
do pó de substâncias, diluído até formar
88
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
caulim residual ou primário É formado
in situ pela ação do intemperismo sobre a
rocha.
a eletrólise se deslocar em direção ao
cátodo.
cátion ácido Íon hidrogênio ou cátions
que, sendo adicionados á água, sofrem
hidrólise, resultando em uma solução
ácida. Exemplos em solos são H+, Al3+ e
Fe3+.
caulim sedimentar ou secundário É
aquele que foi transportado do seu lugar
de origem.
caulinita Grupo de argilominerais do tipo
1:1 com estrutura de filossilicato, formado
pelo empilhamento regular de folhas
silicato teraédricas e folhas hidróxido
octaédricas; fazem parte deste grupo,
que apresenta fórmula Al4Si4O10(OH)8 ,
os seguintes argilominerais dioctaedrais;
caulinita, haloisita, nacrita e diquita;
minerais que pertencem ao grupo da
serpentina - crisotila, lizardita, antigorita e
amesitacomo
são
comumente
denominados, apresentam a mesma
estrutura da caulinita, com Fe2+, Fe3+,
Mg2+ e outros íons, substituindo o Al na
folha octaédrica; por esse motivo, esses
minerais trioctaédrais, também se
enquadram no grupo da caulinita.
cátion trocável
Íon carregado
positivamente retido nas proximidades da
superfície de uma partícula sólida com
carga superficial negativa, o qual pode
ser
substituído
por
outros
íons
carregados positivamente.
catodo
Eletrodo no qual ocorrem
reações de redução; no catodo há uma
tendência em diminuir o número de íons
do metal em solução e a sua massa
também tende a aumentar.
caudal Volume de água que flui num rio
(ou canal) numa determinada seção
deste, por unidade de tempo.
caudal nominal Caudal para o qual a
turbina ou a bomba é dimensionada.
(Hidráulica)
cavado
É uma área alongada de
pressão atmosférica relativamente mais
baixa; pode ser a extensão de um
ciclone; é o oposto de crista e é,
geralmente, associado a mau tempo,
assim como o próprio ciclone; a máxima
curvatura das isóbaras ocorre ao longo
do eixo do cavado. Uma frente
necessariamente localiza-se em um
cavado. (Meteorologia)
caudal utilizável Parte do caudal total
que, após as deduções de água
obrigatórias previstas e das perdas
inevitáveis, fica disponível para as
finalidades do aproveitamento.
caudículo
Pequenina haste que
sustenta a polínea, nas orquídeas;
apêndice diminuto localizado na base da
antera, em espécies de compostas.
(Botânica)
caverna
Toda e qualquer cavidade
natural subterrânea penetrável pelo
homem, incluindo seu ambiente, seu
conteúdo
mineral
e
hídrico,
as
comunidades animais e vegetais ali
agregados e o corpo rochoso onde se
insere.
caule
Porção do vegetal que se
apresenta
ordinariamente
aérea,
podendo contudo ser submersa ou
subterrânea, sendo que neste caso
existem três categorias : o rizoma , o
tubérculo e o bulbo. (Botânica)
cavitação Fragmentação sofrida pelas
rochas presentes no leito de uma
corrente, devido ao impacto das elevadas
e variadas pressões causadas por altas
velocidades turbilhonares.
cauliflora Árvore tropical que apresenta
casca delgada, presente especialmente
nas regiões úmidas, e cujas flores
crescem no caule e nos galhos sem
relação com as folhas. (Botânica)
CCD
Charge
Couple
Device
Dispositivo de transferência de carga;
chip eletrônico que transforma fótons em
sinais elétricos que são usados para a
representação de imagens de objetos
astronômicos ou para analisar a
caulim Argila de cor branca que, na sua
forma
beneficiada,
é
constituída
principalmente por minerais do grupo da
caulinita.
89
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
compreendido entre o ponto de
congelamento da água e seu ponto de
ebulição
em
100
partes
iguais,
associando o valor zero ao ponto de
congelamento e o valor cem ao ponto de
ebulição.
quantidade de luz que está sendo
recebida de tal objeto. Ver chip.
(Eletrônica).
ceco
Primeira porção do intestino
grosso; que recebe o conteúdo do
intestino delgado. (Medicina)
célula fotoelétrica Dispositivo eletrônico
que serve para detectar a luz.
cedrorana (Cedrelinga catenaeformis)
Árvore da família Leguminosae, com
grande porte, fuste retilíneo com diâmetro
as vezes superior a 2,0 m, casca
sulcada, avermelhada, com 1,5 a 2 cm de
espessura; madeira moderadamente
pesada; cerne vermelho-róseo; alburno
mais claro e pouco distinto; grã ondulada;
textura grossa; figura pouco destacada
(linhas vasculares escuras presentes);
cheiro desagradável quando úmida,
desaparecendo quando seca; gosto
indistinto.
celulase Enzimas que digerem celulose
para unidades de hexose.
celulose Um tipo de fibra resistente a
digestão; é o componente básico de
todos os vegetais.
cementação Difusão de carbono na
superfície do aço para alterar as
propriedades
da
superfície.
Esse
tratamento é feito colocando-se o aço em
contato com uma substância capaz de
fornecer carbono e aquecendo-o acima
da zona crítica (900o C); os processos
usuais de cementação elevam o teor
superficial do carbono até 1%; utiliza-se
para peças que necessitem de alta
dureza superficial, alta resistência á
fadiga de contato e submetidas a cargas
superficiais elevadas. (Metalurgia)
cefalópodes Moluscos exclusivamente
marinhos, presentes em sua grande
maioria em mares rasos, embora alguns
habitem águas profundas; apresentam a
cabeça bem diferenciada, guarnecida por
uma coroa de tentáculos e a boca dotada
de um par de mandíbulas e de uma
rádula;
mostram
os
olhos
bem
desenvolvidos, respiram através de
brânquias e deslocam-se graças à
expulsão rápida da água; as formas
atuais são geralmente desprovidas de
concha ou então a mesma é vestigial; o
Nautilus é a única forma atual que possui
concha externa.
cementita Carboneto ou carbeto de
ferro (Fe3C) que contém 6,67% de
carbono; muito dura e quebradiça, é
responsável pela elevada dureza e
resistência dos aços de alto carbono.
(Metalurgia)
cenozóica Uma das divisões de tempo
geológico da ordem mais elevada; era
geológica caracterizada pela extinção
maciça de répteis gigantes e por grande
desenvolvimento dos vertebrados. Ver
era. (Geologia)
cela unitária Unidade fundamental que
repetindo-se sempre, de acordo com o
desenho geométrico de um dos retículos
de Bravais, forma o cristal.
celenterados
Animais diploblásticos
(ectoderma e endoderma separados por
uma camada desorganizada - mesogléia)
de simetria radial ou birradial; ocorrem
predominantemente
em
ambiente
marinho, podendo, contudo, estar
presentes em água doce ou salobra; o
subfilo Cnidaria, único que apresenta
registro paleontológico, caracteriza-se
pela posse de nematocistos, isto é ,
células urticantes.
centimol de cargas - cmolc Centésimo
do número de mols de cargas; pelo
Sistema Internacional de Unidades, a
massa molecular deve ser expressa pelo
número de mols da substância (ou seus
múltiplos e submúltiplos); para estudos
do solo pode ser usado o centimol
(centésima parte do mol) ou o milimol
(milésima parte do mol). (Pedologia)
centimorgan - cM Unidade de distância
entre genes localizados em um mesmo
cromossomo e que representa a
celsius Uma das escalas utilizadas para
medir a temperatura; divide o intervalo
90
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
centro de origem
Região onde o
ancestral silvestre de uma cultura
distribui-se em estado nativo; na
concepção de N.I. Vavilov (1887-1943) o
centro de origem de uma cultura
correspondia à região onde o ancestral
silvestre exibia a maior diversidade
genética para um número seleto de
características, diminuindo a variabilidade
à medida que se deslocava para a
periferia da distribuição; o conhecimento
atual raramente valida a proposição de
que o centro de origem de uma cultura
coincide com a região em que esta
mostra maior diversidade genética,
possivelmente porque a relação entre
ambos foi enunciada de maneira
equivocada. (Genética)
freqüência de recombinação entre eles.
(Genética)
central hidroelétrica Instalação na qual
a energia potencial e cinética da água é
transformada em energia elétrica.
central hidroelétrica a fio de água
Central hidroelétrica num curso de água,
sem represa, reguladora de volume
significativo.
central
hidroelétrica
de
represa
Central hidroelétrica cuja alimentação
pode ser regulada graças a uma represa.
central maremotriz Central hidroelétrica
que utiliza o desnível entre o mar e uma
bacia do qual está separado, criado pelo
efeito das marés.
central nuclear Instalação na qual a
energia libertada a partir de combustível
nuclear é convertida em energia elétrica.
centro
de
recursos
genéticos
Instituição incumbida de conservar e
promover a utilização do germoplasma
de espécies domesticadas ou de
potencial econômico.
central térmica Instalação na qual a
energia
química,
contida
em
combustíveis fósseis, sólidos, líquidos ou
gasosos, é convertida em energia
elétrica.
centrômero
Constrição primária dos
cromossomos; região onde ocorre o
cinetócoro no qual se prendem as fibras
do fuso durante as divisões celulares.
(Genética)
centro de dispersão Região ou área
biogeográfica de onde novos táxons se
difundem a outras regiões; o critério mais
importante para sua determinação é a
localização
da
área
de
maior
diferenciação de um táxon. Ver centro de
origem.
cercospídeos Família dos insetos da
ordem dos Homópteros, vulgarmente
conhecidos como cigarrinhas e que são
consideradas pragas de inúmeras
gramíneas, incluindo a cana-de-açúcar e
forrageiras.
centro de diversidade
Região
geográfica onde se concentra um número
elevado de espécies de um gênero ou de
gêneros de uma família, contrastando
com sua menor freqüência em outras
regiões.
cercosporiose Doença provocada por
fungos do gênero Cercospora, que ataca
as folhas das plantas, originando
manchas de margens escurecidas.
cerda Pena simplificada, apenas com
uma raque e poucas e diminutas barbas
na parte basal; a sua função táctil é bem
desenvolvida devido às terminações
nervosas especiais no interior de sua
base oca (cálamo), inserida na pele;
geralmente as cerdas situam-se próximas
ao bico. (Zoologia)
centro de domesticação
Região
geográfica onde foi domesticada uma
determinada cultura; muitas culturas (ex.:
seringueira)
foram
domesticadas
independentemente
por
vários
grupamentos humanos, em épocas e
áreas diferentes, como decorrência da
grande
distribuição
geográfica
da
espécie; esta origem é chamada de
acêntrica; outras culturas (ex.: tomate)
foram domesticadas fora da área de
ocorrência natural do ancestral silvestre.
cernambi
Denominação aplicada a
borracha coagulada naturalmente, tanto
na árvore como em qualquer recipiente
destinado a coletar o látex; termo que
91
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cesta básica Conjunto de bens que
satisfazem as necessidades de uma
família de trabalhadores; o conceito de
necessidades básicas varia conforme o
nível médio de renda da população alvo.
(Sócio-Economia).
também designa a borracha de qualidade
inferior. (Fitotecnia)
cernambi Nome dado a várias espécies
de moluscos bivalves que ocorrem no
litoral brasileiro. Ver sambaqui. (Zoologia)
cerne
Parte central mais dura, da
madeira, que sofreu na diferenciação das
células uma impregnação mais forte de
lenhina e contém células mortas;
durâmem.
chaminé vulcânica Conduto que liga a
câmara magmática com a superfície do
terreno, e que funciona como condutor
dos materiais vulcânicos. (Geologia)
chapada Denominação usada no Brasil
para as grandes superfícies, por vezes
horizontais e a mais de 600 m de altitude
que aparecem na Região Centro-Oeste
do
Brasil;
do
ponto
de
vista
geomorfológico a chapada é, na
realidade, um planalto sedimentar, pois
trata-se de um acamamento estratificado
que, em certos pontos, está nas mesmas
cotas da superfície de erosão, talhadas
em
rochas
pré-cambrianas.
(Geomorfologia)
cerosidade São filmes muito finos de
material
inorgânico
de
naturezas
diversas, orientados ou não, constituindo
revestimentos ou superfícies brilhantes
nas faces de elementos estruturais, poros
ou canais, resultante de movimentação,
segregação ou rearranjamento de
material coloidal inorgânico. (Pedologia)
cerradão
Tipo mais denso e alto de
vegetação do domínio dos cerrados; as
árvores não são esparsas e suas copas
podem se tocar ou não.
chapada residual
Consiste em
testemunho de forma tabular que
identifica, do ponto de vista morfológico,
a existência de um capeamento.
(Geomorfologia)
cerrado Savana tropical na qual uma
vegetação
rasteira,
formada
principalmente por gramíneas, coexiste
com árvores e arbustos esparsos;
constitui o segundo maior bioma/domínio
morfoclimático do Brasil e da América do
Sul ocupando mais de 200.000.000
hectares e abrigando um rico patrimônio
de
recursos
naturais
renováveis
adaptados às condições climáticas,
edáficas e píricas que determinam a sua
existência; o domínio dos cerrados tem
sua área nuclear situada nos chapadões
do Brasil Central. Ver savana.
chapadão Termo utilizado para uma
série de chapadas ou planaltos de
superfície regular. (Geomorfologia)
chapéu de ferro Ver gossan.
chatoyance
Fenômeno
óptico
observado em certos minerais quando
submetidos à luz refletida, consistindo em
uma faixa estreita, brilhante, que se move
em ondas ao ser mudada a posição do
mineral, resultado da reflexão da luz em
pequenas fibras, cavidades tubulares ou
inclusões aciculares.
césio 137 É um radioisótopo usado no
tratamento do câncer e em processos
industriais como fonte de calibração de
instrumentos
e
de
medição
de
radiatividade; elemento químico que se
caracteriza como um pó azul brilhante,
altamente
radiativo,
que
provoca
queimaduras, vômitos e diarréia até a
morte; o organismo humano necessita de
110 dias para eliminá-lo; atualmente é
substituído pelo cobalto. Ver acidente de
Goiânia.
chenier
Cordão litorâneo elevado,
arenoso, contendo conchas e podendo
por vezes alcançar até 80m de largura e
dezenas de quilômetros de extensão.
Situa-se bem acima da maré alta,
encontrando-se separado da praia por
manguezais.
Chernossolos Solos escuros, ricos em
bases
e
carbono;
anteriormente
designados por Brunizem, Rendzina,
Brunizem
Avermelhado,
Brunizem
cespitosa
Vegetação que cresce
formando tufo ou touceira. (Botânica)
92
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
chumbo tetraetila Aditivo utilizado para
aumentar o poder antidetonante da
gasolina; por ser altamente poluente e
cancerígeno, tem sido substituído por
outros aditivos. Brasil e Japão foram os
primeiros países do mundo a eliminar
totalmente o chumbo tetraetila da
gasolina.
Hidromórfico; termo da nova classificação
brasileira de solos. (Pedologia)
chert
Denominação geral para
sedimentos
muito
compactos,
constituídos por opala, calcedônia e
quartzo micro ou criptocristalino, ou ainda
uma mistura desses constituintes.
chip Ver circuito integrado. (Eletrônica)
chupança Tipo de praga (Monalonion
spp), que ataca o cacaueiro, sugando a
seiva dos ramos, folhas e dos frutos
novos.
chironius (Chironius sp.) Tipo de cobra
tímida e inofensiva; é comprida, delgada
e possui uma cauda bem longa e fina;
extremamente ágil tanto em terra como
sobre as árvores. (Zoologia)
chute bar Depósito de cascalho que
apresenta forma de lóbulo, localizado
sobre as barras em pontal, devido
também ao rompimento dos diques
marginais.
chordata
Filo que reúne animais
dotados
de
um
cordão
dorsal
denominado notocórdio ou corda, que é a
primeira estrutura de sustentação do
corpo dos cordados.
chuva Vapor d'água condensado na
atmosfera que se precipita sobre a terra
em forma de gotas (diâmetro superior a
0,5 mm); dependendo da média horária
de sua acumulação no pluviômetro, pode
ser leve (até 2,5 mm), moderada (entre
2,5 a 7,5 mm) ou forte (superior a 7,5
mm). (Meteorologia)
chorume Líquido escuro, que apresenta
alta carga poluidora, resultante da
decomposição do lixo; termo utilizado
para designar o líquido resultante da
lavagem de estábulos, cocheiras, salas
de ordenha e pocilgas; é composto de
estrume e urina do animal, e da própria
água de lavagem das instalações,
podendo ser utilizado como adubo;
resíduo líquido proveniente de resíduos
sólidos (lixo), particularmente quando
dispostos no solo, como por exemplo,
nos
aterros
sanitários;
resulta
principalmente de água de chuva que se
infiltra e da decomposição biológica da
parte orgânica dos resíduos sólidos; é
altamente poluidor.
chuva ácida
Chuva composta por
substâncias ácidas tais como ácido
sulfúrico e ácido nítrico, sendo tais
substâncias produzidas pela combinação
da água atmosférica com os óxidos
liberados
após
a
queima
de
hidrocarbonetos.
chuva ciclônica Chuva associada com
sistemas de baixa pressão como as
depressões; tais chuvas são contínuas,
não muito intensas, de duração
prolongada e afetam extensas áreas por
acompanharem o deslocamento da
depressão. (Meteorologia)
chumbo
Metal pesado, de efeitos
cumulativos enquanto poluente; no
homem
(chega
pela
alimentação,
respiração e bebida), uma dose de
1mg/dia,
durante
um
período
suficientemente longo, pode provocar
tremores,
perda
de
memória,
alucinações,
insônia,
melancolia,
anemias e problemas renais, cólicas e
prisão de ventre; as fontes são as latas
de conserva, tubos metálicos de pastas
de dentes, fumaça de cigarro e de
carvão, tintas em geral e produtos para
escurecer os cabelos, além de processos
industriais específicos.
chuva contínua
Chuva que possui
duração de uma hora ou mais, sem
interrupção. (Meteorologia)
chuva
de
convecção
Chuva
proveniente da ascensão vertical do
vapor d'água que ao entrar em contato
com as camadas de ar mais frio sofre
condensação e precipita; está associada
à formação de nuvens do tipo cumulus e
cumulonimbus,
sendo
geralmente
intensas, do tipo aguaceiro, de curta
duração
e,
freqüentemente,
93
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ciclo cardíaco Um período completo da
diástole e sístole cardíacas, com
intervalos intercalados, que começam
com qualquer evento na ação cardíaca
até o momento em que aquele mesmo
evento é repetido.
acompanhadas de trovões; precipitações
pluviométricas típicas de baixas latitudes,
em que os ventos alíseos de NE e SE
sopram dos Trópicos para o Equador,
onde sobem quentes e úmidos,
esfriando-se e saturando-se de vapor
d’água no alto e chovendo quase
diariamente
na
área
equatorial.
(Meteorologia)
ciclo da água Ver ciclo hidrológico.
ciclo de Calvin Mecanismo elucidado
por Calvin em 1946, dividido em quatro
fases distintas: fase de carboxilação, fase
de redução, fase de regeneração e fase
de síntese dos produtos; a fase de
carboxilação consiste na reação de CO2
com a ribulose bisfosfato, catalisada pela
ribulose-1,5-bisfosfato
carboxilase
(RuBisCO), seguida por uma clivagem
molecular,
formando
o
ácido
fosfoglicérico; a fase de redução consiste
na redução do ácido glicérico, formado
na etapa anterior, em triose fosfato; a
fase de regeneração consiste na
regeneração da ribulose bisfosfato
através de reações de interconversão de
açúcares; a fase de síntese de produtos
consiste na produção de outros
compostos, tais como, polissacarídeos,
aminoácidos e ácidos graxos; a síntese
desses compostos é influenciada pelas
condições
fisiológicas;
também
é
conhecido como a rota C3 de fixação do
carbono, uma vez que o produto formado
é um composto de 3 carbonos (ácido
fosfoglicérico); ciclo de fixação do
carbono. Ver C3, planta C3.
chuva frontal Precipitação pluviométrica
produto do encontro de duas massas de
ar diferentes, uma quente e outra fria, a
primeira se sobrepondo à segunda; são
típicas
de
médias
latitudes.
(Meteorologia)
chuva
orográfica
Precipitações
pluviométricas que ocorrem em litorais
montanhosos, quando as massas de ar
úmidas vindas dos oceanos vão subindo
uma
montanha
provocando
uma
descompressão do ar e, assim, resfria o
vapor d’água contido nas nuvens,
chovendo na encosta de barlavento; na
outra encosta, a de sotavento, pode
ocorrer climas desérticos ou semi-áridos.
(Meteorologia)
chuvisco
Precipitação
bastante
uniforme constituída exclusivamente por
gotículas de água, com diâmetro inferior
a 0,5 mm, e muito próximas uma das
outras. (Meteorologia)
cianogênese
Liberação de ácido
cianídrico (HCN) num processo de
transformação química.
ciclo de fixação do carbono Ver ciclo
de Calvin.
ciberespaço Um termo popularizado por
William Gibson para designar a realidade
imaginária compartilhada das redes de
computadores; algumas pessoas usam o
termo ciberespaço como sinônimo de
Internet.
ciclo de Wilson Conjunto de processos
envolvendo a abertura e o fechamento de
oceanos, com rompimento, separação e
justaposição de massas continentais; são
reconhecidos seis estágios, sendo que
três estão relacionados a soerguimento,
rifteamento e deriva e os demais à
etapas de aproximação de massas
continentais e fechamento do oceano.
cibernética
Disciplina que trata do
controle de processos complexos nos
animais e nas máquinas; seu princípio
básico é a realimentação (feedback), ou
seja, a contínua correção dos erros de
um sistema; teoria dos sistemas.
ciclo Diesel - Ciclo termodinâmico
utilizado em motores, no qual a explosão
se dá espontaneamente, em função das
elevadas
pressões
alcançadas;
o
combustível utilizado nesses motores é
chamado óleo diesel. (Mecânica)
cíbrido Produto do cruzamento ao nível
citoplasmático
de
dois
genitores
geneticamente distintos. (Genética)
94
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
deslocam no sentido inverso ao
movimento dos ponteiros dos relógios no
hemisfério norte, e no sentido destes no
hemisfério sul; no Atlântico Ocidental e
Pacífico Oriental recebe a denominação
de furacão, de tufão, no Pacífico
Ocidental. (Meteorologia)
ciclo do carbono
Seqüência de
transformação onde o dióxido de carbono
é fixado em organismos vivos, pela
fotossíntese, liberado pela respiração e
pela
morte
e
decomposição
de
organismos que o fixam, usado pelas
espécies heterotróficas, e posteriormente
retorna ao estado original.
ciclone tropical Termo genérico que
designa um ciclone da escala sinótica
com origem sobre águas tropicais ou
subtropicais e que apresenta uma
convecção organizada e uma circulação
ciclónica caracterizada por vento de
superfície.
ciclo do enxofre
Seqüência de
transformações onde o enxofre é oxidado
ou reduzido a produtos orgânicos ou
inorgânicos.
ciclo do nitrogênio
Seqüência de
trocas
bioquímicas
sofridas
pelo
nitrogênio, na qual ele é usado por
organismos vivos, liberado após a morte
e decomposição de tais organismos, e
convertido ao seu estado original de
oxidação.
ciclos biogeoquímicos Circulação na
natureza de substâncias essenciais à
renovação, manutenção e reprodução
dos organismos vivos; os principais ciclos
são os do carbono (pelo qual átomos de
carbono se incorporam em compostos
orgânicos através da fotossíntese), do
nitrogênio (absorvido na forma de nitratos
por plantas comidas por animais,
produzindo
excrementos
contendo
nitrato, que volta ao solo), da água
(evaporação, à chuva, e assim por
diante), do oxigênio, do enxofre e do
fósforo. (Ecologia)
ciclo hidrológico Sistema pelo qual a
natureza faz a água circular do oceano
para a atmosfera e daí para os
continentes, de onde retorna, superficial
e subterraneamente, ao oceano; ciclo da
água.
ciclo Otto Ciclo termodinâmico utilizado
em motores, no qual a explosão se dá a
partir da ocorrência de uma centelha;
utiliza como combustível gasolina, alcool
ou sua mistura. (Mecânica)
ciclotema Denominação aplicada em
sua concepção original para indicar uma
série de camadas depositadas durante
um único ciclo sedimentar do tipo que
prevaleceu durante o Pensilvaniano;
atualmente é utilizado para abrigar
rochas de diferentes idades e diferentes
litologias daquelas do Pensilvaniano de
Illinois. (Geologia)
ciclo vital Compreende o nascimento, o
crescimento, a maturidade, a velhice e a
morte dos organismos. (Biologia)
ciclogênese Qualquer desenvolvimento
ou fortalecimento de uma circulação
ciclônica na atmosfera. (Meteorologia)
cicuta Planta umbelífera, venenosa, dos
gêneros Cicuta, Conium e Anthricus, de
tamanhos variáveis que crescem nas
montanhas ou pântanos; veneno extraído
da
cicuta-da-europa
(Conium
maculatum).
ciclone
Distribuição da pressão
atmosférica na qual existe uma pressão
central mais baixa com relação às
adjacências; caracteriza-se em uma carta
sinótica como um sistema de isóbaras
fechadas, envolvendo uma pressão
central baixa; é normalmente chamado
de centro de baixa pressão; é, também,
sinônimo de depressão; pode ser tropical
ou extra-tropical, dependendo de onde
ocorre; precipitação e ventos mais
intensos estão associados a esta feição.
Sistema de circulação atmosférica
fechado, em grande escala, com pressão
barométrica baixa e ventos fortes que se
ciência
Conjunto de conhecimentos
sobre determinado objeto ou fenômeno,
agrupados segundo certos critérios e a
partir de uma metodologia específica.
ciência do solo É a ciência que trata
dos solos como um recurso natural da
superfície terrestre; inclui a formação,
classificação e distribuição geográfica, e
95
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cintura sísmica Zona sísmica de forma
alongada, geralmente situada ao longo
dos limites exteriores das placas
tectônicas.
as propriedades físicas, químicas,
mineralógicas, biológicas e de fertilidade
dos solos, bem como estas propriedades
em relação ao seu uso e manejo;
pedologia.
cinturão de cavalgamento Zona linear
de grandes dimensões formada pela
convergência de placas litosféricas e sítio
onde são desenvolvidos os cinturões
orogênicos; constitui-se de falhas de
empurrão ou de cavalgamento e nappes,
que conformam zonas de cisalhamento
que isolam grandes fatias de corpos
rochosos denominados de lasca ou
escama de empurrão. (Geologia)
cigana (Opisthocomus hoazin)
Ave
típica de matas alagadas e beira de lagos
da América do Sul, principalmente nas
bacias do Orinoco e do Amazonas; os
pássaros adultos voam de forma
desajeitada em pequenas distâncias;
normalmente, eles preferem subir nas
árvores através dos galhos; seus
alimentos são plantas do pântano, folhas
trituradas e sementes; vivem em bandos
de 3 ou 6 pássaros cruzando entre si e
formando laços de parentescoo; os
ninhos feitos sobre a água guardam de 2
a 5 pequenos ovos.
cinturão de cisalhamento Feixe de
bandas e zonas de cisalhamento,
isolando
fatias
e
lentes
menos
deformadas ou até mesmo indeformadas,
situadas ao longo de faixas alongadas.
(Geologia)
cimentação Refere-se à consistência
quebradiça e dura do material do solo,
ocasionada
por
qualquer
agente
cimentante que não seja mineral de
argila, tais como: carbonato de cálcio,
sílica, óxidos ou sais de ferro ou
alumínio. (Pedologia)
cinza de grelha Cinza produzida na
queima de carvão mineral em caldeiras e
que não é removida pelo fluxo de ar;
possui granulometria mais grossa; cinza
pesada.
cinza Fragmento produzido por erupções
vulcânicas de caráter explosivo, que
apresenta diâmetro inferior a 4 mm;
quando consolidado é denominado tufo,
podendo ser vítreo, lítico e de cristais.
cimento Material que une os grãos de
uma rocha sedimentar, através da
precipitação
química
de
soluções
intersticiais, dentre as quais podem ser
destacadas a sílica, o carbonato de cálcio
e os óxidos de ferro.
cinza volante
Material finamente
particulado proveniente da queima de
carvão
pulverizado
em
usinas
termoelétricas com o objetivo de gerar
energia.
cimetidine Droga utilizada no controle e
tratamento das úlceras pépticas através
do bloqueio da produção de ácido do
estômago. (Medicina)
ciófila
Denominação utilizada para
indicar as folhas de uma planta que vive
na sombra. (Botânica)
cinábrio
Mineral que cristaliza no
sistema
hexagonal-R,
classe
trapezoédrica-trigonal, composição HgS
e uma elevada densidade que alcança
8,1; apresenta cor vermelha típica e um
brilho adamantino; é o mais importante
minério de mercúrio.
cipó Planta de hábito trepador, lenhosa,
com ramos flexíveis, que cresce apoiada
em outras plantas, geralmente árvores,
apresentando muitas vezes estruturas
especializadas que servem de apoio ou
fixação. Ver trepadeiras, lianas.
cintilação Efeito atmosférico sobre a luz
estelar, originando a variação rápida do
brilho, como resultado da deformação da
onda plana que provém da estrela,
causada pela variação do índice de
refração atmosférico nas altas camadas.
(Astronomia)
circuito elétrico e eletrônico É um
determinado
agrupamento
de
componentes de comportamento elétrico
bem definido e destinado à condução de
cargas elétricas; quando sua finalidade
se relaciona à transmissão de potência,
96
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
a observação dos cromossomos ao
microscópio.
tais circuitos denominam-se elétricos;
quando se destinam ao processamento
de sinais elétricos, denominam-se
eletrônicos.
citometria de fluxo Método laboratorial
utilizado para definir o tamanho,
morfologia e outras características de
uma população de células; muito utilizado
na
classificação
das
leucemias.
(Medicina)
circuito integrado
Agrupamento de
diversos componentes eletrônicos de
tamanhos reduzidíssimos, agregados
num objeto único com uma finalidade
comum, revestido por uma camada de
material plástico ou cerâmico (ou
encapsulamento); chip. Ver circuito
eletrônico. (Eletrônica)
citral Substância do grupo dos aldeídos,
presente em especial nas folhas da
melissa, responsável pelo odor cítrico
característico desta planta, assim como
de outras espécies da família Labiatae.
cirrípides Crustáceos exclusivamente
marinhos, geralmente cobertos por
placas calcárias, sendo que quando
adultos- com exceção das formas
parasitas- fixam-se pela extremidade
anterior. Os apêndices birramosos são
utilizados para a captura do alimento; são
hermafroditas.
clade Grupo monofilético de taxa que
abrange um ancestral comum e seus
descendentes. (Genética)
cladística
Classificação taxonômica
baseada em relações evolutivas entre os
taxa
(espécies);
pode
apresentar
resultados e conclusões diferentes da
taxonomia clássica, a qual enfatiza o
relacionamento
fenético
entre
as
espécies.
cirrocumulus Nuvem que se apresenta
de forma delgada, sendo composta de
elementos muito pequenos em forma de
grânulos e rugas. Indica base de corrente
de jato e turbulência. (Meteorologia)
clamidoconídios Taloconídios que têm
função de resistência, semelhante a dos
esporos
bacterianos;
são
células,
geralmente arredondadas, de volume
aumentado, com paredes duplas e
espessas, nas quais se concentra o
citoplasma; sua localização no micélio
pode ser apical ou intercalar; formados
em condições ambientais adversas,
como escassez de nutrientes, de água e
temperaturas
não
favoráveis
ao
desenvolvimento
fúngico.
Ver
taloconídios. (Micologia)
cirrose
Doença crônica do fígado
caracterizada pelo crescimento de tecido
cicatricial, destruição e regeneração das
células hepáticas e distorção da estrutura
do fígado; pode levar à falência de
funções hepáticas importantes como a
depuração de substâncias tóxicas do
sangue, incluindo o álcool. (Medicina)
cirrostratus Nuvem que se apresenta
sob a forma de um véu transparente fino
e esbranquiçado, portanto sem ocultar o
sol ou a lua e apresentando o fenômeno
de halo. (Meteorologia)
clarificação Operação de separação
sólido/líquido baseada no fenômeno de
sedimentação, empregada para produzir
um líquido (água) livre de partículas
sólidas suspensas.
cirrus Nuvem que se apresenta com
aspecto delicado, sedoso ou fibroso, com
cor branca brilhante. (Meteorologia)
clarke Porcentagem média com que um
determinado elemento se apresenta na
crosta terrestre.
cisalhamento Deformação envolvendo
uma solicitação tangencial, resultado de
um par de forças paralelas e de sentidos
opostos,
denominado
binário
ou
conjugado. (Geologia)
clarke de concentração
Fator que
mostra a concentração de um elemento
dentro de um depósito particular ou
mesmo dentro de um dado mineral.
citogenética Parte da genética que se
ocupa dos fundamentos citológicos da
hereditariedade, utilizando especialmente
claros Ver derivados claros. (Petróleo)
97
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
se feito, do consumo humano à
navegação. No caso de águas salobras e
salinas estabelece duas classes para
cada uma.
classe de aptidão agrícola das terras
Expressão do grau de aptidão das terras
para um determinado tipo de utilização
com um nível de manejo definido.
(Agronomia)
classificação de Köppen
Tipo de
classificação climática. (Climatologia)
classe de capacidade de uso da terra
Categoria de um sistema interpretativo de
classificação de terras, que indica a
capacidade de uso do terreno para uma
determinada utilização. (Agronomia)
cleistotécio
Tipo de ascocarpo
constituído por uma estrutura globosa,
fechada, de parede formada por hifas
muito
unidas,
com
um
número
indeterminado de ascos, contendo cada
um oito ascosporos. Ver ascos,
ascosporos. (Micologia)
classe de drenagem do solo Refere-se
à quantidade e rapidez com que a água
recebida pelo solo se escoa por
infiltração e escorrimento, afetando as
condições hídricas do solo; duração de
período em que permanece úmido,
molhado ou encharcado. (Pedologia)
clima
Sucessão de estados da
atmosfera, caracterizando a síntese do
tempo em um dado lugar durante um
grande período de tempo; portanto
refere-se às variações da atmosfera,
inferidas de observações contínuas
durante um longo período de estudos,
aproximadamente de 30-35 anos; a
definição de um clima depende de um
número de informações maior do que
apenas a constatação das condições
médias do tempo, incluindo os desvios
em relação às médias (variabilidade),
condições extremas, e as probabilidades
de frequência de ocorrência de
determinadas condições de tempo.
classe de erosão do solo Refere-se ao
grupamento de condições de erosão.
(Pedologia)
classe de formação Termo criado para
designar um conjunto de formações
semelhantes, reunidas dentro de uma
mesma
concordância
ecológica.
(Ecologia)
classe de profundidade dos solos
Designa condições nas quais um contato
lítico ou um nível de lençol de água
permanente ocorra, conforme limites
especificados. (Pedologia)
clima continental
Clima típico das
regiões continentais interiores cuja
principal característica é a elevada
amplitude anual e diária da temperatura.
(Climatologia)
classe de reação do solo Refere-se às
distinções do estado de acidez ou
alcalinidade do material do solo.
(Pedologia)
clima de monção Clima de regiões
expostas às monções, caracterizado por
inverno seco e verão chuvoso. As chuvas
estão concentradas em determinada
época do ano. (Climatologia)
classe de solos Grupo de solos que
apresentam uma variação definida em
determinadas propriedades e que se
distinguem de qualquer outra classe por
diferenças
nessas
propriedades.
(Pedologia)
clima de montanha Clima regulado pelo
fator altitude, caracterizado por pressão
baixa e intensa radiação rica em raios
ultravioletas. (Climatologia)
classe textural Enquadramento do solo
de acordo com a proporção relativa das
partículas menores que 2 mm (areia, silte
e argila). (Pedologia)
clima equatorial Clima característico
das regiões que estão sujeitas a
influência
das
baixas
pressões
equatoriais, apresentando médias de
temperaturas superiores a 25O C, e uma
amplitude térmica anual que oscila entre
1 e 3O C; as chuvas estão presentes ao
longo de todo o ano, com índices
classes da água Oficialmente no Brasil,
são
aquelas
estabelecidas
pela
Resolução 20/86, do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente,
que define cinco classes para as águas
doces, e determina que tipo de uso pode
98
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
climatologia regional Descrição dos
climas em áreas e regiões selecionadas
da Terra.
pluviométricos que ultrapassam os 3.000
mm. (Climatologia)
clima marítimo
Clima das regiões
contíguas ao mar, caracterizado por fraca
amplitude anual e diária da temperatura e
por
elevada
umidade
relativa.
(Climatologia)
climatologia sinótica Estudo do tempo
e do clima em uma área com relação ao
padrão
de
circulação
atmosférica
predominante; é essencialmente uma
nova abordagem para a climatologia
regional.
clima megatérmico Clima caracterizado
pela ausência de inverno, com altas
temperaturas e chuvas abundantes.
(Climatologia)
clímax Maturidade característica de um
ecossistema; as características do
ecossistema
maduro
são:
alta
diversidade, reciclagem de nutrientes,
reserva de matéria orgânica no solo,
plantas e animais que utilizam a maior
parte da luz solar e outros recursos;
estágio de equilíbrio alcançado por uma
série, comunidade, espécie, fauna ou
flora em um dado ambiente. (Ecologia)
clima mesotérmico Clima caracterizado
por temperaturas e chuvas moderadas,
com
radiação
solar
profusa.
(Climatologia)
climatizar
Controlar artificialmente a
temperatura de um ambiente.
climatologia Ciência voltada à análise
dos padrões de comportamento da
atmosfera, verificados durante um longo
período de tempo, avaliando para isto os
resultados dos processos atuantes na
atmosfera de maneira dinâmica e
levando em consideração não apenas
parâmetros médios, mas também as
variabilidades, condições extremas e
gênese dos sistemas atmosféricos, o que
confere
um
caráter
dinâmico
a
climatologia.
clímax climático É a vegetação que se
mostra equilibrada dentro do clima
regional, como por exemplo: Floresta
Ombrófila Densa Amazônica e Atlântica,
Savana-Estépica (Caatinga do sertão
árido nordestino) e outros.
clímax edáfico É a vegetação que se
mostra equilibrada dentro de uma
situação
pedológica
uniforme
regionalmente, como por exemplo:
Campinarana (Campinas) que ocupa as
áreas de Podzol Hidromórfico e Areias
Quartzosas Hidromórficas na bacia do rio
Negro e de Savanas (Cerrado) que
revestem áreas de solos degradados e
aluminizados que ocorrem no país.
climatologia aplicada
Ciência que
enfatiza a aplicação dos conhecimentos e
princípios climatológicos nas soluções
dos problemas práticos que afetam a
humanidade, como por exemplo a
climatologia agrícola e a bioclimatologia.
cline
Gradiente
de
caracteres
mensuráveis, observado em populações
de uma espécie, dispostos ao longo de
um transecto. A variabilidade clinal
geralmente não é reconhecida como
categoria taxonômica. (Genética)
climatologia dinâmica
Ciência que
enfatiza os movimentos atmosféricos em
várias escalas, particularmente na
circulação geral da atmosfera.
climatologia física Ciência que envolve
a investigação do comportamento dos
elementos do tempo ou processos
atmosféricos em termos de princípios
físicos com ênfase à energia global e aos
regimes de balanço hídrico da Terra e da
atmosfera.
clinoforma Configuração do perfil de
fundo subaquoso, análogo ao do talude
continental dos oceanos ou à inclinação
da face de frente deltáica.
clinômetro
Instrumento destinado a
efetuar a medição de ângulos verticais,
com o intuito de determinar alturas.
climatologia histórica Ciência que
estuda o desenvolvimento dos climas
através dos tempos.
99
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ferro ferroso e pelo ferro férrico, e o silício
pelo alumínio.
clinopiroxênio Termo geral utilizado
para indicar qualquer um dos piroxênios
que cristaliza no sistema monoclínico.
clorofila
Pigmento tetrapirrólico que
contém no centro da molécula um átomo
de
magnésio;
encontra-se
nos
cloroplastídios de células vegetais, em
órgãos aos quais confere a coloração
verde.
clínquer
Componente básico do
cimento, constituído principalmente de
silicato tricálcico, silicato dicálcico,
aluminato tricálcico e ferroaluminato
tetracálcico.
clorofluorcarbonos - CFC’s Um grupo
de
componentes
produzidos
pelo
homem, feito de cloro, flúor e carbono,
intensamente utilizados na produção de
aerossóis, espumas, e na indústria de arcondicionado; quando alcançam a
estratosfera (10 a 50 km de altitude)
sofrem uma quebra pela radiação de
raios ultravioleta, liberando átomos livres
de cloro que atuam na destruição da
camada de ozônio.
clivagem Propriedade apresentada por
algumas rochas de se partirem em fatias
ou lâminas paralelas ou subparalelas às
superfícies planares. (Geologia)
clivagem
ardosiana
Clivagem
caracterizada por apresentar uma
fissilidade
ao
longo
dos
planos
dominados por minerais micáceos
microscópicos, conferindo um aspecto
foliado a rochas de granulação fina.
clivagem de fratura Descontinuidade
associada ao dobramento de uma
camada competente, formando um leque
convergente em direção ao núcleo da
ondulação.
cloroplasto
Estrutura presente no
interior das células dos vegetais onde se
encontra a clorofila.
clorose
Amarelamento da folhagem,
como um dos sintomas da deficiência em
clorofila, principalmente nos tecidos das
folhas.
clonagem Produção de clones.
clone
Conjunto
de
indivíduos
descendentes de único indivíduo por
reprodução vegetava; grupo de células
ou organismos derivados de uma simples
célula ou indivíduo ancestral e todos
geneticamente idênticos; linhagem de
indivíduos reproduzidos assexuadamente
por partenogênese ou reprodução
vegetativa,
por
divisão
mitótica.
(Genética).
cnidários Subfilo dos celenterados , que
se apresentam tanto fixos como livrenadantes, e caracterizados pela presença
de
nematocistos
e
tentáculos;
apresentam uma cavidade interna
denominada
coelenteron,
que
desempenha o papel de tubo digestivo,
com uma única abertura; reproduzem-se
tanto
sexualmente
como
assexuadamente,
sendo
que
na
reprodução sexual o ovo evolui para uma
larva ciliada, que se fixa e se transforma
em pólipo; mostram distribuição desde os
tempos cambrianos.
cloração Processo de tratamento de
água, que consiste na aplicação de cloro
em água de abastecimento público ou
despejos, para desinfecção.
clorita Mineral que pertence a um grupo
com a mesma denominação e que inclui,
entre outros, o clinocloro, a peninita e a
proclorita;
cristaliza
no
sistema
monoclínico,
classe
prismática,
mostrando cristais pseudo-hexagonais e
com hábito semelhante ao grupo das
micas; tem cor caracteristicamente verde
e
composição
Mg3(Si4O10)(OH)2Mg3(OH)6; o magnésio
pode ser substituído pelo alumínio, pelo
coberteiras Penas que recobrem dorsal
e ventralmente as penas de vôo, rêmiges
e rectrizes; são denominadas de
coberteiras superiores e inferiores,
respectivamente. (Zoologia)
cobertura aerofotogramétrica Conjunto
de fotografias aéreas necessárias para a
elaboração de estudos ou mapeamento
de determinada área.
100
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cobrança pelo uso da água Prevista na
Lei de Recursos Hídricos (Lei Federal
9433/97), parte do princípio de que a
água é um bem econômico e seu uso
deve ser racionalizado; pode haver a
cobrança de os todos usos sujeitos à
outorga, como captação de água,
lançamento de esgotos, ou produção de
energia; pela lei, os valores arrecadados
devem ser aplicados prioritariamente em
obras, estudos e programas na própria
área da bacia hidrográfica onde se fez a
cobrança.
cobertura de nuvens Quantidade do
céu
encoberto
por
nuvens;
é
normalmente medida em oitavos. Ver
nebulosidade. (Meteorologia).
cobertura morta
Camada natural
constituída de resíduos de plantas
espalhados sobre a superfície, para reter
a umidade, proteger da insolação e do
impacto das chuvas; mulchig.
cobertura vegetal Compreende todas
as plantas, sem distinção de tamanho e
espécie, que ocupam determinada área.
cobra cipó (Lepthis ahaetulla) Réptil
que pode atingir até um metro de
comprimento, sendo extremamente ágil
tanto sobre a terra como sobre árvores,
mas são tímidas e inofensivas.
cobre nos pórfiros
Denominação
aplicada a concentrações cupríferas
presentes
em
plutonitos
ácidos,
provenientes de diapirismo granítico, que
ocorrem nas margens continentais ativas
e nos arcos insulares. (Geologia)
cobra dormideira (Siphlophis seruinus)
Réptil pequeno e sem veneno, também
chamada de dorminhoca pintada; espécie
bastante rara e pouco estudada; quase
nada se conhece sobre os seus hábitos;
sabe-se apenas que gosta de árvores e
come pássaros e lagartos.
coca
Arbusto da família das
Eritroxiláceas, Erythroxylum coca, em
cujas folhas e caules existem vários
alcalóides dos quais o mais importante é
a cocaína. Ver cocaína.
cocaína Alcalóide extraído das folhas e
do caule da coca, cristalino e incolor,
tóxico, alucinógeno.
cobra papagaio (Corallus caninus)
Gosta de ficar em cima de árvores e usa
o mimetismo para se confundir com as
folhagens; a cauda funciona como
gancho, tanto para se firmar como para
agarrar presas; come lagartos, roedores
e sapos; extremamente venenosa e uma
das poucas cobras que atacam o homem
no peito; jararaca verde.
cochonila Corante obtido de insetos
coccídeos, vermelho, contendo ácido
carmínico. Ver cochonilha-do-carmim.
cochonilha-do-carmim
Inseto
homóptero da família dos Coccideos,
Dactylopius coccus, usado antigamente
para a extração do carmim. Ver carmim.
cobra salamanta (Epicrates cenchria)
Confundida com a jibóia, muita gente
acredita que ela é muito perigosa, com
um veneno ainda mais perigoso do que o
da cascavel, mas a fama é injusta pois,
na realidade, não tem veneno e se
alimenta apenas de aves e outros
pequenos animais.
cochonilhas
Insetos homópteros da
família dos Coccideos, que segregam
substâncias especiais de revestimento
(cera e laca) e alimentam-se da seiva das
plantas, vivendo nas folhas, galhos,
tronco ou raízes; muitas espécies são
consideradas pragas importantes, coma
a espécie Coccus viridis, que ataca o
cafeeiro e plantas cítricas; piolho-deplanta.
cobra verde (Pseustes sulphureus)
Come pintos, ovos e ratos; para caçar
filhotes de galinha, pato ou marreco ela
costuma se aproximar das habitações
rurais e até subir em árvores à procura
de ninho de aves; não tem veneno mas é
extremamente agressiva e quando
acuada, estufa o peito para parecer maior
e dar botes; papa-ovo, papa-pinto e
papa-rato.
cocólitos
Frústulas
discoidais,
estreladas ou placóides que apresentam
paredes
delgadas,
freqüentemente
perfuradas, e produzidas por algas
planctônicas calcárias, presentes em
sedimentos marinhos; seu registro ocorre
desde o Cambriano.
101
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
alelos de um indivíduo sejam idênticos
por ascendência. Ver endogamia.
(Genética)
codiáceas
Algas
que
habitam
profundidades superiores a 100 m,
mostrando-se desprovidas de septos,
com o talo profusamente ramificado e
constituído de sifões mais ou menos
anastomosados; as porções externas são
geralmente incrustadas de calcário.
coeficiente de Poisson Relação entre
as deformações transversais e as
deformações longitudinais de um corpo
de prova quando submetido a esforços
de compressão.
código de acesso
Sistema de
cadastramento de uma amostra de
germoplasma,
atribuindo-lhe
uma
numeração, que é exclusiva; o sistema
varia de instituição para instituição, cada
uma com seu sistema peculiar de uso de
números e letras; freqüentemente a
mesma amostra tem mais de um código
de acesso ao transitar de um sistema de
pesquisa para outro. (Genética)
coeficiente de seleção Diferença entre
a adaptabilidade relativa média dos
indivíduos de um determinado genótipo e
aqueles
de
genótipo
referência.
(Genética)
coeficiente de variação Desvio padrão
dividido pela média, multiplicado por 100.
(Estatística)
coenzima
Estrutura não protéica
necessária para a atividade das enzimas.
código florestal Documento instituído
pela Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965, em cujo artigo 1o está previsto que
as florestas existentes no território
nacional e as demais formas de
vegetação, reconhecidas de utilidade às
terras que revestem, são bens de
interesse comum a todos os habitantes
do país.
coesão Força mantendo um sólido ou
líquido junto, devido à atração entre
moléculas semelhantes.
coevolução Denominação aplicada para
indicar mudanças recíprocas resultantes
da pressão adaptativa que duas ou mais
espécies não aparentadas exercem uma
sobre a outra.
codominância Tipo de interação em
que ambos os alelos contribuem para a
expressão do fenótipo heterozigoto;
quando dois genes têm a mesma
capacidade de manifestar o aspecto por
eles regulado, e o caráter resulta
intermediário em relação aos dos pais.
(Genética)
coivara
Pilha de vegetação ou
ramagem, que não foi totalmente
queimada no roçado no qual foi colocado
fogo.
colagem Acréscimo lateral de massas
rochosas, formadas em locais diversos, e
trazidos para a zona de subducção; estas
massas são denominadas terrenos
alóctones, suspeitos, deslocados ou
exóticos.
coeficiente de armazenamento Valor
que exprime a quantidade de espaço útil
entre os grãos (poros), os interstícios, as
fendas e os espaços vazios, dentro de
um aqüífero e que estão disponíveis para
o preenchimento por água. (Hidrologia)
colágeno A proteína principal do tecido
conjuntivo, por exemplo, cartilagem e
ossos. (Medicina)
coeficiente de deformação Proporção
entre determinada grandeza medida em
um mapa e sua homóloga na superfície
de referência. (Cartografia)
colangite Infecção do conteúdo de bile
represado num colédoco com obstrução.
Ver colédoco. (Medicina)
coeficiente de drenagem Escoamento
de uma bacia, expresso em unidade de
altura de água removida da área em 24
horas. (Hidrologia)
colapso
Diminuição ou inibição
repentina de qualquer função vital;
alteração brusca e danosa; situação
anormal e grave; crise. (Medicina)
coeficiente de endogamia
Medida
quantitativa
da
intensidade
de
endogamia; probabilidade de que dois
102
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
colapso Perda da turgescência nos
tecidos vegetais causando murchamento
em diferentes graus. (Botânica)
coleção genômica Criopreservação de
células, ADN e de seus fragmentos.
(Genética)
coleção a campo Coleção de plantas
mantidas
para
propósitos
de
conservação, pesquisa, etc; necessárias
para
se
promover
cruzamentos
controlados
ou
multiplicação
de
sementes mantidas temporariamente
nesta condição; espécies perenes como
frutíferas
e
florestais
são
preferencialmente
mantidas
nestas
condições. (Genética)
coleção nuclear É uma coleção que
representa com o mínimo de repetição, a
diversidade genética de uma espécie
cultivada
e
de
suas
espécies
relacionadas; o conceito de coleção
nuclear é aplicado em coleções de
germoplasma com 10 a 15% do tamanho
da coleção original, representando 70 a
80% da variabilidade genética disponível
na espécie de interesse e nos parentes
silvestres; o restante da coleção
permanece na reserva como fonte de
genes para futuras utilizações; embora
uma coleção nuclear nunca substituirá
uma coleção base ou mesmo uma
coleção de trabalho muito especializada,
sua estrutura e dimensão são fatores
decisivos para estimular o usuário a
utilizar o germoplasma com mais
freqüência do que aquele mantido na
tradicional coleção ativa. (Genética)
coleção ativa Coleção de acessos que
é rotineiramente usada para propósitos
de pesquisa, caracterização, avaliação e
utilização de materiais; o caráter
dinâmico da coleção ativa é indicado pelo
fato de que acessos entram e saem de
seu inventário, conforme decisões
gerenciais; no caso de eliminação de
acessos da mesma, estes podem (ou
não) vir a integrar a coleção base, que é
maior em escopo que a coleção ativa;
geralmente, funciona em dois ciclos:
plantas vivas crescendo no campo e
sementes
armazenadas
para
regeneração
ou
multiplicação
de
materiais; deve corresponder a um
subconjunto da coleção base. (Genética)
colédoco Ducto principal que traz a bile
do fígado e vesícula biliar ao intestino.
(Medicina)
colesterol O esterol mais abundante no
mundo animal. É encontrado em grande
quantidade na bile e cálculos biliares,
cuja fórmula é: C27H460.
coleção base Coleção abrangente de
acessos conservada por longo prazo; a
coleção base ideal deve conter amostras
representativas do GP1 (cultivado e
silvestre), GP2 e GP3 da cultura; é vista
como uma estratégia de segurança,
abrigando em seu acervo a coleção ativa
duplicada, e com seus materiais não
sendo utilizados para intercâmbio; as
coleções base existentes são todas
compostas de sementes ortodoxas.
(Genética)
coleta É o ato de coletar ramos, partes
de plantas ou indivíduos de seu habitat
natural, prensá-los dentro de jornais,
secá- los em estufas específicas e
incorporá-los a herbários. (Botânica)
coleta O ato de coletar o germoplasma
de cultivos agrícolas, de aparentados
silvestres de culturas ou de espécies com
interesse científico e econômico, seja sob
a forma de sementes, peças vegetativas
ou o indivíduo transplantado (Genética)
coleção de água Qualquer volume de
água doce, limitada por terra de todos os
lados. Ex: lago, lagoa, açude, represa,
poça, etc.
coleta seletiva de resíduos ou lixo
Coleta com separação dos diferentes
materiais componentes dos resíduos ou
lixo, tais como vidros, plásticos, metais e
papéis, para reutilização ou reciclagem;
sem ela, o processo pode ser
impossibilitado; por exemplo, não dá para
reciclar papel que foi misturado com
material tóxico; em locais públicos, é
coleção de germoplasma Coleção de
genótipos de uma espécie com origens
geográfica e ambiental variadas e que se
constitui em matéria prima para
programas de pesquisa e melhoramento.
(Genética)
103
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
anticiclones; os ventos em um colo
atmosférico são em geralmente muito
ligeiros. (Meteorologia)
usual identificar coletores com cores
padronizadas: azul para papel, amarelo
para metal, verde para vidros, vermelho
para plásticos, branco para lixo orgânico.
colo Zona de ligação entre as raízes e o
tronco de uma árvore. (Botânica)
coletor predial Trecho de tubulação
compreendido entre a última inserção de
subcoletor, ramal de esgoto ou de
descarga e o coletor público ou sistema
particular. (Engenharia Civil)
colódio
Substância constituída por
nitrocelulose em concentração específica
de nitrogênio, utilizada na fabricação de
lacas e vernizes.
coletor público Tubulação, pertence ao
sistema público de esgotos sanitários e
destinadas a receber e conduzir os
efluentes
dos
coletores
prediais.
(Engenharia Civil)
colofana
Substância
fosfatada
criptocristalina que quando submetida a
estudos através de raios-X, produz o
mesmo padrão da apatita; é usualmente
densa, maciça e apresenta estrutura em
concreções, sendo um constituinte
importante
da
rocha
denominada
fosforito.
coliformes
Bactérias ou seres
unicelulares similares à Esterichia colli,
presentes em expressivas quantidades
nas fezes humanas e de outros animais;
a presença de coliformes na água é sinal
de contaminação fecal, podendo causar
moléstias, como doenças de pele e
hepatite.
colóides
Substâncias que , quando
aparentemente encontram-se dissolvidas
em água, se espalham apenas muito
lentamente através de uma membrana e
normalmente tem pouco efeito no ponto
de congelamento, no de ebulição e na
pressão osmótica da solução; trata-se de
substâncias em estado de subdivisão fina
com partículas variando de entre 0,0001
e
0,0000001
cm,
em
diâmetro,
apresentando propriedades coloidais,
sendo a principal a existência de cargas
superficiais que podem reter nutrientes
(íons) de forma trocável.
colimação Observação de um ponto de
mira por meio de instrumento próprio;
ajuste das marcas de fé na câmara, a fim
de ser definido o ponto principal.
(Topografia)
colina
Elevação do terreno que
apresenta
encostas
suaves,
com
declividade menor do que 15% e altitude
inferior a 100 m. (Geomorfologia)
cólon Intestino grosso que pode ser
dividido anatomicamente em cólon direito
e cólon esquerdo; ou ainda em ceco,
cólon ascendente, cólon transverso,
cólon descendente, cólon sigmoide e
reto. (Medicina)
collenia Estromatólito que se apresenta
de modo irregular ou com a forma de um
domo, com diâmetro máximo por volta de
30 cm, e que cresce por adição de
lâminas curvas com a convexidade
voltada para cima.
colônia
Crescimento
de
microorganismos em meio sólido de
cultura, visível macroscopicamente.
colmatagem
Atulhamento
ou
enchimento de bacias ou planícies,
através da deposição de sedimentos,
realizados pelos agentes naturais ou pelo
homem.
colonização
Povoamento
e
aproveitamento econômico de uma
região feito principalmente através da
agricultura
colo
Região de ventos variáveis e
fracos, onde a distribuição da pressão
atmosférica se faz na forma de uma sela
e que ocorre entre dois anticiclones e
duas
depressões
arranjadas
alternadamente; sela ou garganta; região
de baixo gradiente de pressão, localizado
entre
duas
depressões
e
dois
colorimetria Método analítico que utiliza
a propriedade de absorção de luz por
soluções coloridas para determinar a
quantidade de substância presente nessa
solução; utiliza aparelhos chamados
colorímetros.
104
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
colostro O primeiro líquido segregado
pelas glândulas mamárias após o parto.
ou força, através da sua combustão.
Incluem petróleo, gás natural e carvão.
colpo Sulco ou fenda do grão de pólen.
(Botânica)
combustível primário
Combustivel
alimentado pelo maçarico/queimador
principal do forno na zona de combustão
primária , sendo comumente utilizado
carvão, óleo ou gás.
columbita Mineral de brilho submetálico
que cristaliza no sistema ortorrômbico,
classe bipiramidal, composição (Fe, Mn
)(Nb, Ta)2O6, e densidade compreendida
entre 5,2 a 7,9; forma uma série isomorfa
com a tantalita.
combustível secundário Combustivel
alimentado na zona de combustão
secundária, podendo ser utilizado, além
dos combustíveis primários, outros
alternativos, como: casca de arroz e
serragem, entre outros.
coluna Estrutura que se projeta do
centro da flor e contém os órgãos
reprodutores masculino (estame) e
feminino
(pistilo);
esta
fusão
é
característica das orquídeas, já que nas
outras flores os órgãos reprodutores se
apresentam separados; o ovário situa-se
na base da coluna; ginostégio, ginândrio.
(Botânica)
comensalismo
Interação entre duas
espécies de organismos na qual uma
espécie obtém benefício, enquanto a
outra permanece não afetada.
cometa Grandes pedaços de rochas e
gelo que orbitam em volta do Sol; a
maioria dos cometas reside numa esfera
que circunda o nosso Sistema Solar a
cerca de aproximadamente um ano luz
do Sol, ou seja, na Nuvem de Oort;
alguns deles são projetados por colisão
para órbitas mais próximas, trazendo-os
próximos, o suficiente para serem vistos
como objetos imprecisos de longas
caudas; estas caudas são grandes
quantidades de água gelada e de poeiras
que o cometa liberta durante a sua
passagem. (Astronomia)
coluna de ventilação Tubo ventilador
vertical que se desenvolve através de um
ou mais andares e cuja extremidade
superior é aberta à atmosfera, ou ligada a
tubo ventilador primário ou a barrilete de
ventilação. (Engenharia Civil)
coluros Círculos de declinação que
passam pelos polos celestes e dividem a
eclíptica em quatro partes iguais,
marcando as estações do ano; cada uma
destas partes corresponde a um ponto
cardeal da eclíptica: os equinócios da
primavera e do outono, e os solstícios de
verão e inverno.
cominuição Redução progressiva do
tamanho
dos
grãos
quando
da
fragmentação e moagem das rochas
submetidas a cisalhamento rúptil, e
formação de rochas cataclásticas.
colúvio Conjunto de detritos rochosos,
produtos do intemperismo e deslocados
encosta abaixo pela ação da gravidade,
sendo depositados como camadas
delgadas com detritos angulosos de
tamanhos variados e sem classificação.
comissão Brundtland
Criada pelo
Programa de Meio Ambiente da ONU,
atuou entre 1983 e 1987. Presidida por
Gro Brundtland, que foi primeira-ministra
da Noruega e também presidiu a
Conferência de Meio Ambiente Humano
em 1972; produziu o relatório Nosso
Futuro Comum, diagnóstico da situação
ambiental mundial sob a ótica do
desenvolvimento sustentável que inspirou
a realização da Rio-92. (Ecologia)
coma Poeira e gás que envolve o núcleo
de um cometa ativo. (Astronomia)
combe
Depressão alongada que
acompanha a direção do eixo de uma
anticlinal aplainada e escavada pela ação
da erosão seletiva.
combustível fóssil
Denominação
aplicada para restos orgânicos, que
alguma vez foram matéria viva, e são
utilizados atualmente para produzir calor
comitês de bacia hidrográfica São
fóruns deliberativos formados na região
de uma bacia hidrográfica, sub-bacia, ou
grupo de bacias hidrográficas contíguas;
105
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
complexo
Unidade litoestratigráfica
formal, constituída pela associação de
rochas de diversos tipos, de duas ou
mais classes (sedimentares, ígneas ou
metamórficas), com ou sem estrutura
altamente complicada, ou por misturas
estruturalmente complexas de diversos
tipos de uma única classe. (Geologia)
previstos na Lei de Recursos Hídricos
(Lei Federal 9433/97); na sua área de
atuação, devem elaborar e acompanhar o
Plano de Recursos Hídricos, estabelecer
valores para a cobrança da água e
arbitram, em primeira instância, os
conflitos relacionados aos recursos
hídricos; seus membros representam três
setores presentes na área geográfica
abrangida pelo comitê: governo (União,
Estados ou Distrito Federal e Municípios);
usuários das águas; organizações civis
de recursos hídricos. Se a bacia abranger
terras indígenas, as comunidades e a
FUNAI - Fundação Nacional do Índio,
também participam.
complexo coloidal Complexo no qual o
material finamente dividido, que se
aproxima da subdivisão molecular, está
disperso
dentro
da
outra
fase,
homogênea, denominada meio de
dispersão; sistema coloidal.
complexo de adsorção São as várias
substâncias orgânicas e inorgânicas no
solo capazes de adsorver ions e
moléculas.
commodity
Termo
usado
em
transações comerciais internacionais
para designar um tipo de mercadoria em
estado bruto ou com um grau muito
pequeno de industrialização; as principais
commodities são produtos agrícolas,
como café, soja e açúcar, ou minérios:
cobre, ferro e ouro, entre outros.
(Economia)
complexo de solos É uma associação
de solos, cujas unidades taxonômicas
não
podem
ser
individualmente
separadas,
nem
mesmo
num
levantamento ultradetalhado. (Pedologia)
complexo recifal Denominação utilizada
para o conjunto constituído pelo núcleo
do recife, todos os calcários detríticos
contíguos e todos os sedimentos ou
rochas geneticamente relacionados.
compactação Eliminação ou enorme
redução dos poros das rochas, por
rotação e deformação dos grãos.
(Geologia)
complexo sinaptonêmico Estrutura que
é formada entre os cromossomos
homólogos permitindo o pareamento de
regiões exatamente correspondentes.
(Genética)
compactação Redução na porosidade,
que se reflete no aumento da densidade
global, de uma camada do solo; tem
causas antrópicas, isto é, induzidas pela
atividade humana (preparo do solo com
teor de umidade inadequada, por
exemplo),
diferenciando-se
do
adensamento, que tem causas naturais.
Ver adensamento e densidade global.
(Pedologia)
componentes
aloquímicos
Constituintes
derivados
do
retrabalhamento de substâncias químicas
precipitadas na própria bacia de
sedimentação; tais componentes são
remobilizados em estado sólido no
interior da bacia. Ver rocha sedimentar.
competição Disputa entre duas ou mais
espécies de organismos por um fator
limitante no meio ambiente.
componentes
ortoquímicos
Precipitados
químicos
normais
e
produzidos quimicamente na bacia, sem
apresentar evidências significativas de
transporte ou agregação. Ver rocha
sedimentar.
completação Conjunto de operações
que possibilita a colocação de um poço
de óleo ou gás em produção.
complexação Formação de complexos,
que são união de moléculas ou íons
através de ligações químicas fracas;
embora inadequadamente, é utilizado
como sinônimo de quelação.
componentes terrígenos Substâncias
minerais provenientes de erosão da área
situada fora da bacia deposicional, e
transportadas
até
o
local
de
106
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
comprimento de onda
Distância
mínima que separa partículas que se
deslocam com a mesma fase em um
movimento ondulatório; quando no vácuo
a freqüência e o comprimento de ondas
relacionam-se de maneira inversa.
sedimentação como fragmentos sólidos.
Ver rocha sedimentar.
componentes voláteis Componentes
que possuem uma certa solubilidade em
magmas sob elevadas pressões, mas
que se tornam quase insolúveis sob
condições de baixas pressões; devido à
sua natureza física, são gases ou
líquidos facilmente volatilizados sob
condições superficiais; a água e o CO2
são os componentes voláteis mais
importantes.
compósitos
fibras.
computação Estudo dos computadores,
incluindo tanto seu projeto, operação e
uso no processamento da informação;
combina tanto os aspectos teóricos como
práticos da engenharia, eletrônica, teoria
da informação, matemática, lógica e
comportamento humano; os aspectos da
computação variam da programação e
arquitetura de computadores até a
inteligência artificial e robótica.
Materiais reforçados com
compostagem Método de tratamento
dos resíduos sólidos (lixo) através da
fermentação da matéria orgânica contida
nos mesmos, estabilizando-a, sob a
forma de um adubo denominado
composto.
comunidade Termo empregado para
designar um conjunto populacional com
unidade
florística
de
aparência
relativamente uniforme, caracterizada
como uma subdivisão de subformação,
com
área
espacial
conhecida.
(Fitogeografia)
composto
Resíduos orgânicos que
foram
misturados,
empilhados,
e
umedecidos, com ou sem adição de
fertilizantes e calcário, e geralmente
permitidos
sofrer
decomposição
termofílica até que os materiais orgânicos
originais
sejam
substancialmente
alterados física e quimicamente.
comunidade biológica
biocenose. (Ecologia)
comunidade biótica
biocenose. (Ecologia)
O mesmo que
O mesmo que
comunidade fóssil
Associação de
fósseis
que
são
ecologicamente
correlacionáveis entre si.
composto
alicíclico
Composto
homocíclico que não apresenta núcleo
benzênico na sua molécula. (Química)
concentrado
Produto resultante do
processo de concentração de minério
proveniente das atividades de lavra.
(Mineração)
composto aromático Composto que
apresenta em sua molécula , núcleo
benzênico.
Pode
ser
mono
ou
polinuclear, conforme apresente um ou
mais núcleos benzênicos. (Química)
concentrado Todo alimento, baixo em
fibra e alto em nutrientes digestíveis
totais, que fornecem nutrientes primários
(proteína, carboidrato e gordura); por
exemplo, grãos, farelo de algodão, farelo
de trigo.
composto polar
Composto, à
semelhança da água, em que uma
molécula se comporta como uma barra
magnética, com as cargas positiva e
negativa situadas em extremidades
opostas. (Química)
concepção filosófica homeopática
Acredita que a origem primária de
qualquer doença está na perturbação da
força vital, entendida como uma forma de
energia
primordial
e
fundamental
responsável pela manutenção da vida e
do equilíbrio orgânico; portanto, a
essência do desequilíbrio da saúde
encontra-se
num
nível
imaterial
(energético) no qual interagem nossas
compressão Estado de tensões que
tende a reduzir as dimensões de um
corpo. (Física)
compressibilidade Propriedade de um
solo relativa à susceptibilidade que
decresce em volume, quando sujeito a
uma carga ou força. (Pedologia)
107
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
encontra no estado gasoso, tornando-se
líquido à temperatura ambiente.
forças
psíquicas
(pensamentos
e
sentimentos) e que retrata os fatores
íntimos a que cada ser é suscetível.
condrictes
Classe de peixes que
possuem esqueleto interno de natureza
cartilaginosa, podendo por vezes ocorrer
calcificação, mas nunca desenvolvendo
uma estrutura óssea verdadeira, e nem
ocorrendo ossos dérmicos; comporta
duas
subclasses,
a
dos
Elasmobrânquios, que reúne peixes
predominantemente marinhos, e a dos
Holocéfalos, que se caracterizam dentre
outros
aspectos
pelo
fato
de
apresentarem as fendas branquiais
protegidas por um opérculo. (Ictiofauna)
concreção
Agregado presente em
sedimentos, diferindo da natureza destes,
e formado de matéria inorgânica com
formas diversas (nodular, discoidal,
rizóide, cilíndrica etc.), distinguindo-se
dos seixos por não ser transportado.
(Geologia)
concreção
Glébulas com estrutura
geralmente concêntrica em torno de um
ponto, linha ou plano. Ver glébulas.
(Micromorfologia do Solo)
concreção calcária
Agregado de
carbonato de cálcio precipitado, ou de
outro material cimentado por carbonato
de cálcio precipitado.
condutividade capilar Coeficiente que
exprime a extensão em que um meio
permeável permite o escoamento de
água, através de seus interstícios
capilares, sob gradiente de potencial
capilar unitário.
concreção ferruginosa É a plintita que
sofreu
endurecimento
irreversível,
formando
material
concrecionário
ferruginoso
semiconsolidado
ou
consolidado; petroplintita. Ver ironstone.
(Pedologia)
condutividade elétrica
Medida da
capacidade de transmissão de corrente
elétrica numa solução extraída do solo,
usada como parâmetro para verificar sua
condição de salinidade; a unidade
anterior era mmho/cm e, pelo Sistema
Internacional de Unidades é dS/m.
(Pedologia)
concreção mineral Corpo cimentado
que pode se removido intacto do solo,
com simetria interna organizada em torno
de um ponto, de uma linha ou de um
plano. (Pedologia)
cone aluvial
(Geomorfologia)
concreto Mistura de cimento, pedra e
areia. (Engenharia Civil)
Ver
leque
aluvial.
cone de água salgada Protuberância
vertical de água salgada, resultante do
bombeamento e/ ou drenagem locais, em
uma zona onde existe água doce sobre
água salgada.
concreto aparente
Utilização do
concreto sem revestimento, apenas
verniz poliuretano mantendo a cor
natural. (Engenharia Civil)
concreto armado
Concreto com
armadura de ferro, utilizado em
estruturas. (Engenharia Civil)
cone de cinza
Cone formado
exclusivamente ou em grande parte por
produtos
piroclásticos,
nos
quais
predominam as cinzas. Sendo parasítico
de um vulcão maior, raramente
ultrapassa os 500 m de altura, sendo que
seus flancos apresentam uma inclinação
de 300 a 400 . (Geologia)
concreto celular Argamassa contendo
grande quantidade de ar incorporado.
(Engenharia Civil)
condensação Processo pelo qual o
vapor d’água é transformado em água
líquida; ocorre sob condições variáveis,
associadas a mudanças em um ou mais
dos seguintes fatores: volume de ar,
temperatura, pressão ou umidade.
cone de dejeção Depósito de material
grosseiro transportado por torrentes até a
desembocadura em áreas de piemonte,
apresentando forma cônica, que se abre
para jusante, e cujo eixo coincide com a
linha de maior competência da corrente.
condensado Hidrocarboneto leve que,
nas condições de reservatório, se
108
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
prejuízos totais e monopolizando a
produção e comercialização. (Economia)
cone de depressão
Superfície
resultante do abaixamento da superfície
piezométrica primitiva por remoção da
água
através
de
bombeamento;
apresenta forma cônica e seu limite
externo define a área de influência do
poço.
conidiação Conjunto formado pelo
conidióforo e a célula conidiogênica,
estrutura bem diferenciada, peculiar;
constitui aparelho de frutificação que
permite a identificação de alguns fungos
patogênicos; por exemplo: no aparelho
de conidiação tipo aspergilo, os conídios
formam cadeias sobre fiálides, estruturas
em forma de garrafa, em torno de uma
vesícula que é uma dilatação na
extremidade do conidióforo. (Micologia)
cone de escória
Cone vulcânico
constituído inteiramente por material
piroclástico.
cone de lava Cone vulcânico constituído
principalmente por derrames de lava,
com material piroclástico excasso ou até
mesmo ausente.
conídio
O modo mais comum de
reprodução assexuada dos fungos; são
produzidos pelas transformações do
sistema vegetativo do próprio micélio;
podem ser hialinos ou pigmentados,
geralmente escuros, os feoconídios;
apresentam formas diferentes podendo
ser esféricos, fusiformes, cilíndricos,
piriformes etc; ter parede lisa ou rugosa;
serem formados de uma só célula ou
terem septos em um ou dois planos;
apresentam-se isolados ou agrupados.
(Micologia)
conectivo Tecido estéril situado entre as
duas tecas da antera, e que as une.
(Botânica)
cone-em-cone Estrutura que consiste de
um único ou de um sistema de cones
concêntricos,
geralmente
formando
lentes que raramente ultrapassam 10 cm
de espessura; as paredes dos cones são
formadas por cristais fibrosos de calcita,
que mostram um arranjo paralelo ou
inclinado em relação ao apóptema do
cone.
conidióforos Ramificações das hifas,
algumas em plano perpendicular ao
micélio, a partir dos quais se formarão os
conídios; normalmente, os conídios se
originam no extremo do conidióforo, que
pode ser ramificado ou não. (Micologia)
conformidades Planos de deposição
das camadas, as quais separam os
diferentes episódios de sedimentação.
Representam superfícies deposicionais
antigas, sendo, portanto, geologicamente
síncronas em toda a área de ocorrência;
superfícies estratais.
conidiogênicas As células que dão
origem aos conídios. (Micologia)
congênere
Pertencente ao mesmo
gênero; uma espécie do mesmo tipo ou
gênero; congenérico
conídios sésseis Aqueles conídios que
nascem em qualquer parte do micélio
vegetativo, o que não é muito freqüente.
(Micologia)
congênito Adquirido durante vida prénatal; condição existente ao nascer;
freqüentemente empregado no contexto
de defeitos congênitos.
conífera Vegetal geralmente de grande
porte,
bastante
semelhantes
as
Cordaitales
no
hábito
e
no
desenvolvimento de abundante lenho
secundário,
e
que
surgiram
no
Carbonífero Superior, alcançando seu
clímax no Jurássico Superior ou no
Cretáceo Inferior; o gênero Araucaria
existe desde o Cenozóico encontrandose atualmente confinado a América do
Sul e Austrália.
conglomerado Sedimento constituído
predominantemente
por
fragmentos
arredondados correspondentes a seixos,
com matriz arenosa e/ou argilosa e um
cimento de natureza química variável;
pode ser oligomítico ou petromítico.
(Geologia)
conglomerados
Associações de
empresas
de
ramos
diferentes,
diversificando suas atividades para evitar
109
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
conservação do solo
Conjunto de
métodos de manejo do solo que, em
função de sua capacidade de uso,
estabelece a utilização adequada do
solo, a recuperação de suas áreas
degradadas e mesmo a sua preservação;
proteção do solo contra perdas físicas
por erosão ou contra a degradação
química, ou seja, excessiva perda de
fertilidade, por meios naturais artificiais;
combinação de todos os métodos de
manejo e uso da terra que protegem o
solo
contra
o
esgotamento
ou
deterioração por fatores naturais ou
induzido pelo homem. (Pedologia)
conjunção inferior Posição em que um
planeta inferior se encontra ao passar
entre o Sol e a Terra. (Astronomia)
conjunção superior Posição em que
um planeta inferior se encontra ao passar
por trás do Sol, não sendo por isso
observável. (Astronomia)
conodonte Estrutura microscópica com
a forma de dente ou placa presente em
sedimentos marinhos desde o Cambriano
até o Triássico; suas dimensões variam
desde frações de milímetros até cerca de
3 cm, podendo ser liso ou apresentar
dentículos; sua posição taxionômica não
se acha ainda perfeitamente esclarecida,
podendo contudo pertencerem a animais
marinhos.
conservação ex situ Ação de conservar
a variação genética das espécies fora de
suas comunidades naturais; desdobra-se
em várias modalidades, entre as quais
conservação in vitro, em coleções a
campo, em câmaras frias, em nitrogênio
líquido etc.; acredita-se que o material
genético mantido sob estas condições,
longe de seu meio natural, esteja menos
sujeito à ação de forças seletivas e,
portanto, leva desvantagem sob o ponto
de vista de adaptação, se reintroduzido
em seu habitat natural; esta teoria, muito
aceita na literatura recente, ainda carece
de
confirmação
experimental
convincente. (Genética)
conoscópica
Observação que é
efetuada quando no microscópio, todos
os elementos óticos estão introduzidos
no circuito ótico. (Microscopia)
consangüinidade
(Genética)
Ver
endogamia.
conseqüente
Rio cujo curso é
controlado pelo caimento da estrutura
planar (camada e foliação), a qual
geralmente coincide com a inclinação do
terreno.
conservação É a utilização racional de
um recurso qualquer, de modo a se obter
um
rendimento
considerado
bom,
garantindo-se, entretanto, sua renovação
ou sua auto-sustentação. (Ecologia)
conservação in situ Ação de conservar
plantas e animais em suas comunidades
naturais; as unidades operacionais são
várias, destacando-se parques nacionais,
reservas biológicas, reservas genéticas,
estações ecológicas, santuários de vida
silvestre, etc.; acredita-se que o material
vivendo sob estas condições está sob
influência direta das forças seletivas da
natureza e, portanto, em contínua
evolução e adaptação ao ambiente,
desfrutando de uma vantagem seletiva
em relação ao material que cresce ou é
conservado sob condições ex situ.
conservação É o armazenamento e a
guarda do germoplasma em condições
ideais, permitindo a manutenção de sua
integridade; engloba a preservação, que
é usada para germoplasma armazenado
em temperaturas criogênicas. Ver
criopreservação. (Genética)
conservação ambiental Manejo dos
recursos do ambiente, ar, água, solo,
minerais e espécies vivas, incluindo o
homem, de modo a conseguir a mais alta
qualidade de vida humana com o menor
impacto ambiental possível; ou seja,
busca compatibilizar os elementos e
formas de ação sobre a natureza,
garantindo a sobrevivência e qualidade
de vida de forma sustentável. (Ecologia)
conservacionismo É uma filosofia de
ação que se fundamenta na defesa dos
valores naturais, objetivando evitar que
desequilíbrios ecológicos prejudiquem as
espécies, notadamente o homem e suas
gerações futuras.
110
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
contato
Superfície que limita duas
unidades de mapeamento geológico,
pedológico, etc., a exemplo do limite
entre uma rocha intrusiva e sua rocha
hospedeira, entre unidades diferentes de
solos, entre classes de relevo, entre
unidades
litoestratigráficas,
cronoestratigráficas, entre rochas de
composição diferente etc.
conservante
Aditivo usado nos
alimentos
para
impedir
a
sua
degradação, prolongar a vida útil e
proteger os produtos concentados.
consistência
Termo usado para
designar as manifestações das forças
físicas de coesão e adesão verificadas no
solo, conforme variação dos teores de
umidade, ou seja, quando o solo
encontra-se seco, úmido ou molhado.
(Pedologia)
contato lítico Limite entre o solo e o
material subjacente contínuo e coerente;
o
material
subjacente
deve
ser
suficientemente coeso para não ser
escavado manualmente com a pá;
quando constituído por um único mineral,
este deve ter dureza 3 ou mais, na escala
de Mohs; caso seja constituído por mais
de um mineral, pedaços (tamanho de
cascalho) que possam ser fragmentados
não se dispersam mediante agitação por
15 horas em água ou em solução de
hexametafosfato de sódio (calgon); o
material subjacente, aqui considerado,
não inclui horizontes diagnósticos.
(Pedologia)
consolidação Acomodação de um solo
produzida por uma carga, crescente ou
contínua, que causa a redução dos
poros. (Pedologia)
constante de desintegração Constante
que representa a probabilidade de um
nuclídeo se desintegrar, por unidade de
tempo, não devendo ser afetada por
processos físicos ou químicos.
constante de Planck
Constante de
proporcionalidade entre a energia de uma
partícula e a frequência da onda a ela
associada; é uma constante universal
igual a 6,62517 x 10-34 J.s.; símbolo: h.
contato litóide Limite entre o solo e o
material subjacente contínuo e coerente;
diferencia-se do contato lítico pelo fato de
o material subjacente, quando constituído
por um único mineral, ter dureza inferior a
3, na escala de Mohs; caso seja
constituído por mais de um mineral,
pedaços (tamanho de cascalho) que
possam
ser
fragmentados
são
dispersados parcialmente em 15 horas
de agitação em água ou em uma solução
de hexametafosfato de sódio (calgon);
contato paralítico. (Pedologia)
constante solar Quantidade de energia
solar recebida, por unidade de área, por
uma superfície que forme ângulos retos
com os raios do Sol no topo da
atmosfera. Esta quantidade de energia é
de aproximadamente duas calorias por
cm2/minuto ou dois langleys por minuto.
construção civil
Atividade que se
relaciona com a arte de construir
edifícios, estradas e obras de arte.
(Engenharia Civil)
consumidor verde
Aquele que
relaciona ao ato de comprar ou usar
produtos com a possibilidade de, através
disso, colaborar com a preservação
ambiental; sabe que, recusando-se a
comprar determinados produtos, pode
desestimular a produção daquilo que
agride o meio ambiente.
contato paralítico
(Pedologia)
consumo
específico
de
calor
Quociente entre o equivalente calorífico
do
combustível
consumido
e
a
quantidade de energia elétrica produzida
no intervalo de tempo considerado.
contracorrente Corrente que flui no
sentido contrário da corrente principal de
área; é originada muitas vezes pela
influência da topografia de fundo, sendo
modificada pela corrente principal.
Ver contato litóide.
contourito Sedimento de granulação
fina, encontrado no sopé continental, que
apresenta maior grau de seleção que os
turbiditos e acamadados em leitos mais
finos. (Geologia)
111
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
devido à diferença de densidade entre
duas ou mais regiões, ocasionada pela
temperatura e salinidade.
contraforte
Termo de natureza
descritiva, utilizado para indicar as
ramificações laterais de uma cadeia de
montanhas, que se apresentam quase
sempre em posição perpendicular ou
pelo menos oblíqua, com relação ao
alinhamento geral. (Geomorfologia)
convenções cartográficas
Parte de
uma carta ou mapa que contém o
significado de todos os símbolos, cores e
traços utilizados na representação do
desenho cartográfico. (Cartografia)
contrátil O que tem a propriedade de
contrair, mudar de tamanho. (Física)
convergência
adaptativa
Desenvolvimento
de
características
adaptativas semelhantes, em espécies
filogeneticamente não relacionadas, sob
influência
de
pressões
seletivas
ambientais idênticas ou equivalentes.
controle biológico É o controle das
pragas e parasitas pelo uso de outros
organismos, e não por inseticidas e
drogas;
por
exemplo:
diminuir
pernilongos pela criação de peixes que
ingere larvas.
conversão alimentar Unidade de peso
ganha por unidade de alimento
consumida; também pode-se considerar
a produção (carne, leite, ovos, lã, etc.)
por unidade de alimento consumida;
eficiência alimentar.
controle de erosão
Uso de práticas
adequadas de manejo do solo, permitido
que as perdas estejam dentro do limite
de
tolerância,
preservando
ou
melhorando
a
fertilidade
e
consequentemente a produtividade do
solo.
convertidor
Instalação elétrica que
serve para transformar um tipo de
corrente ou freqüência.
controle de qualidade Diz respeito a
atualizações de legendas, descrições e
conceituações de unidades taxonômicas
e de mapeamento, nomenclatura e
precisão nas delineações de unidades de
mapeamento. (Pedologia)
coordenadas
Valores lineares ou
angulares que indicam a posição
ocupada por um ponto em uma estrutura
ou sistema de referência.
coordenadas astronômicas
Valores
que definem a posição de um ponto da
superfície da Terra, obtidos através de
observações astronômicas; são referidos
à vertical do lugar de observação, e,
portanto, independentes do elipsóide de
referência.
contusão A substância é socada até ser
transformada em pó ou pasta.
conurbações Formas de aglomeração
na qual o conjunto urbano é formado pela
integração física e funcional de duas ou
mais cidades próximas umas das outras.
coordenadas cartesianas Sistemas de
coordenadas na qual a localização de
pontos no espaço é expressa em
referência a três planos, chamados
planos de coordenadas (X,Y e Z),
perpendiculares entre si.
convecção Movimento oscilatório que
ocorre em um fluido que apresenta uma
temperatura não uniforme, produzindo
uma variação de densidade, tornando-o
mais leve ou mais denso, propiciando
dessa maneira a formação de fluxos
ascendentes e descendentes; movimento
vertical
produzido
mecânica
ou
termicamente em uma porção limitada da
atmosfera, essencial para a formação de
nuvens, especialmente as do tipo
cumulus; processo de transferência
devido ao movimento vertical do ar.
(Meteorologia)
coordenadas geodésicas Valores
latitude e longitude que definem
posição de um ponto da superfície
Terra, em relação ao elipsóide
referência.
de
a
da
de
coordenadas geográficas
São os
círculos imaginários que envolvem a
Terra, chamados de paralelos e
meridianos; na rede de paralelos e
meridianos, a intersecção serve para
convecção termohalina Movimentação
vertical de massas em um corpo de água,
112
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
coquina
Depósito formado por
fragmentos diversos, representados por
restos de conchas e outras partes duras
de animais.
localizar qualquer ponto sobre a
superfície terrestre; ttodos os paralelos
cortam perpendicularmente o eixo
terrestre; enquanto os meridianos se
cruzam nos extremos (ou pólos) do eixo
terrestre.
cor do solo É uma das características
morfológicas dos horizontes dos solos;
sua determinação é feita por comparação
com os padrões de cores constantes na
Munsell Soil Color Charts. Ver carta de
Munsell. (Pedologia)
copelação Eliminação das impurezas
dos metais preciosos através da
oxidação e absorção em copelas a alta
temperatura.
coração-de-negro (Swartzia panacoco)
Árvore da família Leguminosae, de porte
médio, fuste retilíneo, diâmetro médio em
torno de 50 cm, casca acinzentada
sulcada, apresentando placas soltas,
com 0,5 cm de espessura; madeira muito
pesada; cerne quase preto; alburno
creme; grã direita; textura fina; figura
ausente; cheiro e gosto indistintos.
copiões
Cópias preliminares de
arquivos digitais, em papel sulfite, feitas
através de plotter, para conferir as
informações trabalhadas. (Cartografia)
copra
Amêndoa do côco seca e
preparada para a extração do copraol.
Ver copraol.
copraol Substância gordurosa extraída
das amêndoas secas do côco e
empregada no preparo de supositórios,
velas, etc. Ver copra.
coprólito
Massa fosfática nodular
constituída por excrementos fossilizados,
e cuja forma varia em função do animal
que a produziu.
corais
hermatípicos
Corais
construtores de recifes que habitam
atualmente águas rasas com um ótimo
térmico situado entre 250 e 290 C,
somente se desenvolvendo em águas
límpidas, bem oxigenadas e sob
condições de salinidade normal.
copyright Termo universalmente aceito
para designar o direito estabelecido por
lei, permitindo que o autor controle sua
criação intelectual; no Brasil, a legislação
específica sobre este assunto é a Lei no
9610 de 1998, denominada Lei do Direito
Autoral. (Direito)
coral Animal celenterado, de corpo em
forma de pólipo com tentáculos orais,
protegido por um esqueleto composto de
carbonato de cálcio; vive nos mares
quentes, a pouca profundidade, e é
responsável pela formação de atóis e
certos tipos de recifes.
coque Carvão tratado ao forno para a
evacuação dos elementos voláteis;
basicamente carbono puro e um dos
elementos da combustão do alto-forno;
proveniente de carvão mineral tratado,
utilizado como combustível para fusão da
carga e principal redutor dos óxidos de
Fe à ferro gusa. (Metalurgia)
corallus enydris (Corallus enydris)
Cobra da mesma família da jibóia e da
sucuri; pode atingir até 1,5 m de
comprimento; não tem veneno e enlaça
suas presas e as esmaga até matar;
come rãs, aves e pequenos roedores;
tem hábitos noturnos possuindo os olhos
em fendas, parecido com o olho do gato.
coque de petróleo
Produto sólido,
negro
e
brilhante,
obtido
por
craqueamento de resíduos pesados,
essencialmente constituído por carbono
(90 a 95%), e que queima sem deixar
cinzas; combustível para metalurgia e
indústria de cerâmica.
cordão de areia Crista alongada e
relativamente baixa situada no pós-praia
e constituída de areia grossa, seixos e
conchas.
cordão em contorno
É o sistema
agrícola que utiliza um amontoado de
terra, com uma altura média de 30 cm,
feito manualmente, seguindo as curvas
de nível; o cordão ajuda a reter a maior
coqueamento Processo para obtenção
de coque.
113
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
quantidade de água e diminui o seu
escoamento pelo terreno. (Agronomia)
coroamento Processo que consiste na
remoção das herbáceas ao redor da
muda de espécies arbóreas ou arbustivas
plantadas em covas; normalmente tal
processo é efetuado em um raio não
superior a 50 cm em volta da muda.
cordilheiras
Denominação utilizada
para indicar grandes cadeias de
montanhas
de
âmbito
regional.
(Geomorfologia)
coróide Membrana conjuntiva do olho
humano, entre a esclerótica e a retina;
coroidéia.
cordilheiras Termo local para designar
as elevações arenosas, estreitas e
alongadas, cobertas de vegetação de
cerrado, com altura de até dois
metros;que ocorrem nas áreas alagadas
do Pantanal.
corologia Ciência que estuda a forma
de distribuição dos indivíduos.
corpo Unidade litoestratigráfica formal
utilizada para denominar massas de
rochas intrusivas ou metamórficas de alto
grau, constituídas por um único tipo
litológico. (Estratigrafia)
cordões arenosos Conjunto de formas
arenosas, lineares, que se apresentam
paralelas ou sub-paralelas, de origem
fluvial, marinha ou lacustre, podendo
truncar
perpendicularmente
ou
obliquamente outros feixes depositados
anteriormente. (Geomorfologia)
corpo negro Objeto que irradia energia
a uma taxa máxima por unidade de área
e por comprimento de onda em uma
determinada temperatura; além de emitir
toda a energia que possui, sendo
portanto um emissor perfeito, é capaz
também de absorver toda a energia
incidente.
cordões de vegetação permanente
Faixas
de
plantas
perenes
de
crescimento denso e baixo, e resistentes
à erosão, locadas em contorno, entre
culturas em faixas ou em terreno arado;
faixas de vegetação permanente.
corrasão Desgaste produzido pela ação
do vento, que ao transportar partículas,
provoca o choque destas contra material
mais grosseiro.
cores de Newton Sucessão de cores
que são observadas quando a cunha de
quartzo, inserida entre o polarizador e o
analisador de um microscópio, é
atravessada por uma luz branca; a
sucessão de cores produzidas pela
cunha de quartzo divide-se em diversas
ordens denominadas: 1a ordem, 2a
ordem, etc.
correção Bouguer Correção que se
aplica à gravidade observada, e que leva
em consideração a altura da estação e a
densidade das massas situadas entre um
plano horizontal infinito que passa
através do ponto de observação e o
plano horizontal infinito a nível de
referência.
corixos São pequenos cursos fluviais
perenes, de leito próprio, que no
Pantanal ligam as lagoas temporárias ou
permanentes (baías) contíguas.
correção de Faye Correção que se
aplica ao valor da gravidade observada,
para reduzir o seu valor ao nível do mar.
cornija
Parte superior de um front
sustentada pela camada mais resistente,
mostrando declive geralmente forte,
convexo a retilíneo, seguido de tálus
côncavo. Ver cuesta. (Geomorfologia)
correção do solo
Alteração nas
propriedades do solo pela adição de
materiais, tais como fertilizantes, calcário
e outros, com o propósito de melhorar
suas propriedades e/ou características,
visando corrigir uma ou mais deficiência
do solo. (Agronomia)
coroa Ver banco de areia.
coroa solar
Camada exterior da
atmosfera do Sol, só visível durante os
eclipses totais do Sol, quando a Lua tapa
totalmente a fotosfera e a cromosfera; é
caracterizada por baixas densidades e
altas temperaturas. (Astronomia)
corredeira
Estirão de um rio que
apresenta declividade acentuada e um
escoamento veloz e turbulento, embora
114
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
correntão
Corrente metálica que,
amarrada pelas extremidades a dois
tratores, é usada para desmatar.
sem verdadeiras quedas ou cascata;
rápido.
corredor Rota de migração através da
qual os componentes de uma biota
podem
dispersarem-se
livremente.
(Ecologia)
corrente alternada
Corrente cuja
polaridade
e
intensidade
variam
periodicamente no tempo. Distingue-se
entre corrente monofásica e corrente
trifásica; as freqüências usuais são: 16
2/3, 50 e 60 Hz. (Energia)
córrego Pequeno riacho, ou afluente de
um rio maior.
correlação
Medida de como duas
características variam juntas; uma
correlação de + 1.00 significa que
quando uma característica aumenta, a
outra também aumenta em uma relação
positiva perfeita; já uma correlação de 1.00 representa uma associação inversa
perfeita entre características; enquanto
uma aumenta a outra diminui; uma
correlação de 0.00 significa que não há
nenhuma relação consistente entre as
características; quando há aumento de
uma delas, a outra pode aumentar ou
diminuir; os coeficientes de correlação
podem variar entre +1.00 e -1.00.
(Estatística)
corrente contínua
Corrente cuja
polaridade e intensidade são constantes.
(Energia)
corrente de costa adentro Qualquer
corrente que se desloca do mar para a
praia.
corrente de costa afora
Qualquer
corrente de se desloca da praia para
costa afora.
corrente de deriva Corrente produzida
diretamente pelo vento, provocando o
arrastamento da água superficial, e que
é transmitido às maiores profundidades
por viscosidade.
corrente de fundo Movimento horizontal
da massa d'água mais profunda, em uma
determinada direção.
correlação de solos É um método
científico, através do qual, um conjunto
de características significantes de cada
classe
é
comparado
com
as
características de outras classes de solos
já definidas e classificadas em sistema
taxonômico natural vigente. (Pedologia)
corrente de turbidez Corrente na qual a
diferença de densidade entre o fluido
envolvente, água do mar por exemplo, e
o fluido mais denso, é causado por uma
massa de sedimento disperso; estas
correntes são mantidas por efeito da
gravidade sobre o fluido mais denso,
carregando areia e lama, e quando
iniciadas
assumem
um
caráter
individualizado, deslizando para baixo
sem praticamente se misturar com o
fluido envolvente.
correlações fenotípicas
Correlações
entre duas características causadas por
fatores genéticos e ambientais que
influenciam ambas as características.
(Genética)
correlações genéticas
Correlações
entre duas características que surgem
porque alguns genes afetam ambas as
características;
quando
duas
características são positiva e altamente
correlacionadas (por exemplo, peso à
desmama e peso ao ano em bovinos de
corte), a seleção para aumentar uma
delas resultará em aumento na outra;
caso as características sejam negativa e
altamente correlacionadas (por exemplo,
peso ao nascimento e facilidade de
parição), a seleção para aumentar uma
delas resultará em diminuição na outra.
(Genética)
corrente litorânea
Corrente que se
desloca paralelamente e rente a costa,
fluindo segundo um sistema de barras e
fossas da zona de rebentação.
corrente sagital Corrente de retorno
que se dirige da antepraia para o mar
aberto, quase em ângulo reto com a
costa, sendo que através dela são
escoadas as águas das correntes
litorâneas.
115
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
apresentam de modo paralelo à linha de
costa; está relacionada às margens
continentais ativas, sendo geralmente
constituída
por
uma
plataforma
continental, em geral muito estreita, um
talude continental, uma fossa submarina
profunda e uma ampla crista.
correntes de ressurgência Movimento
das
águas
mais
profundas
do
ecossistema oceânico, que são ricas em
nutrientes provenientes da decomposição
de matéria orgânica, no passado; essa
matéria foi levada ao fundo do mar por
migração animal e por esse movimento; o
plâncton se move junto a estas correntes.
costa multicíclica Costa caracterizada
por uma série de altas falésias marinhas,
separadas entre si por feições de
degraus em bancadas estreitas de
abrasão marinha; cada um dos conjuntos
de falésias de diferentes altitudes
corresponde a uma paleolinha praial.
corretivo do solo Qualquer material
capaz de, quando aplicado ao solo,
melhorar
suas
propriedades
e/ou
características.
corrosão Deterioração sofrida por um
material em consequência da ação
química ou eletroquímica do meio, aliada
ou não a esforços mecânicos.
costão Trecho da costa que penetra em
direção
ao
oceano,
terminando
abruptamente em forma de escarpa.
corrução Decomposição, putrefação.
cota Número que exprime a altitude de
um ponto em relação a uma superfície de
nível de referência. (Cartografia)
coruja orelhuda
Ave de rapina da
ordem Strigiformes, que caça roedores e
só muito raramente ataca passarinhos; é
capaz de girar completamente a cabeça
para ver o que se passa ao redor; tem
hábitos noturnos.
cota de curva Valor numérico aposto
numa curva de nível, a fim de indicar a
sua altitude relativa a um datum,
geralmente o nível médio do mar.
(Cartografia)
cosmologia Ciência voltada ao estudo
do universo como um todo, inclusive na
composição, envolvendo astronomia,
astrofísica, física das partículas e várias
abordagens matemáticas, inclusive a
geometria e a topologia.
cota fluviométrica
Altura alcançada
pela superfície das águas de um rio em
relação e uma determinada referência;
altura hidrométrica .(Hidrometria)
coumestrol Fator estrogênico ocorrendo
naturalmente em culturas forrageiras
como na alfafa.
costa Faixa de terna emersa, banhada
pelo mar; litoral.
costa afora
Zona plana de largura
variável e que se estende desde a zona
de arrebentação até a borda da
plataforma continental.
craqueamento
Transformação por
ruptura de moléculas grandes em
moléculas menores; utilizado para
transformar óleos pesados, de pequeno
valor, em derivados de petróleo mais
leves, como GLP e nafta, produtos de
maior valor.
costa composta Costa que apresenta
características tanto de emersão quanto
de submersão.
costa de abrasão Litoral caracterizado
pela predominância dos fenômenos de
abrasão marinha.
craqueamento a vapor Craqueamento
realizado em presença de vapor d'água.
craqueamento
catalítico
Craqueamento realizado com a presença
de catalisadores.
costa do tipo atlântico
Costa que
apresenta as direções estruturais das
rochas,
de
uma
maneira
geral,
perpendiculares à linha de costa; está
relacionada às margens continentais
passivas.
cratera Depressão normal formada no
topo de um cone vulcânico, situada
diretamente à saida de sua chaminé; em
sua forma mais simples, assemelha-se a
um
cone
invertido,
com
seção
costa do tipo pacífico Costa em que as
direções estruturais das rochas se
116
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
grosseiramente circular e fundo chato ou
afunilado.
cresóis Compostos retirados do alcatrão
da hulha, pertencentes à função fenol e
utilizados como desinfetantes, tal como a
creolina. Isômero fenólico derivado do
tolueno, líquido volátil, de fórmula:
C7H8O.
cratera adventícia Designação utilizada
para indicar qualquer cratera que surgiu
no cone vulcânico, além da cratera
central
cretáceo Período geológico em que
surgem os primeiros mamíferos de
pequeno porte, e o grupo de plantas que
produzem flores, os angiospermas.
(Geologia)
cratera de fonte Depressão irregular
que apresenta dimensões variáveis,
sendo originada pelo escape ascendente
de água subterrânea, e cujas dimensões
variam desde 1 cm até mais de 10 m;
desenvolve-se na porção inferior das
praias quando da maré vazante, pelo
escape da água armazenada na areia.
críico Regime de temperatura do solo
definido pela média de temperatura anual
maior que 00 C e menor que 80 C.
crinóides
Equinodermos
que
apresentam simetria pentâmera bem
definida; embora
grande parte dos
gêneros atualmente viventes seja séssil e
livre, a maioria das formas fixou-se
através de uma coluna; o corpo ou coroa
é constituído de uma teca e de braços; as
formas
mais
antigas
datam
do
Ordoviciano, tendo alcançado seu clímax
no período Carbonífero; atualmente
vivem desde a região litorâneas até mais
de 3.000 m de profundidade.
cratera em anfiteatro
Depressão
circular que apresenta vertentes com
declive superior a 450, um diâmetro que
pode alcançar alguns quilômetros e uma
profundidade da várias dezenas de
metros; é típica dos vulcões havaianos.
cráton Porção da crosta terrestre que
permaneceu estável e sofreu pouca
deformação por longos períodos em
relação a uma determinada época
geológica; em um aspecto atual,
restringe-se a áreas continentalizadas e
suas adjacências.
criopreservação
Técnica
de
congelamento de tecidos, células ou
outros
materiais
biológicos
a
temperaturas muito baixas, nas quais os
materiais permanecem geneticamente
estáveis e metabolicamente inerte; pode
envolver congeladores (menos de 800 C),
preservação com gelo seco (menos de
790 C) ou nitrogênio líquido (menos de
1960 C).
cravinho Cada um dos botões ainda
fechados do cravo-da-índia.
cravo-da-índia Plantas da família das
Compostas, que contêm substâncias
odoríferas, fruto aquênio com sementes
pretas;
rosa-da-índia,
cravo-decabecinha.
creatina
Substância
cristalina
encontrada nos músculos, cuja fórmula é:
C4H9O2N3.
crioterapia Tratamento que utiliza o frio
para combate de várias doenças; existem
vários métodos de crioterapia, utilizandose gelo seco ou nitrogênio líquido.
creosoto Mistura de hidrocarbonetos,
fenol e outros derivados aromáticos
provenientes da destilação do alcatrão.
cripitoúmido
Prevalência de altos
teores de matéria orgânica no solo não
evidenciada
cromaticamente
por
tonalidade escura da cor.
crescimento demográfico
Indicador
demográfico calculado com base nos
fluxos de imigração e emigração, além
das taxas de natalidade e mortalidade.
(Sócio-Economia)
criptocristalino Conjunto de agregados
que se apresentam tão finamente
divididos, que seus indivíduos não podem
ser identificados nem com o auxílio do
microscópio, mostrando, contudo, um
padrão de difração com os raios-X
crescimento vegetativo
Indicador
demográfico que informa o saldo entre as
taxas de natalidade e mortalidade.
(Sócio-Economia)
117
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
formando
uma
(Geomorfologia)
criptófito Plantas cujas gemas ficam
protegidas sob o solo ou água, como os
geófitos, helófitos e hidrofitos. (Botânica)
linha
contínua.
crista assimétrica Forma de relevo
residual alongada, cujas encostas
apresentam declividade superior a 300 ,
sendo que uma delas forma uma nítida
escarpa; hogback. (Geomorfologia)
criptógamo
Vegetal que não se
reproduz por meio de flores, possuindo
órgãos reprodutivos bem diminutos.
(Botânica)
criptografia O estudo de códigos e
cifras e outras questões de segurança.
crista de dobra Linha imaginária que
passa pelos pontos mais elevados de
uma camada, em um número infinito de
seções transversais da dobra; como cada
dobra pode ser formada por inúmeras
camadas, cada uma possui sua crista
individual; plano imaginário que passa
pelas cristas sucessivas é denominado
plano de crista. (Geologia)
criptozoon
Estromatólito que se
apresenta como massa esferóide,
achatada, com diâmetro por volta de 60
cm, sendo constituído por lâminas
concêntricas.
crisálida Estágio da transformação dos
lepidópteros quando passam de lagarta à
borboleta; ninfa de borboleta.
crista equatorial
Aresta interlacunar
em grãos de pólen lofados , que se
apresenta
contínua
ou
interrupta,
estendendo-se de abertura a abertura, ao
longo do equador. (Palinologia)
crisofíceas
Conjunto de algas
flageladas que apresentam cromatófaros
dourados,
compreendendo
várias
classes.
crista interlacunar Aresta que separa
lacunas em grãos de pólen lofados.
(Palinologia)
crisofilo Vegetal que apresenta folhas
douradas. (Botânica)
crisolita Variedade fibrosa de serpentina
- Mg6(Si4O10)(OH)8 - que cristaliza no
sistema monoclínico, e sendo utilizada
como uma das principais fontes de
asbesto.
crista paraporal
Aresta limitando a
abertura e que se estende no sentido dos
meridianos. (Palinologia)
cristal
Sólido homogêneo possuindo
ordem interna tridimensional que, sob
condições favoráveis, pode manifestar-se
externamente por superfícies limitantes,
planas, lisas.
crisso
Região ao redor da cloaca,
situada ventre-lateralmente. (Zoologia)
crista Corpo tabular de areia que se
desenvolve no terraço de maré baixa
durante
os
períodos
construtivos;
utilizada somente para feições expostas,
pelo menos algumas vezes, acima do
nível do mar.
cristal biaxial Cristal que possui duas
direções ao longo das quais é constante
a velocidade da normal à onda
(velocidade da normal à frente da onda)
para a luz monocromática, independente
das direções de vibração das ondas
perpendiculares à normal à onda.
crista É uma área alongada de pressão
atmosférica relativamente mais alta; pode
ser a extensão de um anticiclone; é o
oposto de cavado e é, geralmente,
associado a bom tempo, assim como o
próprio anticiclone; a máxima curvatura
das isóbaras ocorre ao longo do eixo da
crista. (Meteorologia)
cristal esquelético
Cristal cuja
morfologia externa pode ser perfeita,
porém cujo crescimento interno deu-se
de modo imperfeito, permitindo a
formação de vazios que chegam a ser
preenchidos por outros minerais.
crista
Forma de relevo residual
alongada, isolada, com vertentes que
apresentam
declividades
fortes
e
equivalentes, e que se interceptam
cristal geminado Intercrescimento de
dois ou mais indivíduos, de acordo com
alguma lei que pode ser deduzida, de
modo que certas direções dos retículos
118
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cromatina
Substância existente no
núcleo celular e que fica intensamente
colorida quando em contato com
corantes básicos.
são paralelas, enquanto que outras estão
em posição reversa.
cristal uniaxial Cristal que apresenta
uma direção e somente uma, na qual
todas as ondas de luz de uma
determinada freqüência ou comprimento
de onda, deslocam-se com a mesma
velocidade; esta direção, que é paralela
ao eixo cristalográfico C, é denominada
eixo óptico.
cromatografia Método de purificação
que usa placas ou colunas recheadas,
para o controle de qualidade de
medicamentos.
cromel Liga metálica resultante da
mistura de 90% de níquel e 10% de
cromo. (Metalurgia)
cristalização fracionada Processo de
cristalização magmática em que as fases
cristalinas se separam sequencialmente,
à partir de um material que encontra-se
em estado fluido, viscoso ou disperso.
cromita Mineral de brilho metálico a
submetálico que cristaliza no sistema
isométrico, classe hexaoctaédrica e com
composição FeCr2O4; o alumínio e o ferro
podem substituir certa porcentagem de
cromo, assim como o magnésio pode
substituir o ferro.
cristalografia Ciência que estuda os
cristais, através das leis que governam
seu crescimento, forma externa e
estrutura interna.
cromosfera Camada de gases acima da
superfície do Sol (fotosfera), que têm
uma cor avermelhada característica
devido ao hidrogênio ionizado, e que se
estendem por milhares de quilômetros.
(Astronomia)
cristas meso-oceânicas Complexo de
cristas presentes no centro dos oceanos,
correspondente a 10% da superfície do
globo terrestre, com rift valleys; mostram
relevo montanhoso (agudo) ou moderado
(mais ou menos chato), apresentam
sismos freqüentes, elevado fluxo térmico,
sendo sítio de circulação magmática e
hidrotermal.
cromossoma
Filadélfia
É
o
cromossomo derivado da translocação de
um pedaço do cromossomo 9 para o
cromossomo 22; está associado, e
provavelmente é a causa, de várias
leucemias. (Genética)
critério
diagnóstico
Variável
relacionada com o meio ambiente, ou
conjunto de variáveis que têm uma
influência conhecida para recomendação
de um uso específico da terra e que pode
ser usada como base para determinação
da aptidão agrícola ou da capacidade de
uso da terra. (Agronomia)
cromossomo Estrutura nucleoprotéica
situada no núcleo e observada durante
as divisões celulares; é a base física dos
genes nucleares, os quais possuem uma
disposição linear ao longo deste; cada
espécie possui um número que lhe é
peculiar; material genético formado por
uma série de estruturas microscópicas
em forma de bastonetes constituído pelo
ácido
desoxirribonucléico
(ADN),
localizado
em
um
corpúsculo
arredondado denominado núcleo no
interior da célula. (Genética)
croma Relativa a intensidade de uma
cor; é uma das três variáveis utilizada
para se definir a cor do solo. Ver carta de
Munsell. (Pedologia)
cromagem Aplicação eletrolítica de uma
camada de cromo sobre a superfície de
um metal, devido ao fato do cromo ser
resistente a corrosão.
cromossomo W Um dos cromossomos
sexuais, responsável pela determinação
do sexo feminino, principalmente em
aves, insetos e alguns peixes. (Genética)
cromátide Cada um dos dois filamentos
de um cromossomo duplicado que são
observados durante as divisões celulares
e que estão unidos por centrômero
comum. (Genética)
cromossomo X Um dos cromossomos
sexuais, encontrado principalmente em
mamíferos. (Genética)
119
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
surgiram no Devoniano, sendo raros os
sobreviventes atuais; comportam os
grupos Coelacanthini e Rhipidista,estes
extintos no início do Permiano; raros
Celacantídeos ultrapassaram o fim da
Era Mesozóica, vivendo hoje no Oceano
Índico; sua importância deve-se ao fato
de serem considerados como fonte dos
tetrápodes terrestres.
cromossomo Y Um dos cromossomos
sexuais, responsável pela determinação
do sexo masculino principalmente em
mamíferos. (Genética)
cromossomo Z Um dos cromossomos
sexuais, encontrado principalmente em
aves, insetos e alguns peixes. (Genética)
cromossomos
homólogoscromossomos que ocorrem aos pares
(em diplóides), cada um deles enviados
por
um
dos
pais;
geralmente
(excetuando-se
os
cromossomos
sexuais),
apresentam
morfologia
semelhante e carregam os mesmos loci.;
cada membro de um destes pares é
homólogo do outro. (Genética)
crosta basáltica Ver crosta oceânica.
crosta continental Porção da litosfera,
em
cuja
constituição
existe
a
predominância de rochas quartzofeldspáticas, sendo que sua composição
química se assemelha à das rochas
graníticas; crosta granítica.
crosta desértica
Camada dura,
contendo carbonato de cálcio, gesso ou
outro material cimentado, exposto à
superfície nas regiões desérticas.
cromossomos sexuais Cromossomos
envolvidos na determinação dos sexos.
(Genética)
crônico De longa duração, geralmente
anos. Doenças que perduram por mais
de 30 dias são consideradas crônicas.
(Medicina)
crosta granítica Ver crosta continental.
crosta oceânica Porção da litosfera em
cuja constituição predominam basaltos;
crosta basáltica
cronoestratigrafia Parte da estratigrafia
que trata da idade dos estratos e de suas
relações geocronológicas; os termos
formais
são
Eonotema,
Eratema,
Sistema, Série, Andar e Cronozona.
crono-horizonte
Ver
cronoestratigráfico. (Geologia)
crosta sísmica Porção da crosta que se
estende desde a superfície terrestre até a
profundidade de 10 - 15 km, sendo que a
maioria dos terremotos tem seu
hipocentro nesta região.
horizonte
crotovina Cavidade antiga escavada por
um animal, em um horizonte do solo, a
qual foi preenchida com matéria orgânica
ou material de outro horizonte.
cronosseqüência Seqüência de solos
relacionados que diferem uns dos outros,
primariamente, devido ao tempo como
fator de formação (Pedologia)
cru
reduzido
Mistura
de
hidrocarbonetos pesados; é a fração
mais pesada do petróleo, obtida no
processo de destilação atmosférica.
cronozona Termo formal utilizado para
designar uma unidade cronoestratigráfica
não hierárquica, comumente pequena;
crono é o termo geocronológico
correspondente.
crustáceos Grande grupo de artrópodes
com habitat predominantemente marinho,
tendo contudo muitas formas de água
doce e terrestre; respiram através de
brânquias, e podem ser livres ou fixos,
parasitas ou comensais; o corpo dividese em tres partes: cabeça, tórax e
abdômen, ou em duas: cefalotórax e
abdômen; o exosqueleto quitinoso
apresenta-se, por vezes, impregnado de
carbonato de cálcio ou de fosfato de
cálcio.
croqui É definido como um esboço
preliminar de um acidente topográfico,
como um mapa feito por meio de
levantamentos com pouco ou nenhum
controle, onde as informações em geral
são insuficientes.
crossing-over Ver permuta genética,
sobrecruzamento. (Genética)
crossopterígios Uma das duas ordens
em que se dividem os sarcopterígios, que
120
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cultivar
Conjunto de genótipos
cultivados, o qual se distingue por
características morfológicas, fisiológicas,
citológicas, bioquímicas ou outras de
grupos relacionados da mesma espécie,
e que, quando multiplicado por via sexual
ou
assexual,
mantém
suas
características distintivas; cultivar é
sinônimo de variedade; a cultivar é a
menor categoria taxonômica para nomes
reconhecidos pelo Código Internacional
de Nomenclatura de Plantas Cultivadas.
cruzamento Acasalando de animais de
raças
(linhagens)
diferentes;
normalmente do cruzamento resulta a
heterose ou vigor híbrido. (Genética)
cruzamento ao acaso Ver panmixia.
cruziana Denominação aplicada a um
tipo de icnofóssil interpretado como
relacionado ao deslocamento de um
trilobita sobre um fundo mole.
CTC Abreviação de capacidade de troca
catiônica. Ver capacidade de troca de
cátions. (Pedologia)
cultivo
agrícola
Movimentação
mecânica do solo, empregada no preparo
do terreno para semeadura, transplante
ou, mais tarde, para controle de ervas
daninhas e/ou para deixar o solo em
condições de ser cultivado. Ver cultura.
(Agronomia)
ctenídeos
Família de aranhas
armadeiras, agressivas, da ordem dos
Araneídeos, comuns no solo de matas,
de picada venenosa e dolorosa, como a
espécie Phoneutria nigriventer.
cuculídeos Aves da família Cucullidae,
que vivem nas capoeiras e descampados
e alimentam-se de insetos, como os
anuns.
cultivo associado Cultivo em que duas
ou mais culturas temporárias estão
presentes simultaneamente em uma
mesma área. (Agronomia)
cuesta Forma de relevo dissimétrico
constituído por uma sucessão alternada
de camadas com diferentes resistências
ao ataque dos agentes de intemperismo
e que se inclinam em uma direção,
formando um declive suave no reverso e
um corte abrupto ou íngrime na chamada
frente de cuesta. (Geomorfologia)
cultivo de faixas de nível Produção de
cultivo seguindo faixas de nível e em
ângulo reto ao declive natural, em faixas
mais ou menos estreitas; em geral, se
alternam com faixas de culturas
forrageiras ou de grãos pequenos.
(Agronomia)
cultivo
de
faixas
em
declive
Modalidade de cultivos em faixas, na qual
o desnível destas não ultrapassa 1%, o
que se determina tomando-se como base
uma linha guia no centro das faixas;
aplica-se a terrenos declivosos, cujo grau
de umidade é moderado; serve para
evitar a erosão permitindo que o excesso
de água deságüe. (Agronomia)
cuí Termo amazônico para designar
farinha fina peneirada.
culicídeos Família de insetos dípteros,
vulgarmente
conhecidos
como
pernilongos, mosquitos, carapanãs e
muriçocas,
cujas
fêmeas
são
hematófagas; muitos são vetores na
transmissão de doenças.
cultígeno
Espécie domesticada cuja
origem é desconhecida por não se ter
registro de ocorrência de seu ancestral
silvestre; a área de taxonomia de plantas
cultivadas e origem de culturas tem
experimentado progresso palpável nas
últimas duas décadas e culturas antes
tidas como cultígenas (ex.: milho,
mandioca, chuchu, etc.) tiveram seus
ancestrais
silvestres
recentemente
descobertos. Ver indigen. (Genética)
cultivo de sequeiro
Lavoura das
regiões deficientes em chuva ou
realizada em terrenos altos, bem
drenados, sem o uso da irrigação.
(Agronomia)
cultivo em nível Ver cultivo de faixas de
nível. (Agronomia)
cultivo intensivo Utilização máxima do
terreno,
mediante
uma
sucessão
freqüente de cultivos. (Agronomia)
121
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
plantas que oferecem pouca proteção ao
solo, com outras que apresentam
crescimento denso; dentre os diversos
sistemas de controle de erosão, tanto
hídrica como eólica, a cultura em faixas é
uma das mais eficientes e práticas para
culturas anuais. (Agronomia)
cultivo intercalado Cultivo em que uma
cultura temporária ocupa o intervalo de
uma cultura permanente. (Agronomia)
cultivo mínimo Sistema agrícola que
reduz o número de capinas e gradagens,
mantendo os restos de cultura na
superfície do solo, contrariamente ao
sistema tradicional que revolve toda a
terra para o plantio, através de aradura e
gradagem; o revolvimento do solo nesse
sistema é feito exclusivamente na linha
de plantio, diminuindo sensivelmente o
arraste de partículas e a temperatura do
solo e preserva a matéria orgânica.
(Agronomia)
cultura solteira Sistema de produção
em que somente uma cultura é explorada
em determinada área. (Agronomia)
cumari
Planta da família das
Palmaceas, Astrocaryum vulgare, que
tem fruto tipo drupa e amêndoa
comestível;
coqueiro-tucum,
curuá,
tucumã-piranga.
cultura Espécie vegetal cultivada para
uso. (Agronomia)
cumarina
Substância
odorífera,
cristalina e incolor, existente nas
sementes de cumari, cuja fórmula é:
C9H6O2; um composto branco com odor
semelhante ao de baunilha que confere a
determinadas forrageiras (por exemplo:
sweet clover), seu odor característico; é,
neste
caso,
um
componente
antiqualitativo.
cultura associada Cultura de grãos
pequenos que é semeado com uma outra
cultura, especialmente uma que irá
emergir e desenvolver lentamente, tal
como uma forrageira. (Agronomia)
cultura consorciada
Sistema de
produção em que duas culturas são
cultivadas simultaneamente em um
terreno, com resultados geralmente
satisfatórios. (Agronomia)
cumaru (Dipteryx odorata Árvore da
família Leguminosae, de grande porte,
apresentando um fuste ligeiramente
tortuoso, superior a 60 cm de diâmetro
com casca lisa esverdeada, com 0,5 cm
de espessura, apresentando uma resina
incolor viscosa, sapopema de até 1,0 m
de altura; madeira muito pesada; cerne
castanho-amarelo escuro; alburno begeclaro; grã revessa; textura média; cheiro
desagradável
quando
verde,
desaparecendo após a secagem, gosto
indistinto.
cultura de subsistência Produção de
culturas (arroz, milho, mandioca, feijão)
utilizando pequenas áreas, onde o
agricultor produz para o seu sustento e
da sua família. (Agronomia)
cultura de tecidos Termo amplo e que
se aplica à técnica de cultivar in vitro
células e tecidos vegetais em meio
nutritivo de composição definida, sob
condições controladas de luminosidade e
temperatura; as células vegetais são
totipotentes, ou seja, cada célula de uma
planta possui toda a informação genética
e o aparato fisiológico necessário para
regenerar uma planta inteira e funcional;
por isto esta técnica tem sido utilizada,
desde meados deste século, para a
produção
de
plantas
visando
a
propagação,
limpeza
clonal,
conservação,
intercâmbio
de
germoplasma etc. (Genética)
cumarurana (Dipteryx polyphylla) Árvore
da família Leguminosae, de porte
mediano, fuste retilíneo, com diâmetro
superior a 60 cm, casca amarelada e
esverdeada, ligeiramente sulcada, com
1,0 cm de espessura; madeira muito
pesada; cerne castanho-escuro; alburno
creme-amarelado, com espessura média
de 2,5 cm; grã revessa; textura média;
figura relativamente destacada; cheiro e
gosto indistintos.
cumulonimbus Nuvem que apresenta a
base situada entre 700 e 1.500 m, com o
topo podendo alcançar entre 24 e 35 km
cultura em faixas
Disposição das
culturas em faixas de largura variável, de
tal modo que a cada ano se alternam
122
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de altura, sendo contudo a média entre 9
e 12 km; é formada por gotas de água,
cristais de gelo, gotas superesfriadas,
flocos de neve e granizo; caracterizada
pelo seu aspecto em forma de bigorna,
com o topo mostrando expansão
horizontal devido aos ventos superiores;
nuvem de trovoada. (Meteorologia)
apresentando cor vermelha com várias
tonalidades.
cupuaçú Árvore frutífera da Amazônia,
Theobroma grandiflorum; as sementes
podem substituir as do cacau na
fabricação do chocolate; o fruto possui
forma oblonga, podendo, também ser
arredondado, altura varia de 15 a 25 cm
e o seu diâmetro de 10 a 12 cm; casca é
pilosa de cor marron e polpa brancoamarelada é espessa; possui sabor
ácido, levemente adocicado e aromático,
podendo desenvolver até 50 sementes
por fruto; frutifica de dezembro a maio; é
originário da floresta amazônica; sua
polpa é utilizada na preparação de sucos,
doces, sorvetes e refrescos.
cumulus
Nuvem que apresenta
contornos bem definidos, assemelhandose a couve-flor; mostra máxima
freqüência sobre a terra durante o dia e
sobre a água durante a noite; podem ser
orográficas ou térmicas e apresentam
precipitação em forma de pancadas;
quando se apresentam fracionadas são
denominadas fractocumulus e quando
muito desenvolvidas são as cumulus
congestus. (Meteorologia)
cupuí Árvore que raramente atinge 20
metros
de
altura
(Theobroma
subincanum), com fruto de casca dura e
resistente, recoberto por um indumento
semelhante ao do cupuaçu; as sementes
são numerosas, envolvidas por uma
polpa branco-amarelada, adocicada, sem
cheiro.
cunha de água salgada Intrusão de
água salgada do mar, em forma de
cunha,que ocorre em um estuário de
água doce ou de um rio com maré; a
cunha mergulha no sentido do fluxo
sendo que a salinidade aumenta com a
profundidade devido a maior densidade
da água salgada em relação à água
doce.
cúpula de lava Cúpula que se forma
sobre a cratera de erupção de um vulcão,
quando a lava é demasiadamente
viscosa para fluir lateralmente.
cuniculídeos
Animais
roedores
histricomorfos, cauda diminuta, mãos e
pés com cinco dedos e unhas em forma
de casco; são as pacas.
cura
Processo
polímeros.
de
formação
dos
curador É a pessoa encarregada em
bancos de germoplasma e em centros de
pesquisa pela promoção das atividades
de prospecção, coleta, introdução,
intercâmbio, multiplicação, inspeção,
quarentena, conservação, regeneração,
caracterização,
avaliação,
documentação, informação e utilização
de germoplasma. (Genética)
cupinzeiro Ninho de cupins; quando no
solo, em quantidade razoável, podem
constitur problemas ao manejo e
utilização da terra; denominação popular
do termiteiro.
cupiúba (Goupia glabra)
Árvore da
família Goupiaceae, de grande porte,
fuste ligeiramente tortuoso, com diâmetro
superior a 60 cm, casca escamosa,
acinzentada, com 1,0 cm de espessura;
madeira pesada; cerne castanho-amarelo
a avermelhado; alburno rosado ou um
tanto castanho com espessura média de
4 cm; grã revessa; textura média; figura
pouco destacada; cheiro e gosto
desagradável.
curare
Extrato preparado de várias
espécies de vegetais do gênero
Strychinos, que possui o alcalóide muito
venenoso chamado curarina; veneno de
ação paralizante, solúvel na água,
extraído da casca de certos cipós e
utilizado
por
indígenas
para
envenenarem suas flexas; substância
venenosa extraída de plantas da família
Menispermaceae
cuprita Mineral que cristaliza no sistema
isométrico, classe hexaoctaédrica, com
densidade 6,1 e composição Cu2O,
123
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
triangulares, com o cume arredondado
estendendo-se na água.
curarina Alcalóide encontrado no curare,
muito venenoso e usado, também, para
fins terapêuticos.
cutãs Termo geral designando uma
acumulação ou uma diferenciação
textural ou de produtos solúveis, cobrindo
paredes de poros ou a superfície de
grãos do esqueleto ou, ainda, de
agregados; conforme sua origem, os
cutãs são classificados em cutãs de
iluviação, de difusão, de tensão e
complexos; podem ser subdivididos em:
Argilãs
cutãs
constituídos
principalmente de argilominerais; Ferriargilãs - cutãs compostos de argila
silicatada e de óxidos de ferro; Ferrãs cutãs formados de uma concentração de
óxidos
de
ferro;
Neoferrãs
revestimentos
formados
pela
concentração de óxidos de ferro, situados
na vizinhança imediata de superfícies
naturais às quais estão associados;
Esqueletãs
acumulações
de
conformações variadas, constituídas do
empacotamento (empilhamento) de grãos
análogo àqueles presentes no fundo
matricial
adjacente;
cutanes.
(Micromorfologia do Solo)
curso de água efluente Curso d'água
que recebe descarga das águas
subterrâneas. (Hidrologia)
curso de água influente Curso d'água
que promove o abastecimento de um
aqüífero. (Hidrologia)
curuquerê
Lagarta
de
inseto
Lepdóptero, da família dos Noctoídeos,
Allabama argillaceae, considerada praga
do algodoeiro.
cururu Denominação popular de alguns
sapos de grande porte do gênero Bufo,
que apresentam pele enrrugada, por
vezes contendo glândulas venenosas;
sapo-cururu.
curva batimétrica Linha que une pontos
de igual profundidade em um corpo de
água; os valores de profundidade são
determinados em relação ao nível do
mar.
curva de nível Linha que se apresenta
em um mapa ou carta, destinada a
retratar matematicamente uma forma de
relevo, unindo todos os pontos de igual
altitude, situados acima ou abaixo de
uma superfície de referência, em geral o
nível médio do mar.
cutina Substância cerosa que compõe
grande parte da cutícula dos vegetais;
devido sua grande resistência pode
preservar-se quase inalterada. (Botânica)
cutite Árvore com cerca de 20 m de
altura (Pouteria macrophylla), cujos frutos
são bagas arredondas com sementes
ovóides dentro de uma polpa amarela de
consistência algo farinácea, de sabor
agradável e odor bem pronunciado;
frutifica de outubro a fevereiro.
curva de regressão
Representação
geométrica de uma equação de
regressão com apenas uma variável
independente. (Estatística)
curva hipsométrica
Representação
gráfica do relevo médio de uma área;
também representa o estudo da variação
da elevação dos vários terrenos da área
com referência ao nível médio do mar.
cuxiú Espécie de primata que vive na
Amazônia, da família dos Cebideos,
gênero Chiropotes, de coloração negra.
curvas isocromáticas Faixas ou áreas
coloridas
que
se
distribuem
simetricamente em relação às isógiras.
Ver isógiras.
cúspides de praia Acumulações de
sedimentos regularmente espaçadas em
forma de crescente, que variam quanto
ao tamanho dos grãos, desde areia até
calhaus; em geral, as partes que se
projetam
são
mais
ou
menos
124
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
D
dasometria Disciplina da engenharia
florestal que trata da mensuraçào de
árvores em pé, objetivando estimativas
do seu crescimento e do volume de
madeira produzida.
dasonomia Disciplina da engenharia
florestal que trata da composição,
estrutura, produtividade e conservação
das florestas.
d
Colocado após o símbolo dos
horizontes O e H, indica muito intensa ou
avançada decomposição do material
orgânico, do qual pouco ou nada resta de
reconhecível da estrutura dos resíduos
de plantas; corresponde em parte à
conceituação de muck; exemplo: Od.
(Pedologia)
data Lote urbano de esquina ou com
testada para um logradouro público
descrito e assegurado por uma prova de
domínio
e
registrado
no
órgão
competente. (Engenharia Civil)
datum Superfície de referência para
controle horizontal (X,Y) e vertical (Z) de
pontos. (Cartografia)
dados de passaporte
Conjunto de
dados relativos à origem de um acesso;
de fundamental importância são o nome
da espécie, local e data da coleta ou
procedência, estado do material (silvestre
ou cultivado) e o número pessoal do
coletor; dados desejáveis são as
condições do habitat e da ecologia local,
bem como, anotações sobre a planta em
si, como altura, cor da flor, etc; estes
dados são registrados à parte pelo
coletor ou em cadernetas de coletor,
especiais para este fim, com formulário
padronizado que traz impresso os
principais dados relativos à identificação
de uma coleta. Ver acesso. (Genética)
datum altimétrico
Destinado ao
posicionamento altimétrico de pontos
sobre
a
superfície
terrestre;
é
materializado por um ponto fixo, cuja
altitude sobre o nível do mar é conhecida;
usualmente utiliza-se o nível médio dos
mares como altitude zero. (Cartografia)
datum geodésico
Destinado ao
posicionamento planimétrico de pontos
sobre a superfície terrestre; é definido:
uma origem fisicamente materializada
(marca de origem); as coordenadas
geográficas do marco de origem; um
modelo matemático de simulação da
superfície terrestre (elipsóide); a altura
geoidal do ponto de partida; a orientação
do modelo matemático (azimute de
partida). (Geodésia)
dalla Depressão periférica às cadeias
dobradas e situadas entre estas e a
região continental intraplaca. (Geologia)
dano ambiental Qualquer alteração no
meio
ambiente
provocada
por
intervenção antrópica.
dbo
Ver
oxigênio
dap Ver diâmetro a altura do peito.
(Silvicultura)
demanda
bioquímica
de
DDT
dicloro-difenil-tricloroetano
Inseticida
orgânico
de
síntese,
empregado em forma de pó, em fervura
ou em aerossol, contra insetos;
bioacumula-se na cadeia alimentar,
sendo considerado uma substância
potencialmente cancerígena.
dasipodipídeos Mamíferos da família
Dasypodidae, que apresentam carapaça
córnea e poucos pelos que cobrem as
partes moles do corpo; são os
verdadeiros tatus.
dasiproctídeos
Animais
roedores
histricomorfos, com quatro dedos nas
mãos e três nos pés, com unhas fortes e
cortantes e membros posteriores mais
desenvolvidos que utilizam para saltar;
são as cutias ou agutis.
deambulatório Galeria, circulação ou
corredor coberto, destinado a passeio.
(Engenharia Civil)
débito cardíaco É o volume de sangue
bombeado por um ventrículo pro unidade
de tempo; é determinado pela relação
125
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
declive É a inclinação maior ou menor
do relevo em relação ao horizonte.
(Geomorfologia)
entre a Frequência Cardíaca (FC) e o
Volume Sistólico (VS), ou seja, DC = FC
x VS; a unidade usualmente utilizada é
litros por minuto. (Medicina)
decocção É a fervura da substância,
para dissolvê-la pela ação prolongada da
água e do calor.
debris flow
Deslocamento encosta
abaixo, de material encharcado de água,
constituído por fragmentos de rocha e
solo, presentes em regiões de clima
úmido.
decompositores
Organismos que
transformam a matéria orgânica morta
em matéria inorgânica simples, passível
de ser reutilizada pelo mundo vivo;
compreendem a maioria dos fungos e
das bactérias.
debrum Tira, geralmente de pano, que é
aplicada nas margens de um mapa, para
melhor protegê-lo. (Cartografia)
dedo I ou hálux Dedo do pé que
corresponde ao polegar; na grande
maioria das aves dispõe-se voltado para
trás; os demais dedos são numerado em
seqüência II, III e IV; os dedos I e IV são
externos e os II e III internos. (Zoologia)
decaimento radioativo Processo de
diminuição da atividade de um nuclídeo
radioativo pela transmutação que sofre
ao
se
desintegrar;
desintegração
radioativa.
decalcificação Remoção de carbonatos
de cálcio ou de íons cálcio do solo por
lixiviação. (Pedologia)
defesa civil
Conjunto de medidas,
normalmente geridas por organismo
governamental, que procura defender as
populações civis em tempo de guerra,
reagir às catástrofes e prevenir e atenuar
as
consequências
de
situações
excepcionais em tempos de paz.
decantador secundário
Unidade de
tratamento que recebe os efluentes da
unidade de aeração e onde ocorre a
deposição dos sólidos orgânicos e
inorgânicos, e sua posterior transferência
para o leito de secagem.
defeso Época do ano em que é proibido
caçar ou pescar; medida que objetiva
resguardar os recursos bióticos de uma
determinada região, através da proibição
da ação antrópica exploratória.
decapitado Solo que perdeu, no total ou
em parte, o horizonte superficial.
(Pedologia)
decídua
Qualidade apresentada por
uma comunidade vegetal, em que 90%
de seus indivíduos, perdem todas as
suas folhas ou parte delas, por um
determinado período de tempo, em
resposta
a
condições
climáticas
desfavoráveis.
déficit É uma situação em que as
despesas e os pagamentos são maiores
que as receitas, ou seja, a saída de
dinheiro é maior que a entrada; quando
esse desequilíbrio ocorre nas contas do
governo, é chamado de déficit público; há
dois conceitos diferentes de déficit
público, ou seja, déficit primário:
resultante da arrecadação de taxas e
impostos menos as despesas; déficit
nominal: leva em conta também as
despesas com juros das dívidas interna e
externa. (Economia)
decíduo Que cai; caduco, cadivo; que
cai em uma certa estação ou estágio de
crescimento. (Botânica)
declinação
Coordenada,
que
juntamente com a ascensão direita, pode
ser usada para localizar qualquer posição
no céu; é análogo à latitude para localizar
posições em Terra. (Astronomia)
deflação
Redução persistente de
preços; geralmente é provocado por uma
queda no consumo; ao contrário do que
pode parecer à primeira vista, nem
sempre a deflação é um fato positivo:
quando ela ocorre, a concorrência faz
com que as empresas baixem seus
preços, a fim de ganhar os poucos
declinação magnética Ângulo formado
entre o norte geográfico e o norte
magnético.
126
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
deformação plástica É a deformação
permanente provocada por tensões que
ultrapassam o limite de elasticidade; é o
resultado
de
um
deslocamento
permanente dos átomos que constituem
o material. (Metalurgia)
consumidores dispostos a abrir o bolso;
para manter os preços baixos, as
empresas
precisam
reduzir
os
investimentos e promovem demissões;
por isso os economistas dizem que a
deflação pode provocar depressão
econômica. (Economia)
degradação ambiental Termo usado
para qualificar os processos resultantes
dos danos ao meio ambiente, pelos quais
se perdem ou se reduzem algumas de
suas propriedades, tais como a qualidade
ou a capacidade produtiva dos recursos
naturais. (Ecologia)
deflação Remoção e transporte, pela
ação do vento, das partículas mais finas
(areia e argila), principalmente em
regiões desérticas. (Geomorfologia)
deflexão Mudança abrupta na direção
de uma determinada feição geológica,
em
geral
obedecendo
a
um
condicionamento- herança- tectônico.
(Geologia)
degradação do relevo
Desgaste
intenso do relevo pela ação do processo
erosivo; há destruição das formas de
relevo, que se tornam opostas às do
relevo de agradação. (Geomorfologia)
deflorestamento Ação de remover a
cobertura florestal do solo.
degradação do solo Mudança de um
solo a uma condição mais lixiviada e
intemperizada que a presente em
condições
normais,
usualmente
acompanhada
por
mudanças
morfológicas. (Pedologia)
deflúvio Volume total de água que
passa, em um determinado espaço de
tempo, em uma seção transversal de um
curso de água. (Hidrologia)
deflúvio superficial Processo pelo qual
a água de chuva, precipitada na
superfície da Terra, flui, por ação da
gravidade, das partes mais altas para as
mais baixas, nos leitos dos rios e riachos.
(Hidrologia)
deiscência
Abertura expontânea de
órgãos ou partes vegetais ao alcançarem
a maturidade. (Botânica)
deiscente Fruto que se abre e deixa a
semente em liberdade. (Botânica)
deformação Alteração do comprimento
ou área por unidade de comprimento
inicial ou área inicial; normalmente é
expressa em percentagem; é calculada
simplesmente dividindo-se o aumento do
comprimento pelo comprimento original
ou a diminuição de área em relação a
área inicial. (Metalurgia)
delaminação
Fenômeno
de
desacoplamento entre a crosta e o manto
superior ou entre a crosta superior e a
inferior, sendo característico de zonas de
colisão de placas continentais. (Geologia)
deleção cromossômica Perda de uma
determinada região de um cromossomo,
que pode ocorrer durante a divisão
celular, resultando na perda de
informações genéticas. (Genética)
deformação
Conjunto de mudanças
ocorridas em um corpo devido à ação de
tensão, e resultando em um ou mais dos
seguintes processos: distorção, rotação,
translação e dilatação.
delineação Porção de uma paisagem
mostrada por uma linha fechada em um
mapa de solos que define a área, forma e
localização de um ou mais solos
componentes mais inclusões, e ou tipos
de terreno. (Pedologia)
deformação a frio Deformação abaixo
da temperatura de recristalização.
(Metalurgia)
deformação
elástica
É
uma
deformação reversível que desaparece
quando a tensão é removida; os átomos
mantém
suas
posições
relativas.
(Metalurgia)
delineamento
Modo de atribuir os
tratamentos
às
parcelas,
num
experimento. (Estatística Experimental)
127
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
delta lacustre Delta do tipo construtivo
que
apresenta
uma
estrutura
relativamente simples, e formado na
desembocadura fluvial em um lago; as
camadas de topo mostram características
essencialmente fluviais e as basais,
lacustres. (Geomorfologia)
deliquescência Absorção de água da
atmosfera por um sal higroscópico em
tais quantidades que acaba pôr se formar
uma solução concentrada do sal.
delitescência Período em que o agente
mórbido
permanece
latente
no
organismo; desaparecimento súbito dos
sinais indicativos de uma doença.
delta lobado Delta que apresenta um
crescimento mais moderado das barras
de desembocadura e dos diques
marginais, do que aquele apresentado
pelo delta alongado; é um delta
considerado
como
construtivo.
(Geomorfologia)
delta Sistema deposicional, alimentado
por um rio, causando uma progradação
irregular da linha de costa; de acordo
com o fornecimento de sedimentos, da
energia das ondas e das correntes
marinhas, pode ser classificado como
alongado, lobado, cuspidado e estuarino.
(Geomorfologia)
delta morênico Ver delta de contato
glacial. (Geomorfologia)
delta alongado
Delta formado pelo
crescimento
das
barras
de
desembocadura,
acompanhadas
de
diques marginais, resultando em um
padrão denominado pé-de- pássaro, na
sua porção emersa. É considerado um
delta construtivo. (Geomorfologia)
demanda bioquímica de oxigênio DBO Quantidade de oxigênio utilizada
por
microorganismos
quando
da
degradação bioquímica de matéria
orgânica; é o parâmetro mais utilizado
para medir a poluição.
demanda instantânea
Demanda
requerida num determinado instante, em
MW. (Energia)
delta construtivo Delta formado pela
dominância dos processos fluviais sobre
os processos dinâmicos costeiros,
ligados principalmente as marés e ondas.
(Geomorfologia)
deme
População local em que os
cruzamentos entre os indivíduos dão-se
ao
acaso;
população
panmítica.
(Genética)
delta cuspidado Delta que apresenta
uma forma triangular, sendo originado
predominantemente em locais com forte
atuação de ondas e correntes litorâneas;
é considerado um delta destrutivo.
(Geomorfologia)
dendritica
Tipo de drenagem à
semelhança dos galhos de uma árvore; é
mais encontrada em áreas com relevo
acidentado. (Geomorfologia)
dendrito
Estrutura formada pela
precipitação de óxidos de ferro ou de
manganês, sobre as paredes de
diáclases ou camadas, com aspectos que
lembram fósseis.
delta de baía Delta formado na foz de
um curso d'água que desemboca em
uma baía ou vale afogado, preenchendoo parcial ou totalmente com sedimentos.
(Geomorfologia)
dendrocolaptídeos Aves passeriformes
da família Dendrocolaptidae, trepadoras,
apresentando bico longo e robusto, como
os arapaçus ou pica-paus-vermelhos.
delta de contato glacial Delta formado
por água de degelo que flui por entre o
flanco de um vale e a borda de uma
geleira; delta morênico. (Geomorfologia)
delta destrutivo Delta formado pela
predominância
dos
processos
da
dinâmica costeira sobre os processos
fluviais. (Geomorfologia)
dendrocronologia Ciência que trata da
reconstituição e datação de eventos
climáticos pretéritos através do estudo do
crescimento anual dos anéis dos troncos
das árvores.
delta intralagunar
Delta do tipo
construtivo, formado no interior de uma
laguna costeira. (Geomorfologia)
dendrohidrologia Técnica que utiliza os
anéis de crescimento dos troncos dos
128
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
anteriormente a unidade utilizada para a
densidade era g/cm³, mas pelo Sistema
Internacional de Unidade deve ser
expressa em kg/m³. São observados
valores, em geral, em torno de 2,6 kg/m³.
(Pedologia)
vegetais para o estudos de fenômenos
hidrológicos.
dendrologia
árvores.
Estudo
científico
das
dengue Doença virótica, transmitida ao
homem pelo mosquito Aedes aegyptii,
que é o mesmo transmissor da Febre
Amarela; é de curta duração, existindo
duas formas principais: a Clássica e a
Hemorrágica, esta última é a mais grave;
os sintomas são: febre, dor de cabeça,
manchas avermelhadas no corpo, dores
musculares e nas articulações, fraqueza,
dor no fundo do olho, coceira no corpo e
falta de apetite; não existe tratamento
específico, sendo indicado o repouso,
igestão de líquidos e medicamentos
apenas para aliviar as dorese e a coceira,
evitando-se o uso do açodo acetil
salicílico; o mosquito transmissor gosta
de água limpa e parada. (Medicina)
densidade de uma solução Relação
entre a massa de uma solução e o
volume desta mesma solução.
densidade demográfica
Indicador
demográfico que informa a população
total de determinada área. (Sócio
Economia)
densidade do solo
Corresponde à
massa de solo por unidade de volume, ou
seja, o volume do solo ao natural,
incluindo
os
espaços
porosos.
(Pedologia)
densidade eletrônica Concentração de
carga negativa de elétrons ao redor do
núcleo; na região onde a probabilidade
de serem encontrados elétrons é alta, a
densidade eletrônica é elevada.
denitrificação
Processo biológico
relacionado ao ciclo do nitrogênio, em
que bactérias específicas do solo reagem
com nitratos e nitritos resultando na
devolução de nitrogênio a atmosfera.
densidade
específica.
absoluta
Ver
densidade global Corresponde à massa
do solo seco por unidade de volume
aparente, ou seja, o volume do solo ao
natural, incluindo o espaço poroso; seu
valor é sempre inferior ao da densidade
de partículas; anteriormente a unidade
utilizada para a densidade era g/cm³,
mas pelo Sistema Internacional de
Unidade deve ser expressa em kg/m³; um
valor superior a 1,4 kg/m³ geralmente
indica adensamento ou compactação do
solo, a não ser que se trate de um solo
arenoso. (Pedologia)
massa
densidade
da
rede
hidrográfica
Número de segmentos de cursos d’água,
de todas as ordens, em uma dada bacia,
dividido
pela
área
da
mesma.
(Hidrografia)
densidade
de
carga
superficial
Excesso de carga negativa ou positiva
por unidade de área superficial de solo
ou mineral de solo. (Pedologia)
densidade real
Ver densidade de
partículas. (Pedologia)
densidade de drenagem Comprimento
total dos segmentos dos cursos d’água,
de todas as ordens, de uma bacia de
drenagem, dividido pela área da mesma.
(Hidrografia)
densidade relativa Comparação entre a
massa específica de uma substância com
a de outra substância; no caso dos
sólidos e líquidos, e densidade relativa é
tomada em relação a água, enquanto no
caso dos gases é tomada em relação ao
ar ou hidrogênio; é a relação entre a
densidade da água a uma determinada
temperatura e sua densidade a 4° C,
neste ponto definida como igual a
unidade.
densidade de partículas Corresponde à
massa por unidade de volume do solo
seco, após ser destruída sua estrutura; a
densidade, dessa forma deixa de ser
influenciada pelo espaço poroso; valor
fixo que depende apenas do tipo de
minerais presentes no solo; é sempre
mais elevada que a densidade global;
129
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
sedimentação
e
redução
profundidade. (Geomorfologia)
densímetro Instrumento que determina
a densidade de um líquido ou suspensão.
Ver
higrômetro
de
Bouyoucos.
(Pedologia)
na
depósito de lag
Acumulação de
material grosseiro resultante da erosão
do material mais fino associado, sendo
que o material remanescente é devido à
incompetência da corrente em transportalo. (Geomorfologia)
denudação Abaixamento das formas de
relevo mais salientes, pelo efeito
conjugado dos diferentes agentes
erosivos; desnudação. (Geomorfologia)
depósito de playa Depósito constituído
de material detrítico, principalmente silte
e argila, ou mais grosseiros, transportado
através da zona de bajada, até alcançar
a parte mais baixa da bacia de
deposição; em associação com o
material
detrítico,
ocorrem
alternadamente sedimentos químicos que
foram transportados pela enxurrada. Ver
playa, bajada. (Geomorfologia)
depleção Extração contínua de água de
lençol subterrâneo, reservatório ou bacia
a uma taxa maior do que a de
realimentação; redução da reserva de um
aqüífero ou do escoamento de um curso
d'água ou fonte causada por uma
descarga superior à
realimentação
natural. (Hidrologia)
depocentro
Sítio em que ocorre a
máxima subsidência e/ou sedimentação
em uma bacia sedimentar. (Geologia)
depósito de serir
Conjunto de
sedimentos de granulação grosseiracascalho
e
areia
grossaque
concentrados constituem jazimentos
protetores das camadas inferiores, sendo
que muitos seixos mostram marcas de
impacto; a concentração é residual
devido a deflação sofrida pelo material de
granulação mais fina. (Geomorfologia)
depósito
alóctone
Quando
é
constituído por materiais de outras áreas
transportados por água, vento, gelo ou
gravidade; exemplo: depósito aluvial.
depósito autóctone
Quando é
constituído
pela
degradação
ou
destruição do material que lhe deu
origem no próprio lugar.
depósito de sieve
Conjunto de
sedimentos gerados por escoamento
fluvial, e deixados no canal devido à
infiltração da água em camadas
permeáveis subjacentes; estes depósitos
provocam geralmente obstrução do
canal, resultando na formação de um
talude constituído de conglomerado
organizado que mergulha corrente acima.
(Geomorfologia)
depósito correlativo Depósito originado
pela erosão de formas de relevo, tais
como as montanhas, propiciando a
acumulação dos sedimentos em suas
margens.
depósito
de
barra
em
pontal
Acumulação de sedimentos devido à
migração lateral do canal de rios
meandrantes; esta migração provoca
erosão na margem côncava (externa) do
meandro e deposição na margem
convexa (interna), na forma de um corpo
sedimentar envolvido pela curva do
meandro. (Geomorfologia)
depósito de tálus Depósito constituído
predominantemente
de
fragmentos
rochosos grandes e angulosos originados
da fragmentação de rochas situadas em
zonas escarpadas com fortes declives.
(Geomorfologia)
depósito de corte e preenchimento
Produto da sedimentação no canal de
drenagem que foi abandonado por
processo de corte ou avulsão do
meandro, ou seja, pelo súbito abandono
de uma parte ou da totalidade de um
canal, ou pelo preenchimento devido a
um grande acúmulo na taxa de
depósito
de
transbordamento
Depósito formado por sedimentos
transportados pelas águas das enchentes
dos rios, e levados por sobre os diques
naturais, inclusive dando origem a estes,
bem como preenchendo depressões nas
barras
em
pontal,
nos
canais
abandonados,
e,
principalmente,
130
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
formando os depósitos de
através
do
acréscimo
(Geomorfologia)
depósito
xenotermal
Depósito
hidrotermal formado em alta temperatura
(acima de 3000 C), porém em pouca ou
moderada profundidade. (Hidrogeologia)
várzeas
lateral.
depósito
hidrotermal
Depósito
originado
a
partir
de
fluidos
mineralizantes de constituição aquosa,
oriundos de corpos plutônicos intrusivos,
básicos ou ácidos, bem como o originado
em decorrência da participação de fluidos
secrecionais, advindos das rochas
encaixantes do depósito, mobilizados
pela excitação térmica de intrusões ou de
núcleos de metamorfismo; existe uma
estreita ligação entre as temperaturas de
formação dos depósitos hidrotermais e
suas profundidades de formação, daí
serem classificados em hipotermais,
mesotermais e epitermais, conforme
tenham se originado de uma maior para
uma menor profundidade e temperatura;
não obstante, a profundidade de um
depósito hidrotermal depende da posição
do corpo ígneo ao qual se relaciona;
deste modo, uma jazida epitermal de
baixa temperatura pode estar situada em
uma profundidade maior do que uma
outra do tipo hipotermal, de mais alta
temperatura de origem. (Hidrogeologia)
depressão Área ou porção do relevo
situada abaixo do nível do mar, ou abaixo
do nível das regiões que lhe estão
próximas é, por conseguinte, uma forma
de relevo que se apresenta e posição
altimétrica mais baixa que as porções
contíguas. (Geomorfologia)
depressão absoluta
situado abaixo do
(Geomorfologia)
Área com relevo
nível do mar.
depressão endógama Perda do vigor e
da aptidão em espécies alógamas, como
resultado de contínua autofertilização; a
autofertilização leva à homozigose e esta
se manifesta sob várias formas,
destacando-se tamanho reduzido das
plantas, fertilidade diminuída, albinismo,
plantas defeituosas e suscetibilidade
aumentada à doença. (Genética)
depressão interplanáltica Área que
apresenta altitude mais baixa em relação
aos planaltos que lhes são circundantes.
São também denominadas de depressão
relativa. (Geomorfologia)
depósito pneumatolítico Depósito que
se diferencia do hidrotermal, unicamente
pela hipótese de que o fluido
mineralizante
seria
um
vapor
supersaturado, em estado supercrítico.
(Hidrogeologia)
depressão periférica Área deprimida
que aparece na zona de contato entre
terrenos sedimentares e o embasamento
cristalino e tem a forma alongada.
(Geomorfologia)
depósito singenético Depósito formado
por processos similares aos que
originaram a rocha encaixante, em geral,
simultaneamente. (Geologia)
depressão relativa. Ver depressão
interplanáltica. (Geomorfologia)
depósito vulcanogênico
Depósito
mineral cuja gênese está relacionada
diretamente
a
qualquer
tipo
de
manifestação vulcânica, entendendo-se
esta como além do vulcanismo obvio,
explosivo e efusivo, qualquer outra ação
natural profunda que resulte no
aparecimento, em superfície, de produtos
de temperatura superior à das condições
do ambiente; desta maneira, os gêiseres,
as fumarolas e as fontes hidrotermais
seriam
manifestações
vulcânicas
atenuadas. (Geologia)
deriva genética Mudanças aleatórias na
freqüência gênica em uma população,
geralmente pequena, devido a erros de
amostragem, havendo tendência de fixarse um determinado alelo. (Genética)
deriva continental Ver drift.
derivados claros Designação genérica
de alguns derivados de petróleo, entre os
quais a gasolina, o querosene e o diesel.
Possuem coloração clara, daí sua
classificação; são líquidos e pouco
viscosos.
derivados
escuros
genérica de alguns
131
Designação
derivados de
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
longitudinais diminui bruscamente de 14
para 8 km/s, enquanto as ondas
transversais tornam-se fraquíssimas, não
conseguindo atravessar a camada que ali
se inicia; representa o limite entre o
Manto inferior e o Núcleo externo.
(Geologia)
petróleo, entre os quais o óleo
combustível e o asfalto; possuem
coloração escura e alta viscosidade.
dermanissídeos Gênero de ácaros da
família dos Gamasídeos, pequenos,
ovais e meio transparentes, que
parasitam aves e ratos, de onde passam
para o homem.
descontinuidade de material originário
Discrepâncias
significativas
entre
horizontes do solo no que diz respeito a
ganulometria ou mineralogia, indicando a
discordância de materiais originários em
que se formou cada horizonte; pode
ocorrer mais de uma em um mesmo
perfil. São designados através de
algarismos arábicos, usados como
prefixos para as camadas e horizontes,
na descrição do perfil; exemplos: 2C, 3C.
(Pedologia)
dermestídeos
Família de insetos
coleópteros, besouros pequenos que tem
larvas
muito
vorazes,
em
geral
necrófagos. (Entomologia)
desagregação Quebra de agregados do
solo como resultado de adição de água
ou por ação mecânica de máquinas
agrícolas.
desaprumo Ângulo formado entre o
plano médio da jazida e uma vertical, no
ponto
considerado;
corresponde,
portanto, ao complemento do mergulho.
(Mineração)
descontinuidade
de
Mohorovicic
Descontinuidade sísmica situada na base
da Crosta (continental e oceânica), onde
as ondas longitudinais diminuem sua
velocidade de 7,8 para 6,3 km/s e as
ondas transversais, de 4,4 para 3,7 km/s;
sua profundidade é variável sendo de 3040 km nos continentes, de até 75 km sob
os cinturões orogênicos, de 10-12 km nos
oceanos, e de até 25-30 km nas dorsais;
nas zonas de subducção pode situar-se
em profundidades de até 700 km.
(Geologia)
desaterro Ato de retirar um volume de
terra de um local. (Engenharia Civil)
desbaste
Técnica que consiste na
derrubada de árvores adultas no sentido
de proporcionar maior espaço às que
ficam, permitindo que se desenvolvam e
atinjam maior porte; esta prática deve ser
efetuada em épocas distintas, em função
da
espécie,
da
idade
e
do
desenvolvimento. (Silvicultura)
descontinuídade
litológica
Ver
descontinuidade de material originário.
(Pedologia)
descarga crítica Descarga que, em uma
dada seção do canal e para uma
determinada profundidade , mantém o
escoamento crítico da água. (Hidrologia)
descritor Característica mensurável ou
subjetiva de um acesso, como altura da
planta, cor da flor, comprimento do
pecíolo, forma da folha, etc.; os
descritores são agrupados sob a forma
de lista de descritores, uma para cada
cultura em particular, e são aferidos
através o estado do descritor, ou seja, as
categorias reconhecidas como válidas
para aquele descritor; são aplicados na
caracterização e avaliação de coleções
de germoplasma para tornar suas
propriedades agronômicas conhecidas.
(Genética)
descarte Processo de eliminar animais
menos produtivos ou menos desejáveis
de
um
rebanho.
(Melhoramento
Genético)
descontinuidade de Conrad
Limite
entre a crosta continental superior e a
crosta
continental
inferior;
sua
profundidade varia de 10-25 km nos
continentes, podendo alcançar 50 km sob
os cinturões orogênicos. (Geologia)
descontinuidade
de
GutenbergWiechert Descontinuidade sísmica que
se encontra a uma profundidade de 2.900
km, onde a velocidade das ondas
desenvolvimento sustentado Significa
promover o crescimento integral do ser
humano na busca da sua plenitude
132
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
desflorestamento Destruição, corte e
abate indiscriminado de matas e
florestas, para comercialização de
madeira, utilização dos terrenos para
agricultura, urbanização, qualquer outra
atividade econômica ou obra de
engenharia; desmatamento.
biológica, psicológica e social; a
sociedade capitalista não tem credencial
e, tampouco é capaz de promover o
desenvolvimento sustentado, sem que
haja profundas mudanças e reformas
políticas, econômicas, culturais e sociais;
em outras palavras, o homem precisa
promover o progresso tecnológico
(usando tecnologias adequadas, sem
agredir o meio ambiente), e econômico
(crescendo sem destruir o meio físico e
cultural) melhorando as condições de
vida das atuais gerações sem sacrificar
as gerações futuras, criando um
ambiente físico, social, cultural e
psicológico em que o ser humano possa
viver normalmente como animal biológico
e social.
desfolhante
Preparado químico que
causa a queda das folhas das plantas;
usada na agricultura em plantios
intensivos de algodão, soja, tomate e
outras culturas, usualmente para facilitar
a colheita.
desidratação de lodo
Termo geral
utilizado quando se remove parte da
água presente no lodo, por qualquer
operação, tal como : drenagem, pressão,
centrifugação, com ou sem presença de
calor.
desertificação É a degradação da terra
nas zonas áridas, semi-áridas e subúmidas secas, resultante de vários
fatores, incluindo as variações climáticas
e as atividades humanas, conceito
definido no Artigo 1o da Convenção das
Nações
Unidas
de
Combate
à
Desertificação, também assinada pelo
Brasil;
não
é
necessariamente
relacionada com o avanço físico do
deserto, nem deve ser confundida com a
seca; tem mais a ver com a formação
progressiva de um deserto econômico,
devido ao uso insustentável dos recursos
naturais; a seca pode até ser uma das
causas
da
desertificação
mas,
inversamente, o fenômeno da seca pode
também mascarar o processo de
desertificação; processo de degradação
do solo, natural ou provocado por
remoção da cobertura vegetal ou
utilização predatória, que, devido a
condições
climáticas
e
edáficas
peculiares, acaba por transformá-lo em
um deserto.
desintegração
Fragmentação de
minerais e rochas em partículas menores
por agentes físicos, destacando-se a
variação de temperatura (esfoliação,
fragmentação), abrasão pelo gelo, erosão
pelo vento, pelas ondas do mar, etc.
desintegração
radioativa
decaimento radioativo.
Ver
deslizamento Deslocamento do manto
da massa do solo e/ou da rocha, na
direção das partes mais baixas da
encosta, pela influencia da gravidade e
pelas enxurradas ou saturação de água.
Ver desmoronamento.
desmatamento Ver desflorestamento.
desmisturação Ver exsolução.
desmodonteídeos Animais quirópteros
da
família
Desmodontidae
que
apresentam um par de dentes incisivos
superiores cortantes; são hematófagos
ou vampiros verdadeiros. (Zoologia)
desertos
São regiões, onde a
precipitação anual de chuvas é mínima,
geralmente, menos de 250 mm, ou até
mesmo inexistente; as temperaturas
podem ser muito altas no verão e baixas
no inverno; as plantas e animais
existentes
neste
ambiente
desenvolveram
adaptações
para
sobreviver a estas condições climáticas
extremas.
desmoronamento
Queda brusca da
massa do solo e/ou da rocha vertente
abaixo pela ação da gravidade; esse
processo é acelerado pela embebição
excessiva de água originária de chuvas
torrenciais ou águas originárias de degelo
ou por deslocamento natural ou artificial
da base dos taludes. Ver deslizamento.
133
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
primeiras
e
desigualdade
(Ecologia)
desnitrificação Redução de nitrito ou
nitrato para formas gasosas de N pela
atividade microbiana ou por redutores
químicos, produzindo N ou óxidos de N.
desnudação Fase da multiplicação viral
em que o envoltório protéico viral é
removido pela ação de enzimas celulares
existentes nos lisossomos, com liberação
do ácido nucléico viral. (Virologia)
Ver
detergente Substância ou medicamento
que deterge, purifica ou clareia.
detergir Limpar ou purificar por meio de
substâncias ou ingredientes químicos.
denudação.
determinação Em cultura de tecidos, é
o processo pelo qual o potencial do
desenvolvimento de células torna-se
limitado. (Genética)
desordem funcional Doença na qual
não são detectados problemas orgânicos.
Simplesmente há um funcionamento
desordenado; tal desordem pode causar
desconforto porém não está associado a
doenças graves e leva a riscos de vida.
(Medicina)
determinação
analítica
do
solo
Conjunto de análises laboratoriais para
determinar a constituição física, química
e mineralógica das amostras de
horizontes ou camadas de solo, que são
parâmetros auxiliares na caracterização,
classificação, avaliação da fertilidade,
disponibilidade de umidade, estágio de
intemperização, etc. (Pedologia)
desoxyribose É um açúcar de cinco
carbonos (pentose), integrante da
estrutura dos ácidos nucléicos.
desparafinação Processo que objetiva a
retirada de parafinas.
despolimerização
Degradação
polímeros em moléculas menores.
divergência
ou
as
segundas.
desvio padrão Parâmetro estatístico
que expressa o desvio médio de um
conjunto de dados em torno da média;
corresponde à raiz quadrada da
variância. (Estatística)
desnível Diferença de nível entre dois
pontos de um alinhamento ou entre dois
planos de quotas diferentes.
desnudação
(Geomorfologia)
em
entre
devitrificação Transformação de vidro
em material cristalino através de difusão
sólida.
de
devoniano Período da Era Paleozóica
situado após o Período Siluriano, e com
duração aproximada entre os 408 Ma e
360 Ma; é subdividido nos andares - do
mais antigo para o mais novo Gedinniano,
Siegeniano,
Ensiano,
Eifeliano,
Givetiano,
Frasniano
e
Famenniano. Sua denominação provém
da região de Devon, na Inglaterra sendo
devida a Adam Sedgwick e Roderick I.
Murchinson; neste período as esponjas e
os corais são abundantes e começa o
declínio dos trilobitas e graptólitos;
surgem os primeiros anfíbios.
desrama Poda que consiste em suprimir
os rebentos ou vergôneas, tanto ao longo
do tronco quanto das raízes. (Silvicultura)
destilação Separação de misturas em
várias frações por vaporização, seguida
de condensação.
destilação a vácuo Destilação que se
realiza numa coluna de fracionamento a
uma pressão inferior à pressão
atmosférica.
desvio
Diferença entre um registro
individual e a média do grupo de
contemporâneos
para
dada
característica; estas diferenças somam
zero quando a média correta é usada.
(Estatística)
dextrana Polímero de glicose sintetizado
extracelularmente por ação enzimática de
certos microorganismos.
diacinese Conjunto de acontecimentos
que caracterizam o final da prófase I da
meiose, onde os cromossomos se
encontram completamente condensados
e os quiasmas terminalizados. (Genética)
desvio de características
Processo
evolutivo que se manifesta nas espécies
alopátricas e simpátricas e que se cifra
em convergência ou semelhança entre as
134
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
diamictito
(Geologia)
diáclase Ver junta. (Geologia)
diacódio Preparado xaroposo feito com
extrato de ópio.
Ver
paraconglomerado.
diandro
Provido de dois estames.
(Botânica)
diacronismo Transgressão através de
cronohorizontes por um corpo de
sedimentos.
diapausa
Interrupção temporária no
desenvolvimento dos ovos ou mesmo
das larvas de organismos, normalmente
insetos, devido a um período de
dormência. (Ecologia)
díade Grupo de dois grãos de pólens
unidos. (Palinologia)
diadoquia Capacidade apresentada por
diferentes elementos de ocuparem a
mesma posição no retículo de um cristal;
é sempre aplicada a uma estrutura
particular; deste modo dois elementos
podem ser diádocos em uma espécie
mineral e não o serem em outra.
(Cristalografia)
diápiro Estrutura dômica originada por
injeção, de baixo para cima, de materiais
menos
densos
e
mais
plásticos,sotopostos a materiais mais
densos e menos plásticos. (Geologia)
diapositivo Cópia positiva efetuada em
material transparente, do negativo de
uma imagem, podendo ser obtida por
contato.
diagênese
Conjunto de fenômenos
físicos e químicos que ocorrem durante a
litificação, incluindo a compactação, a
cimentação, a recristalização e a
substituição.
diápside
Denominação aplicada ao
crânio dos répteis em que ocorrem 2
orifícios temporais de cada lado.
(Zoologia)
diagnóstico
ambiental
É
o
conhecimento de todos os componentes
ambientais de uma determinada área
(país, Estado, região, bacia hidrográfica,
município) para a caracterização de sua
qualidade
ambiental;
elaborar
um
diagnóstico ambiental é interpretar a
situação ambiental problemática dessa
área, a partir da interação e da dinâmica
de seus componentes, quer relacionados
aos elementos abióticos e bióticos, quer
os fatores sócio-econômico e culturais.
diasquisto
Rocha
magmática
diferenciada que ocorre na forma de
dique; incluem membros leucocráticos e
melanocráticos de uma série magmática.
(Geologia)
diástole Período de relaxamento do
coração. (Medicina)
diastrofismo Termo geral que engloba
todos os movimentos da crosta devidos a
processos tectônicos. (Geologia)
diatomáceas
Algas dotadas de um
envoltório silicoso (frústula) constituído
de duas valvas que se ajustam
perfeitamente; vivem solitariamente ou
em colônias, integrando o plâncton das
águas doces, salobras ou salgadas;
ocorrem em abundância, especialmente
nas águas frias. (Botânica)
diagrama de fases
Diagrama que
mostra as condições em que uma
substância existe como sólido, líquido ou
vapor.
diálise Separação de uma substância,
em uma solução verdadeira, da matéria
coloidal pela difusão seletiva, através de
uma membrana semipermeável.
diamagnética Substância que é repelida
por um imã, devido ao fato de conter
todos os seus elétrons emparelhados em
seus orbitais.
diatomito Depósito que encerra elevada
concentração de diatomáceas fósseis,
podendo alcançar algumas centenas de
metros de espessura e contendo mais de
90% de frústulas fósseis.
diâmetro à altura do peito - DAP
Diâmetro de uma árvore, obtido à uma
altura de 1,30 m, tendo como início o
nível médio do terreno. (Silvicultura)
diatrema Chaminé vulcânica circular,
que perfura rochas encaixantes de
natureza
sedimentar
ou
metassedimentar, devido a energia
135
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
selecionados e a média da população do
qual ele proveio; a resposta esperada de
seleção para um caráter é igual ao
diferencial de seleção multiplicado pela
herdabilidade
da
característica.
(Melhoramento Genético)
explosiva de magmas sobrecarregados
de gases.
diclina Espécie que apresenta dois tipos
de flores, masculinas e femininas, isto é,
as flores são unissexuais, masculinas ou
femininas, cada uma em receptáculos
florais
distintos.
Ver
monoclina.
(Botânica)
difração de ondas
Fenômeno de
transmissão lateral da energia de uma
onda, ao longo de sua crista,
manifestando-se
quando
existe
propagação de ondas em um setor
restrito, ou quando um trem de ondas é
interceptado por um obstáculo, como por
exemplo, um quebra-mar.
dicogamia
Diferentes épocas de
maturação entre os órgãos masculino e
feminino de uma planta. (Botânica)
dicotiledônea
Planta fanerogâmica
pertencente ao grupo das angiospermas,
cujas
sementes
possuem
dois
cotilédones. (Botânica)
difusão Mecanismo que causa o desvio
ou bloqueio do feixe de energia solar,
provocado pelas partículas e gases na
atmosfera antes de atingir a Terra, para
serem utilizados pelo sensoriamento
remoto; ocorre durante a interação entre
o feixe da energia solar incidente e as
partículas ou as grandes moléculas de
gás presentes na atmosfera, desviando o
feixe de energia de sua trajetória inicial; o
nível de difusão depende de vários
fatores tais como o comprimento de
onda, a densidade das partículas e das
moléculas,e da espessura da atmosfera
que o feixe de energia deve atravessar.
(Meteorologia)
dicróica Lâmpada halógena de foco
dirigido cuja intensidade de luz é
aumentada pelo grande índice de
reflexão de sua campânula; iluminação
de efeito, normalmente usada para
destaque de objetos.
diesel Ver óleo diesel.
diesel metropolitano
Combustível
automotivo com menor quantidade de
enxofre, para uso no transporte urbano; a
menor quantidade de enxofre objetiva
reduzir a poluição nas cidades.
diferença esperada na progênie – DEP
Diferença em desempenho esperado da
futura progênie de um reprodutor,
comparado com o desempenho esperado
da progênie de um reprodutor médio, no
mesmo teste; é uma estimativa baseada
em teste de progênie e é igual a metade
do valor genético obtido a partir dos
registros
dos
filhos
testados.
(Melhoramento Genético)
difusão
Processo segundo o qual
diferentes substâncias (sólidos, líquidos e
gases) se misturam como resultado do
movimento
aleatório
dos
seus
componentes: átomos, moléculas ou
íons. (Química)
difusão de nutrientes do solo
Movimento de nutrientes no solo, o qual
resulta de um gradiente de concentração.
(Pedologia)
diferença mínima significativa Valor
mínimo que deve ter a diferença entre as
estimativas de duas médias de
tratamentos para que se considere não
ser devida ao acaso. (Estatística)
digestão Decomposição bioquímica da
matéria orgânica em substâncias e
compostos mais simples e estáveis.
diferenciação Processo através do qual
a célula ou tecido adquire suas
características
individuais
e
especificidade absoluta. (Genética)
digestão Processo de fragmentação dos
alimentos a estruturas químicas simples
que são capazes de serem absorvidas
pelo intestino. (Medicina)
diferencial de seleção Diferença entre
a média, para uma determinada
característica, do grupo de indivíduos
digestão anaeróbica Degradação da
matéria
orgânica
em
condições
anaeróbias
pelas
bactérias
não
metânicas , para ácidos graxos de baixo
136
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
homeopáticos através de diluições e
agitações sucessivas e quantidades
infinitesimais do princípio ativo, buscando
a liberação dos poderes energéticos
vitais
contidos
nas
substâncias,
respaldado no conceito universal de que
toda matéria é energia condensada.
(Homeopatia)
peso molecular; posteriormente ocorrerá
uma decomposição destes produtos
pelas bactérias metânicas, produzindo
metano, dióxido de carbono e outras
substâncias; o resíduo constituirá na
fração mais estável da matéria orgânica
degradável.
digestão biológica Processo pelo qual
a matéria orgânica ou volátil do lodo é
gaseificada, liqüefeita, mineralizada ou
convertida em matéria orgânica mais
estável, através da atividade aeróbica ou
anaeróbica
de
microorganismos.
(Saneamento)
dinamômetro Instrumento utilizado para
medir um esforço, resistência ou força.
diodo Um dispositivo eletrônico que
conduz bem em numa direção e muito
pouco ou nada na outra.
dióica Espécie diclina que apresenta
flores masculinas e femininas em
indivíduos diferentes; por exemplo:
espécies
do
gênero
Croton
(Euphorbiaceae), são freqüentemente
dióicas e é necessário coletar os dois
sexos no campo para uma identificação
perfeita. Ver monóica.
digestibilidade aparente Digestibilidade
determinada em experimento com
animais, calculada como alimento
consumido menos excreção, expressa
como porcentagem; não considera a
excreção
endógena
nas
fezes.
(Zootecnia)
digestibilidade real Digestibilidade atual
ou disponibilidade de alimento, forragem
ou nutrientes, representado pelo balanço
entre consumo e perda fecal do material
ingerido computando as excreções
endógenas nas fezes; digestibilidade in
vitro sem ajuste para a base in vivo.
(Zootecnia)
dióis Álcoois que contém dois grupos
hidroxilas em suas estruturas.
diopsídio
Mineral da família dos
clinopiroxênios que cristaliza no sistema
monoclínico, classe prismática e com
clivagem formando ângulos de 870 e 930;
mostra coloração que varia desde o
branco ao verde claro; existe uma série
completa entre o diopsídio- CaMg (Si2O6)
- e a hedenbergita- CaFe(Si2O6).
digital Relacionado a dígitos ou a forma
como
são
representados;
na
computação,
o
termo
digital
é
virtualmente sinônimo de binário porque
os computadores processam informação
codificada como combinações de dígitos
binários. (Computação).
dioxana Líqido incolor, odoroso, usado
como solvente, cuja fórmula é: C4H8O2.
dioxinas
Conjunto de substâncias
químicas formadas como subproduto de
processos industriais em que ocorrem
reações químicas envolvendo o cloro,
como é o caso da fabricação de PVC,
agrotóxicos, papel ou tecidos alvejados;
compoem-se de moléculas formadas por
cloro, oxigênio, carbono e hidrogênio,
havendo mais de 200 variedades, 17 das
quais,
consideradas
extremamente
tóxicas; assimilada com facilidade pelos
seres vivos, e uma vez absorvida,
dificilmente é eliminada; segundo a OMS
- Organização Mundial de Saúde, o
índice aceitável de ingestão de dioxina é
de 4 picogramas (trilionésima parte do
grama) por quilo de peso corporal; a
intoxicação por dioxina pode levar, entre
dignose foliar
Avaliação do estado
nutricional de uma planta pela análise
química da folha quanto aos teores de
macro e micronutrientes.
dilatação Condição em que um órgão
está aumentado de volume além dos
limites da normalidade; é o aumento do
diâmetro de uma víscera oca como o
intestino,
colédoco
ou
estômago.
(Medicina)
dímero Molécula constituída pela união
de duas moléculas idênticas.
dinamização Processo farmacotécnico
utilizado no preparo de medicamentos
137
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
um fio, sendo anotadas as profundidades
de desaparecimento quando da descida
e o aparecimento quando da subida.
outros, a diversos tipos de câncer, como
de fígado, rins, pulmão e leucemia.
diplóide Célula ou indivíduo que possui
os cromossomos homólogos de um
genoma em duplicata. (Genética)
discordância
Superfície que separa
estratos ao longo da qual existe
evidência de truncamentos erosivos ou
exposições subaéreas, implicando em
um hiato significativo; em termos de
estratigrafia
de
seqüências,
as
discordâncias paralelas sem superfície
de erosão são chamadas concordâncias;
são classificadas em quatro tipos
básicos: angular, litológica, erosiva e
paralela. (Geologia)
diplosporia
Formação de semente
assexuada
em
que
os
sacos
embrionários se originam de células
generativas.
diplóteno
Uma das subdivisões da
prófase I da meiose; é a fase em que
aparecem os quiasmas. (Genética)
dique
Corpo magmático intrusivo e
discordante com as estruturas das rochas
encaixantes. (Geologia)
discordância angular
Discordância
caracterizada por duas sucessões de
estratos que apresentam mergulhos
diferentes. (Geologia)
dique clástico Estrutura singenética de
deformação,
em
que
sedimentos
liqüefeitos ou fluidificados se mobilizam e
ficam alojados em fraturas presentes nas
rochas adjacentes. (Geologia)
discordância erosiva Discordância que
separa dois conjuntos de rochas
estratificadas paralelas, caracterizandose por uma antiga superfície de erosão
de relevo considerável. (Geologia)
dique de arenito
Corpo tabular
constituído por areia, presente no interior
de
material
argiloso
que,
após
compactação, mostra-se com formas
sinuosas. (Geologia)
discordância litológica Discordância
que separa uma seqüência de rochas
estratificadas, que repousam de modo
discordante
sobre
rochas
não
estratificadas, ígneas ou metamórficas.
(Geologia)
dique marginal
Dique natural de
pequena altura, formado nas margens
dos canais fluviais, e que mostra melhor
desenvolvimento nos bancos côncavos
dos rios; sua deposição ocorre quando
do
transbordamento
do
rio.
(Geomorfologia)
discordância paralela
Discordância
caracterizada por uma superfície de
estratificação que separa dois conjuntos
de rochas estratificadas, paralelas entre
si e a esta superfície, mas que
apresentam idades bem distintas.
(Geologia)
direção Orientação em relação ao norte,
de uma linha resultante da interseção da
superfície ou plano de uma camada com
um plano horizontal imaginário.
discrasia
Composição anormal do
sangue ou dos líquidos orgânicos.
(Medicina)
direitos de propriedade intelectual
Proteção de uma invenção através do
uso de instrumentos legais, por exemplo,
patentes, direitos do autor, direitos do
melhorista, direitos do agricultor, marcas
e segredos comerciais, proteção de
variedades vegetais, etc. Ver patente,
copyright. (Direito)
disfótica Lâmina d'água compreendida
entre os 80 m e 200 m, e que recebe
menos luz que a zona eufótica; a
penetração da luz é maior no equador e
nas regiões tropicais, do que nas regiões
polares.
disco de Secchi Disco metálico com
cerca de 30 cm de diâmetro utilizado
para medir o grau de transparência da
água, sendo geralmente pintado de
branco; é abaixado na água, preso por
disjunção
Comunidade que se
apresenta isolada de sua região
fitoecológica natural, ocupando espaços
intermediários ente os locais do seu
presente core. (Fitoecologia)
138
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
com bases e sais, principalmente em
solução aquosa. (Química)
dismutação Processo químico em que
um dado elemento, com um número de
oxidação se transforma, originando
compostos que têm dois ou mais
números de oxidação.
dissolução intra-estratal Processo de
solubilização que ocorre dentro de uma
camada sedimentar, após sua deposição.
Pode ocorrer logo após o início da
sedimentação ou muito tempo depois.
(Geologia)
dispepsia Condição na qual o paciente
tem a sensação de dificuldade na
digestão dos alimentos. (Medicina)
distal Longe do ponto de origem.
dispersão Expressão relacionada ao
fato de que os índices refrativos das
substâncias não-opacas variam com o
comprimento de onda da luz, e que a
passagem desta através dos cristais
conforma-se,
rigorosamente,
às
exigências da simetria do cristal.
(Cristalografia)
distância de atenuação
Distância
percorrida pôr uma onda após deixar sua
área de geração.
distanciômetro Equipamento eletrônico
usado em levantamentos topográficos ou
geodésicos para determinação de
distâncias. (Topografia)
dispersão Processo de separação das
partículas individuais dos agregados do
solo (areia, silte e argila) na análise
granulométrica; é feita por agitação
vigorosa de uma alíquota da amostra em
solução de NaOH 1M; também pode ser
feita a dispersão em água para verificar o
teor de argila dispersa em água, uma
análise realizada para levantamentos
pedológicos visando a classificação do
solo. (Pedologia).
distensão abdominal
Aumento da
circunferência abdominal. (Medicina)
distribuição agrupada
Padrão de
distribuição no qual os indivíduos
ocorrem em grupos, tal como uma
touceira de plantas cespitosas ou como
aquelas espécies arbóreas em que as
sementes não são dispersas para muito
longe da planta mãe. (Estatística)
distribuição ao acaso
Padrão de
distribuição no qual a probabilidade do
indivíduo ocorrer em um ponto é a
mesma que a probabilidade de ocorrer
em qualquer outro ponto. (Estatística)
displasia Distúrbio de desenvolvimento;
alteração da forma, tamanho e orientação
de células epiteliais. (Medicina)
disponibilidade
de
nutrientes
Propriedade dos nutrientes que se
encontram disponíveis no solo, ou seja,
podem ser absorvidos pelas raízes das
plantas; refere-se à fração do teor total
do nutriente que se encontra na solução
do solo ou em condições de passar
rapidamente para a solução, dentro do
ciclo de vida da planta.
distribuição binomial Aquela em que
se observam as freqüências de dois
acontecimentos mutuamente exclusivos,
com probabilidades fixas p e q, sendo
p+q=1. (Estatística).
distribuição contínua Acontece quando
um conjunto de fenótipos de uma
determinada característica não forma
classes
distintas.
(Melhoramento
Genético).
dissacarídeo Substância constituída por
duas unidades de monossacarídeos
interligadas pôr um átomo de oxigênio.
distribuição
descontínua-acontece
quando um conjunto de fenótipos de uma
determinada característica pode ser
agrupado
em
classes
distintas.
(Estatística)
dissecado Paisagem trabalhada pelos
agentes erosivos nas encostas e vales ou
em áreas que foram soerguidas,
separadas por vales; alicado ao termo
relevo.. (Geomorfologia)
distribuição
granulométrica
Quantidades das várias frações do solo
em uma amostra, expressas em g/kg de
solo. (Pedologia)
dissociação iônica Fenômeno em que
ocorre a separação de íons. Pode ocorrer
139
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
diversidade secundária Centros onde
ocorrem poucas espécies silvestres com
a espécie de interesse econômico, social
ou cultural, os níveis de variação
genética são baixos e ocorre alta
freqüência de caracteres recessivos.
(Ecologia)
distribuição normal É a propriedade de
um conjunto de dados de se distribuir
simetricamente em torno da média; isto
significa que o dado mais freqüente tem o
valor da média, ao passo que os demais
valores maiores e menores decrescem
em freqüência à medida que se afastam
da média. (Estatística).
diverticulite
Inflamação
divertículo. (Medicina)
distribuição uniforme
Padrão de
distribuição no qual os indivíduos
ocorrem mais regularmente que ao
acaso. (Estatística)
um
divertículo Pequena saculação formada
a partir da saída da mucosa do intestino
através de sua muscular; é mais comum
no intestino grosso mas pode-se
encontrar divertículos em todos os
segmentos de vísceras ocas. (Medicina)
distrito
metalogenético
Área
mineralizada com o desenvolvimento
característico de mineralizações de um
determinado quimismo, associado a um
especial grupo de formações; mostra
forma irregular e dimensões que
envolvem áreas de milhares a dezenas
de milhares de quilômetros quadrados.
(Geologia)
diverticulose Doença em que existem
inúmeros divertículos em um segmento
ou em todo intestino grosso; freqüente
em pessoas acima de 50 anos.
(Medicina).
dívida externa Somatória dos débitos
de um país, garantidos pelo seu governo,
resultantes
de
empréstimos
e
financiamentos
contraídos
com
residentes no exterior; os débitos podem
ter origem no próprio governo, em
empresas estatais e em empresas
privadas; neste último caso, isso ocorre
com aval do governo para fornecimento
das divisas que servirão às amortizações
e ao pagamento de juros. (Economia)
distrófico Denominação dos solos que
apresentam saturação por bases (V%) e
saturação por alumínio inferior a 50%.
Sinônimo de solo pobre, de baixa
fertilidade. (Pedologia)
diurético Substância que aumenta o
fluxo de produção de urina. (Medicina)
divergência Fenômeno que ocorre se
em uma unidade de volume de ar sai
mais ar do que entra, devido à
aceleração local, ocorre perda de massa
naquele volume. (Climatologia)
dívida interna Somatória dos débitos
assumidos pelo governo junto às
pessoas físicas e jurídicas residentes no
próprio país; sempre que as despesas
superam as receitas, há necessidade de
dinheiro para cobrir o déficit; para isso, as
autoridades econômicas podem optar por
três soluções: emissão de papel moeda,
aumento de impostos ou lançamento de
títulos. (Economia)
diversidade A existência de diferentes
formas, em qualquer nível ou categoria;
há
uma
tendência
de
associar
diversidade com o nível macro, como por
exemplo diversidade de espécies ou
diversidade de flores.
diversidade
biológica
biodiversidade. (Ecologia)
de
Ver
divisor de águas Linha que separa a
direção para onde correm as águas
pluviais, ou bacias de drenagem; um
exemplo de divisor de água é a
montanha.
diversidade genética Ver variabilidade
genética. (Genética)
diversidade primária
Centros onde
além da espécie de interesse econômico,
social ou cultural, ocorrem espécies
silvestres relacionadas que apresentam
características
primitivas
e
alta
freqüência de caracteres dominantes.
(Ecologia)
divisor freático Linha de separação das
águas subterrâneas a partir da qual o
escoamento se processa em direções
opostas.
140
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
DNA/RNA recombinante São moléculas
de material genético manipuladas fora
das células vivas, mediante modificação
de segmentos de DNA/RNA, natural ou
sintético, que possam multiplicar-se em
uma célula viva, ou ainda, as moléculas
de
DNA/RNA
resultantes
desta
multiplicação. (Genética)
dobra de arrasto Dobra formada em
uma seqüência sedimentar, quando uma
camada mais competente desliza sobre
uma
menos
competente
ou
incompetente; mostra planos axiais
inclinados em relação aos planos de
acamamento da camada competente.
(Geologia)
doblete
Pedra constituída por duas
partes, que se encontram unidas por um
cimento; pedra dupla. (Gemologia)
dobra deitada
(Geologia)
Ver dobra invertida.
dobra Qualquer segmento de um grupo
de superfícies que são curviplanares; são
ondulações adquiridas por feições
planares,
através
de
deformação
inomogênea de massas rochosas.
(Geologia)
dobra desarmônica
Dobra cujas
sucessivas
superfícies
dobradas
apresentam
formas
marcadamente
diferentes,
sem
que
desapareça,
contudo, a identidade da dobra, através
da seção litológica; caso contrário é dita
harmônica. (Geologia)
dobra angular Dobra que possui flancos
retilíneos muito inclinados, de tal maneira
que suas zonas axiais formam ângulos
agudos. (Geologia)
dobra em concertina Dobra angular
repetida, simétrica, e cujos flancos
mostram igual comprimento; dobra em
sanfona. (Geologia)
dobra apertada Ver dobra comprimida.
(Geologia)
dobra em cúspide Dobra cujos flancos
mostram-se suavemente curvados como
arcos, mas que se fecham na zona axial
formando cúspides. (Geologia)
dobra comprimida
Dobra cuja
deformação foi suficientemente intensa,
causando o fluxo das camadas mais
plásticas, de tal modo que estas se
espessam e se adelgaçam, sendo que,
via de regra, tal espessamento ocorre
nas curvaturas e o adelgaçamento nos
flancos; dobra apertada. (Geologia)
dobra em leque Dobra em que ambos
os flancos estão invertidos. (Geologia)
dobra em sanfona
concertina. (Geologia)
dobra flexural
(Geologia)
dobra concêntrica Ver dobra isópaca.
(Geologia)
Ver dobra em
Ver dobra isópaca.
dobra intrafolial Dobra individual, plana,
que se mostra fortemente comprimida,
sendo denominada intrafolial sem raiz,
quando presente um fechamento isolado
único, ou um par de fechamentos
opostos, em uma porção rompida de uma
camada que flutua como uma inclusão
tectônica, em uma rocha de foliação
relativamente não dobrada. (Geologia)
dobra conjugada
Dobra formada
quando os monoclinais das kink bands
estão dispostos em dois jogos nas
superfícies axiais, que se inclinam uma
contra a outra. (Geologia)
dobra convoluta
Dobra do tipo
desarmônica, conjugada ou policlinal,
mas que possui superfície axial
encurvada,
suavemente
ramificada,
verticilada ou espiralada, apresentando
charneiras complexas, retorcidas ou
convolutas. (Geologia)
dobra inversa
(Geologia)
Ver dobra invertida.
dobra invertida Dobra que apresenta a
superfície axial mergulhando com um
ângulo inferior a 900, e cujos flancos
mergulham no mesmo sentido mas com
valores angulares distintos; o flanco
inverso ou invertido é aquele que girou
dobra de achatamento
Dobra
anisópaca na qual a espessura é maior
no ápice do que nos flancos. (Geologia)
141
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mais de 900 para adquirir a atual posição;
dobra inversa ou deitada. (Geologia)
doenças benignas
Doenças não
cancerosas e que, portanto, não invadem
os tecidos adjacentes nem se espalham
para outras partes do corpo. (Medicina)
dobra isoclinal Dobra cujos flancos são
essencialmente
paralelos,
isto
é,
mergulham no mesmo sentido e com
ângulos iguais. (Geologia)
dogleg Mudança angular abrupta na
direção de um determinado elemento
estrutural.
dobra isópaca
Dobra que não
apresenta variação na espessura das
camadas ou bandas dobradas, nem no
ápice e nem nos flancos; quando
apresenta variação na espessura é
denominada
anisópaca;
dobra
concêntrica,
paralela
ou
flexural.
(Geologia)
dobra paralela
(Geologia)
dolarização É a substituição total da
moeda de um país pelo dólar americano;
quem faz isso pretende acabar com as
incertezas da economia nacional e
facilitar o investimento de empresas
estrangeiras; o governo que decide fazer
isso reduz sua capacidade de comandar
a economia, pois, além da moeda, as
taxas de juros também passam a ser
regidas pelas taxas dos Estados Unidos.
(Economia)
Ver dobra isópaca.
dobra ptigmática Dobra que apresenta
formato em geral lobular, com flancos
atenuados e charneiras que mostram
uma
configuração
sensivelmente
concêntrica. (Geologia)
doldrums
O cinturão equatorial de
calmaria ou ventos fracos, variáveis em
direção, entre os dois sistemas de ventos
alísios. (Meteorologia)
dobra recumbente Dobra na qual a
superfície axial tende à horizontalidade.
(Geologia)
dolina Depressão presente em regiões
dominadas por rochas calcíferas, e que
apresentam forma arredondada ou
ovalada, com bordas íngremes e fundo
chato; pode conter uma lagoa com
argilas de descalcificação ou outros
materiais
de
preenchimento,
provenientes da dissolução.
dobra supratênue Dobra anisópaca na
qual a espessura dos flancos é maior do
que no ápice. (Geologia)
doença celíaca Uma doença genética
em que a superfície do intestino delgado
é afetada quando a pessoa se alimenta
de trigo, centeio, aveia ou cevada;
acredita-se que o agente causal é o
glúten, substância presente nestes
alimentos; spru não tropical, enteropatia
sensível ao glúten. (Medicina)
dolomita
Mineral da família dos
carbonatos, de composição CaMg(CO3)2,
e que cristaliza no sistema hexagonal-R,
classe romboédrica, diferenciando-se da
calcita por não efervescer em HCl diluído.
dolomitização Processo natural através
do qual o calcário transforma-se em
dolomito através da substituição parcial
do carbonato de cálcio (CaCO3) original
pelo carbonato de magnésio (MgCO3), e
parecendo progredir com o tempo, já que
nos
depósitos
mais
antigos
os
carbonatos dolomitizados são mais
freqüentes.
doença de Wilson Doença genética na
qual se verifica aumento de cobre no
fígado; pode levar a uma destruição
progressiva do fígado e cirrose além de
afetar o sistema nervoso central.
(Medicina)
doença residual mínima
É a
permanência de células tumorais viáveis
após o termino do tratamento em
quantidades
mínimas;
pode
ser
detectada através de técnicas de Biologia
Molécular
utilizando-se
marcadores
tumorais específicos. (Medicina)
domesticação Conjunto de atividades
que visa a incorporar uma planta ou
animal silvestre ao acervo disponível
para uso e consumo pelo homem; as
atividades incluem uma série de técnicas
cognitivas (ex.: modo de reprodução da
espécie, sistemas de cruzamento,
142
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
manejo, etc) que pode culminar com a
espécie dependendo inteiramente do ser
humano para sua propagação e
perdendo a capacidade de sobreviver na
natureza; atingido este estádio, uma
espécie domesticada tem sua evolução
determinada pela seleção natural e
seleção artificial, com o homem tornandose um agente seletivo de maior força que
os tradicionais agentes (ex: mutação,
recombinação) da seleção natural. Ver
cultígeno, indigen.
baixas
equatoriais
florestadas
da
Amazônia
(Hilea);
domínio
das
depressões interplanálticas, semiáridas,
com drenagens intermitentes sazonarias
(caatinga); domínio dos mares de morros
originalmente florestados do Brasil
Tropical Atlântico; domínio dos planaltos
centrais com cerrados e florestas de
galeria; domínio dos planaltos de
araucárias ao sul do trópico e, domínio
das coxilhas com pradarias mistas, que
se estende até o Uruguai e Argentina.
dominância Interação entre alelos que
pode ser completa quando o fenótipo do
heterozigoto é o mesmo do homozigoto
para o alelo dominante, ou incompleta
quando o fenótipo heterozigótico situa-se
no intervalo dos fenótipos homozigóticos.
(Genética)
domínio morfoestrutural
Grandes
conjuntos estruturais , que geram
arranjos regionais de relevo, guardando
relação de causa entre si.
domo Estrutura positiva que apresenta
as camadas rochosas mergulhando de
maneira divergente em todas as
direções. (Geologia)
dominância completa Interação alélica
em que o fenótipo do heterozigoto é o
mesmo do homozigoto para o alelo
dominante. (Genética)
domo Forma que apresenta duas faces
não paralelas , porém simétricas em
relação a um plano de simetria.
(Cristalografia)
dominância incompleta
Interação
alélica em que o fenótipo do heterozigoto
situa-se no intervalo estabelecido pelos
fenótipos homozigotos. (Genética)
domo de areia Estrutura dômica da
ordem de milímetros que aparece na
areia de praia, sendo formada pelo
espraiamento das águas aprisionando ar.
dominante Habilidade de um alelo em
determinar o fenótipo de um indivíduo,
independente do alelo que com ele
parear-se. (Genética)
domo salino Estrutura resultante do
movimento ascendente de uma massa
salina, constituída essencialmente por
halita
(NaCl),
com
forma
aproximadamente cilíndrica, diâmetro
pequeno em relação à altura que pode
alcançar desde várias centenas até
milhares
de
metros;
propiciam
acumulações
importantes
de
hidrocarbonetos.
domínio É uma área caracterizada por
espécies endêmicas. (Fiteogeografia)
domínio morfoclimático Grande área
do espaço geográfico, no interior de uma
área continental, onde predominam
feições
morfológicas
e
condições
ecológicas integradas; possuem áreas
extensas e incluem diversas regiões
naturais e compartimentos topográficos,
conservando, porém, condições geoecológicas
extensivas,
feições
geomórficas aparentadas, associações
regionais
de
solos
específicos,
coberturas
vegetais
naturais
características e condições hidrológicas
regionais diferenciadas, em relação aos
domínios
morfoclimáticos
e
biogeográficos adjacentes; no Brasil
existem seis domínios morfoclimáticos
inter e subtropicais: domínio das terras
dormência Refere-se à situação em que
uma semente viável não germina mesmo
quando
submetida
a
condições
favoráveis à sua germinação como
temperatura e nível de umidade
adequados, aeração e luminosidade
satisfatórios, substrato próprio, etc. Ver
viabilidade.
dose diária aceitável - DDA Representa
a quantidade máxima de um produto que,
ingerida diariamente durante toda a vida,
não ofereceria risco apreciável saúde, à
luz dos conhecimentos atuais; é expressa
143
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
drenagem paralela
Padrão de
drenagem em que as linhas de drenagem
se dispõem aproximadamente paralelas
umas às outras.
pela dose em miligramas de substância
tóxica por quilograma de peso vivo da
pessoa que a consome (mg/kg).
dose letal 50 - DL50 É uma forma de
expressar o grau de toxicidade aguda de
um produto. Indica a quantidade de
ingrediente ativo de uma substância
tóxica (como agrotóxico) necessária para
matar 50% de animais testados;
expressa-se
em
miligramas
por
quilograma (mg/kg) de peso do corpo do
animal intoxicado.
drenagem radial Padrão de drenagem
onde as linhas de drenagem se irradiam
de uma área central como os aros de
uma rida; a drenagem associada com os
vulcões oferece o exemplo mais típico.
drenagem retangular
Padrão de
drenagem caracterizada pela mudança
da linha de drenagem, tanto no drenador
principal, como nos tributários, em
ângulos de cerca de 900.
dossel Copa das árvores. (Botânica)
draga Tipo de embarcação própria para
retirar material do fundo, especialmente
no aprofundamento de canais de acesso
a portos.
drenagem superficial
Consiste na
eliminação natural do excesso de água
de precipitação, na superfície do solo.
(Pedologia)
drenagem Escoamento ou remoção de
água superficial ou subterrânea de uma
área; pode ser feita por bombeamento ou
gravidade;
feição
linear
negativa,
produzida por água superficial, e que
modela a topografia de uma região.
dreno
Conduto ou pequeno canal
através do qual a água é removida do
solo ou de um aqüífero, por gravidade,
objetivando controlar o nível da água.
(Hidrologia)
drenagem anastomosada
Tipo de
drenagem que consiste em vários canais
distributários que se ramificam e se
juntam formando um conjunto de canais
interligados e separados por inúmeras
ilhas que se apresentam de forma
alongada.
drift
Processo geotectônico de
afastamento
gradual
de
massas
continentais, correspondente à fase
evolutiva de uma bacia oceânica que
sucede aos estágios iniciais de
rifteamento crustal; deriva continental.
(Geologia)
drenagem anular Padrão de drenagem
em forma de anéis.
drill É um caracol que perfura a concha
das ostras formadoras dos recifes,
comendo a sua parte interna; o seu
número aumenta quando a salinidade do
recife é moderadamente constante;
quando o fluxo de água doce causa
grandes variações de salinidade, a
população diminui.
drenagem
artificial
promovida pelo homem.
Drenagem
drenagem excessiva Perda de água do
solo, por percolação ou fluxo superficial,
muito rápida e em grande escala. A
perda é maior que a necessária para
evitar o desenvolvimento de uma
condição anaeróbica, por um apreciável
período.
drumlim Depósito de till ,que mostra
uma geometria alongada segundo o fluxo
do gelo.
dúctil
Deformação em que há
escoamento plástico e cujos elementos
estruturais são distorcidos basicamente
em função do encurtamento segundo o
eixo Z, estiramento segundo X e
encurtamento e estiramento segundo Y
drenagem impedida
Uma condição
qualquer que impeça o movimento de
água por gravidade, através do solo.
(Pedologia)
drenagem natural Condição natural de
determinada área para a eliminação de
suas águas superficiais.
ducto cístico Ducto que comunica a
vesícula biliar ao colédoco. (Medicina)
144
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
admitidos valores máximos relativamente
altos, típicos de águas duras ou muito
duras; no Brasil, o valor máximo
permissível de dureza total fixado pelo
padrão de potabilidade, ora em vigor, é
de 500 mg CaCO3/l; águas duras
caracterizam-se
por
exigirem
consideráveis quantidades de sabão para
produzir espuma.
ductos biliares Sistema de canalículos
que levam a bile do fígado para a
vesícula biliar e para o intestino.
(Medicina)
dumping A venda de um produto por
preço inferior ao cobrado no mercado,
visando a eliminação da concorrência
duna Corpo de areia acumulada pelo
vento, que se eleva formando um cume
único; pode ocorrer isoladamente ou em
associação,
e
ser
formada
independentemente da presença de
qualquer acidente topográfico, sendo
que, de fato alcança seu mais perfeito
desenvolvimento quando o terreno é
plano e monótono.
dureza Resistência à penetração que
um
material
apresenta;
existem
diferentes escalas, para diferentes
ensaios de dureza (Rockwell, Brinell,
Vickers); uma escala de dureza relativa é
conhecida como Escala de Mohs, sendo:
1- talco, 2- gipsita, 3- calcita, 4-fluorita, 5apatita, 6-ortoclásio,7-quartzo, 8-topázio,
9-córindon e 10-diamante. (Mineralogia)
duna ativa Duna que se apresenta
quase sempre desprovida de vegetação,
e que se desloca incessantemente pela
ação do vento.
dureza permanente É aquela que não é
removível com a fervura da água. Ver
dureza.
duna de deflação
Denominação
aplicada as acumulações de areia
derivadas de bacias de deflação,
principalmente quando as acumulações
apresentam grandes dimensões e
erguem-se acima da cota da área-fonte.
dureza temporária É a resultante da
combinação de íons de cálcio e
magnésio que podem se combinar com
bicarbonatos e carbonatos presentes.
durimperme
(Pedologia)
duna equidimensional
Duna que
apresenta pelo menos três faces de
deslizamento e três cristas radiais.
Ver duripã ou duripan.
durinódulos
Nódulos
que
se
apresentam fracamente cimentados ou
consolidados, sendo que o cimento SiO2,
pode ser presumivelmente opala ou
outras formas microcristalinas de sílica.
duna marginal Primeiro cordão contínuo
de dunas, adjacente e paralelo à praia, e
situado ao longo da linha limite das mais
altas marés.
duripan
É um horizonte mineral
subsuperficial, com 10 cm ou mais de
espessura, que apresenta grau variável
de cimentação por sílica, podendo ainda
conter óxido de ferro e carbonato de
cálcio; como resultado disto, os duripãs
variam de aparência, porém todos
apresentam
consistência,
quando
úmidos, muito firme ou extremamente
firme e são sempre quebradiços, mesmo
após
prolongado
umedecimento;
durimperme; duripã. (Pedologia)
duodeno Primeira porção do intestino
delgado. (Medicina)
dupla refração
Propriedade que
apresentam os minerais, com exceção
daqueles que pertencem ao sistema
isométrico, de, ao serem atravessados
por um raio de luz, desdobrarem-no em
dois, cada um se deslocando através do
mineral
com
uma
velocidade
característica e tendo seu índice de
refração próprio.
durâmen Ver cerne. (Botânica)
durófago
Denominação aplicada a
animal predador de conchas.
dureza É um parâmetro característico da
qualidade de águas de abastecimento
industrial e doméstico sendo que do
ponto de vista da potabilização são
dutilidade Propriedade do material de
sofrer deformação permanente sem
romper; é o quanto o material se deforma
até a ruptura; ductilidade. (Física)
145
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
sociedade, dada a diversidade dos meios
naturais e dos contextos culturais; visão
moderna
do
desenvolvimento
consorciado com o manejo dos
ecossistemas, procurando utilizar os
conhecimentos já existentes na região,
no âmbito cultural, biológico, ambiental,
social e político, evitando-se assim a
agressão ao meio ambiente. Ver
desenvolvimento sustentado.
duto Tubo que conduz líquidos (canos),
fios (conduítes) ou ar, no caso dos
sistemas de condicionamento de ar.
(Engenharia Civil)
E
ecoespécie
Subdivisão de uma
cenoespécie que é capaz de livre
intercâmbio de genes entre os seus
membros, sem prejuízo da fertilidade;
pode ser mais ou menos capaz de
armazenamentos férteis com membros
de outras subdivisões da cenoespécie.
e Colocado após o símbolo do horizonte
B e parte inferior do A espesso, indica
horizontes mais escuros que os
contíguos, podendo ou não ter teores
mais elevados de matéria orgânica, não
associada com sesquióxidos. (Pedologia)
ecofisiologia Estudo das adaptações
fisiológicas de organismos a seu
ambiente; determina como um organismo
reage ao impacto ambiental. ou as
interrelações
funcionais
que
se
estabelecem entre os componentes de
um organismo ao enfrentarem as
restrições impostas pelas flutuações
ambientais. Ver autoecologia.
E Ver horizonte E, horizontes do solo.
(Pedologia)
ébano Árvore da família das Ebenáceas,
Diospyros tesselaria, que apresentam
madeira muito escura, pesada e
resistente.
ecologia Ciência que estuda todas as
relações entre os organismos atuais e os
ambientes envolventes, a distribuição dos
organismos nestes ambientes , bem
como a natureza das suas interações.
ebonite Substância dura e de coloração
negra, obtida pela vulcanização da
borracha com elevados teores de
enxofre.
ecologia etológica Ver: etologia.
eclíptica Trajetória que o Sol descreve
no céu durante o ano; é representada
nos mapas celestes por uma linha
ponteada. (Astronomia)
ecomigrante Termo que designa as
legiões de pessoas que, devido à
degradação
ou
outros
problemas
ambientais, são levadas a migrar de suas
regiões de origem para outras regiões ou
países; é o que fez milhões de habitantes
da
Somália
se
tornarem
involuntariamente nômades, ao fugirem
para a Etiópia, e da Etiópia para o Sudão,
e de lá para Burma, e então para
Bangladesh, na Índia.
Eco 92 Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento
- CNUMAD, realizada no Rio de Janeiro,
em 1992, vinte anos após a conferência
de Estocolmo; foram 178 países
reunidos, incluindo cerca de 100 chefes
de Estado; Cúpula da Terra.
ecodesenvolvimento É um processo
criativo de transformação do meio com a
ajuda de técnicas ecologicamente
prudentes, concebidas em função das
potencialidades deste meio, impedindo o
desperdício inconsiderado dos recursos,
e cuidado para que estes sejam
empregados
na
satisfação
das
necessidades de todos os membros da
ecossistema Conjunto de componentes
abióticos (elementos sem vida animada)
e biótico (seres vivos) que num
determinado meio, trocam matéria e
energia; é pois o conjunto de uma
comunidade (biocenose) mais o meio que
a cerca (biótipo); é a unidade funcional
básica da ecologia; são exemplos de
146
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
edema Acúmulo de líquido entre as
células de uma determinada região ou
órgão, causando aumento da região
afetada; o acúmulo de líquido em todo o
corpo é chamado de anasarca.
(Medicina)
ecossistemas os rios, os mares, os
desertos, os lagos, as florestas, as
planícies etc. (Ecologia)
ecótipo Conjunto de indivíduos de uma
comunidade que apresentam o mesmo
padrão genotípico. (Ecologia)
EDTA
ácido
etilenodiaminotetracético
Usado na
determinação de cálcio e magnésio por
titulação
quelatométrica;
ácido
etilenodinitrilotetracético. (Pedologia)
ecótono Zona de transição entre duas
comunidades; suas dimensões são
variáveis e nele vivem espécies
provenientes das comunidades vizinhas
além de espécies peculiares à própria
região; mistura florística entre tipos de
vegetação (contato entre tipos de
vegetação) ou região de transição entre
dois tipos fisionômicos distintos onde
ocorre maior diversidade florística devido
a existência de tipos de vegetação
pertencentes a um e outro.
educação ambiental É um processo
permanente no qual os indivíduos e a
comunidade tomam consciência do meio
ambiente e adquirem conhecimentos,
valores, habilidades, experiências e
determinação que os tomam aptos a agir
- individual e coletivamente - e resolver
problemas ambientais presentes e
futuros;
suas
características
fundamentais são: o enfoque orientado à
solução de problemas concretos da
comunidade; o enfoque interdisciplinar
dos problemas do meio ambiente; do
meio ambiente; a participação da
comunidade; e o caráter permanente,
orientado para o futuro.
ecoturismo É o segmento da atividade
turística que utiliza, de forma sustentável,
o patrimônio natural e cultural, incentiva
sua conservação e busca a formação de
uma consciência ambientalista através da
interpretação do ambiente, promovendo o
bem estar das populações envolvidas;
toda atividade realizada em área natural
com o objetivo de observação e
conhecimento da flora, fauna e aspectos
cênicos, com ou sem o sentido de
aventura; prática de esportes e
realização de pesquisas científicas.
(Economia)
efeito aditivo Efeito de um alelo sobre o
fenótipo, numa estimativa média sobre a
variedade de combinações genéticas nas
quais ele ocorre; efeito independente de
outros alelos com os quais ele está
combinado. (Genética)
ectomicirrizas
São
associações
simbióticas
mutualistas,
formadas
predominantemente por basidiomicetos,
e ocorrem nas espécies arbóreas, em
especial naquelas de clima temperado,
como as coníferas, sendo portanto, de
ocorrência restrita nos trópicos; os fungos
criam uma cobertura que circunda a parte
externa da raiz.
efeito chaminé Fenômeno que consiste
na movimentação vertical de uma massa
gasosa localizada ou do fluxo de gases
devido à diferença de temperatura ou
pressão
com
relação
ao
meio
circundante.
efeito cumulativo
Fenômeno que
ocorre com inseticidas e compostos
radioativos que se concentram nos
organismos
terminais
da
cadeia
alimentar, como o homem.
edáfico Pertencente ou relativo ao solo;
resultante ou influenciado por fatores
inerentes ao solo ou outro substrato,
mais que por fatores climáticos.
efeito de ambiente permanente Ocorre
somente durante um período da vida do
animal, mas que afeta seu desempenho
pelo restante de sua vida produtiva.
(Melhoramento Genético)
edafologia
Ciência que trata da
influência dos solos em seres vivos,
particularmente plantas, incluindo o uso
da terra pelo homem, com a finalidade de
proporcionar desenvolvimento de plantas.
efeito de ambiente temporário Devido
a fatores eventuais, associados ao meio
147
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ambiente e que afetam temporariamente
os
desempenhos
dos
animais.
(Melhoramento Genético)
da mãe à progênie, ou condições
nutricionais. (Melhoramento Genético)
efeito rebote É uma reação secundária
do organismo a um estímulo primário de
uma droga qualquer, no sentido de
manter a homeostase orgânica, ou seja,
drogas utilizadas classicamente para
determinado
tratamento
promovem,
inicialmente, uma melhora como efeito
primário, e despertam, como ação
secundária, uma exacerbação dos
sintomas iniciais, após a suspensão da
medicação ou tratamento irregular;
reação paradoxal.
efeito de Coriolis Fenômeno devido à
rotação da Terra que produz uma
aceleração nas massas de ar, variável
em função do local em que se encontram
(equador ,trópicos, polos ,etc.); a força
gerada desloca os ventos à direita no
hemisfério norte, e à esquerda no
hemisfério sul.
efeito do fundador
Alterações na
freqüência gênica em uma nova
população fundada por uma amostra
muito pequena da população existente;
assim, o grupo fundador não carrega a
freqüência gênica da população original.
(Melhoramento Genético)
efeito Tyndall Fenômeno que consiste
na difração dos raios luminosos que
atravessam uma solução coloidal, em
face das partículas de um colóide
apresentarem diâmetro médio superior
ao comprimento de onda dos raios; este
efeito torna visível um feixe de raios
luminosos,
quando
o
observador
encontra-se
perpendicularmente
ao
trajeto dos raios.
efeito doppler Mudança aparente na
freqüência da energia radiante quando a
distância entre o emissor e o receptor
está sendo modificada. (Sensoriamento
Remoto)
efeito estufa
Fenômeno atmosférico
natural, em que alguns gases que
compõem a atmosfera funcionam como o
vidro de uma estufa, que deixa passar a
luz solar para o interior, mas aprisionam
o calor gerado dentro da estufa; o
responsável por esse fenômeno: gases
presentes na atmosfera, como o vapor de
água, que é o principal gás estufa, cuja
quantidade contida no ar varia muito, no
tempo e no espaço; o segundo em
importância é o gás carbônico (CO2).
Além desses existem metano (CH4),
ozônio (O3) e óxido nitroso (N2O). Os
compostos de clorofluorcarbono (CFC’s),
fabricados pelo homem, também são
capazes de aprisionar calor; em
condições normais, devido a esse efeito,
a temperatura média do ar próximo à
superfície é de 15º C; em sua ausência
essa temperatura seria de 18º C abaixo
de zero; portanto, quando as quantidades
dos gases estufa estão equilibradas, este
é um efeito que traz benefício aos seres
vivos. Ver aquecimento global.
efêmera Planta que completa seu ciclo
de vida desde a germinação da semente
até a produção de novas sementes , em
um prazo muito curto de tempo, com
algumas gerações por ano; em vista disto
tem
sistema
radicular
pouco
desenvolvido e se abastece de água
superficial. (Fitogeografia)
efemérides Publicação que apresenta
as coordenadas equatoriais celestes dos
astros
para
determinadas
épocas
correspondentes a intervalos de tempo
regularmente espaçados. (Astronomia)
eflorescências
Marcas
decorrentes da infiltração
(Engenharia Civil)
de bolor
de água.
eflorescências São ocorrências de sais
cristalinos sob a forma de revestimentos,
crosta e bolsas, após período seco, nas
superfícies dos elementos estruturais,
nas fendas e nas superfícies, podendo
ter aspecto pulverulento; são constituídas
principalmente por cloreto de sódio,
sulfatos de cálcio, magnésio e sódio e,
mais raramente, por carbonato de cálcio.
(Pedologia)
efeito materno
Efeito não-gênico
nuclear da mãe sobre o fenótipo do filho
em função de fatores como herança
citoplasmática, transmissão de doenças
148
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ejetólito cognato Fragmento derivado
de rochas vulcânicas co-magmáticas
originado
de
erupções
anteriores,
provenientes do mesmo vulcão; ejetólito
acessório. (Geologia)
efluente
Qualquer tipo de água ou
líqüido, que flui de um sistema de coleta,
ou de transporte, como tubulações,
canais, reservatórios, e elevatórias, ou de
um sistema de tratamento ou disposição
final, com estações de tratamento e
corpos de água.
ejetólito juvenil
Fragmento oriundo
diretamente da erupção magmática, e
consistindo de partícula densa ou inflada
da fusão resfriada, ou de cristal presente
no magma antes da erupção. (Geologia)
efluente estável Despejo tratado que
contém
oxigênio
suficiente
para
satisfazer sua demanda de oxigênio.
el niño Fenômeno natural e cíclico que
reaparece em intervalos irregulares de 3
a 5 anos e que consiste no aquecimento
anômalo das águas superficiais do
oceano Pacífico equatorial no setor
centro-oriental;
resultado
de
uma
interação entre o oceano e a atmosfera, o
fenômeno provoca modificação no fluxo
de calor o que acarreta fortes alterações
nas condições do tempo em várias partes
do mundo. (Meteorologia)
efluente industrial
São os esgotos
provenientes de indústrias.
egretas
Penas ornamentais que
aparecem no período reprodutivo e que
são substituídas posteriormente por
penas de cobertura normais. (Zoologia)
eixo de simetria Linha imaginária ao
redor da qual um cristal pode ser
rotacionado de modo que suas faces,
linhas ou ângulos idênticos, possam ser
vistos pelo menos duas vezes durante
uma rotação completa. (Cristalografia)
elasticidade Tensão máxima que ainda
provoca deformação elástica. (Física)
eixos
cristalográficos
Linhas
imaginárias que passam pelo centro de
um cristal ideal como eixos de referência,
sendo tomados paralelamente às arestas
de interseção das faces principais do
cristal; todos os cristais, com exceção
dos pertencentes ao sistema hexagonal,
são
referidos
aos
três
eixos
cristalográficos. (Cristalografia)
elastômero
Polímero com elevada
elasticidade. (Química)
elemento ambiental Aplica-se a uma
unidade relativamente simples do meio
ambiente. (Ecologia)
eletricidade É uma energia derivada
que pode ser produzida a partir da
maioria das formas energéticas; o mais
importante processo da sua produção
consiste em recorrer a um gerador ou
alternador que converte a energia
mecânica fornecida por um processo
térmico ou por uma turbina hidráulica; na
maior parte das suas aplicações, deve
ser produzida no momento do seu
consumo, pois, o seu armazenamento só
é possível indiretamente e em aplicações
muito
restritas;
fenômeno
físico
associado a descargas elétricas estáticas
ou em movimento, fundamentado no
princípio da carga convencionalmente
negativa do elétron; o princípio físico em
função do qual uma das partículas
atômicas, o elétron, apresenta uma carga
que, por convenção, se considera de
sinal negativo constitui o fundamento
dessa forma de energia, que tem uma
eixos fiduciais Linhas que unem as
marcas de fé opostas em uma fotografia
aérea; o eixo X é ,em grau, considerado,
aproximadamente paralelo à linha de
vôo. (Aerofotogrametria)
eixos geométricos Sistema triortogonal
de
eixos
referenciais
arbitrários,
utilizados na direção de estruturas,
principalmente no caso de dobras, e
correntemente referidos através das
letras abc ou ABC. (Geologia)
ejetólito acessório
cognato. (Geologia)
Ver
ejetólito
ejetólito acidental Fragmento derivado
do embasamento subvulcânico e, deste
modo, podendo apresentar qualquer
composição. (Geologia)
149
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
vida
elevação Ponto elevado da altura dos
astros acima do horizonte. (Astronomia)
eletroforese Fenômeno que consiste na
migração das partículas coloidais quando
submetidas a ação de um campo elétrico;
os colóides podem possuir cargas
elétricas, por estarem eles mesmos
carregados ou pelo fato de adsorverem
eletrólitos.
elipsóide de deformação Configuração
geométrica do estado deformado de uma
figura originalmente esférica, pertencente
a um corpo submetido a um campo de
tensões. (Física)
infinidade de aplicações
moderna. (Energia)
na
elongação Porcentagem de extensão
(elongação positiva) ou contração
(elongação negativa) sofrida por um
corpo, sendo obtida pela fórmula e=L-L0,
sendo L0 o comprimento inicial e L o
comprimento final. (Física)
eletroforese de isoenzimas Técnica
empregada para separar formas múltiplas
de uma enzima mediante um campo
elétrico induzido dentro de um gel.
elutriação
Contínuo ultrapassar de
umas partículas por sobre as outras
durante seu transporte.
elétron
Partícula constituinte dos
átomos e moléculas, que possui a menor
quantidade de carga elétrica livre que se
conhece, com massa igual a 1/1837
vezes a massa do próton, spin 1/2, e
carga igual a 1,60 x 10-19 C; símbolo: e,
é; encontrada nas camadas que cercam
os núcleos dos átomos; sua interação
com os elétrons vizinhos, cria os laços
químicos que unem os átomos como
moléculas.
eluvião Material detrítico resultante da
desintegração da rocha matriz, e que
permanece in situ; pode o material ser
deslocado ou mesmo arrastado por
águas encosta abaixo, por uma certa
distância,
porém
não
pode
ser
transportado por uma corrente.
embaciamento
Prática agrícola que
consiste na abertura de sulcos entre cada
linha de plantio de culturas perenes,
ajudando a diminuir a velocidade das
águas que escorrem pelo terreno; esta
técnica difere do terraceamento pela
quantidade de sulcos. (Agronomia)
elétron de valência Partícula eletrônica
que normalmente se encontra na camada
mais externa de um átomo e influi na
determinação das suas propriedades
ópticas, químicas e condutoras.
elétron óptico Ver elétron de valência.
embaiamento Reação descontínua que
ocorre
entre
minerais
formados
precocemente e o líquido magmático,
conduzindo à sua dissolução ou
absorção; tais efeitos incluem o
arredondamento das arestas e a
formação de entradas que penetram nos
cristais.
eletrônica É a parte da física aplicada
que estuda os fenômenos relacionados
com os elétrons, ou cargas elétricas
elementares, seu comportamento e suas
propriedades em estado livre; de um
ponto de vista mais próximo da
engenharia, tende-se a considerar a
eletrônica como a parte da física que
trata dos circuitos elétricos e de
instrumentos constituídos por válvulas
termoiônicas,
dispositivos
semicondutores
(transistores,
termistores, circuitos integrados), tubos
de raios catódicos e outros componentes,
entre os quais os baseados no efeito
fotoelétrico (células fotoelétricas, válvulas
fotomultiplicadoras, etc).
embargo Ato do governo que consiste
na proibição de importação/exportação
de um produto específico, ou na
proibição
de
comercializar
com
determinado país. (Direito)
embolia
Obliteração de um vaso
sanguíneo por um êmbolo, isto é, por um
coágulo sanguíneo que é transportado
pela circulação. (Medicina)
eletroosmose Fenômeno eletrocinético
no qual um líquido é movido em relação a
uma superfície carregada estacionária ,
por efeito de um campo elétrico.
embrião Óvulo fertilizado nas fases mais
iniciais de desenvolvimento pré-natal,
normalmente
anteriores
ao
150
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
desenvolvimento das partes do corpo;
planta rudimentar no interior da semente,
formada a partir da fertilização.
encher Aumento da pressão no centro
de um ciclone ao longo do tempo.
(Meteorologia)
embriogênese Processo de formação e
desenvolvimento do embrião, a partir de
células não- embrionárias.
enclave Corpo litológico que apresenta
formas e dimensões variadas, englobado
por uma rocha magmática, da qual difere
pelo aspecto composicional e/ou textural.
(Geologia)
embrionia adventícia
Formação de
semente assexuada na qual o embrião se
forma diretamente de uma célula
somática, geralmente do nucelo e
eventualmente dos integumentos do
óvulo.
encrave
Área de tensão ecológica
constituída por vegetação de transição;
áreas disjuntas que se contatam.
encrinito Rocha carbonatada de origem
bioclástica, constituída essencialmente
de fragmentos de crinóides
emergente Árvore mais alta que as
demais, e cuja copa se estende acima do
dossel da floresta. (Fitogeografia)
encruamento Achatamento dos grãos
do material quando trabalhado a frio.
(Metalurgia)
emersão Denominação utilizada para
indicar que uma área anteriormente
submersa
passou
a
condições
subaéreas, devido ou a descida do nível
do mar ou levantamento do continente.
encruamento Fenômeno produzido em
função de uma excessiva secagem
artificial da superfície da madeira,
levando
ao
seu
endurecimento,
impedindo deste modo que haja a
secagem do interior da madeira.
(Dendrologia)
emetina
Alcalóide extraído da
ipecacuanha,
utilizado
como
medicamento,
cuja
fórmula
é:
C29H40O4N2; provoca vômitos.
encurtamento de radar Fenômeno que
ocorre quando as pendentes estão
voltadas para a antena (reflexão frontal
aguda);
devido
aos
seus
posicionamentos terão um único retorno,
mostrando-se brilhantes (tons brancos no
Radar
de
Visada
Lateral),
e
apresentendo-se sob a forma de linhas
ou traços grossos. (Sensoriamento
Remoto)
emigração
Ver migrações externas.
(Sócio-Economia)
emissário Coletor que recebe o esgoto
de uma rede coletora e o encaminha para
um ponto final de despejo ou de
tratamento. (Saneamento)
emissário submarino Sistema utilizado
por algumas cidades litorâneas para
canalizar os esgotos e os lançar em alto
mar por meio de uma tubulação
submersa. (Saneamento)
endameba
Animal
protozoário,
sarcodíneo, rizópode, amebino, do
gênero Endamoeba, que são parasitas
obrigatórios, com formas vegetativas ou
trofozoitos; a espécie Endamoeba
histolytica é agente etiológico da
desinteria
amebiana
no
homem;
entameba.
empolamento
Aumento do volume
ocupado pelo material, à medida que se
fragmenta ou se desagrega, em relação a
um
estado
anterior
de
maior
adensamento.
emulsão Mistura líquida heterogênea
constituída de duas ou mais fases,
normalmente não miscíveis entre si, mas
que são mantidas em suspensão uma na
outra, graças a uma forte agitação ou
devido a emulsionantes que modificam a
tensão superficial.
endemia
Doença
que
ocorre
constantemente em determinado lugar,
acometendo um número variável de
pessoas.
endêmica
Característica de uma
espécie viva cuja distribuição está
limitada a uma zona geográfica definida,
seja um determinado ecossistema,
151
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
endosperma Tecido nutritivo originado
da dupla fecundação que ocorre nas
Angiospermas; pode não estar presente
na semente ou estar reduzido a uma fina
película; estas reservas são utilizadas
pelo embrião durante o processo de
germinação.
bioma, ou região do planeta; muitas
vezes, é o isolamento de um habitat que
permite o processo de especiação, isto é,
a surgimento de espécies novas só
naquele local; pode ainda ser vista como
uma relação de dois fatores: o grau de
isolamento - quanto maior o isolamento
maior a endemia; relacionado com grau
de mobilidade do animal - quanto maior a
mobilidade menor a endemia.
endotermia
Capacidade apresentada
por um indivíduo em manter a
temperatura
de
seu
corpo
aproximadamente
constante,
independentemente da variação da
temperatura externa, através da geração
metabólica de calor.
endemismo
Isolamento de uma ou
várias espécies em um espaço terrestre,
após uma evolução genética diferente
daquelas que tiveram lugar em outras
regiões.
energia
Capacidade dos corpos e
sistemas para realizarem trabalho;
substrato básico de todos os processos
de
transformação,
propagação
e
interação que ocorrem no universo.
endoderma Camada celular localizada
entre o córtex e o cilindro central e cujas
células
apresentam
espessamentos
suberizados nas paredes radiais, muito
comum em raízes novas. (Botânica)
energia
atômica
termonuclear.
endoenzima
Enzima
formada
intracelularmente e não excretada no
meio de cultura.
Ver
energia
energia bruta A quantidade de calor que
é liberada quando uma substância é
completamente oxidada numa bomba
calorimétrica
contendo
25
a
30
atmosferas de oxigênio.
endófita
Organismo que vive pelo
menos uma parte do seu ciclo de vida
dentro de uma planta hospedeira como
um parasita ou simbionte.
energia eólica Energia dos ventos que é
captada para gerar energia elétrica; os
cata-ventos
modernos
têm
bases
giratórias e pás leves feitas de fibra de
vidro, que adaptam-se rapidamente à
direção e velocidade dos ventos, sendo
capazes de girar com ventos de até 10
m/seg.
endogamia Corresponde à perda de
vigor quando são cruzados indivíduos
relacionados por ascendência; o máximo
de
endogamia
ocorre
com
a
autofecundação. Ver coeficiente de
endogamia. (Genética)
endoparasito
Parasito que vive no
interior dos tecidos ou encontra-se
presente na corrente sanguínea de seus
hospedeiros.
energia geotérmica É o calor interno da
Terra que aflora através de vulcões e
geiseres. Em áreas onde há vulcões,
bombeia-se água da superfície para as
profundidades do subsolo em que
existam câmaras magmáticas que
apresentam temperatura muito alta, e por
isto, a água transforma-se em vapor, que
retorna à superfície por pressão através
de tubulações, acionando turbinas em
usinas geotérmicas, produzindo energia
elétrica. Ver grau geotérmico.
endorréico
Que drena para bacias
interiores. (Hidrlogia)
endoscopia Procedimento no qual é
utilizado o endoscópio. (Medicina)
endoscópio Fino tubo fexível que pode
varriar desde pouco mais de 1 a 2,20 m
de comprimento que tem uma pequena
luz e uma câmera de vídeo em sua
extremidade. Pode ser utilizado para
examinar o esôfago, estômago e
duodeno. (Medicina)
energia hidráulica Energia potencial e
cinética das águas.
152
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
energia limpa Energia que não produz
resíduos poluentes, por exemplo: a
energia solar.
transformação de U238 em U235 é
altamente dispendiosa: de cada 100 kg
de U238 retiram-se apenas 700 gramas de
U235. Ver fissão nuclear.
energia maremotriz Aquela produzida
pelas marés, que são movimentos
verticais
das
águas
oceânicas,
resultantes da atração gravitacional
exercida pelo Sol e Lua sobre o nosso
planeta; em litorais onde a diferença
entre a preamar e a baixamar for
acentuada, há possibilidades concretas
de utilização para gerar a energia das
marés. Isto acontece no estuário do rio
Rance, no litoral da Bretanha (França),
onde se construiu uma represa, que
enche com a preamar movimentando as
turbinas no sentido de direção da água
do mar para o continente; quando é
baixamar, vai se esvaziando a represa,
acionando as turbinas no sentido
contrário.
energia útil produzida Energia elétrica
à saída da central.
engenharia
agronomia.
agronômica
Ver
engenharia civil Ramo da engenharia
que trata da elaboração de projetos,
orçamentos, planejamento e execução de
obras de construção civil, como edifícios,
túneis, pontes, viadutos e estradas.
engenharia de produção
Parte da
engenharia que se dedica ao estudo, à
avaliação e à definição da melhor
maneira de utilizar os recursos humanos
e materiais no processo de produção.
engenharia florestal
Ramo da
engenharia que se ocupa do estudo e
exploração dos recursos florestais.
energia solar fotovoltaica Aquela que
produz eletricidade diretamente dos
elétrons liberados pela interação da luz
do sol com certos semicondutores, tal
como o silício localizado em um painel; o
elemento principal desta tecnologia é a
célula solar, que são conectadas para
produzir um painel fotovoltaico, sendo
que muitos painéis conectados formam
um array ou módulo fotovoltaico; esta
energia é confiável e silenciosa, pois não
existe
movimento
mecânico;
o
movimento
dos
elétrons
forma
eletricidade de corrente direta; é muito
usada para aquecimento de água
residencial e os maiores produtores deste
tipo de energia são os Estados Unidos e
o Japão.
engenharia genética Campo da ciência
onde novas formas de vida são criadas
pelos seres humanos; a base é a
recombinação de genes, isto é, unidades
hereditárias dos seres concentradas nos
núcleos das células; técnicas in vitro
permitem a introdução de novos genes
num genótipo, por meio de DNA
recombinante, em que um organismo
(geralmente
uma
bactéria)
é
freqüentemente usado como vetor para
transferir a informação genética do
doador para uma célula receptora; com
aplicação em áreas como a agropecuária
e a medicina. Ver bioética.
enquadramento dos corpos de água
Procedimento previsto na Lei de
Recursos Hídricos (Lei Federal 9433/97)
para assegurar a qualidade da água e
reduzir o custo de combate à poluição,
através de ações preventivas; é a
qualificação do corpo d'água, segundo
seus
usos
preponderantes
e
a
classificação (classes de corpos de água)
estabelecida pela legislação ambiental.
energia termonuclear Energia liberada
pela fissão nuclear, feita em um reator
nuclear que libera energia de forma lenta,
gradual e controlada, em quantidade
enorme (1 kg de U235 libera tanta energia
quanto 10.000 kg de carvão mineral ou
700 kg de óleo combustível); esta energia
faz a água da caldeira entrar em
ebulição, transformando-a em vapor que
aciona as turbinas; a fonte mais usada
para gerar esta energia é a do urânio,
mineral radioativo, que é raro e apenas
pode ser usado o U235; a tecnologia de
enrocamento Acúmulo de fragmentos
de rocha, utilizado como volume principal
de uma barragem ou como proteção do
parâmetro de montante (rip-rap), como
153
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
bem
drenados;
sua
madeira
é
empregada na construção civil leve, para
a confecção de remos e para lenha e
carvão por ser relativamente suscetível
ao apodrecimento; por ter uma bela copa
e bela folhagem, é indicada para o uso
paisagístico e para reflorestamentos;
envira preta.
proteção do aterro na encosta de uma
ponte para evitar a erosão fluvial, em
molhe e outras construções. (Engenharia
Civil)
ensaio Determinação da quantidade de
metal
contido
em
um
minério.
(Mineração)
enseada Parte côncava de um litoral,
que se apresenta com a forma de uma
meia-lua , delineando uma baía muito
aberta. (Geomorfologia)
enxame aberto Conjunto de estrelas
jovens, que ainda não esgotaram o
hidrogênio que têm no núcleo, e que se
encontram normalmente em pequeno
número (cerca de 10 mil) localizadas no
disco da galáxia. (Astronomia)
entameba Ver endameba. (Biologia)
enterite Inflamação do intestino delgado.
(Medicina)
enxame globular Grande conjunto de
estrelas velhas a caminho da morte
(cerca de 1 milhão), localizadas no halo
galáctico. (Astronomia)
enterococos Bactérias do grupo de
cocos, incluídas entre os estreptococos
fecais, cujo ambiente natural é o intestino
do homem ou dos animais de sangue
quente ou que apresentam temperatura
constante.
enxertia
Forma de propagação
vegetativa de plantas superiores no qual
se colocam em contato duas porções de
tecido vegetal, de tal maneira que se
unam
e,
posteriormente,
se
desenvolvam, originando uma nova
planta. (Agronomia)
entomofilia Polinização realizada por
insetos atraídos pelas inflorescências
entomófilas que são geralmente vistosas,
e elaboram néctar, desprendendo
odores.
entomologia
insetos.
Estudo
relativo
enxó Instrumento constituído por um
cabo curvo de madeira, e uma chapa de
aço, utilizado para desbastar madeira.
aos
enzima
Proteína de elevado peso
molecular que acelera e torna possível a
maioria
das
reações
químicas,
desenvolvidas nos seres vivos; no
intestino as enzimas são utilizadas para
transformar os alimentos em substâncias
elementares para que estas possam ser
absorvidas.
entropia Quantidade relativa da energia
perdida de modo natural e inevitável em
um sistema físico-químico, conforme a
segunda lei da termodinâmica; enquanto
esta energia perdida vai aumentando, o
sistema vai se aproximando cada vez
mais de seu estado de equilíbrio; deste
modo, a entropia pode ser considerada
como uma medida de degeneração
termodinâmica.
enzima adaptativa Enzima sintetizada
por um microorganismo em resposta à
presença de determinado substrato, ou
de uma substância de estrutura
molecular semelhante.
envelope Tipo de envoltório que passa a
fazer parte da estrutura do vírus depois
que a partícula viral emerge da célula
infectada, por gemulação. (Virologia)
enzima constitutiva
Enzima cuja
síntese não depende da presença de
substrato específico.
envira-preta Ver envira-surucucu.
envira-surucucu
Árvore comum no
Estado do Amazonas (Bocageopsis
multiflora), mas encontrada em toda a
mata pluvial de terra firme da região
amazônica, em geral no interior de
capoeiras e capoeirões de terrenos
arenosos elevados, de boa fertilidade e
enzima reprimível Enzima cuja taxa de
produção é inversamente proporcional à
concentração intracelular de certos
metabólitos.
enzima-imuno-ensaio
Metodologia
laboratorial para verificar e quantificar a
154
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
epinerítico Porção do ambiente marinho
que se estende desde o nível da baixamar até a profundidade de cerca de 40
m.
reação entre antígeno e anticorpo através
de coloração revelada por enzimas.
epicentro Ponto da superfície terrestre
que se encontra situado exatamente
sobre o foco, ou seja, o local de origem
do terremoto no interior da crosta.
epiplâncton Organismo que vive sobre
os
constituintes
permanentes
ou
acidentais do plâncton.
epiclástico Fragmento produzido pelo
intemperismo e erosão de rochas
vulcânicas, podendo ser ou não originado
de um vulcanismo penecontemporâneo.
epistasia Interação não alélica em que a
expressão de um gene é inibida por
outro. (Genética)
epitélio
Camada
de
células
parenquimatosas
secretoras
que
circunda um canal ou cavidade
intercelular.
epidemia
Doença que rapidamente
surge num lugar acometendo um grande
número de pessoas ao mesmo tempo;
surto de agravação de uma endemia. Ver
endemia.
epíteto A parte de um nome taxionômico
identificando uma unidade subordinada
dentro de um gênero.
epídoto Grupo de minerais constituído
por diversos silicatos complexos de
alumínio e cálcio - clinozoisita, epídoto,
allanita, idocrásio e prehnita- que
cristalizam nos sistemas monoclínico e
ortorrômbico, e apresentam fórmula geral
X2Y3O(SiO4)(Si2O7)(OH).
epixenólito
Xenólito que encerra
fragmentos oriundos da rocha encaixante
situada no mesmo nível onde ocorreu a
cristalização magmática. (Geologia)
epóxi Resina que forma um adesivo
forte, resistente e brilhante utilizado como
acabamento.
epifauna Denominação aplicada aos
animais bentônicos adaptados a viverem
nas superfícies do substrato rochoso ou
de sedimentos arenosos ou argilosos
presentes nos fundos lacustre ou
marinho.
epsomita
Mineral que cristaliza no
sistema
ortorrômbico,
classe
biesfenoidal,
com
composição
MgSO47H2O; incolor a branca, apresenta
sabor muito amargo, sendo facilmente
solúvel na água; comumente apresentase em massas botrioidais e crostas
delicadamente finas.
epífita Autótrofo não parasita que vive
apoiado em outra planta, sem ter ligação
com o solo; pertence geralmente as
famílias das bromeliacea, araceae e
orchidacea, dentre outras.
épura Conjunto das projeções de uma
figura sobre dois planos perpendiculares.
epífita vascular Planta com um sistema
condutor especializado que inclui xilema
e floema. (Botânica)
equação de regressão Equação (real
ou aproximada) que liga uma ou mais
variáveis quantitativas àquela que se
quer estimar. (Estatística)
epilimnio Camada superficial turbulenta
da água de um lago, situada acima da
termoclina, e sem estratificação termal
permanente .Ver termoclina.
equação do solo
“Solo: f (clima,
organismos, material de origem, relevo e
tempo)”, elaborada pelo pedólogo
americano Hans Jenny, em 1941,
baseado na descoberta de Dokoutchaiev,
em 1898, afirmando que os solos são
resultantes da ação combinada dos cinco
fatores; a equação estabelece que o solo
é uma função desses fatores, os quais
podem
ser
matematicamente
considerados
como
variáveis
epinastia Crescimento demasiado da
superfície superior de um orgão ou parte
da planta (especialmente da folha)
causando seu arqueamento para baixo.
(Botânica)
epinécton Organismo que se fixa em
elementos do nécton ou é parasita dos
mesmos.
155
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
separadas - e providos de um sistema
hidrovascular que emite pequenas
projeções (pés) para o exterior e que se
comunica com o meio externo através de
poros, ao menos nos estágios jovens;
muitos apresentam o corpo coberto por
espinhos, motivo de sua designação; as
formas mais antigas remontam ao
Período Cambriano.
independentes, ou seja, é possível
verificar separadamente a ação no solo
da variação de cada um dos fatores,
desde que se mantenham todos os
demais constantes. (Pedologia)
equação universal de perda do solo EUPS É um modelo de erosão utilizado
para calcular um valor médio da perda do
solo, correspondente a um longo período
de tempo; é uma equação formulada
empiricamente
a
partir
de
aproximadamente
10.000
medições
realizadas nas mais variadas condições
de solos e chuvas; utiliza o princípio da
sobreposição dos efeitos e fornece o
peso de material seco erodido por
unidade
de
superfície
de
solo;
USLE=universal soil loss equation.
equipamento de controle de poluição ECP
Equipamentos destinados a
controlar as emissões atmosféricas
resultantes das operações industriais.
equivalente-grama
Massa
da
substância que reage com 8 g de
oxigênio; as massas das substâncias são
convertidas em número de equivalentes
podendo, dessa forma, serem somadas,
por exemplo, para o cálculo da carga do
solo.
equador
Círculo máximo da esfera
terrestre, perpendicular ao eixo da Terra;
divide a Terra em dois hemisférios:
Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.
eras geológicas Compartimentações ou
unidades
cronológicas
da
história
terrestre baseadas nos estágios de
desenvolvimento da vida no globo
terrestre; tal desenvolvimento, por sua
vez, é verificado através dos fósseis; no
estudo da geologia, por motivos de
convenção científica, as eras são
subdivididas em períodos; estes, por sua
vez, subdividem-se em épocas; quatro
grandes unidades cronológicas compõe
um estrutura de divisão da história da
Terra: as eras Cenozóica, Mesozóica,
Paleozóica e Proterozóica (ou PréCambriana);
tais
unidades
não
apresentam intervalos de tempo de
mesma duração, pois não são baseados
em mera divisão uniforme do tempo, mas
sim baseados na diferenciação entre
estágios de desenvolvimento geológico e
biológico na Terra; a escala geológica
pode ser representada através de uma
tabela cujas compartimentações são
ordenadas de cima a baixo, referindo-se
nesta ordem a eras mais recentes e a
eras mais antigas, respectivamente.:
equador magnético Linha da superfície
terrestre que une todos os pontos que
apresentam mergulho magnético igual a
zero.
equilíbrio de Hardy-Weinberg
Uma
população encontra-se em equilíbrio
quando suas freqüências gênicas e
genotípicas não se alteram ao longo das
sucessivas gerações. (Genética).
equilíbrio genético Situação na qual
gerações sucessivas de uma população
contêm os mesmos genótipos nas
mesmas proporções, com respeito a
genes específicos ou combinações
gênicas.
equinócios Representam os dois pontos
de interseção do plano da órbita da Terra
(em torno do Sol) com o Equador; o Sol
fica perpendicular a este paralelo
principal, iluminando igualmente os dois
hemisférios N e S, apenas nos dias 23/9
e 21/3 (primavera e outono no hemisfério
sul).
erg/s
Igual a 1e-10
0,0000001w. (Astronomia)
equinodermos Animais triploblásticos,
de
simetria
radial
,
geralmente
pentarradial , exclusivamente marinhos,
dotados de um esdoesqueleto de
natureza calcária - formado de placas
soldadas ou articuladas ou de peças
kilowatts
=
ergosterol
Substância - C28H44O encontrada em certos fungos e
fermentos, que mediante irradiação,
156
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
sob a forma de uma efusão calma, até
uma explosão violenta liberando material
piroclástico.
originam diversos compostos, dentre os
quais a vitamina D2.
eritrócito Célula sangüínea desprovida
de núcleo, existente em animais
vertebrados. Tem a função de transportar
o
oxigênio
e
gás
carbônico.
Hemoglobina, glóbulo vermelho.
erupção estromboliana
Erupção na
qual ocorrem discretas explosões no
interior da coluna de magma quando este
se encontra próximo à superfície, e
separadas por um intervalo de tempo que
pode ser de poucos segundos até muitas
horas,
lançando
bombas,
lapilli
escoriáceo e cinzas.
erosão de ravinamento Ver erosão em
sulcos.
erosão do solo Fenômeno resultante do
ciclo de alteração, desagregação,
transporte
e
sedimentação
dos
constituintes
do
solo;
resulta
principalmente da ação de dois tipos de
meteoros: água e vento.
erupção havaiana Erupção em que a
lava apresenta alta fluidez, baixo
conteúdo de gases, natureza basáltica, e
com pequeno volume de rejeito
piroclástico.
erosão em sulcos Tipo de erosão que
ocorre nas linhas de maior concentração
das águas de escoamento superficial,
resultando em pequenas incisões no
terreno, as quais com a evolução do
processo podem se transformar em
voçorocas; erosão de ravinamento.
erupção pliniana Erupção em que são
formadas
camadas
amplamente
dispersas de pedra pome e cinzas,
derivadas das altas colunas resultantes
de uma forte erupção na qual está
presente um volume apreciável de gases,
e com uma duração que pode variar
desde algumas horas até 4 dias.
erosão genética Perda de variabilidade
genética de uma espécie; a perda pode
atingir populações ou um genótipo
particular, com a supressão de genes
e/ou séries alélicas do reservatório
gênico da espécie.
erva Planta pequena, delicada, ereta,
em regra clorofilada e anual, podendo
apresentar um curtíssimo eixo herbáceo,
bastante ramificado, e alcançando de 2025 mm; por vezes, tendo crescimento
limitado, com disposição rosulada ou de
pequena
moita,
as
ervas
são
esparramadas radialmente sobre o solo,
com suas ramificações ao redor de seu
eixo
curto;
planta
não
lenhosa,
geralmente de pequeno porte, e cuja
porção aérea vive menos de um ano e
cuja parte subterrânea pode ser perene.
erosão laminar Tipo de erosão que
promove uma remoção mais ou menos
uniforme do solo de uma região, sem que
ocorra o aparecimento de sulcos na
superfície. (Pedologia)
erro Ver desvio; às vezes considera-se
como sinônimo de resíduo. (Estatística)
erro do tipo I - erro alfa Consiste em
rejeitar a hipótese de nulidade quando
ela é verdadeira. (Estatística)
escala
Relação existente entre as
dimensões dos elementos que estão
presentes em um mapa e as
correspondentes dimensões na natureza.
(Cartografia)
erro do tipo II - erro beta Consiste em
aceitar a hipótese de nulidade quando ela
é falsa. (Estatística)
escala de Beaufort Escala utilizada
para avaliar a velocidade dos ventos,
sem auxílio de instrumentos e que varia
de 0 (velocidade inferior a 1 km/h) a 12
(velocidade superior a 118 km/h); foi
criada originalmente em função do efeito
dos ventos sobre as velas dos navios.
(Meteorologia)
erro padrão da média Quando se refere
a uma média m de N parcelas; é o desvio
padrão dividido por (N)1/2. (Estatística)
erupção Atividade vulcânica na qual são
ejetados materiais que podem ser
sólidos, líquidos e gasosos, tanto
diretamente na superfície da Terra,
quanto na atmosfera; pode se processar
157
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
posições alternadas; para as formas com
12 faces existem 3 pares acima e 3 pares
abaixo, em posições alternadas; em
cristais perfeitamente desenvolvidos,
cada face é um triângulo escaleno.
(Cristalografia).
escala de Forel
Escala de cores
amarelas, verdes e azuis, utilizada para
registrar a cor do mar, conforme
observado contra o fundo branco do
disco de Secchi.
escala de Ringelmann Escala gráfica
utilizada para promover a avaliação
colorimétrica da densidade de fumaça,
sendo constituída de seis padrões com
variações uniformes de tonalidades entre
o branco e o preto; os padrões são
apresentados
através
de
quadros
retangulares, com redes de linha de
espessura e espaçamento definidos,
sobre um fundo branco; são definidos
como: Padrão 0, inteiramente branco;
Padrão 1, reticulado com linhas pretas de
1 mm de espessura, deixando como
intervalos, quadrados brancos com 9mm
de lado; Padrão 2, reticulado com linhas
pretas de 2,3 mm de espessura,
deixando como intervalos, quadrados
brancos com 7,7 mm de lado; Padrão 3,
reticulado com linhas pretas de 3,7 mm
de espessura, deixando como intervalos,
quadrados brancos com 6,3 mm de lado;
Padrão 4, reticulado com linha pretas de
5,5 mm de espessura, deixando como
intervalos, quadrados brancos com 4,5
mm de lado; e Padrão 5, inteiramente
preto.
escandente Trepadeira que apresenta
gavinhas, garras ou unhas, com as quais
se apoia para promover seu crescimento
ascendente à procura de espaço superior
para obtenção da luz solar.
escarbonetação Redução do teor de
carbono em toda a extensão ou parte do
material; utiliza-se para produtos que
necessitem de baixa permeabilidade
magnética; pode ser superficial ou total.
(Metalurgia)
escarificação
Ato
de
revolver
superficialmente o solo, com a finalidade
de evitar a formação de crostas duras.
Ver subsolagem. (Agronomia)
escarificação Processo de abrasar a
casca da semente de certas espécies
para permitir melhor absorção de água e
gases auxiliando na germinação das
sementes.
escarpa de falha
Relevo abrupto
originado diretamente pelo movimento ao
longo da falha, isto é, por um
desnivelamento tectônico, mesmo que a
erosão tenha desbastado a topografia
original,
fazendo-a
recuar.
(Geomorfologia)
escala gráfica
Corresponde a um
segmento de reta dividido em espaços
iguais, correspondentes em certa medida
do terreno, ela é mais fácil de ser usada,
porque permite efetuar medidas diretas
sobre o mapa e tem a vantagem de se
reduzir ou se ampliar junto com ele.
escarpa de falha composta Escarpa na
qual o relevo originou-se de um lado pela
ação da erosão diferencial e do outro
pela movimentação real da falha.
escala numérica Aquela representada
por uma fração em que E=d/D; onde d=
dimensão gráfica e D=dimensão real; as
escalas têm sempre o número um como
numerador, ou seja: 1:25.000; onde
25.000 é um coeficiente sem dimensões.
(Cartografia)
escarpa de linha de falha Escarpa cujo
relevo é devido a atuação de erosão
diferencial segundo a linha de falha;
existem diversas categorias, em função
do estágio da evolução erosional .
esclerênquima
Tecido resistente
constituído de células com parede celular
altamente lignificada; fornece suporte e
proteção aos tecidos frágeis da planta.
(Botânica)
escalenoédro
Conjunto de formas
fechadas com 8 faces (sistema
tetragonal) ou 12 faces (sistema
hexagonal); as faces estão agrupadas
em pares simétricos, sendo que para as
formas de 8 faces existem 2 pares de
faces acima e dois pares baixo, em
esclerócios São corpúsculos duros e
parenquimatosos,
formados
pelo
conjunto de hifas e que permanecem em
158
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
escudo
Área que apresenta uma
exposição de rochas do embasamento
cristalino
em
regiões
cratônicas,
geralmente com superfície convexa.
estado de dormência, até o aparecimento
de condições adequadas para sua
germinação;
são
encontrados
em
espécies de fungos das divisões
Ascomycota,
Basidiomycota
e
Deuteromycota; esclerotos. (Micologia)
escuma Dispersão na qual o ar ou outro
gás forma a fase dispersa e um líquido a
fase contínua, sendo que este termo é
empregado quando a concentração da
fase dispersa é suficiente para que o
sistema consista de bolhas de gás
separadas por finas partículas de liquído.
esclerofilia Ocorrência de folhas duras,
coriáceas, em virtude do grande
desenvolvimento
do
esclerênquima,
fenômeno
que
ocorre
mais
acentuadamente em regiões de clima
seco e quente. (Botânica)
escuros
(Petróleo)
esclerotos Ver esclerócios. (Micologia)
Ver
derivados
escuros.
esfalerita Ver blenda.
escória
Produto líquido ou pastoso
produzido no decorrer de operações
pirometalúrgicas, geralmente contendo
sílica, que se torna sólido à temperatura
ambiente. (Metalurgia)
esfeno Ver titanita.
esfenóide Forma que apresenta duas
faces não paralelas, porém simétricas em
relação a um eixo de simetria binário ou
quaternário. (Cristalografia).
escória vulcânica
Denominação
utilizada para os fragmentos de lava
esponjosa ejetados através da cratera,
durante
as
explosões
vulcânicas,
resfriadas rapidamente quando entram
em contato com o ar; é oriunda de
magmas muito fluidos, dos quais os
gases escapam facilmente.
esfera armilar Conjunto de círculos que
representam o movimento dos planetas;
a esfera armilar figura na bandeira
portuguesa.
esferólito Agregado radiado constituído
por minerais circulares e fibrosos,
presentes nas rochas silicosas e
intrusivas de pequena profundidade,
particularmente nas ricas em vidro.
Quando alongado ou unido ao longo de
um eixo central, denomina-se axiólito.
escoriação Quebra na continuidade da
pele. (Medicina)
escorregamento Movimento rápido com
duração
relativamente
envolvendo
massas de terreno geralmente bem
definidas quanto ao seu volume, e cujo
centro de gravidade se desloca para
baixo e para fora do talude.
esfigmomanometria
É a medida
indireta da pressão arterial, realizada por
meio de um esfigmomanômetro, usando
o método palpatório ou método
auscultatório.
escorregamento
rotacional
Escorregamento
que
apresenta
a
superfície de ruptura de forma curva,
podendo ser de talude, quando a
superfície de ruptura se desenvolve
totalmente acima do sopé do talude, e de
base, quando a superfície de ruptura
passa abaixo do sopé do talude, sendo
que nestas situações a parte inferior do
talude é soerguida.
esfigmomanômetro
Consiste num
sistema
para
compressão
arterial
composto por uma bolsa inflável de
borracha de formato laminar, a qual é
envolvida por uma capa de tecido
inelástico (manguito) e conectada por um
tubo de borracha a um manômetro e por
outro tubo, a uma pêra, que tem a
finalidade de insuflar a bolsa pneumática;
também conhecido como aparelho de
pressão; usado para medida indireta da
pressão arterial
escorregamento
translacional
Escorregamento
que
apresenta
a
superfície de ruptura plana; pode ser
classificado como: de rocha, de solo, de
rocha e de solo, e remontante.
esgoto tratado Esgoto submetido a um
tratamento parcial ou completo, com a
159
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
espécie colonizadora
invasora.
finalidade de promover a remoção das
substâncias
indesejáveis
e
a
mineralização da matéria orgânica.
espécie cultivada
domesticada.
esker Depósito estratificado, alongado,
sinuoso, muitas vezes anastomosado ,
produzido pela ação das águas do
degelo, que preenche canais e ravinas
formadas pelas geleiras ou pelas
correntes de degelo.
esôfago Órgão tubular que comunica a
boca ao estômago; sua função principal é
de transporte não tendo participação
ativa no processo de digestão. (Medicina)
espécie
espécie endêmica Espécie animal ou
vegetal que ocorre somente em uma
determinada área ou região geográfica.
espaço agrário Área ocupada pelos
estabelecimentos rurais de uma unidade
administrativa .
espécie exótica Espécie presente em
uma determinada área geográfica da qual
não é originária. (Biologia)
espaço agrícola Ver espaço agrário.
espata Bráctea ampla que envolve uma
haste floral ou inflorescência. Pode ser
monófila (uma bráctea) ou dífila (duas
brácteas). (Botânica)
espécie introduzida Espécie que não
faz parte da fauna ou flora original da
área em questão, isto é, trazida pela
atividade humana de uma outra região
geográfica; exótica.
especiação Denominação utilizada para
indicar a formação de uma espécie nova;
as duas modalidades mais aceitas são: a
especiação por isolamento geográfico,
dita alopátrica e aquela devida à
evolução gradual, ou filética. (Biologia)
espécie
invasora
Aquela
que
repetidamente é encontrada em áreas
fora de sua ocorrência prévia, onde
penetra rápida e intensamente; aquela
encontrada em alguma comunidade na
qual seja considerada estranha; qualquer
espécie
vegetal
espontaneamente
presente em uma área de cultivo,
geralmente capaz de rápida instalação e
reprodução; espécie apocrática, espécie
colonizadora.
especiação simpátrica
Tipo de
especiação
defendida
por
alguns
biólogos, e que se processaria sem
interferência
de
um
isolamento
geográfico.
espécie Grupo de organismos que se
assemelham entre si mais do que aos
organismos de um outro grupo qualquer,
e que distinguem dos integrantes de
qualquer outro ao menos por uma
característica bem definida; conjunto de
indivíduos semelhantes e capazes de se
intercruzar (reproduzir), em condições
naturais,
produzindo
descendentes
férteis. (Biologia)
Ver
Ver
espécie domesticada Espécie silvestre
manipulada pelo homem que influencia e
direciona seu processo evolutivo para
atender
às
necessidades
de
sobrevivência
da
humanidade;
as
espécies domesticadas são cultivadas
para uma variedade de propósitos, daí os
grupos
de
plantas
medicinais,
ornamentais etc; destaca-se o grupo
utilizado em agricultura sob os nomes de
cultura, cultivo agrícola, produto ou
commodities (geralmente cereais ou
grãos com cotação em bolsas de
mercadorias).
esmeril
Denominação aplicada ao
córindon granular e de coloração negra,
intimamente misturado com magnetita,
espinélio, granada e hematita, sendo
utilizado como abrasivo.
espécie apocrática
invasora.
-
Ver espécie
espécie morfológica
Especialmente
aplicada a plantas, que nivela a espécie
ao nível do táxon; assim, no conceito
morfológico da espécie, o componente
citogenético é subordinado à morfologia
externa; diferentemente da espécie
biológica, as categorias taxonômicas
dentro da espécie taxonômica são
baseadas principalmente em caracteres
de variação contínua (ex.: variedade etc)
e em caracteres de variação descontínua
espécie
160
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
(ex.: espécie propriamente dita). Ver
deme; espécie, taxon.
espécie taxonômica
morfológica.
especie nativa
Espécie vegetal ou
animal
que,
suposta
ou
comprovadamente, é originária da área
geográfica em que atualmente ocorre.
espécies crípticas
São tipos sem
nenhuma
outra
diversificação
de
caracteres e que somente possuem um
certo mecanismo protetor de isolamento
reprodutivo; como exemplo podem ser
citados autotetraplóides que estão
separados dos diplóides pela esterilidade
dos triplóides; possuem isolamento
reprodutivo sem diversificação fenotípica.
(Genética)
espécie oportunista
Aquela que
apresenta
estratégia
adaptativa
caracterizada por grande flexibilidade,
sem especialização acentuada para
nenhuma situação ambiental permanente
ou particular, porém, capaz de aproveitar
eficientemente qualquer recurso; aquela
capaz de colonizar rapidamente espaços
desabitados, ambientes efêmeros ou
sujeitos a perturbações, sem conseguir
ocupá-los indefinidamente; possui alta
taxa de crescimento populacional,
duração de vida curta, alto potencial de
dispersão
e
baixa
capacidade
competitiva.
Ver
espécie
espécies em perigo São espécies cujos
números foram reduzidos a níveis críticos
ou
cujos
habitats
se
reduziram
drasticamente e que se encontram em
perigo iminente de extinção; critério
utilizado pela União Internacional para
Conservação na Natureza - IUCN.
espécies extintas
São aquelas
espécies não encontradas na natureza
nos últimos 50 anos; critério utilizado pela
União Internacional para Conservação na
Natureza - IUCN.
espécie pioneira
Espécies cuja
estratégia
de
estabelecimento
e
desenvolvimento estão associados a
extremos períodos de exposição a luz,
sendo intolerantes à sombra, possuem
crescimento muito rápido e vida curta,
sua reprodução é precoce, podendo ser
subanual;
generalistas
quanto
à
polinizadores, e regeneram a partir do
banco de sementes do solo; espécie
vegetal que inicia a ocupação de áreas
desprovidas de plantas, em razão da
atuação do homem ou de agentes
naturais. Ver. espécie colonizadora.
(Botânica)
espécies indeterminadas São espécies
que podem ser enquadradas nas
categorias em perigo, vulnerável ou rara,
mas as informações existentes não
permitem determinar a categoria mais
apropriada; critério utilizado pela União
Internacional para Conservação na
Natureza - IUCN.
espécies
insuficientemente
conhecidas São aquelas espécies de
que se suspeita pertencer a uma
derterminada categoria, embora não se
possa definir com segurança por
insuficiência de informações.
espécie secundária
Espécies cuja
estratégia
de
estabelecimento
e
desenvolvimento são dependentes da
luz,
possuem
crescimento
rápido,
madeira leve, se reproduzem entre os 5 e
os 20 anos e possuem uma alta
dependência de agentes polinizadores
específicos. (Botânica)
espécies
raras
São
espécies
localizadas em áreas geográficas ou
habitats restritos, ou distribuídas em
áreas maiores mas com populações
pouco numerosas; critério utilizado pela
União Internacional para Conservação na
Natureza - IUCN.
espécie silvestre Espécie ocorrente em
estado selvagem na natureza e que não
passou pelo processo de domesticação;
uma espécie silvestre pode apresentar
grande distribuição geográfica e ocorrer
em vários países simultaneamente.
espécies vulneráveis São espécies em
que as populações estão decrescendo
pelo excesso de exploração e destruição
extensiva de habitats, ou por outro
distúrbio ambiental; critério utilizado pela
161
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
espessamento Operação de separação
sólido/líquido, baseada no fenômeno de
sedimentação, usualmente empregada
para: recuperação de água de polpas;
preparação de rejeito para descarte;
preparação de polpas para operações
subsequentes;
separação
de
constituintes dissolvidos de resíduos
lixiviados;
essa
operação
envolve
fenômenos de transporte e físicoquímicos de interfaces.
União Internacional para Conservação na
Natureza - IUCN.
espécime Uma parte de um todo, ou um
indivíduo de uma classe ou grupo, usado
como uma amostra ou exemplo do todo,
classe ou grupo.
espectro Gráfico da intensidade da luz a
diferentes frequências. (Astronomia)
espectro eletromagnético Domínio dos
comprimentos de onda ou de frequências
de ondas eletromagnéticas, que vão das
ondas radioelétricas, as mais longas, até
os raios cósmicos, os mais curtos.
espícula Objeto acicular ou ramificado,
comumente silicoso ou de natureza
calcária, contido no tecido de certos
invertebrados,
como
esponjas,
radiolários, etc. (Zoologia)
espectro visível
Luz que os olhos
podem discernir, sem a utilização de
equipamentos
especiais;
representa
apenas uma pequena porção do espectro
eletromagnético e cujo comprimento se
estende de aproximadamente 0,4 mm até
aproximadamente 0,7 mm.
espículas Projeções na superfície do
envelope membranoso do vírion. Ver
envelope. (Virologia)
espiculito
Camada de rocha com
arcabouço composto por espículas
silicosas de esponjas e cimentada por
sílica micro a criptocristalina; de acordo
com o número de eixos de crescimento,
as espículas de esponjas podem ser
classificadas como: monoaxônicas (um
eixo),
triaxônicas
(três
eixos),
tetraxônicas (quatro eixos) e poliaxônicas
(mais de quatro eixos divergentes).
espectrofotometria
Método analítico
que visa determinar a quantidade dos
elementos ou substâncias através da
emissão ou absorção de fótons
luminosos pelos átomos ou moléculas
excitados pelo calor de uma chama.
espectrômetro de massa Instrumento
sofisticado que permite a análise de
isótopos, utilizando a ação combinada de
campos elétrico e magnético em vácuo;
utilizado em análises geocronológicas;
atualmente, é acoplado a fontes de íons,
lazer e microscópio eletrônico.
espiga
Tipo de inflorescência com
formato alongado, estrutura reprodutiva,
geralmente apical, que reúne várias
pequenas flores e, mais tarde, várias
sementes.
espectroscopia
Interpretação de
espectros, que serve para análise
química, exame de níveis de energia
atômicos e moleculares, e para
determinar a composição e movimento
de corpos celestes.
espigão Denominação geralmente dada
aos altos ou dorsos das terras,
constituindo penhascos de arestas vivas
ao longo das mesmas; é necessário
destacar que, algumas vezes, os
espigões não são formados de arestas
vivas e sim de uma superfície plana,
como observados no Planalto Central,
nos chapadões de Goiás, Mato Grosso,
etc.
espelho de falha Superfície estriada,
lisa e polida, resultante do atrito entre os
blocos rochosos ao longo do plano de
falha. (Geologia)
espigão Estrutura destinada a proteção
costeira, baixa ou estreita, e construída
de diversos tipos de materiais, como
blocos de rochas, concreto, etc, e
disposta de uma maneira geral,
perpendicularmente à linha de praia;
espessador Aparelho de espessamento
ou clarificação, em que sólidos (fase
espessada) se separam do líquido (fase
clarificada) através de sedimentação por
gravidade e de maneira contínua.
162
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
esporão complexo Esporão de grandes
dimensões que apresenta esporões
secundários em suas extremidades.
objetiva reter os materiais de deriva
litorânea ou a retardar a erosão praial.
espigão impermeável Espigão que não
permite a passagem da areia de deriva
litorânea.
esporo
Célula assexuada dos
criptógamos, e destinada à multiplicação
da mesma fase que a produziu, sem a
intervenção de outra célula.
espigão permeável
Espigão que
apresenta aberturas suficientemente
grandes para permitir a passagem de
uma considerável quantidade de areia de
deriva litorânea.
esporoangiosporos São os propágulos
assexuados internos que se originam de
esporângios globosos, por um processo
de clivagem de seu citoplasma; esporos.
Ver propágulos. (Micologia)
espinélio Grupo que engloba minerais
isoestruturados, com cristais isométricos,
hexaoctaédricos, de hábito octaédrico; a
fórmula AB2O4, comporta na posição A,
magnésio, ferro ferroso, zinco e
manganês, e na posição B, alumínio,
ferro férrico e cromo; compreendem o
espinélio, a hercinita, a gahnita, a
galaxita, a magnésio-ferrita, a magnetita,
a franklinita, a jacobsita, a magnésiocromita,e a cromita.
esporoderma Parede de um esporo ou
grão de pólen, compreendendo intina,
exina e perina ou trifina. (Palinologia).
esporopolenina Substância resistente à
deterioração e à acetólise e que
impregna o esporoderma de grãos de
pólen e esporos adultos e maduros.
(Palinologia).
esporos sexuados
Aquele que se
originam da fusão de estruturas
diferenciadas
com
caráter
de
sexualidade; o núcleo haplóide de uma
célula doadora funde-se com o núcleo
haplóide de uma célula receptora,
formando um zigoto; posteriormente, por
divisão meiótica, originam-se quatro ou
oito núcleos haplóides, alguns dos quais
se
recombinarão,
geneticamente.
(Micologia).
espinho córneo Camada queratinizada
(ou corneificada) do epitélio da língua,
em forma de projeção pontiaguda,
presente em muitas espécies de picapaus (Picidade); a função de tais
espinhos é de auxiliar na retirada do
alimento, como larvas de insetos alojadas
no interior de cavidades. (Zoologia)
Espodossolos
Solos conhecidos
anteriormente como Podzois; termo da
nova classificação brasileira de solos.
(Pedologia)
esporozoários Animais do sub-ramo
dos plasmodromos, classe Sporozoa,
desprovidos de organelas locomotoras e
vacúolos contráteis; são as eimerias, os
plasmódios e outras formas, todos
parasitas. (Zoologia)
esporângio Estrutura na qual se formam
os esporos.
esporão Feição deposicional em geral
arenosa, podendo conter cascalho,
sendo formada por uma série de cristas
praiais conectadas ao continente ou a
uma ilha através de uma de suas
extremidades; a extremidade livre que se
projeta para dentro do corpo aquoso é
denominada porção distal ou terminal.
espuma Agente extintor constituído por
um conjunto de bolhas numa atmosfera
gasosa, normalmente ar, aprisionadas
por uma película fina de solução
espumífera.
esqueleto
ou
estrutura
básica
Compreende os minerais primários e os
fragmentos orgânicos duros, de tamanho
superior ao coloidal. (Micromorfologia do
Solo)
esporão barreira
Esporão que se
desenvolve
de
um
modo
geral
paralelamente à linha de costa,
separando
um
corpo
de
água
relativamente estreito e raso do contato
direto com o mar aberto.
esquistossomose
Infecção
por
trematódeo do gênero Schistosoma,
observada em regiões tropicais e que se
163
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
caracteriza por distúrbios intestinais e
hepáticos; esquistossomíase, bilharziose.
produção, e para consolidar práticas de
manejo. (Zootecnia)
esquitossomo Verme platelminto, da
classe dos Trematódeos, família dos
Esquistossomídeos,
cujas
principais
espécies são: Schistosoma monsoni, S.
japonicum
e
S.
haemotobium,
causadores da esquistossomose; no seu
ciclo evolutivo o embrião hospéda-se em
moluscos
gastrópodes
do
gênero
Australorbis; o Schistosoma monsoni
parasita o intestino e a veia porta do
homem, e causa infestação endêmica.
estação de tratamento Conjunto de
instalações e equipamentos destinados a
realizar o tratamento da água bruta –
ETA, ou o tratamento do esgoto sanitário
- ETE.
estação de tratamento convencional
de esgoto Denominação utilizada para
uma estação em que o efluente sanitário
passa por equipamentos e instalações
como grade, caixa de areia, decantador
primário, lodos ativados e/ou filtros
biológicos, decantador secundário e
secagem da lama proveniente dos
decantadores. (Saneamento)
esquizomicetos Classe dos esquizófitos
que compreende células muito grandes,
aclorofiladas e cuja membrana é péctica,
ao invés de celulósica; podem ser
aeróbias ou anaeróbias e movimentamse por meio de flagelos; englobam duas
séries: eubactérias e tiobactérias.
estação ecológica
Unidade de
conservação,
abrangendo
áreas
representativas
de
ecossistemas
destinadas à realização de pesquisas
básicas e aplicadas no campo da
ecologia, produção do ambiente natural e
desenvolvimento
da
educação
conservacionista; nas áreas circundadas
às estações ecológicas, num raio de 10
km, qualquer atividade que possa afetar
a biota ficará subordinada às normas
editadas pelo CONAMA.
estabilidade genética Manutenção de
um determinado índice de equilíbrio
genético, seja ao nível do indivíduo ou da
população. (Genética)
estação agrícola Estação controlada
por um observador em tempo parcial,
efetuando pelo menos duas observações
instrumentais diárias dos principais
elementos do tempo; a evaporação, as
temperaturas das gramíneas e do solo
próximo a estação, e a radiação solar são
parâmetros usualmente medidos devido
sua importância para a agricultura. Ver
estação meteorológica. (Meteorologia)
estação ecológica de Anavilhanas
Fica a 50 km de Manaus, é o maior
arquipélago fluvial do mundo; é formada
por 280 ilhas de tamanhos variados e
muitas ficam completamente submersas
durante as cheias do rio Negro; a área de
350 mil ha, considerada um santuário
que abriga uma enorme diversidade de
espécies vegetais e animais; algumas
estão ameaçadas como a onça-pintada
(Panthera onca), a suçuarana (Felis
concolor) e o peixe-boi (Trichechus
inunguis); também são encontradas mais
de 500 espécies de peixes como o
piracuru e o tucunaré; há também
algumas espécies de tartarugas e uma
infinidade de aves, como garças, araras,
papagaios e bacuraus; a vegetação
predominante é constiuída pelas florestas
úmidas de várzeas, mas existem ainda,
as florestas de terra firme e as campinas
naturais,
conhecidas
como
campinaranas.
estação chuvosa Termo utilizado nas
baixas latitudes para designar a estação
das grandes chuvas, que é precedida e
seguida de estação seca. (Meteorologia)
estação
climatológica
Estação
controlada por observador em tempo
parcial, efetuando apenas uma ou duas
observações instrumentais diárias da
temperatura, umidade, precipitação e
vento. Ver estação meteorológica.
(Meteorologia)
estação de parição Estação do ano em
que os animais nascem. Limitar a
estação de nascimento é o primeiro
passo para aplicação de testes de
desempenho envolvendo o rebanho
inteiro, obtenção de registros precisos de
164
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
estação meteorológica Local onde são
efetuadas as medições dos elementos
meteorológicos; existem quatro tipos de
estações, que podem ser reconhecidas
em função do número de elementos
medidos, da frequência das medições e
da
condição
do
observador
meteorológico:
estações
sinóticas,
agrícolas,
climatológicas
e
pluviométricas. (Meteorologia)
devido à queda de gotas de água é
denominada estalagmite. (Espeleologia)
estação pluviométrica
Estação ou
posto controlado por observador em
tempo parcial ,que efetua leitura diária
apenas da precipitação; atualmente
existem
postos
pluviométricos
automatizados
que
dispensam
a
presença do observador, enviando as
leituras através de telemetria. Ver
estação meteorológica.
estatística
Método de observação,
descrição, mensuração e interpretação
de fenômenos coletivos. Por extensão,
conjunto organizado dos dados obtidos
por esse método.
estação sinótica Estação controlada
por observador profissional em tempo
integral e que mantêm uma observação
meteorológica
contínua,
efetuando
medições instrumentais horárias dos
elementos do tempo; essas observações
propiciam as informações para a
compilação das cartas sinóticas ou
mapas meteorológicos usados na
previsão do tempo .Ver estação
meteorológica. (Meteorologia)
estenobiôntico Denominação utilizada
para indicar organismos que suportam
apenas
pequenas
variações
nas
condições
ambientais,
tais
como
profundidade, temperatura, salinidade,
etc.
estame
Órgão masculino da flor,
formado pelo filete que sustenta a antera,
na qual, por sua vez, se formam os grãos
de pólen. (Botânica)
estaminódio Estame estéril ou abortivo,
quase sempre reduzido ao filete.
(Botânica).
estenobatial
Denominação aplicada
para organismos marinhos que toleram
apenas
pequenas
variações
de
profundidade.
estenose Estreitamento patológico de
uma estrutura tubular do corpo ou trato
digestivo. (Medicina)
ester
Compostos orgânicos que
apresentam o átomo de hidrogênio
presente na carboxila, substituído por um
radical alcoíla ou arila.
estacional
Planta ou comunidade
vegetal cujo comportamento fenológico
(principalmente no tocante à queda de
folhas e brotação) está vinculado a
mudanças nas condições climáticas.
(Botânica)
estereograma Par de fotografias ou
fotogramas que possibilita visualização
em três dimensões, através de princípios
de estereoscópia. (Fotointerpretação)
estádio glacial
Intervalo de tempo
compreendido entre dois estádios
interglaciais,
caracterizado
por
apresentar temperaturas mais baixas e
um avanço das geleiras.
esterificação
Reação química que
permite obter um ester a partir de um
ácido e um álcool, enol fenol, com a
eliminação de água.
estádio interglacial Intervalo de tempo
situado entre dois estádios glaciais, onde
reinam temperaturas amenas, e um
recuo das geleiras.
estetoscópio Instrumento utilizado para
auscultar
qualquer
som
vascular,
respiratório e outros de outra natureza
em qualquer região do corpo.
estalactite Feição originada a partir do
teto de uma caverna, com as mais
diferentes formas, como resultado da
precipitação de bicarbonato de cálcio
dissolvido
na
água;
quando
se
desenvolve a partir do piso da caverna,
estigma A parte superior livre do estilete
de uma flor, sobre a qual o pólen cai e se
desenvolve; porção terminal do gineceu,
destinada a recolher o pólen e sobre a
qual ele germina; pode ser punctiforme,
capitado ou remoso; a superfície
165
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
estoma
Abertura artificial criada
geralmente por procedimento cirúrgico.
(Medicina)
estigmática da coluna é pegajosa e
recebe as políneas, que também são
pegajosas, havendo assim a polinização
da flor. (Botânica)
estômago Órgão sacular que se situa
entre o esôfago e o intestino delgado;
sua principal função é triturar e
desmanchar os alimentos a um tamanho
ideal para que possam ser digeridos no
intestino
delgado;
possui
também
funções hormonais. (Medicina)
estilete
Porção filamentosa que
prolonga o ovário para cima, e na ponta
da qual se acha o estigma; através do
estilete desce o tubo polímico para
penetrar no ovário e operar a
fecundação.
estomas Poros de dimensões reduzidas
presentes na superfície inferior das
folhas, que se abrem e fecham,
permitindo as trocas gasosas, entre a
folha e a atmosfera.
estilo estrutural
Conceito que diz
respeito à assembleia de elementos
estruturais
presentes
em
uma
determinada
área,
levando
em
consideração seu arranjo espacial e sua
gênese comum, associados a uma
mesma fase tectônica.
estoque genético
Variedade ou
linhagem que carrega um ou mais genes
controladores
de
características
desejáveis. (Genética)
estimador Função dos membros de
uma amostra que permite avaliar ou
calcular um parâmetro da população de
onde ela se originou; geralmente, a esta
função está associada uma medida da
confiança que se pode atribuir à validade
da avaliação ou cálculo realizado; a idéia
é que o verdadeiro valor está sendo
obtido a partir do valor calculado, dentro
dos limites de variação da amostragem.
(Estatística)
estrangulamento
(Geologia)
Ver fatia de falha.
estratificação cruzada
Arranjo de
camadas depositadas em um ou mais
ângulos em relação ao mergulho original
da formação. (Geologia)
estratificação cruzada espinha-depeixe
Estratificação cruzada cujas
sequências
adjacentes
apresentam
camadas frontais que mergulham em
sentidos opostos; é uma feição
geralmente
indicativa
de
regiões
litorâneas, sendo formada durante o fluxo
e o refluxo das correntes de maré.
(Geologia)
estimativa
Valor de um estimador
calculado a partir de uma amostra. Ver
estimador. (Estatística)
estipe Segmento que une os pares de
políneas das orquídeas. (Botânica)
estiramento crustal
Deformação
experimentada pela crosta terrestre,
quando submetida a um campo de
esforços distensionais. (Geologia)
estratificação cruzada truncada por
ondas Estratificação cruzada em que a
superfície delimitante inferior é erosiva e
apresenta
comumente
declividades
inferiores a 100, embora as camadas
inclinadas cheguem a mergulhar até 150;
as camadas situadas acima da superfície
erosiva mostram-se aproximadamente
paralelas à superfície e se espessam
lateralmente; é interpretada como uma
estrutura formada pela ação de ondas de
tempestades sobre a face praial.
(Geologia)
estirâncio Zona frontal situada entre as
linhas normais da maré alta e baixa; a
parte alta do estirâncio é denominada
antepraia. Ver praia.
estol
Perda de velocidade e,
conseqüentemente, de altitude, de um
corpo aerodinâmico (ave ou avião),
devido à diminuição da força de
sustentação.
estolonífera Planta herbácea que, de
acordo com a espécie, emite caule
rastejante na superfície ou no interior do
solo. (Botânica)
estratificação fantasma Denominação
aplicada à presença de estruturas ou
estratigrafias relíquias das rochas
166
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
estratos São as situações verticais,
como se dispõem as plantas lenhosa
dentro da comunidade, avaliadas em
metros. (Fitogeografia)
encaixantes no interior de corpos
graníticos, que mantém as tendências
estruturais gerais da região; manifestase, principalmente, pela presença das
porções mais resistentes à fusão, em
continuidade estrutural com o mesmo
material fora da intrusão. (Geologia)
estratosfera Segunda camada principal
da atmosfera e que se estende desde a
tropopausa até cerca de 50 km acima do
solo; ao contrário do que acontece na
troposfera , na estratosfera a temperatura
geralmente aumenta com a altitude;
como a densidade do ar é muito menor,
até mesmo uma absorção pequena de
radiação
solar
pelos
constituintes
atmosféricos, notadamente o ozônio
atmosférico, produz um grande aumento
de temperatura; encerra grande parte do
total do ozônio atmosférico, e sua
concentração máxima ocorre em torno de
22 km acima da superfície terrestre;
diferentemente da troposfera; contém
pouco ou nenhum vapor d'água;
mudanças sazonais marcantes são
características
da
estratosfera
e,
geralmente, acredita-se que os eventos
na estratosfera estejam ligados às
mudanças de temperatura e de
circulação na troposfera. (Meteorologia)
estratificação flaser Marcas onduladas
que apresentam laminações cruzadas
com a preservação de finas películas de
argila nas calhas e mais raramente nas
cristas. (Geologia)
estratificação lenticular Estratificação
constituída por pequenas lentes de areia
ou de silte, comumente alinhadas e com
laminação cruzada interna. (Geologia)
estratificação ondulada Estratificação
constituída por alternância de camadas
arenosas com estratificação cruzada de
pequeno porte, originada da migração de
marcas onduladas, e camadas de
lamitos. (Geologia)
estratigrafia
Ciência que estuda a
sucessão original e a idade das rochas
estratificadas, assim como as suas
formas,
distribuição,
composição
litológica,
conteúdo
paleontológico,
propriedades geofísicas e geoquímicas,
ou seja, de todos os caracteres,
propriedades e atributos das mesmas
como estratos, buscando inferir os seus
ambientes de origem e sua história
geológica.
estratótipo Sucessão de estratos de
rocha, designada especificamente em
uma seção ou em uma área, na qual é
baseada a definição do caráter litológico
da unidade. (Geologia)
estratovulcão Vulcão constituído pela
alternância de material de natureza
explosiva (piroclastos) e efusão calma de
lava, resultando então um cone vulcânico
que mostra leitos alternados de cada tipo
de material; vulcão composito.
estratigrafia de sequências Estudo das
relações de rochas sedimentares dentro
de um arcabouço cronoestratigráfico de
estratos relacionados geneticamente, o
qual é limitado por superfícies de erosão,
de não-deposição, ou por suas
concordâncias relativas; a unidade
fundamental é a sequência.
estreito Canal de pequena largura, até
poucas centenas de metros, que liga dois
corpos de água de dimensões maiores.
estrela variável Estrela em que o brilho
é variável. (Astronomia)
estrato Camada de rocha ou sedimento
com 1 cm ou mais de espessura, e que
se distingue de outros situados
imediatamente acima ou baixo por
mudanças discretas na litologia ou por
quebra física de continuidade. (Geologia)
estromatólito
Massa
compacta
constituída por lâminas concêntricas,
com concavidade voltada para cima, de
natureza calcária e, interpretada como
estrutura resultante da atividade de algas
verdes e azuis; o estromatólito esferoidal,
com
estrutura
concêntrica,
e
estratopausa
Parte superior da
estratosfera marcada por uma zona
isotérmica. (Meteorologia)
167
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
(solos sódicos), com estrutura laminar,
prismática, em blocos, e estrutura
granular. (Pedologia)
primariamnete solto, isto é, não fixado a
um substrato, é denominado oncólito.
estrutura Arranjo espacial das rochas,
que podem ser corpos litológicos ou
conjunto de corpos, e suas arquiteturas
internas,
compreendendo
texturasformas, tamanhos e articulações dos
grãos- ou retículos cristalinos-arranjos de
átomos e íons, nos grãos minerais.
(Geologia)
estrutura elementar – É um nível
simplificado da estrutura primária, isto é,
integra tamanho, forma e arranjo de
específicas estruturas associadas e da
estrutura básica (estrutura da matriz-s).
(Micromorfologia do Solo)
estrutura em chama Tipo particular de
estrutura de sobrecarga desenvolvida em
superfícies ligeiramente inclinadas, sobre
camadas incompetentes; o material
argiloso ascendente mostra formas
alongadas, pontiagudas e comumente
recurvadas, lembrando chamas.
estrutura
atectônica
Estrutura
desenvovida especialmente em rochas
sedimentares, sem o envolvimento da
tectônica ou diastrofismo. (Geologia)
estrutura básica - Estrutura da matriz-s,
isto é, tamanho, forma e arranjo dos
grãos simples (plasma e grãos do
esqueleto) e poros dos peds primários,
ou material apedal, excluídas as
estruturas associadas. (Micromorfologia
do Solo)
estrutura em disco Estrutura que se
apresenta sob a forma de lâminas
côncavas voltadas para o alto, e que se
destacam do restante da matriz pela
coloração mais escura. As lâminas são
comumente ricas em argilas ou minerais
pesados.
estrutura bidirecional Estrutura que
indica apenas a direção e não o sentido
do agente responsável pela deposição.
estrutura em flor Arranjo de falhas, que
vistas em perfil, mostram os traços de
seus planos curvos e convergentes;
vnculadas
a
zona
de
falhas
transcorrentes,
transpressivas
(flor
positiva) ou transtensivas (flor negativa).
(Geologia)
estrutura colunar Coluna paralela ou
subparalela resulatante da subdivisão ou
conformação de uma camada durante
deformação e metamorfismo.
estrutura da paisagem Distribuição de
energia, materiais e espécies em relação
aos tamanhos, formas números, tipos e
configurações
de
elementos
dos
ecossistemas da paisagem. (Ecologia)
estrutura
em
rabo
de
cavalo
Denominação utilizada para zonas de
cisalhamento
secundárias
com
disposição em leque, desenvolvidas nas
extremiades das zonas transcorrentes,
para alivair o acúmulo de tensões e
acomodação
do
deslocamento.
(Geologia)
estrutura de corrente
Estrutura
formada principalmente por correntes
aquosas e eólicas, quando o sedimento é
transportado, sendo estritamente primária
ou singenética.
estrutura flaser Estrutura caracterizada
por pequenas lentes de areia fina ou silte,
comumente alinhadas e, em geral com
laminação cruzada, requerendo para sua
ocorrência, da disponibilidade de areia
fina e argila, bem como atividade de
correntes com pausas periódicas, como
nas planícies dominadas por marés.
(Geologia)
estrutura deformacional
Estrutura
produzida logo após a deposição, antes
da consolidação, principalmente por
escorregamento e escape de gases.
estrutura do solo
Reunião das
partículas unitárias do solo (areia, silte e
argila) em partículas compostas ou
grumos, cuja expressão em macro-escala
serão os agregados ou torrões; é
classificada de acordo com o tamanho e
forma desses agregados; o solo pode
apresentar-se com estrutura maciça
estrutura geopetal
Denominação
utilizada para indicar qualquer feição
interna de uma rocha sedimentar que
168
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
estrutura terciária - Tamanho, forma e
arranjo
dos
peds
secundários
(empacotamento dos peds primários),
seus poros interpedais e estruturas
associadas interpedais. (Micromorfologia
do Solo)
leve a indicar a posição original de
deposição. (Geologia)
estrutura plasmática - Estrutura do
plasma da matriz-s (matriz do solo), isto
é, o tamanho , a forma e o arranjo das
partículas do plasma e poros simples
associados; a estrutura plasmática
corresponde
à
organização
dos
constituintes do plasma que não foram
concentrados ou cristalizados a ponto de
formarem estruturas associadas (feições
pedológicas)
definidas
como
tal.
(Micromorfologia do Solo)
estrutura unidirecional Estrutura que,
por suas características, indica o sentido
do agente responsável pela deposição.
estuário É uma área ao longo da costa
onde um rio se junta ao mar, e estão
sempre rodeados de terras úmidas:
marismas ou terrenos alagadiços com
pastos halo-tolerantes ou pântanos com
árvores
de
raízes
aéreas
que
permanecem fora da água a maior parte
do tempo; é rico em energia e nutrientes,
possuindo um grande número de plantas
e animais; esta riqueza se deve, em
parte, às correntes de água doce e água
salgada; muitos estuários correspondem
a desembocaduras fluviais afogadas,
sendo que outros são apenas canais que
drenam zonas pantanosas costeiras; com
base no processo físico dominante pode
ser de dois tipos principais: estuários
dominados
por
ondas,
também
chamados de deltas e estuários
dominados por marés, onde se formam
os depósitos estuarinos propriamente
ditos.
estrutura primária - Estrutura dentro do
material apedal ou dentro do ped
primário, incluindo foram, tamanho e
arranjo de todas as estruturas associadas
inclusas na matriz-s e a estrutura básica.
(Micromorfologia do Solo)
estrutura secundária - Tamanho, forma
e arranjo dos peds primários, seus poros
interpedais e estruturas associadas
interpedais. (Micromorfologia do Solo)
estrutura
sigmoidal
Estrutura
sedimentar com formato de lentes,
originada
pelo
movimento
dos
sedimentos abaixo do nível de base e
com transporte efetivado, pelo menos
parcialmente, por suspensão; ocorre em
frentes de deltas ou em áreas de
marés.(Sedimentologia)
estudo de impacto ambiental - EIA
Exigência legal para o licenciamento de
qualquer empreendimento que possa
modificar o meio ambiente e que
desenvolverá, no mínimo, os seguintes
itens: diagnóstico ambiental da área de
influência do projeto com completa
descrição e análise dos recursos
ambientais e suas interações, tal como
existem, de modo a caracterizar a
situação ambiental da área, antes da
implantação do projeto; análise dos
impactos ambientais do projeto e de suas
alternativas, através de identificação,
previsão da magnitude, interpretação da
importância dos prováveis impactos,
discriminando: os impactos positivos e
negativos (benéficos e adversos), diretos
e indiretos, imediatos e de médio e longo
prazos, temporários e permanentes; seu
grau
de
reversibilidade;
suas
estrutura sindeposicional
Estrutura
formada
contemporaneamente
à
deposição das camadas; este grupo pode
ser
referido
coletivamente
como
estruturas intraformacionais, isto é,
localizadas internamente às camadas;
como é estrutura originada durante a
sedimentação,é
essencialmente
construtiva. (Geologia)
estrutura tepee Feição constituída por
fragmentos
alongados
de
rochas
sedimentares, dispostos em meio a uma
matriz que apresenta coloração diferente,
forma cônica, e que lembra as tendas
dos índios norte-americanos; ocorre
comumente em calcários formados em
ambientes
costeiros
intermarés
e
supramarés, através da exposição
subaérea em clima árido ou semiárido.
(Geologia)
169
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
se nos Reinos Plantae ou Metaphyta e
Animalia ou Metazoa.
propriedades cumulativas e sinérgicas; a
distribuição dos ônus e benefícios
sociais;
definição
das
medidas
mitigadoras dos impactos negativos entre
elas os equipamentos de controle e
sistemas de tratamento de despejos,
avaliando a eficiência de cada uma delas;
elaboração
do
programa
de
acompanhamento e monitoramento dos
impactos positivos e negativos, indicando
os fatores e parâmetros a serem
considerados.
eufótica Lâmina de água que alcança
até 80 m de profundidade, e que recebe
a luz solar em quantidade suficiente para
permitir a fotossíntese. Ver zona eufótica.
eugenia
Ciência que estuda as
condições mais propícias à reprodução e
melhoramento da raça humana.
eugenol Substância encontrada no óleo
do cravo-da-índia, líquido, incolor,
aromático, usado como anti-séptico; sua
fórmula é: C10H12O2.
estudo de viabilidade de queima - EQV
Estudo teórico que visa avaliar a
compatibilidade do resíduo a ser coprocessado com as características
operacionais do processo e os impactos
ambientais decorrentes desta prática.
eulitorâneo Porção da zona litorânea
que se estende desde o nível mais
elevado da maré até a profundidade de
40 a 60 m.
estudo ecogeográfico Descrição da
inter-relação entre fatores ecológicos e
geográficos, geralmente aplicável à
distribuição de espécies.
eumorfismo Propriedade atribuída à
projeções equivalentes, quando não
apresentam deformação exagerada.
eupelágico Depósito marinho que se
forma em isóbatas superiores a 1.000 m.
éter sulfúrico Líquido incolor, volátil,
com cheiro característico e muito
inflamável, de fórmula C2H5OC2H5.
eupnéica
(Medicina)
etnia Grupo de indivíduos que partilham
principalmente a mesma cultura e a
mesma língua.
etnoprodutos
Produtos
produzidos popularmente.
usados
Que respira normalmente.
euriápside Denominação utilizada para
os crânios dos répteis em que o orifício
temporal se abre imediatamente acima
dos ossos escamoso e pós - orbital.
(Zoologia)
e
etologia
Ciência que estuda o
comportamento dos seres vivos, visando
estabelecer os efeitos e as causas, assim
como os mecanismos responsáveis por
diferentes formas de conduta.
euribatial
Denominação aplicada a
organismos que suportam amplas
variações de profundidade.
euribiôntico Organismos que suportam
amplas
variações
das
condições
ambientais.
etoxilação Reação química que permite
a fixação de uma ou mais moléculas de
óxido de etileno sobre um composto
químico.
euritermos Organismos que suportam
grandes variações de temperatura;
aqueles sensíveis a essas variações
recebem o nome de estenotermos.
eubiótica A arte de viver bem.
eucaliptol Essência oleosa aromática
extraída das folhas dos eucaliptos.
europa Uma das luas de Júpiter, com
um diâmetro de 3.138 km e uma
densidade média de 2,97 g/cm3; este
satélite tem um núcleo rico em ferro, com
um manto de silicatos e uma crosta de
gelo de água; alguns indícios levam a
crer que, por baixo desta crosta de água
gelada, possa existir um oceano de água
líquida, que juntamente com os pontos
eucariotas Seres vivos que apresentam
células com uma organização bem mais
complexa que os procariotas, sendo seu
citoplasma preenchido por um compelxo
sistema de membranas e com diversos
tipos
de
orgânulos,
tais
como
mitocôndrias e cloroplastos; subdividem170
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
vulcânicos existentes, podem originar um
ambiente propício à vida. (Astronomia)
definida, os menos solúveis primeiro; a
gipsita é o primeiro a precipitar-se em
grandes quantidades, seguindo-se a
anidrita e o sal-gema; os sais mais
solúveis como a silvita, a carnalita e a
polialita, associam-se à halita em alguns
depósitos,
constituíndo-se
em
importantes fontes de potássio.
eustasia Fenômeno de flutuação do
nível do mar, através do tempo
geológico, e atribuído a diversas causas.
eutético
Reação
termicamente
reversível em que uma fase líquida se
transforma no equilíbrio e no resfriamento
em duas fases sólidas.
evapotranspiração Soma de todas as
perdas de água, devidas à sua
transformação em vapor, quaisquer que
sejam os fatores postos em jogo.
eutetóide
Reação
termicamente
reversível em que uma fase sólida se
transforma no equilíbrio e no resfriamento
em duas outras fases sólidas
evapotranspiração
efetiva
evapotranspiração real.
eutroficação Processo pelo qual as
águas se tornam mais eutróficas, isto é,
mais ricas em nutrientes dissolvidos,
necessários para o crescimento de
plantas aquáticas, como as algas, seja
como fase natural de maturação da
massa de água, seja artificialmente, por
exemplo, pela poluição ou por efeito de
fertilizantes; o aumento de nutrientes no
meio aquático, acelera a produtividade
primária,
ou
seja,
intensifica
o
crescimento de algas; esse fenômeno
pode ser provocado por: lançamento de
esgotos, resíduos industriais, fertilizantes
agrícolas e a erosão; é fácil de concluir
que,
em
certas
proporções,
a
eutrofização pode ser benéfica ao
ecossistema.
Ver
evapotranspiração
potencial
Quantidade máxima de água capaz de
ser evaporada, em um dado clima, de
uma cobertura vegetal contínua e suprida
de água; compreende, assim, a
evaporação do solo e a transpiração das
plantas expressas em altura de água,
durante um determinado tempo.
evapotranspiração real
Soma das
quantidades de vapor d'água evaporado
do solo e das plantas quando o solo está
com seu conteúdo real de umidade;
evapotranspiração efetiva.
evento Qualquer atividade de natureza
magmática ou metamórfica que ocorreu
ao longo do desenvolvimento de um
processo geossinclinal ou plataformal,
detectado através de determinações
geocronológicas. (Tectônica).
eutrófico Denominação do solo que
apresenta saturação por bases (V%)
superior a 50%; sinônimo de solo fértil.
(Pedologia)
evento episódico Caráter pontuado de
ocorrência de eventos tanto de natureza
sedimentar
quanto
tectônica,
responsáveis, de acordo com alguns
pesquisadores, pela maior parte do
registro geológico; refere-se também, de
um modo geral, a eventos raros de
magnitude anormalmente alta ou baixa.
eutrofização Ver eutroficação.
euxínico Ambiente marinho ou lacustre,
no qual a presença de H2S incorporado à
água inibe a vida.
evaporação
Processo pelo qual as
moléculas de água na superfície líquida
ou na umidade do solo, adquirem
suficiente energia, através da radiação
solar e passam do estado líquido para o
de vapor. (Meteorologia)
evolução Processo de diversificação
genética e morfológica de organismos na
natureza; expressa a quantidade de
diversificação orgânica ocorrendo na
biosfera e é idealmente medida pelo
fenômeno de especiação; o conceito de
evolução está intimamente ligado à
ocorrência de mudanças nas freqüências
gênicas de populações.
evaporito
Depósito constituído por
rocha sedimentar que se formou por
precipitação na água, em função da
evaporação em ambiente salino; os sais
dissolvidos precipitam-se em uma ordem
171
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
da erosão das partes elevadas do
cinturão ortogeossinclinal, que jaz fora do
cráton.
evolução convergente
Designação
utilizada para indicar o desenvolvimento
de
características
similares
em
organismos pertencentes a linhagens
sem parentesco próximo.
exomorfose Alteração da forma e do
hábito dos cristais, devido a influências
externas. (Cristalografia).
evolução em mosaico
Padrão de
evolução de uma linhagem em que vários
caracteres morfológicos dos organismos
mudam sob diferentes taxas.
exorreico Que drena para o mar.
exorrizo Vegetal cujas raízes se formam
na camada superficial do solo.
evolução filética Processo evolutivo no
qual uma unidade taxonômica diverge
gradualmente de sua forma ancestral,
mas sem ramificar ou dar origem a novas
linhas evolutivas dentro do complexo.
exosfera Camada que se estende de
uma altitude entre 500 e 700 km da
superfície terrestre e acima dessa
altitude; os átomos de oxigênio,
hidrogênio e hélio formam uma atmosfera
muito tênue e as leis dos gases deixam
de ser válidas; é a camada limite da
atmosfera, entretanto esta não tem um
limite superior exato, porém torna-se
menos densa, progressiva e de forma
rápida antes que finalmente se confunda
com o espaço exterior.
evolução pontuada
Modelo de
evolução em que as espécies são
relativamente estáveis e de longa
duração e no qual novas espécies
aparecem
em
episódios
rápidos,
seguindo-se sucesso diferencial em
algumas delas.
evorsão
Tipo especial de corrasão
gerada pela pressão exercida pelo
movimento tubilhonar no fundo do leito
de uma corrente; este processo escava
depressões
geralmente
circulares
denominadas marmitas. Ver corrasão.
exóstoma Ver micrópila. (Botânica)
exótico Qualificação dada a uma planta
ou
animal
presente
numa
área
geográfica, da qual não se origina; por
exemplo, o eucalipto no Brasil é espécie
exótica, por ser uma espécie de planta
originária da Austrália.
exantema
Eflorescência peculiar às
febres eruptivas. (Medicina)
expansividade higroscópia Alteração
das dimensões de um determinado
material em função das variações da
umidade ambiente.
excentricidade A excentricidade de uma
elipse, que representa uma órbita
planetária, é a razão da distância entre
os focos e o eixo maior. (Astronomia)
experimento inteiramente casualizado
Experimento em que cada parcela pode
receber, por sorteio, qualquer tratamento,
sem nenhuma outra restrição além do
número
desejado
de
repetições.
(Estatística)
excretar Eliminar os restos do sangue,
tecidos do corpo ou alimentos. (Medicina)
exina Camada principal, externa, do
esporoderma, geralmente resistente à
acetólise,
sendo
constituída
principalmente
de
esporopolenina.
(Palinologia).
explante Segmento de tecido ou órgão
vegetal utilizado para iniciar uma cultura
in vitro.
exocetídeos
Família de peixes
Actinopterígeos
da
ordem
dos
Sinentognatos; são os peixes-voadores,
sendo Exocoetus evolaus a espécie
mais comum na costa brasileira.
explosão Fenômeno caracterizado por
um aumento rápido de pressão; numa
reação de combustão, este fenômeno é
geralmente associado à existência prévia
de uma mistura combustível (mistura
gasosa ou poeiras em suspensão no ar).
exogamia Ver fertilização cruzada.
exogeossinclinal
Parageossinclinal
disposto ao longo de um bordo cratônico,
sendo o suprimento sedimentar oriundo
explosão demográfica
Crescimento
populacional
sem precedentes na
172
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
extinção,
pela
destruição
de
ecossistemas ou/e o extermínio de
espécies específicas; estima-se que nas
últimas décadas as taxas de extinção
ficaram centenas e até milhares de vezes
mais altas.
história da humanidade, no século XX;
desde os primórdios da história até cerca
de 1800, a população do mundo cresceu
vagarosamente, atingindo, nessa época,
1 bilhão de pessoas; o segundo bilhão,
no entanto, é alcançado cerca de 125
anos mais tarde e o terceiro bilhão, em
33 anos, por volta de 1960; para se
chegar
ao
quarto
bilhão,
foram
necessários apenas 14 anos (1974), e ao
quinto, 13 anos (1987); concentra-se,
sobretudo, nos países do Terceiro Mundo
(África, Ásia e América Latina) que, nas
décadas de 50, 60 e 70, apresentaram
taxas de crescimento demográfico ao
redor de 2,5%; embora as taxas mundiais
estejam
diminuindo,
a
população
continua aumentando vertiginosamente;
segundo a ONU, a cada ano somam-se
86 milhões de novos habitantes ao
planeta, projeção feita para o período
1996-2015.
extração Primeira etapa da análise do
teor de nutrientes disponíveis no solo,
seguida pela determinação; consiste em
misturar uma alíquota da amostra com
uma
substância,
geralmente
uma
solução, chamada de extrator, e
promover
a
agitação,
depois
a
decantação ou filtragem para se obter
uma solução límpida contendo os
nutrientes extraídos.
extraclasto
Fragmento carbonatado
proveniente de um meio diferente do
material no qual se encontra atualmente,
seja ele mais antigo (extraclasto
heterócrono), seja proveniente de uma
zona
isópica
diferente(extraclasto
heterópico).
explotação Ver lavra.
expressão A amplitude de manifestação
de
uma
característica
genética,
codificada por um ou mais pares de
genes; a herança pode ser monogênica
ou poligênica e a manifestação da
característica pode ser descrita em
termos qualitativos ou quantitativos. Ver
característica qualitativa, característica
quantitativa, poligenes. (Genética)
extrativismo florestal Ato de extrair
madeira ou outros produtos das florestas.
extrativismo mineral Ato de extrair
minerais dos locais (jazidas) onde se
encontram naturalmente.
extrato Solução obtida no processo de
extração; trata-se de uma solução
límpida obtida por filtração, decantação,
sucção ou centrifugação, contendo os
nutrientes extraídos.
expressividade Grau de manifestação
de um caráter genético. (Genética)
extrato de saturação Extrato usado
para determinação da condutividade
elétrica, para verificar o nível de
salinidade do solo; é obtido a partir de
uma quantidade conhecida de amostra
seca, lentamente molhada com água
destilada, enquanto se faz a mistura com
uma espátula de aço, até que a amostra
fique saturada, ou seja, formando um
filme sobrenadante.; então é colocada
em funil apropriado, que permite a
adaptação de papel de filtro, e submetida
à sucção, recolhendo-se a solução
extraída. (Pedologia)
exsicata
Amostra de planta seca,
montada,
descrita,
etiquetada
e
conservada em um herbário tanto para
estudo como para documentação.
(Botânica)
exsolução Processo através do qual
ocorre a segregação e crescimento de
íons rejeitados dentro dos domínios de
um cristal no estado sólido, a partir de um
cristal desordenado; desmisturação.
extinção
Etapa final do ciclo de
existência de uma espécie; supõe-se
que, em 200 milhões de anos, 900 mil
espécies em média teriam se extinguido
a cada milhão de anos (uma extinção a
cada treze meses); a ação predatória do
ser humano acelerou esta taxa de
extrator Substância, geralmente uma
solução, usada para extrair os teores
disponíveis do solo. Idealmente o extrator
deve simular a ação das raízes no solo,
173
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ou seja, extrair apenas os teores
disponíveis do nutriente. (Pedologia)
sendo
paralela
(Cristalografia)
extrusão Operação de conformação de
seções contínuas provocadas pela
passagem do material através de uma
matriz. (Metalurgia)
fácies Conjunto de caracteres de ordem
litológica e paleontológica que permite
conhecer as condições em que se
realizam os depósitos. (Geologia)
F
facies de uma formação Parâmetros
particulares dentro de uma paisagem
vegetacional
que
se
destacam
fisionomicamente, como por exemplo:
tipo de dossel que domina na floresta,
formas de vida específicas que se
destaca pela presença ou ausência de
floresta-de-galeria dentro das formações
campestres e outros. (Fitogeografia)
f
Colocado após o símbolo dos
horizontes A, B e C, indica concentração
localizada (segregação) de constituintes
secundários minerais ricos em ferro e/ou
alumínio, em qualquer caso, pobre em
matéria orgânica em mistura com argila e
quartzo; exemplo Bf, Af. (Pedologia)
ao
terceiro.
fácies metamórfica
Conceito que
designa
um
grupo
de
rochas
caracterizadas por apresentar um
conjunto definido de minerais formados
em condições metamórficas particulares.
(Geologia)
fácies sedimentar
Conceito que
designa as mudanças laterais das
características
litológicas
e
paleontológicas dentro de uma unidade
estratigráfica, como resultado das
variações que existem naturalmente
dentro dos ambientes sedimentares.
(Geologia)
f
Símbolo que na classificação de
Koppen, designa um clima sempre úmido
e com chuva todo o ano. (Climatologia)
F1, F2, Fn Símbolos que representam,
respectivamente: primeira geração filial
proveniente
do
acasalamento
de
progenitores homozigóticos; segunda
geração
filial
proveniente
do
intercruzamento ou autofecundação de
indivíduos da geração F1; enésima
geração proveniente da autofecundação
de indivíduos da geração Fn - 1.
(Genética)
facólito Corpo magmático intrusivo que
possui forma convexa – côncava; mostra
em seção um aspecto que lembra uma
foice, estando localizado geralmente na
parte superior das anticlinais. (Geologia)
fadiga Diminuição lenta e gradual da
resistência de um material, tendo em
vista o uso contínuo com repetidas
solicitações; tendência à ruptura sob
carga inferior ao limite de resistência à
tração, quando o material é sujeito a
ciclos repetidos de tensões.
fábrica
Denominação utilizada para
indicar a orientação espacial primária dos
componentes
de
um
sedimento;
corresponde a um dos aspectos da
textura. (Sedimentologia)
face de pirâmide Face que corta todos
os eixos cristalográficos. (Cristalografia)
fago Ver bacteriófago. (Virologia)
face de praia Porção submersa da
praia, sendo que sua superfície é
constituída
de
barras
e
canais
longitudinais , paralelos à costa. Ver
praia.
faiscação Trabalho individual em que
são utilizados instrumentos rudimentares,
aparelhos manuais ou máquinas simples
e portáteis, para a extração de metais
nobres nativos em depósitos eluvionares
ou aluvionares, fluviais ou marinhos, e
que recebem a designação genérica de
faisqueiras. (Mineração)
face de prisma Denominação aplicada a
face que corta dois eixos cristalográficos,
174
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
faixa de plasticidade
Faixa de
percentagem de umidade por peso,
dentro da qual uma pequena amostra de
solo exibe plasticidade. (Pedologia)
falésia marinha ativa Falésia que está
atualmente sendo atacada pelas ondas,
isto é, encontra-se ainda em formação;
falésia marinha viva. (Geomorfologia)
faixa intertropical
Região da Terra
compreendida entre os Trópicos de
Câncer, situado no hemisfério norte, e o
de Capricórnio, no hemisfério sul.
(Geografia)
falésia marinha viva
Ver
marinha ativa. (Geomorfologia)
falésia
falésia morta Rebordo costeiro, íngreme
ou suavizado, resultante da erosão
marinha que não mais está atuando no
local, em virtude da formação de uma
planície marinha ou fluviomarinha;
paleofalésia. (Geomorfologia)
faixa móvel Região crustal, em geral
estreita e alongada, caracterizada por
intensa atividade tectônica associada
geralmente
a
magmatismo
e
metamorfismo regional. (Geologia)
falha Fratura ou cisalhamento presentes
em blocos de rochas que sofreram
deslocamentos um em relação ao outro,
ao longo de planos. (Geologia)
faixas de retenção
Faixas de
gramíneas ou outra vegetação resistente
à erosão, utilizada para retardar o fluxo
de enxurrada, causado pela deposição
do material transportado e portanto,
reduzindo o fluxo de sedimento.
(Agronomia)
falha de empurrão Descontinuidade na
crosta terrestre originada por esforços
compressivos, normalmente envolvendo
feições de baixo ângulo; os limites das
massas em movimento são as rampas,
sendo
que
as
rampas
frontais
apresentam um ângulo de mergulho >
450, as rampas oblíquas um mergulho
intermediário e movimentação oblíqua e
as laterais, um ângulo de mergulho > 450
e
movimentação
transcorrente.
(Geologia)
faixas de vegetação permanente Ver
cordões de vegetação permanente.
(Agronomia)
faixa-tampão Faixa de contorno ou de
nível mais ou menos permanente, de
largura variável ou não, plantada com
capim ou alguma outra vegetação
resistente à erosão, que não faz parte da
rotação regular de culturas de uma
propriedade e que pode ser colhida ou
não. (Agronomia)
falha inversa
Falha gerada por
movimentação compressional em que a
capa sobe e a lapa desce. (Geologia)
falha normal
Falha cujo teto
aparentemente desceu em relação ao
muro, e originada por movimentação
extensional. (Geologia)
falda
Denominação usada nas
descrições das paisagens acidentadas
referindo-se, apenas à parte da base das
montanhas ou das colinas, ou mesmo
das serras; sopé. (Geomorfologia)
falha transcorrente Falha em que o
movimento
preferencial
ocorreu
paralelamente à direção de seu plano, e
cujos campos de tensões apresentam os
tensores compressivo e extensional,
horizontais ou próximos da horizontal.
(Geologia)
falésia
Termo usado indistintamente
para designar as formas de relevo
litorâneo, abruptas ou escarpadas ou,
ainda, desnivelamento de igual aspecto
no interior do continente; escarpa
originada pela erosão fluvial ou marinha e
que se encontra, ainda, sob a influência
destes
agentes,
implicando
necessariamente na existência de
porções continentais soerguidas e/ou
rebaixamentos eustático para sua
formação. (Geomorfologia)
falha transformante Tipo particular de
falha transferente que se desenvolve
para
acomodar
a
movimentação
divergente das dorsais meso-oceânicas;
o deslocamento ao longo da falha
acompanha o deslocamento das placas
oceânicas. (Geologia)
175
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
falhamento distributivo Falhamento em
que
o
movimento
diferencial
é
caracterizdao através de deslocamentos
sistemáticos, de pequena grandeza, ao
longo de numerosas fraturas pouco
espassadas. (Geologia)
afetam o uso e o manejo do solo.
(Pedologia)
falhas lístricas Falhas normais que se
apresentam curvadas com a forma de pá
ou colher, e que separam cunhas, lascas
ou escamas acunhadas que se aplainam
horizontalmente em direção à zona de
deslocamento,
produzindo
uma
concavidade
voltada
para
cima.
(Geologia)
fanerófito Planta lenhosa que apresenta
gemas e brotos de crescimento
protegidos por catafilos situados acima
de 0,25 m do solo; de acordo com suas
alturas médias são classificados em
Macrofanerófitos
(30
a
50
m);
Mesofanerófitos
(20
a
30
m);
Microfanerófitos (5 a 20 m) e
Nanofanerófitos (0,25 a 5 m). (Botânica)
falhas
pivotantes
rotacionais. (Geologia)
Ver
família radioativa
Sequência de
elementos radioativos, em que cada
nuclídeo é resultante da desintegração
do anterior.
falhas
fanerófitos suculentos
Vegetais
caracterizados pela falta de folhas e pela
presença de tecidos que armazenam
água ou acumulam reservas, sendo
carnosos
ou
suculentos.
São
representados pelas cactáceas em geral
(Cereus
jamacaru,
Pilosocereus
gounellei, Melocactus bahiensis) e por
algumas espécies de Euforbiáceas e de
Asclepiadáceas. (Botânica)
falhas rotacionais Falhas cujos blocos
giram segundo um eixo de rotação que é
perpendicular à falha; falhas pivotantes.
(Geologia)
falhas
transferentes
Falhas
transcorrentes
cujos
trends
são
0
0
praticamente perpendiculares (70 -90 ) à
direção geral da faixa tectônica em que
se situam, interligando falhas normais ou
falhas
de
empurrão;
tais
falhas
transferem de um ponto da bacia para
outro a movimentação de blocos
divergentes
ou
convergentes,
relacionados a falhas interligadas;
desenvolvem-se para acomodar a
deformação compressiva ou distensiva.
(Geologia)
fanerógama Planta que tem órgãos
sexuais aparentes; grande grupo do reino
vegetal que inclui todas as plantas que
produzem flores: Angiospermas e
Gimnospermas. (Botânica)
fanglomerado Brecha que apresenta
alguns componentes arredondados, e
depositados nas partes superiores dos
cones aluviais das regiões semi-áridas.
família É a unidade sistemática das
classificações
por
categorias
taxonômicas,
compreendendo
um
conjunto de gêneros que possuem
diversas características. (Botânica)
faretrone
Esponja que apresenta
espículas calcárias predominantemente
constituídas por calcita e raramente
aragonita com parede espessa e
espículas anastomosadas, formando um
esqueleto rígido; calcisponja.
família Grupo de indivíduos diretamente
relacionados entre si em virtude de
descenderem todos de um ancestral
comum. (Genética)
farinha Produto intermediário para a
produção
de
clínquer,
composto
basicamente de carbonato de cálcio,
sílica, alumina e óxido de ferro, obtidos a
partir de matérias primas, tais como:
calcário, argila e outras. Ver clínquer.
família de solos Corresponde ao 50
nível categórico na estruturação das
classes de solos do Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos e é utilizado para
atender
funções
pragmáticas;
na
classificação desse nível categórico deve
ser
priorizado
o
emprego
das
características e propriedades que
farinha de falha Rocha cataclástica
incoesa, que contém menos de 30% de
porfiroclastos. (Geologia)
176
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
profundidade, porém a partir de 40 cm
abaixo da superfície do solo. (Pedologia)
fase extremamente pedregosa Quando
calhaus e/ou matacões ocupam mais de
90% da superfície do terreno. Ver
calhaus , matacões. (Pedologia)
fase rochosa Refere-se a solos com
afloramentos de rochas suficientes para
tornar impraticável a mecanização, com
exceção de maquinas leves; os
afloramentos rochosos, matacões e/ou
manchas de camadas delgadas de solos
sobre rochas se distanciam 3 a 10 m e
cobrem de 25 a 50% da superfície do
terreno; solos classificados nessa classe
de rochosidade são recomendados como
área de preservação da flora e da fauna.
(Pedologia)
fase extremamente rochosa Quando
afloramentos de rochas e/ou matacões
ocupam mais de 90% da superfície do
terreno; nesse caso, os solos são
considerados tipos de terreno. Ver
afloramentos de rochas, matacões.
(Pedologia)
fase muito pedregosa Quando calhaus
e/ou matacões ocupam de 25 a 50 % da
massa de solo e/ou da superfície do
terreno (distanciando-se por menos de
0,75 m) tornando completamente inviável
o uso de qualquer tipo de maquinaria ou
implemento agrícola manual; solo
classificado nessa fase de pedregosidade
são viáveis somente para preservação da
vegetação natural.. (Pedologia)
fases de pedregosidade
É uma
subdivisão do Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos com critérios para
distinção de fases de unidades de
mapeamento que qualificam áreas em
que
a
presença
superficial
ou
subsuperficial
de
quantidades
expressivas de calhaus e matacões
interfere no uso das terras, sobretudo no
referente ao emprego de máquinas e
equipamentos
agrícolas;
essa
qualificação abrange as seguintes fases
de pedregosidade: pedregosa I, II e II,
muito pedregosa e extremamente
pedregosa. (Pedologia)
fase muito rochosa O solo contém
afloramentos rochosos, matacões e/ou as
manchas de camadas delgadas de solos
sobre rochas que se distanciam menos
de 3 m (cobrindo 50 a 90% da
superfície),
tornando
inviável
a
mecanização; solos classificados nessa
fase de rochosidade são viáveis apenas
para preservação da vegetação primária.
(Pedologia)
fases de relevo É uma subdivisão do
Sistema Brasileiro de Classificação de
Solos com critérios para distinção de
fases de unidades de mapeamento que
qualifica condições de declividade,
comprimento de encosta e configuração
superficial dos terrenos, que afetam as
formas
de
modelado
(formas
topográficas) de áreas de ocorrência das
unidades de solo. (Pedologia)
fase pedregosa I
O solo contém
calhaus e/ou matacões ao longo de todo
o perfil ou nos (s) horizonte (s), até
profundidade maior que 40 cm.
(Pedologia)
fase pedregosa II
O solo contém
calhaus e/ou matacões na parte
superficial e/ou dentro do solo até à
profundidade máxima de 40 cm; solos
com pavimento pedregoso que não pode
ser facilmente removido incluem-se
também nesta fase. (Pedologia)
fases de rochosidade
Refere-se a
exposição do substrato rochoso, lajes de
rochas, parcelas de camadas delgadas
de
solos
sobre
rochas
e/ou
predominância
de
boulderes
com
diâmetro médio maior que 100 cm, na
superfície ou na massa do solo, em
quantidades tais, que tornam impraticável
o uso de maquinas agrícolas; essa
qualificação abrange as seguintes fases
de rochosidade: rochosa, muito rochosa
e extremamente rochosa. (Pedologia)
fase pedregosa III
O solo contém
calhaus e/ou matacões a partir de
profundidades maiores que 40 cm; nesta
fase estão incluídos tanto os solos que
apresentam intercalação de uma seção
de pedregosidade, como aqueles nos
quais a pedregosidade é continua em
177
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
fator limitante Aquele que estabelece
os limites do desenvolvimento de uma
população dentro do ecossistema, pela
ausência, redução ou excesso desse
fator ambiental. (Ecologia)
fases de solos É uma subdivisão do
Sistema Brasileiro de Classificação de
Solos com critérios para distinção de
fases de unidades de mapeamento, para
tornar ainda mais homogênea as classes
de solos, com o intuito de refletir
condições que interferem direta ou
indiretamente no comportamento e nas
qualidades dos solos; podem ser
utilizadas em qualquer nível categórico,
sendo as mais utilizadas: fases de
vegetação primária, fases de relevo,
fases de pedregosidade e fases de
rochosidade. (Pedologia).
fator limitante Tipo de restrição ou
limitação das condições agrícolas;
utilizado no sistema de avaliação da
aptidão agrícola das terras. (Pedologia)
fatores climáticos Condições físicas ou
geográficas
que
influenciam
habitualmente no clima e interagem nas
condições atmosféricas, tais como a
latitude, altitude, as correntes marítimas,
a distribuição das terras e mares, a
topografia, a cobertura vegetal, etc.
fases de vegetação primária É uma
das subdivisão do Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos utilizada como
critério para distinção de fases de
unidades de mapeamento, com o intuito
de revelar a existência de relações entre
a vegetação primária e determinadas
condições edafoclimáticas, mormente
referentes a regimes hídricos, térmicos e
de eutrofia e oligotrofia. (Pedologia)
fatores de formação de solo São os
agentes naturais variáveis que são
responsáveis pela formação do solo; são
geralmente inter-relacionados e são os
seguintes: rocha matriz e relevo (agentes
passivos) e clima e biosfera (agentes
ativos), além do tempo. (Pedologia)
fatia de falha Denominação genérica
aplicada a blocos de rocha que foram
aprisionados entre as paredes da falha;
a denominação horse é utilizada quando
a falha aprisionante é de gravidade;
estrangulamento. (Geologia)
fatores topoclimático do solo São os
fatores que influenciam o clima do solo,
relacionados com o relevo; exemplos: a
inclinação e a convexidade.
fator ambiental
É o elemento ou
componente ambiental que exerce uma
função específica ou influi diretamente no
funcionamento do sistema ambiental.
(Ecologia)
fauna Conjunto de animais que habitam
determinada região.
fauce A parte interior do labelo de uma
orquídea. (Botânica)
fava-bolacha (Alexa grandiflora) Árvore
da família Leguminosae, de médio porte,
o fuste na maioria das espécies são
tortuosos/espiralados,
com
diâmetro
superior a 80 cm, casca cinza/amarelada
internamente, lisa em placas com 0,5 cm
de espessura; madeira moderadamente
pesada; cerne e alburno cremeamarelado, grã ondulada, textura média,
figura ausente, cheiro indistinto e gosto
amargo.
fator de capacidade Relação entre a
carga própria de energia e a capacidade
instalada de uma instalação ou conjunto
de instalações. (Energia)
fator de carga Relação entre o consumo
num intervalo de tempo determinado
(ano, mês, dia, etc) e o consumo que
resultaria da utilização contínua da carga
máxima verificada, ou outra especificada,
durante o período considerado. (Energia)
fator de escala
deformação.
febre amarela
Doença febril aguda
transmitida pelo mosquito Aedes aegyptii,
o mesmo que transmite a dengue; o
período de incubação é de 3 a 6 dias
após a picada do mosquito; tem curta
duração, de no máximo 12 dias; é uma
virose de gravidade variável que pode
levar à morte; os principais sintomas são:
Ver coeficiente de
fator ecológico Aquele que determina
as condições ecológicas no ecossistema.
(Ecologia)
178
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
sílica,oxigênio,alumínio e potássio; são
comumente claros e possuem peso
específico inferior a 3, sendo os mais
comuns o quartzo, a muscovita e o
ortoclásio.
febre, dor de cabeça icterícia, calafrios,
náuseas, vômitos, dores musculares e
abdominais, hemorragias, problemas
renais, dentre outros; existem dois tipos:
a silvestre (o único hospedeiro é o
macaco, e acidentalmente o homem), e a
urbana (o único hospedeiro é o homem);
existe vacina de aplicação subcutânea,
em única dose, que imuniza por 10 anos;
os
desmatamentos
estimulam
o
deslocamento dos mosquitos para as
cidades. Ver dengue.
fenética
Qualquer característica de
ordem
morfológica,
fisiológica
ou
bioquímica
apresentada
por
um
organismo no momento da observação;
relativo à aparência, ao fenótipo;
classificação fenética é aquela que se
baseia
apenas
em
características
morfológicas, agrupando indivíduos pela
sua semelhança, sem atentar muito para
a ancestralidade.
fecundação Fusão do núcleo do gameta
masculino com o núcleo do gameta
feminino.
fenologia
Estudo da aparição de
fenômenos periódicos no ciclo natural de
organismos; na prática é a monitoração e
o registro das mudanças sazonais por
que passa um indivíduo ou população ao
longo das quatro estações para
fenômenos
tão
variados
quanto
caducidade foliar, evapotranspiração,
floração, frutificação, etc; há geralmente
uma
relação
direta
entre
estas
manifestações e seus valores com o
clima e o fotoperiodismo. (Botânica)
feição
Um objeto ou aspecto da
superfície da Terra.
feições artificiais
Características
artificiais da superfície terrestre, ou seja,
tudo aquilo que foi criado e modificado
pelo homem como estradas, cidades,
barragens, edificações, áreas cultivadas,
etc.
feições naturais São as características
naturais da superfície terrestre como rios,
lagos, morros, montanhas, matas e
florestas nativas.
fenótipo Aparência final de um indivíduo
como resultado da interação de seu
genótipo com um determinado ambiente
abiótico; características observáveis de
um organismo; o conjunto dos caracteres
plenamente
manifestos
de
um
organismo.
feldspatóides
Nome dado a vários
minerais, aluminossilicatados de Na, K ou
Ca, que são sililares em composição aos
feldspatos porém contém menos sílica
que o feldspato correspondente; leucita e
nefelina são os mais comuns.
feldspatos Um dos grupos minerais
mais importantes, e constituídos por
silicatos de alumínio com potássio, sódio
e cálcio e, raramente bário; formam três
grupos
principais;
os
feldspatos
potássicos, os feldspatos calco-sódicos e
os feldspatos báricos, e cristalizando nos
sistemas monoclínico ou triclínico.
feoderma De pele parda.
fermentação Processo pelo qual as
bactérias desmancham substâncias,
formando álcoois, ácidos e gases; no
intestino
grosso
as
bactérias
desmancham pedaços de comida que
não foram digeridos liberando hidrogênio
e dióxido de carbono (CO2). (Medicina)
felogênio
Camada meristemática
responsável pela produção da periderme.
(Botânica)
fermentação
Transformação química
anaeróbia induzida pela atividade de
enzimas de microorganismos tal como
levedura que produz dióxido de carbono
e álcool a partir de açúcares.
félsicos
Denominação aplicada a
minerais, magmas e rochas que contêm
porcentagens relativamente baixas em
elementos
pesados
e,
consequentemente, enriquecidos em
elementos
leves
tais
como
feromônio
Qualquer
substância
secretada por um animal e liberada no
ambiente causando uma resposta
específica num indivíduo receptor da
179
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
um produto de primeira fusão, originário
de alto forno, apresentando 93% de ferro
e 4% de C mais impurezas normais,
provenientes do combustível e minério.
(Metalurgia)
mesma espécie; pode ter várias funções,
como por exemplo para aproximação dos
sexos; neste caso é chamado de
feromônio sexual, sendo produzido por
um sexo para atração do outro; outras
funções dos feromônios são: causar
agregação, marcar caminhos, causar
alarme, etc; quando produzidos para o
uso no controle de pragas, normalmente
servem como iscas.
ferro liga Trata-se de ligas de ferro com
outros metais que tomam parte como
matéria-prima no processo de fabricação
do aço. (Metalurgia)
ferro livre Ferro que não se encontra
ligado
à
rede
cristalina
dos
argilominerais,
mas
forma
vários
compostos secundários contendo ferro,
comogoethita (FeOH) e a hematita
(Fe2O3)
ferrita Ferro que apresenta estrutura
cúbica de corpo centrado ou liga de ferro
baseada nesta estrutura; com boa
dutilidade. (Metalurgia).
ferro férrico Ferro que se apresenta no
estado trivalente.
ferro magnesiano Grupo de minerais
que contêm ferro e mafnésio; são de
extrema importância na formação dos
solos, sendo minerais essenciais nas
rochas bácicas.
ferro ferroso Ferro que se apresenta no
estado bivalente.
ferro fundido Liga de ferro-carbono com
teores de carbono acima de 2,0%;
dependendo da microestrutura (presença
de grafita ou não, forma da grafita),
variam as propriedades e apelações do
ferro fundido: branco, cinzento, maleável,
nodular. (Metalurgia)
fertilidade do solo É a capacidade de
produção
do
solo
devido
a
disponibilidade equilibrada de suprir de
nutrientes essenciais ao desenvolvimento
das plantas e da conjunção com alguns
fatores como a água, luz, ar temperatura
e da estrutura física da terra.
ferro fundido branco Sem a presença
de veios de grafita, a superfície fraturada
do ferro fundido apresenta-se com cor
branca, daí o nome de ferro fundido
branco; o elevado teor de cementita torna
o ferro branco um material não-dúctil,
muito frágil e com superfície resistente à
abrasão, devido a estas partículas muito
duras. (Metalurgia)
fertilização Processo de se adicionar ao
solo, nutrientes para as plantas, a fim de
auxiliar seu desenvolvimento.
fertilização cruzada Fecundação do
óvulo de um indivíduo pelo grão de pólen
de outro indivíduo; a fusão de seus
núcleos dando origem ao zigoto; a
fertilização corresponde ao estádio pószigótico, aplicável ao novo organismo em
formação; a literatura especializada
considera também como fertilização
cruzada aquela decorrente do fenômeno
de geitonogamia, proque envolve duas
flores; contudo, pelo fato de ambas as
flores estarem no mesmo indivíduo,
parece mais aconselhável considerar
esta forma de reprodução um tipo
especial de autofertilização, uma vez que
os efeitos genéticos da geitonogamia se
aproximam daqueles da autofertilização.
ferro fundido cinzento Ferro fundido
com grafita lamelar formada durante a
solidificação. (Metalurgia)
ferro fundido maleáve Ferro fundido
obtido através de um tratamento térmico
que provoca a formação da grafita, a
partir da dissociação do Fe3C; a
microestrutura
resultante
apresenta
alguma dutilidade. (Metalurgia)
ferro fundido nodular Ferro fundido
com grafita esférica na microestrutura.
(Metalurgia)
ferro gama Ver austenita. (Metalurgia)
fertilizante Qualquer substância, mineral
ou orgânica, natural ou sintética, capaz
de, quando aplicada ao solo fornecer um
ferro gusa É a principal matéria prima
para obtenção de aços e ferros fundidos,
180
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
filarenito Arenito lítico com mais de 50%
das partículas de rochas constituídas de
ardósia, filito e micaxisto, isto é, rochas
nas quais predominam os filossilicatos.
ou mais nutrientes para as plantas;
adubo
fetch Área onde se formam as vagas
nos oceanos, lagos ou reservatórios, sob
a ação do vento. Sua extensão é medida
na direção do vento.
filete Parte do estame que sustenta a
antera; são elásticos e pegajosos,
ligando as políneas à coluna. (Botânica)
fibra indigesta Porção fibrosa da planta,
tal como celulose, que são parcialmente
digestíveis e relativamente baixa em
valor nutricional; na análise química seu
resíduo é obtido após fervura do material
da planta com ácido diluído e então com
alcali diluído.
filético Ver evolução filética.
filler Ver pó de pedra.
filme de água
Camada de água
circundando as partículas de solo, com
espessura variável de uma a mais de
uma centena de camadas moleculares,
para efeitos práticos, considera-se nessa
categoria a água que permanece no solo
após o término da drenagem. (Pedologia)
fibras ópticas Tecnologia que utiliza
feixes de vidro ou plástico para
transmissões diversas, por exemplo: de
luz e imagens.
filme de argila Revestimento de argila
visto macroscopicamente nas superfícies
dos peds e microscopicamente também
nos grãos dos minerais do solo ou nos
poros dos solos. (Pedologia)
fíbrico Material orgânico do solo menos
decomposto; possui grande quantidade
de fibras identificáveis quanto à sua
origem
botânica;
tem
comumente
densidade muito baixa e alto teor de
água saturada. (Pedologia)
filme falsa-cor Filme que apresenta os
objetos com cores diferentes das que
possuem na natureza. (Fotogrametria)
fibrocimento Material que resulta da
união do cimento comum com fibras de
qualquer natureza. (Engenharia Civil)
filme negativo
Imagem fotográfica
formada ao ser
impressionado
diretamente um filme , chapa ou papel , e
na qual os tons claros ou escuros do
objeto
aparecem
invertidos.
(Fotogrametria)
fibrose cística Doença genética que
afeta a porção exócrina (secreção
externa) das glândulas, incluindo as
mucosas e sudoríparas; afeta o
pâncreas,
causando
problemas
digestivos, e problemas respiratórios,
levando a dificuldade de respirar e
susceptiblidade a infecções; atinge
também as glândulas sudoríparas ,
sendo que no verão pode levar a
depleção de sal no corpo. (Medicina)
filme pancromático
Filme que é
sensível a toda a porção de espectro
visível. (Fotogrametria)
filo Categoria taxionômica mais elevada
do reino animal , e que corresponde a um
grupo de animais que obedecem a um
plano similar de construção, resultante de
uma descendência comum; em Botânica,
sua congênere é a divisão; grande
divisão na classificação dos organismos,
situada logo abaixo de reino e
subdividida em classes.
ficomicetos aquáticos
Fungos cujo
habitat natural é a água; são geralmente
saprófitos, podendo contudo apresentar
algumas espécies que são parasitas de
plantas e outras que causam doenças em
peixes; apresentam sempre esporângios,
que são órgãos de reprodução assexual,
podendo produzir esporos móveis,
flagelados ou esporos desprovidos de
movimento, sem flagelos.
filogenia História das linhas de evolução
em um grupo de organismos; a história
evolutiva de categorias como espécie,
gênero ou família.
filão Zona de fissuras aproximadamente
paralelas, espaçadas, e preenchidas por
minério e rocha parcialmente substituída.
filosfera Superfície das partes da planta
que estam acima do solo.
181
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
filossilicato
Silicato com estrutura
constituída de grupos tetraédicos ligados
bidimensionalmente entre si, num arranjo
hexagonal contínuo, para formar folhas
de
composição
(Si4O10)4;
os
argilominerais resultam da combinação
dessa folha silicato tetraédica com a folha
hidróxido octaeédrica
decurso do tempo e de acordo com os
organismos que se considera.
filozona Ver zona de linhagem.
fiorde
Termo norueguês aplicado a
baías
estreitas
de
um
sistema
montanhoso,
que
adentram
profundamente em terra firme, com
extensões que podem alcançar até 10
vezes a sua largura; as encostas são
abruptas, onde são reconhecidas antigas
linhas de costa, dispostas em várias
séries; encontrado somente em altas
latitudes.
filtro molecular Ver filtro-membrana.
filtro-membrana Filtro de malha rígida,
de material polímero na forma de uma
película, com poros de tamanho uniforme
e preciso; filtro molecular.
filtração
Processo adotado para o
tratamento da água que é destinada ao
abastecimento, e que consiste na
utilização
de
um
leito
artificial,
usualmente de areia e pedra, sobre o
qual a água bruta ou a água decantada é
distribuída, havendo a retenção de
partículas finas e/ou flocos na passagem
por esse meio filtrante.
fisiologia ambiental Ver ecofisiologia.
filtração biológica
Processo que
consiste na utilização de um leito artificial
constituído de material, tal como pedra
britada, escórias de ferro, ardósia, tubos,
placas finas ou material plástico, sobre os
quais às águas residuárias são
distribuídas,
constituindo
filmes,
favorecendo a formação de limos
(zoogléia) que floculam e oxidam a água
residuária. Ver filtro biológico.
fissão nuclear É a quebra do núcleo de
um átomo através do bombardeio com
nêutrons; esta quebra ou fissão do
núcleo libera novos nêutrons que irão
fissionar outros núcleos, e assim
sucessivamente, originando uma reação
em cadeia. Interação na qual os núcleos
antes unidos em um núcleo atômico são
separados, liberando energia.
fissura
Uma
(Medicina)
filtro
Meio poroso que permite a
separação e a retenção de partículas
sólidas ou líquidas de um fluido.
rachadura
profunda.
fístula Orifício anormal de comunicação
entre dois órgãos internos ou entre um
órgão interno e o meio externo através da
pele. (Medicina)
filtro biológico Leito de areia, cascalho,
pedra britada ou outro meio, através do
qual a água residuária sofre filtração
biológica.
fiterisia
Processo de migração
competição entre os vegetais.
filtro de nitrificação Filtro biológico que
é empregado para proporcionar maiores
condições de tratamento do efluente de
uma estação de lodos ativados ou de um
filtro biológico, com a finalidade de
completar a oxigenação do nitrogênio
amoniacal para nitrato.
e
fitocenologia Ver fitossociologia.
fitoecologia Ramo da ecologia voltado
ao estudo das relações entre os vegetais
e o ambiente ou entre as diferentes
espécies de uma comunidade sem
referência ao ambiente.
filtro dedal Filtro que apresenta forma
cilíndrica, sendo fechado em uma das
extremidades e construído geralmente de
material cerâmico ou celulósico, e
utilizado em poluição do ar.
fitófago
Denominação utilizada para
animais que comem plantas, sendo
geralmente aplicado aos insetos.
fitofármacos Ver fitomedicamento.
filtro ecológico Barreira ambiental que
possui permeabilidade parcial e cuja
efetividade
varia
naturalmente
no
fitomandinos
Animais protozoários,
fitomastiginos, da ordem Phytomonadina,
182
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
que vivem isolados ou em colônias,
geralmente em água doce. (Zoologia)
individuais como densidade, biomassa,
freqüência e estratificação.
fitomastiginos
Subclasse
dos
protozoários mastigóforos ou flagelados,
incluindo os protozoários flagelados que
possuem cloroplastos. (Zoologia).
fitotaxia Ver fitotaxionomia.
fitotaxionomia Taxionomia vegetal. Ver
taxionomia.
fitoteca
Lugar onde se guarda as
exsicatas; herbário.
fitomedicamento Qualquer extrato de
planta ou substância isolada utilizada
como medicamento remédios feitos a
partir de plantas medicinais; fitofármacos.
fitotecnia Arte de cultivar e multiplicar
as plantas. Ver agricultura.
fitoterapia É um método terapêutico de
domínio médico que utiliza plantas
medicinais em seu estado natural ou
tecnicamente
processadas;
é
considerada como um método natural
preventivo, conservador, regenerador e
curativo para o tratamento (terapia) das
doenças; é a terapêutica mais antiga da
Humanidade, berço da farmacologia
química que hoje sintetiza as substâncias
que ocorrem naturalmente nas ervas,
mas que é incapaz de reproduzir sua
natureza energética intrínseca, a qual
confere-lhes, segundo alguns, qualidades
que vão além de suas propriedades
químicas;
assemelha-se
mais
ao
tratamento convencional do que ao
modelo homeopático. Ver homeopatia.
fitômetro
Planta que serve como
indicadora das condições predominantes
em determinado ambiente, através da
avaliação da transpiração, crescimento,
etc.
fitônia Nome popular de duas plantas
herbáceas
amazônicas,
Fittonia
argyroneura e F. vershaffeltti, da família
das Acantaceas, muito utilizadas em
jardins em conseqüência de suas
folhagens.
fitonomia Parte da botânica que estuda
a origem e o desenvolvimento dos
vegetais.
fitonose Termo que designa as doenças
dos vegetais.
fitopaleontologia
fósseis.
Estudo dos vegetais
fitoterápicos Ver fitomedicamentos.
fixação Processos que ocorrem no solo,
pelos quais certos elementos químicos
essenciais ao desenvolvimento vegetal
são
convertidos
a
uma
forma
praticamente insolúvel; exemplo: fixação
do fósforo em solos ricos em Fe2O3.
fitopatologia Patologia vegetal.
fitoplâncton
Denominação utilizada
para indicar organismos vegetais que
vivem no corpo de águas marinhas; os
responsáveis pela produção e acúmulo
do O2 na atmosfera terrestre. Ver
zooplâncton.
fixação de fósforo Reação química que
ocorre no solo fazendo com que o P fique
fixado às partículas do solo; uma vez
fixado, o P não pode mais ser absorvido
pelas plantas.
fitossociologia
Ciência voltada ao
estudo das comunidades vegetais,
envolvendo a investigação de todos os
fenômenos relacionados com a vida das
plantas dentro das unidades sociais;
retrata o complexo vegetação-solo-clima;
estudo da estrutura de um tipo de
vegetação, isto é, como os indivíduos de
cada espécie de planta se distribuem
dentro de uma comunidade, em relação a
outros indivíduos da mesma espécie e a
indivíduos
de
outras
espécies,
correlacionando
às
características
fixação de nutrientes Processo que
ocorre no solo pelo qual certos elementos
químicos nutrientes são convertidos de
uma forma solúvel ou trocável para uma
forma menos solúvel ou não trocável,
tornando-se não disponível para as
plantas; ocorre com o nutriente fósforo
(com mais intensidade em solos ácidos)
e com o potássio (em solos com argilas
2:1).
183
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
flagelados Ver mastigóforos. (Zoologia)
cônicos ou em placas hexagonais com
lâminas flexíveis e elásticas e coloração
frequentemente parda-amarela; contém
usualmente cerca de 3% de fluor
substituindo a hidroxila e algum ferro
ferroso no lugar do magnésio.
flanco Região látero-ventral do corpo.
(Zoologia)
flare Súbita erupção de energia no disco
solar, com duração de alguns minutos ou
horas, da qual são emitidas radiações e
partículas. (Astronomia)
flora Expressa o conjunto de plantas de
uma área geograficamente definida,
possibilitando a identificação das plantas
ali ocorrentes, bem como sumariza um
conjunto de dados que contempla a
distribuição geográfica, habitats, nomes
populares, entre outros, relativos à cada
espécie.
flaser Estrutura em que lentes e cristais
estirados, geralmente constituídos por
quartzo, muitas vezes com extinção
ondulante, encontram-se separados por
bandas de material que se apresenta
finamente cristalizado, comumente puro;
cristais
ovóides,
normalmente
de
feldspatos ou máficos, podem ocorrer na
matriz sob a forma de megacristais
facoidais, em torno dos quais a foliação
se acomoda.
flora adventícia Conjunto de vegetais,
presentes em uma determinada região,
cuja introdução deve-se ao homem.
flora intestinal Nome dado as bactérias
e fungos que crescem normalmente e
fazem parte do intestino. Sua principal
função é ajudar na digestão. (Medicina)
flexão
Curvatura ou arqueamento
imposto a um corpo devido à atuação de
forças verticais perpendiculares ao eixo
ou à superfície desse corpo; pode ser
considerada também, como causada por
tração e compressão simultâneas agindo
desigualmente em partes diferentes de
um corpo.
floração
Denominação aplicada ao
desabrochamento dos botões florais.
(Botânica)
florais Conjunto de extratos de flores,
que agem sobre o corpo sutil das
pessoas; florais de Bach, desenvolvidos
pelo médico Richard Bach, são feitos a
partir das essências de 28 flores.
flint
Variedade dura de chert, que
apresenta fratura conchoidal, cor cinza
ou preta, sendo constituído por
calcedônia ou quartzo criptocristalino,
porém ser a presença de opala.
floresta Conjunto natural de plantas e
de animais, com predominância de
árvores, que protegem o solo contra o
impacto direto do sol, dos ventos e das
chuvas;
importantes
para
seres
humanos, por oferecem produtos e
garantirem
o
equilíbrio
ambiental,
reduzindo por exemplo o perigo do
aquecimento global; conjunto de sinúsias
dominado por fanerófitos de alto porte,e
apresentando quatro estratos bem
definidos: herbáceo,arbustivo,arvoreta e
arbóreo; deve ser também levada em
consideração a altura, para diferencia-la
das
outra
formações
lenhosas
campestres.
floculação
Método destinado ao
tratamento de esgotos industriais, mais
precisamente
a
sua
parte
não
biodegradável, através da adição de
produtos químicos ao esgoto, com o
intuito de provocar a formação de flocos
que retém os poluentes.
floema O tecido condutor da seiva
elaborada ou orgânica nos vegetais
vasculares; formado por elementos
crivosos,
células
parenquimentosas,
fibras e esclerócitos; pode ser primário ou
secundário e acha-se localizado para fora
do lenho (xilema). (Botânica)
floresta de araucária
Zona de
vegetação ocupada pela Araucaria
angustifolia situada entre o paralelo 29º
30' sul, no Rio Grande do Sul (a partir de
400 m de altitude), e o paralelo 20º sul,
em Minas Gerais (altitudes superiores a
flogopita Mineral do grupo das micas,
que cristaliza no sistema monoclínico,
classe prismática, de composição
KMg3(AlSi3O10),
e
apresentando-se
normalmente em cristais prismáticos
184
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
1000 m); a araucária já existia na terra
desde a era dos dinossauros, há mais de
200 milhões de anos, e era distribuída
por todo o planeta; hoje restam apenas
19 espécies restritas ao Hemisfério Sul,
sendo uma delas encontrada no Brasil: a
araucária, também conhecida como
pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná
precipitação bem distribuída durante o
ano (de 0 a 60 dias secos). (Botânica)
floresta plantada Formação florestal
composta por espécies exóticas e/ou
nativas,
plantadas
com
objetivos
específicos. (Silvicultura)
floresta ripária Floresta adjacente a
corrente ou cursos d’água e cujas raízes
estão próximas da zona de saturação,
devido
à
proximidade
de
água
subterrânea; floresta que orla um ou dois
lados de um curso d’água, numa região
onde a vegetação característica não é
florestal (cerrados,
caatinga, etc.);
floresta de galeria, mata ciliar, floresta
marginal.
floresta equatorial Vegetação pluvial de
grande porte com vários estratos, muito
rica em. espécies, apresentando diversas
combinações florísticas, situada via de
regra entre 10o N e 10o S de latitude;
constituem as florestas pluviais de
distribuição
zonal
(Amazônia)
por
oposição às florestas tropicais de
distribuição norte-sul (Mata Atlântica do
Brasil).
floresta tropical
Situada na faixa
equatorial, onde há muita chuva e
umidade; contém pelo menos metade
das espécies vivas do Planeta, muitas
das quais ainda desconhecidas pela
ciência, mas que podem ter qualidades
medicinais, alimentares ou servir como
matérias-primas; além disso, ajudam a
retirar gás carbônico da atmosfera pela
fotossíntese, o que reduz o aquecimento
global; são ameaçadas pela cobiça em
torno da madeira nativa, e pelos novos
usos do solo para a expansão agrícola, a
pecuária ou urbanização.
floresta homogênea Formação florestal
plantada, constituída de apenas um
gênero florestal. (Silvicultura)
floresta latifoliada
Aquela em que
predominam espécies arbóreas cujo
aparelho foliar é formado por folhas
largas; ocorrem tanto em regiões
tropicais, corno em regiões subtropicais,
ou mesmo temperadas quentes.
floresta
nacional,
estadual
ou
municipal Unidade de conservação com
área extensa, geralmente bem florestada
e que contém considerável volume de
madeira
e biomassa vegetal em
combinação com o recurso água,
condições para sobrevivência de animais
silvestres; os objetivos de manejo nestas
unidades são os de reproduzir, sob o
conceito de uso múltiplo, um rendimento
de madeira e água, proteger os valores
de recreação e estéticos, proporcionar
oportunidades para educação ambiental
e recreação ao ar livre
florestamento
Constituição de uma
floresta onde não existiam formações
arbóreas precedentemente. (Silvicultura)
flotação
Processo de elevação de
partículas existentes na água, por meio
de
aeração,
insuflação,
produtos
químicos,
eletrólise,
calor
ou
decomposição bacteriana, e respectiva
remoção, sob a forma de escuma;
explora diferenças nas características de
superfície entre as várias espécies
minerais existentes; a seletividade do
processo é baseado no fato da superfície
das espécies minerais, poder apresentar
diferentes graus de hidrofobicidade.
floresta natural
Formação florestal
composta por espécies de ocorrência
típica de determinada região, cuja
composição obedeça às características
próprias da sucessão vegetal.
flotação em óleo
Processo de
concentração mineral por flutuação na
presença de bolhas de ar, água e óleo;
as partículas finas aderem inicialmente
às gotas de óleo dispersas na fase
floresta ombrófila
Aquela que
apresenta característica ombrotérmica,
ou seja, está condicionada aos fatores
climáticos
tropicais
de
elevadas
temperaturas (médias de 25o C) e de alta
185
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
aquosa, e os agregados óleo/partículas
são então coletados pelas bolhas de ar.
fluxo de lama Fluxo de fragmentos de
origens diversas, lubrificado com grande
quantidade de água, e usualmente
seguindo o curso principal de uma
drenagem.
fluência Fenômeno pelo qual os metais
e ligas tendem a sofrer deformações
plásticas, quando submetidos por longos
períodos a tensões constantes, porém
inferiores ao limite de resistência normal
do material; normalmente ocorre a altas
temperaturas; deformação lenta causada
por tensões inferiores ao limite de
escoamento normal na presença de
temperatura e a uma tensão constante.
(Metalurgia)
fluxo energético Quantidade de energia
que é acumulada ou passa através dos
componentes de um ecossistema, em um
determinado intervalo de tempo.
fluxo laminar Tipo de fluxo em que as
partículas de fluido deslocam-se em
camadas paralelas lisas; ou seja, as
linhas de fluxo não se entrecortam; as
perdas de carga são proporcionais às
velocidades; é o fluido típico das águas
subterrâneas.
fluidização
Processo pelo qual os
gases, passando através de um depósito
ou camada de partículas, misturam-se as
mesmas, promovendo seu fluxo como
líquido, facilitando sua reação química e
abrasando-as.
fluxo superplástico
Deformação
extensiva que se verifica em resposta a
uma tensão aplicada, anômalamente
pequena.
fluido Designação comum a líquidos e
gases.
fluxo turbulento Fluxo no qual as linhas
de fluxo se cruzam de maneira confusa,
através da mistura heterogênea das
correntes, tanto na vertical quanto na
horizontal.
flúor Elemento altamente tóxico para
plantas, animais e homens; em doses
controladas, é um poderoso preventivo
das cáries dentárias, e está presente no
tratamento de águas e em cremes
dentais.
fluxos gravitacionais
Depósitos
formados pelo transporte de sedimentos
paralelamente ao substrato, por efeito da
ação da gravidade, onde as partículas
são mantidas dispersas; existem quatro
tipos
de
fluxos
gravitacionais,
diferenciados com base no modo como
os grãos são sustentados: corrente de
turbidez; fluxo granular; fluxo fluidificado
e fluxo de detritos.
fluorescência Propriedade apresentada
por alguns minerais de se tornarem
luminescentes durante a exposição à luz
ultravioleta, raios-X ou raios catódicos.
fluorita Mineral que pertence à classe
química dos halóides e cristaliza no
sistema isométrico, possuindo hábito
cúbico, mas também podendo ocorrer na
forma maciça, colunar, de granulação
grossa ou fina; em geral é transparente a
translúcida, com brilho vítreo e cores
bastante variáveis, apresentando dureza
4, clivagem perfeita , composição CaF2 e
densidade 3,18; pode apresentar o
fenômeno da flourescência.
fluxoturbidito
Depósito sedimentar
formado por mecanismo intermediário
entre o deslizamento submarino e as
correntes de turbidez.
flysch Potente sequência de areia e
argila interestratificadas, com os arenitos
mostrando em geral base erosiva e
seleção dos grãos, e as argilas
encerrando uma fauna marinha; definido
pela primeira vez nos Alpes, tem sido
aplicado a rochas similares dos cinturões
geossinclinais de quaquer idade e de
todas as partes do mundo.
fluoroscópio Aparelho ligado ao raio-X
utilizado para visualizar os órgão
internos. (Medicina)
fluvial Referente a rio.
fluxo bifásico Fluxo simultâneo de dois
fluidos em estados físicos diferentes; por
exemplo: petróleo (líquido) e gás natural
(gasoso).
foco sísmico O ponto sob a superfície
da terra onde se inicia a ruptura sísmica
186
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
folhelho oleígeno
Folhelho que
apresenta um teor de matéria orgânica
superior a 10%.
e de onde irradiam as ondas sísmicas;
ponto situado no interior da Terra onde é
liberada a energia sísmica por ocasião
dos terremotos.
folhosa Espécie florestal que apresenta
madeira dura e fibra curta.
fogo Denominação utilizada para as
cintilações que apresentam as cores do
espectro refletidas pelas facetas de uma
gema lapidada, e devida à dispersão da
luz. (Gemologia).
foliação Denominação aplicada para
todas as feições planares presentes nas
rochas metamórficas; corresponde a
vários tipos de estruturas tais como:
xistosidade; clivagem de crenulação;
bandamento composicional; clivagem de
transposição e foliação milonítica.
fogo abafado Fogo que se propaga
vagarosamente, sem fazer chama.
fogo controlado Técnica que utiliza o
uso deliberado do fogo com o intuito de
queimar detritos agrícolas ou florestais
em uma determinada área.
foliação milonítica Arranjo paralelizado
de minerais e agregados minerais
produzido pelo fluxo plástico durante a
deformção não-coaxial dúctil.
fogo de encontro Fogo que é lançado
em oposição a um incêndio, objetivando
impedir sua propagação.
fonte Surgência natural de água, em
superfície, a partir de uma camada
aqüífera; nascente, olho d'água.
fogo rasteiro Fogo que se propaga
lentamente, geralmente com chamas
pequenas.
fonte de energia É a capacidade que
certos recursos naturais tem de gerar
força; podem ser de dois tipos:
renováveis -relacionadas às forças da
natureza, como os ventos; as águas
correntes dos rios e dos mares; o Sol; os
vulcões e gêiseres, ou aos seres vivos
animais e vegetais (fontes bióticas como
o biogás, o etanol, o metanol), e nãorenováveis ou minerais (como o carvão
mineral, o petróleo, o folhelho, o urânio).
folga
Distância vertical entre o
coroamento da barragem e a cota
máxima que atinge a água na represa.
(Energia)
folha bandeira A folha inserida mais alta
no colmo de gramíneas em estágio
reprodutivo; a folha imediatamente
abaixo da inflorescência. (Botânica)
folha caduca Folha que dura menos de
um ano, fazendo com que a árvore se
apresente sem folhagem durante um
determinado período. (Botânica)
fonte de inóculo Insetos ou plantas
voluntárias
portadoras
de
microorganismos patogênicos.
foraminíferos Organismos dotados de
pseudópodes muito finos, anatomosados,
e que elaboram uma testa, isto é, um tipo
de concha, secretada pelo citoplasma ou
constituída por aglutinação de material
estranho captado pelos pseudópodes, os
quais tem a função de locomoção,
fixação e captura de alimentos; são
predominantemente
marinhos
e
bentônicos, sendo que um grupo
relativamente restrito é plantônico; são
em geral microscópicos. (Zoologia)
folha de flandres Chapa fina de aço
(0,30 mm a 6,0 mm de espessura)
recoberta de estanho.
folheação Denominação aplicada ao
desabrolhar das folhas, que se processa
em geral no início da primavera.
(Botânica)
folhelho betuminoso
Rocha de
granulação fina,normalmente laminada,
contendo matéria orgânica, na qual
quantidades apreciáveis de petróleo
podem ser extraídas por aquecimento; a
maior parte do conteúdo orgânico desse
folhelhos encontra-se na forma de
querogênio.
força corporal Força que atua através
do espaço, prescindindo do contato direto
com o corpo, sendo proporcional à sua
massa, e definida em função da
magnitude e do sentido da posição do
187
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
corpo no campo de força; força de ação à
distância.
superfície terrestre ou em subsuperfície.
(Geologia).
força de ação à distância
corporal.
formas de vida Também referidas como
formas de crescimento, forma biológica;
expressam o hábito natural que o
organismo de uma planta manifesta,
como resultado de seu ajustamento às
condições mesológicas no seu limite
genético.
Ver força
força de adesão
Atração que as
partículas do solo exercem sobre as
moléculas de água. (Pedologia)
força de contato Ver força superficial.
força nuclear forte Força fundamental
da natureza que mantém unidos os
quarks,
e
mantém
os
núcleons
(compostos de quarks) junto com os
núcleos dos átomos.
formicida Qualquer substância usada
na
eliminação
de
formigas,
especialmente saúvas.
fórmula de fertilizantes Quantidades de
N, P2O5 e K2O contidas numa mistura de
fertilizante;
outros
elementos,
se
presentes, podem ter suas quantidades
descritas na embalagem
força nuclear fraca Força fundamental
da natureza que governa o processo de
radioatividade; é geralmente explicada
pela teoria eletrofraca.
forças de coesão
Atração que as
moléculas de água ou as partículas de
solo exercem entre si. (Pedologia)
forno rotativo de produção Cilindro
rotativo,
inclinado
e
revestido
internamente de material refratário, com
chama interna, utilizado para converter
basicamente compostos de cálcio, sílica,
alumínio e ferro, proporcionalmente
misturados,
num
produto
final
denominado clínquer. Ver clínquer.
forésia
Hábito apresentado por um
animal
em
fazer-se
transportar
deliberadamente
por outro de maior
porte, como observado entre alguns
artrópodes. (Zoologia)
forragem Outras partes comestíveis das
plantas além dos grãos, que servem de
alimento para animais; geralmente o
termo refere-se ao material mais
digestível.
forma Face ou grupo de faces que
possuem relações iguais para com os
eixos cristalográficos. (Cristalografia)
foscorito Minério fosfático de afiliação
magmática, constituído por uma mistura
de apatita, serpentina e magnetita.
formação Conjunto de formas de vida de
ordem superior composto por uma
fisionomia homogênea, apesar da sua
estrutura complexa. (Fitogeografia)
fosfatagem
Aplicação de adubação
fosfatada, geralmente a lanço com o
objetivo de incorporar fósforo ao solo.
força superficial Força que exerce uma
ação direta na superfície do corpo, isto é,
em contato direto com o mesmo; força de
contato.
fosfogesso Gesso residual da produção
de fosfato ou da dessulfuração de gases;
gesso químico.
formação propriamente dita
Termo
criado por Ellemberg & Mueller-Dombois
(1965/6) como a quarta subdivisão
hierárquica da formação; foi conceituada
como a fase ambiental da mesma.
(Fitogeografia)
fosfonação
Reação química ou
sequências de reação química que
permitem introduzir em uma molécula um
ou mais radicais fosfônicos, pela ligação
direta carbono/fósforo.
formação Unidade fundamental da
classificação litoestratigráfica; trata-se de
um corpo rochoso caracterizado pela
relativa homogeneidade litológica, forma
comumente tabular, geralmente com
continuidade lateral e mapeável na
fosforado Ver organofosforado.
fosforescência
Propriedade
apresentada por alguns minerais de
continuarem luminescentes mesmo pós a
interrupção dos raios excitantes.
188
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
H2O, devido à radiação ultravioleta;
teorias sustentam que o oxigênio, ou pelo
menos a maior parte dele, teve origem
inorgânica, a partir da fotodissociação da
molécula de água; entretanto, as
evidências fósseis e geológicas indicam
que o oxigênio teve mesmo origem
orgânica nos oceanos.
fosforito Rocha fosfática sedimentar de
natureza marinha , que apresenta mais
de 10% em volume de grãos individuais
de fosfato de Ca, Al ou Fe e pertencentes
a série da apatita.
fossa Tanque de armazenamento de
esgotos.
fossa negra Escavação, em geral sem
revestimento, que recebe esgotos.
fotografia aérea É a fotografia de uma
porção da superfície terrestre obtida por
câmara fotográfica transportada em
aeronaves. (Fotogrametria)
fossa oceânica Maior depressão da
superfície terrestre, situada entre a placa
subductante e a placa superior; o
preenchimento sedimentar depende da
velocidade de suprimento de detritos,
existindo situações de fossas sem
assoreamento, enquanto outras estão
quase
atulhadas
por
sedimentos
hemipelágicos e depositos de correntes
de turbidez.
fotografia aérea oblíqua Quando o eixo
ótico está orientado obliquamente em
relação
à
superfície
terrestre.
(Fotogrametria)
fotografia aérea vertical Quando na
sua tomada o eixo, ótico da câmara
fotográfica é aproximadamente vertical à
superfície terrestre. (Fotogrametria)
fossa sanitária Escavação no chão,
para coletar esgotos de uma casa, não
ligada a nenhum sistema de drenagem.
fotogrametria Ciência da elaboração de
cartas, mediante fotografias aéreas,
utilizando-se aparelhos e métodos
estereoscópicos;
técnica
de
determinação das curvas de nível, nos
levantamentos cartográficos, por meio de
pares de fotografias; aerofogrametria.
fossa séptica Tanque de sedimentação
e digestão, no qual é depositado o lodo
constituído pelas matérias insolúveis das
águas residuárias que passam pelos
mesmos, sofrendo decomposição pela
ação de bactérias anaeróbicas.
fotoíndice Reprodução fotográfica, em
redução, de um conjunto de fotografias
aéreas montadas ordenadamente, para
permitir a identificação de cada foto
representativa de uma área, através de
um número.
fóssil Vestígio ou resto petrificado ou
endurecido de seres vivos que habitaram
a Terra antes do holoceno e que se
conservaram
sem
perder
as
características essenciais.
fotointerpretação
Determinação da
natureza e descrição de objetos através
de suas imagens fotográficas; são
aplicadas em levantamento de recursos
naturais; o ato de examinar e identificar
objetos ou situações em fotografias
aéreas ou outros sensores, determinando
o seu significado.
fossildiagênese
Denominação que
abrange todos os eventos pósdeposicionais ligados à preservação de
restos de organismos ou dos vestígios
deixados por esses restos.
fóssil-guia Organismo que gozou de
larga distribuição geográfica, embora
tenha tido curta duração geológica, e
cujos restos não apenas se conservaram
em abundância como também são fáceis
de serem identificados.
fóton Partícula com massa em repouso
nula constituída por um quantum de
radiação eletromagnética; pode também
ser visto como uma unidade de energia
igual a hf, onde h é a Constante de
Planck e f é a frequência da radiação em
hertz; viaja à velocidade da luz.
(Astronomia)
fossilização
Conjunto de processos
naturais que permitem a conservação
dos restos ou vestígios de fósseis.
fotodissociação Consiste na separação
de um átomo de oxigênio da molécula
189
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
fototriangulação Processo da extensão
do controle horizontal ou vertical, por
meio do qual as medições de ângulo ou
de
distâncias
em
fotografias
estereoscópica têm relação com uma
solução espacial, usando-se os princípios
da perspectiva das fotografias; este
processo implica, em geral, no uso de
fotografias
aéreas,
recebendo
a
denominação de aerocaminhamento.
fotoperíodo Período em que planta é
diariamente exposta à luz.
fotorespiração
Atividade respiratória
devido a reação de O2 ao invés de CO2
na via fotossintética que ocorre em
plantas C3 durante o período de luz; não
há produção de energia aproveitada pela
planta.
fotosensibilização
Doença
não
contagiosa resultante da reação anormal
de uma pele despigmentada, após um
agente foto-dinâmico ter sido absorvido
pelo sistema animal; pastejo de certos
tipos de vegetação ou ingestão de certos
fungos sob condições específicas
causam fotosensibilização.
fouling
Formação gelatinosa que
algumas vezes é observada nas
canalizações de água potável, em
decorrência
da
ação
de
microorganismos.
foz Boca de descarga de um rio; este
desaguamento pode feito num lago,
numa lagoa, no mar ou mesmo num
outro rio; a forma da foz pode ser
classificada em dois tipos: estuário e
delta.
fotosfera
Superfície solar com uma
espessura de cerca de 200 km.
(Astronomia)
fotossíntese
Processo bioquímico
associado
às
plantas
verdes
(clorofiladas), em que a energia obtida
graças à luz é transformada em energia
química, a partir de substâncias simples
como o dióxido de carbono e a água; a
clorofila dos cloroplastos serve como
captador de energia que é utilizada para
a fragmentação da água (fotólise); o
hidrogênio liberado no processo, serve
para a redução do C02 a hidrato de
carbono; a substância orgânica obtida da
fotossíntese é o componente alimentício
fundamental para quase todos os seres
vivos; no processo existe a liberação do
oxigênio, fundamental para a oxigenação
do ambiente.
frações de solo Partículas minerais de
solo variando entre limites de tamanho
especificados. (Pedologia)
fragilidade ambiental Diz respeito à
susceptibilidade do meio ambiente a
qualquer tipo de dano, inclusive à
poluição ambiental. (Ecologia)
fragipã
É um horizonte mineral
subsuperficial, com 10 cm ou mais de
espessura, usualmente de textura média
ou algumas vezes arenosa ou raramente
argilosa,
que
pode,
mas
não
necessariamente, estar subjacente a um
horizonte B espódico ou horizonte álbico;
tem conteúdo de matéria orgânica muito
baixo, a densidade alta em relação aos
horizontes
sobrejacentes
e
é
aparentemente cimentado quando seco,
tendo então consistência dura, muito
dura ou extremamente dura. (Pedologia)
fotossistemas
São os complexos
responsáveis pela conversão da energia
luminosa em energia química; nos
organismos que realizam fotossíntese
oxigênica, existem dois fotossistemas
agindo em série, segundo o modelo em Z
de Hill e Bendall: o fotossistema I (PSI) e
o fotossistema II (PSII).
fragmento florestal Pequena floresta
plantada, constituída de apenas um
gênero florestal.
fototaxia Movimentos de deslocamento
apresentados
por
determinados
organismos quando estimulados pela luz;
pode ser positiva quando o organismo se
aproxima da luz, ou negativa quando se
afasta.
fragmento grosseiro
Rocha ou
partículas minerais maiores que 2 mm de
diâmetro, também conhecidos como
esqueleto do solo. (Pedologia)
fragmento hidroclástico Variedade de
piroclástico formado pela explosão de
190
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
frente fria Frente cujo movimento é tal
que uma massa de ar mais fria substitui
uma mais quente; a passagem de uma
frente fria normalmente caracteriza-se na
superfície da Terra por queda de
temperatura e mudança na direção do
vento; provoca chuva na maioria dos
casos;
pode
provocar,
também,
pancadas de chuva forte com trovoadas.
(Meteorologia).
vapor que ocorre na interface magmaágua,e também devido à fragmentação
mecânica,
causada
pelo
rápido
resfriamento resultante do contato da
lava com a água ou com sedimentos
saturados de água. (Geologia)
fragmentos bioclásticos Fragmentos
constituídos por restos orgânicos, sendo
mais frequentes as conchas de moluscos
franja capilar Parte inferior da zona de
aeração nos solos, e que contém água
em maior grau de saturação. (Pedologia)
frente polar Frente que separa a Massa
de Ar Polar da Massa de Ar Subtropical.
(Meteorologia)
fratura Descontinuidade que aparece
isoladamente em uma massa rochosa,
não correspondendo portanto nem a uma
junta e nem a uma falha. (Geologia)
frente quase estacionária Frente cuja
posição permanece quase que inalterada
ao longo de um certo período de tempo.
(Meteorologia)
fratura de tensão Plano de partição
presente em uma rocha, o qual não
envolve deslocamento, encontrando-se
preenchida, característica esta indicativa
de dilatação ou distensão; no campo
forma um sistema de veios cônicos
paralelos
e
frequentemente
com
disposição escalonada; desenvolve-se,
em geral, perpendicularmente ao tensor
extensional. (Geologia)
frente quente Frente cujo movimento é
tal que uma massa de ar mais quente
substitui uma mais fria; a passagem de
uma
frente
quente
normalmente
caracteriza-se na superfície da Terra por
aumento de temperatura e mudança na
direção
do
vento;
precipitação
geralmente ocorre na aproximação desta
frente. (Meteorologia)
frequência Propriedade de uma onda
que descreve quantas vezes um ciclo da
onda passa num período de tempo; é
normalmente medida em Hertz (Hz),
onde uma onda de 1Hz nos informa que
1 ciclo da onda passa em 1 segundo.
(Astronomia)
fratura inferior Fratura formada por
esforço divergente dentro do bloco
continental; as feições dominantes são
horsts e grabens. (Geologia)
freatomagmática Erupção vulcânica de
carater explosivo resultante da interação
da água superficial ou subterrânea com o
magma.
frequência cardíaca É o número de
batimentos do coração na unidade de
tempo,
geralmente
expressa
em
batimentos por minuto (bpm). (Medicina)
frente Superfície de descontinuidade
que se forma quando do encontro entre
duas massas de ar com características
diferentes. (Meteorologia)
freqüência gênica Proporção de um
alelo de um par ou série presente em
uma população ou amostra, ou seja, o
número de loci que um determinado gene
ocorre, dividido pelo número de loci que
ele poderia ocorrer, expresso como um
número puro entre 0 e 1. (Genética)
frente antártica
Frente que se
desenvolve e persiste ao redor do
Continente Antártico, aproximadamente
entre as latitudes 60º e 65º S, e separa a
Massa de Ar Antártica da Massa de Ar
Polar Marítima (Pm), mais ao norte.
(Meteorologia)
friagem
Súbito
e
significativo
abaixamento da temperatura que ocorre
na
Amazônia
Ocidental,
em
conseqüência da atuação de frentes frias
mais intensas que se originam nas zonas
antárticas. (Climatologia)
frente de onda Superfície que passa por
todos os pontos que estão na mesma
fase, nas ondas geradas em um instante
determinado.
191
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
importância são formadas por partículas
com diâmetros inferiores a meio mícron.
Ver fumos.
friável Termo de consistência do solo,
quando úmido; diz respeito à facilidade
de esborroamento do material de solo.
(Pedologia)
fumarola
Emanação de gases
vulcânicos,
com
temperaturas
0
compreendidas entre 800 C e 2500 C,
contendo H2O, SO2 e HCl e que
produzem depósitos principalmente de
NaCl, Fe2O3 e FeCl3.
frontogênese
Processo responsável
pela formação de uma frente ou da
intensificação de uma frente já existente.
(Meteorologia)
frontólise Dissipação de uma frente.
(Meteorologia)
fumigação do solo Tratamento do solo
com substâncias voláteis ou gasosas, as
quais eliminam total ou parcialmente a
microfauna e microflora do solo
fructan Carboidrato de armazenamento;
polímeros de frutose que inclui uma
molécula de glicose; sintetizado a partir
da sacarose o polímero é solúvel em
água e armazenado no vacúolo.
fumigante
Substância química ou
mistura de substâncias apresentando
propriedades de volatilização e capazes
de exterminar insetos ou roedores,
devendo ser utilizada em ambientes que
possam ser fechados de maneira a reter
o produto resultante da fumigação.
frugívoros Animais que se alimentam
preferencialmente de frutos ou partes
deles; incluem-se aqui aqueles que se
alimentam de sementes e grãos.
(Zoologia)
fumos
São partículas sólidas com
diâmetro inferiores a um mícron,
formadas pela condensação de vapores
de materiais sólidos, geralmente metais,
e
consequente
solidificação.
Normalmente
este
mecanismo
é
acompanhado
de
oxidação;
são
inorgânicos; exemplo: Fumos de óxidos
de chumbo, de zinco, etc. Ver fumaça.
fruto carnudo Fruto que apresenta o
pericarpo volumoso, carregado de
substâncias sucosas variáveis sendo
constituído por três partes provenientes
da parede do ovário: o epicarpo, o
mesocarpo e o endocarpo. (Botânica)
fruto múltiplo Fruto que se origina nos
diversos ovários livres da mesma flor.
fruto Órgão gerado pelos vegetais
floríferos, e que conduz a semente;
resulta do desenvolvimento do ovário em
seguida à fecundação; carpo; o ovário
maduro de uma planta florífera, junto com
seus conteúdos e qualquer parte
intimamente relacionada. (Botânica).
fundente
Agente limpador de ferro,
reagente que carrega a escória para o
topo, permitindo purificar o ferro.
(Metalurgia)
fundo marinho Região dos oceanos
situada abaixo da linha média da baixamar e constituída por duas unidades
maiores: margem continental e fundo
oceânico.
fruto seco
Fruto que apresenta o
pericarpo seco e delgado. (Botânica)
fruto simples Fruto proveniente de um
único ovário de uma só flor. (Botânica)
fundo monetário internacional - FMI
Criado em 1944, com sede em
Washington, Estados Unidos, com o
objetivo de promover a cooperação
monetária internacional, a estabilidade
cambial,
fomentar
crescimento
econômico e elevar o nível de emprego;
suas atribuições incluem ainda a
prestação de assistência financeira
temporária a países em dificuldades;
atualmente, o FMI tem 182 paísesmembros e acumula uma carteira de
fulgurito
Pequeno tubo de material
vítreo, formado pela fusão da areia pela
ação de raios, podendo alcançar 40 cm
de comprimento por 5 a 6 cm de
diâmetro.
fumaça São partículas, geralmente mas
não
obrigatoriamente,
sólidas
em
suspensão no ar, e oriundas da
combustão incompleta de materiais
orgânicos; as fumaças industriais de
192
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
fusão nuclear Processo nuclear pelo
qual vários núcleos pequenos se
combinam para formar um núcleo maior
cuja massa é ligeiramente menor que a
soma dos núcleos pequenos; a diferença
de massa é convertida em energia
segundo a famosa equação de Einstein
(E=mc2); essa é a fonte da energia solar
e, em última instância, de quase toda
energia da Terra. (Física)
empréstimos que soma 64 bilhões de
dólares. (Economia)
fundo oceânico
Região da crosta
oceânica situada abaixo da isóbata de
4.000 m, sendo dividida em: planície
abissal, dorsal oceânica e fossa
oceânica. Ver fundo marinho.
fungicida Qualquer substância química
aplicada às plantas cultivadas para matar
fungos, ou prevenir o desenvolvimento de
doenças fúngicas.
fusão parcial Principal processo de
formação de magma provocado por fluxo
de calor na crosta ou no manto, calor
este produzido por radioisótopos e/ou
descompressão adiabática; o magma
assim produzido origina um sólido
residual que corresponde a enclaves ou
xenólitos
(geralmente
rochas
ultramáficas) que podem ser trazidas,
pelo próprio magma, até a superfície
terrestre. (Geologia)
fungos
Protistas superiores que
produzem
esporos,
não
possuem
clorofila, sendo incapazes de sintetizar
seu próprio alimento, dependendo
portanto de outros organismos para
completar sua nutrição; com um só
núcleo,
como
as
leveduras,
ou
multinucleados, como se observa entre
os fungos filamentosos ou bolores; seu
citoplasma contém mitocôndrias e
retículo endoplasmático rugoso; são
heterotróficos e nutrem-se de matéria
orgânica morta, sendo sua nutrição feita
por absorção de nutrientes graças a
presença de enzimas que são por eles
produzidas e que degradam produtos
como, celulose e amido; suas células
possuem vida independente e não se
reúnem para formar tecidos verdadeiros;
são ubíquos, encontrando-se no solo, na
água, nos vegetais, em animais, no
homem e em detritos em geral.; podem
viver de matéria orgânica morta,
ocasionando ou auxiliando na sua
decomposição; podem ainda parasitar
outros seres vivos, alimentando-se do
protoplasma das células hospedeiras e
também formar associações com seres
como as algas ou raízes de vegetais
superiores. (Micologia)
fusênio Substância similar ao carvão
vegetal,
formada
por
madeira
carbonizada e responsável pelo aspecto
sujo do carvão mineral comum, pois é
extremamente
friável
e
portanto
facilmente reduzida a um pó fino; ocorre
principalmente como manchas ou lentes.
fuso UTM Zona de projeção delimitada
por dois meridianos cuja longitude difere
de 60 e por dois paralelos de latitude 800,
Norte e Sul.
fusos horários Convenção internacional
criado para determinar uma hora
mundial, como um referencial planetário,
tendo como ponto de partida o GMT
(Greenwich Meridien Time), ou seja, a
hora de Londres; sabendo-se que a
circunferência tem 3600 e o movimento
de rotação da Terra é realizado em 24
horas, divide-se 360 por 24 e chega-se a
150; este espaço de 150 é o fuso horário,
onde ocorre a hora legal tanto ao norte
como ao sul do Equador.
fungos do solo Ver geofungos.
furacão Vórtice extremamente intenso,
de
pequena
extensão
horizontal,
geralmente menor do que 500 m, e que
se estende por baixo a partir de uma
nuvem tempestuosa, com velocidades
muito elevadas de cerca de 100 km/h; a
circulação do vento em torno de um
furacão se dá geralmente em um direção
anti-horária.
fuste Parte da árvore que emerge do
solo e cresce em direção oposta à das
raízes, e compreendida entre o colo e as
primeiras pernadas; tronco. (Botânica)
193
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
G
escoam por
drenagem.
galeria
de
galeria Passagem horizontal construida
no subsolo e que acompanha o corpo
mineralizado. Diferencia-se de uma
travessa por esta cortar o corpo.
(Mineração)
g
Colocado após o símbolo dos
horizontes A, E, B e C, serve para
designar desenvolvimento de cores
cinzentas, azuladas, esverdeadas ou
mosqueamento bem expresso dessas
cores, decorrentes da redução do ferro,
com ou sem segregação; por exemplo:
Ag.
galhas Tumores produzidos nas plantas
como resultado de infecção por certos
patógenos.
galo-da-serra (Rupicola rupicola) Aves
dançarinas e exibidas; ao serem
observadas, um dos machos toma conta
da cena e começa a saltitar e termina o
número abrindo e desfraldando sua
plumagem em leque, como o pavão; logo
é substituído por outro e assim cada qual
vai exibindo suas habilidades; alguns
autores afirmam que as penas tão
vistosas dessas aves foram usadas para
fazer o manto de gala dos monarcas do
Brasil; dizem que basta imitar os seus
gritos para atrair um bando dessas aves.
gabiões Tipo de enrocamento em que
as rochas são arrumadas em gaiolas de
tela protegida contra a erosão, as quais
podem tomar as formas de caixas, sacos
ou montes; com gabiões podem ser
construídos muros de arrimo, pequenas
barragens, esporões no litoral, dentre
outros.
gadolonita Mineral amorfo, escuro, de
aspecto graxo, silicato de glucínio, ferro e
ítrio. (Mineralogia)
galvanização eletrolítica Aplicação de
recobrimento de zinco por eletrodeposição, técnica que permite um
recobrimento mais uniforme do que a
imersão à quente e não influi nas
propriedades mecânicas do material,
recomendado para aplicações onde
resistência à corrosão e aderência de
tinta são mais importantes. (Metalurgia)
Gaia Na mitologia grega, personifica a
Terra, nascida logo após o caos
primordial, e geradora dos demais
deuses; teoria de Gaia,
gaiola Tipo de embarcação a vapor, de
pouco calado, dotado de pás giratórias à
popa ou em ambos os costados dos
barcos.
galvanização por imersão à quente
Aplicação de recobrimento de zinco por
imersão da peça em banho de zinco
fundido. (Metalurgia)
galáxia Componente do nosso Universo
feita de gás e de um grande número de
estrelas, normalmente mais que 1 milhão,
mantidas
juntas
por
gravidade;
classificam-se em: Elípticas, Espirais ou
Espirais Barradas. (Astronomia)
galvanômetro Instrumento que serve
para revelar ou medir a intensidade das
correntes elétricas fracas, por meio de
desvios que se imprimem a uma agulha
imantada ou a um quadro condutor
colocado no interior de um círculo
magnético; é, a rigor, um amperômetro
de grande sensibilidade.
galena Mineral monométrico, sulfeto de
chumbo, o principal minério de chumbo.
(Mineralogia)
galeria de drenagem
infiltração.
gravidade;
Ver galeria de
gambiarra
Instalação provisória, de
qualquer natureza, geralmente fora das
recomendações técnicas. (Engenharia
Civil)
galeria de infiltração Conduto fechado
(dreno ou galeria), de pequena
declividade, escavado em um aqüífero,
para recolher águas subterrâneas que
gameta
Célula de origem meiótica
especializada para a fecundação.
194
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
garimpagem Trabalho individual no qual
são utilizados instrumentos rudimentares,
aparelhos manuais ou máquinas simples
e portáteis, na extração de gemas,
minerais metálicos ou não- metálicos,
valiosos, em depósitos de eluvião ou
aluviões, nos alvéolos de cursos d'água
ou nas margens reservadas, bem como
nos depósitos secundários ou chapadas
(grupiaras), vertentes e alto de morros,
depósitos
esses
genericamente
denominados garimpos.
gametogênese Formação de gametas
masculinos e femininos na meiose.
ganga
Mineral desprovido de valor
econômico ou com valor secundário,
associado aos minerais-minério.
ganho médio diário
mudança diária de peso
animal em um teste de
normalmente duram entre
dias. (Zootecnia)
Medida de
corporal do
alimentação;
140 ou 160
ganimedes É a maior lua de Júpiter e de
todo o Sistema Solar; com um diâmetro
de 5.262 km e uma densidade média de
1,94 g/cm3, apresenta diferenças na sua
superfície: regiões muito antigas cheias
de crateras ou regiões mais recentes
com poucas crateras, o que nos leva a
pensar num processo de reciclagem
geológica da superfície; tal como Io e
Europa, também possui um núcleo de
ferro, um manto inferior à base de
silicatos, um manto superior à base de
gelo e uma crosta de gelo. (Astronomia)
garimpeiro
Trabalhador que extrai
substâncias minerais úteis, utilizando
processos rudimentares e individuais de
mineração, garimpagem, faiscação ou
cata.
garnierita Mineral de origem secundária,
aparentemente amorfo, que se apresenta
sob a forma de incrustações e de massas
terrosas, com coloração comumente
verde-maçã e composição (Ni,Mg)SiO3
nH2O .
gás atômico Gás que é composto por
átomos individuais (tal como o hidrogênio
e o carbono) que não estão ligados entre
si, como as moléculas; pode ser ionizado
ou misturado com gás molecular.
(Astronomia)
gânister Rocha detrítica terrígena, que
se apresenta endurecida, sendo formada
quase que exclusivamente por quartzo
cimentado por sílica secundária.
garça-branca-grande (Ardea alba) Ave
geralmente solitária e muito paciente
para caçar; ela caminha na água rasa,
esperando por um peixe ou uma rã;
quando a presa está ao seu alcance,
espeta ou pinça a presa engolindo-a
rapidamente; nidificam em colônias,
muitas vezes colocando seus ninhos de
gravetos no meio de um banhado.
gás de esgoto
Gás resultante da
decomposição da matéria orgânica dos
esgotos sanitários ou que é produzido no
decorrer da digestão dos lodos, do
sistema de tratamento das águas
residuárias,
pela
ação
de
microorganismos
anaeróbicos;
seus
principais constituintes são o metano, e o
dióxido de carbono.
garfo Parte vegetal composta por, pelo
menos, uma gema ou borbulha,
necessária para a enxertia. (Agronomia)
gás ionizado Gás em que os átomos
perderam ou ganharam elétrons, de
modo
que
ficaram
eletricamente
carregados; este termo é muitas vezes
utilizado para descrever o gás ao redor
das estrelas quentes, onde elevadas
temperaturas fazem os átomos perder
elétrons. (Astronomia)
garganta Passagem estreita situada em
uma crista, serra ou borda de um
planalto, resultante do aprofundamento
do talvegue de um rio em rochas mais
resistentes; em seção transversal é
menor do que um desfiladeiro e maior e
mais profunda do que uma ravina.
(Geomorfologia)
gás liquefeito de petróleo - GLP
Mistura de hidrocarbonetos leves,
gasosos, predominantemente propano e
butano; são armazenados no estado
gárgula Orifício por onde escoa a água
de uma fonte ou de uma cascata.
195
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
gastrópoda Classe mais abundante de
moluscos com cerca de 35.000 especies
viventes e cerca de 15.000 espécies
fósseis; em geral são dotados de uma
concha univalve, sendo constituídos por
cabeça, pé e saco visceral, este coberto
pelo manto; vivem atualmente nos mares,
nas águas doces, salobras e em terra
firme, com as formas maiores podendo
alcançar até 60 cm de comprimento.
Inúmeras formas são desprovidas de
conchas (Nudibranchia) ou possuem uma
concha reduzida, vestigial.
líquido através da elevação da pressão
ou da redução da temperatura.
gás molecular Gás que é composto por
átomos que estão ligados entre si,
formando moléculas; a molécula mais
abundante no espaço é o hidrogénio
molecular (2 átomos de hidrogênio
ligados entre si) seguido do monóxido de
carbono (1 átomo de carbono e 1 átomo
de
hidrogênio
ligados
entre
si).
(Astronomia)
gás natural Mistura de hidrocarbonetos
leves, gasosos (metano e etano,
principalmente), obtida da extração de
jazidas; utilizado como combustível
industrial, doméstico e automotivo.
gastroscopia
Inspeção visual da
cavidade gástrica através de um
endoscópio. (Medicina)
gato maracajá Este tipo de felino do
gênero Felis tem o corpo pintado como o
de uma onça; vive na mata e se alimenta
de pequenos animais; não costuma
atacar o homem mas quando se sente
ameaçado pode reagir com extrema
violência.
gases
São substâncias que se
encontram em estado gasoso a
temperatura de 25o C e sob uma
atmosfera de pressão; os gases são
fluídos sem forma própria e que possuem
a tendência de ocupar qualquer espaço
inteira e uniformemente.
gavião
Índios de diferentes grupos
Timbira, da região do médio Tocantins; a
denominação vem das penas de gavião
usadas em suas flechas; esses índios
foram muito reduzidos pelo contágio de
doenças em seus primeiros contatos com
os brancos; uma das maiores tradições é
a corrida de toras; as equipes de
revezamento (formada somente por
homens), carregam troncos de buriti nos
ombros; o mais importante não é quem
chega primeiro, o que vale mais é o
divertimento; a comemoração é maior
quando as equipes chegam juntas ou
quase juntas; cada indivíduo recebe dois
nomes e um deles não pode ser
divulgado, e mostrar ao outro este
segredo, significa transferir poder;
quando alguém recebe o nome de um
parente que já morreu carrega a
responsabilidade
de
manter
as
características do antepassado e quem o
escolhe assume o papel de padrinho com
a função de transmitir a cultura; depois
do
casamento,
por
um
período
determinado, entre genro e sogra, nora e
sogro, ficam proibidos de chamar o outro
pelo nome.
gasoduto
Conduto que permite o
transporte de grandes quantidades de
gás a grandes distâncias.
gasóleo Derivado de petróleo, mais
pesado do que a nafta e mais leve que o
óleo combustível, obtido no processo de
destilação; utilizado como matéria-prima
de
processos
secundários
(craqueamento), para obtenção de GLP e
gasolina; dentro de certos limites, pode
ser utilizado como óleo diesel ou como
diluente para óleos combustíveis.
gasolina Mistura de hidrocarbonetos,
que destila entre 30º C e 150º C; constitui
a parte mais volátil do petróleo bruto;
utilizada em motores de Ciclo Otto.
gasolina
natural
Mistura
de
hidrocarbonetos leves, com algumas
características da gasolina, obtida a partir
do gás natural.
gástrico Localizado ou relacionado ao
estômago. (Medicina)
gastrólitos Pedras (geralmente quartzo)
presentes no estômago de muitas aves,
alguns répteis e mamíferos, que auxiliam
na trituração dos alimentos
196
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
gavião real (Harpia harpyja) Ave que
ocorre do México à Bolívia e Argentina,
passando por grande parte do Brasil; seu
habitat é a mata primária; rápida e
possante em suas investidas, capaz de
despedaçar suas presas, mesmo que
elas tenham couro e musculatura fortes;
alimenta-se de preguiças, cachorros-domato, tatus, filhotes de veados, macacosprego, seriemas, coatás, araras-azuis,
mutuns; é a mais poderosa ave de rapina
do mundo, sua garra tem o tamanho da
mão humana e quando adulto pode medir
até 1 metro.
se geralmente um montículo perfurado
por onde escapa o jato d'água, sendo
este montículo formado geralmente por
sílica (opala ou calcedônia) que recebe a
denominação genérica de geiserita.
geitonogamia Autofertilização típica de
espécies monóicas; é o caso da
mamona, mandioca e outras espécies
vegetais. Ver autopolinização.
gel Material formado pela coagulação de
uma dispersão coloidal. (Química)
geleira Grande e duradoura massa de
gelo formada nas regiões continentais,
onde a precipitação da neve compensa a
perda pelo degelo, motivo pelo qual a
massa de gelo é conservada; os dois
tipos principais de geleira são as do tipo
alpino, ou geleira de vale, e continental,
também denominado inlandsis; um
terceiro tipo, intermediário, é o de
piemonte.
gavião-belo (Busarellus nigricollis) Ave
de rapina mais vistosa da Amazônia; vive
na beira de cursos d'água e lagos e come
peixes; é um bom indicador de pressão
de caça, pois ainda é comum
onde.existem poucos caçadores.
geada Ocorrência da temperatura do ar,
em contato com o solo ou em um nível
mais elevado, abaixo do ponto de
congelamento, podendo ou não dar
origem à formação de gelo sobre as
superfícies expostas; a ocorrência de
gelo depende do teor de umidade do ar,
sendo que quando há formação de gelo é
denominada geada branca e de geada
negra quando não ocorre a formação de
gelo; quanto a sua origem a geada pode
ser de radiação que é resultante do
rápido resfriamento da camada de ar
próximo ao solo, devido a perda de
radiação terrestre em noites calmas e
claras, e geada de adveção que ocorre
quando uma área é invadida por uma
massa de ar de origem polar.
(Meteorologia)
geleira alpina Ver geleira de vale
geleira de piemonte Geleira oriunda da
coalescência, na base das montanhas,
de geleiras de vale.
geleira de vale
Geleira que se
apresenta com a forma de uma língua e
desloca-se
através
de
vales
e
montanhas; geleira alpina.
gelo Água em estado sólido; é de alta
importância como fator geológico, por
seu caráter destrutivo e construtivo;
presente na natureza como gelo
continental proveniente principalmente de
precipitação atmosférica sólida e de gelo
marinho, oriundo do congelamento da
água do mar; no gelo continental podem
ser distinguidos : gelo de altitude,
formado acima da linha de neve perene;
gelo de latitude, formado nas zonas
polares, onde o limite das neves atinge
nível igual ou próximo e zero;
corresponde a vastas áreas onde o gelo
atinge espessuras consideráveis; o gelo
marinho forma-se em altas latitudes, por
congelamento da água do mar, não
excedendo poucos metros de espessura,
podendo contudo ter larga distribuição.
geada branca Depósito de gelo de
aspecto cristalino, geralmente com forma
de escamas, agulhas, plumas ou leques,
produzido de maneira análoga ao
orvalho, porém à uma temperatura
inferior a 00 C. (Meteorologia)
gêiser Fonte quente que expele água
intermitentemente, sob forma de jatos
verticais, havendo grande regularidade
nos intervalos de repouso, podendo tal
intervalo variar amplamente, desde
alguns segundos até mesmo algumas
semanas; ao redor de cada gêiser forma-
gelo de poro Água congelada nos poros
intersticiais de um meio poroso.
197
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
gelo de profundidade Gelo constituído
por partículas de pequenas dimensões,
formadas abaixo da superfície do mar,
quando o mesmo encontra-se agitado por
ondas.
geminado de Baveno
Geminado
observado no ortoclásio, em que o plano
do geminado é um plano paralelo a uma
face do pisma de primeira ordem.
(Cristalografia)
gelo deteriorado Gelo flutuante que se
encontra em fase de fusão e em
adiantado estágio de desagregação
geminado de Carlsbad Geminado de
penetração, observado no ortoclásio, em
que o eixo cristalográfico C é um eixo do
geminado, estando os indivíduos unidos
sobre uma superfície mais ou menos
paralela. (Cristalografia)
gelo marinho
Gelo formado pelo
congelamento da água do mar, a uma
temperatura de aproximadamente -1,80
C, em condições de salinidade normal;
não deve ser confundido com iceberg.
geminado de contato Geminado que
apresenta uma superfície de composição
definida, separando os dois indivíduos,
sendo a lei de geminação definida por um
plano de geminação. (Cristalografia)
gelo segregado Gelo massivo em um
pedon, o qual é relativamente livre de
partículas
do
solo.
Ver
pedon.
(Pedologia)
geminado de penetração Geminado
constituído por indivíduos que se
interpenetram, mostrando uma superfície
irregular de contato, com a lei de
geminação definida por um eixo do
geminado. (Cristalografia)
gema Complexo de células das quais
brotam os ramos, folhas ou flores.
(Botânica)
gema Substância natural ou sintética,
lapidada, rara, e que devido as suas
propriedades de transparência, cor,
brilho, dureza, e certos efeitos óticos
especiais,
tais
como
chatoyance,
asterismo,
labradorescência
e
aventurinização; atualmente os termos
pedra
preciosa
e
semi-preciosa
encontram-se em desuso. (Mineralogia)
geminado múltiplo Geminado formado
por três ou mais partes, todas geminadas
de acordo com a mesma lei; caso todas
as superfícies sucessivas de composição
sejam paralelas, o grupo resultante
chama-se geminado polissintético; caso
não o sejam, são denominados cíclicos;
geminado repetido. (Cristalografia)
gema adventícia Gema que é produzida
irregularmente nas partes antigas de uma
planta e não na extremidade do fuste ou
de uma folha; não apresenta ligação com
a medula da árvore, sendo geralmente
originado de trauma no cambio.
(Botânica)
geminado repetido
múltiplo. (Cristalografia)
Ver geminado
gêmulas Ver blastoconídios. (Micologia)
gene Unidade da herança; segmento de
ADN, situado numa posição específica de
um determinado cromossomo, que
participa da manifestação fenotípica de
um certo caráter; cada unidade de
informação hereditária presente no
cromossomo que será responsável pela
produção
de
determinado
caráter
biológico. (Genética)
gema terminal Gema que se renova
constantemente através da multiplicação
contínua
de
suas
células
,
proporcionando
um
aumento
ou
alongamento de seu eixo; geralmente é
de grande atividade, produzindo brotos
vigorosos. (Botânica)
gene inseticida Gene introduzido na
planta para que ela passe a produzir
substâncias de resistência a seus insetos
predadores.
geminado Intercrescimento de dois ou
mais cristais de uma determinada
substância, de acordo com uma lei
definida, de modo que certas direções
dos retículos são paralelas ao passo que
outras direções estão em posição
reversa. (Cristalografia).
gene pool Ver reservatório gênico.
gene recessivo Aqueles que só afetam
o fenótipo quando presentes em
198
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
eficiência fisiológica temporária ou
permanentemente, sendo fatais em
apenas alguns indivíduos; Sub-letais
correspondem a genes que causam
anormalidade genéticas não-fatais ao
nascimento ou logo após, mas que
matam o organismo antes da idade
reprodutiva; os genes letais podem ser
dominantes (completo ou incompleto) ou
recessivos. (Genética)
condição de homozigose; devem ser
recebidos genes recessivos de ambos os
pais antes que o fenótipo causado pelos
genes recessivos possa ser observado.
(Genética)
gene supressor Genes que codificam
proteínas que atuam na regulação
negativa do ciclo celular, impedindo a
proliferação descontrolada das células.
(Genética)
genes ligados Aqueles situados no
mesmo cromossomo e que apresentam
segregação dependente por situarem-se
a uma distância menor que 50
centimorgan (cM). (Genética)
genealogia Tabulação de nomes de
antepassados. (Genética)
genealogia de desempenho Aquela
que inclui registros de desempenho de
antepassados, irmãos, meios irmãos e
progênie, além da informação de
genealogia
habitual.
(Melhoramento
Genético)
gênese de solo Modo que o solo se
origina pela ação dos denominados
fatores e processo de formação que
resultam no desenvolvimento do sólum,
ou solo verdadeiro, a partir de material de
origem inconsolidado. (Pedologia)
genecologia
Ciência que estuda a
variação ocasionada em plantas como
resultado da interação do genótipo com o
ambiente; mais especificamente, a
genecologia busca detectar diferenças
apresentadas pelo mesmo genótipo
quando submetido à ação de diferentes
ambientes.
genética
Ciência que estuda a
hereditariedade e a variação; estudo
científico de como se transmitem os
caracteres físicos, bioquímicos e de
comportamento, de pais a filhos; este
termo foi criado em 1906, pelo biólogo
britânico Willian Bateson; ramo da
Biologia que estuda a importância dos
fatores hereditários na formação das
características comuns em organismos
vivos, e da regularidade de sua
transmissão aos seus descendentes
gênero Classificação de plantas ou
animais com características comuns bem
definidas; é a principal subdivisão de uma
família e formado por um número limitado
de espécies intimamente relacionadas,
ou de uma única espécie (monotípico); é
designado por um nome em latim ou
latinizado no singular com letra
maiúscula, seguido do nome da espécie
com letra minúscula, se for natural, ou
com letra maiúscula se for híbrida,
concordando gramaticalmente com o
nome do gênero; tanto o gênero como a
espécie são grafados em itálico.
genética de populações
Estudo
quantitativo e mensurável de populações
mendelianas mediante metodologia e
critérios estatísticos.
genética qualitativa Porção da genética
que estuda caracteres que apresentam
distribuição descontínua.
genética quantitativa
Estudo da
hereditariedade mediante o emprego de
análise estatística e da teoria de
probabilidade matemática. Ver poligenes.
gêneros afins
Que pertencem a
gêneros intimimamente relacionados e
que geralmente se intercruzam.
gêneros aliados Ver gêneros afins.
genético Resultante de, ou produzido
por, fatores e processos de formação do
solo; por exemplo, um perfil de solo
genético. (Pedologia).
genes letais Existem vários graus de
letalidade dependendo do tempo e modo
de ação gênica: Letais obrigatórios (letais
verdadeiros) causam a morte do
organismo antes ou logo após o
nascimento; Semi-letais diminuem a
genipapo
Pequena árvore (Genipa
americana), com 5 a 15 m de altura cujo
199
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
cronologia relativa envolve o sistema de
eras, períodos e épocas sucessivas,
usadas em geologia e paleontologia;
literalmente é a ciência que estuda a
idade da Terra.
fruto é uma baga pesando entre 200-400
g, de casca pardo-amarelada, esponjoso,
espessura média de 1,5 cm, polpa
sucosa, ácida-adocicada, envolvendo
numerosas sementes achatadas; exala
um cheiro forte e característico.
geodésia Ciência que procura definir e
situar as características naturais e físicas
de grandes porções da superfície
terrestre; busca determinar o tamanho e
a figura da Terra (geóide), através de
medições
como
triangulação,
nivelamento
e
observações
gravimétricas, e por satélite, que
determinam o campo gravitacional
externo da Terra, e, até certo limite, a
sua estrutura interna.
genóforos Unidades que carregam os
genes extranucleares, isto é, ao nível
citoplasmático
(cloroplastos
e
mitocôndrias); termo designado para
diferenciar
dos
cromossomos
(nucleares). (Genética)
genoma Conjunto de cromossomos que
corresponde ao conjunto haplóide (n) da
espécie; é o conjunto genético de cada
célula; a identidade do organismo tanto
animal como vegetal, o DNA; o processo
de análise genética pode descobrir
alterações no código genético de um
indivíduo, ou seja, se a pessoa está
propensa a um determinado tipo de
doença. (Genética)
geodésia tridimensional
A que se
caracteriza pela eliminação do uso de
superfícies de referência e intermediárias
utilizadas nos métodos geodésicos
clássicos e modernos, e o emprego de
um sistema triortogonal de coordenadas
com origem no centro de massa da terra.
genótipo
Conjunto de genes que
formam o patrimônio gênico hereditário,
transmitido de geração para geração, que
define as características estruturais da
espécie. (Genética)
geodo Cavidade revestida por minerais
que não chegam a completa-la, e cuja
forma externa aproxima-se de uma
esfera.
geoecossistema
Conjunto
de
elementos bióticos, abióticos e antrópicos
produzidos no tempo histórico sob ação
de forças naturais e humanas, e com os
quais mantém múltiplas relações, inter- e
retro-ações,
que
conduzem
suas
mudanças no tempo e no espaço.
(Ecologia)
geobotânica
Ciência que estuda a
origem e a distribuição dos vegetais
sobre a Terra. Inclui a fitogeografia, a
fitoecologia e a fitossociologia.
geoclinal Depressão estreita, longa e
acunhada, desenvolvida em margem
continental passiva. Caso encerre ou não
vulcânicas associadas aos sedimentos, é
denominada
eugeoclíneo
ou
miogeoclíneo.
geofácies
Setor fisionomicamente
homogêneo, onde se desenvolve uma
mesma fase de evolução geral do
geossistema; representa uma pequena
malha na cadeia de paisagens que se
sucedem no tempo e no espaço no
interior de um mesmo geossistema.
geocrático
Denominação aplicada à
fase de preenchimento de uma bacia
sedimentar na qual predomina a
deposição continental sobre a deposição
marinha.
geofísica Ramo da física experimental
que se preocupa em determinar a
estrutura,
a
composição
e
o
desenvolvimento da Terra, inclusive a
atmosfera e a hidrosfera.
geocronologia Estudo do tempo em
relação à história da Terra, ou a um
sistema de datações desenvolvidos para
este propósito; a cronologia absoluta
envolve a datação de eventos geológicos
quantificada em termos de anos,
efetivada normalmente com a utilização
de isótopos de Rb, Sr, Sm, Nd, Pb, U, na
chamada geocronologia isotópica; a
geófitos
Vegetais com órgãos de
perpetuação enterrados no solo, ficando
as gemas protegidas em bulbos,
tubérculos, rizomas, ou raízes gemíferas,
200
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
locais favoráveis a encerrarem depósitos
minerais úteis ao homem, como também
do ponto de vista social, a fornecer
informações que permitam prevenir
catástrofes, sejam aquelas inerentes às
causas
naturais,
sejam
aquelas
atribuídas à ação do homem sobre o
meio ambiente.
junto
as
partes
subterrâneas
conservadas e permanentes, devido à
morte anual das partes aéreas; as gemas
de brotação são pouco afetadas pelos
fatores externos na estação desfavorável.
São exemplos: Xyris procera, Allium
cepa, Amarylis martian, entre outras.
geofungos
Fungos que não estão
adaptados ao ambiente aquático, sendo
contudo capazes de completar seu ciclo
de vida na água caso existam nutrientes
adequados; fungos do solo.
geomorfologia Ciência que estuda o
relevo da superfície terrestre, sua
classificação, descrição, natureza, origem
e evolução, incluindo a análise dos
processos formadores da paisagem;
pode ainda ser inserido o estudo das
feições submarinas.
geografia
Ciência que estuda a
distribuição dos fenômenos físicos,
biológicos e humanos na superfície da
Terra, as causas dessa distribuição e as
relações locais de tais fenômenos; tem
por objetivo a descrição da superfície da
Terra, o estudo de seus acidentes físicos,
climas, solos e vegetação, e das relações
entre o meio natural e os grupos.
geoprocessamento
Conjunto de
tecnologias de coleta, tratamento,
desenvolvimento e uso de informações
georreferenciadas.
geossinclinal
Larga
depressão,
gralmente linear que sofre profunda
subsudência através de longo período de
tempo geológico, e que acolhe espessa
sucessão de sedimentos, compondo
sequências
estratificadas
e
possivelmente associadas a rochas
vulcânicas; tais camadas podem ser
posteriormente
transformadas
em
montanhas dobradas; divide-se em
ortogeossinclinal e parageossinclinal.
(Geologia)
geografia do solo Ramo da geografia
física
interessada
na
distribuição
geográfica dos solos.
geographic information system - GIS
Ver sistema de informação geográfica –
SIG.
geóide
Superfície equipotencial do
campo gravimétrico da Terra, coincidindo
com o nível médio inalterado do mar, e
que se estende por todos os continentes,
sem interrupção; a direção da gravidade
é perpendicular ao geóide em qualquer
ponto.
geossistema
Classe peculiar de
sistemas dinâmicos, flexíveis, abertos e
hierarquicamente
organizados,
com
estágios de evolução temporal, e que
apresentam uma mobilidade cada vez
maior devido a atuação do homem.
geologia Ciência que estuda o globo
terrestre desde o momento em que as
rochas se formaram até o presente;
divide-se em Geologia Geral e Geologia
Histórica, sendo que a primeira dedica-se
ao estudo da composição, da estrutura e
dos fenômenos genéticos formadores da
crosta terrestre, bem como do conjunto
geral de fenômenos que atuam não
apenas na superfície, mas também no
interior do planeta; a Geologia Histórica
por sua vez estuda e procura datar
cronologicamente a evolução geral, as
modificações estruturais, geográficas e
biológicas ocorridas ao longo da história
da Terra; do ponto de vista prático a
geologia está voltada tanto a indicar os
geotectônica
Ciência que estuda a
estrutura e a deformação da crosta
terrestre, ocupando-se dos movimentos e
processos
deformativos
que
se
originaram no interior da Terra,
procurando definir as leis que governam
o seu desenvolvimento.
geoterma Curva que define a relação
entre a temperatura e a profundidade no
interior da Terra.
geotermômetro Aparelho que mede a
temperatura do solo em diferentes
profundidades.
201
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
geotopo É a menor unidade geográfica
homogênea, diretamente discernível no
terreno.
produção de bens e serviços em todos os
níveis - local, regional, nacional,
internacional, na administração pública e
na empresarial; é a condução, a direção
e o controle pelo governo do uso dos
recursos
naturais,
através
de
determinados instrumentos, o que inclui
medidas econômicas, regulamentos e
normatização, investimentos públicos e
financiamento,
requisitos
interinstitucionais e judiciais.
germinação Retomada do crescimento
do embrião, que emerge da semente e se
desenvolve em plântula. (Botânica)
germinação epígea É a germinação na
qual os cotilédones são levados acima do
solo pelo alongamento do hipocótilo.
(Botânica)
germinação hipógea É aquela na qual
os cotilédones ou uma estrutura
semelhante,
como
o
escutelo,
permanecem no solo e dentro dos
envoltórios da semente, enquanto o
epicótilo se alonga acima do solo.
(Botânica)
gibbisita
Mineral monoclínico, de
composição
Al(OH)3;
constituinte
principalmente de muitas bauxitas e
componente importante da fração argila
de muitos latossolos.
giga anos - Ga Unidade de tempo
equivalente a 109 anos.
germoplasma
Material genético que
constitui a base física da hereditariedade
e que se transmite de uma geração para
outra através das células reprodutivas.
(Genética)
gilgai
Microrrelevo típico de solos
argilosos que têm um alto coeficiente de
expansão com o aumento do teor de
umidade;
consiste
em
saliências
convexas distribuídas em áreas quase
planas, ou configuram feição topográfica
de sucessão de microdepressões e
microelevações. (Pedologia)
germoplasma elite Estoque de material
seleto usado em programas de
melhoramento genético e cujo acervo
inclui cultivares de origem híbrida,
linhagens,
híbridos,
populações
melhoradas e compostos. (Genética)
gimnosperma Divisão da botânica que
compreende as plantas que não formam
frutos, conhecidas como pinheiros; seu
esporófito consta de raiz, caule, folhas e
flores; não produzem frutos, pois suas
flores não apresentam ovário; após
grande desenvolvimento no Mesozóico,
com 20.000 espécies no Jurássico,
encontram-se atualmente reduzidas a
cerca de 600 espécies; pertencem a este
grupo os vegetais vasculares terrestres,
onde destacam-se as sequóias, com
idades que podem alcançar cerca de
4.600 anos. (Botânica)
gessagem
Prática de aplicação de
gesso (sulfato de cálcio) ao solo com o
objetivo de corrigir algumas das
características desfavoráveis de solos
com excesso de acidez, como toxicidade
por alumínio e deficiência de cálcio, ou
excesso de alcalinidade, como altos
teores de sódio; diferente do calcário, o
gesso não altera o pH do solo.
gesso Material manufaturado a partir de
gipsita moída e aquecida entre 1900 e
2000 C, até que cerca de 75% da água
tenha sido eliminada; pode ser também
um subproduto do processo de
fabricação de superfosfato.
ginândrio Ver coluna. (Botânica)
gineceu O órgão feminino da flor, que
consta quase sempre, de três partes
superpostas: o ovário, estilete, e estigma;
pistilo; os carpelos, coletivamente.
(Botânica)
gestão
ambiental
Elenco
de
procedimentos
para
a
condução,
direcionamento
e
orientação
das
atividades
humanas
visando
o
desenvolvimento sustentável; para ser
efetiva,
deve
estar
inserida
no
planejamento
e
administração
da
ginogênese Desenvolvimento haplóide
de um óvulo fecundado, onde o genoma
masculino foi destruído, por razões
espontâneas ou induzidas.
202
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
textura, cobertura vegetal, etc; usada
para denominar as amostras; talhão.
ginostégio Ver coluna. (Botânica)
ginostêmio Órgão em forma de coluna,
das flores das orquídeas, formado por um
prolongamento unilateral sobre o qual se
inserem estames e estiletes; androstilo,
ginóstemo. (Botânica)
glébulas Corpos que ocorrem no interior
do fundo matricial ou
matriz-s,
habitualmente de forma elipsoidal
alongada e equidimensional; elas são
reconhecidas como unidades, seja por
causa de uma maior concentração de
alguns constituintes e/ou diferença na
organização interna, quando comparada
ao material envolvente, ou em razão de
uma delimitação distinta com o material
do solo. (Micromorfologia do Solo)
ginóstemo Ver ginostêmio. (Botânica)
gipsita Mineral formado por sulfato de
cálcio
hidratado,
CaSO42H2O,
cristalizado no sistema monoclínico e
tendo dureza variando de 2 a 3; sob a
forma pulverizada, pode ser usado como
corretivo do solo, embora seja menos
solúvel do que o gesso; gipso.
Glei Húmico
Solo que apresenta
drenagem imperfeita ou impedida, e um
horizonte turfoso A chernozêmico ou A
húmico, com 20 cm ou mais de
espessura sobre um horizonte gleizado;
apresenta características morfológicas
relativamente desenvolvidas, sofrendo,
entretanto, a influência local do relevo
que condiciona a drenagem restrita.
(Pedologia)
gipso Ver gipsita.
girinos Estágios larvais dos anfíbios
anuros, aquáticos na maioria das
espécies; nesta fase da vida, possuem
uma cauda longa e respiram através de
brânquias; com a metamorfose adquirem
4 membros locomotores, a cauda regride
e adquirem respiração pulmonar, além de
cutânea. (Zoologia)
Glei Pouco Húmico Classe que agrupa
solos minerais de deposição recente, mal
drenados, pouco profundos e de textura
argilosa dominantemente; são solos que
apresentam um horizonte A moderado
sobre um horizonte gleizado. (Pedologia)
gitó (Guarea trichilioides)
Árvore da
família Meliaceae, de pequeno porte,
fuste retilíneo, com diâmetro pouco
superior a 50 cm, casca castanho-escuro
a marrom, lisa em tiras soltas, 1,5 cm de
espessura; madeira moderadamente
pesada; cerne róseo-escuro; alburno
amarelado; grã direita; textura média;
figura ausente; cheiro e gosto indistintos.
Glei Tiomórfico Solo hidromórfico que
apresenta horizonte glei e quantidades
consideráveis
de
sulfetos
,
desenvolvendo um horizonte sulfúrico,
quando
drenado
arficialmente.
(Pedologia)
glaciação Formação de glaciais em uma
determinada região e em diversas
épocas da história física da Terra. Ver
glaciais.
glaciais
Depósito constituído
materiais deixados pelos glaciares.
Gleissolos Solos com horizonte glei,
conhecidos como Glei Húmico ou Pouco
Húmico, Hidromórfico Cinzento, Glei
Tiomórfico; termo da nova classificação
brasileira de solos; compreende solos
hidromórficos, constituídos por material
mineral, que apresentam horizonte glei
dentro dos primeiros 50 cm da superfície
do solo, ou a profundidades entre 50 e
125 cm desde que imediatamente abaixo
de horizontes A ou E (gleizados ou não),
ou precedidos por horizonte B incipiente,
B textural ou horizonte C, com presença
de mosqueados abundantes com cores
de redução; estão excluidos da presente
classe,
solos
com
características
distintivas dos Vertissolos, Espodossolos,
por
glaciares Ver geleiras.
glacígeno Denominação ampla utilizada
para indicar sedimentos transportados
pelas geleiras e depositados diretamente
pelo gelo, ou indiretamente através das
águas de degelo sob ou sobre a geleira
ou no interior da mesma, ou ainda
próximo as suas margens.
gleba Porção de uma área maior (uma
fazenda ou sítio) com características
semelhantes com relação a topografia,
203
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
Planossolos,
Plintossolos
Organossolos. (Pedologia)
globalização Processo acentuado nas
últimas
décadas
do
século
XX,
caracterizado
pela
aceleração
e
padronização dos meios técnicos, a
instantaneidade da informação e da
comunicação, e a mundialização da
economia, que promove a reorganização
e reestruturação dos espaços nacionais e
regionais, em escala mundial, a partir do
controle e regulamentação dos centros
hegemônicos; cria, como nunca ocorreu
no passado, um meio técnico-científico e
informacional em contraposição ao meio
natural; promove a transformação dos
territórios nacionais em espaços da
economia internacional; intensifica a
especialização e a divisão social e
territorial do trabalho; concentra e
aumenta a produção em unidades
menores, entre outros aspectos.
ou
gleização Processo de formação do solo
resultando no desenvolvimento de
Gleissolos. (Pedologia)
gletschermilch
Pó resultante da
enérgica fragmentação de detritos e, de
tal modo abundante, que confere à água
do degelo um aspecto leitoso; esta poeira
em suspensão na água, através do
fenômeno de dispersão da luz, é
responsável pela cor azulada, observada
nos lagos das regiões glaciais.
glicófitas Plantas não halófitas, ou seja,
plantas que não desenvolvem bem,
quando a pressão osmótica da solução
do solo está acima de 1,96 atm.
(Botânica)
glicose
O açúcar
encontrado na natureza.
mais
comum
glossopteris
Plantas arborescentes
decíduas, cujas folhas dispunham-se em
grupos de até 16 elementos, inserindo-se
diretamente na superfície do tronco, em
torno de pequenas áreas subcirculares,
distribuídas em largos espaços ou
irradiando de galhos delgados e curtos;
distribuiram-se do Carbonífero Superior
ao Triássico.
glint Escarpa de uma mesa estrutural ,
que suge em função de processo de
denudação. (Geomorfologia)
gliptogênese Formação do modelado
da superfície terrestre, devido à ação dos
agentes de intemperismo e erosão que
provocam a destruição do relevo
preexistente. (Geomorfologia)
glúten Mistura de proteínas da planta
que ocorrem em grãos de cereais,
principalmente milho e trigo; substância
na farinha de trigo que da coesão quando
seco; é tóxico para pessoas que tem
doença celíaca. Ver doença celíaca.
Global Positioning System - GPS É um
sistema de radionavegação baseado em
satélites, desenvolvido e controlado pelo
departamento de defesa dos Estados
Unidos da América, que permite a
qualquer
utilizador
saber
a
sua
localização, velocidade e tempo, 24
horas por dia, sob quaisquer condições
atmosféricas e em qualquer ponto do
globo terrestre; os fundamentos básicos
do GPS estão na determinação da
distância entre um ponto, o receptor, a
outros de referência, os satélites;
sabendo a distância que nos separa de 3
pontos podemos determinar a nossa
posição relativa a esses mesmos 3
pontos através da intersecção de 3
circunferências cujos raios são as
distancias medidas entre o receptor e os
satélites; são necessários no mínimo 4
satélites para determinar a posição
corretamente.
gmelina (Gmelina arbórea) Arvore de
origem asiática, pertencente à família
Verbenácea, que produz boa celulose,
laminado de ótima qualidade e tábuas;
espécie escolhida por Daniel Ludwig na
implantação do Projeto Jarí; as primeiras
sementes de gmelina que chegaram em
Belém foram coletadas na Nigéria, Costa
do Marfim, Gambia e Malawee; na
realidade ela não tem problemas de
germinação,
mas
depende
fundamentalmente de solos férteis;
mesmo em algumas áreas do seu
continente de origem, como nas savanas
da Índia, onde vegeta mais não passa de
arbusto; no Jarí, em solos de baixa
fertilidade,
crescia
em
média
204
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
14m3/hectare/ano, ou seja 9,7 toneladas,
enquanto que nos solos férteis o
crescimento era de 42m3 /hectare/ano,
equivalente a 29,3 toneladas; porém
estes solos férteis nas áreas do Jari não
ultrapassavam 40 mil hectares, e nem
todo ele podia ser plantado, devido à
topografia muito acidentada; além do
problema do solo, a gmelina foi atacada
por um fungo (Ceratocystis fimbriata), o
que muito contribuiu para agravar a
situação da plantação.
granadas
Grupo de minerais que
cristalizam
no
sistema
isométrico
(cúbico),
classe
hexaoctaédrica
e
apresentando fórmula geral A3B2(SiO4)3,
onde A pode ser cálcio, magnésio, ferro
ferroso, além do manganês bivalente, e
B, o alumínio, ferro férrico, titânio ou
cromo; seus principais membros são:
piropo,
almandina,
espessartita,
grossulária, andradita e uvarovita; a
melanita é uma variedade de coloração
negra, da andradita.
gnaisse
Rocha metamórfica de
granulação grosseira com os mesmos
elementos de granito – quartzo,
feldspatos e mica – porém orientados;
rocha muito comum no embasamento
cristalino brasileiro.
granizo
Precipitação de pequenas
pedras de gelo, com diâmetros variando
comumente entre 5 e 50 mm, e por vezes
até
maiores,
transparentes
ou
translúcidas que caem isoladamente com
forma esférica e raramente cônica ou sob
a forma de aglomerados em massas
irregulares. (Meteorologia)
goethita
Oxido de ferro hidratado,
responsável pela coloração amarela dos
solos.
granulação
Crescimento granular
geralmente visto na superfície de tecidos
inflamados; faz parte do processo de
cicatrização. (Medicina)
golfo Reentrância mais ou menos ampla
na costa e que apresenta profundidade
suficiente para permitir a atracação de
navios de grande calado; é em geral
maior,
mais
fechado
e
mais
profundamente recortado do que uma
baía. (Geografia)
grão de pólen Elemento fecundante
masculino das plantas fanerógamas; é
um dos elementos do conjunto pólen
contido em um saco polínico de uma
antera; corresponde a um micrósporo dos
pteridófitos
heterósporos
que
em
conjunto
estão
contidos
nos
microsporângios. (Botânica)
gomose
Doença
dos
vegetais
caracterizada pela produção e secreção
de goma ou líquido com aspecto gomoso.
gondwana
Supercontinente que, até
pelo menos o final da Era Paleozóica,
reunia as terras situadas no hemisfério
sul; juntamente com a Laurásia , no
hemisfério norte, foram resultado da
fragmentação do Pangea. (Geologia)
graptozoários Animais exclusivamente
marinhos, que viveram no Paleozóico,
em colônias, denominadas rabdossomas;
o exosqueleto, constituído de quitina,
consistia em uma série de tecas
dispostas de modo vário, em um ou mais
ramos. (Zoologia)
gorgulho Ver caruncho. (Entomologia)
gossan Corpo resultante da alteração
intempérica de rochas sulfetadas, quando
situadas próximas à superfície do
terreno; é geralmente formado por
grande quantidade de oxi-hidróxidos de
ferro, que na superfície, quando intactos,
constituem
verdadeiras
carapaças
ferruginosas; chapéu de ferro.
grassland
Qualquer comunidade de
plantas
onde
gramíneas
e
ou
leguminosas constitui a vegetação
dominante; terra na qual a vegetação é
dominada por gramíneas.
graben Bloco abatido que se apresenta
com forma relativamente alongada,
estreito e limitado por falhas normais.
(Geologia)
grau de carbonificação
Posição
ocupada por um carvão na série
evolutiva, desde o linhito (baixo rank) até
o antracito (alto rank), indicando a
grau de agregação
proporção de agregados.
205
Medida
da
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
gregário Que vive em bando.
maturidade em termos de propiedades
químicas e físicas. (Geologia)
greisenização Processo de alteração
hidrotermal, em que o feldspato e a
muscovita são convertidos em um
agregado constituído por quartzo,
topázio, turmalina e lepidolita, devido à
ção do vapor d'água contendo fluor.
grau de dispersão Medida em que as
partículas primárias são separadas dos
agregados
mediante
determinado
tratamento.
grau de estrutura É a manifestação das
condições de coesão dentro e fora dos
agregados dos solos.
grês do Pará Denominaçãp aplicada
geralmente a um material arenoconglomerático quartzoso, cimentado
epigenéticamente por oxi-hidróxidos de
ferro; pedra jacaré.
grau de floculação Percentagem de
argila dispersa em água em relação a
argila natural. (Pedologia)
gretas de contração Feições originadas
pela exposição subaérea de sedimentos
constituídos por alternância de areia e
pelitos, através da perda de água.
grau de isorreação Isógrada baseada
em uma reação específica. Ver isógrada.
grau de limitação
Intensidade da
restrição imposta pelo fator limitante às
condições agrícolas das terras; determina
a classe de aptidão agrícola das terras.
grilagem Apropriação ilícita de terras
por meio da expulsão de seus
proprietários, posseiros ou índios;
também denomina a legalização do
domínio da terra através de documento
falso.
grau geotérmico
Distância vertical,
medida na crosta da Terra, para a qual a
temperatura varia de 10 C; seu valor é
em média 33 m, variando contudo em
função da natureza da rocha, estrutura
geológica e a presença de fontes
secundárias de calor.
grimpa Aparelho que indica a direção do
vento; biruta. (Meteorologia)
grupamento indiferenciado de solos
São duas ou mais unidades taxonômicas
similares
que
não
ocorrem
em
associação geográfica regular como uma
unidade
de
mapeamento,
sendo
designadas em termos das unidades
taxonômicas que as compõem e seus
componentes são ligados pela letra e e
não pelo sinal +. (Pedologia)
grauvaca Sedimento arenoso, formado
por detritos, sobretudo de rochas
básicas, pouco decompostas.
graxa Emulsão de um sabão metálico
num óleo, mais ou menos consistente,
que apresenta propriedades lubrificantes.
grazing Fenômeno que ocorre quando o
ângulo de depressão da frente de onda
do Radar de Visada Lateral (RVL) é igual
ao ângulo da pendente da feição do
terreno não voltada para a antena do
radar. (Sensoriamento Remoto)
greda Rocha calcária com granulometria
dos lutitos, formada pela acumulação de
microfósseis, sendo que a greda quando
se apresenta da cor branca recebe a
denominação particular de giz.
grupamento indiscriminado de solos
Termo utilizado no caso de agrupamento
de solos que ocorrem em associação
geográfica regular cuja delimitação,
proporção e discriminação da textura,
saturação por bases, atividade de argila,
tipo de horizonte A, etc, dos diversos
componentes
da
associação
é
inexeqüível na escala de trabalho de
campo. (Pedologia)
greensand
Depósito de natureza
sedimentar, que consiste, quando puro,
de grânulos de glauconita, com coloração
esverdeada-escura, e que muitas vezes
encontram-se misturados com areia ou
argila.
grupiara Denominação que tanto pode
ser utilizada para um depósito sedimentar
diamantífero, encontrado em cristas de
morros, como também para cascalho
estratificado e aurífero presente nas
fraldas das montanhas.
206
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mais fins específicos, tais como: culturas
adaptadas, práticas de drenagem,
fertilização, etc.
grupo Grupo de minerais relacionados
entre si por estruturas análogas, tendo
geralmente um ánion comum e
apresentando
frequentemente
substituição iônica ampla. (Mineralogia).
grupos de risco Pessoas ou grupos de
pessoas, sem necessariamente vínculo
familiar ou geográfico, de características
biológicas e/ou sócio-culturais iguais
propensas a sofrerem doenças ou
situações
patológicas
semelhantes.
(Medicina)
grupo Unidade litoestratigráfica formal,
de categoria superior à formação, e
constituído
necessariamente
pela
associação de duas ou mais formações,
relacionadas por características ou
feições litoestratigráficas comuns ou por
referenciais litoestratigráficos que o
delimitem. (Geologia).
grupos naturais Denominação adotada
pelos cladistas para indicar grupos que
apresentam uma história genealógica
comum, a exemplo das aves; os grupos
que não possuem uma ascendência
única são designados parafiléticos
grupo contemporâneo
Conjunto de
animais formado a partir da consideração
do rebanho, ano e estação de
nascimento, criado sob condições
semelhantes de manejo (arraçoamento,
suplementação, pastagem). (Zootecnia).
guaiacol Composto aromático, líquido,
incolor e oleoso, de cheiro ativo,
apresentando propriedades analgésicas
e empregado em farmacologia; fórmula:
C7H802.
grupo de aptidão agrícola Trata-se de
um artifício cartográfico, que identifica no
mapa o tipo de utilização mais intensivo
das terras, ou seja, sua melhor aptidão.
guaiamum Animal crustáceo decápode,
de cor azulada, braquiúro, família dos
gecarcinídeos, Cardisoma ganhumi; sua
pinça maior chega a medir 30 cm de
comprimento; seu habitat é o mangue
onde vivem em tocas de até 40 cm de
profundidade;
caranguejo-guaiamu.
(Zoologia)
grupo de formação Termo criado por
Ellemberg &Mueller-Dombois (1965/6)
como a terceira subdivisão hierárquica da
formação; foi conceituada como a fase
fisiológica da mesma. (Fitogeografia)
grupo dos 7 - G7 Denominação dada
aos países mais industrializados do
mundo: Grã-Bretanha, Japão, Alemanha,
França, Itália, Canadá e Estados Unidos
da América. (Economia)
guaikuru Índios que habitavam a região
do Pantanal matogrossense e hoje
extintos.
guajá índios que constituem uma das
últimas sociedades de caçadores e
coletores do mundo; foram contatados há
apenas 25 anos, e entre eles existe um
grupo com apenas 6 anos de contato; as
mulheres dessa tribo, em alguns casos,
têm um papel decisivo, fato pouco
comum nas sociedades indígenas; a
opinião das idosas é levada em conta e
ela pode tanto resolver conflitos
domésticos como dividir as tarefas de
roçar, caçar e coletar; elas também
cuidam dos animais de estimação, muito
numerosos na tribo, e eles, muitas vezes,
são até amamentados pelas mulheres
mais jovens; pode acontecer que um
homem se case ao mesmo tempo com
duas mulheres, uma sexagenária e outra
bem jovem, mas a primeira, além de
grupo dos 77 Denominação dada ao
grupo de países em desenvolvimento (ou
menos industrializados) criado em 1964,
e que atualmente somam 133; é a maior
coalização de países do Terceiro Mundo
nas Nações Unidas e busca promover os
interesses econômicos coletivos, além
das questões ambientais. (Economia)
grupo isoestrutural Grupo de minerais
relacionados entre si por estruturas
análogas, tendo geralmente um ánion
comum e apresentando frequentemente
substituição iônica ampla. (Mineralogia)
grupos de manejo de solos Grupos de
unidades taxonômicas de solo com
aptidões ou requerimento de manejo
semelhantes, no que se refere a um ou
207
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
reconhecido um grupo na ilha Bela Vista
do Norte; vive no Pantanal MatoGrossense e disperso ao longo dos rios
do médio e alto Paraguai, São Lourenço
e Capivara, no município de Corumbá
(MS); segundo a Funai, em 1989 eram
382 índios.
receber todo o carinho e respeito do
marido, tem ainda poder para tomar as
decisões principais da casa.
guanaco Tipo de ruminante selvagem
que se assemelha a lhana.
guano Substância rica em fosfato, com
até mais de 30% de P2O5 e compostos
nitrogenados, formada por alteração
penecontemporânea de depósitos de
excrementos de animais, principalmente
aves marinhas e mais raramente
morcegos.
guilda
Denominação utilizada para
indicar grupos ou conjunto de espécies
que apresentam na comunidade, um
papel semelhante ou mesmo comparável.
(Ecologia)
guyot Montanha submarina de natureza
vulcânica que se apresenta na forma de
um cone truncado, e situada geralmente
a uma profundidade inferior a 180 m.
guapuruvu
Árvore da família das
leguminosas, Schizolobium parahybum,
de tronco retilíneo, liso e ramificado
apenas no ápice; madeira branca, mole,
leve, usada em caixotaria e pasta
celulósica; guapurubu, ficheiro.
gyttja Lama rica em matéria orgânica
depositada em lagos ou pântanos sob
condições intermediárias entre aquelas
de redução e oxidação, ou seja, sem uma
ausência muito significativa de oxigênio
dissolvido.
guará rubra (Eudocimus ruber) Aves
que fazem longos vôos formando uma
linha oblíqua ou em cunha e a ave da
frente é a cada momento substituída por
outra; tem uma magnífica plumagem que
decorre do carotenóide cantaxantina;
como não suporta cativeiro, quando
presa, fica com a cor desbotada, mesmo
se
estiver
sendo
alimentada
corretamente.
H
guaraná
Planta trepadeira (Paullinia
cupana), cujas sementes contém três
vezes mais cafeína que o café; seus
princípios fitoterápicos são utilizados para
prevenir a arteriosclerose, regular as
funções intestinais e como tônico
cardiovascular; seu maior apelo, no
entanto, são as qualidades afrodisíacas
que dizem possuir.
h Colocado após o símbolo do horizonte
B, indica relevante acumulação iluvial,
essencialmente de matéria orgânica ou
de complexos orgânico-sesquióxicos
amorfos dispersíveis, se o componente
sesquioxicídico for dominado pelo
alumínio e esteja presente somente em
muito
pequenas
quantidades
em
proporção à matéria orgânica; exemplo:
Bh. (Pedologia)
guariúba (Clarisia racemosa) Árvore da
família Moraceae, de grande porte com
fuste retilíneo circular com diâmetro
superior a 60 cm, casca verrucosa
marrom-avermelhada, apresentando um
látex branco; madeira pesada; cerne
amarelo passando para o castanho
amarelo-escuro, quando exposto ao
tempo; alburno amarelo-claro; grã direita
e entrecruzada; textura média; figura
atrativa; cheiro e gosto indistintos.
H Horizonte ou camada de constituição
orgânica, superficial ou não, composto de
resíduos orgânicos acumulados ou em
processo de acumulação sob condições
de prolongada estagnação de água,
guatós Povo indígena de língua do
tronco Macro-Jê; foi considerado extinto
por 40 anos, até que, em 1977, foi
208
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
salvo
se
(Pedologia)
drenado
sendo intensamente utilizado como
componente na produção de aerossóis,
de espuma, na indústria de arcondicionado e em várias outras
aplicações; como um resultado de inércia
na baixa atmosfera ocorre o transporte
para a estratosfera (10 a 50 km de
altitude) onde eles sofrem uma quebra
pela radiação de raios UV, liberando
átomos livres de cloro que atuam na
destruição da camada de ozônio.
artificialmente.
habilidade de transmissão genética
Valor genético médio dos gametas
produzidos
por
um
animal.
(Melhoramento Genético)
habitat Local onde podemos encontrar
uma determinada espécie. (Ecologia)
hábito A tendência de uma planta de
crescer de um modo característico;
crescimento
ou
ocorrência
característicos, por exemplo: crescer
sobre as pedras, crescer sobre as
árvores. (Botânica)
haloclina
Gradiente vertical bem
definido de salinidade encontrado nos
mares e oceanos.
halófila
preferência
(Botânica)
halimeda Alga calcária verde que ocorre
no fundo do mar, em profundidades rasas
e apresentando um denso crescimento
sobre o fundo dos lagos que estão
presentes nos recifes de coral.
Planta
que
apresenta
por ambientes salinos.
halógenos
Grupo de substâncias
químicas que contém em sua molécula
cloro, flúor, bromo ou iodo.
halita Mineral que cristaliza no sistema
cúbico, classe hexaoctaédrica , de
composição NaCl; apresenta hábito e
clivagem cúbica; incolor a branca
podendo
quando
impura
exibir
tonalidades de amarelo, vermelho, azul e
púrpura, solubilizando-se rapidamente
em água; sal de cozinha.
halomorfismo Processo de formação de
solos onde o excesso de sais e de água
imprime características peculiares; os
solos desenvolvidos em áreas abaciadas
onde os sais são trazidos das elevações
circunvizinhas ou por causa de depósitos
marinhos, formando solos salinos.
(Pedologia)
halmirólise Decomposição subaquática
marinha das rochas, semelhante à
decomposição subaérea; diferentemente
do que ocorre na decomposição
subaérea, na halmirólise existe a
presença contínua de água e ausência
total ou parcial de oxigênio.
halos de Liesegang
Liesegang.
Ver anéis de
halo-tolerantes
São
espécies
adaptadas a zonas de alta salinidade; em
algumas
baías
onde
o
índice
pluviométrico é baixo, a salinidade pode
alcançar valores maiores que a media da
água do mar, que é de 3,5%; poucas
espécies estão adaptadas à salinidades
de 4,5% e 5,0%.
halo pleocróico
Zona esférica
concêntrica, de pequena dimensão, que
se forma ao redor de inclusões de
minerais radioativos, principalmente na
biotita e clorita.
hamada Partes rochosas de um deserto,
sendo formadas por elevações e
planícies, que se apresentam cobertas
por fragmentos rochosos, com diâmetros
que variam desde seixos até blocos,
ambos angulares.
halobentos
Denominação geral que
engloba vegetais e animais que habitam
os fundos oceânicos.
halóbios Seres que vivem em lagos
salgados ou regiões marinhas costeiras.
haplogrupos
compostos.
halocarbonos É um dos gases que
provocam o efeito estufa, constituído
pelos clorofluorcarbonos (CFC’s) - um
grupo de componentes produzidos pelo
homem, feito de cloro, flúor e carbono,
Grupos simples, não-
haplóide
Células que possuem o
número
básico
de
cromossomos;
organismos portadores dessas células.
(Genética)
209
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
plantas , devido à exposição excessiva
da luz solar.
haptobentos Conjunto de organismos
congênitamente ligados ao substrato de
fundo.
heliotrópio Variedade de calcedônia
semitransparente,
que
apresenta
coloração verde-clara ou verde-escura,
com manchas de jaspe ou óxido de ferro.
hardpã Camada endurecida de solo,
situada na parte inferior do horizonte A
ou no interior do B, causada pela
cimentação das partículas do solo com
matéria orgânica ou com outros materiais
como sílica, sesquióxidos, ou carbonato
de cálcio; a dureza não muda
apreciavelmente com mudanças no
conteúdo da água, e fragmentos da
camada endurecida não se desfazem em
água.
hematita
Óxido de ferro, Fe2O3,
responsável pela coloração vermelha dos
solos, devido o seu alto poder
pigmentante.
hemicelulose Polissacarídios que estão
associados com celulose e lignina na
parede celular das plantas; difere da
celulose por ser solúvel em álcali e, por
hidrólise ácida fornecer ácido urônico,
xylose, galactose e outros carboidratos,
exemplo glicose.
harmomegatia Fenômeno relativo à
acomodação dos grãos de pólen às
mudanças de volume. (Palinologia)
harmomégato Órgão ou mecanismo
destinado à acomodação da exina semirígida às mudanças de volume. .
(Palinologia)
hêmico Material orgânico do solo com
grau de decomposição entre o material
do solo fíbrico e o material do solo
sáprico; suas feições morfológicas dão
valores intermediários para o teor de
fibras, densidade aparente e teor de
água. (Pedologia)
hectare Unidade de área equivalente a
um quadrado com 100 m de lado e
perfazendo portanto 10.000 m2, e
correspondendo a 2,47 acres.
hemicriptófitos
Vegetais cuja parte
aérea morre anualmente depois da
frutificação, permanecendo as gemas ao
nível do solo sobre as porções
vegetativas superficiais, protegidas por
escamas, folhas e bainhas ou, ainda,
pelos detritos vegetais que as recobrem;
são exemplos as plantas dos gêneros
Chamaecrista,
Convolvulus,
Poa,
Hypericum, etc. (Botânica)
hectopisilídeos Família de insetos da
ordem dos Sifonáteros, que são parasitas
permanentes, como as pulgas. (Zoologia)
hedenbergita Mineral monoclínico de
coloração esverdeada, do grupo dos
piroxênios, silicato de cálcio e ferro.
(Mineralogia)
heléboro Erva medicinal, do gênero
Veratrum, da família das Liliáceas, que
contém o alcalóide veratrina, no passado
muito usado como analgésico. (Botânica)
hemigraben
Graben abortado, mal
desenvolvido,
em
que
domina
essencialmente um plano de falha normal
principal que provoca o adernamento da
estrutura, acompanhado por falhas
normais menores, amiúde antitéticas.
(Geologia)
heliocêntrico Que tem o Sol por centro.
(Astronomia)
heliófito Planta que só pode crescer e
reproduzir-se sob insolação completa;
planta de sol. (Botânica)
hemipelágico Depósito constituído pelo
acúmulo de carapaças de animais
marinhos,
cujos
detritos
foram
transportados e depositados a pouca
distância da costa; os sedimentos
hemipelágicos
são
diferentes
dos
sedimentos pelágicos, que formam o
grande fundo dos oceanos e encontramse distantes do litoral.
heliógrafo
Aparelho que registra a
insolação. (Climatologia)
heliopausa Ponto no qual o vento solar
encontra o meio interestelar ou o vento
de outras estrelas. (Astronomia)
heliose
Fenômeno responsável pela
produção de manchas descoradas nas
210
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
transmitidas genéticamente pelos pais da
criança.
hemisfério Cada uma das metades do
globo terrestre; há o hemisfério Norte e o
hemisfério Sul; à linha imaginária de
separação entre os dois chama-se
equador.
hermafrodita Em plantas é a flor que
reúne os aparelhos masculino (androceu)
e feminino (gineceu), na mesma peça
(ex.: flor de goiabeira); em animais é o
indivíduo que reúne os dois sexos no
mesmo genótipo (ex.: caramujo).
hemocianina Pigmento azul constituído
por uma proteína que contém cobre,
encontrado no sangue de alguns
moluscos e artrópodes.
hertz
Unidade de freqüência que
corresponde a um ciclo, ou onda, por
segundo.
hemoglobina Ver eritrócio.
herança citoplasmática Ver herança
extracromossômica. (Genética)
heterobeltiose Superioridade do híbrido
em relação ao progenitor de melhor
desempenho. (Genética)
herança
extracromossômica
Determinada por genes de DNA situados
em organelas citoplasmáticas como
mitocôndrias e cloroplastos. (Genética)
heterodésmicos
Cristais
que
apresentam dois ou mais tipos de ligação
de intensidade e caráter diferentes.
herança multifatorial - Ver poligenes.
(Genética)
heterose Vigor híbrido, de tal maneira
que
o
F1
híbrido
destaca-se
favoravelmente dos pais homozigotos
com relação a um ou mais caracteres
agronômicos desejados; o híbrido é um
heterozigoto
superior
em
aptidão,
causado
por
superdominância,
e
geralmente se supera em tamanho,
rendimento
e
produtividade.
Veja
superdominância. (Genética)
herbário Ver fitoteca.
herbicida Composto químico destinado
a destruir ou impedir o crescimento de
ervas daninhas, ou invasoras, prejudiciais
à lavoura, ou vasos de plantas.
herdabilidade
Proporção
da
variabilidade observada devida à herança
genética; pode ser no sentido amplo
quando a proporção da variação
fenotípica for devida a causas genéticas
de uma maneira geral, ou herdabilidade
no sentido restrito quando a proporção da
variância fenotípica for devida aos efeitos
aditivos dos genes. (Genética)
heterósporo
Vegetal que produz
esporos
femininos
maiores
(macrósporos) e esporos masculinos
menores (micrósporos). (Botânica)
heterotrófico Organismo capaz de obter
energia para os processos vitais, a partir
da oxidação de compostos orgânicos.
herdabilidade no sentido amplo
Proporção
da
variação
fenotípica
observada atribuída à causas genéticas.
(Genética)
heterozigoto Indivíduo que apresenta
alelos diferentes de um mesmo gene.
(Genética)
herdabilidade no sentido restrito
Proporção
da
variação
fenotípica
observada atribuída à variância genética
aditiva. (Genética)
hibridação Ato de criar híbridos através
do cruzamento de indivíduos com
genótipos
diferentes;
a
diferente
expressão de certas características é
atribuída
ao
acontecimento
da
recombinação gênica. (Genética)
hereditariedade
Fenômeno
de
continuidade biológica pelo qual as
formas vivas se repetem nas gerações
que se sucedem; transmissão de
características genéticas ou físicas dos
pais para seus descendentes. (Genética)
hereditário
descrever
Termo utilizado
condições
que
hibridação introgressiva Resultado de
cruzamentos interespecíficos repetidos
ou mesmo contínuos, causando assim
uma infiltração de genes de uma espécie
para outra, em decorrência de falhas do
para
são
211
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
hidrocarboneto aromático Aquele que
possui, em sua molécula, pelo menos um
anel de benzeno.
mecanismo de isolamento reprodutivo.
Ver introgressão.
hibridação somática
Processo de
hibridação
através
da
fusão
de
protoplastos. (Genética)
hidrociclone
Aparelho que utiliza a
força centrífuga para a separação de um
minério em forma de polpa, em dois
produtos de granulometria distinta;
apresenta um corpo cônico e outro
cilíndrico, um orifício para a entrada da
polpa (inlet), um orifício inferior de
descarga (apex) e outro orifício superior
também para descarga (vortex finder).
híbrido
Produto resultante de um
cruzamento
entre
progenitores
geneticamente distintos. (Genética)
híbrido intergenérico Um híbrido entre
membros de dois ou mais gêneros.
(Genética)
híbrido natural Espécie originada do
cruzamento de duas outras espécies
naturais, pela polinização natural destas
no próprio habitat onde ambas habitam.
(Genética)
hidrociclone classificador Hidrociclone
utilizado para separação de partículas em
função do tamanho.
hidrociclone espessador Hidrociclone
utilizado para separar sólidos do líquido
em que estão suspensos.
híbrido primário
O resultado do
cruzamento entre duas espécies naturais
(Genética)
hidrociclone lavador
Hidrociclone
utilizado para separar partículas de
acordo com as densidades das espécies
minerais.
hiddenita Variedade de espodumênio LiAl(Si2O6)- mineral que pertence à
família dos piroxênios, que apresenta cor
verde-esmeralda, sendo utilizado como
gema.
hidroclorofluorcarbonos – HCFC’s e
hidrofluorcarbonos – HFC’s
São
componentes feitos pelo homem que
estão sendo usados para substituir os
CFC’s – clorofluorcarbonos; estes
componentes são considerados como
substitutos transitórios dos CFC’s.
hidratação
Combinação química da
água com outra substância.
hidráulica
Ramo da mecânica dos
fluídos que trata do escoamento da água
e de outros fluídos em canais abertos ou
condutos.
hidrofilicidade
Propriedade
apresentada por um mineral cuja
superfície é polar, indicando maior
afinidade com a água do que com o ar.
hidraulicidade
Relação entre as
afluências no período observado e as
afluências correspondentes a um mesmo
período no ano médio.
hidrófitos
Vegetais aquáticos, cujas
gemas de renovação se encontram
debaixo d’água ou enterradas no fundo
das lagoas ou dos reservatórios
aquáticos; compreendem as plantas
natantes, as submersas e as radicantes:
Pistia stratioides, Lemna minor, Eichornia
paniculata, Wolffia brasiliensis, etc.
(Botânica)
hidreletricidade
Energia elétrica
originada a partir da energia primária das
águas represadas de um rio, que levada
por tubulações, impulsiona as turbinas
dos geradores; há duas condições
básicas
para
se
produzir
a
hidreletricidade:
o
volume
d’água
acumulada em uma represa e o desnível
do curso do rio, só possível em rios de
planalto; o desnível origina a força da
água, necessária para acionar as
turbinas.
hidrofobicidade
Propriedade
apresentada por um mineral cuja
superfície é essencialmente não-polar,
mostrando portanto maior afinidade com
o ar do que com a água; partículas mais
hidrofóbicas necessitam menos de água.
hidrocarboneto
Composto químico
constituído apenas por átomos de
carbono e hidrogênio.
hidrofone
Equipamento do tipo
piezoelétrico sensível à pressão, utilizado
212
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
hidrologia urbana Ramo da hidrologia
que estuda as áreas urbanas e
metropolitanas nas quais o relevo é
modificado pelas construções e a maior
parte do solo encontra-se coberto por
revestimento artificial, o que o torna
praticamente impermeável.
para detectar as ondas P, em
levantamentos sísmicos submarinos.
hidrofungos Fungos que necessitam de
água para a complementação do seu
ciclo de vida.
hidrogenação
Processo
de
transformação de um composto nãosaturado em composto saturado, pela
introdução de átomos de hidrogênio.
hidrogênio
Elemento químico
número atômico 1, gasoso, incolor.
hidrômetro
Aparelho que tem a
finalidade de medir a quantidade de água
ou de outro líquido, que escoe em um
determinado intervalo de tempo.
de
hidrômetro de Bouyoucos Densímetro
introduzido
por
Bouyoucos
para
determinar a distribuição quantitativa das
partículas de solo por tamanho; utilizada
na análise granulométrica do solo para
determinação das frações silte e argila.
(Pedologia)
hidrogeologia
Ciência que trata da
ocorrência, distribuição e do movimento
das águas subterrâneas, levando em
consideração sua propriedades físicas e
químicas, suas interações com os meios
físicos e biológico e suas reações à ação
do homem.
Hidromórfico Cinzento Classe de solos
minerais hidromórficos, com horizonte B
textural gleizado sob horizonte bastante
arenoso,
caracterizando
mudança
textural abrúptica. (Pedologia)
hidrografia Ciência que se ocupa da
medida e descrições das características
físicas dos oceanos, mares, lagos, e rios,
bem como das suas áreas costeiras
contíguas, com a finalidade em geral, de
navegação.
hidromorfismo Processo de formação
de solos onde o arejamento do solo é
deficiente devido ao excesso de água,
condicionando uma decomposição lenta
da matéria orgânica, provocando seu
acúmulo e um ambiente de redução
(baixo potencial de oxirredução), que
transforma Fe e Mn em formas reduzidas
solúveis, facilitando sua migração ou
toxidez para as plantas. (Pedologia)
hidrografia Representação cartográfica
dos
elementos
hidrográficos
permanentes
ou
temporários.
(Cartografia)
hidrógrafo
Aparelho que mede e
registra em gráfico a profundidade, vazão
e velocidade de uma corrente de água
em um período; especialista em
hidrografia.
hidroperíodo É o espaço de tempo em
que a água cobre o solo em regiões
alagadiças, condicionando estações de
maior
ou
menor
umidade,
fator
importante para os ciclos vitais de muitos
organismos.
hidrograma Gráfico que representa a
variação, no tempo, de diversas
observações hidrológicas, tais como,
descargas, cotas, velocidades, carga
sólida, dentre outras.
hidrologia
Ciência que trata
distribuição e movimento da água.
hidrosseparador
Aparelho
de
deslamagem
cujo
princípio
de
funcionamento é a elutriação; o minério,
na forma de polpa aquosa, é submetido a
uma corrente de fluido ascendente, cuja
velocidade permite a permanência das
lamas em suspensão e sua subsequente
separação (transbordamento); o material
deslamado é sedimentado, sendo então
removido , através de bombeamento ou
outros processos.
da
hidrologia aplicada Ramo da hidrologia
que se relaciona às técnicas de
realização de obras hidráulicas e outros
aspectos
concernentes
ao
desenvolvimento e administração dos
recursos hídricos.
hidrologia superficial
Ramo da
hidrologia que lida com a distribuição e
transporte da água na superfície do solo.
213
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
hipersensibilidade
Reação química,
geralmente causada por substâncias
fenólicas denominadas de fitoalexinas,
que se manifestam em partes de plantas
atacadas por patógenos, matando as
células ao redor da lesão, não deixando
assim que o condicionante biológico se
alastre;
como
exemplo
dessas
substâncias que conferem resistência de
plantas a doenças podem ser citadas as
seguintes: a) faseolina em feijão
resistente a Rhizoctonia solani; b)
pisatina em ervilha resistente a Fusarium
solani; c) ácido clorogênico em café
resistente a Ceratocystis fimbriata e em
batatinha resistente a Streptomayces
scabies; a reação de hipersensibilidade
provocada pela síntese de fitoalexinas,
não deve ser confundida com resistência
vertical, pois não é específica, sendo
influenciada por fatores ambientais e
nutricionais.
hidroterapia Uso de banhos e imersões
com recursos que variam entre duchas,
hidromassagem,
temperaturas
específicas, solução de ervas e sais.
hidrótopo
Composto químico que
apresenta a propriedade de aumentar a
solubilidade, em água, de várias
substâncias orgânicas pouco solúveis
neste meio.
hietograma Gráfico representativo da
intensidade da precipitação em função do
tempo.
hifomicetos
aquáticos
Fungos
imperfeitos,
cujos
esporos
estão
adaptados
ao
meio
aquático,
apresentando esporos ramificados ou
radiados.
higienista Ver sanitarista.
higrófilo Ver higrófito. (Botânica)
higrófito
Planta que só vegeta em
lugares úmidos, e que se caracteriza por
grandes folhas delgadas, moles e
terminadas em ponta afilada. (Botânica)
hipertensão arterial Pressão arterial
elevada do organismo humano; deve ser
considerada alta quando seu nível estiver
associado com um risco cardiovascular
de longo prazo. (Medicina)
higrógrafo
Aparelho que registra a
umidade da atmosfera.
hipertropia Aumento do tecido devido
ao aumento da célula. (Medicina)
higrômetro Instrumento utilizado para
medir tanto a umidade relativa da
atmosfera quanto para determinar o
ponto de orvalho.
hipocristalina Rocha de natureza ígnea
constituída tanto por cristais como por
vidro.
higroscopicidade
Capacidade
apresentada por um meio poroso de
absorver a umidade atmosférica.
hipoférrico Solos com baixo teor de
óxidos de ferro: teores geralmente
menores que 8 %.
higroscópico Material ou substância,
que tem grande afinidade pelo vapor de
água, sendo capaz de retirá-lo da
atmosfera ou de qualquer mistura
gasosa.
hipogéia
Tipo de germinação de
sementes em que os cotilédones
permanecem no interior do solo,
funcionando apenas cmo órgãos de
reserva da plântula. (Botânica)
hiperinflação É um caso extremo de
inflação, em que os preços aumentam
tanto e tão rápido que a estabilidade da
moeda é destruída e as pessoas buscam
acumular valores em outro tipo de bem:
moedas estrangeiras, ouro, imóveis,
jóias. (Economia)
hipolímnio Porção inferior de um lago
ou de uma lagoa, situada abaixo da
termoclina, onde a água é mais fria e
menos oxigenada, propiciando que
ocorra uma sedimentação de lama, do
tipo redutora.
hiponêuston Organismo que vive preso
à parte inferior da película superficial de
um corpo de água.
hiperplasia Aumento do tecido devido
ao aumento do número de células.
(Medicina)
214
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
hipopicnal Tipo de fluxo caracterizado
pela ação de correntes carregadas de
sedimentos que se movem sobre o fluido
mais
denso
existente
na
bacia
deposicional; caso a magnitude da
descarga seja pequena, forma-se uma
barra em forma de lua, caso seja
moderada a grande, o resultado será um
delta em cúspide, arqueado ou em pé-depássaro; quando o fluxo é mais denso
que o meio deposicional, é denominado
hiperpicnal.
organismo original em que se observam
fielmente até detalhes celulares.
hipoquilio A parte inferior do labelo em
certas orquídeas. (Botânica)
holdings
Concentrações financeiras
verticais em que empresas grandes
assumem o controle acionário de
pequenas; empresa central que controla
um conjunto de outras empresas.
(Economia)
Histossolo
Ordem da classificação
americana de solos (Soil Taxonomy).
Compreendem solos orgânicos; histosol.
(Pedologia)
hogback Ver crista assimétrica.
holártica
Região zoogeográfica que
compreende a Europa, o norte da África,
o norte da Ásia até o Himalaia, e a
América do Norte até o norte do México.
hipotalassa
Estrato inferior, situado
abaixo da termoclina, no ambiente
marinho, correspondendo ao hipolímnio
dos lagos.
holismo Doutrina aplicada às ciências
ambientais para a compreensão entre os
componentes do meio ambiente, através
do qual os organismos vivos e não-vivos
interagem como partes de um todo;
tendência atual de abordagem em
diversas áreas do saber, onde a visão de
totalidade, de síntese e de interconexão
entre todos os itens se sobrepõe à
análise das partes.
hipótese alternativa - H1
A que
contradiz a hipótese de nulidade, ou seja,
assegura, com certa margem de
incerteza, que as diferenças encontradas
na amostra são reais, podendo-se,
conseqüentemente, rejeitar a hipótese de
nulidade. (Estatística)
hipótese de nulidade - H0 A qual indica
que as diferenças encontradas na
amostra são devidas a erro amostral, não
tendo, portanto, significância estatística.
(Estatística)
hipoxemia
Baixa concentração
oxigênio no sangue. (Medicina)
holocristalina Rocha que se apresenta
constituída inteiramente por cristais, e
portanto sem a presença de vidro.
de
holografia Tipo de fotografia especial
baseada na luz coerente (laser),
inventada por Dennis Gabor; a placa
holográfica aparenta ser um padrão
incoerente de ondas; entretanto, quando
iluminada por um laser adequado, surge
como que pairando sobre ela, uma
imagem
tridimensional
do
objeto
holografado, na qual qualquer pedaço do
holograma, quando iluminado, é capaz
de reproduzir toda a imagem, embora
com menos detalhes do que se obteria
com o holograma inteiro; possibilita
armazenar uma quantidade extrema de
informações, com riqueza tridimensional;
holograma.
hipoxenólitos
Xenólitos,
cujos
fragmentos foram incorporados ao longo
da ascenção magmática e trazidos até o
nível da cristalização final.
hipóxicas
Diminuições na taxa de
oxigênio na circulação.
hipsofilo
Folha floral,
bractéola. (Botânica)
bráctea
e
hipsometria
É a representação
altimétrica do relevo de uma região no
mapa, pelo uso de cores convencionais.
(Cartografia)
histometabase Processo de fossilização
no qual ocorre a substituição, molécula
por molécula, do material orgânico, e cujo
resultado final é uma reprodução do
holonécton Denominação utilizada para
indicar organismos que integram o
nécton durante toda a sua existência.
215
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
fenotípicas
quando
cultivada
diferentes condições ecológicas.
holoparasita Parasita desprovido de
clorofila, e portanto incapaz de realizar a
fotossíntese.
em
homeostase genética Capacidade de
um genoma de não aceitar alteração
genética na sua constituição.
holoplâncton Conjunto de seres vivos
que integram o plâncton durante todo o
decurso de suas vidas.
homeostasia Manutenção do equilíbrio
interno de um sistema biológico, através
de respostas controladas as alterações
que podem se originar dentro ou fora do
sistema. (Ecologia)
holostroma Unidade estratigráfica que
consiste de camadas que foram
depositadas durante uma sequência
completa
transgressiva-regressiva,
incluindo inclusive camadas que podem
ter sido removidas posteriormente pela
erosão. (Geologia)
homeotermos ou endotermos
São
animais que mantém constantemente sua
temperatura
corporal,
independentemente
da
temperatura
externa, despreendendo uma grande
quantidade de energia na realização do
seu controle. (Zoologia)
holótipo
Espécime
considerado
representativo para a descrição de uma
espécie; um único espécime escolhido
por um autor como o tipo de uma nova
espécie ou táxon menor (como
subespécie) na época de estabelecer o
grupo. (Botânica)
hominização Conjunto de modificações
sofridas pelos primatas até alcançarem a
forma humana.
holoturóides
Equinodermos
desprovidos de esqueleto contínuo, com
corpo alongado e apresentando a boca
guarnecida por uma coroa de tentáculos;
são animais e seus fósseis mais antigos
remontam ao Ordoviciano.
homoclinal Estrutura constituída por
rochas que mergulham no mesmo
sentido, apresentando mesmo valor
angular
e
possuindo
razoável
uniformidade (Geologia)
holozóico Heterótrofo que se alimenta
de partículas sólidas.
homodésmicos
Cristais
que
apresentam todas as ligações do mesmo
tipo.
homeopatia É um sistema científico
bem definido, com uma metodologia de
pesquisa própria, apoiada em dados da
experimentação
clínica
dos
medicamentos; tem como meta encontrar
um medicamento que englobe a
totalidade das características individuais
do paciente, administrando ao mesmo
uma substância que foi capaz de
despertar nos experimentadores sadios,
sintomas semelhantes (homeo) aos que
se deseja combater, estimulando o
organismo a reagir contra a sua
enfermidade.
homomorfos
Denominação utilizada
para indicar um indivíduo que apresenta
estreita
similaridade
com
outro,
pertencente a uma linhagem evolutiva
independente. (Biologia).
homomorfos Designação aplicada a
minerais que são muito semelhantes
quanto ao hábito cristalino, porém
inteiramente diferentes do ponto de vista
químico, como o rutilo (TiO2) e o zircão
(ZrSiO4). (Cristalografia)
homotaxiais Unidades litoestratigráficas
ou bioestratigráficas que apresentam
uma ordem similar de arranjo em
diferentes locais, porém não sendo
necessariamente contemporâneas.
homeostase Capacidade de adaptação
que um ser vivo apresenta no intuito de
manter o seu organismo equilibrado em
relação
às
variações
ambientais.
(Ecologia)
homotermia Estado apresentado por
uma massa de água cuja temperatura
não
varia
com
a
profundidade.
(Hidrologia)
homeostase do desenvolvimento É a
capacidade apresentada por uma planta
de não alterar as suas características
216
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
horizonte A turfoso É um horizonte
mineral superficial ou próximo da
superfície saturado por água durante 30
dias ou mais, em qualquer época do ano,
e na maioria dos anos, sem drenagem
artificial. (Pedologia)
homozigoto Indíviduo que apresenta
em seu genótipo um par de alelos
idênticos (RR, rr). (Genética)
horizonte A
Horizonte superficial
mineral, no qual a feição enfatizada é
uma acumulação de matéria orgânica
decomposta, intimamente associada com
a fração mineral. (Pedologia)
horizonte ágrico
Horizonte mineral
subsuperficial, no qual argila, silte e
húmus derivados de uma camada
sobrejacente, cultivada e fertilizada, se
acumulam; os buracos feitos pelos
animais e a argila, silte e húmus iluviais
ocupam pelo menos 5% do volume do
horizonte; a argila e húmus iluviais
ocorrem como lamelas ou fibras
horizontais, ou como revestimentos nas
superfícies dos peds ou nos buracos
feitos pelos animais. (Pedologia).
horizonte A antrópico É um horizonte
mineral superficial formado ou modificado
pelo uso contínuo do solo pelo homem,
como lugar de residência ou cultivo, por
períodos prolongados, com adições de
material orgânico em mistura ou não com
material mineral, ocorrendo, às vezes,
fragmentos de cerâmicas e restos de
ossos e conchas; possui saturação por
bases variável e teores de P2O5 solúvel
em ácido cítrico mais elevado que na
parte inferior do solum, em geral superior
a 250 mg/kg de solo. (Pedologia)
horizonte B
Horizonte da máxima
iluviação do solo. (Pedologia)
horizonte B câmbico Ver horizonte B
incipiente. (Pedologia)
horizonte A chernozêmico
É um
horizonte
mineral
superficial,
relativamente espesso, de cor escura,
rico em matéria orgânica com alta
saturação de bases, mesmo após
envolvimento superficial (ex: por aração).
(Pedologia)
horizonte B espódico É um horizonte
mineral subsuperficial do solo que
apresenta acumulação iluvial de matéria
orgânica e compostos de alumínio, com
presença ou não, de ferro aluvial.
(Pedologia)
horizonte A fraco
É um horizonte
mineral
superficial
fracamente
desenvolvido, seja pelo reduzido teor de
colóides minerais ou orgânicos ou por
condições
externas
de
clima
e
vegetação, como as que ocorrem na
zona semi-árida com vegetação de
caatinga hiperxerófila. (Pedologia)
horizonte B incipiente É um horizonte
mineral subsuperficial do solo, que sofreu
alteração física ou química em um grau
não muito avançado, porém suficiente
para o desenvolvimento de cor ou de
estrutura, e no qual mais da metade do
volume de todos os suborizontes não
deve consistir em estrutura de rocha
original; geralmente apresenta minerais
primários facilmente intemperizáveis ou
argila mais ativa, ou teores mais
elevados de silte, indicando um relativo
baixo grau de intemperização; horizonte
B câmbico. (Pedologia).
horizonte A húmico É um horizonte
mineral superficial de cor escura,
saturação por bases (V%) inferior a 65%;
apresenta-se espesso e com conteúdo
de carbono orgânico elevado. (Pedologia)
horizonte A proeminente
É um
horizonte mineral superficial cujas
características são compatíveis com o
horizonte A chernozêmico, no que se
refere a cor, teor de matéria orgânica,
consistência, estrutura e espessura,
diferindo, essencialmente, por apresentar
saturação por bases (V%) inferior a 65 %.
(Pedologia)
horizonte B latossólico É um horizonte
mineral subsuperficial do solo, cujos
constituintes
evidenciam
avançado
estágio de intemperização, explícita pela
alteração quase completa dos minerais
primários
menos
resistentes
ao
intemperismo e/ou de minerais de argila
2:1, seguida de intensa dessilicificação,
lixiviação de bases e concentração
217
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de 15 % de argila), onde houve
incremento de argila, orientada ou não,
desde que não exclusivamente por
descontinuidade,
resultante
de
acumulação ou concentração absoluta ou
relativa decorrente de processos de
iluviação e/ou infiltração de argila ou
argila mais silte, com ou sem matéria
orgânica e/ou destruição de argila no
horizonte A e/ou perda de argila no
horizonte A por erosão diferencial; o
conteúdo de argila do horizonte B textural
é maior que o do horizonte A e pode, ou
não, ser maior que o do horizonte C.
(Pedologia).
residual de sesquióxidos, argila do tipo
1:1 e minerais primários resistentes ao
intemperismo. (Pedologia)
horizonte B nátrico Horizonte mineral
subsuperficial
que
satisfaz
os
requerimentos de um horizonte B textural
com marcante diferença de textura entre
o horizonte A e o B, mas que também
tem estrutura prismática, colunar ou em
blocos; apresenta ≥15% de saturação por
Na+ trocável pelo menos em um
suborizonte; horizonte B solonétzico.
(Pedologia)
horizonte B nítico É um horizonte
mineral subsuperficial do solo, não
hidromórfico, textura argilosa ou muito
argilosa, sem incremento de argila do
horizonte A para B ou com pequeno
incremento, porém não suficiente para
caracterizar a relação textural B/A do
horizonte B textural, argila de atividade
baixa ou alta, estrutura em blocos
subangulares, angulares ou prismática
moderada ou forte, com superfície
reluzentes dos agregados, característica
esta descrita a campo como cerosidade
moderada a forte, com transição gradual
ou difusa entre os suborizontes do
horizonte B. (Pedologia)
horizonte C Horizonte ou camada
mineral
constituída
por
materiall
inconsolidado, de profundidade variável,
relativamente pouco influenciada pelos
processos pedogenéticos; o solum se
desenvolve a partir deste material, in situ
ou transportado. (Pedologia)
horizonte cálcico
É um horizonte
mineral
diagnóstico
subsuperficiall
caracterizado por expressiva acumulação
secundária de carbonato de cálcio ou
CaCO3 + MgCO3, ocasionando teor maior
do que existia no material originário; é um
horizonte no mínimo 15 cm de
espessura, contendo pelo menos 15% de
carbonato
de
cálcio
equivalente,,
excedendo em 5 % ou mais o contido no
horizonte C ou material de origem; é
suficiente brando, de forma que seus
fragmentos, quando colocados na água,
se esborroam. (Pedologia)
horizonte B plânico É um horizonte
mineral
subsuperficial
do
solo,
considerado como um tipo especial de
horizonte B textural, subjacente a
horizonte A ou E e precedido por uma
mudança textural abrupta; apresenta
estrutura prismática, ou colunar, ou em
blocos angulares e subangulares grandes
ou médios, permeabilidade lenta ou muito
lenta
e
cores
acinzentadas
ou
escurecidas, podendo ou não possuir
cores neutras de redução, com ou sem
mosqueados; este horizonte é adensado,
com teores elevados de argila dispersa e
pode ser responsável pela retenção de
lençol de água suspenso, de existência
temporária. (Pedologia)
horizonte diagnóstico
Aquele que
apresenta determinado número de
propriedades morfológicas, químicas,
físicas
e
mineralógicas,
definidas
quantitativamente, que servem para
identificar e distinguir classes de solos.
(Pedologia)
horizonte diagnóstico subsuperficial
Horizonte que se forma sob a superfície
do solo, ou imediatamente abaixo de
detritos vegetais ou pode estar exposto à
superfície por truncamento do perfil;
geralmente considerado como horizonte
B; endopedon. (Pedologia)
horizonte B solonétzico Ver horizonte
B nátrico. (Pedologia)
horizonte B textural É um horizonte
mineral subsuperficial do solo com
textura franco-arenosa ou mais fina (mais
horizonte
diagnóstico
superficial
Horizonte que se forma à superfície do
218
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
vivas;
trata-se
de
um
horizonte
fortemente influenciado pelo lençol
freático e regime de umidade redutor,
virtualmente livre de oxigênio dissolvido
em razão de saturação por água durante
todo o ano, ou pelo menos por um longo
período, associada à demanda de
oxigênio
pela
atividade
biológica.
(Pedologia)
solo; não corresponde exatamente aos
horizontes O ou A, pois pode ser menos
espesso que o A e também pode incluir
alguma parte do B mais rico em matéria
orgânica; epipedon. (Pedologia)
horizonte E
Horizonte mineral com
evidência de perda de argila silicatada,
óxidos de ferro e de alumínio ou matéria
orgânica , com a resultante concentração
de quartzo e de outros minerais
resistentes, com o tamanho da areia ou
silte; zona de máxima eluviação do perfil
e de coloração , em geral, mais clara que
o horizonte B subjacente. (Pedologia)
horizonte hístico É um tipo de horizonte
do solo definido pela constituição
orgânica, resultante de acumulações de
resíduos
vegetais
depositados
superficialmente, ainda que, no presente,
possa
encontrar-se
recoberto
por
horizontes ou depósitos minerais e
mesmo
camadas
orgânicas
mais
recentes; apresenta coloração escura e
constitui-se de camadas superficiais
espessas em solos orgânicos ou de
espessura maior ou igual a 20 cm,
quando sobrejacente a material mineral.
(Pedologia)
horizonte E álbico É um horizonte
mineral, comumente subsuperficial, no
qual a remoção ou segregação de
material coloidal e orgânico progrediu a
tal ponto que a cor do horizonte é
determinada principalmente pela cor das
partículas primárias de areia e silte do
que por revestimento nessas partículas.
(Pedologia)
horizonte iluvial
Horizonte mineral
enriquecido com material originado de
uma camada sobrejacente, precipitado
da solução ou depositado da suspensão;
horizonte de acumulação. (Pedologia)
horizonte eluvial
Horizonte mineral
formado pelo processo de eluviação.
(Pedologia).
horizonte enterrado Horizonte do solo
soterrado apresentando característica
pedognética principais podendo ser
identificadas
como
tendo
sido
desenvolvidas antes do horizonte ser
enterrado. (Pedologia)
horizonte gípsico
É um horizonte
mineral com acumulação de gesso com
espessura superior a 15 cm; deve possuir
5 % ou mais de gesso em relação ao
horizonte subjacente ou ao material de
origem e o produto de sua espessura
pelo conteúdo de gesso deve ser igual ou
maior que 150. (Pedologia)
horizonte intermediário É horizonte do
solo mesclado que pode ser transicional
ou não, nos quais porções de um
horizonte principal são desenvolvidas por
material de outro horizonte principal,
sendo as distintas partes identificáveis
como pertencente aos respectivos
horizontes em causa; é representado
pela combinação de duas ou três letras,
onde a primeira indica o horizonte
principal que ocupa mais volume, como
por
exemplo:
A/B,
E/B,
A/B/C.
(Pedologia)
horizonte glei É um horizonte mineral,
subsuperficial
ou
eventualmente
superficial, com espessura de 15 cm ou
mais, caracterizado por redução de ferro
e prevalência do estado reduzido, no
todo ou em parte, devido principalmente
à água estagnada, como evidencia as
cores neutras ou próximas de neutras
(cinzento-oliváceas,
esverdeadas,
azuladas), na matriz do horizonte, com
ou sem mosqueados de cores mais
horizonte litoplíntico É um horizonte
mineral diagnóstico consolidado contínuo
ou praticamente contínuo, endurecida por
ferro ou ferro e alumínio, na qual o
carbono orgânico está ausente ou
presente em pouca quantidade; este
horizonte pode englobar camada muito
fraturada e predomínio de blocos desses
materiais com tamanho, no mínimo, de
20 cm ou maior, ou as fendas que
aparecem são poucas e separadas de 10
219
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
jarosita
ou
materiais
sulfídricos
imediatamente subjacentes ou 0,05 % ou
mais de sulfato solúvel em água.
(Pedologia)
cm ou mais umas das outras; deve ter
uma espessura de no mínimo 10 cm.
(Pedologia)
horizonte mineral Horizonte do solo
constituído dominantemente por material
mineral, apresentando <12% de carbono
orgânico se a fração mineral tiver 60% ou
mais de argila, ou menos que 8% de
carbono orgânico se a fração mineral não
tiver argila, ou valores intermediários de
carbono orgânico proporcionais aos
conteúdos intermediários de argila.
(Pedologia)
horizonte transicional É horizonte de
solo miscigenado, no qual propriedades
de dois horizontes principais se associam
conjuntamente, em fusão, evidenciando
coexistência de propriedades comuns a
ambos, de tal modo que não há
individualização de partes distintas de um
e de outro; são designados pela junção
de duas letras-símbolos conotativas dos
horizontes principais em questão, sendo
que a primeira letra indica o horizonte
principal, como por exemplo: AO, AH,
AB. (Pedologia)
horizonte orgânico Horizonte do solo
constituído por material orgânico; em
proporção superior ao especificado para
horizonte mineral. (Pedologia)
horizonte vértico É um horizonte
mineral subsuperficial do solo que,
devido à expressão e contração das
argilas, apresenta feições pedológicas
típicas, que são as superfícies de fricção
(slickensides) em quantidade no mínimo
comum e/ou a presença de unidades
estruturais
cuneiformes
e/ou
paralelepipédicas, cujo eixo longitudinal
está inclinado de 10 a 600 em relação à
horizontal, e fendas em algum período
seco do ano com pelo menos 1 cm de
largura; textura mais freqüente varia de
argilosa a muito argilosa, admitindo-se a
faixa de textura média de, no mínimo,
30% de argila; pode coincidir com
horizonte AC, Bi, Bt ou C, e apresentar
cores escuras, acinzentadas, amareladas
ou avermelhadas e espessura no mínimo
de 20 cm. (Pedologia)
horizonte petrocálcico É formado a
partir da evolução horizonte cálcico, no
que se refere ao continuado processo de
enriquecimento em carbonatos, tornandose irreversivelmente maciço e duro, de tal
sorte que seus fragmentos imersos em
água não mais se desmantelam.
(Pedologia)
horizonte petrogípisico É um horizonte
gípisico endurecido de tal forma que seus
fragmentos não se fraturam quando
imersos em água; trata-se de horizonte
impermeável às raízes. (Pedologia)
horizonte plíntico
É um horizonte
mineral, B e/ou C, caracterizado pela
presença de plintita em quantidade igual
ou superior a 15%, e espessura de pelo
menos 15 cm. (Pedologia).
horizonte sálico
Horizonte do solo
originalmente mineral, muito raramente
orgânico, com espessura igual ou
superior a 15 cm, que contém
enriquecimento secundário de sais mais
solúveis em água fria do que o sulfato de
cálcio (gesso); contém pelo menos 2% de
sal e o produto de sua espessura em
centímetros pela percentagem de sal por
peso é igual ou maior que 60. (Pedologia)
horizontes do solo Zonas do solo,
quando esse é dividido em camadas
horizontais aproximadamente paralelas,
que apresentam diferenças perceptíveis
em certos atributos como cor, textura e
estrutura; a camada mais superficial é
chamada
de
horizonte
A,
correspondendo à região influenciada
pela matéria orgânica depositada pelas
plantas que se desenvolvem no solo;
logo abaixo pode haver ou não o
horizonte B e, abaixo deste ou
diretamente abaixo do A, o horizonte C
(podendo também não ocorrer), que é
transição entre o solo e a rocha origem;
horizonte
sulfúrico
Horizonte
diagnóstico mineral ou orgânico do solo,
com 15 cm ou mais de espessura, pH de
3,5 ou menor, evidência de que o baixo
valor de pH é causado por ácido
sulfúrico; apresenta concentração de
220
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mesmo tempo que diminuem sua altura;
o espaçamento entre as cristas de
ondulações deve ser superior a 1 m,
sendo que abaixo deste valor pode ser
utilizado o termo microhummocky.
seção à superfície ou paralela a esta, de
constituição
mineral
ou
orgânica,
resultante da atuação de processos
pedogenéticos. (Pedologia)
hornblenda Mineral que pertence à
família dos anfibólios e cristaliza no
sistema monoclínico, classe prismática, e
coloração que apresenta matizes que vão
desde o verde-escuro ao negro; a
clivagem mostra ângulos de 560 e 1240,
que serve como característica distintiva
dos piroxênios; sua fórmula apesar de
muito complexa pode ser indicada como
Ca2Na(Mg, Fe )4( Al, Fe, Ti )( Al, Si
)8O22(O, OH)2; a presença de alumínio é
a principal diferença para a tremolita.
humu Ver húmus.
húmus Fração relativamente resistente
da matéria orgânica do solo, peats, ou
compostos orgânicos, usualmente de
coloração bruno-escura a preta, formada
pela
decomposição
biológica
dos
resíduos orgânicos.
hornito
Cone de lava relativamente
pequeno e que apresenta encostas
íngrimes (600 a 700), tendo sido edificado
através da efusão de grandes massas de
lava muito viscosas e relativamente frias,
incapazes de fluir devido à solidificação
muito rápida.
I
horotélico Tipo de evolução que se
processa a um ritmo normal para um
determinado grupo.
i Utilizado somente com o horizonte B,
para
designar
transformações
pedogenéticas
expressas
por
manifestações,
tais
como,
a
decomposição fraca ou pouco adiantada
do material originário e desenvolvimento
de cor em materiais areno-quartzosos
edafizados quando integrantes do solum;
exemplo Bi.
horst
Unidade crustal positiva, com
forma relativamente alongada, estreita e
limitada por falhas normais. (Geologia)
hot spot Ver pluma do manto
hulha Carvão mineral, carvão de pedra.
humificação Conversão de resíduos
orgânicos em húmus, através de
atividades biológicas, síntese microbiana
e reações químicas.
icebergs Blocos de gelo oriundos dos
continentes
glaciais
(geleiras
continentais); estas massas de gelo
flutuante são carregadas pelas correntes
marinhas e constituem grandes perigos à
navegação; grande massa de gelo
flutuante que se desprendeu de uma
geleira ou de uma capa de gelo, e que se
apresenta com mais de 5 m acima do
nível do mar.
humina Fração de matéria orgânica do
solo que não é dissolvida na extração do
solo com substâncias alcalinas diluídas.
hummocky
Estratificação cruzada
diagnóstica dos processos ligados às
tempestades, que ocorre em uma
camada com granodecrescência e
espessamento ascendentes, em cuja
base podem estar concentrados fósseis
corporais; a laminação interna manifestase
por
ondulações
truncantes,
normalmente com mergulhos suaves;
existem tendências das ondulações
aumentarem o espaçamento entre as
cristas, no sentido ascendente, ao
icnofácies
Fácies
sedimentar
caracterizada pela presença de um ou
mais tipos de icnofósseis.
icnofóssil Designação conferida aos
vestígios da atividade vital de antigos
organismos, tais como pegadas, pistas e
perfurações.
221
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
da luz ou sensações como sede e
cansaço; vivem em árvores, só descem
ao chão para o acasalamento e desova;
os olhos giram em todas as direções,
para localizar comida ou perigo.
(Zoologia)
iconógrafos
Formas tais como
condutos, bolsas, funis, lentes e massas
irregulares, que foram criadas devido à
ação de organismos escavadores.
icosaédro
Estrutura básica de um
capsídeo nos vírus com aspecto
poliédrico ou esférico; sua superfície é
constituída de 20 faces triangulares e 12
vértices; cada face é um triangulo
eqüilátero e juntam-se para formar 12
vértices. (Virologia)
íleo
Porção terminal
delgado. (Medicina)
do
intestino
ilha Porção de terra firme, situada no
mar, lago ou rio, e cercada de água por
todos os lados. (Geografia)
icterícia
Condição na qual a pele,
mucosas e olhos ficam amarelados
devido
ao
aumento
dos
níveis
sangüíneos de bilirrubina; isto acontece
quando o fluxo de bile que sai do fígado
ou vesícula está bloqueado, ou quando a
função hepática está comprometida, ou
quando há uma produção aumentada de
bilirrubina secundária e uma destruição
aumentada das células vermelhas do
sangue. (Medicina)
ilha barreira
Ilha essencialmente
arenosa que se estende paralelamente
ao litoral, e separada do continente por
uma laguna.
ilha continental
Ilha situada muito
próxima e geologicamente relacionada ao
continente, do qual é separada por águas
rasas, isto é, com menos de 200 m de
profundidade.
ilha oceânica Ilha que se eleva do fundo
do oceano profundo, muito distante do
continente, de natureza vulcânica.
ictiofauna É a totalidade de peixes de
uma região; fauna de peixes.
ilhas de calor Fenômeno que se verifica
dentro de uma área urbana; a sua
temperatura é muitas vezes mais alta que
as zonas circundantes; é maior a noite,
quando a temperatura pode ser até 8o C;
mais alta nas cidade do que nas áreas
vizinhas; os motivos básicos envolvidos
neste fenômeno são vários, tais como:
liberação do calor pelo consumo de
combustíveis;
alta
capacidade
de
absorção de calor de muitas superfícies
urbanas, como estruturas de cimento e
asfalto; reduzido consumo de calor pela
baixa evaporação; retenção de calor
pelos gases poluentes.
ictiólitos
Denominação aplicada a
concreções que encerram peixes fósseis.
idade do lodo Tempo em que uma
partícula de sólido suspenso sofre
aeração no processo de lodo ativado; é
expressa em dias, sendo normalmente
calculada dividindo-se o peso dos sólidos
suspensos no tanque de aeração, pela
adição diária de novos sólidos suspensos
contidos na água residuária.
idiossincrasia
Disposição
do
temperamento do indivíduo, que o faça
reagir, de modo muito pessoal, à ação
dos agentes externos; maneira de ver,
sentir e reagir, própria de cada pessoa.
ilita Um dos grupos que constituem os
argilominerais, formado por folhas de três
camadas onde a unidade estrutural
básica é uma folha composta, que se
apresenta com duas camadas de
tetraedros de SiO4, entre as quais se
situa uma camada de Al coordenado
octaedricamente.
igarapé Termo indígena que significa
caminho de canoa; denominação dada
aos pequenos rios da região amazônica,
que corresponde aos arroios do Sul do
Brasil.
iguana lizard (Iguana iguana) Réptil que
pode confundir-se com facilidade à
paisagem; as mudanças na cor da pele,
que ganha tons extremamente variáveis,
são causadas por estímulos nervosos
que mudam de acordo com a incidência
iluminação zenital Iluminação natural
ou luz solar que se obtém no interior de
um recinto, por meio de dispositivo
apropriado, como clarabóias ou domos
222
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
remotos, em qualquer faixa de espectro
eletromagnético.
(Sensoriamento
Remoto)
de material transparente. (Engenharia
Civil)
iluviação Processo de deposição de
material de solo removido de um
horizonte superior para um horizonte
inferior, no perfil do solo. (Pedologia)
imagepedologia Designação genérica
para a técnica utilizada na interpretação
pedológica em produtos de sensores
remotos, em qualquer faixa de espectro
eletromagnético.
imagefitoecologia Designação genérica
para a técnica utilizada na interpretação
fitoecológica em produtos de sensores
remotos, em qualquer faixa de espectro
eletromagnético.
imigração Entrada de pessoas num
país, vindas de outro, para aí viverem e
trabalharem; quando há movimento de
entrada de indivíduos ou grupos vindo do
estrangeiro. (Sócio-economia).
imagegeomorfologia
Designação
genérica para a técnica utilizada na
interpretação
geomorfológica
em
produtos de sensores remotos, em
qualquer
faixa
de
espectro
eletromagnético.
imobilização
Conversão de um
elemento da forma inorgânica para a
orgânica em tecidos microbianos ou em
tecidos de plantas.
impacto ambiental Qualquer alteração
das propriedades físico-químicas e
biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam a saúde,
a segurança e o bem-estar da população,
as atividades sociais e econômicas, a
biota, as condições estéticas e sanitárias
do meio ambiente, enfim, a qualidade dos
recursos ambientais; efeito total que
produz uma variação ambiental, seja
natural ou provocada pelo homem, sobre
a ecologia de uma região, como, por
exemplo, a construção de uma represa.
(Ecologia)
imageinterpretação É o estudo, das
feições da superfície da terra e a
dedução do seu significado através de
um sensor.
imagem
Registro permanente em
material fotográfico de acidentes naturais,
artificiais, objetos e atividades, obtido por
sensores
como
o
infravermelho
pancromático e o radar de alta resolução.
(Sensoriamento Remoto)
imagem de radar
Combinação do
processo fotográfico e de técnicas de
radar; impulsos elétricos são emitidos em
direções predeterminadas, e os raios
refletidos, ou devolvidas, são utilizados
para fornecer imagens em tubos de raios
catódicos; as imagens são, depois,
obtidas da informação exposta nos tubos.
(Sensoriamento Remoto)
impacto ecológico
ambiental. (Ecologia)
Ver
impacto
impactógenos Rifts alinhados em alto
ângulo com zonas de colisão, sendo
posteriores à abertura da fase oceânica.
imagem de satélite Imagem captada
por um sensor a bordo de um satélite
artificial, codificada e transmitida para
uma estação rastreadora na Terra
(imagem
raster).
(Sensoriamento
Remoto)
impedimento a mecanização Refere-se
a restrição ao uso de máquinas e
implementos
agrícolas,
devido
as
condições apresentadas pelas terras
para o cultivo. (Agronomia)
imagem multiespectral
Imagem de
múltiplas bandas, isto é, obtida por vários
sensores que detectam a energia em
bandas de diferentes comprimentos de
onda. (Sensoriamento Remoto)
império florístico A flora do mundo, que
segundo Drude (1889), está dividida em
zonas, regiões, domínios e setores.
(Botânica)
imageologia Designação genérica para
a técnica utilizada na interpretação
geológica em produtos de sensores
impermeabilização
superficial
Orientação e empacotamento das
partículas dispersas do solo na camada
223
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
(Maximiliana maripa), cujo fruto é uma
drupa ovóide com a extremidade
apontada, casca fibrosa-coreácea e
polpa comestível pastosa de cor amarelaalaranjada, endocarpo espesso, pétreo
com 1 a 3 sementes; é encontrada em
toda a Amazônia e paises vizinhos e sua
maior incidência está no estuário
amazônico, no Pará; rebrota com vigor
após as derrubadas e queimadas.
mais superficial, tornando-a relativamente
impermeável à água; encrostamento.
(Pedologia)
importância de impacto ambiental Em
AIA, representa a ponderação do grau de
significação de um impacto, tanto em
relação ao fator ambiental afetado quanto
a outros impactos; o julgamento subjetivo
da significação do impacto, determina
sua importância relativa em comparação
aos demais. Ver AIA.
Inceptissolo Ordem da classificação
americana de solos (Soil Taxonomy);
classe de solos minerais que têm um ou
mais horizontes pedogenéticos, nos
quais seus materiais minerais, que são
carbonatos ou sílica amorfa, sofreram
alguma alteração e/ou remoção sem ter
havido significativa acumulação residual;
inceptisol. (Pedologia)
imposto de renda - IR Tributo cobrado
das pessoas ou empresas sobre a renda
obtida no exercício de suas atividades
profissionais ou comerciais, ou ainda
sobre os rendimento resultantes de
aplicações financeiras; no caso das
pessoas, quanto maior a renda, maior a
taxa de imposto a ser paga ao governo;
para as empresas, o porcentual do
imposto depende do tipo da empresa e
do regime no qual ela se enquadra.
(Economia)
incertae sedis Denominação utilizada
para grupos de vegetais ou animais
fósseis, cuja posição sistemática não se
encontra
ainda
bem
esclarecida.
(Biologia)
imprinting Fenômeno por meio do qual
a atividade de alguns genes é
influenciada pela origem parental.
(Genética)
incineração de lixo Queima do lixo;
método tradicionalmente considerado
inadequado por poluir o ar; mais
recentemente desenvolveram-se usinas
termelétricas voltadas à geração de
energia pela queima do lixo; para reduzir
a poluição, melhoraram-se os filtros,
visando reter mais substâncias tóxicas e
desenvolveram-se
fornos
de
alta
temperatura para a queima mais
completa dos resíduos; o método
permanece polêmico.
imunidade
Resistência de planta a
doenças que é completa e permanente.
in situ No local natural ou original.
in vitro Termo aplicado aos processos
biológicos que propiciam o crescimento
de células, tecidos ou órgãos vegetais
em meio de cultura; um processo
biológico ou bioquímico que acontece
fora de um organismo vivo.
incipiente Relativo ao horizonte B do
solo, e significa pouco desenvolvido em
termos de formação pedogenética; este é
um horizonte que sofreu intemperismo
suficiente
para
alterar
apenas
parcialmente o material de origem do
solo; o horizonte Bi já apresenta cor e
estrutura típicas de solo, mas ainda
guarda muitos fragmentos do material de
origem. (Pedologia)
in vivo
Um processo biológico ou
bioquímico que acontece dentro de um
organismo vivo.
inadimplência Falta de cumprimento de
um contrato ou de qualquer de suas
condições. Termo usado com muita
freqüência para indicar o não-pagamento,
por parte do tomador, do empréstimo no
montante e prazo estipulados nas
cláusulas do contrato; é a situação
daquele que deve e não honra seus
compromissos. (Economia)
inclusão de salmoura
Pequena
inclusão tubular no gelo marinho, com
cerca de 0,05 mm de diâmetro, contendo
água com maior quantidade de sal do
que a água do mar.
inajá
Palmeira solitária de tronco
robusto, reto, com 10 a 18 m de altura,
224
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de determinadas condições; por exemplo,
plantas que só crescem no solo ácido,
quando observadas numa área, são
indicadoras deste tipo de solo; ou então,
peixes mortos boiando num rio são
indicadores da poluição da água.Ver
indicador ambiental.
inclusões de solos
Constituem
ocorrências de solos englobadas na
mesma unidade de mapeamento de
solos, ocupando menos de 20% da área
da mesma, sendo, entretanto, referidas à
classe taxonômica diversa da que
constitui a unidade de mapeamento
considerado. (Pedologia)
indicatriz biaxial
Figura geométrica
tridimensional representada por um
elipsóide de três eixos para uma cor de
luz determinada, que tem três planos de
simetria sendo construída de tal forma
que os três índices de refração principais
de um cristal, para ondas de luz em suas
direções de vibração são iguais e seus
três semi-eixos, perpendiculares entre si.
(Cristalografia)
incomodidade
Efeito gerado pela
atividade incompatível com o bem-estar
coletivo e os padrões definidos para uma
determinada área.
incubação
Atividade exercida pelo
casal, ou um de seus membros,
aquecendo os ovos para que ocorra o
total desenvolvimento do embrião; o
período de incubação é o tempo que
decorre da postura do último ovo de um
conjunto, e termina com a eclosão deste
ovo. (Zoologia)
indicatriz uniaxial Figura geométrica
tridimensional que mostra a variação dos
índices de refração de um cristal para as
ondas de luz em suas direções de
vibração; para cristais positivos a
indicatriz é um esferóide de revolução
prolato, enquanto para cristais negativos
a indicatriz é um esferóide de revolução
oblato. (Cristalografia)
indeiscente Fruto que não se abre e
portanto não solta a semente.
index seminum Catálogo através do
qual os Jardins Botânicos colocam à
disposição dos interessados, sua coleção
científica para fins de intercâmbio.
(Botânica)
índice de área foliar Área de folhas
verdes (um lado) por unidade de área de
solo; refere-se somente a lâmina, ou a
lâmina mais a metade da área superficial
das bainhas e pecíolos expostos; termo
adimensional; crítico: no qual 95% da luz
visível é interceptada; máximo: o maior
índice produzido por um relvado durante
um período de crescimento; ótimo: no
qual a máxima taxa de crescimento da
cultura é alcançado.
indicador
Substância usada no
processo analítico de titulação para
indicar, geralmente através de mudança
de coloração, o final da titulação.
(Química)
indicador ambiental
O organismo,
comunidade biológica ou parâmetro, que
serve como medida das condições
ambientais de uma certa área ou de um
ecossistema. (Ecologia)
índice de erosão Medida do potencial
erosivo de um evento de chuva
específico; na equação universal de
perdas de solo, ele é definido como o
produto de duas características da
tempestade: energia cinética total da
tempestade vezes sua intensidade
máxima durante um período de 30
minutos.
indicadores de impacto
São os
elementos ou parâmetros de uma
variável que forneçam medidas de
magnitude dos impactos ambientais;
podem ser quantitativos, quando os
valores são apresentados em escala
numérica, ou qualitativos, quando
classificados em categorias ou níveis.
Ver AIA.
índice de estrutura Qualquer medição
de uma propriedade física do solo; tal
como
agregação,
porosidade,
permeabilidade solo ar ou água ou
densidade do solo, que denote ou indique
a condição estrutural do solo.
indicadores ecológicos São espécies
vivas que têm exigências particulares
para se desenvolver, cuja presença,
ausência, ou morte indicam a ocorrência
225
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
índice de floculação
floculação. (Pedologia)
de digestão; os sintomas associados são
azia, náusea, estufamento e gases.
(Medicina)
Ver grau de
índice de lodo Volume em mililitros que
é ocupado por uma grama do lodo
ativado, após a decantação do líquido
aerado por 30 minutos.
inertes
Substâncias supostamente
neutras; na produção de remédios e
produtos agrícolas, servem para diluir os
ingredientes ativos, funcionando como
veículo.
índice de massa Ver índice de umidade.
índice de Miller Notação cristalográfica
que, utilizando algarismos escritos entre
parêntesis,
traduz
grandezas
inversamente proporcionais à distância
relativa em que uma face cristalina corta
cada um dos eixos cristalográficos; para
identificar uma zona cristalina, os índices
são escritos entre colchetes, enquanto
para identificar uma forma cristalina, são
escritos entre chaves; quando o eixo é
cortado na porção negativa, é colocado
um
traço
sobre
o
algarismo
correspondente.
infauna Animais bentônicos adaptados a
viverem entocados no substrato rochoso
ou no interior de sedimentos presentes
nos fundos lacustres ou marinhos.
inferência estatística Método indutivo,
a partir do qual os resultados amostrais
são generalizados para a população;
infere-se,
portanto,
do
particular
(amostra) para o geral (população).
(Estatística)
infiltração Fluxo da água da superfície
do solo para o subsolo, ou de um meio
poroso
para
um
canal,
dreno,
reservatório ou conduto. (Hidrologia)
índice de Miller-Bravais
Notação
cristalográfica utilizada quando não são
conhecidas as distâncias exatas em que
são
interceptados
os
eixos
cristalográficos; são utilizadas as letras h,
k, l para o sistema hexagonal e h, k, i, l
para o sistema trigonal.
infiltração cumulativa Volume total de
água infiltrada por unidade de área
durante
um
período
de
tempo
especificado. (Hidrologia)
infiltração eficaz
Porção de água
infiltrada que efetivamente alimenta os
aqüíferos. (Hidrologia)
índice de octano
Indicador da
capacidade de um produto resistir a altas
pressões sem que ocorra explosão
espontânea.
inflação
Número que expressa o
aumento médio de preços de uma
economia ou de segmentos desta
economia, provocando uma perda do
poder aquisitivo da moeda. (Economia)
índice de umidade Massa de vapor
d’água por quilograma de ar seco; índice
de massa.
índice de vigor da planta Estimativa do
vigor da planta baseado na medida de
um ou poucos atributos. (Fitotecnia)
inflamação Condição na qual o corpo
está tentando reagir a um dano ou
destruição de tecido; alguns sinais
presentes são: vermelhidão, calor,
inchaço , dor e perda da função.
(Medicina)
índice xerotérmico
Medida da
intensidade da seca, que se refere ao
número de dias biologicamente secos, os
quais são efetivamente secos, isto é, os
dias sem chuvas, corrigido o efeito da
umidade relativa do ar e dos dias de
nevoeiro e orvalho. (Climatologia)
inflorescência Conjunto de flores que
brotam reunidas, formando uma estrutura
comum. (Botânica)
influxo Água que flui para um aqüífero,
um trecho de um rio, um lago, um
reservatório ou um depósito similar.
indigen Espécie domesticada a partir de
um ancestral silvestre ainda ocorrente na
natureza. Ver cultígeno.
informação georeferenciada
Dados
alfanuméricos
geograficamente
indigestão
Termo utilizado para se
referir a qualquer alteração do processo
226
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
inoculação de lodo Introdução de lodo
com microorganismos biologicamente
ativos.
referenciados às informações gráficas de
um mapa. (Geoprocessamento)
informações genéticas
Informação
guardada no DNA, sob a forma de gene
que vai determinar a ordem dos
aminoácidos que vão compor uma
proteína; é a ordem dos aminoácidos que
vai determinar a função de uma proteína.
(Genética)
inóculo Patógeno ou parte dele capaz
de causar doenças quando em contato
com o hospedeiro.
inodoro Que não tem cheiro.
inossilicatos Silicatos cujos tetraedros
de SiO4 podem estar unidos em cadeias
compartilhando
oxigênio
com
os
tetraedros adjacentes; essas cadeias
simples podem se unir através do
oxigênio formando faixas ou cadeias
duplas.
infralitoral
Região permanentemente
coberta pelas águas, e tendo como limite
superior a faixa da baixa-mar.
inframaré Parte da planície de maré
situada abaixo do nível médio das marés
baixas, ficando portanto quase sempre
coberta pela água.
inquilinismo Associação interespecífica
harmônica em que os indivíduos de uma
espécie alojam-se em outra, obtendo
proteção e suporte.
infranerítico
Porção do ambiente
marinho situado entre 40 e 195 m.
infusão
O extrato que se prepara
jogando água fervente sobre as plantas
em um recipiente de louça, tampando e
coando para uso quando esfriar.
inselbergue
Forma residual que
apresenta feições variadas tais como
crista, cúpula, domo e dorso de baleia e
cujas encostas mostram declives entre
500 e 600, dominando uma superfície de
aplanamento herdada ou funcional, com
a qual forma uma ruptura (knick) de onde
divergem as rampas de erosão.
(Geomorfologia)
ingá-cipó
É uma árvore de porte
mediano (Inga edulis), com altura em
torno de 10 a 15 metros; o fruto é uma
vagem cilíndrica multissucada, de cor
verde-oliva medindo até 1 metro de
comprimento;
as
sementes
são
revestidas por uma polpa branca (arilo),
macia e levemente fibrosa, de sabor
adocicado; em agosto e setembro frutifica
em abundância; na Amazônia existem
cerca de 180 espécies de ingá, das quais
somente 4 ou 5 tem expressão como
fruta comestível.
ingestão diária aceitável - IDA
dose diária aceitável.
insequente Rio que aparentemente não
apresenta qualquer tipo de controle, seja
ele de natureza estratigráfica ou
estrutural.
inseticida Qualquer substância que, na
formulação, exerce ação letal sobre
insetos ou pragas.
insetos Classe de artrópodes que abriga
cerca de 800.000 espécies, sendo que
12.000 são fóssies; predominantemente
terrestres, apresentam o corpo dividido
em três partes: cabeça, tórax e abdômen;
a cabeça possui um par de antenas e um
par de olhos compostos, enquanto o
tórax mostra três somitos; como todos os
artrópodes, os insetos passam por
mudas durante a fase de crescimento e
apresentam respiração traqueal; estão
presentes desde o Devoniano Médio.
Ver
ingrediente ativo Termo utilizado para
designar determinados componentes de
produtos como remédios, agrotóxicos,
adubos, ou outros produtos que
constituem compostos químicos; parte da
mistura que atua efetivamente para
atingir a finalidade desejada; por
exemplo, o ingrediente ativo de um
herbicida é a parte da mistura do produto,
tóxica neste caso, que mata as ervas
daninhas. Ver inertes.
instestino delgado Porção mais longa
do tubo digestivo, que conecta o
estômago ao intestino grosso; é dividido
em duodeno, jejuno e íleo; sua principal
227
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
genótipos diferentes de um ambiente
para outro. (Genética)
função é de absorver os alimentos; outra
função importante é a produção de
hormônios digestivos. (Medicina)
interação de nutrientes Termo usado
para denotar respostas aditivas a dois ou
mais nutrientes aplicados separadamente
ou juntos.
insulina
Hormônio secretado pelo
pâncreas e que possui importante função
no metabolismo dos açúcares. (Medicina)
interdisciplinar Característica que se
atribui a um tema, objeto ou abordagem
para cuja exposição ou concretização se
interligam duas ou mais disciplinas que,
intencionalmente, estabelecem nexos e
vínculos entre si.
inteiramente
casualizado
Delineamento
utilizado
em
experimentação. (Estatística)
inteligência artificial - IA Investigação
tendente a levar as máquinas a fazer
coisas inteligentes.
interestadial Intervalo de tempo mais
quente,
caracterizado
pelo
recuo
temporário das geleiras, no decorrer de
um estádio glacial
intemperismo Conjunto de processos
físicos, químicos e biológicos, que atuam
sobre as rochas e minerais expostos na
interface
litosfera-atmosfera,
desintegrado-os
e
decompondo-os
quimicamente; meteorização.
interface Superfície sobre a qual está
sendo processada a sedimentação.
(Sedimentologia)
intemperismo biológico É aquele que
compreendem fenômenos que conduzem
a alteração química das rochas, com
formação de compostos não existentes
no material original.
interferometria Conjunto de técnicas e
processos de medidas da interferência
em ondas mecânicas, acústicas e
eletromagnéticas;
é
especialmente
importante
com
as
ondas
eletromagnéticas visíveis.
intemperismo físico
É aquele que
conduz à desagregação dos materiais
rochosos, acarretando fragmentação das
rochas
e
seus
constituintes
mineralógicos, sem uma alteração
química apreciável
interferômetro Tipo de telescópio no
qual os sinais de dois ou mais
telescópios menores são combinados,
produzindo uma imagem com a
resolução de um telescópio maior; quanto
maior a separação entre os telescópios
individuais, maior a resolução da imagem
resultante. (Astronomia)
intemperismo químico É aquele que
ocorre pelas ações físicas e químicas
desenvolvidas pelos seres vivos, e que
contribuem para a destruição das rochas.
interferon Uma classe de pequenas
glicoproteinas que em nosso organismo
exercem
uma
atividade
anti-viral;
interferon-alfa: leucocitário, produzido por
leucócitos; são produtos protéicos
produzidos por técnica de DNA
recombinante e usado como agente
inibidor
de
multiplicação
celular.
(Medicina)
intensidade de precipitação Fluxo da
água da chuva, isto é, quantidade por
unidade de área e de tempo, expressa
geralmente em milímetro por hora.
(Climatologia)
intensidade seletiva
Diferencial de
seleção expresso em unidades de desvio
padrão
fenotípico
da
população.
(Genética)
interflúvio Pequenas ondulações que
separam os vales, cujas vertentes são,
na maioria dos casos, de forma convexa,
constituindo pequenas colinas.
intensificação
Em
meteorologia
sinótica, intensificação de um centro de
alta pressão significa um aumento de sua
pressão central ao longo do tempo.
(Meteorologia)
interglacial Intervalo de tempo entre
dois estádios glaciais.
interação
de
genótipo-ambiente
Variação no desempenho relativo de
228
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
transações digitais dentro de uma
empresa;
emprega
aplicativos
associados à Internet, mas só é acessível
aos que fazem parte da organização.
(Informática)
intermaré Faixa do litoral situada entre a
maré alta e a maré baixa.
Internet Rede mundial de informação ou
o
conglomerado
de
todos
os
computadores e redes passíveis de
serem alcançados através de endereços
de correio eletrônico; uma rede
internacional constituída por milhares de
outras
redes
interligadas
usando
protocolo específico (Informática)
introgressão Passagem de genes de
uma espécie para outra, através de
hibridação e retrocruzamento continuado
para uma ou ambas populações
paternais. (Genética)
inundação É o efeito de fenômenos
meteorológicos, tais como chuvas,
ciclones e degelos, que causam
acumulações temporárias de água, em
terrenos que se caracterizam por
deficiência de drenagem, o que impede o
desaguamento
acelerado
desses
volumes.
internó Região caulinar entre dois nós
consecutivos. (Botânica)
interstício
capilar
Interstício
suficientemente pequeno para permitir
que a água seja mantida contra a ação
da gravidade, acima do nível freático.
interstícios Poros ou espaços vazios no
solo e nas rochas.
inundado Saturado ou quase saturado
com água.
intervalo de confiança
Intervalo
numérico que, com certa probabilidade
(95%, 99%, 99,9%, etc), encerra um
parâmetro desconhecido. (Estatística)
inundito
Depósito resultante de
inundações violentas, em ambientes
fluviais, estuarinos e leques aluviais; é
constituído de camadas plano-paralelas
de arenitos, com granodecrescência
ascendente, e espessura variável,
apresentando a Seqüência de Bouma,
que se apresenta na maioria das vezes
incompleta. (Geologia)
intervalo de geração Idade média dos
pais quando a descendência destinada a
substitui-los
nasce;
uma
geração
representa a taxa média de renovação de
um rebanho. (Melhoramento Genético)
intervenção ambiental Trata-se de toda
e qualquer ação ou decisão que envolva
a introdução, concreta ou virtual,
permanente ou temporária, de pelo
menos um fator ambiental em um dado
ambiente, capaz de gerar ou induzir o
remanejamento de fatores existentes no
ambiente. (Ecologia)
invasora Ver pioneira.
inventário
Estudo do potencial
hidráulico da bacia hidrográfica, realizado
para a determinação do seu potencial
hidrelétrico através da escolha da melhor
alternativa de divisão de queda,
caracterizada
pelo
conjunto
de
aproveitamentos compatíveis entre si e
com projetos desenvolvidos de forma a
obter uma avaliação da energia
disponível, dos impactos ambientais e
dos custos de implantação dos
empreendimentos. (Energia)
intina Camada interna, mais ou menos
celulósica, e geralmente não muito
resistente, do esporoderma. (Palinologia)
intraclasto Fragmento carbonático, de
sedimentação penecontemporânea, que
foi
erodido
e
redepositado
nas
proximidades e incorporado aos calcários
mais jovens. (Geologia)
inversão térmica É o fenômeno em que
a temperatura aumenta com a altitude,
em contraposição à condição normal, que
é diminuir com a altitude; estas inversões
afetam freqüentemente as camadas
finais de ar junto à superfície do solo
durante o solstício de inverno; tal fato, se
ocorrer em centros urbanos, impede o ar
poluído de se dissipar, o que ocasiona
intraformacional Qualquer feição, tipo
ou seqüência de rochas, existente ou que
caracteriza o interior de uma formação
geológica. (Geologia)
Intranet Rede projetada para organizar
e compartilhar informações, e realizar
229
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ionosfera Região da atmosfera terrestre
situada entre 40 a 700 km de altitude e
bastante ionizada.
sérios problemas de saúde; em
condições normais, existe um gradiente
de diminuição de temperatura do ar com
o aumento da altitude (o ar é mais frio em
lugares mais altos); ao longo do dia, o ar
frio tende a descer (por que é mais
denso) e o ar quente tende a subir (pois é
menos denso), criando correntes de
convecção que renovam o ar junto ao
solo; em algumas ocasiões e locais
(especialmente junto a encostas de
montanhas ou em vales) ocorre uma
inversão: uma camada de ar frio se
interpõe entre duas camadas de ar
quente, evitando que as correntes de
convecção se formem; dessa forma, o ar
junto ao solo fica estagnado e não sofre
renovação; se houver uma cidade nessa
região, haverá acúmulo de poluentes no
ar, em concentrações que podem levar a
efeitos danosos; um exemplo de cidade
brasileira que sofre com a inversão
térmica é São Paulo.
íons Átomos, grupos de átomos, ou
compostos, que estão eletricamente
carregados em conseqüência da perda
de elétrons (cátions) ou do ganho de
elétrons (ânions).
ipê amarelo (Tabebuia serratifolia)
Árvore da família Bignoniaceae, de médio
porte, fuste retilíneo, com diâmetro
superior a 60 cm, casca lisa parda
acinzentada, de 1,0 cm de espessura;
madeira muito pesada; cerne castanho
com veios escuros; alburno amarelorosado com espessura média de 5,6 cm;
grã direita; textura média; figura
destacada; cheiro e gosto indistintos.;
pau-d’arco-amarelo.
ipê roxo (Tabebuia impetiginosa) Árvore
da família Bignoniaceae, conhecida pela
beleza das flores e pela durabilidade da
madeira de coloração pardo-oliváceoescura é usada para fazer tacos,
dormentes, estruturas externas e peças
de construção naval; pau-d’arco-roxo.
invertebrados
Grupo que não tem
caráter
taxonômico,
onde
estão
agrupados todos os animais que não
possuem vértebras, portando a grande
maioria dos representantes do reino
animal; exemplos: minhocas, aranhas,
insetos, camarões, caracóis, lulas,
polvos, estrelas-do-mar, águas-vivas,
esponjas etc. (Zoologia)
ipecacuanha
Erva da família das
Rubiáceas, Cephaelis ipecacuanha, de
longas raízes grossas e nodulosas que
contém o alcalóide emetina; ipeca.
ipequi
(Heliornis
fulica)
Ave
superficialmente parecida com um pato,
sendo parente dos grous e do
pavãozinho-do-pará; o macho apresenta
uma característica anatômica única no
mundo das aves; tem uma cavidade
embaixo de cada asa, onde os filhotes
recém-nascidos são carregados durante
as primeiras semanas de vida.
io Designação do satélite mais denso de
Júpiter; com um diâmetro de 3.630 km, e
uma densidade média de 3,57 g/cm3,
este satélite é também uma lua
vulcânica; este vulcanismo tem a sua
origem na maré gravitacional que Júpiter
exerce sobre ele; a cor alaranjada
característica da sua superfície é devido
à presença de enxofre e de dióxido de
enxofre, que mesmo após arrefecer
permanece com as mesmas tonalidades.
irídium
Série de satélites de
comunicação famosos por serem muito
brilhantes e visíveis a olho nu durante
seus flashes. (Astronomia)
ionização
Resultado de qualquer
processo através do qual átomos ou
moléculas, que são neutros, adquirem
carga elétrica positiva ou negativa.
ironstone
Concreções ferruginosas
consolidadas;
plintita
que
sofreu
endurecimento irreversível; petroplintita
ou canga laterítica. (Pedologia)
ionona
Cetona cíclica, com dois
isômeros muito odoríferos, com cheiro de
violeta, utilizados em perfumaria, cuja
fórmula é: C13H20O.
irradiação adaptativa
Denominação
aplicada a um dos tipos básicos de
padrões evolutivos, que corresponde a
230
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
normalização, com sede em Genebra,
Suíça, de caráter privado composta por
cerca de 120 países membros,
representados em grande parte por
instituições
governamentais
ou
organizações ligadas ao poder público; a
missão desta federação é promover o
desenvolvimento
da
normalização
através de acordos técnicos globais
publicados como normas internacionais;
procura se associar às diversas
entidades de normalização dos países,
respeitando a peculiaridade de cada um;
procura também facilitar as trocas
internacionais de produtos e serviços, e
cooperar
nas
esferas
intelectual,
científica e tecnológica; produz normas
numeradas de forma crescente, divididas
em séries; uma das séries mais
conhecidas é a 9.000, voltada à
qualidade; a série 14.000 está reservada
para
as
normas
ambientais;
a
representante da ISO no Brasil é a
ABNT. Ver ISO 14.000, ISO 9.000.
uma rápida diversificação em muitas
formas de vida a partir de um ancestral
comum; irradiação morfológica.
irradiação morfológica
adaptativa.
Ver irradiação
irrigação
Técnica de aplicação ou
suprimento artificial de água para as
culturas. (Agronomia)
irrigação
localizada
Compreende
método onde a água é conduzida de
forma pressurizada ao terreno e é
aplicada ao solo, umedecendo apenas
parte do sistema radicular da cultura.
(Agronomia)
irrigação por aspersão Compreende
método onde a água é conduzida em
tubos sob pressão e aplicada sobre área
em forma de chuva artificial. (Agronomia)
irrigação por inundação Tipo de
irrigação por superfície onde a aplicação
da água é feita em bacias ou tabuleiros,
quase planos e de tamanho e formas
variáveis. (Agronomia)
ISO 14.000 É um conjunto de normas
que buscam a boa prática de
gerenciamento
ambiental
entendido
como um processo gradual e contínuo de
melhorias
ambientais;
aceito
internacionalmente,
tem
caráter
voluntário, não havendo instrumentos
legais que obriguem sua adoção pelas
empresas; pode ser adotada pela
empresa como um todo, ou em uma de
suas unidades, como vem ocorrendo em
grandes corporações; a finalidade é
prevenir - através de um Sistema de
Gestão Ambiental - os eventuais danos
ambientais provocados pelos processos
produtivos e pelos produtos colocados no
mercado de consumo. Ver ISO.
irrigação por sulcos Constituí-se em
um tipo de irrigação por superfície onde a
água é conduzida em pequenos canais
ou sulcos situados paralelos às fileiras
das plantas, durante o tempo necessário
para que as raízes sejam umedecidas.
(Agronomia)
irrigação por superfície Compreende
os métodos nos quais a condução de
água até qualquer ponto de infiltração,
dentro da parcela a ser irrigada, é feita
diretamente sobre a superfície do solo;
são classificadas em irrigação por
inundação e irrigação por sulcos.
(Agronomia)
irrigação suplementar
Prática de
irrigação, na qual água é fornecida para
melhorar as condições de solo para as
culturas, durante períodos curtos e
geralmente irregulares de seca e durante
a época do crescimento a fim de
remediar a falta de água no solo,
suplementado
as
precipitações
pluviométricas. (Agronomia)
ISO 9.000 São as normas que tratam de
Sistemas para Gestão e Garantia da
Qualidade nas empresas; ter um
certificado ISO 9.000 significa que uma
empresa tem um sistema gerencial
voltado para a qualidade e que atende
aos requisitos de uma das normas da
série; não há obrigatoriedade para se ter
a ISO 9.000; as normas foram criadas
para que as empresas as adotem de
forma voluntária; o que acontece é que
muitas empresas, passaram a exigir de
ISO - International Organization for
Standardization
Federação
internacional civil de organizações de
231
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
agulha magnética, a partir do meridiano
ou norte verdadeiro.
seus fornecedores a implantação da ISO,
como forma de reduzir seus custos de
inspeção; em sua essência, a ISO 9.000
é uma norma que visa a prevenção de
falhas, através de uma série de ações.
isógrada Linha que em um mapa une
pontos de aparição de um certo índice
mineral, isto é, onde ocorreu uma
modificação específica na associação
mineral que reflete uma reação
metamórfica.
isóbara
Linha que une pontos de
mesma pressão atmosférica; o traçado
das
isóbaras
produz
padrões
característicos tais como depressões,
cavados, anticiclones, selas e cristas.
(Meteorologia)
isoieta Linha que em um mapa une
todos os pontos da superfície terrestre
que apresentam a mesma precipitação
pluvial. (Climatologia)
isóbaros Nuclídeos cujos números de
massa
são
idênticos,
mas
que
apresentam
números
atômicos
diferentes.
isoipsas Curvas de mesma altitude.
isolamento geográfico ou espacial É o
tipo de isolamento que previne o
intercruzamento
entre
populações
alopátricas devido estarem fisicamente
separadas; esse isolamento persistindo
por muito tempo poderá conduzir as
populações
a
se
diferenciarem
morfologicamente como resposta à
seleção
para
diferentes
ambientes.(Genética)
isobase Linha que une todas as áreas
que apresentam igual levantamento ou
subsidência.
isóbatas
profundidade.
Curvas
de
mesma
isoclinal
Dobra
cujos
flancos
mergulham no mesmo sentido e com
ângulos iguais. (Geologia)
isolamento reprodutivo É o fenômeno
dirigido por mecanismos que operam em
populações simpátricas fazendo com que
as
espécies
mantenham
a
sua
individualidade e permaneçam distintas
uma das outras, sem portanto haver troca
de genes. (Genética)
isodésmico Cristal em que todas as
ligações apresentam força igual.
isoenzima Termo que define um grupo
de múltiplas formas moleculares da
mesma enzima, resultante da presença
de mais de um gene codificando cada
uma destas formas moleculares no
genoma de uma espécie; desempenham
a mesma atividade catalítica, mas
possuem
diferentes
propriedades
cinéticas e podem ser separadas por
processos
bioquímicos;
quando
codificadas por genes alélicos a um loco,
as
isoenzimas
são
denominadas
aloenzimas.
isolinha Linha que une pontos onde
ocorrem fenômenos semelhantes e na
mesma medida.
isomerização
Processo
de
transformação de uma substância em um
isômero desta. (Química)
isômero
Composto cuja molécula
contém as mesmas espécies e o mesmo
número de átomos que outra, mas difere
dessa outra em sua estrutura molecular.
(Química)
isógiras
Figuras de interferência
produzidas por cristais opticamente
anisótropos, quando submetidos a
observação conoscópica, e que se
apresentam como áreas negras ou
cinzas que podem mudar ou não de
posição, quando é girada a platina do
microscópio. (Cristalografia)
isópaca Linha que em um mapa une
pontos de mesma espessura de um
determinado
intervalo
estratigráfico.
(Geologia)
isoquiana Linha que em um mapa une
os pontos que delimitam áreas de neves
eternas.
isógona Linha que em um mapa une
todos os pontos da superfície terrestre
que apresentam a mesma variação da
232
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
J
isósporo Vegetal que produz esporos
masculinos
e
femininos
similares.
(Botânica)
isostasia
Fenômeno pelo qual, as
massas situadas entre a superfície da
Terra e o nível médio das marés, nas
áreas terrestres, e as deficiências de
massa existentes entre o nível médio dos
oceanos e seu fundo nas áreas marinhas
são, geralmente, compensados por
massas de sinal oposto situadas em
maior profundidade.
j
Colocado após o símbolo dos
horizontes H, A, B e C, indica a presença
de materiais palustres, permanente ou
periodicamente alagados, de natureza
mineral ou orgânica, ricos em sulfetos
(material
sulfídrico);
exemplo:
Cj.
(Pedologia)
isótaca Linha que liga os pontos que
apresentam a mesma velocidade na
seção transversal de um curso de água.
(Hidrologia)
jacaré (Caiman yacare) Nome é de
origem tupi-guarani que designa todos os
representantes brasileiros da família
Alligatoridade; alimentam-se de todo e
qualquer tipo de animal e é tido como
principal inimigo das piranhas, que são
seu prato predileto; colocam em terra (ou
na areia), de 20 a 90 ovos em ninhos
feitos de folhas secas; no Pantanal, os
jacarés são alvo de caçadores atraídos
pela beleza do couro, que é utilizado na
confecção de inúmeros artigos luxo como
bolsa, cintos, sapatos e outros; a
matança indiscriminada desse animal
vem
provocando
um
desiquilíbrio
biológico no ambiente em que vive.
isoterma Linha que em um mapa une os
pontos
de
igual
temperatura.
(Climatologia)
isótopos Nuclídeos que apresentam o
mesmo número de prótons, mas que
diferem quanto ao número de nêutrons.
isquemia
Supressão da circulação
sanguínea em determinada parte do
organismo devido à contrição arterial, ou
a uma obliteração arterial por embolia.
(Medicina)
istmo Faixa de terra firme, relativamente
estreita, que une porções do continente,
e cercada de água pelos dois lados.
(Geografia)
jacaré-açu (Melanosuchus niger) Réptil
que vive em lagos, rios remansosos e
pântanos da Bacia Amazônica; dentre os
jacarés brasileiros é considerado o que
atinge maior tamanho e também o mais
perigoso para o homem e os outros
animais; na natureza, alimenta-se de
mamíferos, aves e peixes; devido ao
tamanho e o alto valor comercial, este
réptil foi muito caçado no passado.
itaúba (Mezilaurus itauba) Árvore da
família Lauraceae, de grande porte, com
diâmetro superior a 80 cm, fuste retilíneo,
casca avermelhada fissurada, com
placas soltas, com 1,5 cm de espessura;
madeira pesada; cerne amarelo-oliva a
amarelo-pardo; após secar, bege-claro,
com espessura média de 3,5 cm; grã
direita; textura média; figura pouco
destacada; cheiro agradável quando
trabalhada; gosto levemente distinto.
jacaretinga (Caiman crocodilus) Réptil
que, quando adulto, pode medir até 2 m
de comprimento; vive em lagoas, riachos,
pântanos e rios da Guiana, Venezuela,
Trinidad, Colômbia, Peru e no Brasil, nas
bacias dos rios Amazonas e Parnaíba;
ocasionalmente
é
encontrado
em
estuários, freqüentemente associado com
outras espécies; alimenta-se de peixes,
crustáceos e insetos aquáticos; sua
carne é muito apreciada pelos nativos e
seu couro comercializado para confecção
233
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
jarosita Mineral do sistema cristalino
hexagonal,
de
composição
KFe3(OH)6(SO4)2; é constituinte comum
de horizonte sulfúrico de solos.
de bolsas, cintos e sapatos, o que
estimula a caça ilegal do animal.
jacinto
Variedade de zircão que
cristaliza no sistema tetragonal, e
coloração acastanhada ou laranjavermelho e composição Zr(SiO4); é
utilizado como gema.
jaspe Denominação aplicada ao sílex
vermelho ou preto, constituído de quartzo
criptocristalino colorido por hematita.
jade Denominação genérica que inclui
tanto a nefrita- Ca2Mg5(Si8O22 )(OH)2 um anfibólio monoclínico, quanto a
jadeíta - NaAl( Si2O6) - um piroxênio
monoclínico.
jatobá (Hymenaea courbaril) Árvore da
família Leguminosae, de grande porte,
fuste retilíneo cilíndrico, com diâmetro um
pouco superior a 1,0 m, casca
acinzentada, lisa, contendo goma, com
1,5 cm de espessura; madeira muito
pesada; cerne castanho-vermelho a
castanho-avermelhado apresentando às
vezes manchas escuras; alburno brancoacinzentado; grã direita a oblíqua; textura
média; cheiro e gosto indistintos.
janela atmosférica Região do espectro
eletromagnético em que a atmosfera é
transparente à radiação eletromagnética
proveniente do Sol.
japiim (Cassicus cela) Aves geralmente
encontradas em árvores perto de caixas
de vespas; cientificamente, isso é
explicado porque as vespas comem as
fêmeas das moscas quando se
aproximam dos ninhos para pôr ovos nos
filhotes de japiim; é um excelente
imitador de sons de outras aves e seu
repertório varia conforme a composição
da avifauna local.
jatuarana Peixe da família Characidae,
assim como o pacu, a saranha e o
assacu pirarara, que engloba o maior
número de espécies de peixes de água
doce da Amazônia.
jazida Qualquer massa individualizada,
de substância mineral ou fóssil, de valor
econômico, aflorando à superfície ou
existente no interior da terra.
jaraqui (Semaprochilodus sp)
É o
primeiro peixe a subir o rio durante a
piracema, quando é facilmente capturado
pelos pescadores; pode atingir até 35 cm
de comprimento e sua carne é muito
apreciada.
jazida vulcanogênica Todo depósito
mineral cuja gênese está diretamente
relacionada a qualquer manifestação
vulcânica.
jejuno Segmento do intestino delgado
logo após o duodeno e antes do íleo.
(Medicina)
jararaca-do-norte
(Bothrops
atrox)
Cobra que tem um veneno que se iguala
a da cascavel; sua picada provoca
hemorragia pelo nariz e ouvidos, além de
outros sintomas; sem aplicação do soro
antiofídico a pessoa morre em pouco
tempo.
jequitiranabóia Inseto homóptero, da
família dos fulgorídeos, que apresenta
cabeça com aspecto de lagarto, que o faz
ser repudiado pelas pessoas; apesar de
ser inofensivo dizem que sua picada
pode fazer secar uma árvore ou matar
um homem; cigarra-cobra, cobra-de-asa.
jardim
botânico
Unidade
de
conservação que visa à preservação e
propagação de espécies da flora e
também a educação do publico visitante;
atua na manutenção dos processos
ecológicos e sistemas vitais essenciais,
preservação da diversidade genética e
apoio à utilização sustentável das
espécies vegetais e dos ecossistemas
onde ocorre.
jet stream Faixa de ar que apresenta
alguns milhares de quilômetros de
comprimento, centenas de quilômetros
de largura e alguns quilômetros de
espessura, com velocidade mínima de
cercade 120 km/h; são reconhecidos dois
tipos principais de jet stream: o
subtropical e o de frente polar, sendo
234
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ambos encontrados bem
tropopausa. (Meteorologia)
abaixo
junção tripla Denominação aplicada aos
locais onde três placas tectônicas
possuem um ponto em comum; as
junções podem ser constituídas pelas
combinações de cadeia (R), fossa (T) ou
falha transformante (F), promovendo
diversas configurações tais como RRR,
RRT, RRF, etc. (Geologia)
da
jibóia (Boa constrictor) Cobra de cauda
afilada, pupila na vertical, cabeça
triangular e hábitos noturnos; tem todas
as características de uma cobra
venenosa mas não é uma delas; mata
suas presas por estrangulamento; no
interior da Amazônia, os caboclos criam
as jibóias dentro de casa para que ela
mantenha a área livre de ratos e
morcegos; bem alimentada, não oferece
perigo ao homem mas como é
temperamental, de vez em quando tem
atitudes imprevisíveis; sua mordia dói
muito e pode causar infecção.
junta Plano ou superfície de fratura que
divide as rochas e ao longo do qual não
ocorreu ou foi mínimo o deslocamento
das paredes; diáclase. (Geologia)
junta de acamamento
Junta cuja
atitude é paralela à atitude do
acamamento das rochas sedimentares.
(Geologia)
jigue Aparelho de concentração mineral
densitária, no qual as forças de
separação são produzidas por correntes
verticais geradas pelo movimento de
pulsação da água e pela ação do leito na
estratificação das espécies minerais.
(Mineração)
juntas de tração Juntas que se formam
em ângulo reto, segundo a direção dos
esforços trativos, sendo que entre
aquelas oriundas do decréscimo de
volume estão presentes as juntas de
resfriamento e as de dissecação.
(Geologia)
jigue de diafragma
Jigue cujas
pulsações
são
produzidas
por
movimentos alternados em uma parte
elástica da própria caixa.
juntas sigmoidais Juntas de partição
que adquirem a forma de um sigma (perfil
em S) devido à rotação progressiva em
uma zona de cisalhamento. (Geologia)
jigue de pistão Jigue cujo movimento
de pulsação é produzido por um pistão
mergulhado em um tanque de água
contínuo à caixa. (Mineração)
jupará (Potos flavus)
É um animal
mamífero noturno e tem hábitos bem
parecidos aos dos macacos; vive nas
árvores e é muito brincalhão além de
exibido, porque gosta de ser observado e
mimado; tem 30 cm de corpo e outro
tanto de cauda que vive enrolada nos
galhos das árvores; com dentes fortes e
garras compridas e afiadas ele caça aves
e pequenos mamíferos; também come
insetos que ele retira das gretas das
árvores com sua língua bem comprida;
gosta de comer mel.
jigue pulsador
Jigue que trabalha
apenas com a pulsação do leito,
movendo-se para cima de um ponto de
referência, sem sucção. (Mineração)
joborandi Planta arbustiva da família
das Rutáceas, Pilocarpus jaborandi e
outras espécies, da qual se extrai a
pilocarpina. Ver pilocarpina.
joint-venture Associação de empresas
de mesmo ramo de produção, mas de
nacionalidades
diferentes,
que
se
articulam para operar no mercado.
(Economia)
jurássico
Compreende os terrenos
mesozóicos situados entre o Triássico e
o Cretáceo. Ver eras geológicas.
jusante
Rio abaixo; direção que
acompanha o mesmo sentido de uma
corrente.
joule - J
Unidade de trabalho, de
energia e de quantidade de calor; é o
trabalho produzido por uma força de 1
newton cujo ponto de aplicação se
desloca 1 metro na direção da força.
235
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
K
existem aproximadamente 220 índios; os
Katukina de língua da família Pano,
vivem no rio Envira, nas margens do rio
gregório, juntamente com os Yawanawá,
na área indígena Rio Gregório, Acre, e na
área indígena de Campinas; já foram
descritos por muito viajantes como índios
barbados por causa do costume de pintar
a boca de preto; a troca de cônjuges é
bastante comum, mas os filhos sempre
ficam com a mãe. (Antropologia)
k
Colocado após o símbolo dos
horizontes
A,
B
e
C,
indica
enriquecimento com carbonato de cálcio
secundário, contendo, simultâneamente,
15% por peso ou mais de carbonatos de
cálcio equivalente e, no mínimo, 5% a
mais que o horizonte ou camada
subjacente, ou que o horizonte C, ou que
o material de origem; exemplo: Bk.
(Pedologia)
keiki Palavra havaiana que significa a
formação de uma nova planta em uma
planta já estabelecida, geralmente em um
nó ou axila, onde uma florescência
normalmente deveria se formar; pode-se
estimular o surgimento de keikis com o
uso
de
pomadas
de
hormônio,
principalmente nas orquídeas dos
gêneros Dendrobium e Phalaenopsis.
(Botânica)
kaiapó Índios também chamados de
caiapó, que constituem um povo de
língua da família Jê; dstribui-se por 14
grupos: Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin
do Bacajá, A'Ukre, Kararaô, Kikretum,
Metuktire (Txu-karramãe), Kokraimoro,
Kubenkran-kén
e
Mekragnotí;
há
indicações de pelo menos três outros
grupos ainda sem contato com a
sociedade
nacional;
as
aldeias,
identificadas pelo nome do grupo a que
pertencem, são grandes para os padrões
da Amazônia: a dos Gorotire tem 920
pessoas, e há referências históricas de
aldeias com 1.500 índios; eles mantêm
pouco contato entre as tribos e possuem
uma estrutura cultural e social bastante
homogenia, com poucas diferenças
locais; a forma tradicional da aldeia é um
círculo de casas formando um pátio; no
centro, fica uma casa que só é utilizada
para a reunião dos homens.
Ki Relação molecular entre sílica (SiO2)
e a alumina (Al2O3) em argilas,
argilominerais ou solos; relação Ki.
(Pedologia)
kibutz Forma de estabelecimento rural
coletivo em Israel que pode ser agrícola
ou de manufaturas, onde a propriedade
dos meios de produção é coletiva.
kimberlito
Rocha ígnea, ultrabásica
(MgO: 15 a 40%), potássica, rica em
voláteis, que ocorre na forma de pipes,
diques
e
soleiras;
a
textura
frequentemente inequigranular mostra
olivina em duas gerações; contém os
seguintes minerais primários: flogopita,
carbonato
(calcita),
serpentina,
clinopiroxênio (diopsídio), monticelita,
apatita, espinélio titanífero, perovskita,
cromita e ilmenita; rocha fonte dos
diamantes primários.
kame Depósito formado nas margens ou
nas fendas de uma geleira, por correntes
densas ou massas d'água de degelo,
contendo grande quantidade de material
detrítico; é geralmente encontrado na
parte anterior dos depósitos glaciais de
uma geleira, isto é , no sentido oposto ao
movimento do gelo.
kink band
Microdobra angular que
apresenta formato monoclinal e cuja
distância entre as superfícies axiais
adjacentes é da ordem de 10 cm; quando
as dimensões são maiores é denominada
de dobra em ziguezague ou em joelho.
(Geologia)
katukina
Designa dois grupos
indígenas, da família Katukina, que
autodenominam-se Peda Djapá (Gente
da Onça); vivem em diversos grupos no
rio Biá, afluente do Jataí e Amazonas;
klippe Porção de lasca de empurrão
isolada de uma nappe ou falha de
cavalgamento que escapou à erosão; se
236
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
tais restos são pequenos recebem a
denominação klippen. (Geologia)
dos piroxênios , que apresenta cor lilás,
sendo utilizado como gema.
knick Ângulo formado pelo sopé do
inselberg com a superfície topográfica de
um pedimento ou de um pediplano.
knorria
Denominação aplicada aos
caules
fósseis
descorticados
dos
lepidodendros. (Paleontologia)
L
kolkhoz
Assim era chamada a
cooperativa de produção agrícola na
antiga União Soviética, atual CEI Comunidade de estados Independentes,
que inclui a Rússia.
Kr Relação molecular entre a sílica
(SiO2) e a soma alumina mais óxido de
ferro (Al2O3 + Fe2O3), em argilas,
argilominerais ou solos; relação Kr.
(Pedologia)
lã de rocha Produto obtido a partir da
fusão de certos tipos de rochas,
submetidas a determinados processos
que permitem a passagem do estado
líquido para o estado sólido fibroso.
krill
Pequenos camarões cujos
cardumes servem de alimentos às
baleias; vvem de fitoplâncton em águas
férteis, e se desenvolvem em enormes
quantidades, especialmente em águas
árticas e antárticas, onde existem fortes
correntes que concentram fitoplâncton;
aparentemente, peixes, aves marinhas e
gaivotas comem o krill que sobra das
investidas das baleias.
la niña
Reação da atmosfera para
restabelecer o equilíbrio perdido por
efeito de El Niño; seus eventos
apresentam
maior
variabilidade
e
ocorrem com uma freqüência menor do
que eventos de El Niño; de 1900 a 1997,
ocorreram 28 episódios de El Niño e 18
de La Niña, permanecendo 53% dos
anos sem ocorrência dos fenômenos; no
fenômeno La Niña que ocorreu durante
1998, os ventos alísios eram fortes, e a
temperatura da superfície do mar, no
Pacífico equatorial leste, ficou vários
graus abaixo da média de longo prazo.
kuarup Cerimônia religiosa intertribal de
celebração dos mortos, realizada entre
índios brasileiros da região do Alto Xingú
kulina Índios também chamados de
Kurína, Kolína, Curina ou Colina, que
vivem em pequenos grupos; quando se
casa o homem vive na casa da família da
esposa e tem que trabalhar para retribuir
pela mulher; e cada casal tem a
obrigação de gerar pelo menos três
filhos, ganhando o direito de construir
uma casa separada, continuando juntos
se desejar; eles acreditam que a
concepção acontece sem qualquer
contribuição feminina, e para engravidar,
a mulher tanto pode relacionar-se apenas
com o marido ou ter vários parceiros; em
qualquer dos casos, ela é a única
responsável pelos cuidados com a
criança. (Antropologia)
labelo O lábio, ou a pétala inferior da
corola de uma orquídea, geralmente
maior do que as outras duas pétalas, e
muitas vezes de coloração distinta das
demais e provida de esporão; labelo
bilobado: que tem dois lobos ou lóbulos;
bilobulado; labelo trilobado: que tem três
lobos ou lóbulos; trilobulado. (Botânica)
lábil
Estado transitório ou instável;
elemento disponível. Ver disponibilidade
de nutrientes. (Pedologia)
lacólito Massa intrusiva que apresenta
forma
lenticular
plano-convexa,
lembrando um cogumelo. A rocha situada
acima da intrusão mostra-se abaulada
em cúpula, enquanto as camadas
kunzita Variedade de espodumênio LiAl(Si2O6)- mineral pertencente à familia
237
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
planctônicas (cianofíceas), e um déficit
de oxigênio no hipolímnio devido a
decomposição da matéria orgânica.
inferiores continuam na posição original
(Geologia)
lactase
Enzima digestiva necessária
para decompor a lactose.
lago exorreico Lago que se caracteriza
por
um
escoamento
permanente
decorrente do excesso da vazão afluente,
inclusive aquela devido a precipitação,
sobre as perdas globais em água.
lactescente Planta ou parte da planta
que libera substâncias leitosas quando
ferida. (Botânica)
lactose Complexo de açúcar encontrado
no leite e seus derivados; tem que ser
dividida em galactose e glicose para ser
absorvida.
lago fechado
Lago, geralmente
localizado em regiões áridas, que perde
água por evaporação ou através de
fugas.
lagartos Ver sáurios. (Zooologia)
lago mesotrófico Lago que contém
quantidades moderadas de nutrientes
para o fitoplancton e para a fauna
aquática.
lago Corpo de água parada, em geral
doce, embora possam existir aqueles
com água salgada, como acontece nas
regiões de baixa pluviosidade.
lago oligotrófico Lago deficiente em
nutrientes para o fitoplancton e para a
fauna aquática, apresentando geralmente
abundante oxigênio dissolvido e sem
estratificação acentuada.
lago amítico Lago que não apresenta
circulação, em virtude da existência de
uma camada de gelo na superfície.
lago desértico
Lago ,em geral
temporário, que ocorre freqüentemente
nas depressões internas das bacias
desérticas, onde o nível de base da
erosão eólica alcança o nível da água
subterrânea;
acumula
o
excesso
temporário da água, acolhe sedimentos
das correntes formadas pelas raras e
concentradas chuvas e está sujeito à
intensa evaporação; pode apresentar
depósitos semelhantes aos varvitos, bem
como, quando da evaporação das águas,
marcarem presença os evaporitos.
lagoa Pequeno reservatório de água
natural ou artificial.
lagoa aerada Lagoa artificial ou natural,
na qual a aeração que pode ser
mecânica ou através de ar difuso é
utilizada para suprir a maior parte do
oxigênio necessário para degradar a
matéria orgânica presente nos esgotos.
lagoa aeróbia Lagoa de oxidação na
qual o processo biológico de tratamento é
predominantemente aeróbio, tendo sua
atividade orgânica baseada na simbiose
entre algas e bactérias; as bactérias ao
decomporem
a
matéria
orgânica
produzem gás carbônico, nitratos e
fosfatos que nutrem as algas as quais
pela ação da luz solar transformam o gás
carbônico em hidratos de carbono, e
liberando oxigênio que é reutilizado pelas
bactérias, criando assim um ciclo.
lago dimítico Lago que apresenta dois
períodos de circulação, acompanhados
de ruptura da termohalina.
lago distrófico Lago rico em matéria
orgânica dissolvida, de origem húmica, e
que lhe confere uma coloração marrom
escura ou preta, de alta transparência;
apresenta condutividade elétrica baixa,
bem como o pH também baixo, situado
entre 4,0 e 5,5.
lagoa anaeróbica Lagoa de oxidação na
qual o processo biológico de tratamento é
predominantemente anaeróbico; nesta
lagoa é realizado o processo de
decomposição anaeróbica dos lodos ou
dos dejetos orgânicos, sendo que a
estabilização da matéria orgânica não
conta com o concurso do oxigênio
dissolvido, de modo que os organismos
lago efêmero
Lago que seca
anualmente durante a estiagem ou em
anos particularmente secos.
lago eutrófico Lago rico em nutrientes
orgânicos e inorgânicos, geralmente N e
P, e que apresenta alta produção
primária,
florescimento
de
algas
238
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
lama azul Lama que contém mais de
75% de materiais terrígenos, com
dimensões inferiores a 0,3 mm,
presentes
em
profundidades
compreendidas entre 229 e 5.124 m; a
cor azul é atribuída a presença de
matéria orgânica e sulfetos de ferro
finamente disseminados; o carbonato de
cálcio está presente em quantidades
variáveis, em geral acima de 35%.
existentes precisam remover o oxigênio
dos compostos das águas residuárias, a
fim de obterem a energia necessária para
sua sobrevivência.
lagoa costeira: Porção de água
localizada em áreas litorâneas, às vezes
formadas pela barragem de uma restinga
lagoa de decantação
Reservatório
constituído especialmente para capitar
resíduos industriais, cujo final, obtido
através de transformações bioquímicas e
evaporação da água, pode ser utilizado
como adubo orgânico.
lama de perfuração Mistura de diversos
componentes
utilizada
durante
a
perfuração de um poço de petróleo, com
o objetivo de manter a pressão superior
ao das formações atravessadas e evitar
que as paredes do poço desmoronem.
lagoa de estabilização Lagoa artificial,
para onde é canalizado o esgoto após
passar por um pré-tratamento que retira a
areia e a matéria orgânica sólida não
degradável; no interior das lagoas o
esgoto passa por uma série de etapas de
depuração com o tempo de retenção ou
permanência calculada- que simulam o
processo que ocorreria naturalmente em
um curso de água; a diferença é que as
lagoas permitem um controle do
processo de maneira mais eficiente e
menos nociva ao meio ambiente; lagoa
de oxidação.
lagoa de oxidação
estabilização.
lama marrom
Lama pelágica com
coloração chocolate devido a capacidade
de oxidação das águas profundas, já que
está
presente
em
profundidades
superiores a 4.000 m.
lama negra
Lama depositada em
lagunas ou baías, nas quais a
oxigenação é pobre em virtude da
circulação ser restrita; a coloração preta
é devida a presença de sulfetos e materia
orgânica vegetal.
lama vermelha
Lama de coloração
avermelhada presente nas proximidades
das desembocaduras de rios que
transportam grandes quantidades de
sedimentos terrígenos avermelhados.
Ver lagoa de
lagoa facultativa Lagoa de oxidação
onde ocorre simultaneamente o processo
aeróbico nas camadas superiores do
líquido e o processo anaeróbico nas
regiões mais profundas, junto ao fundo.
lamelas de Boehme
Lamelas de
deformação descontínua, isto é, restritas
a grãos individuais, verificadas no
quartzo, consistindo de pequenas
cavidades ou inclusões com uma
orientação planar.
laguna Corpo de águas rasas e calmas,
que mantém em geral uma comunicação
restrita com o mar, e apresentando uma
salinidade que pode variar desde quase
doce até hipersalina; albufeira.
laminação
convoluta
Estrutura
caracterizada por forte amarrotamento,
provocando dobras intrincadas no interior
de uma unidade de sedimentação bem
definida, e não perturbada; sua amplitude
pode
variar
dentro
da
unidade,
desaparecendo gradativamente para
cima e para baixo; é caracterizada por
anticlinais estreitos e agudos e sinclinais
largos.
lama
Mistura contendo colóides e
ultrafinos, produzida durante a lavra e o
beneficiamento
de
um
minério.
Caracteriza-se por apresentar uma
sedimentação muito lenta. (Mineração)
lama amarela
Sedimento terrígeno
marinho de composição semelhante à
lama azul, sendo que devido as
condições climáticas da área fonte
mostra cor amarela possivelmente
relacionada ao hidróxido de ferro.
laminação plano-paralela Laminação
formada pela alternância de lâminas
paralelas e quase horizontais, distintas
239
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
entre si por variações na composição
e/ou no tamanho dos grãos.
quais cinco
dentes.
laminário Coleção de lâminas que se
conservam nas instituições botânicas e
são destinadas à pesquisa científica.
(Botânica)
lapa Denominação aplicada ao bloco
situado abaixo do plano de uma falha,
quando esta é inclinada ou horizontal;
quando a falha é horizontal essa
distinção não existe; piso. (Geologia)
lamito
Lama endurecida que se
assemelha a um argilito, diferindo deste
pelo fato de apresentar uma proporção
compreendida entre 15 a 50% de
partículas sílticas; quando ricas em
matéria carbonosa vegetal, muitos
lamitos podem mostrar cores cinza ou
preta.
Ver
a
fortes
laparoscopia Exame no qual se utiliza o
laparoscópio. (Medicina)
laparoscópio
Um aparelho tubular
introduzido na parede abdominal com
intuito de examinar a cavidade abdominal
e a superfície externa dos órgãos
contidos nela. (Medicina)
lâmpada fluorescente
Dispositivo
eletroquímico no qual a luz é gerada a
partir de substâncias como o flúor, o
cloro, o bromo e o iodo, colocadas no
tubo; lâmpada halógena.
lâmpada halógena
fluorescente.
correspondem
lapiás Caneluras ou rasgos paralelos
que esculpem a superfícies das rochas
calcárias.
lapilli
Fragmento produzido por
erupções vulcânicas de caráter explosivo,
com diâmetro compreendido entre 4 e 32
mm.
lâmpada
lâmpada
incandescente
Fonte
luminosa constituída por um filamento
metálico levado a incandescência, numa
atmosfera inerte, devido a passagem de
corrente elétrica; é o tipo mais comum de
lâmpada.
lápis-lazúli
Designação comumente
utilizada para uma mistura de lazurita (Na,Ca)4(Al
SiO4)3(SO4,S,Cl)com
pequenas
quantidades
de
calcita,
piroxênio e outros silicatos, contendo
comumente
pequenas
partículas
disseminadas de pirita.
landsat Um dos programas americanos
de imageamento da superfície terrestre
por satélites, iniciado pela NASA em
meados dos anos 70; também usado
para designar um ou mais satélites do
programa (Landsat 4 e 5) e os dados de
imagens por eles enviados.
lapout
Termo
utilizado
em
sismoestratigrafia para indicar, de um
modo
geral,
qualquer
terminação
sucessiva de estratos contra uma
superfície discordante, seja na base ou
no topo de uma seqüência deposicional;
é dividido em dois tipos: baselap e toplap.
langua Termo africano que designa
planície
geologicamente
recente,
formada por sedimentos e aluviões e que
periodicamente podem sofrer inundações
pelas águas do mar.
larva O primeiro estágio dos insetos,
depois de saírem do ovo. (Entomologia)
larva planctotrófica
Larva que se
alimenta de organismos do plâncton,
principalmente do fitoplâncton, sendo que
mais de 80% das espécies de
invertebrados
bentônicos
tropicais
possuem tais larvas.
lanolina Mistura de colesterol e seus
ésteres, que ocorre na gordura da lã,
utilizada como base de pomadas e
comésticos.
lantanídeos
Grupo de elementos
também conhecidos como Terras Raras.
latão Liga de cobre e zinco. (Metalurgia)
lanterna de Aristóteles Denominação
adotada para indicar o aparelho
mastigatório dos ouriços (equinodermos),
composto de 40 peças calcárias, das
laterita Termo utilizado para designar
material rico em óxidos de ferro, pobre
em
húmus,
que
endurece
irreversivelmente quando exposto ao ar.
(Pedologia)
240
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de minerais primários ou secundários
menos resistentes ao intemperismo; uma
das classes do novo Sistema Brasileiro
de Classificação de Solo; são solos
profundos,
muito
bem
drenados,
homogêneos, altamente intemperizados
e lixiviados; tem teores de argila médios
ou
altos;
tipicamente,
possuem
sequência de horizontes A-Bw-C, onde
Bw significa horizonte B latossólico; são
semelhantes aos Oxissolos não-aquícos
da Taxonomia de Solos (classificação
americana). (Pedologia)
laterito Rocha formada ou em fase de
formação
através
de
intenso
intemperismo
químico
de
rochas
preexistentes, inclusive lateritos antigos,
sob condições tropicais ou equivalentes;
é caracteristicamente rico em Fe e Al e
pobre em Si, K e Mg se comparado à
composição da rocha-mãe; pode ser
compacto, maciço, coeso e incoeso,
terroso ou argiloso, com coloração
variando de vermelho, violeta, amarelo,
marrom até o branco; sua composição
mineralógica envolve geralmente oxihidróxidos de ferro, alumínio, titânio e de
manganês, além de argilominerais,
fosfatos e resistatos. (Geologia)
laudo Documento elaborado por peritos
contemplando observações e estudos
efetuados
para
a
emissão
das
conclusões de uma perícia.
latifúndio Tipo de propriedade rural
caracterizada pela existência de vasta
área inculta ou cultivada com tecnologia
primária, com baixo investimento de
capital.
laurásia Super continente resultante da
fragmentação de outro super continente,
o Pangea, na Era Paleozóica , sendo
também derivados o Gondwana e o
Laurentia.
latitude É o arco de meridiano, medido
em graus, entre o lugar considerado e o
equador; portanto, a latitude pode oscilar
entre zero grau no equador até 900 norte
ou sul nos pólos.
lava Rocha magmática natural que se
derrama, ou se derramou outrora, na
superfície da Terra; magma que se
encontra ainda na cratera do vulcão.
latolização Processo de formação de
solos que consiste na remoção de sílica
e de bases do perfil, após transformação
dos minerais constituintes, originando o
horizonte B latossólico; praticamente não
existe translocação de material para o
horizonte B, como no caso da
podzolização; processo pedogenético
próprio de climas quentes e úmidos, onde
a sílica e os cátions básicos são
lixiviados,
com
a
conseqüente
concentração residual de óxidos de Fe e
de Al. (Pedologia)
lava aa Designação das lavas básicas
de superfícies ásperas, fendilhadas, com
aspecto geral composto por um
amontoado de blocos, fragmentos
agudos e lascas; termo de origem
havaiana. (Geologia)
lavra Fase da mineração cujo objetivo
precípuo é o verdadeiro aproveitamento
industrial de uma jazida, representando
portanto o conjunto de operações
coordenadas, que tem como objetivo a
extração
econômica
das
diversas
substâncias minerais úteis de uma jazida
até o seu beneficiamento primário;
explotação.
latossólico Qualificação utilizada para
indicar
que
determinada
unidade
taxonômica de solo possui características
intermediárias
para
Latossolo.
(Pedologia)
lavrado Termo utilizado na Amazônia
(Roraima e Ilha do Marajó) para designar
extensas áreas planas com vegetação
rasteira, sem árvores ou arbustos, e que
podem sofrer alagamentos periódicos.
Latossolo
Compreende
solos
constituídos por material mineral, com
horizonte B latossólico imediatamente
abaixo de qualquer um dos tipos de
horizonte diagnóstico superficial, exceto
horizonte H hístico; apresentam um
avançado estágio de intemperização,
muito evoluídos, virtualmente destituídos
lazareto Local usado para a quarentena
de indivíduos suspeitos de contágio.
ledeburita Microestrutura eutética de
austenita e cementita. (Metalurgia)
241
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
lei de Darcy A quantidade de fluxo que
passa através de um meio poroso é
proporcional à permeabilidade, à área da
seção transversal ao fluxo e ao gradiente
hidráulico; é expressa pela fórmula
Q=KiA ou Q/A=v=Ki, onde Q= taxa de
fluxo (m3/dia); K= coeficiente de
permeabilidade
(m/dia);i=
gradiente
hidráulico; A = área da seção transversal
ao fluxo (m2) e v= velocidade de fluxo (
m/dia ). (Hidráulica)
legenda Ver convenções cartográficas.
(Cartografia)
legume
Fruto característico das
Leguminosas, constituído de um só
carpelo, seco, e que se abre através de
duas fendas; vagem. (Botânica)
legumina Substância extraída dos grãos
das Leguminosas e que é uma albumina
natural.
lei da constância do ângulo interfacial
Os ângulos interfaciais medidos entre
faces iguais são constantes para todos
os cristais de uma dada substância, sob
condições físicas constantes, a despeito
da forma da face. (Cristalografia)
lei de Hess
O calor liberado ou
absorvido em uma reação química é o
mesmo, quer o processo tenha uma ou
várias etapas, dependendo tão-somente
dos estados inicial e final. (Química)
lei da reflexão Os ângulos de incidência
e reflexão, medidos a partir de uma
normal à superfície refletora, são iguais e
situam-se no mesmo plano, denominado
plano de incidência.
lei de Hilt
Em qualquer seqüência
vertical normal de carvão húmico, o
conteúdo de carbono aumenta com a
profundidade.
lei de Stefan-Boltzman O fluxo de
radiação de um corpo negro é
diretamente proprocional à quarta
potência de sua temperatura absoluta.
lei da sucessão faunística
Os
organismos fósseis sucederam-se no
tempo geológico de acordo com uma
ordem definida e reconhecível, não
havendo reversibilidade na evolução.
(Zoologia)
lei de Steno Os ângulos entre faces
equivalentes de cristais da mesma
substância,
medidos
à
mesma
temperatura,
são
constantes.
(Cristalografia)
lei de biossegurança
Estabelece
normas de segurança e mecanismos de
fiscalização no uso das técnicas de
engenharia genética na construção,
cultivo,
manipulação,
transporte,
comercialização, consumo, liberação e
descarte de organismo geneticamente
modificado, visando a proteger a vida e a
saúde do homem, dos animais e das
plantas, bem como o meio ambiente.
lei do mínimo ou de Liebig Formulada
por Justus Von Liebig (1840), tem o
seguinte enunciado: “o máximo da
produção
depende
do
fator
de
crescimento
que
se
encontra
à
disposição da planta em menor
quantidade”;
apresenta
grande
importância
para
as
pesquisas
relacionadas com o uso de fertilizantes
minerais na agricultura. (Agronomia)
lei de Bravais A freqüência com que
uma dada face é observada em um
cristal, é aproximadamente proporcional
ao número de nós que jazem nela, e
portanto quanto maior o número mais
comum é a face.
leis de Mendel Enunciadas por Gregor
Mendel, 1860, após estudar cruzamentos
entre pés de ervilha da variedade Pisum
sativum; a primeira lei, conhecida como a
da uniformidade, mostra que, quando se
cruzam dois indivíduos originários de
linhagens puras, os quais apresentam
determinado caráter -- por exemplo, cor
dos olhos -- diferente um do outro, os
descendentes
mostram
uma
homogeneidade
na
característica
estudada e todos herdam o caráter de
lei de Coulomb Entre qualquer par de
íons providos de cargas contrárias, existe
uma força de atração eletrostática
diretamente proporcional ao produto de
suas cargas e inversamente proporcional
ao quadrado da distância entre seus
centros.
242
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
um dos genitores (fator dominante),
enquanto que o do outro aparentemente
se perde, ou então apresentam um traço
intermediário em relação aos traços de
ambos os pais; a segunda lei, a da
segregação, demonstra que os fatores
hereditários (genes) constituem unidades
independentes que passam de uma
geração para outra sem sofrer nenhuma
alteração; quando se cruzam entre si os
descendentes obtidos do cruzamento
entre duas linhagens puras, observa-se
que o caráter que não se manifestou recessivo- fica patente na segunda
geração, na proporção de um quarto da
descendência, enquanto o caráter
dominante ocorre em três quartos dos
descendentes. Portanto, cada par de
genes que determinam certo caráter
separa-se no processo de formação das
células reprodutoras e os fragmentos
resultantes se combinam ao acaso; a
terceira
lei,
a
da
transmissão
independente, dispõe que cada caráter é
herdado
independentemente
dos
caracteres restantes. (Genética)
leito maior
Calha alargada do rio,
utilizada em períodos de cheia.
leishmânia
Animal
protozoário,
mastigóforo, zoomastigínio, da ordem
dos Protomonadinos, que tem ciclo vital
em dois hospedeiros: um vertebrado e
um inseto-vetor; o gênero Leishmania
possui várias espécies sendo a
Leishmania
brasiliensis
a
mais
conhecida, parasitando homens e
animais domésticos.
lente Corpo geológico caracterizado por
dimensões longitudinais acentuadas,
limitado
por
superfícies
curvas
convergentes,
com
espessura
decrescente
do
centro
para
as
extremidades. (Geologia)
leito menor Calha ocupada pelo rio no
período das águas baixas.
lençol de areia
Depósito psamítico
tabular cujas bordas são bem definidas,
mas que diferentemente das dunas, não
apresenta faces com deslizamento de
areia. (Geomorfologia)
lençol freático Superfície superior da
água subterrânea ou aquele nível
subterrâneo onde a água se encontra à
pressão atmosférica.
lêndeas
Ovos do piolho, Pedicullus
humanus, inseto hematófago, parasita do
homem, da família dos Pediculideos;
geralmente fixam-se aos cabelos ou nas
costuras das roupas.
lenho Ver xilema. (Botânica)
lenhoso Que tem a natureza, o aspecto
e a consistência do lenho.
lenígrafo
Instrumento registrador de
níveis de água, em função do tempo.
lente Dispositivo ótico utilizado para
refratar a luz, confeccionado de
substâncias transparentes isótropas;
dependendo do modo pela qual a luz é
refratada,
as
lentes
podem
ser
convergentes (positiva) ou divergentes
(negativa). (Ótica)
leishmaniose
Doença causada por
protozoário do gênero Leishmania. Ver
leishmânia, calazar.
leite-do-papo Secreção nutritiva, rica
em gorduras, proteínas, lecitinas e certas
vitaminas, produzida pela descamação
de células epiteliais do papo; é produzido
na época da reprodução, sendo utilizado
para
alimentar
os
filhotes
nos
Columbidae
(pombos
e
rolas),
Sphenicidade
(pingüins)
e
Phoenicopteridae (flamingos). (Zoologia)
lente coletora Denominação aplicada a
lente da ocular do microscópio que
recebe o raio de luz proveniente da
objetiva.
lente composta Lente que consiste em
duas ou mais lentes individuais,
configuradas de tal maneira, que as
aberrações de uma parte do sistema são
compensadas pelas da outra parte; na
prática, entretanto, é quase impossível a
construção de uma lente composta que
supere todos os vários tipos de
aberrações. (Ótica)
leito fluvial Parte mais baixa do vale de
um rio, modelado pelo escoamento da
água, ao longo da qual se deslocam, em
períodos normais, a água e os
sedimentos.
243
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
lente de Amici-Bertrand Lente cuja
finalidade é trazer a figura de
interferência para o plano focal da ocular
do microscópio; encontra-se localizada
entre a ocular e o analisador e pode ser
introduzida ou retirada do sistema ótico,
por rotação ou translação, dependendo
do microscópio.
lessivage Transporte, em suspensão,
de material fino presente na parte
superior do perfil do solo para o seu
interior.
lente de ôlho Denominação aplicada a
lente da ocular do microscópio, situada
mais próxima do olho do observador.
levantamento de solos
Exame
sistemático, descritivo e classificatório,
com mapeamento dos solos de uma
determinada área; são classificados de
acordo com o tipo de intensidade do
exame de campo e objetivos, em cinco
tipos
principais:
levantamento
exploratório,
levantamento
de
reconhecimento
levantamento
semidetalhado, levantamento detalhado e
levantamento
ultradetalhado;
levantamento pedológico. (Pedologia)
leucopenia Diminuição na contagem de
glóbulos brancos (leucócitos); queda do
número de células de defesa do sangue
abaixo do normal. (Medicina)
lenticela
Excrescência de formato
elíptico, circular ou alongado, preenchida
por tecido frouxo, que se forma na
superfície de troncos e ramos de muitas
espécies de plantas e permite a
realização de trocas gasosas entre o
vegetal e a atmosfera. (Botânica)
LEO - Low Earth Orbit Baixa órbita
terrestre, até uns 700 km de altitude.
(Astronomia)
levantamento florístico Procedimento
que visa identificar as espécies e sua
distribuição geográfica; serve para
complementar os dados do inventário
florestal e levantamento fitossociológico;
sua grande utilização porém, é a coleta
de material botânico, que é o registro
fidedigno da ocorrência da espécie em
uma determinada área.
lepidodêndron Gênero das pteridófitas
caracterizado por apresentar troncos
cilíndricos, dicótomos, alcançando por
vezes grandes dimensões - 25 a 30 m cobertos de cicatrizes de forma losângica
(almofadas foliares), dispostos em
espiral; as folhas que se associavam a
tais troncos eram uninervadas e
alcançavam comprimentos de até 50 cm;
viveram no Carbonífero e no Permiano
Inferior.
levantamento gravimétrico Aquele que
determina valores da gravidade em uma
série de pontos de uma certa região.
levantamento
pedológico
levantamento de solos. (Pedologia)
leptoma Área delgada do esporoderma,
que funciona como uma abertura, porém
não tão distintamente delimitada como as
aberturas típicas. (Palinologia)
Ver
levantamento topográfico Aquele cujo
objetivo principal é a determinação do
relevo da superfície terrestre e a
localização dos acidentes naturais e
artificiais dessa superfície.
leptotermal
Depósito hidrotermal
originado em profundidade e temperatura
moderadas, posicionado no limite entre o
epitermal e o mesotermal.
levantamento utilitário
Consiste no
inventário do meio físico na qual se faz
cartografia detalhada na descrição
simplificada dos solos, anotando-se os
dados
essenciais
relativos
as
características e propriedades da terra
relevantes
para
interpretações
relacionadas com sua capacidade de
uso,
e
outras
necessárias
ao
planejamento racional de propriedades
agrícolas.
leque aluvial
Depósito de material
detrítico que se apresenta com a forma
de um segmento de cone, distribuído
radialmente, mergulho abaixo, a partir de
ponto onde os cursos d'água deixam as
montanhas; em geral associa-se a
escarpas de falha; cone aluvial, leque de
dejeção. (Geomorfologia)
leque de dejeção Ver leque aluvial.
244
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
controle da poluição, de acordo com as
condições de seu deferimento.
leveduras
Fungos cuja forma de
desenvolvimento normal e dominante é
unicelular e não filamentosa, ocorrendo
com freqüência em locais ricos em
substâncias fermentáveis. (Micologia)
licença prévia - LP É o documento que
deve ser solicitado na fase preliminar de
planejamento
da
atividade,
correspondente à fase de estudos para
localização do empreendimento; nesta
fase o órgão licenciador elabora o termo
de referência para a realização do Estudo
de Impacto Ambiental e seu respectivo
Relatório de Impacto sobre o Meio
Ambiente - EIA/RIMA; analisa o
EIA/RIMA;
vistoria
o
local
do
empreendimento; promove a audiência
pública; requisitos para obtenção da LP:
requerimento de LP; cópia da publicação
de pedido de LP (de acordo com a
resolução
CONAMA
no
006/86);
apresentação de Estudo de Impacto
Ambiental ou Relatório de Controle
Ambiental; audiência pública (resolução
CONAMA no 001/86 e 009/87); a
concessão da LP não autoriza a
execução de quaisquer obras ou
atividades destinadas à implantação do
empreendimento.
lezíria Terreno alagadiço adjacente a um
rio, sujeito a inundações repetidas.
lianas Plantas lenhosas e/ou herbáceas
reptantes (cipós) que apresentam as
gemas e os brotos de crescimento
situados acima do solo e protegidos por
catafilos. (Botânica)
libélula Inseto que vive próxima de água
alimentando-se de pequenos insetos; as
larvas são aquáticas e tem jeito muito
estranho de respirar; através de folíolos,
elas extraem o oxigênio da água que
entra no tubo retal que depois é expelida
com tanta força que serve como impulso
para locomoção. (Entomologia)
líber Ver floema. (Botânica)
licença de instalação - LI
É o
documento que deve ser solicitado antes
da implantação do empreendimento;
nesta fase o órgão licenciador analisa os
documentos solicitados na LP (projeto
técnico, programas ambientais e plano de
monitoramento); requisitos para obtenção
da LI: requerimento de LI; cópia da
publicação da concessão da LP, cópia de
autorização de desamatamento expedida
pelo IBAMA (quando couber); licença da
prefeitura municipal, Plano de Controle
Ambiental - PCA; cópia da publicação do
pedido de LI, a concessão da LI implica
no compromisso do interessado em
manter o projeto final compatível com as
condições de seu deferimento.
licenciamento ambiental
É um
instrumento de planejamento que tem
como objetivo a preservação, a melhoria
e a recuperação da qualidade ambiental
propícia a vida, visando assegurar, no
país, condições ao desenvolvimento
sócio-econônico e a proteção da
dignidade da vida humana; a construção,
instalação, ampliação e funcionamento
de qualquer equipamento ou atividade
que sejam considerados poluidores ou
potencialmente poluidores do meio
ambiente no território nacional, depende
de prévio licenciamento.
licença de operação - LO
É o
documento que deve ser solicitado antes
da operação do empreendimento; nesta
fase o órgão licenciador: analisa os
documentos solicitados na LI; vistoria as
instalações e os equipamentos de
controle ambiental; requisitos para
obtenção da LO: requerimento de LO;
cópia da publicação da concessão da LI,
cópia da publicação do pedido da LO, a
concessão
da
LO
implica
no
compromisso do interessado em manter
o funcionamento dos equipamentos de
licopeno Tipo de caroteno do tomate
com propriedades anti-câncer.
liga metálica Material contendo dois ou
mais elementos, sendo pelo menos um
deles um metal. (Metalurgia)
ligação covalente Ligação em que os
átomos se combinam compartilhando
seus elétrons.
ligação de Van Der Walls Ligação fraca
que une moléculas neutras e unidades de
estrutura essencialmente desprovidas de
245
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
uma superfície estranha, indicando que o
solo se encontra no estado plástico.
(Pedologia)
carga, em um retículo, em virtude das
pequenas cargas residuais existentes em
uma superfície; é a mais fraca das
ligações químicas.
limite de regeneração Percentual de
viabilidade de um acesso, deduzido
através de teste de germinação; o limite
tradicionalmente aceito para sementes é
de 80% em relação ao poder germinativo
inicial; um acesso introduzido na coleção
de base com um poder germinativo de
70%, ao atingir 56%, deve ser
regenerado. Ver acesso. (Genética)
ligação iônica Ligação em que os íons
se mantem unidos, devido à atração
elétrica das cargas opostas.
ligação metálica Ligação em que os
núcleos atômicos estão unidos pela
carga elétrica agregada de uma nuvem
de elétrons que os rodeia; um elétron não
pertence a qualquer núcleo em particular,
sendo livre para mover-se através da
estrutura ou mesmo inteiramente fora
dela sem romper o mecanismo de
ligação.
limite e índice de plasticidade Consiste
em se determinar o teor de umidade de
um solo referente à mudança do estado
plástico para o estado semi-sólido
através de ensaio mecânico. (Pedologia)
lignina Substância orgânica incrustante,
que acompanha a celulose nas paredes
de alguns tipos de células vegetais; se
deposita nas paredes das células
vegetais conferindo a estas notável
rigidez. (Botânica)
límnico Relativo a ambientes aquáticos
continentais como rios, riachos, lagos e
lagoas.
limnologia Ciência voltada ao estudo
das
condições
físicas,
químicas,
biológicas e meteorológicas dos corpos
de água doce, principalmente os lagos e
lagoas.
ligula É um tipo de apêndice, quase
sempre membranoso, de natureza
estipular, que se acha principalmente
entre o limbo e a bainha. (Botânica)
limbo foliar
(Botânica)
A
lâmina
da
limo
Substância muscilaginosa de
natureza orgânica, normalmente formada
pela criação de microorganismos.
folha.
lineação Feição que se apresenta na
superfície das rochas sob a forma de
linhas, as quais são penetrativas e
mantém uma orientação preferencial.
(Geologia)
limite de elasticidade Tensão máxima
que ainda provoca deformação elástica.
limite de escoamento Tensão máxima
que um material pode suportar, antes que
se inicie o escoamento plástico;
resistência máxima à deformação
elástica. (Metalurgia).
lineação de estiramento
Lineação
caracterizada pela elongação de minerais
ou agregados minerais durante a
deformação cisalhante; como está
contida no plano XY, se associa ao plano
de foliação milonítica.
limite de fadiga
A máxima tensão
cíclica que pode ser aplicada em material
de forma que este resista a um número
infinito de ciclos.
lineação mineral Lineação conferida
pela orientação de minerais com forma
alongada, que foram gerados por
recristalização metamórfica durante o
processo deformativo; comumente é
paralela à lineação de estiramento.
limite de liquidez
Consiste em se
determinar o teor de umidade de um solo
referente à mudança do estado líquido
para o estado plástico, utilizando-se a
energia de resistência ao cisalhamento.
(Pedologia)
lineação principal Designação utilizada
para a lineação de estiramento e lineação
mineral
que
se
apresenta
com
disposições paralelas no plano S1; marca
limite de pegajosidade Consiste em se
determinar o teor de umidade de um solo
no momento em que a pasta saturada
com água apresenta aderência máxima a
246
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
for levantado, esta terá então um índice
de refração maior do que a substância
circundante.
a orientação do eixo X do elipsóide de
deformção finita.
linebreeding Forma de acasalamento
consangüíneo que procura concentrar a
herança de um (uns) antepassado(s) ou
linha(s) ancestral(is) desejável(is) em um
rebanho. (Melhoramento Genético).
linha de costa
Linha que limita a
margem
das
águas
do
mar,
correspondente ao nível máximo da
preamar em zona costeira aberta.
linha de deixa Estrutura constituída por
cordões anastomosados, freqüentemente
encontados em praias, e formados pelo
acúmulo de materiais leves (fragmentos
de conchas, madeiras, algas, etc) e que
acompanham aproximadamente a linha
do litoral; é, em geral curva, mostrando a
convexidade voltada em direção ao
continente.
linecross Descendência produzida a
partir do acasalamento de duas ou mais
linhas
endogâmicas.
(Melhoramento
Genético).
linfoma Nome genérico para as doenças
devidas à proliferação desordenada das
células do tecido linfóide; os linfomas são
divididos em várias categorias de acordo
com o tipo predominante de células e seu
grau de diferenciação. (Medicina)
linha de descendência de líquidos
Linha que representa, em um diagrama
geoquímico de variação, o curso da
evolução
química
dos
líquidos
magmáticos, formados em razão da
cristalização fracionada ou fusão parcial
progressiva. (Geoquímica)
lingote Peça fundida, em moldes de
dimensões
conhecidas,
que
posteriormente será laminada ou forjada.
(Metalurgia)
linha
Conjunto de condutores,
isoladores e acessórios, usado para o
transporte ou distribuição de eletricidade.
(Energia)
linha de falha
Linha acima da
interseção do plano de falha com a
superfície do terreno; traço de falha.
(Geologia)
linha Série de graus de parentesco entre
indivíduos; ascendência e descendência
de um indivíduo. (Genética)
linha de instabilidade Uma linha ou
cinturão, ao longo da qual instabilidade
convectiva ocorre, sem que seja uma
superfície frontal. (Meteorologia)
linha aclínica Linha que une os pontos
da superfície terrestre onde a inclinação
da agulha magnética é nula.
linha de marmorização
Zona que
marca a passagem dos escarnitos para
os mármores, contituíndo-se em uma
região preferencial de concentração de
sulfetos, muitas vezes representando as
zonas mais ricas dos depósitos.
(Geologia)
linha cotidal Linha que em um mapa
une os pontos onde a preamar ocorre
simultaneamente.
linha das neves eternas Linha acima
da qual, mesmo no verão, a neve não
chega a desaparecer.
linha de pedras
Concentração de
pedras que ocorre no interior do perfil de
alguns solos, geralmente distribuídas em
camadas,
guardando
um
certo
paralelismo com a superfície do terreno.
(Pedologia)
linha de Becke Fenômeno em que
aparece uma linha de luz estreita,
associada com o contato vertical de duas
substâncias com índices de refração
diferentes, observada sobre a platina de
um microscópio; é melhor visualizada
quando é utilizada uma objetiva de
aumento médio e quando a abertura do
diafragma íris situado abaixo da platina
estiver praticamente fechada; se a linha
de Becke movimentar em direção à
substância quando o tubo do microscópio
linhagem
endógama
Linhagem
produzida por endogamia continuada; em
melhoramento genético de plantas, tratase de uma linhagem quase totalmente
homozigótica
advinda
de
247
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
comportar-se como se fosse um líquido;
o fenômeno tem lugar quando grãos
frouxamente
unidos
se
separam,
mantendo-se suspensos no próprio
fluido-intersticial, até que este se reduza
quantitativamente, de modo significativo,
por força da evorsão. (Sedimentologia)
autofecundações
continuadas,
acompanhada por seleção. (Genética)
linhagem evolutiva Encadeamento de
espécies ou gêneros, dispostos em
sucessão cronológica, com o objetivo de
mostrar sua descendência a partir de um
determinado táxon, considerado como
fonte de origem da linhagem em apreço.
líquen Associação entre fungos e algas
específicas que ocorre de uma maneira
tão íntima em termos de independência
funcional e tão integrada sob ponto de
vista morfológico, que é formado um
terceiro indivíduo que não se assemelha
a nenhum de seus constituintes.
linhagem híbrida É aquela em que um
determinado caráter se manifesta com
variações, de geração em geração, e o
caráter varia segundo os princípios ou
leis de Mendel. (Genética)
linhagem
preliminar
Linhagem
desenvolvida
em
instituições
especializadas em recursos genéticos, na
qual em uma primeira fase, foi
introduzida uma ou mais características
genéticas desejáveis e necessárias para
o
início
de
um
programa
de
melhoramento genético. (Genética)
liquidus Curva ou superfície que separa
áreas ou volumes onde não existem
sólidos presentes, daquelas nos quais
coexistem sólidos e líquidos; é a curva
que define o início da cristalização de um
magma, ou o término de fusão de um
sólido. (Geologia)
liquidus Linha do diagrama de fases;
lugar geométrico das temperaturas acima
das quais só existe líquido. (Metalurgia)
linhagem pura Linhagem homozigótica
em todos os locos, obtida geralmente,
por autofecundações sucessivas; é
aquela em que um determinado caráter
se manifesta sem variações, de geração
em geração. (Genética)
lira Aresta estreita situada entre as
estrias dos grãos de pólen ou esporos
estriados. (Palinologia)
liteira Camada superficial de solos sob
floresta, correspondente ao horizonte O
dos solos minerais, consistindo de restos
de vegetação como folhas, ramos,
caules, cascas de frutos, em diferentes
estádios de decomposição; serrapilheira
ou serapilheira
linhagens
Grupo de indivíduos que
possuem uma ascendência comum.
(Genética)
linhagens isogênicas Duas ou mais
linhagens que diferem geneticamente
entre si em um só loco. (Genética)
linhito Carvão acastanhado, encontrado
em
formações
Cenozóicas
ou
Mesozóicas, formado por restos vegetais
variados em que fragmentos lenhosos
representam um importante papel; sua
densidade situa-se entre 1,1 e 1,3, o teor
de carbono varia entre 65% a 75 %, o de
água entre 10% e 30% e o poder
calorífico entre 4.000 e 6.000 calorias.
litificação Processo através do qual um
sedimento inconsolidado transforma-se
em rocha endurecida.
litoclasto
Fragmento carbonatado
clástico
formado
e
depositado
mecanicamente, derivado de rochas
carbonatadas antes constituídas, seja no
interior, seja fora da bacia de
sedimentação.
linímetro
Instrumento utilizado para
medir o nível da superfície da água.
litófilo
Planta que cresce ou se
desenvolve nos rochedos; ruprestre,
rupícola, saxícola. (Botânica).
lípedes Substâncias de origem vegetal e
animal, nas quais predominam ésteres de
ácidos graxos superiores.
litófilos Elementos que mostram uma
afinidade máxima com o oxigênio.
(Química)
liquefação Mudança de comportamento
de um sedimento incoerente que passa a
248
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
biodegradáveis na atmosfera, no solo,
subsolo e nas águas continentais e
marítimas provocando danos ao meio
ambiente e doenças nos seres humanos.
litofítica Ver rupícola. (Botânica)
litófito Uma planta que cresce sobre a
superfície das rochas. (Botânica)
lito-horizonte
Termo litoestratigráfico
informal, que designa uma superfície de
mudança do caráter litoestratigráfico, de
grande utilidade para correlação- não
necessariamente sincrônica ou de
cronocorrelação de unidades ou corpos
litoestratigráficos. (Geologia)
lixo atômico
Aquele formado pelos
resíduos gerados em usinas nucleares,
equipamentos radiológicos, processos da
medicina nuclear, entre outros; contém
materiais que permanecem radioativos
por centenas ou milhares de anos, que
devem ser depositados em condições
especiais de isolamento, para evitar
danos à saúde a ao meio ambiente; lixo
nuclear.
Litólico Classe de solo que agrupa
solos rasos (< 50cm até o substrato
rochoso) e com horizontes na seqüência
A - C - R. (Pedologia)
lixo doméstico Aquele formado pelos
resíduos produzidos em residências; ao
contrário do que se pensa, este tipo de
lixo pode conter materiais tóxicos, como
restos de tintas, pilhas, baterias, etc.
litologia Estudo científico da origem das
rochas e suas transformações; esta parte
da geologia é também denominada de
petrografia; é uma importante ciência
auxiliar da geomorfologia no estudo das
formas do relevo, assim como para a
pedologia.
lixo hospitalar Todo resíduo gerado por
serviços de saúde, como farmácias,
clínicas e hospitais; inclui dois tipos:
resíduos comuns, compostos por papéis,
embalagens, restos de alimentos, etc;
materiais sépticos ou perigosos, gerados
nas salas de cirurgia, remédios, etc., para
os quais é obrigatório a coleta e destino
final especiais.
litoral Ver costa.
litosfera
Capa rígida do planeta
envolvendo o interior dúctil, cuja
viscosidade é da ordem de 1.022 Pa.s
(astenosfera);
engloba
a
crosta
continental, com suas porções, superior e
inferior, a crosta oceânica e o manto
litosférico.
lixo industrial Resíduos sólidos gerados
pela indústria; este lixo poderá conter
materiais que contaminam o solo, o ar
ou/e a água; o destino é de
responsabilidade das indústrias, sendo
controlado pela agência ambiental do
Estado.
litozona
Unidade litoestratigráfica
informal utilizada para denominar um
corpo rochoso identificado, de maneira
geral, por caracteres litoestratigráficos
insuficientes
(em
quantidade
ou
necessidade)
para
justificar
sua
designação como unidade formal.
lixo nuclear Ver lixo atômico.
lixo orgânico Constituído de materiais
orgânicos que vão para o lixo, como
folhas e galhos de plantas ou restos de
alimentos; pode ser transformado em
fertilizante, conhecido como composto
orgânico.
lixão Local onde se deposita o lixo, sem
projeto específico ou cuidado com a
saúde pública e o meio ambiente.
lixiviação Dissolução e remoção dos
constituintes de rochas e de solos;.
processo de remoção do solo de
substâncias solúveis, através da água
que percola (drena) pelo perfil do solo;
um dos processos do intemperismo.
(Pedologia)
lixo tóxico Resíduo venenoso, como
solventes, tintas, baterias de carros,
baterias de celular, pesticidas, pilhas,
produtos para desentupir pias e vasos
sanitários, dentre outros.
lixo Conjunto de resíduos de qualquer
atividade humana; acúmulo de detritos
domésticos
e
industriais
não-
lóbulo
Denominação utilizada para
indicar as expansões arredondadas de
exina, e que são originadas por um
249
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
lodo séptico Lodo de um tanque séptico
ou lodo que foi parcialmente digerido de
um tanque imhoff ou digestor.
aumento de espessura da sexina, na
formação das aberturas. (Palinologia)
loco Local no cromossomo onde se
localiza um determinado gene; locus.
(Genética)
loess Depósito pelítico essencialmente
siltoso, inconsolidado, sem estratificação,
de natureza eólica, proveniente, na
maioria das vezes, de áreas periglaciais
ou desérticas, e mostrando enorme
capacidade de formar encostas verticais.
(Geomorfologia)
locus Ver loco. (Genética).
lodo Denominação
sólidos acumulados
líquidos, água ou
durante um processo
depositados no fundo
cursos de água.
utilizada para os
e separados dos
água residuária,
de tratamento, ou
dos rios ou outros
logradouro público É o espaço livre, de
uso público inalienável, reconhecido pela
Municipalidade e designado por nome
próprio, destinado ao tráfego de veículo e
ao trânsito de pedestres; pode ser :
avenida, rua, galeria, praça, jardim e
outros.
lodo ativado Floco de lodo produzido
em
água
residuária
bruta
ou
sedimentada, formado pelo crescimento
de bactérias do tipo zoogléa e outros
organismos, na presença de oxigênio
dissolvido; o lodo é mantido em
concentração
suficiente,
pela
recirculação de flocos previamente
formados.
longitude É o arco de paralelo, medido
em graus, entre determinado lugar e o
meridiano principal que passa pelo
Observatório de Greenwich, perto de
Londres; a este meridiano corresponde a
longitude 0º; a longitude de qualquer
ponto dado sobre o globo é medida na
direção leste ou oeste a partir deste
meridiano, pelo caminho mais curto;
portanto, a longitude deve oscilar entre
zero e 180º, tanto a leste quanto a oeste
de Greenwich; conhecendo-se somente a
longitude de um ponto não podemos
determinar sua situação exata, porque o
mesmo valor da longitude corresponde a
todo um meridiano; por esta razão, pode
definir-se um meridiano como o lugar
geométrico de todos os pontos que têm a
mesma longitude
lodo digerido
Lodo digerido sob
condições anaeróbicas ou aeróbicas até
que os conteúdos voláteis tenham sido
reduzidos ao ponto em que os sólidos
tornem-se relativamente não putrescíveis
e inofensivos.
lodo líquido
Lodo contendo água
suficiente, geralmente mais de 85%, para
permitir escoamento por gravidade ou
bombeamento.
lodo primário Lodo constituído pelos
sólidos removidos do esgoto, por
sedimentação no decantador primário.
lodo químico Lodo obtido através do
tratamento
dos
despejos
com
substâncias químicas.
lopólito Forma intrusiva de grandes
dimensões,
lenticular,
concordante,
comprimida na sua parte central, e
presente de um modo geral nas porções
inferiores das sinclinais. (Geologia)
lodo recirculado
Lodo ativado,
sedimentado, que retorna para se
misturar com a água residuária bruta ou
de sedimentação primária.
louro-aritu (Licaria aritu)
Árvore da
família Lauraceae, de porte médio,
aromática, com sapopemas às vezes
superior a 2,30 m, fuste retilíneo regular,
casca acinzentada, verrucosa, com
algumas placas soltas, com 1,0 cm de
espessura; madeira pesada; cerne
castanho escuro; alburno amarelado; grã
direita a oblíqua; textura média; cheiro
agradável; gosto levemente amargo.
lodo removível Lodo que pode ser
retirado de um leito de secagem,
normalmente com 75% de umidade.
lodo secundário
Lodo decantado,
proveniente do efluente de um filtro
biológico ou lodos ativados, e que é
sedimentado no decantador secundário.
250
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
louro-chumbo (Licaria canela) Árvore
da família Lauraceae, de porte médio,
fuste retílineo cilíndrico, superior a 50 cm,
casca
lisa,
acinzentada
com
descamação, com 2,0 cm de espessura;
madeira muito pesada; cerne castanhoescuro, bem diferenciado do alburno
castanho-claro; grã revessa; textura fina;
figura
ausente;
cheiro
levemente
agradável e gosto indistinto.
luminescência Qualquer emissão de luz
produzida por um mineral, que não seja
resultado direto de incandescência; é
classificada em: termoluminescência,
eletroluminescência, quimiluminescência,
triboluminescência
e
cristaloluminescência.
louro-gamela (Nectandra rubra) Árvore
da
família
Lauraceae,
de
porte
avantajado, de fuste retilíneo cilíndrico,
com diâmetro às vezes superior a 80 cm,
casca
avermelhada,
rugosa,
apresentando placa solta, com espessura
de até 2,0 cm; madeira moderadamente
pesada; cerne róseo-castanho a pardoavermelhado; alburno mais claro com
brilho dourado, escurecendo quando
exposto ao ar, com espessura de 2,5 a 5
cm; grã direita, textura média a grossa,
figura ausente; cheiro pouco agradável
quando verde, desaparecendo após a
secagem; gosto levemente amargo.
Luvissolo Compreende solos minerais,
não hidromórfico, com horizonte B
textural ou horizonte B nítico, com argila
de atividade alta e saturação por bases
alta, imediatamente abaixo de horizonte
A fraco ou horizonte A moderado, ou
horizonte E; solos ricos em bases, B
textural, correspondendo aos Brunos não
Cálcicos, Podzólicos Vermelho-Amarelos
Eutróficos e similares; termo da nova
classificação
brasileira
de
solos.
(Pedologia)
lutito Rocha cuja maioria dos seus
constituintes detríticos mostra dimensões
inferiores a 63 micra.
luz plano polarizada Luz que vibra em
uma linha ao longo de um plano,
formando ângulos retos com a direção de
propagação; luz polarizada linearmente.
(Física)
loxodroma Linha que em um mapa ou
carta, secciona cada meridiano no
mesmo ângulo, e que é oblíqua ao
Equador.
luz polarizada linearmente
plano polarizada. (Física)
LTP - Lunar Transient Phenomenon
Fenômeno transiente lunar; certas
luminosidades irregulares observadas na
Lua de caráter transitório. (Astronomia)
Ver luz
lubrificante Substância colocada entre
duas superfícies, com o objetivo de
reduzir o atrito e o desgaste.
M
lucívaga Vegetal que precisa de muita
luz para o seu desenvolvimento e que
não
pode
subsistir
por
tempo
indeterminado, se dominado.
lúmen Cavidade ou canal dentro de um
órgão tubular ou tubo; no trato digestivo é
por onde transita os alimentos e seus
restos; luz. (Medicina)
m
Colocado após o símbolo dos
horizontes B e C, indica cimentação
pedogenética
extraordinária
e
irreversível, contínua ou quase contínua,
em horizontes que são cimentados em
mais de 90%, embora possa apresentar
fendas ou cavidades; exemplo Bm.
(Pedologia)
lúmen Espaço entre os muros de um
retículo. (Palinologia)
lúmen Potência luminosa que é emitida
por uma fonte pontual que apresenta
intensidade igual a 1 candela. (Física)
251
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
esconde rápido
ameaçado.
M1, M2, Mn Símbolos utilizados para
designar a primeira, segunda, terceira, ou
enésima geração após o tratamento com
agente mutagênico. (Genética)
quando
se
sente
macaco sagui
Animal mamífero da
família dos Hapalideos, pequenos, entre
50 e 70 cm de altura, e levíssimos,
pesam menos de meio; são diurnos,
arbícolas e vivem em grupos com até
seis indivíduos e o macho ajuda a cuidar
dos filhotes; emitem grunhidos ou
assobios finos que são ouvidos a longa
distância.
maar
Cratera rasa de um vulcão
embrionário, do qual apenas explodiu a
chaminé, sem contudo ter havido
derramamento de lava.
macaco aranha (Atelas paniscus) Símio
que vive em grupos com até 20
indivíduos; tem apenas um filhote por ano
que é completamente dependente da
mãe até os 10 meses; em cativeiro, tem
um comportamento indiscreto e agitado
como uma criança.
macaco
saki
(Pithecia
irrorates)
Mamífero do gênero Pithecia encontrado
em vários tipos de floresta; vive em
grupos, de dois a oito indíviduos, e
raramente se associam a outros; quando
dois grupos se encontram demonstram,
claramente, com atitudes e sons
agressivos
que
não
querem
aproximação; dentro do grupo, apenas
uma fêmea reproduz gerando um filhote
a cada dois ou três anos; se, por acaso,
ele morrer, esse espaço de tempo
diminui para um ano.
macaco caiarara (Cebus albifrons)
Animal mamífero de muito pequeno,
medindo apenas 45 cm; a maioria tem
uma cor escura, quase preta, mas esta
espécie apresenta a barba e as mãos
claras; na cabeça possui uma mancha
em forma de pêra que vai da testa até a
base do nariz.
macaco cuxiu de nariz branco
(Chiropotes albinasus) Animal mamífero
aparentado do uacari, com a diferença
que tem a cauda longa; vive em grandes
bandos com até 40 animais, sempre em
árvores, não descem para o chão.
macaco sauim (Saguinus midas) Animal
mamífero que vive em bandos com cerca
de 10 animais; come frutas e insetos e
pesa muito pouco, menos de meio quilo.
macaco sauim imperador (Saguinus
imperator) Foi descoberto no século
passado e recebeu este nome quando
um empalhador decidiu enrolar o seu
bigode à maneira do imperador alemão
Wilhem; vve em pequenos bandos de 7 a
14 indivíduos; a fêmea tem dois filhotes
de cada vez e o macho solidário, ajuda a
criá-los.
macaco da noite (Aotus azarae) Animal
mamífero da família Cebideae, único tipo
de macaco noturno da América;
monógamo, vive apenas com a família;
come frutas, folhas e insetos.
macaco guariba (louatta seniculus) É o
maior macaco do Brasil, podendo atingir
até 1,20 m de altura; o bando, com até
oito indivíduos, é guiado pelo macho
mais velho chamado capelão; o osso
hióide amplifica sua voz forte e rouca que
pode ser ouvida a quilômetros; os nativos
usam esse osso para curar asma e
coqueluche.
macaco sauim-de-coleira (Saguinus
bicolor bicolor) Vive em família e a
fêmea tem gêmeos duas vezes por ano;
alimenta-se de néctar, insetos e frutos; só
encontrado na região da cidade de
Manaus e está ameaçado de extinção;
para proteger a espécie foi criado o
Parque Municipal do Mindu.
macaco parauacu (Pithecia monachus)
Animal mamífero da família dos
Cebideos, ainda pouco conhecido; sabese apenas que vive em bandos pequenos
com até 7 animais e parece ser
monógamo; come frutos maduros,
sementes e folhas; é muito arredio e se
macaco uacari branco (Cacajao calvus
rubicundus) É pequeno com cerca de 60
cm de altura e pesa entre 3 e 4 kg; vive
nas copas das árvores das matas
inundadas, várzeas e igapós e anda de 6
a 7 km por dia, em bandos com até 50
252
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
forma
cristalina
característica
e
composição química constante; originamse dos restos de diferentes órgãos e
tecidos das plantas, sendo que suas
propriedades físicas e químicas mudam à
medida que a carbonificação se
processa; os macerais diferem entre si,
microscopicamente, em função de
diferentes propriedades tais como
reflectância, cor, morfologia, volume,
anisotropia e dureza.
indivíduos; emite um som parecido com
latido; para procurar alimento o bando se
divide; come a polpa das frutas na cheia
e sementes verdes na seca; por ter um
corpo tão semelhante ao de uma criança
não é caçado pelo caboclo; a única
ameaça é a extração de madeiras, que
acaba com seu habitat; só é encontrado
na Amazônia e é o único das Américas
que tem o rabo curto; popularmente
chamado de macaco inglês, uma
brincadeira com os estrangeiros que
ficam com essa cara por causa do calor
intenso da região.
maciço Termo descritivo que designa
áreas montanhosas que já foram,
parcialmente,
erodidas;
exemplos:
maciço armoricano (Bretanha), maciço
guiano, maciço brasileiro etc. (Geografia)
macaco
zogue-zogue
(Callicebus
moloch brunneus) Animal mamífero que
vive na mata de terra firme apenas com a
família. É um dos poucos que dispensa o
bando; tem um filhote de cada vez e o
macho não só ajuda a cuidar como
carrega o filhote nas costas.
maconha
Variedade de cânhamo,
Cannabis sativa var. indica, que
apresenta folhas e flores usadas como
narcótico.
macroclimatologia Estudo voltado aos
aspectos do clima de amplas áreas da
superfície terrestre e com os movimentos
atmosféricos em larga escala que afetam
o clima.
macaco-de-cheiro (Saimiris sciurea)
Animal mamífero que vive em grandes
bandos com até 45 animais; come frutos
mas os insetos são o seu prato favorito; é
pequeno com cerca de 40 cm de altura e
pesa, no máximo, 1 kg.
macroelementos Elementos químicos
presentes em abundância na constituição
do solo, formando cerca de 99% de seu
peso; são eles: O (oxigênio), Si (silício),
Al (alumínio), Fé (ferro), Ca (cálcio), Na
(sódio), K (potássio), Mg (magnésio), Ti
(titânio) e P (fósforo); algumas vezes o
termo macroelemento é impropriamente
usado como sinônimo de macronutriente.
(Pedologia)
maçaranduba (Manilkara huberi) Árvore
da família Sapotaceae, de grande porte,
fuste retilíneo, com diâmetro superior a
70
cm,
casca
fissurada
longitudinalmente, de cor marromavermelhada de 2,0 cm de espessura;
madeira muito pesada; cerne vermelhoescuro;
alburno
creme-claro,
com
espessura média de 6,6 cm; grã direita;
textura média; figura pouco destada;
cheiro e gosto indistintos.
macromaré Maré que apresenta uma
amplitude superior a 4 m.
macronutrientes Elementos nutrientes
que são absorvidos do solo em maior
quantidade pelas plantas; são eles: N
(nitrogênio), P (fósforo), K (potássio), Ca)
cálcio), Mg (magnéiso) e S (enxofre).
macega
Capinzal impenetrável que
cresce bastante unido, apresentado-se
ressequido.
maceração Procedimento no qual uma
substância vegetal é colocada imersa no
líquido a ser usado (água, álcool, eter,
vinho ou vinagre), em temperatura
ambiente; embora lenta, a maceração é
um método excelente para obter o
princípio ativo em toda a sua integridade.
macronutrientes
primários
Denominação utilizada pela legislação
brasileira sobre fertilizantes para designar
os nutrientes N (nitrogênio), P (fósforo) e
K (potássio).
macronutrientes
secundários
Denominação utilizada pela legislação
brasileira sobre fertilizantes para designar
maceral
Denominação aplicada aos
constituintes orgânicos do carvão,
reconhecíveis microscopicamente, sem
253
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
madeira mole Termo que geralmente
designa a madeira que é proveniente das
coníferas.
os nutrientes Ca (cálcio), Mg (magnésio)
e S (enxofre).
macroporos Poros do solo com maiores
diâmetros e que, por isso, não são
capazes de reter água por capilaridade,
sendo responsáveis pela circulação de
gases. (Pedologia)
madeira verde Madeira recém-cortada e
que apresenta teor de umidade maior
que o da madeira seca ao ar.
mãe-de-taoca-pintada
(Phlegopsis
nigromaculata) Aves que seguem as
formigas de correição; quando as
formigas avançam, todo tipo de pequeno
animal como insetos e lagartos tem que
fugir para não ser predado; mãe-detaoca-pintada fica na frente da coluna e
pega os animais quando eles tentam fugir
das formigas
macroporosidade Porosidade referente
aos poros maiores, aqueles que não são
capazes de reter água por capilaridade;
são os poros que se apresentam vazios
em uma amostra de solo que, após ser
saturada, é submetida a uma tensão a 60
cm; porosidade não capilar. (Pedologia)
macrorregião
Região extensa com
características naturais gerais mais ou
menos homogêneas, em contraposição à
microrregião; exemplo: Região Norte ou
Sudeste do Brasil. (Geografia)
máficas Rochas ricas em Mg e Fe, bem
como em vários outros nutrientes; são
geralmente de cor escura e muito duras.
máfico Termo que designa mineral de
coloração escura em oposição ao félsico
de coloração clara.
macucu-chiador (Licania oblongifolia)
Árvore de porte médio, fuste retilíneo,
diâmetro superior a 70 cm, casca sulcada
avermelhada, com 1,0 cm de espessura;
madeira pesada; cerne castanho escuro;
alburno creme; grã direita a oblíqua;
textura grossa; cheiro e gosto indistintos.
magma Matéria rochosa movediça à
elevada temperatura, constituída no todo
ou em parte apreciável, por uma fase
líquida, que apresenta a composição de
uma fusão silicatada; pode conter uma
fase gasosa ou se constituir quase
inteiramente em fases sólidas e
cristalinas.
macucu-de-paca (Aldina heterophylla)
Árvore da família
Leguminosae, de
grande porte, fuste retilíneo cilíndrico,
com diâmetro superior a 70 cm, casca
esbranquiçada com 2,0 cm de espessura;
madeira pesada; cerne vermelho-claro;
alburno amarelo-creme, grã revessa,
textura média a grossa, figura atrativa,
cheiro e gosto indistintos.
magma parental Magma derivado de
outro ou de outros magmas que já
desapareceram, correspondendo, em
uma suíte magmática, aos fácies cuja
composição mineralógica e química é a
mais primitiva.
madeira aparelhada Madeira em peças
cujas faces e cantos estão aplainados;
madeira aplainada.
madeira aplainada.
aparelhada.
Ver
magma primário
Magma gerado
diretamente da fusão parcial de material
da crosta ou do manto, que não sofreu
qualquer
processo
posterior
que
provocasse
alteração
em
sua
composição original.
madeira
madeira branca Denominação vulgar
dada
a
toda
madeira
que,
independentemente de sua coloração,
apresenta baixa resistência à ação dos
agentes deterioradores.
magnetização
espontânea
magnetização remanescente.
Ver
magnetização induzida Magnetização
gerada em um magneto, corpo rochoso
ou depósito mineral quando submetido à
presença de um campo magnético
externo, ou no caso de minerais e
rochas, o campo magnético da Terra; a
intensidade induzida de magnetização ou
madeira de lei Denominação vulgar que
é dada a toda madeira que apresenta alta
resistência
à ação dos agentes
destruidores.
254
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
alimentos o que reduz a quantidade de
nutrientes que a pessoa recebe.
(Medicina)
momento magnético por unidade de
volume, é dada pela fórmula: I=k.H,
sendo k a suscetibilidade volumétrica de
cada material ou corpo induzido e H a
intensidade do campo magnético externo
ou campo magnético da Terra.
magnetização
permanente
magnetização remanescente.
malacostráceos Grupo de crustáceos a
que pertencem os camarões, as lagostas
e os caranguejos, sendo constituídos de
20 segmentos, dos quais: 5 cefálicos,
soldados; 8 torácicos; 6 abdominais; e o
telso; seus melhores fósseis conhecidos
estão presentes no calcário litográfico de
Solnhofen, do Período Jurássico, na
Alemanha.
Ver
magnetização
remanescente
Magnetização gerada em um magneto,
corpo rochoso ou depósito mineral por
um campo magnético pretérito; uma vez
retirada a ação desse campo, o magneto,
corpo rochoso ou depósito mineral
permanece magnetizado; magnetização
permanente ou espontânea.
malaquita
Mineral supérgeno que
cristaliza no sistema monoclínico, classe
prismática,
e
com
composição
Cu2CO3(OH)2; apresenta cor verde
brilhante
e
formas
comumente
botrioidais.
magnetosfera Região do espaço na
qual o campo magnético de um planeta
domina o campo magnético do vento
solar. (Astronomia)
maleabilidade Refere-se à capacidade
do material se deformar sem fraturar,
quando submetido à cargas de tração,
compressão ou torção. (Metalurgia)
magnitude absoluta Medida do brilho
intrínseco e consequentemente absoluto,
de uma estrela; também pode ser
definida como igual à magnitude
aparente de uma estrela vista a uma
distância de 10 parsec; a diferença entre
a magnitude aparente observada e a
magnitude absoluta pode-nos indicar a
distância a que se encontra a estrela. Ver
parsec. (Astronomia)
maligno Canceroso. (Medicina)
mamíferos Tetrápodes homeotérmicos
(sangue quente), que se apresentam
cobertos de pêlos, dotados de glândulas
mamárias, e possuindo dois côndilos
ocipitais; os dentes são diferenciados em
caninos, incisivos e molares. (Zoologia)
manancial
Qualquer corpo d'água
superficial ou subterrâneo, que serve
como
fonte
de
abastecimento.
(Hidrologia)
magnitude aparente Brilho de uma
estrela como é visto a olho nu, ou com
um telescópio; este grau de luminosidade
é expresso numa escala numérica na
qual a estrela mais brilhante tem
magnitude -1,4 e a estrela visível mais
fraca tem magnitude 6. (Astronomia)
manchas solares Manchas escuras que
aparecem em grupos de duas ou mais,
em
zonas
de
intensa
atividade
magnética; as manchas de um mesmo
par têm polaridades opostas e existe um
campo magnético entre elas semelhante
ao de um ímã; parecem escuras porque a
sua temperatura é inferior à da fotosfera
que as rodeia. (Astronomia)
magnitude de impacto ambiental
Representa a grandeza de um impacto
em termos absolutos, podendo também
ser definida como a medida da alteração
no valor de um fator ou parâmetro
ambiental, em termos qualitativos e
quantitativos; considera o grau de
intensidade (pequeno ou grande), a
periodicidade e amplitude temporal
(rápido ou lento) de cada impacto.Ver
AIA.
mandíbula ou maxila inferior Parte
inferior do bico que inclui a parte óssea
revestida por um estojo córneo ou
ranfoteca. (Zoologia)
mandioqueira
(Qualea
paraensis)
Árvore da família Vochysiaceae, de
grande porte, fuste retilíneo, com
diâmetro superior a 70 cm, casca áspera,
malabsorção
Condição na qual o
intestino tem uma capacidade abaixo do
normal de digerir ou absorver os
255
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ecológico das pragas; propicia o máximo
proveito de fatores de morbidade
naturais, complementado em alguns
casos, pelo uso de agrotóxicos químicos
artificiais. (Agronomia)
acinzentada, com algumas descamações
com 1,0 cm de espessura; madeira
pesada; cerne bege-claro amarelado ou
levemente rosado; alburno cremeamarelado; grã oblíqua; textura grossa;
figura pouco destacada; cheiro e gosto
indistintos.
mangaba Árvore de porte variado e
copa ampla (Hancornia speciosa); os
frutos são bagas arredondadas com
casca amarelada apresentando estrias
avermelhadas; polpa bastante macia,
doce,
carnosa-viscosa,
acidulada,
contendo 8 a 15 sementes; sua
frutificação vai de setembro a março, na
Amazônia.
mandioqueira-áspera
(Qualea
brevipedicellata) Árvore de grande porte,
fuste retilíneo, com diâmetro superior a
90 cm, casca lisa acinzentada com 1,0
cm de espessura; madeira pesada; cerne
castanho-amarelado; alburno creme; grã
oblíqua; textura grossa; gosto e cheiro
não pronunciados.
mangue Ver manguezal.
manejo
Aplicação de programas de
utilização dos ecossistemas, naturais ou
artificiais, baseada em teorias ecológicas
sólidas, de modo a manter, de melhor
forma possível, nas comunidades, fontes
úteis de produtos biológicos para o
homem, e também como fonte de
conhecimento científico e de lazer; ações
integradas
de
utilização
dos
ecossistemas que não provoquem o
desequilíbrio ecológico, permitindo a
produção de insumos necessários em
determinada região, além de contribuir ao
conhecimento científico e para atividades
de lazer.
manguezal É um ecossistema litorâneo,
que ocorrem em terrenos baixos sujeitos
à ação da maré e localizados em áreas
relativamente abrigadas, como baias,
estuário e lagunas; são normalmente
constituídos de vasas lodosas recentes, à
quais se associa tipo particular de flora e
fauna; mangue.
maniçoba
Alimento semelhante à
feijoada completa, onde o feijão é
substituído pela massa de folhas
trituradas e cozidas da mandioca que,
segundo a tradição da culinária
paraense, deve ir ao fogo pelo menos
durante uma semana para eliminação de
substâncias venenosas.
manejo do solo Consiste na soma de
todas as práticas de cultivo, fertilização,
correção
ou
outros
tratamentos,
conduzidos ou aplicados a um solo, que
visam a produção de plantas.
maniçoba Pequena árvore da família da
Euforbiáceas (Manihot glaziovii), que
ocorre no Nordeste e fornece látex para
produção de borracha de segunda
classe.
manejo florestal Ramo da dasonomia
que trata da prévia aplicação de sistemas
silviculturais que propiciem condições de
uma exploração anual ou periódica dos
povoamentos, sem afetar-lhes o caráter
de patrimônio florestal permanente;
prática pela qual o homem interfere em
formações florestais com o objetivo de
promover
mais
rapidamente
sua
regeneração ou de atingir de maneira
mais eficiente a produção de bens
florestais do seu interesse. (Silvicultura)
manilha Grande tubo para instalação
subterrânea que conduz às águas
servidas. (Engenharia Civil)
manta Tecido fabricado com fibra de
amianto, resistente ao fogo e ao calor; é
fabricado em camadas de feltros ou
papel de amianto, impregnados com
asfalto.
manta Termo usado pelos pescadores
que significa cardume.
manejo
integrado
de
pragas
Abordagem multidisciplinar do manejo de
populações de pragas, que usa uma
variedade de técnicas de controle de
maneira compatível com o conhecimento
manta asfáltica
Revestimento que
impermeabiliza lajes e coberturas.
(Engenharia Civil)
256
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
escala de publicação do levantamento
geralmente é menor do que a do mapa
básico utilizado. (Pedologia)
manta plástica
Revestimento que
impermeabiliza lajes, coberturas e contrapisos; pode ser aplicada diretamente
sobre o solo para evitar erosão.
(Engenharia Civil)
mapa de contorno estrutural Mapa que
expressa o relevo de um determinado
horizonte estratigráfico através das linhas
denominadas de contorno estrutural, que
unem pontos de mesma cota do
horizonte considerado. (Geologia)
mantenedor de espuma Substância
que
aumenta
a
estabilidade
de
suspensão de bolhas de gás em um meio
líquido, mantendo a espuma.
mapa de isópacas Mapa que registra a
variação da espessura de uma camada
ou de um pacote de camadas. (Geologia)
manto Subdivisão da Terra que se
estende desde a Descontinuidade de
Mohorovicic até a profundidade de 2.900
km, ocupando 83% do seu volume e 67%
de sua massa; sua densidade varia de
3,5 g/cm3 até 5,5 g/cm3 nas
proximidades do Núcleo, mostrando
contudo uma significativa modificação em
profundidades de 400 km e 650 km;
divide-se em Manto Superior e Manto
Inferior, havendo uma zona de transição
situada a 400 km e 650 km de
profundidade, onde ocorre um aumento
da velocidade das ondas sísmicas; o
Manto Superior estende-se até 900 km
de
profundidade,
possuindo
uma
estrutura diferenciada uma vez que a
cerca de 50 a 100 km as ondas sísmicas
sofrem brusca diminuição de velocidade,
e que se estende até 150 a 200 km sob
as regiões oceânicas. (Geologia)
mapa de reconhecimento de solos
Representação
gráfica
onde
são
separadas as unidades de mapeamento
menos homogêneas, sendo que as
observações e prospecções são feitas a
intervalos regulares mas continuamente
em
toda
a
área;
utilizado
no
planejamento do desenvolvimento de
novas áreas; escala de publicação:
1:100.00 a 1:750.000; área mínima
mapeável: 0,4 km2 a 22,5 km2.
(Pedologia)
mapa de solos É a parte fundamental
de um levantamento de solos, pois
mostra a distribuição espacial de
características de solos e a composição
de unidades de mapeamento, em termos
de unidades taxonômicas e tipos de
terreno, além de algumas características
do meio ambiente. (Pedologia)
manto glacial
Solo formado por
materiais de origem glacial, depositados
diretamente por geleiras ou indiretamente
por correntes glaciais, lagos glaciais ou
pelo mar.
mapa
detalhado
de
solos
Representação
gráfica
onde
são
separadas unidades de mapeamento
bastante homogêneas com variação
menos estreita; as classes de solos são
identificadas no campo por observações
sistemáticas ao longo de transversais;
utilizado para provimento de bases
adequadas para mostrar diferenças
significativas de solos em projetos
conservacionistas, áreas experimentais,
uso da terra e práticas de manejo em
áreas de uso agrícola, pastoril ou florestal
intensivo, etc.; a escala de publicação
fica entre 1:10.000 e 1:25.000, sendo a
área mínima mapeável equivalente a 0,4
até 2,5 hectares. (Pedologia)
manufatura Tipo de indústria manual
executada em grandes unidades de
produção e em que existe já alguma
divisão do trabalho. (Economia)
mapa base Representação gráfica que
serve de base para o geoprocessamento,
sendo que em alguns casos, essa base
raramente muda (ex. região censitária);
em outros casos a informação requer
freqüentemente
manutenção,
por
exemplo: cadastro de propriedades.
(Geoprocessamento)
mapa básico de solos Representação
gráfica utilizada no campo para receber
diretamente os delineamentos que
separam as unidades de mapeamento; a
257
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mapa temático Aquele relacionado a
um determinado tópico, tema ou assunto
em estudo; enfatizam tópicos, tal como
solos, vegetação, geologia ou cadastro
de
propriedade;
mapas-síntese.
(Cartografia)
mapa digital
Aquele produzido e
armazenado
em
meio
magnético.
(Cartografia)
mapa
esquemático
de
solos
Representação gráfica baseada nos
fatores de formação do solo, utilizada
para
áreas
inexploradas
ou
desconhecidas,
com
escala
de
publicação maior que 1:1.000.000 e área
mínima mapeável equivalente a mais de
40
km2;
fornece
informações
generalizadas sobre a distribuição
geográfica e a natureza dos solos de
grandes
extensões
territoriais.
(Pedologia)
mapa
ultradetalhado
de
solos
Representação
gráfica
onde
são
separadas unidades de mapeamento
com
variações
estreitas,
muito
homogêneas; para isso, é necessário
percorrer toda a área no campo, com
intervalos muito pequenos entre as
observações; utilizado para planejamento
e localização de pequenas explorações,
como
por
exemplo:
parcelas
experimentais,
áreas
residenciais,
projetos especiais de irrigação, etc; a
escala de publicação é maior que
1:10.000; área mínima mapeável menor
que 0,4 hectares. (Pedologia)
mapa
exploratório
de
solos
Representação
gráfica
onde
são
separadas
unidades muito pouco
homogêneas, que são estudadas no
campo, mas os limites são compilados de
outras fontes, quando houver; utilizados
em grandes áreas não desbravadas ou
ainda pouco utilizadas; escala de
publicação: 1:750.000 a 1:2.500.000;
área mínima mapeável: 22,5 a 250 km2
(Pedologia)
mapa-mundi Representa a superfície
terrestre em seu conjunto, com a
separação dos hemisférios, tendo em
geral escala de 1:10.000.000 ou menor.
(Cartografia)
mapará Peixe que faz parte do grupo
dos bagres, família Hipoftalmidae; ao
contrário do bagre que fica no fundo do
rio e é carnívoro; é um peixe de
superfície e se alimenta apenas de
microorganismos que constituem o
plancton.
mapa
generalizado
de
solos
Representação
gráfica
feita
por
compilação, baseada em dados e
informações, publicados ou não, com
eliminação de detalhes e escalas muito
variáveis; utilizado para visualização e
planejamento
de
grandes
áreas.
(Pedologia)
mapas ou cartas geográficas Produtos
gráficos que mostram as características
ou elementos geográficos gerais de uma
ou mais regiões, país ou continente ou
mesmo do mundo, o que exige o
emprego de escalas pequenas (de
1:500.000 a 1:1.000.000 ou menos).
(Cartografia)
mapa genético Representação gráfica
da distância genética que separa locos
com genes não alelos em uma estrtura
de ligação. (Genética)
mapa
semidetalhado
de
solos
Representação
gráfica
onde
são
separadas
as
classes
de
solos
identificadas no campo por observações
a pequenos intervalos no interior de
padrões
diferentes;
utilizado
para
fornecer as bases de seleção de áreas
com maior potencial de uso intensivo da
terra e para identificação de problemas
localizados, nos planejamentos gerais de
uso e conservação dos solos; escala de
publicação: 1:25.00 a 1:100.000; área
mínima mapeável: 2,5 a 40 hectares.
(Pedologia)
mapas
ou
cartas
topográficas
Produtos gráficos que mostram as
características ou os elementos naturais
e artificiais da paisagem com um certo
grau de precisão ou de detalhamento, de
uma determinada área ou região.
normalmente apresentados em escala
que varia de 1:25.000 a 1:250.000.
(Topografia)
258
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mapati Árvore com 5 a 12 m de altura
(Pourouma
cecropiaefolia),
muito
parecida com a embaubeira; o fruto é
uma drupa de epicarpo coriáceo,
levemente áspero de cor violáceo-preta,
quando maduro; éspécie nativa da
Amazônia ocidental (alto rio Negro e
Solimões); frutifica entre setembro e
fevereiro.
parcialmente a crosta superior; pode ser
circundado por crosta continental integral,
como no Mar Cáspio, ou parcialmente
ilhado, isto é, quase completamente
circundado por costa continental integral,
como o mar Negro e Golfo do México.
mar interior Mar circundado por um
continente ou por águas rasas, de modo
que a comunicação com o oceano aberto
é restrita a um ou poucos estreitos.
mapeamento genético Determinação
das posições relativas dos genes em
uma molécula de DNA (cromossomo ou
plasmídeo) e da distância, em unidades
de ligação ou unidades físicas, entre
eles. Ver mapa genético. (Genética)
mar intracontinental
Mar tipo
mediterrâneo, cujas costas pertencem a
um mesmo continente. Ver mar
mediterrâneo.
maprock
Estrutura constituída por
minúsculos cilíndros de limonita e
hematita, alinhados, que se cruzam em
ângulos retos, sobre a superfície de
acamamento, formando desenhos que se
assemelham ao traçado de uma cidade.
mar mediterrâneo
Denominação
aplicada a um mar que adentra
profundamente
no
continente,
comunicando-se com o oceano através
de um ou mais estreitos; apresenta fluxos
fracos e salinidade distinta daquela dos
oceanos.
maqui
Denominação aplicada à
vegetação xerófita encontrada na bacia
do mar mediterrâneo, em que algumas
árvores crescem até 5 m de altura
enquanto uma grande variedade de
plantas herbáceas se estende sob o
substrato arbóreo.
mar residual Testemunho de um mar
antigo que ocupava áreas bem maiores,
e que atualmente está restrito a lagos
salgados e lagunas, e com a elevação da
salinidade vão precipitando diversos sais.
marauíto Combustível fóssil do tipo bog
head, sapropelito formado por algas, com
a presença de esporos, pólens e
cutículas de plantas, apresentando-se no
estágio de carbonização equivalente a
um linhito.
mar Corpo de água salgada menor do
que um oceano. (Geografia)
mar de littorina Mar mediterrâneo que
ocupava entre 7.500 e 4.000 anos atrás
uma
posição
aproximadamente
correspondente ao atual Mar Báltico
marca de carga Estrutura resultante da
deposição de material arenoso ou síltico
sobre uma camada de material argiloso
que se encontra ainda em estado
plástico; devido à heterogeneidade da
carga sobrejacente, o material argiloso
desloca-se lateralmente e para cima,
originando uma superfície de contato
irregular; o material argiloso adquire
formas
bulbosas,
mamilares
e
papiliformes.
mar de morro Termo que designa o
conjunto
de
morros
de
formato
mamelonar que ocorre fazendo parte do
relevo na região sudeste e sul do Brasil;
em visão aérea, este conjunto apresenta
um arranjo que lembra as ondas do mar.
(Geomorfologia)
mar de sargaço
Área do oceano
Atlântico, situada entre 20 e 35o de
latitude norte, onde são observadas
grandes quantidades de sargaços,
oriundos da multiplicação vegetativa e
que por vezes, impecilho à navegação
marca de deixa Feição que corresponde
a cristas finas e ondeantes, que
coincidem com os limites máximos
alcançados,
sucessivamente,
pelas
ondas do decorrer da maré vazante.
mar ilhado Bacia implantada no interior
das áreas continentais, não associada a
arcos vulcânicos, em que falta total ou
marca espigada Marca contínua devida
a objeto flutuante, constituída por uma
259
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
significativa
em
(Meteorologia)
impressão em forma de V, alinhada e
paralela à corrente; o vértice aponta para
a frente da corrente que a originou.
maré de águas vivas
sizígia.
maré de perigeu Maré que apresenta
amplitude avantajada que ocorre quando
a Lua se encontra no perigeu, isto é, no
ponto mais próximo da Terra.
maré de sizígia
Maré de grande
amplitude, que ocorre quando o Sol e a
Lua estão em sizígia, isto é, quando a
atração gravitacional entre os dois astros
se soma; ocorre por ocasião das luas
cheia e nova; maré de águas vivas.
Ver marcas fiduciais.
maré diurna Maré com uma preamar e
uma baixamar em um ciclo de maré, isto
é, em um dia lunar.
marcas de onda Ondulações rítmicas
que se desenvolvem na superfície das
camadas, sob a ação de correntes ou
ondas.
maré estofa Estado de maré em que a
corrente de maré apresenta velocidade
inferior a 0,1 nó, isto é , praticamente
sem movimentação.
marcas fiduciais
Marcas-índice,
geralmente em número de quatro,
rígidamente associadas à lente da
câmara, uma vez que fazem parte
integrante da própria câmara; transmitem
ao negativo as suas respectivas figuras,
com o objetivo de definir o ponto principal
de uma imagem; marcas de fé.
(Fotogrametria)
maré negra
Termo utilizado pelos
ecologistas para designar as grandes
manchas de óleo provenientes de
desastres com terminais de óleo e navios
petroleiros, e que, por vezes, poluem
grandes extensões da superfície dos
oceanos.
maré Elevação e rebaixamento periódico
das águas nos oceanos, grandes lagos e
rios, resultantes da ação gravitacional da
Lua e do Sol sobre a Terra a girar; é o
fluxo e refluxo periódico das águas do
mar, grandes lagos e rios que, duas
vezes por dia, sobem (preamar) e
descem (preamar) alternativamente.
maré
vermelha
Concentração
extremamente elevada de dinoflagelados
no oceano, trazendo como conseqüência
uma mudança na coloração da água, e
uma alta toxidade, provocada por
substâncias
liberadas
por
esses
protozoários.
maré alta
Altura máxima alcançada
durante cada fase de subida da maré.
Ver
Ver maré de
maré de apogeu Maré de amplitude
decrescida que ocorre quando a Lua se
encontra no apogeu, isto é, no ponto
mais afastado da Terra.
marcador genético Todo e qualquer
fenótipo decorrente de um gene
expresso, como no caso de proteínas e
caracteres morfológicos, ou de um
segmento
específico
de
ADN
(correspondente a regiões expressas ou
não do genoma), cuja seqüência e
função podem ou não ser conhecidas, e
que possui comportamento de acordo
com as leis básicas de herança de
Mendel. (Genética)
maré
astronômica
(Meteorologia)
latitudes.
maré baixa Altura mínima alcançada
durante cada fase de descida da maré.
marca frondescente Marca constituída
por uma série de sulcos que geralmente
se ramificam a jusante, lembrando galhos
de uma árvore; as cristas são crenuladas
e finamente estriadas.
marcas de fé
(Fotogrametria)
baixas
marga Carbonato de cálcio macio e
inconsolidado, usualmente misturado
com teores variáveis de argila e outras
impurezas.
maré.
margem
continental
Extensão
submarina dos continentes, e que se
divide em plataforma continental, talude
maré atmosférica ou meteorológica
Elevação e abaixamento periódico da
pressão atmosférica; é muito mais
260
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
continental e sopé continental.
também fundo marinho.
brilhante que se desprende com
facilidade; embaixo aparecem nervuras
com desenhos dispostos de acordo com
o padrão de cada família; quase todas as
espécies são crepusculares ou noturnas;
na fase larvar vive num casulo tecido
com fios de seda que brota de glândulas
especiais; nesse período tem um apetite
voraz; come uma quantidade incrível de
folhagem, o interior do caule e ainda os
frutos; certas mariposas, principalmente
as crepusculares, se encarregam da
fecundação de certas flores que só
desabrocham a noite. (Entomologia)
Ver
margem direita Lado direito de um
curso d'água quando se olha jusante.
margem esquerda Lado esquerdo de
um curso d'água quando se olha para
jusante.
margem recifal externa Área situada
atrás de um recife orgânico, que o separa
do
continente,
sendo
em
geral
caracterizada por baixa energia.
margem recifal externa
Talude
comumente acentuado encontrado no
lado dirigido para o mar, de um recife
orgânico.
maritimidade
Efeito regulador de
caráter térmico exercido pelos oceanos
sobre terras adjacentes, minimizando as
amplitudes térmicas. (Climatologia)
marialita Membro sódico do grupo da
escapolita, e que integra uma série de
solução sólida que se estende da
marialita
(Na,Ca)4Al3(Al,Si)3Si6O24(Cl,CO3,SO4) à
meionita
(Ca,Na)4Al3(All,Si)3Si6O24(Cl,CO3,SO4);
são minerais que cristalizam no sistema
tetragonal, classe bipiramidal, sendo que
a designação de escapolita é utilizada
para os membros intermediários da série.
marsupiais Mamíferos que pertencem à
subclasse Theria, infraclasse Matatheria,
subordem Marsupialia; a gestação da
fêmea é muito curta e os filhotes nascem
antes de completar o desenvolvimento
embrionário; em conseqüência, passam
semanas presos aos mamilos da mãe,
alimentando-se
enquanto
se
desenvolvem;
algumas
espécies
possuem uma bolsa (marsúpio) que
protege os filhotes durante o tempo em
que estão presos aos mamilos; existem
marsupiais nas Américas (exemplos:
gambá, rata-catita e cuíca) e na região
Australiana (exemplos: canguru e coala).
(Zoologia)
marianinha-de-cabeça-amarela
(Pionites leucogaster) É uma das mais
belas espécies de papagaio da
Amazônia; ocorre apenas no sul do
Amazonas/Solimões, enquanto no norte
da região encontramos seu parente, a
marianinha-de-cabeça-preta.
martêmpera
Tratamento isotérmico
composto de austenitização seguida de
resfriamento brusco até temperatura
ligeiramente acima da faixa de formação
de martensita, visando a equalizar a
temperatura
do
material
e
ao
resfriamento adequado até a temperatura
ambiente;
utiliza-se
para
peças
propensas a sofrerem empenamentos e
que
necessitam
das
mesmas
propriedades alcançáveis pela têmpera
seguida de revenimento. (Metalurgia)
marimari
Árvore de pequeno porte
(Cassia leiandra), com 6 a 15 m de
altura; frutos são vagens amareladas,
cilíndricas, com até 70 cm de
comprimento e 3 cm de diâmetro; casca
torulosa encerrando muitas sementes
imersas numa polpa sucosa agridoce; é
planta silvestre de ambientes úmidos
como igapós e várzeas inundáveis;
frutifica ao final do ano.
marina É o conjunto de instalações
necessárias aos serviços e comodidades
dos usuários de um pequeno porto,
destinado a prestar apoio a embarcações
de recreio.
martensita
Fase metaestável que
corresponde a uma solução sólida
supersaturada de carbono em ferro alfa;
resulta de um tratamento térmico com
uma velocidade elevada de resfriamento
da austenita; a distorção do reticulado
mariposa (Urania leilus) Insetos que tem
as asas cobertas com um pó finíssimo e
261
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
por uma corrente rápida que passa sobre
um fundo irregular.
cúbico de corpo centrado provocada por
esse tratamento é responsável pela sua
extrema dureza. (Metalurgia)
marulho Onda (movimento ondulatório
do mar) causada por ventos que podem
estar a alguma distância ou que já
tenham cessado. (Meteorologia)
martim-pescador
(Chloroceryle
amazona) Ave que tem como principal
característica o fato de mergulhar para
capturar pequenos peixes que surgem na
superfície das águas, camarões de água
doce e, ocasionalmente, anuros e larvas
aquáticas de insetos; vive em beira de
lagos, lagoas, açudes e rios e utiliza um
poleiro baixo, rente à água rasa, para
visualizar seu alimento; nesta espécie, o
casal permanece junto durante anos e,
na época de reprodução, o macho e a
fêmea escavam o ninho num barranco
que margeia um riacho ou próximo a ele
e lá são postos os ovos; a incubação é
tarefa da fêmea no período noturno, e
partilhada pelo casal durante o dia.
marupá (Simarouba amara) Árvore da
família Simaroubaceae, de grande porte,
com fuste retilíneo circular com diâmetro
de até 90 cm, casca fissurada levemente,
com aproximadamente 1,0 cm de
espessura, cor amarelada; madeira leve;
cerne e alburno indistintos, de cor
amarelo-vivo, passando com o tempo
para o branco-amarelado; grã direita;
textura média; figura ausente; cheiro
indistinto; gosto amargo.
massa atômica Massa de um átomo
medida em uma escala convencional na
qual a massa do nuclídeo C12 é o padrão
que vale 12 unidades de massa.
martita
Denominação aplicada à
hematita (Fe2O3) que ocorre em cristais
octaédricos ou dodecaédricos, como
pseudomorfo sobre magnetita ou pirita.
massa de ar Volume de ar onde as
diferenças horizontais de temperatura e
umidade são relativamente pequenas;
possui,
normalmente,
dimensão
horizontal de centenas de quilômetros; a
homogeneidade de uma massa de ar é
produzida devido ao contato prolongado,
em uma região de origem, com a
superfície subjacente com temperatura e
umidade uniformes. (Meteorologia)
marubo Índios que estão em contato o
com a sociedade nacional desde 1870, e
foram incorporados ao trabalho de
exploração da borracha; o homem pode
se
casar
com
várias
mulheres
(poligamia), e cada uma delas ocupa um
espaço bem definido na maloca; a
cremação fazia parte dos antigos
costumes desses índios, eles comiam as
cinzas com mingau para que o morto
pudesse continuar entre eles; a única
exceção ocorre com as crianças de colo,
que eram enterradas geralmente entre as
árvores; população de 600 pessoas que
falam língua da família Pano e vivem ao
longo dos rios Ituí e Curuçá, na
Amazônia, junto à fronteira com o Peru.
massa específica De uma substância é
a massa por unidade de volume;
depende da dimensão e da estrutura de
ligação das moléculas entre si; devido a
esta dependência e a sua estrutura
molecular peculiar é que a água é uma
das poucas substâncias que aumentam
de
volume
quando
passam
a
o
temperaturas inferiores a 4 C, reduzindo,
portanto, sua massa específica a partir
desta temperatura.
maruim Termo popular para insetos
dípteros,
da
família
dos
Ceratopogonídeos; têm pequeno porte,
com 1 a 2 mm de comprimento e sua
picada
é
muito
dolorida;
são
transmissores da filariose aos homens e
animais e só a fêmea é hematófaga;
mosquito-pólvora, mosquito-do-mangue,
mosquito-palha.
mastigóforos Animais do sub-ramo dos
Plasmodromos, classe Mastigophora,
caracterizados por terem um ou mais
flagelos para locomoção; são os
flagelados parasitas ou não. (Zoologia)
mastócito Célula granular do tecido
conjuntivo, contém granulos grosseiros,
basófilos e metacromáticos; acredita-se
marulho Agitação da água, em um rio,
causada pela interação de correntes ou
262
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
que contenham heparina e histamina.
(Medicina)
quando fresca, desaparecendo após a
secagem; gosto indistinto.
mata atlântica
Exuberante floresta
tropical, que cobria um território pouco
maior que 1.000.000 km2 do Brasil;
espraiava-se pela costa do Rio Grande
do Norte ao Rio Grande do Sul,
avançando pelo interior em extensões
variadas; ocupava todo o Espírito Santo,
Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina, bem como parcelas
significativas de Minas Gerais , Rio
Grande do Sul e Mato Groso do Sul,
logrando alcançar a Argentina e o
Paraguai; infelizmente, desse imenso
corpo florestal, que outrora cobria 12%
do território brasileiro, restam apenas 9%
de sua extensão original.
matéria orgânica do solo Fração do
solo incluindo resíduos vegetais e
animais em diversos estágios de
decomposição, ocorrendo em estreita
relação com os constituintes minerais;
representa importante papel no solo,
melhorando suas condições físicas e
químicas. Ver humus. (Pedologia)
material de origem do solo Material
intemperizado, não consolidado, de
natureza mineral ou orgânica que deu ou
vai dar origem ao solum por processos
pedogenéticos; material parental do solo.
(Pedologia)
material mineral É aquele formado,
essencialmente,
por
compostos
inorgânicos, em vários estágios de
intemperismo. (Pedologia)
mata
ciliar
Vegetação
predominantemente
arbórea
que
acompanha o leito dos rios; floresta que
orla um ou os dois lados de um curso
d'água, em uma região onde a vegetação
característica não é florestal; mata de
galeria, mata ripária
material orgânico Ver matéria orgânica
do solo. (Pedologia)
material parental do solo Ver material
de origem do solo. (Pedologia)
mata de galeria Ver mata ciliar.
material residual do solo São materiais
minerais,
não
consolidados
e
parcialmente
intemperizados,
acumulados pela desintegração da rocha
consolidada, no local. (Pedologia)
mata ripária Ver mata ciliar.
mata secundária Ver capoeira.
matacões material encontrado no solo,
com diâmetro entre 20 e 100 cm,
proveniente da desagregação de rochas.
matéria-prima
Substâncias naturais
(madeira, minérios, etc) que o trabalho do
homem transforma noutros produtos ou
objetos;.produto extraído da Natureza ou
obtido nas indústrias pesadas e que,
após um processo de transformação,
satisfaz diretamente as necessidades do
homem.
matamatá (Chelus fimbriatus) Quelônio
de aparência muito estranha, sendo um
animal muito feio e disforme; o pescoço
comprido é retraído lateralmente e não
encolhido como o de uma tartaruga; vive
enterrado na lama e por causa dela tem
um cheiro desagradável, por isso sua
carne é muito pouco apreciada, embora
os nativos digam o contrário; seu nome
vem do cipó que possui nódulos
semelhantes a sua carapaça.
matiz Uma das três variáveis da cor do
solo; é causada pela luz de certos
comprimentos de onda. Ver cor do solo,
carta de cores Munsell. (Pedologia)
matriz-s ou fundo matricial Material
que se encontra no interior dos peds
primários (mais simples), ou compondo
materiais apédicos, no qual ocorrem as
feições pedológicas; o conjunto do
plasma e/ou grãos primários e poros
associados que não ocorrem como
estruturas
associadas,
à
exceção
daquelas classificadas como tramóides
matá-matá-preto (Eschweilera odora)
Árvore mediana, com fuste retilíneo com
aproximadamente 55 cm de diâmetro,
casca acinzentada com 1,0 m de
espessura; madeira pesada; cerne claropardacento a castanho-escuro às vezes
listrado, alburno amarelado; grã direita;
textura média; cheiro desagradável
263
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
(entidades caracterizadas mais por uma
mudança significativa no arranjo dos
constituintes do que na concentração de
alguma
fração
do
plasma).
(Micromorfologia do Solo)
média Textura do solo cuja composição
granulométrica encerra menos de 35%
de argila e mais de 15% de areia,
excluídas as classes texturais areia e
areia franca. (Pedologia)
maturação
Processo de alcançar o
desenvolvimento
ou
crescimento
completo.
medidas corretivas Medidas tomadas
para proceder à remoção do poluente do
meio ambiente, bem como restaurar o
ambiente que sofreu degradação.
maturidade Denominação adotada para
caracterizar o estágio de evolução do
relevo onde a erosão está desenvolvida o
suficiente para que a rede de drenagem
esteja organizada , e o trabalho das
forças
combinado
com
harmonia.
(Geomorfologia)
medidas mitigadoras
São aquelas
destinadas a reduzir a magnitude do
impacto negativo; qualquer tipo de
intervenção que tenha por finalidade
abrandar ou até eliminar o grau de
negatividade de um impacto ambiental
qualificado
como
indesejável;
em
algumas
situações,
as
medidas
mitigadoras quase que equivalem às
medidas preventivas, pois objetivam
evitar que a ação do projeto, desde o seu
início, cause o impacto negativo.
maturidade Medida da aproximação dos
sedimentos clásticos de um tipo final
estável, que é ocasionada por processos
de formação agindo sobre os mesmos; é
um registro combinado do tempo através
do qual os processos genéticos foram
efetivos, e da intensidade da ação
desses processos. (Sedimentologia)
megafanerófitos Categoria de vegetais
fanerófitos que comporta as árvores com
mais de 25 m de altura como a Dinizia
excelsa, Ceiba pentandra, Bertholletia
excelsa, entre outras. (Botânica)
maxilas As duas partes do bico - maxila
superior e maxila inferior ou mandíbula que delimitam a abertura bucal e servem
para apreender o alimento e para defesa;
cada uma das maxilas é representada
por ossos fundidos recobertos por uma
camada óssea, a ranfoteca. (Zoologia)
megalópoles Formas de aglomeração
urbana onde existe a conurbação de
várias áreas metropolitanas, formando
uma grande área urbanizada quase que
continuamente, por exemplo: Bos-Was
com 700 km de comprimento, entre
Boston e Washington, no NE dos EUA.
Ver conurbações.
mcleod
Ferramenta utilizada no
combate
a
incêndios
florestais,
conjugando enxada e ancinho com
dentes largos.
mehlich Solução extratora de fósforo e
potássio disponíveis, composta por
H2SO4- 0,0125M + HCl 0,05M; leva o
nome de seu idealizar, professor da
Universidade de Carolina do Norte;
mehlich-1, duplo ácido ou Carolina do
Norte.
meandro Curva, por vezes bastante
apertada, produzida pela oscilação, de
um lado para o outro, de uma corrente de
água, devido a qualquer tipo de
obstáculo; a corrente provoca erosão na
margem côncava e deposição na
margem convexa; sinuosidades descritas
pelos rios, formando, por vezes, amplos
semi-círculos, em zonas de terrenos
planos, sendo então, chamados de
meandros divagantes. (Geomorfologia)
meia vida Tempo necessário para que
uma substância radioativa perca 50% de
sua atividade por desintegração.
meio ambiente É o sitema de elementos
bióticos, abióticos e sócio econômicos,
com o qual interage o homem, de vez
que se adapta ao mesmo, o transforma e
o
utiliza
para
satisfazer
suas
necessidades; é o conjunto de todos os
fatores físicos, químicos, biológicos e
mecânica e engenharia do solo
Subespecialização da ciência do solo que
trata do efeito das forças e a aplicação de
princípios de engenharia a problemas
envolvendo o solo.
264
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
sócio-econômico que atuam sobre um
indivíduo, uma população ou uma
comunidade; é a base natural sobre a
qual as sociedades humanas se
estruturam; o ar, a água, o solo, a flora e
a fauna formam a sustentação física,
química e biológica para que as
civilizações humanas possam existir
neste planeta; tudo o que cerca o ser
vivo, que o influencia e que é
indispensável à sua sustentação; estas
condições incluem solo, clima, recursos
hídricos, ar, nutrientes e os outros
organismos; o meio ambiente não é
constituido apenas do meio físico e
biológico, mas também do meio sóciocultural e sua relação com os modelos de
desenvolvimento adotados pelo homem.
(Ecologia)
mélange
sedimentar
Unidade
sedimentar de dimensões limitadas,
composta por blocos de rochas
sedimentares, provenientes de fontes
diversas, mas não distantes, imersos em
uma matriz pelítica; origina-se de
escorregamentos
gravitacionais
subaquáticos
em
depressões
topográficas; quando submetida a
cisalhamento, sua distinção da mélange
tectônica torna-se bastante difícil.
meio de dispersão
Porção de um
sistema coloidal, no qual a fase dispersa
é distribuída.
melanina Pigmento preto, na camada
pigmentar, entre a derme e a epiderme,
produzido pelos melanócitos.
meio interstelar Poeira e gás que existe
no espaço entre as estrelas. (Astronomia)
melanização Escurecimento do material
de solo pela incorporação de matéria
orgânica, como um horizonte A
chernozêmico. (Pedologia)
mélange tectônica Rocha presente no
complexo de subducção, com aspecto
brechóide e matriz argilosa, produzida
por cisalhamento.
melânico De coloração escura ou negra
devido a incorporação de material
orgânica no solo. (Pedologia)
meio-graben Fossa de perfil assimétrico
em que uma das bordas é limitada por
falha normal, enquanto a outra é definida
por uma flexura falhada. (Geologia)
melanócito É a célula responsável pela
fabricação do pigmento melanina.
(Medicina)
meios de resfriamento
Usados no
tratamento térmico do aço; vão desde o
controle do ambiente do forno até a
aplicação de meios líquidos; os mais
utilizados são óleo, água e soluções
aquosas de NaOH, NaCl ou Na2CO3.
(Metalurgia)
melhor predição linear não-viciada
Ver BLUP. (Genética)
melhoramento genético
Alterações
provocadas na constituição genética de
um organismo vivo, com vistas à
produção de uma variedade superior
dentro de sua espécie; disciplina
ocupada com o cruzamento de plantas
através de autofertilização, fertilização
cruzada ou hibridação e que tem como
propósito a produção de progênies
melhoradas.
meios irmãos Animais que possuem o
mesmo pai ou a mesma mãe.
(Melhoramento Genético)
mélange Unidade rochosa de textura
caótica formada em regiões de colisão de
placas; existem dois tipos de mélanges,
os tectônicos e os sedimentares
(olistromos); ambos localizam-se sempre
no espaço entre a fossa e o arco insular,
no lado da fossa mais próxima do
continente.(Geologia)
melitófitas Plantas que possuem flores
que exalam um perfume agradável que
lembra o mel , sendo grandes produtoras
de néctar e portanto muito procuradas
pelas abelhas.
membrana impermeável
Membrana
que impede a passagem tanto do
solvente quanto do soluto.
mélange ofiolítica Mélange tectônica
que inclui fragmentos da crosta oceânica
e de outros sedimentos, que podem
alcançar dimensões de até 1 km, imersos
em uma matriz argilosa.
265
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
produz, por isso mesmo, as novas
células necessárias ao crescimento do
vegetal; tecido vegetal caracterizado pela
ativa divisão das células indefinidamente
e que dão origem a células semelhantes
ou células que modificam-se para
produzir os tecidos e órgãos definitivos;
região do domo apical constituída de
células meristemáticas. (Botânica)
membrana permeável Membrana que
permite a passagem tanto do solvente
quanto o soluto.
membrana semipermeável Membrana
que permite a passagem do solvente mas
não do soluto.
membro
Parte integrante de uma
formação,
apresentando,
contudo,
características litológicas próprias que
permitem
distingui-lo
das
partes
adjacentes da formação. (Estratigrafia)
meristema apical
Meristema das
extremidades em crescimento dos fustes
e raízes.
mercúrio Elemento químico de número
atômico 80; líquido, prateado, denso,
tóxico.
meristemagem
(Botânica).
Ver
clonagem.
meronécton Organismo que participa do
nécton apenas na fase larvária.
mergulhia
Técnica de reprodução
admitida por algumas espécies, que
adquirem raízes nos ramos quando estão
enterradas. (Silvicultura)
meroplâncton Larva de organismos que
deixam de pertencer ao plâncton na fase
adulta.
mergulho Ângulo diedro entre o plano
de uma camada e um plano horizontal; o
mergulho é medido em um plano vertical
imaginário perpendicular à direção da
camada. (Geologia)
mesoclimatologia Estudo do clima em
áreas relativamente pequenas, entre 10 e
100 km de largura, como por exemplo, o
estudo do clima urbano e dos sistemas
climáticos locais, severos, tais como os
tornados e os temporais.
mergulho de uma jazida Ver mergulho.
(Geologia).
mesocoquina
Calcário
detrítico
constituído por fragmentos de conchas
fracamente
cimentados
e
com
granulação até areia, isto é, 2 mm.
mericlone
Uma planta derivada de
cultura de tecido que é igual à planta
mãe. (Botânica).
meridiano Linha de referência norte sul, em particular o círculo máximo que
passa através dos polos geográficos da
Terra, de onde as longitudes e os
azimutes
são
determinados;
são
semicírculos máximos, cujos extremos
coincidem com os pólos norte e sul da
Terra; o conjunto de dois meridianos
opostos constitui um círculo máximo
completo; outras características dos
meridianos são: têm sua máxima
separação no equador e convergem em
direção aos dois pontos comuns nos
pólos; o número de meridianos que se
pode traçar sobre o globo é infinito;
assim, existe um meridiano para qualquer
ponto do globo; para sua representação
em mapas os meridianos se selecionam
separados
por
distâncias
iguais
adequadas.
mesofanerófitos Categoria de vegetais
fanerófitos que abrange as árvores entre
18 e 25 m de altura (Centrolobium
microchaeta,
Sapindus
saponaria,
Peltogyne
densiflora,
Parkia
platycephala, etc.).
mesoférrico Solos com médio teor de
óxidos de ferro: teores variando de 8% a
<18 %. (Pedologia)
mesófita Planta que vive em locais que
apresentam luz difusa e umidade média;
vegetal que não sendo nem xerófito nem
aquático habita lugares com umidade
suficiente
para
um
amplo
desenvolvimento vegetativo, e do qual
são exemplos típicos as plantas das
matas. (Botânica)
mesohidrófita
Planta que vive em
regiões de clima temperado e com muita
umidade.
meristema Tecido caracterizado pela
ativa divisão de seus elementos e que
266
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
eles se acumulam no organismo e,
através da cadeia alimentar, podem
chegar ao homem.
mesomaré
Maré que apresenta
amplitude entre dois e quatro metros.
méson Partícula elementar cuja massa
de repouso está situada entre a do
elétron e a do próton; é instável e se
forma em reações nucleares que
envolvem energias elevadas.
metalurgia em pó Técnica de aglomerar
pós metálicos na forma de peças
utilizáveis na indústria. (Metalurgia)
metamorfismo Processo pelo qual uma
rocha para equilibrar-se internamente, e
com o meio em que se encontra, ajustase,
estruturalmente
e/ou
mineralogicamente, a condições de
pressão
e
temperatura
diferentes
daquelas em que foi formada, sem o
desenvolvimento de uma fase de silicatos
em fusão; confunde-se em baixas
temperaturas
com
a
diagênese
sedimentar; em altas temperaturas nos
níveis mais profundos da crosta, passa
gradualmente, com o aparecimento de
uma fase líquida granítica, resultado de
uma nova fusão, por um processo de
anatexia pelo qual são gerados magmas
primários.
mesopausa Camada situada entre a
mesosfera
e
a
termosfera
.
(Meteorologia)
mesoquilio A parte média do labelo em
certas orquídeas, como as do gênero
Stanhopea. Ver hipoquilio. (Botânica)
mesosfera
Camada da atmosfera
terrestre que se situa de 250 a 600 km de
altitude, entre a ionosfera e a exosfera;
camada situada na parte superior da
estratosfera, onde a temperatura diminui
com a altura até alcançar o mínimo de
cerca de -900 C aos 80 km; a pressão
atmosférica é muito baixa e diminui
aproximadamente de 1mb(milibar), na
base da mesosfera aos 50 km acima do
solo, até 0,01 mb na mesopausa, por
volta dos 90km acima da superfície
terrestre.
metamorfismo dinâmico Metamorfismo
que se faz presente em planos de falhas
ou zonas de cisalhamento, como
resultado da intensa deformação das
rochas
na
porção
imediata
ao
movimento;
como
resultado
são
produzidos cataclasitos quando da
deformação rúptil e milonitos ligados à
deformação dúctil. (Geologia)
meta Prefixo que designa rochas ígneas
ou sedimentares metamorfoseadas, em
que a petrotrama original ainda pode ser
reconhecida.
metabolismo
Todas as reações
químicas que ocorrem nas células vivas.
(Biologia)
metamorfismo dinamotermal
metamorfismo regional. (Geologia)
metabólito
Produtos das reações
químicas que ocorrem nas células do
corpo; subprodutos da quimioterapia.
(Medicina)
Ver
metamorfismo regional Metamorfismo
que apresenta extensão regional, quase
sempre acompanhado por deformação,
que se manifesta sob a forma de dobras
e falhas de caráter diverso, exibindo,
amiúde, uma estrutura planar bem
pronunciada,
caracterizada
pelo
paralelismo de minerais placóides, e em
algumas situações, pelo alinhamento de
minerais
prismáticos;
metamorfismo
dinamotermal. (Geologia)
metaestável Equilíbrio temporário.
metáfase Uma das fases da divisão
celular quando os cromossomos ficam
alinhados na posição equatorial da célula
e preso às fibras do fuso. (Genética)
metais pesados Grupo de elementos
metálicos de peso atômico relativamente
alto, que agem como poluentes de
ecossistemas e são geralmente muito
tóxicos à vida; são o mercúrio, o cádmio,
o chumbo, o zinco, o cromo, o níquel, o
selênio, o cobre, a platina e o arsênio;
metano Um dos gases causadores do
efeito estufa, formado naturalmente em
regiões onde existe matéria orgânica em
decomposição; existem muitas fontes
antropogênicas de metano que vem
contribuindo para seu aumento na
267
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
quantitativamente
presente.
concentração global na atmosfera, dentre
estas fontes estão a cultura de arroz,
queima de biomassa e a queima de
combustíveis fósseis.
Método 40 Ar - 39Ar Método de
datação
radiométrica
cujo
valor
interpretativo é similar àquele do método
K- Ar; difere deste por dispensar
dosagem de K, uma vez que os minerais
são irradiados por neutrons em reator
nuclear;
as
idades
obtidas
são
consideradas mínimas, representando
épocas relacionadas ao resfriamento das
rochas para temperaturas inferiores
àquelas temperaturas críticas dos
minerais analisados.
metástase A presença de câncer em
outros tecidos ou órgãos à distância do
tumor primário; é uma característica de
todos os cânceres; ocorre através do
sistema
circulatório
(sanguíneo
e
linfático); na cavidade do abdômen e
tórax acontece através da implantação
das células tumorais; quando uma
doença se espalha de seu lugar original
para outras partes do corpo. (Medicina)
metatexia
Processo de segregação
(usualmente de quartzo e de feldspato)
através de diferenciação metamórfica e
fusão parcial, levando à produção de
uma rocha denominada metatexito, e que
compreende três partes: paleossoma,
leucossoma e melanossoma.
método
Bieler-Watson
Método
eletromagnético de prospecção geofísica
que utiliza uma grande bobina deitada
horizontalmente sobre o terreno como
fonte do campo primário; a operação é
baseada na hipótese de que o eixo maior
da elipse de polarização, representando
a componente maior do campo
resultante, está aproximadamente na
vertical e o eixo menor, representando a
componente imaginária, encontra-se na
horizontal.
meteorito Corpo metálico ou rochoso
que,
proveniente
dos
espaços
interplanetário ou interestrelar, chega até
à superfície terrestre; sua classificação
baseia-se na composição química:
holosiderito (Fe e Ni), siderólito ou
palasito (Fe + silicatos) e assiderito
(silicatos e pouco Fe); conforme a
estrutura que apresentam, os sideritos ou
meteoritos férricos são classificados em
hexaedritos, octaedritos e ataxitos; os
ferrolíticos, em plasitos, condritos e
acondritos.
Ver
alcalinidade
método 14 C
Método de datação
radiométrica baseado no decaimento do
C14, que é um isótopo radioativo, para o
isótopo radiogênico 14N, através da
emissão de radiações; é normalmente
utilizado na datação de ossos, troncos
fósseis, conchas, etc, para um período
máximo de 50.000 anos; método do
radiocarbono.
metassomatismo
Processo
de
transformação química de uma rocha,
que através da formação de novos
minerais com composição química
diferente, leva a uma nova rocha, como
resultado da introdução de matéria a
partir de uma fonte externa. (Geologia)
meteorização
(Pedologia)
a
método da termoluminescência - TL
Método de datação de certos materiais
rochosos, que se baseia na energia
luminosa emitida por estes quando
submetidos a aquecimento (200-4500 C);
utilizado principalmente em materiais
cerâmicos com idades inferiores a 14.000
anos.
intemperismo.
método dos traços de fissão Método
de datação que se baseia nos traços de
fissão , traços estes que registram as
trajetórias, nos minerais, das partículas
de
urânio,
durante
sua
fissão
espontânea, em que o átomo deste
elemento químico se parte em dois íons
filho que são ejetados em sentidos
opostos, conforme a lei da conservação
meteorologia A ciência da atmosfera.
metil-orange Substância que é utilizada
como indicador nas medidas de
alcalinidade,
produzindo
coloração
amarela quando na presença de
hidróxidos,
carbonato
normal
ou
bicarbonatos; titulando-se com ácido
sulfúrico
é
possível
calcular
268
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
maior importância desse método está no
fato de que ele permite deduções a
respeito da gênese das rochas; método
Pb – modelo.
do movimento; na rede cristalina dos
minerais, tais partículas provocam uma
desorganização profunda, ao longo de
suas trajetórias ou traços; o tratamento
químico acompanhado de irradiação de
neutrons térmicos (em reator nuclear)
permite os cálculos de idade; este
método pode ser utilizado em qualquer
material
que contenha U: rochas
vulcânicas, apatitas, fosfatos, etc..
método Pb
Método de datação
radiométrica que utiliza principalmente
minerais acessórios de rochas ígneas
(zircão, monazita, xenotimo, etc), em que
todo Pb é considerado radiogênico e
medido por espectrografia ótica, sendo U
e Th determinados através da atividade;
muito utilizado nas décadas de 50 e 60;
as
idades
obtidas
devem
ser
consideradas como mínimas, uma vez
que não é feita correção de Pb, cuja
difusão é bastante comum.
método elétrico Método de prospecção
geofísica que depende das propriedades
elétricas e eletroquímicas das rochas e
minerais. (Geofísica)
método K - Ar Método de datação
radiométrica
fundamentado
no
decaimento do isótopo radioativo 40K
para o isótopo radiogênico 40Ar, através
de captura k; as idades obtidas são
consideradas minimas, representando os
resfriamentos
de
minerais
a
temperaturas
inferiores
às
suas
temperaturas críticas, estas sendo da
ordem de 5000 C para anfibólios, 3000 C
para muscovitas e 2500 C para biotitas;
uma idade obtida pode representar,
entretanto, a de formação do material
estudado, se tal idade for próxima
daquela do resfriamento desse material,
como é o caso, por exemplo, das rochas
vulcânicas. Normalmente são datados,
por este método, micas, anfibólios,
feldspato
potássico,
plagioclásios,
glauconitas, etc; pode, através dele,
também ser datada a rocha total.
método Pb - Pb
Método de datação
radiométrica que utiliza diagramas
isocrônicos Pb-Pb acoplados a linhas de
evolução do Pb, considerando diferentes
estágios de evolução deste elemento,
desde a origem da Terra até a época de
formação da rocha; aidade obtida referese a tal época de formação; as razões
238U/204Pb determinadas, chamadas
valores
1, representam importantes
parâmetros petrogenéticos; tais razões,
quando entre 7,5 e 8,2, indicam origem
mantélica do material datado.
método Rb - Sr
Método de datação
radiométrica baseado no decaimento do
isótopo radioativo 87Rb para o isótopo
radiogênico 87Sr, através da emissão de
radiações; pode envolver a datação de
uma única amostra de rocha, obtendo-se
neste caso uma idade dita convencional
onde a razão 87Sr/86 Sr é estimada, ou
de
várias
amostras
de
rochas
cogenéticas, obtendo-se desta feita uma
idade dita isocrônica; esta idade se
evidencia através de uma reta traçada
em diagrama binário, no qual são
considerados, em ordenada, os valores
da razão 87Sr/86Sr, e em abcissa, os
valores da razão 87Rb/86Sr; o método
permite a datação da formação de rochas
graníticas e assemelhadas, bem como a
datação de processos tais como
granitização, anatexia, migmatização,
metamorfismo da fácies anfibolito ou
granulito, etc; o valor obtido para a razão
87Sr/86Sr inicial, relativo a formação de
método Lu - Hf Método de datação
radiométrica
que
se
baseia
no
decaimento do isótopo radioativo 176Hf
para o isótopo radiogênico 176 Hf;
utilizado principalmente como traçador
petrogenético, permitindo determinação
do parâmetro HF, cujos valores negativos
indicam reservatório crustal, enquanto os
positivos indicam reservatório mantélico.
método Pb - comum
Método de
datação
radiométrica
normalmente
aplicado em galenas, utilizando modelos
que supõem uma composição primitiva,
fixa, de Pb formado durante a
constituição do sistema solar, bem como
quantidade de U e Th semelhantes e
homogêneas na Terra como um todo; a
269
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
(compatível na estrutura cristalina) e cujo
Pb primário (incompatível na estrutura
cristalina) não seja significativo; tais
minerais são geralmente acessórios em
rochas
ígneas,
metamórficas
e
sedimentares - zircão , monazita, apatita,
titanita, badeleíta, rutilo, etc; o zircão é o
preferido, pois além de conter U em
quantidades mensuráveis, praticamente
não
possui
Pb;
adicionalmente,
apresenta boa resistência química e
física, estando presente em todos os
tipos de rochas; as idades, por esta
metodologia, são normalmente obtidas
através de diagramas binários onde há
uma curva teórica denominada Concórdia
, sobre a qual os dados analíticos podemse posicionar, caracterizando épocas
relacionadas à formação dos zircões;
quando não se posicionam sobre tal
curva, os dados alinham-se segundo uma
reta denominada
Discórdia que
intercepta a curva Concórdia num ponto
correspondente à época de formação dos
zircões.
rocha, constitui importante parâmetro
petrogenético, que permite muitas vezes
distinguir rochas oriundas da crosta
superior daquelas originadas da crosta
inferior/manto superior; o método pode
ser aplicado, ainda, em minerais que
sejam portadores de Rb, tais como micas
, feldspatos potássicos e outros,
retratando os resultados obtidos, neste
caso, épocas relativas ao resfriamento
dos materiais estudados (resultados
similares aos que poderiam ser obtidos
pelo método K - Ar).
método Sm - Nd Método de datação
radiométrica baseado no decaimento do
isótopo radioativo 147 Sm para o isótopo
radiogênico 143 Nd, através da emissão
de radiações . Importante ferramenta
para o estudo de materiais tanto da
crosta superior e inferior, quanto do
manto superior; é utilizado em minerais,
obtendo-se diagramas isocrônicos que
revelam nesse caso idades relativas à
formação dos materiais estudados (os
sistemas rocha total não mostram, por
esse método, boas distribuições dos
pontos
analíticos
nos
diagramas
isocrônicos); normalmente são obtidas,
por essa sistemática de datação, idades
denominadas
modelo
(TDM),
que
permitem
caracterizar
épocas
de
derivação do manto superior dos
protolitos crustais que originaram as
rochas datadas; um importante índice
petrogenético (ND) pode ser também
obtido por essa sistemática, índice este
que indica, se positivo, material derivado
do manto, se negativo, material de fonte
crustal.
método Walkley-Black
Método de
determinação do teor de carbono
orgânico do solo que utiliza a oxidação
por dicromato de potássio na presença
de ácido sulfúrico concentrado (digestão
por via úmida). Ver carbono orgânico e
matéria orgânica. (Pedologia)
métodos ialíticos Hemodiálise, diálise
peritoneal, hemoperfusão; métodos que
substituem o rim lesado para filtração e
eliminação de substâncias tóxicas e
eletrólitos, normalmente realizados pelo
rim normal. (Medicina)
metoxicloro Inseticida constituído de
hidrocarboneto clorado, ligeiramente
solúvel na água, solúvel no xileno e muito
solúvel no álcool; apresenta pouca
toxidade e pequena taxa de acumulação
para os mamíferos e aves.
método U - He Método de datação
radiométrica proposto originalmente por
Rutherford, que se fundamenta na
premissa de que todo gás He (Hélio)
produzido através do decaimento do U e
do Th é retido pelos
minerais; tal
premissa nem sempre é correta, uma vez
que o referido gás pode escapar dos
retículos cristalinos.
mica Filosilicato do tipo 2:1 constituído
de duas folhas silicato tetraédricas e uma
folha hidróxido octaédrica, com cátions
retidos fortemente nas entrecamadas,
balanceando sua alta carga de camada;
não são expansivas; nos solos as micas
são geralmente minerais primários.
método U - Pb Método de datação
radiométrica baseado no decaimento do
U a isótopo estável de Pb; utiliza
principalmente minerais portadores de U
270
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
pertencentes aos zigomicetos, ordem
Glomales e a grande maioria das
espécies
vegetais
vasculares,
independentemente de seu habitat e
distribuição geográfica; assim, a maioria
das espécies cultivadas e também
árvores tropicais, formam este tipo de
simbiose.
mica pisciforme Mica que se apresenta
em algumas rochas com uma geometria
em forma de espinha de peixe.
micela
Estrutura constituída por
moléculas complexas de colóides,
podendo
apresentar
propriedades
cristalinas e ser capaz de aumentar ou
diminuir de tamanho, sem variar a sua
natureza química.
micotoxina Uma toxina ou substância
tóxica produzida por fungos. (Micologia)
micélio Conjunto de hifas; filamento
resultante de germinação dos esporos e
que serve de suporte às aglomerações
de esporângios; é o talo, ou por assim
dizer, o caule dos fungos; as hifas
constituem uma trama que representa o
corpo vegetativo dos fungos, podendo
ser microscópico ou, como nas orelhas
de
burro,
alcançar
importantes
dimensões. (Micologia)
micra Unidade de medida equivalente a
milionésima parte do metro; micro.
micrito Calcário afanítico constituído
quase que exclusivamente por um
mosaico
de
cristais
de
calcita
interpenetrados
com
diâmetro
compreendido entre 1 e 4 mícra; é
constituinte fundamental do chamado
calcário litográfico.
micélio aéreo Micélio que se projeta na
superfície e cresce acima do meio de
cultivo do fungo. (Micologia)
micro. Ver micra.
microbiologia do solo Ramo da ciência
do solo que estuda os microorganismos
habitantes do solo, suas funções e
atividades.
micélio reprodutivo Micélio aéreo que
se diferencia para sustentar os corpos de
frutificação ou propágulos de um fungo.
Ver propágulos. (Micologia)
microcataclase
Fragmentação dos
grãos minerais, que se manifesta com o
desenvolvimento de microfraturas que,
na sua progressão, cortam conjuntos de
grãos e deslocam os subgrãos.
micélio vegetativo
Micélio que se
desenvolve no interior do substrato,
funcionando também como elemento de
sustentação e de absorção de nutrientes
para os fungos. (Micologia)
microclima Condição climática de uma
pequena área resultante da modificação
das condições climáticas gerais por
diferenças locais de elevação ou
exposição; seqüência de mudanças
atmosféricas dentro de uma região muito
pequena;
conjunto
das
condições
atmosféricas de um lugar limitado em
relação às do clima geral. (Climatologia)
micorriza Uma associação simbiótica
íntima do micélio de certos fungos com
as células da raiz de algumas plantas
vasculares, como certas orquídeas, nas
quais as hifas freqüentemente funcionam
como pelos radiculares. Inicialmente o
fungo fornece alimento suficiente para
que a semente germine (sementes de
orquídeas não possuem reservas de
alimentos como as das outras plantas) e
posteriormente
se
alimenta
dos
nutrientes produzidos pela semente
germinada; baseando-se nos organismos
envolvidos e aspectos anatômicos do
orgão simbiótico, as micorrizas são
divididas
em
vários
tipos.
Ver
ectomicirrizas e micorrizas arbusculares.
microcoquina
Calcário
detrítico,
fracamente
cimentado,
constituído
principalmente
por
fragmentos
de
conchas com dimensões inferiores a 2
mm.
microelementos Elementos químicos
que existem em quantidades reduzidas
na natureza; constituem menos de 1% do
peso da litosfera; os mais importantes
nos estudos dos solos são: B (boro), Co
(cobalto), Cu (cobre), Mn (manganês),
Mo (molibdênio), S (enxofre), Se
micorrizas
arbusculares
São
associações simbióticas mutualistas,
formadas por um grupo restrito de fungos
271
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
microporosidade
Pequenos poros,
capazes de reter água por capilaridade,
permanecendo com água em uma
amostra de solo que, após saturação, foi
submetida a uma tensão equivalente a 60
cm de coluna de água; porosidade
capilar. (Pedologia)
(selênio), Zn (zinco), etc; algumas vezes
o
termo
microelementos
é
impropriamente utilizado como sinônimo
de micronutriente.
microestrutura
Estrutura
com
heterogeneidades perceptíveis apenas
ao microscópio. (Metalurgia)
microrelevo
Diferença locais em
topografia de pequena escala, incluindo
montículos,
pequenas
elevações
arredondadas ou buracos que são
usualmente <1 m em diâmetro e com
diferenças de elevação de até 2 m;
diferenças em topografia, alterada por
operações de cultivo, geralmente sobre
uma área de cerca de 1 cm2 com
diferença de elevação de uns poucos
centímetros ou menos. Ver gilgai.
(Pedologia)
microfanerófita Categoria de vegetais
fanerófitos que compreende as árvores
de até 18 m de altura (Mimosa hostilis,
Capparis flexuosa, Dalbergia variabilis,
Luetzelburgia auriculata, etc).
microinjeção Técnica para introduzir
uma solução de DNA em um blastocisto
utilizando-se uma pipeta microcapilar.
(Melhoramento Genético)
micrólito
extremamente
birrefringência.
Cristal
diminuto,
micromaré
Maré que
amplitude inferior a 2 m.
incipiente,
mostrando
migração Movimento de indivíduos de
uma população a outra, podendo alterar
as freqüências alélicas da nova
população. (Melhoramento Genético).
apresenta
micromorfologia do solo
Estudo
microscópico
das
características
morfológicas do solo com auxílio de
instrumentos óticos, se constituindo
numa extensão das observações e
descrições do perfil do solo.
migração Movimentos de indivíduos ou
grupos, de um local de residência para
outro, com intenção de aí permanecerem
durante um certo período de tempo. Ver
migrações internas, migrações externas,
emigração e imigração (Sócio-Economia)
micronutriente Nutriente essencial ao
desenvolvimento
dos
vegetais,
usualmente encontrado em quantidade
relativamente pequena na massa seca
das plantas; são os seguintes: boro,
cloro,
cobre,
ferro,
manganês,
molibidênio e zinco.
migrações externas Movimentos de
indivíduos ou grupos que saem para o
estrangeiro;
emigração.
(SócioEconomia)
migrações internas
Movimentos de
indivíduos ou grupos, de um local de
residência para outro, dentro do mesmo
país. (Sócio-Economia)
micrópila
Orifício canicular que se
encontra no ápice do óvulo das plantas e
é formado pela abertura dos tegumentos,
e pela qual penetra o tubo polímico para
efetuar a fecundação. (Botânica) .
migrações sociais
(Sócio-Economia)
Ver
migração.
milha náutica Medida de distância cuja
unidade é de 1.852 m.
microplaca Bloco crustal-litosférico, que
possui dimensões reduzidas com relação
às placas tectônicas principais, e
caracterizado por apresentar uma
dinâmica própria em relação às regiões
circunvizinhas, em um determinado
período de tempo geológico.
mimetismo
Propriedade de alguns
seres vivos de imitar o meio ambiente em
que vivem, de modo a passarem
despercebidos. Ver camuflagem.
mina Jazida mineral em lavra, ainda que
suspensa.
microporos Poros do solo que devido
ao seu pequeno diâmetro podem reter
água por capilaridade. (Pedologia)
minerais facilmente intemperizáveis
São minerais primários, pouco ou
272
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
medianamente
resistentes
a
decomposiçao, tais como: olivinas,
feldspatos, hornblendas e piroxênios, que
são instáveis em relação a outros, como
quartzo e zircônio.
ser retirado do campo; esta propriedade
de magnetismo residual é conhecida
como magnetismo remanescente, sendo
que dela são originados os ímãs
permanentes.
minerais primários São minerais que
foram formados em rochas no interior da
crosta terrestre sob altas pressões e
temperaturas; são geralmente instáveis
nas condições reinantes na superfície da
Terra; mais cedo ou mais tarde, eles
acabam sendo decompostos podendo
liberar nutrientes para as plantas. Ver
minerais secundários.
mineral insaturado Mineral que nunca,
ou só excepcionalmente, está associado
com o quartzo nas rochas ígneas, pois é
instável nas condições magmáticas
quando o ácido silícico está presente.
mineral isotrópico Mineral no qual os
raios de luz se propagam com a mesma
velocidade em todas as direções, de
modo que possui apenas um índice de
refração.
minerais
secundários
Minerais
resultantes da decomposição parcial de
um outro mineral, tendo estrutura
essencialmente herdada ou formada a
partir dos produtos de solubilização de
outros minerais.
mineral magnético
Mineral que é
atraído ao longo das linhas de força de
um campo magnético para pontos onde o
campo apresenta maior intensidade;
mineral paramagnético
mineral Elemento ou composto químico
de ocorrência natural formado como
produto de processos inorgânicos.
mineral acessório Mineral que está
presente em quantidade suficiente para
assegurar sua inclusão agregada ao
nome da rocha.
mineral não-condutor
dielétrico.
Ver mineral
mineral paramagnético
magnético.
Ver mineral
mineral reversível
Mineral que
apresenta
instabilidade
de
comportamento, agindo ora como
condutor, ora como não-condutor, em
função da polaridade do eletrodo.
mineral alterável Mineral instável em
clima úmido, em comparação com outros
minerais, tais como quartzo e argilas do
grupo das caulinitas, e que, quando se
intemperizam, liberam nutrientes para as
plantas e ferro ou alumínio.
mineral reversível negativo Mineral
que aparentemente desenvolve apenas
carga induzida negativa.
mineral reversível positivo Mineral que
aparentemente desenvolve apenas carga
induzida positiva.
mineral diamagnético Mineral que é
repelido ao longo das linhas de força de
um campo magnético para pontos onde o
campo é de menor intensidade; mineral
não - condutor.
mineral saturado
Mineral que se
desenvolve na presença de um excesso
de sílica.
mineral dielétrico Mineral que demanda
longo tempo para o escoamento ou
arranjo das cargas recebidas ou
induzidas.
mineral sinantético Mineral que ocorre
no contato entre dois minerais, sendo as
bordas que circundam os minerais
denominadas de bordas quelifíticas, ou
coroas de reação.
mineral essencial
Mineral cuja
presença é indispensável para atribuir o
nome a uma determinada rocha.
mineral-índice Mineral neo-formado que
aparece durante o metamorfismo de
sedimentos pelíticos (argilas e folhelhos),
em uma seqüência definida, segundo o
aumento do grau metamórfico; em muitos
terrenos metamórficos, a seguinte
mineral ferromagnético Mineral que
apresenta elevado paramagnetismo; a
característica usualmente considerada
para caracterizar o ferromagnetismo é a
retenção do magnetismo após o mineral
273
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
miopatia Qualquer doença muscular.
(Medicina)
sucessão de minerais-índices pode ser
observada com o aumento do grau
metamórfico: clorita, biotita, granada,
almandina,
cianita,
estaurolita
e
silimanita.
mirauba Árvore com até 15 m de altura
(Mouriri trunciflora), cujo fruto é uma
baga volumosa, lembrando o abacate, de
polpa sucosa com sabor e cheiro
agradáveis; é planta nativa do Pará,
região do rio Capim e baixo Amazonas,
podendo ser encontrada em Roraima;
frutifica entre agosto e dezembro.
mineralização
Conversão de um
elemento sob uma forma orgânica para
um estado inorgânico, como resultado de
decomposição microbiana.
mineral-minério Mineral do qual pode
ser extraído economicamente um ou
mais metais.
miriápodes Classe da artrópodes cuja
denominação provém do elevado número
de pés, mostrando corpo alongado e fino,
dividido em duas partes: cabeça e tronco;
a cabeça apresenta um par de antenas e
os somitos do tronco, um ou dois pares
de pernas cada um.
mineralogia Ciência que estuda o modo
de formação, as propriedades, a
ocorrência, as transformações e a
utilização dos minerais.
mineralogia do solo Subespecialização
da ciência do solo que trata dos materias
inorgânicos encontrados na crosta
terrestre, e que compõem o regolito, sob
o ponto de vista mineralógico.
miriti ou buriti
Palmeira robusta
(Mauritia flexuosa), com frutos do tipo
drupa globosa, epicarpo formados de
escamas rombóides, córneas, de cor
castanho-avermelhada e lustrosas; a
parte
comestível
é
uma
massa
amarelada ou alaranjada; endocarpo
esponjoso e semente dura; é planta
nativa da Amazônia e de muita utilidade
para s populações interioranas.
minério Agregado natural de mineralminério e ganga que, no atual estágio da
tecnologia, pode ser normalmente
utilizado para a extração econômica de
um
ou
mais
metais;
mineral
comercialmente explorável no estado
puro ou como fonte de outro elemento
mirmecobromo
Planta que fornece
alimentação para as formigas.
minério de ferro pelotizado Material
obtido por aglomeração e queima do
minério de ferro, com o objetivo de lhe
conferir características de granulometria
e resistência compatíveis à sua
utilização.
mirmecófita
Planta que possui
adaptações que permitem o abrigo das
formigas.
mirmequita
Intercrescimento que se
caracteriza pela presença de massas de
quartzo diminutas, sob a forma de
vermes ou dedos inclusos no plagioclásio
sódico, usualmente o oligoclásio, em
zonas de contato entre o feldspato
alcalino e o plagioclásio, crescendo no
plagioclásio em forma de couve-flor.
minhocoçu
Nome popular dos
anelídeos, poliquetos terrestres da família
dos
Glossoscolecídeos,
gênero
Megascolex, que têm até dois metros de
comprimento; vivem, em geral, nas
baixadas de solos férteis, produzindo
enormes dejeções.
mirtácea Família a qual pertence o
eucalipto; há aproximadamente 3.000
espécies, com ocorrência em países
quentes.
minuano Vento frio e seco que sopra no
sentido sul-oeste no Rio Grande do Sul;
geralmente tem duração de três dias,
durante o inverno.
mispíquel Ver arsenopirita
mitose
Processo de divisão celular
responsável pelo aumento do número de
células
nos
tecidos
somáticos;
caracteriza-se pela produção de células
filhas idênticas à célula mãe. (Genética)
mioceno Época do período cenozóico
que se caracteriza pelo aparecimento de
indivíduos semelhantes ao homem
moderno.
274
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
modelo Airy Modelo que considera ter a
crosta da Terra densidade constante, e
que as variações topográficas são
compensadas proporcionalmente na
base da crosta (profundidade de
compensação), criando feições tais como
raiz para compensar montanhas, ou antiraiz para depressões.
mixotrófico Denominação utilizada para
seres que possuem diversos tipos de
nutrição, como ocorre geralmente , com
alguns vegetais e animais unicelulares
moagem Processo de cominuição no
qual o material é fragmentado entre duas
superfícies móveis que não possuem
entre si qualquer dependência.
modelo digital do erreno - DTM
Representação digital da superfície
terrestre, através de uma malha de
elevação ou lista de coordenadas
tridimensionais; Digital Terrain Model.
moagem a seco Moagem sem adição
de água, sendo que a expressão a seco,
geralmente se refere ao mineral que
contém umidade insuficiente para
agregar as suas partículas e que não
sofreu adição de água.
modelo Pratt Modelo que considera que
as densidades laterais da crosta terrestre
e da subcrosta são variáveis, sendo
porém constante a profundidade de
compensação;
assim,
as
regiões
elevadas devem ter densidade crustal
menor do que as regiões baixas.
moagem a úmido Moagem em que é
adicionada ao mineral uma quantidade
de água necessária para que a polpa
adquira a adequada fluidez para poder
ser manipulada com mais facilidade,
especialmente no que se refere a sua
passagem através do moinho.
modelo
sanduíche
Designação
aplicada para indicar o arranjo da
litosfera, em que a porção dúctil, a crosta
inferior, está situada entre duas porções
rígidas, a crosta superior e o manto
superior. (Geologia)
moagem autógena Moagem em que é
usado o granulado do próprio minério
como elemento moedor.
mobile core
Porção central de um
cinturão móvel. (Geologia)
modelos numéricos São formalizados
por meio de expressões matemáticas e
lógicas; que servem para modelar a
superfície do terreno. (Cartografia)
mobilidade geoquímica
Maior ou
menor facilidade com que um elemento
químico se move em um meio natural
específico. (Geoquímica)
módulo de Bulk - K Mede a resposta
elástica à pressão hidrostática, p;
K=V.(dp/dV), onde V é o volume; para
sólidos isotrópicos está relacionado ao
módulo de Young.
mobilismo Crença fundamentada na
concepção de que a Terra é constituída
por placas rígidas que se movem sobre a
astenosfera; base da teoria dita da
tectônica de placas. (Geologia)
módulo de elasticidade É o quociente
entre a tensão aplicada e a deformação
elástica resultante; está relacionado com
a rigidez do material; o módulo de
elasticidade resultante de tração ou
compressão é expresso em MPa; módulo
de Young
modelado Grupamento de formas de
relevo que apresentam similitude de
definição geométrica em função de uma
gênese comum e da generalização dos
processos
morfogenéticos
atuantes;
aspecto do relevo, resultante do trabalho
realizado
pelos
agentes
erosivos.
(Geomorfologia)
módulo de Young
elasticidade.
modelagem Elaboração de um modelo
matemático, que por sua vez é uma
representação
matemática
de
um
fenômeno físico humano, etc., feita para
que se possa melhor estudar o original.
Ver módulo de
moela Estômago mecânico das aves;
situa-se entre o estômago químico
(proventrículo) e o duodeno, sendo o
responsável pela trituração do alimento;
sua posição na cavidade abdominal
corresponde ao centro da gravidade da
275
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
moluscos
Animais de corpo mole,
simetria bilateral, com exceção dos
Gastrópodas,
não
segmentados,
cobertos por um delgado manto, que na
grande maioria das formas segrega uma
concha calcária formada por aragonita ou
calcita; estão presentes desde o
Cambriano até os dias de hoje,
ocorrendo em ambiente marinho, de
água doce, salobra e até mesmo em terra
firme; pertencem ao filo Mollusca; muitos
representantes deste grupo apresentam
uma concha calcárea que protege o
corpo do animal (ex: caracol, caramujo e
ostra); outros possuem uma concha
interna (lula) ou são desprovidos dela
(polvo e lesma). (Zoologia)
ave; é mais desenvolvida nas aves que
se alimentam de sementes e artrópodes.
(Zoologia)
mofeta Exalação fria, com temperatura
por volta de 400 C, de gases vulcânicos,
contendo CO2.
mogno
É uma espécie, (Swetenia
macrophylla), cuja madeira é muito
indicada para a fabricação de móveis;
tem uma alta resistência ao ataque de
cupins mas, baixa durabilidade quando
em contato com o solo e a umidade; a
casca é adstringente, indicada contra a
diarréia; no sul do Pará, área de maior
incidência, a exploração foi tão intensiva
que está em processo de extinção.
molassa Denominação adotada para
sedimentos clásticos de depressões
orogênicas internas ou marginais,
formadas pela elevação rápida do núcleo
orogênico
e
abaixamento
das
depressões; formam-se assim espessas
camadas de sedimentos clásticos
grosseiros, arenitos continentais com
estratificação cruzada, marcas de onda e
sedimentos de água doce, seguida de
grande
espessura
de
areias
avermelhadas, folhelhos e evaporitos;
mais além, sedimentos tanto mais finos
quanto mais afastados da cadeia central.
momme Unidade de peso utilizada para
pérolas cultivadas e equivalente a 3,75 g.
mônade Unidade isolada de uma tétrade.
(Palinologia)
monadnock
Elevação residual de
pequenas dimensões, constituída de
rochas mais resistentes ao intemperismo
e aos processos de denudação do que
aquelas que as rodeiam.
monandro Que tem flores dotadas de
um só estame. (Botânica)
monazita
Mineral que cristaliza no
sistema monoclínico, classe prismática,
com
composição
(Ce,La,Y,Th)PO4,
coloração
castanho-amarelada
a
avermelhada,
translúcida
e
brilho
resinoso.
molde de drenagem
Canalículo
dendriforme formado pelo escoamento de
pequena quantidade de água, que se
espalha como um lençol em um fundo
relativamente plano.
monção Vento de circulação geral da
atmosfera caracterizado pela persistência
estacional de uma dada direção do vento
e pela variação marcante dessa direção
de uma estação para outra, em função
das diferenças térmicas entre áreas de
terra e água o que provoca mudanças na
localização dos centros de alta e baixa
pressão; são ventos que seguidamente
sopram para a costa durante o verão e
para o alto mar durante o inverno.
(Meteorologia)
molécula Menor partícula na qual um
composto pode ser dividido mantendo as
suas propriedades.
molhe Denominação aplicada para
indicar uma estrutura de terra, blocos de
rocha ou outro tipo de material,
geralmente revestida e ligada ao
continente e que pode desempenhar o
papel de um quebra-mar ou atracadouro.
molinete hidrométrico
Instrumento
utilizado para medir a velocidade de uma
corrente em um determinado ponto ,
através da contagem do número de
revoluções das conchas ou da hélice
contra as quais a corrente incide.
monda Tipo de poda referido apenas ao
corte das plantas secas, velhas , doentes
ou fracas.
276
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
mondongo Denominação aplicada a um
terreno baixo, paludoso e que se
apresenta em geral coberto por plantas
silvestres.
outros; forma de economia em que um só
vendedor enfrenta vários compradores;
como não há concorrência, num
monopólio o vendedor estabelece os
preços à sua vontade. (Economia)
monitoramento
ambiental
Acompanhamento periódico através de
observações sistemáticas de um atributo
ambiental, de um problema ou situação
através da quantificação das variáveis
que o caracterizam; o monitoramento
determina os desvios entre normas
preestabelecidas (referenciais) e as
variáveis medidas.
monossacarídeos
Denominação
genérica aplicada a todos as açúcares
que não de hidrolisam.
monossialitização Individualização da
caulinita no meio natural sob condições
de
drenagem
livre
nas
zonas
intertropicais.
monotremado Esporos ou grãos de
pólen que apresentam uma única
abertura. (Palinologia)
monoclina Espécie que apresenta flores
hermafroditas, ou seja, ambos os sexos
contidos no mesmo receptáculo floral.
Ver diclina. (Botânica)
montanha
Elevação que apresenta
encostas íngrimes, com declividade
maior do que 15% e altitudes superiores
a 300 m e constituída por um
agrupamento de morros. (Geomorfologia)
monocultura Tipo de cultivo agrícola
que utiliza uma única espécie; cultura
exclusiva de um produto agrícola; a falta
de diversidade de espécies. (Agronomia)
montante Rio acima.
monóica Vegetal que apresenta flores
unissexuais masculinas e femininas na
mesma planta. (Botânica)
montmorilonita
Argilomineral
dioctaedral do grupo da esmectita em
que o Mg substitui parcialmente o Al na
folha hidróxido octaédrica.
monolito de solo Seção vertical de um
perfil, removida de um solo e montado
para estudo ou exposição. (Pedologia)
monumento topográfico
Ponto do
terreno materializado ou monumentado
por um objetivo de concreto em cuja
extremidade encontra-se um disco
metálico, gravado com informações sobre
o ponto em questão; marco topográfico.
(Topografia)
mononucleotídeos
Cadeias
de
unidades dos ácidos nucléicos que se
compõem de um carboidrato ou açúcar
de cinco átomos de carbono (uma
pentose), de estrutura cíclica pentagonal,
ao qual se une por um de seus extremos
uma molécula de ácido fosfórico e, por
outro, a uma base nitrogenada também
de estrutura fechada, seja púrica (que
tem dois anéis com vários átomos de
nitrogênio
unidos
ao
esqueleto
carbonado), seja pirimidínica (que consta
de um só anel hexagonal no qual se
inserem átomos de nitrogênio, oxigênio e,
em alguns casos, um radical metila, CH3).
moratória
Prorrogação do prazo
concedido para pagamento de uma
dívida, obtida em acordo entre o devedor
e o credor; na economia internacional, o
significado é um pouco diferente: uma
declaração unilateral feita por um país,
afirmando que não pagará uma dívida no
prazo estipulado; é uma medida extrema,
que pode causar graves prejuízos futuros
ao país, porque, depois da moratória, as
instituições financeiras deixam de
emprestar dinheiro ao governo que a
decretou, ou o fazem apenas mediante a
cobrança de juros mais altos. (Economia)
monopodial Uma forma de crescimento
no qual existe um único caule que
continua a crescer de seu vértice ano
após ano. (Botânica)
morbidade
Capacidade
danos. (Medicina)
monopólio Privilégio que possui um
indivíduo, um conjunto de indivíduos ou o
Estado, e de que são excluídos todos os
277
de
causar
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
morrote
Elevação que apresenta
encostas íngrimes , com declividade
maior do que 15% e altitudes superiores
a 100 m. (Geomorfologia)
morena Denominação aplicada à carga
sedimentar transportada por uma geleira,
e qualificada após sua deposição de
acordo com a posição ocupada na
geleira, como morena lateral, mediana,
interna, basal e terminal.
morte catastrófica
Mortalidade em
massa que ocorre em um curto intervalo
de tempo, e que propicia farto material
aos processos de fossilização.
morfina
Alcalóide do ópio, branco,
cristalino,
de
fórmula
C17H19O3N,
poderoso sedativo e anestésico.
mosaico Conjunto de fotografias aéreas,
superpostas, recortadas artisticamente e
montadas pelos detalhes comuns;
permite uma visão contínua da superfície
fotografada.
Ver
fotomosaico.
(Fotogrametria)
morfoestrutura Feição em que a forma
de relevo e a drenagem estão
estreitamente relacionados à estrutura
geológica, seja ela de caráter dobrado,
falhado
ou
lineagênico,
podendo
apresentar feição positiva ou negativa, ou
ainda estar à superfície ou então
inumada
por
espessa
seqüência
sedimentar. (Geomorfologia)
mosaico controlado Mosaico que é
obtido através da união de imagens ou
de fotografias aéreas com base em
pontos de controle no terreno e
triangulação radial, de modo a reduzir ao
mínimo as distorções inerentes ao
imagiamento. (Fotogrametria)
morfologia do solo Constituição física,
particularmente
as
propriedades
estruturais, de um perfil de solo, como
exibido pelos tipos, espessura e
arranjamento dos horizontes no perfil e
pela textura, estrutura, consistência e
porosidade
de
cada
horizonte.
(Pedologia)
mosaico não controlado Mosaico que
é obtido através da união de imagens ou
de fotografias aéreas não corrigidas,
agrupadas sem controle de terreno ou
correção
relativa
à
orientação.
(Fotogrametria)
morfologia urbana Refere-se à forma
caracterizada pela disposição num
território, dos elementos que compõem a
estrutura física de um assentamento
urbano.
moscardos
Inseto
díptero,
Pantophthalmus pictus, da famíla dos
Pantoftalmídeos,
que
apresentam
grandes dimensões e brocam a madeira
para criar suas larvas; atacam a
casuarina e outras plantas. (Entomologia)
morototó (Schefflera morototoni) Árvore
da família Araliaceae, de porte médio,
fuste retilíneo, muitas vezes tortuosos,
com diâmetro superior a 50 cm, casca
lisa esbranquiçada liquênica, com 1,0 cm
de espessura; madeira moderadamente
pesada; lenho entrelaçado de cinzento e
creme-claro; grã direita a oblíqua; textura
média; cheiro e gosto indistintos.
mosqueado Pontos ou manchas de cor
ou tonalidade diferente, entremeadas
com a cor dominante da matriz de um
horizonte do solo; pode ocorrer em vários
horizontes ou camadas de solo,
especialmente em zonas de flutuação do
lençol freático (drenagem imperfeita),
podendo ser também decorrente de
variações no material de origem.
(Pedologia).
morro Elevação que apresenta encostas
suaves, com declividade menor do que
15%, e altitudes que variam entre 100 e
300 m. (Geomorfologia)
mosqueamento Formação ou presença
de mosqueados no solo. (Pedologia)
morro testemunho
Colina de topo
plano, situada diante de uma escarpa de
cuesta, mantida pela camada resistente;
representa um fragmento do reverso,
sendo, portanto, um testemunho da
antiga posição da cuesta antes do recuo
do front. (Geomorfologia)
mosquito-do-mangue
(Entomologia)
mosquito-palha
(Entomologia)
278
Ver
Ver
maruim.
maruim.
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
maruim.
resistente: quando a água diminui, cava
um túnel e fica esperando pelas chuvas.
movimento de massa Movimento que
envolve uma massa ou volume de solo
ou rocha que se desloca em conjunto;
difere da erosão por ser este um
fenômeno que ocorre grão a grão.
mud flow Deslocamento rápido encosta
abaixo, devido a chuvas pesadas, de
material superficial de granulação fina,
em áreas com pouca vegetação, típicas
de regiões semi-áridas e áridas; os de
origem vulcânica são conhecidos como
lahars.
mosquito-pólvora
(Entomologia)
Ver
movimento tectônico Deslocamento de
massa originado por forças induzidas
pela dinâmica interna do planeta que
impõe tensão aos maciços rochosos.
(Geologia)
muda
Processo de substituição da
plumagem de uma ave; as penas, sendo
estruturas mortas, sofrem desgaste e são
substituídas anualmente; na maioria das
espécies tal substituição é gradual,
principalmente a das penas de vôo; em
grande número de aves ocorrem duas
mudas anuais: uma antes e outra após a
reprodução; durante o desenvolvimento
pós-natal a ave passa de uma plumagem
de recém-nascido para a juvenil e,
posteriormente, para a de adulto, através
do processo de muda. (Zoologia)
mucajá ou macaúba Palmeira coberta
de
espinhos
finos
(Acrocomia
sclerocarpa), com frutos tipo drupa,
casca lisa de cor amarelo-esverdeada,
delgada, rígida, coriácea; mesocarpo
comestível de cor amarelada, fibromucilaginosa;
caroço
pardo-escuro,
pétreo, encerrando uma amêndoa com
endosperma branco e duro; frutos estão
maduros na segunda metade do ano.
mudança textural abrupta Consiste no
considerável aumento do conteúdo de
argila dentro de uma pequena distância
na zona de transição entre o horizonte A
e o horizonte B do solo. (Pedologia)
mucilagem Um tipo de alimento a base
de fibra.
muck
Material orgânico altamente
decomposto, no qual as partes da planta
não são reconhecíveis; contém mais
matéria mineral e é usualmente mais
escuro que o peat.
muiraquitã
Artefato em nefrita, em
forma de sapo, tartaruga ou serpente,
encontado no Baixo Amazonas e usado
como amuleto; pedra-verde, pedra-dasamazonas.
mucosa gástrica Pele que recobre a
parede interna do estômago é dividada
em mucosa antral, cárdica e fúndica.
(Medicina)
muito arenosa Textura do solo cuja
composição granulométrica apresenta
mais de 70% de areia. (Pedologia)
mucosa intestinal Pele especializada
do intestino delgado que tem papel de
absorver todos os nutrientes. (Medicina)
muito argilosa Textura do solo cuja
composição granulométrica apresenta
mais de 60% de argila. (Pedologia)
muçuã
Rétil da Amazônia, ilha do
Marajó, ordem dos quelônios, da família
dos
cinosternídeos
(Cinosternon
scorpioides), que pode medir até 30 cm
de comprimento; o casquinho-de-muçuã
é um prato típico da culinária paraense.
mulch Cobertura morta, constituída de
uma camada natural ou artificial
representada por resíduos de plantas ou
outro material, que é colocada na
superfície da terra para proteção do solo
e das raízes das plantas para proteção
contra os efeitos das chuvas e do vento,
retendo a umidade e reduzindo a
insolação e a erosão. (Agronomia)
muçum (Symbranchus marmoratus)
Peixe que tem o corpo alongado
parecendo uma cobra e possui a
característica curiosa da reversão sexual;
nasce com as características dos dois
sexos, mas a fêmea se transforma em
macho depois de passar pelo primeiro
período reprodutivo; é um peixe
multidiciplinar É a característica que se
atribui a um tema, objeto ou abordagem
279
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
gênica; tipo de erro que ocorre na
replicação do ácido desoxirribonucléico
originando um novo ADN com um ou
mais nucleotídeos trocados; um erro
deste tipo, pode acontecer em qualquer
área do ADN. (Genética)
para cuja exposição concorrem duas ou
mais disciplinas.
multimídia É a tecnologia que integra,
no computador, dois ou mais meios
diferentes,
como
textos,
gráficos,
animação, som e vídeo; visa tornar mais
atraente a veiculação de informação e
facilitar o acesso a grandes volumes de
dados; permite ao usuário romper o
processo de leitura seqüencial, como o
dos livros, e criar seu próprio caminho de
consulta.
mutação cromossômica Mutação do
tipo aberração cromossômica, que afeta
a estrutura e o número de cromossomos
ou o número dos genes num
cromossomo; exemplos de mutação
cromossômica são a deleção, a
duplicação, a inversão, a translocação, a
aneuplodia e a euploidia. (Genética)
mungubarana ou munguba
Árvore
(Pachira aquatica), cuja madeira pode ser
utilizada na fabricação de caixotes,
molduras, fósforo e para a fabricação de
papel; a casca fibrosa é utilizada na
confecção de cordas; por sua resistência
e beleza é muito utilizada em arborização
urbana.
mutação genética Alteração no padrão
genético de um ser vivo; uma mutação
genética pode ou não apresentar efeitos
sobre o fenótipo; pode concorrer para a
evolução ou para a involução da espécie;
processo responsável pela produção de
novos alelos através da alteração na
seqüência de bases do ADN. Ver
recombinação genética.
Munssel Ver sistema Munsell de cores,
carta de cores, cor do solo. (Pedologia)
muro Aresta que separa os lúmens em
um retículo normal. (Palinologia)
mutação gênica Ver mutação genética.
(Genética)
muro Superfície limitante de uma jazida,
situada entre o corpo mineralizado e a
lapa. (Mineração)
mutação reversa
Mutação no alelo
mutante reconstituindo o alelo original.
(Genética)
muro de arrimo Construção usada na
contenção de terras e de pedras de
encostas;
muro
de
contenção.
(Engenharia Civil).
mutualismo Associação interespecífica
harmônica em que duas espécies
envolvidas
ajudam-se
mutuamente.
(Biologia)
murundus
Formações naturais de
configuração aproximadamente cônica,
apresentando
dimensões
bastante
variáveis, em geral na ordem de 3 a 15 m
de diâmetro, à base, por uma altura que
raramente excede a 3 m, constituindo
grupamentos
específicos
que
caracterizam um microrrelevo peculiar.
mutucas Ver tabanídeos. (Entomologia)
mutum-cavalo (Mitu mitu) Aves que
vivem em pequenos grupos mas na
época reprodutiva, cada macho conquista
sua fêmea defendendo ferozmente seu
território; tem uma carne com excelente
paladar,
comparável
a
do
peru
doméstico; a espécie está ameaçada
tanto pela caça ilegal quanto pela
destruição de seu habitat.
musgo Vegetal geralmente de tamanho
reduzido,
desprovido
de
tubos
condutores de seiva e, portanto, depende
de ambiente úmido para seu crescimento
e reprodução; pertence à Divisão
Bryophyta.
mututi
É uma árvore (Pterocarpus
oficinales), cuja madeira branca e mole é
boa para a construção naval; o mututi-deterra-firme tem uma madeira que fornece
boa pasta de papel com 44% de
rendimento em celulose.
mutação Variação herdável imprevista
em um gene ou no número e estrutura
cromossômica; as mudanças no material
genético dividem-se em duas categorias:
mutação cromossômica e mutação
mututurana Ver amaparana
280
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
nanofanerófitas Categoria de vegetais
fanerófitos cujos caules se ramificam a
partir da base, como se verifica com os
arbustos de até 2 m; exemplo: Cordia
leucocephala,
Wedelia
scaberrima,
Dioclea rostrata, Senna cana, Cleome
spinosa, etc. (Botânica)
mytilus
Bivalve que apresenta a
camada externa (camada prismática) da
concha constituída de calcita e a interna
(camada
nacarada)
de
aragonita,
constituindo-se em exceção no grupo dos
bivalves,
cuja
concha
constitui-se
normalmente só de um desses dois
minerais.
nanotecnologia A ciência que constrói
máquinas e robôs.
nappe de charriage Feição que se
caracteriza pelo adelgaçamento do flanco
inverso de uma dobra recumbente,
promovendo um rompimento através de
uma
superfície
de
cisalhamento
subhorizontal, denominada carreamento.
(Geologia)
N
nascente Ver cabeceira, fonte.
nativa
Denominação utilizada para
indicar espécies vegetais ou animais de
ocorrência natural em dada região.
(Biologia)
neblina
Formação
atmosférica
constituída de pequeníssimas partículas
líquidas, em suspensão no ar, originadas
de um processo mecânico de subdivisão,
como a nebulização. (Meteorologia)
n
Colocado após o símbolo dos
horizontes H, A, B, e C, indica
acumulação de sódio trocável expresso
por 100.Na./CTC >8%, acompanhada ou
não de acumulação de magnésio
trocável; exemplo: Bn. (Pedologia)
nebulosidade Proporção do céu coberto
por qualquer tipo de nuvens, sendo
expressa em décimos de céu coberto;
cobertura de nuvens. (Meteorologia)
nadadeiras actinopterígias Nadadeiras
pares que possuem base larga, sendo
que seu esqueleto consiste de uma série
de barras (raios) ósseos ou cartilaginosos
paralelos,
relativamente
curtas.
(Zooologia)
neck Forma de relevo testemunho de
uma antiga chaminé vulcânica; é o
conduto de um vulcão preenchido por
lava
solidificada,
exposto
e
topograficamente realçado pela erosão
seletiva que desgastou as rochas que
constituíam o cone. (Geomorfologia)
nadadeiras
crossopterígias
Nadadeiras pares que possuem a forma
de uma folha, sendo que seu esqueleto
consiste de um eixo central com ramos
laterais
dispostos
simetricamente.
(Zooologia)
nectário
Estrutura
glandular,
principalmente da flor, onde é produzido
o néctar, substância rica em açúcares
que além de atrair as aves, atrai também
insetos e morcegos. (Botânica)
nadir Ponto da esfera terrestre situado
diretamente abaixo do observador; ponto
na esfera celeste oposto ao Zênite.
(Astronomia)
nectarívoros Animais que se alimentam
preferencialmente de néctar. (Zoologia)
nafta Fração de destilação do petróleo,
constituída por hidrocarbonetos de baixo
ponto de ebulição; utilizada como
matéria-prima na indústria petroquímica,
fornecendo, através de craqueamento,
uma grande variedade de produtos.
nematóidios Vermes não segmentados
que podem viver na matéria orgânica do
solo; são predadores das bactérias,
fungos ,algas e de outros nematóidios e
281
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
horizontes A-C-R, onde R representa a
rocha; são semelhantes aos Entissolos
da Taxonomia de Solos (classificação
americana). (Pedologia)
sua entrada na planta facilita a entrada
de outros patógenos.
neodarwinismo Teoria da evolução que
combina seleção natural com genética de
população, e na qual o conceito
darwiniano de variação expontânea é
explicado em termos de mutação e
recombinação gênica. (Genética)
Neossolo Quartzarênico Classes do
novo Sistema Brasileiro de Classificação
de Solo,.correspondendo, no antigo
Sistema, à classe das Areias Quartzosas;
são solos profundos, muito bem
drenados e constituídos quase que
inteiramente por grãos de quartzo do
tamanho areia; tipicamente, possuem
sequência de horizontes A-C; são
semelhantes aos Quartzipsamentes da
Taxonomia de Solos (classificação
americana). (Pedologia)
neoformação Processo de formação de
minerais por precipitação direta de
componentes da solução.
neontologia Ramo da biologia voltada
ao estudo dos organismos modernos, isto
é, ainda viventes.
neopalinologia
Ciência voltada ao
estudo dos grãos de pólen e esporos de
briófitas e pteridófitas de plantas atuais.
neotectônica
Ramo da tectônica
relacionado com os movimentos atuais
da Terra, podendo representar uma
continuidade
dos
movimentos
do
passado; as estruturas neotectônicas
desenvolvem-se no regime tectônico
corrente, abrangendo o estado de
deformação que prevalesce dentro de
uma região intraplaca.
neoplasia
Qualquer crescimento
anormal no corpo humano; conforme
suas
características
clínicas
e
microscópicas,
as
neoplasias
são
divididas em dois grupos: neoplasias
(tumores)
malignas
e
neoplasias
benignas; somente a neoplasia/tumor
maligno
é
chamado
de
câncer.
(Medicina)
neotropical Região zoogeográfica que
se estende do sul do México até o sul da
Argentina, portanto incluindo as Américas
Central e do Sul; apresenta espécies de
plantas e de animais características que
não ocorrem em outras regiões da Terra.
Neossolo Compreende solo constituído
por material mineral ou por material
orgânico pouco espesso com pequena
expressão dos processos pedogéneticos
em conseqüência da baixa intensidade
de atuação destes processos, ainda
insuficientes para originar modificações
expressivas no material originário; as
características do próprio material, pela
sua resistência ao intemperismo ou
composição química, e do relevo, podem
impedir ou limitar a evolução desse solo;
anteriormente designados por Litossolos,
Aluviais, Litólicos, Areias Quartzosas e
Regossolos; termo da nova classificação
brasileira de solos. (Pedologia)
neotrópico
Reino
florístico
compreendido entre o sul da América do
Norte
(México)
e
a
Patagônia.
(Fitogeografia)
nereites Tipo de rastro meandriforme
presente em turbiditos depositados em
águas ainda mais profundas que aquelas
que
abrigam
os
zoophycos.
(Paleontologia)
nervo Porção da rocha encaixante que
subsiste englobada no corpo do minério.
(Mineração)
Neossolo Litólico
Classe do novo
Sistema Brasileiro de Classificação de
Solo; corresponde, no antigo Sistema, à
classe dos Solos Litólicos; são solos
muito rasos, não alagados, onde a rocha
de origem está a menos de 50 cm da
superfície; suas propriedades são
inteiramente dominadas pelas da rocha
de origem, possuindo sequência de
nervo vago
Nervo que entra na
cavidade gástrica junto do esôfago que
tem papel importante na produção de
ácido do estômago e na regulação da
motilidade do tubo digestivo. (Medicina)
nesossilicatos Silicatos cujos tetraedros
de SiO4 apresentam-se isolados, estando
282
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
unidos entre si através das ligações
iônicas, pelos cátions intersticiais.
da neblina são menores que 40 micra.
(Meteorologia)
netunismo Crença, a partir dos estudos
do alemão Abraham G. Werner, um dos
fundadores da geologia, de que todas as
rochas da Terra se formaram na, ou da
água.
névoa fotoquímica São produtos de
reação
foto
químicas,
geralmente
combinados com um valor de água; as
partículas são geralmente menores que
1,5 micrometros. Ver smog.
neurotoxina Presença de toxina nos
nervos ou tecido nervoso.
névoa seca
Denominação genérica
utilizada para os materiais particulados
secos em suspensão, quando a
visibilidade horizontal é superior a 1.000
m e a umidade relativa é inferior a 80%;
obstrução da visibilidade nas camadas
superficiais da atmosfera, causada por
partículas sólidas muito pequenas e não
aquosas em suspensão; dá ao ar uma
aparência opalescente. (Meteorologia)
neuston Microorganismo que vive e
nada em contato com a película
superficial da água.
neutrino
Partícula
fundamental
supostamente produzida em números
maciços por reações nucleares nas
estrelas;
são
difíceis
de
serem
detectadas, uma vez que uma expressiva
maioria delas passa através da Terra
sem interagir. (Astronomia).
névoa úmida Fenômeno meteorológico
semelhante a um nevoeiro tênue, no qual
as partículas são mais dispersas e em
geral menores, enquanto a visibilidade
horizontal é superior a 1.000 m;
obstrução da visibilidade nas camadas
superficiais da atmosfera, causada por
gotículas de água em suspensão.
(Meteorologia)
nêutron Partícula com carga elétrica
nula, constituinte do núcleo do átomo e
cuja massa de repouso corresponde a
aproximadamente 1,008 UMA (unidade
de massa atômica); fora do núcleo é uma
partícula instável que se dissocia
espontaneamente, em 12 minutos; de
acordo com suas energias os nêutrons
são classificados em : térmicos,
intermediários, rápidos e relativísticos.
nevoeiro
Fenômeno meteorológico
caracterizado pela presença de partículas
de água muito pequenas , produzidas
próximo à superfície terrestre, e que
reduzem a visibilidade horizontal a
menos de 1.000 m; pode ser de radiação
quando formado a partir do resfriamento
de uma superfície em noites límpidas e
calmas, com ar úmido; de advecção ,
formado quando o ar quente, úmido e
estável se desloca sobre uma superfície
mais fria; de montanha que se forma em
vertentes de montanhas de barlavento
devido ao resfriamento provocado pela
ascenção forçada do ar úmido e estável;
e de evaporação que se forma pela
evaporação da água relativamente
quente em meio a ar frio; obstrução da
visibilidade nas camadas superficiais da
atmosfera, causada por gotículas de
água em suspensão. (Meteorologia)
neutropenia
Queda do número de
neutrófilos (um dos tipos de célula de
defesa) do sangue abaixo do normal.
(Medicina)
neviza
Estado intermediário entre a
neve e o gelo; é uma substância mais
antiga e mais compacta que a neve,
porém não sendo ainda totalmente uma
massa de gelo; a neve se transforma em
neviza após o degelo do verão e se
forma quando a permeabilidade se reduz
a zero, devido a recristalização e
compactação da neve, o que conduz a
uma diminuição da porosidade e
aumento da densidade.
névoa Denominação utilizada para as
partículas
líquidas
formadas
na
atmosfera pela condensação de líquidos
vaporizados; as partículas da névoa
variam de 40 a 200 micra, enquanto as
nevoeiro advectivo Ver nevoeiro de
advecção. (Meteorologia)
nevoeiro de advecção
Nevoeiro
formado pela passagem lenta de uma
283
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
olhos fechados, permanecendo no ninho
durante certo tempo, período em que é
alimentado e aquecido pelos pais.
(Zoologia)
massa de ar relativamente quente, úmida
e estável sobre uma superfície fria.
(Meteorologia).
nevoeiro de montanha Ver nevoeiro de
vertente. (Meteorologia)
nidífugo Indivíduo que ao nascer já
possui plumagem, os olhos abertos,
podendo caminhar e procurar alimento,
com a proteção dos pais. (Zoologia)
nevoeiro de radiação Nevoeiro que se
forma sobre a terra, em noites límpidas e
calmas, com ar úmido. (Meteorologia)
ninfas Estágio pré-adulto nos insetos
que não possuem o estágio de pupa.
(Entomologia)
nevoeiro de radiação Nevoeiro que se
forma
sobre
terra
em
noites
caracterizadas por ventos fracos, céu
limpo e ar úmido nos baixos níveis da
atmosfera. (Meteorologia)
Nitossolo Solo constituído por material
mineral, com horizonte B nítico de argila
de atividade baixa, textura argilosa ou
muito argilosa, estrutura em blocos
subangulares, angulares ou prismática,
moderada ou forte, com superfície dos
agregados reluzentes, relacionada a
cerosidade
e/ou
superfícies
de
compressão; correspondendo a Terra
Roxa Estruturada e Similar, Terra Bruna
Estruturada e Similar, alguns Podzólicos
Vermelho-Escuros; termo da nova
classificação
brasileira
de
solos.
(Pedologia)
nevoeiro de vertente Nevoeiro que se
forma em vertentes de montanhas de
barlavento, pela subida forçada de ar
estável e úmido até que seja atingida a
saturação,
como
resultado
do
resfriamento adiabático por expansão;
nevoeiro de montanha. (Meteorologia)
newton - N É a força que, quando
aplicada a um corpo tendo a massa de 1
quilograma, transmite uma aceleração da
gravidade de 9,806 m/s2, tem-se 1 N =
0,102 kg.
nitrificação Processo de conversão da
amônia em nitratos, passando por nitritos
como etapa intermediária, pela atuação
de bactérias aeróbicas denominadas
nitrobactérias; este processo é utilizado
como indicador de poluição, sendo que a
presença de nitritos indica poluição
recente, enquanto a de nitratos indica
poluição mais remota.
newtoniano - Refletor onde o espelho
principal que está no fundo do tubo joga
a luz para um espelho secundário que a
desvia na perpendicular ao tubo do
telescópio onde fica a ocular, próximo a
objetiva. (Astronomia)
nexina Parte interna, geralmente não
esculturada, da exina. (Palinologia)
nitrilas
Compostos orgânicos que
apresentam o grupamento funcional
cianogênio diretamente ligado à cadeia
carbônica, sendo derivadas teoricamente
do HCN, pela substituição do átomo de
hidrogênio pelo radical alcoíla ou arila.
nicho ecológico Espaço ocupado por
um organismo no ecossistema, incluindo
também o seu papel na comunidade e a
sua posição em gradientes ambientais de
temperatura, umidade, pH, solo e outras
condições de existência; é o papel que
determinado ser executa dentro do seu
habitat: predador, produtor, etc); local
restrito de um habitat onde existem
condições especiais de ambiente.
(Ecologia)
nitrofenois
Pesticidas
orgânicos
sintéticos que contém em sua molécula,
átomos
de
carbono,
hidrogênio,
nitrogênio e oxigênio.
nitrogênio
Constituinte universal da
matéria viva (proteínas), principal gás do
ar (78%), intervém na biosfera através de
um complexo ciclo que envolve trocas
entre atmosfera/solo/seres vivos.
nictigamia Fenômeno vegetal no qual a
flor se abre à noite e se fecha durante o
dia.
nidícola Indivíduo que nasce totalmente
dependente dos pais; nasce nu e com os
284
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
nitrossomona
Bactéria autotrófica
quimiossintetizante, que oxida amônia a
nitrito, para obtenção de energia
necessária à síntese orgânica.
uma represa, medido num local
determinado; abaixo deste nível pode ser
feito o esvaziamento da represa até ao
nível da descarga de fundo.
níveis independentes de descarte
Método de seleção para mais de uma
característica
que
consiste
em
estabelecer
níveis
mínimos
de
desempenho que os animais devem
atingir em cada característica incluída no
programa de melhoramento genético.
(Melhoramento Genético)
nível ótimo de desempenho Níveis de
desempenho
mais
lucrativos
ou
favoráveis
em
características
economicamente
importantes
em
determinado ambiente e sistema de
manejo. (Melhoramento Genético)
nível alimentar
(Ecologia)
Ver
nível
nível piezométrico Nível determinado
pela água num tubo piezométrico
colocado em um determinado ponto do
lençol freático. (Hidrologia)
trófico.
nível trófico É a posição ocupada por
um organismo na cadeia alimentar; os
produtores ocupam o primeiro nível; os
consumidores primários, o segundo nível;
e os secundários, o terceiro nível e assim
por diante; os decompositores podem
atuar em qualquer nível trófico. (Ecologia)
nível crítico de nutriente Concentração
do nutriente na planta, ou em partes
especifica da planta, abaixo da qual o
nutriente se torna deficiente para uma
taxa ótima de desenvolvimento.
nível de base Nível abaixo do qual não
pode ocorrer erosão pelas águas
superficiais; o nível de base final é
considerado como sendo o nível do mar.
nó Região caulinar, em geral dilatada,
de onde saem as folhas. (Botânica)
nó Unidade de velocidade utilizada em
navegação e que corresponde a 1 milha
náutica (1.852 m) por hora.
nível de energia
Energia cinética
relativa a um ambiente aquático devido a
ação das ondas e/ou correntes; de
acordo com esse nível, os ambientes
aquáticos
são
classificados
em
ambientes de alta energia e ambientes
de baixa energia.
nódulo algálico Nódulo constituído por
carbonato de cálcio com diâmetro inferior
a 20 cm, forma discoidal ou esferoidal,
originado por atividade vital de algas
verdes.
nível dinâmico Posição do nível da
água dentro da área de influência de um
poço submetido a bombeamento.
nódulos
Glébulas com organização
interna indiferenciada, de óxidos de ferro,
de manganês, de calcita, etc; neles pode
ser reconhecida a estrutura de materiais
herdados da rocha de origem mais ou
menos
alterada
(litorrelíquias),
de
depósitos superficiais (sedirrelíquias) e
de estruturas pedológicas pretéritas ou
pedorrelíquias. (Micromorfologia do Solo)
nível estático Posição do nível da água
de um poço, quando este não está sendo
submetido a bombeamento, e que
alcançou o eqüilíbrio com a pressão
atmosférica.
nível freático Limite superior do lençol
freático. (Hidrologia)
norma Segundo definição da ABNT Associação
Brasileira
de
Normas
Técnicas "é um documento estabelecido
por consenso e aprovado por um
organismo reconhecido, que fornece,
para o uso comum e repetitivo, regras,
diretrizes
ou
características
para
atividades ou resultados, visando à
obtenção de um grau ótimo de ordenação
em um dado contexto".
nível máximo de exploração É o nível
mais alto permitido normalmente numa
represa (sem ter em conta as
sobreelevações devidas a cheias);
corresponde
ao
nível
de
pleno
armazenamento da represa; maior nível
admissível em caso de cheias.
nível mínimo de exploração É o nível
mínimo admitido para a exploração de
285
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
nudicaule Aquela planta que não possui
folhas no caule. (Botânica)
normal climatológica Valor médio de
dados referentes a qualquer elemento
meteorológico calculado para períodos
padronizados
de
trinta
anos,
correspondente aos seguintes períodos
consecutivos: 1901-1930; 1931-1960;
1961-1990; a normal serve como um
padrão para que valores de um dado ano
possam ser comparados, a fim ser
conhecido o seu grau de afastamento da
normal. (Climatologia)
número de graus de liberdade De uma
soma de quadrados de desvios ou
resíduos é o número pelo qual ela deve
ser dividida para que o quociente
(chamado quadrado médio) tenha,
quando válida a hipótese de nulidade,
esperança matemática igual à variância.
(Estatística)
número de massa Número de prótons e
nêutrons (núcleons) presentes no núcleo
de um elemento.
núcleo Subdivisão da Terra que se
estende desde 2.900 km, limite com o
Manto Inferior, até cerca de 6.700 km;
sua massa representa 32,4% da massa
total de Terra; divide-se em Núcleo
Externo, que se apresenta em um estado
físico líqüido e alcança até 5.200 km,
sendo que a partir dessa profundidade
está presente o Núcleo Interno, sólido.
número efetivo de progênie
Uma
indicação da quantidade de informação
disponível para estimação da diferença
esperada na progênie de um reprodutor;
é função do número de progênies,
ajustado para suas distribuições entre os
rebanhos e para o número de
contemporâneos de outros reprodutores.
(Melhoramento Genético)
núcleo
metalogenético
Área
mineralizada de forma isométrica ou
irregular, e cuja mineralização está
situada em torno de um centro
magmático, ou está confinada a uma
feição tectônica local bem definida, com
ou sem presença de magmatismo.
nunatak Nome esquimó utilizado para
indicar a parte alta, rochosa, que
sobressae do manto de gelo e neve,
comportando-se como se fosse uma ilha
rodeada de gelo.
nucleocápsidio
Conjunto
ácido
nucléico/invólucro protéico. (Virologia)
nutrição parenteral Alimentação por via
venosa. (Medicina)
nucleoma
O conjunto do material
nuclear de uma célula. (Citologia)
nutrição parenteral total
Infusão
endovenosa de todos os nutrientes
através de um cateter colocado em uma
veia de grosso calibre que passa no
pescoço; é utilizada em pacientes com
desnutrição severa que tem algum tipo
de comprometimento do tubo digestivo,
desta forma não podendo ingerir
alimentos. (Medicina)
núcleon
Termo que genericamente
designa as partículas que constituem o
núcleo atômico, isto é, o próton e o
nêutron; núcleo.
nuclídeo
Átomo caracterizado por
determinado número de massa e número
atômico, que possui um tempo longo de
vida
média,
permitindo
a
sua
identificação como um elemento químico.
nutricêuticos
Alimentos funcionais,
alimentos com funções terapêuticas.
nuclídeo estável Aquele que não
apresenta radiatividade. Ver nuclídeo.
nutriente essencial Elemento químico
que pela sua participação insubstituível
no metabolismo vegetal, exercendo
funções metabólicas essenciais à vida da
planta; são eles: C (carbono), O
(oxigênio), H (hidrogênio), N (nitrogênio),
P (fósforo), K (potássio), Ca (cálcio), Mg
(magnésio), S (enxofre), Fé (ferro), Cu
(cobre), Mn (manganês), Zn (zinco), B
(boro), Cl (cloro), Mo (molibdênio).
nuclídeo radioativo
Aquele que
apresenta radiatividade; radionuclídeo.
Ver nuclídeo.
nuculâneo Termo que designa um fruto
que possui muitas sementes distintas, a
exemplo da nêspera. (Botânica)
286
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
representada
pelos
Altostratus. (Meteorologia)
nutrientes disponíveis Nutrientes, sob
a forma de íons ou compostos, que
podem ser absorvidos para promover o
desenvolvimento das plantas.
nuvem
Agregado de pequenas
partículas de água, cristais de gelo, ou a
mistura de ambos, com sua base acima
da superfície da Terra; pode ser
classificada de acordo com a altura de
sua base (baixa, média ou alta) ou
quanto ao tipo de seu desenvolvimento,
que pode ser horizontal (estratiforme) ou
vertical (cumuliforme). (Meteorologia)
Stratus
e
O
nuvem ardente Massa volátil constituída
de gases vulcânicos e material sólido,
parcialmente incandescente; em sua
base se encontra uma zona de alta
temperatura, com domínio de material
sólido; toda a massa é de alta mobilidade
e se comporta de modo semelhante a
uma massa líqüida. (Meteorologia)
o
Colocado após o símbolo dos
horizontes O e H, indica incipiente ou
nula decomposição de material orgânico,
ou qual ainda resta muito de reconhecível
da estrutura das plantas, material esse
acumulado conforme descrito nos citados
horizontes; exemplo: Ho. (Pedologia)
nuvem cirriforme Nuvem constituída
por cristais de gelo e que se apresenta
com aparência fibrosa. Inclui os Cirrus,
os Cirrocumulus e os Cirrostratus.
(Meteorologia)
O Horizonte ou camada superficial de
cobertura, de constituição orgânica,
sobreposta a alguns solos minerais, em
condições de drenagem, sem restrições
que possam resultar em estagnação de
água. (Pedologia)
nuvem cumuliforme Nuvem que se
apresenta
empilhada
,
mostrando
desenvolvimento
vertical,
grande
extensão, surgem isoladas e apresentam
precipitação forte, em pancadas e
localizadas, como os Altocumulus.
(Meteorologia)
oásis São certos lugares nos desertos,
onde a água situada nas profundidades
brota na superfície. permitindo a
sustentação
de
uma
exuberante
vegetação no meio dos desertos, e estão
tão distantes uns dos outros que podem
ter diferentes espécies de plantas e
animais.
nuvem de desenvolvimento vertical
Nuvem que pode se estender a partir da
superfície terrestre até uma altura de
6.000 m, como os Cumulus e os
Cumulonimbus. (Meteorologia)
nuvem de trovoada Expressão popular
para Cumulonimbus, a nuvem associada
a tempestades. (Meteorologia)
objetiva Lente ou associação de lentes
que fornecem a imagem real do objeto
observado,
estando
localizada
na
extremidade inferior do canhão do
microscópio; para facilitar a mudança de
uma objetiva a outra as mesmas
encontram-se
instaladas
em
um
dispositivo giratório denominado revólver.
(Microscopia)
nuvem estratiforme Nuvem estável que
se apresenta em camadas mostrando
desenvolvimento
horizontal,
pouca
espessura e cobrindo grande área, sendo
objetiva sêca Denominação utilizada
para quando entre a face inferior da
objetiva do microscópio e o tôpo da
lamínula, existe apenas o ar; nas
nuvem de Oort Nuvem esférica que se
crê rodear todo o nosso Sistema Solar a
cerca de um ano luz a partir do Sol;
contém restos da formação desse
sistema. (Astronomia)
287
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
objetivas ditas de imersão, este espaço é
ocupado por um líquido. (Microscopia)
foco do sistema ocular encontra-se antes
da lente coletora. (Microscopia)
objetos Messier
Lista de objetos
celestes, visíveis com binóculos ou
pequenos telescópios, e que são
representados pela letra M seguida de
um número de identificação; esta lista de
109 objetos, geralmente enxames de
estrelas, galáxias e nebulosas, foi
elaborada por um astrônomo francês,
Charles Messier, em 1787, e são os
objetos celestes mais apreciados pelos
astrônomos amadores. (Astronomia)
ocultações É o obscurecimento de um
corpo celeste por outro de maior diâmetro
aparente; as mais importantes são a
passagem da Lua pela frente de estrelas
e planetas, ou o desaparecimento de um
satélite por trás do seu planeta primário.
(Astronomia)
ocupação do solo Ação ou efeito de
ocupar o solo, tomando posse física do
mesmo,
para
desenvolver
uma
determinada atividade produtiva ou de
qualquer índole, relacionada com a
existência concreta de um grupo social,
no tempo e no espaço geográfico.
obliqüidade Ângulo formado pelo eixo
de uma jazida com a horizontal; medido
no seu plano médio, ou seja, o ângulo
entre o seu eixo e o seu traço medido no
plano médio; somente em uma jazida
vertical a declividade e a obliqüidade
apresentam o mesmo valor. (Mineração)
offlap
Termo
empregado
em
sismoestratigrafia para estratos que
progradam para o interior de águas mais
profundas.
obseqüente Rio cujo curso de dispõe
em direção oposta à drenagem
conseqüente da área.
okta Unidade de medida de quantidade
de nuvens igual à área de um oitavo do
céu situado dentro do campo de visão do
observador. (Meteorologia)
oceanização
Conversão da crosta
continental em crosta oceânica.
oceanografia Ciência voltada ao estudo
dos oceanos, como a topografia de
fundo, física e química das aguas, tipos
de correntes, biologia e geologia, etc.
óleo Porção do petróleo existente na
fase líquida nas condições originais de
reservatório, que permanece líquida nas
condições de pressão e temperatura de
superfície.
ochloespécie Espécie que tem ampla
distribuição, exibindo ao longo de suas
áreas de ocorrência uma uniformidade
morfológica mais ou menos fixa, criada
por barreiras reprodutivas que espelham
um isolamento pretérito advindo de
épocas secas ou úmidas.
óleo
combustível
Mistura
de
hidrocarbonetos utilizados em grande
variedade de equipamentos industriais
destinados à geração de energia ou
calor; é largamente usado nas indústrias,
para aquecimento de caldeiras, fornos,
fornalhas.
oclusão ou frente oclusa Situação em
que a frente fria alcança a frente quente;
o setor quente é, subseqüentemente,
elevado da superfície da Terra.
(Meteorologia)
óleo diesel Mistura de hidrocarbonetos
que
tem
amplo
emprego
como
combustível em motores a explosão
(ciclo diesel), em caminhões, ônibus,
tratores, equipamentos pesados para
construção, navios, locomotivas, motores
estacionários; é também usado como
fonte de calor.
ocra Argila colorida por óxido, usada em
pintura.
octanagem Ver índice de octano.
óleo essencial
Essência de planta,
geralmente obtida por destilação e que
apresenta, em elevado grau de
concentração,
as
principais
características fitoterapêuticas da planta.
ocular Lente ou associação de lentes
que permitem observar a imagem real do
objeto fornecida pela objetiva; as
oculares podem ser positivas ou
negativas, sendo que nas primeiras o
288
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
da forsterita -Mg2(SiO4)- à faialita Fe2(SiO4); as olivinas mais comuns são
mais ricas em magnésio do que em ferro;
membros do grupo porém de ocorrência
mais rara são a monticellita- CaMgSiO4 ,
a tefroita- Mn2SiO4 e a larsenitaPbZnSiO4.
oleoduto
Sistema constituído de
tubulações e estações de bombeamento,
destinado a conduzir petróleo ou seus
derivados líquidos.
olho d'água Ver fonte.
olho-de-gato Denominação aplicada ao
fenômeno de reflexão da luz devido a
existência de fibras ou canais ordenados
paralelamente no interior de uma gema;
quando a lapidação é do talhe cabochão
e segundo a direção correta, pode ser
observada uma banda sedosa, luminosa,
na direção perpendicular à das inclusões
presentes na gema. (Gemologia)
ombreira
Patamar situado em uma
encosta, devido geralmente a ação da
erosão diferencial em uma rocha mais
resistente,
formando
um
ressalto
topográfico. (Geomorfologia)
onça pintada (Panthera onca) É o maior
felino neotropical; adulto pesa até 140 kg;
é terrestre e solitária, tendo hábitos
diurnos e noturnos; muito ágil e veloz é
capaz de dar grandes saltos, tanto em
altura como em distância; é uma exímia
caçadora e costuma atacar sua presa por
trás, procurando atingir os pescoço ou a
cabeça com um golpe certeiro; come
várias espécies mas prefere capivaras e
jacarés.
oligopólio Grupo formado por poucas
empresas de grande porte que são os
únicos fornecedores de um produto,
serviço ou matéria-prima; até há pouco
tempo, o oligopólio era considerado
nocivo à economia, porque poderia levar
à formação de cartéis e à manipulação
de preços; mais recentemente, os
oligopólios
ganharam
contornos
positivos, porque seu tamanho permite
que os custos sejam divididos por um
contingente
muito
grande
de
compradores; assim, o preço final do
produto ou serviço pode ficar mais baixo;
a concorrência entre os grandes
conglomerados não permite que o custo
para o consumidor final suba e, no final
das contas, inibe a formação de cartéis.
(Economia)
oncogene São aqueles genes cujos
produtos são capazes de promover a
transformação de células eucarióticas
normais e induzir a formação de tumores.
(Medicina)
oncólito Pisólito de origem algálica com
dimensões inferiores a 10 cm de
diâmetro, e que exibe uma série de
laminações concêntricas, geralmente
irregulares.
oligossintomático Que não apresenta
sintoma de nenhuma doença. (Medicina)
onda construtora Onda que apresenta
maior inclinação que a onda destruidora,
e que transporta os sedimentos para a
praia, sem contudo possuir competência
suficiente para traze-los de volta quando
do seu retorno.
oligotrófico Solo que apresenta uma
carência generalizada em nutrientes.
(Pedologia)
olistólito
Denominação aplicada à
massa sedimentar incluída em um
olistóstromo.
onda de areia Onda gigantesca com
amplitude média da ordem de 10-15 m e
cujo comprimento de onda situa-se entre
várias centenas de metros.
olistóstromo Pacote de sedimentos que
deslizou em estado de semifluidez;
constitui-se de uma massa caótica que
pode conter blocos imersos em uma
matriz pelítica.
onda de gravidade
Onda cuja
velocidade de propagação é controlada
primariamente pela gravidade e cujo
comprimento de onde é superior a 5,08
cm.
olivinas
Grupo de minerais que
cristalizam no sistema ortorrômbico,
classe bipiramidal, e constituindo uma
série completa de solução sólida, que vai
onda de leste Distúrbio em forma de
cavado na corrente de leste dos trópicos,
289
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ondas electromagnéticas
Um outro
termo para designar luz; as ondas de luz
são flutuações de campos elétricos e
magnéticos no espaço. (Astronomia)
mais evidente em altos níveis do que na
análise de superfície, cuja passagem em
direção a oeste é marcada por aumento
de nebulosidade e precipitação em forma
de pancada. (Meteorologia)
ondas L
Oscilação de grande
comprimento de onda, ou completamente
sinuosa, que se propaga apenas na
crosta da Terra quando as ondas P e S a
atingem; sob essa denominação estão
incluídas as ondas Raleigh que vibram
verticalmente na direção de propagação,
e as ondas transversas que vibram
horizontalmente; mostram velocidades
variando entre 4,0 e 4,4 km/s; ondas
longas. Ver terremoto.
onda de tempestade Onda de grandes
dimensões
ocasionada,
fundamentalmente, por ventos fortes
ligados a tempestades; leva à inundação
as costas baixas normalmente não
alcançadas pelas águas.
onda de translação Onda de água rasa
na qual as partículas de água se
encontram bastante deslocadas no
sentido da propagação da mesma.
ondas longas Ver ondas L.
onda destruidora Onda que apresenta
pequena inclinação, varre a praia no seu
retorno e leva os sedimentos para o
fundo do mar.
ondas P
Ondas transmitidas por
compressão e rarefação, segundo a
direção de propagação; deslocam-se
com velocidades compreendidas entre
5,5 e 13,8 km/s e aumentam de acordo
com a profundidade; ondas primárias ou
compressionais. Ver terremoto.
onda empilhada por ação de carga
Estrutura originada pelo empilhamento da
ripples devido à ação da carga associada
à corrente; em seção vertical mostra um
formato plano- convexo assimétrico, com
a extremidade mais aguda voltada para o
sentido contrário ao da corrente.
ondas rádio Luz com frequência muito
menor que a luz visual. (Astronomia)
ondas S Ondas de cisalhamento que
atuam por meio de mudanças de forma;
cada partícula atingida por este tipo de
onda vibra transversalmente à direção de
propagação; deslocam-se com uma
velocidade que varia de 3,2 a 7,3 km/s;
ondas secundárias ou transversais. Ver
terremoto.
onda fixa Onda em que a superfície da
água oscila verticalmente entre dois
pontos fixos, denominados nodos, e que
não apresenta avanço.
onda limítrofe Onda sísmica que se
propaga ao longo de superfícies livres ou
interfaces acústicas e que depende da
estratificação interna para sua existência.
ondas secundárias Ver ondas S.
ondas transversais Ver ondas S.
onda refletida Onda que retorna após
chocar-se contra uma costa abrupta ou
outra superfície refletora qualquer.
ondulador
Instalação destinada a
converter corrente contínua em corrente
alternada. (Energia)
onda sinusoidal Onda oscilatória que
tem a forma de um senóide.
onívoros São os consumidores de um
ecossistema que participam de várias
cadeias alimentares e em diferentes
níveis tróficos; o homem, por exemplo, ao
comer arroz, é consumidor primário; ao
comer carne é secundário; ao comer
cação, que é um peixe carnívoro, é um
consumidor terciário. (Ecologia)
onda solitária Onda que consiste em
uma única elevação da superfície da
água, não sendo acompanhada nem
antes e nem depois por outra onda.
onda trocoidal
Onda oscilatória
progressiva, de pequena amplitude, cuja
forma é um ciclóide prolato.
ônix
Variedade
de
calcedônia
estratificada, com as camadas dispostas
em faixas retas e paralelas; mostra uma
ondas compressionais Ver ondas P.
290
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ordoviciano Período da Era Paleozóica,
situado após o Período Cambriano e com
duração compreendida aproximadamente
entre 505 e 438 milhões de anos,
abrangendo os andares - dos mais
antigos para os mais novos Tremadociano, Arenigiano, Llanvirniano,
Llandeilano, Caradociano e Ashgilliano;
foi
proposto
por
Lapworth
em
homenagem
aos
Ordovices,
uma
primitiva tribo dos Celtas; neste período
os graptólitos atingiram o seu clímax e
surgiram os primeiros peixes e os
conodontes. (Geologia)
ampla gama de cores, com exceção da
vermelha, alaranjada e marron, sendo
que a preta é a mais apreciada para fins
gemológicos.
onlap
Termo utilizado quando uma
seqüência
estratigráfica
de
base
discordante termina progressivamente
contra uma superfície inicialmente
inclinada,
ou
quando
estratos
inicialmente
inclinados
terminam
progressivamente up dip contra uma
superfície originalmente de grande
inclinação. (Geologia)
ontogênese Denominação aplicada ao
estudo do ciclo de vida de um indivíduo.
organismo geneticamente modificado
Organismo
cujo
material
genético
(ADN/ARN) tenha sido modificado por
qualquer técnica de engenharia genética;
transgênicos.
oólito
Corpo de forma esférica ou
subesférica, que cresceu a partir de um
núcleo, que pode ser um grão mineral ou
um fragmento fóssil, e apresentando
diâmetro de até 2 mm.
organismo mesófilo Organismo que se
desenvolve melhor em uma faixa de
temperatura compreendida entre 200 C e
400 C.
oosfera
Célula sexual feminina das
plantas superiores; ovocélula. (Botânica)
ópio
Substância extraída dos frutos
imaturos de algumas espécies de
papoulas,
gênero
Papaver,
que
apresenta fortes efeitos narcóticos.
organizações não governamentais ONGs São movimentos da sociedade
civil, independentes, que atuam nas
áreas de ecologia, social, cultural, dentre
outras.
optomicroscopia Microscopia óptica.
organoclorado
Grupo químico dos
agrotóxicos
compostos
por
um
hidrocarboneto clorado com um ou mais
anéis aromáticos, ou mesmo cíclico
saturado; em termos de toxicidade
aguda, seriam menos tóxicos de que
fosforados,
clorofosforados
e
carbamatos; mas o problema é a
persistência no meio ambiente, o que
gera o fenômeno da bioacumulação,
tornando-os prejudiciais, a longo prazo, a
ponto de terem sido proibidos em muitos
países, inclusive o Brasil; como o DDT,
Aldrin e Dieldrin.
orbículo
Pequenos
grânulos,
freqüentemente espiculosos, espalhados
sobre a superfície da exina, originados do
tapeto e resistentes à acetólise.
(Palinologia)
órbita Caminho que um objeto segue
através do espaço, à volta de um outro
objeto. (Astronomia)
orçar Navegar o mais próximo possível
pela da linha do vento.
ordenamento ambiental É o conjunto
de metas, diretrizes, ações e disposições
coordenadas, destinadas a organizar, em
certo território, o uso dos recursos
ambientais e as atividades econômicas,
de modo a atender a objetivos de
políticas ambientais, de desenvolvimento
urbano e econômico, etc; ordenamento
ecológico.
ordenamento
ecológico
ordenamento ambiental.
organofosforado Grupo químico dos
agrotóxicos compostos por um éster do
acido fosfórico ou similares; em termos
de toxicidade aguda, são geralmente
mais tóxicos de que os organoclorados e
carbamatos, mas se degradam mais
rapidamente no ambiente e não se
acumulam no tecido gorduroso. Inibem a
colinesterase nas sinapses nervosas;
como o Paration e o Malation.
Ver
291
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
organoléptica Característica sensorial
de uma substância ou produto, que
sensibiliza os sentidos; são as sensações
olfatórias, gustativas e táteis, percebidas
durante uma avaliação.
principal nos seixos, e
nas areias; representa
deposição em águas
pode ser dividido em
petromítico.
a moda menor,
um produto de
muito agitadas;
ortoquartzítico e
Organossolo
Solo pouco evoluído,
constituído
por
material
orgânico
proveniente de acumulações de restos
vegetais
em
grau
variável
de
decomposição,
acumulados
em
ambientes mal drenados, ou em
ambientes úmido de altitude elevada, que
estão saturados com água por poucos
dias no período chuvoso, de coloração
preta, cinzenta muito escura ou marrom e
com elevados teores de carbono
orgânico; conhecidos anteriormente por
Solos
Orgânicos,
Semi-Orgânicos,
Turfosos, Tiomórfico; termo da nova
classificação
brasileira
de
solos.
(Pedologia)
ortofoto digital
Imagem fotográfica
obtida
através
de
processos
computacionais a partir de uma fotografia
em
perspectiva,
na
qual
os
deslocamentos de imagem devidos à
inclinação e ao relevo foram corrigidos
matematicamente (Fotogrametria)
ortofotocarta
Fotocarta executada
mediante a montagem de ortofotografias;
pode ser completa, com um tratamento
cartográfico especial, um realce nas
margens, com separação de cores, ou a
combinação
desses
aspectos.
(Fotogrametria)
ortofotografia
Fotografia aérea cuja
distorção devida a inclinação, curvatura e
relevo é corrigida; resultante da
transformação de sua original, que é uma
perspectiva central do terreno, numa
projeção ortogonal sobre um plano,
complementada por símbolos, linhas e
quadrículas, com ou sem legenda,
podendo
conter
informações
planialtimétricas
ou
somente
planimétricas. (Fotogrametria)
orogenia Conjunto de fenômenos que
determinam a formação das montanhas;
estudo ou descrição desses fenômenos;
orognosia, orologia.
orquidáceas
Família de plantas
monocotiledôneas,
da
ordem
das
micropermas, muito estimadas pela
beleza exótica das flores, as quais têm
organização peculiar: as cápsulas
encerram uma multidão de sementes
insignificantes,
que
germinam
em
associação
com
certos
fungos,
necessários ao bom crescimento da
planta; existem cerca de 25.000
espécies, que vivem basicamente nos
paises tropicais, sendo nelas riquíssimo o
Brasil. (Botânica)
ortofotomapa
(Fotogrametria)
Ver
ortofotocarta.
ortogênese Teoria segunda a qual e
evolução das espécies se processa em
um certo sentido definido, independendo
da seleção natural ou das forças
externas.
ortoprojeção analítica
Processo de
retificação, ou seja, eliminação de erros
ou defeitos da imagem fotográfica,
através
de
aparelho
chamado
ortoprojetor; transforma a projeção
central de uma foto aérea em uma
projeção ortogonal; é analítica porque é
processo comandado por computador.
(Fotogrametria).
orquídea Designação comum às plantas
e flores da família das orquidáceas,
impropriamente consideradas parasitas;
podem ser epífitas, rupícolas, terrestres,
saprófitas, paludícolas ou subterrâneas.
(Botânica)
orto Prefixo utilizado para indicar que
uma rocha metamórfica foi originada de
uma rocha magmática. (Geologia)
ortoscópica
Observação efetuada
quando é retirada do sistema ótico do
microscópio, a lente de Amici-Bertrand.
(Microscopia)
ortoconglomerado Conglomerado que
apresenta
arcabouço
aberto,
caracterizado por seixos, areia grossa e
um cimento químico; tem a moda
292
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ostracodermos Grupo de peixes que
viveram do Ordoviciano ao Devoniano,
constituídos por uma armadura bem
desenvolvida de placas ósseas ou
escamas; não possuíam nadadeiras
pares; quando muito apresentavam
apenas o par anterior; o esqueleto axial
era cartilaginoso.
ortstein É um horizonte B espódico,
contínuo ou praticamente contínuo,
cimentado por matéria orgânica e
alumínio, com ou sem ferro, ocupando
50% ou mais da área do horizonte e com
2,5 cm ou mais de espessura.
(Pedologia)
orvalho Condensação do vapor d'água
sobre uma superfície sólida cuja
temperatura tenha sido reduzida pelo
resfriamento radiativo até situar-se igual
ou inferior à temperatura do ponto de
orvalho do ar adjacente; as condições
favoráveis à ocorrência de orvalho são
noites de céu límpido, baixo teor de
umidade e pequenas velocidades de
vento. (Meteorologia)
otimização
Conjunto de princípios
matemáticos usados para solucionar
problemas quantitativos em diversas
disciplinas, entre as quais física, biologia,
engenharia e economia; as grandezas
envolvidas podem ser temperatura,
corrente de ar, velocidade, informação,
valor monetário, etc.
ótimo
climático
Período
com
temperatura
relativamente
elevada,
presente após o recuo da última geleira
pleistocênica,
correspondendo
aproximadamente a 4.000 a 7.000 anos
atrás.
oscilação
genética
Mudanças
aleatórias nas freqüências alélicas, que
geralmente ocorrem em populações
pequenas, em conseqüência de erro
amostral; pode ser causada por: a) efeito
de afunilamento, que é a drástica
redução do tamanho da amostra; b)
efeito fundador, que acontece quando a
amostra original é feita a partir de
pequeno número de indivíduos; e c)
efeito do pequeno tamanho da amostra,
que ocorre quando o tamanho do acesso
permanece pequeno ao longo de várias
gerações. (Genética)
ouro
Metal nobre que cristaliza no
sistema cúbico, com cor amarela, brilho
metálico,
mostrando-se
altamente
maleável e dúctil; presente tanto no
estado nativo quanto como teluretos; é
bom condutor de calor e eletricidade,
sendo que quando finamente dividido
pode apresentar cores prata, vermelho e
púrpura; sua fusão ocorre a 1.0630 C;
sob o ponto de vista comercial recebe as
denominações de ouro branco, ouro 18
quilates, ouro verde e ouro 24 quilates,
sendo este o ouro puro (100% ouro);
existe uma série completa de solução
sólida entre o ouro e a prata, sendo que,
quando a prata está presente em
quantidades superiores a 20%, o mineral
é denominado eletrum.
oscilógrafo Instrumento que permite
medir e registrar as variações de
grandezas elétricas em função do tempo.
osciloscópio Instrumento que permite
medir variações de grandezas elétricas
(como corrente ou tensão) em função do
tempo.
osmose Fenômeno da passagem de um
solvente através de uma membrana
colocada
entre duas soluções, no
sentido da solução menos concentrada.
ouro branco Denominação comercial
utilizada para indicar uma liga de ouro,
que contém 75% de ouro, 17% de níquel,
2,5% de cobre e 5,5% de paládio.
ostracódeos
Pequenos crustáceos
dotados de conchas ovóides, bivalves,
quitinosas ou calcárias; o comprimento
pode variar de 0,5 a 4 mm, podendo
contudo alcançar até 2 cm; são muito
mais abundantes nos mares, mas estão
também presentes nas águas doces; são
onívoros e apresentam dimorfismo sexual
e ocorrem desde o período Ordoviciano.
ouro verde
Denominação comercial
utilizada para indicar uma liga de ouro,
que contém 75% de ouro, 22,5% de
prata, 1,5% de níquel e 1,0% de cobre.
outorga de direitos de uso de recursos
hídricos
Instrumento legall instituído
pela Lei de Recursos Hídricos (Lei
293
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
oxidação Processo de formação de
jazimentos minerais, por efeito da
meteorização, podendo constituir uma
zona superior de minerais oxidados e
uma outra, inferior, de enriquecimento
supergênico, permanecendo inalterada a
zona mineralizada primária. (Geologia)
Federal 9433/97); é concedida pelo poder
público federal, estadual ou municipal,
por até 35 anos; obrigatória para quase
todos usos da água, sendo porém
dispensada para suprir pequenos núcleos
populacionais em área rural, ou realizar
captações, lançamentos ou acumulações
de volumes considerados insignificantes;
cada outorga é condicionada às
prioridades estabelecidas nos Planos de
Recursos Hídricos e deve respeitar a
classe do corpo de água.
óxido nitroso É um dos gases que
provocam o efeito estufa, produzido
naturalmente pelos oceanos e pelas
florestas tropicais; fontes antropogênicas
de óxido nitroso são: a produção de
nylon, ácido nítrico, atividades agrícolas,
carros com três modos de conversão
catalítica, queima de biomassa e a
queima de combustíveis fósseis; a maior
fonte de renovação do óxido nitroso são
as reações fotolíticas (na presença de
luz) na atmosfera.
outwash plain
Plano formado pela
deposição dos detritos transportados pela
água, proveniente da fusão da geleira
adjacente.
ovário Orgânulo cavitário da flor, que
encerra os óvulos, dentro dos quais se
acha a célula reprodutiva feminina; pode
ser súpero ou ínfero, conforme sua
posição em relação às demais peças
florais; depois da fecundação cresce e
forma o fruto. (Botânica)
óxidos livres Termo geral que inclui os
óxidos, hidróxidos e oxidróxidos de Fe,
Al, Mn e Ti, que apresentam um único
número de coordenação.
oxigênio Elemento químico que constitui
a massa principal das águas, dos seres
vivos e das rochas de superfície, e cerca
de 20% da massa atmosférica; os
principais locais de produção de oxigênio
são a superfície dos mares e a folhagem
das árvores.
ovo Resultado da fecundação do óvulo
pelo espermatozóide; nas aves, o ovo
recebe uma camada calcárea produzida
pela glândula da casca, no oviduto da
fêmea; é o processo de deposição da
casca que também são incluídos os
pigmentos ou micro-estruturas que
produzem o colorido do ovo. (Zoologia)
oxilito
Substância constituída por
peróxido de sódio e que origina oxigênio
quando decomposto pela água.
ovocélula Ver oosfera. (Botânica)
ovopositor Estrutura terminal do oviduto
dos animais por onde são eliminados os
ovos nas fêmeas; ovoduto. (Zoologia)
oximetria Ver acidimetria.
oximetria de pulso Mede a salinação
de oxigênio por método não invasivo.
(Medicina)
ovulação
Liberação
da
célula
germinativa feminina (óvulo) pelo ovário.
Oxissolo
Ordem da classificação
americana de solos (Soil Taxonomy);
classe de solos que apresentam um
horizonte óxido dentro de 2 m da
superfície ou plintita como uma fase
contínua dentro de 30 cm da superfície, e
que não têm um horizonte B espódico ou
horizonte B textural acima do horizonte B
óxido; oxisol. (Pedologia)
óvulo Corpúsculo encontrado no interior
do ovário das flores, dentro do qual se
acha a célula sexual feminina, ou
oosfera, que fecundada, o óvulo cresce e
forma a semente. (Botânica)
oxácido Ver oxiácido. (Química)
oxiácido Qualquer ácido inorgânico que
contém pelo menos um oxigênio em sua
molécula; oxácido. (Química)
ozocerite Mistura de hidrocarbonetos,
de coloração amarelada, lamelar ou
fibrosa, que constitui uma cera fóssil ou
parafina natural.
oxidação Perda de elétrons ou aumento
do número de valência positiva ou
diminuição da negativa. (Química).
294
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
ozonide Produto derivado da adição do
ozônio com substâncias providas de
dupla ligação.
de um progenitor; usa-se para designar
os diferentes progenitores utilizados para
a criação de um híbrido ou de uma série
de híbridos. (Genética)
ozônio Gás azulado, muito oxidante e
reativo; estima-se que 90% do ozônio
disponível esteja concentrado na camada
que protege a Terra dos raios ultravioleta.
pã
Horizonte ou camada de solo,
fortemente compactado, endurecido ou
com conteúdo de argila muito elevado.
(Pedologia)
ozônio estratosférico É o componentechave na absorção da radiação
ultravioleta, protegendo a vida contra os
efeitos nocivos desta radiação; o ozônio
é criado e destruído a partir de uma série
de reações complexas que envolvem a
luz; ele é também um gás de efeito
estufa, por absorver a radiação
infravermelha que é liberada pela Terra.
pacu Peixe da mesma família da piranha
(Serrasalmidae), mas enquanto esta é
carnívora, o pacu come apenas folhas e
frutos.
padrões de drenagem É o arranjo
espacial dos canais fluviais que podem
se influenciar em seus trabalhos
morfogenéticos pela geologia, litologia, e
pela evolução geomorfológica da região
em que se instalam. (Geomorfologia)
ozônio troposférico Obtido através do
deslocamento do ozônio estratosférico
em quantidades limitadas, mas ele é
principalmente produzido por reações
fotoquímicas complexas associadas a
emissão de gases pelo homem,
freqüentemente em cima de grandes
cidades; esses gases podem ser o
monóxido de carbono, metano e o óxido
nitroso.
padrões de potabilidade São os limites
de tolerância das substâncias presentes
na água de modo a garantir-lhe as
características de água potável; em
linhas gerais estes padrões são físicos
(cor, turbidez, odor e sabor), químicos
(presença de substâncias químicas) e
bacteriológicos
(presença
de
microrganismos vivos); normalmente as
legislações específicas de cada região ou
país, regem-se pelas recomendações da
Organização Mundial de Saúde (OMS);
no Brasil os padrões de potabilidade são
definidos pelo Ministério da Saúde, na
Portaria nº 36/90.
ozonização Tratamento ou combinação
de um corpo com ozônio.
ozonosfera Ver camada de ozônio.
pahoehoe Lava que apresenta um fluxo
mais lento e menor espessura que a lava
aa; ao longo do seu deslocamento, forma
ondulações
e
feições
que
se
assemelham a cordas ou tranças ,
formando , com freqüência , pequenos
túneis. Ver lava aa. (Geologia)
P
paiaguás Povo indígena já extinto e que
habitava o Pantanal quando da chegada
dos portugueses; travaram, juntamente
com os Guaikuru, intensas batalhas, das
quais
muitos
portugueses
não
sobreviveram; perseguidos e acuados,
foram
progressivamente
sendo
exterminados não restando qualquer
registro
da
presença
de
seus
descendentes atualmente.
p
Colocado após o símbolo dos
horizontes O ou A, indica modificações
da camada superficial pelo cultivo,
pastoreio, ou outras pedoturbações;
exemplo: Op. (Pedologia)
P1, P2, P3 - Símbolos que identificam as
gerações primeira, segunda, terceira etc
295
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
principais caracteres como; polaridade,
forma, tamanho, âmbito, aberturas,
textura do esporoderma, ornamentação
da exina, etc.
paisagem Porção do espaço perceptível
ao observador em uma única visada,
podendo
observar
todas
as
características naturais, tais como
campos, colinas, florestas, planícies,
água, etc. (Geografia)
palinologia
Ciência integrante da
paleobotânica, e voltada ao estudo dos
pólens e esporos , tanto fósseis quanto
atuais; seu estudo é facilitado pelas
características
apresentadas
pelos
pólens e esporos que possuem: grande
resistência à degradação, o que facilita a
preservação como fósseis; dimensões
geralmente inferiores a 150 micra , o que
facilita o transporte e a deposição em
conjunto
com
sedimentos
finos;
complexidade morfológica, permitindo
distinguir e caracterizar diferentes
formas; e produção em elevado número,
facilitando estudos estatísticos.
pajurá Árvore com altura média de 10 a
20 m (Couepia bracteosa), com frutos
tipo drupa de epicarpo pardo, levemente
áspero, mosqueado com pontuações
brancacentas; a parte comestível é o
mesocarpo, espesso, amarelo, de textura
carnoso-granulosa, oleoso e doce; o
caroço é oviforme, verrucoso-fibroso,
envolvendo uma volumosa semente;
setembro a maio é a epoca da safra.
palatabilidade Preferência baseada nas
características da planta propiciando uma
escolha entre duas ou mais espécies ou
partes da mesma planta, condicionado
pelo animal e fatores ambientais que
estimulam uma resposta de consumo
seletivo. (Zootecnia)
palinomorfo
Parte preservada de
diversos organismos ou estruturas
orgânicas, cujas dimensões variam de 10
a 500 micra, estando incluídos esporos,
pólens, microorganismos planctônicos e
bentônicos com carapaça mineralizada
(dinoflagelados,
quitinozoários
e
acritarcas); a esporopolenina, principal
componente
das
paredes
dos
palinomorfos é provavelmente um dos
componentes orgânicos quimicamente
mais inertes.
paleoecologia Ramo da paleontologia
voltado ao estudo das relações entre os
organismos e seus ambientes de vida em
épocas que antecederam o Holoceno.
paleofalésia
(Geomorfologia)
Ver
falésia
morta.
paleontologia Ciência que estuda os
fósseis, isto é, restos ou vestígios de
animais ou vegetais que viveram em
épocas passadas, e que encontram-se
conservados nas rochas.
paludícola
lagoas.
Que vive nos charcos ou
pama Árvore com 6 a 12 m de altura
(Quiina florida), cujo fruto é uma drupa de
casca lisa de cor marrom ou vermelhoescuro, polpa alaranjada, mole, pastosa;
o endocarpo é coriáceo contendo cerca
de 2 sementes; é espécie nativa do
Amazonas, frutificando no segundo
semestre do ano.
paleopavimento Depósito antigo que
corresponde muitas vezes a cascalheiras
e baixos terraços, relacionados às
oscilações climáticas.
Paleossolo Solo formado em épocas
que
antecederam
o
Holoceno.
(Pedologia)
pampa Região de grandes planícies
onde dominam os campos com
vegetação rasteira situada na porção
meridional da América do Sul; pampas.
paleozóico Era geológica que marca o
tempo da história da Terra, entre 570 e
245 milhões de anos passados.
(Geologia)
pampeiro Ver minuano.
paleozoologia Ramo da paleontologia
que estuda os animais fósseis.
pan Ver pã. (Pedolofgia)
pancadas Precipitação sólida ou líquida
oriunda de uma nuvem convectiva, que
se distingue da precipitação intermitente
palinograma Representação visual do
grão de pólen ou esporo, mostrando os
296
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
apresenta Vertissolos com encrave
Savana/Savana Estépica, a qual registra
o limite setentrional dessa formação.
ou contínua das nuvens estratificadas;
são caracterizadas por curta duração e
rápidas flutuações de intensidade,.com
início e fim bem definidos. (Climatologia)
pantanal da Nhecolândia Se destaca
no conjunto do macroleque aluvial do rio
Taquari e é caracterizado por uma
extensa
área
flúvio-lacustre;
sua
sedimentação está vinculada a cursos
intermitentes e defluentes do rio Taquari
quando
de
suas
cheias;
estes
apresentam um padrão de drenagem do
tipo multibasinal; a área apresenta um
grande
número
de
baías,
com
características peculiares, ou seja, muitas
são salinas, sem vegetação aquática,
outras de água doce, com vegetação de
aguapé; são circuladas por cordilheiras, e
a conexão entre uma baía e outra se dá
através das vazantes; muitas dessas
baías têm água salobra, dificultando o
desenvolvimento da vegetação aquática;
na área há o predomínio dos solos
hidromórficos, os quais favorecem o
desenvolvimento da vegetação de
Campos Limpos, que se alterna com o
Cerrado.
pâncreas Glândula localizada junto ao
duodeno a atrás do estômago que produz
suco digestivo importante na digestão;
sua função endócrina é produzir a
insulina. (Medicina)
panícula Tipo de inflorescência que é
um cacho composto, no qual os ramos
vão decrescendo da base para o ápice,
pelo
que
assume
forma
aproximadamente piramidal. (Botânica).
panmixia Cruzamentos ao acaso, sem
qualquer impedimento. (Genética)
pantanal É a mais extensa área úmida
contínua
da
Terra;
compreende,
aproximadamente, 200.000 km2 de
superfície e está situada no alto curso do
rio Paraguai em território brasileiro, entre
os paralelos de 150 a 220 de latitude sul e
os meridianos de 550 e 580 de longitude
oeste; a Depressão Pantaneira, ou
simplesmente Pantanal, abrange 12
municípios, destes, Corumbá, Coxim,
Aquidauana, Miranda e Porto Murtinho,
são
os
mais
tradicionais;
hidrograficamente, todo o Pantanal faz
parte da bacia do rio Paraguai; unidade
geomorfológica que abrange parte dos
Estados de Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul, definido como sendo uma
extensa
planície
de
sedimentos
holocênicos, onde se encontram alguns
blocos falhados.
pantanal de Paiaguás
Compreende
toda a porção NE do macroleque aluvial
do rio Taquari, no interflúvio PiquiríTaquari e na margem esquerda deste, a
nordeste do Pantanal de Nhecolândia;
prolonga-se a oriente até o médio curso
do rio Negro, onde se distingue uma
vasta faixa de espraiamentos aluviais
caracterizados como de fraca inundação;
esta área corresponde a derrames
aluviais antigos, com alta e média
densidade
de
canais
e
leitos
anastomosados
de
escoamento
temporário; para esse autor, os depósitos
aluviais antigos são submetidos a
processos geomorfológicos que implicam
na lixiviação, transporte e sedimentação
de materiais superficiais de alguns solos
em locais mais baixos; toda essa área
comporta solos hidromórficos que são
recobertos pelo Cerradão que, por vezes
se alterna com o Campo Sujo.
pantanal da Baía Vermelha-Tuiuiú
Corresponde
a
duas
áreas
de
espraiamentos aluviais do rio Paraguai,
as quais são inundáveis através de
drenos intermitentes e em decorrência
das
precipitações
locais;
esses
espraiamentos aluviais funcionam, via de
regra, como planície de inundação atual
dos sistemas Paraguai-Baia Vermelha e
Paraguai-Lagoa de Cáceres; o setor
setentrional margeia a Serra do Bonfim e
apresenta
solos
Hidromórficos
(Gleissolos)
que
possibilitaram
o
desenvolvimento da Floresta Estacional
Decidual; o setor meridional, situado nos
limites com o território boliviano,
pantanal de Uberaba-Mandioré Situado
ao sul de Porto Três Bocas, onde o rio
Paraguai recebe o Cuiabá em sua
margem esquerda, apresentando alguns
297
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
braços na margem direita que deságuam
no próprio rio alguns quilômetros mais ao
sul; a Serra do Amolar contribui para
provocar essas descargas; um amplo
setor, compreendido entre Porto Três
Bocas e Ilha da Figueira, permanece
inundado quase todo o ano, conformando
uma espécie de nível de base local;
contribuem para isso, os derrames
aluviais da margem esquerda do rio
Cuiabá.
área; a estreita faixa aluvial que margeia
o rio Paraguai, corresponde, aos
espraiamentos
aluviais
antigos,
associados à margem direita do rio
Taquari; são terrenos que permanecem
alagados por um largo período do ano;
na estiagem ocorrem, eventualmente,
emersão de ilhas coalescentes; nessa
época
os
solos
hidromórficos
(Gleissolos),
favorecem
o
desenvolvimento de gramíneas.
pantanal
do
Aquidauana-Miranda
Posicionado entre os rios Paraguai e
Nabileque a ocidente, e o rio Taboco a
oriente, o referido Pantanal limita-se a
norte com o Pantanal do Negro-Miranda;
a sul é balizado pela Depressão do
Miranda e pelas Planícies Coluviais PréPantanais; o setor oriental tem um
alagamento periódico, através de junção
das águas dos rios Negro e Taboco, que
é
aumentado
pelas
águas
do
Aquidauana; a ligação entre as baías, em
período de estiagem é feita através da
água de subsolo; na parte central e
ocidental, as aluviões da margem direita
do rio Miranda e as aluviões da margem
esquerda do rio Aquidauana se
expandem para a zona interposta entre
eles,
ocasionando
a
norte
uma
coalescência de sedimentos aluviais,
carreados pelos corixos, em demanda do
rio principal; o referido Pantanal é
caracterizado como área de transição,
porque além de representar um
alagamento mediano, tem uma grande
variedade botânica, correspondente a
ambientes diversos; na porção oriental
registra-se
a
predominância
de
Planossolos eutróficos; na porção
ocidental, predominam os Planossolos
eutróficos solódicos com manchas de
Savana Gramíneo-Lenhosa.
pantanal do Castelo-Mangabal Situado
a sul do Pantanal de Paiaguás, recebe a
presente denominação em virtude das
vazantes Castelo e Mangabal, que
cortam a área e vertem para o rio Negro;
apresenta alta densidade de cursos
anastomosados, de médio alagamento e
vegetação dominada por Cerrados e
Campos Cerrados; subordinadamente se
difundem áreas de Campos associadas a
vazantes
e
planícies
deprimidas;
apresenta um grande número de baías
que possuem suprimento d'água apenas
num período do ano, o que leva a supor
que muitas delas estejam associadas a
ambientes de amplas vazantes, o que
condicionaria seu regime hídrico.
pantanal do Corixão Piúva-Viveirinho
Ladeando o delta do rio Taquari
(Pantanal do Baixo Taquari-Paraguai), na
margem direita do rio, distingue-se uma
área de mediano alagamento, que se
amplia para sudoeste e se prolonga para
norte até o Pantanal de UberabaMandioré; corresponde a espraiamentos
aluviais antigos, atualmente recobertos
por sedimentos mais recentes (areias,
silte e argilas); apresenta grande número
de canais intermitentes, com padrão de
drenagem anastomosado; contém, ainda,
um grande número de baías que se
apresentam desprovidas de água no
período de estiagem; predominam os
Planossolos eutróficos, e os solos Podzol
Hidromórfico com cobertura vegetal de
Savana; na borda esquerda do rio
Taquari, entre os Pantanais do Baixo
Taquari-Paraguai, de Nhecolândia e do
Negro-Miranda,
também
ocorrem
sedimentos antigos que se encontram
recobertos por sedimentos recentes;
nestas
áreas
registram-se
baías
pantanal do Baixo Taquari-Paraguai O
rio Taquari apresenta ampla faixa de
depósitos aluviais que se alarga a jusante
como um delta e de onde se estende
para norte delineando estreita faixa
aluvial; em todo o trecho cortado pelo rio
Taquari, o referido Pantanal corresponde
à planície de inundação desse rio e
apresenta numerosos canais de cheias,
que contribuem para a inundação da
298
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
temporário intermediário, apresentando
diversos canais de entrada de água e
carga de sedimentos, estreitamente
ligados ao conjunto de morrarias
vizinhas; as chuvas locais, as cheias do
rio Verde, o transbordamento da Lagoa
de Jacadigo e a contribuição de águas
vindas das baixadas de algumas
morrarias circundantes, constituem o
complexo quadro de entrada de água que
colaboram para o alagamento da área.
dispersas e um grande número de
vazantes com padrão de drenagem
anastomosado.
pantanal do Jacadigo-Nabileque No
extremo oeste do Mato Grosso do Sul,
contornando o Maciço de Urucum e as
zonas pediplanadas que o envolvem,
encontra-se o Pantanal do NabilequeJacadigo;
a
pequena
declividade,
decorrente das altimetrias inexpressivas,
com cotas em torno de 85 m, possibilita
um forte encharcamento da área;
planícies fluviais e espraiamentos aluviais
dos
rios
Paraguai
e
Nabileque
caracterizam a unidade; a partir do Forte
Coimbra, em direção sul, começam a
definir-se elementos fisionômicos típicos
das regiões chaquenhas, que se
alternam às espécies comuns do
complexo pantaneiro.
pantanal o Apa-Amonguijá-Aquidabã
Corresponde aos espraiamentos aluviais
marcados
por
fraca
inundação,
vinculados às cheias dos rios Paraguai e
Nabileque e de seus afluentes Apa,
Amonguijá e Aquidabã; os derrames
aluviais que ocorrem nas áreas
interpostas entre os rios principais e seus
afluentes, coalescem com os derrames
aluviais nas zonas das planícies de
inundação típicas dos rios Paraguai,
Nabileque e Apa; o escoamento nas
referidas áreas interfluviais é realizado
através de inúmeros canais e leitos
temporários; os solos mais frequentes
são Planossolos Solódicos eutróficos,
onde se desenvolve a Savana Estépica
Aberta sem Floresta de Galeria
(vegetação
chaquenha),
e
vastos
Campos com carandá e densas
palmeiras; nas demais áreas há o
predomínio do Solonetz Solodizado que
também
sustenta
uma
vegetação
chaquenha.
pantanal
do
Negro-Aquidauana
Corresponde a uma área de alagamento
temporário apresentando baías dispersas
e às vezes, concentradas; a maior parte
das baías seca durante um período do
ano; destaca-se a ocorrência dos
Planossolos distróficos que sustentam
uma vegetação de Savana Arbórea
Aberta sem Floresta de Galeria.
pantanal
do
Negro-Miranda
Caracterizado como área de forte
inundação, corresponde à planície de
inundação do rio Negro, e de alguns
afluentes de seu curso superior, que nas
grandes cheias recebe através de
corixos, as águas que transbordam do rio
Aquidauana; toda a margem esquerda do
curso do rio Negro, nesse Pantanal, está
inserida nessa planície deprimida, que se
constitui numa área brejosa durante
vários meses do ano; comporta solos do
tipo Vertissolo e uma estreita faixa de
Areias Quartzosas Hidromórficas; a
vegetação corresponde ao Campo Sujo e
extensa área de Tensão Ecológica, onde
se registra o contato Cerrado/Vegetação
Chaquenha.
pântano Terreno plano, constituído de
baixadas inundadas por águas rasas,
periódicamente ou continuadamente.
panthalassa
Oceano primitivo que
circundava o supercontinente Pangea,
antes da sua fragmentação.
pantotremado Designação utilizada para
indicar um grão de pólen que apresenta
aberturas distribuídas mais ou menos
uniformemente por toda a sua superfície.
(Palinologia)
pão de açucar Forma de relevo residual
que apresenta feições variadas, encostas
predominantemente
convexas,
desnudadas
e
com
elevadas
declividades; pontão. (Geomorfologia)
pantanal do Rio Verde Corresponde a
espraiamentos aluviais de variadas
direções ligadas aos sistemas da Lagoa
de Jacadigo-Rio Verde; trata-se de uma
área embaciada, com alagamento
299
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
de matriz sobre megaclastos, sendo, na
realidade, lamitos com seixos e calhaus
dispersos; em muitos casos os seixos
formam apenas 10% da rocha.
papa-formigas
Aves da família
Formicariideos,
abrangendo
muitas
espécies de passarinhos que vivem nas
matas e são muito úteis porque comem
insetos e larvas nocivas às plantas.
parafina
Mistura
incolor
de
hidrocarbonetos
saturados
sólidos,
extraída do petróleo, utilizada na indústria
de velas, papéis, lonas, baterias, pilhas,
laticínios, frigoríficos e de determinados
produtos químicos; utilizado como
designação genérica dos hidrocarbonetos
saturados. (Química)
papagaio Aves da família Psittacidae
que vivem em bandos ruidosos, capazes
de voar grandes distâncias; o bico
resistente tanto serve para triturar
alimento como para a carpintaria, além
de servir como arma de defesa; podem
ser afetuosos e dedicados mas também
são capazes de guardar ódio e rancor.
Imitam os sons com facilidade e podem
reproduzir a linguagem humana com
perfeição.
paragênese Denominação utilizada para
indicar uma associação de minerais que
coexistem em equilíbrio; quando se trata
de rochas metamórficas, a paragênese
somente pode ser considerada em
relação a minerais que encontram-se em
contato mútuo, sendo excluídos os
produtos de alteração.
papo ou inglúvio Dilatação do esôfago
das aves, cuja função é a de armazenar
o alimento durante algum tempo, antes
de ser digerido; não tem função na
digestão do alimento, pois não produz
enzimas digestivas; o seu grau de
desenvolvimento varia nas diferentes
espécies de aves; é mais desenvolvido
nas espécies que se alimentam de grãos
e menos, ou inexistente, nas espécies
que se alimentam de peixes (Zoologia)
parakanã Entre esses índios a amizade
formal, que pressupõe deveres, troca de
presentes e outras obrigações sociais, se
dá apenas entre os indivíduos do mesmo
sexo; antes dos 10 ou 12 anos, é o adulto
que
escolhe
o
companheiro
da
criança;’depois dessa idade, a amizade é
ritualizada durante a festa do cigarro; na
casa cerimonial, eles dançam, um par de
cada vez, e fumam até entrar em transe
para conversar com os espíritos; as
mulheres também realizam esse ritual
mas nas próprias casas e não podem
fumar; cabe aos homens derrubar e
limpar o terreno para o roçado, mas o
plantio e a colheita são tarefas
exclusivamente femininas, com exceção
da roça de fumo, onde as mulheres não
podem nem entrar.
pápulas
Glébulas
compostas
dominantemente de minerais argilosos,
com tessitura (trama) interna contínua
e/ou lamelar; têm transições externas
nítidas, mais comumente elipsoidais
alongadas
e
algo
arredondadas.
(Micromorfologia do Solo)
paquíteno Uma das subdivisões da
prófase I, quando os cromossomos
homólogos encontram-se completamente
pareados formando os bivalentes;
acredita-se que nessa fase ocorra a
permuta genética. (Genética)
paralaxe
Deslocamento aparente da
posição de um corpo em relação a um
ponto ou sistema de referência ,devido a
mudança do ponto de observação.
par
estereoscópico
Conjunto
constituído
por
duas
imagens
consecutivas de uma mesma faixa, e que
apresentam uma superposição suficiente
para permitir a visão em terceira
dimensão.
paralaxe de radar Mudança aparente de
posição de um alvo, em virtude da
mudança do ponto de observação; de
modo distinto das fotografias aéreas, que
apresentam uma distorção radial, as
imagens de radar provocam um
deslocamento das feições positivas em
direção à antena, ocorrendo o inverso
com as feições negativas; a soma do
para Prefixo que indica que a rocha
metamórfica foi originada de uma rocha
de natureza sedimentar.(Geologia)
paraconglomerado Conglomerado com
arcabouço muito fechado, com excesso
300
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
parasita Organismo heterotrófico que se
alimenta de substâncias orgânicas que
derivam de um tecido vivo de outros
organismos; estas substâncias podem já
estar presentes na forma aproveitável, ou
são fabricadas após a ação de enzimas
liberadas pelo parasita. (Biologia)
deslocamento de relevo, evidenciada nos
canais próximo e remoto, constitui a
paralaxe, graças à qual pode ser obtida a
estereoscopia de radar.
paralelismo Tendência apresentada por
organismos estreitamente aparentados
de se desenvolverem de modo similar
nos mesmos tipos de ambiente.
(Biologia)
parasita heteroxeno
Parasita que
necessita de dois tipos diferentes de
hospedeiros para sua completa evolução
: o hospedeiro intermediário e o
hospedeiro definitivo.
paralelo de altura Ver almocântara.
paralelos
São círculos completos,
obtidos pela intersecção do globo
terrestre com planos paralelos ao
equador;
possuem
as
seguintes
características: são sempre paralelos
entre si.; têm sempre direção leste-oeste;
cortam os meridianos formando ângulos
retos, exceto para os pólos, uma vez que
neles a curvatura dos paralelos é muito
acentuada; todos os paralelos, com
exceção do equador, são círculos
menores; o equador é um círculo máximo
completo; o número de paralelos que se
pode traçar sobre o globo é infinito; por
conseguinte, qualquer ponto do globo,
com exceção do pólo norte e do pólo sul,
está situado sobre um paralelo.
parasita monoxeno
Parasita que
necessita de um só hospedeiro para
alcançar sua evolução completa.
parasitismo Interação entre indivíduos
pertencentes a duas espécies diferentes,
na qual um se beneficia e o outro sofre
algum prejuízo. (Biologia)
parasseqüência
Sucessão
relativamente concordante de camadas
ou conjunto de camadas geneticamente
relacionadas, limitadas por superfície de
inundação marinha.
parassexualidade
Fenômeno que
consiste na fusão de hifas e formação de
um heterocarion que contém núcleos
haplóides; as vezes, estes núcleos se
fundem e originam núcleos diplóides,
heterozigóticos,
cujos
cromossomos
homólogos sofrem recombinação durante
a mitose; apesar destes recombinantes
serem raros, o ciclo parassexual é
importante na evolução de alguns fungos.
(Micologia)
parálico
Ambiente de sedimentação
situado próximo ao litoral, e cujos
sedimentos apresentam simultaneamente
características marinhas e continentais.
parâmetro ambiental É o valor qualquer
de uma variável independente, que
confira
situações
qualitativas
ou
quantitativa a um determinado elemento
ou componente ambiental. (Ecologia)
paratáxon Denominação utilizada para
certos tipos de fósseis que pelas suas
peculiaridades não podem ser referidos a
uma família ou mesmo a categorias
supra familiares, empregando-se então
sistemas de classificação artificiais; é o
que ocorre com os esporomorfos e com
os
icnofósseis,
dentre
outros.
(Paleontologia)
parâmetros urbanísticos
Números
pelos quais se definem e regulam as
condições
de
implantação
das
edificações no solo urbano.
paramorfo Cristal cuja estrutura interna
modificou-se para a de uma forma
polimorfa , sem que houvesse qualquer
alteração em sua forma externa.
parecis ou paresí Denominação dada a
vários povos indígenas que falavam
dialetos da língua Paresí, da família
Aruák; viviam no planalto do Mato Grosso
sendo uma das fontes de escravos
preferidas dos bandeirantes; dóceis e
pacíficos, trabalhavam na agricultura e
parápside Denominação aplicada ao
crânio dos répteis em que o orifício
temporal tem posição imediatamente
acima dos ossos pós frontal e supra
temporal. (Zooologia)
301
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
águas serve de habitat para a VitóriaRégia, planta aquática de rara beleza.
fiavam algodão para a confecção de
redes e tecidos; no início do século XX
foram encontrados pela comissão do
Marechal Rondon, ainda traumatizados
pela violência dos contatos anteriores.
Rondon os conduziu para terras
protegidas por suas tropas e os Paresí se
tornaram seus principais guias na região;
um desses povos, autodenominado
Halíti, vivem na região dos rios Juruena,
Papagaio, Sacre, Verde, Formoso e
Buriti, no oeste de Mato Grosso, em
várias áreas indígenas, nos municípios
de Tangará da Serra, Vila Bela da
Santíssima Trindade e Diamantino; em
1990, segundo a Funai, eram 900 índios.
parque estadual
Área de domínio
público estadual, delimitada por atributos
excepcionais da natureza, a serem
preservados permanentemente, e que
está submetida a regime jurídico de
inalienabilidade e indisponibilidade em
seus limites inalteráveis, a não ser por
ação de autoridade do Governo Estadual,
de modo a conciliar harmonicamente os
seus usos científicos, educativos e
recreativos com a preservação integral e
perene do patrimônio natural.
parque nacional da Amazônia Situa-se
à margem do Rio Tapajós e foi criado em
1974, com uma área de 994.000 ha;
compõe-se
predominantemente
de
floresta tropical úmida com grande
diversidade de espécies e formas de
árvores, algumas com altura média de 50
m; há também um grande número de
plantas trepadeiras, musgos, líquens e
orquídeas.
parelha
Denominação dada pelos
pescadores a um barco equipado para a
pesca.
parênquima
Tecido de plantas
superiores consistindo de células vivas
com parede fina que são agentes de
fotossíntese
e
armazenamento;
geralmente
são
células
de
alta
digestibilidade. (Botânica)
parque nacional da Serra do Divisor
Está situado no estado do Acre e é
banhado pela bacia do Rio Juruá, que
funciona como a mais importante via de
transporte da região; está delimitado
pelos rios Acre e Javari, a área de
depressão correspondente ao parque
apresenta altitudes não superiores a 300
m; a maior parte da área é coberta de
Floresta Amazônica aberta, com grande
incidência de palmeiras, cipós e bambus.
parente silvestre
Parente de uma
espécie cultivada que vive em estado
selvagem e que não é utilizada na
agricultura.
parentes colaterais Parentes de um
animal que não são nem antepassados
nem descendentes; irmãos, irmãs, meios
irmãos e meias irmãs são alguns
exemplos. (Melhoramento Genético).
pariri Árvore grande, atingindo 40 m de
altura (Pouteria pariry), cujo fruto é uma
grande baga que pesa até 700 g; epicapo
delgado, liso, de cor verde, mesmo
maduro; o mesocarpo comestível é mole,
fibroso-sucoso,
de
cheiro
muito
agradável, incluíndo duas sementes;
frutifica de novembro até março.
parque nacional de Pacaás Novos
Situado no Estado de Rondônia, abrange
as serras dos Uopiane e dos Pacaás
Novos; o rio Cautario limita o parque ao
sul; ocorrem manchas de florestas
amazônica densa e ainda vastas áreas
de cerrado; abriga importante patrimônio
cultural indígena, representado pelas
tribos uru-eu-wau-wau e uru-pa-in. e,
embora de difícil acesso, somente por
barco, dispõe de alojamento e infraestrutura para pesquisadores.
parque ecológico do Janauary Fica a
45 minutos de barco de Manaus e
concentra vários ecossistemas da região
em seus 9 mil hectares; localizado no Rio
Negro e administrado por um consórcio
turístico, oferece passeios de barco pelos
igapós que são florestas alagadas
formadas por grandes e pequenas
árvores com cipós; a superfície das
parque nacional do Cabo Orange Área
de conservação onde guarás, peixes-boi,
guaxinins, tamanduás-bandeira, tatuscanastra, onças e suçuaranas convivem
em harmonia, dividindo um cenário
302
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
assim, é permitida tanto a visitação
pública como a realização de pesquisas,
de acordo com as normas do IBAMA e
sob autorização do órgão responsável
pela administração; é proibida qualquer
forma de exploração dos recursos
naturais.
exuberante; localizado no Amapá,
voltado para o mar, sua área, de 619.000
ha, inclui ecossistemas terrestres,
mangues e uma faixa marítima a 10 km
de largura da costa, no Oceano Atlântico;
a rede hidrográfica está representada por
rios que desembocam no Atlântico, como
o rio Cassiporé, o rio Uaçá e seus
afluentes; a fauna é rica e diversificada
em função da variedade de ambientes.
parsec Distância a que uma estrela
precisa estar da Terra para apresentar
uma paralaxe de 1 segundo de arco, ou
seja, 3,26 anos luz. (Astronomia)
parque nacional do Jaú No Estado do
Amazonas, é a maior área protegida do
Brasil e o maior parque de floresta
tropical do mundo; com 22.720 km2, foi
criado para proteger a bacia do rio Jaú,
incluindo as florestas de terra firme e os
igapós, áreas sazonalmente inundadas,
campinaranas, buritizais e capoeiras;
com quase 450 km de extensão, o rio Jaú
preserva ecossistemas de águas preta
onde já foram catalogadas várias
espécies, até então, completamente
desconhecidas; não há infra-estrutura
para o alojamento de visitantes, e a única
opção é Novo Airão, a cidade mais
próxima.
partenocarpia Formação de fruto sem
que ocorra a polinização; as sementes
não se desenvolvem ou são abortivas;
fenômeno que acontece naturalmente em
algumas
culturas
como
bananas,
abacaxis, etc. (Botânica)
partenogênese Desenvolvimento de um
organismo a partir de um óvulo não
fecundado ou de um gameta masculino;
algumas
espécies
de
besouros,
mariposas, camarões, peixes, lagartos e
salamandras
são
partenogenéticos,
consistindo apenas de indivíduos do sexo
feminino; nascimento com virgindade;
desenvolvimento a partir de um ovo, o
qual não recebeu contribuição paterna.
parque nacional do Monte Roraima
Situado em Roraima, abriga parte do
maciço de Paracaima, que se estende
pela Venezuela e Guiana; o Monte
Roraima é uma grande mesa contornada
por escarpas abruptas e, em parte,
desnudas; diversos rios e igarapés, entre
os quais o Contigo, formam a rede de
drenagem do Parque; com ampla
cobertura de floresta amazônica densa
formando um emaranhado denso e de
difícil penetração.
partição Tendência apresentada por
certas substâncias cristalinas de se
romperem ao longo de superfícies lisas,
que não são necessariamente paralelas
às faces do cristal. (Cristalografia)
partículas
elementares
do
solo
Partículas
de
solo
que
se
individualizaram com tratamento padrão
de
dispersão,
procedimento
indispensável para determinar a classe
textural do solo; partículas primárias do
solo. (Pedologia)
parque nacional Pico da Neblina O
Pico da Neblina é o ponto mais alto do
Brasil, com 3.014 m de altura; recebeu
este nome porque quase sempre está
envolto em nuvens: a umidade é muito
grande, chove praticamente o tempo
todo; fica apenas a 687 m da fronteira
entre o Brasil e a Venezuela; dentro do
parque vivem os índios Yanonami.
partículas primárias do solo
partículas
elementares
do
(Pedologia)
Ver
solo.
pássaros
Quaisquer aves que
pertencem à ordem Passeriformes;
portanto, nem toda a ave é um pássaro,
mas todo pássaro é uma ave; exemplos:
bem-te-vi, canário, pardal, tico-tico,
pintassilgo, chopim etc. (Zoologia)
parques nacionais
São áreas de
conservação criadas para preservar a
fauna e a flora e ao mesmo tempo
permitir
a
utilização
para
fins
educacionais, recreativos ou científicos;
303
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
espessura, apresentando abundante
látex branco; madeira pesada; cerne
avermelhado com tonalidade amarela
clara; alburno creme (alcançando até 1520 cm); grã entrecruzada; textura média;
figura atrativa; cheiro e gosto indistintos.
passivação Aderência de uma camada
de óxidos na superfície do material,
protegendo-o da corrosão.
patauá Palmeira com até 25 m de altura
(Jessenia bataua); os espinhos das
folhas são usados pelos índios para
preparar pequenas flechas envenenadas
arremessadas com zarabatanas; o fruto
tem epicarpo liso, roxo-escuro quando
maduro, recoberto por uma tênue
camada cerosa, esbranquiçada; o
mesocarpo é carnoso com elevado teor
de óleo que pode substituir o azeite de
oliva na culinária; safra de outubro a
março.
pavimento de erosão
Camada de
fragmentos grosseiros, como areia ou
cascalho, que permanecem na superfície
do terreno após a remoção das partículas
finas (argila e silte) por erosão.
pavimento desértico Constituído por
calhaus e matacões de quartzo rolado,
desarestado
e
semidesarestado,
espalhados pela superfície de alguns
solos da região nordeste do Brasil, sob
cobertura vegetal caatinga; camada
constituída por cascalho e matacões que
permanece na superfície do terreno em
regiões desérticas, após a remoção do
material fino por erosão eólica.
patente Uma forma de proteção da
propriedade industrial; é o privilégio
concedido ao dono de uma invenção que
lhe dá exclusividade comercial sobre o
produto ou processo patenteado durante
um período que varia de 15 a 20 anos; o
patenteamento de plantas tem sido
possível em alguns países. Ver copyright.
paxiúba Planta ornamental (Socratea
philonotia) que está muito ligada as
lendas indígenas na Amazônia; algumas
espécies são particularmente apreciadas
pelos índios para fabricar arcos e
zabaratanas;
palmeira
amazônica,
Iriartea exorriza, que cresce nos igapós e
tem 10 a 15 metros de altura.
pátina Efeito de oxidação, artificial ou
por ação natural do tempo, que dá
aspecto antigo às superfícies.
patógeno Organismo capaz de causar
doenças; geralmente são patógenos
cepas deletérias de bactérias, vírus ou
fungos. Ver praga, biótico.
peat
Material inconsolidado de solo
consistindo
predominantemente
de
matéria orgânica ligeiramente ou mesmo
não decomposta , que foi acumulada sob
condições de excesso de umidade.
(Pedologia)
patrimônio ambiental Conjunto de bens
naturais da humanidade.
patrimônio genético
gênico. (Genética)
Ver reservatório
pau-a-pique Tipo de taipa em que as
paredes apresentam uma armação de
varas ou paus verticais, unidas entre si
por pequenas varas eqüidistantes e
horizontais, situadas alternadamente do
lado de fora e de dentro, sendo essa
trama posteriormente preenchida com
barro. (Engenharia Civil)
pecíolo Parte da folha que a une ao
caule. (Botânica)
pectinas
São substâncias químicas
ligadas aos carbohidratos e encontradas
em frutas e vegetais; apresentam-se em
estado
gelatinoso
na
temperatura
ambiente e quando adicionadas ao
açúcar. (Medicina)
pau-d'arco amarelo Ver ipê-amarelo.
ped Unidade de estrutura do solo, tal
como um agregado, prisma, bloco ou
grânulo,
formados
por
processos
naturais. (Pedologia)
pau-d'arco roxo Ver ipê-roxo.
pau-rainha
(Brosimum
rubescens)
Árvore da família Moraceae, de médio
porte, com fuste retilíneo, cilíndrico com
diâmetro superior a 90 cm, casca pardoavermelhada com até 2 cm de
pedicelo A haste que sustenta uma
única flor. (Botânica)
304
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
pediculídeos Família dos insetos da
ordem dos Anopluros, popularmente
conhecidos como piolhos. (Entomologia)
pedra amarroada Pedra bruta obtida
através de um marrão, e cuja dimensão
permite o seu manuseio.
pedimento
Depósito
sedimentar
originado pela erosão e conseqüente
recuo paralelo das vertentes (escarpas)
nos
processos
de
pediplanação.
(Geomorfologia)
pedra britada Material resultante da
britagem
de
pedra,
apresentando
dimensões compreendidas entre 4,8 a
100 mm.
pedra de cantaria
Material rochoso
utilizado para compor a estrutura de uma
obra, podendo tanto ser submetida a
esforços
quanto
proporcionar
embelezamento; é empregada para meio
fio, parapeitos de janelas, paredes,
balcões, muros, além de blocos
esculpidos para palácios e catedrais.
pediplanação Processo que leva, em
regiões de clima árido a semi-árido, ao
desenvolvimento de áreas aplainadas, ou
então superfícies de aplainamento.
(Geomorfologia)
pediplano
Superfície que apresenta
topografia plana a suavemente inclinada
e dissecada, truncando o substrato
rochoso e pavimentado por material
alúvio-coluvionar. (Geomorfologia)
pedra de revestimento
Material
utilizado principalmente para embelezar e
secundariamente
proteger
uma
superfície, facilitando deste modo tanto
sua rápida limpeza quanto dificultando a
ação do intemperismo.
pedoclima Condições de temperatura e
de umidade do solo: o clima do solo.
pedoforma Morfologia externa do solo,
topografia do solo. (Pedologia)
pedra dupla Ver doblete. (Gemologia)
pedra filosofal
A fórmula que os
alquimistas da Idade Média procuravam
para transformar metais em ouro.
pedogênese Modo pelo qual o solo se
origina, com especial referência aos
fatores e processos responsáveis pelo
seu desenvolvimento; os fatores que
regulam os processos de formação do
solo são: material de origem, clima,
relevo, ação de organismos e o tempo.
(Pedologia)
pedra jacaré Ver grês do Pará.
pedra-da-lua
Denominação utilizada
para uma variedade da adulária que
mostra um jogo de cores opalescente.
Ver adularia.
pedologia Ciência que trata da origem,
morfologia, distribuição, mapeamento e
classificação dos solos.
pedra-das-amazonas Ver muiraquitã.
pedra-de-raio
meteorito.
pedomorfose Evolução resultante de
qualquer modificação que ocorre nos
estágios imaturos do crescimento.
Sílex
neolítico.
Ver
pedra-de-santana Designação utilizada
por garimpeiros para pirita epigenizada
em limonito.
pedotúbulos Material de solo (grãos do
esqueleto
simplesmente
ou
em
associação com o plasma), apresentando
forma externa tubular, tanto em tubos
isolados como ramificados. Sua forma
externa é consonante com a definição de
canais. (Micromorfologia do Solo)
pedra-do-pará Ver pedra jacaré.
pedra-do-sol Oligoclasita com inclusão
de hematita.
pedra-imã Magnetita; imã natural.
pedra-lipes Sulfato de cobre formando
vitríolo azul.
pedoturbação Processo de mistura de
materiais dos horizontes do solo, o que
ocorre, em certa quantidade, em todos os
solos. (Pedologia)
pedra-olar Variedade de talco mole e
fácil de trabalhar.
pedra-pome Material piroclástico que se
forma quando do resfriamento rápido de
magma ácido ou intermediário saturado
305
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
formas
viventes
apresentam,
freqüentemente, escamas; certos grupos
extintos foram dotados de um escudo
ósseo protetor, além do esqueleto
interno; congregam o maior número de
vertebrados hoje existentes, com cerca
de 20.000 espécies.
de vapores e gases; as vesículas são
usualmente esféricas, podendo, contudo
ser estiradas formando tubos finos e
dispostos muito juntos uns dos outros,
conferindo
aos
fragmentos
uma
aparência fibrosa.
pedra-sabão
Variedade de estealita
utilizada para fazer esculturas e
ornamentos arquitetônicos.
peixe boi (Trichechus inunguis) Único
mamífero herbívoro totalmente aquático
encontrado nas águas da bacia
amazônica; o adulto atinge até 3 m de
comprimento e meia tonelada de peso; é
pacífico
e
solitário;
respira
periodicamente na superfície e pode ficar
até 16 minutos sem respirar; foi tão
caçado há algumas décadas que a
espécie encontra-se ameaçada de
extinção.
pedra-ume Termo popular para designar
o alume de alumínio e potássio.
pedra-ume-caá
Arvoreta amazônica,
Myrcia sphaerocarpa, da família das
Mirtáceas, cujas folhas apresentam
propriedades
adstringentes
e
antidiarréicas.
pedra-verde Ver muiraquitã.
pelágico
Denominação aplicada aos
organismos que vivem em águas
marinhas; aqueles que flutuam ou são
arrastados pelas correntes marinhas são
ditos plânctons, enquanto os natantes
são os néctons. (Biologia)
pedregosidade Proporção relativa de
calhaus (material com 2-20 cm de
diâmetro) e matacões (material com 20100 cm de diâmetro) presentes na
superfície do terreno ou imersos na
massa do solo; varia de não pedregosa
até extremamente pedregosa, quando
calhaus e matacões ocupam 50-90% da
superfície do terreno ou da massa do
solo. (Pedologia)
pelíticas
Rochas formadas por
partículas de tamanho extremamente
pequeno, tais como os argilitos.
pelito Denominação aplicada a rochas
sedimentares argilosas, do tipo argilito e
folhelho.
pedrisco Material resultante da britagem
de pedra e cujas dimensões variam entre
0,075 e 4,8 mm.
pellet Partícula de dimensões reduzidas,
entre 0,03 a 0,15 mm, ovóide, esférica ou
esferoidal,
constituída
de
calcita
microcristalina, sem estrutura interna
visível.
pegada Marca originária da pressão do
pé de um animal sobre um substrato
inconsolidado, sendo que a sua
preservação depende de uma rápida
proteção através de uma cobertura
sedimentar.
pelota
fecal
Excremento
de
invertebrados encontrados especialmente
em sedimentos marinhos atuais e
também como fósseis; sua forma é
geralmente ovóide, com diâmetro por
volta de 1 mm.
peixe Designação extensiva a nada
menos do que 4 classes de vertebrados,
cada qual possuindo características
próprias;
são
animais
aquáticos,
pecilotérmicos (temperatura variável de
acordo com o ambiente), dotados de um
esqueleto interno ósseo ou cartilaginoso,
e que se locomovem por meio de
nadadeiras; sua pele apresenta glândulas
mucosas; com raras exceções, respiram
por meio de brânquias, vivendo tanto nos
mares, como nas águas doces; muitas
formas se adaptaram à vida bentônica,
mas a maioria é pelágica (nectônica); as
pelotização Aglomeração de partículas
em tambores aquecidos.
penas
Estruturas formadas por
queratina e que revestem o corpo de
todas as aves; são estruturas mortas que
se desenvolvem a partir de células da
epiderme; durante a sua formação ocorre
a deposição de pigmentos e/ou a
formação de micro-estruturas que, como
306
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
uma
precipitação
de
carbonatos
evaporíticos freqüentemente intercalados
por gipsita e anidrita.
resultado, produzem as suas diferentes
cores; as penas atuam na manutenção
da temperatura constante da ave, no vôo,
além de protegerem o corpo do animal;
existem vários tipos de penas: plumas do
recém-nascido, plumas do adulto,
semiplumas, cerdas, rêmiges, rectrizes,
penugem de pó e penas de cobertura.
(Zoologia)
penetração Mecanismos que atendem
às necessidades do processo de
multiplicação viral; em geral, são: a
invaginação da membrana celular em
partícula viral, a fusão do invólucro viral
com a própria membrana celular, ou
simples penetração viral, através da
membrana celular, sendo todos eles
dependentes de temperaturas próximas
as 37º C. (Virologia)
penas de cobertura ou contorno São
as penas que revestem o corpo da ave,
protegendo-o
e
permitindo-lhe
a
termorregulação. (Zoologia)
penetrância Freqüência com que um
gene produz um efeito distinguível nos
indivíduos que o carregam. (Genética)
pendão floral
Estrutura geralmente
ereta que sustenta uma flor ou, mais
comumente,
uma
inflorescência.
(Botânica)
península Massa continental que se
encontra
circundada
quase
que
completamente pelas águas, e ligada ao
continente por uma faixa estreita de terra.
Ver istmo. (Geomorfologia)
peneira Aparelho utilizado para ensaio
granulométrico e tecido em fios de
bronze ou aço inoxidável; baseia-se
apenas nas diferenças de tamanho entre
as partículas para efetuar a sua
separação.
penitente de gelo Bloco de gelo com
forma grosseiramente prismática ,
originado no topo e no front das geleiras,
devido à interseção de dois ou mais
sistemas de fraturas (crevasses), e
provocando
freqüentes
desmoronamentos em virtude de seu
precário estado de equilíbrio.
peneira de classificação
Peneira
vibratória,
utilizada
para
graduar
materiais que apresentem tamanhos que
se
enquadrem
em
faixas
predeterminadas.
peneira rotativa
Aparelho que
apresenta
uma estrutura de forma
cilíndrica
ou
ligeiramente
cônica,
constituída por crivos ou telas, enrolados
sobre a estrutura metálica que gira em
torno de um eixo longitudinal; geralmente
apresenta malhas seriadas segundo uma
escala crescente, podendo ser operado a
seco ou a úmido.
penugem de pó Penas que crescem
continuamente e cujas barbas se
desintegram em pó azulado; são usadas
na manutenção da plumagem, pois
absorvem as impurezas, tais como óleos,
que prejudicam a função das penas.
(Zoologia)
pepsina Enzima produzida no estômago
responsável pela quebra de proteínas em
moléculas simples.
peneira vibratória Aparelho dotado de
movimentos adequados para produzir o
fluxo das partículas através da superfície
de
peneiramento
(horizontal
ou
inclinada); o mecanismo de acionamento
produz uma vibração cujo movimento
pode ser circular, linear ou elíptico.
peptídeos Amidas resultantes da reação
entre os grupos amínicos e carboxílicos
dos aminoácidos; o grupo amida NHCO,
nestes
compostos,
é
designado
freqüentemente, por ligação peptídica.
peneplano Superfície de aplainamento
desenvolvida
em
clima
úmido.
(Geomorfologia)
percée
Abertura feita por um rio
conseqüente ao atravessar uma frente de
cuesta. (Geomorfologia)
penessalino
Ambiente marinho que
apresenta uma salinidade intermediária
entre a normal e a hipersalina, havendo
percolação Ato de um fluido passar
através de um meio poroso.
307
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
percolação
de
água
no
solo
Movimento descendente de água através
do perfil do solo, especialmente de água
em solo saturado ou próximo à
saturação.
período de incubação Tempo entre o
início da infecção, isto é, o momento em
que o agente infeccioso penetra no
hospedeiro, e o momento em que os
primeiros sintomas se tornam aparentes.
perda de carga Redução da energia útil
provocada pelo escoamento da água
num circuito hidráulico. (Energia)
período de maré Intervalo de tempo
entre
duas
fases
homólogas
e
consecutivas da maré.
perenifólia
Planta ou comunidade
vegetal em que o processo de queda de
folhas se processa de forma paulatina, na
mesma proporção do surgimento de
folhas novas, nunca ficando totalmente
desprovida de folhagem.
período de onda Tempo necessário
para que duas cristas de onda
consecutivas passem por um ponto fixo.
periquito Aves da família Psittacidae,
subfamília
Conurineos;
embora
pertençam à mesma família dos
papagaios, os periquitos não têm a
facilidade para aprender e, dificilmente,
conseguem reproduzir os sons; vivem em
bandos grandes e ruidosos e estão entre
as aves mais abundantes da Amazônia.
perférrico Solos com muito alto teor de
óxidos de ferro, ou seja, ≥ 36 %
.(Pedologia)
perfil do solo Secção vertical que,
partindo da superfície, aprofunda-se até
onde chega a ação do intemperismo
(ação dos fatores ambientais sobre a
rocha, transformando-a); em geral,
apresenta-se dividido em camadas,
chamadas de horizontes. (Pedologia)
perfil geológico
(Geologia)
peristalse
Movimento de contração
muscular como ondas que movem o bolo
alimentar; peristaltismo. (Medicina)
peristerita
Intercrescimento
microscópico ou submicroscópico de dois
feldspatos,
pertencentes
à
série
estrutural dos plagioclásios de baixa
temperatura, cujas composições são
ricas em cálcio de um lado, e ricas em
sódio de outro.
Ver seção geológica.
perfil truncado
Perfil do solo que
perdeu parte do horizonte A ou de todos
os horizontes superficiais, ou mesmo,
parte do horizonte B. (Pedologia)
peritécio Tipo de ascocarpo constituído
por uma estrutura geralmente piriforme,
dentro da qual os ascos nascem de uma
camada
hemenical.
Ver
ascos,
ascosporos. (Micologia)
pericarpo Parte do fruto que envolve a
semente e que provem da parede do
ovário abrangendo o epicarpo, o
mesocarpo e o endocarpo. (Botânica)
peritético
Reação
termicamente
reversível em que uma fase sólida e uma
líquida se transformam, no equilíbrio e no
resfriamento, em uma outra fase sólida
periélio Ponto da órbita de um planeta
mais próximo do Sol. (Astronomia)
perifiton Comunidade constituída de
organismos de tamanho pequeno,
encontrados firmemente aderidos ao
caule e folhas das plantas aquáticas com
raízes. (Botânica)
peritetóide
Reação termicamente
reversível em que duas fases sólidas se
transformam, no equilíbrio e no
resfriamento, em uma outra fase sólida
perigeu Distância mínima entre a Terra
e a Lua, que é de 356.400 km.
(Astronomia)
peritônio Tecido que recobre a cavidade
abdominal e parte externa dos órgãos; a
parte interna dos ógãos é recoberta pela
mucosa. (Medicina)
perina
Camada mais externa do
esporoderma , originada do tapeto, e
situada acima da exina, principalmente
em esporos de certas briófitas e
pteridófitas.
perloline
Alcalóide da planta que
interfere na digestão da celulose pelos
microorganismos ruminais.
308
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
tal responsabilizadas penalmente; as
pessoas jurídicas classificam-se de
acordo com a sua natureza, constituição
e finalidades, em pessoas jurídicas de
Direito Público (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) e pessoas jurídicas
de Direito Privado (sociedades civis,
sociedades comerciais e fundações); a
responsabilidade penal da pessoa
jurídica é possível, está plenamente
amparada pela Constituição da República
Federativa do Brasil e representa um
avanço inegável na evolução do Direito
Penal. (Direito)
permeabilidade
Propriedade
apresentada por uma rocha em permitir a
passagem de fluidos através dela, sem
deformação estrutural ou deslocamento
relativo. (Geologia)
permeabilidade do solo Facilidade com
que gases, líquidos, ou raízes de plantas
penetram através de uma massa do solo,
variando conforme o horizonte ou
camada do solo observada. (Pedologia)
permineralização Processo através do
qual ocorre o preenchimento por
substâncias minerais, dos poros de
conchas, ossos ou outras porções dos
fósseis.
pesticida Agente químico empregado no
controle de pragas; na classificação de
pesticidas estão incluídos: inseticidas
para eliminação de insetos perigosos;
herbicidas para controle de ervas
daninhas; fungicidas para o controle de
doenças das plantas; rodencidas para
exterminar
ratos
e
camundongos;
germicidas para desinfecção e algecidas
para controle de algas.
permineralização celular Variedade de
permineralização em que uma substância
mineral penetra nos interstícios dos
tecidos e nas células de um organismo,
sendo que os minerais mais comuns
nesse processo são a sílica e os
carbonatos;
as
madeiras
ditas
petrificadas são o resultado desse
processo.
pétala Cada peça que constitui a corola
das flores; são alvas ou diversamente
coloridas, livres entre si ou concrescidas,
e muitas desiguais; as orquídeas
possuem três pétalas e três sépalas,
geralmente da mesma cor; em algumas
espécies estas estruturas podem estar
fundidas ou, reduzidas; uma das pétalas
é sempre diferente das outras freqüentemente
maior,
mais
brilhantemente colorida ou estruturada - e
assume a forma de lábio ou labelo, de
tubo, saco, e outras variações. (Botânica)
permuta biológica Troca de elementos
entre os estados orgânicos e inorgânicos
no solo ou outro substrato através da
atividade biológica.
permuta genética
Mecanismo que
possibilita a recombinação de genes
ligados através da troca de partes entre
cromátides não irmãs de cromossomos
homólogos.
Ver
crossing
over,
sobrecruzamennto. (Genética)
peso específico É o peso por unidade
de volume, ou seja, é o valor da massa
específica multiplicada pela aceleração
de gravidade local.
petrografia Descrição sistemática das
rochas com base nas observações de
campo, amostras de mão, e em lâminas
ou seções delgadas.
pesquisa mineral Conjunto de trabalhos
coordenados,
necessários
para
a
descoberta de uma jazida, sua avaliação
e determinação da sua viabilidade
econômica; compreende os trabalhos de
prospecção e exploração.
petróleo
É um combustível fóssil,
constituído por hidrocarbonetos, formado
desde a Era Paleozóica, em mares
interiores, golfos ou baías fechadas, onde
o plâncton ao morrer, foi sendo
depositado no fundo das águas
marinhas, junto com sedimentos, onde
sem a presença de oxigênio e sob a ação
de bactérias anaeróbicas, deu origem ao
sapropel; as camadas sedimentares,
sobrepondo-se
umas
às
outras,
pessoas jurídicas São associações ou
instituições formadas para a realização
de um fim e reconhecidas pela ordem
jurídica como sujeitos de direitos e, por
isso, podem ser indicadas como sujeito
ativo de infração penal ambiental e como
309
VOCABULÁRIO DA NATUREZA
prover
um
método
rápido
de
determinação
da
necessidade
de
calagem de solos nos EUA; ela tem um
pH de 7,5 e, quando misturada ao solo,
esse valor diminui proporcionalmente à
quantidade de H+Al presente; é usada
também como método de recomendação
de calagem: com o valor do pH SMP da
amostra, consulta-se uma tabela que
fornece a dose de calcário a ser aplicada
ao solo; não confundir com pH do solo.
(Pedologia)
pressionando o sapropel, fez surgir o
petróleo, disperso em vários locais das
bacias sedimentares; para que este
petróleo se acumule em jazidas
petrolíferas, é preciso que haja
movimentos tectônicos que provoquem a
sua movimentação entre as rochas
sedimentares até encontrar uma camada
de rochas impermeáveis que barrem sua
migração; as maiores jazidas mundiais
de petróleo localizam-se entre os
escudos cristalinos pré-cambrianos e os
dobramentos modernos do final do
Mesozóico.
piçarra Mistura de petroplintitas com
argila, areia e silte, utilizada no
revestimento de estradas; rocha alterada,
mas que ainda se mantém altamente
endurecida; cascalho que aparece no
solo.
petróleo aromático
Petróleo com
elevada composição de hidrocarbonetos
aromáticos.
petróleo bruto Petróleo no estado em
que se apresenta na natureza, sem ter
sofrido processamento.
piçarreira Local onde se extrai a piçarra.
pico
Cume montanhoso agudo, de
forma
piramidal
ou
cônica.
(Geomorfologia)
petróleo naftênico
Petróleo com
elevada composição de hidrocarbonetos
naftênicos.
pico de demanda Máxima demanda
instantânea, requerida num intervalo de
tempo (dia, mês, ano, etc), em MW.
(Energia)
petróleo parafínico
Petróleo com
elevada composição de hidrocarbonetos
parafínicos.
píleo
Região do alto da cabeça.
(Zoologia)
petroplintita Material proveniente da
plintita, que devido a atuação de
repetidos ciclos de umidecimento e
secagem sofre consolidaç
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