LEONAM FURTADO PEREIRA DE SOUZA VOCABULÁRIO DA NATUREZA meio ambiente - recursos naturais - ecologia e ciências correlacionadas 2009 VOCABULÁRIO DA NATUREZA O engenheiro agrônomo e professor Leonam Furtado Pereira de Souza é graduado pela Escola de Agronomia da Amazônia, em 1968, atual Universidade Federal Rural da Amazônia. Recém formado, fez parte da equipe pioneira de técnicos do Projeto Jarí, empreendimento do norte-americano Daniel Ludwig que, a partir de 1969, começou a desenvolver atividades silviculturais visando produção de matéria prima para uma fábrica de celulose implantada na fronteira do Pará com o Amapá. Em 1974, ingressou no Projeto RADAM, onde especializou-se em pedologia e participou dos levantamentos de solos e estudos integrados em todo o território nacional. Em 1986, com o término do Projeto RADAMBRASIL, atuou em empresas de consultoria, elaborando estudos e projetos. Com a obrigatoriedade do licenciamento ambiental para os empreendimentos potencialmente modificadores do meio ambiente, integrou-se às equipes multidisciplinares para a elaboração de Estudos e Relatório de Impacto Ambiental – EIA-RIMA, no contexto do licenciamento de empreendimentos governamentais e da iniciativa privada. De 1997 a 2004, sediado em Belém – PA, trabalhou no SIVAM – Sistema de Vigilância da Amazônia, fazendo parte da equipe que sistematizou e atualizou as informações geográficas e, em especial, o conhecimento e a cartografia referente aos solos, geologia, geomorfologia e vegetação da Amazônia Legal, objetivando a criação de um Banco de Dados que permitiu a consolidação do patamar confiável e georreferenciado necessário à implantação e operacionalidade do SIPAM – Sistema de Proteção da Amazônia. A partir de 2005, morando em Brasília, voltou a exercer atividades de consultoria e iniciou trabalhos docentes, ministrando aulas de Avaliação de Impacto Ambiental e Recuperação de Áreas Degradadas. 2 VOCABULÁRIO DA NATUREZA LEONAM FURTADO PEREIRA DE SOUZA VOCABULÁRIO DA NATUREZA meio ambiente - recursos naturais - ecologia e ciências correlacionadas mais de 6 400 palavras e expressões Dedico este trabalho aos meus queridos netos PEDRO ANTÔNIO, OTNICHENKO, JOÃO VICTOR, LUCAS, LUAN e PAULO CÉSAR, futuros cidadãos do Terceiro Milênio e que deverão atuar melhor que a minha geração para manter a vida sobre a Terra, com qualidade e dignidade. Brasília – DF 2009 3 VOCABULÁRIO DA NATUREZA Capa e ilustrações: Marcelo Conduru de Souza Editoração eletrônica: Equipe Leonam’s Home Page Direitos reservados: Leonam Furtado Pereira de Souza VOCABULÁRIO DA NATUREZA meio ambiente - recursos naturais - ecologia e ciências correlacionadas Leonam Furtado Pereira de Souza 1a edição – Brasília, DF 2006 401 p. Inclui bibliografia 1. Vocabulário 2. Meio ambiente 3. Recursos naturais I. Souza, Leonam Furtado Pereira de Souza 4 VOCABULÁRIO DA NATUREZA APRESENTAÇÃO A uniformização e divulgação da terminologia utilizada em ciências naturais é hoje uma constante necessidade, em decorrência das características dinâmicas e interrelacionadas dos componentes ambientais e da ampliação significativa do saber humano que, a cada dia, gera novas palavras, conceitos e definições. Engajado há mais de trinta e oito anos em levantamentos de recursos naturais e estudos ambientais, venho colecionando, catalogando e pesquisando os termos utilizados nestas atividades; investigando uma ampla bibliografia, tanto em fontes convencionais como na Internet. Nesta obra, procuro consolidar uma relação, a mais abrangente possível, das palavras e expressões que fazem parte da comunicação científica atual relacionada às pesquisas e estudos da Natureza. Vale salientar que, dentro do enfoque holístico adotado, não poderiam ser omitidas algumas palavras definidoras de situações e procedimentos específicos das ciências que, por estarem indiretamente relacionadas à ecologia, geralmente não constam nos vocabulários, glossários e dicionários especializados em termos ambientais e ecológicos. Aqui, estão reunidos mais de 6.400 verbetes e expressões que pertencem aos mais variados campos do saber, tais como, biologia, ecologia, palinologia, agronomia, biotecnologia, genética, botânica, zoologia, meteorologia, cartografia, mineralogia, climatologia, pedologia, geomorfologia, paleontologia, geologia, agricultura, fitopatologia, virologia e tantas outras ciências que estão, correlacionadas com o meio ambiente e os recursos naturais, sem esquecer que o contexto multidisciplinar e globalizado não permite excluir termos de áreas que, tradicionalmente, não são contempladas quando se faz uma relação como esta. Assim, palavras no âmbito da medicina, astronomia, sócio-economia, metalurgia, engenharia, estatística, tecnologia, robótica, cibernética, comunicação e informática, entre outras áreas do conhecimento humano, estão inclusas nesta obra. Na verdade, gostaria que esta pequena contribuição viesse ajudar na melhoria da consciência ecológica no Brasil, onde muitos cidadãos assistem sem entender, as polêmicas envolvendo questões como desenvolvimento sustentado, degradação ambiental, preservação dos recursos naturais, desertificação, mudanças climáticas, explosão demográfica, alimentos transgênicos, dentre os mais variados temas que constantemente estão nos noticiários. Por não conhecerem uma simples definição ou o significado de uma palavra, as pessoas perdem o interesse por um assunto que, muitas vezes, pode ser importante para a sua saúde, segurança ou bem-estar, vale dizer, para a sua cidadania. Espero que este vocabulário seja de utilidade para professores, estudantes e pessoas que se interessam pelos assuntos vinculados à Natureza, e que todos encontrem na sua consulta, algum entendimento das situações cotidianas ou uma abordagem mais simplificada dos complexos mecanismos que regulam a vida sobre a Terra. O Autor 5 VOCABULÁRIO DA NATUREZA SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS Simbologia utilizada neste vocabulário Unidades Básicas: Nome da Unidade metro ampère candela quilograma mol kelvin segundo Símbolo m A cd kg mol K s Unidades Suplementares: Nome da Unidade radiano esterradiano Símbolo rad sr Grandeza comprimento corrente elétrica intensidade luminosa massa quantidade de matéria temperatura termodinâmica tempo Grandeza ângulo plano ângulo sólido Unidades Derivadas: Unidades Geométricas e Mecânicas Grandeza Nome da Unidade aceleração metro por segundo ao quadrado aceleração angular radiano por segundo ao quadrado área metro quadrado densidade de fluxo de energia watt por metro quadrado difusividade, viscosidade cinemática metro quadrado por segundo fluxo de massa quilograma por segundo força newton frequência hertz massa específica quilograma por metro cúbico quilograma-metro quadrado por segundo momento angular momento de força, torque newton-metro momento de inércia quilograma-metro quadrado momento linear quilograma-metro por segundo potência, fluxo de energia watt pressão pascal tensão superficial ou interfacial newton por metro trabalho, energia, quantidade de calor joule vazão metro cúbico por segundo velocidade metro por segundo velocidade angular radiano por segundo quilograma por metro quadrado e por segundo velocidade mássica viscosidade dinâmica pascal-segundo volume metro cúbico Grandeza calor específico capacidade térmica coeficiente de transferência condutividade térmica fluxo de transferência de calor gradiente de temperatura temperatura Celsius Unidades Térmicas: Nome da Unidade joule por quilograma e por kelvin joule por kelvin watt por metro quadrado de calor e por kelvin watt por metro e por kelvin watt por metro quadrado kelvin por metro grau Celsius 6 Símbolo m/s2 rad/s2 m2 W/m2 m2/s kg/s N Hz kg/m3 kg.m2/s N.m kg.m2 kg.m/s W Pa N/m J m3/s m/s rad/s kg/(m2.s) Pa.s m3 Símbolo J/(kg.K) J/K W/(m2.K) W/(m.K) W/m2 K/m o C VOCABULÁRIO DA NATUREZA Unidades Elétricas e Magnéticas: Nome da Unidade farad carga elétrica (quantidade de eletricidade) coulomb condutância siemens condutividade siemens por metro fluxo magnético weber gradiente de potencial, intensidade de campo elétrico volt por metro indução magnética tesla indutância henry intensidade de campo magnético ampère por metro potência aparente volt-ampère potência reativa var relutância ampère por weber resistência elétrica ohm resistividade ohm-metro tensão elétrica, diferença de potencial, força eletromotriz volt Grandeza capacitância Grandeza ângulo plano ângulo plano ângulo plano área comprimento comprimento comprimento comprimento condutância condutividade elétrica decremento logarítmico densidade densidade energia energia massa massa massa massa nível de potência radiação tempo tempo tempo tempo velocidade angular volume Outras Unidades: Nome da Unidade grau minuto segundo centimetro quadrado unidade astronômica parsec centímetro milimetro deciSiemens milimohs neper parte por bilhão parte por milhão elétron-volt caloria tonelada grama miligrama centimol de cargas decibel cintilações por segundo minuto hora dia segundo rotação por minuto litro 7 Símbolo F C S S/m Wb V/m T H A/m VA var A/Wb Ω Ω.m V Símbolo o ` `` cm2 UA pc cm mm dS mmhs Np ppb ppm eV cal t g mg cmolc dB cps min h d s rpm l VOCABULÁRIO DA NATUREZA Prefixos: Grandeza exa peta tera giga mega quilo hecto deca deci centi mili micro nano pico femto atto Nome da Unidade E P T G M k h da d c m µ n p f a 8 Símbolo 1018 1015 1012 109 106 103 102 10 10-1 10-2 10-3 10-6 10-9 10-12 10-15 10-18 VOCABULÁRIO DA NATUREZA A cerca de 450 espécies (ex: uruú, mandaçaia, jataí, abelha-limão, etc); criadas pelos povos indígenas há longa data. (Zoologia) aberração cromática Efeito luminoso de uma lente que apresenta índices de refração diferentes para os distintos comprimentos de onda da luz. (Física) a Colocado após o símbolo dos horizontes A, B e C, indica propriedades ândicas, ou seja, que a constituição do horizonte é dominada por material amorfo, de natureza mineral, oriundo de transformações de materiais vulcanoclásticos; por exemplo: Ba. (Pedologia) abeto Designação comum às espécies dos gêneros Abies e Picea, plantas de regiões frias, constituindo parte da vegetação típica da tundra. (Botânica) abioceno Lugar desprovido de seres vivos. (Ecologia) abiogênese Suposta formação de organismo vivo a partir de matéria não viva; geração expontânea. A Ver horizontes do solo; horizonte A. (Pedologia) A antrópico Ver horizonte A antrópico, horizontes do solo. (Pedologia) abiótico Lugar ou processo sem seres vivos; literalmente significa não biológico; elemento abiótico diz respeito a uma característica física ou química de um ambiente ou ecossistema. A chernozêmico Ver horizonte A chernozêmico, horizontes do solo. (Pedologia) A fraco Ver horizonte A fraco, horizontes do solo. (Pedologia) abioto O que é incompatível com a vida; o que mata; designação dada à cicuta por sua qualidade mortífera. A húmico Ver horizonte A húmico, horizontes do solo. (Pedologia) abissal Relativo às profundezas marinhas onde não há mais vegetação verde; um depósito marinho abissal é aquele localizado a uma profundidade superior a 1.000 m. A proeminente Ver horizonte A proeminente, horizontes do solo. (Pedologia) aa Ver lava aa. (Geologia) abiu Árvore de pequeno porte (Pouteria caimito), com 4 a 10 m de altura e copa, às vezes, ao alcance da mão; o fruto é uma baga globosa, de casca inteiramente amarela quando maduro; é comumente encontrado em estado silvestre por toda a Amazônia. aba Parte mais baixa de uma montanha ou de um anticlíneo, não devendo ser confundida com os flancos da montanha. (Geomorfologia) abajeru Planta da família das Rosaceae (Coupeia canomensis), que tem fruto tipo drupa, comum em algumas áreas da Amazônia; guajuru, gajiru. abiurana-abiu (Pouteria guianensis) Árvore da família Sapotaceae, de porte médio, fuste cilíndrico, de diâmetro superior a 60 cm, casca sulcada, avermelhada, com 0,5 cm de espessura; madeira pesada; cerne castanho-escuro; alburno amarelo-escuro; grã direita; textura média; sem cheiro e sem gosto. abalo Estremecimento, trepidação ou tremor do solo devido a um sismo ou explosão. (Geologia) abaxial Localizado no lado oposto das nervuras; inferior, fosca e com nervuras salientes; exemplo: a superfície inferior de uma folha. (Botânica) ablação Degelo das partes superficiais de uma geleira, por ação da radiação solar (insolação), do ar quente e da chuva. abelhas indígenas Abelhas sociais e sem ferrão, da família Apidae, subfamília Meliponinae; no Brasil são encontradas 9 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ou em estado iônico a um sólido; entrada do nutriente no citoplasma celular. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, entidade civil sem fins lucrativos de utilidade pública; desde 1940, elabora normas técnicas no país, com o objetivo de facilitar as trocas de bens e serviços, promovendo o desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da indústria e do comércio; integra o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, criado pela Lei Federal 5966/73; é reconhecida como o único Fórum Nacional de Normalização pela Resolução 7/92 do Conselho Nacional de Metrologia. absorção passiva Movimento de íons e água para dentro da raiz da planta como resultado de difusão ao longo de um gradiente de atividade. absortância Propriedade apresentada por um objeto de absorver a energia. abunã Alimento, tipo de pirão feito na Amazônia, utilizando ovos de tartaruga e farinha de mandioca, comumente com adição de açúcar. abundância Termo que indica o número de indivíduos presentes num biótopo ou numa área determinada; é o número total de indivíduos de uma espécie numa determinada população ou comunidade. (Fitossociologia) aborígene Originário do país onde vive; nativo; habitante primitivo de uma região; indígena. abrasivo Material duro e mecanicamente usado em abrasão ou corte; comumente feito de material cerâmico. (Metalurgia) açacu Árvore de grande porte da família das euforbiáceas (Hura crepitans), comum na Amazônia, de látex muito venenoso; sua madeira esbranquiçada e leve é utilizada como matéria-prima nas serrarias. abrolho Acidente do relevo submarino constituindo um rochedo que por vezes aflora próximo aos litorais, formando ilhas; encontrado também no leito dos rios, dando origem a pequenas corredeiras. açafrão Corante de origem vegetal extraído dos estigmas dissecados das flores do Crocus sativus L. abscesso Uma coleção ou aglomerado localizado de pus. (Medicina) açaí Palmeira (Euterpe oleraceae) de cujo fruto se faz o chamado vinho de açaí, consumido pela população da Amazônia, principalmente em Belém, Estado do Pará; ultimamente tem sido muito utilizado como fornecedor de palmito, fato que está causando a destruição dos açaizais nativos. absinto Erva aromática européia, da família das Compostas (Artemisia absinthium), dotada de propriedades amargas e cujas flores são empregadas na preparação de um licor de teor tóxico. absoluto Termo utilizado para designar uma substância quimicamente pura, por exemplo: álcool absoluto. (Química) acamadamento Arranjo paralelizado de corpos litológicos de forma lenticular, mais ou menos alongada, produzida por movimentos não-coaxiais dúcteis e desmembramentos dos litotipos seguidos de deslocamentos e deformação das porções. (Geologia) absorção Processo físico no qual um material coleta e retém outro, com a formação de uma mistura; pode ser acompanhado de uma reação química; processo pelo qual a água ou fluído (com sais, se houver), penetra no corpo através de um tecido celular poroso. ação antrópica Qualquer atividade desenvolvida pelo homem sobre o meio ambiente, independentemente de ser maléfica ou benéfica. absorção ativa Movimento de íons e água para dentro da raiz da planta como resultado de processos metabólicos. ação bioquímica Modificação química resultante do metabolismo de organismos vivos. absorção de nutrientes Processo de incorporação de material líquido, gasoso 10 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ação sistêmica Propriedade de uma substância química em ser absorvida por uma planta e deslocar-se em quantidades suficientes para exercer sua ação tóxica. ação capilar Ação devida a capilaridade, por exemplo: retenção da água num solo contra a força de gravidade. ação civil pública de responsabilidade Procedimento jurídico com respaldo na Lei no 7347 de 24.07.1985, que confere ao Ministério Público Federal e Estadual, órgãos e instituições da Administração Pública e às associações com finalidade protecionistas a legitimidade para acionar os responsáveis por danos ao meio ambiente, ao consumidor e aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Direito) ação teratogênica Anormalidades congênitas produzidas por alguns agentes químicos que possuem a capacidade de afetar células do embrião ou feto em desenvolvimento. acapú Árvore da família das leguminosas (Vouacapoua americana) comum na Amazônia, que pode atingir mais de 20 metros de altura; fornece madeira escura de elevada duração, muito utilizada em cercas e para fazer tacos e tábuas para assoalhos. ação de contato Aquela que se dá pela penetração de uma substância química através do revestimento externo (pele ou tegumento) de um organismo. acápua fumo. ação de limpeza Remoção de substâncias indesejáveis através da utilização de processos físico-químicos. Lenha seca , que não deixa acari tamanco (Panaque nigrolineatus) Peixe que juntamente com as outras variedades de acaris, representam uma proporção expressiva na produção pesqueira em toda a região do Baixo Tocantins; existem espécies exclusivamente ornamentais. (Ictiofauna) ação de tamponamento A resistência de uma solução à mudança de seu pH. ação fumigante Penetração de uma substância química volátil no organismo, através das vias respiratórias. acaricida ácaros. ação mutagênica É aquela capaz de provocar uma alteração comossômica não detectável, conhecida como mutação genética, a qual é transmitida às gerações sucessivas de células. (Genétia) Qualquer substância letal a acariquara Árvore da família das oleraceas (Minquartia punctata e M. guianensis), de madeira muito resistente e utilizada como postes, moirões, esteios e dormentes; acariúba, acaximba. ácaro Designação geral dos aracnídeos da ordem Acarina, na qual se incluem também os carrapatos e os micuins. (Zoologia) ação popular Direito constitucional de qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos lesivos ao patrimônio federal, estadual e municipal ou de órgãos e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiro público; o cidadão a promove em nome da coletividade, no uso de uma prerrogativa cívica que a Constituição da República lhe outorga. (Direito) acarofilia Simbiose de uma planta com os ácaros, com vantagens mútuas. (Biologia) acárpico Vegetal sem fruto, que não gera fruto; acarpo. (Botânica) acasalamento ao acaso Sistema em que cada fêmea tem chance igual de se acasalar com qualquer reprodutor durante uma estação de monta; acasalamento ao acaso é necessário para testes de progênie precisos. (Melhoramento Genético) ação residual Aquela em que é pretendido um efeito relativamente longo, posterior ao momento de aplicação de uma substância química para uso específico. (Química) 11 VOCABULÁRIO DA NATUREZA acasalamento associativo Sistema de acasalamento de indivíduos fenotipicamente semelhantes; embora o fenótipo seja produto tanto do genótipo quanto do meio ambiente, tais indivíduos têm maiores chances de carregar os mesmos alelos para genes que determinam a morfologia. (Melhoramento Genético) Amazonas e no Tapajós; floração de julho a setembro e frutificação até dezembro ou janeiro. aciaria Usina ou parte de uma usina siderúrgica destinada à produção de aço. acidente Acontecimento ou série de acontecimentos com a mesma origem, de que resulta, ou possa resultar numa situação de emergência ou seja susceptível de provocar danos pessoais, materiais ou ambientais. (Defesa Civil) acaule Denominação aplicada a uma planta que não apresenta caule visível. (Botânica) acidente de Bhopal Vazamento de substâncias químicas ocorrido em uma fábrica de agrotóxicos, matando mais de mil pessoas na cidade de Bhopal, região central da Índia; ainda hoje existem pessoas sofrendo com as seqüelas e efeitos duradouros dos produtos tóxicos. aceiro Procedimento utilizado no combate e prevenção de incêndios florestais; consiste numa faixa de terra aberta em volta da área que está sendo queimada ou que se quer proteger, mantida livre de vegetação, com capina ou poda, a qual impede a invasão do fogo. acidente de Goiânia Vazamento de césio 137 ocorrido em Goiânia, Estado de Goiás, região Centro-Oeste do Brasil, em setembro de 1987, quando um cilindro de ferro e chumbo é quebrado, liberando uma cápsula de césio. Em decorrência, 22 pessoas morrem e mais de uma centena fica com seqüelas; o lixo altamente tóxico desse acidente foi armazenado em barris lacrados na cidade de Abadia de Goiás. aceitabilidade Disposição com a qual os animais selecionam e ingerem uma forragem; algumas vezes é usado de modo trocado para significar ambos palatabilidade ou consumo. (Zootecnia) aceleração Variação da velocidade em função do tempo. (Física) acelerador Sistema destinado a elevar a energia cinética de partículas carregadas como elétrons, prótons, dêuterons, etc; os mais comuns são ciclotron, sincrodiclotron, betatron, acelerador linear. (Física Nuclear) acidez Presença de ácido, ou seja, de um composto hidrogenado que, em estado líquido ou dissolvido, se comporta como um eletrólito; a concentração de íons H+ é expressa pelo valor do pH. acelerógrafo Instrumento de registo da aceleração. acidez ativa Refere-se à concentração dos íons H+ presentes na solução do solo; pH do solo. (Pedologia) acenafteno Hidrocarboneto cristalino, incolor, obtido do alcatrão da hulha; fórmula C12H10. acidez da água Quantidade de ácido, expressa em miliequivalentes de uma base forte por litro de água, necessária para titular uma amostra a um determinado valor do pH. acesso Amostra de germoplasma representativa de um indivíduo ou de vários indivíduos da população; em caráter mais geral, qualquer registro individual constante de uma coleção de germoplasma, por exemplo: uma plântula, uma maniva. (Genética) acidez livre Quantidade de ácidos fortes contida na água, geralmente expressa em miliequivalentes de base forte, necessária para neutralizar um litro dessa água, utilizando-se, por exemplo, o vermelho de metila como indicador. achuá Árvore com até 18 metros de altura, (Sacoglottis guianensis), cujo fruto é uma drupa de cor amarela; dispersa em toda a região amazônica, e mais frequentemente encontrada no Baixo acidez não trocável Refere-se à quantidade de íons hidrogênio que o solo 12 VOCABULÁRIO DA NATUREZA fabricação de resinas acrílicas, de fórmula CH2COOH; ácido vinilfórmico. é capaz de liberar pela extração com uma solução de sal tamponada, geralmente a pH 7,0; é obtida por diferença entre a acidez potencial e a trocável. (Pedologia) ácido ascórbico Substância existente em vários frutos cítricos, cristalina e muito importante para o metabolismo do organismo, cuja fórmula é: C6H8O6. acidez potencial Relacionada aos íons H+ e Al³+ ainda combinados com moléculas e colóides do solo e que poderão se dissociar delas, influenciando seu pH e, portanto, seu poder tampão; extraída com a solução de acetato de cálcio 0,5M a pH 7,0 ou por processo indireto. Ver método SMP. (Pedologia) ácido barbitúrico Substância derivada do ácido malônico e da uréia, cristalina e incolor, cuja fórmula é: C4H4O3N2; utilizado em farmacologia. ácido benzóico Derivado de benzeno, cristalino, incolor, usado como preservativo de bebidas e como corante; fórmula C6H5COOH; é também antiséptico. acidez total Quantidade de ácidos fracos e fortes, expressa em miliequivalentes de uma base forte necessária para neutralizar esses ácidos, utilizando-se, por exemplo, a fenolftaleína como indicador. ácido carbônico Ácido fraco que se forma pela dissolução do dióxido de carbono em água, cuja fórmula é: H2CO3. ácido carboxílico Composto orgânico que apresenta grupo funcional - COOH (carboxila), ligado diretamente à cadeia carbônica. acidilas Ver acilas. acidimetria Processo para determinar a composição química de uma solução ácida mediante uma solução básica de normalidade conhecida; oximetria. ácido carmínico Substância sólida, cristalina, vermelho, encontrada nas cochonilhas, de fórmula: C22H20O13. Ver cochonilha-do-carmim, cochonila. ácido Composto químico que doa prótons; substância que tem mais prótons do íon hidroxila em solução; solo deficiente em bases trocáveis; possui pH inferior a 7. ácido cianídrico Ver ácido prússico. ácido cítrico Ácido tricarboxílico, cristalino, incolor, presente no suco das frutas cítricas, de fórmula: C6H8O7. ácido abiético Ácido monocarboxílico derivado dos terpenos, cristalino, extraído da resina das coníferas. ácido clorídrico Solução de gás clorídrico, de cheiro muito forte e sufocante, e que apresenta importantes usos industriais, cuja fórmula é: HCl; no estômago trabalha em conjunto com enzimas como a pepsina para digerir proteínas. (Medicina) ácido acético Líquido claro, viscoso, de cheiro picante e solúvel em água, sendo que quando resfriado em uma temperatura abaixo de 16,70 C, solidificase formando cristais brilhantes, incolores e transparentes com aspecto de gelo; é utilizado na preparação de perfumes, corantes, acetona, etc, sendo ainda encontrado como principal constituinte do vinagre; fórmula: CH3COOH. ácido de Arrhenius Substância que libera íons hidrogênio (H+) quando se dissolve em água. ácido desoxirribonucléico – ADN ou DNA É a substância responsável pela herança biológica de todos os seres vivos, à exceção de muitos vírus, nos quais esse papel é representado pelo ARN; a molécula de ADN é formada por duas cadeias que se enrolam, compondo uma hélice dupla, semelhante a uma escada em caracol. As cadeias, o ácido acetilsalicílico Substância sólida, incolor, cristalina, derivado do ácido salicílico, usado como antipirético e analgésico, cuja fórmula é: C9H8O4; aspirina. ácido acrílico Ácido monocarboxílico não-saturado, líquido, incolor, utilizado na 13 VOCABULÁRIO DA NATUREZA corrimão da escada, são constituídas por moléculas de fosfato e carboidratos que se alternam. As bases nitrogenadas citosina: timina, adenina e guanina, dispostas em pares, representam os degraus. (Genética) ácido melíssico Ácido graxo encontrado na cera de abelhas, de fórmula: C30H60O2. ácido esteárico Ácido graxo existente nas gorduras animais e vegetais e cujos sais de sódio e potássio formam os sabões; fórmula: C17H35COOH. ácido nítrico Líquido incolor, fortemente ácido, muito reativo, oxidante, com numerosíssimas aplicações industriais. ácido mirístico Ácido graxo encontrado em muitos óleos vegetais, incolor, cristalino, cuja fórmula é: C14H28O2. ácido pantotênico Líquido viscoso, de fórmula C9H17O5N, fator de crescimento de certos organismos. ácido fúlvico Termo de uso variado, mas geralmente referindo-se à mistura de substâncias orgânicas que permanece em solução após acidificação de um extrato do solo, usando um alcali diluído; distingue-se do ácido húmico principalmente devido ao menor peso molecular e maior teor de grupos carboxílicos. Ver ácido húmico. ácido prússico Ácido que só existe em solução, muito venenoso, de fórmula HCN; produto tóxico produzido como um glicosídio por várias espécies de plantas, especialmente sorgos; ácido cianídrico. ácido ribonucléico – ARN ou RNA Substância sintetizada pela ação de diversas enzimas a partir de um filamento de ADN que lhe serve de guia, no processo conhecido como transcrição; é constituído pela pentose (ribose), pelo ácido fosfórico e pelas bases citosina, uracila (ausente do ADN), adenina e guanina; compõe-se de uma só cadeia helicoidal e apresenta três classes, cada uma das quais cumpre uma função específica na célula; ácido nucléico envolvido na transferência da informação genética e na sua decodificação em uma cadeia polipeptídica; em alguns vírus ele é o material genético primário. (Genética) ácido giberélico Hormônio natural dos vegetais, branco, cristalino, usado para provocar o crescimento das plantas, cuja fórmula é: C19H22O6. ácido glutâmico Aminoácido resultante da hidrólise de proteínas, cristalino, com sabor de carne, usado como condimento; fórmula: C5H9O4N. ácido hipúrico Ácido orgânico normalmente encontrado na urina dos herbívoros. ácido húmico Fração do húmus do solo de cor escura, que pode ser extraída com solução diluída de álcali e após, precipitada por acidificação. ácido sulfônico Composto orgânico que apresenta o grupamento funcional SO3H (sulfônico) diretamente ligado à cadeia carbônica. ácido láctico Líquido incolor, xaroposo, encontrado no organismo humano e que apresenta importante função metabólica, cuja fórmula é: CH3CHOHCOOH. ácido úrico Substância cristalina, pulverulenta, incolor, existente em pequenas quantidades na urina humana; fórmula: C5H4O3N4; seu excesso no organismo causa a doença denominada de gota. ácido Lewis Substâncias que podem receber um ou mais pares de elétrons. ácido linoléico Ácido graxo nãosaturado, líquido, encontrado em diversos óleos vegetais, cuja fórmula é: C18H32O2. ácidos biliares Ácidos fracos formados pelo fígado a partir do colesterol que ajudam na digestão das gorduras. (Medicina) ácido lisérgico Produto derivado da hidrólise de certos alcalóides vegetais, cristalino e que possui propriedades alucinógenas; fórmula: C16H16O2N2. ácidos graxos Compostos que contêm uma cadeia com 14, 16 ou 18 átomos de carbono, não ramificada, saturada ou 14 VOCABULÁRIO DA NATUREZA maior o teor de carbono, maior a dureza e menor a dutilidade do aço. (Metalurgia) insaturada, com um grupo carboxílico em uma ponta da molécula; quase todos os ácidos graxos encontrados na natureza encerram um número par de átomos de carbono, incluindo o carbono no grupo carboxílico. aço especial Aço produzido em menor escala e de acordo com as necessidades do consumidor, tem propriedades muito diferentes dos aços carbono, graças à adição de elementos de liga. (Metalurgia) ácidos graxos totais Conteúdo normalmente expresso em porcentagem, das matérias graxas que compõem os sabões. aço hipoeutetóide Aço com teor de carbono menor que 0,8%. Ver aço. (Metalurgia) ácidos nucléicos São as substâncias (ADN, ARN) responsáveis pela transmissão da herança biológica, constituindo as moléculas que regem a atividade da matéria viva, tanto no espaço (coordenando e dirigindo a química celular por meio da síntese de proteínas), como no tempo (transmitindo os caracteres biológicos de uma geração a outra, nos processos reprodutivos; são moléculas longas e complexas, de elevado peso molecular, constituídas por cadeias de unidades denominadas mononucleotídeos. (Genética) aço inoxidável Aço contendo, no mínimo, 11,5% de cromo, com grande resistência à corrosão; pode ser encontrado com diversas microestruturas e propriedades sob as formas: martensítico, ferrítico, austenítico, ou duplex. (Metalurgia) aço liga Ver aço ligado. (Metalurgia) aço ligado Aço com propriedades modificadas graças à adição de outros elementos ao ferro e ao carbono; a gama de elementos de liga é grande e suas proporções podem variar, sendo, assim, os aços ligados uma família de materais extremamente diversificada. (Metalurgia) acidulante Substância capaz de comunicar ou intensificar o gosto ácido (azedo) dos alimentos e bebidas. acondicionamento Ato ou efeito de embalar os resíduos, para transporte e ou disposição final. (Saneamento) acilas São radicais derivados dos ácidos monocarboxílicos pela retirada do grupamento hidroxila contido na carbonila e representados genericamente por Ac. aços de baixa liga Aços contendo quantidades baixas de elementos de liga. (Metalurgia) aclive Inclinação de um trecho de uma superfície, como a encosta de um morro, o reverso de uma cuesta, a vertente de uma serra, etc., considerada de baixo para cima. acre Medida de superfície agrária, utilizada em países como a Inglaterra e Estados Unidos, equivalente a 4.000 metros quadrados ou a 0,4 hectare. aço Ver aço carbono. (Metalurgia) acreção Fenômeno que consiste no aumento do tamanho de partículas por um processo de adições externas; acrescência. aço acalmado ao alumínio Aço desoxidado com alumínio para evitar reações entre o oxigênio e o carbono durante a solidificação. (Metalurgia) ácricos Solos onde predominam cargas positivas, de fertilidade natural muito baixa. aço carbono Liga de ferro-carbono contendo de 0,008% até aproximadamente 2,0% de carbono, e outros elementos residuais, resultantes do processo de fabricação, como fósforo, enxofre, manganês e silício; a maior parte do aço produzido no mundo é do tipo aço carbono. Em regra geral, quanto acridofagia Hábito de comer gafanhotos, apresentado por certos índios do Brasil, entre eles os camaiurás e quicuros, do rio Xingu; este hábito é também observado em outros povos, como os africanos. 15 VOCABULÁRIO DA NATUREZA acunhamento Denominação aplicada ao aspecto apresentado por uma camada quando ela se adelgaça lateralmente até o seu desaparecimento, passando a outra de natureza diferente. (Geologia) acritarcos Microfósseis unicelulares ou aparentemente unicelulares que consistem em uma testa constituída de substâncias orgânicas de forma e ornamentação variadas; ocorreram do Pré-cambriano até o Terciário. acupuntura Técnica milenar que utiliza estímulos em pontos do corpo capazes de despertar recursos de harmonização psicofísica; tradicionalmente são aplicadas agulhas para a estimulação, mas hoje em dia estão sendo substituídas por estímulos luminosos ou sonoros. acrófita Planta que vive nas regiões alpinas. (Botânica) acrografia Arte de gravar em relevo, através da utilização da água-forte. acromobacteriáceas Família de bactérias baciliformes cujas células são imóveis ou providas de flagelos; podem viver na água ou no solo, poucas sendo parasitas. (Biologia) acurácia de seleção Correlação entre o valor genético real (desconhecido) de um animal e um valor genético calculado. (Genética) acronecrose Morte das extremidades das plantas quase sempre causada por vírus. (Fitopatologia) ad hoc Método de avaliação de impacto ambiental através de reuniões de especialistas, para obter respostas com base no conhecimento individual de cada participante; fornece uma orientação mínima para avaliação de impactos ambientais. Ver AIA. actinógrafo Aparelho que registra a radiação solar direta. (Climatologia) actinolita Mineral do grupo dos anfibólios monoclínicos e que se diferencia da tremolita Ca2Mg5(Si8022)(0H)2- pela presença de ferro em quantidades superiores a 2%. adaptabilidade Potencial para adaptação; com sentido genérico e evolutivo. Habilidade de se ajustar com a variação ambiental; pode ser um produto da adaptação, mas está associada a custo metabólico e não precisa ser inevitavelmente um resultado da evolução; capacidade do organismo adaptar-se a níveis de variações ambientais. (Genética) actinomicetáceas Família de bactérias que transitam para os fungos em virtude das colônias filamentosas e radialmente ramificadas; o gênero-tipo, muito rico em espécies é o Actinomyces, produtor de antibióticos e pigmentos. actinomicetos Bactérias filamentosas , geralmente ramificadas , e que formam micélios semelhantes aos dos fungos; vVivem, principalmente, no solo e quando proliferam na água causam problemas de sabor e odor. açúcar Qualquer elemento do grupo de compostos carbohidratos solúveis em água, com peso molecular relativamente baixo e que apresenta um típico sabor doce; é um sacarídeo. adaptação Processo pelo qual um organismo tornar-se ajustado ao ambiente, dinâmica esta que pode exigir mudanças morfológicas, bioquímicas, fisiológicas ou comportamentais no indivíduo e que o tornam mais capacitado para sobreviver e reproduzir-se, em comparação com outros membros da mesma espécie. Ver característica adaptativa, adaptabilidade. açude Construção destinada a represar águas, em geral para consumo humano e irrigação, entre outros fins; barragem. adenosina difosfato Coenzina que intervém no transporte da energia nos organismos vivos. acúleo Estrutura de origem epidérmica, com aspecto de espinho, encontrado em caules, como por exemplo, na roseira, e folhas. (Botânica) adenosina trifosfato Coenzina nucleótica que fornece a energia necessária para as diversas atividades desenvolvidas pelas células, além de 16 VOCABULÁRIO DA NATUREZA intervir em numerosas reações químicas dos organismos vivos. adições Acréscimo ao solo de materiais adicionados pela água, pelo ar ou pelos organismos. (Pedologia) adensador de lodo Unidade onde é processado o adensamento do lodo. aditivo Substância química adicionada a alimentos para dar melhor aparência, mudar espessura, gosto, prevenir a decomposição rápida, etc; a maioria dos aditivos é proveniente de materiais sintéticos. adensamento Redução na porosidade, que se reflete no aumento da densidade global, de uma camada do solo; tem causas naturais, ligadas à gênese do solo, diferenciando-se de compactação, que tem causas antrópicas. (Pedologia) ádito Termo empregado em lavra subterrânea representando uma galeria sensivelmente horizontal, que apresenta uma extremidade na superfície destinada exclusivamente a ventilação ou drenagem, ou servindo a uma função secundária no tocante ao transporte e acesso. (Mineração) adensamento do lodo Aumento da concentração de sólidos do lodo nos tanques de sedimentação e digestão; geralmente a redução do teor excessivo de umidade dos lodos não digeridos , com diminuição do seu volume, é efetuada em tanques especiais (adensadores), através de uma agitação conveniente, sem que haja adição de reagentes químicos, ocorrendo então uma liberação de parte da água, em conseqüência da floculação pela aglomeração dos sólidos. (Saneamento) adobe Pequeno bloco semelhante ao tijolo, feito de uma mistura de barro cru, areia em pequena quantidade, estrume e fibra vegetal. (Engenharia Civil) adsorbato Material retido por adsorção; adsorvato. adiabático Processo termodinâmico em que não há troca de calor entre o sistema considerado e seu ambiente; nos processos adiabáticos o aquecimento e o arrefecimento do ar ocorrem apenas por efeito da pressão, expansão ou compressão; na atmosfera tais variações de pressão ocorrem pela ascensão do ar (expansão) que produz resfriamento, ou descida do ar (compressão) que produz aquecimento; aquecimento e resfriamento adiabáticos, são também denominados aquecimento e resfriamento dinâmicos. (Meteorologia) adsorção Fase da multiplicação onde as partículas virais colidem, casualmente, com a superfície celular, resultando em aproximadamente uma adsorção a cada 103 colisões. (Virologia). adsorção Processo através do qual átomos, moléculas e íons são retidos na superfície de sólidos por intermédio de ligações físicas ou químicas; concentração de íons por atração eletrostática na superfície dos colóides do solo (argilas e húmus). adsorvente Material sólido na superfície do qual ocorre a adsorção. adiabático úmido Processo adiabático em que ocorre a diminuição da temperatura na razão de 0,60 C para cada 100 m de altura. (Meteorologia) adubação Processo de adição ao solo de substâncias, produtos ou organismos ,que contenham elementos essenciais ao desenvolvimento de plantas que são cultivadas. adição eletrofílica Reação de adição na qual a primeira etapa é o ataque de uma parte da molécula com excesso de elétrons por um íon positivo, eletrófilo. adubação verde Incorporação de biomassa vegetal ao solo para elevar o conteúdo de matéria orgânica; as plantas utilizadas nesta prática agrícola devem apresentar crescimento rápido e cortadas jovens, ainda verdes; são preferidas aquelas da família das leguminosas, que adição nucleofílica Reação de adição na qual a primeira etapa é a ligação de um nucleófilo (substância com elétrons disponíveis) a uma parte positiva (deficiente em elétrons) da molécula. 17 VOCABULÁRIO DA NATUREZA além da matéria orgânica, incorporam nitrogênio ao solo. representativa de certa massa de água e de seu grau de poluição. adubo Qualquer substância aplicada no solo ou em qualquer outro substrato para torna-lo mais produtivo; pode ser orgânico (folhas, estrume) ou inorgânico (cal, fosfato. etc.); fertilizante. aeração do solo Processo através do qual é efetuada a troca de gases entre o ar do solo e o ar atmosférico. Solos bem arejados apresentam ar de composição semelhante ao da atmosfera logo acima da superfície, sendo que solos com arejamento deficiente, geralmente apresentam taxa muito elevada de CO2, e em conseqüência uma baixa percentagem de oxigênio, em relação à atmosfera; a velocidade de aeração depende, em muito, do volume e da continuidade dos poros do solo. (Pedologia) adubo mineral Material inorgânico, geralmente de origem industrial, que se adiciona ao meio em que a planta é cultivada para fornecer determinados nutrientes. adubo misto Mistura de fertilizantes simples em proporções adequadas para obter as concentrações de nutrientes desejadas; formulado. aeração prolongada Modificação do processo de lodo ativado que realiza a digestão do lodo no interior do sistema de aeração. adubo orgânico Adubo constituído essencialmente por elementos naturais (matéria orgânica decomposta, esterco, dentre outros), isto é, sem o acréscimo de produtos químicos. aerênquima Parênquima que apresenta espaços intercelulares grandes, aeríferos, com célula de fina membrana; encontrado em algumas partes de plantas flutuantes. (Botânica) adubo químico Ver adubo mineral. adubo verde Ver adubação verde. adulária Variedade incolor, translúcida e transparente do ortoclásio - K Al Si3 O8 que se apresenta habitualmente em cristais pseudo-ortorrômbicos, apesar de pertencer ao sistema monoclínico. aeróbio Organismo para os qual o oxigênio livre do ar é imprescindível à vida. aerobiose Vida em um meio onde ocorre oxigênio livre. adutora de água Conjunto de canalizações dos serviços de abastecimento público, destinadas a conduzir água potável aos sistemas de distribuição, ou água não potável dos mananciais às estações de tratamento aerodispersóide Ver aerossol. aerófito Vegetal que apenas se ampara em outro, sem contudo parasita-lo. aerofotogrametria É a fotogrametria a partir das fotografias aéreas; método de obtenção de informações através de fotografias aéreas. advecção Processo de transferência de calor por movimento horizontal do ar atmosférico mediante fluxos ou massas de ar; a transferência de calor das latitudes baixas para as latitudes altas é um típico exemplo. (Meteorologia) aerógrafo Instrumento que projeta a tinta por meio de ar comprimido , sendo utilizado para colorir mapas, cartazes, etc; é igualmente empregado no preparo de originais destinados à reprodução por via fotomecânica. (Cartografia) aeração Ato ou efeito de arejar, especialmente a ventilação do solo; aeragem; penetração do ar; nas plantas é a troca de gases entre os tecidos internos e a atmosfera. aeromagnetômetro Sensor destinado a medir a intensidade do campo magnético terrestre. aeração da água Reoxigenação da água com a ajuda do ar; a taxa de oxigênio dissolvido, expressa em porcentagem de saturação, é uma característica aeroplancton Conjunto microorganismos que flutuam no ar. 18 de VOCABULÁRIO DA NATUREZA exposição acessível à observação humana, tais como: corte de estradas, túneis, galerias subterrâneas , poços, etc. aerossol Conjunto de finíssimas partículas em suspensão no ar ou em outro gás, podendo ser sólidas (poeira, gelo, fumo, pólen e alguns minúsculos animais) ou líquidas(nevoeiros, vapores, nuvens, etc.); geralmente os aerossóis estão carregados eletricamente e formam a base do núcleo de condensação; podem afetar os raios de luz provocando reflexão, refração e difusão. afloramentos de rochas Quando as rochas se encontram à superfície do terreno, em contato direto com o ar atmosférico. (Pedologia) aflotoxina Substância polinuclear derivada de fungos; cancerígena; produzido por fungos encontrados em amendoim, milho e outras plantas, especialmente grãos. aerossol monodisperso Aerossol constituído por partículas de mesmo tamanho. afluências Volumes de água que passam numa dada seção durante um período de tempo determinado. (Hidrologia) aerotriangulação Ver fototriangulação. afanítica Denominação utilizada para indicar uma textura, na qual os constituintes minerais não são visíveis à vista desarmada. (Geologia) afluente Denominação aplicada a qualquer curso d'água, cujo volume ou descarga contribui para aumentar outro, no qual desemboca. (Hidrologia) afecção Processo mórbido encarado nas suas manifestações atuais, abstraindo-se, de suas causas e conseqüências. aftermath – Resíduo e ou rebrota de plantas usada para pastejo após colheita de uma cultura. afélio Ponto da órbita de um planeta que se afasta mais do Sol. (Astronomia) agamospermia Formação assexuada de semente. Ver apomixia; reprodução assexuada. (Genética) afetação de uso Destinação especial dada a um determinado bem público. (Direito) agar-agar Substância de natureza gelatinosa obtida de algas marinhas e que é largamente utilizada em microbiologia, como base sólida dos meios de cultura; é utilizada por alguns povos como condimento. afídio Qualquer um de um grupo de pequenos insetos homópteros e alados, de 1 a 5 mm, que sugam a seiva das plantas; vulgarmente são chamados de pulgões. Produzem uma secreção adocicada que atrai as formigas; exemplo: o pulgão das orquídeas (Cerataphis lataniae), que assemelha-se às cochonilhas, e o Cerataphis orchidearum, encontrado nos trópicos e estufas da Europa e América do Norte. (Zoologia) ágata Agregado bandado de calcedônia disposta em camadas concêntricas e/ou paralelas, submilimétricas a milimétricas e como tal, constituídas de fibras de quartzo orientadas de modo aproximadamente radial, separadas uma das outras por camadas igualmente orientadas de fibras mais espessas ou com elongação contrária às anteriores. áfilo Vegetal desprovido de folhas , tal como a Euphorbia tirucalli, conhecida na região nordeste com o nome vulgar de avelós, ou que apresenta folhas muito reduzidas, quase imperceptíveis, como a cuscuta; em ecologia se considera o caráter áfilo como uma adaptação xerofítica, pois que limita a evapotranspiração. (Botânica) agência de bacia Instituição prevista na Lei de Recursos Hídricos (Lei Federal 9433/97) como órgão criado na área de atuação de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfica; deve cuidar da cobrança pelo uso da água, administrar os valores arrecadados, medir a disponibilidade de recursos hídricos, realizar pareceres sobre projetos de obras, elaborar o Plano afloramento Exposição em superfície, de rocha ou mineral, bem como, qualquer 19 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de Recursos Hídricos do Comitê de Bacia e cadastrar os usuários. agente fitotóxico Substância capaz de produzir danos aos vegetais. agenda 21 Documento aprovado na Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992, que tem como objetivo traçar estratégias para implantar os princípios da Carta da Terra; de seus 40 capítulos, oito tratam de questões econômicas e sociais; 14, da conservação e gestão dos recursos naturais; 7 descrevem o papel dos grupos sociais; e 11 tratam das políticas para garantir a qualidade de vida das próximas gerações. Ver Carta da Terra. agente floculante Substância coagulante que, quando acrescentada à água residuária, forma um precipitado flocoso que conterá material suspenso, promovendo a sua sedimentação. agente infeccioso Bactéria, protozoário, fungo, vírus ou helminto (verme), capaz de produzir infecção que, em circunstâncias favoráveis, no que se refere ao hospedeiro e ao meio ambiente, pode causar doença infecciosa; agente etiológico animado. agente irritante Todo e qualquer agente físico ou químico que produza, quando em contato com mucosas, lesão ou reação inflamatória na área de contato; essa lesão ou reação inflamatória não envolve mecanismo imunológico, mas depende apenas da duração do contato ou da concentração do agente. agente alergênico Substância que, após um ou vários contatos subseqüentes com a pele ou mucosa, desencadeia uma reação inflamatória na área do contato e em outras áreas distantes do contato primitivo; essa reação inflamatória envolve mecanismo imunológico e independente da duração do contato e da concentração do agente. agente mutagênico Substância ou radiação que provoca alterações genéticas nos organismos vivos, as quais podem ser transmitidas para gerações subseqüentes; agente físico ou químico que pode aumentar a freqüência com que as mutações podem ocorrer. (Genética) agente biológico de controle Organismo vivo, natural ou que pode ser obtido através de manipulação genética, que é introduzido no ambiente para promover o controle de uma determinada população, ou das atividades biológicas de outro organismo considerado como nocivo. agente patogênico provocar doenças. Agente capaz de Ver agente agente polinizador Ave ou inseto que fecunda a flor. (Zoologia) agente dispersante Substância química que reduz a atração entre as partículas. agente sensibilizante Substância que, através de mecanismo imunológico, precondiciona o organismo de modo que posteriores contatos com tal substância provocam alterações na saúde. agente de floculação floculante. agente do modelado O que contribui para a modificação da paisagem física. (Geomorfologia) agente tenso-ativo Qualquer substância ou composto que seja capaz de reduzir a tensão superficial, quando dissolvido em água ou solução aquosa, ou que reduza a tensão interfacial entre dois líquidos ou entre um líquido e um sólido. agente etiológico Substância, cuja presença ou ausência pode iniciar ou perpetuar um processo mórbido; pode ser nutricional, física, química ou parasítica. agente etiológico animado Ver agente infeccioso. agente teratogênico Substância ou radiação que pode provocar máformação durante o desenvolvimento embrionário. agente extintor Qualquer matéria utilizável no combate eficaz de um foco de incêndio. 20 VOCABULÁRIO DA NATUREZA caracteriza-se pela produção de bens alimentícios e matérias-primas decorrentes do cultivo de plantas e da criação de animais; na produção agrícola temos de considerar três fatores: o trabalho, a terra e o capital. (Agronomia) agente tóxico Qualquer substância exógena em quantidade suficiente que, em contato com o organismo, possa provocar uma ação prejudicial, originado um desequilíbrio orgânico. aglomeração Ver floculação. agricultura alternativa Métodos alternativos que normalmente dispensam usos de insumos químicos ou mecanização, visando a conservação do solo, bem como a sua fauna e flora; nestes sistemas, as policulturas estão adaptadas à vocação do solo e às condições climáticas locais, enquanto as pragas e as plantas invasoras são contidas através do controle biológico; a produtividade é condizente com a manutenção do equilíbrio natural do sistema; conjunto de técnicas agrícolas baseadas em conceitos de conservação de energia e matéria, reproduzindo processos ecológicos naturais e aproveitando a economia da natureza, inclusive de organismos vivos do ambiente, como decompositores parasitas e predadores existentes; agricultura ecológica. (Agronomia) aglomerado Placa prensada, composta de serragem compactada com cola e fechada com duas lâminas de madeira. aglutinação Células aglomerados devido imunológica superficial. reunidas em à reação agônica Linha ao longo da qual a declinação é zero. (Cartografia) agradação Processo que leva a construção de uma superfície devido a fenômenos deposicionais. (Geomorfologia) agregação União de partículas primárias do solo (areia, silte e argila) para formar partículas secundárias ou agregadas; tal união é realizada por forças naturais e substâncias derivadas exsudadas de raízes e atividade microbiana. (Pedologia) agricultura biodinâmica É uma das formas de agricultura orgânica que buscam harmonizar a relação do homem com o campo; ela segue a idéia de que o conhecimento, a sabedoria e a humildade estão implícitos no trabalho agrícola diário, que deve ser exercido solidariamente, para gerar alimentos sadios, preservar o ambiente e contribuir com o bem estar das futuras gerações. (Agronomia) agregação a seco Agregação do solo que não é quebrada por determinadas condições de peneiragem a seco efetuada no laboratório. (Pedologia) agregado É o material mineral (areia, brita, etc.) ou industrial que entra na preparação do concreto. (Engenharia Civil) agregado Grupo de partículas do solo (areia, silte e argila) aderidas de tal modo que se comportam mecanicamente como uma só unidade estrutural; quando formado artificialmente é denominado de torrão e se formado naturalmente é denominado ped. (Pedologia) agricultura biológica Conjunto de técnicas e de métodos com o objetivo de preservar a qualidade biológica e respeitar os equilíbrios naturais durante a fase de produção de alimentos. (Agronomia) agreste Zona geográfica entre a mata da encosta e a caatinga do Nordeste brasileiro, com a vegetação associada; um tipo mais robusto de caatinga fechada junto ao litoral. (Geografia) agricultura ecológica alternativa. (Agronomia) Ver agricultura agricultura extensiva Quando o fator predominante é apenas a terra; geralmente é praticada com pouco investimento e muita mão-de-obra familiar. (Agronomia) ágrico Ver horizonte ágrico. (Pedologia) agricultura Atividade produtiva integrante do setor primário da economia. 21 VOCABULÁRIO DA NATUREZA agricultura intensiva É quando há predomínio de investimentos de capital: dinheiro empregado em salários, tecnologia, máquinas e produtos químicos (fertilizantes e agrotóxicos). (Agronomia) cientifico do solo; a ciência da agricultura e do manejo do solo. agricultura itinerante É uma agricultura rudimentar, onde se pratica a queima do mato, com o intuito de limpar o terreno. Planta-se nesta terra récem-desbravada para, após duas ou três safras, ter de mudar de sítio , reiniciando-se o processo; sistema de rodízio de terras de cultivo. (Agronomia) agro-silvo-pastoril Sistema de uso da terra, no qual árvores perenes desenvolvem com culturas agrícolas, culturas forrageiras e produção animal. agrosilvicultura Sistema produtivo no qual a produção de bens florestais está associada à produção de alimentos para o homem. agrotóxicos Defensivos agrícolas utilizados para combater pragas e doenças agrícolas; todos, em princípio, são tóxicos e sua utilização requer cuidados especiais. agroecologia Ramo da ecologia que estuda as condições ambientais abióticas, bióticas e noóticas, dos agroecossistemas. água Bem mineral encontrado na natureza em estado líquido, sólido ou em forma de vapor, formado por uma substância química composta por duas moléculas de oxigênio e uma de hidrogênio (H2O), sendo responsável pela existência e pela manutenção de toda a vida na Terra. agroecossistema Sistema ecológico natural, transformado em espaço agrário, utilizado para produção agrícola ou pecuária, segundo diferentes tipos e níveis de manejo; em muitos casos funciona como sistema monoespecífico, para monoculturas, provocando diversos problemas ambientais. (Agronomia) água adsorvida Água fixada na superfície dos sólidos por forças moleculares de adesão. Forma uma película de uma ou mais camadas de moléculas de água; ocorre tanto na zona saturada como na não - saturada. Normalmente é de baixa qualidade química. agroflorestal Ver agrossilvicultura. agroflorestas São povoamentos permanentes, de aspecto florestal, biodiversificados, manejado pelo homem de forma sustentada e intensiva, constituídas de espécies perenes (madeiráveis, frutíferas, condimentares, medicinais etc.), para gerar um conjunto de produtos úteis para fins de subsistência e/ou de comercialização. água agressiva Água naturalmente ácida e que apresenta uma ação corrosiva, devido principalmente ao conteúdo de anidrido carbônico dissolvido. agroindústria Conjunto de setores industriais que fornecem insumos à agricultura (fertilizantes, agrotóxicos, sementes, etc.) e aos que beneficiam, processam e/ou comercializam os produtos agrícolas; indústria que beneficia matéria prima oriunda da agricultura. água branda Água predominantemente livre de íons de cálcio (Ca+2) magnésio (Mg+2). agrologia Ramo da ciência que trata do conhecimento da terra nas suas relações com a agricultura. água bruta Água que se encontra em fonte de abastecimento, antes de receber qualquer tipo de tratamento. agronomia Especificação da agricultura que trata da teoria e da prática do cultivo de plantas incluindo o manejo técnico água capilar Água fixada entre superfícies sólidas pouco distanciadas (mm), devido ao balanço entre as forças água alcalina Água que apresenta pH superior a 7 (sete). água boricada Solução límpida, incolor e inodora, com 3% de ácido bórico. 22 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de coesão/tensão superficial das moléculas do líquido, adesão entre líquido e sólido, e peso do líquido; ocorre tanto na zona saturada como na não saturada. No topo do aqüífero livre forma a zona capilar. água do solo Água contida no meio poroso situado próximo à superfície topográfica; ocorre como água pelicular. água conata Água retida nos interstícios de uma rocha, quando no momento de sua formação. água congênita. água doce Água que possui baixas concentrações de matéria dissolvida (salinidade inferior a 2 000 ppm) principalmente cloreto de sódio - NaCl. água do telhado Superfície inclinada do telhado por onde escorre a água da chuva. (Engenharia Civil) água congênita Ver água conata. água dura Água que apresenta concentrações de Ca e Mg (poucas centenas de miligramas por litro - mg/l) capazes de provocar o aparecimento de um resíduo insolúvel ao contato com sabão ou ao ser fervida. água continental Corpo e fluxo de água localizado no interior de continentes; presente em rios, lagos, represas, charcos, lagoas, pequenos tanques e corpos de água temporários. água de barita Solução aquosa de hidróxido de bário - Ba(OH)2 - que apresenta caráter alcalino, sendo utilizada em análises qualitativas para identificação de gás carbônico e carbonatos. água fóssil Água contida em um aqüífero e que se infiltrou em uma época geológica com condições climáticas e morfológicas deferentes das atuais. água furtada Encontro de duas águas do telhado. (Engenharia Civil) água de constituição Água que faz parte da composição química de um mineral, tal como a água dos minerais hidratados. água gravitacional Água que foi retirada de uma massa rochosa ou de solo, na zona de saturação, pela ação direta da gravidade, sem que haja alimentação. água de desidratação Água que estava em combinação química com certos minerais e que, posteriormente, ficou livre devido a ações químicas. água higroscópica Água do solo em equilíbrio com o vapor d'água atmosférico; é, essencialmente, a água que a atração molecular pode reter, contrariando a evaporação. água de fundo Água da parte mais profunda de uma coluna de água, sendo caracterizada geralmente por uma densidade mais elevada do que a água de superfície, principalmente devido a sua temperatura mais baixa. água incrustante Água saturada em material dissolvido, normalmente bicarbonato, e que gera precipitados. água de retenção Água contida nos interstícios de um meio poroso, e não mobilizável pela ação da gravidade. água interior Ver água continental. água juvenil Água que entra no ciclo hídrico pela primeira vez, através de fenômenos magmáticos. água diagenética Água que foi expulsa das rochas em função de compressão, por processos litogenéticos ou metamórficos; normalmente apresenta baixa qualidade química. água lêntica Denominação genérica para indicar toda água parada, como a dos lagos. água lótica Denominação utilizada para as águas correntes, como a dos rios. água disponível Teor de umidade que se encontra retido no solo e disponível para ser utilizado pelas plantas; sua capacidade é limitada pela quantidade de água armazenada entre a capacidade de campo e o ponto de murcha. água mineral Água subterrânea que apresenta características especiais, físicas e/ou químicas, naturais, com 23 VOCABULÁRIO DA NATUREZA água salobra Água que apresenta salinidade compreendida entre 1,5% e 3,0%. possibilidades terapêuticas e/ou gosto especial. água mole Água doce que apresenta baixas concentrações de sais alcalinosterrosos (Ca ;Mg), isto é, poucas dezenas de miligramas por litro - mg/l. água superficial Água que ocorre em corpos cuja superfície livre encontra-se em contato direto com a atmosfera, isto é, acima de superfície topográfica. água pelicular Água aderida como filme à superfície dos sólidos, podendo ocorrer tanto na zona saturada como na não saturada. água superfundida Água que foi submetida a resfriamento abaixo do ponto de congelamento, sem que tenha havido solidificação ou cristalização. água potável Água que se destina ao consumo humano, devendo ser incolor e transparente a uma temperatura compreendida entre 8 e 110 C, além de não poder conter nenhum germe patogênico ou substância nociva à saúde . água supersaturada Água que apresenta concentrações de matéria dissolvida acima da constante de equilíbrio , e normalmente causada pela queda da temperatura e/ou pressão; é uma situação instável que tende a provocar precipitação. água produzida É a quantidade de água que sai das estações de tratamento de água e entra no sistema de distribuição. água termal Água subterrânea naturalmente quente quando da sua surgência; ou seja, acima de temperatura média da região. água profunda Denominação aplicada a um corpo de água que apresenta uma profundidade superior à metade do comprimento das ondas superficiais normais. água tratada Água a qual tenha sido submetida a um processo de tratamento, com o objetivo de torná-la adequada a um uso específico. água residuária bruta Água residuária antes de receber qualquer tratamento. Ver água residuária. água utilizada Água que após cumprir determinada função ou uso, sai do sistema de abastecimento e não torna mais a ingressar no mesmo. Inclui tanto a água utilizada racionalmente pelos usuários quanto os desperdícios. água residuária decantada/clarificada Água residuária em que, parte dos sólidos, foram removidos por sedimentação. água vadosa Água superficial que ocorre na zona de aeração sob a influência das forças moleculares e, portanto, fixa. água residuária oxidada Água residuária em que a matéria orgânica foi estabilizada. água residuária Qualquer despejo ou resíduo liquido com potencialidade de causar poluição. aguaceiro Queda repentina e extremamente forte de chuva, produzida por nuvens do tipo cumulus. água residuária séptica Água residuária em estado de putrefação sob condições anaeróbicas. água-forte Processo de gravação química que transforma em cavo os traços da imagem por mordedura de um ácido em uma chapa de metal. água salgada Água em que a quantidade de matéria dissolvida é sensível ao paladar, ou seja, que apresenta concentrações acima de 1.000 mg/l. água-marinha Variedade de berilo (Be3Al2Si6O18) de coloração azulesverdeado pálido, transparente e que cristaliza no sistema hexagonal; o berilo de coloração verde intensa e 24 VOCABULÁRIO DA NATUREZA transparente recebe a denominação de esmeralda. gelo formados atmosfera. por sublimação na água-mestra Termo que designa as duas águas de forma trapezoidal, nos telhados retangulares de quatro águas. (Engenharia Civil) AIA Ver avaliação de impacto ambiental. ajuru Pequena árvore ou arbusto (Chrysobalanus icaro), com frutos de coloração variável (róseo, branco-creme, púrpura, quase-preto), tipo drupa; a parte comestível é o mesocarpo brancacento, adocicado ou algo insípido. Comum no litoral bragantino, no Pará. aguapé Plantas aquáticas que medram na superfície da água, especialmente e Eichhornia, da família Pontederiaceae. aguarrás Líquido oleoso, extraído da resina do pinheiro, contendo pineno, C10H16 e outros terpenos; utilizado principalmente como solvente. alabastro Variedade de gipsita (Ca2SO42H2O) finamente granulada ou maciça, utilizada quando pura e translúcida para fins ornamentais, em virtude de sua cor muito branca. águas eutróficas Aquelas que apresentam uma elevada concentração de nutrientes. albedo Capacidade de reflexão; relação de energia radiante refletida e recebida por uma superfície, expressa geralmente em porcentagem, sendo que uma aplicação mais comum é a luz refletida por um corpo celeste. águas oligotróficas Aquelas que apresentam uma baixa concentração de nutrientes e, por isso, suportam menos biomassa. águas particulares As nascentes e todas as águas situadas em terreno que também o sejam, quando as mesmas não estiverem classificadas entre as águas comuns de todos, as águas públicas ou as águas comuns. albufeira Ver laguna. albumina Uma proteína encontrada em todos os tecidos animais. albuminóides Substâncias semelhantes às proteínas verdadeiras, tais como a queratina e o colágeno; quaisquer das classes de proteínas simples. águas públicas de uso comum Os mares territoriais, incluindo os golfos, baias, enseadas e portos; as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis; as fontes e reservatórios públicos; os braços de quaisquer correntes públicas, desde que os mesmos influam na navegabilidade ou flutuabilidade. alburno Parte externa da espessura variável e de menos dura; situa-se entre casca e à medida que envelhecem transforma-se borne. madeira, de consistência o cerne e a as células em cerne; agudo Processo rápido ou de curta duração. (Medicina) alcalinidade Capacidade das águas em neutralizar compostos de caráter ácido, propriedade esta devido ao conteúdo de carbonatos, bicarbonatos, hidróxidos e ocasionalmente boratos, silicatos e fosfatos; é expressa em miligrama por litro ou equivalentes de carbonato de cálcio. agulha Elevação proeminente constituída de lava solidificada, e que se apresenta em forma de pontão. (Meteorologia) alcalinidade à fenolftaleína Medida do teor de hidróxidos e de carbonatos alcalinos em uma amostra, sendo expressa em termos de CaCO3. agulhas de gelo Denominação utilizada para a precipitação de finos cristais de alcalino Qualidade de soluções que apresentam pH acima de 7,0; denomina os solos cujo pH determinado pelos águas públicas dominicais São todas as águas situadas em terrenos que também o sejam, quando as mesmas não forem do domínio público de uso comum, ou não forem comuns. 25 VOCABULÁRIO DA NATUREZA álcool etílico hidratado Mistura constituída de 96% de etanol (álcool etílico) e 4% de água, sendo uma solução azeotrópica; álcool 960 GL. processos convencionais está acima de 7,0. alcalóides Substâncias orgânicas nitrogenadas, de origem vegetal, caracterizadas principalmente pela enérgica ação fisiológica, em geral, sobre o sistema nervoso central. álcool etílico hidratado carburante AEHC Comumente chamado de álcool hidratado; utilizado no Brasil como combustível em motores de Ciclo Otto; também utilizado para fins industriais; contém pequeno percentual de água. alcanos Compostos binários de carbono e hidrogênio de fórmula geral Cn H2n+2, também denominados hidrocarbonetos saturados, por apresentar somente ligações simples entre seus átomos. álcool metílico Derivado do metano; composto por um átomo de carbono, três de hidrogênio e um íon OH-; fórmula: CH3OH; metanol. alçaponamento Ver trapa. alcatrão Denominação utilizada para qualquer das várias misturas semisólidas de hidrocarbonetos e de carbono livre, produzidas por destilação destrutiva de carvão ou por refino do petróleo. alcoolismo Ato de ingerir bebida alcoólica de maneira crônica, excessiva e compulsiva que interfere com a vida social e econômica do indivíduo; o álcool afeta particularmente em maior intensidade o sistema nervoso e o sistema digestivo alcenos Hidrocarbonetos insaturados apresentando uma ligação dupla na molécula; fórmula geral CnH2n; alquenos. alcinos Hidrocarbonetos insaturados apresentando uma ligação tripla na molécula e com fórmula geral CnH2n-2; alquinos. aldeído Composto que apresenta um grupo funcional carbonila e de fórmula geral RCHO, onde R é um átomo de hidrogênio, um grupo alquila ou um grupo arila. alcoílas Radicais monovalentes derivados dos alcanos através da substituição de um átomo de hidrogênio. aldose Monossacarídeos apresentam como base um aldeídico, como a glicose. álcool Qualquer composto orgânico que contenha, pelo menos, uma hidroxila (íon OH-) ligada diretamente a um átomo de carbono. aléia Caminho presente em jardins, parques e mesmo nas florestas, que é utilizado tanto por pedestres como para transporte de produtos. alcool 960 GL hidratado. alelo letal Aquele que causa a morte do indivíduo que o possui em estado homozigótico. (Genética) Ver álcool etílico álcool etílico Derivado do etano, composto por dois átomos de carbono, cinco átomos de hidrogênio e um íon OH; fórmula: C2H5OH. Líquido incolor com cheiro característico, volátil, inflamável e solúvel na água. Solidifica a menos 1150 C e entra em ebulição a 780 C; etanol. que grupo alelo neutro É aquele que permanece na população com alta freqüência independente de diversas condições ambientais. (Genética) alelo raro É aquele que aparece na população em uma freqüência inferior a 5%; neste caso são requeridas grandes amostras para a permanência desse alelo na nova população. (Genética) álcool etílico anidro carburante - AEAC Comumente chamado de álcool anidro; utilizado em mistura com a gasolina, com o objetivo de aumentar o poder antidetonante em motores de Ciclo Otto; a quantidade de água encontrada no álcool anidro deve ser ínfima. alelopatia Influência positiva ou negativa de uma planta sobre uma outra devido a secreção de substâncias química. 26 VOCABULÁRIO DA NATUREZA alelos São estados diferentes de uma mesma unidade genética, ou seja, gene que tem mais de uma possibilidade de expressão nos descendentes; os genes que determinam o fator Rh do sangue, por exemplo, são os alelos R e r; nas experiências genéticas observou-se que, nos alelos originais, pode produzir-se uma sucessão de alterações ou mutações que originam os chamados alelos múltiplos; alternativas de um gene situadas em um mesmo loco em cromossosmos homólogos e responsáveis pelas diferentes manifestações fenotípicas de um caráter. (Genética) maioria unicelulares, havendo contudo espécies multicelulares, com as células apresentando pouca divisão de trabalho; plantas primitivas, uni ou pluri celulares, capazes de elaborar seus alimentos pela fotossíntese. algas azuis Algas que constituem a divisão Cyanophycophyta, multiplicandose por divisão simples, e cujos pigmentos azuis da ficocianina mascaram a cor verde da clorofila; são geralmente filamentosas, envolvidas por bainhas gelatinosas e vivem sobretudo em águas doces, podendo ser encontradas em águas salgadas, fontes termais, solo, etc. alelos múltiplos Quando um gene possui mais de dois alelos. (Genética) algicida Substância química utilizada para controlar ou destruir o crescimento das algas. alergênicos São proteínas que causam reação na população alérgica. algodão de silicatado. alérgeno Substância capaz de produzir reações alérgicas. algodão silicatado Substância com aspecto e consistência de algodão, formada por inúmeros fios capilares de vidro; algodão de vidro. alergia determinados químicos. Hipersensibilidade agentes físicos a ou vidro. Ver algodão alicerces Apoios que o terreno recebe para suportar a estrutura a ser construída; fundações. (Engenharia Civil) aléssio Método de determinação da hora local através da observação das passagens meridionais de 4 estrelas, sendo duas na posição direta e duas na posição inversa. álico Denominação dos solos que apresentam teor de alumínio trocável maior que 0,3 cmolc/dm³ e saturação de alumínio na C.T.C. efetiva (m%) maior que 50%; solos de baixa fertilidade, necessitando de calagem para a obtção de boas produtividades das culturas; a saturação por alumínio trocável é calculada pela expressão m (%) = 100 Al3+ / (Al3+ S), onde S é a soma de cátions básicos trocáveis; para efeito de classificação do solo, a saturação por alumínio trocável é considerada em uma seção de controle de 100 cm de espessura, contada a partir dos 25 cm superficiais, ou menos profunda, quando presente contato lítico ou litóide antes dos 125 cm. (Pedologia) alexandrita Variedade de cor verdeesmeralda do crisoberilo (BeAl2O4) que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal e que exibe a cor vermelha quando submetida a luz transmitida. Alfissolo Ordem do sistema americano de classificação de solos (Soil Taxonomy); engloba a classe de solos que possuem um horizonte argílico ou nátrico acompanhado de alta saturação por bases acima de profundidades críticas, mas não apresentando nem epipedon mólico nem horizontes diagnósticos característicos de regime pedoclimático demasiadamente seco; alfisol. (Pedologia) alimentos geneticamente modificados São alimentos que contém organismos geneticamente modificados ou derivados destes; são produtos criados em laboratórios com a utilização de genes de algas Organismos pertencentes ao Reino Protista, em sua grande maioria aquáticos, tanto de águas salgadas quanto doces; são em sua grande 27 VOCABULÁRIO DA NATUREZA espécies diferentes de animais vegetais; alimentos transgênicos. orgânica ou não, transportado para ambientes deposicionais ou tectônicos não coincidentes com seu local de origem; alotígeno. ou alimentos transgênicos Ver alimentos geneticamente modificados. alofana Mineral de argila, amorfo, com proporções indefinidas de alumínio, sílica e água. alíquota Porção de uma amostra que é tomada para os procedimentos analíticos. alísios Ventos que sopram durante todo o ano em direção às calmarias equatoriais, que são as áreas de baixa pressão. (Meteorologia) alogamia Fertilização cruzada; numa população panmítica é o transporte e fusão do gameta masculino de um indivíduo com o gameta feminino de outro indivíduo. Ver autogamia. (Genética) Alissolos Solos com alto teor de alumínio e horizonte B textural, anteriormente conhecidos com Rubrozem, Podzólico Bruno Acinzentado, Podzólico Vermelho-Amarelo; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) alometria Aumento em tamanho de um determinado órgão sob uma taxa diversa daquela do resto do corpo. (Biologia) alopatia Combate das doenças através dos meios contrários a elas, baseado no conhecimento das etiologias, procurando tratar as causas das enfermidades; a palavra foi inventada pelo homeopata Samuel Hahnemann como um termo para designar os que não são homeopatas. Ver homeopatia. (Medicina) almanaque astronômico Publicação periódica contendo as coordenadas astronômicas, que são úteis a navegação; apresenta menos informações que uma efeméride e com valores menos precisos. Ver efeméride. (Astronomia) alopatria Isolamento geográfico entre populações de uma mesma espécie, de modo que interrompe-se o fluxo gênico entre as mesmas e, como conseqüência, pode dar- se o isolamento reprodutivo entre elas, assim possibilitando a formação de nova espécie. (Genética) almocântara Círculo da esfera celeste paralelo ao horizonte, e que une todos os pontos que apresentam a mesma altura; paralelo de altura. (Astronomia) almofada de neve Instrumento constituído de um colchão pneumático cheio de uma solução anticongelante e dotado de um manômetro, utilizado para indicar o equivalente em água da neve. alopecia Ausência congênita ou não dos cabelos ou dos pelos do corpo; falacrose. (Medicina) aloclásticos Fragmentos de natureza vulcânica, produzidos pela disrupção de rochas vulcânicas preexistentes, devido a processos ígneos que ocorrem abaixo da superfície, com ou sem a intrusão de um novo magma. (Geologia) alopoliplóide Poliplóide formado por conjuntos de cromossomos geneticamente diferentes, isto é, conjuntos provenientes de duas ou mais espécies diferentes. (Genética) alossomo Cromossomo que difere de um para outro sexo, em tamanho, forma, número ou comportamento. (Genética) alocromático Mineral que se apresenta incolor quando em estado puro, mas que pode se mostrar colorido devido ma presença de inclusões submicroscópicas ou então pela presença de um elemento químico que, sem ser essencial em sua composição, se tornou parte de sua estrutura cristalina. alotígeno Ver alóctone. alotropia Propriedade apresentada por certos elementos de existirem sob mais de uma forma estável. alpaca Liga metálica de cobre, zinco, níquel e prata; metal branco. (Metalurgia) alóctone Que se encontra fora do seu meio natural; material de natureza 28 VOCABULÁRIO DA NATUREZA dada, variável (Energia) alpaca Mamífero artiodáctilo, família dos camelídeos, Lama pacos, menor que a lhama, de pescoço muito longo, pelagem lanosa e longa, de cor variável, sendo mais comum a marrom-escura; frequente em estado doméstico no Peru e Bolívia; a forma selvagem já foi extinta. (Zoologia) de país para país. alteração ambiental É o remanejamento, induzido ou espontâneo, funcional ou físico, dos fatores ambientais da região de influência da atividade transformadora, em decorrência de uma ou mais intervenção ambiental. alqueire Unidade de medida de área utilizada no meio rural brasileiro, equivalente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás a 4,84 hectares (alqueire goiano), mas o mais comum é o alqueire paulista de 2,42 hectares (São Paulo e Paraná). alteração sialítica Processo de intemperismo que conduz à formação de solos constituídos por argilominerais aluminossilicatados e sendo significativamente lixiviados de metais alcalinos e alcalino-terrosos. alqueive Terreno lavrado deixado em pousio, para recuperar a força produtiva. altimetria Processo de medição de elevação de pontos da superfície; diz-se do conjunto formado pelas curvas de uma carta ou mapa. (Cartografia) alquenos Ver alcenos. alquil benzeno Compostos orgânicos que apresentam um grupo alquila ligado a um anel benzênico, como o metilbenzeno (tolueno) com fórmula C6H5CH3; podem ser obtidos através da reação de Friedel-Crafts. altímetro barométrico Instrumento que indica valores de altitude ou diferenças de altitude entre pontos. altitude Distância na vertical obtida a partir de um datum, geralmente o nível médio do mar, até um ponto ou objeto situado na superfície da Terra; já a altura ou elevação são referidas a pontos ou objetos que estão situados acima da superfície terrestre. alquil benzeno sulfonato - ABS Detergente aniônico. Ver detergente. alquimia A química desenvolvida na Idade Média e Renascença que procurava, principalmente, pela fórmula secreta que transformaria metais em ouro. Ver pedra filosofal. altitude relativa Distância vertical de um ponto da superfície da terra em relação a um nível de referência considerado. alquinos Ver alcinos. alto montano Relativo aos ambientes situados em altitudes superiores a 1.500 m. alta Denominação utilizada para indicar uma área de alta pressão atmosférica ou um anticiclone. (Meteorologia) altostratus Nuvem que se apresenta em camadas cinzentas ou azuladas, muitas vezes associadas a altocumulus, sendo constituídas por gotículas superesfriadas e cristais de gelo. (Meteorologia) alta pressão Região da atmosfera onde a pressão é relativamente alta no centro, em relação à região circunvizinha no mesmo nível; os ventos sopram para fora e ao redor deste centro; no hemisfério sul, os ventos giram contra o sentido horário e no hemisfério norte, no sentido anti-horário. Ver anticiclone. (Meteorologia) altura d'água Altura da superfície líquida de um curso d'água ou lago, referida a um plano arbitrário conveniente. alta salinidade Termo aplicado a solos com condutividade elétrica do extrato de saturação maior que 15 mmhs/cm a 250 C, em alguma época do ano. (Pedologia) altura de mistura Altura que se estende desde o nível do solo até a base de uma camada estável; é uma região onde ocorre vigorosa mistura vertical. alta tensão Tensão cujo valor entre fases é igual ou superior a uma tensão altura de nuvem Altura da base de uma nuvem em relação ao solo; de acordo 29 VOCABULÁRIO DA NATUREZA aluvião Designação genérica para englobar depósitos detríticos recentes, de natureza fluvial, lacustre, marinho, glacial ou gravitacional, constituídos por cascalhos, areias, siltes e argilas, transportados e depositados por corrente, sobre planícies de inundação e no sopé de montes e escarpas. com a distância da base em relação ao solo podem ser classificadas em nuvens altas, nuvens médias e nuvens baixas. (Meteorologia) altura de precipitação Espessura da camada de água que se acumula sobre uma superfície horizontal, como resultado de uma ou mais quedas de precipitação pluviométrica, na ausência de infiltração ou evaporação. (Meteorologia) alúvio Ver aluvião. alvará de aprovação Documento emitido pela prefeitura caracterizando a aprovação de um projeto arquitetônico, conforme a lei de parcelamento, uso e ocupação do solo. (Engenharia Civil) altura geoidal Ondulação do geóide; distância do geóide ou elipsóide de referência. (Geodésia) altura hidrométrica fluviométrica. Ver cota alvará de execução Documento emitido pela prefeitura liberando a execução da obra, segundo projeto aprovado no alvará de aprovação. (Engenharia Civil) aluimento Colapso de uma superfície de terra considerável, devido à remoção de líqüidos ou sólidos do seu interior ou remoção de material solúvel através da água. alvejante Qualquer substância com ação química, oxidante ou redutora, que exerce uma ação branqueadora. álula Conjunto de 2 a 7 penas rígidas, as rêmiges alulares, que se inserem na região do dedo I (pólex) da mão; tem mobilidade e pode ser utilizada por certos anatídeos durante a natação; é usada, principalmente pelos Falconiformes, para canalizar o ar durante o vôo; através da fenda formada entre a álula e o restante da asa, o ar desloca-se rapidamente sobre a superfície dorsal dela, o que evita o estol. Ver estol. (Zoologia) alúmen Denominação comercial sulfato de alumínio, utilizado tratamento da água de abastecimento residuária, e obtido pela combinação bauxita com ácido sulfúrico. alvenaria Conjunto de pedras, de tijolos ou de blocos, com argamassa ou não, que formam paredes, muros e alicerces; quando esse conjunto sustenta uma casa, ele é designado como alvenaria estrutural. (Engenharia Civil) álveo É a superfície que as águas cobrem, sem transbordar para o solo natural ordináriamente enxuto; leito, calha. do no ou de amaciantes Substâncias ou formulações que ao serem adsorvidas sobre as fibras dos tecidos, aumentam a lubrificação entre elas, tornando-as macias ao tato. alumínio residual Alumínio que permanece na forma dissolvida, na água, em meio ácido ou alcalino. amálgama mercúrio. Solução sólida de prata e amalgamação Processo de extração do ouro da areia ou rocha que o contenha (depois de triturada e lavada), por amálgama. aluminisação intensa Refere-se a condições em que os materiais constitutivos do solo se encontram em estado fortemente dessaturado e caracterizado por superveniente elevado teor de Al extraível. (Pedologia) amaparana Planta característica e exclusiva das matas pluviais Atlântica e Amazônica (Thyrsodium spruceanum); comum no interior de matas primárias e secundárias tanto em terra firme quanto em várzeas inundáveis; sua madeira é indicada para a construção civil e para a aluvial Pertinente a processos em materiais associados com o transporte ou deposição por água corrente. Ver solos aluviais. (Pedologia) 30 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ambiente biológico Ambiente natural representado pela presença dos seres vivos, animais e vegetais. (Ecologia) marcenaria leve, já que é de baixa resistência e moderadamente durável; serve à arborização paisagística e seus frutos são muito procurados por pássaros; mututurana, manga-brava ou tutuzuba-da-várzea. ambiente de alta energia Ambiente aquático caracterizado por uma turbulência que não permite que partículas finas assentem e portanto sejam acumuladas. amarelão Parasitose causada por Ancylostoma duodenales ou Necator americanus, cujas larvas são encontradas em terras úmidas e quentes, e penetram através dos pés descalços ou via oral; esses vermes se alojam nos intestinos, coração e pulmão, causando ferimentos, pelo sugamento de sangue.(Medicina) ambiente de baixa energia Ambiente aquático caracterizado por águas tranqüilas que propiciam a deposição de partículas finas. ambiente euxínico Ambiente marinho ou lacustre, no qual a presença de H2S incorporado à água inibe a vida. amarilidácea Família botânica, a qual pertence entre outras espécies, as açucenas. ambiente físico Ambiente natural representado pelos fatores químicos e físicos, como o ar, água e solo. (Ecologia) Amazônia Legal Área do território nacional que tem sua abrangência definida pela Lei nº 55.173, de 27/10/66, formada atualmente pelos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Mato Grosso, e Tocantins e, parte do Estado do Maranhão a oeste do meridiano de 44º. WGr. âmbito Campo de ação ou de ocorrência de uma planta; contorno. (Ecologia) ameba Protozoário sem membrana, unicelular, que se move por pseudópodes. (Biologia) âmbar Resina fóssil amorfa com cor geralmente amarelada, muito dura, semitransparente , sendo que sua origem é atribuída a um pinheiro do Período Terciário (Pinus succinites); em algumas situações são encontradas em seu interior delicados fósseis de insetos. amensalismo Denominação utilizada quando uma espécie tem seu crescimento inibido ou sua sobrevivência ameaçada por uma outra que em nada é afetada. (Biologia) ametista Variedade de quartzo (SiO2) que apresenta cor purpúrea ou violeta, devido a presença de ferro-férrico, e que cristaliza no sistema hexagonal-R, classe trapezoédrica. ambientalista Pessoa interessada ou preocupada com os problemas ambientais e a qualidade do meio ambiente ou engajado em movimentos de defesa da natureza; também usado para designar o especialista em ecologia humana. amianto Denominação comercial para um grupo heterogêneo de minerais facilmente separáveis em fibras da família da serpentina – crisotila, e do anfibólio - crocidolita, amosita, antofilita, actinolita e tremolita; asbesto. ambiente É a soma das condições que atua sobre os organismos através dos fatores ambientais de ordem físicoquímica, edáfica, climática, hídrica, biótica e social. amidas Compostos orgânicos derivados dos ácidos carboxílicos pela sua substituição da hidroxila contida na carboxila pelo grupamento - NH2. ambiente antrópico Ambiente natural modificado pelo ser humano; ambiente onde vive o ser humano. amidificação Reação química que permite obter amidas, pela ação do amoníaco, aminas primárias ou 31 VOCABULÁRIO DA NATUREZA secundárias - sobre ácidos, halógenos ou seus esteres. seus semelhanças com a água devido ao fato de ter pontes de hidrogênio. amido Substância de reserva característica dos vegetais em geral; é um polissacarídeo constituindo órgão formados de camadas concêntricas ao redor de um núcleo, depositado, em geral, nas folhas, bem como nas sementes das plantas superiores; assim, a parte nutritiva das sementes (arroz, trigo, etc), como de alguns tipos de caule (batatinha), ou de raízes especiais (mandioca), é constituída principalmente de amido. amonificação Processo bioquímico no qual o nitrogênio amoniacal é formado a partir de compostos orgânicos contendo nitrogênio. amônio (NH4) Grupamento básico produzido na decomposição, assimilável ás plantas; fonte de importante de nitrogênio . amorfa Substância desprovida de qualquer estrutura interna ordenada; as substâncias amorfas, de ocorrência natural, são denominadas mineralóides. (Mineralogia) amígdalas Denominação utilizada para indicar as cavidades preenchidas por minerais deutéricos ou secundários, tais como:opala, calcedônia, clorita, calcita e as zeólitas. (Mineralogia) amostra Uma pequena porção representativa de um conjunto para exame ou prova, por exemplo: 1 m2 de vegetação; 500 g do solo tomado a 0-20 cm de profundidade. Subconjunto de uma população através do qual se estimam as propriedades e características dessa população. amilopectina Polissacarídios do amido, de alto peso molecular, no qual, além das ligações a 1-4 ocorrem também ligações do tipo a 1-6 nos pontos de ramificações; são mais facilmente dissolvidas e digeridas que amilose; o conteúdo de amilose e amilopectina nos grãos é controlado geneticamente. amostra base São amostras obtidas através dos procedimentos de multiplicação da amostra inicial ou diretamente dos procedimentos de coleta ou intercâmbio de germoplasma, quando seu tamanho é adequado para evitar ou diminuir a ocorrência de perdas de variação genética durante os procedimentos de multiplicação e regeneração. (Genética) amilose Polissacarídios do amido no qual as ligações são exclusivamente do tipo a 1-4; enquanto as fórmulas representativas são usualmente apresentadas numa forma linear, as moléculas têm uma forma espiralada. aminação Reação química que permite introduzir numa molécula um ou mais radicais aminos. amostra composta Amostra de solo representativa de uma área homogênea, formada pela mistura de várias amostras tomadas ao acaso em diferentes pontos dentro da área. (Pedologia) aminas São compostos orgânicos derivados teoricamente do gás amoníaco pela substituição de um ou mais átomos de hidrogênio por radicais alcoílas ou arilas. amostra inicial São amostras obtidas através de procedimentos de coleta e intercâmbio de germoplasma ou de melhoramento genético. (Genética) aminoácido Substância orgânica em cuja molécula figuram os grupos básicos aminos (NH2) e carboxílico (-COOH). São os componentes das proteínas e constituem a base da vida. amostra sintética Amostra de germoplasma representativa da variação genética suposta de existir em uma espécie, resultante de uma mistura de genótipos de várias procedências, com condições mesológicas uniformes; composite. (Genética) amônia Gás incolor com fórmula NH3, odor forte e picante, muito solúvel em água e álcool; a solução de amoníaco, amônia líquida, apresenta algumas 32 VOCABULÁRIO DA NATUREZA amostragem atmosférica Atividade que consiste em retirar uma fração representativa de região da atmosfera ou de mistura de gases e outros componentes para fins de análise, com ou sem separação de componentes previamente selecionados. amostrador Instrumento utilizado com ou sem medida de fluxo, com a finalidade de conseguir uma porção representativa de água, ar ou despejos, com objetivo analítico. amostrador de fita Equipamento destinado à amostragem do ar, dotado de uma fita de papel, sobre a qual se retém material para análise; a fita se desloca a intervalos de tempo regulares e as amostras são normalmente tomadas consecutivamente mediante dispositivo automático; geralmente a análise se realiza por técnica ótico-analítica. amostragem contínua Amostragem realizada sem interrupção durante um determinado intervalo de tempo. amostragem cumulativa Amostragem em que o ar coletado durante o tempo de amostragem, ou apenas um de seus componentes é retido em um recipiente único; tal tipo de amostragem não apresenta indicação relativa a variações de concentração. amostrador de grandes volumes Equipamento destinado à amostragem do ar projetado para coletar material particulado em suspensão através da filtração de grandes volumes de ar respirado. amostragem de chaminé Termo utilizado para a amostragem de fonte, quando a fonte em consideração é uma chaminé ou duto de exaustão. amostrador de poeiras respiráveis Amostrador de vários estágios, que separa a fração respirável do material particulado em suspensão. amostragem de fonte Amostragem de emissões atmosféricas oriundas de uma fonte de poluentes sem mascaramento do processo. amostrador de vários estágios Equipamento destinado à amostragem do ar no qual o material é retido seletivamente em elementos colocados em série. amostragem instantânea Amostragem realizada em um período de tempo que é relativamente breve, em comparação ao período de tempo em estudo. amostrador dicotômico Amostrador projetado para coletar material particulado em suspensão, abaixo de um certo diâmetro de corte, e para separá-lo, conforme um outro diâmetro de corte, em dois filtros independentes. amostragem intermitente Amostragem realizada por períodos sucessivos e limitados durante um tempo predeterminado; a duração dos períodos de amostragem e dos intervalos entre eles não é necessariamente regular e especificada. amostrador eletrostático Equipamento destinado à amostragem do ar no qual as partículas de aerossóis são precipitadas e coletadas através de forças eletrostáticas. amostragem isocinética Amostragem realizada em condições tais que velocidade e sentido de captação são idênticas à velocidade e sentido do fluxo gasoso que se quer medir. amostragem Sistemática de efetuar-se a amostra; as técnicas de amostragem variam, conforme as necessidades da demanda; pode-se ter amostragens seletivas ou casualizadas; o número ideal de indivíduos a ser amostrado varia de cultura para cultura e a abordagem geralmente leva em consideração o sistema de cruzamento da espécie, se autógama, alógama ou intermediária. (Genética) amostragem por condensação Amostragem em que ocorre a separação de um ou mais componentes de uma corrente gasosa através de resfriamento. amostragem seqüencial Amostragem em que ocorre a separação de porções de ar, ou de um de seus componentes, durante intervalos de tempo parciais e sucessivos; permite a determinação de 33 VOCABULÁRIO DA NATUREZA análise modal Quantificação dos minerais presentes em uma rocha, obtida através de estudos petrográficos em lâmina delgada, sendo utilizada a contagem de pontos com a platina mecânica, em intervalos constantes; os resultados são expressos em % por volume. variações de concentração durante a amostragem. amplitude de maré Diferença de altura alcançada pela maré entre os níveis da preamar e da baixa mar consecutivos. amplitude térmica Oscilação ou diferença entre as temperaturas máximas e mínimas, ou entre temperaturas médias, a mais elevada e a mais baixa, no decorrer de um intervalo de tempo; sua medição pode ser diária, mensal ou anual. (Climatologia) análise multivariada Parte da estatística que cuida da análise de duas ou mais variáveis aleatórias simultaneamente. (Estatística) análise química total Determinação dos elementos, geralmente expressos na forma de óxidos, que estejam presentes em teores superiores ao limite de precisão do método, com finalidade de caracterizar solos e rochas. amplitude total É a diferença entre o maior e o menor valor de um conjunto de dados. (Estatística) anabolismo É um metabolismo construtivo, no qual os componentes simples são transformados em compostos mais complexos, com absorção da energia armazenada. anamórfica A fase assexuada dos fungos; a maior parte das leveduras se reproduzem assexuadamente por brotamento ou gemulação e por fissão binária. (Micologia). anaeróbio Organismo que vive em ambientes livres de oxigênio livre. análise custo-benefício Técnica que tenta destacar e avaliar os custos e os benefícios sociais de projetos de investimento, para auxiliar a decidir se os projetos devem ou não ser realizados. (Sócio-economia) anaplasia Processo de diferenciação incompleto onde a célula resultante apresenta características semelhantes às células embrionárias; perda da especificidade absoluta. anãs castanhas Estrelas que possuem menos de 0,08 massa solar, e por isso não têm condições no seu núcleo para a fusão nuclear; como são aquecidas principalmente pela contração gravitacional da sua matéria que vai gerando calor, são geralmente pouco brilhantes e por isso difíceis de detectar. (Astronomia) análise de ativação Método de análise química, não destrutiva, usada especialmente para medir quantidades mínimas de um material, baseado na detecção de radiações características emitidas por radionuclídeos, formados após bombardeio nuclear da amostra. análise foliar Determinação dos elementos químicos presentes nas folhas de uma planta. anãs vermelhas Estrelas menos maciças que o Sol, mas como têm mais que 8% da massa solar, já conseguem produzir reações de fusão nuclear. (Astronomia) análise granulométrica Análise realizada para indicar as proporções relativas das partículas do solo de diferentes tamanho (areia, silte e argila), visando determinar a classe textural do solo; análise textural, análise mecânica. (Pedologia) anastomose Confecção cirúrgica de uma passagem entre dois espaços ou vísceras ocas. (Medicina) ancestral Na disciplina de origem das plantas cultivadas é a espécie nativa que deu origem ao estoque a partir do qual se domesticou a cultura hoje integrante da agricultura; éspécies ancestrais podem análise mineralógica Determinação qualitativa ou quantitativa dos minerais constituintes do solo ou rocha. (Pedologia) 34 VOCABULÁRIO DA NATUREZA androstilo Ver ginostêmio. (Botânica) ainda existir na natureza ou serem consideradas extintas. Ver cultígeno, indigen. (Genética) aneis de Liesegang Feições caracterizadas pela difusão as bandas coloridas, devido a um fluxo oxidante que atua de fora para dentro, ocorrendo em planos de acamamento e superfícies de juntas; mostram cores variegadas, principalmente entre tons amarelados e avermelhados; halos de Liesegang. ancoragem Processo através do qual é possível sustentar porções de solo ou maciços de rocha, bem como melhorar a união de obras de engenharia aos maciços de apoio, sendo utilizadas barras de união, atirantadas ou não. (Engenharia Civil) anelamento Processo de retirada da casca de uma árvore, com a forma de um anel, até alcançar os vasos condutores da seiva, levando a planta a morte. andaime Plataforma utilizada para alcançar pavimentos superiores das construções. (Engenharia Civil) anemia Condição na qual o número de células vermelhas do sangue ou a hemoglobina estão abaixo dos níveis da normalidade. (Medicina) andar Unidade básica da cronoestratigrafia de categoria relativamente pequena na hierarquia convencional, representando intervalo de tempo geológico relativamente pequeno; seu equivalente geocronológico é a idade, que leva o nome do andar correspondente. (Geologia) anemógrafo Instrumento utilizado para medição e registro de velocidades e de direção do vento. (Meteorologia) anemômetro Instrumento utilizado para medição de velocidade e de direção do vento; também usado para medição de fluxos gasosos. (Meteorologia) andiroba (Carapa guianensis) Árvore da família Meliaceae, de porte médio, com sapopemas baixas, casca avermelhada, longitudinalmente fissurada formando estreitas tiras, com descamação, espessura de até 1,0 cm; madeira moderadamente pesada; cerne marromavermelhado; alburno castanho-pálido; grã direita e entrecruzada; textura média; figura pouco destacada; cheiro e gosto distintos. aneuplóide Organismo cujo número de cromossomos somáticos não é múltiplo perfeito do número haplóide. (Genética) anfibólios Grupo de minerais que cristalizam nos sistemas ortorrômbico e monoclínico, e raramente no triclínico; diferem dos piroxênios por conterem hidroxila e apresentarem um ângulo de clivagem com valores de 560 e 1240; engloba três subgrupos. Andissolo Ordem do sistema americano de classificação de solos (Soil Taxonomy); engloba a classe de solos que possuem um epipedon hístico ou sofreram períodos de saturação e redução, dentro de profundidades especificadas; andisol. (Pedologia) anfíclise Bacia que apresenta fundo chato e acolheu um volume significativo de produtos vulcânicos e subvulcânicos, aliada a um embasamento de história geológica simples. androgênese Desenvolvimento haplóide de um óvulo fecundado, sem que o núcleo feminino se desenvolva; o zigoto permanece haplóide e de constituição hereditária, com o núcleo masculino. (Genética) anfidiplóide Poliplóide cujo complemento cromossômico é constituído pelos dois complementos somáticos completos de duas espécies. (Genética) andróide Denominação de um tipo de autômato que tem a forma humana, criado para executar tarefas como andar, tocar música, escrever ou desenhar. Ver autômato. (Nanotecnologia) anfótero Denominação utilizada para indicar substâncias químicas que apresentam propriedades tanto ácidas quanto básicas. 35 VOCABULÁRIO DA NATUREZA consistem atualmente em um grupo extremamente diversificado, tanto quanto a forma quanto ao habitat. (Botânica) angelim-da-mata (Hymenolobium excelsum) Árvore da família Leguminosae, de porte bastante avantajado, fuste retilíneo com diâmetro superior a 1,10 m, casca acinzentada com placas soltas, com 2,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne vermelho-castanho sobre fundo amarelopardacento, com estrias claras; alburno amarelo-acinzentado; grã revessa; textura grossa; cheiro e gosto indistintos. anglesita Mineral de origem supérgena que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal, e composição PbSO4, brilho adamantino e coloração branca quando puro. angra É uma enseada ou baía formando uma reentrância com ampla entrada na costa, cuja tendência natural é para retificação. angelim-pedra (Hymenolobium pulcherrimum) Árvore da família Leguminosae, de porte gigantesco, chegando a 60 m de altura, com diâmetro chegando a 2 m; casca avermelhada, espessa, com placas soltas (caducas); madeira pesada; cerne castanhoamarelado com manchas castanhoescuro; alburno creme; grã revessa; textura grossa; figura atrativa; cheiro desagradável quando úmida, porém ausente quando seca; gosto amargo. angstrom Unidade de comprimento que vale 10-18 cm, muito utilizada em ótica e técnicas de raio X. anidrita Mineral que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal, apresentando suas três clivagens em ângulo reto; de composição CaSO4, ao absorver umidade transforma-se em gipsita, com aumento de volume. anilha Anel de uma liga metálica leve que é adaptado ao tarso-metatarso das aves; no Brasil, as anilhas são fornecidas pelo Centro de Pesquisas para a Conservação das Aves Silvestres CEMAVE. angelim-rajado (Pithecelobium racemosum) Árvore de porte mediano, fuste normalmente se apresenta tortuoso, casca acinzentada; com descamação em placas, com 1,0 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne amareloclaro com longos veios regulares de cor castanho-claro, de aspecto fibroso inconfundível; alburno amarelado com espessura média de 5,4 cm; grã revessa; textura média a grossa; figura atrativa; cheiro e gosto indistintos. anilhamento Ë o ato de colocar anilhas em indivíduos da fauna. São cintas de plástico ou metal, em geral com numeração para identificação, com o objetivo de marcar o animal para que, com uma posterior captura, sejam obtidas informações sobre a distribuição geográfica da espécie. angiodisplasia Deformidade dos tecidos vasculares causada por um desenvolvimento anormal; dilatação degenerativa dos vasos sanguíneos. (Medicina) aninga Planta da família das Aráceas, Montrichardia arborescens, com veneno potente que bastam 3 ou 4 gramas para matar um homem; em contato com a pele provoca a sensação de uma queimadura forte e sobre a língua chega a impedir a fala; pode, no entanto, ser usada como planta medicinal apropriada para casos de angina, inflamações na pele, úlceras e moderdura de cobra. angiogênese Processo de desenvolvimento dos vasos sanguíneos. (Medicina) angiospermas Vegetais que apresentam seus óvulos contidos em ovários fechados, e as sementes encerradas em frutos; possuem flores verdadeiras, geralmente dotadas de cores vivas. Seus fósseis mais antigos remontam ao início de Período Cretácico, vindo a florescer no Albiano e Cenomaniano (Cretáceo Médio); ánions Íons carregados negativamente, e sendo assim denominados pelo fato de durante o processo de eletrólise se deslocarem em direção ao ânodo. 36 VOCABULÁRIO DA NATUREZA anofelino Inseto do gênero Anopheles responsável pela transmissão da malária, doença que provoca ataques periódicos de febre, suor e tremedeira e, em alguns casos, pode ser fatal; este mosquito prefere águas limpas e procura as suas vítimas pouco antes de anoitecer; são as fêmeas que sugam o sangue porque precisam dele para depositar os ovos. ankerita Mineral que cristaliza no sistema hexagonal-R, classe romboédrica e composição CaFe(CO3)2; é o membro final de uma série isomórfica em que o outro membro é a dolomitaCaMg(CO3)2 - com o ferro ferroso substituindo o magnésio; a dolomita presente na maioria dos sedimentos calcários mostra-se algo ankerítica, com superfícies intemperizadas mostrando uma coloração canela ou amarelada, devido a oxidação do ferro. anortoclásio Denominação que é conferida ao microclínio (KAlSi3O8) quando o sódio substitui o potássio, excedendo-o; pertence ao grupo dos feldspatos potássicos. ano hidrológico Período contínuo de doze meses durante o qual ocorre um ciclo anual climático completo; sua adoção deve-se ao fato de permitir que haja uma comparação mais significativa entre os dados meteorológicos; período de um ano baseado em critérios de hidraulicidade. (Hidrologia) anóxia Falta de oxigênio. anóxico Ambiente permanente ou temporariamente sem oxigênio; encontrado por exemplo, no hipolímnio anóxico (em lagos), em praia marinha, pântano, ou qualquer local redutor. ano luz Unidade de comprimento que é igual à distância que a luz consegue viajar num ano (cerca de 10 trilhões de quilômetros ou 6 trilhões de milhas). (Astronomia) anquilossauro Dinossauro herbívoro que viveu no Cretáceo e apresentava o corpo revestido por uma carapaça óssea. anta (Tapirus terrestres) Mamífero terrestre, solitário, de hábitos noturnos; embora nade e mergulhe muito bem, só procura a água para se refugiar; faz muito barulho quando corre na mata porque abaixa a cabeça e vai arrebentando galhos e cipós que encontra pela frente; temcarne apreciada pelos povos da floresta.. ano médio Ano fictício cujas características hidráulicas correspondem à média de uma série coerente do maior número de anos possível; a série em que se baseia o ano médio ou normal, deve ser especificada em cada caso. (Hidrologia) ano seco Ano baseado em critérios estatísticos, em que o curso de água tem afluências inferiores à média. (Hidrologia) antéclise Feição que ocorre nas bordas ou no interior das sinéclises, e cujas dimensões podem alcançar centenas de quilômetros, sendo que sua característica fundamental é um comportamento passivo ou apresentar uma menor subsidência. (Geologia) ano úmido Ano baseado em critérios estatísticos, em que o curso de água tem afluências superiores à média. (Hidrologia) anodizado Superfície metálica revestida por uma camada de óxido; é conseguida fazendo-se, do componente, o anodo em um banho eletrolítico. (Metalurgia) anteduna Duna em geral pouco desenvolvida, situada logo atrás da praia, e apresentando dimensões reduzidas. anodo Eletrodo no qual ocorrem reações de oxidação; no anodo há uma tendência em aumentar o número de íons do metal em solução. antefossa Depressão crustal que se apresenta de forma estreita e alongada, margeando uma faixa orogênica dobrada ou arco insular no seu lado convexo, em geral no lado que corresponde ao oceano aberto. anódromo Peixe que na época da desova, sai do mar e desloca-se para os rios. antepraia Conjunto de partes submersas, que se estendem desde a 37 VOCABULÁRIO DA NATUREZA anticiclone frio Anticiclone que é frio em relação às áreas circunvizinhas em determinados níveis; usualmente são considerados os níveis inferiores. (Meteorologia) superfície mais elevada, sempre coberta pelas águas, até a profundidade onde cessa ou diminui sensivelmente o movimento do material da praia; os estratos mergulham suavemente em direção ao mar. anticiclone migratório Áreas de alta pressão que, de tempos em tempos, percorrem as regiões temperadas, modificando a circulação geral dos ventos. (Meteorologia) antera Porção dilatada sacular no ápice do filete do estame e que contém, em seu interior, os grãos de pólen; é formada por duas tecas unidas pelo conectivo, cada uma delas composta de dois sacos polímicos; as anteras abrem-se por fendas ou por poros para dar saída ao seu produto - os grãos de pólen. (Botânica) anticiclone permanente Região onde predominam largamente as altas pressões através de todo o ano e onde aparece um anticiclone sobre a carta de pressão média anual. (Meteorologia) ante-recife Declive mais abrupto voltado para o lado do mar aberto, de um recife orgânico. anticiclone quente Anticiclone quente em relação às circunvizinhas em determinados em geral são considerados os inferiores. (Meteorologia) antese Estágio no desenvolvimento floral quando o pólen é desprendido. (Botânica) que é áreas níveis; níveis anticiclone subtropical Séries de células de alta pressão alinhadas, aproximadamente, ao longo de uma linha de latitude em ambos os hemisférios; o eixo do cinturão se localiza nos níveis baixos a cerca de 35o de latitude, em média, e tem uma pequena flutuação meridional anual. (Meteorologia) anti-ácido Medicação que neutraliza os ácidos do estômago. (Medicina) antialísios Ventos em altitude, de oeste, que sopram acima dos ventos alísios de superfície, dos trópicos. (Meteorologia) antibiose Forma de resistência de plantas a insetos através da liberação de substâncias químicas tóxicas ao predador. anticlinal Dobra que mostra fechamento para cima, apresentando as rochas mais antigas em seu núcleo. anticiclone Distribuição da pressão atmosférica na qual existe uma pressão central mais alta com relação às adjacências; caracteriza-se em uma carta sinótica como um sistema de isóbaras fechadas, envolvendo uma pressão central alta; é normalmente chamado de centro de alta. Ver alta pressão (Meteorologia) anticlinório Anticlinal complexo, constituído de vários anticlinais e sinclinais subsidiários, tanto ao longo dos flancos como da crista. antideposição Propriedade exibida por certas substâncias de manter em suspensão os resíduos removidos, evitando sua redeposição. anticiclone continental Anticiclone situado sobre um continente geralmente na estação fria; é causado principalmente pelo resfriamento prolongado da superfície da terra e com baixas temperaturas associadas nas camadas da atmosfera inferior. (Meteorologia) antídoto Substância que neutraliza o efeito de substâncias venenosas, como os agrotóxicos. antiduna Onda de areia que se desloca corrente acima devido à erosão na encosta a jusante e deposição na encosta a montante; essas ondulações no leito se formam em fase com as ondulações da superfície da água, e em regime de fluxo superior, isto é, quando o número de Froude é superior a 1. anticiclone estacionário Anticiclone semipermanente, considerando-se a pressão alta. (Meteorologia) 38 VOCABULÁRIO DA NATUREZA apapá (Pellona castelnaena) Peixe muito magro com espinhas bifurcadas e carne não é muito apreciada que vive em cardumes e desova durante as enchentes em locais rasos e com corrente fraca;. sardinha de água doce; sardinha branca. (Ictiofauna) antiespasmódico Medicação que diminui a contratilidade dos músculos intestinais ou cólicas. (Medicina) antiforme Dobra que mostra fechamento para cima, sendo porém desconhecidas as relações estratigráficas entre suas rochas. (Geologia) apara Denominação genérica que é dada aos cavacos que resultam de aplainamento manual ou mecânico da madeira. antigorita Variedade de serpentinaMg6(Si4O10)(OH)8- que ocorre em placas e cujas propriedades se harmonizam com as dos filossilicatos, e cristalizando no sistema monoclínico. apatita Denominação geral utilizada para um grupo de minerais que cristalizam no sistema hexagonal, classe prismática, dureza 5, e nos quais estão incluídas a fluorapatita- Ca5F(PO4)3, a clorapatitaCa5Cl(PO4)3, e a hidroxilapatita- Ca5(OH)(PO4)3, sendo que o cloro, o flúor e a hidroxila podem ser substituídos mutuamente; a carbonato-apatita é produto da substituição do PO4 pelo CO3. antraceno Substância cristalina, incolor, com leve fluorescência, obtida do alcatrão da ulha. antracito Carvão que apresenta uma densidade entre 1,4 e 1,7 e fratura brilhante do tipo conchoidal , aspecto vítreo, com 90% a 93% de carbono; seu poder calorífico é superior a 8.000 cal/g , é pobre em voláteis e juntamente com a hulha é conhecido como carvão mineral. apex Abertura inferior do hidrociclone, através da qual a fração grossa é separada da polpa alimentada. Ver também hidrociclone. (Mineração) antracnose Termo que designa várias moléstias das plantas superiores, causadas por vários fungos da ordem das Melanconiales; as folhas apresentam manchas escuras, às vezes amareladas, que posteriormente se tornam ulcerações. Importante para agricultura pelos prejuízos que podem causar. ápice caulinar É o domo apical envolto por, pelo menos, um par de primórdios foliares; quando cultivado in vitro apresenta a capacidade de originar um indivíduo semelhante à planta-mãe. (Genética) antracose Pneumoconiose por carvão. Ver pneumoconiose. apicoada Superfície submetida a desbastamento do qual resulta uma textura rugosa, antiderrapante. (Engenharia Civil) antraquinona Substância resultante da oxidação do antraceno - C14H8O2 cristalina, amarelo-pálida, usada na obtenção de corantes. Ver antraceno. apicum Termo com conotação regional utilizado para designar as áreas mais internas do manguezal, que apresenta pouca vegetação e com elevada concentração de sal produzido pela evaporação das águas provenientes das inundações das marés. antrópico Relativo às atividades humanas - sociais, econômicas e culturais - no meio ambiente. Ver ambiente, meio antrópico. antropogenia Estudo da origem e da evolução do homem. apiranga Arbusto ou árvore pequena (Mouriri apiranga) cujo fruto é uma baga arrendondada de cor vermelha quando madura, doce, de sabor agradável; é originária do sudeste da Amazônia e muito frequente em Santarém-PA, em habitats de beira de rio, praias arenosas e campos alagados. antropogênico Em sentido restrito, dizse dos impactos sofridos pelo meio ambiente, gerados por ações do homem. anuros Grupo de anfíbios pertencentes à ordem Anura que, entre outras características, apresenta adaptações para saltar. Ex: sapos, rãs e pererecas. 39 VOCABULÁRIO DA NATUREZA pressupondo-se um ou mais distintos níveis de manejo. apófises Diques ou corpos tabulares que se apresentam intrudidos em outras rochas, mas que são claramente provenientes de uma mesma rocha. aptidão genética Contribuição para a próxima geração de um genótipo numa população relativamente às contribuições de outros genótipos; é um processo de seleção natural que tende a favorecer os genótipos com maior aptidão genética. apogeu Distância máxima entre a Terra e a Lua, que é de 406.700 quilômetros. (Astronomia) apomixia No sentido amplo, engloba os vários tipos de reprodução assexuada em plantas e animais; no sentido restrito, representa o modo de reprodução em que ocorre a formação assexuada de sementes em angiospermas, quando então é sinônimo de agamospermia; a apomixia se divide em apomixia gametofítica e embrionia adventícia. Ver poliembrionia. (Genética) apuí É um cipó (Ficus sp) que cresce na copa das árvores e, para alcançar o chão, emite raízes que vão envolvendo o tronco da hospedeira; à medida que se tocam, as raízes já enrijecidas, soldamse e sufocam a árvore até a morte; a estranguladora sobrevive então como uma árvore independente atingindo, às vezes, porte colossal. aquecimento adiabático Descida do ar com o conseqüente aumento de pressão e que provoca aumento de temperatura. apomixia gametofítica Formação de semente agâmica (assexuada) em que o saco embrionário se origina de uma sinérgida ou antípoda e ocorre o desenvolvimento partogenético da oosfera; a prole é do tipo materno; a apomixia gametofítica compreende a aposporia e a diplosporia. (Genética) aquecimento global É uma hipótese de aumento da temperatura da atmosfera, considerando o aumento da emissão de gases estufa, principalmente CO2, pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis em veículos e fábricas; o aumento da emissão de gases estufa aumenta a capacidade da atmosfera aprisionar calor; baseia-se em observações da temperatura global do ar nos últimos 150 anos, no aumento da concentração de CO2 e em simulações com modelos de circulação geral da atmosfera. aposporia Desenvolvimento de sacos embrionários, sem divisão redutiva prévia da célula arquespórica, a partir de células somáticas, geralmente células do nucelo. (Genética) apotécio Tipo de ascocarpo aberto, em forma de cálice onde se localizam os ascos. Ver ascos, ascosporos. (Micologia) aqüicludo Unidade geológica que pode conter água e até mesmo absorve-la lentamente, contudo apresenta uma permeabilidade tão reduzida que não permite que haja um fluxo significativo. aprofundar Termo que significa diminuição da pressão no centro de um ciclone ao longo do tempo. (Meteorologia) apterygota Subclasse dos insetos primariamente desprovidos de asas, sendo que seus fósseis remontam ao Período Devoniano. aqüífero Unidade geológica que contém e libera água em quantidades suficientes, de modo que pode ser utilizado como fonte de abastecimento. aptidão - Estado de estar adaptado; é a capacidade do indivíduo prosperar e reproduzir-se indefinidamente num tipo particular de ambiente. (Ecologia) aqüífero confinado Aqüífero situado entre duas camadas impermeáveis, e que apresenta a água contida , sob uma pressão maior do que a atmosférica. aptidão agrícola das terras Adaptabilidade da terra para um tipo específico de utilização agrícola, aqüífero livre Aqüífero no qual a superfície da água encontra-se submetida a pressão atmosférica. 40 VOCABULÁRIO DA NATUREZA semelhante à composição do ar atmosférico livre, mas, quantitativamente pode variar bastante. (Pedologia) aqüífero semiconfinado Aqüífero que apresenta partes de sua camada sobreposta por outra camada, de permeabilidade muito baixa ou até mesmo impermeável. ar equatorial instável da (Meteorologia) aqüífero suspenso Aqüífero que resulta do aprisionamento da água da zona de aeração por camadas periféricas que são impermeáveis. Massa de ar úmida e circulação equatorial. ar frio Ar que apresenta uma temperatura interior mais baixa que a temperatura da superfície subjacente ou mais baixa que a temperatura de outro ar. (Meteorologia) aqüífugo Unidade geológica impermeável, que não absorve e nem transmite água. ar polar Massa de ar originária das altas latitudes, mais frias, que se move em direção ao equador; as massas de ar originárias do Ártico e da Antártica recebem os nomes das próprias regiões. (Meteorologia) aqüitardo Unidade geológica que apresenta baixa permeabilidade, e que portanto retarda mas não impede que receba água de aqüíferos adjacentes ou veicule água para aqüíferos adjacentes. ar saturado Ar que a uma determinada temperatura e pressão, contém todo o vapor d’água possível, ou seja, 100% de umidade relativa. (Meteorologia) ar Mistura de gases que formam a atmosfera. (Meteorologia) ar antártico Massa de ar originária do Continente Antártico; é fria e seca em todas as estações do ano. (Meteorologia) ar seco Camada de ar que não contém condensação do vapor d’água visível, ou seja, ar de baixa umidade relativa. (Meteorologia) ar ártico Massa de ar que tem sua origem sobre os campos de gelo e neve do ártico ou do antártico. ar tropical Massa de ar originária das baixas latitudes, normalmente nas Altas Subtropicais, nas latitudes de 30º a 35º.(Meteorologia) ar claro Ar destituído de quaisquer partículas sólidas ou líquidas que reduziriam a visibilidade; condição excepcional de clareza e transparência da atmosfera, sendo que os objetos distantes se destacam com relevos e detalhes completos, havendo grandes contrates e nitidez em relação ao fundo e sem qualquer esmorecimento da visibilidade antes de 10 km. ar úmido Ar de alta umidade relativa em que há condensação de vapor d’água visível. (Meteorologia) araçá Espécie vegetal de porte variável (Psidium guineensis), cujo fruto é uma baga globosa branco-amarelada, ácida, com sementes numerosas; floresce de junho a dezembro e frutifica de outubro a março. ar continental Massa de ar que esteve diversos dias sobre um continente, e que assim, apresenta um conteúdo de umidade relativamente baixo. araçá-boi Pequeno arbusto (Eugenia stipitata) pertencente à família das Mirtáceas, com frutos tipo baga que pode atingir até 12 cm de diâmetro e peso máximo de 750 gramas, de cor amarelada quando maduro; a polpa é mole-sucosa, brancacenta, de sabor ácido; é frutífera nativa da Amazônia Peruana e apresenta excelente potencial econômico devido suas qualidades. ar continental polar Massa de ar proveniente de áreas terrestres ou oceânicas polares e que se caracteriza por apresentar baixa temperatura, baixa umidade específica e acentuada estabilidade vertical. ar do solo Atmosfera, ar ou fase gasosa do solo que preenche o volume não ocupado por sólidos e líquidos; sua composição é qualitativamente araçá-d'água Ver camu-camu ou caçari. 41 VOCABULÁRIO DA NATUREZA arandela Todo e qualquer aparelho de iluminação apoiado em paredes. (Engenharia Civil) araçá-de-anta Pequena árvore (Bellucia grossularoides) com fruto tipo baga amarelada, polpa brancacenta, gelatinosa, adocicada, sementes numerosas; dispersa por toda a Amazônia, ocorrendo geralmente na vegetação secundária; é tipicamente silvestre, tendo possibilidade de ser utilizada como planta decorativa em logradouros públicos. arapaçu-de-bico-de-cunha (Glyphorynchus spirurus) Ave típica da floresta amazônica, mede 14 cm e usa o seu bico em forma de cunha para talhar a madeira como um pica-pau; tem um piado estridente. arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus trochilirostris) Ave que apresenta um curioso bico adaptado para catar pequenos animais como larvas de mosquitos, libélulas e girinos que se desenvolvem na água acumulada na base das folhas de bromélias araçá-pera É uma fruteira encontrada em forma silvestre ou cultivada na Amazônia (Psidium acutangulum); seus frutos, em geral, ácidos, normalmente são consumidos na forma de refresco; a floração ocorre praticamente durante o ano todo, com menores emissões florais nos meses de janeiro, fevereiro e março; a frutificação concentra-se no segundo semestre de cada ano, com maiores produções nos meses de outubro, novembro e dezembro. arara azul (Anodorhynchus hyacinthinus) É o maior psitacídeo do mundo, podendo atingir até 1,15 m de comprimento; é a única família que usa os pés para segurar a comida e levá-la ao bico; essas aves não andam em bandos, geralmente estão solitárias ou em casais; nidificam em árvores ocas, aproveitando-se das fendas formadas pela decomposição aracnídeos Animais que pertencem à classe Aracnida do filo Arthropoda; tem 4 pares de patas articuladas, não possuem antenas e apresentam o corpo dividido em duas regiões distintas, cefalotórax e abdômem; exemplo: aranhas, escorpiões e carrapatos. arara canindé (Ara ararauna) Aves de ampla distribuição no Brasil, mas é especialmente abundante na Amazônia; elas se distribuem em casais pela floresta na época reprodutiva, mas durante o restante do ano se concentram em grandes poleiros comunais para passar a noite; a chegada dessas aves no final da tarde é um dos mais belos espetáculos da natureza da região; come, sobretudo, frutas de casca duríssima, que ela tritura com facilidade. aracu (Leporinus fasciatus) Peixe que pertence a uma grande família com mais de 110 espécies; é encontrado, normalmente, em lagos e áreas marginais; tem uma carne muito saborosa e é, particularmente, apreciado pelo pescador amador porque quando morde o anzol oferece resistência, não se entrega com facilidade. ararajuba Ave psitaciforme de coloração predominantemente amarela, com penas verdes nas pontas das asas; encontrada nos Estados do Pará e Maranhão; guaruba, aiurujuba, guarajuba, marajuba, tanajuba. aragem Vento muito brando que encrespa a superfície do mar durante uma calmaria; corresponde à brisa leve terrestre. aragonita Mineral que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal, composição CaCO3 e apresentando uma cristalização piramidal acicular, tabular ou como geminados pseudo-hexagonais; polimorfo instável da calcita, nas condições normais de temperatura e pressão; é o mineral formador de muitas conchas e esqueletos. arara-piranga ou arara-canga (Ara macao) Ave que gosta de viver em florestas próximas de rios desde o México à Amazônia até o norte do Mato Grosso, sudeste do Pará e Bolívia; alimentam-se de frutos, sementes e grãos e o vozear do bando logo as 42 VOCABULÁRIO DA NATUREZA arco de ilhas Cadeia de ilhas que se afiguram com uma forma curvilínea semelhante as ilhas Aleutas - geralmente com o lado convexo voltado em direção ao oceano, e bordejada por uma profunda fossa submarina e também envolvendo uma profunda bacia marinha. denuncia; a ave adulta mede entre 85-89 cm. arara-vermelha (Ara chloroptera) Ave que costuma voar aos gritos e em bando. Constrói seu ninho, geralmente, em troncos ocos; em cativeiro, consegue dizer algumas palavras, mas não reproduz os sons tão bem como o papagaio. arco marinho Testemunho rochoso que se apresenta com a forma de um arco, resultante de erosão diferencial provocada pelas ondas. arbonitretação Tratamento termoquímico em que se promove o enriquecimento superficial simultâneo com carbono e nitrogênio; utiliza-se para peças que necessitem de alta dureza superficial, alta resistência à fadiga de contato e submetidas a cargas superficiais moderadas. (Metalurgia) arco montanhoso Ver arco continental. arcósio Arenito que apresenta geralmente granulação grosseira, seleção regular, e constituído, em sua maior parte, por quartzo e feldspatos, sendo presumivelmente derivado de rochas granitóides de textura granular; a quantidade mínima de feldspatos deve ser próxima de 12,5%, enquanto que no subarcósio os feldspatos não podem ultrapassar os 5%. arboreto Jardim contendo coleções de plantas, normalmente restritas a árvores e outras espécies lenhosas, mantidas e ordenadas cientificamente, em geral documentadas e identificadas, e aberto ao público com as finalidades de recreação, educação e pesquisa. ardósia Rocha proveniente do metamorfismo de grau incipiente de rocha sedimentar argilosa; a sua principal característica é a partição perfeita, chamada de clivagem ardosiana , conferida por um único conjunto de planos S, com acentuada orientação preferencial das lâminas de mica e clorita. arbúsculo Vegetal lenhoso munido de profusas ramificações herbáceas, ao longo de todo o seu sistema caulinar, ou por vezes, cespitoso, isto é, com vários eixos de sustentação resistentes, partindo da base, formando moitas ou touceiras; sua altura varia entre 0,5 e 3 m; subarbusto área basal De uma árvore: seção transversal do tronco medido a uma altura determinada (geralmente à altura do peito, ou seja, 1,5 m acima do chão); de uma taxon: soma da área basal por hectare ocupada por troncos de um taxon. Trata-se de uma medida quantitativa de dominância. arbusto Vegetal lenhoso possuidor de um pequeno tronco, com ramificações desde a base, e apresentando altura compreendida entre 3-5 m. arbusto arborescente Quando mostra um tronco curto, com poucos ramos de primeira ordem. área de drenagem Parte do relevo drenada por uma rede hidrográfica; bacia hidrográfica. arbusto ramoso Quando dotado de ramificações numerosas ao longo de seu eixo simples, a partir de suas porções inferiores área de influência Área que sofre impactos ambientais diretos e indiretos em decorrência da manifestação de atividades transformadoras existentes ou previstas, sobre as quais serão desenvolvidos os estudos qualitativos e quantitativos. Ver AIA. arco continental Arco magmático desenvolvido em zonas de convergência de placa oceânica sob continente, e localizado no interior do continente, à semelhança dos Andes, Arco do México e Arco da Turquia; arco montanhoso. 43 VOCABULÁRIO DA NATUREZA área mínima mapeável As menores dimensões que podem ser legivelmente delineadas num mapa, sem prejuízo da informação gerada nos trabalhos de campo, o que corresponde, na prática, a uma área de 0,4 cm2 (0,6 cm x 0,6 cm); a equivalência desta área no mapa, com a área correspondente no terreno, é função da escala de apresentação final do mapa. (Pedologia) área de influência direta Área que sofre impactos ambientais direto em decorrência da implantação da atividade transformadora, isto é, impactos ambientais oriundos de fenômenos diretamente decorrentes de alterações ambientais que venham a suceder. Ver AIA. área de influência indireta Área que possui limites com a área de influência direta, e potencial para sofrer impactos ambientais, proveniente de fenômenos secundários. Ver AIA. área ótima Extensão da superfície na qual um animal ou vegetal encontra as condições favoráveis para o seu desenvolvimento. (Ecologia) área de inundação Parte baixa do relevo que sofreu ou pode sofrer inundação. área proglacial Parte proximal de uma região periglacial em relação as geleiras. área verde É toda área de domínio público ou privado, em solo natural, onde predomina qualquer forma de vegetação, distribuída em seus diferentes estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo /forrageira, nativa ou exótica. área de proteção ambiental - APA Área pertencente ao grupo das unidades de conservação de uso direto, sustentável e regida por dispositivos legais; constitui-se de área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana dotada de atributos abióticos , bióticos , estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e bem estar da população residente e do entorno; tem por objetivo, disciplinar o uso sustentável dos recursos naturais e promover, quando necessário, a recuperação dos ecossistemas degradados. área verde per capita Expressa o número de metros quadrados de área vegetada para cada habitante de uma cidade; é um dos parâmetros para avaliar a qualidade de vida nas grandes cidades. áreas metropolitanas Formas de aglomeração urbana onde as conurbações são hierarquizadas por uma metrópole. Ver conurbações. área de relevante interesse ecológico ARIE Unidade de conservação de características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional. areia Partícula do solo sem coesão e cujos grãos ou elementos do arcabouço são constituídos por partículas com granulação compreendida entre 0,05 e 2 mm de diâmetro. (Pedologia) área de sedimentação Área ou seção com pastagem, arbusto ou outro tipo de vegetação, usada com o propósito de provocar o depósito de silte, pedras pequenas e outros materiais que as correntes de água possam arrastar; em geral, encontra-se situada acima de um tanque de armazenamento, campo de cultura, ou área que necessite proteção contra sedimentos. areia Sedimentos constituídos por partículas com granulação compreendida entre 0,062 e 2 mm , de acordo com a escala de Wentworth. (Geologia) areia de fundição Areia utilizada para confecção de molde de fundição de peças metálicas. Suas características dependem do aglomerante empregado (ex. silicato de sódio, resinas poliméricas, etc.) (Metalurgia) área irrigável Área que se apresenta com condições de terreno apropriadas para permitir a instalação de um sistema de irrigação. areia fina Uma das subdivisões da areia, com diâmetro entre 0,2 e 0,05 mm. (Pedologia) 44 VOCABULÁRIO DA NATUREZA arenito lítico Arenito caracterizado por conter mais de 25% de partículas detríticas representadas por fragmentos de rochas em sua fração areia, e apresentar pouca ou nenhuma matriz. areia grossa Uma das subdivisões da areia, com diâmetro entre 02 e 0,2 mm. (Pedologia) areia movediça Depósito de natureza arenosa ou areno-argilosa, saturado de água, que devido a ação da pressão hidrostática, é capaz de escoar como um fluido; pode ser injetada em fissuras, originando os diques de areia. arenoso Denominação do solo com predominância de areia; classe textural dos solos com teores de argila+silte menores que 150 g/kg (15%); nos solos brasileiros o mineral predominante na fração areia é o quartzo. (Pedologia) areia negra Areia que apresenta elevada concentração de minerais pesados de cor preta, em geral ricos em ferro e magnésio, tais como hematita, magnetita, ilmenita, etc. argamassa Mistura de cal, areia e cimento que serve para assentamento e revestimento de paredes. (Engenharia Civil) areia quartzosa Areia essencialmente constituída por quartzo. (Pedologia) argila 1:1 Argila do tipo duas camadas; sua estrutura é em lâminas compostas de unidades alternadas de tetraedros de silício e octaedros de alumínio; exemplos são a caolinita e haloisita; são argilas de carga superficial (capacidade de troca de cátions) baixa e dependente do pH; são as mais comuns em solos tropicais. (Pedologia) Areia Quartzosa Grafada com iniciais maiúsculas, refere-se a unidade taxonômica que agrupa solos profundos, não hidromórficos, de textura arenosa (classes texturais areia e areia franca), com permeabilidade rápida ao longo de todo o perfil, o qual é formado por material essencialmente quartzoso e virtualmente destituído de minerais primários facilmente intemprizáveis (Pedologia) argila 2:1 Argila do tipo 3 camadas; sua estrutura é em lâminas compostas de duas camadas de tetraedros de silício e uma central de octraédro de alumínio; exemplos são a montmorilonita, ilita e vermiculita; possuem carga superficial elevada e fixa (não dependente de pH); são comuns em solos pouco intemperizados. (Pedologia) Areia Quartzosa Marinha Grafada com iniciais maiúsculas, refere-se à uma unidade taxonômica, de ocorrência na faixa costeira, que agrupa solos arenosos, não hidromórficos, com cores claras ou esbranquiçadas, muito profundos, de textura arenosa (classes texturais areia e areia franca), com permeabilidade rápida ao longo de todo o perfil. (Pedologia) argila alóctone Argila que sofreu transporte, originando um depósito argiloso. argila aluvial Argila que foi depositada pela água, usualmente em associação com rios ou correntes. areia verde Areia cuja coloração verde é devida a elevada presença de glauconita, sendo geralmente de origem marinha. argila arenosa Uma classe textural do solo. Ver textura do solo (Pedologia) arenito Termo descritivo utilizado para designar um sedimento clástico consolidado, cujos constituintes apresentam um diâmetro médio que corresponde a granulação da areia; por não apresentar uma conotação mineralógica ou genética, são considerados arenitos todas as rochas sedimentares que apresentam granulação do tamanho areia. argila autóctone Argila formada in situ. (Pedologia) argila bauxítica Argila que contém uma mistura de minerais de alumínio, tais como gibbsita e diásporo, com argilominerais do grupo da caulinita, estando os primeiros constituintes abaixo de 50 % do total (o oposto seria um bauxito argiloso); corresponde ao termo 45 VOCABULÁRIO DA NATUREZA brasileiro argila aluminosa ou altamente aluminosa aplicada às argilas utilizadas na fabricação de materias refratários. argila residual Argila que resultou da ação do intemperismo sobre uma rocha e permaneceu no lugar de origem. argila calcária Argila que contém os minerais calcita e/ou dolomita em quantidades suficientes para produzir uma visível efervescência com HCl diluído. argila sedimentar Argila que após ser transportada, geralmente por água, mas também pela ação de ventos ou geleiras, foi depositada em camadas como um sedimento. argila coluvial Argila que foi movida para a parte baixa da encosta, principalmente por efeito da gravidade, e assentada em sua base; argila coluvião argila siltosa Uma classe textural do solo. Ver textura do solo. (Pedologia) argilas Família de minerais, a maioria constituída de silicatos hidratados de alumínio, finamente cristalinos ou amorfos e que cristalizam no sistema monoclínico; distinguem-se três grupos: o do caulim (caulinita, nacrita, dickita, anauxita, halloysita e alofana); o da montmorillonita (montmorillonita, beidellita, nontronita e saponita); e o das hidromicas ( hidromuscovita); em pedologia, são as partículas minerais com tamanho menor que 0,002 mm. argila coluvião Ver argila coluvial. argila de atividade alta - Ta atividade das argilas. (Pedologia) Ver argila de atividade baixa - Tb atividade das argilas. (Pedologia) Ver argila de delta Argila que se acumulou no delta do rio, são as argilas aluviais. argila de estuário Argila que foi depositada no estuário de um rio e na desembocadura de um rio, no mar. argilito Rocha sedimentar produzida pela compressão das argilas, clivandose, segundo os planos de estratificação, o que a diferencia da ardósia. argila de terraços Argila usualmente impura, depositada nos terraços aluviais que ocorrem ao longo dos vales, bacias ou baixadas de outros tipos; qualquer argila que recobre a planície de inundação ou de enchente de um rio, isto é, a parte do vale de um rio que se cobre de água durante inundações. argilização Conjunto de processos de transformação de feldspato, micas e outros silicatos aluminosos em argila. argilomineral Silicato de alumínio hidratado, podendo conter elementos como Mg, Fe, Ca, Na, K, Li e outros, com estrutura cristalina constituída de camadas ou fibras. argila de várzea Ver argila de terraços. argila dispersa em água É a argila determinada em análise granulométrica, utilizando-se apenas a água como dispersante. (Pedologia) argilosa Textura do solo cuja composição granulométrica apresenta teores de argila entre 350 e 600 g/kg (35 e 60%); denominação de solos com predominância de minerais do tamanho argila na parte sólida. (Pedologia) argila lacustre Argila que foi depositada em um lago. argila marinha Argila que foi acumulada como um sedimento no fundo do oceano. argipã Camada densa, compacta, presente no subsolo, contendo um teor de argila bem mais elevado do que o material sobrejacente, e do qual encontra-se separado por um limite claramente definido; apresenta-se geralmente dura quando seca, e plástica e pegajosa quando molhada. (Pedologia) argila natural Ver argila dispersa em água. (Pedologia) argila pesada Designação imprópria para a classe textura muito argilosa Ver textura do solo. (Pedologia) argila refratária Argila cuja temperatura de fusão se iguala pelo menos, à do Cone de Seger 26 (16500 C). Argissolo Uma das classes do novo Sistema Brasileiro de Classificação de 46 VOCABULÁRIO DA NATUREZA etc; o termo é livremente intercambiado por conservação, especialmente no caso de sementes. Ver conservação. (Genética) Solo; corresponde, no antigo Sistema, às classes dos Podzólico VermelhoAmarelo, parte das Terras Roxas Estruturadas e similares, Terras Brunas, Podzólico Vermelho-Escuro; são solos relativamente profundos e bem drenados; a característica principal é um horizonte B textural - Bt. Esse horizonte é obrigatoriamente mais argiloso que os horizontes acima e abaixo dele; tipicamente, possuem sequência de horizontes A-Bt-C; são semelhantes aos Ultissolos da Taxonomia de Solos (classificação americana). (Pedologia) armazenamento de água no solo Quantidade de água em um perfil (ou camada) de solo de espessura prédeterminada, expressa em termos de uma altura, medida em centímetros; trata-se, na verdade, de um volume de água (cm3) por unidade de área (cm2), resultando em uma altura (cm); uma relação importante é 1 litro/m2 = 1 mm. (Hidrologia) aridicultura Prática de condução de cultura em área de baixa precipitação, sem irrigação. (Agronomia) armazenamento específico Capacidade em água do volume unitário do aqüífero, ou seja, é o parâmetro hidráulico que expressa o volume de água que um volume unitário de um aqüífero é capaz de receber/ceder, em função de uma variação unitária da superfície potenciométrica, tanto da água como das litologias presentes, sendo menor em aqüíferos confinados. (Hidrologia) Aridissolo Ordem do sistema americano de classificação de solos (Soil Taxonomy). Engloba os solos de regiões bastante secas e que possuem um epipedon ócrico ou antrópico, acompanhado de um horizonte câmbico ou de alguma forma de acumulação que resulte em horizonte argilico, nátrico, cálcico ou gípsico; Aridisol. (Pedologia) armazenamento inativo ou volume morto Volume retido na represa abaixo do nível mínimo de exploração. (Energia) arilo Saliências observadas na superfície de muitas sementes (mamona, nóz moscada), e que pode ser piloso como no algodão. (Botânica) arquipélago Agrupamentos de ilhas que se encontram concentradas em certas áreas dos oceanos; na foz dos rios deltáicos também se formam arquipélagos de natureza sedimentar; grupo de ilhas próximas entre si, e que apresentam a mesma origem e estrutura geológica, podendo ser continentais, coralíneas ou vulcânicas. (Geografia) ariranha (Pteronura brasiliensis) Mamífero aquático, nadador e barulhento; vive em pequenos grupos; para refúgio e procriação, escava tocas nos barrancos próximos à água; embora pareça amistoso é um bicho carnívoro e extremamente perigoso; é muito perseguido pelos caçadores por sua pele. (Zoologia) arquitetura É a arte de compor e construir edifícios para qualquer finalidade, tendo em vista o contorno humano, a realidade social e o sentido plástico da época em que se vive. armazenabilidade Capacidade em água do aqüífero, ou seja, é o parâmetro hidráulico que expressa o volume de água que um aqüífero, é capaz de receber/ceder, em função de uma variação unitária da superfície potenciométrica; está associada à porosidade e a fenômenos elásticos, tanto da água quanto das litologias presentes. (Hidrologia) arraia de fogo (Potamotrygon motoro) Este peixe é um dos mais perigosos da Amazônia; vive no fundo do rio camuflada na areia; na cauda pode ter mais de um ferrão com as pontas recurvadas, o que torna a extração difícil e dolorosa; quando é retirado o ferrão rasga a carne; costuma atacar a planta ou o dorso do pé; para evitá-lo, é preciso armazenamento Guarda de acessos, sob a forma de sementes, pólen, cepas, 47 VOCABULÁRIO DA NATUREZA artéria Vaso sangüíneo com estrutura histológica característica que transporta sangue para longe do coração. (Anatomia) entra no rio arrastando os pés, pois ela foge com o movimento. (Ictiofauna) arraste Movimento vagaroso da massa e do material do solo, declive abaixo, primariamente sob a influência da gravidade, mas auxiliado por saturação com água, por congelamento e degelo alternados. arteriografia Procedimento diagnóstico usado para detectar doenças em vasos sangüíneos ou órgãos sólidos (pâncreas, fígado e baço); também serve para detectar pontos de sangramento; um tipo especial de contraste é injetado nas veias ou artérias para que estes possam ser visualizados no raio - X. (Medicina) arrasto Atividade de pesca em que a rede é lançada e o barco permanece em movimento; é uma prática considerada predatória quando a malha das redes é pequena, fora dos padrões fixados oficialmente, pois nestes casos há captura de peixes e outros organismos aquáticos jovens; outro prejuízo causado pelo arrasto é o revolvimento do fundo do mar, o que prejudica sensivelmente o ambiente e a fauna bentônica . artroconídios Taloconídios formados por fragmentação das hifas em segmentos retangulares; são encontrados nos fungos do gênero Geotrichum, em Coccidioides immitis e em dermatófitos. Ver taloconídios. (Micologia) artrópodes Filo Arthropoda que congrega cerca de ¾ do reino animal e que encontra-se presente desde o Período Cambriano; apresentam o corpo segmentado , bilateralmente simétrico e revestido por um esqueleto de quitina que é substituído quando da muda; os segmentos do corpo denominados somitos ou metâmeros possuem um par de apêndices articulados , responsáveis pela designação do filo; nas formas especializadas os apêndices estão ausentes em muitos somitos; são geralmente pequenos, contudo os extintos euripterídeos tinham cerca de 3 m de comprimento e o atual caranguejo japonês poder atingir até 4 m; exemplo: aranhas, escorpiões, camarões, caranguejos, insetos, centopéias, etc. (Zoologia) arredondamento Grau de agudeza ou curvatura dos cantos e arestas de uma partícula; depende da intensidade de abrasão sofrida durante o transporte e da natureza da partícula; podem ser distinguidos cinco graus de arredondamento: angular, subangular, subarredondado, arredondado e bem arredondado. arrêico Relativo a áreas que se apresentam quase completamente desprovidas de drenagem superficial. (Geomorfologia) arroio Denominação pequenos rios do Sul (Geografia) dada aos do Brasil. arsenopirita Mineral metálico, principal fonte de arsênio, que cristaliza do sistema monoclínico, classe prismática e composição FeAsS; quando o cobalto substitui parte do ferro , recebe a denominação de danaíta; mispíquel. árvore Vegetal lenhoso dotado de tronco robusto, via de regra com um sistema de ramos divaricados de primeira ordem, a partir de um certo nível, de onde se dispõem as ramificações da copa. ART - Anotação de Responsabilidade Técnica Documento emitido pelo CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, toda vez que um profissional executar um projeto; visa garantir a responsabilidade técnica perante os serviços a serem executados por esse profissional. árvore biliar Sistema de canalículos e ductos que drenam a bile produzida no fígado; ao raio - X lembram uma árvore. (Medicina) árvore filogenética Representação diagramática de supostas linhas de descendência baseadas em evidências 48 VOCABULÁRIO DA NATUREZA paleontológicas, morfológicas qualquer outra natureza. ou associação Menor unidade de uma comunidade vegetal, delimitada pela relação espécie/área mínima e que corresponde à unidade espacial básica da classificação fitossociológica; comunidade vegetal caracterizada por uma composição florística definida, muitas vezes chamada pelo nome da(s) espécies(s) mais importante(s) que a compõe(m); termo fitossociológico com vários sentidos. (Fitogeografia) de asbesto Ver amianto. ascensão capilar Elevação da água acima da superfície freática, sob o efeito da tensão superficial; elevação capilar. (Pedologia) ascite Acúmulo de líquido na cavidade abdominal. (Medicina) ascocarpos Corpos de frutificação que contém ascos. São de três tipos: cleistotécio, peritécio e apotécio. Ver ascos, ascosporos. (Micologia) associação complexa de solos Associação de solos formada por duas ou mais unidades taxonômicas de formas muito intricadas, quando não é possível a determinação da proporção dos componentes na escala do trabalho de campo. (Pedologia) ascos Estruturas em forma de saco onde se formam os esporos sexuados; podem ser simples, ou se distribuir em lóculos ou cavidades do micélio. Ver ascostroma. (Micologia) associação geoquímica Conjunto de elementos quimicamente afins, reunidos no mesmo depósito mineral e, quase sempre, polimetálicos. ascosporos São os esporos sexuados internos e se formam no interior dos ascos. (Micologia) associação petrotectônica Conjunto litoestrutural indicativo de ambientes tectônicos e sua evolução. (Geologia) ascostroma Lóculos ou cavidades que abrigam os ascos. Ver ascos. (Micologia) asfalto Mistura de hidrocarbonetos obtida como resíduo de destilação do óleo bruto e usada principalmente na pavimentação de estradas. assoreamento Depósito de sedimentos transportados pela água nos leitos das correntes, lagos, reservatórios ou nos campos de inundação, geralmente em conseqüência do decréscimo da velocidade da água; processo de obstrução por areia, lama ou outro sedimento do leito do rio, canal ou desembocadura em consequência da erosão natural ou provocada pelo homem. áspide Área aproximadamente circular, em forma de escudo, localizada acima da superfície geral do grão de pólen, na qual está situada a abertura. (Botânica) assentamento humano Qualquer forma de ocupação organizada do solo, quer urbano ou rural, onde o homem vive em comunidade. astenosfera Camada situada abaixo da litosfera e cujo topo está situado a profundidades variáveis que podem alcançar 200 km- em média 100 km- e com a base, a 400 km; é o sítio provável dos mecanismos propulsores responsáveis pela dinâmica das placas litosféricas, dos aspectos isostáticos, e da principal geração de magma. Individualiza-se da litosfera em função do contraste térmico (1.200 0C - 1.400 0C), refletindo-se na mudança das condições mecânicas. assintomático Que não tem indicação ou sintoma de doença. assoalho oceânico Região circunvizinha às cadeias mesoceânicas, onde ocorre a expansão de crosta oceânica, e de composição basáltica. associação Agrupamento de classes de solos, associadas geográfica e regularmente em um padrão de arranjo definido; é constituída por classes de solos distintos, com limites nítidos ou mesmo pouco nítidos entre si. (Pedologia) asteriacites Estrutura que pela sua forma lembra estrelas do mar, sendo 49 VOCABULÁRIO DA NATUREZA terreno fica sujeito a deslizamentos. Ver (Saneamento) desse modo considerada como marca de repouso devida a esse equinodermo. asterismo Propriedade apresentada por certos minerais, principalmente aqueles que cristalizam no sistema hexagonal, de quando observados na direção do eixo vertical mostrarem raios de luz que lembram uma estrela. (Mineralogia) explosões e chorume. atitude Termo geral utilizado para indicar a orientação de uma linha ou plano estrutural no espaço; posição de uma superfície, que pode ser uma camada, plano de falha, etc., em relação e um plano horizontal, expressa quantitativamente pelas medidas de direção e mergulho. (Geologia) astroblema Forma estrutural que se apresenta com um aspecto grosseiramente circular, e originado pelo impacto de meteoritos. ativação de lodos Obtenção sob condições aeróbicas, de organismos capazes de metabolizar a matéria orgânica da água no processo de tratamento de esgotos por lodos ativados. (Saneamento) astroquímica Estudo das interações químicas entre os gases e as poeiras dispersas entre as estrelas. (Astronomia) ataque sulfúrico Método utilizado nos levantamentos de solos no Brasil, para se estimar a composição química total da fração argila do solo; envolve o tratamento da fração terra fina por ácido sulfúrico, determinando-se no extrato os teores de alumínio, ferro, titânio, fósforo e manganês; a sílica é determinada a partir do resíduo, após solubilização com carbonato de sódio. (Pedologia) atividade biológica Refere-se à ação de organismos como minhocas, cupins, formigas, etc., na massa do solo. (Pedologia) atividade das argilas Refere-se à capacidade de troca de cátions da fração mineral do solo; atividade alta corresponde a valores iguais ou superiores a 27 centimol (cmolc)/ 100 g de argila, e atividade baixa indica valores situados abaixo de 27 centimol (cmolc) / 100 g de argila, após correção referente ao carbono, ou seja, após dedução da capacidade de troca de cátions da matéria orgânica. Ver Ta, Tb. (Pedologia) aterro controlado Aterro para lixo residencial urbano, onde os resíduos são depositados recebendo depois uma camada de terra por cima; na impossibilidade de se proceder a reciclagem do lixo, pela compostagem acelerada ou pela compostagem a céu aberto, as normas sanitárias e ambientais recomendam a adoção de aterro sanitário e não do controlado. Ver compostagem. (Saneamento) atividade ótica Capacidade apresentada por certas substâncias de desviarem o plano da luz polarizada em um determinado ângulo; tais substâncias são denominadas oticamente ativas, sendo dextrógiras quando desviam o plano para a direita, e levógiras quando desviam o plano para a esquerda. aterro sanitário- Aterro para lixo residencial urbano com pré-requisitos de ordem sanitária e ambiental; deve ser construído de acordo com técnicas definidas, como: impermeabilização do solo para que o chorume não atinja os lençóis freáticos, contaminando as águas; sistema de drenagem para chorume, que deve ser retirado do aterro sanitário e depositado em lagoa próxima que tenha essa finalidade específica, vedada ao público; sistema de drenagem de tubos para os gases, principalmente o gás carbônico, o gás metano e o gás sulfídrico, pois, se isso não for feito, o atividade poluidora Qualquer atividade utilizadora de recursos ambientais, atual ou potencialmente, capaz de causar poluição ou degradação ambiental. (Ecologia) atividades transformadoras É qualquer processo, em decorrência da atividade humana ou não, capaz de alterar o ambiente, em qualquer nível. (Ecologia) 50 VOCABULÁRIO DA NATUREZA átomo É a menor quantidade de um elemento que contêm as propriedades desse elemento. (Astronomia) ativos Conjunto de bens, valores e créditos que formam o patrimônio da empresa; existem três tipos principais de ativos: circulante: é o dinheiro em caixa, os saldos bancários e os valores que podem ser transformados em dinheiro imediatamente; fixo: é tudo que é essencial para ao funcionamento da empresa - como imóveis, patentes, ferramentas, máquinas; financeiro: são os bens que a empresa detém no mercado financeiro, como títulos públicos, certificados de depósitos bancários, debêntures etc. (Economia) atresia biliar Doença congênita na qual a bile produzida pelo fígado não consegue chegar ao intestino porque os ductos biliares se formaram de maneira incompleta ou não se formaram. (Medicina) atualismo Ver uniformitarianismo. auditoria Análise completa e minuciosa da contabilidade de uma empresa ou instituição; é feita por peritos que analisam as operações contábeis do começo até o balanço final e apontam correção ou incorreção delas; as auditorias podem ser feitas por funcionários da empresa ou instituição (interna) ou por uma empresa prestadora de serviços (externa). (Economia) atlas Conjunto de mapas agrupados num livro. atmosfera Camada fina de gases, sem cheiro, sem cor, e sem gosto, presa à Terra pela força da gravidade; compreende uma mistura mecânica estável de gases, sendo que os mais importantes são o nitrogênio, o oxigênio, o argônio, o bióxido de carbono, o ozônio e o vapor d'água; outros gases estão presentes, porém em quantidades muito pequenas, tais como o neônio, o criptônio, o hélio, o metano , o hidrogênio, etc.; a atmosfera está estruturada em três camadas relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias. (Meteorologia) auditoria ambiental Análise da situação ambiental de um projeto ou empreendimento, com a finalidade de indicar os pontos geradores de possíveis impactos, apontando responsáveis e conseqüências. aurícula Um apêndice da folha; adjacente ao colar entre a lâmina e a bainha. (Botânica) aurora boreal Fenômeno causado pela interação entre o vento solar, o campo magnético da Terra e a camada superior da atmosfera, e que se observa no Hemisfério Norte; efeito similar ocorre no Hemisfério Sul, onde é conhecido como aurora austral. (Astronomia) atmosfera inferior Parte da atmosfera composta pela troposfera e pela estratosfera. (Meteorologia) atmosfera superior Parte da atmosfera a partir da estratopausa e terminando onde a atmosfera se funde com o espaço exterior; a atmosfera superior geralmente é subdividida em mesosfera, termosfera, exosfera. (Meteorologia) austêmpera Tratamento isotérmico composto de aquecimento até a temperatura de austenitização, permanência nesta temperatura até completa equalização, resfriamento rápido até a faixa de formação da bainita, permanência nesta temperatura até completa transformação; utiliza-se para peças que necessitam de alta tenacidade. (Metalurgia) atol Construção elaborada por corais ou outros tipos de invertebrados, que apresenta forma circular e envolve uma laguna geralmente com profundidade compreendida entre 30 m e 100 m e cujo diâmetro bastante variável pode alcançar até 60 km. coroa de coral erigida sobre um pilar vulcânico, e que aparece como uma ilha muito rasa com uma laguna central. austenita Forma estável de ferro (910o C - 1400o C) de estrutura cúbica de face centrada, apresenta uma estrutura de grãos poligonais irregulares; fase do aço 51 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cúbica de face centrada, com boa resistência mecânica, apreciável tenacidade, amagnética, com solubilidade máxima de carbono de 2%; ferro gama. (Metalurgia). abrange ainda uma classe de dispositivos eletromecânicos (virtuais ou reais) que transformam a informação com base em instruções ou procedimentos predeterminados. autecologia A ecologia das espécies individuais, e não das comunidades. autopolinização Transporte do grão de pólen ao estigma da mesma flor. Fenômeno característico das flores hermafroditas. Ver polinização cruzada. autóctone Formado in situ; originário do próprio lugar onde habita atualmente. autopoliplóide Poliplóide formado pela multiplicação de um conjunto completo haplóide de cromossomos de uma espécie. (Genética) autodepuração Capacidade apresentada por um corpo de água que, após receber uma carga de agentes poluidores, recupera através de processos naturais, de caráter físico, químico e biológico, as suas qualidades ecológicas e sanitárias. autossomo Todos os cromossomos de um organismo que não estão diretamente relacionados à determinação sexual. (Genética) autofecundação Reprodução sexuada onde os gametas masculinos e femininos originam-se do mesmo indivíduo; predominantemente em vegetais; fecundação do óvulo pelo grão de pólen de uma mesma flor, dando origem ao zigoto; autofertilização, autogamia, fertilização cruzada. autotoxidade Um tipo específico de alelopatia onde a presença de plantas adultas interfere na germinação e desenvolvimento de suas próprias sementes e plântulas. autótrofo Organismo que se mostra capaz de sintetizar sua própria matéria orgânica, seja através da fotossíntese (plantas clorofiladas) ou da quimiossíntese. autofertilização Ver autofecundação. autófita Qualquer planta que produz seu próprio alimento de matéria inorgânica, ou seja, através da fotossíntese. (Botânica) auxina Hormônio regulador do crescimento das plantas superiores, produzido pelas extremidades do caule e da raiz, e que migra do ápice para a zona de alongamento; a auxina produzida no ápice desloca-se com uma velocidade de cerca de 1cm/h quando a temperatura é normal. autogamia Ver autofecundação. auto-imunidade Condição na qual são produzidos anticorpos contra as próprias células do organismo. (Medicina) auto-incompatibilidade Adaptação fisiológica que impede a ocorrência de autofertilização. avalancha Tipo de movimento de massa rápido , no qual um grande volume de material (gelo ou fragmentos de rocha) é transportado pelo efeito da gravidade para regiões mais baixas. automação Compreende o conjunto de fenômenos e meios tecnológicos destinados a substituir o esforço humano pelo trabalho realizado por mecanismos cujo funcionamento está submetido a controles externos. avaliação Registro e aferição, sob as condições de um determinado ambiente, de características influenciáveis por fatores bióticos e abióticos; normalmente, estas são as características de valor agronômico (ex.: rendimento da cultura) e geralmente estão sob o controle de poligenes para sua expressão. Ver caracterização. (Genética) automático Próprio de autômato; maquinal; inconsciente; que se realiza por meios mecânicos. autômato Termo que se aplica a uma série de objetos mecânicos que imitam os movimentos dos seres animados; 52 VOCABULÁRIO DA NATUREZA avulsão Processo que consiste no abandono relativamente rápido de parte do conjunto de meandros, passando então o rio a mover-se em um novo curso, situado em um nível mais baixo da planície de inundação. (Geomorfologia) avaliação de carcaça Técnicas para medir componentes de qualidade e quantidade em carcaças de animais. (Zootecnia) avaliação de impacto ambiental – AIA Instrumento de política ambiental, formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados; além disso, os procedimentos devem garantir a adoção das medidas de proteção do meio ambiente, no caso de decisão sobre a implantação do projeto; ação executada através de métodos estruturados visando coletar, avaliar, comparar, organizar e apresentar informações e os dados sobre os prováveis impactos ambientais de um empreendimento. azimute Direção horizontal de uma linha, medida no sentido horário, a partir do norte magnético de um plano de referência, normalmente o meridiano; distância angular, medida sobre o horizonte, variando de 0º a 360º, a partir do norte por leste (azimute topográfico) ou a partir do sul por oeste (azimute astronômico). (Cartografia) B aventurescência Fenômeno ótico que consiste em reflexos metálicos brilhantes, fortemente coloridos, produzidos por certas inclusões presentes em alguns minerais translúcidos, quando observados através de luz refletida. b Colocado após o símbolo do horizonte, indica presença de horizontes enterrados, se suas características genéticas principais puderem ser identificadas como tendo sido desenvolvidas antes do horizonte ser enterrado; aplicável aos horizontes H, A, E, B e F, por exemplo Ab, Eb. (Pedologia) aves Nome geral dado aos representantes da classe Aves (filo Chordata, subfilo Vertebrata); como importante característica diferencial deste grupo, a mais evidente é a presença de penas; apresentam uma série de adaptações anátomo-fisiológicas dos órgãos e esqueleto, que lhes permitem voar; existem cerca de 9000 espécies e ocupam as mais distintas regiões geográficas do planeta. (Zoologia) B Ver horizontes do solo; horizonte B. (Pedologia) bacaba Palmeira de tronco solitário, liso e reto, crescendo até 20 m de altura (Oenocarpus bacaba); produz cachos robustos com cerca de 1,5 m de comprimento contendo frutos arredondados de cor roxo-escuro na casca; o mesocarpo é brancacento, oleoso; é nativa da Amazônia e mais frequente no Pará e Amazonas; pelo mesmo processo utilizado para o açaí, prepara-se o vinho de bacaba, de cor creme-leitoso, consumido com açúcar e farinha de mandioca; também produz palmito comestível. aves de arribação Qualquer espécie de ave que migre periodicamente. (Zoologia) aves migratórias Ver aves de arribação. (Zoologia) avifauna Conjunto das espécies de aves que vivem numa determinada região. (Zoologia) 53 VOCABULÁRIO DA NATUREZA agentes erosivos, alargando ou diminuindo a área da bacia; área de drenagem, bacia fluvial. (Hidrologia). bacia artesiana Configuração estrutural geológica, freqüentemente de grandes dimensões, em que a água está confinada sob pressão artesiana. (Hidrologia) bacia marginal Bacia do tipo mar epicontinental, adjacente a um continente , sendo que seu fundo é constituído de massa continental submersa. (Hidrologia) bacia com soleira Bacia submarina que apresenta deposição separada do corpo principal por uma crista submersa estreita; a água mais profunda permanece mais ou menos estagnada, mostrando deste modo características redutoras. (Hidrologia) bacia sedimentar Entidade geológica que se refere ao conjunto de rochas sedimentares que guardam uma relação geométrica e/ou histórica mútua, e cuja superfície atual não necessariamente se comporta como uma bacia de sedimentação; em pedologia corresponde a depressão preenchida com detritos carregados das áreas circundantes; a espessura do sedimento aumenta na direção do centro da bacia. bacia contribuinte Área que fica à montante de um local considerado e que contribui para alimentar o curso d'água. (Hidrologia) bacia de captação Mais de que o rio, lago ou reservatório de onde se retira a água para consumo, compreende também toda a região onde ocorre o escoamento e a captação dessas águas na natureza. (Hidrologia) bacilar Em forma de bastão, longo e estreito. bacilo Designação dada às bactérias que apresentam forma cilíndrica. (Biologia) bacia de estabilização É a área total drenada por um rio e seus afluentes. (Hidrologia) background Termo utilizado em geoquímica e geofísica para relacionar um valor, teor ou porcentagem mineral, ou ainda uma propriedade física (radiométrica, magnetométrica, etc) a um padrão regional para efeito de comparação; o mesmo pode relacionarse a ppm, ppb, cps, etc. bacia experimental Bacia na qual as condições naturais são deliberadamente alteradas objetivando estudar os efeitos dessas modificações no ciclo hidrológico. (Hidrologia) bacia fluvial (Hidrologia) Ver bacia hidrográfica. bactéria Microorganismo unicelular procariota e pertencente ao Reino Monera , geralmente sem clorofila, e que utiliza alimentos solúveis , normalmente orgânicos, apesar de algumas bactérias serem quimiossintetizantes; apresentam ampla distribuição na natureza, sendo que algumas bactérias formam esporos resistentes, que podem ficar inativos em condições inadequadas do meio ambiente, e serem reativadas com o retorno de condições mais aceitáveis. (Biologia) bacia hidrogeológica Região geográfica cujas águas subterrâneas escoam para um só exutório. Pode não coincidir com a bacia hidrográfica. (Hidrologia) bacia hidrográfica Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes; a noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d'água, cursos d'água principais, afluentes, subafluentes, etc; deve existir uma hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais baixos. Inclui, também, noção de dinamismo, por causa das modificações que ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito dos bactérias anaeróbias facultativas São bactérias que conseguem se desenvolver tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. (Biologia) bactérias clorifiladas Bactérias anaeróbias que obtém energia para o 54 VOCABULÁRIO DA NATUREZA bactérias heterotróficas São bactérias que requerem um ou mais compostos orgânicos que não o dióxido de carbono para síntese do seu protoplasto. (Biologia) crescimento, através de um processo particular de fotossíntese. Ver bactérias fotossintetizantes. (Biologia) bactérias coli-aerógenas Bactérias encontradas predominantemente no intestino do homem ou de animais, podendo ocasionalmente, serem encontradas em qualquer outra parte; terminologia antiga, não mais utilizada, empregada para designar bactéria do grupo coliforme. (Biologia) bactérias mesófiças Bactérias que são mais ativas numa temperatura entre 20º C e 40º C. (Biologia) bactérias patogênicas Bactérias que causam doenças nos organismos hospedeiros. (Biologia) bactérias criófilas Bactérias que são mais ativas numa temperatura igual ou inferior a 10º C. (Biologia) bactérias psicrófilas Aquelas que apresentam o ótimo de crescimento em temperaturas inferiores a 0 aproximadamente 15 C. (Biologia) bactérias de nódulo São aquelas que formam nódulos, ou seja, estruturas organizadas, que podem ocorrer em raízes ou caules das plantas e onde se dá o processo de fixação biológica do N2. (Biologia) bactérias quimiossintetizantes Bactérias que utilizam reações de oxidação-redução, como fonte de energia, no processo de síntese de compostos orgânicos; não empregam a luz ou compostos orgânicos nas citadas reações. (Biologia) bactérias do ferro Bactérias que pertencem a ordem chlamydobacteriales, e que apresentam a propriedade de retirar o íon ferroso do meio aquoso e precipita-lo em sua bainha, na forma de íon férrico; algumas bactérias do ferro , como crenothrix, gallionella e leptothrix, são capazes de oxidar metabolicamente o íon ferroso para o íon férrico autotroficamente; em outras, como no caso da sphaerotillos, esta oxidação é puramente química e processada em sua bainha. (Biologia) bactérias saprófitas Bactérias que vivem da matéria orgânica morta e promovem a sua decomposição. (Biologia) bactérias termófilas Bactérias que são mais ativas numa temperatura variando de 40º C a 55º C. (Biologia) bactericida É a substância ou a preparação química que destrói as bactérias patogênicas e não patogênicas, mas não necessariamente as formas esporuladas. bactérias do metano Bactérias metanogênicas, que na ausência de oxigênio, induzem uma fermentação alcalina da matéria orgânica putrescível, com a produção de gás metano. (Biologia) bacteriófago O menor vírus de estrutura icosaédrica conhecido, possuindo 60 capsômeros; fago. Ver capsômeros. (Virologia) bactérias entéricas Bactérias que se desenvolvem no trato intestinal e deste modo são utilizadas como indicadoras de contaminação fecal. (Biologia) bacteriostase Substância que inibe a multiplicação bacteriana; é a substância ou a preparação química capaz de inibir a multiplicação de bactérias; não tem ação sobre esporos. bactérias fotossintetizantes Bactérias que utilizam a energia luminosa no processo de síntese de compostos orgânicos; são de habitat predominantemente aquático e têm papel importante em lagoas anaeróbias, para tratamento de águas residuárias; bactéria fototrófica. (Biologia) bacteriostático Ver bacteriostase. bacteróide Forma alterada de células de certas bactérias; refere-se particularmente às células intumescidas e vacuoladas irregulares de rizóbio em nódulos de leguminosas. 55 VOCABULÁRIO DA NATUREZA camadas ou lâminas superpostas, incolores, amareladas ou pardas e constituída de substâncias sépticas. (Biologia) bacuri Árvore com 15 a 25 m de altura (Platonia insignis), que exsuda um látex amarelo quando cortada; o fruto é uma baga volumosa, de tamanho variável com polpa branca, macia, fibro-mucilaginosa, fortemente aderida a semente, de cheiro e sabor muito agradáveis; a região do Salgado e da ilha do Marajó, no Estado do Pará, são as áreas de maior concentração na Amazônia. bainita Microestrutura de cementita dispersa em ferrita, obtida por transformação isotérmica, em baixa temperatura (200 a 500o C), da austenita. (Metalurgia) baixa Região da atmosfera que apresenta pressão barométrica baixa à superfície e valor ainda mais baixo em seu centro; quanto maior a diferença de pressão entre o centro e as suas vizinhanças maior será a intensidade do vento em uma baixa; no hemisfério sul os ventos sopram no sentido dos ponteiros do relógio , enquanto no hemisfério norte ocorre o contrário. (Meteorologia). bacuripari Árvore com 6 a 20 m de altura, (Rheedia macrophylla), frutos tipo baga de casca lisa, amarela, contendo até quatro sementes envolvidas por uma polpa branca mucilaginosa de sabor acidulado. badland Terreno geralmente desprovido de vegetação e entrecortado por um intrincado padrão de ravinas estreitas, cristas agudas e pináculos, resultados de uma erosão severa em materiais não muito resistentes. (Geomorfologia) baixa equatorial Faixa de baixa pressão localizada bem ao norte do equador, principalmente no hemisfério norte. (Meteorologia). baía Porção do oceano, mar ou lago que adentra pelo continente, caracterizandose por apresentar uma linha de costa com a concavidade voltada para o exterior; pode ser do tipo aberta ou fechada. (Geografia) baixa extratropical Depressão barométrica que se forma fora dos trópicos. (Meteorologia). baixa tensão Tensão cujo valor entre fases é inferior a uma tensão dada, variável de país para país. (Energia) baía aberta Baía delimitada por dois pontões rochosos, com distância suficiente entre eles de modo a permitir que as ondas no seu interior tenham as mesmas características das observadas em mar aberto. (Geografia) baixada Depressão do terreno; área baixa em relação aos terrenos vizinhos; planície extensa e de pequena altitude relativa, junto à costa, baías ou rios; parte da área está sujeita a inundação; extenso plano, normalmente situado na área litorânea pouco acima do nível das marés. baía fechada Baía que se comunica indiretamente com o mar aberto através de passagens estreitas. (Geografia) baia tropical Depressão barométrica formada nos trópicos. (Meteorologia) baixa-mar Elevação mínima alcançada por cada maré vazante. baías Termo regional que designa as lagoas temporárias ou permanentes, de dimensões e formas variadas, muito freqüentes no pantanal da Nhecolândia. baixio Elevação do fundo submarino formada por material inconsolidado, geralmente arenoso, podendo contudo ser argiloso ou conchífero, e situado a menos de 20 m de profundidade. bainha Base da folha, alargada, e que abraça, parcial ou totalmente, o pseudobulbo ou a espata. (Botânica) bajada Área plana situada na porção terminal de um conjunto de pedimentos, na qual acumulam-se os sedimentos provenientes das partes mais elevadas; pode comportar depressões do tipo playa. (Geomorfologia) bainha Revestimento externo, mucilaginoso, cilíndrico, que envolve os filamentos de certos gêneros de algas e bactérias; pode ser formada de várias 56 VOCABULÁRIO DA NATUREZA superfície; em geral, o balanço de radiação na superfície terrestre é positivo de dia e negativo à noite. balança comercial É a relação entre as exportações e as importações de um país. Se o valor das exportações supera o das importações, ocorre um superávit; se as importações excedem as exportações, há déficit. (Economia) balanço hídrico Balanço das entradas e saídas de água no interior de uma região hidrológica bem definida, tal como uma bacia hidrográfica ou um lago, levando em consideração as variações efetivas de acumulações. balanço Conjunto de dados econômicos e financeiros de uma empresa, apresentado ao mercado de forma periódica (balanço do trimestre, do semestre ou do ano); o balanço deve incluir todos os bens, créditos, dívidas e obrigações da companhia. (Economia) balanço hídrico do solo Método que estabelece a contabilidade hídrica de um perfil de solo, determinando as quantidades de água recebida, retida, evapotranspirada e disponível para as plantas. balanço de energia Equação que relaciona o fluxo de radiação em uma parte da superfície da Terra, ao calor perdido ou ganho por condução para/ou de uma camada abaixo; o calor é perdido ou ganho da atmosfera, por processos de difusão molecular, e a perda ou ganho da superfície, por evaporação ou condensação; fluxo de ganho, perda e armazenamento de energia por um organismo, população ou ecossistema. balanço térmico Balanço de ganhos e perdas de calor para um dado sistema, durante um período determinado. balata Produto intermediário entre a borracha e a gutapercha, sendo produzida pela Mimusops bidentada; plástico natural proveniente da secagem da seiva (látex) de certas sapotáceas, como por exemplo da abiurana-guta (Pouteria gutta) encontrada na Amazônia. balanço de nitrogênio A relação entre a entrada e saída de nitrogênio de um sistema ecológico, tais como: lagos, rios e instalação de tratamento de esgotos. balceiro Pequena ilha flutuante, formada por vegetação que é transportada pela correnteza em um curso de água. balanço de nutrientes Razão entre as concentrações de nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas, a qual permite máxima taxa de crescimento e de produção. baldrame Viga de concreto que sustenta as paredes das construções. (Engenharia Civil) ball clay Argila na qual predomina caulinita acompanhada de outros argilominerais como a ilita, a esmectita e a clorita, além de conter quantidades subordinadas de quartzo, plagioclásio, feldspato potássico e calcita; apresenta elevada plasticidade, sendo por vezes refratária e comumente caracterizada pela associação com matéria orgânica e apresentando tonalidades que variam do levemente amarelado até matizes de cinza. balanço de oxigênio Balanço entre o consumo e a produção ou reintrodução de oxigênio ao longo de um corpo d'água. balanço de pagamentos É o resumo, expresso em unidades monetárias das transações ocorridas entre o país e o resto do mundo; ele apresenta duas grandes contas: o saldo em transações correntes, que se refere às transações de bens e serviços realizadas pelos brasileiros com o exterior, e, o saldo de capitais, que reflete o fluxo de moedas entre o país e o resto do mundo. (Economia) balneabilidade Padrão de qualidade das águas, que indica se as pessoas podem se banhar sem risco para a saúde; no Brasil, ele é definido pela Resolução 20/86 do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, que divide as condições de balanço de radiação Diferença entre a quantidade de radiação que é absorvida e emitida por um dado corpo ou 57 VOCABULÁRIO DA NATUREZA desenvolvimento nos países da América Latina e do Caribe; a sede fica em Washington, nos Estados Unidos. balneabilidade em quatro categorias: excelente, muito boa, satisfatória e imprópria, onde os poluentes medidos são coliformes fecais e coliformes totais. banco ativo de germoplasma coleção ativa. (Genética) Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD Ver Banco Mundial. Ver Banco Mundial Instituição financeira ligada à ONU e criada em 1944; o objetivo inicial do Banco Mundial era ajudar na recuperação dos países europeus cuja economia havia sido aniquilada pela Segunda Guerra Mundial; atualmente, tem como objetivos principais o combate à pobreza e a melhoria nas condições de vida em todo o mundo. O número de países-membros é de 181. Banco Central Instituição financeira governamental cuja função é zelar pela estabilidade da moeda, controlar o crédito e monitorar entrada e saída de dinheiro e metais preciosos do país; no Brasil, o Banco Central detém o monopólio da emissão de moeda no país e fiscaliza os bancos. (Economia) banco de areia Deposição de material sobre o fundo de um lago, de um rio, de sua foz, ou do mar, junto à costa, em resultado do perfil do fundo, das correntes dominantes e da ocorrência de sedimentos; bancos de sedimentos (areia, cascalho, por exemplo) depositado no leito de um rio, constituindo obstáculos ao escoamento e à navegação; acumulação de aluviões e seixos nas margens dos rios e na beira dos litorais onde predominam as areias; barra, coroa. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Tem a função de financiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país; foi criado em 1952 e, atualmente, é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento. banda de absorção da atmosfera Região do espectro eletromagnético para a qual a atmosfera comporta-se de maneira opaca, não permitindo a passagem da radiação eletromagnética. banco de genes Base física onde o germoplasma é conservado; geralmente, são centros ou instituições públicas e privadas que conservam as coleções de germoplasma sob a forma de sementes, explantes ou plantas a campo. Informalmente, banco de genes e banco de germoplasma se eqüivalem em sentido. (Genética) banda do visível Faixa do espectro eletromagnético que pode ser percebido a olho nú, e compreendida aproximadamente entre 7.000 e 4.000 Angstrons, os limites do infravermelho e do ultravioleta, respectivamente. banda ripícola Faixa de proteção criada ao longo da linha de água com o objetivo de reduzir efeitos nocivos da agricultura. Ver floresta ripária. banco de germoplasma Expressão para designar uma área de preservação biológica com grande variabilidade genética; por extensão, qualquer área reservada para a multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por vários anos, sementes ou genes diferentes. banco genético germoplasma. Ver banco bandamento composicional Foliação definida por faixas paralelas de composição mineralógica ou texturas diferentes; pode corresponder a um acamamento relíquiar ou ser originado por segregação metamórfica, migmatização, cisalhamento e dissolução por pressão. de Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID Organização internacional criada em 1959 para prestar ajuda financeira e fomentar o banhado Denominação regional utilizada no Sul do Brasil para indicar extensões de terras baixas inundadas 58 VOCABULÁRIO DA NATUREZA pelos rios, que podem periodicamente se apresentar secas e aptas ao cultivo, ao contrário dos pântanos. (Geografia) barra cuspidada Barra que se apresenta em forma de crescente, unida à praia por ambas as extremidades. bar Igual a 0,987 atmosferas ou 1,02 kg/cm2 ou 100 kilopascal ou 14.5 lbs/pol quadrada; unidade de pressão equivalente a aproximadamente um milhão de dinas por centímetro quadrado. barra de arrebentação Barra que apresenta sedimentos mais grosseiros que os das áreas adjacentes, e formada no local onde ocorre a arrebentação das ondas. barbas Ramificações de uma pena, que se originam na raque; delas partem ramificações secundárias, as bárbulas, que possuem diminutos ganchos os quais de prendem à bárbula adjacente, dando resistência às penas de vôo, de cobertura e às coberteiras; nas plumas e semiplumas não existe coesão das bárbulas através de ganchos e tais penas têm aspecto plumáceo. (Zoologia) barra de canal Forma de leito de ocorrência não periódica, e que se desenvolve sob condições de profundidade rasa, nas quais pequenas mudanças no fluxo podem ser responsáveis por considerável variação na sua morfologia; rsulta então de simples feições deposicionais e formas complexas, devido a atuação de múltiplos eventos erosivos e deposicionais; levando-se em consideração o fluxo e o padrão de crescimento pode ser longitudinal, transversal, em pontal e diagonal. barbotina Uma suspensão espessa de partículas sólidas em um líquido. (Metalurgia) barcana Duna que apresenta forma de meia-lua , mostrando sua face convexa voltada para barlavento , e a face côncava para sotavento. barra de costa afora Acumulação subaquática de areia que se apresenta em forma de crista, situada a alguma distância da praia, e resultante principalmente da ação das ondas. barita Mineral que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal e composição BaSO4, sendo que sua densidade de 4,5 é considerada elevada para um mineral não-metálico; quando o estrôncio substitui o bário o mineral passa a ser denominado celestina, e anglesita quando presente o chumbo. barra digitada Corpo arenoso estreito e longo, de seção transversal lenticular, subjacente a um canal distributário em um delta pé-de-pássaro; o corpo arenoso, muito mais largo do que o canal distributário, é formado pelo avanço progradante da barra em meia lua, junto à desembocadura do distributário. barlavento Face de qualquer elemento voltada para o lado que sopra o vento. barra em meia lua Barra que se apresenta em forma de crescente, sendo encontrada nas saídas de braços de maré entre ilhas barreiras, na entrada de uma baía, na foz de um rio ou de um distributário deltáico. barógrafo Aparelho que registra a pressão atmosférica. (Meteorologia) barômetro Ver barômetro aneróide. (Meteorologia) barômetro aneróide Instrumento para se medir a pressão atmosférica. (Meteorologia) barra longitudinal Barra formada após o sulco longitudinal e disposta de modo aproximadamente paralelo à linha de costa. barra Banco de areia de grandes dimensões, formado pelo transporte transversal dos sedimentos do fundo marinho até a costa; pode ser submarina ,insular e litorânea. Ver banco de areia. barragem Construção para regular o curso de rios, usada para prevenir enchentes, aproveitar a força das águas como fonte de energia ou para fins turísticos; sua construção pode trazer problemas ambientais, como no caso de 59 VOCABULÁRIO DA NATUREZA grandes hidrelétricas, por submergir terras férteis, muitas vezes cobertas por importantes ecossistemas, ou/e por desalojar populações que vivem na área. basalto Rocha ígnea extrusiva de granulação fina (afanítica) em que o plagioclásio sódico-cálcico predomina sobre o feldspato potássico. barranco Exposição geralmente vertical de cortes de estradas, voçorocas ou margens de rios. base de Arrhenius libera íon hidroxila dissolvida em água. barreira Massa arenosa, disposta paralelamente à costa, e que permanece elevada acima da maré mais alta; restinga. base de Bronsted Substância capaz de aceitar um próton (H+). Substância que (OH-) quando base de dados Coleção de informações sobre acessos, que inclui descritores e os estados dos descritores associados. (Genética) barreira Qualquer obstáculo de ordem física, química ou biológica que impede a dispersão dos seres vivos. (Ecologia) base de Lewis Substância que pode doar um ou mais pares de elétrons. barreira de água doce Frente de água doce subterrânea que apresenta uma altura de carga suficiente para impedir a intrusão de água salgada ou salobra. base genética Total da variação genética presente em uma população; em princípio, quanto maior for a amplitude da variação genética maior será a capacidade da população fazer frente a flutuações ambientais, em benefício de sua perpetuação. barreiro Denominação dada às porções de terreno em áreas de várzea próximas ao litoral, onde ocorre eflorescência salina. barrento Que tem característica de barro; uma classe textural do solo, segundo antiga classificação. (Pedologia) base monetária Corresponde à criação primária de moeda; ela é divulgada de duas maneiras: na mais restrita corresponde ao total de papel moeda em circulação, somado às reservas bancárias; na maneira mais ampla, é a quantidade de dinheiro disponível no mercado; é o nome dado ao conjunto de toda a moeda existente em um país. (Economia) barril Unidade de volume equivalente a 158,98 litros. barril de óleo equivalente Unidade utilizada para permitir comparar, em equivalência térmica, um volume de gás natural com um volume de óleo. barrilete Parte da sonda destinada a recolher, proteger e recuperar o material a ser amostrado. bases de referência Compreende o material cartográfico, utilizado em levantamento de solos, consistindo de mapas planaltimétricos, imagens de radar e de satélite, fotografias aéreas, cartaimagem de sensores remotos orbitais, levantamentos topográficos convencionais e restituições aerofotográficas, além de informações contidas nos mapas pedológicos preexistentes e outros mapas temáticos, que permitam a obtenção e a utilização de informações preliminares sobre o meio ambiente e o uso da terra. barrilete de ventilação Tubulação horizontal com saída para atmosfera em um ponto, destinado a receber dois ou mais tubos ventiladores. (Engenharia Civil) barrilha Denominação aplicada ao carbonato de sódio (NaCO3) e que é utilizada no preparo de sabões, de vidros e no amolecimento de água dura. barro Argila como é encontrada no barreiro, própria para a fabricação de tijolos e telhas; Classe textural equivalente a franco. (Pedologia) basídio Célula fértil claviforme que abriga em seu ápice os esporos sexuados externos. (Micologia) 60 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ocorre comumente em regiões de clima tropical. basidiosporos Esporos sexuados contidos nos basídios. Ver basídio. (Micologia) beiju Alimento das populações nativas da Amazônia, feito com mandioca ou tapioca, de diversos tipos e formatos: beijucica, beijuguaçu, beiju-moqueca, beijuteica. basônimo Nome específico conferido pela primeira vez, na nomenclatura botânica. bateria Denominação aplicada a uma célula ou a um conjunto de células eletroquímicas conectadas em série, e que podem ser utilizadas como fonte de energia elétrica direta com voltagem constante. (Química). beneficiamento de sementes Processo de retirada da casca e/ou polpa dos frutos a fim de extrair as sementes. benigno O que não é maligno , não está associado ao câncer. (Medicina) bateria de poços Conjunto de mais de três ou mais poços, tubulares ou amazonas, perfurados em uma mesma área e explorando o mesmo aqüífero, voltado ao atendimento de uma determinada demanda. bens Qualquer coisa com alguma utilidade, que seja capaz de cumprir uma função ou satisfazer uma necessidade; há, porém, bens com valor econômico e bens sem valor claro; o exemplo clássico é o ar: tem uma função tão importante para o ser humano que ninguém é capaz de sobreviver sem respirá-lo; no entanto, é abundante e não requer trabalho para obtê-lo; por isso não tem valor econômico; os bens econômicos recebem várias classificações, quase sempre por sua função na produção. (Sócio-Economia) batimetria Procedimento para determinação e representação gráfica do relevo de fundo de áreas submersas (mares, lagos, rios). batólito Grande massa plutônica que apresenta uma exposição com mais de 100 km2 e constituída por rochas com granulação média a grosseira e composição granítica: granodiorito, granito e quartzo monzonito; quando inferior a 100 km2 denomina-se stock. . (Geologia) bens comuns da humanidade Sistemas naturais de interesse comum, cuja administração transcende jurisdições nacionais; exemplos: Convenção dos Oceanos que regulamenta o uso de águas comuns e estabelece zonas exclusivas de comércio; Convenção do Espaço Cósmico de 1967 e a instalação do Comitê da ONU para seu uso pacífico; Tratado Antártico, de 1959, que garante o uso do continente para fins pacíficos, investigações científicas e cooperação internacional, proibindo o despejo de resíduos radiativos e testes nucleares. baunilha Planta da família das Orquidáceas, Vanilla planifolia, da qual se extrai uma substância muito utilizada em confeitaria e perfumaria. bauxita Mistura de hidróxidos de alumínio, tendo como constituintes principais a gibbsita - Al(OH3), a boehmita- AlO(OH)3 e o diásporo- AlO ( OH )2- qualquer um deles podendo ser o dominante. É o mais importante minério de alumínio. bens de capital São os bens que servem para a produção do outros bens, tais como máquinas, equipamentos, material de transporte e construção. bayou Drenagem estuarina, tributária ou ligando outros canais ou corpos de água, que se desenvolve através de zonas pantanosas. bens de produção Ver bens de capital. bens intermediários São aqueles bens que são absorvidos na produção de outros, como o aço nos automóveis, os chips nos computadores, etc. bbl/dia ou bpd Barris por dia. (Petróleo) beach rock Denominação utilizada para indicar uma praia arenosa que foi cimentada por carbonato de cálcio; 61 VOCABULÁRIO DA NATUREZA bento Conjunto de seres vivos que habitam, permanentemente ou preferencialmente, o fundo dos mares. anos e quando eclode como adulto, acasala e põe ovos na raiz da árvore. best linear unbiased prediction - BLUP Teoria genético-quantitativa sobre a qual se baseiam os sistemas mais avançados de avaliação genética; uma das propriedades mais importantes da metodologia BLUP é proporcionar os fatores de ponderação apropriados para que as diversas fontes de informação disponíveis a respeito de cada indivíduo possam ser resumidas a um único valor. (Genética) bentônicos Animais aquáticos que vivem junto ao substrato, podendo ser fixos (sedentários) ou apenas pousados (vágeis) e locomovendo-se de formas diversas. bentonita Argila de granulação muito fina, composta por minerais do grupo da esmectita; a maioria dos depósitos se forma pela alteração de cinza vulcânica; no Brasil o termo bentonita tem sido empregado para materiais não necessariamente betoníticos: mistura de argilas cauliníticas, montmoriloníticas e ílitas. bétis Planta da família das Piperáceas, Piper aucalyptifolium, originária da Amazônia e Guianas, cujas folhas encerra substância analgésica. betume Ver asfalto. benzeno Líquido incolor, volátil, com cheiro característico, cuja molécula tem uma estrutura cíclica típica (C6H6); usado como solvente e como matéria-prima para obtenção de diversos outros produtos. betume natural Porção do petróleo encontrada no estado sólido ou semisólido, nas condições de reservatório; usado no passado para impermeabilização de esquifes, cisternas, embarcações; também utilizado para iluminação noturna em tochas, no antigo Egito. bequerel Unidade de medida de radiação, que substituiu a Medida Curie; é a quantia de radiotividade onde um núcleo deteriora por segundo. biblioteca genômica Coleção de clones moleculares que contém, pelo menos, uma cópia de cada sequência de ADN no genoma. (Genética) bergschrund Fenda que se apresenta orientada segundo o contato entre o gelo e a rocha, caracterizando a porção superior de uma geleira; sua origem está ligada ao movimento da geleira, que faz com que o gelo se afaste lentamente da rocha. bicho-pau Inseto da família Phasmidae que para se proteger, se disfarça de graveto; quando pousa no galho ele junta as antenas, estica as pernas e até balança com o vento; o predador tem que prestar muita atenção para perceber que ele não faz parte da árvore. berilo Mineral que cristaliza no sistema hexagonal, classe bipiramidaldihexagonal, de cor verde, algumas vezes amarelo ou verde azulado, de composição Be3Al2(Si6O18), geralmente bem cristalizado e com hábito fortemente prismático; ocorre principalmente em pegmatitos. biesfenóide Forma que apresenta quatro faces, na qual as duas faces do esfenóide superior se alternam com as duas do esfenóide inferior. (Cristalografia) berma Terraço formado acima do limite dos fluxos da maré alta; é construída principalmente durante as ressacas, sendo que quanto maior for a tempestade, mais altas e distintas se apresentam. bifoliado (Botânica) Que tem duas folhas. bifólio Ver bifoliado. (Botânica) big bang Teoria para explicar a origem e evolução do Universo baseado num estado extremamente elevado de densidade e temperatura a partir do qual besouro mãe-de-sal Inseto que vive na raiz da sumaúma; sua fase larvar dura 20 62 VOCABULÁRIO DA NATUREZA o Universo começou a expandir-se; ponto de começo do tempo e do espaço. (Astronomia) biocenese Relação de equilíbrio existente entre flora e fauna de um dado ecossistema. bigênere Designação dos híbridos resultantes do cruzamento de dois gêneros diferentes. (Botânica) biocenose Grupo de organismos que vivem intimamente associados, formando uma unidade ecológica natural. biguá (Phalacrocorax brasilianus) Aves que vivem em lagos, grandes rios do México à América do Sul. São ótimos mergulhadores e descansam pousando na beira da água, sobre pedras, árvores, estacas e esticam as asas como os urubus; eles alimentam-se de peixes e nidificam sobre árvores em matas alagadas, matas ciliares, às vezes entre colônias de garças. (Zoologia) biocenose do solo Assembléia de organismos que vivem juntos como uma comunidade irter-relacionada no solo; constitui uma unidade ecológica natural. biocenótico Relativo à biocenose. biocida Substância química de origem natural ou sintética que é utilizada para controlar ou mesmo eliminar organismos vivos considerados nocivos à atividade ou saúde humanas. biguatinga (Anhinga anhinga) Ave encontrada nas regiões tropical e temperada e vive em pequenos grupos próximo a lagos e rios; o pássaro nada quase submerso com a cabeça e o pescoço sobre a água lançando-se como uma cobra de um lado a outro; assim, ele pega os peixes com seu bico e os carrega para a terra. bioclasto Resíduo de organismo carbonatado, fragmentado, transportado e depois depositado. bioclima É a relação entre o clima e os organismos vivos. bioconcentração Ver bioacumulação. biócoro Meio geográfico básico, caracterizado por certa vegetação adaptada a determinadas condições; características físicas de um biociclo; o biociclo terestre engloba quatro biócoros: deserto, savana, pradaria e mata. bile Líquido composto por substâncias produzidas pelo fígado e armazenado na vesícula biliar; tem como papel fundamental ajudar na digestão de gorduras. (Medicina) biodegradável Denominação aplicada a qualquer produto que pode ser decomposto através da ação de microorganismos. bilirrubina Pigmento amarelo produzido pelo fígado a partir da quebra da molécula de hemoglobina; na icterícia há um aumento dos níveis de bilirrubina no sangue e nos tecidos. (Medicina) biodigestão Processo que utilIza a biodegradabilidade para a produção de materiais energéticos. bioacumulação Acumulação progressivamente mais concentrada de uma substância em cada etapa da cadeia alimentar, podendo ameaçar a saúde dos organismos animais e vegetais, inclusive o Homem; também se refere à capacidade de substâncias químicas persistentes (como o mercúrio, cádmio, chumbo e elementos que compõem agrotóxicos organoclorados) de se acumularem ao longo do tempo em organismos vivos em concentrações maiores que as da água ou alimento consumido. biodigestor Equipamento constituído por um tanque subterrâneo, na maioria das vezes destinado a recolher gás metano (também chamado biogás) exalado do lixo biológico, produzindo ainda, uma carga de nutrientes agrícolas sob a forma de resíduos sólidos chamados biofertilizantes; contém nitogênio, fósforo e potássio dentre outros. biodiversidade É a variedade de formas de vida do planeta; essa variedade pode ser analisada em vários níveis, incluindo: 63 VOCABULÁRIO DA NATUREZA 50 a 70% de metano (CH4), 50 a 30% de gás carbônico e traços de gás sulfídrico (H2S); pode ser obtido partindo-se de diversos tipos de materiais, tais como resíduos de materiais agrícolas, lixo, vinhaça, casca de arroz, esgoto, etc; nos digestores, pelo processo da fermentação anaeróbica (digestão) uma sequência de reações finaliza com a produção de gases como o metano e o carbônico. a diversidade genética dentro de populações e espécies, a variedade de espécies da fauna, da flora e de microrganismos; a variedade de funções ecológicas desempenhada pelos organismos nos ecossistemas, e a diversidade de habitats, comunidades e ecossistemas formados pelos organismos; a biodiversidade refere-se tanto ao número de espécies de organismos (riqueza) quanto à sua abundância relativa (equitabilidade); inclui a variabilidade a nível local, (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade); a biodiversidade inclui assim, a totalidade dos recursos vivos ou biológicos, bem como os recursos genéticos e seus componentes; além de promover o equilíbrio e a estabilidade dos ecossistemas, a biodiversidade tem também imenso potencial econômico, sendo a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais, além de ser fonte estratégica para a indústria da biotecnologia. biogenia Ramo da biologia, voltado ao estudo das etapas do desenvolvimento e das modificações das formas e funções dos organismos vivos, através dos tempos. biogeografia Ciência voltada ao estudo da distribuição geográfica dos seres vivos, no globo terrestre. biogeoquímica Ramo da ciência que estuda os ciclos geoquímicos e biológicos, p.ex: ciclo do nitrogênio, ciclo hidrológico. bioherme Estrutura que se assemelha a recifes, em forma de elevações, lentes ou outras estruturas maciças, sendo constituída unicamente de material de origem orgânica, e presente em rochas de diferentes litologias. biodiversidade genética Refere-se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma espécie ou a variação genética dentro de uma população. bioindicador Animal ou vegetal cuja presença em um determinado ambiente indica a existência de modificações de natureza orgânica, física ou química; alguns bioindicadores são bioacumuladores, pois denunciam a presença de substâncias tóxicas. bioensaio O uso de organismos vivos para estimar quantitativamente a quantidade de substâncias biologicamente ativas presentes numa amostra. bioestratigrafia Ramo da estratigrafia voltado, primariamente, ao estudo da distribuição dos fósseis e das rochas que os contêm, no espaço e no tempo. biolitito Rocha calcária cuja estrutura é mantida por um arcabouço orgânico como as rochas de recife. biologia Ciência natural voltada estudo dos seres vivos, através morfologia, da fisiologia, da ecologia e sistemática, dentre outros. Inclui botânica e a zoologia. bioética Ramo da ciência que discute ética da manipulação genética. biófago Que se nutre à custa de um organismo vivo. ao da da a biólose Degradação ou destruição da matéria orgânica viva. biogás Mistura de gases cuja composição depende da forma como foi obtida; de modo geral sua composição é variável e é expressa em função dos componentes que aparecem em maior proporção; assim o biogás pode conter bioma Amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos; é o 64 VOCABULÁRIO DA NATUREZA biosfera Região do planeta que contém todo o conjunto de seres vivos e na qual a vida é permanentemente possível; pode ser considerada como o conjunto de todos os ecossistemas; a biosfera é dividida em biociclos; estes são ambientes menores dentro da biosfera; há três biociclos: Talassociclo - biociclo marinho; Epinociclo - biociclo terrestre; Limnociclo - biociclo da água doce; compreende a porção inferior da atmosfera, a hidrosfera e a porção superior da litosfera. conjunto de condições ecológicas de ordem climática e características de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios; os principais biomas mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia, floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água doce; principal comunidade climax composta de plantas e animais de uma área. biomagnificação Transferência de determinadas substâncias tóxicas ao longo da cadeia alimentar, em concentração exponencial. biosparito Esparito contendo fragmentos aloquímicos derivados de fósseis carbonáticos, tais como foraminíferos, fragmentos de conchas de moluscos, etc. biomassa É o peso total de todos os organismos vivos de uma ou várias comunidades, por uma unidade de área. É a quantidade de matéria viva num ecossistema. biossegurança Designação genérica da segurança das atividades que envolvem organismos vivos; abrange o significado da expressão segurança biológica, voltada para o controle e a minimização de riscos advindos da exposição, manipulação e uso de organismos vivos que podem causar efeitos adversos ao homem, animais e meio ambiente; os procedimentos de biossegurança devem ser amplamente adotados em hospitais e laboratórios que pesquisam ou produzem patógenos ou outros organismos que apresentem potencial de dano à saúde pública, à vida humana e ao ambiente; no Brasil, passou a ser mais amplamente abordada na questão dos organismos geneticamente modificados. biometria Ramo da ciência que trata da aplicação dos procedimentos estatísticos em biologia. biomicrito Rocha calcária constituída de porções variáveis de detritos esqueletais e lama carbonática. biomineralização Elaboração de esqueletos duros internos ou externos, pelos organismos, sendo que tais esqueletos são constituídos de substâncias minerais e de uma matriz orgânica. biomonitoramento Vigilância contínua de um efluente de águas residuárias, através do emprego de organismos vivos, para controlar a qualidade dos despejos lançados num corpo receptor; emprego de organismos vivos para controlar a qualidade de uma água receptora à jusante de uma descarga. biossequência Seqüência de solos relacionados que diferem uns dos outros, primariamente, como resultado de diferenças em tipos e números de organismos que tomam parte na formação do solo. (Pedologia) biopirataria Comércio ilegal de plantas e animais. biossistemática Estudo classificatório de taxa através de cruzamentos controlados para inferir o relacionamento genético e, assim, taxonômico entre eles; como disciplina que considera a afinidade genética e o sucesso reprodutivo como os principais parâmetros para a classificação dos seres vivos, a biossistemática não considera a morfologia em seu método científico e bioporo Poro existente no solo, cuja origem é devida a ação de raízes e também da fauna endopedônica, propiciando deste modo a entrada e a percolação da água no solo. (Pedologia) biópsia Procedimento diagnóstico no qual é retirado um pequeno fragmento do tecido a ser estudado microscopicamente. (Medicina) 65 VOCABULÁRIO DA NATUREZA enfatiza os índices de fertilidade das progênies resultantes (F1, F2, Fn) para estimar a distância do relacionamento filogenético entre formas parentais e se as mesmas de fato constituem espécies; taxonomia experimental. (Genética) bioturbação Perturbação dos sedimentos devido à ação de organismos, que chegam por vezes a destruir completamente as estruturas sedimentares. bipirâmide Conjunto de formas fechadas com 6, 8, 12, 16 ou 24 faces, podendo ser consideradas como formadas por pirâmides, mediante reflexão sobre um plano de simetria horizontal. (Cristalografia) biossoma Pacote de sedimentos que encerra fósseis documentários da persistência de vida de uma associação, por um determinado intervalo de tempo. bióstromos Leitos acamadados, formados por concentrações de restos de organismos sedentários que cresceram e foram depositados in situ. biribá Pequena árvore de 6 a 10 m de altura (Rollinia mucosa), com frutos do tipo sincarpo bacáceo, ovóde ou globoso, de casca espessa amarela, munida de saliências carnosas e escamiformes; a polpa é branca, abundante e sucosa, sementes numerosas; o peso de um fruto pode alcançar até 1.300 g. É uma das fruteiras mais populares da Amazônia e sua frutificação vai de novembro a maio. biota Denominação utilizada para o conjunto da fauna e flora de uma determinada região. biotecnologia Técnicas que usam organismos vivos ou partes destes para produzir ou modificar produtos, melhorar geneticamente plantas ou animais, ou desenvolver microrganismos para fins específicos; as técnicas de biotecnologia servem-se da engenharia genética, biologia molecular, biologia celular e outras disciplinas e seus produtos encontram aplicação nos campos científico, agrícola, médico e ambiental. Ver engenharia genética bissecta Perfil de plantas e solo com a vegetação natural intacta, mostrando a distribuição vertical e lateral das raízes e copas em sua posição natural. bissequum Dois sequa em um solo, ou seja, duas seqüências de um horizonte eluvial e sua relação com o horizonte iluvial. bissialitifização Formação de argilomnerais do tipo 2:1 sob condições de drenagem deficiente. biótipo Conjunto de fenótipos que apresentam o mesmo patrimônio genético; comumente o termo é utilizado para referir-se à aparência geral do indivíduo. blasto Prefixo ou sufixo de origem grega, que é utilizado para indicar texturas ou minerais formadas durante o metamorfismo. biotita Mineral do grupo das micas que cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática e fórmula K(Mg,Fe)(AlSiO3O10)(OH)2; apresenta-se em cristais tabulares ou prismáticos curtos, com planos basais bem nítidos, sendo que as folhas delgadas mostram cor escura, diferindo da muscovita, que se apresenta quase incolor. blastoconídio Formação originária da célula-mãe no processo de brotamento; este broto cresce e recebe um núcleo após a divisão do núcleo da célula-mãe. (Micologia) blastoconídios Taloconídios comuns nas leveduras e que derivam por brotamento da célula-mãe; gêmulas. Ver taloconídios. (Micologia) biótopo Local onde habitualmente vive uma dada espécie da fauna ou da flora; é uma extensão mais ou menos bem delimitada da superfície, contendo recursos suficientes para assegurar a conservação da vida. blastomilonito Rocha milonítica em que a recuperação - recristalização neomineralização, foi de grande importância. (Geologia) 66 VOCABULÁRIO DA NATUREZA entre 2,5 e 5 cm, e que ocorrem em geral concentradas em faixas nos oceanos situados em altas latitudes blenda Mineral que cristaliza no sistema isométrico, classe hexatetraédrica, de composição ZnS, brilho resinoso a submetálico, sendo que suas formas mais comuns são o tetraedro, o dodecaedro e o cubo, podendo por vezes mostrar geminação polissintética; é o principal minério de zinco. esfalerita bolha de consumo Fenômeno que acontece quando o consumo cresce muito, sem que haja condições para que essa prosperidade continue por muito tempo; os consumidores não se sentem estimulados a guardar o dinheiro e passam a gastar mais em compras — uma situação que não se mantem nos meses subseqüentes. (Economia) bloco de pedra Pedra angulosa obtida, geralmente, através de fragmentação artificial, e que apresenta dimensão superior a 10 cm. bolsa de mercadorias Mercado centralizado para operações com mercadorias, sobretudo de produtos primários com maior importância no comércio internacional e interno, como café, açúcar, algodão, cereais, etc; realizando negócios tanto com estoques existentes quanto com mercados futuros, as bolsas de mercadorias exercem papel estabilizador no mercado, minimizando as variações de preço provocadas pelas flutuações de procura e reduzindo os riscos dos comerciantes. (Economia) blocos Tipo de estrutura do solo em que as três dimensões da unidade estrutural são aproximadamente iguais. (Pedologia) blocos angulares Constituí-se em um tipo de estrutura em blocos onde as fases são planas e têm a maioria dos vértices com ângulos vivos. (Pedologia) blocos subangulares Constituí-se em um tipo de estrutura em blocos onde têm mistura de faces arredondadas e planas com muitos vértices arredondados. (Pedologia) bloom Aumento excepcional no crescimento de algas, no decorrer de certas épocas do ano, em alguns ecossitemas, particularmente em lagos e lagoas de regiões temperadas. Tal crescimento pode ser devido a lagoa ou lago receber uma elevada carga de matéria orgânica, como esgoto sem tratamento, que será absorvida pela vegetação aquática, provocando sua expansão que por vezes pode chegar a cobrir totalmente a superfície líquida, e deste modo cortar a oxigenação. bomba Fragmento produzido por erupções vulcânicas de caráter explosivo com diâmetro superior a 32 mm, e que se apresenta total ou parcialmente fundido; quando compactado e cimentado é denominado aglomerado. bonanza Denominação aplicada a um grande bolsão mineralizado presente dentro de um veio. (Geologia) borboletas Insetos que pertencem à ordem Lepidoptera, que significa asa com escamas. Junto com as mariposas, elas representam um dos grupos mais numerosos do mundo que compreende cerca de 500.000 mil espécies; como são extremamente sensíveis a qualquer mudança no meio ambiente, representam um indicador precioso do equilíbrio do ecossistema; no Brasil existem mais de 3.000 espécies, das quais mais de 2.000 vivem na Amazônia. (Zoologia) bloqueio Termo que define a situação na qual existe interrupção do movimento normal para leste das depressões, cavados, anticiclones e cristas, por um certo período de tempo. (Meteorologia) boçoroca Ver voçoroca. boghead Carvão betuminoso formado quase que unicamente por algas pelágicas microscópicas (botriococáceas) constituídas de células ovóides embutidas em funis de gelatina. borbulhador Equipamento que retém, em um meio líquido, substâncias contidas em fluxos gasosos, através da formação, de modo adequado, de bolhas que aumentam a superfície de contato entre o bolas de gelo Esferas de gelo marinho que apresentam diâmetro compreendido 67 VOCABULÁRIO DA NATUREZA conhecidas na bacia amazônica são o boto-branco e o boto-preto ou tucuxí; a lenda do boto é parte integrante do folclore amazônico. líquido e o gás, melhorando assim a eficiência de retenção. boretação Tratamento termoquímico em que se promove enriquecimento superficial com boro; utiliza-se para peças que necessitam de alta resistência à abrasão. (Metalurgia) boto cor-de-rosa (Inia geoffroyensis) Este mamífero, de temperamento afável e brincalhão, pode ser encontrado tanto em águas salgadas como doces; família dos Platanistídeos, ocorre no Alto Orenoco e na bacia amazônica, tendo a parte superior cinza e o ventre branco tendendo ao avermelhado; pode atingir 2 a 3 m de comprimento e pesar mais de 120 kg, alimentando-se exclusivamente de peixes; é o personagem principal de uma das lendas mais populares da Amazônia: o povo acredita que ele é o responsável pela paternidade de muitas crianças e pode atacar os pescadores para vingar o roubo de suas namoradas; boto-branco. borne Ver alburno. bornita Mineral metálico que cristaliza no sistema isométrico, classe hexaoctaédrica e composição Cu5FeS4; quando exposta ao ar embaça-se rapidamente, adquirindo cores purpúrea e azul, podendo chegar quase ao preto. bororo Índios que distribuíam-se por extensa região, compreendida entre a Bolívia, a Oeste, o rio Araguaia, o rio das Mortes, ao Norte, e o rio Taquari, ao Sul. São de língua tronco macro-jê, autodenominado boe; o funeral é o que mais chama atenção pela complexidade, podendo durar até dois meses; a morte de alguém pode provocar mudanças ou reforçar as alianças; a tribo obedece a uma organização social rígida; a aldeia é dividida em duas partes - exare e tugaregue - que, por sua vez, se subdividem em clãs com deveres muito bem definidos; eles reconhecem a liderança de dois chefes hereditários que sempre pertencem à metade exare, conforme determinam seus mitos. boto-branco Ver boto cor-de-rosa. boto-preto Ver tucuxí. botritizar Ato de contaminar uvas com o fungo Botrytis cinerea com o objetivo de obter vinho doce licoroso; esse fungo, ao invés de destruir as uvas, perfura a casca, provocando a saída de água e concentrando o açúcar; as uvas assim contaminadas ficam com aspecto de uvas passas e/ou apodrecidas. (Enologia) borrachudo Termo popular dos insetos dípteros da família dos Simulídeos, nematóceros de pequeno porte; só as fêmeas são hematófagas e diurnas; transmitem a oncocercose ao homem; pium. boulders Matacões com mais de 100 cm de diâmetro. borrasca Fenômeno atmosférico caracterizado por um aumento brusco e intenso da velocidade do vento com a duração de alguns minutos, e que diminui subitamente; vem muitas vezes acompanhado de aguaceiros e de trovoadas. (Meteorologia) box-work Estrutura reticulada que se apresenta com aspecto poroso, semelhante a uma colméia, sendo preenchida por determinada substância mineral. boule Forma que se assemelha a de uma pêra invertida; o coríndon e o espinélio sintéticos usualmente cristalizam nessa forma. (Gemologia) braça Unidade de medida de comprimento que corresponde a 6 pés ou aproximadamente 1,83 m. botânica Ramo da biologia que estuda os vegetais. bráctea Órgão foliáceo na proximidade das flores e diferente das folhas normais e das peças do perianto; equivalente a hipsofilo. (Botânica) boto Mamífero cetáceo, das famílias dos platanistídeos e delfinídeos, marinhos e de água doce; as espécies fluviais mais 68 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ao meio terrestre é parcial, já que necessita de umidade suficiente para o crescimento vegetativo, maturação dos órgãos sexuais e fertilização; divide-se nas classes hepáticas, antoceros e musgos. (Botânica) bradilético Tipo de evolução que se processa a um ritmo mais lento que o normal, para um determinado grupo. branqueador ótico Substância química que absorve radiação ultravioleta e emite radiação na região visível; esta emissão normalmente ocorre na faixa azul do aspecto visível. briozoários Animais coloniais, predominantemente marinhos, bentônicos ou epiplantônicos, que vivem sobre algas ou incrustados em conchas, rochas ou outros objetos; raramente ultrapassam 1 mm de comprimento e ocorrem em águas com profundidade de até 5.500 m, sendo contudo mais abundantes em águas rasas dos mares tropicais ou temperados; acham-se documentados desde o Proterozóico Superior. braquiópodes Animais marinhos, bentônicos, dotados de uma concha bivalve, predominantemente de natureza calcária; estão fixos ao fundo geralmente através de um órgão denominado pedículo ou pedúnculo, podendo ainda se soldarem por intermédio de uma das valvas; a valva central é geralmente a maior, apresentando comumente um orifício denominado forâmen, por onde sai o pedículo. briquetagem Aglomeração de partículas em pequenos pedaços por compressão. brasagem Junção de duas partes metálicas pela fusão de um outro metal com ponto de fusão mais baixo; solda forte. (Metalurgia) brisa Vento local, diurno ou noturno, de pouca intensidade e com velocidade média de até 50 km/h (forças de 1 a 6 na Escala de Beaufort). brecha Rocha constituída por fragmentos angulares, cimentados ou dispostos em uma matriz de granulação fina; pode ser originada por falhas (brecha tectônica), por erosão (brecha clástica), por vulcanismo (brecha vulcânica) ou por colapso. brisa de montanha Vento local que sopra durante a noite, das escarpas das montanhas para os vales, devido ao arrefecimento noturno das encostas. brisa marítima Vento local que sopra do mar para a terra durante o dia, causado pelo resfriamento desigual entre as superfícies terrestre e marinha. brecha intraformacional Brecha monogênica cujos constituintes apresentam-se angulosos e mostram uma natureza bastante próxima da natureza da matriz; origina-se na própria bacia de sedimentação. brisa terrestre Vento local de sopra de terra para o mar, durante a noite, face ao resfriamento noturno que a superfície terrestre sofre devido ao efeito da radiação; terral. brejo Terreno molhado ou saturado de água, alagáveis de tempos em tempos, coberto com vegetação natural própria na qual predominam arbustos integrados com gramíneas rasteiras e algumas espécies arbóreas; terreno plano, encharcado, que aparece nas regiões de cabeceira, ou em zonas de transbordamento de rios e lagos. brises São elementos arquitetônicos de proteção, com a finalidade principal de interceptar os raios solares, quando estes forem inconvenientes. (Engenharia Civil) british thermal unit - BTU Corresponde à quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma libra de água de 39,2º F; 1 BTU = 1.055,6 J. Ver joule. briófita Planta criptogâmica avascular, pequena, sendo a maioria menor do que 10 cm; forma um grupo pioneiro, as mais simples e primitivas plantas terrestres, as quais habitaram a Terra após migração dos ambientes aquáticos; esta adaptação broca-do-tronco Praga do cacaueiro, Xilosandrus morigerus e Theoborus villosulus. Insetos que preferem plantas novas, ainda nos viveiros, e no campo as 69 VOCABULÁRIO DA NATUREZA contrastante, em seqüência a um horizonte A fraco, ou raramente horizonte A moderado, geralmente muito duro, saturação de bases alta e argila de atividade alta; ocorrem mais tipicamente em regiões semi-áridas sendo em geral, cascalhentos, principalmente na superfície. (Pedologia) plantas com até dois anos de idade; a broca perfura o caule penetrando até o córtex, onde deposita os ovos, podendo se associar a um fungo, provocando a morte do tecido parenquimatoso, determinando, se não houver controle, a morte da planta. bromélia Planta típica dos trópicos americanos; existem cerca de 2.000 espécies e só uma vive na África; o espaço entre as folhas funciona como um reservatório de água, onde vivem plantas aquáticas e uma fauna variada: cobras, escorpiões, aranhas, borboletas e sapos. Já foram listadas mais de 250 espécies encontradas nas águas das bromélias; floresce apenas uma vez na vida e algumas espécies levam até 50 anos para isso; encontradas em tamanhos variáveis, podem ser minúsculas ou gigantescas com inflorescência de até 5 m de altura; o morcego e o beija-flor são os polinizadores; são utilizadas pelo homem como remédio diurético, antiinflamatório e outros; como alimento, a mais conhecida é o abacaxi. Também fornece fibras para a fabricação de cestos e cordas. bueiro Conduto fechado para livre passagem de água superficial de drenagem sob estrada de rodagem, estrada de ferro, canal ou outra estrutura. (Engenharia Civil) bulbo Tipo de caule, subterrâneo ou aéreo, dominado por grande gema terminal suculenta colocada sobre um eixo basal encurtado. (Botânica) bulbosa Planta cujos talos ou folhas saem de um bulbo. bulking Formação de espuma nos decantadores de lodos ativados; os flocos formados possuem pouca densidade e sobem à superfície ao invés de sedimentar. buraco negro Objeto compacto que permanece após uma estrela maciça gastar toda a sua energia e explodir como supernova; a gravidade é tão forte à superfície de um buraco negro que nem a massa nem a luz conseguem escapar dele. Isto significa que a velocidade para escapar dele teria de ser superior à velocidade da luz. (Astronomia) bronze Liga de cobre e estanho. (Metalurgia) bronze de alumínio alumínio. (Metalurgia) Liga de cobre e bruma Fenômeno no qual a visibilidade torna-se reduzida devido à concentração de material particulado sólido, muito fino, em suspensão no ar. (Meteorologia) buriti Ver miriti. buscador Pequeno telescópio, anexo a outro maior, que graças à amplitude do seu campo permite localizar objetos com maior facilidade. (Astronomia) Brunizem Classe de solos caracterizados por apresentarem argila de atividade alta, horizonte A chernozêmico, incluindo perfis com horizonte B incipiente e com horizonte B textural. (Pedologia) butano Hidrocarboneto saturado com quatro átomos de carbono e dez átomos de hidrogênio (C4H10); é gasoso, incolor e possui cheiro característico; empregado como combustível doméstico e como iluminante; também utilizado como fonte de calor industrial em caldeiras, fornalhas e secadores. Brunizem Avermelhado Classe de solos não hidromórficos constituídos de horizonte A chernozêmico sobrejacente ao horizonte B textural, com argila de atividade alta e cores vermelho forte. Ver atividade das argilas. (Pedologia) Bruno Não Cálcico Classe de solos minerais não hidromórfico, com horizonte B textural, avermelhado, bem 70 VOCABULÁRIO DA NATUREZA C ocorre nos pediplanos tabulares, dominados por fanerófitos finos e deciduais na época chuvosa, assemelhando-se a uma floresta ripária; a bacia do rio Negro e os ambientes situados ao longo dos rios de água preta foram os centros de dispersão deste domínio florístico. c Colocado após o símbolo do horizonte, indica acumulação significativa de concreções ou nódulos nãoconcrecionários, cimentados por material outro que não seja sílica, nos horizontes A, E, B e C; não é usado se as concreções ou nódulos forem dolomita ou calcita; exemplo: Bc. (Pedologia) caatinga-gapó Denominação local da vegetação típica de alguns rios de água preta, tais como os rios Negro, Atabapo e Pacimone, onde em algumas partes de seu curso, a amplitude da terra inundada é inteiramente revestida por arbustos e pequenas arvoretas de alturas iguais, na borda das quais a floresta virgem sobe abruptamente à altura duas vezes mais alta que estas; ocorre também no alto rio Solimões e no médio e alto rio Urubu, assim como na Guiana Inglesa; é um tipo de caatinga amazônica; caatingas do rio Negro. C Símbolo químico do elemento carbono; utilizado para representar o teor de carbono orgânico do solo. C Ver horizontes do solo , horizonte C. (Pedologia) C4 Rota de fixação do CO2 que ocorre na maioria das plantas e gramíneas tropicais, tais como, a cana-de-açúcar e a cevada, resultando em compostos de 4 carbonos como o oxaloacetato, o malato e o aspartato; a fixação ocorre pela carboxilação do fosfoenolpiruvato a oxaloacetato catalisada pela fosfoenolpiruvato carboxilase; nos vegetais que apresentam metabolismo C4, a fixação do CO2 ocorre nas células fotossintéticas presentes no mesófilo da folha. Ver CAM, planta C4. caatingas do rio Negro Ver caatingagapó, campinarana. cabeça de corrente de retorno Porção da corrente de retorno que se alarga, rumo ao oceano, ao ultrapassar a zona de arrebentação. cabeceira Local onde nasce o rio, ou curso d’água; nem sempre é um ponto bem definido, constituindo às vezes toda uma área. Isso se nota, por exemplo, na dificuldade em determinar onde nasce o rio principal; porção superior de um curso d'água, próximo a sua nascente; fonte, mina. caatinga Formação vegetal que se desenvolve em climas quentes semiáridos, distribuída principalmente nos Estados do nordeste brasileiro; desenvolve-se em solos argilosos, pedregosos ou arenosos e as plantas têm adaptações especiais para sobreviver a longos períodos secos; as árvores e os arbustos, em geral, perdem as folhas na estação seca; é também rica em bromeliáceas e cactos; região com drenagens intermitentes e exorréicas, sujeita a temperaturas de 24 a 29o C de média anual, com 280 a 750 mm de precipitações anuais em média, mas com períodos de até 6 anos de seca. cabo Porção saliente da linha de costa que avança em direção ao mar; esta feição tanto pode ser resultante de uma erosão diferencial como da ação das ondas e correntes marinhas. cabochão Tipo de talhe com que pode ser lapida uma gema , sendo que a parte superior da pedra mostra uma superfície convexa, enquanto a parte inferior pode ser convexa, côncava ou mesmo plana. (Gemologia) cabotagem Navegação realizada próxima à costa, podendo utilizar acidentes geográficos, como pontos de referência; a pequena cabotagem refere - caatinga-amazônica É um subgrupo de formação da Campinarana Florestada; 71 VOCABULÁRIO DA NATUREZA entrelaçam, num mesmo ecossistema, formando redes alimentares, uma vez que a maioria das espécies consomem mais de um tipo de animal ou planta; cadeia trófica. (Ecologia) se à navegação costeira e a grande cabotagem a navegação de longo curso. cabrestante Aparelho de forma cilíndrica com eixo vertical, que desprovido de motor, é acionado pela força física de homens ou animais, de modo a enrolar cabos ou tracionar pesos. cadeia externa Elevação submersa ampla, que se apresenta em geral com mais de 160 km de largura e altura de até 1.800 m, estendendo-se paralelamente à margem continental, e podendo ser incorporada a uma bacia marginal. caçari Pequeno arbusto de 1 a 3 metros de altura (Myrciaria dubia), cujo fruto é uma baga esférica de casca fina, lisa e brilhosa, de cor vermelha passando para o negro-púrpura, ao final da maturação, polpa sucosa, levemente rósea, com duas sementes; ocorre sobretudo em áreas alagadas da Amazônia, com a metade inferior do caule imersa n'água; é espécie tipicamente silvestre e com bom potencial econômico; sua frutificação predomina nos meses de novembro a março; camu-camu. cadeia trófica (Ecologia) Ver cadeia alimentar. cadeias assísmicas Conjunto de elevações geradas por vulcanismo interplaca relacionado a pontos quentes atualmente inativos; são alinhados em arcos de círculos concêntricos ao pólo de rotação da placa; traços de plumas. cadivo Ver decíduo. (Botânica) cacauí Árvore amazônica que pode atingir até 15 metros de altura (Theobroma speciosum), apresentando fruto com casca levemente aveludada, amarela quando maduro; a polpa é brancacenta, quase sem cheiro; as sementes dão excelente chocolate; frutifica de fevereiro a abril. caducidade Processo de adaptação de um vegetal através do qual as folhas caem antes de brotarem novas folhas, permitindo deste modo que seja conservada água durante a estação desfavorável, seja a fria (hibernação) seja a seca (estivação). cachimbo Trincheira profunda, aberta na encosta de uma elevação. caducifólio Vegetal que perde as folhas durante o período desfavorável. cachorro-do-mato (Speothos venaticus) Mamífero terrestre que vive em bandos numerosos. São muito espertos para caçar e sempre procuram alimento em grupo; quando se sentem ameaçados podem se tornar muito perigosos; tem um latido singular que sai do fundo da garganta e que parece com um soluço. (Zoologia) caduco Ver decíduo. (Botânica) caiaué Palmeira oleaginosa tipicamente amazônica, (Elaeis oleifera); os frutos fornecem dois tipos de óleo: da polpa um óleo avermelhado muito utilizado na culinária; e da amêndoa - um óleo branco que, refinado, pode ser aproveitado na fabricação de manteiga vegetal. caixa 2 Expressão usada para descrever o dinheiro que entra em uma empresa sem o devido registro, e que por isso pode ser utilizado sem que sobre ele incidam impostos; o caixa 2 é ilegal e quem usa esse subterfúgio pode ser enquadrado criminalmente por sonegação de impostos; como os recursos do caixa 2 não existem oficialmente, é comum que sejam destinados a finalidades também irregulares, como o pagamento de cacimba Escavação produzida em áreas de rochas cristalinas devido a ação do intemperismo químico, e que foi preenchida com material clástico grosseiro por ocasião de fortes chuvas durante a época de clima árido que abrangeu o final do Pleistoceno e o início do Holoceno. cadeia alimentar É a seqüência de transferência de energia, de organismo para organismo, em forma de alimentação; as cadeias alimentares se 72 VOCABULÁRIO DA NATUREZA madeira leve; cerne quando verde é castanho, passando com o tempo para o amarelo-limão; alburno manchado de amarelo-escuro; grã direita, textura média; sem cheiro e sem gosto. propinas a políticos e funcionários públicos corruptos. (Economia) caixa de distribuição Construção destinada a receber esgoto e distribuí-lo uniforme e proporcionalmente à vazão afluente, de modo a manter descargas efluentes próximas de grandezas preestabelecidas. (Engenharia Civil) cajuí Árvore grande (Anacardium giganteum), com até 30 m de altura e tronco retilíneo; o pseudofruto que é o pendúnculo frutífero é carnoso-sucoso de cor vermelha; o fruto verdadeiro que é a castanha é muito pequeno em relação ao pedúnculo; é espécie nativa da Amazônia, bastante comum no Pará, especialmente nas matas do estuário, zona bragantina e baixo Tocantins. caixa de inspeção Construção destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações. (Engenharia Civil) caixa de passagem Caixa dotada de grelha ou tampa cega destinada a receber água de lavagem de pisos e afluentes de tubulação secundária de uma mesma unidade autônoma. (Engenharia Civil) cal extinta Cal virgem misturada com água, formando hidrato de cálcio, que incha ,liberando muito calor e tornandose dura. caixa de resfriamento Construção destinada a provocar o resfriamento dos esgotos a uma temperatura que não cause danos à rede pública de destinos finais. (Engenharia Civil) cal virgem Ver cal viva. cal viva Produto que ocorre como CaO, proveniente da queima do calcário à uma temperatura de cerca de 9000 C, com a conseqüente perda de CO2. caixa neutralizadora Caixa destinada a corrigir o pH dos esgotos por adição de agente químico. (Engenharia Civil) calado É a profundidade de água necessária para a flutuação de um barco; distância que vai da linha da água até a parte inferior da quilha. caixa retentora Dispositivo projetado e instalado para separar e reter substâncias indesejáveis às redes de esgoto sanitário. (Engenharia Civil) calagem Prática de aplicação de material corretivo da acidez do solo com objetivo de neutralizar a acidez excessiva, fornecer Ca e Mg e precipitar alumínio. caixa sinfonada Construção dotada de fecho hídrico, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgotos. (Engenharia Civil) calamidade Acontecimento ou série de acontecimentos graves, de origem natural ou tecnológica, com efeitos prolongados no tempo e no espaço, em regra previsíveis, susceptíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e a sócio-economia em áreas extensas do território nacional. cajá Ver taperebá. cajarana ou cajá-manga Pequena árvore de forma irregular (Spondias dulcis), com fruto tipo drupa pesando até 370 g, de casca amarelo-ouro quando maduro, polpa sucosa, agridoce; o endocarpo ou caroço é revestido de projeções fibrosas espiniformes; a propagação da planta pode ser por semente ou por estaca; frutifica de julho a dezembro. calazar Doença tropical que tem como causa a Leishmania donovani, que ocorre significativamente na Ásia; leishmaniose visceral. caju-açu (Anacardium giganteum) Anacardiaceae Árvore de grande porte, com diâmetro superior a 1 m, casca lisa, acinzentada, com 2 cm de espessura; calcarenito produzido precipitação 73 Arenito carbonático freqüentemente por química seguida de VOCABULÁRIO DA NATUREZA retrabalhamento no interior da própria bacia, ou sendo ainda resultante da erosão de calcários mais antigos situados fora da bacia de deposição. calcífuga Planta que não se adapta à solos calcários. calcário Termo geral utilizado para especificar rochas carbonatadas ou fósseis, compostas principalmente por carbonatos de cálcio ou combinações de carbonatos de cálcio e magnésio, com quantidades variáveis de impurezas, principalmente sílica e alumínio; corretivo da acidez do solo, constituído de carbonatos de cálcio e magnésio; é moído e peneirado para ser aplicado ao solo. calcimperme Camada endurecida, cimentada por carbonato de cálcio. calcilutito Calcário constituído por lama calcária litificada. calcinação Dissociação de um sólido em um gás e outro sólido. calcita Mineral da família dos carbonatos, que cristaliza no sistema hexagonal-R, classe escalenoédricahexagonal e composição CaCO3; os hábitos mais importantes são o prismático, o romboédrico e o escalenoédrico; apresenta dureza 3, clivagem perfeita segundo e intensa dupla refração; usualmente branca a incolor pode contudo mostrar cores cinza, vermelho, verde, azul e amarelo. calcário calcítico Calcário rico em carbonato de cálcio e pobre em carbonato de magnésio (teores de MgO menores que 5%). calcário dolomítico Calcário que apresenta os mais elevados teores de MgO (superiores a 12 %). calcófilos Elementos que mostram forte afinidade pelo enxofre (S) e são solúveis em uma fusão de FeS. calcário litográfico Denominação geral utilizada para indicar um calcário principalmente de origem marinha, afanítico, equigranular e praticamente puro. calcopirita Mineral metálico que cristaliza no sistema tetragonal, classe escalenoédrica, composição CuFeS2,e de coloração amarela; é um dos principais minérios de cobre. calcário magnesiano Calcário com teores intermediários de MgO (entre 5 e 12%). calcrete Depósito superficial constituído por materiais que podem ter granulação de conglomerado ou areia, e cimentados por carbonato de cálcio, resultante da sua concentração por evaporação em clima seco. calcedônia Denominação aplicada às variedades criptocristalinas fibrosas do quartzo (SiO2); mais especificamente é tida como uma variedade que apresenta coloração desde parda a cinzenta, com brilho vítreo e translúcida; a cor e a disposição em faixas dão origem às variedades conhecidas como cornalina, sardo, crisoprásio, ágata, heliotrópio e ônix. calda bordaleza Mistura de sulfato de cobre e cal diluída em água, utilizada na agricultura para combater parasitas, especialmente fungos, sendo também empregada na caiação das paredes internas de decantador de ETA, para prevenir o desenvolvimento de algas. calcícola Denominação aplicada à plantas que vivem em solos calcários. caldeira Cratera muito ampla, resultante do colapso ou subsidência durante a atividade vulcânica, ou de posterior erosão quando cessada a atividade ígnea, ou ainda em situações especiais, devido a explosões violentas. calcificação Processo de formação de solos que consiste na translocação e redistribuição de CaCO3 no perfil, o que provoca sua maior concentração em alguma parte do solo calgon Nome comercial de um sal (hexametafosfato de sódio), empregado calcífitas Ver calcícolas. 74 VOCABULÁRIO DA NATUREZA como dispersante na análise granulométrica do solo. (Pedologia) calor molar de combustão Energia liberada quando um mol de uma determinada substância é completamente oxidada. calha Vales ou sulcos por onde correm as águas de um rio. calor molar de cristalização Energia liberada quando um mol de uma dada substância cristaliza a partir de uma solução saturada da mesma substância. calha de onda Porção mais baixa de uma onda situada entre duas cristas sucessivas. calhaus Fração grosseira do solo com diâmetro entre 2 cm e 20 cm. calor molar de dissolução Energia liberada ou absorvida quando um mol de uma determinada substância é completamente dissolvida em um grande volume de solvente. caliça Sobras ou fragmentos de argamassas de cimento ou cal e gesso, que se desprendem das paredes e tetos, durante a execução dos revestimentos; fragmentos resultantes da demolição de obra de alvenaria. (Engenharia Civil) calor molar de formação Energia liberada ou absorvida quando um mol de um composto se forma a partir dos seus componentes. caliche Solo desértico endurecido devido a cristalização da calcita e outros minerais, em seus interstícios; forma-se em regiões de clima semi-árido a árido, onde o sentido predominante da movimentação da umidade no solo é ascendente, devido ao excesso de evaporação e à ação da capilaridade; as águas carbonatadas ao se evaporarem propiciam a precipitação da calcita entre as partículas do solo. calor molar de fusão Energia expressa em kilojoules, necessária para fundir um mol de um sólido. calor molar de neutralização Energia liberada na neutralização de um ácido ou de uma base. calor molar de sublimação Energia expressa em kilojoules, necessária para sublimar um mol de um sólido. calisto Satélite de Júpiter com uma superfície muito antiga cheia de crateras; com um diâmetro de 4.800 km e uma densidade média de 1,86 g/cm3, é a menos densa das grandes luas de Júpiter. (Astronomia) calor molar de vaporização Energia expressa em kilojoules, necessária para evaporar um mol de um líquido. calmaria Ausência perceptível dos ventos, sendo que em tais condições a velocidade é inferior a 1 nó (força 0 na Escala de Beaufort) ou mesmo nula. caloria - cal Quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um grama de água de 14,5º C a 15,5º C, à pressão atmosférica normal (a 760 mm Hg). 1 kilocaloria (kcal) = 1000 calorias; 1 megacaloria (Mcal) =1000000 calorias; grama caloria. calo de argila Ver argipã. (Pedologia) calpã Ver calcinperme. calor de formação Energia necessária para um composto ser formado a partir dos elementos. CAM Rota de fixação do CO2 que ocorre pelo metabolismo ácido das Crassuláceas; processo primeiro encontrado nesta família de plantas; é muito comum também nas famílias das angiospermas: Agavaceae, Bromeliaceae, Cactaceae, Euphorbiaceae, Liliaceae, Orchidaceae, etc.; entretanto, os metabolismos CAM e C4 diferem entre si pelo local e tempo de ocorrência. Ver C4, planta C4. calor de umedecimento Quantidade de calor liberado durante adsorsão de água pelos colóides do solo seco, quando este é umedecido. (Pedologia) calor específico Quantidade de calor que é preciso fornecer a 1 g de uma substância qualquer para elevar a sua temperatura em 10 C. 75 VOCABULÁRIO DA NATUREZA termoclina e homogeneizada pela ação do vento. Eqüivale ao epilímnio dos lagos. camada Corpo tabular de rocha que se encontra em posição essencialmente paralela à superfícies sobre a qual foi formada. (Sedimentologia) camada nefelóide Camada constituída por matéria particulada em suspensão, situada próxima ao substrato das áreas oceânicas, que apresentam profundidades superiores a 4.500 m; esta zona de sedimentos em suspensão pode também ser encontrada em águas mais rasas, próximas ao continente, quando estão presentes fortes correntes de fundo. camada Seção superfícial ou paralela a superfície, de constituição mineral ou orgânica, pouco diferenciada e pouco ou nada influenciada pelos processos pedogenéticos. (Pedologia) camada Unidade formal de menor hierarquia na classificação litoestratigráfica, apresentando-se como um corpo rochoso aproximadamente tabular, relativamente delgado e litologicamente diferenciável das rochas sobre e sotopostas. (Estratigrafia) camada protetora Qualquer material tal como palha, serragem, folhas, plástico etc, que é espalhado à superfície do terreno, com a finalidade de proteger o solo e as raízes das plantas dos impactos diretos das gotas de chuva e raios do sol, evitando encrostamento do solo, congelamento, evaporação, etc; mulch. camada arável Camada de solo movimentada ou passível de ser movimentada no cultivo. Horizonte A ou parte dele; material do solo, mas não necessariamente fértil, usado para ser espalhado em jardins, canteiros, gramados e margens de estradas. camada saturada Porção da camada aqüífera que apresenta seus espaços (poros, interstícios, fendas, etc) completamente preenchidos por água; é considerada apenas nos aqüíferos livres. camada de inversão Camada atmosférica, horizontal ou quase horizontal, na qual há um incremento de temperatura com o aumento da altitude; pelo fato de gerar estabilidade atmosférica e ocorrer próximo ou junto à superfície terrestre, funciona como uma barreira que impede a ascensão do ar para os níveis mais elevados, dificultando deste modo a dispersão dos poluentes atmosféricos. camalhão Monte ou dique de solo que é amontoado in loco e em linha, como prática de controle à erosão para conservação do solo, através da utilização de implemento agrícola; concomitantemente, é construída paralelamente ao camalhão, uma valeta ou canal, utilizado para reter ou canalizar a água de superfície; a este conjunto é dado o nome de terraço em camalhão. camada de ozônio Parte da atmosfera superior que possui elevada concentração de ozônio e que absorve grandes proporções da radiação solar na faixa do ultravioleta, evitando que a mesma alcance a Terra em quantidades consideradas perigosas; ozonosfera. camapu Planta herbácea, anual, ruderal, de 30 a 60 cm de altura (Physalis angulata), com frutos de cor amarelada que ficam no interior de um cálice em forma de visícula; os frutos são ligeiramente acidulados e consumidos in natura; as folhas são tidas como ligeiramente narcóticas. camada impermeável É a camada formada por processos outros que não pedogenéticos e que é resistente à penetração de fluidos e/ou raízes; caracterizada pela acentuada diminuição da condutividade hidráulica em relação à das camadas ou horizontes adjacentes. (Pedologia) câmara de aeração Unidade em que ocorre a oxidação bioquímica dos esgotos domésticos, através do contato íntimo entre o ar e o líquido, provocado pelo excesso de aeração. câmara de decantação Compartimento da fossa séptica onde se processa o camada mista Camada superficial de água oceânica, situada acima da 76 VOCABULÁRIO DA NATUREZA fenômeno de decantação da matéria em suspensão nos despejos. além de representantes invertebrados. (Geologia) câmara de digestão Local da fossa séptica destinado à acumulação e digestão do material decantado. caméfitos Plantas sublenhosas e/ou ervas cujas gemas e brotos de crescimento estão situados acima do solo, podendo alcançar até 1 m de altura e protegidos durante o período desfavorável, ora por catáfilos , ora pelas folhas verticiladas ao nível do solo; aqui se incluem arbustos nanificados, subarbustos e ervas (Trifolium, Saxifraga, Sida, Melochia, Turnera, etc.). (Botânica) câmara de ovipostura Parte do ninho, geralmente côncava, onde são postos e incubados os ovos. É também nela que ficam os filhotes durante a permanência no ninho. (Zoologia) câmara de retenção de gordura Espaço da caixa de gordura destinado à retenção dos dejetos gordurosos. (Engenharia Civil) dos caminhamento Percurso medido e orientado de um levantamento topográfico, usado também em levantamento de solos. câmara multiespectral Câmara que permite o registro proveniente da radiação de uma mesma cena em um filme preto e branco, de tal forma que esta radiação pode ser decomposta em diferentes faixas do espectro através da utilização de filtros interpostos entre o filme e a objetiva. campinarana Vegetação campestre com clímax edáfico arbóreo, arbustivo e gramíneo-lenhoso, muito bem definido nas áreas deprimidas com Espodossolo (Podzol Hidromórfico) e Areias Quartzosas Hidromórficas, com formas biológicas adaptadas a esses solos quase sempre encharcados; florística típica com um domínio específico de alguns gêneros endêmicos e um mesmo tipo de clima superúmido quente, com precipitações superiores a 3.000 mm anuais, e temperaturas médias em torno dos 250 C; tem ocorrência na Amazônia, onde tem o seu core na porção Ocidental Norte, nas bacias do alto rio Negro e médio rio Branco, ocorrendo com disjunções ecológicas; dispersa por toda a Amazônia, do Acre ao Pará, e também com penetrações na Colombia e Venezuela. Ver caatingas do rio Negro. câmbico Qualificação usada para unidades de solos cujas características sejam intermediária para Cambissolo. (Pedologia) câmbio Operação financeira de compra, venda ou troca de moedas estrangeiras ou de papéis que representem estas moedas. (Economia) Cambissolo Uma das classes do novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solo; são solos rasos e bem drenados; ainda guardam nos seus horizontes vestígios do material de origem; possuem sequência de horizontes A-Bi-C, onde Bi representa o horizonte B incipiente; são semelhantes aos Inceptissolos da Taxonomia de Solos (classificação americana). (Pedologia) campo Vegetação destituída de formas arbóreas e arbustivas, sendo constituída essencialmente por formas herbáceas e/ou subarbustivas. campo aberto Ecossistema caracterizado por uma vegetação na qual predominam gramíneas com no máximo 30 cm de altura. cambriano Período primevo da Era Paleozóica e com duração de tempo compreendida entre aproximadamente 570 e 505 milhões de anos; sua denominação é atribuída ao geólogo inglês Adam Sedgwick em homenagem a Câmbria, antiga denominação do País de Gales. Neste período surgiram os primeiros foraminíferos e graptólitos, campo cerrado Vegetação natural de cerrado, com vegetação mais aberta, subcaducifólia e alto nível de exposição da superfície do solo aos raios solares. Ver cerrado. 77 VOCABULÁRIO DA NATUREZA canal coletor Canal em que se desemboca a corrente de um ou mais terraços para desaguar uma área; de modo geral está protegido da erosão por uma densa cobertura de gramíneas perenes; canal de drenagem do terraço. campo de gás Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de gás. campo de inundação Terreno que margeia um rio, formado por sedimentos provenientes de transbordo e sujeito a inundação quando o rio se encontra em período de cheia. canal de derivação Canal construído com o objetivo de desviar os escoamentos de cheia entre um ponto situado à montante da região protegida e outro situado à jusante. (Hidrologia) campo de neve Extensão de neve perene que ocorre em uma área, na qual a quantidade de neve precipitada no inverno é superior aquela que se funde no verão. canal de divergência Canal projetado para proteger as terras de baixadas da enxurrada, ou para ser construído acima de uma área terraceada, para protegê-la da enxurrada de área terraceada; pode também ser utilizada para desviar águas de voçorocas e de área construídas; canal de interceptação. campo de óleo Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de óleo. campo rupestre Vegetação herbácea desenvolvida em áreas rochosas ou subrochosas, muito comuns no alto de montanhas quartzíticas, onde o solo pouco profundo impede a formação do lençol freático; constituído por um extrato herbáceo contínuo, com arbustos e arvoretas esparsos; as principais famílias encontradas nesse tipo de vegetação são: Graminae, Eriocaulacea, Xiridaceae, Compositae, Malatosmastaceae, Leguminosae e Vochysiaceae. canal de drenagem do terraço canal coletor. canal de interceptação divergência. Ver: Ver canal de canal de maré Canal natural formado sobre a planície de maré e que é mantido pelo fluxo das correntes de maré. canal de primeira ordem Canal que não possui tributário, isto é, encontra-se diretamente ligado a nascente. campos de altitude Tipo de vegetação campestre descontínua, associada a afloramentos rochosos em serras do Brasil Central e Oriental. canal de retorno Canal que foi escavado pelo fluxo das correntes de retorno, em direção ao mar aberto, podendo seccionar as barras longitudinais. camu-camu Ver caçari. camuflar Disfarce do animal através da cor, forma, adornos, postura e atividade, que juntos determinam a sua aparência no ambiente; a camuflagem é, em geral, um mecanismo de defesa. (Zoologia) canal de segunda ordem Canal que surge da confluência de dois canais de primeira ordem, recebem somente afluentes de primeira ordem. canal Curso de água natural ou artificial, claramente diferenciado, que contém água em movimento de maneira contínua ou periódica, ou então que estabelece uma interconexão entre dois corpos de água. (Hidrografia) canal de terceira ordem Canal que surge da confluência de dois canais de segunda ordem, podendo contudo receber afluentes de ordem inferior. canal escoadouro Faixa de terra cultivada com gramíneas de porte baixo, para receber e conduzir a água proveniente de áreas cultivadas para fora das mesmas. canal Intervalo correspondente a um determinado comprimento de ondas selecionado a partir do espectro eletromagnético.(Sensoriamento Remoto) canalete Depressão situada no flanco das cristas e voltada para o continente , 78 VOCABULÁRIO DA NATUREZA capacidade calorífica Ver capacidade térmica do solo. (Pedologia) por onde as águas são obrigadas a correr paralelamente à praia durante a maré vazante. capacidade de campo Quantidade máxima de água que um solo é capaz de reter em condições normais de campo, quando cessa ou diminui sensivelmente a ação gravitacional; corresponde, portanto, ao limite superior da faixa de disponibilidade de água no solo para as plantas; capacidade efetiva de retenção de água. (Pedologia) candela Quantidade de energia que é emitida por 1/60 cm2 da superfície de um objeto incandescente que se encontra a uma temperatura de 17730 C. canevá Denominação utilizada para indicar a rede de meridianos e paralelos. (Cartografia) canga Concreção ou crosta ferruginosa formada por rocha limonitizada misturada com argila e areia; canga laterítica. Ver concreções. capacidade de infiltração Taxa máxima que um determinado solo, pode absorver de água, por unidade de superfície. (Pedologia) cânhamo Vegetal da família das Moráceas, erva alta de origem asiática cujo caule é utilizado na produção de fibras têxteis; sua resina tem propriedades alucinógenas e, por isso as plantas femininas são trituradas para consumo como maconha. Ver maconha. capacidade de retenção capacidade de campo. (Pedologia) Ver capacidade de saturação Quantidade de água que um solo pode reter para preencher todos os espaços vazios existentes entre as partículas do solo; limite superior de umidade do solo. (Pedologia) canhão submarino Feição que se assemelha a um vale terrestre, e que adentra no talude continental, apresentando um curso sinuoso e uma seção em forma geralmente de V; estão separados por paredes rochosas muitas vezes íngrimes, terminando em leques nas suas desembocaduras. capacidade de suporte Taxa de lotação máxima de animais, conduzida sem causar danos a vegetação ou recursos relacionados; ela pode variar de um ano para outro, numa mesma área devido a flutuação na produção de forragem. (Zootecnia) canibalismo Variante do predatismo, em que o indivíduo mata e come o outro da mesma espécie. capacidade de troca catiônica efetiva É a soma de cátions trocáveis que um solo pode adsorver, em seu pH natural (ou pH de campo); estimada geralmente pela capacidade de troca de cátions mais Al extraível pela solução normal de KCl. (Pedologia) caos de blocos Amontoado de blocos e matacões com formas subarredondadas dispostos na superfície do terreno. capa Denominação aplicada ao bloco situado acima do plano de falha quando esta é inclinada ou horizontal; quando a falha é vertical, essa distinção não existe. (Geologia Estrutural) capacidade de troca de ânions - CTA É a soma de ânions trocáveis que um solo pode adsorver a um pH específico. (Pedologia) capa Massa encaixante sobrejacente à jazida; a subjacente denomina-se lapa, sendo que em jazidas verticais não é possível tal distinção; nas onduladas ou falhadas, a rocha que constitui a capa em um determinado trecho pode corresponder a lapa em outro; não se trata, portanto, de uma questão da natureza da rocha, mas de sua posição relativa à jazida. (Mineração) capacidade de troca de cátions - CTC Refere-se ao total de cargas negativas existentes no solo, cargas que retêm os cátions de forma reversível (trocável). Pode ser determinada diretamente ou pela soma das cargas de todos os cátions extraídos: C.T.C. = Ca + Mg + K+ Al + H, desde que estejam todos na mesma unidade, que pode ser 79 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cmolc/dm³, mmolc/dm³ ou meq/100 mL. (Pedologia) o rapidamente; consiste em se capinar espaços, fileiras ou ruas em sistema alternado para evitar que o terreno fique completamente limpo; na época da seca, o sistema de capina alternada não é aconselhável, pois a vegetação que permanecer irá concorrer com as outras plantas em água e nutrientes. antigo capacidade de uso da terra Adaptabilidade de um terreno, segundo fins agrícolas diversos, em função de uma susceptibilidade ao depauperamento, principalmente pela erosão acelerada do solo, explorado com cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamentos. (Agronomia) capital É a soma de todos os recursos, bens e valores mobilizados para a constituição de uma empresa. (Economia) capacidade diferencial de água Valor absoluto da taxa de mudança do teor de água com a pressão da água do solo; a capacidade de água, a um dado teor de água, irá depender da curva da adsorsão ou dessorção particular empregada. capital de risco É o dinheiro investido em atividades em que existe possibilidade de perdas; normalmente estes investimentos são feitos por empresas ou instituições privadas. (Economia) capacidade efetiva de retenção de água Ver capacidade de campo. (Pedologia) capacidade instalada nominal. (Energia) capital natural Conceito que altera teorias econômicas tradicionais, onde a natureza era considerada dádiva infindável; por exemplo: uma floresta nativa derrubada para venda da madeira era contabilizada como renda no cálculo do PIB - Produto Interno Bruto, sem levar em conta a depreciação do meio ambiente, ou o custo da recomposição, como se faz em relação às máquinas. (Economia) Ver potencia capacidade mais provável de produção - CMPP Estimativa da produtividade futura de um animal para uma dada característica, baseada em sua produtividade passada. (Melhoramento Genético). capacidade máxima de retenção de água Teor máximo de água que um solo pode conter. (Pedologia) capitalização É a ampliação do patrimônio de uma empresa ou instituição com a injeção de dinheiro novo. Pode ser feita de várias maneiras; as principais são a emissão de ações ou títulos (que são vendidos, e o dinheiro resultante é incorporado ao capital da empresa) ou a venda de parte da companhia a um novo sócio (conhecido como sócio estratégico). (Economia) capacidade térmica do solo Número de calorias necessárias para elevar de 10 C uma massa de solo seco, à 150 C e pressão constante, podendo ser dado em cal/0 C; capacidade calorífica. (Pedologia) capacidade útil Volume de água disponível numa represa entre o nível de pleno armazenamento e o nível mínimo de exploração normal. (Energia). capítulo Tipo de inflorescência característica das plantas compostas que, na verdade, são várias flores, muito pequeninas e diferentes as das bordas e as do centro, reunidas nessa estrutura. (Botânica) capão Bosque isolado no meio do campo; porção de mato isolado, que surge no campo. caparrosa Denominação popular para o sal solúvel de ferro que apresenta a fórmula FeSO47H2O . capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) Mamífero terrestre considerado o maior roedor do mundo; tem um comportamento pacífico e quando perseguido, emite um grito rouco e curto e foge para a água, onde fica com o capina alternada É o sistema de limpeza de áreas agrícolas utilizado, principalmente, na época das chuvas, quando as ervas crescem mais 80 VOCABULÁRIO DA NATUREZA oligogenes; normalmente, um único ou poucos pares de genes, estão envolvidos na expressão de caracteres qualitativos (Genética) corpo submerso e deixa de fora apenas os olhos e as narinas. capoeira Estágio arbustivo alto ou florestal baixo, pelo qual passa a vegetação após algum tipo de processo predatório como fogo ou corte; vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas primárias, ou virgens; mato que foi roçado; mato que substitui a mata depois de ser derrubada. característica quantitativa Característica em que a variação apresentada é contínua. sendo comum o encontro de um gradiente, isto é, a característica apresenta-se sob vários estados, desde fraca até fortemente presente; geralmente, a expressão destas características é controlada por poligenes. (Genética) capsídeo Capa protéica que envolve um cerne de ácido nucléico (DNA ou RNA) constituíndo os vírus. (Virologia) caracterização ecológica É a descrição dos componentes e processos importantes que integram um ecossistema e o entendimento de suas relações funcionais. (Ecologia) capsômeros Grupos de protômeros dos capsídeos; um capsídeo pode ser composto por centenas de capsômeros, mas ainda é baseado no icosaédro simples; o número total de capsômeros que formam o capsídeo é característico de cada grupo de vírus. Ver protômeros, icosaédro, vírion. (Virologia) caracterização genética Descrição e registro de características morfológicas, citogenéticas, bioquímicas e molecular do indivíduo, as quais são pouco influenciadas pelo ambiente, em sua expressão; aplica-se a descritores de acessos componentes de uma coleção de germoplasma ou àqueles de um banco de genes; a caracterização e dados de passaporte são componentes vitais do germoplasma com perspectivas de utilização em programas nacionais de pesquisa e requisição internacional. (Genética) cápsula Designação geral de frutos secos e deiscentes. Uma cápsula de orquídea pode conter mais de um milhão de diminutas sementes, que a olho nu assemelham-se a um fino pó. (Botânica) captação da água Conjunto de estruturas montadas para retirar água dos mananciais, para abastecimento público ou outros fins. cara de gato (Platynematichthys notatus) Peixe que tem esse nome devido à forma de sua cabeça curta e alta que lhe dá essa aparência singular; como tem espinhos peitorais muito longos e agudos é muito temido pelos pescadores; espécie não abundante. característica da terra terreno que pode ser estimado. (Agronomia) carambola Árvore de 8 a 10 m de altura, tronco tortuoso com ramos flexíveis, Averrhoa carambola; folhas formando uma copa densa; flores pequenas, brancas e purpúreas, freqüentemente presas aos ramos; originária da Ásia Tropical foi introduzida no Nordeste, em 1817; fruta muito rica em sais minerais, vitaminas A, C e complexo B, é ainda, fonte natural de ácido oxálico; o fruto quando cortado no sentido transversal adquire a forma de uma perfeita estrela de cinco pontas, característica que lhe concedeu o nome mundial de star fruit; produz durante o ano todo. Atributo do medido ou característica do solo Atributo do solo que pode ser medido ou descrito. (Pedologia) característica qualitativa Característica em que a variação mostrada é descontínua; a utilização de flor amarela versus. flor roxa para separar duas espécies é um exemplo de variação descontínua; de grande valor em taxonomia e geralmente controlada por caranguejeira Aracnídeo do gênero Avicularia, um dos mais comuns da Amazônia; algumas espécies dessa aranha têm entre 8 e 13 cm. Ao contrário do que se acredita, a caranguejeira é 81 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mansa, podemos pegá-la com a mão; entretanto, se ela se sentir ameaçada pode picar, provocando fortes dores; vivem em galerias que podem atingir mais de 40 cm de profundidade. (Zoologia) e manifesta sua característica biológica em detrimento daquela do segundo.(Genética) caráter ebânico Termo utilizado para individualizar classes de solos de coloração escura, quase preta, na maior parte do horizonte diagnóstico superficial com predominância de cores conforme definido: para matiz 7,5YR ou mais amarelo: cor úmida: valor < 4 e croma < 3, cor seca: valor < 6 . para matiz mais vermelho que 7,5YR: cor úmida: preto ou cinzento muito escuro, cor seca: valor < 5. (Pedologia) caráter ácrico Refere-se a materiais de solos contendo quantidades iguais ou menores que 1,5 cmolc/kg de argila de bases trocáveis mais Al3+ extraível por KCl 1N e que preencha pelo menos uma das seguintes condições: pH KCl 1N igual ou superior a 5,0 ou delta pH positivo ou nulo. (Pedologia) caráter epiáquico Este caráter caracteriza solos com lençol freático superficial temporário resultante da má condutividade hidráulica de alguns horizontes do solo; esta condição de saturação com água permite que ocorram os processos de redução e segregação de ferro nos horizontes que antecedem ao B e/ou no topo destes. (Pedologia) caráter alumínico Refere-se à condição em que os materiais constitutivos do solo se encontram em estado dessaturado e caracterizado por teor de alumínio extraível ≥ 4 cmolc/kg de solo, além de apresentar saturação por alumínio ≥ 50 %; para a distinção de solos mediante este critério é considerado o teor de alumínio extraível no horizonte B, ou no horizonte C, quando na ausência do B, ou no horizonte A, quando na ausência dos horizontes B e C. (Pedologia) caráter monogênico É aquele determinado por um par de genes; é pouco influenciado pelo meio ambiente. (Genética) caráter carbonático Propriedade do solo referente à presença de 15 % ou mais de CaC03 equivalente (% por peso), sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções. (Pedologia) caráter oligogênico É aquele determinado por poucos pares de genes, geralmente até seis pares. (Genética) caráter petroplíntico Horizonte constituído de 50% ou mais, por volume, de petroplintita, que sào concreções de ferro ou ferro e alumínio, numa matriz terrosa de textura variada ou matiz de material mais grosseiro identificado como horizonte Ac, Ec, Bc ou Cc; o horizonte com caráter petroplíntico, para ser diagnóstico, deve apresentar no mínimo 15 cm de espessura. (Pedologia) caráter com carbonato Propriedade referente à presença de CaCO3 equivalente (% de peso), sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções, ≥ 5 % e < 15 %; esta propriedade discrimina solos sem caráter carbonático, mas que possuem horizonte com CaCO3. (Pedologia) caráter crômico O termo crômico é usado para caracterizar as modalidades de solos que apresentam, na maior parte do horizonte B, excluído o BC, predominância de cores (amostra úmida) conforme definido: matiz 7,5YR ou mais amarelo com valor superior a 3 e croma superior a 4; ou matriz mais vermelho que 7,5YR com croma maior que 4. (Pedologia) caráter plácico É um horizonte fino, de cor preta a vermelho escuro que é cimentado por ferro (ou ferro e manganês), com ou sem matéria orgânica, constituindo-se em impedimento a passagem da água e das raízes das plantas. (Pedologia) caráter poligênico É aquele determinado por muitos pares de genes; é muito influenciado pelo meio ambiente. (Genética) caráter dominante Quando um dos genes tem predominância sobre o outro, 82 VOCABULÁRIO DA NATUREZA que desempenha papel indispensável ao metabolismo dos seres vivos; constitui-se em matéria prima para a fabricação de proteínas e gorduras. caráter recessivo Quando um dos genes não manifesta sua característica biológica em conseqüência da predominância de outro gene que tem caráter dominante.(Genética) carbohidrato estrutural Carboidrato encontrado na parede celular (ex: hemicelulose, celulose); assumido para não ser disponível para sustentar o processo de vida. caráter sálico Propriedade referente à presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade tóxica à maioria das culturas, expressa por condutividade elétrica no extrato de saturação maior que ou igual a 7 dS/m (a 250 C), em alguma época do ano. (Pedologia) carbohidrato não-estrutural Carboidrato solúvel encontrado no conteúdo celular que diferencia dos carboidratos da parede celular; assumido estar disponível para sustentar o processo de vida. caráter salino Atributo referente à presença de sais mais solúveis, em água fria, que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade que interfere, desfavoravelmente, no desenvolvimento da maioria das culturas; é expresso pela condutividade elétrica do estrato de saturação igual ou maior que 4dS/m e menor que 7 dS/m (a 250 C), em alguma época do ano. (Pedologia) carbonado Variedade de diamante de qualidade inferior, formado por pequenos cristais , cimentados naturalmente, de coloração preta e formando uma massa muito compacta. carbonatação Processo de solubilização de CO2 na água; processo de intemperismo químico. caráter sódico É usado para destinguir horizontes ou camadas que apresentam saturação por sódio (100Na+/T) maior ou igual 15 %, em alguma parte da seção de controle que defina a classe de solo. (Pedologia) carbonização Processo de fossilização em que os constituintes voláteis da matéria orgânica - hidrogênio, oxigênio e nitrogênioescapam durante sua degradação, deixando uma película de carbono que geralmente permite o reconhecimento do organismo. caráter solódico É usado para distinguir horizontes ou camadas que apresentam saturação por sódio (100Na+/T) variando de 6 % a < 15 %, em alguma parte da seção controle que defina a classe de solo. (Pedologia) carbono Corpo químico simples, metalóide, encontrado na natureza em substâncias gasosas, minerais ou orgânicas; pode ser fixado pelas planta pela fotossíntse (dióxido de carbono), a partir da qual elas produzem matérias orgânicas como lipídios e glicídios e, a partir daí, participar da cadeia alimentar e completar o Ciclo do carbono. carbamato Grupo químico dos agrotóxicos compostos por ésteres do ácido mencarbâmico ou dimenicarbâmico; classifica-se sua toxicidade aguda como intermediária entre os inseticidas fosforados e os clorados; carbamatos degradam mais rapidamente no ambiente, não se acumulando em tecido gorduroso. Mas vários carbamatos foram proibidos em alguns países, por terem efeitos cancerígenos. carbono 14 Isótopo radioativo do carbono comum (Carbono 12) e que se forma na atmosfera pelo choque dos raios cósmicos com o nitrogênio; combina-se rapidamente com o oxigênio, gerando óxido de carbono radioativo; nos vegetais e animais a proporção entre os dois é mais ou menos a mesma da atmosfera; após a morte dos seres vivos esta proporção tende a modificar-se, havendo um decréscimo da quantidade do carbono radioativo em comparação carbohidrato Composto químico que apresenta fórmula geral Cx(H2O)y, sintetizado no processo de fotossíntese, e incluindo açúcares, celulose e amido, e 83 VOCABULÁRIO DA NATUREZA carena Ver quilha. (Botânica) com o carbono natural, em virtude da desintegração; após 5.730 anos, a proporção entre os dois cai pela metade do valor inicial; o conhecimento dessa proporção permite calcular a idade do material analisado; através desse método podem ser datados fósseis com até 50.000 anos. carepa Película de óxido de ferro que se forma na superfície do aço laminado a quente; é removida com sprays de água em alta pressão ou outros métodos. (Metalurgia) carga capilar crítica Pressão capilar acima da qual o ar expulsa a água contida nos interstícios. carbono orgânico Carbono tetravalente, fazendo parte de compostos orgânicos; usado como medida do teor de material orgânico do solo, expresso anteriormente como %C e, pelo Sistema Internacional de Unidades como g C/dm³; para transformar em teores de matéria orgânica basta multiplicar por 1,72. (Pedologia) carga de base Parte constante da carga de uma rede durante um período determinado (por exemplo : dia, mês, ano). (Energia) carga de ponta Potência máxima à qual uma rede tem que fazer face durante um determinado período (por exemplo: dia, mês, ano, hora, minuto). (Energia) carbono sob a forma esférica Produto da grafitização do carbono existente no ferro fundido. (Metalurgia) carga dependente de pH Porção da capacidade de troca catiônica ou aniônica que varia com o pH. carburante Produto químico cuja combustão permite obter energia mecânica em motores térmicos. carga estrutural Carga negativa de um argilomineral que se origina da substituição isotérmica de um cátion por outro, usualmente de menor carga. carcinogênicas São substâncias químicas que causam câncer ou que promovem o crescimento de tumores iniciados anteriormente por outras substâncias; algumas substâncias são carcinogênicas a baixos níveis, como a dioxina, e outras reagem com mais vigor; a maioria das substâncias carcinogênicas é também mutagênica e teratogênica; carcinógeno. carga genética Qualquer redução da adaptabilidade média de uma população devido à existência de genótipos com adaptabilidade menor que aquela do genótipo mais adaptado. (Melhoramento Genético) carga permanente Porção da capacidade de troca de cátions que independe do pH. Esta carga se origina de substituição isomórfica na estrutura dos minerais. carcinógeno Ver carcinogênicas. carcinoma Tecido de crescimento desordenado e anormal que invade as estruturas do corpo destruindo-as. (Medicina). carga poluidora É a quantidade de poluentes que atingem os corpos d'água, prejudicando seu uso. Medida em DBO e DBQ. cardeiro (Scleronema micranthum) Árvore da família Bombacaceae, de grande porte, com uma frequência bastante acentuada, fuste retilíneo, com diâmetro até 70 cm, casca acinzentada rugosa, com espessura até 3,0 cm; madeira moderadamente pesada; cerne castanho-claro lustroso; alburno amareloclaro, com espessura média de 3,5 cm; grã direita a oblíqua; textura grossa, cheiro e gosto indistintos; presença de canais secretores bastante acentuados e de pigmentos de cor branca. carga poluidora admissível É a quantidade de poluentes que atingem os corpos d'água nos limites previstos para não afetar as condições ambientais e a saúde humana. carga própria de demanda Maior média de demanda medida num intervalo de 60 segundos, verificada num período de referência, em MWh/h. 84 VOCABULÁRIO DA NATUREZA tem como ponto central a constatação de que os países ricos poluem mais o planeta e, portanto, devem ajudar as nações pobres com tecnologias nãopoluidoras e avanços científicos que as conduzam a um desenvolvimento mais rápido e menos predatório; reconhece que os Estados têm o direito soberano sobre os recursos naturais de seus territórios, têm a responsabilidade de garantir que sua exploração não cause danos ao meio ambiente de outros países e o dever de indenizar as vítimas de poluição e outros danos ambientais; todos os governos e pessoas devem cooperar na erradicação da pobreza, mas os países desenvolvidos têm responsabilidades maiores: são os que mais consomem e os que detêm as tecnologias necessárias para o desenvolvimento dos países pobres. Ver Agenda 21. carga própria de energia Demanda média requerida de uma instalação ou conjunto de instalações durante um período de referência - (relação entre a eletricidade gerada em MWh e o tempo de funcionamento das instalações). caribé Tipo de mingau feito com farinha fina de mandioca; alimento feito com beiju de tapioca e água, consumido pelos povos do interior amazônico. carimbó paraense. Dança folclórica do litoral carmim Matéria corante vermelho muito vivo, ligeiramente arroxeado, extraída originalmente da cochonilha-do-carmim. Ver cochonilha-do-carmim. caroba (Jacaranda copaia) Árvore grande da família Bignoniaceae, fuste retilíneo, com diâmetro até 1,0 m, casca acinzentada e quebradiça, com espessura de 0,5 a 2,0 cm; madeira muito leve; cerne e alburno indistintos, de cor branca-parda, levemente rosada com listras vasculares mais escuras; grã direita; textura fina; cheiro e gosto indistintos. carta de declividade Carta que representa declividade (gradientes) do terreno; a declividade é expressa geralmente em porcentagem ou pelo valor da tangente do ângulo de inclinação. (Cartografia) carotenos Pigmentos amarelos ou vermelhos contidos em frutos e verduras. carta de marear Mapa desenhado especialmente para permitir a orientação náutica e em que estavam marcadas as coordenadas geográficas; carta náutica utilizada pelos pilotos dos navios. carrasco Formação vegetal mais rala, baixa, raquítica e áspera do que a caatinga, no nordeste brasileiro; carrascal. carta de Munsell É um conjunto de tabelas contendo escalas padronizadas de cores, formadas por pequenos retângulos com colorações diversas, arranjadas num livro de folhas destacáveis; a anotação da cor do solo é feita comparando-se um torrão, de um determinado horizonte, com estes retângulos; uma vez que se ache o de colorido mais próximo, faz-se uma anotação, que indica os três elementos da cor: o matiz (cor fundamental de arcoíris ou mistura da mesma); valor (tonalidade de cinza) e croma (proporção de mistura com a tonalidade de cinza indicada pelo valor); esses elementos são anotados em forma de números e letras, como por exemplo: 2,5 YR 3/6 cárstica Superfície típica de uma região de calcário caracterizada pela presença de vales de dissolução, fossos e correntes de águas submersas. carta classe A Carta com Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) planimétrico igual a 0,5 mm na escala da carta, sendo de 0,3 mm o erro padrão correspondente e PEC altimétrico igual a metade da equidistância entre as curvas de nível sendo um terço desta equidistância o erro-padrão correspondente. (Cartografia) Carta da Terra Documento aprovado na Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992, também chamada de Declaração do Rio; 85 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cartografia analógica Conjunto de estudos e técnicas para elaboração de cartas através do uso de aparelhos traçadores analógicos cujos produtos são armazenados em papel. (vermelho-escuro), sendo 2,5 YR o matiz, 3 o croma e 6 o valor. (Pedologia) carta de solos (Pedologia) Ver mapa de solos. carta imagem Carta ou mapa obtido através da correção geométrica de uma imagem de satélite. (Cartografia) cartografia convencional cartografia analógica. cartografia náutica Elaboração e preparação de cartas que representam, entre outros aspectos, profundidades e natureza da superfície marinha. carta índice Cartas esquemáticas que mostram limites e nomenclaturas de cartas elaboradas e impressas por uma determinada instituição até certa data. (Cartografia) cartografia numérica Processo de confecção de mapas ou cartas através de computadores e/ou dispositivos computadorizados. carta náutica Representação gráfica de uma área de águas navegáveis; mostra os meridianos de latitude e longitude. Informa os navegadores sobre a profundidade das águas, faróis, bóias, perigos submersos, etc. carta pedológica (Pedologia) Ver cartograma É um documento onde a informação ou tema central é colocado em seu interior sem a preocupação com a localização exata das informações nos seus locais absolutos ou específicos de decorrência. Pode ser qualitativo quando trabalha com dados na escala nominal e quantitativo quando representa dados e informações na escala ordinal, intervalar ou razão. Ver mapa de solos. carta planimétrica Carta elaborada através de um levantamento topográfico ou fotogramétrico, sem mostrar as curvas de nível. carta sinótica Carta ou mapa no qual são representados elementos meteorológicos selecionados, sobre uma vasta área em um dado horário. (Meteorologia) caruma Película que reveste as castanhas que ainda estão verdes e tenras. (Botânica) caruncho Termo popular para designar insetos coleópteros, geralmente xilófagos, que perfuram madeiras e cereais; gorgulho. (Zoologia) carta topográfica Carta elaborada mediante um levantamento original, ou compilada de outras já existentes, incluindo os acidentes naturais e artificiais, permitindo deste modo determinar suas alturas. carúncula Proeminência carnosa, da natureza do arilo, encontrada em várias sementes, como por exemplo: mamona. (Botânica); pequena saliência carnuda da cabeça de certas aves e lagartas (Zoologia) cartel Grupo de empresas independentes que formalizam um acordo para sua atuação coordenada, com vistas a interesses comuns, garantindo a divisão de mercado entre si, controlando o volume de produção e, consequentemente, o preço. (Economia) carvalho Designação comum a diversas árvores da família Fagacea, gênero Quercus, que apresentam madeira dura e pardacenta. carvão Substância combustível, sólida, negra, resultante da combustão incompleta de materiais orgânicos. cartografia Ciência que estuda os mapas e cartas geográficas; arte de traçar cartas geográficas ou conjunto de cartas geográficas; termo criado pelo historiador português Visconde de Santarém, em 1839. carvão ativado Carvão que é ativado através de um processo de oxidação, cuidadosamente controlado, e destinado a produzir uma estrutura porosa com 86 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cassiterita Mineral que cristaliza no sistema tetragonal, mostrando comumente um geminado em cotovelo e fórmula SnO2; apresenta coloração usualmente castanha ou preta e densidade elevada (6,8- 7,1) o que é pouco comum para um mineral de brilho não-metálico; pode por vezes mostrar uma aparência fibrosa radiada, sendo então denominado estanho lenhoso. grande superfície , o que lhe confere uma elevada capacidade de adsorção. carvão húmico Carvão proveniente de restos de vegetais superiores, apresentando forma nitidamente estratificada devido à intercalação de lâminas mili a centimétricas; os diferentes componentes de origem vegetal que formam os litótipos, denominados macerais, são divididos em três grandes grupos: vitrina, exinita e inertinita. castanha sapucaia Grande árvore (Lecythis pisonis), com 30 metros de altura cujos frutos são volumosas cápsulas lenhosas, do tipo pixídio, munido de opérculo que se destaca na maturação para libertar as sementes; é frequente na Amazônia Central, tanto em áreas de várzeas como em terra-firme. As amêndoas são muito saborosas e contém cerca de 51% de óleo comestível; floresce entre maio e agosto e os frutos estão maduros somente 8 a 10 meses depois. carvão mineral É um combustível que tem origem com a fossilização de matéria orgânica em bacias sedimentares, sob certas condições; desde a Era Paleozóica, no período Carbonífero, restos de vegetais lenhosos, semidecompostos pelo clima frio e seco, junto com sedimentos, provenientes da ação de geleiras, foram se acumulando no fundo de lagos, com pouca oxigenação; esta acumulação, ao longo dos milhares dos anos, de sucessivas camadas geológicas de rochas sedimentares exercendo uma enorme pressão sobre aqueles restos orgânicos vegetais semidecompostos, transformouos em carvão mineral; nas camadas mais profundas pode se encontrar o carvão mais raro, antigo e com maior alto teor de carbono e poder calorífico; a sucessão do carvão mais antigo e puro, para o mais recente e impuro é: antracito (cerca de 95% de carbono), hulha (de 75 a 90%), linhito (de 65 a 75%) e turfa (no máximo com 50% de carbono). castanha-do-pará Árvore de porte colossal (Bertholletia excelsa), em torno de 40 a 50 metros de altura e cerca de 2 metros de diâmetro na altura do peito; fruto capsular do tipo pixídeo incompleto, vulgarmente denominado de ouriço, que pode pesar entre 500 a 1.500 gramas, contendo 15 a 24 sementes angulosas, com casca córnea e rugosa; é nativa da Amazônia com extensa área de distribuição; o processo de enxertia conseguiu reduzir a idade da primeira frutificação de 12 para 6 anos e, excepcionalmente, até para 3,5 anos. carvão sapropélico Carvão constituído por esporos e pólens (cannel), ou algas (boghead), depositados como lama no fundo dos lagos e lagunas. cascalho Fração grosseira do solo com diâmetro entre 2 mm e 2 cm. (Pedologia) castanha-jacaré (Corythophora rimosa) Árvore da família Lecythidaceae, de grande porte, de fuste retilíneo as vezes superior a 90 cm de diâmetro, casca grossa dura, sulcada, acinzentada, de 2,0 cm de espessura aproximadamente; madeira pesada; cerne avermelhado a castanho-escuro, bem diferenciado do alburno creme; grã direita a levemente ondulada; textura média; figura pouco destacada, cheiro e gosto indistintos. cascata Pequena queda d'água da ordem de poucos metros, formada pelo desnível altimétrico no perfil de um rio. casualização Sorteio que se realiza, ao planejar um experimento, fazendo-se, ao acaso, a escolha do tratamento a ser carvão vegetal Carvão obtido pela carbonização de madeira. cascalhento Tipo de textura de solo que contém cascalho entre 15 e 50 g/kg de solo (15 e 50%). (Pedologia) 87 VOCABULÁRIO DA NATUREZA uma pasta mole; são aplicados externamente de duas maneiras: quentes, para um efeito revulsivo ou maturativo; mornos, de efeito calmante. aplicado a cada parcela. (Estatística Experimental). cat clay Argila de solos mal drenados, os quais contém sulfetos ferrosos que se tornam altamente ácidos quando drenados. catarata Grande queda d'água da ordem de dezenas de metros formada por um elevado desnível altimétrico. Pode estar associada à erosão diferencial de diferentes tipos litológicos ou a grandes estruturas geológicas. cata Trabalho individual, efetuado por processos equiparáveis aos de garimpagem e faiscação, na parte decomposta dos filões e veeiros, com extração de substâncias minerais úteis, sem o emprego de explosivos, e que seja apurado por processos rudimentares. catástrofe Interrupção grave do funcionamento da comunidade, gerando vastos prejuízos humanos, materiais e ambientais, que a sociedade afetada não pode superar com os seus próprios recursos; classificam-se frequentemente pela sua velocidade de desencadeamento (rápida ou lenta), ou de acordo com a sua causa (natural ou provocada pelo homem). catabolismo Conversão através dos organismos vivos de moléculas orgânicas complexas em moléculas simples, resultando em liberação de energia. catádromo Migração estacional de certos peixes de água doce, tal como as enguias, que descem os rios para desovarem no mar. catástrofe biológica Catástrofe causada por exposição de organismos vivos a germes e substâncias tóxicas. catáfilo Folha modificada, geralmente escamiforme, de consistência variável e freqüentemente sem clorofila. (Botânica) catecolaminas Determinação genérica da dopamina, adrenalina, noradrenalina (hormônios) e outros compostos e metabólicos, e que são encontrados em certas terminações nervosas. (Medicina) catalisador - Substância que, por sua presença, modifica a velocidade de uma reação química, sem se alterar no processo. (Química) categoria Grupamento de classes de solos relacionados, as quais são definidas, aproximadamente, pelo mesmo nível de abstração. Exemplo de categorias: ordem, subordem, família, etc. (Pedologia) catalisador automotivo Equipamento em forma de cilindro, instalado no conjunto do escapamento dos veículos; funciona através de um processo de aquecimento, provocando a queima dos gases poluentes (especialmente o dióxido de carbono), tornando-os inofensivos à saúde humana. catena Seqüência de solos aproximadamente da mesma idade, derivados de materiais semelhantes, e que ocorrem sob condições climáticas similares, mas tem características diferentes, devido às variações de relevo e de drenagem; seqüência de solos do topo à base de uma pequena elevação; a litologia original pode ser a mesma ou não. (Pedologia) catálise Fenômeno pelo qual é possível aumentar a velocidade de uma reação pela presença de uma substância ou catalizador que não sofre mudança química permanente, encontrando-se inalterado ao final da reação. (Química) catanduva Nome popular dado as terras pobres, nos Estados de São Paulo e Paraná, quase sempre arenosas, que só podem ser cultivadas esporadicamente e com resultados fracos. catéter Todo e qualquer tubo oco que permite a drenagem, injeção e medidas de pressões. cátion Íon que se apresenta carregado positivamente; sendo que tal denominação é devida ao fato de durante cataplasma É um preparado composto do pó de substâncias, diluído até formar 88 VOCABULÁRIO DA NATUREZA caulim residual ou primário É formado in situ pela ação do intemperismo sobre a rocha. a eletrólise se deslocar em direção ao cátodo. cátion ácido Íon hidrogênio ou cátions que, sendo adicionados á água, sofrem hidrólise, resultando em uma solução ácida. Exemplos em solos são H+, Al3+ e Fe3+. caulim sedimentar ou secundário É aquele que foi transportado do seu lugar de origem. caulinita Grupo de argilominerais do tipo 1:1 com estrutura de filossilicato, formado pelo empilhamento regular de folhas silicato teraédricas e folhas hidróxido octaédricas; fazem parte deste grupo, que apresenta fórmula Al4Si4O10(OH)8 , os seguintes argilominerais dioctaedrais; caulinita, haloisita, nacrita e diquita; minerais que pertencem ao grupo da serpentina - crisotila, lizardita, antigorita e amesitacomo são comumente denominados, apresentam a mesma estrutura da caulinita, com Fe2+, Fe3+, Mg2+ e outros íons, substituindo o Al na folha octaédrica; por esse motivo, esses minerais trioctaédrais, também se enquadram no grupo da caulinita. cátion trocável Íon carregado positivamente retido nas proximidades da superfície de uma partícula sólida com carga superficial negativa, o qual pode ser substituído por outros íons carregados positivamente. catodo Eletrodo no qual ocorrem reações de redução; no catodo há uma tendência em diminuir o número de íons do metal em solução e a sua massa também tende a aumentar. caudal Volume de água que flui num rio (ou canal) numa determinada seção deste, por unidade de tempo. caudal nominal Caudal para o qual a turbina ou a bomba é dimensionada. (Hidráulica) cavado É uma área alongada de pressão atmosférica relativamente mais baixa; pode ser a extensão de um ciclone; é o oposto de crista e é, geralmente, associado a mau tempo, assim como o próprio ciclone; a máxima curvatura das isóbaras ocorre ao longo do eixo do cavado. Uma frente necessariamente localiza-se em um cavado. (Meteorologia) caudal utilizável Parte do caudal total que, após as deduções de água obrigatórias previstas e das perdas inevitáveis, fica disponível para as finalidades do aproveitamento. caudículo Pequenina haste que sustenta a polínea, nas orquídeas; apêndice diminuto localizado na base da antera, em espécies de compostas. (Botânica) caverna Toda e qualquer cavidade natural subterrânea penetrável pelo homem, incluindo seu ambiente, seu conteúdo mineral e hídrico, as comunidades animais e vegetais ali agregados e o corpo rochoso onde se insere. caule Porção do vegetal que se apresenta ordinariamente aérea, podendo contudo ser submersa ou subterrânea, sendo que neste caso existem três categorias : o rizoma , o tubérculo e o bulbo. (Botânica) cavitação Fragmentação sofrida pelas rochas presentes no leito de uma corrente, devido ao impacto das elevadas e variadas pressões causadas por altas velocidades turbilhonares. cauliflora Árvore tropical que apresenta casca delgada, presente especialmente nas regiões úmidas, e cujas flores crescem no caule e nos galhos sem relação com as folhas. (Botânica) CCD Charge Couple Device Dispositivo de transferência de carga; chip eletrônico que transforma fótons em sinais elétricos que são usados para a representação de imagens de objetos astronômicos ou para analisar a caulim Argila de cor branca que, na sua forma beneficiada, é constituída principalmente por minerais do grupo da caulinita. 89 VOCABULÁRIO DA NATUREZA compreendido entre o ponto de congelamento da água e seu ponto de ebulição em 100 partes iguais, associando o valor zero ao ponto de congelamento e o valor cem ao ponto de ebulição. quantidade de luz que está sendo recebida de tal objeto. Ver chip. (Eletrônica). ceco Primeira porção do intestino grosso; que recebe o conteúdo do intestino delgado. (Medicina) célula fotoelétrica Dispositivo eletrônico que serve para detectar a luz. cedrorana (Cedrelinga catenaeformis) Árvore da família Leguminosae, com grande porte, fuste retilíneo com diâmetro as vezes superior a 2,0 m, casca sulcada, avermelhada, com 1,5 a 2 cm de espessura; madeira moderadamente pesada; cerne vermelho-róseo; alburno mais claro e pouco distinto; grã ondulada; textura grossa; figura pouco destacada (linhas vasculares escuras presentes); cheiro desagradável quando úmida, desaparecendo quando seca; gosto indistinto. celulase Enzimas que digerem celulose para unidades de hexose. celulose Um tipo de fibra resistente a digestão; é o componente básico de todos os vegetais. cementação Difusão de carbono na superfície do aço para alterar as propriedades da superfície. Esse tratamento é feito colocando-se o aço em contato com uma substância capaz de fornecer carbono e aquecendo-o acima da zona crítica (900o C); os processos usuais de cementação elevam o teor superficial do carbono até 1%; utiliza-se para peças que necessitem de alta dureza superficial, alta resistência á fadiga de contato e submetidas a cargas superficiais elevadas. (Metalurgia) cefalópodes Moluscos exclusivamente marinhos, presentes em sua grande maioria em mares rasos, embora alguns habitem águas profundas; apresentam a cabeça bem diferenciada, guarnecida por uma coroa de tentáculos e a boca dotada de um par de mandíbulas e de uma rádula; mostram os olhos bem desenvolvidos, respiram através de brânquias e deslocam-se graças à expulsão rápida da água; as formas atuais são geralmente desprovidas de concha ou então a mesma é vestigial; o Nautilus é a única forma atual que possui concha externa. cementita Carboneto ou carbeto de ferro (Fe3C) que contém 6,67% de carbono; muito dura e quebradiça, é responsável pela elevada dureza e resistência dos aços de alto carbono. (Metalurgia) cenozóica Uma das divisões de tempo geológico da ordem mais elevada; era geológica caracterizada pela extinção maciça de répteis gigantes e por grande desenvolvimento dos vertebrados. Ver era. (Geologia) cela unitária Unidade fundamental que repetindo-se sempre, de acordo com o desenho geométrico de um dos retículos de Bravais, forma o cristal. celenterados Animais diploblásticos (ectoderma e endoderma separados por uma camada desorganizada - mesogléia) de simetria radial ou birradial; ocorrem predominantemente em ambiente marinho, podendo, contudo, estar presentes em água doce ou salobra; o subfilo Cnidaria, único que apresenta registro paleontológico, caracteriza-se pela posse de nematocistos, isto é , células urticantes. centimol de cargas - cmolc Centésimo do número de mols de cargas; pelo Sistema Internacional de Unidades, a massa molecular deve ser expressa pelo número de mols da substância (ou seus múltiplos e submúltiplos); para estudos do solo pode ser usado o centimol (centésima parte do mol) ou o milimol (milésima parte do mol). (Pedologia) centimorgan - cM Unidade de distância entre genes localizados em um mesmo cromossomo e que representa a celsius Uma das escalas utilizadas para medir a temperatura; divide o intervalo 90 VOCABULÁRIO DA NATUREZA centro de origem Região onde o ancestral silvestre de uma cultura distribui-se em estado nativo; na concepção de N.I. Vavilov (1887-1943) o centro de origem de uma cultura correspondia à região onde o ancestral silvestre exibia a maior diversidade genética para um número seleto de características, diminuindo a variabilidade à medida que se deslocava para a periferia da distribuição; o conhecimento atual raramente valida a proposição de que o centro de origem de uma cultura coincide com a região em que esta mostra maior diversidade genética, possivelmente porque a relação entre ambos foi enunciada de maneira equivocada. (Genética) freqüência de recombinação entre eles. (Genética) central hidroelétrica Instalação na qual a energia potencial e cinética da água é transformada em energia elétrica. central hidroelétrica a fio de água Central hidroelétrica num curso de água, sem represa, reguladora de volume significativo. central hidroelétrica de represa Central hidroelétrica cuja alimentação pode ser regulada graças a uma represa. central maremotriz Central hidroelétrica que utiliza o desnível entre o mar e uma bacia do qual está separado, criado pelo efeito das marés. central nuclear Instalação na qual a energia libertada a partir de combustível nuclear é convertida em energia elétrica. centro de recursos genéticos Instituição incumbida de conservar e promover a utilização do germoplasma de espécies domesticadas ou de potencial econômico. central térmica Instalação na qual a energia química, contida em combustíveis fósseis, sólidos, líquidos ou gasosos, é convertida em energia elétrica. centrômero Constrição primária dos cromossomos; região onde ocorre o cinetócoro no qual se prendem as fibras do fuso durante as divisões celulares. (Genética) centro de dispersão Região ou área biogeográfica de onde novos táxons se difundem a outras regiões; o critério mais importante para sua determinação é a localização da área de maior diferenciação de um táxon. Ver centro de origem. cercospídeos Família dos insetos da ordem dos Homópteros, vulgarmente conhecidos como cigarrinhas e que são consideradas pragas de inúmeras gramíneas, incluindo a cana-de-açúcar e forrageiras. centro de diversidade Região geográfica onde se concentra um número elevado de espécies de um gênero ou de gêneros de uma família, contrastando com sua menor freqüência em outras regiões. cercosporiose Doença provocada por fungos do gênero Cercospora, que ataca as folhas das plantas, originando manchas de margens escurecidas. cerda Pena simplificada, apenas com uma raque e poucas e diminutas barbas na parte basal; a sua função táctil é bem desenvolvida devido às terminações nervosas especiais no interior de sua base oca (cálamo), inserida na pele; geralmente as cerdas situam-se próximas ao bico. (Zoologia) centro de domesticação Região geográfica onde foi domesticada uma determinada cultura; muitas culturas (ex.: seringueira) foram domesticadas independentemente por vários grupamentos humanos, em épocas e áreas diferentes, como decorrência da grande distribuição geográfica da espécie; esta origem é chamada de acêntrica; outras culturas (ex.: tomate) foram domesticadas fora da área de ocorrência natural do ancestral silvestre. cernambi Denominação aplicada a borracha coagulada naturalmente, tanto na árvore como em qualquer recipiente destinado a coletar o látex; termo que 91 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cesta básica Conjunto de bens que satisfazem as necessidades de uma família de trabalhadores; o conceito de necessidades básicas varia conforme o nível médio de renda da população alvo. (Sócio-Economia). também designa a borracha de qualidade inferior. (Fitotecnia) cernambi Nome dado a várias espécies de moluscos bivalves que ocorrem no litoral brasileiro. Ver sambaqui. (Zoologia) cerne Parte central mais dura, da madeira, que sofreu na diferenciação das células uma impregnação mais forte de lenhina e contém células mortas; durâmem. chaminé vulcânica Conduto que liga a câmara magmática com a superfície do terreno, e que funciona como condutor dos materiais vulcânicos. (Geologia) chapada Denominação usada no Brasil para as grandes superfícies, por vezes horizontais e a mais de 600 m de altitude que aparecem na Região Centro-Oeste do Brasil; do ponto de vista geomorfológico a chapada é, na realidade, um planalto sedimentar, pois trata-se de um acamamento estratificado que, em certos pontos, está nas mesmas cotas da superfície de erosão, talhadas em rochas pré-cambrianas. (Geomorfologia) cerosidade São filmes muito finos de material inorgânico de naturezas diversas, orientados ou não, constituindo revestimentos ou superfícies brilhantes nas faces de elementos estruturais, poros ou canais, resultante de movimentação, segregação ou rearranjamento de material coloidal inorgânico. (Pedologia) cerradão Tipo mais denso e alto de vegetação do domínio dos cerrados; as árvores não são esparsas e suas copas podem se tocar ou não. chapada residual Consiste em testemunho de forma tabular que identifica, do ponto de vista morfológico, a existência de um capeamento. (Geomorfologia) cerrado Savana tropical na qual uma vegetação rasteira, formada principalmente por gramíneas, coexiste com árvores e arbustos esparsos; constitui o segundo maior bioma/domínio morfoclimático do Brasil e da América do Sul ocupando mais de 200.000.000 hectares e abrigando um rico patrimônio de recursos naturais renováveis adaptados às condições climáticas, edáficas e píricas que determinam a sua existência; o domínio dos cerrados tem sua área nuclear situada nos chapadões do Brasil Central. Ver savana. chapadão Termo utilizado para uma série de chapadas ou planaltos de superfície regular. (Geomorfologia) chapéu de ferro Ver gossan. chatoyance Fenômeno óptico observado em certos minerais quando submetidos à luz refletida, consistindo em uma faixa estreita, brilhante, que se move em ondas ao ser mudada a posição do mineral, resultado da reflexão da luz em pequenas fibras, cavidades tubulares ou inclusões aciculares. césio 137 É um radioisótopo usado no tratamento do câncer e em processos industriais como fonte de calibração de instrumentos e de medição de radiatividade; elemento químico que se caracteriza como um pó azul brilhante, altamente radiativo, que provoca queimaduras, vômitos e diarréia até a morte; o organismo humano necessita de 110 dias para eliminá-lo; atualmente é substituído pelo cobalto. Ver acidente de Goiânia. chenier Cordão litorâneo elevado, arenoso, contendo conchas e podendo por vezes alcançar até 80m de largura e dezenas de quilômetros de extensão. Situa-se bem acima da maré alta, encontrando-se separado da praia por manguezais. Chernossolos Solos escuros, ricos em bases e carbono; anteriormente designados por Brunizem, Rendzina, Brunizem Avermelhado, Brunizem cespitosa Vegetação que cresce formando tufo ou touceira. (Botânica) 92 VOCABULÁRIO DA NATUREZA chumbo tetraetila Aditivo utilizado para aumentar o poder antidetonante da gasolina; por ser altamente poluente e cancerígeno, tem sido substituído por outros aditivos. Brasil e Japão foram os primeiros países do mundo a eliminar totalmente o chumbo tetraetila da gasolina. Hidromórfico; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) chert Denominação geral para sedimentos muito compactos, constituídos por opala, calcedônia e quartzo micro ou criptocristalino, ou ainda uma mistura desses constituintes. chip Ver circuito integrado. (Eletrônica) chupança Tipo de praga (Monalonion spp), que ataca o cacaueiro, sugando a seiva dos ramos, folhas e dos frutos novos. chironius (Chironius sp.) Tipo de cobra tímida e inofensiva; é comprida, delgada e possui uma cauda bem longa e fina; extremamente ágil tanto em terra como sobre as árvores. (Zoologia) chute bar Depósito de cascalho que apresenta forma de lóbulo, localizado sobre as barras em pontal, devido também ao rompimento dos diques marginais. chordata Filo que reúne animais dotados de um cordão dorsal denominado notocórdio ou corda, que é a primeira estrutura de sustentação do corpo dos cordados. chuva Vapor d'água condensado na atmosfera que se precipita sobre a terra em forma de gotas (diâmetro superior a 0,5 mm); dependendo da média horária de sua acumulação no pluviômetro, pode ser leve (até 2,5 mm), moderada (entre 2,5 a 7,5 mm) ou forte (superior a 7,5 mm). (Meteorologia) chorume Líquido escuro, que apresenta alta carga poluidora, resultante da decomposição do lixo; termo utilizado para designar o líquido resultante da lavagem de estábulos, cocheiras, salas de ordenha e pocilgas; é composto de estrume e urina do animal, e da própria água de lavagem das instalações, podendo ser utilizado como adubo; resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no solo, como por exemplo, nos aterros sanitários; resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos; é altamente poluidor. chuva ácida Chuva composta por substâncias ácidas tais como ácido sulfúrico e ácido nítrico, sendo tais substâncias produzidas pela combinação da água atmosférica com os óxidos liberados após a queima de hidrocarbonetos. chuva ciclônica Chuva associada com sistemas de baixa pressão como as depressões; tais chuvas são contínuas, não muito intensas, de duração prolongada e afetam extensas áreas por acompanharem o deslocamento da depressão. (Meteorologia) chumbo Metal pesado, de efeitos cumulativos enquanto poluente; no homem (chega pela alimentação, respiração e bebida), uma dose de 1mg/dia, durante um período suficientemente longo, pode provocar tremores, perda de memória, alucinações, insônia, melancolia, anemias e problemas renais, cólicas e prisão de ventre; as fontes são as latas de conserva, tubos metálicos de pastas de dentes, fumaça de cigarro e de carvão, tintas em geral e produtos para escurecer os cabelos, além de processos industriais específicos. chuva contínua Chuva que possui duração de uma hora ou mais, sem interrupção. (Meteorologia) chuva de convecção Chuva proveniente da ascensão vertical do vapor d'água que ao entrar em contato com as camadas de ar mais frio sofre condensação e precipita; está associada à formação de nuvens do tipo cumulus e cumulonimbus, sendo geralmente intensas, do tipo aguaceiro, de curta duração e, freqüentemente, 93 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ciclo cardíaco Um período completo da diástole e sístole cardíacas, com intervalos intercalados, que começam com qualquer evento na ação cardíaca até o momento em que aquele mesmo evento é repetido. acompanhadas de trovões; precipitações pluviométricas típicas de baixas latitudes, em que os ventos alíseos de NE e SE sopram dos Trópicos para o Equador, onde sobem quentes e úmidos, esfriando-se e saturando-se de vapor d’água no alto e chovendo quase diariamente na área equatorial. (Meteorologia) ciclo da água Ver ciclo hidrológico. ciclo de Calvin Mecanismo elucidado por Calvin em 1946, dividido em quatro fases distintas: fase de carboxilação, fase de redução, fase de regeneração e fase de síntese dos produtos; a fase de carboxilação consiste na reação de CO2 com a ribulose bisfosfato, catalisada pela ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase (RuBisCO), seguida por uma clivagem molecular, formando o ácido fosfoglicérico; a fase de redução consiste na redução do ácido glicérico, formado na etapa anterior, em triose fosfato; a fase de regeneração consiste na regeneração da ribulose bisfosfato através de reações de interconversão de açúcares; a fase de síntese de produtos consiste na produção de outros compostos, tais como, polissacarídeos, aminoácidos e ácidos graxos; a síntese desses compostos é influenciada pelas condições fisiológicas; também é conhecido como a rota C3 de fixação do carbono, uma vez que o produto formado é um composto de 3 carbonos (ácido fosfoglicérico); ciclo de fixação do carbono. Ver C3, planta C3. chuva frontal Precipitação pluviométrica produto do encontro de duas massas de ar diferentes, uma quente e outra fria, a primeira se sobrepondo à segunda; são típicas de médias latitudes. (Meteorologia) chuva orográfica Precipitações pluviométricas que ocorrem em litorais montanhosos, quando as massas de ar úmidas vindas dos oceanos vão subindo uma montanha provocando uma descompressão do ar e, assim, resfria o vapor d’água contido nas nuvens, chovendo na encosta de barlavento; na outra encosta, a de sotavento, pode ocorrer climas desérticos ou semi-áridos. (Meteorologia) chuvisco Precipitação bastante uniforme constituída exclusivamente por gotículas de água, com diâmetro inferior a 0,5 mm, e muito próximas uma das outras. (Meteorologia) cianogênese Liberação de ácido cianídrico (HCN) num processo de transformação química. ciclo de fixação do carbono Ver ciclo de Calvin. ciberespaço Um termo popularizado por William Gibson para designar a realidade imaginária compartilhada das redes de computadores; algumas pessoas usam o termo ciberespaço como sinônimo de Internet. ciclo de Wilson Conjunto de processos envolvendo a abertura e o fechamento de oceanos, com rompimento, separação e justaposição de massas continentais; são reconhecidos seis estágios, sendo que três estão relacionados a soerguimento, rifteamento e deriva e os demais à etapas de aproximação de massas continentais e fechamento do oceano. cibernética Disciplina que trata do controle de processos complexos nos animais e nas máquinas; seu princípio básico é a realimentação (feedback), ou seja, a contínua correção dos erros de um sistema; teoria dos sistemas. ciclo Diesel - Ciclo termodinâmico utilizado em motores, no qual a explosão se dá espontaneamente, em função das elevadas pressões alcançadas; o combustível utilizado nesses motores é chamado óleo diesel. (Mecânica) cíbrido Produto do cruzamento ao nível citoplasmático de dois genitores geneticamente distintos. (Genética) 94 VOCABULÁRIO DA NATUREZA deslocam no sentido inverso ao movimento dos ponteiros dos relógios no hemisfério norte, e no sentido destes no hemisfério sul; no Atlântico Ocidental e Pacífico Oriental recebe a denominação de furacão, de tufão, no Pacífico Ocidental. (Meteorologia) ciclo do carbono Seqüência de transformação onde o dióxido de carbono é fixado em organismos vivos, pela fotossíntese, liberado pela respiração e pela morte e decomposição de organismos que o fixam, usado pelas espécies heterotróficas, e posteriormente retorna ao estado original. ciclone tropical Termo genérico que designa um ciclone da escala sinótica com origem sobre águas tropicais ou subtropicais e que apresenta uma convecção organizada e uma circulação ciclónica caracterizada por vento de superfície. ciclo do enxofre Seqüência de transformações onde o enxofre é oxidado ou reduzido a produtos orgânicos ou inorgânicos. ciclo do nitrogênio Seqüência de trocas bioquímicas sofridas pelo nitrogênio, na qual ele é usado por organismos vivos, liberado após a morte e decomposição de tais organismos, e convertido ao seu estado original de oxidação. ciclos biogeoquímicos Circulação na natureza de substâncias essenciais à renovação, manutenção e reprodução dos organismos vivos; os principais ciclos são os do carbono (pelo qual átomos de carbono se incorporam em compostos orgânicos através da fotossíntese), do nitrogênio (absorvido na forma de nitratos por plantas comidas por animais, produzindo excrementos contendo nitrato, que volta ao solo), da água (evaporação, à chuva, e assim por diante), do oxigênio, do enxofre e do fósforo. (Ecologia) ciclo hidrológico Sistema pelo qual a natureza faz a água circular do oceano para a atmosfera e daí para os continentes, de onde retorna, superficial e subterraneamente, ao oceano; ciclo da água. ciclo Otto Ciclo termodinâmico utilizado em motores, no qual a explosão se dá a partir da ocorrência de uma centelha; utiliza como combustível gasolina, alcool ou sua mistura. (Mecânica) ciclotema Denominação aplicada em sua concepção original para indicar uma série de camadas depositadas durante um único ciclo sedimentar do tipo que prevaleceu durante o Pensilvaniano; atualmente é utilizado para abrigar rochas de diferentes idades e diferentes litologias daquelas do Pensilvaniano de Illinois. (Geologia) ciclo vital Compreende o nascimento, o crescimento, a maturidade, a velhice e a morte dos organismos. (Biologia) ciclogênese Qualquer desenvolvimento ou fortalecimento de uma circulação ciclônica na atmosfera. (Meteorologia) cicuta Planta umbelífera, venenosa, dos gêneros Cicuta, Conium e Anthricus, de tamanhos variáveis que crescem nas montanhas ou pântanos; veneno extraído da cicuta-da-europa (Conium maculatum). ciclone Distribuição da pressão atmosférica na qual existe uma pressão central mais baixa com relação às adjacências; caracteriza-se em uma carta sinótica como um sistema de isóbaras fechadas, envolvendo uma pressão central baixa; é normalmente chamado de centro de baixa pressão; é, também, sinônimo de depressão; pode ser tropical ou extra-tropical, dependendo de onde ocorre; precipitação e ventos mais intensos estão associados a esta feição. Sistema de circulação atmosférica fechado, em grande escala, com pressão barométrica baixa e ventos fortes que se ciência Conjunto de conhecimentos sobre determinado objeto ou fenômeno, agrupados segundo certos critérios e a partir de uma metodologia específica. ciência do solo É a ciência que trata dos solos como um recurso natural da superfície terrestre; inclui a formação, classificação e distribuição geográfica, e 95 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cintura sísmica Zona sísmica de forma alongada, geralmente situada ao longo dos limites exteriores das placas tectônicas. as propriedades físicas, químicas, mineralógicas, biológicas e de fertilidade dos solos, bem como estas propriedades em relação ao seu uso e manejo; pedologia. cinturão de cavalgamento Zona linear de grandes dimensões formada pela convergência de placas litosféricas e sítio onde são desenvolvidos os cinturões orogênicos; constitui-se de falhas de empurrão ou de cavalgamento e nappes, que conformam zonas de cisalhamento que isolam grandes fatias de corpos rochosos denominados de lasca ou escama de empurrão. (Geologia) cigana (Opisthocomus hoazin) Ave típica de matas alagadas e beira de lagos da América do Sul, principalmente nas bacias do Orinoco e do Amazonas; os pássaros adultos voam de forma desajeitada em pequenas distâncias; normalmente, eles preferem subir nas árvores através dos galhos; seus alimentos são plantas do pântano, folhas trituradas e sementes; vivem em bandos de 3 ou 6 pássaros cruzando entre si e formando laços de parentescoo; os ninhos feitos sobre a água guardam de 2 a 5 pequenos ovos. cinturão de cisalhamento Feixe de bandas e zonas de cisalhamento, isolando fatias e lentes menos deformadas ou até mesmo indeformadas, situadas ao longo de faixas alongadas. (Geologia) cimentação Refere-se à consistência quebradiça e dura do material do solo, ocasionada por qualquer agente cimentante que não seja mineral de argila, tais como: carbonato de cálcio, sílica, óxidos ou sais de ferro ou alumínio. (Pedologia) cinza de grelha Cinza produzida na queima de carvão mineral em caldeiras e que não é removida pelo fluxo de ar; possui granulometria mais grossa; cinza pesada. cinza Fragmento produzido por erupções vulcânicas de caráter explosivo, que apresenta diâmetro inferior a 4 mm; quando consolidado é denominado tufo, podendo ser vítreo, lítico e de cristais. cimento Material que une os grãos de uma rocha sedimentar, através da precipitação química de soluções intersticiais, dentre as quais podem ser destacadas a sílica, o carbonato de cálcio e os óxidos de ferro. cinza volante Material finamente particulado proveniente da queima de carvão pulverizado em usinas termoelétricas com o objetivo de gerar energia. cimetidine Droga utilizada no controle e tratamento das úlceras pépticas através do bloqueio da produção de ácido do estômago. (Medicina) ciófila Denominação utilizada para indicar as folhas de uma planta que vive na sombra. (Botânica) cinábrio Mineral que cristaliza no sistema hexagonal-R, classe trapezoédrica-trigonal, composição HgS e uma elevada densidade que alcança 8,1; apresenta cor vermelha típica e um brilho adamantino; é o mais importante minério de mercúrio. cipó Planta de hábito trepador, lenhosa, com ramos flexíveis, que cresce apoiada em outras plantas, geralmente árvores, apresentando muitas vezes estruturas especializadas que servem de apoio ou fixação. Ver trepadeiras, lianas. cintilação Efeito atmosférico sobre a luz estelar, originando a variação rápida do brilho, como resultado da deformação da onda plana que provém da estrela, causada pela variação do índice de refração atmosférico nas altas camadas. (Astronomia) circuito elétrico e eletrônico É um determinado agrupamento de componentes de comportamento elétrico bem definido e destinado à condução de cargas elétricas; quando sua finalidade se relaciona à transmissão de potência, 96 VOCABULÁRIO DA NATUREZA a observação dos cromossomos ao microscópio. tais circuitos denominam-se elétricos; quando se destinam ao processamento de sinais elétricos, denominam-se eletrônicos. citometria de fluxo Método laboratorial utilizado para definir o tamanho, morfologia e outras características de uma população de células; muito utilizado na classificação das leucemias. (Medicina) circuito integrado Agrupamento de diversos componentes eletrônicos de tamanhos reduzidíssimos, agregados num objeto único com uma finalidade comum, revestido por uma camada de material plástico ou cerâmico (ou encapsulamento); chip. Ver circuito eletrônico. (Eletrônica) citral Substância do grupo dos aldeídos, presente em especial nas folhas da melissa, responsável pelo odor cítrico característico desta planta, assim como de outras espécies da família Labiatae. cirrípides Crustáceos exclusivamente marinhos, geralmente cobertos por placas calcárias, sendo que quando adultos- com exceção das formas parasitas- fixam-se pela extremidade anterior. Os apêndices birramosos são utilizados para a captura do alimento; são hermafroditas. clade Grupo monofilético de taxa que abrange um ancestral comum e seus descendentes. (Genética) cladística Classificação taxonômica baseada em relações evolutivas entre os taxa (espécies); pode apresentar resultados e conclusões diferentes da taxonomia clássica, a qual enfatiza o relacionamento fenético entre as espécies. cirrocumulus Nuvem que se apresenta de forma delgada, sendo composta de elementos muito pequenos em forma de grânulos e rugas. Indica base de corrente de jato e turbulência. (Meteorologia) clamidoconídios Taloconídios que têm função de resistência, semelhante a dos esporos bacterianos; são células, geralmente arredondadas, de volume aumentado, com paredes duplas e espessas, nas quais se concentra o citoplasma; sua localização no micélio pode ser apical ou intercalar; formados em condições ambientais adversas, como escassez de nutrientes, de água e temperaturas não favoráveis ao desenvolvimento fúngico. Ver taloconídios. (Micologia) cirrose Doença crônica do fígado caracterizada pelo crescimento de tecido cicatricial, destruição e regeneração das células hepáticas e distorção da estrutura do fígado; pode levar à falência de funções hepáticas importantes como a depuração de substâncias tóxicas do sangue, incluindo o álcool. (Medicina) cirrostratus Nuvem que se apresenta sob a forma de um véu transparente fino e esbranquiçado, portanto sem ocultar o sol ou a lua e apresentando o fenômeno de halo. (Meteorologia) clarificação Operação de separação sólido/líquido baseada no fenômeno de sedimentação, empregada para produzir um líquido (água) livre de partículas sólidas suspensas. cirrus Nuvem que se apresenta com aspecto delicado, sedoso ou fibroso, com cor branca brilhante. (Meteorologia) clarke Porcentagem média com que um determinado elemento se apresenta na crosta terrestre. cisalhamento Deformação envolvendo uma solicitação tangencial, resultado de um par de forças paralelas e de sentidos opostos, denominado binário ou conjugado. (Geologia) clarke de concentração Fator que mostra a concentração de um elemento dentro de um depósito particular ou mesmo dentro de um dado mineral. citogenética Parte da genética que se ocupa dos fundamentos citológicos da hereditariedade, utilizando especialmente claros Ver derivados claros. (Petróleo) 97 VOCABULÁRIO DA NATUREZA se feito, do consumo humano à navegação. No caso de águas salobras e salinas estabelece duas classes para cada uma. classe de aptidão agrícola das terras Expressão do grau de aptidão das terras para um determinado tipo de utilização com um nível de manejo definido. (Agronomia) classificação de Köppen Tipo de classificação climática. (Climatologia) classe de capacidade de uso da terra Categoria de um sistema interpretativo de classificação de terras, que indica a capacidade de uso do terreno para uma determinada utilização. (Agronomia) cleistotécio Tipo de ascocarpo constituído por uma estrutura globosa, fechada, de parede formada por hifas muito unidas, com um número indeterminado de ascos, contendo cada um oito ascosporos. Ver ascos, ascosporos. (Micologia) classe de drenagem do solo Refere-se à quantidade e rapidez com que a água recebida pelo solo se escoa por infiltração e escorrimento, afetando as condições hídricas do solo; duração de período em que permanece úmido, molhado ou encharcado. (Pedologia) clima Sucessão de estados da atmosfera, caracterizando a síntese do tempo em um dado lugar durante um grande período de tempo; portanto refere-se às variações da atmosfera, inferidas de observações contínuas durante um longo período de estudos, aproximadamente de 30-35 anos; a definição de um clima depende de um número de informações maior do que apenas a constatação das condições médias do tempo, incluindo os desvios em relação às médias (variabilidade), condições extremas, e as probabilidades de frequência de ocorrência de determinadas condições de tempo. classe de erosão do solo Refere-se ao grupamento de condições de erosão. (Pedologia) classe de formação Termo criado para designar um conjunto de formações semelhantes, reunidas dentro de uma mesma concordância ecológica. (Ecologia) classe de profundidade dos solos Designa condições nas quais um contato lítico ou um nível de lençol de água permanente ocorra, conforme limites especificados. (Pedologia) clima continental Clima típico das regiões continentais interiores cuja principal característica é a elevada amplitude anual e diária da temperatura. (Climatologia) classe de reação do solo Refere-se às distinções do estado de acidez ou alcalinidade do material do solo. (Pedologia) clima de monção Clima de regiões expostas às monções, caracterizado por inverno seco e verão chuvoso. As chuvas estão concentradas em determinada época do ano. (Climatologia) classe de solos Grupo de solos que apresentam uma variação definida em determinadas propriedades e que se distinguem de qualquer outra classe por diferenças nessas propriedades. (Pedologia) clima de montanha Clima regulado pelo fator altitude, caracterizado por pressão baixa e intensa radiação rica em raios ultravioletas. (Climatologia) classe textural Enquadramento do solo de acordo com a proporção relativa das partículas menores que 2 mm (areia, silte e argila). (Pedologia) clima equatorial Clima característico das regiões que estão sujeitas a influência das baixas pressões equatoriais, apresentando médias de temperaturas superiores a 25O C, e uma amplitude térmica anual que oscila entre 1 e 3O C; as chuvas estão presentes ao longo de todo o ano, com índices classes da água Oficialmente no Brasil, são aquelas estabelecidas pela Resolução 20/86, do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, que define cinco classes para as águas doces, e determina que tipo de uso pode 98 VOCABULÁRIO DA NATUREZA climatologia regional Descrição dos climas em áreas e regiões selecionadas da Terra. pluviométricos que ultrapassam os 3.000 mm. (Climatologia) clima marítimo Clima das regiões contíguas ao mar, caracterizado por fraca amplitude anual e diária da temperatura e por elevada umidade relativa. (Climatologia) climatologia sinótica Estudo do tempo e do clima em uma área com relação ao padrão de circulação atmosférica predominante; é essencialmente uma nova abordagem para a climatologia regional. clima megatérmico Clima caracterizado pela ausência de inverno, com altas temperaturas e chuvas abundantes. (Climatologia) clímax Maturidade característica de um ecossistema; as características do ecossistema maduro são: alta diversidade, reciclagem de nutrientes, reserva de matéria orgânica no solo, plantas e animais que utilizam a maior parte da luz solar e outros recursos; estágio de equilíbrio alcançado por uma série, comunidade, espécie, fauna ou flora em um dado ambiente. (Ecologia) clima mesotérmico Clima caracterizado por temperaturas e chuvas moderadas, com radiação solar profusa. (Climatologia) climatizar Controlar artificialmente a temperatura de um ambiente. climatologia Ciência voltada à análise dos padrões de comportamento da atmosfera, verificados durante um longo período de tempo, avaliando para isto os resultados dos processos atuantes na atmosfera de maneira dinâmica e levando em consideração não apenas parâmetros médios, mas também as variabilidades, condições extremas e gênese dos sistemas atmosféricos, o que confere um caráter dinâmico a climatologia. clímax climático É a vegetação que se mostra equilibrada dentro do clima regional, como por exemplo: Floresta Ombrófila Densa Amazônica e Atlântica, Savana-Estépica (Caatinga do sertão árido nordestino) e outros. clímax edáfico É a vegetação que se mostra equilibrada dentro de uma situação pedológica uniforme regionalmente, como por exemplo: Campinarana (Campinas) que ocupa as áreas de Podzol Hidromórfico e Areias Quartzosas Hidromórficas na bacia do rio Negro e de Savanas (Cerrado) que revestem áreas de solos degradados e aluminizados que ocorrem no país. climatologia aplicada Ciência que enfatiza a aplicação dos conhecimentos e princípios climatológicos nas soluções dos problemas práticos que afetam a humanidade, como por exemplo a climatologia agrícola e a bioclimatologia. cline Gradiente de caracteres mensuráveis, observado em populações de uma espécie, dispostos ao longo de um transecto. A variabilidade clinal geralmente não é reconhecida como categoria taxonômica. (Genética) climatologia dinâmica Ciência que enfatiza os movimentos atmosféricos em várias escalas, particularmente na circulação geral da atmosfera. climatologia física Ciência que envolve a investigação do comportamento dos elementos do tempo ou processos atmosféricos em termos de princípios físicos com ênfase à energia global e aos regimes de balanço hídrico da Terra e da atmosfera. clinoforma Configuração do perfil de fundo subaquoso, análogo ao do talude continental dos oceanos ou à inclinação da face de frente deltáica. clinômetro Instrumento destinado a efetuar a medição de ângulos verticais, com o intuito de determinar alturas. climatologia histórica Ciência que estuda o desenvolvimento dos climas através dos tempos. 99 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ferro ferroso e pelo ferro férrico, e o silício pelo alumínio. clinopiroxênio Termo geral utilizado para indicar qualquer um dos piroxênios que cristaliza no sistema monoclínico. clorofila Pigmento tetrapirrólico que contém no centro da molécula um átomo de magnésio; encontra-se nos cloroplastídios de células vegetais, em órgãos aos quais confere a coloração verde. clínquer Componente básico do cimento, constituído principalmente de silicato tricálcico, silicato dicálcico, aluminato tricálcico e ferroaluminato tetracálcico. clorofluorcarbonos - CFC’s Um grupo de componentes produzidos pelo homem, feito de cloro, flúor e carbono, intensamente utilizados na produção de aerossóis, espumas, e na indústria de arcondicionado; quando alcançam a estratosfera (10 a 50 km de altitude) sofrem uma quebra pela radiação de raios ultravioleta, liberando átomos livres de cloro que atuam na destruição da camada de ozônio. clivagem Propriedade apresentada por algumas rochas de se partirem em fatias ou lâminas paralelas ou subparalelas às superfícies planares. (Geologia) clivagem ardosiana Clivagem caracterizada por apresentar uma fissilidade ao longo dos planos dominados por minerais micáceos microscópicos, conferindo um aspecto foliado a rochas de granulação fina. clivagem de fratura Descontinuidade associada ao dobramento de uma camada competente, formando um leque convergente em direção ao núcleo da ondulação. cloroplasto Estrutura presente no interior das células dos vegetais onde se encontra a clorofila. clorose Amarelamento da folhagem, como um dos sintomas da deficiência em clorofila, principalmente nos tecidos das folhas. clonagem Produção de clones. clone Conjunto de indivíduos descendentes de único indivíduo por reprodução vegetava; grupo de células ou organismos derivados de uma simples célula ou indivíduo ancestral e todos geneticamente idênticos; linhagem de indivíduos reproduzidos assexuadamente por partenogênese ou reprodução vegetativa, por divisão mitótica. (Genética). cnidários Subfilo dos celenterados , que se apresentam tanto fixos como livrenadantes, e caracterizados pela presença de nematocistos e tentáculos; apresentam uma cavidade interna denominada coelenteron, que desempenha o papel de tubo digestivo, com uma única abertura; reproduzem-se tanto sexualmente como assexuadamente, sendo que na reprodução sexual o ovo evolui para uma larva ciliada, que se fixa e se transforma em pólipo; mostram distribuição desde os tempos cambrianos. cloração Processo de tratamento de água, que consiste na aplicação de cloro em água de abastecimento público ou despejos, para desinfecção. clorita Mineral que pertence a um grupo com a mesma denominação e que inclui, entre outros, o clinocloro, a peninita e a proclorita; cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática, mostrando cristais pseudo-hexagonais e com hábito semelhante ao grupo das micas; tem cor caracteristicamente verde e composição Mg3(Si4O10)(OH)2Mg3(OH)6; o magnésio pode ser substituído pelo alumínio, pelo coberteiras Penas que recobrem dorsal e ventralmente as penas de vôo, rêmiges e rectrizes; são denominadas de coberteiras superiores e inferiores, respectivamente. (Zoologia) cobertura aerofotogramétrica Conjunto de fotografias aéreas necessárias para a elaboração de estudos ou mapeamento de determinada área. 100 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cobrança pelo uso da água Prevista na Lei de Recursos Hídricos (Lei Federal 9433/97), parte do princípio de que a água é um bem econômico e seu uso deve ser racionalizado; pode haver a cobrança de os todos usos sujeitos à outorga, como captação de água, lançamento de esgotos, ou produção de energia; pela lei, os valores arrecadados devem ser aplicados prioritariamente em obras, estudos e programas na própria área da bacia hidrográfica onde se fez a cobrança. cobertura de nuvens Quantidade do céu encoberto por nuvens; é normalmente medida em oitavos. Ver nebulosidade. (Meteorologia). cobertura morta Camada natural constituída de resíduos de plantas espalhados sobre a superfície, para reter a umidade, proteger da insolação e do impacto das chuvas; mulchig. cobertura vegetal Compreende todas as plantas, sem distinção de tamanho e espécie, que ocupam determinada área. cobra cipó (Lepthis ahaetulla) Réptil que pode atingir até um metro de comprimento, sendo extremamente ágil tanto sobre a terra como sobre árvores, mas são tímidas e inofensivas. cobre nos pórfiros Denominação aplicada a concentrações cupríferas presentes em plutonitos ácidos, provenientes de diapirismo granítico, que ocorrem nas margens continentais ativas e nos arcos insulares. (Geologia) cobra dormideira (Siphlophis seruinus) Réptil pequeno e sem veneno, também chamada de dorminhoca pintada; espécie bastante rara e pouco estudada; quase nada se conhece sobre os seus hábitos; sabe-se apenas que gosta de árvores e come pássaros e lagartos. coca Arbusto da família das Eritroxiláceas, Erythroxylum coca, em cujas folhas e caules existem vários alcalóides dos quais o mais importante é a cocaína. Ver cocaína. cocaína Alcalóide extraído das folhas e do caule da coca, cristalino e incolor, tóxico, alucinógeno. cobra papagaio (Corallus caninus) Gosta de ficar em cima de árvores e usa o mimetismo para se confundir com as folhagens; a cauda funciona como gancho, tanto para se firmar como para agarrar presas; come lagartos, roedores e sapos; extremamente venenosa e uma das poucas cobras que atacam o homem no peito; jararaca verde. cochonila Corante obtido de insetos coccídeos, vermelho, contendo ácido carmínico. Ver cochonilha-do-carmim. cochonilha-do-carmim Inseto homóptero da família dos Coccideos, Dactylopius coccus, usado antigamente para a extração do carmim. Ver carmim. cobra salamanta (Epicrates cenchria) Confundida com a jibóia, muita gente acredita que ela é muito perigosa, com um veneno ainda mais perigoso do que o da cascavel, mas a fama é injusta pois, na realidade, não tem veneno e se alimenta apenas de aves e outros pequenos animais. cochonilhas Insetos homópteros da família dos Coccideos, que segregam substâncias especiais de revestimento (cera e laca) e alimentam-se da seiva das plantas, vivendo nas folhas, galhos, tronco ou raízes; muitas espécies são consideradas pragas importantes, coma a espécie Coccus viridis, que ataca o cafeeiro e plantas cítricas; piolho-deplanta. cobra verde (Pseustes sulphureus) Come pintos, ovos e ratos; para caçar filhotes de galinha, pato ou marreco ela costuma se aproximar das habitações rurais e até subir em árvores à procura de ninho de aves; não tem veneno mas é extremamente agressiva e quando acuada, estufa o peito para parecer maior e dar botes; papa-ovo, papa-pinto e papa-rato. cocólitos Frústulas discoidais, estreladas ou placóides que apresentam paredes delgadas, freqüentemente perfuradas, e produzidas por algas planctônicas calcárias, presentes em sedimentos marinhos; seu registro ocorre desde o Cambriano. 101 VOCABULÁRIO DA NATUREZA alelos de um indivíduo sejam idênticos por ascendência. Ver endogamia. (Genética) codiáceas Algas que habitam profundidades superiores a 100 m, mostrando-se desprovidas de septos, com o talo profusamente ramificado e constituído de sifões mais ou menos anastomosados; as porções externas são geralmente incrustadas de calcário. coeficiente de Poisson Relação entre as deformações transversais e as deformações longitudinais de um corpo de prova quando submetido a esforços de compressão. código de acesso Sistema de cadastramento de uma amostra de germoplasma, atribuindo-lhe uma numeração, que é exclusiva; o sistema varia de instituição para instituição, cada uma com seu sistema peculiar de uso de números e letras; freqüentemente a mesma amostra tem mais de um código de acesso ao transitar de um sistema de pesquisa para outro. (Genética) coeficiente de seleção Diferença entre a adaptabilidade relativa média dos indivíduos de um determinado genótipo e aqueles de genótipo referência. (Genética) coeficiente de variação Desvio padrão dividido pela média, multiplicado por 100. (Estatística) coenzima Estrutura não protéica necessária para a atividade das enzimas. código florestal Documento instituído pela Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, em cujo artigo 1o está previsto que as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do país. coesão Força mantendo um sólido ou líquido junto, devido à atração entre moléculas semelhantes. coevolução Denominação aplicada para indicar mudanças recíprocas resultantes da pressão adaptativa que duas ou mais espécies não aparentadas exercem uma sobre a outra. codominância Tipo de interação em que ambos os alelos contribuem para a expressão do fenótipo heterozigoto; quando dois genes têm a mesma capacidade de manifestar o aspecto por eles regulado, e o caráter resulta intermediário em relação aos dos pais. (Genética) coivara Pilha de vegetação ou ramagem, que não foi totalmente queimada no roçado no qual foi colocado fogo. colagem Acréscimo lateral de massas rochosas, formadas em locais diversos, e trazidos para a zona de subducção; estas massas são denominadas terrenos alóctones, suspeitos, deslocados ou exóticos. coeficiente de armazenamento Valor que exprime a quantidade de espaço útil entre os grãos (poros), os interstícios, as fendas e os espaços vazios, dentro de um aqüífero e que estão disponíveis para o preenchimento por água. (Hidrologia) colágeno A proteína principal do tecido conjuntivo, por exemplo, cartilagem e ossos. (Medicina) coeficiente de deformação Proporção entre determinada grandeza medida em um mapa e sua homóloga na superfície de referência. (Cartografia) colangite Infecção do conteúdo de bile represado num colédoco com obstrução. Ver colédoco. (Medicina) coeficiente de drenagem Escoamento de uma bacia, expresso em unidade de altura de água removida da área em 24 horas. (Hidrologia) colapso Diminuição ou inibição repentina de qualquer função vital; alteração brusca e danosa; situação anormal e grave; crise. (Medicina) coeficiente de endogamia Medida quantitativa da intensidade de endogamia; probabilidade de que dois 102 VOCABULÁRIO DA NATUREZA colapso Perda da turgescência nos tecidos vegetais causando murchamento em diferentes graus. (Botânica) coleção genômica Criopreservação de células, ADN e de seus fragmentos. (Genética) coleção a campo Coleção de plantas mantidas para propósitos de conservação, pesquisa, etc; necessárias para se promover cruzamentos controlados ou multiplicação de sementes mantidas temporariamente nesta condição; espécies perenes como frutíferas e florestais são preferencialmente mantidas nestas condições. (Genética) coleção nuclear É uma coleção que representa com o mínimo de repetição, a diversidade genética de uma espécie cultivada e de suas espécies relacionadas; o conceito de coleção nuclear é aplicado em coleções de germoplasma com 10 a 15% do tamanho da coleção original, representando 70 a 80% da variabilidade genética disponível na espécie de interesse e nos parentes silvestres; o restante da coleção permanece na reserva como fonte de genes para futuras utilizações; embora uma coleção nuclear nunca substituirá uma coleção base ou mesmo uma coleção de trabalho muito especializada, sua estrutura e dimensão são fatores decisivos para estimular o usuário a utilizar o germoplasma com mais freqüência do que aquele mantido na tradicional coleção ativa. (Genética) coleção ativa Coleção de acessos que é rotineiramente usada para propósitos de pesquisa, caracterização, avaliação e utilização de materiais; o caráter dinâmico da coleção ativa é indicado pelo fato de que acessos entram e saem de seu inventário, conforme decisões gerenciais; no caso de eliminação de acessos da mesma, estes podem (ou não) vir a integrar a coleção base, que é maior em escopo que a coleção ativa; geralmente, funciona em dois ciclos: plantas vivas crescendo no campo e sementes armazenadas para regeneração ou multiplicação de materiais; deve corresponder a um subconjunto da coleção base. (Genética) colédoco Ducto principal que traz a bile do fígado e vesícula biliar ao intestino. (Medicina) colesterol O esterol mais abundante no mundo animal. É encontrado em grande quantidade na bile e cálculos biliares, cuja fórmula é: C27H460. coleção base Coleção abrangente de acessos conservada por longo prazo; a coleção base ideal deve conter amostras representativas do GP1 (cultivado e silvestre), GP2 e GP3 da cultura; é vista como uma estratégia de segurança, abrigando em seu acervo a coleção ativa duplicada, e com seus materiais não sendo utilizados para intercâmbio; as coleções base existentes são todas compostas de sementes ortodoxas. (Genética) coleta É o ato de coletar ramos, partes de plantas ou indivíduos de seu habitat natural, prensá-los dentro de jornais, secá- los em estufas específicas e incorporá-los a herbários. (Botânica) coleta O ato de coletar o germoplasma de cultivos agrícolas, de aparentados silvestres de culturas ou de espécies com interesse científico e econômico, seja sob a forma de sementes, peças vegetativas ou o indivíduo transplantado (Genética) coleção de água Qualquer volume de água doce, limitada por terra de todos os lados. Ex: lago, lagoa, açude, represa, poça, etc. coleta seletiva de resíduos ou lixo Coleta com separação dos diferentes materiais componentes dos resíduos ou lixo, tais como vidros, plásticos, metais e papéis, para reutilização ou reciclagem; sem ela, o processo pode ser impossibilitado; por exemplo, não dá para reciclar papel que foi misturado com material tóxico; em locais públicos, é coleção de germoplasma Coleção de genótipos de uma espécie com origens geográfica e ambiental variadas e que se constitui em matéria prima para programas de pesquisa e melhoramento. (Genética) 103 VOCABULÁRIO DA NATUREZA anticiclones; os ventos em um colo atmosférico são em geralmente muito ligeiros. (Meteorologia) usual identificar coletores com cores padronizadas: azul para papel, amarelo para metal, verde para vidros, vermelho para plásticos, branco para lixo orgânico. colo Zona de ligação entre as raízes e o tronco de uma árvore. (Botânica) coletor predial Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema particular. (Engenharia Civil) colódio Substância constituída por nitrocelulose em concentração específica de nitrogênio, utilizada na fabricação de lacas e vernizes. coletor público Tubulação, pertence ao sistema público de esgotos sanitários e destinadas a receber e conduzir os efluentes dos coletores prediais. (Engenharia Civil) colofana Substância fosfatada criptocristalina que quando submetida a estudos através de raios-X, produz o mesmo padrão da apatita; é usualmente densa, maciça e apresenta estrutura em concreções, sendo um constituinte importante da rocha denominada fosforito. coliformes Bactérias ou seres unicelulares similares à Esterichia colli, presentes em expressivas quantidades nas fezes humanas e de outros animais; a presença de coliformes na água é sinal de contaminação fecal, podendo causar moléstias, como doenças de pele e hepatite. colóides Substâncias que , quando aparentemente encontram-se dissolvidas em água, se espalham apenas muito lentamente através de uma membrana e normalmente tem pouco efeito no ponto de congelamento, no de ebulição e na pressão osmótica da solução; trata-se de substâncias em estado de subdivisão fina com partículas variando de entre 0,0001 e 0,0000001 cm, em diâmetro, apresentando propriedades coloidais, sendo a principal a existência de cargas superficiais que podem reter nutrientes (íons) de forma trocável. colimação Observação de um ponto de mira por meio de instrumento próprio; ajuste das marcas de fé na câmara, a fim de ser definido o ponto principal. (Topografia) colina Elevação do terreno que apresenta encostas suaves, com declividade menor do que 15% e altitude inferior a 100 m. (Geomorfologia) cólon Intestino grosso que pode ser dividido anatomicamente em cólon direito e cólon esquerdo; ou ainda em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. (Medicina) collenia Estromatólito que se apresenta de modo irregular ou com a forma de um domo, com diâmetro máximo por volta de 30 cm, e que cresce por adição de lâminas curvas com a convexidade voltada para cima. colônia Crescimento de microorganismos em meio sólido de cultura, visível macroscopicamente. colmatagem Atulhamento ou enchimento de bacias ou planícies, através da deposição de sedimentos, realizados pelos agentes naturais ou pelo homem. colonização Povoamento e aproveitamento econômico de uma região feito principalmente através da agricultura colo Região de ventos variáveis e fracos, onde a distribuição da pressão atmosférica se faz na forma de uma sela e que ocorre entre dois anticiclones e duas depressões arranjadas alternadamente; sela ou garganta; região de baixo gradiente de pressão, localizado entre duas depressões e dois colorimetria Método analítico que utiliza a propriedade de absorção de luz por soluções coloridas para determinar a quantidade de substância presente nessa solução; utiliza aparelhos chamados colorímetros. 104 VOCABULÁRIO DA NATUREZA colostro O primeiro líquido segregado pelas glândulas mamárias após o parto. ou força, através da sua combustão. Incluem petróleo, gás natural e carvão. colpo Sulco ou fenda do grão de pólen. (Botânica) combustível primário Combustivel alimentado pelo maçarico/queimador principal do forno na zona de combustão primária , sendo comumente utilizado carvão, óleo ou gás. columbita Mineral de brilho submetálico que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal, composição (Fe, Mn )(Nb, Ta)2O6, e densidade compreendida entre 5,2 a 7,9; forma uma série isomorfa com a tantalita. combustível secundário Combustivel alimentado na zona de combustão secundária, podendo ser utilizado, além dos combustíveis primários, outros alternativos, como: casca de arroz e serragem, entre outros. coluna Estrutura que se projeta do centro da flor e contém os órgãos reprodutores masculino (estame) e feminino (pistilo); esta fusão é característica das orquídeas, já que nas outras flores os órgãos reprodutores se apresentam separados; o ovário situa-se na base da coluna; ginostégio, ginândrio. (Botânica) comensalismo Interação entre duas espécies de organismos na qual uma espécie obtém benefício, enquanto a outra permanece não afetada. cometa Grandes pedaços de rochas e gelo que orbitam em volta do Sol; a maioria dos cometas reside numa esfera que circunda o nosso Sistema Solar a cerca de aproximadamente um ano luz do Sol, ou seja, na Nuvem de Oort; alguns deles são projetados por colisão para órbitas mais próximas, trazendo-os próximos, o suficiente para serem vistos como objetos imprecisos de longas caudas; estas caudas são grandes quantidades de água gelada e de poeiras que o cometa liberta durante a sua passagem. (Astronomia) coluna de ventilação Tubo ventilador vertical que se desenvolve através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação. (Engenharia Civil) coluros Círculos de declinação que passam pelos polos celestes e dividem a eclíptica em quatro partes iguais, marcando as estações do ano; cada uma destas partes corresponde a um ponto cardeal da eclíptica: os equinócios da primavera e do outono, e os solstícios de verão e inverno. cominuição Redução progressiva do tamanho dos grãos quando da fragmentação e moagem das rochas submetidas a cisalhamento rúptil, e formação de rochas cataclásticas. colúvio Conjunto de detritos rochosos, produtos do intemperismo e deslocados encosta abaixo pela ação da gravidade, sendo depositados como camadas delgadas com detritos angulosos de tamanhos variados e sem classificação. comissão Brundtland Criada pelo Programa de Meio Ambiente da ONU, atuou entre 1983 e 1987. Presidida por Gro Brundtland, que foi primeira-ministra da Noruega e também presidiu a Conferência de Meio Ambiente Humano em 1972; produziu o relatório Nosso Futuro Comum, diagnóstico da situação ambiental mundial sob a ótica do desenvolvimento sustentável que inspirou a realização da Rio-92. (Ecologia) coma Poeira e gás que envolve o núcleo de um cometa ativo. (Astronomia) combe Depressão alongada que acompanha a direção do eixo de uma anticlinal aplainada e escavada pela ação da erosão seletiva. combustível fóssil Denominação aplicada para restos orgânicos, que alguma vez foram matéria viva, e são utilizados atualmente para produzir calor comitês de bacia hidrográfica São fóruns deliberativos formados na região de uma bacia hidrográfica, sub-bacia, ou grupo de bacias hidrográficas contíguas; 105 VOCABULÁRIO DA NATUREZA complexo Unidade litoestratigráfica formal, constituída pela associação de rochas de diversos tipos, de duas ou mais classes (sedimentares, ígneas ou metamórficas), com ou sem estrutura altamente complicada, ou por misturas estruturalmente complexas de diversos tipos de uma única classe. (Geologia) previstos na Lei de Recursos Hídricos (Lei Federal 9433/97); na sua área de atuação, devem elaborar e acompanhar o Plano de Recursos Hídricos, estabelecer valores para a cobrança da água e arbitram, em primeira instância, os conflitos relacionados aos recursos hídricos; seus membros representam três setores presentes na área geográfica abrangida pelo comitê: governo (União, Estados ou Distrito Federal e Municípios); usuários das águas; organizações civis de recursos hídricos. Se a bacia abranger terras indígenas, as comunidades e a FUNAI - Fundação Nacional do Índio, também participam. complexo coloidal Complexo no qual o material finamente dividido, que se aproxima da subdivisão molecular, está disperso dentro da outra fase, homogênea, denominada meio de dispersão; sistema coloidal. complexo de adsorção São as várias substâncias orgânicas e inorgânicas no solo capazes de adsorver ions e moléculas. commodity Termo usado em transações comerciais internacionais para designar um tipo de mercadoria em estado bruto ou com um grau muito pequeno de industrialização; as principais commodities são produtos agrícolas, como café, soja e açúcar, ou minérios: cobre, ferro e ouro, entre outros. (Economia) complexo de solos É uma associação de solos, cujas unidades taxonômicas não podem ser individualmente separadas, nem mesmo num levantamento ultradetalhado. (Pedologia) complexo recifal Denominação utilizada para o conjunto constituído pelo núcleo do recife, todos os calcários detríticos contíguos e todos os sedimentos ou rochas geneticamente relacionados. compactação Eliminação ou enorme redução dos poros das rochas, por rotação e deformação dos grãos. (Geologia) complexo sinaptonêmico Estrutura que é formada entre os cromossomos homólogos permitindo o pareamento de regiões exatamente correspondentes. (Genética) compactação Redução na porosidade, que se reflete no aumento da densidade global, de uma camada do solo; tem causas antrópicas, isto é, induzidas pela atividade humana (preparo do solo com teor de umidade inadequada, por exemplo), diferenciando-se do adensamento, que tem causas naturais. Ver adensamento e densidade global. (Pedologia) componentes aloquímicos Constituintes derivados do retrabalhamento de substâncias químicas precipitadas na própria bacia de sedimentação; tais componentes são remobilizados em estado sólido no interior da bacia. Ver rocha sedimentar. competição Disputa entre duas ou mais espécies de organismos por um fator limitante no meio ambiente. componentes ortoquímicos Precipitados químicos normais e produzidos quimicamente na bacia, sem apresentar evidências significativas de transporte ou agregação. Ver rocha sedimentar. completação Conjunto de operações que possibilita a colocação de um poço de óleo ou gás em produção. complexação Formação de complexos, que são união de moléculas ou íons através de ligações químicas fracas; embora inadequadamente, é utilizado como sinônimo de quelação. componentes terrígenos Substâncias minerais provenientes de erosão da área situada fora da bacia deposicional, e transportadas até o local de 106 VOCABULÁRIO DA NATUREZA comprimento de onda Distância mínima que separa partículas que se deslocam com a mesma fase em um movimento ondulatório; quando no vácuo a freqüência e o comprimento de ondas relacionam-se de maneira inversa. sedimentação como fragmentos sólidos. Ver rocha sedimentar. componentes voláteis Componentes que possuem uma certa solubilidade em magmas sob elevadas pressões, mas que se tornam quase insolúveis sob condições de baixas pressões; devido à sua natureza física, são gases ou líquidos facilmente volatilizados sob condições superficiais; a água e o CO2 são os componentes voláteis mais importantes. compósitos fibras. computação Estudo dos computadores, incluindo tanto seu projeto, operação e uso no processamento da informação; combina tanto os aspectos teóricos como práticos da engenharia, eletrônica, teoria da informação, matemática, lógica e comportamento humano; os aspectos da computação variam da programação e arquitetura de computadores até a inteligência artificial e robótica. Materiais reforçados com compostagem Método de tratamento dos resíduos sólidos (lixo) através da fermentação da matéria orgânica contida nos mesmos, estabilizando-a, sob a forma de um adubo denominado composto. comunidade Termo empregado para designar um conjunto populacional com unidade florística de aparência relativamente uniforme, caracterizada como uma subdivisão de subformação, com área espacial conhecida. (Fitogeografia) composto Resíduos orgânicos que foram misturados, empilhados, e umedecidos, com ou sem adição de fertilizantes e calcário, e geralmente permitidos sofrer decomposição termofílica até que os materiais orgânicos originais sejam substancialmente alterados física e quimicamente. comunidade biológica biocenose. (Ecologia) comunidade biótica biocenose. (Ecologia) O mesmo que O mesmo que comunidade fóssil Associação de fósseis que são ecologicamente correlacionáveis entre si. composto alicíclico Composto homocíclico que não apresenta núcleo benzênico na sua molécula. (Química) concentrado Produto resultante do processo de concentração de minério proveniente das atividades de lavra. (Mineração) composto aromático Composto que apresenta em sua molécula , núcleo benzênico. Pode ser mono ou polinuclear, conforme apresente um ou mais núcleos benzênicos. (Química) concentrado Todo alimento, baixo em fibra e alto em nutrientes digestíveis totais, que fornecem nutrientes primários (proteína, carboidrato e gordura); por exemplo, grãos, farelo de algodão, farelo de trigo. composto polar Composto, à semelhança da água, em que uma molécula se comporta como uma barra magnética, com as cargas positiva e negativa situadas em extremidades opostas. (Química) concepção filosófica homeopática Acredita que a origem primária de qualquer doença está na perturbação da força vital, entendida como uma forma de energia primordial e fundamental responsável pela manutenção da vida e do equilíbrio orgânico; portanto, a essência do desequilíbrio da saúde encontra-se num nível imaterial (energético) no qual interagem nossas compressão Estado de tensões que tende a reduzir as dimensões de um corpo. (Física) compressibilidade Propriedade de um solo relativa à susceptibilidade que decresce em volume, quando sujeito a uma carga ou força. (Pedologia) 107 VOCABULÁRIO DA NATUREZA encontra no estado gasoso, tornando-se líquido à temperatura ambiente. forças psíquicas (pensamentos e sentimentos) e que retrata os fatores íntimos a que cada ser é suscetível. condrictes Classe de peixes que possuem esqueleto interno de natureza cartilaginosa, podendo por vezes ocorrer calcificação, mas nunca desenvolvendo uma estrutura óssea verdadeira, e nem ocorrendo ossos dérmicos; comporta duas subclasses, a dos Elasmobrânquios, que reúne peixes predominantemente marinhos, e a dos Holocéfalos, que se caracterizam dentre outros aspectos pelo fato de apresentarem as fendas branquiais protegidas por um opérculo. (Ictiofauna) concreção Agregado presente em sedimentos, diferindo da natureza destes, e formado de matéria inorgânica com formas diversas (nodular, discoidal, rizóide, cilíndrica etc.), distinguindo-se dos seixos por não ser transportado. (Geologia) concreção Glébulas com estrutura geralmente concêntrica em torno de um ponto, linha ou plano. Ver glébulas. (Micromorfologia do Solo) concreção calcária Agregado de carbonato de cálcio precipitado, ou de outro material cimentado por carbonato de cálcio precipitado. condutividade capilar Coeficiente que exprime a extensão em que um meio permeável permite o escoamento de água, através de seus interstícios capilares, sob gradiente de potencial capilar unitário. concreção ferruginosa É a plintita que sofreu endurecimento irreversível, formando material concrecionário ferruginoso semiconsolidado ou consolidado; petroplintita. Ver ironstone. (Pedologia) condutividade elétrica Medida da capacidade de transmissão de corrente elétrica numa solução extraída do solo, usada como parâmetro para verificar sua condição de salinidade; a unidade anterior era mmho/cm e, pelo Sistema Internacional de Unidades é dS/m. (Pedologia) concreção mineral Corpo cimentado que pode se removido intacto do solo, com simetria interna organizada em torno de um ponto, de uma linha ou de um plano. (Pedologia) cone aluvial (Geomorfologia) concreto Mistura de cimento, pedra e areia. (Engenharia Civil) Ver leque aluvial. cone de água salgada Protuberância vertical de água salgada, resultante do bombeamento e/ ou drenagem locais, em uma zona onde existe água doce sobre água salgada. concreto aparente Utilização do concreto sem revestimento, apenas verniz poliuretano mantendo a cor natural. (Engenharia Civil) concreto armado Concreto com armadura de ferro, utilizado em estruturas. (Engenharia Civil) cone de cinza Cone formado exclusivamente ou em grande parte por produtos piroclásticos, nos quais predominam as cinzas. Sendo parasítico de um vulcão maior, raramente ultrapassa os 500 m de altura, sendo que seus flancos apresentam uma inclinação de 300 a 400 . (Geologia) concreto celular Argamassa contendo grande quantidade de ar incorporado. (Engenharia Civil) condensação Processo pelo qual o vapor d’água é transformado em água líquida; ocorre sob condições variáveis, associadas a mudanças em um ou mais dos seguintes fatores: volume de ar, temperatura, pressão ou umidade. cone de dejeção Depósito de material grosseiro transportado por torrentes até a desembocadura em áreas de piemonte, apresentando forma cônica, que se abre para jusante, e cujo eixo coincide com a linha de maior competência da corrente. condensado Hidrocarboneto leve que, nas condições de reservatório, se 108 VOCABULÁRIO DA NATUREZA prejuízos totais e monopolizando a produção e comercialização. (Economia) cone de depressão Superfície resultante do abaixamento da superfície piezométrica primitiva por remoção da água através de bombeamento; apresenta forma cônica e seu limite externo define a área de influência do poço. conidiação Conjunto formado pelo conidióforo e a célula conidiogênica, estrutura bem diferenciada, peculiar; constitui aparelho de frutificação que permite a identificação de alguns fungos patogênicos; por exemplo: no aparelho de conidiação tipo aspergilo, os conídios formam cadeias sobre fiálides, estruturas em forma de garrafa, em torno de uma vesícula que é uma dilatação na extremidade do conidióforo. (Micologia) cone de escória Cone vulcânico constituído inteiramente por material piroclástico. cone de lava Cone vulcânico constituído principalmente por derrames de lava, com material piroclástico excasso ou até mesmo ausente. conídio O modo mais comum de reprodução assexuada dos fungos; são produzidos pelas transformações do sistema vegetativo do próprio micélio; podem ser hialinos ou pigmentados, geralmente escuros, os feoconídios; apresentam formas diferentes podendo ser esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes etc; ter parede lisa ou rugosa; serem formados de uma só célula ou terem septos em um ou dois planos; apresentam-se isolados ou agrupados. (Micologia) conectivo Tecido estéril situado entre as duas tecas da antera, e que as une. (Botânica) cone-em-cone Estrutura que consiste de um único ou de um sistema de cones concêntricos, geralmente formando lentes que raramente ultrapassam 10 cm de espessura; as paredes dos cones são formadas por cristais fibrosos de calcita, que mostram um arranjo paralelo ou inclinado em relação ao apóptema do cone. conidióforos Ramificações das hifas, algumas em plano perpendicular ao micélio, a partir dos quais se formarão os conídios; normalmente, os conídios se originam no extremo do conidióforo, que pode ser ramificado ou não. (Micologia) conformidades Planos de deposição das camadas, as quais separam os diferentes episódios de sedimentação. Representam superfícies deposicionais antigas, sendo, portanto, geologicamente síncronas em toda a área de ocorrência; superfícies estratais. conidiogênicas As células que dão origem aos conídios. (Micologia) congênere Pertencente ao mesmo gênero; uma espécie do mesmo tipo ou gênero; congenérico conídios sésseis Aqueles conídios que nascem em qualquer parte do micélio vegetativo, o que não é muito freqüente. (Micologia) congênito Adquirido durante vida prénatal; condição existente ao nascer; freqüentemente empregado no contexto de defeitos congênitos. conífera Vegetal geralmente de grande porte, bastante semelhantes as Cordaitales no hábito e no desenvolvimento de abundante lenho secundário, e que surgiram no Carbonífero Superior, alcançando seu clímax no Jurássico Superior ou no Cretáceo Inferior; o gênero Araucaria existe desde o Cenozóico encontrandose atualmente confinado a América do Sul e Austrália. conglomerado Sedimento constituído predominantemente por fragmentos arredondados correspondentes a seixos, com matriz arenosa e/ou argilosa e um cimento de natureza química variável; pode ser oligomítico ou petromítico. (Geologia) conglomerados Associações de empresas de ramos diferentes, diversificando suas atividades para evitar 109 VOCABULÁRIO DA NATUREZA conservação do solo Conjunto de métodos de manejo do solo que, em função de sua capacidade de uso, estabelece a utilização adequada do solo, a recuperação de suas áreas degradadas e mesmo a sua preservação; proteção do solo contra perdas físicas por erosão ou contra a degradação química, ou seja, excessiva perda de fertilidade, por meios naturais artificiais; combinação de todos os métodos de manejo e uso da terra que protegem o solo contra o esgotamento ou deterioração por fatores naturais ou induzido pelo homem. (Pedologia) conjunção inferior Posição em que um planeta inferior se encontra ao passar entre o Sol e a Terra. (Astronomia) conjunção superior Posição em que um planeta inferior se encontra ao passar por trás do Sol, não sendo por isso observável. (Astronomia) conodonte Estrutura microscópica com a forma de dente ou placa presente em sedimentos marinhos desde o Cambriano até o Triássico; suas dimensões variam desde frações de milímetros até cerca de 3 cm, podendo ser liso ou apresentar dentículos; sua posição taxionômica não se acha ainda perfeitamente esclarecida, podendo contudo pertencerem a animais marinhos. conservação ex situ Ação de conservar a variação genética das espécies fora de suas comunidades naturais; desdobra-se em várias modalidades, entre as quais conservação in vitro, em coleções a campo, em câmaras frias, em nitrogênio líquido etc.; acredita-se que o material genético mantido sob estas condições, longe de seu meio natural, esteja menos sujeito à ação de forças seletivas e, portanto, leva desvantagem sob o ponto de vista de adaptação, se reintroduzido em seu habitat natural; esta teoria, muito aceita na literatura recente, ainda carece de confirmação experimental convincente. (Genética) conoscópica Observação que é efetuada quando no microscópio, todos os elementos óticos estão introduzidos no circuito ótico. (Microscopia) consangüinidade (Genética) Ver endogamia. conseqüente Rio cujo curso é controlado pelo caimento da estrutura planar (camada e foliação), a qual geralmente coincide com a inclinação do terreno. conservação É a utilização racional de um recurso qualquer, de modo a se obter um rendimento considerado bom, garantindo-se, entretanto, sua renovação ou sua auto-sustentação. (Ecologia) conservação in situ Ação de conservar plantas e animais em suas comunidades naturais; as unidades operacionais são várias, destacando-se parques nacionais, reservas biológicas, reservas genéticas, estações ecológicas, santuários de vida silvestre, etc.; acredita-se que o material vivendo sob estas condições está sob influência direta das forças seletivas da natureza e, portanto, em contínua evolução e adaptação ao ambiente, desfrutando de uma vantagem seletiva em relação ao material que cresce ou é conservado sob condições ex situ. conservação É o armazenamento e a guarda do germoplasma em condições ideais, permitindo a manutenção de sua integridade; engloba a preservação, que é usada para germoplasma armazenado em temperaturas criogênicas. Ver criopreservação. (Genética) conservação ambiental Manejo dos recursos do ambiente, ar, água, solo, minerais e espécies vivas, incluindo o homem, de modo a conseguir a mais alta qualidade de vida humana com o menor impacto ambiental possível; ou seja, busca compatibilizar os elementos e formas de ação sobre a natureza, garantindo a sobrevivência e qualidade de vida de forma sustentável. (Ecologia) conservacionismo É uma filosofia de ação que se fundamenta na defesa dos valores naturais, objetivando evitar que desequilíbrios ecológicos prejudiquem as espécies, notadamente o homem e suas gerações futuras. 110 VOCABULÁRIO DA NATUREZA contato Superfície que limita duas unidades de mapeamento geológico, pedológico, etc., a exemplo do limite entre uma rocha intrusiva e sua rocha hospedeira, entre unidades diferentes de solos, entre classes de relevo, entre unidades litoestratigráficas, cronoestratigráficas, entre rochas de composição diferente etc. conservante Aditivo usado nos alimentos para impedir a sua degradação, prolongar a vida útil e proteger os produtos concentados. consistência Termo usado para designar as manifestações das forças físicas de coesão e adesão verificadas no solo, conforme variação dos teores de umidade, ou seja, quando o solo encontra-se seco, úmido ou molhado. (Pedologia) contato lítico Limite entre o solo e o material subjacente contínuo e coerente; o material subjacente deve ser suficientemente coeso para não ser escavado manualmente com a pá; quando constituído por um único mineral, este deve ter dureza 3 ou mais, na escala de Mohs; caso seja constituído por mais de um mineral, pedaços (tamanho de cascalho) que possam ser fragmentados não se dispersam mediante agitação por 15 horas em água ou em solução de hexametafosfato de sódio (calgon); o material subjacente, aqui considerado, não inclui horizontes diagnósticos. (Pedologia) consolidação Acomodação de um solo produzida por uma carga, crescente ou contínua, que causa a redução dos poros. (Pedologia) constante de desintegração Constante que representa a probabilidade de um nuclídeo se desintegrar, por unidade de tempo, não devendo ser afetada por processos físicos ou químicos. constante de Planck Constante de proporcionalidade entre a energia de uma partícula e a frequência da onda a ela associada; é uma constante universal igual a 6,62517 x 10-34 J.s.; símbolo: h. contato litóide Limite entre o solo e o material subjacente contínuo e coerente; diferencia-se do contato lítico pelo fato de o material subjacente, quando constituído por um único mineral, ter dureza inferior a 3, na escala de Mohs; caso seja constituído por mais de um mineral, pedaços (tamanho de cascalho) que possam ser fragmentados são dispersados parcialmente em 15 horas de agitação em água ou em uma solução de hexametafosfato de sódio (calgon); contato paralítico. (Pedologia) constante solar Quantidade de energia solar recebida, por unidade de área, por uma superfície que forme ângulos retos com os raios do Sol no topo da atmosfera. Esta quantidade de energia é de aproximadamente duas calorias por cm2/minuto ou dois langleys por minuto. construção civil Atividade que se relaciona com a arte de construir edifícios, estradas e obras de arte. (Engenharia Civil) consumidor verde Aquele que relaciona ao ato de comprar ou usar produtos com a possibilidade de, através disso, colaborar com a preservação ambiental; sabe que, recusando-se a comprar determinados produtos, pode desestimular a produção daquilo que agride o meio ambiente. contato paralítico (Pedologia) consumo específico de calor Quociente entre o equivalente calorífico do combustível consumido e a quantidade de energia elétrica produzida no intervalo de tempo considerado. contracorrente Corrente que flui no sentido contrário da corrente principal de área; é originada muitas vezes pela influência da topografia de fundo, sendo modificada pela corrente principal. Ver contato litóide. contourito Sedimento de granulação fina, encontrado no sopé continental, que apresenta maior grau de seleção que os turbiditos e acamadados em leitos mais finos. (Geologia) 111 VOCABULÁRIO DA NATUREZA devido à diferença de densidade entre duas ou mais regiões, ocasionada pela temperatura e salinidade. contraforte Termo de natureza descritiva, utilizado para indicar as ramificações laterais de uma cadeia de montanhas, que se apresentam quase sempre em posição perpendicular ou pelo menos oblíqua, com relação ao alinhamento geral. (Geomorfologia) convenções cartográficas Parte de uma carta ou mapa que contém o significado de todos os símbolos, cores e traços utilizados na representação do desenho cartográfico. (Cartografia) contrátil O que tem a propriedade de contrair, mudar de tamanho. (Física) convergência adaptativa Desenvolvimento de características adaptativas semelhantes, em espécies filogeneticamente não relacionadas, sob influência de pressões seletivas ambientais idênticas ou equivalentes. controle biológico É o controle das pragas e parasitas pelo uso de outros organismos, e não por inseticidas e drogas; por exemplo: diminuir pernilongos pela criação de peixes que ingere larvas. conversão alimentar Unidade de peso ganha por unidade de alimento consumida; também pode-se considerar a produção (carne, leite, ovos, lã, etc.) por unidade de alimento consumida; eficiência alimentar. controle de erosão Uso de práticas adequadas de manejo do solo, permitido que as perdas estejam dentro do limite de tolerância, preservando ou melhorando a fertilidade e consequentemente a produtividade do solo. convertidor Instalação elétrica que serve para transformar um tipo de corrente ou freqüência. controle de qualidade Diz respeito a atualizações de legendas, descrições e conceituações de unidades taxonômicas e de mapeamento, nomenclatura e precisão nas delineações de unidades de mapeamento. (Pedologia) coordenadas Valores lineares ou angulares que indicam a posição ocupada por um ponto em uma estrutura ou sistema de referência. coordenadas astronômicas Valores que definem a posição de um ponto da superfície da Terra, obtidos através de observações astronômicas; são referidos à vertical do lugar de observação, e, portanto, independentes do elipsóide de referência. contusão A substância é socada até ser transformada em pó ou pasta. conurbações Formas de aglomeração na qual o conjunto urbano é formado pela integração física e funcional de duas ou mais cidades próximas umas das outras. coordenadas cartesianas Sistemas de coordenadas na qual a localização de pontos no espaço é expressa em referência a três planos, chamados planos de coordenadas (X,Y e Z), perpendiculares entre si. convecção Movimento oscilatório que ocorre em um fluido que apresenta uma temperatura não uniforme, produzindo uma variação de densidade, tornando-o mais leve ou mais denso, propiciando dessa maneira a formação de fluxos ascendentes e descendentes; movimento vertical produzido mecânica ou termicamente em uma porção limitada da atmosfera, essencial para a formação de nuvens, especialmente as do tipo cumulus; processo de transferência devido ao movimento vertical do ar. (Meteorologia) coordenadas geodésicas Valores latitude e longitude que definem posição de um ponto da superfície Terra, em relação ao elipsóide referência. de a da de coordenadas geográficas São os círculos imaginários que envolvem a Terra, chamados de paralelos e meridianos; na rede de paralelos e meridianos, a intersecção serve para convecção termohalina Movimentação vertical de massas em um corpo de água, 112 VOCABULÁRIO DA NATUREZA coquina Depósito formado por fragmentos diversos, representados por restos de conchas e outras partes duras de animais. localizar qualquer ponto sobre a superfície terrestre; ttodos os paralelos cortam perpendicularmente o eixo terrestre; enquanto os meridianos se cruzam nos extremos (ou pólos) do eixo terrestre. cor do solo É uma das características morfológicas dos horizontes dos solos; sua determinação é feita por comparação com os padrões de cores constantes na Munsell Soil Color Charts. Ver carta de Munsell. (Pedologia) copelação Eliminação das impurezas dos metais preciosos através da oxidação e absorção em copelas a alta temperatura. coração-de-negro (Swartzia panacoco) Árvore da família Leguminosae, de porte médio, fuste retilíneo, diâmetro médio em torno de 50 cm, casca acinzentada sulcada, apresentando placas soltas, com 0,5 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne quase preto; alburno creme; grã direita; textura fina; figura ausente; cheiro e gosto indistintos. copiões Cópias preliminares de arquivos digitais, em papel sulfite, feitas através de plotter, para conferir as informações trabalhadas. (Cartografia) copra Amêndoa do côco seca e preparada para a extração do copraol. Ver copraol. copraol Substância gordurosa extraída das amêndoas secas do côco e empregada no preparo de supositórios, velas, etc. Ver copra. coprólito Massa fosfática nodular constituída por excrementos fossilizados, e cuja forma varia em função do animal que a produziu. corais hermatípicos Corais construtores de recifes que habitam atualmente águas rasas com um ótimo térmico situado entre 250 e 290 C, somente se desenvolvendo em águas límpidas, bem oxigenadas e sob condições de salinidade normal. copyright Termo universalmente aceito para designar o direito estabelecido por lei, permitindo que o autor controle sua criação intelectual; no Brasil, a legislação específica sobre este assunto é a Lei no 9610 de 1998, denominada Lei do Direito Autoral. (Direito) coral Animal celenterado, de corpo em forma de pólipo com tentáculos orais, protegido por um esqueleto composto de carbonato de cálcio; vive nos mares quentes, a pouca profundidade, e é responsável pela formação de atóis e certos tipos de recifes. coque Carvão tratado ao forno para a evacuação dos elementos voláteis; basicamente carbono puro e um dos elementos da combustão do alto-forno; proveniente de carvão mineral tratado, utilizado como combustível para fusão da carga e principal redutor dos óxidos de Fe à ferro gusa. (Metalurgia) corallus enydris (Corallus enydris) Cobra da mesma família da jibóia e da sucuri; pode atingir até 1,5 m de comprimento; não tem veneno e enlaça suas presas e as esmaga até matar; come rãs, aves e pequenos roedores; tem hábitos noturnos possuindo os olhos em fendas, parecido com o olho do gato. coque de petróleo Produto sólido, negro e brilhante, obtido por craqueamento de resíduos pesados, essencialmente constituído por carbono (90 a 95%), e que queima sem deixar cinzas; combustível para metalurgia e indústria de cerâmica. cordão de areia Crista alongada e relativamente baixa situada no pós-praia e constituída de areia grossa, seixos e conchas. cordão em contorno É o sistema agrícola que utiliza um amontoado de terra, com uma altura média de 30 cm, feito manualmente, seguindo as curvas de nível; o cordão ajuda a reter a maior coqueamento Processo para obtenção de coque. 113 VOCABULÁRIO DA NATUREZA quantidade de água e diminui o seu escoamento pelo terreno. (Agronomia) coroamento Processo que consiste na remoção das herbáceas ao redor da muda de espécies arbóreas ou arbustivas plantadas em covas; normalmente tal processo é efetuado em um raio não superior a 50 cm em volta da muda. cordilheiras Denominação utilizada para indicar grandes cadeias de montanhas de âmbito regional. (Geomorfologia) coróide Membrana conjuntiva do olho humano, entre a esclerótica e a retina; coroidéia. cordilheiras Termo local para designar as elevações arenosas, estreitas e alongadas, cobertas de vegetação de cerrado, com altura de até dois metros;que ocorrem nas áreas alagadas do Pantanal. corologia Ciência que estuda a forma de distribuição dos indivíduos. corpo Unidade litoestratigráfica formal utilizada para denominar massas de rochas intrusivas ou metamórficas de alto grau, constituídas por um único tipo litológico. (Estratigrafia) cordões arenosos Conjunto de formas arenosas, lineares, que se apresentam paralelas ou sub-paralelas, de origem fluvial, marinha ou lacustre, podendo truncar perpendicularmente ou obliquamente outros feixes depositados anteriormente. (Geomorfologia) corpo negro Objeto que irradia energia a uma taxa máxima por unidade de área e por comprimento de onda em uma determinada temperatura; além de emitir toda a energia que possui, sendo portanto um emissor perfeito, é capaz também de absorver toda a energia incidente. cordões de vegetação permanente Faixas de plantas perenes de crescimento denso e baixo, e resistentes à erosão, locadas em contorno, entre culturas em faixas ou em terreno arado; faixas de vegetação permanente. corrasão Desgaste produzido pela ação do vento, que ao transportar partículas, provoca o choque destas contra material mais grosseiro. cores de Newton Sucessão de cores que são observadas quando a cunha de quartzo, inserida entre o polarizador e o analisador de um microscópio, é atravessada por uma luz branca; a sucessão de cores produzidas pela cunha de quartzo divide-se em diversas ordens denominadas: 1a ordem, 2a ordem, etc. correção Bouguer Correção que se aplica à gravidade observada, e que leva em consideração a altura da estação e a densidade das massas situadas entre um plano horizontal infinito que passa através do ponto de observação e o plano horizontal infinito a nível de referência. corixos São pequenos cursos fluviais perenes, de leito próprio, que no Pantanal ligam as lagoas temporárias ou permanentes (baías) contíguas. correção de Faye Correção que se aplica ao valor da gravidade observada, para reduzir o seu valor ao nível do mar. cornija Parte superior de um front sustentada pela camada mais resistente, mostrando declive geralmente forte, convexo a retilíneo, seguido de tálus côncavo. Ver cuesta. (Geomorfologia) correção do solo Alteração nas propriedades do solo pela adição de materiais, tais como fertilizantes, calcário e outros, com o propósito de melhorar suas propriedades e/ou características, visando corrigir uma ou mais deficiência do solo. (Agronomia) coroa Ver banco de areia. coroa solar Camada exterior da atmosfera do Sol, só visível durante os eclipses totais do Sol, quando a Lua tapa totalmente a fotosfera e a cromosfera; é caracterizada por baixas densidades e altas temperaturas. (Astronomia) corredeira Estirão de um rio que apresenta declividade acentuada e um escoamento veloz e turbulento, embora 114 VOCABULÁRIO DA NATUREZA correntão Corrente metálica que, amarrada pelas extremidades a dois tratores, é usada para desmatar. sem verdadeiras quedas ou cascata; rápido. corredor Rota de migração através da qual os componentes de uma biota podem dispersarem-se livremente. (Ecologia) corrente alternada Corrente cuja polaridade e intensidade variam periodicamente no tempo. Distingue-se entre corrente monofásica e corrente trifásica; as freqüências usuais são: 16 2/3, 50 e 60 Hz. (Energia) córrego Pequeno riacho, ou afluente de um rio maior. correlação Medida de como duas características variam juntas; uma correlação de + 1.00 significa que quando uma característica aumenta, a outra também aumenta em uma relação positiva perfeita; já uma correlação de 1.00 representa uma associação inversa perfeita entre características; enquanto uma aumenta a outra diminui; uma correlação de 0.00 significa que não há nenhuma relação consistente entre as características; quando há aumento de uma delas, a outra pode aumentar ou diminuir; os coeficientes de correlação podem variar entre +1.00 e -1.00. (Estatística) corrente contínua Corrente cuja polaridade e intensidade são constantes. (Energia) corrente de costa adentro Qualquer corrente que se desloca do mar para a praia. corrente de costa afora Qualquer corrente de se desloca da praia para costa afora. corrente de deriva Corrente produzida diretamente pelo vento, provocando o arrastamento da água superficial, e que é transmitido às maiores profundidades por viscosidade. corrente de fundo Movimento horizontal da massa d'água mais profunda, em uma determinada direção. correlação de solos É um método científico, através do qual, um conjunto de características significantes de cada classe é comparado com as características de outras classes de solos já definidas e classificadas em sistema taxonômico natural vigente. (Pedologia) corrente de turbidez Corrente na qual a diferença de densidade entre o fluido envolvente, água do mar por exemplo, e o fluido mais denso, é causado por uma massa de sedimento disperso; estas correntes são mantidas por efeito da gravidade sobre o fluido mais denso, carregando areia e lama, e quando iniciadas assumem um caráter individualizado, deslizando para baixo sem praticamente se misturar com o fluido envolvente. correlações fenotípicas Correlações entre duas características causadas por fatores genéticos e ambientais que influenciam ambas as características. (Genética) correlações genéticas Correlações entre duas características que surgem porque alguns genes afetam ambas as características; quando duas características são positiva e altamente correlacionadas (por exemplo, peso à desmama e peso ao ano em bovinos de corte), a seleção para aumentar uma delas resultará em aumento na outra; caso as características sejam negativa e altamente correlacionadas (por exemplo, peso ao nascimento e facilidade de parição), a seleção para aumentar uma delas resultará em diminuição na outra. (Genética) corrente litorânea Corrente que se desloca paralelamente e rente a costa, fluindo segundo um sistema de barras e fossas da zona de rebentação. corrente sagital Corrente de retorno que se dirige da antepraia para o mar aberto, quase em ângulo reto com a costa, sendo que através dela são escoadas as águas das correntes litorâneas. 115 VOCABULÁRIO DA NATUREZA apresentam de modo paralelo à linha de costa; está relacionada às margens continentais ativas, sendo geralmente constituída por uma plataforma continental, em geral muito estreita, um talude continental, uma fossa submarina profunda e uma ampla crista. correntes de ressurgência Movimento das águas mais profundas do ecossistema oceânico, que são ricas em nutrientes provenientes da decomposição de matéria orgânica, no passado; essa matéria foi levada ao fundo do mar por migração animal e por esse movimento; o plâncton se move junto a estas correntes. costa multicíclica Costa caracterizada por uma série de altas falésias marinhas, separadas entre si por feições de degraus em bancadas estreitas de abrasão marinha; cada um dos conjuntos de falésias de diferentes altitudes corresponde a uma paleolinha praial. corretivo do solo Qualquer material capaz de, quando aplicado ao solo, melhorar suas propriedades e/ou características. corrosão Deterioração sofrida por um material em consequência da ação química ou eletroquímica do meio, aliada ou não a esforços mecânicos. costão Trecho da costa que penetra em direção ao oceano, terminando abruptamente em forma de escarpa. corrução Decomposição, putrefação. cota Número que exprime a altitude de um ponto em relação a uma superfície de nível de referência. (Cartografia) coruja orelhuda Ave de rapina da ordem Strigiformes, que caça roedores e só muito raramente ataca passarinhos; é capaz de girar completamente a cabeça para ver o que se passa ao redor; tem hábitos noturnos. cota de curva Valor numérico aposto numa curva de nível, a fim de indicar a sua altitude relativa a um datum, geralmente o nível médio do mar. (Cartografia) cosmologia Ciência voltada ao estudo do universo como um todo, inclusive na composição, envolvendo astronomia, astrofísica, física das partículas e várias abordagens matemáticas, inclusive a geometria e a topologia. cota fluviométrica Altura alcançada pela superfície das águas de um rio em relação e uma determinada referência; altura hidrométrica .(Hidrometria) coumestrol Fator estrogênico ocorrendo naturalmente em culturas forrageiras como na alfafa. costa Faixa de terna emersa, banhada pelo mar; litoral. costa afora Zona plana de largura variável e que se estende desde a zona de arrebentação até a borda da plataforma continental. craqueamento Transformação por ruptura de moléculas grandes em moléculas menores; utilizado para transformar óleos pesados, de pequeno valor, em derivados de petróleo mais leves, como GLP e nafta, produtos de maior valor. costa composta Costa que apresenta características tanto de emersão quanto de submersão. costa de abrasão Litoral caracterizado pela predominância dos fenômenos de abrasão marinha. craqueamento a vapor Craqueamento realizado em presença de vapor d'água. craqueamento catalítico Craqueamento realizado com a presença de catalisadores. costa do tipo atlântico Costa que apresenta as direções estruturais das rochas, de uma maneira geral, perpendiculares à linha de costa; está relacionada às margens continentais passivas. cratera Depressão normal formada no topo de um cone vulcânico, situada diretamente à saida de sua chaminé; em sua forma mais simples, assemelha-se a um cone invertido, com seção costa do tipo pacífico Costa em que as direções estruturais das rochas se 116 VOCABULÁRIO DA NATUREZA grosseiramente circular e fundo chato ou afunilado. cresóis Compostos retirados do alcatrão da hulha, pertencentes à função fenol e utilizados como desinfetantes, tal como a creolina. Isômero fenólico derivado do tolueno, líquido volátil, de fórmula: C7H8O. cratera adventícia Designação utilizada para indicar qualquer cratera que surgiu no cone vulcânico, além da cratera central cretáceo Período geológico em que surgem os primeiros mamíferos de pequeno porte, e o grupo de plantas que produzem flores, os angiospermas. (Geologia) cratera de fonte Depressão irregular que apresenta dimensões variáveis, sendo originada pelo escape ascendente de água subterrânea, e cujas dimensões variam desde 1 cm até mais de 10 m; desenvolve-se na porção inferior das praias quando da maré vazante, pelo escape da água armazenada na areia. críico Regime de temperatura do solo definido pela média de temperatura anual maior que 00 C e menor que 80 C. crinóides Equinodermos que apresentam simetria pentâmera bem definida; embora grande parte dos gêneros atualmente viventes seja séssil e livre, a maioria das formas fixou-se através de uma coluna; o corpo ou coroa é constituído de uma teca e de braços; as formas mais antigas datam do Ordoviciano, tendo alcançado seu clímax no período Carbonífero; atualmente vivem desde a região litorâneas até mais de 3.000 m de profundidade. cratera em anfiteatro Depressão circular que apresenta vertentes com declive superior a 450, um diâmetro que pode alcançar alguns quilômetros e uma profundidade da várias dezenas de metros; é típica dos vulcões havaianos. cráton Porção da crosta terrestre que permaneceu estável e sofreu pouca deformação por longos períodos em relação a uma determinada época geológica; em um aspecto atual, restringe-se a áreas continentalizadas e suas adjacências. criopreservação Técnica de congelamento de tecidos, células ou outros materiais biológicos a temperaturas muito baixas, nas quais os materiais permanecem geneticamente estáveis e metabolicamente inerte; pode envolver congeladores (menos de 800 C), preservação com gelo seco (menos de 790 C) ou nitrogênio líquido (menos de 1960 C). cravinho Cada um dos botões ainda fechados do cravo-da-índia. cravo-da-índia Plantas da família das Compostas, que contêm substâncias odoríferas, fruto aquênio com sementes pretas; rosa-da-índia, cravo-decabecinha. creatina Substância cristalina encontrada nos músculos, cuja fórmula é: C4H9O2N3. crioterapia Tratamento que utiliza o frio para combate de várias doenças; existem vários métodos de crioterapia, utilizandose gelo seco ou nitrogênio líquido. creosoto Mistura de hidrocarbonetos, fenol e outros derivados aromáticos provenientes da destilação do alcatrão. cripitoúmido Prevalência de altos teores de matéria orgânica no solo não evidenciada cromaticamente por tonalidade escura da cor. crescimento demográfico Indicador demográfico calculado com base nos fluxos de imigração e emigração, além das taxas de natalidade e mortalidade. (Sócio-Economia) criptocristalino Conjunto de agregados que se apresentam tão finamente divididos, que seus indivíduos não podem ser identificados nem com o auxílio do microscópio, mostrando, contudo, um padrão de difração com os raios-X crescimento vegetativo Indicador demográfico que informa o saldo entre as taxas de natalidade e mortalidade. (Sócio-Economia) 117 VOCABULÁRIO DA NATUREZA formando uma (Geomorfologia) criptófito Plantas cujas gemas ficam protegidas sob o solo ou água, como os geófitos, helófitos e hidrofitos. (Botânica) linha contínua. crista assimétrica Forma de relevo residual alongada, cujas encostas apresentam declividade superior a 300 , sendo que uma delas forma uma nítida escarpa; hogback. (Geomorfologia) criptógamo Vegetal que não se reproduz por meio de flores, possuindo órgãos reprodutivos bem diminutos. (Botânica) criptografia O estudo de códigos e cifras e outras questões de segurança. crista de dobra Linha imaginária que passa pelos pontos mais elevados de uma camada, em um número infinito de seções transversais da dobra; como cada dobra pode ser formada por inúmeras camadas, cada uma possui sua crista individual; plano imaginário que passa pelas cristas sucessivas é denominado plano de crista. (Geologia) criptozoon Estromatólito que se apresenta como massa esferóide, achatada, com diâmetro por volta de 60 cm, sendo constituído por lâminas concêntricas. crisálida Estágio da transformação dos lepidópteros quando passam de lagarta à borboleta; ninfa de borboleta. crista equatorial Aresta interlacunar em grãos de pólen lofados , que se apresenta contínua ou interrupta, estendendo-se de abertura a abertura, ao longo do equador. (Palinologia) crisofíceas Conjunto de algas flageladas que apresentam cromatófaros dourados, compreendendo várias classes. crista interlacunar Aresta que separa lacunas em grãos de pólen lofados. (Palinologia) crisofilo Vegetal que apresenta folhas douradas. (Botânica) crisolita Variedade fibrosa de serpentina - Mg6(Si4O10)(OH)8 - que cristaliza no sistema monoclínico, e sendo utilizada como uma das principais fontes de asbesto. crista paraporal Aresta limitando a abertura e que se estende no sentido dos meridianos. (Palinologia) cristal Sólido homogêneo possuindo ordem interna tridimensional que, sob condições favoráveis, pode manifestar-se externamente por superfícies limitantes, planas, lisas. crisso Região ao redor da cloaca, situada ventre-lateralmente. (Zoologia) crista Corpo tabular de areia que se desenvolve no terraço de maré baixa durante os períodos construtivos; utilizada somente para feições expostas, pelo menos algumas vezes, acima do nível do mar. cristal biaxial Cristal que possui duas direções ao longo das quais é constante a velocidade da normal à onda (velocidade da normal à frente da onda) para a luz monocromática, independente das direções de vibração das ondas perpendiculares à normal à onda. crista É uma área alongada de pressão atmosférica relativamente mais alta; pode ser a extensão de um anticiclone; é o oposto de cavado e é, geralmente, associado a bom tempo, assim como o próprio anticiclone; a máxima curvatura das isóbaras ocorre ao longo do eixo da crista. (Meteorologia) cristal esquelético Cristal cuja morfologia externa pode ser perfeita, porém cujo crescimento interno deu-se de modo imperfeito, permitindo a formação de vazios que chegam a ser preenchidos por outros minerais. crista Forma de relevo residual alongada, isolada, com vertentes que apresentam declividades fortes e equivalentes, e que se interceptam cristal geminado Intercrescimento de dois ou mais indivíduos, de acordo com alguma lei que pode ser deduzida, de modo que certas direções dos retículos 118 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cromatina Substância existente no núcleo celular e que fica intensamente colorida quando em contato com corantes básicos. são paralelas, enquanto que outras estão em posição reversa. cristal uniaxial Cristal que apresenta uma direção e somente uma, na qual todas as ondas de luz de uma determinada freqüência ou comprimento de onda, deslocam-se com a mesma velocidade; esta direção, que é paralela ao eixo cristalográfico C, é denominada eixo óptico. cromatografia Método de purificação que usa placas ou colunas recheadas, para o controle de qualidade de medicamentos. cromel Liga metálica resultante da mistura de 90% de níquel e 10% de cromo. (Metalurgia) cristalização fracionada Processo de cristalização magmática em que as fases cristalinas se separam sequencialmente, à partir de um material que encontra-se em estado fluido, viscoso ou disperso. cromita Mineral de brilho metálico a submetálico que cristaliza no sistema isométrico, classe hexaoctaédrica e com composição FeCr2O4; o alumínio e o ferro podem substituir certa porcentagem de cromo, assim como o magnésio pode substituir o ferro. cristalografia Ciência que estuda os cristais, através das leis que governam seu crescimento, forma externa e estrutura interna. cromosfera Camada de gases acima da superfície do Sol (fotosfera), que têm uma cor avermelhada característica devido ao hidrogênio ionizado, e que se estendem por milhares de quilômetros. (Astronomia) cristas meso-oceânicas Complexo de cristas presentes no centro dos oceanos, correspondente a 10% da superfície do globo terrestre, com rift valleys; mostram relevo montanhoso (agudo) ou moderado (mais ou menos chato), apresentam sismos freqüentes, elevado fluxo térmico, sendo sítio de circulação magmática e hidrotermal. cromossoma Filadélfia É o cromossomo derivado da translocação de um pedaço do cromossomo 9 para o cromossomo 22; está associado, e provavelmente é a causa, de várias leucemias. (Genética) critério diagnóstico Variável relacionada com o meio ambiente, ou conjunto de variáveis que têm uma influência conhecida para recomendação de um uso específico da terra e que pode ser usada como base para determinação da aptidão agrícola ou da capacidade de uso da terra. (Agronomia) cromossomo Estrutura nucleoprotéica situada no núcleo e observada durante as divisões celulares; é a base física dos genes nucleares, os quais possuem uma disposição linear ao longo deste; cada espécie possui um número que lhe é peculiar; material genético formado por uma série de estruturas microscópicas em forma de bastonetes constituído pelo ácido desoxirribonucléico (ADN), localizado em um corpúsculo arredondado denominado núcleo no interior da célula. (Genética) croma Relativa a intensidade de uma cor; é uma das três variáveis utilizada para se definir a cor do solo. Ver carta de Munsell. (Pedologia) cromagem Aplicação eletrolítica de uma camada de cromo sobre a superfície de um metal, devido ao fato do cromo ser resistente a corrosão. cromossomo W Um dos cromossomos sexuais, responsável pela determinação do sexo feminino, principalmente em aves, insetos e alguns peixes. (Genética) cromátide Cada um dos dois filamentos de um cromossomo duplicado que são observados durante as divisões celulares e que estão unidos por centrômero comum. (Genética) cromossomo X Um dos cromossomos sexuais, encontrado principalmente em mamíferos. (Genética) 119 VOCABULÁRIO DA NATUREZA surgiram no Devoniano, sendo raros os sobreviventes atuais; comportam os grupos Coelacanthini e Rhipidista,estes extintos no início do Permiano; raros Celacantídeos ultrapassaram o fim da Era Mesozóica, vivendo hoje no Oceano Índico; sua importância deve-se ao fato de serem considerados como fonte dos tetrápodes terrestres. cromossomo Y Um dos cromossomos sexuais, responsável pela determinação do sexo masculino principalmente em mamíferos. (Genética) cromossomo Z Um dos cromossomos sexuais, encontrado principalmente em aves, insetos e alguns peixes. (Genética) cromossomos homólogoscromossomos que ocorrem aos pares (em diplóides), cada um deles enviados por um dos pais; geralmente (excetuando-se os cromossomos sexuais), apresentam morfologia semelhante e carregam os mesmos loci.; cada membro de um destes pares é homólogo do outro. (Genética) crosta basáltica Ver crosta oceânica. crosta continental Porção da litosfera, em cuja constituição existe a predominância de rochas quartzofeldspáticas, sendo que sua composição química se assemelha à das rochas graníticas; crosta granítica. crosta desértica Camada dura, contendo carbonato de cálcio, gesso ou outro material cimentado, exposto à superfície nas regiões desérticas. cromossomos sexuais Cromossomos envolvidos na determinação dos sexos. (Genética) crônico De longa duração, geralmente anos. Doenças que perduram por mais de 30 dias são consideradas crônicas. (Medicina) crosta granítica Ver crosta continental. crosta oceânica Porção da litosfera em cuja constituição predominam basaltos; crosta basáltica cronoestratigrafia Parte da estratigrafia que trata da idade dos estratos e de suas relações geocronológicas; os termos formais são Eonotema, Eratema, Sistema, Série, Andar e Cronozona. crono-horizonte Ver cronoestratigráfico. (Geologia) crosta sísmica Porção da crosta que se estende desde a superfície terrestre até a profundidade de 10 - 15 km, sendo que a maioria dos terremotos tem seu hipocentro nesta região. horizonte crotovina Cavidade antiga escavada por um animal, em um horizonte do solo, a qual foi preenchida com matéria orgânica ou material de outro horizonte. cronosseqüência Seqüência de solos relacionados que diferem uns dos outros, primariamente, devido ao tempo como fator de formação (Pedologia) cru reduzido Mistura de hidrocarbonetos pesados; é a fração mais pesada do petróleo, obtida no processo de destilação atmosférica. cronozona Termo formal utilizado para designar uma unidade cronoestratigráfica não hierárquica, comumente pequena; crono é o termo geocronológico correspondente. crustáceos Grande grupo de artrópodes com habitat predominantemente marinho, tendo contudo muitas formas de água doce e terrestre; respiram através de brânquias, e podem ser livres ou fixos, parasitas ou comensais; o corpo dividese em tres partes: cabeça, tórax e abdômen, ou em duas: cefalotórax e abdômen; o exosqueleto quitinoso apresenta-se, por vezes, impregnado de carbonato de cálcio ou de fosfato de cálcio. croqui É definido como um esboço preliminar de um acidente topográfico, como um mapa feito por meio de levantamentos com pouco ou nenhum controle, onde as informações em geral são insuficientes. crossing-over Ver permuta genética, sobrecruzamento. (Genética) crossopterígios Uma das duas ordens em que se dividem os sarcopterígios, que 120 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cultivar Conjunto de genótipos cultivados, o qual se distingue por características morfológicas, fisiológicas, citológicas, bioquímicas ou outras de grupos relacionados da mesma espécie, e que, quando multiplicado por via sexual ou assexual, mantém suas características distintivas; cultivar é sinônimo de variedade; a cultivar é a menor categoria taxonômica para nomes reconhecidos pelo Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas. cruzamento Acasalando de animais de raças (linhagens) diferentes; normalmente do cruzamento resulta a heterose ou vigor híbrido. (Genética) cruzamento ao acaso Ver panmixia. cruziana Denominação aplicada a um tipo de icnofóssil interpretado como relacionado ao deslocamento de um trilobita sobre um fundo mole. CTC Abreviação de capacidade de troca catiônica. Ver capacidade de troca de cátions. (Pedologia) cultivo agrícola Movimentação mecânica do solo, empregada no preparo do terreno para semeadura, transplante ou, mais tarde, para controle de ervas daninhas e/ou para deixar o solo em condições de ser cultivado. Ver cultura. (Agronomia) ctenídeos Família de aranhas armadeiras, agressivas, da ordem dos Araneídeos, comuns no solo de matas, de picada venenosa e dolorosa, como a espécie Phoneutria nigriventer. cuculídeos Aves da família Cucullidae, que vivem nas capoeiras e descampados e alimentam-se de insetos, como os anuns. cultivo associado Cultivo em que duas ou mais culturas temporárias estão presentes simultaneamente em uma mesma área. (Agronomia) cuesta Forma de relevo dissimétrico constituído por uma sucessão alternada de camadas com diferentes resistências ao ataque dos agentes de intemperismo e que se inclinam em uma direção, formando um declive suave no reverso e um corte abrupto ou íngrime na chamada frente de cuesta. (Geomorfologia) cultivo de faixas de nível Produção de cultivo seguindo faixas de nível e em ângulo reto ao declive natural, em faixas mais ou menos estreitas; em geral, se alternam com faixas de culturas forrageiras ou de grãos pequenos. (Agronomia) cultivo de faixas em declive Modalidade de cultivos em faixas, na qual o desnível destas não ultrapassa 1%, o que se determina tomando-se como base uma linha guia no centro das faixas; aplica-se a terrenos declivosos, cujo grau de umidade é moderado; serve para evitar a erosão permitindo que o excesso de água deságüe. (Agronomia) cuí Termo amazônico para designar farinha fina peneirada. culicídeos Família de insetos dípteros, vulgarmente conhecidos como pernilongos, mosquitos, carapanãs e muriçocas, cujas fêmeas são hematófagas; muitos são vetores na transmissão de doenças. cultígeno Espécie domesticada cuja origem é desconhecida por não se ter registro de ocorrência de seu ancestral silvestre; a área de taxonomia de plantas cultivadas e origem de culturas tem experimentado progresso palpável nas últimas duas décadas e culturas antes tidas como cultígenas (ex.: milho, mandioca, chuchu, etc.) tiveram seus ancestrais silvestres recentemente descobertos. Ver indigen. (Genética) cultivo de sequeiro Lavoura das regiões deficientes em chuva ou realizada em terrenos altos, bem drenados, sem o uso da irrigação. (Agronomia) cultivo em nível Ver cultivo de faixas de nível. (Agronomia) cultivo intensivo Utilização máxima do terreno, mediante uma sucessão freqüente de cultivos. (Agronomia) 121 VOCABULÁRIO DA NATUREZA plantas que oferecem pouca proteção ao solo, com outras que apresentam crescimento denso; dentre os diversos sistemas de controle de erosão, tanto hídrica como eólica, a cultura em faixas é uma das mais eficientes e práticas para culturas anuais. (Agronomia) cultivo intercalado Cultivo em que uma cultura temporária ocupa o intervalo de uma cultura permanente. (Agronomia) cultivo mínimo Sistema agrícola que reduz o número de capinas e gradagens, mantendo os restos de cultura na superfície do solo, contrariamente ao sistema tradicional que revolve toda a terra para o plantio, através de aradura e gradagem; o revolvimento do solo nesse sistema é feito exclusivamente na linha de plantio, diminuindo sensivelmente o arraste de partículas e a temperatura do solo e preserva a matéria orgânica. (Agronomia) cultura solteira Sistema de produção em que somente uma cultura é explorada em determinada área. (Agronomia) cumari Planta da família das Palmaceas, Astrocaryum vulgare, que tem fruto tipo drupa e amêndoa comestível; coqueiro-tucum, curuá, tucumã-piranga. cultura Espécie vegetal cultivada para uso. (Agronomia) cumarina Substância odorífera, cristalina e incolor, existente nas sementes de cumari, cuja fórmula é: C9H6O2; um composto branco com odor semelhante ao de baunilha que confere a determinadas forrageiras (por exemplo: sweet clover), seu odor característico; é, neste caso, um componente antiqualitativo. cultura associada Cultura de grãos pequenos que é semeado com uma outra cultura, especialmente uma que irá emergir e desenvolver lentamente, tal como uma forrageira. (Agronomia) cultura consorciada Sistema de produção em que duas culturas são cultivadas simultaneamente em um terreno, com resultados geralmente satisfatórios. (Agronomia) cumaru (Dipteryx odorata Árvore da família Leguminosae, de grande porte, apresentando um fuste ligeiramente tortuoso, superior a 60 cm de diâmetro com casca lisa esverdeada, com 0,5 cm de espessura, apresentando uma resina incolor viscosa, sapopema de até 1,0 m de altura; madeira muito pesada; cerne castanho-amarelo escuro; alburno begeclaro; grã revessa; textura média; cheiro desagradável quando verde, desaparecendo após a secagem, gosto indistinto. cultura de subsistência Produção de culturas (arroz, milho, mandioca, feijão) utilizando pequenas áreas, onde o agricultor produz para o seu sustento e da sua família. (Agronomia) cultura de tecidos Termo amplo e que se aplica à técnica de cultivar in vitro células e tecidos vegetais em meio nutritivo de composição definida, sob condições controladas de luminosidade e temperatura; as células vegetais são totipotentes, ou seja, cada célula de uma planta possui toda a informação genética e o aparato fisiológico necessário para regenerar uma planta inteira e funcional; por isto esta técnica tem sido utilizada, desde meados deste século, para a produção de plantas visando a propagação, limpeza clonal, conservação, intercâmbio de germoplasma etc. (Genética) cumarurana (Dipteryx polyphylla) Árvore da família Leguminosae, de porte mediano, fuste retilíneo, com diâmetro superior a 60 cm, casca amarelada e esverdeada, ligeiramente sulcada, com 1,0 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne castanho-escuro; alburno creme-amarelado, com espessura média de 2,5 cm; grã revessa; textura média; figura relativamente destacada; cheiro e gosto indistintos. cumulonimbus Nuvem que apresenta a base situada entre 700 e 1.500 m, com o topo podendo alcançar entre 24 e 35 km cultura em faixas Disposição das culturas em faixas de largura variável, de tal modo que a cada ano se alternam 122 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de altura, sendo contudo a média entre 9 e 12 km; é formada por gotas de água, cristais de gelo, gotas superesfriadas, flocos de neve e granizo; caracterizada pelo seu aspecto em forma de bigorna, com o topo mostrando expansão horizontal devido aos ventos superiores; nuvem de trovoada. (Meteorologia) apresentando cor vermelha com várias tonalidades. cupuaçú Árvore frutífera da Amazônia, Theobroma grandiflorum; as sementes podem substituir as do cacau na fabricação do chocolate; o fruto possui forma oblonga, podendo, também ser arredondado, altura varia de 15 a 25 cm e o seu diâmetro de 10 a 12 cm; casca é pilosa de cor marron e polpa brancoamarelada é espessa; possui sabor ácido, levemente adocicado e aromático, podendo desenvolver até 50 sementes por fruto; frutifica de dezembro a maio; é originário da floresta amazônica; sua polpa é utilizada na preparação de sucos, doces, sorvetes e refrescos. cumulus Nuvem que apresenta contornos bem definidos, assemelhandose a couve-flor; mostra máxima freqüência sobre a terra durante o dia e sobre a água durante a noite; podem ser orográficas ou térmicas e apresentam precipitação em forma de pancadas; quando se apresentam fracionadas são denominadas fractocumulus e quando muito desenvolvidas são as cumulus congestus. (Meteorologia) cupuí Árvore que raramente atinge 20 metros de altura (Theobroma subincanum), com fruto de casca dura e resistente, recoberto por um indumento semelhante ao do cupuaçu; as sementes são numerosas, envolvidas por uma polpa branco-amarelada, adocicada, sem cheiro. cunha de água salgada Intrusão de água salgada do mar, em forma de cunha,que ocorre em um estuário de água doce ou de um rio com maré; a cunha mergulha no sentido do fluxo sendo que a salinidade aumenta com a profundidade devido a maior densidade da água salgada em relação à água doce. cúpula de lava Cúpula que se forma sobre a cratera de erupção de um vulcão, quando a lava é demasiadamente viscosa para fluir lateralmente. cuniculídeos Animais roedores histricomorfos, cauda diminuta, mãos e pés com cinco dedos e unhas em forma de casco; são as pacas. cura Processo polímeros. de formação dos curador É a pessoa encarregada em bancos de germoplasma e em centros de pesquisa pela promoção das atividades de prospecção, coleta, introdução, intercâmbio, multiplicação, inspeção, quarentena, conservação, regeneração, caracterização, avaliação, documentação, informação e utilização de germoplasma. (Genética) cupinzeiro Ninho de cupins; quando no solo, em quantidade razoável, podem constitur problemas ao manejo e utilização da terra; denominação popular do termiteiro. cupiúba (Goupia glabra) Árvore da família Goupiaceae, de grande porte, fuste ligeiramente tortuoso, com diâmetro superior a 60 cm, casca escamosa, acinzentada, com 1,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne castanho-amarelo a avermelhado; alburno rosado ou um tanto castanho com espessura média de 4 cm; grã revessa; textura média; figura pouco destacada; cheiro e gosto desagradável. curare Extrato preparado de várias espécies de vegetais do gênero Strychinos, que possui o alcalóide muito venenoso chamado curarina; veneno de ação paralizante, solúvel na água, extraído da casca de certos cipós e utilizado por indígenas para envenenarem suas flexas; substância venenosa extraída de plantas da família Menispermaceae cuprita Mineral que cristaliza no sistema isométrico, classe hexaoctaédrica, com densidade 6,1 e composição Cu2O, 123 VOCABULÁRIO DA NATUREZA triangulares, com o cume arredondado estendendo-se na água. curarina Alcalóide encontrado no curare, muito venenoso e usado, também, para fins terapêuticos. cutãs Termo geral designando uma acumulação ou uma diferenciação textural ou de produtos solúveis, cobrindo paredes de poros ou a superfície de grãos do esqueleto ou, ainda, de agregados; conforme sua origem, os cutãs são classificados em cutãs de iluviação, de difusão, de tensão e complexos; podem ser subdivididos em: Argilãs cutãs constituídos principalmente de argilominerais; Ferriargilãs - cutãs compostos de argila silicatada e de óxidos de ferro; Ferrãs cutãs formados de uma concentração de óxidos de ferro; Neoferrãs revestimentos formados pela concentração de óxidos de ferro, situados na vizinhança imediata de superfícies naturais às quais estão associados; Esqueletãs acumulações de conformações variadas, constituídas do empacotamento (empilhamento) de grãos análogo àqueles presentes no fundo matricial adjacente; cutanes. (Micromorfologia do Solo) curso de água efluente Curso d'água que recebe descarga das águas subterrâneas. (Hidrologia) curso de água influente Curso d'água que promove o abastecimento de um aqüífero. (Hidrologia) curuquerê Lagarta de inseto Lepdóptero, da família dos Noctoídeos, Allabama argillaceae, considerada praga do algodoeiro. cururu Denominação popular de alguns sapos de grande porte do gênero Bufo, que apresentam pele enrrugada, por vezes contendo glândulas venenosas; sapo-cururu. curva batimétrica Linha que une pontos de igual profundidade em um corpo de água; os valores de profundidade são determinados em relação ao nível do mar. curva de nível Linha que se apresenta em um mapa ou carta, destinada a retratar matematicamente uma forma de relevo, unindo todos os pontos de igual altitude, situados acima ou abaixo de uma superfície de referência, em geral o nível médio do mar. cutina Substância cerosa que compõe grande parte da cutícula dos vegetais; devido sua grande resistência pode preservar-se quase inalterada. (Botânica) cutite Árvore com cerca de 20 m de altura (Pouteria macrophylla), cujos frutos são bagas arredondas com sementes ovóides dentro de uma polpa amarela de consistência algo farinácea, de sabor agradável e odor bem pronunciado; frutifica de outubro a fevereiro. curva de regressão Representação geométrica de uma equação de regressão com apenas uma variável independente. (Estatística) curva hipsométrica Representação gráfica do relevo médio de uma área; também representa o estudo da variação da elevação dos vários terrenos da área com referência ao nível médio do mar. cuxiú Espécie de primata que vive na Amazônia, da família dos Cebideos, gênero Chiropotes, de coloração negra. curvas isocromáticas Faixas ou áreas coloridas que se distribuem simetricamente em relação às isógiras. Ver isógiras. cúspides de praia Acumulações de sedimentos regularmente espaçadas em forma de crescente, que variam quanto ao tamanho dos grãos, desde areia até calhaus; em geral, as partes que se projetam são mais ou menos 124 VOCABULÁRIO DA NATUREZA D dasometria Disciplina da engenharia florestal que trata da mensuraçào de árvores em pé, objetivando estimativas do seu crescimento e do volume de madeira produzida. dasonomia Disciplina da engenharia florestal que trata da composição, estrutura, produtividade e conservação das florestas. d Colocado após o símbolo dos horizontes O e H, indica muito intensa ou avançada decomposição do material orgânico, do qual pouco ou nada resta de reconhecível da estrutura dos resíduos de plantas; corresponde em parte à conceituação de muck; exemplo: Od. (Pedologia) data Lote urbano de esquina ou com testada para um logradouro público descrito e assegurado por uma prova de domínio e registrado no órgão competente. (Engenharia Civil) datum Superfície de referência para controle horizontal (X,Y) e vertical (Z) de pontos. (Cartografia) dados de passaporte Conjunto de dados relativos à origem de um acesso; de fundamental importância são o nome da espécie, local e data da coleta ou procedência, estado do material (silvestre ou cultivado) e o número pessoal do coletor; dados desejáveis são as condições do habitat e da ecologia local, bem como, anotações sobre a planta em si, como altura, cor da flor, etc; estes dados são registrados à parte pelo coletor ou em cadernetas de coletor, especiais para este fim, com formulário padronizado que traz impresso os principais dados relativos à identificação de uma coleta. Ver acesso. (Genética) datum altimétrico Destinado ao posicionamento altimétrico de pontos sobre a superfície terrestre; é materializado por um ponto fixo, cuja altitude sobre o nível do mar é conhecida; usualmente utiliza-se o nível médio dos mares como altitude zero. (Cartografia) datum geodésico Destinado ao posicionamento planimétrico de pontos sobre a superfície terrestre; é definido: uma origem fisicamente materializada (marca de origem); as coordenadas geográficas do marco de origem; um modelo matemático de simulação da superfície terrestre (elipsóide); a altura geoidal do ponto de partida; a orientação do modelo matemático (azimute de partida). (Geodésia) dalla Depressão periférica às cadeias dobradas e situadas entre estas e a região continental intraplaca. (Geologia) dano ambiental Qualquer alteração no meio ambiente provocada por intervenção antrópica. dbo Ver oxigênio dap Ver diâmetro a altura do peito. (Silvicultura) demanda bioquímica de DDT dicloro-difenil-tricloroetano Inseticida orgânico de síntese, empregado em forma de pó, em fervura ou em aerossol, contra insetos; bioacumula-se na cadeia alimentar, sendo considerado uma substância potencialmente cancerígena. dasipodipídeos Mamíferos da família Dasypodidae, que apresentam carapaça córnea e poucos pelos que cobrem as partes moles do corpo; são os verdadeiros tatus. dasiproctídeos Animais roedores histricomorfos, com quatro dedos nas mãos e três nos pés, com unhas fortes e cortantes e membros posteriores mais desenvolvidos que utilizam para saltar; são as cutias ou agutis. deambulatório Galeria, circulação ou corredor coberto, destinado a passeio. (Engenharia Civil) débito cardíaco É o volume de sangue bombeado por um ventrículo pro unidade de tempo; é determinado pela relação 125 VOCABULÁRIO DA NATUREZA declive É a inclinação maior ou menor do relevo em relação ao horizonte. (Geomorfologia) entre a Frequência Cardíaca (FC) e o Volume Sistólico (VS), ou seja, DC = FC x VS; a unidade usualmente utilizada é litros por minuto. (Medicina) decocção É a fervura da substância, para dissolvê-la pela ação prolongada da água e do calor. debris flow Deslocamento encosta abaixo, de material encharcado de água, constituído por fragmentos de rocha e solo, presentes em regiões de clima úmido. decompositores Organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo; compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. debrum Tira, geralmente de pano, que é aplicada nas margens de um mapa, para melhor protegê-lo. (Cartografia) dedo I ou hálux Dedo do pé que corresponde ao polegar; na grande maioria das aves dispõe-se voltado para trás; os demais dedos são numerado em seqüência II, III e IV; os dedos I e IV são externos e os II e III internos. (Zoologia) decaimento radioativo Processo de diminuição da atividade de um nuclídeo radioativo pela transmutação que sofre ao se desintegrar; desintegração radioativa. decalcificação Remoção de carbonatos de cálcio ou de íons cálcio do solo por lixiviação. (Pedologia) defesa civil Conjunto de medidas, normalmente geridas por organismo governamental, que procura defender as populações civis em tempo de guerra, reagir às catástrofes e prevenir e atenuar as consequências de situações excepcionais em tempos de paz. decantador secundário Unidade de tratamento que recebe os efluentes da unidade de aeração e onde ocorre a deposição dos sólidos orgânicos e inorgânicos, e sua posterior transferência para o leito de secagem. defeso Época do ano em que é proibido caçar ou pescar; medida que objetiva resguardar os recursos bióticos de uma determinada região, através da proibição da ação antrópica exploratória. decapitado Solo que perdeu, no total ou em parte, o horizonte superficial. (Pedologia) decídua Qualidade apresentada por uma comunidade vegetal, em que 90% de seus indivíduos, perdem todas as suas folhas ou parte delas, por um determinado período de tempo, em resposta a condições climáticas desfavoráveis. déficit É uma situação em que as despesas e os pagamentos são maiores que as receitas, ou seja, a saída de dinheiro é maior que a entrada; quando esse desequilíbrio ocorre nas contas do governo, é chamado de déficit público; há dois conceitos diferentes de déficit público, ou seja, déficit primário: resultante da arrecadação de taxas e impostos menos as despesas; déficit nominal: leva em conta também as despesas com juros das dívidas interna e externa. (Economia) decíduo Que cai; caduco, cadivo; que cai em uma certa estação ou estágio de crescimento. (Botânica) declinação Coordenada, que juntamente com a ascensão direita, pode ser usada para localizar qualquer posição no céu; é análogo à latitude para localizar posições em Terra. (Astronomia) deflação Redução persistente de preços; geralmente é provocado por uma queda no consumo; ao contrário do que pode parecer à primeira vista, nem sempre a deflação é um fato positivo: quando ela ocorre, a concorrência faz com que as empresas baixem seus preços, a fim de ganhar os poucos declinação magnética Ângulo formado entre o norte geográfico e o norte magnético. 126 VOCABULÁRIO DA NATUREZA deformação plástica É a deformação permanente provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade; é o resultado de um deslocamento permanente dos átomos que constituem o material. (Metalurgia) consumidores dispostos a abrir o bolso; para manter os preços baixos, as empresas precisam reduzir os investimentos e promovem demissões; por isso os economistas dizem que a deflação pode provocar depressão econômica. (Economia) degradação ambiental Termo usado para qualificar os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como a qualidade ou a capacidade produtiva dos recursos naturais. (Ecologia) deflação Remoção e transporte, pela ação do vento, das partículas mais finas (areia e argila), principalmente em regiões desérticas. (Geomorfologia) deflexão Mudança abrupta na direção de uma determinada feição geológica, em geral obedecendo a um condicionamento- herança- tectônico. (Geologia) degradação do relevo Desgaste intenso do relevo pela ação do processo erosivo; há destruição das formas de relevo, que se tornam opostas às do relevo de agradação. (Geomorfologia) deflorestamento Ação de remover a cobertura florestal do solo. degradação do solo Mudança de um solo a uma condição mais lixiviada e intemperizada que a presente em condições normais, usualmente acompanhada por mudanças morfológicas. (Pedologia) deflúvio Volume total de água que passa, em um determinado espaço de tempo, em uma seção transversal de um curso de água. (Hidrologia) deflúvio superficial Processo pelo qual a água de chuva, precipitada na superfície da Terra, flui, por ação da gravidade, das partes mais altas para as mais baixas, nos leitos dos rios e riachos. (Hidrologia) deiscência Abertura expontânea de órgãos ou partes vegetais ao alcançarem a maturidade. (Botânica) deiscente Fruto que se abre e deixa a semente em liberdade. (Botânica) deformação Alteração do comprimento ou área por unidade de comprimento inicial ou área inicial; normalmente é expressa em percentagem; é calculada simplesmente dividindo-se o aumento do comprimento pelo comprimento original ou a diminuição de área em relação a área inicial. (Metalurgia) delaminação Fenômeno de desacoplamento entre a crosta e o manto superior ou entre a crosta superior e a inferior, sendo característico de zonas de colisão de placas continentais. (Geologia) deleção cromossômica Perda de uma determinada região de um cromossomo, que pode ocorrer durante a divisão celular, resultando na perda de informações genéticas. (Genética) deformação Conjunto de mudanças ocorridas em um corpo devido à ação de tensão, e resultando em um ou mais dos seguintes processos: distorção, rotação, translação e dilatação. delineação Porção de uma paisagem mostrada por uma linha fechada em um mapa de solos que define a área, forma e localização de um ou mais solos componentes mais inclusões, e ou tipos de terreno. (Pedologia) deformação a frio Deformação abaixo da temperatura de recristalização. (Metalurgia) deformação elástica É uma deformação reversível que desaparece quando a tensão é removida; os átomos mantém suas posições relativas. (Metalurgia) delineamento Modo de atribuir os tratamentos às parcelas, num experimento. (Estatística Experimental) 127 VOCABULÁRIO DA NATUREZA delta lacustre Delta do tipo construtivo que apresenta uma estrutura relativamente simples, e formado na desembocadura fluvial em um lago; as camadas de topo mostram características essencialmente fluviais e as basais, lacustres. (Geomorfologia) deliquescência Absorção de água da atmosfera por um sal higroscópico em tais quantidades que acaba pôr se formar uma solução concentrada do sal. delitescência Período em que o agente mórbido permanece latente no organismo; desaparecimento súbito dos sinais indicativos de uma doença. delta lobado Delta que apresenta um crescimento mais moderado das barras de desembocadura e dos diques marginais, do que aquele apresentado pelo delta alongado; é um delta considerado como construtivo. (Geomorfologia) delta Sistema deposicional, alimentado por um rio, causando uma progradação irregular da linha de costa; de acordo com o fornecimento de sedimentos, da energia das ondas e das correntes marinhas, pode ser classificado como alongado, lobado, cuspidado e estuarino. (Geomorfologia) delta morênico Ver delta de contato glacial. (Geomorfologia) delta alongado Delta formado pelo crescimento das barras de desembocadura, acompanhadas de diques marginais, resultando em um padrão denominado pé-de- pássaro, na sua porção emersa. É considerado um delta construtivo. (Geomorfologia) demanda bioquímica de oxigênio DBO Quantidade de oxigênio utilizada por microorganismos quando da degradação bioquímica de matéria orgânica; é o parâmetro mais utilizado para medir a poluição. demanda instantânea Demanda requerida num determinado instante, em MW. (Energia) delta construtivo Delta formado pela dominância dos processos fluviais sobre os processos dinâmicos costeiros, ligados principalmente as marés e ondas. (Geomorfologia) deme População local em que os cruzamentos entre os indivíduos dão-se ao acaso; população panmítica. (Genética) delta cuspidado Delta que apresenta uma forma triangular, sendo originado predominantemente em locais com forte atuação de ondas e correntes litorâneas; é considerado um delta destrutivo. (Geomorfologia) dendritica Tipo de drenagem à semelhança dos galhos de uma árvore; é mais encontrada em áreas com relevo acidentado. (Geomorfologia) dendrito Estrutura formada pela precipitação de óxidos de ferro ou de manganês, sobre as paredes de diáclases ou camadas, com aspectos que lembram fósseis. delta de baía Delta formado na foz de um curso d'água que desemboca em uma baía ou vale afogado, preenchendoo parcial ou totalmente com sedimentos. (Geomorfologia) dendrocolaptídeos Aves passeriformes da família Dendrocolaptidae, trepadoras, apresentando bico longo e robusto, como os arapaçus ou pica-paus-vermelhos. delta de contato glacial Delta formado por água de degelo que flui por entre o flanco de um vale e a borda de uma geleira; delta morênico. (Geomorfologia) delta destrutivo Delta formado pela predominância dos processos da dinâmica costeira sobre os processos fluviais. (Geomorfologia) dendrocronologia Ciência que trata da reconstituição e datação de eventos climáticos pretéritos através do estudo do crescimento anual dos anéis dos troncos das árvores. delta intralagunar Delta do tipo construtivo, formado no interior de uma laguna costeira. (Geomorfologia) dendrohidrologia Técnica que utiliza os anéis de crescimento dos troncos dos 128 VOCABULÁRIO DA NATUREZA anteriormente a unidade utilizada para a densidade era g/cm³, mas pelo Sistema Internacional de Unidade deve ser expressa em kg/m³. São observados valores, em geral, em torno de 2,6 kg/m³. (Pedologia) vegetais para o estudos de fenômenos hidrológicos. dendrologia árvores. Estudo científico das dengue Doença virótica, transmitida ao homem pelo mosquito Aedes aegyptii, que é o mesmo transmissor da Febre Amarela; é de curta duração, existindo duas formas principais: a Clássica e a Hemorrágica, esta última é a mais grave; os sintomas são: febre, dor de cabeça, manchas avermelhadas no corpo, dores musculares e nas articulações, fraqueza, dor no fundo do olho, coceira no corpo e falta de apetite; não existe tratamento específico, sendo indicado o repouso, igestão de líquidos e medicamentos apenas para aliviar as dorese e a coceira, evitando-se o uso do açodo acetil salicílico; o mosquito transmissor gosta de água limpa e parada. (Medicina) densidade de uma solução Relação entre a massa de uma solução e o volume desta mesma solução. densidade demográfica Indicador demográfico que informa a população total de determinada área. (Sócio Economia) densidade do solo Corresponde à massa de solo por unidade de volume, ou seja, o volume do solo ao natural, incluindo os espaços porosos. (Pedologia) densidade eletrônica Concentração de carga negativa de elétrons ao redor do núcleo; na região onde a probabilidade de serem encontrados elétrons é alta, a densidade eletrônica é elevada. denitrificação Processo biológico relacionado ao ciclo do nitrogênio, em que bactérias específicas do solo reagem com nitratos e nitritos resultando na devolução de nitrogênio a atmosfera. densidade específica. absoluta Ver densidade global Corresponde à massa do solo seco por unidade de volume aparente, ou seja, o volume do solo ao natural, incluindo o espaço poroso; seu valor é sempre inferior ao da densidade de partículas; anteriormente a unidade utilizada para a densidade era g/cm³, mas pelo Sistema Internacional de Unidade deve ser expressa em kg/m³; um valor superior a 1,4 kg/m³ geralmente indica adensamento ou compactação do solo, a não ser que se trate de um solo arenoso. (Pedologia) massa densidade da rede hidrográfica Número de segmentos de cursos d’água, de todas as ordens, em uma dada bacia, dividido pela área da mesma. (Hidrografia) densidade de carga superficial Excesso de carga negativa ou positiva por unidade de área superficial de solo ou mineral de solo. (Pedologia) densidade real Ver densidade de partículas. (Pedologia) densidade de drenagem Comprimento total dos segmentos dos cursos d’água, de todas as ordens, de uma bacia de drenagem, dividido pela área da mesma. (Hidrografia) densidade relativa Comparação entre a massa específica de uma substância com a de outra substância; no caso dos sólidos e líquidos, e densidade relativa é tomada em relação a água, enquanto no caso dos gases é tomada em relação ao ar ou hidrogênio; é a relação entre a densidade da água a uma determinada temperatura e sua densidade a 4° C, neste ponto definida como igual a unidade. densidade de partículas Corresponde à massa por unidade de volume do solo seco, após ser destruída sua estrutura; a densidade, dessa forma deixa de ser influenciada pelo espaço poroso; valor fixo que depende apenas do tipo de minerais presentes no solo; é sempre mais elevada que a densidade global; 129 VOCABULÁRIO DA NATUREZA sedimentação e redução profundidade. (Geomorfologia) densímetro Instrumento que determina a densidade de um líquido ou suspensão. Ver higrômetro de Bouyoucos. (Pedologia) na depósito de lag Acumulação de material grosseiro resultante da erosão do material mais fino associado, sendo que o material remanescente é devido à incompetência da corrente em transportalo. (Geomorfologia) denudação Abaixamento das formas de relevo mais salientes, pelo efeito conjugado dos diferentes agentes erosivos; desnudação. (Geomorfologia) depósito de playa Depósito constituído de material detrítico, principalmente silte e argila, ou mais grosseiros, transportado através da zona de bajada, até alcançar a parte mais baixa da bacia de deposição; em associação com o material detrítico, ocorrem alternadamente sedimentos químicos que foram transportados pela enxurrada. Ver playa, bajada. (Geomorfologia) depleção Extração contínua de água de lençol subterrâneo, reservatório ou bacia a uma taxa maior do que a de realimentação; redução da reserva de um aqüífero ou do escoamento de um curso d'água ou fonte causada por uma descarga superior à realimentação natural. (Hidrologia) depocentro Sítio em que ocorre a máxima subsidência e/ou sedimentação em uma bacia sedimentar. (Geologia) depósito de serir Conjunto de sedimentos de granulação grosseiracascalho e areia grossaque concentrados constituem jazimentos protetores das camadas inferiores, sendo que muitos seixos mostram marcas de impacto; a concentração é residual devido a deflação sofrida pelo material de granulação mais fina. (Geomorfologia) depósito alóctone Quando é constituído por materiais de outras áreas transportados por água, vento, gelo ou gravidade; exemplo: depósito aluvial. depósito autóctone Quando é constituído pela degradação ou destruição do material que lhe deu origem no próprio lugar. depósito de sieve Conjunto de sedimentos gerados por escoamento fluvial, e deixados no canal devido à infiltração da água em camadas permeáveis subjacentes; estes depósitos provocam geralmente obstrução do canal, resultando na formação de um talude constituído de conglomerado organizado que mergulha corrente acima. (Geomorfologia) depósito correlativo Depósito originado pela erosão de formas de relevo, tais como as montanhas, propiciando a acumulação dos sedimentos em suas margens. depósito de barra em pontal Acumulação de sedimentos devido à migração lateral do canal de rios meandrantes; esta migração provoca erosão na margem côncava (externa) do meandro e deposição na margem convexa (interna), na forma de um corpo sedimentar envolvido pela curva do meandro. (Geomorfologia) depósito de tálus Depósito constituído predominantemente de fragmentos rochosos grandes e angulosos originados da fragmentação de rochas situadas em zonas escarpadas com fortes declives. (Geomorfologia) depósito de corte e preenchimento Produto da sedimentação no canal de drenagem que foi abandonado por processo de corte ou avulsão do meandro, ou seja, pelo súbito abandono de uma parte ou da totalidade de um canal, ou pelo preenchimento devido a um grande acúmulo na taxa de depósito de transbordamento Depósito formado por sedimentos transportados pelas águas das enchentes dos rios, e levados por sobre os diques naturais, inclusive dando origem a estes, bem como preenchendo depressões nas barras em pontal, nos canais abandonados, e, principalmente, 130 VOCABULÁRIO DA NATUREZA formando os depósitos de através do acréscimo (Geomorfologia) depósito xenotermal Depósito hidrotermal formado em alta temperatura (acima de 3000 C), porém em pouca ou moderada profundidade. (Hidrogeologia) várzeas lateral. depósito hidrotermal Depósito originado a partir de fluidos mineralizantes de constituição aquosa, oriundos de corpos plutônicos intrusivos, básicos ou ácidos, bem como o originado em decorrência da participação de fluidos secrecionais, advindos das rochas encaixantes do depósito, mobilizados pela excitação térmica de intrusões ou de núcleos de metamorfismo; existe uma estreita ligação entre as temperaturas de formação dos depósitos hidrotermais e suas profundidades de formação, daí serem classificados em hipotermais, mesotermais e epitermais, conforme tenham se originado de uma maior para uma menor profundidade e temperatura; não obstante, a profundidade de um depósito hidrotermal depende da posição do corpo ígneo ao qual se relaciona; deste modo, uma jazida epitermal de baixa temperatura pode estar situada em uma profundidade maior do que uma outra do tipo hipotermal, de mais alta temperatura de origem. (Hidrogeologia) depressão Área ou porção do relevo situada abaixo do nível do mar, ou abaixo do nível das regiões que lhe estão próximas é, por conseguinte, uma forma de relevo que se apresenta e posição altimétrica mais baixa que as porções contíguas. (Geomorfologia) depressão absoluta situado abaixo do (Geomorfologia) Área com relevo nível do mar. depressão endógama Perda do vigor e da aptidão em espécies alógamas, como resultado de contínua autofertilização; a autofertilização leva à homozigose e esta se manifesta sob várias formas, destacando-se tamanho reduzido das plantas, fertilidade diminuída, albinismo, plantas defeituosas e suscetibilidade aumentada à doença. (Genética) depressão interplanáltica Área que apresenta altitude mais baixa em relação aos planaltos que lhes são circundantes. São também denominadas de depressão relativa. (Geomorfologia) depósito pneumatolítico Depósito que se diferencia do hidrotermal, unicamente pela hipótese de que o fluido mineralizante seria um vapor supersaturado, em estado supercrítico. (Hidrogeologia) depressão periférica Área deprimida que aparece na zona de contato entre terrenos sedimentares e o embasamento cristalino e tem a forma alongada. (Geomorfologia) depósito singenético Depósito formado por processos similares aos que originaram a rocha encaixante, em geral, simultaneamente. (Geologia) depressão relativa. Ver depressão interplanáltica. (Geomorfologia) depósito vulcanogênico Depósito mineral cuja gênese está relacionada diretamente a qualquer tipo de manifestação vulcânica, entendendo-se esta como além do vulcanismo obvio, explosivo e efusivo, qualquer outra ação natural profunda que resulte no aparecimento, em superfície, de produtos de temperatura superior à das condições do ambiente; desta maneira, os gêiseres, as fumarolas e as fontes hidrotermais seriam manifestações vulcânicas atenuadas. (Geologia) deriva genética Mudanças aleatórias na freqüência gênica em uma população, geralmente pequena, devido a erros de amostragem, havendo tendência de fixarse um determinado alelo. (Genética) deriva continental Ver drift. derivados claros Designação genérica de alguns derivados de petróleo, entre os quais a gasolina, o querosene e o diesel. Possuem coloração clara, daí sua classificação; são líquidos e pouco viscosos. derivados escuros genérica de alguns 131 Designação derivados de VOCABULÁRIO DA NATUREZA longitudinais diminui bruscamente de 14 para 8 km/s, enquanto as ondas transversais tornam-se fraquíssimas, não conseguindo atravessar a camada que ali se inicia; representa o limite entre o Manto inferior e o Núcleo externo. (Geologia) petróleo, entre os quais o óleo combustível e o asfalto; possuem coloração escura e alta viscosidade. dermanissídeos Gênero de ácaros da família dos Gamasídeos, pequenos, ovais e meio transparentes, que parasitam aves e ratos, de onde passam para o homem. descontinuidade de material originário Discrepâncias significativas entre horizontes do solo no que diz respeito a ganulometria ou mineralogia, indicando a discordância de materiais originários em que se formou cada horizonte; pode ocorrer mais de uma em um mesmo perfil. São designados através de algarismos arábicos, usados como prefixos para as camadas e horizontes, na descrição do perfil; exemplos: 2C, 3C. (Pedologia) dermestídeos Família de insetos coleópteros, besouros pequenos que tem larvas muito vorazes, em geral necrófagos. (Entomologia) desagregação Quebra de agregados do solo como resultado de adição de água ou por ação mecânica de máquinas agrícolas. desaprumo Ângulo formado entre o plano médio da jazida e uma vertical, no ponto considerado; corresponde, portanto, ao complemento do mergulho. (Mineração) descontinuidade de Mohorovicic Descontinuidade sísmica situada na base da Crosta (continental e oceânica), onde as ondas longitudinais diminuem sua velocidade de 7,8 para 6,3 km/s e as ondas transversais, de 4,4 para 3,7 km/s; sua profundidade é variável sendo de 3040 km nos continentes, de até 75 km sob os cinturões orogênicos, de 10-12 km nos oceanos, e de até 25-30 km nas dorsais; nas zonas de subducção pode situar-se em profundidades de até 700 km. (Geologia) desaterro Ato de retirar um volume de terra de um local. (Engenharia Civil) desbaste Técnica que consiste na derrubada de árvores adultas no sentido de proporcionar maior espaço às que ficam, permitindo que se desenvolvam e atinjam maior porte; esta prática deve ser efetuada em épocas distintas, em função da espécie, da idade e do desenvolvimento. (Silvicultura) descontinuídade litológica Ver descontinuidade de material originário. (Pedologia) descarga crítica Descarga que, em uma dada seção do canal e para uma determinada profundidade , mantém o escoamento crítico da água. (Hidrologia) descritor Característica mensurável ou subjetiva de um acesso, como altura da planta, cor da flor, comprimento do pecíolo, forma da folha, etc.; os descritores são agrupados sob a forma de lista de descritores, uma para cada cultura em particular, e são aferidos através o estado do descritor, ou seja, as categorias reconhecidas como válidas para aquele descritor; são aplicados na caracterização e avaliação de coleções de germoplasma para tornar suas propriedades agronômicas conhecidas. (Genética) descarte Processo de eliminar animais menos produtivos ou menos desejáveis de um rebanho. (Melhoramento Genético) descontinuidade de Conrad Limite entre a crosta continental superior e a crosta continental inferior; sua profundidade varia de 10-25 km nos continentes, podendo alcançar 50 km sob os cinturões orogênicos. (Geologia) descontinuidade de GutenbergWiechert Descontinuidade sísmica que se encontra a uma profundidade de 2.900 km, onde a velocidade das ondas desenvolvimento sustentado Significa promover o crescimento integral do ser humano na busca da sua plenitude 132 VOCABULÁRIO DA NATUREZA desflorestamento Destruição, corte e abate indiscriminado de matas e florestas, para comercialização de madeira, utilização dos terrenos para agricultura, urbanização, qualquer outra atividade econômica ou obra de engenharia; desmatamento. biológica, psicológica e social; a sociedade capitalista não tem credencial e, tampouco é capaz de promover o desenvolvimento sustentado, sem que haja profundas mudanças e reformas políticas, econômicas, culturais e sociais; em outras palavras, o homem precisa promover o progresso tecnológico (usando tecnologias adequadas, sem agredir o meio ambiente), e econômico (crescendo sem destruir o meio físico e cultural) melhorando as condições de vida das atuais gerações sem sacrificar as gerações futuras, criando um ambiente físico, social, cultural e psicológico em que o ser humano possa viver normalmente como animal biológico e social. desfolhante Preparado químico que causa a queda das folhas das plantas; usada na agricultura em plantios intensivos de algodão, soja, tomate e outras culturas, usualmente para facilitar a colheita. desidratação de lodo Termo geral utilizado quando se remove parte da água presente no lodo, por qualquer operação, tal como : drenagem, pressão, centrifugação, com ou sem presença de calor. desertificação É a degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas, conceito definido no Artigo 1o da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, também assinada pelo Brasil; não é necessariamente relacionada com o avanço físico do deserto, nem deve ser confundida com a seca; tem mais a ver com a formação progressiva de um deserto econômico, devido ao uso insustentável dos recursos naturais; a seca pode até ser uma das causas da desertificação mas, inversamente, o fenômeno da seca pode também mascarar o processo de desertificação; processo de degradação do solo, natural ou provocado por remoção da cobertura vegetal ou utilização predatória, que, devido a condições climáticas e edáficas peculiares, acaba por transformá-lo em um deserto. desintegração Fragmentação de minerais e rochas em partículas menores por agentes físicos, destacando-se a variação de temperatura (esfoliação, fragmentação), abrasão pelo gelo, erosão pelo vento, pelas ondas do mar, etc. desintegração radioativa decaimento radioativo. Ver deslizamento Deslocamento do manto da massa do solo e/ou da rocha, na direção das partes mais baixas da encosta, pela influencia da gravidade e pelas enxurradas ou saturação de água. Ver desmoronamento. desmatamento Ver desflorestamento. desmisturação Ver exsolução. desmodonteídeos Animais quirópteros da família Desmodontidae que apresentam um par de dentes incisivos superiores cortantes; são hematófagos ou vampiros verdadeiros. (Zoologia) desertos São regiões, onde a precipitação anual de chuvas é mínima, geralmente, menos de 250 mm, ou até mesmo inexistente; as temperaturas podem ser muito altas no verão e baixas no inverno; as plantas e animais existentes neste ambiente desenvolveram adaptações para sobreviver a estas condições climáticas extremas. desmoronamento Queda brusca da massa do solo e/ou da rocha vertente abaixo pela ação da gravidade; esse processo é acelerado pela embebição excessiva de água originária de chuvas torrenciais ou águas originárias de degelo ou por deslocamento natural ou artificial da base dos taludes. Ver deslizamento. 133 VOCABULÁRIO DA NATUREZA primeiras e desigualdade (Ecologia) desnitrificação Redução de nitrito ou nitrato para formas gasosas de N pela atividade microbiana ou por redutores químicos, produzindo N ou óxidos de N. desnudação Fase da multiplicação viral em que o envoltório protéico viral é removido pela ação de enzimas celulares existentes nos lisossomos, com liberação do ácido nucléico viral. (Virologia) Ver detergente Substância ou medicamento que deterge, purifica ou clareia. detergir Limpar ou purificar por meio de substâncias ou ingredientes químicos. denudação. determinação Em cultura de tecidos, é o processo pelo qual o potencial do desenvolvimento de células torna-se limitado. (Genética) desordem funcional Doença na qual não são detectados problemas orgânicos. Simplesmente há um funcionamento desordenado; tal desordem pode causar desconforto porém não está associado a doenças graves e leva a riscos de vida. (Medicina) determinação analítica do solo Conjunto de análises laboratoriais para determinar a constituição física, química e mineralógica das amostras de horizontes ou camadas de solo, que são parâmetros auxiliares na caracterização, classificação, avaliação da fertilidade, disponibilidade de umidade, estágio de intemperização, etc. (Pedologia) desoxyribose É um açúcar de cinco carbonos (pentose), integrante da estrutura dos ácidos nucléicos. desparafinação Processo que objetiva a retirada de parafinas. despolimerização Degradação polímeros em moléculas menores. divergência ou as segundas. desvio padrão Parâmetro estatístico que expressa o desvio médio de um conjunto de dados em torno da média; corresponde à raiz quadrada da variância. (Estatística) desnível Diferença de nível entre dois pontos de um alinhamento ou entre dois planos de quotas diferentes. desnudação (Geomorfologia) em entre devitrificação Transformação de vidro em material cristalino através de difusão sólida. de devoniano Período da Era Paleozóica situado após o Período Siluriano, e com duração aproximada entre os 408 Ma e 360 Ma; é subdividido nos andares - do mais antigo para o mais novo Gedinniano, Siegeniano, Ensiano, Eifeliano, Givetiano, Frasniano e Famenniano. Sua denominação provém da região de Devon, na Inglaterra sendo devida a Adam Sedgwick e Roderick I. Murchinson; neste período as esponjas e os corais são abundantes e começa o declínio dos trilobitas e graptólitos; surgem os primeiros anfíbios. desrama Poda que consiste em suprimir os rebentos ou vergôneas, tanto ao longo do tronco quanto das raízes. (Silvicultura) destilação Separação de misturas em várias frações por vaporização, seguida de condensação. destilação a vácuo Destilação que se realiza numa coluna de fracionamento a uma pressão inferior à pressão atmosférica. desvio Diferença entre um registro individual e a média do grupo de contemporâneos para dada característica; estas diferenças somam zero quando a média correta é usada. (Estatística) dextrana Polímero de glicose sintetizado extracelularmente por ação enzimática de certos microorganismos. diacinese Conjunto de acontecimentos que caracterizam o final da prófase I da meiose, onde os cromossomos se encontram completamente condensados e os quiasmas terminalizados. (Genética) desvio de características Processo evolutivo que se manifesta nas espécies alopátricas e simpátricas e que se cifra em convergência ou semelhança entre as 134 VOCABULÁRIO DA NATUREZA diamictito (Geologia) diáclase Ver junta. (Geologia) diacódio Preparado xaroposo feito com extrato de ópio. Ver paraconglomerado. diandro Provido de dois estames. (Botânica) diacronismo Transgressão através de cronohorizontes por um corpo de sedimentos. diapausa Interrupção temporária no desenvolvimento dos ovos ou mesmo das larvas de organismos, normalmente insetos, devido a um período de dormência. (Ecologia) díade Grupo de dois grãos de pólens unidos. (Palinologia) diadoquia Capacidade apresentada por diferentes elementos de ocuparem a mesma posição no retículo de um cristal; é sempre aplicada a uma estrutura particular; deste modo dois elementos podem ser diádocos em uma espécie mineral e não o serem em outra. (Cristalografia) diápiro Estrutura dômica originada por injeção, de baixo para cima, de materiais menos densos e mais plásticos,sotopostos a materiais mais densos e menos plásticos. (Geologia) diapositivo Cópia positiva efetuada em material transparente, do negativo de uma imagem, podendo ser obtida por contato. diagênese Conjunto de fenômenos físicos e químicos que ocorrem durante a litificação, incluindo a compactação, a cimentação, a recristalização e a substituição. diápside Denominação aplicada ao crânio dos répteis em que ocorrem 2 orifícios temporais de cada lado. (Zoologia) diagnóstico ambiental É o conhecimento de todos os componentes ambientais de uma determinada área (país, Estado, região, bacia hidrográfica, município) para a caracterização de sua qualidade ambiental; elaborar um diagnóstico ambiental é interpretar a situação ambiental problemática dessa área, a partir da interação e da dinâmica de seus componentes, quer relacionados aos elementos abióticos e bióticos, quer os fatores sócio-econômico e culturais. diasquisto Rocha magmática diferenciada que ocorre na forma de dique; incluem membros leucocráticos e melanocráticos de uma série magmática. (Geologia) diástole Período de relaxamento do coração. (Medicina) diastrofismo Termo geral que engloba todos os movimentos da crosta devidos a processos tectônicos. (Geologia) diatomáceas Algas dotadas de um envoltório silicoso (frústula) constituído de duas valvas que se ajustam perfeitamente; vivem solitariamente ou em colônias, integrando o plâncton das águas doces, salobras ou salgadas; ocorrem em abundância, especialmente nas águas frias. (Botânica) diagrama de fases Diagrama que mostra as condições em que uma substância existe como sólido, líquido ou vapor. diálise Separação de uma substância, em uma solução verdadeira, da matéria coloidal pela difusão seletiva, através de uma membrana semipermeável. diamagnética Substância que é repelida por um imã, devido ao fato de conter todos os seus elétrons emparelhados em seus orbitais. diatomito Depósito que encerra elevada concentração de diatomáceas fósseis, podendo alcançar algumas centenas de metros de espessura e contendo mais de 90% de frústulas fósseis. diâmetro à altura do peito - DAP Diâmetro de uma árvore, obtido à uma altura de 1,30 m, tendo como início o nível médio do terreno. (Silvicultura) diatrema Chaminé vulcânica circular, que perfura rochas encaixantes de natureza sedimentar ou metassedimentar, devido a energia 135 VOCABULÁRIO DA NATUREZA selecionados e a média da população do qual ele proveio; a resposta esperada de seleção para um caráter é igual ao diferencial de seleção multiplicado pela herdabilidade da característica. (Melhoramento Genético) explosiva de magmas sobrecarregados de gases. diclina Espécie que apresenta dois tipos de flores, masculinas e femininas, isto é, as flores são unissexuais, masculinas ou femininas, cada uma em receptáculos florais distintos. Ver monoclina. (Botânica) difração de ondas Fenômeno de transmissão lateral da energia de uma onda, ao longo de sua crista, manifestando-se quando existe propagação de ondas em um setor restrito, ou quando um trem de ondas é interceptado por um obstáculo, como por exemplo, um quebra-mar. dicogamia Diferentes épocas de maturação entre os órgãos masculino e feminino de uma planta. (Botânica) dicotiledônea Planta fanerogâmica pertencente ao grupo das angiospermas, cujas sementes possuem dois cotilédones. (Botânica) difusão Mecanismo que causa o desvio ou bloqueio do feixe de energia solar, provocado pelas partículas e gases na atmosfera antes de atingir a Terra, para serem utilizados pelo sensoriamento remoto; ocorre durante a interação entre o feixe da energia solar incidente e as partículas ou as grandes moléculas de gás presentes na atmosfera, desviando o feixe de energia de sua trajetória inicial; o nível de difusão depende de vários fatores tais como o comprimento de onda, a densidade das partículas e das moléculas,e da espessura da atmosfera que o feixe de energia deve atravessar. (Meteorologia) dicróica Lâmpada halógena de foco dirigido cuja intensidade de luz é aumentada pelo grande índice de reflexão de sua campânula; iluminação de efeito, normalmente usada para destaque de objetos. diesel Ver óleo diesel. diesel metropolitano Combustível automotivo com menor quantidade de enxofre, para uso no transporte urbano; a menor quantidade de enxofre objetiva reduzir a poluição nas cidades. diferença esperada na progênie – DEP Diferença em desempenho esperado da futura progênie de um reprodutor, comparado com o desempenho esperado da progênie de um reprodutor médio, no mesmo teste; é uma estimativa baseada em teste de progênie e é igual a metade do valor genético obtido a partir dos registros dos filhos testados. (Melhoramento Genético) difusão Processo segundo o qual diferentes substâncias (sólidos, líquidos e gases) se misturam como resultado do movimento aleatório dos seus componentes: átomos, moléculas ou íons. (Química) difusão de nutrientes do solo Movimento de nutrientes no solo, o qual resulta de um gradiente de concentração. (Pedologia) diferença mínima significativa Valor mínimo que deve ter a diferença entre as estimativas de duas médias de tratamentos para que se considere não ser devida ao acaso. (Estatística) digestão Decomposição bioquímica da matéria orgânica em substâncias e compostos mais simples e estáveis. diferenciação Processo através do qual a célula ou tecido adquire suas características individuais e especificidade absoluta. (Genética) digestão Processo de fragmentação dos alimentos a estruturas químicas simples que são capazes de serem absorvidas pelo intestino. (Medicina) diferencial de seleção Diferença entre a média, para uma determinada característica, do grupo de indivíduos digestão anaeróbica Degradação da matéria orgânica em condições anaeróbias pelas bactérias não metânicas , para ácidos graxos de baixo 136 VOCABULÁRIO DA NATUREZA homeopáticos através de diluições e agitações sucessivas e quantidades infinitesimais do princípio ativo, buscando a liberação dos poderes energéticos vitais contidos nas substâncias, respaldado no conceito universal de que toda matéria é energia condensada. (Homeopatia) peso molecular; posteriormente ocorrerá uma decomposição destes produtos pelas bactérias metânicas, produzindo metano, dióxido de carbono e outras substâncias; o resíduo constituirá na fração mais estável da matéria orgânica degradável. digestão biológica Processo pelo qual a matéria orgânica ou volátil do lodo é gaseificada, liqüefeita, mineralizada ou convertida em matéria orgânica mais estável, através da atividade aeróbica ou anaeróbica de microorganismos. (Saneamento) dinamômetro Instrumento utilizado para medir um esforço, resistência ou força. diodo Um dispositivo eletrônico que conduz bem em numa direção e muito pouco ou nada na outra. dióica Espécie diclina que apresenta flores masculinas e femininas em indivíduos diferentes; por exemplo: espécies do gênero Croton (Euphorbiaceae), são freqüentemente dióicas e é necessário coletar os dois sexos no campo para uma identificação perfeita. Ver monóica. digestibilidade aparente Digestibilidade determinada em experimento com animais, calculada como alimento consumido menos excreção, expressa como porcentagem; não considera a excreção endógena nas fezes. (Zootecnia) digestibilidade real Digestibilidade atual ou disponibilidade de alimento, forragem ou nutrientes, representado pelo balanço entre consumo e perda fecal do material ingerido computando as excreções endógenas nas fezes; digestibilidade in vitro sem ajuste para a base in vivo. (Zootecnia) dióis Álcoois que contém dois grupos hidroxilas em suas estruturas. diopsídio Mineral da família dos clinopiroxênios que cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática e com clivagem formando ângulos de 870 e 930; mostra coloração que varia desde o branco ao verde claro; existe uma série completa entre o diopsídio- CaMg (Si2O6) - e a hedenbergita- CaFe(Si2O6). digital Relacionado a dígitos ou a forma como são representados; na computação, o termo digital é virtualmente sinônimo de binário porque os computadores processam informação codificada como combinações de dígitos binários. (Computação). dioxana Líqido incolor, odoroso, usado como solvente, cuja fórmula é: C4H8O2. dioxinas Conjunto de substâncias químicas formadas como subproduto de processos industriais em que ocorrem reações químicas envolvendo o cloro, como é o caso da fabricação de PVC, agrotóxicos, papel ou tecidos alvejados; compoem-se de moléculas formadas por cloro, oxigênio, carbono e hidrogênio, havendo mais de 200 variedades, 17 das quais, consideradas extremamente tóxicas; assimilada com facilidade pelos seres vivos, e uma vez absorvida, dificilmente é eliminada; segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, o índice aceitável de ingestão de dioxina é de 4 picogramas (trilionésima parte do grama) por quilo de peso corporal; a intoxicação por dioxina pode levar, entre dignose foliar Avaliação do estado nutricional de uma planta pela análise química da folha quanto aos teores de macro e micronutrientes. dilatação Condição em que um órgão está aumentado de volume além dos limites da normalidade; é o aumento do diâmetro de uma víscera oca como o intestino, colédoco ou estômago. (Medicina) dímero Molécula constituída pela união de duas moléculas idênticas. dinamização Processo farmacotécnico utilizado no preparo de medicamentos 137 VOCABULÁRIO DA NATUREZA um fio, sendo anotadas as profundidades de desaparecimento quando da descida e o aparecimento quando da subida. outros, a diversos tipos de câncer, como de fígado, rins, pulmão e leucemia. diplóide Célula ou indivíduo que possui os cromossomos homólogos de um genoma em duplicata. (Genética) discordância Superfície que separa estratos ao longo da qual existe evidência de truncamentos erosivos ou exposições subaéreas, implicando em um hiato significativo; em termos de estratigrafia de seqüências, as discordâncias paralelas sem superfície de erosão são chamadas concordâncias; são classificadas em quatro tipos básicos: angular, litológica, erosiva e paralela. (Geologia) diplosporia Formação de semente assexuada em que os sacos embrionários se originam de células generativas. diplóteno Uma das subdivisões da prófase I da meiose; é a fase em que aparecem os quiasmas. (Genética) dique Corpo magmático intrusivo e discordante com as estruturas das rochas encaixantes. (Geologia) discordância angular Discordância caracterizada por duas sucessões de estratos que apresentam mergulhos diferentes. (Geologia) dique clástico Estrutura singenética de deformação, em que sedimentos liqüefeitos ou fluidificados se mobilizam e ficam alojados em fraturas presentes nas rochas adjacentes. (Geologia) discordância erosiva Discordância que separa dois conjuntos de rochas estratificadas paralelas, caracterizandose por uma antiga superfície de erosão de relevo considerável. (Geologia) dique de arenito Corpo tabular constituído por areia, presente no interior de material argiloso que, após compactação, mostra-se com formas sinuosas. (Geologia) discordância litológica Discordância que separa uma seqüência de rochas estratificadas, que repousam de modo discordante sobre rochas não estratificadas, ígneas ou metamórficas. (Geologia) dique marginal Dique natural de pequena altura, formado nas margens dos canais fluviais, e que mostra melhor desenvolvimento nos bancos côncavos dos rios; sua deposição ocorre quando do transbordamento do rio. (Geomorfologia) discordância paralela Discordância caracterizada por uma superfície de estratificação que separa dois conjuntos de rochas estratificadas, paralelas entre si e a esta superfície, mas que apresentam idades bem distintas. (Geologia) direção Orientação em relação ao norte, de uma linha resultante da interseção da superfície ou plano de uma camada com um plano horizontal imaginário. discrasia Composição anormal do sangue ou dos líquidos orgânicos. (Medicina) direitos de propriedade intelectual Proteção de uma invenção através do uso de instrumentos legais, por exemplo, patentes, direitos do autor, direitos do melhorista, direitos do agricultor, marcas e segredos comerciais, proteção de variedades vegetais, etc. Ver patente, copyright. (Direito) disfótica Lâmina d'água compreendida entre os 80 m e 200 m, e que recebe menos luz que a zona eufótica; a penetração da luz é maior no equador e nas regiões tropicais, do que nas regiões polares. disco de Secchi Disco metálico com cerca de 30 cm de diâmetro utilizado para medir o grau de transparência da água, sendo geralmente pintado de branco; é abaixado na água, preso por disjunção Comunidade que se apresenta isolada de sua região fitoecológica natural, ocupando espaços intermediários ente os locais do seu presente core. (Fitoecologia) 138 VOCABULÁRIO DA NATUREZA com bases e sais, principalmente em solução aquosa. (Química) dismutação Processo químico em que um dado elemento, com um número de oxidação se transforma, originando compostos que têm dois ou mais números de oxidação. dissolução intra-estratal Processo de solubilização que ocorre dentro de uma camada sedimentar, após sua deposição. Pode ocorrer logo após o início da sedimentação ou muito tempo depois. (Geologia) dispepsia Condição na qual o paciente tem a sensação de dificuldade na digestão dos alimentos. (Medicina) distal Longe do ponto de origem. dispersão Expressão relacionada ao fato de que os índices refrativos das substâncias não-opacas variam com o comprimento de onda da luz, e que a passagem desta através dos cristais conforma-se, rigorosamente, às exigências da simetria do cristal. (Cristalografia) distância de atenuação Distância percorrida pôr uma onda após deixar sua área de geração. distanciômetro Equipamento eletrônico usado em levantamentos topográficos ou geodésicos para determinação de distâncias. (Topografia) dispersão Processo de separação das partículas individuais dos agregados do solo (areia, silte e argila) na análise granulométrica; é feita por agitação vigorosa de uma alíquota da amostra em solução de NaOH 1M; também pode ser feita a dispersão em água para verificar o teor de argila dispersa em água, uma análise realizada para levantamentos pedológicos visando a classificação do solo. (Pedologia). distensão abdominal Aumento da circunferência abdominal. (Medicina) distribuição agrupada Padrão de distribuição no qual os indivíduos ocorrem em grupos, tal como uma touceira de plantas cespitosas ou como aquelas espécies arbóreas em que as sementes não são dispersas para muito longe da planta mãe. (Estatística) distribuição ao acaso Padrão de distribuição no qual a probabilidade do indivíduo ocorrer em um ponto é a mesma que a probabilidade de ocorrer em qualquer outro ponto. (Estatística) displasia Distúrbio de desenvolvimento; alteração da forma, tamanho e orientação de células epiteliais. (Medicina) disponibilidade de nutrientes Propriedade dos nutrientes que se encontram disponíveis no solo, ou seja, podem ser absorvidos pelas raízes das plantas; refere-se à fração do teor total do nutriente que se encontra na solução do solo ou em condições de passar rapidamente para a solução, dentro do ciclo de vida da planta. distribuição binomial Aquela em que se observam as freqüências de dois acontecimentos mutuamente exclusivos, com probabilidades fixas p e q, sendo p+q=1. (Estatística). distribuição contínua Acontece quando um conjunto de fenótipos de uma determinada característica não forma classes distintas. (Melhoramento Genético). dissacarídeo Substância constituída por duas unidades de monossacarídeos interligadas pôr um átomo de oxigênio. distribuição descontínua-acontece quando um conjunto de fenótipos de uma determinada característica pode ser agrupado em classes distintas. (Estatística) dissecado Paisagem trabalhada pelos agentes erosivos nas encostas e vales ou em áreas que foram soerguidas, separadas por vales; alicado ao termo relevo.. (Geomorfologia) distribuição granulométrica Quantidades das várias frações do solo em uma amostra, expressas em g/kg de solo. (Pedologia) dissociação iônica Fenômeno em que ocorre a separação de íons. Pode ocorrer 139 VOCABULÁRIO DA NATUREZA diversidade secundária Centros onde ocorrem poucas espécies silvestres com a espécie de interesse econômico, social ou cultural, os níveis de variação genética são baixos e ocorre alta freqüência de caracteres recessivos. (Ecologia) distribuição normal É a propriedade de um conjunto de dados de se distribuir simetricamente em torno da média; isto significa que o dado mais freqüente tem o valor da média, ao passo que os demais valores maiores e menores decrescem em freqüência à medida que se afastam da média. (Estatística). diverticulite Inflamação divertículo. (Medicina) distribuição uniforme Padrão de distribuição no qual os indivíduos ocorrem mais regularmente que ao acaso. (Estatística) um divertículo Pequena saculação formada a partir da saída da mucosa do intestino através de sua muscular; é mais comum no intestino grosso mas pode-se encontrar divertículos em todos os segmentos de vísceras ocas. (Medicina) distrito metalogenético Área mineralizada com o desenvolvimento característico de mineralizações de um determinado quimismo, associado a um especial grupo de formações; mostra forma irregular e dimensões que envolvem áreas de milhares a dezenas de milhares de quilômetros quadrados. (Geologia) diverticulose Doença em que existem inúmeros divertículos em um segmento ou em todo intestino grosso; freqüente em pessoas acima de 50 anos. (Medicina). dívida externa Somatória dos débitos de um país, garantidos pelo seu governo, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos com residentes no exterior; os débitos podem ter origem no próprio governo, em empresas estatais e em empresas privadas; neste último caso, isso ocorre com aval do governo para fornecimento das divisas que servirão às amortizações e ao pagamento de juros. (Economia) distrófico Denominação dos solos que apresentam saturação por bases (V%) e saturação por alumínio inferior a 50%. Sinônimo de solo pobre, de baixa fertilidade. (Pedologia) diurético Substância que aumenta o fluxo de produção de urina. (Medicina) divergência Fenômeno que ocorre se em uma unidade de volume de ar sai mais ar do que entra, devido à aceleração local, ocorre perda de massa naquele volume. (Climatologia) dívida interna Somatória dos débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no próprio país; sempre que as despesas superam as receitas, há necessidade de dinheiro para cobrir o déficit; para isso, as autoridades econômicas podem optar por três soluções: emissão de papel moeda, aumento de impostos ou lançamento de títulos. (Economia) diversidade A existência de diferentes formas, em qualquer nível ou categoria; há uma tendência de associar diversidade com o nível macro, como por exemplo diversidade de espécies ou diversidade de flores. diversidade biológica biodiversidade. (Ecologia) de Ver divisor de águas Linha que separa a direção para onde correm as águas pluviais, ou bacias de drenagem; um exemplo de divisor de água é a montanha. diversidade genética Ver variabilidade genética. (Genética) diversidade primária Centros onde além da espécie de interesse econômico, social ou cultural, ocorrem espécies silvestres relacionadas que apresentam características primitivas e alta freqüência de caracteres dominantes. (Ecologia) divisor freático Linha de separação das águas subterrâneas a partir da qual o escoamento se processa em direções opostas. 140 VOCABULÁRIO DA NATUREZA DNA/RNA recombinante São moléculas de material genético manipuladas fora das células vivas, mediante modificação de segmentos de DNA/RNA, natural ou sintético, que possam multiplicar-se em uma célula viva, ou ainda, as moléculas de DNA/RNA resultantes desta multiplicação. (Genética) dobra de arrasto Dobra formada em uma seqüência sedimentar, quando uma camada mais competente desliza sobre uma menos competente ou incompetente; mostra planos axiais inclinados em relação aos planos de acamamento da camada competente. (Geologia) doblete Pedra constituída por duas partes, que se encontram unidas por um cimento; pedra dupla. (Gemologia) dobra deitada (Geologia) Ver dobra invertida. dobra Qualquer segmento de um grupo de superfícies que são curviplanares; são ondulações adquiridas por feições planares, através de deformação inomogênea de massas rochosas. (Geologia) dobra desarmônica Dobra cujas sucessivas superfícies dobradas apresentam formas marcadamente diferentes, sem que desapareça, contudo, a identidade da dobra, através da seção litológica; caso contrário é dita harmônica. (Geologia) dobra angular Dobra que possui flancos retilíneos muito inclinados, de tal maneira que suas zonas axiais formam ângulos agudos. (Geologia) dobra em concertina Dobra angular repetida, simétrica, e cujos flancos mostram igual comprimento; dobra em sanfona. (Geologia) dobra apertada Ver dobra comprimida. (Geologia) dobra em cúspide Dobra cujos flancos mostram-se suavemente curvados como arcos, mas que se fecham na zona axial formando cúspides. (Geologia) dobra comprimida Dobra cuja deformação foi suficientemente intensa, causando o fluxo das camadas mais plásticas, de tal modo que estas se espessam e se adelgaçam, sendo que, via de regra, tal espessamento ocorre nas curvaturas e o adelgaçamento nos flancos; dobra apertada. (Geologia) dobra em leque Dobra em que ambos os flancos estão invertidos. (Geologia) dobra em sanfona concertina. (Geologia) dobra flexural (Geologia) dobra concêntrica Ver dobra isópaca. (Geologia) Ver dobra em Ver dobra isópaca. dobra intrafolial Dobra individual, plana, que se mostra fortemente comprimida, sendo denominada intrafolial sem raiz, quando presente um fechamento isolado único, ou um par de fechamentos opostos, em uma porção rompida de uma camada que flutua como uma inclusão tectônica, em uma rocha de foliação relativamente não dobrada. (Geologia) dobra conjugada Dobra formada quando os monoclinais das kink bands estão dispostos em dois jogos nas superfícies axiais, que se inclinam uma contra a outra. (Geologia) dobra convoluta Dobra do tipo desarmônica, conjugada ou policlinal, mas que possui superfície axial encurvada, suavemente ramificada, verticilada ou espiralada, apresentando charneiras complexas, retorcidas ou convolutas. (Geologia) dobra inversa (Geologia) Ver dobra invertida. dobra invertida Dobra que apresenta a superfície axial mergulhando com um ângulo inferior a 900, e cujos flancos mergulham no mesmo sentido mas com valores angulares distintos; o flanco inverso ou invertido é aquele que girou dobra de achatamento Dobra anisópaca na qual a espessura é maior no ápice do que nos flancos. (Geologia) 141 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mais de 900 para adquirir a atual posição; dobra inversa ou deitada. (Geologia) doenças benignas Doenças não cancerosas e que, portanto, não invadem os tecidos adjacentes nem se espalham para outras partes do corpo. (Medicina) dobra isoclinal Dobra cujos flancos são essencialmente paralelos, isto é, mergulham no mesmo sentido e com ângulos iguais. (Geologia) dogleg Mudança angular abrupta na direção de um determinado elemento estrutural. dobra isópaca Dobra que não apresenta variação na espessura das camadas ou bandas dobradas, nem no ápice e nem nos flancos; quando apresenta variação na espessura é denominada anisópaca; dobra concêntrica, paralela ou flexural. (Geologia) dobra paralela (Geologia) dolarização É a substituição total da moeda de um país pelo dólar americano; quem faz isso pretende acabar com as incertezas da economia nacional e facilitar o investimento de empresas estrangeiras; o governo que decide fazer isso reduz sua capacidade de comandar a economia, pois, além da moeda, as taxas de juros também passam a ser regidas pelas taxas dos Estados Unidos. (Economia) Ver dobra isópaca. dobra ptigmática Dobra que apresenta formato em geral lobular, com flancos atenuados e charneiras que mostram uma configuração sensivelmente concêntrica. (Geologia) doldrums O cinturão equatorial de calmaria ou ventos fracos, variáveis em direção, entre os dois sistemas de ventos alísios. (Meteorologia) dobra recumbente Dobra na qual a superfície axial tende à horizontalidade. (Geologia) dolina Depressão presente em regiões dominadas por rochas calcíferas, e que apresentam forma arredondada ou ovalada, com bordas íngremes e fundo chato; pode conter uma lagoa com argilas de descalcificação ou outros materiais de preenchimento, provenientes da dissolução. dobra supratênue Dobra anisópaca na qual a espessura dos flancos é maior do que no ápice. (Geologia) doença celíaca Uma doença genética em que a superfície do intestino delgado é afetada quando a pessoa se alimenta de trigo, centeio, aveia ou cevada; acredita-se que o agente causal é o glúten, substância presente nestes alimentos; spru não tropical, enteropatia sensível ao glúten. (Medicina) dolomita Mineral da família dos carbonatos, de composição CaMg(CO3)2, e que cristaliza no sistema hexagonal-R, classe romboédrica, diferenciando-se da calcita por não efervescer em HCl diluído. dolomitização Processo natural através do qual o calcário transforma-se em dolomito através da substituição parcial do carbonato de cálcio (CaCO3) original pelo carbonato de magnésio (MgCO3), e parecendo progredir com o tempo, já que nos depósitos mais antigos os carbonatos dolomitizados são mais freqüentes. doença de Wilson Doença genética na qual se verifica aumento de cobre no fígado; pode levar a uma destruição progressiva do fígado e cirrose além de afetar o sistema nervoso central. (Medicina) doença residual mínima É a permanência de células tumorais viáveis após o termino do tratamento em quantidades mínimas; pode ser detectada através de técnicas de Biologia Molécular utilizando-se marcadores tumorais específicos. (Medicina) domesticação Conjunto de atividades que visa a incorporar uma planta ou animal silvestre ao acervo disponível para uso e consumo pelo homem; as atividades incluem uma série de técnicas cognitivas (ex.: modo de reprodução da espécie, sistemas de cruzamento, 142 VOCABULÁRIO DA NATUREZA manejo, etc) que pode culminar com a espécie dependendo inteiramente do ser humano para sua propagação e perdendo a capacidade de sobreviver na natureza; atingido este estádio, uma espécie domesticada tem sua evolução determinada pela seleção natural e seleção artificial, com o homem tornandose um agente seletivo de maior força que os tradicionais agentes (ex: mutação, recombinação) da seleção natural. Ver cultígeno, indigen. baixas equatoriais florestadas da Amazônia (Hilea); domínio das depressões interplanálticas, semiáridas, com drenagens intermitentes sazonarias (caatinga); domínio dos mares de morros originalmente florestados do Brasil Tropical Atlântico; domínio dos planaltos centrais com cerrados e florestas de galeria; domínio dos planaltos de araucárias ao sul do trópico e, domínio das coxilhas com pradarias mistas, que se estende até o Uruguai e Argentina. dominância Interação entre alelos que pode ser completa quando o fenótipo do heterozigoto é o mesmo do homozigoto para o alelo dominante, ou incompleta quando o fenótipo heterozigótico situa-se no intervalo dos fenótipos homozigóticos. (Genética) domínio morfoestrutural Grandes conjuntos estruturais , que geram arranjos regionais de relevo, guardando relação de causa entre si. domo Estrutura positiva que apresenta as camadas rochosas mergulhando de maneira divergente em todas as direções. (Geologia) dominância completa Interação alélica em que o fenótipo do heterozigoto é o mesmo do homozigoto para o alelo dominante. (Genética) domo Forma que apresenta duas faces não paralelas , porém simétricas em relação a um plano de simetria. (Cristalografia) dominância incompleta Interação alélica em que o fenótipo do heterozigoto situa-se no intervalo estabelecido pelos fenótipos homozigotos. (Genética) domo de areia Estrutura dômica da ordem de milímetros que aparece na areia de praia, sendo formada pelo espraiamento das águas aprisionando ar. dominante Habilidade de um alelo em determinar o fenótipo de um indivíduo, independente do alelo que com ele parear-se. (Genética) domo salino Estrutura resultante do movimento ascendente de uma massa salina, constituída essencialmente por halita (NaCl), com forma aproximadamente cilíndrica, diâmetro pequeno em relação à altura que pode alcançar desde várias centenas até milhares de metros; propiciam acumulações importantes de hidrocarbonetos. domínio É uma área caracterizada por espécies endêmicas. (Fiteogeografia) domínio morfoclimático Grande área do espaço geográfico, no interior de uma área continental, onde predominam feições morfológicas e condições ecológicas integradas; possuem áreas extensas e incluem diversas regiões naturais e compartimentos topográficos, conservando, porém, condições geoecológicas extensivas, feições geomórficas aparentadas, associações regionais de solos específicos, coberturas vegetais naturais características e condições hidrológicas regionais diferenciadas, em relação aos domínios morfoclimáticos e biogeográficos adjacentes; no Brasil existem seis domínios morfoclimáticos inter e subtropicais: domínio das terras dormência Refere-se à situação em que uma semente viável não germina mesmo quando submetida a condições favoráveis à sua germinação como temperatura e nível de umidade adequados, aeração e luminosidade satisfatórios, substrato próprio, etc. Ver viabilidade. dose diária aceitável - DDA Representa a quantidade máxima de um produto que, ingerida diariamente durante toda a vida, não ofereceria risco apreciável saúde, à luz dos conhecimentos atuais; é expressa 143 VOCABULÁRIO DA NATUREZA drenagem paralela Padrão de drenagem em que as linhas de drenagem se dispõem aproximadamente paralelas umas às outras. pela dose em miligramas de substância tóxica por quilograma de peso vivo da pessoa que a consome (mg/kg). dose letal 50 - DL50 É uma forma de expressar o grau de toxicidade aguda de um produto. Indica a quantidade de ingrediente ativo de uma substância tóxica (como agrotóxico) necessária para matar 50% de animais testados; expressa-se em miligramas por quilograma (mg/kg) de peso do corpo do animal intoxicado. drenagem radial Padrão de drenagem onde as linhas de drenagem se irradiam de uma área central como os aros de uma rida; a drenagem associada com os vulcões oferece o exemplo mais típico. drenagem retangular Padrão de drenagem caracterizada pela mudança da linha de drenagem, tanto no drenador principal, como nos tributários, em ângulos de cerca de 900. dossel Copa das árvores. (Botânica) draga Tipo de embarcação própria para retirar material do fundo, especialmente no aprofundamento de canais de acesso a portos. drenagem superficial Consiste na eliminação natural do excesso de água de precipitação, na superfície do solo. (Pedologia) drenagem Escoamento ou remoção de água superficial ou subterrânea de uma área; pode ser feita por bombeamento ou gravidade; feição linear negativa, produzida por água superficial, e que modela a topografia de uma região. dreno Conduto ou pequeno canal através do qual a água é removida do solo ou de um aqüífero, por gravidade, objetivando controlar o nível da água. (Hidrologia) drenagem anastomosada Tipo de drenagem que consiste em vários canais distributários que se ramificam e se juntam formando um conjunto de canais interligados e separados por inúmeras ilhas que se apresentam de forma alongada. drift Processo geotectônico de afastamento gradual de massas continentais, correspondente à fase evolutiva de uma bacia oceânica que sucede aos estágios iniciais de rifteamento crustal; deriva continental. (Geologia) drenagem anular Padrão de drenagem em forma de anéis. drill É um caracol que perfura a concha das ostras formadoras dos recifes, comendo a sua parte interna; o seu número aumenta quando a salinidade do recife é moderadamente constante; quando o fluxo de água doce causa grandes variações de salinidade, a população diminui. drenagem artificial promovida pelo homem. Drenagem drenagem excessiva Perda de água do solo, por percolação ou fluxo superficial, muito rápida e em grande escala. A perda é maior que a necessária para evitar o desenvolvimento de uma condição anaeróbica, por um apreciável período. drumlim Depósito de till ,que mostra uma geometria alongada segundo o fluxo do gelo. dúctil Deformação em que há escoamento plástico e cujos elementos estruturais são distorcidos basicamente em função do encurtamento segundo o eixo Z, estiramento segundo X e encurtamento e estiramento segundo Y drenagem impedida Uma condição qualquer que impeça o movimento de água por gravidade, através do solo. (Pedologia) drenagem natural Condição natural de determinada área para a eliminação de suas águas superficiais. ducto cístico Ducto que comunica a vesícula biliar ao colédoco. (Medicina) 144 VOCABULÁRIO DA NATUREZA admitidos valores máximos relativamente altos, típicos de águas duras ou muito duras; no Brasil, o valor máximo permissível de dureza total fixado pelo padrão de potabilidade, ora em vigor, é de 500 mg CaCO3/l; águas duras caracterizam-se por exigirem consideráveis quantidades de sabão para produzir espuma. ductos biliares Sistema de canalículos que levam a bile do fígado para a vesícula biliar e para o intestino. (Medicina) dumping A venda de um produto por preço inferior ao cobrado no mercado, visando a eliminação da concorrência duna Corpo de areia acumulada pelo vento, que se eleva formando um cume único; pode ocorrer isoladamente ou em associação, e ser formada independentemente da presença de qualquer acidente topográfico, sendo que, de fato alcança seu mais perfeito desenvolvimento quando o terreno é plano e monótono. dureza Resistência à penetração que um material apresenta; existem diferentes escalas, para diferentes ensaios de dureza (Rockwell, Brinell, Vickers); uma escala de dureza relativa é conhecida como Escala de Mohs, sendo: 1- talco, 2- gipsita, 3- calcita, 4-fluorita, 5apatita, 6-ortoclásio,7-quartzo, 8-topázio, 9-córindon e 10-diamante. (Mineralogia) duna ativa Duna que se apresenta quase sempre desprovida de vegetação, e que se desloca incessantemente pela ação do vento. dureza permanente É aquela que não é removível com a fervura da água. Ver dureza. duna de deflação Denominação aplicada as acumulações de areia derivadas de bacias de deflação, principalmente quando as acumulações apresentam grandes dimensões e erguem-se acima da cota da área-fonte. dureza temporária É a resultante da combinação de íons de cálcio e magnésio que podem se combinar com bicarbonatos e carbonatos presentes. durimperme (Pedologia) duna equidimensional Duna que apresenta pelo menos três faces de deslizamento e três cristas radiais. Ver duripã ou duripan. durinódulos Nódulos que se apresentam fracamente cimentados ou consolidados, sendo que o cimento SiO2, pode ser presumivelmente opala ou outras formas microcristalinas de sílica. duna marginal Primeiro cordão contínuo de dunas, adjacente e paralelo à praia, e situado ao longo da linha limite das mais altas marés. duripan É um horizonte mineral subsuperficial, com 10 cm ou mais de espessura, que apresenta grau variável de cimentação por sílica, podendo ainda conter óxido de ferro e carbonato de cálcio; como resultado disto, os duripãs variam de aparência, porém todos apresentam consistência, quando úmidos, muito firme ou extremamente firme e são sempre quebradiços, mesmo após prolongado umedecimento; durimperme; duripã. (Pedologia) duodeno Primeira porção do intestino delgado. (Medicina) dupla refração Propriedade que apresentam os minerais, com exceção daqueles que pertencem ao sistema isométrico, de, ao serem atravessados por um raio de luz, desdobrarem-no em dois, cada um se deslocando através do mineral com uma velocidade característica e tendo seu índice de refração próprio. durâmen Ver cerne. (Botânica) durófago Denominação aplicada a animal predador de conchas. dureza É um parâmetro característico da qualidade de águas de abastecimento industrial e doméstico sendo que do ponto de vista da potabilização são dutilidade Propriedade do material de sofrer deformação permanente sem romper; é o quanto o material se deforma até a ruptura; ductilidade. (Física) 145 VOCABULÁRIO DA NATUREZA sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais; visão moderna do desenvolvimento consorciado com o manejo dos ecossistemas, procurando utilizar os conhecimentos já existentes na região, no âmbito cultural, biológico, ambiental, social e político, evitando-se assim a agressão ao meio ambiente. Ver desenvolvimento sustentado. duto Tubo que conduz líquidos (canos), fios (conduítes) ou ar, no caso dos sistemas de condicionamento de ar. (Engenharia Civil) E ecoespécie Subdivisão de uma cenoespécie que é capaz de livre intercâmbio de genes entre os seus membros, sem prejuízo da fertilidade; pode ser mais ou menos capaz de armazenamentos férteis com membros de outras subdivisões da cenoespécie. e Colocado após o símbolo do horizonte B e parte inferior do A espesso, indica horizontes mais escuros que os contíguos, podendo ou não ter teores mais elevados de matéria orgânica, não associada com sesquióxidos. (Pedologia) ecofisiologia Estudo das adaptações fisiológicas de organismos a seu ambiente; determina como um organismo reage ao impacto ambiental. ou as interrelações funcionais que se estabelecem entre os componentes de um organismo ao enfrentarem as restrições impostas pelas flutuações ambientais. Ver autoecologia. E Ver horizonte E, horizontes do solo. (Pedologia) ébano Árvore da família das Ebenáceas, Diospyros tesselaria, que apresentam madeira muito escura, pesada e resistente. ecologia Ciência que estuda todas as relações entre os organismos atuais e os ambientes envolventes, a distribuição dos organismos nestes ambientes , bem como a natureza das suas interações. ebonite Substância dura e de coloração negra, obtida pela vulcanização da borracha com elevados teores de enxofre. ecologia etológica Ver: etologia. eclíptica Trajetória que o Sol descreve no céu durante o ano; é representada nos mapas celestes por uma linha ponteada. (Astronomia) ecomigrante Termo que designa as legiões de pessoas que, devido à degradação ou outros problemas ambientais, são levadas a migrar de suas regiões de origem para outras regiões ou países; é o que fez milhões de habitantes da Somália se tornarem involuntariamente nômades, ao fugirem para a Etiópia, e da Etiópia para o Sudão, e de lá para Burma, e então para Bangladesh, na Índia. Eco 92 Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, vinte anos após a conferência de Estocolmo; foram 178 países reunidos, incluindo cerca de 100 chefes de Estado; Cúpula da Terra. ecodesenvolvimento É um processo criativo de transformação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas em função das potencialidades deste meio, impedindo o desperdício inconsiderado dos recursos, e cuidado para que estes sejam empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da ecossistema Conjunto de componentes abióticos (elementos sem vida animada) e biótico (seres vivos) que num determinado meio, trocam matéria e energia; é pois o conjunto de uma comunidade (biocenose) mais o meio que a cerca (biótipo); é a unidade funcional básica da ecologia; são exemplos de 146 VOCABULÁRIO DA NATUREZA edema Acúmulo de líquido entre as células de uma determinada região ou órgão, causando aumento da região afetada; o acúmulo de líquido em todo o corpo é chamado de anasarca. (Medicina) ecossistemas os rios, os mares, os desertos, os lagos, as florestas, as planícies etc. (Ecologia) ecótipo Conjunto de indivíduos de uma comunidade que apresentam o mesmo padrão genotípico. (Ecologia) EDTA ácido etilenodiaminotetracético Usado na determinação de cálcio e magnésio por titulação quelatométrica; ácido etilenodinitrilotetracético. (Pedologia) ecótono Zona de transição entre duas comunidades; suas dimensões são variáveis e nele vivem espécies provenientes das comunidades vizinhas além de espécies peculiares à própria região; mistura florística entre tipos de vegetação (contato entre tipos de vegetação) ou região de transição entre dois tipos fisionômicos distintos onde ocorre maior diversidade florística devido a existência de tipos de vegetação pertencentes a um e outro. educação ambiental É um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tomam aptos a agir - individual e coletivamente - e resolver problemas ambientais presentes e futuros; suas características fundamentais são: o enfoque orientado à solução de problemas concretos da comunidade; o enfoque interdisciplinar dos problemas do meio ambiente; do meio ambiente; a participação da comunidade; e o caráter permanente, orientado para o futuro. ecoturismo É o segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas; toda atividade realizada em área natural com o objetivo de observação e conhecimento da flora, fauna e aspectos cênicos, com ou sem o sentido de aventura; prática de esportes e realização de pesquisas científicas. (Economia) efeito aditivo Efeito de um alelo sobre o fenótipo, numa estimativa média sobre a variedade de combinações genéticas nas quais ele ocorre; efeito independente de outros alelos com os quais ele está combinado. (Genética) ectomicirrizas São associações simbióticas mutualistas, formadas predominantemente por basidiomicetos, e ocorrem nas espécies arbóreas, em especial naquelas de clima temperado, como as coníferas, sendo portanto, de ocorrência restrita nos trópicos; os fungos criam uma cobertura que circunda a parte externa da raiz. efeito chaminé Fenômeno que consiste na movimentação vertical de uma massa gasosa localizada ou do fluxo de gases devido à diferença de temperatura ou pressão com relação ao meio circundante. efeito cumulativo Fenômeno que ocorre com inseticidas e compostos radioativos que se concentram nos organismos terminais da cadeia alimentar, como o homem. edáfico Pertencente ou relativo ao solo; resultante ou influenciado por fatores inerentes ao solo ou outro substrato, mais que por fatores climáticos. efeito de ambiente permanente Ocorre somente durante um período da vida do animal, mas que afeta seu desempenho pelo restante de sua vida produtiva. (Melhoramento Genético) edafologia Ciência que trata da influência dos solos em seres vivos, particularmente plantas, incluindo o uso da terra pelo homem, com a finalidade de proporcionar desenvolvimento de plantas. efeito de ambiente temporário Devido a fatores eventuais, associados ao meio 147 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ambiente e que afetam temporariamente os desempenhos dos animais. (Melhoramento Genético) da mãe à progênie, ou condições nutricionais. (Melhoramento Genético) efeito rebote É uma reação secundária do organismo a um estímulo primário de uma droga qualquer, no sentido de manter a homeostase orgânica, ou seja, drogas utilizadas classicamente para determinado tratamento promovem, inicialmente, uma melhora como efeito primário, e despertam, como ação secundária, uma exacerbação dos sintomas iniciais, após a suspensão da medicação ou tratamento irregular; reação paradoxal. efeito de Coriolis Fenômeno devido à rotação da Terra que produz uma aceleração nas massas de ar, variável em função do local em que se encontram (equador ,trópicos, polos ,etc.); a força gerada desloca os ventos à direita no hemisfério norte, e à esquerda no hemisfério sul. efeito do fundador Alterações na freqüência gênica em uma nova população fundada por uma amostra muito pequena da população existente; assim, o grupo fundador não carrega a freqüência gênica da população original. (Melhoramento Genético) efeito Tyndall Fenômeno que consiste na difração dos raios luminosos que atravessam uma solução coloidal, em face das partículas de um colóide apresentarem diâmetro médio superior ao comprimento de onda dos raios; este efeito torna visível um feixe de raios luminosos, quando o observador encontra-se perpendicularmente ao trajeto dos raios. efeito doppler Mudança aparente na freqüência da energia radiante quando a distância entre o emissor e o receptor está sendo modificada. (Sensoriamento Remoto) efeito estufa Fenômeno atmosférico natural, em que alguns gases que compõem a atmosfera funcionam como o vidro de uma estufa, que deixa passar a luz solar para o interior, mas aprisionam o calor gerado dentro da estufa; o responsável por esse fenômeno: gases presentes na atmosfera, como o vapor de água, que é o principal gás estufa, cuja quantidade contida no ar varia muito, no tempo e no espaço; o segundo em importância é o gás carbônico (CO2). Além desses existem metano (CH4), ozônio (O3) e óxido nitroso (N2O). Os compostos de clorofluorcarbono (CFC’s), fabricados pelo homem, também são capazes de aprisionar calor; em condições normais, devido a esse efeito, a temperatura média do ar próximo à superfície é de 15º C; em sua ausência essa temperatura seria de 18º C abaixo de zero; portanto, quando as quantidades dos gases estufa estão equilibradas, este é um efeito que traz benefício aos seres vivos. Ver aquecimento global. efêmera Planta que completa seu ciclo de vida desde a germinação da semente até a produção de novas sementes , em um prazo muito curto de tempo, com algumas gerações por ano; em vista disto tem sistema radicular pouco desenvolvido e se abastece de água superficial. (Fitogeografia) efemérides Publicação que apresenta as coordenadas equatoriais celestes dos astros para determinadas épocas correspondentes a intervalos de tempo regularmente espaçados. (Astronomia) eflorescências Marcas decorrentes da infiltração (Engenharia Civil) de bolor de água. eflorescências São ocorrências de sais cristalinos sob a forma de revestimentos, crosta e bolsas, após período seco, nas superfícies dos elementos estruturais, nas fendas e nas superfícies, podendo ter aspecto pulverulento; são constituídas principalmente por cloreto de sódio, sulfatos de cálcio, magnésio e sódio e, mais raramente, por carbonato de cálcio. (Pedologia) efeito materno Efeito não-gênico nuclear da mãe sobre o fenótipo do filho em função de fatores como herança citoplasmática, transmissão de doenças 148 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ejetólito cognato Fragmento derivado de rochas vulcânicas co-magmáticas originado de erupções anteriores, provenientes do mesmo vulcão; ejetólito acessório. (Geologia) efluente Qualquer tipo de água ou líqüido, que flui de um sistema de coleta, ou de transporte, como tubulações, canais, reservatórios, e elevatórias, ou de um sistema de tratamento ou disposição final, com estações de tratamento e corpos de água. ejetólito juvenil Fragmento oriundo diretamente da erupção magmática, e consistindo de partícula densa ou inflada da fusão resfriada, ou de cristal presente no magma antes da erupção. (Geologia) efluente estável Despejo tratado que contém oxigênio suficiente para satisfazer sua demanda de oxigênio. el niño Fenômeno natural e cíclico que reaparece em intervalos irregulares de 3 a 5 anos e que consiste no aquecimento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial no setor centro-oriental; resultado de uma interação entre o oceano e a atmosfera, o fenômeno provoca modificação no fluxo de calor o que acarreta fortes alterações nas condições do tempo em várias partes do mundo. (Meteorologia) efluente industrial São os esgotos provenientes de indústrias. egretas Penas ornamentais que aparecem no período reprodutivo e que são substituídas posteriormente por penas de cobertura normais. (Zoologia) eixo de simetria Linha imaginária ao redor da qual um cristal pode ser rotacionado de modo que suas faces, linhas ou ângulos idênticos, possam ser vistos pelo menos duas vezes durante uma rotação completa. (Cristalografia) elasticidade Tensão máxima que ainda provoca deformação elástica. (Física) eixos cristalográficos Linhas imaginárias que passam pelo centro de um cristal ideal como eixos de referência, sendo tomados paralelamente às arestas de interseção das faces principais do cristal; todos os cristais, com exceção dos pertencentes ao sistema hexagonal, são referidos aos três eixos cristalográficos. (Cristalografia) elastômero Polímero com elevada elasticidade. (Química) elemento ambiental Aplica-se a uma unidade relativamente simples do meio ambiente. (Ecologia) eletricidade É uma energia derivada que pode ser produzida a partir da maioria das formas energéticas; o mais importante processo da sua produção consiste em recorrer a um gerador ou alternador que converte a energia mecânica fornecida por um processo térmico ou por uma turbina hidráulica; na maior parte das suas aplicações, deve ser produzida no momento do seu consumo, pois, o seu armazenamento só é possível indiretamente e em aplicações muito restritas; fenômeno físico associado a descargas elétricas estáticas ou em movimento, fundamentado no princípio da carga convencionalmente negativa do elétron; o princípio físico em função do qual uma das partículas atômicas, o elétron, apresenta uma carga que, por convenção, se considera de sinal negativo constitui o fundamento dessa forma de energia, que tem uma eixos fiduciais Linhas que unem as marcas de fé opostas em uma fotografia aérea; o eixo X é ,em grau, considerado, aproximadamente paralelo à linha de vôo. (Aerofotogrametria) eixos geométricos Sistema triortogonal de eixos referenciais arbitrários, utilizados na direção de estruturas, principalmente no caso de dobras, e correntemente referidos através das letras abc ou ABC. (Geologia) ejetólito acessório cognato. (Geologia) Ver ejetólito ejetólito acidental Fragmento derivado do embasamento subvulcânico e, deste modo, podendo apresentar qualquer composição. (Geologia) 149 VOCABULÁRIO DA NATUREZA vida elevação Ponto elevado da altura dos astros acima do horizonte. (Astronomia) eletroforese Fenômeno que consiste na migração das partículas coloidais quando submetidas a ação de um campo elétrico; os colóides podem possuir cargas elétricas, por estarem eles mesmos carregados ou pelo fato de adsorverem eletrólitos. elipsóide de deformação Configuração geométrica do estado deformado de uma figura originalmente esférica, pertencente a um corpo submetido a um campo de tensões. (Física) infinidade de aplicações moderna. (Energia) na elongação Porcentagem de extensão (elongação positiva) ou contração (elongação negativa) sofrida por um corpo, sendo obtida pela fórmula e=L-L0, sendo L0 o comprimento inicial e L o comprimento final. (Física) eletroforese de isoenzimas Técnica empregada para separar formas múltiplas de uma enzima mediante um campo elétrico induzido dentro de um gel. elutriação Contínuo ultrapassar de umas partículas por sobre as outras durante seu transporte. elétron Partícula constituinte dos átomos e moléculas, que possui a menor quantidade de carga elétrica livre que se conhece, com massa igual a 1/1837 vezes a massa do próton, spin 1/2, e carga igual a 1,60 x 10-19 C; símbolo: e, é; encontrada nas camadas que cercam os núcleos dos átomos; sua interação com os elétrons vizinhos, cria os laços químicos que unem os átomos como moléculas. eluvião Material detrítico resultante da desintegração da rocha matriz, e que permanece in situ; pode o material ser deslocado ou mesmo arrastado por águas encosta abaixo, por uma certa distância, porém não pode ser transportado por uma corrente. embaciamento Prática agrícola que consiste na abertura de sulcos entre cada linha de plantio de culturas perenes, ajudando a diminuir a velocidade das águas que escorrem pelo terreno; esta técnica difere do terraceamento pela quantidade de sulcos. (Agronomia) elétron de valência Partícula eletrônica que normalmente se encontra na camada mais externa de um átomo e influi na determinação das suas propriedades ópticas, químicas e condutoras. elétron óptico Ver elétron de valência. embaiamento Reação descontínua que ocorre entre minerais formados precocemente e o líquido magmático, conduzindo à sua dissolução ou absorção; tais efeitos incluem o arredondamento das arestas e a formação de entradas que penetram nos cristais. eletrônica É a parte da física aplicada que estuda os fenômenos relacionados com os elétrons, ou cargas elétricas elementares, seu comportamento e suas propriedades em estado livre; de um ponto de vista mais próximo da engenharia, tende-se a considerar a eletrônica como a parte da física que trata dos circuitos elétricos e de instrumentos constituídos por válvulas termoiônicas, dispositivos semicondutores (transistores, termistores, circuitos integrados), tubos de raios catódicos e outros componentes, entre os quais os baseados no efeito fotoelétrico (células fotoelétricas, válvulas fotomultiplicadoras, etc). embargo Ato do governo que consiste na proibição de importação/exportação de um produto específico, ou na proibição de comercializar com determinado país. (Direito) embolia Obliteração de um vaso sanguíneo por um êmbolo, isto é, por um coágulo sanguíneo que é transportado pela circulação. (Medicina) eletroosmose Fenômeno eletrocinético no qual um líquido é movido em relação a uma superfície carregada estacionária , por efeito de um campo elétrico. embrião Óvulo fertilizado nas fases mais iniciais de desenvolvimento pré-natal, normalmente anteriores ao 150 VOCABULÁRIO DA NATUREZA desenvolvimento das partes do corpo; planta rudimentar no interior da semente, formada a partir da fertilização. encher Aumento da pressão no centro de um ciclone ao longo do tempo. (Meteorologia) embriogênese Processo de formação e desenvolvimento do embrião, a partir de células não- embrionárias. enclave Corpo litológico que apresenta formas e dimensões variadas, englobado por uma rocha magmática, da qual difere pelo aspecto composicional e/ou textural. (Geologia) embrionia adventícia Formação de semente assexuada na qual o embrião se forma diretamente de uma célula somática, geralmente do nucelo e eventualmente dos integumentos do óvulo. encrave Área de tensão ecológica constituída por vegetação de transição; áreas disjuntas que se contatam. encrinito Rocha carbonatada de origem bioclástica, constituída essencialmente de fragmentos de crinóides emergente Árvore mais alta que as demais, e cuja copa se estende acima do dossel da floresta. (Fitogeografia) encruamento Achatamento dos grãos do material quando trabalhado a frio. (Metalurgia) emersão Denominação utilizada para indicar que uma área anteriormente submersa passou a condições subaéreas, devido ou a descida do nível do mar ou levantamento do continente. encruamento Fenômeno produzido em função de uma excessiva secagem artificial da superfície da madeira, levando ao seu endurecimento, impedindo deste modo que haja a secagem do interior da madeira. (Dendrologia) emetina Alcalóide extraído da ipecacuanha, utilizado como medicamento, cuja fórmula é: C29H40O4N2; provoca vômitos. encurtamento de radar Fenômeno que ocorre quando as pendentes estão voltadas para a antena (reflexão frontal aguda); devido aos seus posicionamentos terão um único retorno, mostrando-se brilhantes (tons brancos no Radar de Visada Lateral), e apresentendo-se sob a forma de linhas ou traços grossos. (Sensoriamento Remoto) emigração Ver migrações externas. (Sócio-Economia) emissário Coletor que recebe o esgoto de uma rede coletora e o encaminha para um ponto final de despejo ou de tratamento. (Saneamento) emissário submarino Sistema utilizado por algumas cidades litorâneas para canalizar os esgotos e os lançar em alto mar por meio de uma tubulação submersa. (Saneamento) endameba Animal protozoário, sarcodíneo, rizópode, amebino, do gênero Endamoeba, que são parasitas obrigatórios, com formas vegetativas ou trofozoitos; a espécie Endamoeba histolytica é agente etiológico da desinteria amebiana no homem; entameba. empolamento Aumento do volume ocupado pelo material, à medida que se fragmenta ou se desagrega, em relação a um estado anterior de maior adensamento. emulsão Mistura líquida heterogênea constituída de duas ou mais fases, normalmente não miscíveis entre si, mas que são mantidas em suspensão uma na outra, graças a uma forte agitação ou devido a emulsionantes que modificam a tensão superficial. endemia Doença que ocorre constantemente em determinado lugar, acometendo um número variável de pessoas. endêmica Característica de uma espécie viva cuja distribuição está limitada a uma zona geográfica definida, seja um determinado ecossistema, 151 VOCABULÁRIO DA NATUREZA endosperma Tecido nutritivo originado da dupla fecundação que ocorre nas Angiospermas; pode não estar presente na semente ou estar reduzido a uma fina película; estas reservas são utilizadas pelo embrião durante o processo de germinação. bioma, ou região do planeta; muitas vezes, é o isolamento de um habitat que permite o processo de especiação, isto é, a surgimento de espécies novas só naquele local; pode ainda ser vista como uma relação de dois fatores: o grau de isolamento - quanto maior o isolamento maior a endemia; relacionado com grau de mobilidade do animal - quanto maior a mobilidade menor a endemia. endotermia Capacidade apresentada por um indivíduo em manter a temperatura de seu corpo aproximadamente constante, independentemente da variação da temperatura externa, através da geração metabólica de calor. endemismo Isolamento de uma ou várias espécies em um espaço terrestre, após uma evolução genética diferente daquelas que tiveram lugar em outras regiões. energia Capacidade dos corpos e sistemas para realizarem trabalho; substrato básico de todos os processos de transformação, propagação e interação que ocorrem no universo. endoderma Camada celular localizada entre o córtex e o cilindro central e cujas células apresentam espessamentos suberizados nas paredes radiais, muito comum em raízes novas. (Botânica) energia atômica termonuclear. endoenzima Enzima formada intracelularmente e não excretada no meio de cultura. Ver energia energia bruta A quantidade de calor que é liberada quando uma substância é completamente oxidada numa bomba calorimétrica contendo 25 a 30 atmosferas de oxigênio. endófita Organismo que vive pelo menos uma parte do seu ciclo de vida dentro de uma planta hospedeira como um parasita ou simbionte. energia eólica Energia dos ventos que é captada para gerar energia elétrica; os cata-ventos modernos têm bases giratórias e pás leves feitas de fibra de vidro, que adaptam-se rapidamente à direção e velocidade dos ventos, sendo capazes de girar com ventos de até 10 m/seg. endogamia Corresponde à perda de vigor quando são cruzados indivíduos relacionados por ascendência; o máximo de endogamia ocorre com a autofecundação. Ver coeficiente de endogamia. (Genética) endoparasito Parasito que vive no interior dos tecidos ou encontra-se presente na corrente sanguínea de seus hospedeiros. energia geotérmica É o calor interno da Terra que aflora através de vulcões e geiseres. Em áreas onde há vulcões, bombeia-se água da superfície para as profundidades do subsolo em que existam câmaras magmáticas que apresentam temperatura muito alta, e por isto, a água transforma-se em vapor, que retorna à superfície por pressão através de tubulações, acionando turbinas em usinas geotérmicas, produzindo energia elétrica. Ver grau geotérmico. endorréico Que drena para bacias interiores. (Hidrlogia) endoscopia Procedimento no qual é utilizado o endoscópio. (Medicina) endoscópio Fino tubo fexível que pode varriar desde pouco mais de 1 a 2,20 m de comprimento que tem uma pequena luz e uma câmera de vídeo em sua extremidade. Pode ser utilizado para examinar o esôfago, estômago e duodeno. (Medicina) energia hidráulica Energia potencial e cinética das águas. 152 VOCABULÁRIO DA NATUREZA energia limpa Energia que não produz resíduos poluentes, por exemplo: a energia solar. transformação de U238 em U235 é altamente dispendiosa: de cada 100 kg de U238 retiram-se apenas 700 gramas de U235. Ver fissão nuclear. energia maremotriz Aquela produzida pelas marés, que são movimentos verticais das águas oceânicas, resultantes da atração gravitacional exercida pelo Sol e Lua sobre o nosso planeta; em litorais onde a diferença entre a preamar e a baixamar for acentuada, há possibilidades concretas de utilização para gerar a energia das marés. Isto acontece no estuário do rio Rance, no litoral da Bretanha (França), onde se construiu uma represa, que enche com a preamar movimentando as turbinas no sentido de direção da água do mar para o continente; quando é baixamar, vai se esvaziando a represa, acionando as turbinas no sentido contrário. energia útil produzida Energia elétrica à saída da central. engenharia agronomia. agronômica Ver engenharia civil Ramo da engenharia que trata da elaboração de projetos, orçamentos, planejamento e execução de obras de construção civil, como edifícios, túneis, pontes, viadutos e estradas. engenharia de produção Parte da engenharia que se dedica ao estudo, à avaliação e à definição da melhor maneira de utilizar os recursos humanos e materiais no processo de produção. engenharia florestal Ramo da engenharia que se ocupa do estudo e exploração dos recursos florestais. energia solar fotovoltaica Aquela que produz eletricidade diretamente dos elétrons liberados pela interação da luz do sol com certos semicondutores, tal como o silício localizado em um painel; o elemento principal desta tecnologia é a célula solar, que são conectadas para produzir um painel fotovoltaico, sendo que muitos painéis conectados formam um array ou módulo fotovoltaico; esta energia é confiável e silenciosa, pois não existe movimento mecânico; o movimento dos elétrons forma eletricidade de corrente direta; é muito usada para aquecimento de água residencial e os maiores produtores deste tipo de energia são os Estados Unidos e o Japão. engenharia genética Campo da ciência onde novas formas de vida são criadas pelos seres humanos; a base é a recombinação de genes, isto é, unidades hereditárias dos seres concentradas nos núcleos das células; técnicas in vitro permitem a introdução de novos genes num genótipo, por meio de DNA recombinante, em que um organismo (geralmente uma bactéria) é freqüentemente usado como vetor para transferir a informação genética do doador para uma célula receptora; com aplicação em áreas como a agropecuária e a medicina. Ver bioética. enquadramento dos corpos de água Procedimento previsto na Lei de Recursos Hídricos (Lei Federal 9433/97) para assegurar a qualidade da água e reduzir o custo de combate à poluição, através de ações preventivas; é a qualificação do corpo d'água, segundo seus usos preponderantes e a classificação (classes de corpos de água) estabelecida pela legislação ambiental. energia termonuclear Energia liberada pela fissão nuclear, feita em um reator nuclear que libera energia de forma lenta, gradual e controlada, em quantidade enorme (1 kg de U235 libera tanta energia quanto 10.000 kg de carvão mineral ou 700 kg de óleo combustível); esta energia faz a água da caldeira entrar em ebulição, transformando-a em vapor que aciona as turbinas; a fonte mais usada para gerar esta energia é a do urânio, mineral radioativo, que é raro e apenas pode ser usado o U235; a tecnologia de enrocamento Acúmulo de fragmentos de rocha, utilizado como volume principal de uma barragem ou como proteção do parâmetro de montante (rip-rap), como 153 VOCABULÁRIO DA NATUREZA bem drenados; sua madeira é empregada na construção civil leve, para a confecção de remos e para lenha e carvão por ser relativamente suscetível ao apodrecimento; por ter uma bela copa e bela folhagem, é indicada para o uso paisagístico e para reflorestamentos; envira preta. proteção do aterro na encosta de uma ponte para evitar a erosão fluvial, em molhe e outras construções. (Engenharia Civil) ensaio Determinação da quantidade de metal contido em um minério. (Mineração) enseada Parte côncava de um litoral, que se apresenta com a forma de uma meia-lua , delineando uma baía muito aberta. (Geomorfologia) enxame aberto Conjunto de estrelas jovens, que ainda não esgotaram o hidrogênio que têm no núcleo, e que se encontram normalmente em pequeno número (cerca de 10 mil) localizadas no disco da galáxia. (Astronomia) entameba Ver endameba. (Biologia) enterite Inflamação do intestino delgado. (Medicina) enxame globular Grande conjunto de estrelas velhas a caminho da morte (cerca de 1 milhão), localizadas no halo galáctico. (Astronomia) enterococos Bactérias do grupo de cocos, incluídas entre os estreptococos fecais, cujo ambiente natural é o intestino do homem ou dos animais de sangue quente ou que apresentam temperatura constante. enxertia Forma de propagação vegetativa de plantas superiores no qual se colocam em contato duas porções de tecido vegetal, de tal maneira que se unam e, posteriormente, se desenvolvam, originando uma nova planta. (Agronomia) entomofilia Polinização realizada por insetos atraídos pelas inflorescências entomófilas que são geralmente vistosas, e elaboram néctar, desprendendo odores. entomologia insetos. Estudo relativo enxó Instrumento constituído por um cabo curvo de madeira, e uma chapa de aço, utilizado para desbastar madeira. aos enzima Proteína de elevado peso molecular que acelera e torna possível a maioria das reações químicas, desenvolvidas nos seres vivos; no intestino as enzimas são utilizadas para transformar os alimentos em substâncias elementares para que estas possam ser absorvidas. entropia Quantidade relativa da energia perdida de modo natural e inevitável em um sistema físico-químico, conforme a segunda lei da termodinâmica; enquanto esta energia perdida vai aumentando, o sistema vai se aproximando cada vez mais de seu estado de equilíbrio; deste modo, a entropia pode ser considerada como uma medida de degeneração termodinâmica. enzima adaptativa Enzima sintetizada por um microorganismo em resposta à presença de determinado substrato, ou de uma substância de estrutura molecular semelhante. envelope Tipo de envoltório que passa a fazer parte da estrutura do vírus depois que a partícula viral emerge da célula infectada, por gemulação. (Virologia) enzima constitutiva Enzima cuja síntese não depende da presença de substrato específico. envira-preta Ver envira-surucucu. envira-surucucu Árvore comum no Estado do Amazonas (Bocageopsis multiflora), mas encontrada em toda a mata pluvial de terra firme da região amazônica, em geral no interior de capoeiras e capoeirões de terrenos arenosos elevados, de boa fertilidade e enzima reprimível Enzima cuja taxa de produção é inversamente proporcional à concentração intracelular de certos metabólitos. enzima-imuno-ensaio Metodologia laboratorial para verificar e quantificar a 154 VOCABULÁRIO DA NATUREZA epinerítico Porção do ambiente marinho que se estende desde o nível da baixamar até a profundidade de cerca de 40 m. reação entre antígeno e anticorpo através de coloração revelada por enzimas. epicentro Ponto da superfície terrestre que se encontra situado exatamente sobre o foco, ou seja, o local de origem do terremoto no interior da crosta. epiplâncton Organismo que vive sobre os constituintes permanentes ou acidentais do plâncton. epiclástico Fragmento produzido pelo intemperismo e erosão de rochas vulcânicas, podendo ser ou não originado de um vulcanismo penecontemporâneo. epistasia Interação não alélica em que a expressão de um gene é inibida por outro. (Genética) epitélio Camada de células parenquimatosas secretoras que circunda um canal ou cavidade intercelular. epidemia Doença que rapidamente surge num lugar acometendo um grande número de pessoas ao mesmo tempo; surto de agravação de uma endemia. Ver endemia. epíteto A parte de um nome taxionômico identificando uma unidade subordinada dentro de um gênero. epídoto Grupo de minerais constituído por diversos silicatos complexos de alumínio e cálcio - clinozoisita, epídoto, allanita, idocrásio e prehnita- que cristalizam nos sistemas monoclínico e ortorrômbico, e apresentam fórmula geral X2Y3O(SiO4)(Si2O7)(OH). epixenólito Xenólito que encerra fragmentos oriundos da rocha encaixante situada no mesmo nível onde ocorreu a cristalização magmática. (Geologia) epóxi Resina que forma um adesivo forte, resistente e brilhante utilizado como acabamento. epifauna Denominação aplicada aos animais bentônicos adaptados a viverem nas superfícies do substrato rochoso ou de sedimentos arenosos ou argilosos presentes nos fundos lacustre ou marinho. epsomita Mineral que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe biesfenoidal, com composição MgSO47H2O; incolor a branca, apresenta sabor muito amargo, sendo facilmente solúvel na água; comumente apresentase em massas botrioidais e crostas delicadamente finas. epífita Autótrofo não parasita que vive apoiado em outra planta, sem ter ligação com o solo; pertence geralmente as famílias das bromeliacea, araceae e orchidacea, dentre outras. épura Conjunto das projeções de uma figura sobre dois planos perpendiculares. epífita vascular Planta com um sistema condutor especializado que inclui xilema e floema. (Botânica) equação de regressão Equação (real ou aproximada) que liga uma ou mais variáveis quantitativas àquela que se quer estimar. (Estatística) epilimnio Camada superficial turbulenta da água de um lago, situada acima da termoclina, e sem estratificação termal permanente .Ver termoclina. equação do solo “Solo: f (clima, organismos, material de origem, relevo e tempo)”, elaborada pelo pedólogo americano Hans Jenny, em 1941, baseado na descoberta de Dokoutchaiev, em 1898, afirmando que os solos são resultantes da ação combinada dos cinco fatores; a equação estabelece que o solo é uma função desses fatores, os quais podem ser matematicamente considerados como variáveis epinastia Crescimento demasiado da superfície superior de um orgão ou parte da planta (especialmente da folha) causando seu arqueamento para baixo. (Botânica) epinécton Organismo que se fixa em elementos do nécton ou é parasita dos mesmos. 155 VOCABULÁRIO DA NATUREZA separadas - e providos de um sistema hidrovascular que emite pequenas projeções (pés) para o exterior e que se comunica com o meio externo através de poros, ao menos nos estágios jovens; muitos apresentam o corpo coberto por espinhos, motivo de sua designação; as formas mais antigas remontam ao Período Cambriano. independentes, ou seja, é possível verificar separadamente a ação no solo da variação de cada um dos fatores, desde que se mantenham todos os demais constantes. (Pedologia) equação universal de perda do solo EUPS É um modelo de erosão utilizado para calcular um valor médio da perda do solo, correspondente a um longo período de tempo; é uma equação formulada empiricamente a partir de aproximadamente 10.000 medições realizadas nas mais variadas condições de solos e chuvas; utiliza o princípio da sobreposição dos efeitos e fornece o peso de material seco erodido por unidade de superfície de solo; USLE=universal soil loss equation. equipamento de controle de poluição ECP Equipamentos destinados a controlar as emissões atmosféricas resultantes das operações industriais. equivalente-grama Massa da substância que reage com 8 g de oxigênio; as massas das substâncias são convertidas em número de equivalentes podendo, dessa forma, serem somadas, por exemplo, para o cálculo da carga do solo. equador Círculo máximo da esfera terrestre, perpendicular ao eixo da Terra; divide a Terra em dois hemisférios: Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. eras geológicas Compartimentações ou unidades cronológicas da história terrestre baseadas nos estágios de desenvolvimento da vida no globo terrestre; tal desenvolvimento, por sua vez, é verificado através dos fósseis; no estudo da geologia, por motivos de convenção científica, as eras são subdivididas em períodos; estes, por sua vez, subdividem-se em épocas; quatro grandes unidades cronológicas compõe um estrutura de divisão da história da Terra: as eras Cenozóica, Mesozóica, Paleozóica e Proterozóica (ou PréCambriana); tais unidades não apresentam intervalos de tempo de mesma duração, pois não são baseados em mera divisão uniforme do tempo, mas sim baseados na diferenciação entre estágios de desenvolvimento geológico e biológico na Terra; a escala geológica pode ser representada através de uma tabela cujas compartimentações são ordenadas de cima a baixo, referindo-se nesta ordem a eras mais recentes e a eras mais antigas, respectivamente.: equador magnético Linha da superfície terrestre que une todos os pontos que apresentam mergulho magnético igual a zero. equilíbrio de Hardy-Weinberg Uma população encontra-se em equilíbrio quando suas freqüências gênicas e genotípicas não se alteram ao longo das sucessivas gerações. (Genética). equilíbrio genético Situação na qual gerações sucessivas de uma população contêm os mesmos genótipos nas mesmas proporções, com respeito a genes específicos ou combinações gênicas. equinócios Representam os dois pontos de interseção do plano da órbita da Terra (em torno do Sol) com o Equador; o Sol fica perpendicular a este paralelo principal, iluminando igualmente os dois hemisférios N e S, apenas nos dias 23/9 e 21/3 (primavera e outono no hemisfério sul). erg/s Igual a 1e-10 0,0000001w. (Astronomia) equinodermos Animais triploblásticos, de simetria radial , geralmente pentarradial , exclusivamente marinhos, dotados de um esdoesqueleto de natureza calcária - formado de placas soldadas ou articuladas ou de peças kilowatts = ergosterol Substância - C28H44O encontrada em certos fungos e fermentos, que mediante irradiação, 156 VOCABULÁRIO DA NATUREZA sob a forma de uma efusão calma, até uma explosão violenta liberando material piroclástico. originam diversos compostos, dentre os quais a vitamina D2. eritrócito Célula sangüínea desprovida de núcleo, existente em animais vertebrados. Tem a função de transportar o oxigênio e gás carbônico. Hemoglobina, glóbulo vermelho. erupção estromboliana Erupção na qual ocorrem discretas explosões no interior da coluna de magma quando este se encontra próximo à superfície, e separadas por um intervalo de tempo que pode ser de poucos segundos até muitas horas, lançando bombas, lapilli escoriáceo e cinzas. erosão de ravinamento Ver erosão em sulcos. erosão do solo Fenômeno resultante do ciclo de alteração, desagregação, transporte e sedimentação dos constituintes do solo; resulta principalmente da ação de dois tipos de meteoros: água e vento. erupção havaiana Erupção em que a lava apresenta alta fluidez, baixo conteúdo de gases, natureza basáltica, e com pequeno volume de rejeito piroclástico. erosão em sulcos Tipo de erosão que ocorre nas linhas de maior concentração das águas de escoamento superficial, resultando em pequenas incisões no terreno, as quais com a evolução do processo podem se transformar em voçorocas; erosão de ravinamento. erupção pliniana Erupção em que são formadas camadas amplamente dispersas de pedra pome e cinzas, derivadas das altas colunas resultantes de uma forte erupção na qual está presente um volume apreciável de gases, e com uma duração que pode variar desde algumas horas até 4 dias. erosão genética Perda de variabilidade genética de uma espécie; a perda pode atingir populações ou um genótipo particular, com a supressão de genes e/ou séries alélicas do reservatório gênico da espécie. erva Planta pequena, delicada, ereta, em regra clorofilada e anual, podendo apresentar um curtíssimo eixo herbáceo, bastante ramificado, e alcançando de 2025 mm; por vezes, tendo crescimento limitado, com disposição rosulada ou de pequena moita, as ervas são esparramadas radialmente sobre o solo, com suas ramificações ao redor de seu eixo curto; planta não lenhosa, geralmente de pequeno porte, e cuja porção aérea vive menos de um ano e cuja parte subterrânea pode ser perene. erosão laminar Tipo de erosão que promove uma remoção mais ou menos uniforme do solo de uma região, sem que ocorra o aparecimento de sulcos na superfície. (Pedologia) erro Ver desvio; às vezes considera-se como sinônimo de resíduo. (Estatística) erro do tipo I - erro alfa Consiste em rejeitar a hipótese de nulidade quando ela é verdadeira. (Estatística) escala Relação existente entre as dimensões dos elementos que estão presentes em um mapa e as correspondentes dimensões na natureza. (Cartografia) erro do tipo II - erro beta Consiste em aceitar a hipótese de nulidade quando ela é falsa. (Estatística) escala de Beaufort Escala utilizada para avaliar a velocidade dos ventos, sem auxílio de instrumentos e que varia de 0 (velocidade inferior a 1 km/h) a 12 (velocidade superior a 118 km/h); foi criada originalmente em função do efeito dos ventos sobre as velas dos navios. (Meteorologia) erro padrão da média Quando se refere a uma média m de N parcelas; é o desvio padrão dividido por (N)1/2. (Estatística) erupção Atividade vulcânica na qual são ejetados materiais que podem ser sólidos, líquidos e gasosos, tanto diretamente na superfície da Terra, quanto na atmosfera; pode se processar 157 VOCABULÁRIO DA NATUREZA posições alternadas; para as formas com 12 faces existem 3 pares acima e 3 pares abaixo, em posições alternadas; em cristais perfeitamente desenvolvidos, cada face é um triângulo escaleno. (Cristalografia). escala de Forel Escala de cores amarelas, verdes e azuis, utilizada para registrar a cor do mar, conforme observado contra o fundo branco do disco de Secchi. escala de Ringelmann Escala gráfica utilizada para promover a avaliação colorimétrica da densidade de fumaça, sendo constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidades entre o branco e o preto; os padrões são apresentados através de quadros retangulares, com redes de linha de espessura e espaçamento definidos, sobre um fundo branco; são definidos como: Padrão 0, inteiramente branco; Padrão 1, reticulado com linhas pretas de 1 mm de espessura, deixando como intervalos, quadrados brancos com 9mm de lado; Padrão 2, reticulado com linhas pretas de 2,3 mm de espessura, deixando como intervalos, quadrados brancos com 7,7 mm de lado; Padrão 3, reticulado com linhas pretas de 3,7 mm de espessura, deixando como intervalos, quadrados brancos com 6,3 mm de lado; Padrão 4, reticulado com linha pretas de 5,5 mm de espessura, deixando como intervalos, quadrados brancos com 4,5 mm de lado; e Padrão 5, inteiramente preto. escandente Trepadeira que apresenta gavinhas, garras ou unhas, com as quais se apoia para promover seu crescimento ascendente à procura de espaço superior para obtenção da luz solar. escarbonetação Redução do teor de carbono em toda a extensão ou parte do material; utiliza-se para produtos que necessitem de baixa permeabilidade magnética; pode ser superficial ou total. (Metalurgia) escarificação Ato de revolver superficialmente o solo, com a finalidade de evitar a formação de crostas duras. Ver subsolagem. (Agronomia) escarificação Processo de abrasar a casca da semente de certas espécies para permitir melhor absorção de água e gases auxiliando na germinação das sementes. escarpa de falha Relevo abrupto originado diretamente pelo movimento ao longo da falha, isto é, por um desnivelamento tectônico, mesmo que a erosão tenha desbastado a topografia original, fazendo-a recuar. (Geomorfologia) escala gráfica Corresponde a um segmento de reta dividido em espaços iguais, correspondentes em certa medida do terreno, ela é mais fácil de ser usada, porque permite efetuar medidas diretas sobre o mapa e tem a vantagem de se reduzir ou se ampliar junto com ele. escarpa de falha composta Escarpa na qual o relevo originou-se de um lado pela ação da erosão diferencial e do outro pela movimentação real da falha. escala numérica Aquela representada por uma fração em que E=d/D; onde d= dimensão gráfica e D=dimensão real; as escalas têm sempre o número um como numerador, ou seja: 1:25.000; onde 25.000 é um coeficiente sem dimensões. (Cartografia) escarpa de linha de falha Escarpa cujo relevo é devido a atuação de erosão diferencial segundo a linha de falha; existem diversas categorias, em função do estágio da evolução erosional . esclerênquima Tecido resistente constituído de células com parede celular altamente lignificada; fornece suporte e proteção aos tecidos frágeis da planta. (Botânica) escalenoédro Conjunto de formas fechadas com 8 faces (sistema tetragonal) ou 12 faces (sistema hexagonal); as faces estão agrupadas em pares simétricos, sendo que para as formas de 8 faces existem 2 pares de faces acima e dois pares baixo, em esclerócios São corpúsculos duros e parenquimatosos, formados pelo conjunto de hifas e que permanecem em 158 VOCABULÁRIO DA NATUREZA escudo Área que apresenta uma exposição de rochas do embasamento cristalino em regiões cratônicas, geralmente com superfície convexa. estado de dormência, até o aparecimento de condições adequadas para sua germinação; são encontrados em espécies de fungos das divisões Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota; esclerotos. (Micologia) escuma Dispersão na qual o ar ou outro gás forma a fase dispersa e um líquido a fase contínua, sendo que este termo é empregado quando a concentração da fase dispersa é suficiente para que o sistema consista de bolhas de gás separadas por finas partículas de liquído. esclerofilia Ocorrência de folhas duras, coriáceas, em virtude do grande desenvolvimento do esclerênquima, fenômeno que ocorre mais acentuadamente em regiões de clima seco e quente. (Botânica) escuros (Petróleo) esclerotos Ver esclerócios. (Micologia) Ver derivados escuros. esfalerita Ver blenda. escória Produto líquido ou pastoso produzido no decorrer de operações pirometalúrgicas, geralmente contendo sílica, que se torna sólido à temperatura ambiente. (Metalurgia) esfeno Ver titanita. esfenóide Forma que apresenta duas faces não paralelas, porém simétricas em relação a um eixo de simetria binário ou quaternário. (Cristalografia). escória vulcânica Denominação utilizada para os fragmentos de lava esponjosa ejetados através da cratera, durante as explosões vulcânicas, resfriadas rapidamente quando entram em contato com o ar; é oriunda de magmas muito fluidos, dos quais os gases escapam facilmente. esfera armilar Conjunto de círculos que representam o movimento dos planetas; a esfera armilar figura na bandeira portuguesa. esferólito Agregado radiado constituído por minerais circulares e fibrosos, presentes nas rochas silicosas e intrusivas de pequena profundidade, particularmente nas ricas em vidro. Quando alongado ou unido ao longo de um eixo central, denomina-se axiólito. escoriação Quebra na continuidade da pele. (Medicina) escorregamento Movimento rápido com duração relativamente envolvendo massas de terreno geralmente bem definidas quanto ao seu volume, e cujo centro de gravidade se desloca para baixo e para fora do talude. esfigmomanometria É a medida indireta da pressão arterial, realizada por meio de um esfigmomanômetro, usando o método palpatório ou método auscultatório. escorregamento rotacional Escorregamento que apresenta a superfície de ruptura de forma curva, podendo ser de talude, quando a superfície de ruptura se desenvolve totalmente acima do sopé do talude, e de base, quando a superfície de ruptura passa abaixo do sopé do talude, sendo que nestas situações a parte inferior do talude é soerguida. esfigmomanômetro Consiste num sistema para compressão arterial composto por uma bolsa inflável de borracha de formato laminar, a qual é envolvida por uma capa de tecido inelástico (manguito) e conectada por um tubo de borracha a um manômetro e por outro tubo, a uma pêra, que tem a finalidade de insuflar a bolsa pneumática; também conhecido como aparelho de pressão; usado para medida indireta da pressão arterial escorregamento translacional Escorregamento que apresenta a superfície de ruptura plana; pode ser classificado como: de rocha, de solo, de rocha e de solo, e remontante. esgoto tratado Esgoto submetido a um tratamento parcial ou completo, com a 159 VOCABULÁRIO DA NATUREZA espécie colonizadora invasora. finalidade de promover a remoção das substâncias indesejáveis e a mineralização da matéria orgânica. espécie cultivada domesticada. esker Depósito estratificado, alongado, sinuoso, muitas vezes anastomosado , produzido pela ação das águas do degelo, que preenche canais e ravinas formadas pelas geleiras ou pelas correntes de degelo. esôfago Órgão tubular que comunica a boca ao estômago; sua função principal é de transporte não tendo participação ativa no processo de digestão. (Medicina) espécie espécie endêmica Espécie animal ou vegetal que ocorre somente em uma determinada área ou região geográfica. espaço agrário Área ocupada pelos estabelecimentos rurais de uma unidade administrativa . espécie exótica Espécie presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária. (Biologia) espaço agrícola Ver espaço agrário. espata Bráctea ampla que envolve uma haste floral ou inflorescência. Pode ser monófila (uma bráctea) ou dífila (duas brácteas). (Botânica) espécie introduzida Espécie que não faz parte da fauna ou flora original da área em questão, isto é, trazida pela atividade humana de uma outra região geográfica; exótica. especiação Denominação utilizada para indicar a formação de uma espécie nova; as duas modalidades mais aceitas são: a especiação por isolamento geográfico, dita alopátrica e aquela devida à evolução gradual, ou filética. (Biologia) espécie invasora Aquela que repetidamente é encontrada em áreas fora de sua ocorrência prévia, onde penetra rápida e intensamente; aquela encontrada em alguma comunidade na qual seja considerada estranha; qualquer espécie vegetal espontaneamente presente em uma área de cultivo, geralmente capaz de rápida instalação e reprodução; espécie apocrática, espécie colonizadora. especiação simpátrica Tipo de especiação defendida por alguns biólogos, e que se processaria sem interferência de um isolamento geográfico. espécie Grupo de organismos que se assemelham entre si mais do que aos organismos de um outro grupo qualquer, e que distinguem dos integrantes de qualquer outro ao menos por uma característica bem definida; conjunto de indivíduos semelhantes e capazes de se intercruzar (reproduzir), em condições naturais, produzindo descendentes férteis. (Biologia) Ver Ver espécie domesticada Espécie silvestre manipulada pelo homem que influencia e direciona seu processo evolutivo para atender às necessidades de sobrevivência da humanidade; as espécies domesticadas são cultivadas para uma variedade de propósitos, daí os grupos de plantas medicinais, ornamentais etc; destaca-se o grupo utilizado em agricultura sob os nomes de cultura, cultivo agrícola, produto ou commodities (geralmente cereais ou grãos com cotação em bolsas de mercadorias). esmeril Denominação aplicada ao córindon granular e de coloração negra, intimamente misturado com magnetita, espinélio, granada e hematita, sendo utilizado como abrasivo. espécie apocrática invasora. - Ver espécie espécie morfológica Especialmente aplicada a plantas, que nivela a espécie ao nível do táxon; assim, no conceito morfológico da espécie, o componente citogenético é subordinado à morfologia externa; diferentemente da espécie biológica, as categorias taxonômicas dentro da espécie taxonômica são baseadas principalmente em caracteres de variação contínua (ex.: variedade etc) e em caracteres de variação descontínua espécie 160 VOCABULÁRIO DA NATUREZA (ex.: espécie propriamente dita). Ver deme; espécie, taxon. espécie taxonômica morfológica. especie nativa Espécie vegetal ou animal que, suposta ou comprovadamente, é originária da área geográfica em que atualmente ocorre. espécies crípticas São tipos sem nenhuma outra diversificação de caracteres e que somente possuem um certo mecanismo protetor de isolamento reprodutivo; como exemplo podem ser citados autotetraplóides que estão separados dos diplóides pela esterilidade dos triplóides; possuem isolamento reprodutivo sem diversificação fenotípica. (Genética) espécie oportunista Aquela que apresenta estratégia adaptativa caracterizada por grande flexibilidade, sem especialização acentuada para nenhuma situação ambiental permanente ou particular, porém, capaz de aproveitar eficientemente qualquer recurso; aquela capaz de colonizar rapidamente espaços desabitados, ambientes efêmeros ou sujeitos a perturbações, sem conseguir ocupá-los indefinidamente; possui alta taxa de crescimento populacional, duração de vida curta, alto potencial de dispersão e baixa capacidade competitiva. Ver espécie espécies em perigo São espécies cujos números foram reduzidos a níveis críticos ou cujos habitats se reduziram drasticamente e que se encontram em perigo iminente de extinção; critério utilizado pela União Internacional para Conservação na Natureza - IUCN. espécies extintas São aquelas espécies não encontradas na natureza nos últimos 50 anos; critério utilizado pela União Internacional para Conservação na Natureza - IUCN. espécie pioneira Espécies cuja estratégia de estabelecimento e desenvolvimento estão associados a extremos períodos de exposição a luz, sendo intolerantes à sombra, possuem crescimento muito rápido e vida curta, sua reprodução é precoce, podendo ser subanual; generalistas quanto à polinizadores, e regeneram a partir do banco de sementes do solo; espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desprovidas de plantas, em razão da atuação do homem ou de agentes naturais. Ver. espécie colonizadora. (Botânica) espécies indeterminadas São espécies que podem ser enquadradas nas categorias em perigo, vulnerável ou rara, mas as informações existentes não permitem determinar a categoria mais apropriada; critério utilizado pela União Internacional para Conservação na Natureza - IUCN. espécies insuficientemente conhecidas São aquelas espécies de que se suspeita pertencer a uma derterminada categoria, embora não se possa definir com segurança por insuficiência de informações. espécie secundária Espécies cuja estratégia de estabelecimento e desenvolvimento são dependentes da luz, possuem crescimento rápido, madeira leve, se reproduzem entre os 5 e os 20 anos e possuem uma alta dependência de agentes polinizadores específicos. (Botânica) espécies raras São espécies localizadas em áreas geográficas ou habitats restritos, ou distribuídas em áreas maiores mas com populações pouco numerosas; critério utilizado pela União Internacional para Conservação na Natureza - IUCN. espécie silvestre Espécie ocorrente em estado selvagem na natureza e que não passou pelo processo de domesticação; uma espécie silvestre pode apresentar grande distribuição geográfica e ocorrer em vários países simultaneamente. espécies vulneráveis São espécies em que as populações estão decrescendo pelo excesso de exploração e destruição extensiva de habitats, ou por outro distúrbio ambiental; critério utilizado pela 161 VOCABULÁRIO DA NATUREZA espessamento Operação de separação sólido/líquido, baseada no fenômeno de sedimentação, usualmente empregada para: recuperação de água de polpas; preparação de rejeito para descarte; preparação de polpas para operações subsequentes; separação de constituintes dissolvidos de resíduos lixiviados; essa operação envolve fenômenos de transporte e físicoquímicos de interfaces. União Internacional para Conservação na Natureza - IUCN. espécime Uma parte de um todo, ou um indivíduo de uma classe ou grupo, usado como uma amostra ou exemplo do todo, classe ou grupo. espectro Gráfico da intensidade da luz a diferentes frequências. (Astronomia) espectro eletromagnético Domínio dos comprimentos de onda ou de frequências de ondas eletromagnéticas, que vão das ondas radioelétricas, as mais longas, até os raios cósmicos, os mais curtos. espícula Objeto acicular ou ramificado, comumente silicoso ou de natureza calcária, contido no tecido de certos invertebrados, como esponjas, radiolários, etc. (Zoologia) espectro visível Luz que os olhos podem discernir, sem a utilização de equipamentos especiais; representa apenas uma pequena porção do espectro eletromagnético e cujo comprimento se estende de aproximadamente 0,4 mm até aproximadamente 0,7 mm. espículas Projeções na superfície do envelope membranoso do vírion. Ver envelope. (Virologia) espiculito Camada de rocha com arcabouço composto por espículas silicosas de esponjas e cimentada por sílica micro a criptocristalina; de acordo com o número de eixos de crescimento, as espículas de esponjas podem ser classificadas como: monoaxônicas (um eixo), triaxônicas (três eixos), tetraxônicas (quatro eixos) e poliaxônicas (mais de quatro eixos divergentes). espectrofotometria Método analítico que visa determinar a quantidade dos elementos ou substâncias através da emissão ou absorção de fótons luminosos pelos átomos ou moléculas excitados pelo calor de uma chama. espectrômetro de massa Instrumento sofisticado que permite a análise de isótopos, utilizando a ação combinada de campos elétrico e magnético em vácuo; utilizado em análises geocronológicas; atualmente, é acoplado a fontes de íons, lazer e microscópio eletrônico. espiga Tipo de inflorescência com formato alongado, estrutura reprodutiva, geralmente apical, que reúne várias pequenas flores e, mais tarde, várias sementes. espectroscopia Interpretação de espectros, que serve para análise química, exame de níveis de energia atômicos e moleculares, e para determinar a composição e movimento de corpos celestes. espigão Denominação geralmente dada aos altos ou dorsos das terras, constituindo penhascos de arestas vivas ao longo das mesmas; é necessário destacar que, algumas vezes, os espigões não são formados de arestas vivas e sim de uma superfície plana, como observados no Planalto Central, nos chapadões de Goiás, Mato Grosso, etc. espelho de falha Superfície estriada, lisa e polida, resultante do atrito entre os blocos rochosos ao longo do plano de falha. (Geologia) espigão Estrutura destinada a proteção costeira, baixa ou estreita, e construída de diversos tipos de materiais, como blocos de rochas, concreto, etc, e disposta de uma maneira geral, perpendicularmente à linha de praia; espessador Aparelho de espessamento ou clarificação, em que sólidos (fase espessada) se separam do líquido (fase clarificada) através de sedimentação por gravidade e de maneira contínua. 162 VOCABULÁRIO DA NATUREZA esporão complexo Esporão de grandes dimensões que apresenta esporões secundários em suas extremidades. objetiva reter os materiais de deriva litorânea ou a retardar a erosão praial. espigão impermeável Espigão que não permite a passagem da areia de deriva litorânea. esporo Célula assexuada dos criptógamos, e destinada à multiplicação da mesma fase que a produziu, sem a intervenção de outra célula. espigão permeável Espigão que apresenta aberturas suficientemente grandes para permitir a passagem de uma considerável quantidade de areia de deriva litorânea. esporoangiosporos São os propágulos assexuados internos que se originam de esporângios globosos, por um processo de clivagem de seu citoplasma; esporos. Ver propágulos. (Micologia) espinélio Grupo que engloba minerais isoestruturados, com cristais isométricos, hexaoctaédricos, de hábito octaédrico; a fórmula AB2O4, comporta na posição A, magnésio, ferro ferroso, zinco e manganês, e na posição B, alumínio, ferro férrico e cromo; compreendem o espinélio, a hercinita, a gahnita, a galaxita, a magnésio-ferrita, a magnetita, a franklinita, a jacobsita, a magnésiocromita,e a cromita. esporoderma Parede de um esporo ou grão de pólen, compreendendo intina, exina e perina ou trifina. (Palinologia). esporopolenina Substância resistente à deterioração e à acetólise e que impregna o esporoderma de grãos de pólen e esporos adultos e maduros. (Palinologia). esporos sexuados Aquele que se originam da fusão de estruturas diferenciadas com caráter de sexualidade; o núcleo haplóide de uma célula doadora funde-se com o núcleo haplóide de uma célula receptora, formando um zigoto; posteriormente, por divisão meiótica, originam-se quatro ou oito núcleos haplóides, alguns dos quais se recombinarão, geneticamente. (Micologia). espinho córneo Camada queratinizada (ou corneificada) do epitélio da língua, em forma de projeção pontiaguda, presente em muitas espécies de picapaus (Picidade); a função de tais espinhos é de auxiliar na retirada do alimento, como larvas de insetos alojadas no interior de cavidades. (Zoologia) Espodossolos Solos conhecidos anteriormente como Podzois; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) esporozoários Animais do sub-ramo dos plasmodromos, classe Sporozoa, desprovidos de organelas locomotoras e vacúolos contráteis; são as eimerias, os plasmódios e outras formas, todos parasitas. (Zoologia) esporângio Estrutura na qual se formam os esporos. esporão Feição deposicional em geral arenosa, podendo conter cascalho, sendo formada por uma série de cristas praiais conectadas ao continente ou a uma ilha através de uma de suas extremidades; a extremidade livre que se projeta para dentro do corpo aquoso é denominada porção distal ou terminal. espuma Agente extintor constituído por um conjunto de bolhas numa atmosfera gasosa, normalmente ar, aprisionadas por uma película fina de solução espumífera. esqueleto ou estrutura básica Compreende os minerais primários e os fragmentos orgânicos duros, de tamanho superior ao coloidal. (Micromorfologia do Solo) esporão barreira Esporão que se desenvolve de um modo geral paralelamente à linha de costa, separando um corpo de água relativamente estreito e raso do contato direto com o mar aberto. esquistossomose Infecção por trematódeo do gênero Schistosoma, observada em regiões tropicais e que se 163 VOCABULÁRIO DA NATUREZA caracteriza por distúrbios intestinais e hepáticos; esquistossomíase, bilharziose. produção, e para consolidar práticas de manejo. (Zootecnia) esquitossomo Verme platelminto, da classe dos Trematódeos, família dos Esquistossomídeos, cujas principais espécies são: Schistosoma monsoni, S. japonicum e S. haemotobium, causadores da esquistossomose; no seu ciclo evolutivo o embrião hospéda-se em moluscos gastrópodes do gênero Australorbis; o Schistosoma monsoni parasita o intestino e a veia porta do homem, e causa infestação endêmica. estação de tratamento Conjunto de instalações e equipamentos destinados a realizar o tratamento da água bruta – ETA, ou o tratamento do esgoto sanitário - ETE. estação de tratamento convencional de esgoto Denominação utilizada para uma estação em que o efluente sanitário passa por equipamentos e instalações como grade, caixa de areia, decantador primário, lodos ativados e/ou filtros biológicos, decantador secundário e secagem da lama proveniente dos decantadores. (Saneamento) esquizomicetos Classe dos esquizófitos que compreende células muito grandes, aclorofiladas e cuja membrana é péctica, ao invés de celulósica; podem ser aeróbias ou anaeróbias e movimentamse por meio de flagelos; englobam duas séries: eubactérias e tiobactérias. estação ecológica Unidade de conservação, abrangendo áreas representativas de ecossistemas destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas no campo da ecologia, produção do ambiente natural e desenvolvimento da educação conservacionista; nas áreas circundadas às estações ecológicas, num raio de 10 km, qualquer atividade que possa afetar a biota ficará subordinada às normas editadas pelo CONAMA. estabilidade genética Manutenção de um determinado índice de equilíbrio genético, seja ao nível do indivíduo ou da população. (Genética) estação agrícola Estação controlada por um observador em tempo parcial, efetuando pelo menos duas observações instrumentais diárias dos principais elementos do tempo; a evaporação, as temperaturas das gramíneas e do solo próximo a estação, e a radiação solar são parâmetros usualmente medidos devido sua importância para a agricultura. Ver estação meteorológica. (Meteorologia) estação ecológica de Anavilhanas Fica a 50 km de Manaus, é o maior arquipélago fluvial do mundo; é formada por 280 ilhas de tamanhos variados e muitas ficam completamente submersas durante as cheias do rio Negro; a área de 350 mil ha, considerada um santuário que abriga uma enorme diversidade de espécies vegetais e animais; algumas estão ameaçadas como a onça-pintada (Panthera onca), a suçuarana (Felis concolor) e o peixe-boi (Trichechus inunguis); também são encontradas mais de 500 espécies de peixes como o piracuru e o tucunaré; há também algumas espécies de tartarugas e uma infinidade de aves, como garças, araras, papagaios e bacuraus; a vegetação predominante é constiuída pelas florestas úmidas de várzeas, mas existem ainda, as florestas de terra firme e as campinas naturais, conhecidas como campinaranas. estação chuvosa Termo utilizado nas baixas latitudes para designar a estação das grandes chuvas, que é precedida e seguida de estação seca. (Meteorologia) estação climatológica Estação controlada por observador em tempo parcial, efetuando apenas uma ou duas observações instrumentais diárias da temperatura, umidade, precipitação e vento. Ver estação meteorológica. (Meteorologia) estação de parição Estação do ano em que os animais nascem. Limitar a estação de nascimento é o primeiro passo para aplicação de testes de desempenho envolvendo o rebanho inteiro, obtenção de registros precisos de 164 VOCABULÁRIO DA NATUREZA estação meteorológica Local onde são efetuadas as medições dos elementos meteorológicos; existem quatro tipos de estações, que podem ser reconhecidas em função do número de elementos medidos, da frequência das medições e da condição do observador meteorológico: estações sinóticas, agrícolas, climatológicas e pluviométricas. (Meteorologia) devido à queda de gotas de água é denominada estalagmite. (Espeleologia) estação pluviométrica Estação ou posto controlado por observador em tempo parcial ,que efetua leitura diária apenas da precipitação; atualmente existem postos pluviométricos automatizados que dispensam a presença do observador, enviando as leituras através de telemetria. Ver estação meteorológica. estatística Método de observação, descrição, mensuração e interpretação de fenômenos coletivos. Por extensão, conjunto organizado dos dados obtidos por esse método. estação sinótica Estação controlada por observador profissional em tempo integral e que mantêm uma observação meteorológica contínua, efetuando medições instrumentais horárias dos elementos do tempo; essas observações propiciam as informações para a compilação das cartas sinóticas ou mapas meteorológicos usados na previsão do tempo .Ver estação meteorológica. (Meteorologia) estenobiôntico Denominação utilizada para indicar organismos que suportam apenas pequenas variações nas condições ambientais, tais como profundidade, temperatura, salinidade, etc. estame Órgão masculino da flor, formado pelo filete que sustenta a antera, na qual, por sua vez, se formam os grãos de pólen. (Botânica) estaminódio Estame estéril ou abortivo, quase sempre reduzido ao filete. (Botânica). estenobatial Denominação aplicada para organismos marinhos que toleram apenas pequenas variações de profundidade. estenose Estreitamento patológico de uma estrutura tubular do corpo ou trato digestivo. (Medicina) ester Compostos orgânicos que apresentam o átomo de hidrogênio presente na carboxila, substituído por um radical alcoíla ou arila. estacional Planta ou comunidade vegetal cujo comportamento fenológico (principalmente no tocante à queda de folhas e brotação) está vinculado a mudanças nas condições climáticas. (Botânica) estereograma Par de fotografias ou fotogramas que possibilita visualização em três dimensões, através de princípios de estereoscópia. (Fotointerpretação) estádio glacial Intervalo de tempo compreendido entre dois estádios interglaciais, caracterizado por apresentar temperaturas mais baixas e um avanço das geleiras. esterificação Reação química que permite obter um ester a partir de um ácido e um álcool, enol fenol, com a eliminação de água. estádio interglacial Intervalo de tempo situado entre dois estádios glaciais, onde reinam temperaturas amenas, e um recuo das geleiras. estetoscópio Instrumento utilizado para auscultar qualquer som vascular, respiratório e outros de outra natureza em qualquer região do corpo. estalactite Feição originada a partir do teto de uma caverna, com as mais diferentes formas, como resultado da precipitação de bicarbonato de cálcio dissolvido na água; quando se desenvolve a partir do piso da caverna, estigma A parte superior livre do estilete de uma flor, sobre a qual o pólen cai e se desenvolve; porção terminal do gineceu, destinada a recolher o pólen e sobre a qual ele germina; pode ser punctiforme, capitado ou remoso; a superfície 165 VOCABULÁRIO DA NATUREZA estoma Abertura artificial criada geralmente por procedimento cirúrgico. (Medicina) estigmática da coluna é pegajosa e recebe as políneas, que também são pegajosas, havendo assim a polinização da flor. (Botânica) estômago Órgão sacular que se situa entre o esôfago e o intestino delgado; sua principal função é triturar e desmanchar os alimentos a um tamanho ideal para que possam ser digeridos no intestino delgado; possui também funções hormonais. (Medicina) estilete Porção filamentosa que prolonga o ovário para cima, e na ponta da qual se acha o estigma; através do estilete desce o tubo polímico para penetrar no ovário e operar a fecundação. estomas Poros de dimensões reduzidas presentes na superfície inferior das folhas, que se abrem e fecham, permitindo as trocas gasosas, entre a folha e a atmosfera. estilo estrutural Conceito que diz respeito à assembleia de elementos estruturais presentes em uma determinada área, levando em consideração seu arranjo espacial e sua gênese comum, associados a uma mesma fase tectônica. estoque genético Variedade ou linhagem que carrega um ou mais genes controladores de características desejáveis. (Genética) estimador Função dos membros de uma amostra que permite avaliar ou calcular um parâmetro da população de onde ela se originou; geralmente, a esta função está associada uma medida da confiança que se pode atribuir à validade da avaliação ou cálculo realizado; a idéia é que o verdadeiro valor está sendo obtido a partir do valor calculado, dentro dos limites de variação da amostragem. (Estatística) estrangulamento (Geologia) Ver fatia de falha. estratificação cruzada Arranjo de camadas depositadas em um ou mais ângulos em relação ao mergulho original da formação. (Geologia) estratificação cruzada espinha-depeixe Estratificação cruzada cujas sequências adjacentes apresentam camadas frontais que mergulham em sentidos opostos; é uma feição geralmente indicativa de regiões litorâneas, sendo formada durante o fluxo e o refluxo das correntes de maré. (Geologia) estimativa Valor de um estimador calculado a partir de uma amostra. Ver estimador. (Estatística) estipe Segmento que une os pares de políneas das orquídeas. (Botânica) estiramento crustal Deformação experimentada pela crosta terrestre, quando submetida a um campo de esforços distensionais. (Geologia) estratificação cruzada truncada por ondas Estratificação cruzada em que a superfície delimitante inferior é erosiva e apresenta comumente declividades inferiores a 100, embora as camadas inclinadas cheguem a mergulhar até 150; as camadas situadas acima da superfície erosiva mostram-se aproximadamente paralelas à superfície e se espessam lateralmente; é interpretada como uma estrutura formada pela ação de ondas de tempestades sobre a face praial. (Geologia) estirâncio Zona frontal situada entre as linhas normais da maré alta e baixa; a parte alta do estirâncio é denominada antepraia. Ver praia. estol Perda de velocidade e, conseqüentemente, de altitude, de um corpo aerodinâmico (ave ou avião), devido à diminuição da força de sustentação. estolonífera Planta herbácea que, de acordo com a espécie, emite caule rastejante na superfície ou no interior do solo. (Botânica) estratificação fantasma Denominação aplicada à presença de estruturas ou estratigrafias relíquias das rochas 166 VOCABULÁRIO DA NATUREZA estratos São as situações verticais, como se dispõem as plantas lenhosa dentro da comunidade, avaliadas em metros. (Fitogeografia) encaixantes no interior de corpos graníticos, que mantém as tendências estruturais gerais da região; manifestase, principalmente, pela presença das porções mais resistentes à fusão, em continuidade estrutural com o mesmo material fora da intrusão. (Geologia) estratosfera Segunda camada principal da atmosfera e que se estende desde a tropopausa até cerca de 50 km acima do solo; ao contrário do que acontece na troposfera , na estratosfera a temperatura geralmente aumenta com a altitude; como a densidade do ar é muito menor, até mesmo uma absorção pequena de radiação solar pelos constituintes atmosféricos, notadamente o ozônio atmosférico, produz um grande aumento de temperatura; encerra grande parte do total do ozônio atmosférico, e sua concentração máxima ocorre em torno de 22 km acima da superfície terrestre; diferentemente da troposfera; contém pouco ou nenhum vapor d'água; mudanças sazonais marcantes são características da estratosfera e, geralmente, acredita-se que os eventos na estratosfera estejam ligados às mudanças de temperatura e de circulação na troposfera. (Meteorologia) estratificação flaser Marcas onduladas que apresentam laminações cruzadas com a preservação de finas películas de argila nas calhas e mais raramente nas cristas. (Geologia) estratificação lenticular Estratificação constituída por pequenas lentes de areia ou de silte, comumente alinhadas e com laminação cruzada interna. (Geologia) estratificação ondulada Estratificação constituída por alternância de camadas arenosas com estratificação cruzada de pequeno porte, originada da migração de marcas onduladas, e camadas de lamitos. (Geologia) estratigrafia Ciência que estuda a sucessão original e a idade das rochas estratificadas, assim como as suas formas, distribuição, composição litológica, conteúdo paleontológico, propriedades geofísicas e geoquímicas, ou seja, de todos os caracteres, propriedades e atributos das mesmas como estratos, buscando inferir os seus ambientes de origem e sua história geológica. estratótipo Sucessão de estratos de rocha, designada especificamente em uma seção ou em uma área, na qual é baseada a definição do caráter litológico da unidade. (Geologia) estratovulcão Vulcão constituído pela alternância de material de natureza explosiva (piroclastos) e efusão calma de lava, resultando então um cone vulcânico que mostra leitos alternados de cada tipo de material; vulcão composito. estratigrafia de sequências Estudo das relações de rochas sedimentares dentro de um arcabouço cronoestratigráfico de estratos relacionados geneticamente, o qual é limitado por superfícies de erosão, de não-deposição, ou por suas concordâncias relativas; a unidade fundamental é a sequência. estreito Canal de pequena largura, até poucas centenas de metros, que liga dois corpos de água de dimensões maiores. estrela variável Estrela em que o brilho é variável. (Astronomia) estrato Camada de rocha ou sedimento com 1 cm ou mais de espessura, e que se distingue de outros situados imediatamente acima ou baixo por mudanças discretas na litologia ou por quebra física de continuidade. (Geologia) estromatólito Massa compacta constituída por lâminas concêntricas, com concavidade voltada para cima, de natureza calcária e, interpretada como estrutura resultante da atividade de algas verdes e azuis; o estromatólito esferoidal, com estrutura concêntrica, e estratopausa Parte superior da estratosfera marcada por uma zona isotérmica. (Meteorologia) 167 VOCABULÁRIO DA NATUREZA (solos sódicos), com estrutura laminar, prismática, em blocos, e estrutura granular. (Pedologia) primariamnete solto, isto é, não fixado a um substrato, é denominado oncólito. estrutura Arranjo espacial das rochas, que podem ser corpos litológicos ou conjunto de corpos, e suas arquiteturas internas, compreendendo texturasformas, tamanhos e articulações dos grãos- ou retículos cristalinos-arranjos de átomos e íons, nos grãos minerais. (Geologia) estrutura elementar – É um nível simplificado da estrutura primária, isto é, integra tamanho, forma e arranjo de específicas estruturas associadas e da estrutura básica (estrutura da matriz-s). (Micromorfologia do Solo) estrutura em chama Tipo particular de estrutura de sobrecarga desenvolvida em superfícies ligeiramente inclinadas, sobre camadas incompetentes; o material argiloso ascendente mostra formas alongadas, pontiagudas e comumente recurvadas, lembrando chamas. estrutura atectônica Estrutura desenvovida especialmente em rochas sedimentares, sem o envolvimento da tectônica ou diastrofismo. (Geologia) estrutura básica - Estrutura da matriz-s, isto é, tamanho, forma e arranjo dos grãos simples (plasma e grãos do esqueleto) e poros dos peds primários, ou material apedal, excluídas as estruturas associadas. (Micromorfologia do Solo) estrutura em disco Estrutura que se apresenta sob a forma de lâminas côncavas voltadas para o alto, e que se destacam do restante da matriz pela coloração mais escura. As lâminas são comumente ricas em argilas ou minerais pesados. estrutura bidirecional Estrutura que indica apenas a direção e não o sentido do agente responsável pela deposição. estrutura em flor Arranjo de falhas, que vistas em perfil, mostram os traços de seus planos curvos e convergentes; vnculadas a zona de falhas transcorrentes, transpressivas (flor positiva) ou transtensivas (flor negativa). (Geologia) estrutura colunar Coluna paralela ou subparalela resulatante da subdivisão ou conformação de uma camada durante deformação e metamorfismo. estrutura da paisagem Distribuição de energia, materiais e espécies em relação aos tamanhos, formas números, tipos e configurações de elementos dos ecossistemas da paisagem. (Ecologia) estrutura em rabo de cavalo Denominação utilizada para zonas de cisalhamento secundárias com disposição em leque, desenvolvidas nas extremiades das zonas transcorrentes, para alivair o acúmulo de tensões e acomodação do deslocamento. (Geologia) estrutura de corrente Estrutura formada principalmente por correntes aquosas e eólicas, quando o sedimento é transportado, sendo estritamente primária ou singenética. estrutura flaser Estrutura caracterizada por pequenas lentes de areia fina ou silte, comumente alinhadas e, em geral com laminação cruzada, requerendo para sua ocorrência, da disponibilidade de areia fina e argila, bem como atividade de correntes com pausas periódicas, como nas planícies dominadas por marés. (Geologia) estrutura deformacional Estrutura produzida logo após a deposição, antes da consolidação, principalmente por escorregamento e escape de gases. estrutura do solo Reunião das partículas unitárias do solo (areia, silte e argila) em partículas compostas ou grumos, cuja expressão em macro-escala serão os agregados ou torrões; é classificada de acordo com o tamanho e forma desses agregados; o solo pode apresentar-se com estrutura maciça estrutura geopetal Denominação utilizada para indicar qualquer feição interna de uma rocha sedimentar que 168 VOCABULÁRIO DA NATUREZA estrutura terciária - Tamanho, forma e arranjo dos peds secundários (empacotamento dos peds primários), seus poros interpedais e estruturas associadas interpedais. (Micromorfologia do Solo) leve a indicar a posição original de deposição. (Geologia) estrutura plasmática - Estrutura do plasma da matriz-s (matriz do solo), isto é, o tamanho , a forma e o arranjo das partículas do plasma e poros simples associados; a estrutura plasmática corresponde à organização dos constituintes do plasma que não foram concentrados ou cristalizados a ponto de formarem estruturas associadas (feições pedológicas) definidas como tal. (Micromorfologia do Solo) estrutura unidirecional Estrutura que, por suas características, indica o sentido do agente responsável pela deposição. estuário É uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar, e estão sempre rodeados de terras úmidas: marismas ou terrenos alagadiços com pastos halo-tolerantes ou pântanos com árvores de raízes aéreas que permanecem fora da água a maior parte do tempo; é rico em energia e nutrientes, possuindo um grande número de plantas e animais; esta riqueza se deve, em parte, às correntes de água doce e água salgada; muitos estuários correspondem a desembocaduras fluviais afogadas, sendo que outros são apenas canais que drenam zonas pantanosas costeiras; com base no processo físico dominante pode ser de dois tipos principais: estuários dominados por ondas, também chamados de deltas e estuários dominados por marés, onde se formam os depósitos estuarinos propriamente ditos. estrutura primária - Estrutura dentro do material apedal ou dentro do ped primário, incluindo foram, tamanho e arranjo de todas as estruturas associadas inclusas na matriz-s e a estrutura básica. (Micromorfologia do Solo) estrutura secundária - Tamanho, forma e arranjo dos peds primários, seus poros interpedais e estruturas associadas interpedais. (Micromorfologia do Solo) estrutura sigmoidal Estrutura sedimentar com formato de lentes, originada pelo movimento dos sedimentos abaixo do nível de base e com transporte efetivado, pelo menos parcialmente, por suspensão; ocorre em frentes de deltas ou em áreas de marés.(Sedimentologia) estudo de impacto ambiental - EIA Exigência legal para o licenciamento de qualquer empreendimento que possa modificar o meio ambiente e que desenvolverá, no mínimo, os seguintes itens: diagnóstico ambiental da área de influência do projeto com completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto; análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude, interpretação da importância dos prováveis impactos, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e de médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas estrutura sindeposicional Estrutura formada contemporaneamente à deposição das camadas; este grupo pode ser referido coletivamente como estruturas intraformacionais, isto é, localizadas internamente às camadas; como é estrutura originada durante a sedimentação,é essencialmente construtiva. (Geologia) estrutura tepee Feição constituída por fragmentos alongados de rochas sedimentares, dispostos em meio a uma matriz que apresenta coloração diferente, forma cônica, e que lembra as tendas dos índios norte-americanos; ocorre comumente em calcários formados em ambientes costeiros intermarés e supramarés, através da exposição subaérea em clima árido ou semiárido. (Geologia) 169 VOCABULÁRIO DA NATUREZA se nos Reinos Plantae ou Metaphyta e Animalia ou Metazoa. propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais; definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas; elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados. eufótica Lâmina de água que alcança até 80 m de profundidade, e que recebe a luz solar em quantidade suficiente para permitir a fotossíntese. Ver zona eufótica. eugenia Ciência que estuda as condições mais propícias à reprodução e melhoramento da raça humana. eugenol Substância encontrada no óleo do cravo-da-índia, líquido, incolor, aromático, usado como anti-séptico; sua fórmula é: C10H12O2. estudo de viabilidade de queima - EQV Estudo teórico que visa avaliar a compatibilidade do resíduo a ser coprocessado com as características operacionais do processo e os impactos ambientais decorrentes desta prática. eulitorâneo Porção da zona litorânea que se estende desde o nível mais elevado da maré até a profundidade de 40 a 60 m. estudo ecogeográfico Descrição da inter-relação entre fatores ecológicos e geográficos, geralmente aplicável à distribuição de espécies. eumorfismo Propriedade atribuída à projeções equivalentes, quando não apresentam deformação exagerada. eupelágico Depósito marinho que se forma em isóbatas superiores a 1.000 m. éter sulfúrico Líquido incolor, volátil, com cheiro característico e muito inflamável, de fórmula C2H5OC2H5. eupnéica (Medicina) etnia Grupo de indivíduos que partilham principalmente a mesma cultura e a mesma língua. etnoprodutos Produtos produzidos popularmente. usados Que respira normalmente. euriápside Denominação utilizada para os crânios dos répteis em que o orifício temporal se abre imediatamente acima dos ossos escamoso e pós - orbital. (Zoologia) e etologia Ciência que estuda o comportamento dos seres vivos, visando estabelecer os efeitos e as causas, assim como os mecanismos responsáveis por diferentes formas de conduta. euribatial Denominação aplicada a organismos que suportam amplas variações de profundidade. euribiôntico Organismos que suportam amplas variações das condições ambientais. etoxilação Reação química que permite a fixação de uma ou mais moléculas de óxido de etileno sobre um composto químico. euritermos Organismos que suportam grandes variações de temperatura; aqueles sensíveis a essas variações recebem o nome de estenotermos. eubiótica A arte de viver bem. eucaliptol Essência oleosa aromática extraída das folhas dos eucaliptos. europa Uma das luas de Júpiter, com um diâmetro de 3.138 km e uma densidade média de 2,97 g/cm3; este satélite tem um núcleo rico em ferro, com um manto de silicatos e uma crosta de gelo de água; alguns indícios levam a crer que, por baixo desta crosta de água gelada, possa existir um oceano de água líquida, que juntamente com os pontos eucariotas Seres vivos que apresentam células com uma organização bem mais complexa que os procariotas, sendo seu citoplasma preenchido por um compelxo sistema de membranas e com diversos tipos de orgânulos, tais como mitocôndrias e cloroplastos; subdividem170 VOCABULÁRIO DA NATUREZA vulcânicos existentes, podem originar um ambiente propício à vida. (Astronomia) definida, os menos solúveis primeiro; a gipsita é o primeiro a precipitar-se em grandes quantidades, seguindo-se a anidrita e o sal-gema; os sais mais solúveis como a silvita, a carnalita e a polialita, associam-se à halita em alguns depósitos, constituíndo-se em importantes fontes de potássio. eustasia Fenômeno de flutuação do nível do mar, através do tempo geológico, e atribuído a diversas causas. eutético Reação termicamente reversível em que uma fase líquida se transforma no equilíbrio e no resfriamento em duas fases sólidas. evapotranspiração Soma de todas as perdas de água, devidas à sua transformação em vapor, quaisquer que sejam os fatores postos em jogo. eutetóide Reação termicamente reversível em que uma fase sólida se transforma no equilíbrio e no resfriamento em duas outras fases sólidas evapotranspiração efetiva evapotranspiração real. eutroficação Processo pelo qual as águas se tornam mais eutróficas, isto é, mais ricas em nutrientes dissolvidos, necessários para o crescimento de plantas aquáticas, como as algas, seja como fase natural de maturação da massa de água, seja artificialmente, por exemplo, pela poluição ou por efeito de fertilizantes; o aumento de nutrientes no meio aquático, acelera a produtividade primária, ou seja, intensifica o crescimento de algas; esse fenômeno pode ser provocado por: lançamento de esgotos, resíduos industriais, fertilizantes agrícolas e a erosão; é fácil de concluir que, em certas proporções, a eutrofização pode ser benéfica ao ecossistema. Ver evapotranspiração potencial Quantidade máxima de água capaz de ser evaporada, em um dado clima, de uma cobertura vegetal contínua e suprida de água; compreende, assim, a evaporação do solo e a transpiração das plantas expressas em altura de água, durante um determinado tempo. evapotranspiração real Soma das quantidades de vapor d'água evaporado do solo e das plantas quando o solo está com seu conteúdo real de umidade; evapotranspiração efetiva. evento Qualquer atividade de natureza magmática ou metamórfica que ocorreu ao longo do desenvolvimento de um processo geossinclinal ou plataformal, detectado através de determinações geocronológicas. (Tectônica). eutrófico Denominação do solo que apresenta saturação por bases (V%) superior a 50%; sinônimo de solo fértil. (Pedologia) evento episódico Caráter pontuado de ocorrência de eventos tanto de natureza sedimentar quanto tectônica, responsáveis, de acordo com alguns pesquisadores, pela maior parte do registro geológico; refere-se também, de um modo geral, a eventos raros de magnitude anormalmente alta ou baixa. eutrofização Ver eutroficação. euxínico Ambiente marinho ou lacustre, no qual a presença de H2S incorporado à água inibe a vida. evaporação Processo pelo qual as moléculas de água na superfície líquida ou na umidade do solo, adquirem suficiente energia, através da radiação solar e passam do estado líquido para o de vapor. (Meteorologia) evolução Processo de diversificação genética e morfológica de organismos na natureza; expressa a quantidade de diversificação orgânica ocorrendo na biosfera e é idealmente medida pelo fenômeno de especiação; o conceito de evolução está intimamente ligado à ocorrência de mudanças nas freqüências gênicas de populações. evaporito Depósito constituído por rocha sedimentar que se formou por precipitação na água, em função da evaporação em ambiente salino; os sais dissolvidos precipitam-se em uma ordem 171 VOCABULÁRIO DA NATUREZA da erosão das partes elevadas do cinturão ortogeossinclinal, que jaz fora do cráton. evolução convergente Designação utilizada para indicar o desenvolvimento de características similares em organismos pertencentes a linhagens sem parentesco próximo. exomorfose Alteração da forma e do hábito dos cristais, devido a influências externas. (Cristalografia). evolução em mosaico Padrão de evolução de uma linhagem em que vários caracteres morfológicos dos organismos mudam sob diferentes taxas. exorreico Que drena para o mar. exorrizo Vegetal cujas raízes se formam na camada superficial do solo. evolução filética Processo evolutivo no qual uma unidade taxonômica diverge gradualmente de sua forma ancestral, mas sem ramificar ou dar origem a novas linhas evolutivas dentro do complexo. exosfera Camada que se estende de uma altitude entre 500 e 700 km da superfície terrestre e acima dessa altitude; os átomos de oxigênio, hidrogênio e hélio formam uma atmosfera muito tênue e as leis dos gases deixam de ser válidas; é a camada limite da atmosfera, entretanto esta não tem um limite superior exato, porém torna-se menos densa, progressiva e de forma rápida antes que finalmente se confunda com o espaço exterior. evolução pontuada Modelo de evolução em que as espécies são relativamente estáveis e de longa duração e no qual novas espécies aparecem em episódios rápidos, seguindo-se sucesso diferencial em algumas delas. evorsão Tipo especial de corrasão gerada pela pressão exercida pelo movimento tubilhonar no fundo do leito de uma corrente; este processo escava depressões geralmente circulares denominadas marmitas. Ver corrasão. exóstoma Ver micrópila. (Botânica) exótico Qualificação dada a uma planta ou animal presente numa área geográfica, da qual não se origina; por exemplo, o eucalipto no Brasil é espécie exótica, por ser uma espécie de planta originária da Austrália. exantema Eflorescência peculiar às febres eruptivas. (Medicina) expansividade higroscópia Alteração das dimensões de um determinado material em função das variações da umidade ambiente. excentricidade A excentricidade de uma elipse, que representa uma órbita planetária, é a razão da distância entre os focos e o eixo maior. (Astronomia) experimento inteiramente casualizado Experimento em que cada parcela pode receber, por sorteio, qualquer tratamento, sem nenhuma outra restrição além do número desejado de repetições. (Estatística) excretar Eliminar os restos do sangue, tecidos do corpo ou alimentos. (Medicina) exina Camada principal, externa, do esporoderma, geralmente resistente à acetólise, sendo constituída principalmente de esporopolenina. (Palinologia). explante Segmento de tecido ou órgão vegetal utilizado para iniciar uma cultura in vitro. exocetídeos Família de peixes Actinopterígeos da ordem dos Sinentognatos; são os peixes-voadores, sendo Exocoetus evolaus a espécie mais comum na costa brasileira. explosão Fenômeno caracterizado por um aumento rápido de pressão; numa reação de combustão, este fenômeno é geralmente associado à existência prévia de uma mistura combustível (mistura gasosa ou poeiras em suspensão no ar). exogamia Ver fertilização cruzada. exogeossinclinal Parageossinclinal disposto ao longo de um bordo cratônico, sendo o suprimento sedimentar oriundo explosão demográfica Crescimento populacional sem precedentes na 172 VOCABULÁRIO DA NATUREZA extinção, pela destruição de ecossistemas ou/e o extermínio de espécies específicas; estima-se que nas últimas décadas as taxas de extinção ficaram centenas e até milhares de vezes mais altas. história da humanidade, no século XX; desde os primórdios da história até cerca de 1800, a população do mundo cresceu vagarosamente, atingindo, nessa época, 1 bilhão de pessoas; o segundo bilhão, no entanto, é alcançado cerca de 125 anos mais tarde e o terceiro bilhão, em 33 anos, por volta de 1960; para se chegar ao quarto bilhão, foram necessários apenas 14 anos (1974), e ao quinto, 13 anos (1987); concentra-se, sobretudo, nos países do Terceiro Mundo (África, Ásia e América Latina) que, nas décadas de 50, 60 e 70, apresentaram taxas de crescimento demográfico ao redor de 2,5%; embora as taxas mundiais estejam diminuindo, a população continua aumentando vertiginosamente; segundo a ONU, a cada ano somam-se 86 milhões de novos habitantes ao planeta, projeção feita para o período 1996-2015. extração Primeira etapa da análise do teor de nutrientes disponíveis no solo, seguida pela determinação; consiste em misturar uma alíquota da amostra com uma substância, geralmente uma solução, chamada de extrator, e promover a agitação, depois a decantação ou filtragem para se obter uma solução límpida contendo os nutrientes extraídos. extraclasto Fragmento carbonatado proveniente de um meio diferente do material no qual se encontra atualmente, seja ele mais antigo (extraclasto heterócrono), seja proveniente de uma zona isópica diferente(extraclasto heterópico). explotação Ver lavra. expressão A amplitude de manifestação de uma característica genética, codificada por um ou mais pares de genes; a herança pode ser monogênica ou poligênica e a manifestação da característica pode ser descrita em termos qualitativos ou quantitativos. Ver característica qualitativa, característica quantitativa, poligenes. (Genética) extrativismo florestal Ato de extrair madeira ou outros produtos das florestas. extrativismo mineral Ato de extrair minerais dos locais (jazidas) onde se encontram naturalmente. extrato Solução obtida no processo de extração; trata-se de uma solução límpida obtida por filtração, decantação, sucção ou centrifugação, contendo os nutrientes extraídos. expressividade Grau de manifestação de um caráter genético. (Genética) extrato de saturação Extrato usado para determinação da condutividade elétrica, para verificar o nível de salinidade do solo; é obtido a partir de uma quantidade conhecida de amostra seca, lentamente molhada com água destilada, enquanto se faz a mistura com uma espátula de aço, até que a amostra fique saturada, ou seja, formando um filme sobrenadante.; então é colocada em funil apropriado, que permite a adaptação de papel de filtro, e submetida à sucção, recolhendo-se a solução extraída. (Pedologia) exsicata Amostra de planta seca, montada, descrita, etiquetada e conservada em um herbário tanto para estudo como para documentação. (Botânica) exsolução Processo através do qual ocorre a segregação e crescimento de íons rejeitados dentro dos domínios de um cristal no estado sólido, a partir de um cristal desordenado; desmisturação. extinção Etapa final do ciclo de existência de uma espécie; supõe-se que, em 200 milhões de anos, 900 mil espécies em média teriam se extinguido a cada milhão de anos (uma extinção a cada treze meses); a ação predatória do ser humano acelerou esta taxa de extrator Substância, geralmente uma solução, usada para extrair os teores disponíveis do solo. Idealmente o extrator deve simular a ação das raízes no solo, 173 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ou seja, extrair apenas os teores disponíveis do nutriente. (Pedologia) sendo paralela (Cristalografia) extrusão Operação de conformação de seções contínuas provocadas pela passagem do material através de uma matriz. (Metalurgia) fácies Conjunto de caracteres de ordem litológica e paleontológica que permite conhecer as condições em que se realizam os depósitos. (Geologia) F facies de uma formação Parâmetros particulares dentro de uma paisagem vegetacional que se destacam fisionomicamente, como por exemplo: tipo de dossel que domina na floresta, formas de vida específicas que se destaca pela presença ou ausência de floresta-de-galeria dentro das formações campestres e outros. (Fitogeografia) f Colocado após o símbolo dos horizontes A, B e C, indica concentração localizada (segregação) de constituintes secundários minerais ricos em ferro e/ou alumínio, em qualquer caso, pobre em matéria orgânica em mistura com argila e quartzo; exemplo Bf, Af. (Pedologia) ao terceiro. fácies metamórfica Conceito que designa um grupo de rochas caracterizadas por apresentar um conjunto definido de minerais formados em condições metamórficas particulares. (Geologia) fácies sedimentar Conceito que designa as mudanças laterais das características litológicas e paleontológicas dentro de uma unidade estratigráfica, como resultado das variações que existem naturalmente dentro dos ambientes sedimentares. (Geologia) f Símbolo que na classificação de Koppen, designa um clima sempre úmido e com chuva todo o ano. (Climatologia) F1, F2, Fn Símbolos que representam, respectivamente: primeira geração filial proveniente do acasalamento de progenitores homozigóticos; segunda geração filial proveniente do intercruzamento ou autofecundação de indivíduos da geração F1; enésima geração proveniente da autofecundação de indivíduos da geração Fn - 1. (Genética) facólito Corpo magmático intrusivo que possui forma convexa – côncava; mostra em seção um aspecto que lembra uma foice, estando localizado geralmente na parte superior das anticlinais. (Geologia) fadiga Diminuição lenta e gradual da resistência de um material, tendo em vista o uso contínuo com repetidas solicitações; tendência à ruptura sob carga inferior ao limite de resistência à tração, quando o material é sujeito a ciclos repetidos de tensões. fábrica Denominação utilizada para indicar a orientação espacial primária dos componentes de um sedimento; corresponde a um dos aspectos da textura. (Sedimentologia) face de pirâmide Face que corta todos os eixos cristalográficos. (Cristalografia) fago Ver bacteriófago. (Virologia) face de praia Porção submersa da praia, sendo que sua superfície é constituída de barras e canais longitudinais , paralelos à costa. Ver praia. faiscação Trabalho individual em que são utilizados instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou máquinas simples e portáteis, para a extração de metais nobres nativos em depósitos eluvionares ou aluvionares, fluviais ou marinhos, e que recebem a designação genérica de faisqueiras. (Mineração) face de prisma Denominação aplicada a face que corta dois eixos cristalográficos, 174 VOCABULÁRIO DA NATUREZA faixa de plasticidade Faixa de percentagem de umidade por peso, dentro da qual uma pequena amostra de solo exibe plasticidade. (Pedologia) falésia marinha ativa Falésia que está atualmente sendo atacada pelas ondas, isto é, encontra-se ainda em formação; falésia marinha viva. (Geomorfologia) faixa intertropical Região da Terra compreendida entre os Trópicos de Câncer, situado no hemisfério norte, e o de Capricórnio, no hemisfério sul. (Geografia) falésia marinha viva Ver marinha ativa. (Geomorfologia) falésia falésia morta Rebordo costeiro, íngreme ou suavizado, resultante da erosão marinha que não mais está atuando no local, em virtude da formação de uma planície marinha ou fluviomarinha; paleofalésia. (Geomorfologia) faixa móvel Região crustal, em geral estreita e alongada, caracterizada por intensa atividade tectônica associada geralmente a magmatismo e metamorfismo regional. (Geologia) falha Fratura ou cisalhamento presentes em blocos de rochas que sofreram deslocamentos um em relação ao outro, ao longo de planos. (Geologia) faixas de retenção Faixas de gramíneas ou outra vegetação resistente à erosão, utilizada para retardar o fluxo de enxurrada, causado pela deposição do material transportado e portanto, reduzindo o fluxo de sedimento. (Agronomia) falha de empurrão Descontinuidade na crosta terrestre originada por esforços compressivos, normalmente envolvendo feições de baixo ângulo; os limites das massas em movimento são as rampas, sendo que as rampas frontais apresentam um ângulo de mergulho > 450, as rampas oblíquas um mergulho intermediário e movimentação oblíqua e as laterais, um ângulo de mergulho > 450 e movimentação transcorrente. (Geologia) faixas de vegetação permanente Ver cordões de vegetação permanente. (Agronomia) faixa-tampão Faixa de contorno ou de nível mais ou menos permanente, de largura variável ou não, plantada com capim ou alguma outra vegetação resistente à erosão, que não faz parte da rotação regular de culturas de uma propriedade e que pode ser colhida ou não. (Agronomia) falha inversa Falha gerada por movimentação compressional em que a capa sobe e a lapa desce. (Geologia) falha normal Falha cujo teto aparentemente desceu em relação ao muro, e originada por movimentação extensional. (Geologia) falda Denominação usada nas descrições das paisagens acidentadas referindo-se, apenas à parte da base das montanhas ou das colinas, ou mesmo das serras; sopé. (Geomorfologia) falha transcorrente Falha em que o movimento preferencial ocorreu paralelamente à direção de seu plano, e cujos campos de tensões apresentam os tensores compressivo e extensional, horizontais ou próximos da horizontal. (Geologia) falésia Termo usado indistintamente para designar as formas de relevo litorâneo, abruptas ou escarpadas ou, ainda, desnivelamento de igual aspecto no interior do continente; escarpa originada pela erosão fluvial ou marinha e que se encontra, ainda, sob a influência destes agentes, implicando necessariamente na existência de porções continentais soerguidas e/ou rebaixamentos eustático para sua formação. (Geomorfologia) falha transformante Tipo particular de falha transferente que se desenvolve para acomodar a movimentação divergente das dorsais meso-oceânicas; o deslocamento ao longo da falha acompanha o deslocamento das placas oceânicas. (Geologia) 175 VOCABULÁRIO DA NATUREZA falhamento distributivo Falhamento em que o movimento diferencial é caracterizdao através de deslocamentos sistemáticos, de pequena grandeza, ao longo de numerosas fraturas pouco espassadas. (Geologia) afetam o uso e o manejo do solo. (Pedologia) falhas lístricas Falhas normais que se apresentam curvadas com a forma de pá ou colher, e que separam cunhas, lascas ou escamas acunhadas que se aplainam horizontalmente em direção à zona de deslocamento, produzindo uma concavidade voltada para cima. (Geologia) fanerófito Planta lenhosa que apresenta gemas e brotos de crescimento protegidos por catafilos situados acima de 0,25 m do solo; de acordo com suas alturas médias são classificados em Macrofanerófitos (30 a 50 m); Mesofanerófitos (20 a 30 m); Microfanerófitos (5 a 20 m) e Nanofanerófitos (0,25 a 5 m). (Botânica) falhas pivotantes rotacionais. (Geologia) Ver família radioativa Sequência de elementos radioativos, em que cada nuclídeo é resultante da desintegração do anterior. falhas fanerófitos suculentos Vegetais caracterizados pela falta de folhas e pela presença de tecidos que armazenam água ou acumulam reservas, sendo carnosos ou suculentos. São representados pelas cactáceas em geral (Cereus jamacaru, Pilosocereus gounellei, Melocactus bahiensis) e por algumas espécies de Euforbiáceas e de Asclepiadáceas. (Botânica) falhas rotacionais Falhas cujos blocos giram segundo um eixo de rotação que é perpendicular à falha; falhas pivotantes. (Geologia) falhas transferentes Falhas transcorrentes cujos trends são 0 0 praticamente perpendiculares (70 -90 ) à direção geral da faixa tectônica em que se situam, interligando falhas normais ou falhas de empurrão; tais falhas transferem de um ponto da bacia para outro a movimentação de blocos divergentes ou convergentes, relacionados a falhas interligadas; desenvolvem-se para acomodar a deformação compressiva ou distensiva. (Geologia) fanerógama Planta que tem órgãos sexuais aparentes; grande grupo do reino vegetal que inclui todas as plantas que produzem flores: Angiospermas e Gimnospermas. (Botânica) fanglomerado Brecha que apresenta alguns componentes arredondados, e depositados nas partes superiores dos cones aluviais das regiões semi-áridas. família É a unidade sistemática das classificações por categorias taxonômicas, compreendendo um conjunto de gêneros que possuem diversas características. (Botânica) faretrone Esponja que apresenta espículas calcárias predominantemente constituídas por calcita e raramente aragonita com parede espessa e espículas anastomosadas, formando um esqueleto rígido; calcisponja. família Grupo de indivíduos diretamente relacionados entre si em virtude de descenderem todos de um ancestral comum. (Genética) farinha Produto intermediário para a produção de clínquer, composto basicamente de carbonato de cálcio, sílica, alumina e óxido de ferro, obtidos a partir de matérias primas, tais como: calcário, argila e outras. Ver clínquer. família de solos Corresponde ao 50 nível categórico na estruturação das classes de solos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos e é utilizado para atender funções pragmáticas; na classificação desse nível categórico deve ser priorizado o emprego das características e propriedades que farinha de falha Rocha cataclástica incoesa, que contém menos de 30% de porfiroclastos. (Geologia) 176 VOCABULÁRIO DA NATUREZA profundidade, porém a partir de 40 cm abaixo da superfície do solo. (Pedologia) fase extremamente pedregosa Quando calhaus e/ou matacões ocupam mais de 90% da superfície do terreno. Ver calhaus , matacões. (Pedologia) fase rochosa Refere-se a solos com afloramentos de rochas suficientes para tornar impraticável a mecanização, com exceção de maquinas leves; os afloramentos rochosos, matacões e/ou manchas de camadas delgadas de solos sobre rochas se distanciam 3 a 10 m e cobrem de 25 a 50% da superfície do terreno; solos classificados nessa classe de rochosidade são recomendados como área de preservação da flora e da fauna. (Pedologia) fase extremamente rochosa Quando afloramentos de rochas e/ou matacões ocupam mais de 90% da superfície do terreno; nesse caso, os solos são considerados tipos de terreno. Ver afloramentos de rochas, matacões. (Pedologia) fase muito pedregosa Quando calhaus e/ou matacões ocupam de 25 a 50 % da massa de solo e/ou da superfície do terreno (distanciando-se por menos de 0,75 m) tornando completamente inviável o uso de qualquer tipo de maquinaria ou implemento agrícola manual; solo classificado nessa fase de pedregosidade são viáveis somente para preservação da vegetação natural.. (Pedologia) fases de pedregosidade É uma subdivisão do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos com critérios para distinção de fases de unidades de mapeamento que qualificam áreas em que a presença superficial ou subsuperficial de quantidades expressivas de calhaus e matacões interfere no uso das terras, sobretudo no referente ao emprego de máquinas e equipamentos agrícolas; essa qualificação abrange as seguintes fases de pedregosidade: pedregosa I, II e II, muito pedregosa e extremamente pedregosa. (Pedologia) fase muito rochosa O solo contém afloramentos rochosos, matacões e/ou as manchas de camadas delgadas de solos sobre rochas que se distanciam menos de 3 m (cobrindo 50 a 90% da superfície), tornando inviável a mecanização; solos classificados nessa fase de rochosidade são viáveis apenas para preservação da vegetação primária. (Pedologia) fases de relevo É uma subdivisão do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos com critérios para distinção de fases de unidades de mapeamento que qualifica condições de declividade, comprimento de encosta e configuração superficial dos terrenos, que afetam as formas de modelado (formas topográficas) de áreas de ocorrência das unidades de solo. (Pedologia) fase pedregosa I O solo contém calhaus e/ou matacões ao longo de todo o perfil ou nos (s) horizonte (s), até profundidade maior que 40 cm. (Pedologia) fase pedregosa II O solo contém calhaus e/ou matacões na parte superficial e/ou dentro do solo até à profundidade máxima de 40 cm; solos com pavimento pedregoso que não pode ser facilmente removido incluem-se também nesta fase. (Pedologia) fases de rochosidade Refere-se a exposição do substrato rochoso, lajes de rochas, parcelas de camadas delgadas de solos sobre rochas e/ou predominância de boulderes com diâmetro médio maior que 100 cm, na superfície ou na massa do solo, em quantidades tais, que tornam impraticável o uso de maquinas agrícolas; essa qualificação abrange as seguintes fases de rochosidade: rochosa, muito rochosa e extremamente rochosa. (Pedologia) fase pedregosa III O solo contém calhaus e/ou matacões a partir de profundidades maiores que 40 cm; nesta fase estão incluídos tanto os solos que apresentam intercalação de uma seção de pedregosidade, como aqueles nos quais a pedregosidade é continua em 177 VOCABULÁRIO DA NATUREZA fator limitante Aquele que estabelece os limites do desenvolvimento de uma população dentro do ecossistema, pela ausência, redução ou excesso desse fator ambiental. (Ecologia) fases de solos É uma subdivisão do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos com critérios para distinção de fases de unidades de mapeamento, para tornar ainda mais homogênea as classes de solos, com o intuito de refletir condições que interferem direta ou indiretamente no comportamento e nas qualidades dos solos; podem ser utilizadas em qualquer nível categórico, sendo as mais utilizadas: fases de vegetação primária, fases de relevo, fases de pedregosidade e fases de rochosidade. (Pedologia). fator limitante Tipo de restrição ou limitação das condições agrícolas; utilizado no sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. (Pedologia) fatores climáticos Condições físicas ou geográficas que influenciam habitualmente no clima e interagem nas condições atmosféricas, tais como a latitude, altitude, as correntes marítimas, a distribuição das terras e mares, a topografia, a cobertura vegetal, etc. fases de vegetação primária É uma das subdivisão do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos utilizada como critério para distinção de fases de unidades de mapeamento, com o intuito de revelar a existência de relações entre a vegetação primária e determinadas condições edafoclimáticas, mormente referentes a regimes hídricos, térmicos e de eutrofia e oligotrofia. (Pedologia) fatores de formação de solo São os agentes naturais variáveis que são responsáveis pela formação do solo; são geralmente inter-relacionados e são os seguintes: rocha matriz e relevo (agentes passivos) e clima e biosfera (agentes ativos), além do tempo. (Pedologia) fatia de falha Denominação genérica aplicada a blocos de rocha que foram aprisionados entre as paredes da falha; a denominação horse é utilizada quando a falha aprisionante é de gravidade; estrangulamento. (Geologia) fatores topoclimático do solo São os fatores que influenciam o clima do solo, relacionados com o relevo; exemplos: a inclinação e a convexidade. fator ambiental É o elemento ou componente ambiental que exerce uma função específica ou influi diretamente no funcionamento do sistema ambiental. (Ecologia) fauna Conjunto de animais que habitam determinada região. fauce A parte interior do labelo de uma orquídea. (Botânica) fava-bolacha (Alexa grandiflora) Árvore da família Leguminosae, de médio porte, o fuste na maioria das espécies são tortuosos/espiralados, com diâmetro superior a 80 cm, casca cinza/amarelada internamente, lisa em placas com 0,5 cm de espessura; madeira moderadamente pesada; cerne e alburno cremeamarelado, grã ondulada, textura média, figura ausente, cheiro indistinto e gosto amargo. fator de capacidade Relação entre a carga própria de energia e a capacidade instalada de uma instalação ou conjunto de instalações. (Energia) fator de carga Relação entre o consumo num intervalo de tempo determinado (ano, mês, dia, etc) e o consumo que resultaria da utilização contínua da carga máxima verificada, ou outra especificada, durante o período considerado. (Energia) fator de escala deformação. febre amarela Doença febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegyptii, o mesmo que transmite a dengue; o período de incubação é de 3 a 6 dias após a picada do mosquito; tem curta duração, de no máximo 12 dias; é uma virose de gravidade variável que pode levar à morte; os principais sintomas são: Ver coeficiente de fator ecológico Aquele que determina as condições ecológicas no ecossistema. (Ecologia) 178 VOCABULÁRIO DA NATUREZA sílica,oxigênio,alumínio e potássio; são comumente claros e possuem peso específico inferior a 3, sendo os mais comuns o quartzo, a muscovita e o ortoclásio. febre, dor de cabeça icterícia, calafrios, náuseas, vômitos, dores musculares e abdominais, hemorragias, problemas renais, dentre outros; existem dois tipos: a silvestre (o único hospedeiro é o macaco, e acidentalmente o homem), e a urbana (o único hospedeiro é o homem); existe vacina de aplicação subcutânea, em única dose, que imuniza por 10 anos; os desmatamentos estimulam o deslocamento dos mosquitos para as cidades. Ver dengue. fenética Qualquer característica de ordem morfológica, fisiológica ou bioquímica apresentada por um organismo no momento da observação; relativo à aparência, ao fenótipo; classificação fenética é aquela que se baseia apenas em características morfológicas, agrupando indivíduos pela sua semelhança, sem atentar muito para a ancestralidade. fecundação Fusão do núcleo do gameta masculino com o núcleo do gameta feminino. fenologia Estudo da aparição de fenômenos periódicos no ciclo natural de organismos; na prática é a monitoração e o registro das mudanças sazonais por que passa um indivíduo ou população ao longo das quatro estações para fenômenos tão variados quanto caducidade foliar, evapotranspiração, floração, frutificação, etc; há geralmente uma relação direta entre estas manifestações e seus valores com o clima e o fotoperiodismo. (Botânica) feição Um objeto ou aspecto da superfície da Terra. feições artificiais Características artificiais da superfície terrestre, ou seja, tudo aquilo que foi criado e modificado pelo homem como estradas, cidades, barragens, edificações, áreas cultivadas, etc. feições naturais São as características naturais da superfície terrestre como rios, lagos, morros, montanhas, matas e florestas nativas. fenótipo Aparência final de um indivíduo como resultado da interação de seu genótipo com um determinado ambiente abiótico; características observáveis de um organismo; o conjunto dos caracteres plenamente manifestos de um organismo. feldspatóides Nome dado a vários minerais, aluminossilicatados de Na, K ou Ca, que são sililares em composição aos feldspatos porém contém menos sílica que o feldspato correspondente; leucita e nefelina são os mais comuns. feldspatos Um dos grupos minerais mais importantes, e constituídos por silicatos de alumínio com potássio, sódio e cálcio e, raramente bário; formam três grupos principais; os feldspatos potássicos, os feldspatos calco-sódicos e os feldspatos báricos, e cristalizando nos sistemas monoclínico ou triclínico. feoderma De pele parda. fermentação Processo pelo qual as bactérias desmancham substâncias, formando álcoois, ácidos e gases; no intestino grosso as bactérias desmancham pedaços de comida que não foram digeridos liberando hidrogênio e dióxido de carbono (CO2). (Medicina) felogênio Camada meristemática responsável pela produção da periderme. (Botânica) fermentação Transformação química anaeróbia induzida pela atividade de enzimas de microorganismos tal como levedura que produz dióxido de carbono e álcool a partir de açúcares. félsicos Denominação aplicada a minerais, magmas e rochas que contêm porcentagens relativamente baixas em elementos pesados e, consequentemente, enriquecidos em elementos leves tais como feromônio Qualquer substância secretada por um animal e liberada no ambiente causando uma resposta específica num indivíduo receptor da 179 VOCABULÁRIO DA NATUREZA um produto de primeira fusão, originário de alto forno, apresentando 93% de ferro e 4% de C mais impurezas normais, provenientes do combustível e minério. (Metalurgia) mesma espécie; pode ter várias funções, como por exemplo para aproximação dos sexos; neste caso é chamado de feromônio sexual, sendo produzido por um sexo para atração do outro; outras funções dos feromônios são: causar agregação, marcar caminhos, causar alarme, etc; quando produzidos para o uso no controle de pragas, normalmente servem como iscas. ferro liga Trata-se de ligas de ferro com outros metais que tomam parte como matéria-prima no processo de fabricação do aço. (Metalurgia) ferro livre Ferro que não se encontra ligado à rede cristalina dos argilominerais, mas forma vários compostos secundários contendo ferro, comogoethita (FeOH) e a hematita (Fe2O3) ferrita Ferro que apresenta estrutura cúbica de corpo centrado ou liga de ferro baseada nesta estrutura; com boa dutilidade. (Metalurgia). ferro férrico Ferro que se apresenta no estado trivalente. ferro magnesiano Grupo de minerais que contêm ferro e mafnésio; são de extrema importância na formação dos solos, sendo minerais essenciais nas rochas bácicas. ferro ferroso Ferro que se apresenta no estado bivalente. ferro fundido Liga de ferro-carbono com teores de carbono acima de 2,0%; dependendo da microestrutura (presença de grafita ou não, forma da grafita), variam as propriedades e apelações do ferro fundido: branco, cinzento, maleável, nodular. (Metalurgia) fertilidade do solo É a capacidade de produção do solo devido a disponibilidade equilibrada de suprir de nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas e da conjunção com alguns fatores como a água, luz, ar temperatura e da estrutura física da terra. ferro fundido branco Sem a presença de veios de grafita, a superfície fraturada do ferro fundido apresenta-se com cor branca, daí o nome de ferro fundido branco; o elevado teor de cementita torna o ferro branco um material não-dúctil, muito frágil e com superfície resistente à abrasão, devido a estas partículas muito duras. (Metalurgia) fertilização Processo de se adicionar ao solo, nutrientes para as plantas, a fim de auxiliar seu desenvolvimento. fertilização cruzada Fecundação do óvulo de um indivíduo pelo grão de pólen de outro indivíduo; a fusão de seus núcleos dando origem ao zigoto; a fertilização corresponde ao estádio pószigótico, aplicável ao novo organismo em formação; a literatura especializada considera também como fertilização cruzada aquela decorrente do fenômeno de geitonogamia, proque envolve duas flores; contudo, pelo fato de ambas as flores estarem no mesmo indivíduo, parece mais aconselhável considerar esta forma de reprodução um tipo especial de autofertilização, uma vez que os efeitos genéticos da geitonogamia se aproximam daqueles da autofertilização. ferro fundido cinzento Ferro fundido com grafita lamelar formada durante a solidificação. (Metalurgia) ferro fundido maleáve Ferro fundido obtido através de um tratamento térmico que provoca a formação da grafita, a partir da dissociação do Fe3C; a microestrutura resultante apresenta alguma dutilidade. (Metalurgia) ferro fundido nodular Ferro fundido com grafita esférica na microestrutura. (Metalurgia) ferro gama Ver austenita. (Metalurgia) fertilizante Qualquer substância, mineral ou orgânica, natural ou sintética, capaz de, quando aplicada ao solo fornecer um ferro gusa É a principal matéria prima para obtenção de aços e ferros fundidos, 180 VOCABULÁRIO DA NATUREZA filarenito Arenito lítico com mais de 50% das partículas de rochas constituídas de ardósia, filito e micaxisto, isto é, rochas nas quais predominam os filossilicatos. ou mais nutrientes para as plantas; adubo fetch Área onde se formam as vagas nos oceanos, lagos ou reservatórios, sob a ação do vento. Sua extensão é medida na direção do vento. filete Parte do estame que sustenta a antera; são elásticos e pegajosos, ligando as políneas à coluna. (Botânica) fibra indigesta Porção fibrosa da planta, tal como celulose, que são parcialmente digestíveis e relativamente baixa em valor nutricional; na análise química seu resíduo é obtido após fervura do material da planta com ácido diluído e então com alcali diluído. filético Ver evolução filética. filler Ver pó de pedra. filme de água Camada de água circundando as partículas de solo, com espessura variável de uma a mais de uma centena de camadas moleculares, para efeitos práticos, considera-se nessa categoria a água que permanece no solo após o término da drenagem. (Pedologia) fibras ópticas Tecnologia que utiliza feixes de vidro ou plástico para transmissões diversas, por exemplo: de luz e imagens. filme de argila Revestimento de argila visto macroscopicamente nas superfícies dos peds e microscopicamente também nos grãos dos minerais do solo ou nos poros dos solos. (Pedologia) fíbrico Material orgânico do solo menos decomposto; possui grande quantidade de fibras identificáveis quanto à sua origem botânica; tem comumente densidade muito baixa e alto teor de água saturada. (Pedologia) filme falsa-cor Filme que apresenta os objetos com cores diferentes das que possuem na natureza. (Fotogrametria) fibrocimento Material que resulta da união do cimento comum com fibras de qualquer natureza. (Engenharia Civil) filme negativo Imagem fotográfica formada ao ser impressionado diretamente um filme , chapa ou papel , e na qual os tons claros ou escuros do objeto aparecem invertidos. (Fotogrametria) fibrose cística Doença genética que afeta a porção exócrina (secreção externa) das glândulas, incluindo as mucosas e sudoríparas; afeta o pâncreas, causando problemas digestivos, e problemas respiratórios, levando a dificuldade de respirar e susceptiblidade a infecções; atinge também as glândulas sudoríparas , sendo que no verão pode levar a depleção de sal no corpo. (Medicina) filme pancromático Filme que é sensível a toda a porção de espectro visível. (Fotogrametria) filo Categoria taxionômica mais elevada do reino animal , e que corresponde a um grupo de animais que obedecem a um plano similar de construção, resultante de uma descendência comum; em Botânica, sua congênere é a divisão; grande divisão na classificação dos organismos, situada logo abaixo de reino e subdividida em classes. ficomicetos aquáticos Fungos cujo habitat natural é a água; são geralmente saprófitos, podendo contudo apresentar algumas espécies que são parasitas de plantas e outras que causam doenças em peixes; apresentam sempre esporângios, que são órgãos de reprodução assexual, podendo produzir esporos móveis, flagelados ou esporos desprovidos de movimento, sem flagelos. filogenia História das linhas de evolução em um grupo de organismos; a história evolutiva de categorias como espécie, gênero ou família. filão Zona de fissuras aproximadamente paralelas, espaçadas, e preenchidas por minério e rocha parcialmente substituída. filosfera Superfície das partes da planta que estam acima do solo. 181 VOCABULÁRIO DA NATUREZA filossilicato Silicato com estrutura constituída de grupos tetraédicos ligados bidimensionalmente entre si, num arranjo hexagonal contínuo, para formar folhas de composição (Si4O10)4; os argilominerais resultam da combinação dessa folha silicato tetraédica com a folha hidróxido octaeédrica decurso do tempo e de acordo com os organismos que se considera. filozona Ver zona de linhagem. fiorde Termo norueguês aplicado a baías estreitas de um sistema montanhoso, que adentram profundamente em terra firme, com extensões que podem alcançar até 10 vezes a sua largura; as encostas são abruptas, onde são reconhecidas antigas linhas de costa, dispostas em várias séries; encontrado somente em altas latitudes. filtro molecular Ver filtro-membrana. filtro-membrana Filtro de malha rígida, de material polímero na forma de uma película, com poros de tamanho uniforme e preciso; filtro molecular. filtração Processo adotado para o tratamento da água que é destinada ao abastecimento, e que consiste na utilização de um leito artificial, usualmente de areia e pedra, sobre o qual a água bruta ou a água decantada é distribuída, havendo a retenção de partículas finas e/ou flocos na passagem por esse meio filtrante. fisiologia ambiental Ver ecofisiologia. filtração biológica Processo que consiste na utilização de um leito artificial constituído de material, tal como pedra britada, escórias de ferro, ardósia, tubos, placas finas ou material plástico, sobre os quais às águas residuárias são distribuídas, constituindo filmes, favorecendo a formação de limos (zoogléia) que floculam e oxidam a água residuária. Ver filtro biológico. fissão nuclear É a quebra do núcleo de um átomo através do bombardeio com nêutrons; esta quebra ou fissão do núcleo libera novos nêutrons que irão fissionar outros núcleos, e assim sucessivamente, originando uma reação em cadeia. Interação na qual os núcleos antes unidos em um núcleo atômico são separados, liberando energia. fissura Uma (Medicina) filtro Meio poroso que permite a separação e a retenção de partículas sólidas ou líquidas de um fluido. rachadura profunda. fístula Orifício anormal de comunicação entre dois órgãos internos ou entre um órgão interno e o meio externo através da pele. (Medicina) filtro biológico Leito de areia, cascalho, pedra britada ou outro meio, através do qual a água residuária sofre filtração biológica. fiterisia Processo de migração competição entre os vegetais. filtro de nitrificação Filtro biológico que é empregado para proporcionar maiores condições de tratamento do efluente de uma estação de lodos ativados ou de um filtro biológico, com a finalidade de completar a oxigenação do nitrogênio amoniacal para nitrato. e fitocenologia Ver fitossociologia. fitoecologia Ramo da ecologia voltado ao estudo das relações entre os vegetais e o ambiente ou entre as diferentes espécies de uma comunidade sem referência ao ambiente. filtro dedal Filtro que apresenta forma cilíndrica, sendo fechado em uma das extremidades e construído geralmente de material cerâmico ou celulósico, e utilizado em poluição do ar. fitófago Denominação utilizada para animais que comem plantas, sendo geralmente aplicado aos insetos. fitofármacos Ver fitomedicamento. filtro ecológico Barreira ambiental que possui permeabilidade parcial e cuja efetividade varia naturalmente no fitomandinos Animais protozoários, fitomastiginos, da ordem Phytomonadina, 182 VOCABULÁRIO DA NATUREZA que vivem isolados ou em colônias, geralmente em água doce. (Zoologia) individuais como densidade, biomassa, freqüência e estratificação. fitomastiginos Subclasse dos protozoários mastigóforos ou flagelados, incluindo os protozoários flagelados que possuem cloroplastos. (Zoologia). fitotaxia Ver fitotaxionomia. fitotaxionomia Taxionomia vegetal. Ver taxionomia. fitoteca Lugar onde se guarda as exsicatas; herbário. fitomedicamento Qualquer extrato de planta ou substância isolada utilizada como medicamento remédios feitos a partir de plantas medicinais; fitofármacos. fitotecnia Arte de cultivar e multiplicar as plantas. Ver agricultura. fitoterapia É um método terapêutico de domínio médico que utiliza plantas medicinais em seu estado natural ou tecnicamente processadas; é considerada como um método natural preventivo, conservador, regenerador e curativo para o tratamento (terapia) das doenças; é a terapêutica mais antiga da Humanidade, berço da farmacologia química que hoje sintetiza as substâncias que ocorrem naturalmente nas ervas, mas que é incapaz de reproduzir sua natureza energética intrínseca, a qual confere-lhes, segundo alguns, qualidades que vão além de suas propriedades químicas; assemelha-se mais ao tratamento convencional do que ao modelo homeopático. Ver homeopatia. fitômetro Planta que serve como indicadora das condições predominantes em determinado ambiente, através da avaliação da transpiração, crescimento, etc. fitônia Nome popular de duas plantas herbáceas amazônicas, Fittonia argyroneura e F. vershaffeltti, da família das Acantaceas, muito utilizadas em jardins em conseqüência de suas folhagens. fitonomia Parte da botânica que estuda a origem e o desenvolvimento dos vegetais. fitonose Termo que designa as doenças dos vegetais. fitopaleontologia fósseis. Estudo dos vegetais fitoterápicos Ver fitomedicamentos. fixação Processos que ocorrem no solo, pelos quais certos elementos químicos essenciais ao desenvolvimento vegetal são convertidos a uma forma praticamente insolúvel; exemplo: fixação do fósforo em solos ricos em Fe2O3. fitopatologia Patologia vegetal. fitoplâncton Denominação utilizada para indicar organismos vegetais que vivem no corpo de águas marinhas; os responsáveis pela produção e acúmulo do O2 na atmosfera terrestre. Ver zooplâncton. fixação de fósforo Reação química que ocorre no solo fazendo com que o P fique fixado às partículas do solo; uma vez fixado, o P não pode mais ser absorvido pelas plantas. fitossociologia Ciência voltada ao estudo das comunidades vegetais, envolvendo a investigação de todos os fenômenos relacionados com a vida das plantas dentro das unidades sociais; retrata o complexo vegetação-solo-clima; estudo da estrutura de um tipo de vegetação, isto é, como os indivíduos de cada espécie de planta se distribuem dentro de uma comunidade, em relação a outros indivíduos da mesma espécie e a indivíduos de outras espécies, correlacionando às características fixação de nutrientes Processo que ocorre no solo pelo qual certos elementos químicos nutrientes são convertidos de uma forma solúvel ou trocável para uma forma menos solúvel ou não trocável, tornando-se não disponível para as plantas; ocorre com o nutriente fósforo (com mais intensidade em solos ácidos) e com o potássio (em solos com argilas 2:1). 183 VOCABULÁRIO DA NATUREZA flagelados Ver mastigóforos. (Zoologia) cônicos ou em placas hexagonais com lâminas flexíveis e elásticas e coloração frequentemente parda-amarela; contém usualmente cerca de 3% de fluor substituindo a hidroxila e algum ferro ferroso no lugar do magnésio. flanco Região látero-ventral do corpo. (Zoologia) flare Súbita erupção de energia no disco solar, com duração de alguns minutos ou horas, da qual são emitidas radiações e partículas. (Astronomia) flora Expressa o conjunto de plantas de uma área geograficamente definida, possibilitando a identificação das plantas ali ocorrentes, bem como sumariza um conjunto de dados que contempla a distribuição geográfica, habitats, nomes populares, entre outros, relativos à cada espécie. flaser Estrutura em que lentes e cristais estirados, geralmente constituídos por quartzo, muitas vezes com extinção ondulante, encontram-se separados por bandas de material que se apresenta finamente cristalizado, comumente puro; cristais ovóides, normalmente de feldspatos ou máficos, podem ocorrer na matriz sob a forma de megacristais facoidais, em torno dos quais a foliação se acomoda. flora adventícia Conjunto de vegetais, presentes em uma determinada região, cuja introdução deve-se ao homem. flora intestinal Nome dado as bactérias e fungos que crescem normalmente e fazem parte do intestino. Sua principal função é ajudar na digestão. (Medicina) flexão Curvatura ou arqueamento imposto a um corpo devido à atuação de forças verticais perpendiculares ao eixo ou à superfície desse corpo; pode ser considerada também, como causada por tração e compressão simultâneas agindo desigualmente em partes diferentes de um corpo. floração Denominação aplicada ao desabrochamento dos botões florais. (Botânica) florais Conjunto de extratos de flores, que agem sobre o corpo sutil das pessoas; florais de Bach, desenvolvidos pelo médico Richard Bach, são feitos a partir das essências de 28 flores. flint Variedade dura de chert, que apresenta fratura conchoidal, cor cinza ou preta, sendo constituído por calcedônia ou quartzo criptocristalino, porém ser a presença de opala. floresta Conjunto natural de plantas e de animais, com predominância de árvores, que protegem o solo contra o impacto direto do sol, dos ventos e das chuvas; importantes para seres humanos, por oferecem produtos e garantirem o equilíbrio ambiental, reduzindo por exemplo o perigo do aquecimento global; conjunto de sinúsias dominado por fanerófitos de alto porte,e apresentando quatro estratos bem definidos: herbáceo,arbustivo,arvoreta e arbóreo; deve ser também levada em consideração a altura, para diferencia-la das outra formações lenhosas campestres. floculação Método destinado ao tratamento de esgotos industriais, mais precisamente a sua parte não biodegradável, através da adição de produtos químicos ao esgoto, com o intuito de provocar a formação de flocos que retém os poluentes. floema O tecido condutor da seiva elaborada ou orgânica nos vegetais vasculares; formado por elementos crivosos, células parenquimentosas, fibras e esclerócitos; pode ser primário ou secundário e acha-se localizado para fora do lenho (xilema). (Botânica) floresta de araucária Zona de vegetação ocupada pela Araucaria angustifolia situada entre o paralelo 29º 30' sul, no Rio Grande do Sul (a partir de 400 m de altitude), e o paralelo 20º sul, em Minas Gerais (altitudes superiores a flogopita Mineral do grupo das micas, que cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática, de composição KMg3(AlSi3O10), e apresentando-se normalmente em cristais prismáticos 184 VOCABULÁRIO DA NATUREZA 1000 m); a araucária já existia na terra desde a era dos dinossauros, há mais de 200 milhões de anos, e era distribuída por todo o planeta; hoje restam apenas 19 espécies restritas ao Hemisfério Sul, sendo uma delas encontrada no Brasil: a araucária, também conhecida como pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná precipitação bem distribuída durante o ano (de 0 a 60 dias secos). (Botânica) floresta plantada Formação florestal composta por espécies exóticas e/ou nativas, plantadas com objetivos específicos. (Silvicultura) floresta ripária Floresta adjacente a corrente ou cursos d’água e cujas raízes estão próximas da zona de saturação, devido à proximidade de água subterrânea; floresta que orla um ou dois lados de um curso d’água, numa região onde a vegetação característica não é florestal (cerrados, caatinga, etc.); floresta de galeria, mata ciliar, floresta marginal. floresta equatorial Vegetação pluvial de grande porte com vários estratos, muito rica em. espécies, apresentando diversas combinações florísticas, situada via de regra entre 10o N e 10o S de latitude; constituem as florestas pluviais de distribuição zonal (Amazônia) por oposição às florestas tropicais de distribuição norte-sul (Mata Atlântica do Brasil). floresta tropical Situada na faixa equatorial, onde há muita chuva e umidade; contém pelo menos metade das espécies vivas do Planeta, muitas das quais ainda desconhecidas pela ciência, mas que podem ter qualidades medicinais, alimentares ou servir como matérias-primas; além disso, ajudam a retirar gás carbônico da atmosfera pela fotossíntese, o que reduz o aquecimento global; são ameaçadas pela cobiça em torno da madeira nativa, e pelos novos usos do solo para a expansão agrícola, a pecuária ou urbanização. floresta homogênea Formação florestal plantada, constituída de apenas um gênero florestal. (Silvicultura) floresta latifoliada Aquela em que predominam espécies arbóreas cujo aparelho foliar é formado por folhas largas; ocorrem tanto em regiões tropicais, corno em regiões subtropicais, ou mesmo temperadas quentes. floresta nacional, estadual ou municipal Unidade de conservação com área extensa, geralmente bem florestada e que contém considerável volume de madeira e biomassa vegetal em combinação com o recurso água, condições para sobrevivência de animais silvestres; os objetivos de manejo nestas unidades são os de reproduzir, sob o conceito de uso múltiplo, um rendimento de madeira e água, proteger os valores de recreação e estéticos, proporcionar oportunidades para educação ambiental e recreação ao ar livre florestamento Constituição de uma floresta onde não existiam formações arbóreas precedentemente. (Silvicultura) flotação Processo de elevação de partículas existentes na água, por meio de aeração, insuflação, produtos químicos, eletrólise, calor ou decomposição bacteriana, e respectiva remoção, sob a forma de escuma; explora diferenças nas características de superfície entre as várias espécies minerais existentes; a seletividade do processo é baseado no fato da superfície das espécies minerais, poder apresentar diferentes graus de hidrofobicidade. floresta natural Formação florestal composta por espécies de ocorrência típica de determinada região, cuja composição obedeça às características próprias da sucessão vegetal. flotação em óleo Processo de concentração mineral por flutuação na presença de bolhas de ar, água e óleo; as partículas finas aderem inicialmente às gotas de óleo dispersas na fase floresta ombrófila Aquela que apresenta característica ombrotérmica, ou seja, está condicionada aos fatores climáticos tropicais de elevadas temperaturas (médias de 25o C) e de alta 185 VOCABULÁRIO DA NATUREZA aquosa, e os agregados óleo/partículas são então coletados pelas bolhas de ar. fluxo de lama Fluxo de fragmentos de origens diversas, lubrificado com grande quantidade de água, e usualmente seguindo o curso principal de uma drenagem. fluência Fenômeno pelo qual os metais e ligas tendem a sofrer deformações plásticas, quando submetidos por longos períodos a tensões constantes, porém inferiores ao limite de resistência normal do material; normalmente ocorre a altas temperaturas; deformação lenta causada por tensões inferiores ao limite de escoamento normal na presença de temperatura e a uma tensão constante. (Metalurgia) fluxo energético Quantidade de energia que é acumulada ou passa através dos componentes de um ecossistema, em um determinado intervalo de tempo. fluxo laminar Tipo de fluxo em que as partículas de fluido deslocam-se em camadas paralelas lisas; ou seja, as linhas de fluxo não se entrecortam; as perdas de carga são proporcionais às velocidades; é o fluido típico das águas subterrâneas. fluidização Processo pelo qual os gases, passando através de um depósito ou camada de partículas, misturam-se as mesmas, promovendo seu fluxo como líquido, facilitando sua reação química e abrasando-as. fluxo superplástico Deformação extensiva que se verifica em resposta a uma tensão aplicada, anômalamente pequena. fluido Designação comum a líquidos e gases. fluxo turbulento Fluxo no qual as linhas de fluxo se cruzam de maneira confusa, através da mistura heterogênea das correntes, tanto na vertical quanto na horizontal. flúor Elemento altamente tóxico para plantas, animais e homens; em doses controladas, é um poderoso preventivo das cáries dentárias, e está presente no tratamento de águas e em cremes dentais. fluxos gravitacionais Depósitos formados pelo transporte de sedimentos paralelamente ao substrato, por efeito da ação da gravidade, onde as partículas são mantidas dispersas; existem quatro tipos de fluxos gravitacionais, diferenciados com base no modo como os grãos são sustentados: corrente de turbidez; fluxo granular; fluxo fluidificado e fluxo de detritos. fluorescência Propriedade apresentada por alguns minerais de se tornarem luminescentes durante a exposição à luz ultravioleta, raios-X ou raios catódicos. fluorita Mineral que pertence à classe química dos halóides e cristaliza no sistema isométrico, possuindo hábito cúbico, mas também podendo ocorrer na forma maciça, colunar, de granulação grossa ou fina; em geral é transparente a translúcida, com brilho vítreo e cores bastante variáveis, apresentando dureza 4, clivagem perfeita , composição CaF2 e densidade 3,18; pode apresentar o fenômeno da flourescência. fluxoturbidito Depósito sedimentar formado por mecanismo intermediário entre o deslizamento submarino e as correntes de turbidez. flysch Potente sequência de areia e argila interestratificadas, com os arenitos mostrando em geral base erosiva e seleção dos grãos, e as argilas encerrando uma fauna marinha; definido pela primeira vez nos Alpes, tem sido aplicado a rochas similares dos cinturões geossinclinais de quaquer idade e de todas as partes do mundo. fluoroscópio Aparelho ligado ao raio-X utilizado para visualizar os órgão internos. (Medicina) fluvial Referente a rio. fluxo bifásico Fluxo simultâneo de dois fluidos em estados físicos diferentes; por exemplo: petróleo (líquido) e gás natural (gasoso). foco sísmico O ponto sob a superfície da terra onde se inicia a ruptura sísmica 186 VOCABULÁRIO DA NATUREZA folhelho oleígeno Folhelho que apresenta um teor de matéria orgânica superior a 10%. e de onde irradiam as ondas sísmicas; ponto situado no interior da Terra onde é liberada a energia sísmica por ocasião dos terremotos. folhosa Espécie florestal que apresenta madeira dura e fibra curta. fogo Denominação utilizada para as cintilações que apresentam as cores do espectro refletidas pelas facetas de uma gema lapidada, e devida à dispersão da luz. (Gemologia). foliação Denominação aplicada para todas as feições planares presentes nas rochas metamórficas; corresponde a vários tipos de estruturas tais como: xistosidade; clivagem de crenulação; bandamento composicional; clivagem de transposição e foliação milonítica. fogo abafado Fogo que se propaga vagarosamente, sem fazer chama. fogo controlado Técnica que utiliza o uso deliberado do fogo com o intuito de queimar detritos agrícolas ou florestais em uma determinada área. foliação milonítica Arranjo paralelizado de minerais e agregados minerais produzido pelo fluxo plástico durante a deformção não-coaxial dúctil. fogo de encontro Fogo que é lançado em oposição a um incêndio, objetivando impedir sua propagação. fonte Surgência natural de água, em superfície, a partir de uma camada aqüífera; nascente, olho d'água. fogo rasteiro Fogo que se propaga lentamente, geralmente com chamas pequenas. fonte de energia É a capacidade que certos recursos naturais tem de gerar força; podem ser de dois tipos: renováveis -relacionadas às forças da natureza, como os ventos; as águas correntes dos rios e dos mares; o Sol; os vulcões e gêiseres, ou aos seres vivos animais e vegetais (fontes bióticas como o biogás, o etanol, o metanol), e nãorenováveis ou minerais (como o carvão mineral, o petróleo, o folhelho, o urânio). folga Distância vertical entre o coroamento da barragem e a cota máxima que atinge a água na represa. (Energia) folha bandeira A folha inserida mais alta no colmo de gramíneas em estágio reprodutivo; a folha imediatamente abaixo da inflorescência. (Botânica) folha caduca Folha que dura menos de um ano, fazendo com que a árvore se apresente sem folhagem durante um determinado período. (Botânica) fonte de inóculo Insetos ou plantas voluntárias portadoras de microorganismos patogênicos. foraminíferos Organismos dotados de pseudópodes muito finos, anatomosados, e que elaboram uma testa, isto é, um tipo de concha, secretada pelo citoplasma ou constituída por aglutinação de material estranho captado pelos pseudópodes, os quais tem a função de locomoção, fixação e captura de alimentos; são predominantemente marinhos e bentônicos, sendo que um grupo relativamente restrito é plantônico; são em geral microscópicos. (Zoologia) folha de flandres Chapa fina de aço (0,30 mm a 6,0 mm de espessura) recoberta de estanho. folheação Denominação aplicada ao desabrolhar das folhas, que se processa em geral no início da primavera. (Botânica) folhelho betuminoso Rocha de granulação fina,normalmente laminada, contendo matéria orgânica, na qual quantidades apreciáveis de petróleo podem ser extraídas por aquecimento; a maior parte do conteúdo orgânico desse folhelhos encontra-se na forma de querogênio. força corporal Força que atua através do espaço, prescindindo do contato direto com o corpo, sendo proporcional à sua massa, e definida em função da magnitude e do sentido da posição do 187 VOCABULÁRIO DA NATUREZA corpo no campo de força; força de ação à distância. superfície terrestre ou em subsuperfície. (Geologia). força de ação à distância corporal. formas de vida Também referidas como formas de crescimento, forma biológica; expressam o hábito natural que o organismo de uma planta manifesta, como resultado de seu ajustamento às condições mesológicas no seu limite genético. Ver força força de adesão Atração que as partículas do solo exercem sobre as moléculas de água. (Pedologia) força de contato Ver força superficial. força nuclear forte Força fundamental da natureza que mantém unidos os quarks, e mantém os núcleons (compostos de quarks) junto com os núcleos dos átomos. formicida Qualquer substância usada na eliminação de formigas, especialmente saúvas. fórmula de fertilizantes Quantidades de N, P2O5 e K2O contidas numa mistura de fertilizante; outros elementos, se presentes, podem ter suas quantidades descritas na embalagem força nuclear fraca Força fundamental da natureza que governa o processo de radioatividade; é geralmente explicada pela teoria eletrofraca. forças de coesão Atração que as moléculas de água ou as partículas de solo exercem entre si. (Pedologia) forno rotativo de produção Cilindro rotativo, inclinado e revestido internamente de material refratário, com chama interna, utilizado para converter basicamente compostos de cálcio, sílica, alumínio e ferro, proporcionalmente misturados, num produto final denominado clínquer. Ver clínquer. forésia Hábito apresentado por um animal em fazer-se transportar deliberadamente por outro de maior porte, como observado entre alguns artrópodes. (Zoologia) forragem Outras partes comestíveis das plantas além dos grãos, que servem de alimento para animais; geralmente o termo refere-se ao material mais digestível. forma Face ou grupo de faces que possuem relações iguais para com os eixos cristalográficos. (Cristalografia) foscorito Minério fosfático de afiliação magmática, constituído por uma mistura de apatita, serpentina e magnetita. formação Conjunto de formas de vida de ordem superior composto por uma fisionomia homogênea, apesar da sua estrutura complexa. (Fitogeografia) fosfatagem Aplicação de adubação fosfatada, geralmente a lanço com o objetivo de incorporar fósforo ao solo. força superficial Força que exerce uma ação direta na superfície do corpo, isto é, em contato direto com o mesmo; força de contato. fosfogesso Gesso residual da produção de fosfato ou da dessulfuração de gases; gesso químico. formação propriamente dita Termo criado por Ellemberg & Mueller-Dombois (1965/6) como a quarta subdivisão hierárquica da formação; foi conceituada como a fase ambiental da mesma. (Fitogeografia) fosfonação Reação química ou sequências de reação química que permitem introduzir em uma molécula um ou mais radicais fosfônicos, pela ligação direta carbono/fósforo. formação Unidade fundamental da classificação litoestratigráfica; trata-se de um corpo rochoso caracterizado pela relativa homogeneidade litológica, forma comumente tabular, geralmente com continuidade lateral e mapeável na fosforado Ver organofosforado. fosforescência Propriedade apresentada por alguns minerais de continuarem luminescentes mesmo pós a interrupção dos raios excitantes. 188 VOCABULÁRIO DA NATUREZA H2O, devido à radiação ultravioleta; teorias sustentam que o oxigênio, ou pelo menos a maior parte dele, teve origem inorgânica, a partir da fotodissociação da molécula de água; entretanto, as evidências fósseis e geológicas indicam que o oxigênio teve mesmo origem orgânica nos oceanos. fosforito Rocha fosfática sedimentar de natureza marinha , que apresenta mais de 10% em volume de grãos individuais de fosfato de Ca, Al ou Fe e pertencentes a série da apatita. fossa Tanque de armazenamento de esgotos. fossa negra Escavação, em geral sem revestimento, que recebe esgotos. fotografia aérea É a fotografia de uma porção da superfície terrestre obtida por câmara fotográfica transportada em aeronaves. (Fotogrametria) fossa oceânica Maior depressão da superfície terrestre, situada entre a placa subductante e a placa superior; o preenchimento sedimentar depende da velocidade de suprimento de detritos, existindo situações de fossas sem assoreamento, enquanto outras estão quase atulhadas por sedimentos hemipelágicos e depositos de correntes de turbidez. fotografia aérea oblíqua Quando o eixo ótico está orientado obliquamente em relação à superfície terrestre. (Fotogrametria) fotografia aérea vertical Quando na sua tomada o eixo, ótico da câmara fotográfica é aproximadamente vertical à superfície terrestre. (Fotogrametria) fossa sanitária Escavação no chão, para coletar esgotos de uma casa, não ligada a nenhum sistema de drenagem. fotogrametria Ciência da elaboração de cartas, mediante fotografias aéreas, utilizando-se aparelhos e métodos estereoscópicos; técnica de determinação das curvas de nível, nos levantamentos cartográficos, por meio de pares de fotografias; aerofogrametria. fossa séptica Tanque de sedimentação e digestão, no qual é depositado o lodo constituído pelas matérias insolúveis das águas residuárias que passam pelos mesmos, sofrendo decomposição pela ação de bactérias anaeróbicas. fotoíndice Reprodução fotográfica, em redução, de um conjunto de fotografias aéreas montadas ordenadamente, para permitir a identificação de cada foto representativa de uma área, através de um número. fóssil Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram sem perder as características essenciais. fotointerpretação Determinação da natureza e descrição de objetos através de suas imagens fotográficas; são aplicadas em levantamento de recursos naturais; o ato de examinar e identificar objetos ou situações em fotografias aéreas ou outros sensores, determinando o seu significado. fossildiagênese Denominação que abrange todos os eventos pósdeposicionais ligados à preservação de restos de organismos ou dos vestígios deixados por esses restos. fóssil-guia Organismo que gozou de larga distribuição geográfica, embora tenha tido curta duração geológica, e cujos restos não apenas se conservaram em abundância como também são fáceis de serem identificados. fóton Partícula com massa em repouso nula constituída por um quantum de radiação eletromagnética; pode também ser visto como uma unidade de energia igual a hf, onde h é a Constante de Planck e f é a frequência da radiação em hertz; viaja à velocidade da luz. (Astronomia) fossilização Conjunto de processos naturais que permitem a conservação dos restos ou vestígios de fósseis. fotodissociação Consiste na separação de um átomo de oxigênio da molécula 189 VOCABULÁRIO DA NATUREZA fototriangulação Processo da extensão do controle horizontal ou vertical, por meio do qual as medições de ângulo ou de distâncias em fotografias estereoscópica têm relação com uma solução espacial, usando-se os princípios da perspectiva das fotografias; este processo implica, em geral, no uso de fotografias aéreas, recebendo a denominação de aerocaminhamento. fotoperíodo Período em que planta é diariamente exposta à luz. fotorespiração Atividade respiratória devido a reação de O2 ao invés de CO2 na via fotossintética que ocorre em plantas C3 durante o período de luz; não há produção de energia aproveitada pela planta. fotosensibilização Doença não contagiosa resultante da reação anormal de uma pele despigmentada, após um agente foto-dinâmico ter sido absorvido pelo sistema animal; pastejo de certos tipos de vegetação ou ingestão de certos fungos sob condições específicas causam fotosensibilização. fouling Formação gelatinosa que algumas vezes é observada nas canalizações de água potável, em decorrência da ação de microorganismos. foz Boca de descarga de um rio; este desaguamento pode feito num lago, numa lagoa, no mar ou mesmo num outro rio; a forma da foz pode ser classificada em dois tipos: estuário e delta. fotosfera Superfície solar com uma espessura de cerca de 200 km. (Astronomia) fotossíntese Processo bioquímico associado às plantas verdes (clorofiladas), em que a energia obtida graças à luz é transformada em energia química, a partir de substâncias simples como o dióxido de carbono e a água; a clorofila dos cloroplastos serve como captador de energia que é utilizada para a fragmentação da água (fotólise); o hidrogênio liberado no processo, serve para a redução do C02 a hidrato de carbono; a substância orgânica obtida da fotossíntese é o componente alimentício fundamental para quase todos os seres vivos; no processo existe a liberação do oxigênio, fundamental para a oxigenação do ambiente. frações de solo Partículas minerais de solo variando entre limites de tamanho especificados. (Pedologia) fragilidade ambiental Diz respeito à susceptibilidade do meio ambiente a qualquer tipo de dano, inclusive à poluição ambiental. (Ecologia) fragipã É um horizonte mineral subsuperficial, com 10 cm ou mais de espessura, usualmente de textura média ou algumas vezes arenosa ou raramente argilosa, que pode, mas não necessariamente, estar subjacente a um horizonte B espódico ou horizonte álbico; tem conteúdo de matéria orgânica muito baixo, a densidade alta em relação aos horizontes sobrejacentes e é aparentemente cimentado quando seco, tendo então consistência dura, muito dura ou extremamente dura. (Pedologia) fotossistemas São os complexos responsáveis pela conversão da energia luminosa em energia química; nos organismos que realizam fotossíntese oxigênica, existem dois fotossistemas agindo em série, segundo o modelo em Z de Hill e Bendall: o fotossistema I (PSI) e o fotossistema II (PSII). fragmento florestal Pequena floresta plantada, constituída de apenas um gênero florestal. fototaxia Movimentos de deslocamento apresentados por determinados organismos quando estimulados pela luz; pode ser positiva quando o organismo se aproxima da luz, ou negativa quando se afasta. fragmento grosseiro Rocha ou partículas minerais maiores que 2 mm de diâmetro, também conhecidos como esqueleto do solo. (Pedologia) fragmento hidroclástico Variedade de piroclástico formado pela explosão de 190 VOCABULÁRIO DA NATUREZA frente fria Frente cujo movimento é tal que uma massa de ar mais fria substitui uma mais quente; a passagem de uma frente fria normalmente caracteriza-se na superfície da Terra por queda de temperatura e mudança na direção do vento; provoca chuva na maioria dos casos; pode provocar, também, pancadas de chuva forte com trovoadas. (Meteorologia). vapor que ocorre na interface magmaágua,e também devido à fragmentação mecânica, causada pelo rápido resfriamento resultante do contato da lava com a água ou com sedimentos saturados de água. (Geologia) fragmentos bioclásticos Fragmentos constituídos por restos orgânicos, sendo mais frequentes as conchas de moluscos franja capilar Parte inferior da zona de aeração nos solos, e que contém água em maior grau de saturação. (Pedologia) frente polar Frente que separa a Massa de Ar Polar da Massa de Ar Subtropical. (Meteorologia) fratura Descontinuidade que aparece isoladamente em uma massa rochosa, não correspondendo portanto nem a uma junta e nem a uma falha. (Geologia) frente quase estacionária Frente cuja posição permanece quase que inalterada ao longo de um certo período de tempo. (Meteorologia) fratura de tensão Plano de partição presente em uma rocha, o qual não envolve deslocamento, encontrando-se preenchida, característica esta indicativa de dilatação ou distensão; no campo forma um sistema de veios cônicos paralelos e frequentemente com disposição escalonada; desenvolve-se, em geral, perpendicularmente ao tensor extensional. (Geologia) frente quente Frente cujo movimento é tal que uma massa de ar mais quente substitui uma mais fria; a passagem de uma frente quente normalmente caracteriza-se na superfície da Terra por aumento de temperatura e mudança na direção do vento; precipitação geralmente ocorre na aproximação desta frente. (Meteorologia) frequência Propriedade de uma onda que descreve quantas vezes um ciclo da onda passa num período de tempo; é normalmente medida em Hertz (Hz), onde uma onda de 1Hz nos informa que 1 ciclo da onda passa em 1 segundo. (Astronomia) fratura inferior Fratura formada por esforço divergente dentro do bloco continental; as feições dominantes são horsts e grabens. (Geologia) freatomagmática Erupção vulcânica de carater explosivo resultante da interação da água superficial ou subterrânea com o magma. frequência cardíaca É o número de batimentos do coração na unidade de tempo, geralmente expressa em batimentos por minuto (bpm). (Medicina) frente Superfície de descontinuidade que se forma quando do encontro entre duas massas de ar com características diferentes. (Meteorologia) freqüência gênica Proporção de um alelo de um par ou série presente em uma população ou amostra, ou seja, o número de loci que um determinado gene ocorre, dividido pelo número de loci que ele poderia ocorrer, expresso como um número puro entre 0 e 1. (Genética) frente antártica Frente que se desenvolve e persiste ao redor do Continente Antártico, aproximadamente entre as latitudes 60º e 65º S, e separa a Massa de Ar Antártica da Massa de Ar Polar Marítima (Pm), mais ao norte. (Meteorologia) friagem Súbito e significativo abaixamento da temperatura que ocorre na Amazônia Ocidental, em conseqüência da atuação de frentes frias mais intensas que se originam nas zonas antárticas. (Climatologia) frente de onda Superfície que passa por todos os pontos que estão na mesma fase, nas ondas geradas em um instante determinado. 191 VOCABULÁRIO DA NATUREZA importância são formadas por partículas com diâmetros inferiores a meio mícron. Ver fumos. friável Termo de consistência do solo, quando úmido; diz respeito à facilidade de esborroamento do material de solo. (Pedologia) fumarola Emanação de gases vulcânicos, com temperaturas 0 compreendidas entre 800 C e 2500 C, contendo H2O, SO2 e HCl e que produzem depósitos principalmente de NaCl, Fe2O3 e FeCl3. frontogênese Processo responsável pela formação de uma frente ou da intensificação de uma frente já existente. (Meteorologia) frontólise Dissipação de uma frente. (Meteorologia) fumigação do solo Tratamento do solo com substâncias voláteis ou gasosas, as quais eliminam total ou parcialmente a microfauna e microflora do solo fructan Carboidrato de armazenamento; polímeros de frutose que inclui uma molécula de glicose; sintetizado a partir da sacarose o polímero é solúvel em água e armazenado no vacúolo. fumigante Substância química ou mistura de substâncias apresentando propriedades de volatilização e capazes de exterminar insetos ou roedores, devendo ser utilizada em ambientes que possam ser fechados de maneira a reter o produto resultante da fumigação. frugívoros Animais que se alimentam preferencialmente de frutos ou partes deles; incluem-se aqui aqueles que se alimentam de sementes e grãos. (Zoologia) fumos São partículas sólidas com diâmetro inferiores a um mícron, formadas pela condensação de vapores de materiais sólidos, geralmente metais, e consequente solidificação. Normalmente este mecanismo é acompanhado de oxidação; são inorgânicos; exemplo: Fumos de óxidos de chumbo, de zinco, etc. Ver fumaça. fruto carnudo Fruto que apresenta o pericarpo volumoso, carregado de substâncias sucosas variáveis sendo constituído por três partes provenientes da parede do ovário: o epicarpo, o mesocarpo e o endocarpo. (Botânica) fruto múltiplo Fruto que se origina nos diversos ovários livres da mesma flor. fruto Órgão gerado pelos vegetais floríferos, e que conduz a semente; resulta do desenvolvimento do ovário em seguida à fecundação; carpo; o ovário maduro de uma planta florífera, junto com seus conteúdos e qualquer parte intimamente relacionada. (Botânica). fundente Agente limpador de ferro, reagente que carrega a escória para o topo, permitindo purificar o ferro. (Metalurgia) fundo marinho Região dos oceanos situada abaixo da linha média da baixamar e constituída por duas unidades maiores: margem continental e fundo oceânico. fruto seco Fruto que apresenta o pericarpo seco e delgado. (Botânica) fruto simples Fruto proveniente de um único ovário de uma só flor. (Botânica) fundo monetário internacional - FMI Criado em 1944, com sede em Washington, Estados Unidos, com o objetivo de promover a cooperação monetária internacional, a estabilidade cambial, fomentar crescimento econômico e elevar o nível de emprego; suas atribuições incluem ainda a prestação de assistência financeira temporária a países em dificuldades; atualmente, o FMI tem 182 paísesmembros e acumula uma carteira de fulgurito Pequeno tubo de material vítreo, formado pela fusão da areia pela ação de raios, podendo alcançar 40 cm de comprimento por 5 a 6 cm de diâmetro. fumaça São partículas, geralmente mas não obrigatoriamente, sólidas em suspensão no ar, e oriundas da combustão incompleta de materiais orgânicos; as fumaças industriais de 192 VOCABULÁRIO DA NATUREZA fusão nuclear Processo nuclear pelo qual vários núcleos pequenos se combinam para formar um núcleo maior cuja massa é ligeiramente menor que a soma dos núcleos pequenos; a diferença de massa é convertida em energia segundo a famosa equação de Einstein (E=mc2); essa é a fonte da energia solar e, em última instância, de quase toda energia da Terra. (Física) empréstimos que soma 64 bilhões de dólares. (Economia) fundo oceânico Região da crosta oceânica situada abaixo da isóbata de 4.000 m, sendo dividida em: planície abissal, dorsal oceânica e fossa oceânica. Ver fundo marinho. fungicida Qualquer substância química aplicada às plantas cultivadas para matar fungos, ou prevenir o desenvolvimento de doenças fúngicas. fusão parcial Principal processo de formação de magma provocado por fluxo de calor na crosta ou no manto, calor este produzido por radioisótopos e/ou descompressão adiabática; o magma assim produzido origina um sólido residual que corresponde a enclaves ou xenólitos (geralmente rochas ultramáficas) que podem ser trazidas, pelo próprio magma, até a superfície terrestre. (Geologia) fungos Protistas superiores que produzem esporos, não possuem clorofila, sendo incapazes de sintetizar seu próprio alimento, dependendo portanto de outros organismos para completar sua nutrição; com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores; seu citoplasma contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso; são heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta, sendo sua nutrição feita por absorção de nutrientes graças a presença de enzimas que são por eles produzidas e que degradam produtos como, celulose e amido; suas células possuem vida independente e não se reúnem para formar tecidos verdadeiros; são ubíquos, encontrando-se no solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos em geral.; podem viver de matéria orgânica morta, ocasionando ou auxiliando na sua decomposição; podem ainda parasitar outros seres vivos, alimentando-se do protoplasma das células hospedeiras e também formar associações com seres como as algas ou raízes de vegetais superiores. (Micologia) fusênio Substância similar ao carvão vegetal, formada por madeira carbonizada e responsável pelo aspecto sujo do carvão mineral comum, pois é extremamente friável e portanto facilmente reduzida a um pó fino; ocorre principalmente como manchas ou lentes. fuso UTM Zona de projeção delimitada por dois meridianos cuja longitude difere de 60 e por dois paralelos de latitude 800, Norte e Sul. fusos horários Convenção internacional criado para determinar uma hora mundial, como um referencial planetário, tendo como ponto de partida o GMT (Greenwich Meridien Time), ou seja, a hora de Londres; sabendo-se que a circunferência tem 3600 e o movimento de rotação da Terra é realizado em 24 horas, divide-se 360 por 24 e chega-se a 150; este espaço de 150 é o fuso horário, onde ocorre a hora legal tanto ao norte como ao sul do Equador. fungos do solo Ver geofungos. furacão Vórtice extremamente intenso, de pequena extensão horizontal, geralmente menor do que 500 m, e que se estende por baixo a partir de uma nuvem tempestuosa, com velocidades muito elevadas de cerca de 100 km/h; a circulação do vento em torno de um furacão se dá geralmente em um direção anti-horária. fuste Parte da árvore que emerge do solo e cresce em direção oposta à das raízes, e compreendida entre o colo e as primeiras pernadas; tronco. (Botânica) 193 VOCABULÁRIO DA NATUREZA G escoam por drenagem. galeria de galeria Passagem horizontal construida no subsolo e que acompanha o corpo mineralizado. Diferencia-se de uma travessa por esta cortar o corpo. (Mineração) g Colocado após o símbolo dos horizontes A, E, B e C, serve para designar desenvolvimento de cores cinzentas, azuladas, esverdeadas ou mosqueamento bem expresso dessas cores, decorrentes da redução do ferro, com ou sem segregação; por exemplo: Ag. galhas Tumores produzidos nas plantas como resultado de infecção por certos patógenos. galo-da-serra (Rupicola rupicola) Aves dançarinas e exibidas; ao serem observadas, um dos machos toma conta da cena e começa a saltitar e termina o número abrindo e desfraldando sua plumagem em leque, como o pavão; logo é substituído por outro e assim cada qual vai exibindo suas habilidades; alguns autores afirmam que as penas tão vistosas dessas aves foram usadas para fazer o manto de gala dos monarcas do Brasil; dizem que basta imitar os seus gritos para atrair um bando dessas aves. gabiões Tipo de enrocamento em que as rochas são arrumadas em gaiolas de tela protegida contra a erosão, as quais podem tomar as formas de caixas, sacos ou montes; com gabiões podem ser construídos muros de arrimo, pequenas barragens, esporões no litoral, dentre outros. gadolonita Mineral amorfo, escuro, de aspecto graxo, silicato de glucínio, ferro e ítrio. (Mineralogia) galvanização eletrolítica Aplicação de recobrimento de zinco por eletrodeposição, técnica que permite um recobrimento mais uniforme do que a imersão à quente e não influi nas propriedades mecânicas do material, recomendado para aplicações onde resistência à corrosão e aderência de tinta são mais importantes. (Metalurgia) Gaia Na mitologia grega, personifica a Terra, nascida logo após o caos primordial, e geradora dos demais deuses; teoria de Gaia, gaiola Tipo de embarcação a vapor, de pouco calado, dotado de pás giratórias à popa ou em ambos os costados dos barcos. galvanização por imersão à quente Aplicação de recobrimento de zinco por imersão da peça em banho de zinco fundido. (Metalurgia) galáxia Componente do nosso Universo feita de gás e de um grande número de estrelas, normalmente mais que 1 milhão, mantidas juntas por gravidade; classificam-se em: Elípticas, Espirais ou Espirais Barradas. (Astronomia) galvanômetro Instrumento que serve para revelar ou medir a intensidade das correntes elétricas fracas, por meio de desvios que se imprimem a uma agulha imantada ou a um quadro condutor colocado no interior de um círculo magnético; é, a rigor, um amperômetro de grande sensibilidade. galena Mineral monométrico, sulfeto de chumbo, o principal minério de chumbo. (Mineralogia) galeria de drenagem infiltração. gravidade; Ver galeria de gambiarra Instalação provisória, de qualquer natureza, geralmente fora das recomendações técnicas. (Engenharia Civil) galeria de infiltração Conduto fechado (dreno ou galeria), de pequena declividade, escavado em um aqüífero, para recolher águas subterrâneas que gameta Célula de origem meiótica especializada para a fecundação. 194 VOCABULÁRIO DA NATUREZA garimpagem Trabalho individual no qual são utilizados instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou máquinas simples e portáteis, na extração de gemas, minerais metálicos ou não- metálicos, valiosos, em depósitos de eluvião ou aluviões, nos alvéolos de cursos d'água ou nas margens reservadas, bem como nos depósitos secundários ou chapadas (grupiaras), vertentes e alto de morros, depósitos esses genericamente denominados garimpos. gametogênese Formação de gametas masculinos e femininos na meiose. ganga Mineral desprovido de valor econômico ou com valor secundário, associado aos minerais-minério. ganho médio diário mudança diária de peso animal em um teste de normalmente duram entre dias. (Zootecnia) Medida de corporal do alimentação; 140 ou 160 ganimedes É a maior lua de Júpiter e de todo o Sistema Solar; com um diâmetro de 5.262 km e uma densidade média de 1,94 g/cm3, apresenta diferenças na sua superfície: regiões muito antigas cheias de crateras ou regiões mais recentes com poucas crateras, o que nos leva a pensar num processo de reciclagem geológica da superfície; tal como Io e Europa, também possui um núcleo de ferro, um manto inferior à base de silicatos, um manto superior à base de gelo e uma crosta de gelo. (Astronomia) garimpeiro Trabalhador que extrai substâncias minerais úteis, utilizando processos rudimentares e individuais de mineração, garimpagem, faiscação ou cata. garnierita Mineral de origem secundária, aparentemente amorfo, que se apresenta sob a forma de incrustações e de massas terrosas, com coloração comumente verde-maçã e composição (Ni,Mg)SiO3 nH2O . gás atômico Gás que é composto por átomos individuais (tal como o hidrogênio e o carbono) que não estão ligados entre si, como as moléculas; pode ser ionizado ou misturado com gás molecular. (Astronomia) gânister Rocha detrítica terrígena, que se apresenta endurecida, sendo formada quase que exclusivamente por quartzo cimentado por sílica secundária. garça-branca-grande (Ardea alba) Ave geralmente solitária e muito paciente para caçar; ela caminha na água rasa, esperando por um peixe ou uma rã; quando a presa está ao seu alcance, espeta ou pinça a presa engolindo-a rapidamente; nidificam em colônias, muitas vezes colocando seus ninhos de gravetos no meio de um banhado. gás de esgoto Gás resultante da decomposição da matéria orgânica dos esgotos sanitários ou que é produzido no decorrer da digestão dos lodos, do sistema de tratamento das águas residuárias, pela ação de microorganismos anaeróbicos; seus principais constituintes são o metano, e o dióxido de carbono. garfo Parte vegetal composta por, pelo menos, uma gema ou borbulha, necessária para a enxertia. (Agronomia) gás ionizado Gás em que os átomos perderam ou ganharam elétrons, de modo que ficaram eletricamente carregados; este termo é muitas vezes utilizado para descrever o gás ao redor das estrelas quentes, onde elevadas temperaturas fazem os átomos perder elétrons. (Astronomia) garganta Passagem estreita situada em uma crista, serra ou borda de um planalto, resultante do aprofundamento do talvegue de um rio em rochas mais resistentes; em seção transversal é menor do que um desfiladeiro e maior e mais profunda do que uma ravina. (Geomorfologia) gás liquefeito de petróleo - GLP Mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos, predominantemente propano e butano; são armazenados no estado gárgula Orifício por onde escoa a água de uma fonte ou de uma cascata. 195 VOCABULÁRIO DA NATUREZA gastrópoda Classe mais abundante de moluscos com cerca de 35.000 especies viventes e cerca de 15.000 espécies fósseis; em geral são dotados de uma concha univalve, sendo constituídos por cabeça, pé e saco visceral, este coberto pelo manto; vivem atualmente nos mares, nas águas doces, salobras e em terra firme, com as formas maiores podendo alcançar até 60 cm de comprimento. Inúmeras formas são desprovidas de conchas (Nudibranchia) ou possuem uma concha reduzida, vestigial. líquido através da elevação da pressão ou da redução da temperatura. gás molecular Gás que é composto por átomos que estão ligados entre si, formando moléculas; a molécula mais abundante no espaço é o hidrogénio molecular (2 átomos de hidrogênio ligados entre si) seguido do monóxido de carbono (1 átomo de carbono e 1 átomo de hidrogênio ligados entre si). (Astronomia) gás natural Mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos (metano e etano, principalmente), obtida da extração de jazidas; utilizado como combustível industrial, doméstico e automotivo. gastroscopia Inspeção visual da cavidade gástrica através de um endoscópio. (Medicina) gato maracajá Este tipo de felino do gênero Felis tem o corpo pintado como o de uma onça; vive na mata e se alimenta de pequenos animais; não costuma atacar o homem mas quando se sente ameaçado pode reagir com extrema violência. gases São substâncias que se encontram em estado gasoso a temperatura de 25o C e sob uma atmosfera de pressão; os gases são fluídos sem forma própria e que possuem a tendência de ocupar qualquer espaço inteira e uniformemente. gavião Índios de diferentes grupos Timbira, da região do médio Tocantins; a denominação vem das penas de gavião usadas em suas flechas; esses índios foram muito reduzidos pelo contágio de doenças em seus primeiros contatos com os brancos; uma das maiores tradições é a corrida de toras; as equipes de revezamento (formada somente por homens), carregam troncos de buriti nos ombros; o mais importante não é quem chega primeiro, o que vale mais é o divertimento; a comemoração é maior quando as equipes chegam juntas ou quase juntas; cada indivíduo recebe dois nomes e um deles não pode ser divulgado, e mostrar ao outro este segredo, significa transferir poder; quando alguém recebe o nome de um parente que já morreu carrega a responsabilidade de manter as características do antepassado e quem o escolhe assume o papel de padrinho com a função de transmitir a cultura; depois do casamento, por um período determinado, entre genro e sogra, nora e sogro, ficam proibidos de chamar o outro pelo nome. gasoduto Conduto que permite o transporte de grandes quantidades de gás a grandes distâncias. gasóleo Derivado de petróleo, mais pesado do que a nafta e mais leve que o óleo combustível, obtido no processo de destilação; utilizado como matéria-prima de processos secundários (craqueamento), para obtenção de GLP e gasolina; dentro de certos limites, pode ser utilizado como óleo diesel ou como diluente para óleos combustíveis. gasolina Mistura de hidrocarbonetos, que destila entre 30º C e 150º C; constitui a parte mais volátil do petróleo bruto; utilizada em motores de Ciclo Otto. gasolina natural Mistura de hidrocarbonetos leves, com algumas características da gasolina, obtida a partir do gás natural. gástrico Localizado ou relacionado ao estômago. (Medicina) gastrólitos Pedras (geralmente quartzo) presentes no estômago de muitas aves, alguns répteis e mamíferos, que auxiliam na trituração dos alimentos 196 VOCABULÁRIO DA NATUREZA gavião real (Harpia harpyja) Ave que ocorre do México à Bolívia e Argentina, passando por grande parte do Brasil; seu habitat é a mata primária; rápida e possante em suas investidas, capaz de despedaçar suas presas, mesmo que elas tenham couro e musculatura fortes; alimenta-se de preguiças, cachorros-domato, tatus, filhotes de veados, macacosprego, seriemas, coatás, araras-azuis, mutuns; é a mais poderosa ave de rapina do mundo, sua garra tem o tamanho da mão humana e quando adulto pode medir até 1 metro. se geralmente um montículo perfurado por onde escapa o jato d'água, sendo este montículo formado geralmente por sílica (opala ou calcedônia) que recebe a denominação genérica de geiserita. geitonogamia Autofertilização típica de espécies monóicas; é o caso da mamona, mandioca e outras espécies vegetais. Ver autopolinização. gel Material formado pela coagulação de uma dispersão coloidal. (Química) geleira Grande e duradoura massa de gelo formada nas regiões continentais, onde a precipitação da neve compensa a perda pelo degelo, motivo pelo qual a massa de gelo é conservada; os dois tipos principais de geleira são as do tipo alpino, ou geleira de vale, e continental, também denominado inlandsis; um terceiro tipo, intermediário, é o de piemonte. gavião-belo (Busarellus nigricollis) Ave de rapina mais vistosa da Amazônia; vive na beira de cursos d'água e lagos e come peixes; é um bom indicador de pressão de caça, pois ainda é comum onde.existem poucos caçadores. geada Ocorrência da temperatura do ar, em contato com o solo ou em um nível mais elevado, abaixo do ponto de congelamento, podendo ou não dar origem à formação de gelo sobre as superfícies expostas; a ocorrência de gelo depende do teor de umidade do ar, sendo que quando há formação de gelo é denominada geada branca e de geada negra quando não ocorre a formação de gelo; quanto a sua origem a geada pode ser de radiação que é resultante do rápido resfriamento da camada de ar próximo ao solo, devido a perda de radiação terrestre em noites calmas e claras, e geada de adveção que ocorre quando uma área é invadida por uma massa de ar de origem polar. (Meteorologia) geleira alpina Ver geleira de vale geleira de piemonte Geleira oriunda da coalescência, na base das montanhas, de geleiras de vale. geleira de vale Geleira que se apresenta com a forma de uma língua e desloca-se através de vales e montanhas; geleira alpina. gelo Água em estado sólido; é de alta importância como fator geológico, por seu caráter destrutivo e construtivo; presente na natureza como gelo continental proveniente principalmente de precipitação atmosférica sólida e de gelo marinho, oriundo do congelamento da água do mar; no gelo continental podem ser distinguidos : gelo de altitude, formado acima da linha de neve perene; gelo de latitude, formado nas zonas polares, onde o limite das neves atinge nível igual ou próximo e zero; corresponde a vastas áreas onde o gelo atinge espessuras consideráveis; o gelo marinho forma-se em altas latitudes, por congelamento da água do mar, não excedendo poucos metros de espessura, podendo contudo ter larga distribuição. geada branca Depósito de gelo de aspecto cristalino, geralmente com forma de escamas, agulhas, plumas ou leques, produzido de maneira análoga ao orvalho, porém à uma temperatura inferior a 00 C. (Meteorologia) gêiser Fonte quente que expele água intermitentemente, sob forma de jatos verticais, havendo grande regularidade nos intervalos de repouso, podendo tal intervalo variar amplamente, desde alguns segundos até mesmo algumas semanas; ao redor de cada gêiser forma- gelo de poro Água congelada nos poros intersticiais de um meio poroso. 197 VOCABULÁRIO DA NATUREZA gelo de profundidade Gelo constituído por partículas de pequenas dimensões, formadas abaixo da superfície do mar, quando o mesmo encontra-se agitado por ondas. geminado de Baveno Geminado observado no ortoclásio, em que o plano do geminado é um plano paralelo a uma face do pisma de primeira ordem. (Cristalografia) gelo deteriorado Gelo flutuante que se encontra em fase de fusão e em adiantado estágio de desagregação geminado de Carlsbad Geminado de penetração, observado no ortoclásio, em que o eixo cristalográfico C é um eixo do geminado, estando os indivíduos unidos sobre uma superfície mais ou menos paralela. (Cristalografia) gelo marinho Gelo formado pelo congelamento da água do mar, a uma temperatura de aproximadamente -1,80 C, em condições de salinidade normal; não deve ser confundido com iceberg. geminado de contato Geminado que apresenta uma superfície de composição definida, separando os dois indivíduos, sendo a lei de geminação definida por um plano de geminação. (Cristalografia) gelo segregado Gelo massivo em um pedon, o qual é relativamente livre de partículas do solo. Ver pedon. (Pedologia) geminado de penetração Geminado constituído por indivíduos que se interpenetram, mostrando uma superfície irregular de contato, com a lei de geminação definida por um eixo do geminado. (Cristalografia) gema Complexo de células das quais brotam os ramos, folhas ou flores. (Botânica) gema Substância natural ou sintética, lapidada, rara, e que devido as suas propriedades de transparência, cor, brilho, dureza, e certos efeitos óticos especiais, tais como chatoyance, asterismo, labradorescência e aventurinização; atualmente os termos pedra preciosa e semi-preciosa encontram-se em desuso. (Mineralogia) geminado múltiplo Geminado formado por três ou mais partes, todas geminadas de acordo com a mesma lei; caso todas as superfícies sucessivas de composição sejam paralelas, o grupo resultante chama-se geminado polissintético; caso não o sejam, são denominados cíclicos; geminado repetido. (Cristalografia) gema adventícia Gema que é produzida irregularmente nas partes antigas de uma planta e não na extremidade do fuste ou de uma folha; não apresenta ligação com a medula da árvore, sendo geralmente originado de trauma no cambio. (Botânica) geminado repetido múltiplo. (Cristalografia) Ver geminado gêmulas Ver blastoconídios. (Micologia) gene Unidade da herança; segmento de ADN, situado numa posição específica de um determinado cromossomo, que participa da manifestação fenotípica de um certo caráter; cada unidade de informação hereditária presente no cromossomo que será responsável pela produção de determinado caráter biológico. (Genética) gema terminal Gema que se renova constantemente através da multiplicação contínua de suas células , proporcionando um aumento ou alongamento de seu eixo; geralmente é de grande atividade, produzindo brotos vigorosos. (Botânica) gene inseticida Gene introduzido na planta para que ela passe a produzir substâncias de resistência a seus insetos predadores. geminado Intercrescimento de dois ou mais cristais de uma determinada substância, de acordo com uma lei definida, de modo que certas direções dos retículos são paralelas ao passo que outras direções estão em posição reversa. (Cristalografia). gene pool Ver reservatório gênico. gene recessivo Aqueles que só afetam o fenótipo quando presentes em 198 VOCABULÁRIO DA NATUREZA eficiência fisiológica temporária ou permanentemente, sendo fatais em apenas alguns indivíduos; Sub-letais correspondem a genes que causam anormalidade genéticas não-fatais ao nascimento ou logo após, mas que matam o organismo antes da idade reprodutiva; os genes letais podem ser dominantes (completo ou incompleto) ou recessivos. (Genética) condição de homozigose; devem ser recebidos genes recessivos de ambos os pais antes que o fenótipo causado pelos genes recessivos possa ser observado. (Genética) gene supressor Genes que codificam proteínas que atuam na regulação negativa do ciclo celular, impedindo a proliferação descontrolada das células. (Genética) genes ligados Aqueles situados no mesmo cromossomo e que apresentam segregação dependente por situarem-se a uma distância menor que 50 centimorgan (cM). (Genética) genealogia Tabulação de nomes de antepassados. (Genética) genealogia de desempenho Aquela que inclui registros de desempenho de antepassados, irmãos, meios irmãos e progênie, além da informação de genealogia habitual. (Melhoramento Genético) gênese de solo Modo que o solo se origina pela ação dos denominados fatores e processo de formação que resultam no desenvolvimento do sólum, ou solo verdadeiro, a partir de material de origem inconsolidado. (Pedologia) genecologia Ciência que estuda a variação ocasionada em plantas como resultado da interação do genótipo com o ambiente; mais especificamente, a genecologia busca detectar diferenças apresentadas pelo mesmo genótipo quando submetido à ação de diferentes ambientes. genética Ciência que estuda a hereditariedade e a variação; estudo científico de como se transmitem os caracteres físicos, bioquímicos e de comportamento, de pais a filhos; este termo foi criado em 1906, pelo biólogo britânico Willian Bateson; ramo da Biologia que estuda a importância dos fatores hereditários na formação das características comuns em organismos vivos, e da regularidade de sua transmissão aos seus descendentes gênero Classificação de plantas ou animais com características comuns bem definidas; é a principal subdivisão de uma família e formado por um número limitado de espécies intimamente relacionadas, ou de uma única espécie (monotípico); é designado por um nome em latim ou latinizado no singular com letra maiúscula, seguido do nome da espécie com letra minúscula, se for natural, ou com letra maiúscula se for híbrida, concordando gramaticalmente com o nome do gênero; tanto o gênero como a espécie são grafados em itálico. genética de populações Estudo quantitativo e mensurável de populações mendelianas mediante metodologia e critérios estatísticos. genética qualitativa Porção da genética que estuda caracteres que apresentam distribuição descontínua. genética quantitativa Estudo da hereditariedade mediante o emprego de análise estatística e da teoria de probabilidade matemática. Ver poligenes. gêneros afins Que pertencem a gêneros intimimamente relacionados e que geralmente se intercruzam. gêneros aliados Ver gêneros afins. genético Resultante de, ou produzido por, fatores e processos de formação do solo; por exemplo, um perfil de solo genético. (Pedologia). genes letais Existem vários graus de letalidade dependendo do tempo e modo de ação gênica: Letais obrigatórios (letais verdadeiros) causam a morte do organismo antes ou logo após o nascimento; Semi-letais diminuem a genipapo Pequena árvore (Genipa americana), com 5 a 15 m de altura cujo 199 VOCABULÁRIO DA NATUREZA cronologia relativa envolve o sistema de eras, períodos e épocas sucessivas, usadas em geologia e paleontologia; literalmente é a ciência que estuda a idade da Terra. fruto é uma baga pesando entre 200-400 g, de casca pardo-amarelada, esponjoso, espessura média de 1,5 cm, polpa sucosa, ácida-adocicada, envolvendo numerosas sementes achatadas; exala um cheiro forte e característico. geodésia Ciência que procura definir e situar as características naturais e físicas de grandes porções da superfície terrestre; busca determinar o tamanho e a figura da Terra (geóide), através de medições como triangulação, nivelamento e observações gravimétricas, e por satélite, que determinam o campo gravitacional externo da Terra, e, até certo limite, a sua estrutura interna. genóforos Unidades que carregam os genes extranucleares, isto é, ao nível citoplasmático (cloroplastos e mitocôndrias); termo designado para diferenciar dos cromossomos (nucleares). (Genética) genoma Conjunto de cromossomos que corresponde ao conjunto haplóide (n) da espécie; é o conjunto genético de cada célula; a identidade do organismo tanto animal como vegetal, o DNA; o processo de análise genética pode descobrir alterações no código genético de um indivíduo, ou seja, se a pessoa está propensa a um determinado tipo de doença. (Genética) geodésia tridimensional A que se caracteriza pela eliminação do uso de superfícies de referência e intermediárias utilizadas nos métodos geodésicos clássicos e modernos, e o emprego de um sistema triortogonal de coordenadas com origem no centro de massa da terra. genótipo Conjunto de genes que formam o patrimônio gênico hereditário, transmitido de geração para geração, que define as características estruturais da espécie. (Genética) geodo Cavidade revestida por minerais que não chegam a completa-la, e cuja forma externa aproxima-se de uma esfera. geoecossistema Conjunto de elementos bióticos, abióticos e antrópicos produzidos no tempo histórico sob ação de forças naturais e humanas, e com os quais mantém múltiplas relações, inter- e retro-ações, que conduzem suas mudanças no tempo e no espaço. (Ecologia) geobotânica Ciência que estuda a origem e a distribuição dos vegetais sobre a Terra. Inclui a fitogeografia, a fitoecologia e a fitossociologia. geoclinal Depressão estreita, longa e acunhada, desenvolvida em margem continental passiva. Caso encerre ou não vulcânicas associadas aos sedimentos, é denominada eugeoclíneo ou miogeoclíneo. geofácies Setor fisionomicamente homogêneo, onde se desenvolve uma mesma fase de evolução geral do geossistema; representa uma pequena malha na cadeia de paisagens que se sucedem no tempo e no espaço no interior de um mesmo geossistema. geocrático Denominação aplicada à fase de preenchimento de uma bacia sedimentar na qual predomina a deposição continental sobre a deposição marinha. geofísica Ramo da física experimental que se preocupa em determinar a estrutura, a composição e o desenvolvimento da Terra, inclusive a atmosfera e a hidrosfera. geocronologia Estudo do tempo em relação à história da Terra, ou a um sistema de datações desenvolvidos para este propósito; a cronologia absoluta envolve a datação de eventos geológicos quantificada em termos de anos, efetivada normalmente com a utilização de isótopos de Rb, Sr, Sm, Nd, Pb, U, na chamada geocronologia isotópica; a geófitos Vegetais com órgãos de perpetuação enterrados no solo, ficando as gemas protegidas em bulbos, tubérculos, rizomas, ou raízes gemíferas, 200 VOCABULÁRIO DA NATUREZA locais favoráveis a encerrarem depósitos minerais úteis ao homem, como também do ponto de vista social, a fornecer informações que permitam prevenir catástrofes, sejam aquelas inerentes às causas naturais, sejam aquelas atribuídas à ação do homem sobre o meio ambiente. junto as partes subterrâneas conservadas e permanentes, devido à morte anual das partes aéreas; as gemas de brotação são pouco afetadas pelos fatores externos na estação desfavorável. São exemplos: Xyris procera, Allium cepa, Amarylis martian, entre outras. geofungos Fungos que não estão adaptados ao ambiente aquático, sendo contudo capazes de completar seu ciclo de vida na água caso existam nutrientes adequados; fungos do solo. geomorfologia Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre, sua classificação, descrição, natureza, origem e evolução, incluindo a análise dos processos formadores da paisagem; pode ainda ser inserido o estudo das feições submarinas. geografia Ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos na superfície da Terra, as causas dessa distribuição e as relações locais de tais fenômenos; tem por objetivo a descrição da superfície da Terra, o estudo de seus acidentes físicos, climas, solos e vegetação, e das relações entre o meio natural e os grupos. geoprocessamento Conjunto de tecnologias de coleta, tratamento, desenvolvimento e uso de informações georreferenciadas. geossinclinal Larga depressão, gralmente linear que sofre profunda subsudência através de longo período de tempo geológico, e que acolhe espessa sucessão de sedimentos, compondo sequências estratificadas e possivelmente associadas a rochas vulcânicas; tais camadas podem ser posteriormente transformadas em montanhas dobradas; divide-se em ortogeossinclinal e parageossinclinal. (Geologia) geografia do solo Ramo da geografia física interessada na distribuição geográfica dos solos. geographic information system - GIS Ver sistema de informação geográfica – SIG. geóide Superfície equipotencial do campo gravimétrico da Terra, coincidindo com o nível médio inalterado do mar, e que se estende por todos os continentes, sem interrupção; a direção da gravidade é perpendicular ao geóide em qualquer ponto. geossistema Classe peculiar de sistemas dinâmicos, flexíveis, abertos e hierarquicamente organizados, com estágios de evolução temporal, e que apresentam uma mobilidade cada vez maior devido a atuação do homem. geologia Ciência que estuda o globo terrestre desde o momento em que as rochas se formaram até o presente; divide-se em Geologia Geral e Geologia Histórica, sendo que a primeira dedica-se ao estudo da composição, da estrutura e dos fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre, bem como do conjunto geral de fenômenos que atuam não apenas na superfície, mas também no interior do planeta; a Geologia Histórica por sua vez estuda e procura datar cronologicamente a evolução geral, as modificações estruturais, geográficas e biológicas ocorridas ao longo da história da Terra; do ponto de vista prático a geologia está voltada tanto a indicar os geotectônica Ciência que estuda a estrutura e a deformação da crosta terrestre, ocupando-se dos movimentos e processos deformativos que se originaram no interior da Terra, procurando definir as leis que governam o seu desenvolvimento. geoterma Curva que define a relação entre a temperatura e a profundidade no interior da Terra. geotermômetro Aparelho que mede a temperatura do solo em diferentes profundidades. 201 VOCABULÁRIO DA NATUREZA geotopo É a menor unidade geográfica homogênea, diretamente discernível no terreno. produção de bens e serviços em todos os níveis - local, regional, nacional, internacional, na administração pública e na empresarial; é a condução, a direção e o controle pelo governo do uso dos recursos naturais, através de determinados instrumentos, o que inclui medidas econômicas, regulamentos e normatização, investimentos públicos e financiamento, requisitos interinstitucionais e judiciais. germinação Retomada do crescimento do embrião, que emerge da semente e se desenvolve em plântula. (Botânica) germinação epígea É a germinação na qual os cotilédones são levados acima do solo pelo alongamento do hipocótilo. (Botânica) germinação hipógea É aquela na qual os cotilédones ou uma estrutura semelhante, como o escutelo, permanecem no solo e dentro dos envoltórios da semente, enquanto o epicótilo se alonga acima do solo. (Botânica) gibbisita Mineral monoclínico, de composição Al(OH)3; constituinte principalmente de muitas bauxitas e componente importante da fração argila de muitos latossolos. giga anos - Ga Unidade de tempo equivalente a 109 anos. germoplasma Material genético que constitui a base física da hereditariedade e que se transmite de uma geração para outra através das células reprodutivas. (Genética) gilgai Microrrelevo típico de solos argilosos que têm um alto coeficiente de expansão com o aumento do teor de umidade; consiste em saliências convexas distribuídas em áreas quase planas, ou configuram feição topográfica de sucessão de microdepressões e microelevações. (Pedologia) germoplasma elite Estoque de material seleto usado em programas de melhoramento genético e cujo acervo inclui cultivares de origem híbrida, linhagens, híbridos, populações melhoradas e compostos. (Genética) gimnosperma Divisão da botânica que compreende as plantas que não formam frutos, conhecidas como pinheiros; seu esporófito consta de raiz, caule, folhas e flores; não produzem frutos, pois suas flores não apresentam ovário; após grande desenvolvimento no Mesozóico, com 20.000 espécies no Jurássico, encontram-se atualmente reduzidas a cerca de 600 espécies; pertencem a este grupo os vegetais vasculares terrestres, onde destacam-se as sequóias, com idades que podem alcançar cerca de 4.600 anos. (Botânica) gessagem Prática de aplicação de gesso (sulfato de cálcio) ao solo com o objetivo de corrigir algumas das características desfavoráveis de solos com excesso de acidez, como toxicidade por alumínio e deficiência de cálcio, ou excesso de alcalinidade, como altos teores de sódio; diferente do calcário, o gesso não altera o pH do solo. gesso Material manufaturado a partir de gipsita moída e aquecida entre 1900 e 2000 C, até que cerca de 75% da água tenha sido eliminada; pode ser também um subproduto do processo de fabricação de superfosfato. ginândrio Ver coluna. (Botânica) gineceu O órgão feminino da flor, que consta quase sempre, de três partes superpostas: o ovário, estilete, e estigma; pistilo; os carpelos, coletivamente. (Botânica) gestão ambiental Elenco de procedimentos para a condução, direcionamento e orientação das atividades humanas visando o desenvolvimento sustentável; para ser efetiva, deve estar inserida no planejamento e administração da ginogênese Desenvolvimento haplóide de um óvulo fecundado, onde o genoma masculino foi destruído, por razões espontâneas ou induzidas. 202 VOCABULÁRIO DA NATUREZA textura, cobertura vegetal, etc; usada para denominar as amostras; talhão. ginostégio Ver coluna. (Botânica) ginostêmio Órgão em forma de coluna, das flores das orquídeas, formado por um prolongamento unilateral sobre o qual se inserem estames e estiletes; androstilo, ginóstemo. (Botânica) glébulas Corpos que ocorrem no interior do fundo matricial ou matriz-s, habitualmente de forma elipsoidal alongada e equidimensional; elas são reconhecidas como unidades, seja por causa de uma maior concentração de alguns constituintes e/ou diferença na organização interna, quando comparada ao material envolvente, ou em razão de uma delimitação distinta com o material do solo. (Micromorfologia do Solo) ginóstemo Ver ginostêmio. (Botânica) gipsita Mineral formado por sulfato de cálcio hidratado, CaSO42H2O, cristalizado no sistema monoclínico e tendo dureza variando de 2 a 3; sob a forma pulverizada, pode ser usado como corretivo do solo, embora seja menos solúvel do que o gesso; gipso. Glei Húmico Solo que apresenta drenagem imperfeita ou impedida, e um horizonte turfoso A chernozêmico ou A húmico, com 20 cm ou mais de espessura sobre um horizonte gleizado; apresenta características morfológicas relativamente desenvolvidas, sofrendo, entretanto, a influência local do relevo que condiciona a drenagem restrita. (Pedologia) gipso Ver gipsita. girinos Estágios larvais dos anfíbios anuros, aquáticos na maioria das espécies; nesta fase da vida, possuem uma cauda longa e respiram através de brânquias; com a metamorfose adquirem 4 membros locomotores, a cauda regride e adquirem respiração pulmonar, além de cutânea. (Zoologia) Glei Pouco Húmico Classe que agrupa solos minerais de deposição recente, mal drenados, pouco profundos e de textura argilosa dominantemente; são solos que apresentam um horizonte A moderado sobre um horizonte gleizado. (Pedologia) gitó (Guarea trichilioides) Árvore da família Meliaceae, de pequeno porte, fuste retilíneo, com diâmetro pouco superior a 50 cm, casca castanho-escuro a marrom, lisa em tiras soltas, 1,5 cm de espessura; madeira moderadamente pesada; cerne róseo-escuro; alburno amarelado; grã direita; textura média; figura ausente; cheiro e gosto indistintos. Glei Tiomórfico Solo hidromórfico que apresenta horizonte glei e quantidades consideráveis de sulfetos , desenvolvendo um horizonte sulfúrico, quando drenado arficialmente. (Pedologia) glaciação Formação de glaciais em uma determinada região e em diversas épocas da história física da Terra. Ver glaciais. glaciais Depósito constituído materiais deixados pelos glaciares. Gleissolos Solos com horizonte glei, conhecidos como Glei Húmico ou Pouco Húmico, Hidromórfico Cinzento, Glei Tiomórfico; termo da nova classificação brasileira de solos; compreende solos hidromórficos, constituídos por material mineral, que apresentam horizonte glei dentro dos primeiros 50 cm da superfície do solo, ou a profundidades entre 50 e 125 cm desde que imediatamente abaixo de horizontes A ou E (gleizados ou não), ou precedidos por horizonte B incipiente, B textural ou horizonte C, com presença de mosqueados abundantes com cores de redução; estão excluidos da presente classe, solos com características distintivas dos Vertissolos, Espodossolos, por glaciares Ver geleiras. glacígeno Denominação ampla utilizada para indicar sedimentos transportados pelas geleiras e depositados diretamente pelo gelo, ou indiretamente através das águas de degelo sob ou sobre a geleira ou no interior da mesma, ou ainda próximo as suas margens. gleba Porção de uma área maior (uma fazenda ou sítio) com características semelhantes com relação a topografia, 203 VOCABULÁRIO DA NATUREZA Planossolos, Plintossolos Organossolos. (Pedologia) globalização Processo acentuado nas últimas décadas do século XX, caracterizado pela aceleração e padronização dos meios técnicos, a instantaneidade da informação e da comunicação, e a mundialização da economia, que promove a reorganização e reestruturação dos espaços nacionais e regionais, em escala mundial, a partir do controle e regulamentação dos centros hegemônicos; cria, como nunca ocorreu no passado, um meio técnico-científico e informacional em contraposição ao meio natural; promove a transformação dos territórios nacionais em espaços da economia internacional; intensifica a especialização e a divisão social e territorial do trabalho; concentra e aumenta a produção em unidades menores, entre outros aspectos. ou gleização Processo de formação do solo resultando no desenvolvimento de Gleissolos. (Pedologia) gletschermilch Pó resultante da enérgica fragmentação de detritos e, de tal modo abundante, que confere à água do degelo um aspecto leitoso; esta poeira em suspensão na água, através do fenômeno de dispersão da luz, é responsável pela cor azulada, observada nos lagos das regiões glaciais. glicófitas Plantas não halófitas, ou seja, plantas que não desenvolvem bem, quando a pressão osmótica da solução do solo está acima de 1,96 atm. (Botânica) glicose O açúcar encontrado na natureza. mais comum glossopteris Plantas arborescentes decíduas, cujas folhas dispunham-se em grupos de até 16 elementos, inserindo-se diretamente na superfície do tronco, em torno de pequenas áreas subcirculares, distribuídas em largos espaços ou irradiando de galhos delgados e curtos; distribuiram-se do Carbonífero Superior ao Triássico. glint Escarpa de uma mesa estrutural , que suge em função de processo de denudação. (Geomorfologia) gliptogênese Formação do modelado da superfície terrestre, devido à ação dos agentes de intemperismo e erosão que provocam a destruição do relevo preexistente. (Geomorfologia) glúten Mistura de proteínas da planta que ocorrem em grãos de cereais, principalmente milho e trigo; substância na farinha de trigo que da coesão quando seco; é tóxico para pessoas que tem doença celíaca. Ver doença celíaca. Global Positioning System - GPS É um sistema de radionavegação baseado em satélites, desenvolvido e controlado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América, que permite a qualquer utilizador saber a sua localização, velocidade e tempo, 24 horas por dia, sob quaisquer condições atmosféricas e em qualquer ponto do globo terrestre; os fundamentos básicos do GPS estão na determinação da distância entre um ponto, o receptor, a outros de referência, os satélites; sabendo a distância que nos separa de 3 pontos podemos determinar a nossa posição relativa a esses mesmos 3 pontos através da intersecção de 3 circunferências cujos raios são as distancias medidas entre o receptor e os satélites; são necessários no mínimo 4 satélites para determinar a posição corretamente. gmelina (Gmelina arbórea) Arvore de origem asiática, pertencente à família Verbenácea, que produz boa celulose, laminado de ótima qualidade e tábuas; espécie escolhida por Daniel Ludwig na implantação do Projeto Jarí; as primeiras sementes de gmelina que chegaram em Belém foram coletadas na Nigéria, Costa do Marfim, Gambia e Malawee; na realidade ela não tem problemas de germinação, mas depende fundamentalmente de solos férteis; mesmo em algumas áreas do seu continente de origem, como nas savanas da Índia, onde vegeta mais não passa de arbusto; no Jarí, em solos de baixa fertilidade, crescia em média 204 VOCABULÁRIO DA NATUREZA 14m3/hectare/ano, ou seja 9,7 toneladas, enquanto que nos solos férteis o crescimento era de 42m3 /hectare/ano, equivalente a 29,3 toneladas; porém estes solos férteis nas áreas do Jari não ultrapassavam 40 mil hectares, e nem todo ele podia ser plantado, devido à topografia muito acidentada; além do problema do solo, a gmelina foi atacada por um fungo (Ceratocystis fimbriata), o que muito contribuiu para agravar a situação da plantação. granadas Grupo de minerais que cristalizam no sistema isométrico (cúbico), classe hexaoctaédrica e apresentando fórmula geral A3B2(SiO4)3, onde A pode ser cálcio, magnésio, ferro ferroso, além do manganês bivalente, e B, o alumínio, ferro férrico, titânio ou cromo; seus principais membros são: piropo, almandina, espessartita, grossulária, andradita e uvarovita; a melanita é uma variedade de coloração negra, da andradita. gnaisse Rocha metamórfica de granulação grosseira com os mesmos elementos de granito – quartzo, feldspatos e mica – porém orientados; rocha muito comum no embasamento cristalino brasileiro. granizo Precipitação de pequenas pedras de gelo, com diâmetros variando comumente entre 5 e 50 mm, e por vezes até maiores, transparentes ou translúcidas que caem isoladamente com forma esférica e raramente cônica ou sob a forma de aglomerados em massas irregulares. (Meteorologia) goethita Oxido de ferro hidratado, responsável pela coloração amarela dos solos. granulação Crescimento granular geralmente visto na superfície de tecidos inflamados; faz parte do processo de cicatrização. (Medicina) golfo Reentrância mais ou menos ampla na costa e que apresenta profundidade suficiente para permitir a atracação de navios de grande calado; é em geral maior, mais fechado e mais profundamente recortado do que uma baía. (Geografia) grão de pólen Elemento fecundante masculino das plantas fanerógamas; é um dos elementos do conjunto pólen contido em um saco polínico de uma antera; corresponde a um micrósporo dos pteridófitos heterósporos que em conjunto estão contidos nos microsporângios. (Botânica) gomose Doença dos vegetais caracterizada pela produção e secreção de goma ou líquido com aspecto gomoso. gondwana Supercontinente que, até pelo menos o final da Era Paleozóica, reunia as terras situadas no hemisfério sul; juntamente com a Laurásia , no hemisfério norte, foram resultado da fragmentação do Pangea. (Geologia) graptozoários Animais exclusivamente marinhos, que viveram no Paleozóico, em colônias, denominadas rabdossomas; o exosqueleto, constituído de quitina, consistia em uma série de tecas dispostas de modo vário, em um ou mais ramos. (Zoologia) gorgulho Ver caruncho. (Entomologia) gossan Corpo resultante da alteração intempérica de rochas sulfetadas, quando situadas próximas à superfície do terreno; é geralmente formado por grande quantidade de oxi-hidróxidos de ferro, que na superfície, quando intactos, constituem verdadeiras carapaças ferruginosas; chapéu de ferro. grassland Qualquer comunidade de plantas onde gramíneas e ou leguminosas constitui a vegetação dominante; terra na qual a vegetação é dominada por gramíneas. graben Bloco abatido que se apresenta com forma relativamente alongada, estreito e limitado por falhas normais. (Geologia) grau de carbonificação Posição ocupada por um carvão na série evolutiva, desde o linhito (baixo rank) até o antracito (alto rank), indicando a grau de agregação proporção de agregados. 205 Medida da VOCABULÁRIO DA NATUREZA gregário Que vive em bando. maturidade em termos de propiedades químicas e físicas. (Geologia) greisenização Processo de alteração hidrotermal, em que o feldspato e a muscovita são convertidos em um agregado constituído por quartzo, topázio, turmalina e lepidolita, devido à ção do vapor d'água contendo fluor. grau de dispersão Medida em que as partículas primárias são separadas dos agregados mediante determinado tratamento. grau de estrutura É a manifestação das condições de coesão dentro e fora dos agregados dos solos. grês do Pará Denominaçãp aplicada geralmente a um material arenoconglomerático quartzoso, cimentado epigenéticamente por oxi-hidróxidos de ferro; pedra jacaré. grau de floculação Percentagem de argila dispersa em água em relação a argila natural. (Pedologia) gretas de contração Feições originadas pela exposição subaérea de sedimentos constituídos por alternância de areia e pelitos, através da perda de água. grau de isorreação Isógrada baseada em uma reação específica. Ver isógrada. grau de limitação Intensidade da restrição imposta pelo fator limitante às condições agrícolas das terras; determina a classe de aptidão agrícola das terras. grilagem Apropriação ilícita de terras por meio da expulsão de seus proprietários, posseiros ou índios; também denomina a legalização do domínio da terra através de documento falso. grau geotérmico Distância vertical, medida na crosta da Terra, para a qual a temperatura varia de 10 C; seu valor é em média 33 m, variando contudo em função da natureza da rocha, estrutura geológica e a presença de fontes secundárias de calor. grimpa Aparelho que indica a direção do vento; biruta. (Meteorologia) grupamento indiferenciado de solos São duas ou mais unidades taxonômicas similares que não ocorrem em associação geográfica regular como uma unidade de mapeamento, sendo designadas em termos das unidades taxonômicas que as compõem e seus componentes são ligados pela letra e e não pelo sinal +. (Pedologia) grauvaca Sedimento arenoso, formado por detritos, sobretudo de rochas básicas, pouco decompostas. graxa Emulsão de um sabão metálico num óleo, mais ou menos consistente, que apresenta propriedades lubrificantes. grazing Fenômeno que ocorre quando o ângulo de depressão da frente de onda do Radar de Visada Lateral (RVL) é igual ao ângulo da pendente da feição do terreno não voltada para a antena do radar. (Sensoriamento Remoto) greda Rocha calcária com granulometria dos lutitos, formada pela acumulação de microfósseis, sendo que a greda quando se apresenta da cor branca recebe a denominação particular de giz. grupamento indiscriminado de solos Termo utilizado no caso de agrupamento de solos que ocorrem em associação geográfica regular cuja delimitação, proporção e discriminação da textura, saturação por bases, atividade de argila, tipo de horizonte A, etc, dos diversos componentes da associação é inexeqüível na escala de trabalho de campo. (Pedologia) greensand Depósito de natureza sedimentar, que consiste, quando puro, de grânulos de glauconita, com coloração esverdeada-escura, e que muitas vezes encontram-se misturados com areia ou argila. grupiara Denominação que tanto pode ser utilizada para um depósito sedimentar diamantífero, encontrado em cristas de morros, como também para cascalho estratificado e aurífero presente nas fraldas das montanhas. 206 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mais fins específicos, tais como: culturas adaptadas, práticas de drenagem, fertilização, etc. grupo Grupo de minerais relacionados entre si por estruturas análogas, tendo geralmente um ánion comum e apresentando frequentemente substituição iônica ampla. (Mineralogia). grupos de risco Pessoas ou grupos de pessoas, sem necessariamente vínculo familiar ou geográfico, de características biológicas e/ou sócio-culturais iguais propensas a sofrerem doenças ou situações patológicas semelhantes. (Medicina) grupo Unidade litoestratigráfica formal, de categoria superior à formação, e constituído necessariamente pela associação de duas ou mais formações, relacionadas por características ou feições litoestratigráficas comuns ou por referenciais litoestratigráficos que o delimitem. (Geologia). grupos naturais Denominação adotada pelos cladistas para indicar grupos que apresentam uma história genealógica comum, a exemplo das aves; os grupos que não possuem uma ascendência única são designados parafiléticos grupo contemporâneo Conjunto de animais formado a partir da consideração do rebanho, ano e estação de nascimento, criado sob condições semelhantes de manejo (arraçoamento, suplementação, pastagem). (Zootecnia). guaiacol Composto aromático, líquido, incolor e oleoso, de cheiro ativo, apresentando propriedades analgésicas e empregado em farmacologia; fórmula: C7H802. grupo de aptidão agrícola Trata-se de um artifício cartográfico, que identifica no mapa o tipo de utilização mais intensivo das terras, ou seja, sua melhor aptidão. guaiamum Animal crustáceo decápode, de cor azulada, braquiúro, família dos gecarcinídeos, Cardisoma ganhumi; sua pinça maior chega a medir 30 cm de comprimento; seu habitat é o mangue onde vivem em tocas de até 40 cm de profundidade; caranguejo-guaiamu. (Zoologia) grupo de formação Termo criado por Ellemberg &Mueller-Dombois (1965/6) como a terceira subdivisão hierárquica da formação; foi conceituada como a fase fisiológica da mesma. (Fitogeografia) grupo dos 7 - G7 Denominação dada aos países mais industrializados do mundo: Grã-Bretanha, Japão, Alemanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos da América. (Economia) guaikuru Índios que habitavam a região do Pantanal matogrossense e hoje extintos. guajá índios que constituem uma das últimas sociedades de caçadores e coletores do mundo; foram contatados há apenas 25 anos, e entre eles existe um grupo com apenas 6 anos de contato; as mulheres dessa tribo, em alguns casos, têm um papel decisivo, fato pouco comum nas sociedades indígenas; a opinião das idosas é levada em conta e ela pode tanto resolver conflitos domésticos como dividir as tarefas de roçar, caçar e coletar; elas também cuidam dos animais de estimação, muito numerosos na tribo, e eles, muitas vezes, são até amamentados pelas mulheres mais jovens; pode acontecer que um homem se case ao mesmo tempo com duas mulheres, uma sexagenária e outra bem jovem, mas a primeira, além de grupo dos 77 Denominação dada ao grupo de países em desenvolvimento (ou menos industrializados) criado em 1964, e que atualmente somam 133; é a maior coalização de países do Terceiro Mundo nas Nações Unidas e busca promover os interesses econômicos coletivos, além das questões ambientais. (Economia) grupo isoestrutural Grupo de minerais relacionados entre si por estruturas análogas, tendo geralmente um ánion comum e apresentando frequentemente substituição iônica ampla. (Mineralogia) grupos de manejo de solos Grupos de unidades taxonômicas de solo com aptidões ou requerimento de manejo semelhantes, no que se refere a um ou 207 VOCABULÁRIO DA NATUREZA reconhecido um grupo na ilha Bela Vista do Norte; vive no Pantanal MatoGrossense e disperso ao longo dos rios do médio e alto Paraguai, São Lourenço e Capivara, no município de Corumbá (MS); segundo a Funai, em 1989 eram 382 índios. receber todo o carinho e respeito do marido, tem ainda poder para tomar as decisões principais da casa. guanaco Tipo de ruminante selvagem que se assemelha a lhana. guano Substância rica em fosfato, com até mais de 30% de P2O5 e compostos nitrogenados, formada por alteração penecontemporânea de depósitos de excrementos de animais, principalmente aves marinhas e mais raramente morcegos. guilda Denominação utilizada para indicar grupos ou conjunto de espécies que apresentam na comunidade, um papel semelhante ou mesmo comparável. (Ecologia) guyot Montanha submarina de natureza vulcânica que se apresenta na forma de um cone truncado, e situada geralmente a uma profundidade inferior a 180 m. guapuruvu Árvore da família das leguminosas, Schizolobium parahybum, de tronco retilíneo, liso e ramificado apenas no ápice; madeira branca, mole, leve, usada em caixotaria e pasta celulósica; guapurubu, ficheiro. gyttja Lama rica em matéria orgânica depositada em lagos ou pântanos sob condições intermediárias entre aquelas de redução e oxidação, ou seja, sem uma ausência muito significativa de oxigênio dissolvido. guará rubra (Eudocimus ruber) Aves que fazem longos vôos formando uma linha oblíqua ou em cunha e a ave da frente é a cada momento substituída por outra; tem uma magnífica plumagem que decorre do carotenóide cantaxantina; como não suporta cativeiro, quando presa, fica com a cor desbotada, mesmo se estiver sendo alimentada corretamente. H guaraná Planta trepadeira (Paullinia cupana), cujas sementes contém três vezes mais cafeína que o café; seus princípios fitoterápicos são utilizados para prevenir a arteriosclerose, regular as funções intestinais e como tônico cardiovascular; seu maior apelo, no entanto, são as qualidades afrodisíacas que dizem possuir. h Colocado após o símbolo do horizonte B, indica relevante acumulação iluvial, essencialmente de matéria orgânica ou de complexos orgânico-sesquióxicos amorfos dispersíveis, se o componente sesquioxicídico for dominado pelo alumínio e esteja presente somente em muito pequenas quantidades em proporção à matéria orgânica; exemplo: Bh. (Pedologia) guariúba (Clarisia racemosa) Árvore da família Moraceae, de grande porte com fuste retilíneo circular com diâmetro superior a 60 cm, casca verrucosa marrom-avermelhada, apresentando um látex branco; madeira pesada; cerne amarelo passando para o castanho amarelo-escuro, quando exposto ao tempo; alburno amarelo-claro; grã direita e entrecruzada; textura média; figura atrativa; cheiro e gosto indistintos. H Horizonte ou camada de constituição orgânica, superficial ou não, composto de resíduos orgânicos acumulados ou em processo de acumulação sob condições de prolongada estagnação de água, guatós Povo indígena de língua do tronco Macro-Jê; foi considerado extinto por 40 anos, até que, em 1977, foi 208 VOCABULÁRIO DA NATUREZA salvo se (Pedologia) drenado sendo intensamente utilizado como componente na produção de aerossóis, de espuma, na indústria de arcondicionado e em várias outras aplicações; como um resultado de inércia na baixa atmosfera ocorre o transporte para a estratosfera (10 a 50 km de altitude) onde eles sofrem uma quebra pela radiação de raios UV, liberando átomos livres de cloro que atuam na destruição da camada de ozônio. artificialmente. habilidade de transmissão genética Valor genético médio dos gametas produzidos por um animal. (Melhoramento Genético) habitat Local onde podemos encontrar uma determinada espécie. (Ecologia) hábito A tendência de uma planta de crescer de um modo característico; crescimento ou ocorrência característicos, por exemplo: crescer sobre as pedras, crescer sobre as árvores. (Botânica) haloclina Gradiente vertical bem definido de salinidade encontrado nos mares e oceanos. halófila preferência (Botânica) halimeda Alga calcária verde que ocorre no fundo do mar, em profundidades rasas e apresentando um denso crescimento sobre o fundo dos lagos que estão presentes nos recifes de coral. Planta que apresenta por ambientes salinos. halógenos Grupo de substâncias químicas que contém em sua molécula cloro, flúor, bromo ou iodo. halita Mineral que cristaliza no sistema cúbico, classe hexaoctaédrica , de composição NaCl; apresenta hábito e clivagem cúbica; incolor a branca podendo quando impura exibir tonalidades de amarelo, vermelho, azul e púrpura, solubilizando-se rapidamente em água; sal de cozinha. halomorfismo Processo de formação de solos onde o excesso de sais e de água imprime características peculiares; os solos desenvolvidos em áreas abaciadas onde os sais são trazidos das elevações circunvizinhas ou por causa de depósitos marinhos, formando solos salinos. (Pedologia) halmirólise Decomposição subaquática marinha das rochas, semelhante à decomposição subaérea; diferentemente do que ocorre na decomposição subaérea, na halmirólise existe a presença contínua de água e ausência total ou parcial de oxigênio. halos de Liesegang Liesegang. Ver anéis de halo-tolerantes São espécies adaptadas a zonas de alta salinidade; em algumas baías onde o índice pluviométrico é baixo, a salinidade pode alcançar valores maiores que a media da água do mar, que é de 3,5%; poucas espécies estão adaptadas à salinidades de 4,5% e 5,0%. halo pleocróico Zona esférica concêntrica, de pequena dimensão, que se forma ao redor de inclusões de minerais radioativos, principalmente na biotita e clorita. hamada Partes rochosas de um deserto, sendo formadas por elevações e planícies, que se apresentam cobertas por fragmentos rochosos, com diâmetros que variam desde seixos até blocos, ambos angulares. halobentos Denominação geral que engloba vegetais e animais que habitam os fundos oceânicos. halóbios Seres que vivem em lagos salgados ou regiões marinhas costeiras. haplogrupos compostos. halocarbonos É um dos gases que provocam o efeito estufa, constituído pelos clorofluorcarbonos (CFC’s) - um grupo de componentes produzidos pelo homem, feito de cloro, flúor e carbono, Grupos simples, não- haplóide Células que possuem o número básico de cromossomos; organismos portadores dessas células. (Genética) 209 VOCABULÁRIO DA NATUREZA plantas , devido à exposição excessiva da luz solar. haptobentos Conjunto de organismos congênitamente ligados ao substrato de fundo. heliotrópio Variedade de calcedônia semitransparente, que apresenta coloração verde-clara ou verde-escura, com manchas de jaspe ou óxido de ferro. hardpã Camada endurecida de solo, situada na parte inferior do horizonte A ou no interior do B, causada pela cimentação das partículas do solo com matéria orgânica ou com outros materiais como sílica, sesquióxidos, ou carbonato de cálcio; a dureza não muda apreciavelmente com mudanças no conteúdo da água, e fragmentos da camada endurecida não se desfazem em água. hematita Óxido de ferro, Fe2O3, responsável pela coloração vermelha dos solos, devido o seu alto poder pigmentante. hemicelulose Polissacarídios que estão associados com celulose e lignina na parede celular das plantas; difere da celulose por ser solúvel em álcali e, por hidrólise ácida fornecer ácido urônico, xylose, galactose e outros carboidratos, exemplo glicose. harmomegatia Fenômeno relativo à acomodação dos grãos de pólen às mudanças de volume. (Palinologia) harmomégato Órgão ou mecanismo destinado à acomodação da exina semirígida às mudanças de volume. . (Palinologia) hêmico Material orgânico do solo com grau de decomposição entre o material do solo fíbrico e o material do solo sáprico; suas feições morfológicas dão valores intermediários para o teor de fibras, densidade aparente e teor de água. (Pedologia) hectare Unidade de área equivalente a um quadrado com 100 m de lado e perfazendo portanto 10.000 m2, e correspondendo a 2,47 acres. hemicriptófitos Vegetais cuja parte aérea morre anualmente depois da frutificação, permanecendo as gemas ao nível do solo sobre as porções vegetativas superficiais, protegidas por escamas, folhas e bainhas ou, ainda, pelos detritos vegetais que as recobrem; são exemplos as plantas dos gêneros Chamaecrista, Convolvulus, Poa, Hypericum, etc. (Botânica) hectopisilídeos Família de insetos da ordem dos Sifonáteros, que são parasitas permanentes, como as pulgas. (Zoologia) hedenbergita Mineral monoclínico de coloração esverdeada, do grupo dos piroxênios, silicato de cálcio e ferro. (Mineralogia) heléboro Erva medicinal, do gênero Veratrum, da família das Liliáceas, que contém o alcalóide veratrina, no passado muito usado como analgésico. (Botânica) hemigraben Graben abortado, mal desenvolvido, em que domina essencialmente um plano de falha normal principal que provoca o adernamento da estrutura, acompanhado por falhas normais menores, amiúde antitéticas. (Geologia) heliocêntrico Que tem o Sol por centro. (Astronomia) heliófito Planta que só pode crescer e reproduzir-se sob insolação completa; planta de sol. (Botânica) hemipelágico Depósito constituído pelo acúmulo de carapaças de animais marinhos, cujos detritos foram transportados e depositados a pouca distância da costa; os sedimentos hemipelágicos são diferentes dos sedimentos pelágicos, que formam o grande fundo dos oceanos e encontramse distantes do litoral. heliógrafo Aparelho que registra a insolação. (Climatologia) heliopausa Ponto no qual o vento solar encontra o meio interestelar ou o vento de outras estrelas. (Astronomia) heliose Fenômeno responsável pela produção de manchas descoradas nas 210 VOCABULÁRIO DA NATUREZA transmitidas genéticamente pelos pais da criança. hemisfério Cada uma das metades do globo terrestre; há o hemisfério Norte e o hemisfério Sul; à linha imaginária de separação entre os dois chama-se equador. hermafrodita Em plantas é a flor que reúne os aparelhos masculino (androceu) e feminino (gineceu), na mesma peça (ex.: flor de goiabeira); em animais é o indivíduo que reúne os dois sexos no mesmo genótipo (ex.: caramujo). hemocianina Pigmento azul constituído por uma proteína que contém cobre, encontrado no sangue de alguns moluscos e artrópodes. hertz Unidade de freqüência que corresponde a um ciclo, ou onda, por segundo. hemoglobina Ver eritrócio. herança citoplasmática Ver herança extracromossômica. (Genética) heterobeltiose Superioridade do híbrido em relação ao progenitor de melhor desempenho. (Genética) herança extracromossômica Determinada por genes de DNA situados em organelas citoplasmáticas como mitocôndrias e cloroplastos. (Genética) heterodésmicos Cristais que apresentam dois ou mais tipos de ligação de intensidade e caráter diferentes. herança multifatorial - Ver poligenes. (Genética) heterose Vigor híbrido, de tal maneira que o F1 híbrido destaca-se favoravelmente dos pais homozigotos com relação a um ou mais caracteres agronômicos desejados; o híbrido é um heterozigoto superior em aptidão, causado por superdominância, e geralmente se supera em tamanho, rendimento e produtividade. Veja superdominância. (Genética) herbário Ver fitoteca. herbicida Composto químico destinado a destruir ou impedir o crescimento de ervas daninhas, ou invasoras, prejudiciais à lavoura, ou vasos de plantas. herdabilidade Proporção da variabilidade observada devida à herança genética; pode ser no sentido amplo quando a proporção da variação fenotípica for devida a causas genéticas de uma maneira geral, ou herdabilidade no sentido restrito quando a proporção da variância fenotípica for devida aos efeitos aditivos dos genes. (Genética) heterósporo Vegetal que produz esporos femininos maiores (macrósporos) e esporos masculinos menores (micrósporos). (Botânica) heterotrófico Organismo capaz de obter energia para os processos vitais, a partir da oxidação de compostos orgânicos. herdabilidade no sentido amplo Proporção da variação fenotípica observada atribuída à causas genéticas. (Genética) heterozigoto Indivíduo que apresenta alelos diferentes de um mesmo gene. (Genética) herdabilidade no sentido restrito Proporção da variação fenotípica observada atribuída à variância genética aditiva. (Genética) hibridação Ato de criar híbridos através do cruzamento de indivíduos com genótipos diferentes; a diferente expressão de certas características é atribuída ao acontecimento da recombinação gênica. (Genética) hereditariedade Fenômeno de continuidade biológica pelo qual as formas vivas se repetem nas gerações que se sucedem; transmissão de características genéticas ou físicas dos pais para seus descendentes. (Genética) hereditário descrever Termo utilizado condições que hibridação introgressiva Resultado de cruzamentos interespecíficos repetidos ou mesmo contínuos, causando assim uma infiltração de genes de uma espécie para outra, em decorrência de falhas do para são 211 VOCABULÁRIO DA NATUREZA hidrocarboneto aromático Aquele que possui, em sua molécula, pelo menos um anel de benzeno. mecanismo de isolamento reprodutivo. Ver introgressão. hibridação somática Processo de hibridação através da fusão de protoplastos. (Genética) hidrociclone Aparelho que utiliza a força centrífuga para a separação de um minério em forma de polpa, em dois produtos de granulometria distinta; apresenta um corpo cônico e outro cilíndrico, um orifício para a entrada da polpa (inlet), um orifício inferior de descarga (apex) e outro orifício superior também para descarga (vortex finder). híbrido Produto resultante de um cruzamento entre progenitores geneticamente distintos. (Genética) híbrido intergenérico Um híbrido entre membros de dois ou mais gêneros. (Genética) híbrido natural Espécie originada do cruzamento de duas outras espécies naturais, pela polinização natural destas no próprio habitat onde ambas habitam. (Genética) hidrociclone classificador Hidrociclone utilizado para separação de partículas em função do tamanho. hidrociclone espessador Hidrociclone utilizado para separar sólidos do líquido em que estão suspensos. híbrido primário O resultado do cruzamento entre duas espécies naturais (Genética) hidrociclone lavador Hidrociclone utilizado para separar partículas de acordo com as densidades das espécies minerais. hiddenita Variedade de espodumênio LiAl(Si2O6)- mineral que pertence à família dos piroxênios, que apresenta cor verde-esmeralda, sendo utilizado como gema. hidroclorofluorcarbonos – HCFC’s e hidrofluorcarbonos – HFC’s São componentes feitos pelo homem que estão sendo usados para substituir os CFC’s – clorofluorcarbonos; estes componentes são considerados como substitutos transitórios dos CFC’s. hidratação Combinação química da água com outra substância. hidráulica Ramo da mecânica dos fluídos que trata do escoamento da água e de outros fluídos em canais abertos ou condutos. hidrofilicidade Propriedade apresentada por um mineral cuja superfície é polar, indicando maior afinidade com a água do que com o ar. hidraulicidade Relação entre as afluências no período observado e as afluências correspondentes a um mesmo período no ano médio. hidrófitos Vegetais aquáticos, cujas gemas de renovação se encontram debaixo d’água ou enterradas no fundo das lagoas ou dos reservatórios aquáticos; compreendem as plantas natantes, as submersas e as radicantes: Pistia stratioides, Lemna minor, Eichornia paniculata, Wolffia brasiliensis, etc. (Botânica) hidreletricidade Energia elétrica originada a partir da energia primária das águas represadas de um rio, que levada por tubulações, impulsiona as turbinas dos geradores; há duas condições básicas para se produzir a hidreletricidade: o volume d’água acumulada em uma represa e o desnível do curso do rio, só possível em rios de planalto; o desnível origina a força da água, necessária para acionar as turbinas. hidrofobicidade Propriedade apresentada por um mineral cuja superfície é essencialmente não-polar, mostrando portanto maior afinidade com o ar do que com a água; partículas mais hidrofóbicas necessitam menos de água. hidrocarboneto Composto químico constituído apenas por átomos de carbono e hidrogênio. hidrofone Equipamento do tipo piezoelétrico sensível à pressão, utilizado 212 VOCABULÁRIO DA NATUREZA hidrologia urbana Ramo da hidrologia que estuda as áreas urbanas e metropolitanas nas quais o relevo é modificado pelas construções e a maior parte do solo encontra-se coberto por revestimento artificial, o que o torna praticamente impermeável. para detectar as ondas P, em levantamentos sísmicos submarinos. hidrofungos Fungos que necessitam de água para a complementação do seu ciclo de vida. hidrogenação Processo de transformação de um composto nãosaturado em composto saturado, pela introdução de átomos de hidrogênio. hidrogênio Elemento químico número atômico 1, gasoso, incolor. hidrômetro Aparelho que tem a finalidade de medir a quantidade de água ou de outro líquido, que escoe em um determinado intervalo de tempo. de hidrômetro de Bouyoucos Densímetro introduzido por Bouyoucos para determinar a distribuição quantitativa das partículas de solo por tamanho; utilizada na análise granulométrica do solo para determinação das frações silte e argila. (Pedologia) hidrogeologia Ciência que trata da ocorrência, distribuição e do movimento das águas subterrâneas, levando em consideração sua propriedades físicas e químicas, suas interações com os meios físicos e biológico e suas reações à ação do homem. Hidromórfico Cinzento Classe de solos minerais hidromórficos, com horizonte B textural gleizado sob horizonte bastante arenoso, caracterizando mudança textural abrúptica. (Pedologia) hidrografia Ciência que se ocupa da medida e descrições das características físicas dos oceanos, mares, lagos, e rios, bem como das suas áreas costeiras contíguas, com a finalidade em geral, de navegação. hidromorfismo Processo de formação de solos onde o arejamento do solo é deficiente devido ao excesso de água, condicionando uma decomposição lenta da matéria orgânica, provocando seu acúmulo e um ambiente de redução (baixo potencial de oxirredução), que transforma Fe e Mn em formas reduzidas solúveis, facilitando sua migração ou toxidez para as plantas. (Pedologia) hidrografia Representação cartográfica dos elementos hidrográficos permanentes ou temporários. (Cartografia) hidrógrafo Aparelho que mede e registra em gráfico a profundidade, vazão e velocidade de uma corrente de água em um período; especialista em hidrografia. hidroperíodo É o espaço de tempo em que a água cobre o solo em regiões alagadiças, condicionando estações de maior ou menor umidade, fator importante para os ciclos vitais de muitos organismos. hidrograma Gráfico que representa a variação, no tempo, de diversas observações hidrológicas, tais como, descargas, cotas, velocidades, carga sólida, dentre outras. hidrologia Ciência que trata distribuição e movimento da água. hidrosseparador Aparelho de deslamagem cujo princípio de funcionamento é a elutriação; o minério, na forma de polpa aquosa, é submetido a uma corrente de fluido ascendente, cuja velocidade permite a permanência das lamas em suspensão e sua subsequente separação (transbordamento); o material deslamado é sedimentado, sendo então removido , através de bombeamento ou outros processos. da hidrologia aplicada Ramo da hidrologia que se relaciona às técnicas de realização de obras hidráulicas e outros aspectos concernentes ao desenvolvimento e administração dos recursos hídricos. hidrologia superficial Ramo da hidrologia que lida com a distribuição e transporte da água na superfície do solo. 213 VOCABULÁRIO DA NATUREZA hipersensibilidade Reação química, geralmente causada por substâncias fenólicas denominadas de fitoalexinas, que se manifestam em partes de plantas atacadas por patógenos, matando as células ao redor da lesão, não deixando assim que o condicionante biológico se alastre; como exemplo dessas substâncias que conferem resistência de plantas a doenças podem ser citadas as seguintes: a) faseolina em feijão resistente a Rhizoctonia solani; b) pisatina em ervilha resistente a Fusarium solani; c) ácido clorogênico em café resistente a Ceratocystis fimbriata e em batatinha resistente a Streptomayces scabies; a reação de hipersensibilidade provocada pela síntese de fitoalexinas, não deve ser confundida com resistência vertical, pois não é específica, sendo influenciada por fatores ambientais e nutricionais. hidroterapia Uso de banhos e imersões com recursos que variam entre duchas, hidromassagem, temperaturas específicas, solução de ervas e sais. hidrótopo Composto químico que apresenta a propriedade de aumentar a solubilidade, em água, de várias substâncias orgânicas pouco solúveis neste meio. hietograma Gráfico representativo da intensidade da precipitação em função do tempo. hifomicetos aquáticos Fungos imperfeitos, cujos esporos estão adaptados ao meio aquático, apresentando esporos ramificados ou radiados. higienista Ver sanitarista. higrófilo Ver higrófito. (Botânica) higrófito Planta que só vegeta em lugares úmidos, e que se caracteriza por grandes folhas delgadas, moles e terminadas em ponta afilada. (Botânica) hipertensão arterial Pressão arterial elevada do organismo humano; deve ser considerada alta quando seu nível estiver associado com um risco cardiovascular de longo prazo. (Medicina) higrógrafo Aparelho que registra a umidade da atmosfera. hipertropia Aumento do tecido devido ao aumento da célula. (Medicina) higrômetro Instrumento utilizado para medir tanto a umidade relativa da atmosfera quanto para determinar o ponto de orvalho. hipocristalina Rocha de natureza ígnea constituída tanto por cristais como por vidro. higroscopicidade Capacidade apresentada por um meio poroso de absorver a umidade atmosférica. hipoférrico Solos com baixo teor de óxidos de ferro: teores geralmente menores que 8 %. higroscópico Material ou substância, que tem grande afinidade pelo vapor de água, sendo capaz de retirá-lo da atmosfera ou de qualquer mistura gasosa. hipogéia Tipo de germinação de sementes em que os cotilédones permanecem no interior do solo, funcionando apenas cmo órgãos de reserva da plântula. (Botânica) hiperinflação É um caso extremo de inflação, em que os preços aumentam tanto e tão rápido que a estabilidade da moeda é destruída e as pessoas buscam acumular valores em outro tipo de bem: moedas estrangeiras, ouro, imóveis, jóias. (Economia) hipolímnio Porção inferior de um lago ou de uma lagoa, situada abaixo da termoclina, onde a água é mais fria e menos oxigenada, propiciando que ocorra uma sedimentação de lama, do tipo redutora. hiponêuston Organismo que vive preso à parte inferior da película superficial de um corpo de água. hiperplasia Aumento do tecido devido ao aumento do número de células. (Medicina) 214 VOCABULÁRIO DA NATUREZA hipopicnal Tipo de fluxo caracterizado pela ação de correntes carregadas de sedimentos que se movem sobre o fluido mais denso existente na bacia deposicional; caso a magnitude da descarga seja pequena, forma-se uma barra em forma de lua, caso seja moderada a grande, o resultado será um delta em cúspide, arqueado ou em pé-depássaro; quando o fluxo é mais denso que o meio deposicional, é denominado hiperpicnal. organismo original em que se observam fielmente até detalhes celulares. hipoquilio A parte inferior do labelo em certas orquídeas. (Botânica) holdings Concentrações financeiras verticais em que empresas grandes assumem o controle acionário de pequenas; empresa central que controla um conjunto de outras empresas. (Economia) Histossolo Ordem da classificação americana de solos (Soil Taxonomy). Compreendem solos orgânicos; histosol. (Pedologia) hogback Ver crista assimétrica. holártica Região zoogeográfica que compreende a Europa, o norte da África, o norte da Ásia até o Himalaia, e a América do Norte até o norte do México. hipotalassa Estrato inferior, situado abaixo da termoclina, no ambiente marinho, correspondendo ao hipolímnio dos lagos. holismo Doutrina aplicada às ciências ambientais para a compreensão entre os componentes do meio ambiente, através do qual os organismos vivos e não-vivos interagem como partes de um todo; tendência atual de abordagem em diversas áreas do saber, onde a visão de totalidade, de síntese e de interconexão entre todos os itens se sobrepõe à análise das partes. hipótese alternativa - H1 A que contradiz a hipótese de nulidade, ou seja, assegura, com certa margem de incerteza, que as diferenças encontradas na amostra são reais, podendo-se, conseqüentemente, rejeitar a hipótese de nulidade. (Estatística) hipótese de nulidade - H0 A qual indica que as diferenças encontradas na amostra são devidas a erro amostral, não tendo, portanto, significância estatística. (Estatística) hipoxemia Baixa concentração oxigênio no sangue. (Medicina) holocristalina Rocha que se apresenta constituída inteiramente por cristais, e portanto sem a presença de vidro. de holografia Tipo de fotografia especial baseada na luz coerente (laser), inventada por Dennis Gabor; a placa holográfica aparenta ser um padrão incoerente de ondas; entretanto, quando iluminada por um laser adequado, surge como que pairando sobre ela, uma imagem tridimensional do objeto holografado, na qual qualquer pedaço do holograma, quando iluminado, é capaz de reproduzir toda a imagem, embora com menos detalhes do que se obteria com o holograma inteiro; possibilita armazenar uma quantidade extrema de informações, com riqueza tridimensional; holograma. hipoxenólitos Xenólitos, cujos fragmentos foram incorporados ao longo da ascenção magmática e trazidos até o nível da cristalização final. hipóxicas Diminuições na taxa de oxigênio na circulação. hipsofilo Folha floral, bractéola. (Botânica) bráctea e hipsometria É a representação altimétrica do relevo de uma região no mapa, pelo uso de cores convencionais. (Cartografia) histometabase Processo de fossilização no qual ocorre a substituição, molécula por molécula, do material orgânico, e cujo resultado final é uma reprodução do holonécton Denominação utilizada para indicar organismos que integram o nécton durante toda a sua existência. 215 VOCABULÁRIO DA NATUREZA fenotípicas quando cultivada diferentes condições ecológicas. holoparasita Parasita desprovido de clorofila, e portanto incapaz de realizar a fotossíntese. em homeostase genética Capacidade de um genoma de não aceitar alteração genética na sua constituição. holoplâncton Conjunto de seres vivos que integram o plâncton durante todo o decurso de suas vidas. homeostasia Manutenção do equilíbrio interno de um sistema biológico, através de respostas controladas as alterações que podem se originar dentro ou fora do sistema. (Ecologia) holostroma Unidade estratigráfica que consiste de camadas que foram depositadas durante uma sequência completa transgressiva-regressiva, incluindo inclusive camadas que podem ter sido removidas posteriormente pela erosão. (Geologia) homeotermos ou endotermos São animais que mantém constantemente sua temperatura corporal, independentemente da temperatura externa, despreendendo uma grande quantidade de energia na realização do seu controle. (Zoologia) holótipo Espécime considerado representativo para a descrição de uma espécie; um único espécime escolhido por um autor como o tipo de uma nova espécie ou táxon menor (como subespécie) na época de estabelecer o grupo. (Botânica) hominização Conjunto de modificações sofridas pelos primatas até alcançarem a forma humana. holoturóides Equinodermos desprovidos de esqueleto contínuo, com corpo alongado e apresentando a boca guarnecida por uma coroa de tentáculos; são animais e seus fósseis mais antigos remontam ao Ordoviciano. homoclinal Estrutura constituída por rochas que mergulham no mesmo sentido, apresentando mesmo valor angular e possuindo razoável uniformidade (Geologia) holozóico Heterótrofo que se alimenta de partículas sólidas. homodésmicos Cristais que apresentam todas as ligações do mesmo tipo. homeopatia É um sistema científico bem definido, com uma metodologia de pesquisa própria, apoiada em dados da experimentação clínica dos medicamentos; tem como meta encontrar um medicamento que englobe a totalidade das características individuais do paciente, administrando ao mesmo uma substância que foi capaz de despertar nos experimentadores sadios, sintomas semelhantes (homeo) aos que se deseja combater, estimulando o organismo a reagir contra a sua enfermidade. homomorfos Denominação utilizada para indicar um indivíduo que apresenta estreita similaridade com outro, pertencente a uma linhagem evolutiva independente. (Biologia). homomorfos Designação aplicada a minerais que são muito semelhantes quanto ao hábito cristalino, porém inteiramente diferentes do ponto de vista químico, como o rutilo (TiO2) e o zircão (ZrSiO4). (Cristalografia) homotaxiais Unidades litoestratigráficas ou bioestratigráficas que apresentam uma ordem similar de arranjo em diferentes locais, porém não sendo necessariamente contemporâneas. homeostase Capacidade de adaptação que um ser vivo apresenta no intuito de manter o seu organismo equilibrado em relação às variações ambientais. (Ecologia) homotermia Estado apresentado por uma massa de água cuja temperatura não varia com a profundidade. (Hidrologia) homeostase do desenvolvimento É a capacidade apresentada por uma planta de não alterar as suas características 216 VOCABULÁRIO DA NATUREZA horizonte A turfoso É um horizonte mineral superficial ou próximo da superfície saturado por água durante 30 dias ou mais, em qualquer época do ano, e na maioria dos anos, sem drenagem artificial. (Pedologia) homozigoto Indíviduo que apresenta em seu genótipo um par de alelos idênticos (RR, rr). (Genética) horizonte A Horizonte superficial mineral, no qual a feição enfatizada é uma acumulação de matéria orgânica decomposta, intimamente associada com a fração mineral. (Pedologia) horizonte ágrico Horizonte mineral subsuperficial, no qual argila, silte e húmus derivados de uma camada sobrejacente, cultivada e fertilizada, se acumulam; os buracos feitos pelos animais e a argila, silte e húmus iluviais ocupam pelo menos 5% do volume do horizonte; a argila e húmus iluviais ocorrem como lamelas ou fibras horizontais, ou como revestimentos nas superfícies dos peds ou nos buracos feitos pelos animais. (Pedologia). horizonte A antrópico É um horizonte mineral superficial formado ou modificado pelo uso contínuo do solo pelo homem, como lugar de residência ou cultivo, por períodos prolongados, com adições de material orgânico em mistura ou não com material mineral, ocorrendo, às vezes, fragmentos de cerâmicas e restos de ossos e conchas; possui saturação por bases variável e teores de P2O5 solúvel em ácido cítrico mais elevado que na parte inferior do solum, em geral superior a 250 mg/kg de solo. (Pedologia) horizonte B Horizonte da máxima iluviação do solo. (Pedologia) horizonte B câmbico Ver horizonte B incipiente. (Pedologia) horizonte A chernozêmico É um horizonte mineral superficial, relativamente espesso, de cor escura, rico em matéria orgânica com alta saturação de bases, mesmo após envolvimento superficial (ex: por aração). (Pedologia) horizonte B espódico É um horizonte mineral subsuperficial do solo que apresenta acumulação iluvial de matéria orgânica e compostos de alumínio, com presença ou não, de ferro aluvial. (Pedologia) horizonte A fraco É um horizonte mineral superficial fracamente desenvolvido, seja pelo reduzido teor de colóides minerais ou orgânicos ou por condições externas de clima e vegetação, como as que ocorrem na zona semi-árida com vegetação de caatinga hiperxerófila. (Pedologia) horizonte B incipiente É um horizonte mineral subsuperficial do solo, que sofreu alteração física ou química em um grau não muito avançado, porém suficiente para o desenvolvimento de cor ou de estrutura, e no qual mais da metade do volume de todos os suborizontes não deve consistir em estrutura de rocha original; geralmente apresenta minerais primários facilmente intemperizáveis ou argila mais ativa, ou teores mais elevados de silte, indicando um relativo baixo grau de intemperização; horizonte B câmbico. (Pedologia). horizonte A húmico É um horizonte mineral superficial de cor escura, saturação por bases (V%) inferior a 65%; apresenta-se espesso e com conteúdo de carbono orgânico elevado. (Pedologia) horizonte A proeminente É um horizonte mineral superficial cujas características são compatíveis com o horizonte A chernozêmico, no que se refere a cor, teor de matéria orgânica, consistência, estrutura e espessura, diferindo, essencialmente, por apresentar saturação por bases (V%) inferior a 65 %. (Pedologia) horizonte B latossólico É um horizonte mineral subsuperficial do solo, cujos constituintes evidenciam avançado estágio de intemperização, explícita pela alteração quase completa dos minerais primários menos resistentes ao intemperismo e/ou de minerais de argila 2:1, seguida de intensa dessilicificação, lixiviação de bases e concentração 217 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de 15 % de argila), onde houve incremento de argila, orientada ou não, desde que não exclusivamente por descontinuidade, resultante de acumulação ou concentração absoluta ou relativa decorrente de processos de iluviação e/ou infiltração de argila ou argila mais silte, com ou sem matéria orgânica e/ou destruição de argila no horizonte A e/ou perda de argila no horizonte A por erosão diferencial; o conteúdo de argila do horizonte B textural é maior que o do horizonte A e pode, ou não, ser maior que o do horizonte C. (Pedologia). residual de sesquióxidos, argila do tipo 1:1 e minerais primários resistentes ao intemperismo. (Pedologia) horizonte B nátrico Horizonte mineral subsuperficial que satisfaz os requerimentos de um horizonte B textural com marcante diferença de textura entre o horizonte A e o B, mas que também tem estrutura prismática, colunar ou em blocos; apresenta ≥15% de saturação por Na+ trocável pelo menos em um suborizonte; horizonte B solonétzico. (Pedologia) horizonte B nítico É um horizonte mineral subsuperficial do solo, não hidromórfico, textura argilosa ou muito argilosa, sem incremento de argila do horizonte A para B ou com pequeno incremento, porém não suficiente para caracterizar a relação textural B/A do horizonte B textural, argila de atividade baixa ou alta, estrutura em blocos subangulares, angulares ou prismática moderada ou forte, com superfície reluzentes dos agregados, característica esta descrita a campo como cerosidade moderada a forte, com transição gradual ou difusa entre os suborizontes do horizonte B. (Pedologia) horizonte C Horizonte ou camada mineral constituída por materiall inconsolidado, de profundidade variável, relativamente pouco influenciada pelos processos pedogenéticos; o solum se desenvolve a partir deste material, in situ ou transportado. (Pedologia) horizonte cálcico É um horizonte mineral diagnóstico subsuperficiall caracterizado por expressiva acumulação secundária de carbonato de cálcio ou CaCO3 + MgCO3, ocasionando teor maior do que existia no material originário; é um horizonte no mínimo 15 cm de espessura, contendo pelo menos 15% de carbonato de cálcio equivalente,, excedendo em 5 % ou mais o contido no horizonte C ou material de origem; é suficiente brando, de forma que seus fragmentos, quando colocados na água, se esborroam. (Pedologia) horizonte B plânico É um horizonte mineral subsuperficial do solo, considerado como um tipo especial de horizonte B textural, subjacente a horizonte A ou E e precedido por uma mudança textural abrupta; apresenta estrutura prismática, ou colunar, ou em blocos angulares e subangulares grandes ou médios, permeabilidade lenta ou muito lenta e cores acinzentadas ou escurecidas, podendo ou não possuir cores neutras de redução, com ou sem mosqueados; este horizonte é adensado, com teores elevados de argila dispersa e pode ser responsável pela retenção de lençol de água suspenso, de existência temporária. (Pedologia) horizonte diagnóstico Aquele que apresenta determinado número de propriedades morfológicas, químicas, físicas e mineralógicas, definidas quantitativamente, que servem para identificar e distinguir classes de solos. (Pedologia) horizonte diagnóstico subsuperficial Horizonte que se forma sob a superfície do solo, ou imediatamente abaixo de detritos vegetais ou pode estar exposto à superfície por truncamento do perfil; geralmente considerado como horizonte B; endopedon. (Pedologia) horizonte B solonétzico Ver horizonte B nátrico. (Pedologia) horizonte B textural É um horizonte mineral subsuperficial do solo com textura franco-arenosa ou mais fina (mais horizonte diagnóstico superficial Horizonte que se forma à superfície do 218 VOCABULÁRIO DA NATUREZA vivas; trata-se de um horizonte fortemente influenciado pelo lençol freático e regime de umidade redutor, virtualmente livre de oxigênio dissolvido em razão de saturação por água durante todo o ano, ou pelo menos por um longo período, associada à demanda de oxigênio pela atividade biológica. (Pedologia) solo; não corresponde exatamente aos horizontes O ou A, pois pode ser menos espesso que o A e também pode incluir alguma parte do B mais rico em matéria orgânica; epipedon. (Pedologia) horizonte E Horizonte mineral com evidência de perda de argila silicatada, óxidos de ferro e de alumínio ou matéria orgânica , com a resultante concentração de quartzo e de outros minerais resistentes, com o tamanho da areia ou silte; zona de máxima eluviação do perfil e de coloração , em geral, mais clara que o horizonte B subjacente. (Pedologia) horizonte hístico É um tipo de horizonte do solo definido pela constituição orgânica, resultante de acumulações de resíduos vegetais depositados superficialmente, ainda que, no presente, possa encontrar-se recoberto por horizontes ou depósitos minerais e mesmo camadas orgânicas mais recentes; apresenta coloração escura e constitui-se de camadas superficiais espessas em solos orgânicos ou de espessura maior ou igual a 20 cm, quando sobrejacente a material mineral. (Pedologia) horizonte E álbico É um horizonte mineral, comumente subsuperficial, no qual a remoção ou segregação de material coloidal e orgânico progrediu a tal ponto que a cor do horizonte é determinada principalmente pela cor das partículas primárias de areia e silte do que por revestimento nessas partículas. (Pedologia) horizonte iluvial Horizonte mineral enriquecido com material originado de uma camada sobrejacente, precipitado da solução ou depositado da suspensão; horizonte de acumulação. (Pedologia) horizonte eluvial Horizonte mineral formado pelo processo de eluviação. (Pedologia). horizonte enterrado Horizonte do solo soterrado apresentando característica pedognética principais podendo ser identificadas como tendo sido desenvolvidas antes do horizonte ser enterrado. (Pedologia) horizonte gípsico É um horizonte mineral com acumulação de gesso com espessura superior a 15 cm; deve possuir 5 % ou mais de gesso em relação ao horizonte subjacente ou ao material de origem e o produto de sua espessura pelo conteúdo de gesso deve ser igual ou maior que 150. (Pedologia) horizonte intermediário É horizonte do solo mesclado que pode ser transicional ou não, nos quais porções de um horizonte principal são desenvolvidas por material de outro horizonte principal, sendo as distintas partes identificáveis como pertencente aos respectivos horizontes em causa; é representado pela combinação de duas ou três letras, onde a primeira indica o horizonte principal que ocupa mais volume, como por exemplo: A/B, E/B, A/B/C. (Pedologia) horizonte glei É um horizonte mineral, subsuperficial ou eventualmente superficial, com espessura de 15 cm ou mais, caracterizado por redução de ferro e prevalência do estado reduzido, no todo ou em parte, devido principalmente à água estagnada, como evidencia as cores neutras ou próximas de neutras (cinzento-oliváceas, esverdeadas, azuladas), na matriz do horizonte, com ou sem mosqueados de cores mais horizonte litoplíntico É um horizonte mineral diagnóstico consolidado contínuo ou praticamente contínuo, endurecida por ferro ou ferro e alumínio, na qual o carbono orgânico está ausente ou presente em pouca quantidade; este horizonte pode englobar camada muito fraturada e predomínio de blocos desses materiais com tamanho, no mínimo, de 20 cm ou maior, ou as fendas que aparecem são poucas e separadas de 10 219 VOCABULÁRIO DA NATUREZA jarosita ou materiais sulfídricos imediatamente subjacentes ou 0,05 % ou mais de sulfato solúvel em água. (Pedologia) cm ou mais umas das outras; deve ter uma espessura de no mínimo 10 cm. (Pedologia) horizonte mineral Horizonte do solo constituído dominantemente por material mineral, apresentando <12% de carbono orgânico se a fração mineral tiver 60% ou mais de argila, ou menos que 8% de carbono orgânico se a fração mineral não tiver argila, ou valores intermediários de carbono orgânico proporcionais aos conteúdos intermediários de argila. (Pedologia) horizonte transicional É horizonte de solo miscigenado, no qual propriedades de dois horizontes principais se associam conjuntamente, em fusão, evidenciando coexistência de propriedades comuns a ambos, de tal modo que não há individualização de partes distintas de um e de outro; são designados pela junção de duas letras-símbolos conotativas dos horizontes principais em questão, sendo que a primeira letra indica o horizonte principal, como por exemplo: AO, AH, AB. (Pedologia) horizonte orgânico Horizonte do solo constituído por material orgânico; em proporção superior ao especificado para horizonte mineral. (Pedologia) horizonte vértico É um horizonte mineral subsuperficial do solo que, devido à expressão e contração das argilas, apresenta feições pedológicas típicas, que são as superfícies de fricção (slickensides) em quantidade no mínimo comum e/ou a presença de unidades estruturais cuneiformes e/ou paralelepipédicas, cujo eixo longitudinal está inclinado de 10 a 600 em relação à horizontal, e fendas em algum período seco do ano com pelo menos 1 cm de largura; textura mais freqüente varia de argilosa a muito argilosa, admitindo-se a faixa de textura média de, no mínimo, 30% de argila; pode coincidir com horizonte AC, Bi, Bt ou C, e apresentar cores escuras, acinzentadas, amareladas ou avermelhadas e espessura no mínimo de 20 cm. (Pedologia) horizonte petrocálcico É formado a partir da evolução horizonte cálcico, no que se refere ao continuado processo de enriquecimento em carbonatos, tornandose irreversivelmente maciço e duro, de tal sorte que seus fragmentos imersos em água não mais se desmantelam. (Pedologia) horizonte petrogípisico É um horizonte gípisico endurecido de tal forma que seus fragmentos não se fraturam quando imersos em água; trata-se de horizonte impermeável às raízes. (Pedologia) horizonte plíntico É um horizonte mineral, B e/ou C, caracterizado pela presença de plintita em quantidade igual ou superior a 15%, e espessura de pelo menos 15 cm. (Pedologia). horizonte sálico Horizonte do solo originalmente mineral, muito raramente orgânico, com espessura igual ou superior a 15 cm, que contém enriquecimento secundário de sais mais solúveis em água fria do que o sulfato de cálcio (gesso); contém pelo menos 2% de sal e o produto de sua espessura em centímetros pela percentagem de sal por peso é igual ou maior que 60. (Pedologia) horizontes do solo Zonas do solo, quando esse é dividido em camadas horizontais aproximadamente paralelas, que apresentam diferenças perceptíveis em certos atributos como cor, textura e estrutura; a camada mais superficial é chamada de horizonte A, correspondendo à região influenciada pela matéria orgânica depositada pelas plantas que se desenvolvem no solo; logo abaixo pode haver ou não o horizonte B e, abaixo deste ou diretamente abaixo do A, o horizonte C (podendo também não ocorrer), que é transição entre o solo e a rocha origem; horizonte sulfúrico Horizonte diagnóstico mineral ou orgânico do solo, com 15 cm ou mais de espessura, pH de 3,5 ou menor, evidência de que o baixo valor de pH é causado por ácido sulfúrico; apresenta concentração de 220 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mesmo tempo que diminuem sua altura; o espaçamento entre as cristas de ondulações deve ser superior a 1 m, sendo que abaixo deste valor pode ser utilizado o termo microhummocky. seção à superfície ou paralela a esta, de constituição mineral ou orgânica, resultante da atuação de processos pedogenéticos. (Pedologia) hornblenda Mineral que pertence à família dos anfibólios e cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática, e coloração que apresenta matizes que vão desde o verde-escuro ao negro; a clivagem mostra ângulos de 560 e 1240, que serve como característica distintiva dos piroxênios; sua fórmula apesar de muito complexa pode ser indicada como Ca2Na(Mg, Fe )4( Al, Fe, Ti )( Al, Si )8O22(O, OH)2; a presença de alumínio é a principal diferença para a tremolita. humu Ver húmus. húmus Fração relativamente resistente da matéria orgânica do solo, peats, ou compostos orgânicos, usualmente de coloração bruno-escura a preta, formada pela decomposição biológica dos resíduos orgânicos. hornito Cone de lava relativamente pequeno e que apresenta encostas íngrimes (600 a 700), tendo sido edificado através da efusão de grandes massas de lava muito viscosas e relativamente frias, incapazes de fluir devido à solidificação muito rápida. I horotélico Tipo de evolução que se processa a um ritmo normal para um determinado grupo. i Utilizado somente com o horizonte B, para designar transformações pedogenéticas expressas por manifestações, tais como, a decomposição fraca ou pouco adiantada do material originário e desenvolvimento de cor em materiais areno-quartzosos edafizados quando integrantes do solum; exemplo Bi. horst Unidade crustal positiva, com forma relativamente alongada, estreita e limitada por falhas normais. (Geologia) hot spot Ver pluma do manto hulha Carvão mineral, carvão de pedra. humificação Conversão de resíduos orgânicos em húmus, através de atividades biológicas, síntese microbiana e reações químicas. icebergs Blocos de gelo oriundos dos continentes glaciais (geleiras continentais); estas massas de gelo flutuante são carregadas pelas correntes marinhas e constituem grandes perigos à navegação; grande massa de gelo flutuante que se desprendeu de uma geleira ou de uma capa de gelo, e que se apresenta com mais de 5 m acima do nível do mar. humina Fração de matéria orgânica do solo que não é dissolvida na extração do solo com substâncias alcalinas diluídas. hummocky Estratificação cruzada diagnóstica dos processos ligados às tempestades, que ocorre em uma camada com granodecrescência e espessamento ascendentes, em cuja base podem estar concentrados fósseis corporais; a laminação interna manifestase por ondulações truncantes, normalmente com mergulhos suaves; existem tendências das ondulações aumentarem o espaçamento entre as cristas, no sentido ascendente, ao icnofácies Fácies sedimentar caracterizada pela presença de um ou mais tipos de icnofósseis. icnofóssil Designação conferida aos vestígios da atividade vital de antigos organismos, tais como pegadas, pistas e perfurações. 221 VOCABULÁRIO DA NATUREZA da luz ou sensações como sede e cansaço; vivem em árvores, só descem ao chão para o acasalamento e desova; os olhos giram em todas as direções, para localizar comida ou perigo. (Zoologia) iconógrafos Formas tais como condutos, bolsas, funis, lentes e massas irregulares, que foram criadas devido à ação de organismos escavadores. icosaédro Estrutura básica de um capsídeo nos vírus com aspecto poliédrico ou esférico; sua superfície é constituída de 20 faces triangulares e 12 vértices; cada face é um triangulo eqüilátero e juntam-se para formar 12 vértices. (Virologia) íleo Porção terminal delgado. (Medicina) do intestino ilha Porção de terra firme, situada no mar, lago ou rio, e cercada de água por todos os lados. (Geografia) icterícia Condição na qual a pele, mucosas e olhos ficam amarelados devido ao aumento dos níveis sangüíneos de bilirrubina; isto acontece quando o fluxo de bile que sai do fígado ou vesícula está bloqueado, ou quando a função hepática está comprometida, ou quando há uma produção aumentada de bilirrubina secundária e uma destruição aumentada das células vermelhas do sangue. (Medicina) ilha barreira Ilha essencialmente arenosa que se estende paralelamente ao litoral, e separada do continente por uma laguna. ilha continental Ilha situada muito próxima e geologicamente relacionada ao continente, do qual é separada por águas rasas, isto é, com menos de 200 m de profundidade. ilha oceânica Ilha que se eleva do fundo do oceano profundo, muito distante do continente, de natureza vulcânica. ictiofauna É a totalidade de peixes de uma região; fauna de peixes. ilhas de calor Fenômeno que se verifica dentro de uma área urbana; a sua temperatura é muitas vezes mais alta que as zonas circundantes; é maior a noite, quando a temperatura pode ser até 8o C; mais alta nas cidade do que nas áreas vizinhas; os motivos básicos envolvidos neste fenômeno são vários, tais como: liberação do calor pelo consumo de combustíveis; alta capacidade de absorção de calor de muitas superfícies urbanas, como estruturas de cimento e asfalto; reduzido consumo de calor pela baixa evaporação; retenção de calor pelos gases poluentes. ictiólitos Denominação aplicada a concreções que encerram peixes fósseis. idade do lodo Tempo em que uma partícula de sólido suspenso sofre aeração no processo de lodo ativado; é expressa em dias, sendo normalmente calculada dividindo-se o peso dos sólidos suspensos no tanque de aeração, pela adição diária de novos sólidos suspensos contidos na água residuária. idiossincrasia Disposição do temperamento do indivíduo, que o faça reagir, de modo muito pessoal, à ação dos agentes externos; maneira de ver, sentir e reagir, própria de cada pessoa. ilita Um dos grupos que constituem os argilominerais, formado por folhas de três camadas onde a unidade estrutural básica é uma folha composta, que se apresenta com duas camadas de tetraedros de SiO4, entre as quais se situa uma camada de Al coordenado octaedricamente. igarapé Termo indígena que significa caminho de canoa; denominação dada aos pequenos rios da região amazônica, que corresponde aos arroios do Sul do Brasil. iguana lizard (Iguana iguana) Réptil que pode confundir-se com facilidade à paisagem; as mudanças na cor da pele, que ganha tons extremamente variáveis, são causadas por estímulos nervosos que mudam de acordo com a incidência iluminação zenital Iluminação natural ou luz solar que se obtém no interior de um recinto, por meio de dispositivo apropriado, como clarabóias ou domos 222 VOCABULÁRIO DA NATUREZA remotos, em qualquer faixa de espectro eletromagnético. (Sensoriamento Remoto) de material transparente. (Engenharia Civil) iluviação Processo de deposição de material de solo removido de um horizonte superior para um horizonte inferior, no perfil do solo. (Pedologia) imagepedologia Designação genérica para a técnica utilizada na interpretação pedológica em produtos de sensores remotos, em qualquer faixa de espectro eletromagnético. imagefitoecologia Designação genérica para a técnica utilizada na interpretação fitoecológica em produtos de sensores remotos, em qualquer faixa de espectro eletromagnético. imigração Entrada de pessoas num país, vindas de outro, para aí viverem e trabalharem; quando há movimento de entrada de indivíduos ou grupos vindo do estrangeiro. (Sócio-economia). imagegeomorfologia Designação genérica para a técnica utilizada na interpretação geomorfológica em produtos de sensores remotos, em qualquer faixa de espectro eletromagnético. imobilização Conversão de um elemento da forma inorgânica para a orgânica em tecidos microbianos ou em tecidos de plantas. impacto ambiental Qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, enfim, a qualidade dos recursos ambientais; efeito total que produz uma variação ambiental, seja natural ou provocada pelo homem, sobre a ecologia de uma região, como, por exemplo, a construção de uma represa. (Ecologia) imageinterpretação É o estudo, das feições da superfície da terra e a dedução do seu significado através de um sensor. imagem Registro permanente em material fotográfico de acidentes naturais, artificiais, objetos e atividades, obtido por sensores como o infravermelho pancromático e o radar de alta resolução. (Sensoriamento Remoto) imagem de radar Combinação do processo fotográfico e de técnicas de radar; impulsos elétricos são emitidos em direções predeterminadas, e os raios refletidos, ou devolvidas, são utilizados para fornecer imagens em tubos de raios catódicos; as imagens são, depois, obtidas da informação exposta nos tubos. (Sensoriamento Remoto) impacto ecológico ambiental. (Ecologia) Ver impacto impactógenos Rifts alinhados em alto ângulo com zonas de colisão, sendo posteriores à abertura da fase oceânica. imagem de satélite Imagem captada por um sensor a bordo de um satélite artificial, codificada e transmitida para uma estação rastreadora na Terra (imagem raster). (Sensoriamento Remoto) impedimento a mecanização Refere-se a restrição ao uso de máquinas e implementos agrícolas, devido as condições apresentadas pelas terras para o cultivo. (Agronomia) imagem multiespectral Imagem de múltiplas bandas, isto é, obtida por vários sensores que detectam a energia em bandas de diferentes comprimentos de onda. (Sensoriamento Remoto) império florístico A flora do mundo, que segundo Drude (1889), está dividida em zonas, regiões, domínios e setores. (Botânica) imageologia Designação genérica para a técnica utilizada na interpretação geológica em produtos de sensores impermeabilização superficial Orientação e empacotamento das partículas dispersas do solo na camada 223 VOCABULÁRIO DA NATUREZA (Maximiliana maripa), cujo fruto é uma drupa ovóide com a extremidade apontada, casca fibrosa-coreácea e polpa comestível pastosa de cor amarelaalaranjada, endocarpo espesso, pétreo com 1 a 3 sementes; é encontrada em toda a Amazônia e paises vizinhos e sua maior incidência está no estuário amazônico, no Pará; rebrota com vigor após as derrubadas e queimadas. mais superficial, tornando-a relativamente impermeável à água; encrostamento. (Pedologia) importância de impacto ambiental Em AIA, representa a ponderação do grau de significação de um impacto, tanto em relação ao fator ambiental afetado quanto a outros impactos; o julgamento subjetivo da significação do impacto, determina sua importância relativa em comparação aos demais. Ver AIA. Inceptissolo Ordem da classificação americana de solos (Soil Taxonomy); classe de solos minerais que têm um ou mais horizontes pedogenéticos, nos quais seus materiais minerais, que são carbonatos ou sílica amorfa, sofreram alguma alteração e/ou remoção sem ter havido significativa acumulação residual; inceptisol. (Pedologia) imposto de renda - IR Tributo cobrado das pessoas ou empresas sobre a renda obtida no exercício de suas atividades profissionais ou comerciais, ou ainda sobre os rendimento resultantes de aplicações financeiras; no caso das pessoas, quanto maior a renda, maior a taxa de imposto a ser paga ao governo; para as empresas, o porcentual do imposto depende do tipo da empresa e do regime no qual ela se enquadra. (Economia) incertae sedis Denominação utilizada para grupos de vegetais ou animais fósseis, cuja posição sistemática não se encontra ainda bem esclarecida. (Biologia) imprinting Fenômeno por meio do qual a atividade de alguns genes é influenciada pela origem parental. (Genética) incineração de lixo Queima do lixo; método tradicionalmente considerado inadequado por poluir o ar; mais recentemente desenvolveram-se usinas termelétricas voltadas à geração de energia pela queima do lixo; para reduzir a poluição, melhoraram-se os filtros, visando reter mais substâncias tóxicas e desenvolveram-se fornos de alta temperatura para a queima mais completa dos resíduos; o método permanece polêmico. imunidade Resistência de planta a doenças que é completa e permanente. in situ No local natural ou original. in vitro Termo aplicado aos processos biológicos que propiciam o crescimento de células, tecidos ou órgãos vegetais em meio de cultura; um processo biológico ou bioquímico que acontece fora de um organismo vivo. incipiente Relativo ao horizonte B do solo, e significa pouco desenvolvido em termos de formação pedogenética; este é um horizonte que sofreu intemperismo suficiente para alterar apenas parcialmente o material de origem do solo; o horizonte Bi já apresenta cor e estrutura típicas de solo, mas ainda guarda muitos fragmentos do material de origem. (Pedologia) in vivo Um processo biológico ou bioquímico que acontece dentro de um organismo vivo. inadimplência Falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições. Termo usado com muita freqüência para indicar o não-pagamento, por parte do tomador, do empréstimo no montante e prazo estipulados nas cláusulas do contrato; é a situação daquele que deve e não honra seus compromissos. (Economia) inclusão de salmoura Pequena inclusão tubular no gelo marinho, com cerca de 0,05 mm de diâmetro, contendo água com maior quantidade de sal do que a água do mar. inajá Palmeira solitária de tronco robusto, reto, com 10 a 18 m de altura, 224 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de determinadas condições; por exemplo, plantas que só crescem no solo ácido, quando observadas numa área, são indicadoras deste tipo de solo; ou então, peixes mortos boiando num rio são indicadores da poluição da água.Ver indicador ambiental. inclusões de solos Constituem ocorrências de solos englobadas na mesma unidade de mapeamento de solos, ocupando menos de 20% da área da mesma, sendo, entretanto, referidas à classe taxonômica diversa da que constitui a unidade de mapeamento considerado. (Pedologia) indicatriz biaxial Figura geométrica tridimensional representada por um elipsóide de três eixos para uma cor de luz determinada, que tem três planos de simetria sendo construída de tal forma que os três índices de refração principais de um cristal, para ondas de luz em suas direções de vibração são iguais e seus três semi-eixos, perpendiculares entre si. (Cristalografia) incomodidade Efeito gerado pela atividade incompatível com o bem-estar coletivo e os padrões definidos para uma determinada área. incubação Atividade exercida pelo casal, ou um de seus membros, aquecendo os ovos para que ocorra o total desenvolvimento do embrião; o período de incubação é o tempo que decorre da postura do último ovo de um conjunto, e termina com a eclosão deste ovo. (Zoologia) indicatriz uniaxial Figura geométrica tridimensional que mostra a variação dos índices de refração de um cristal para as ondas de luz em suas direções de vibração; para cristais positivos a indicatriz é um esferóide de revolução prolato, enquanto para cristais negativos a indicatriz é um esferóide de revolução oblato. (Cristalografia) indeiscente Fruto que não se abre e portanto não solta a semente. index seminum Catálogo através do qual os Jardins Botânicos colocam à disposição dos interessados, sua coleção científica para fins de intercâmbio. (Botânica) índice de área foliar Área de folhas verdes (um lado) por unidade de área de solo; refere-se somente a lâmina, ou a lâmina mais a metade da área superficial das bainhas e pecíolos expostos; termo adimensional; crítico: no qual 95% da luz visível é interceptada; máximo: o maior índice produzido por um relvado durante um período de crescimento; ótimo: no qual a máxima taxa de crescimento da cultura é alcançado. indicador Substância usada no processo analítico de titulação para indicar, geralmente através de mudança de coloração, o final da titulação. (Química) indicador ambiental O organismo, comunidade biológica ou parâmetro, que serve como medida das condições ambientais de uma certa área ou de um ecossistema. (Ecologia) índice de erosão Medida do potencial erosivo de um evento de chuva específico; na equação universal de perdas de solo, ele é definido como o produto de duas características da tempestade: energia cinética total da tempestade vezes sua intensidade máxima durante um período de 30 minutos. indicadores de impacto São os elementos ou parâmetros de uma variável que forneçam medidas de magnitude dos impactos ambientais; podem ser quantitativos, quando os valores são apresentados em escala numérica, ou qualitativos, quando classificados em categorias ou níveis. Ver AIA. índice de estrutura Qualquer medição de uma propriedade física do solo; tal como agregação, porosidade, permeabilidade solo ar ou água ou densidade do solo, que denote ou indique a condição estrutural do solo. indicadores ecológicos São espécies vivas que têm exigências particulares para se desenvolver, cuja presença, ausência, ou morte indicam a ocorrência 225 VOCABULÁRIO DA NATUREZA índice de floculação floculação. (Pedologia) de digestão; os sintomas associados são azia, náusea, estufamento e gases. (Medicina) Ver grau de índice de lodo Volume em mililitros que é ocupado por uma grama do lodo ativado, após a decantação do líquido aerado por 30 minutos. inertes Substâncias supostamente neutras; na produção de remédios e produtos agrícolas, servem para diluir os ingredientes ativos, funcionando como veículo. índice de massa Ver índice de umidade. índice de Miller Notação cristalográfica que, utilizando algarismos escritos entre parêntesis, traduz grandezas inversamente proporcionais à distância relativa em que uma face cristalina corta cada um dos eixos cristalográficos; para identificar uma zona cristalina, os índices são escritos entre colchetes, enquanto para identificar uma forma cristalina, são escritos entre chaves; quando o eixo é cortado na porção negativa, é colocado um traço sobre o algarismo correspondente. infauna Animais bentônicos adaptados a viverem entocados no substrato rochoso ou no interior de sedimentos presentes nos fundos lacustres ou marinhos. inferência estatística Método indutivo, a partir do qual os resultados amostrais são generalizados para a população; infere-se, portanto, do particular (amostra) para o geral (população). (Estatística) infiltração Fluxo da água da superfície do solo para o subsolo, ou de um meio poroso para um canal, dreno, reservatório ou conduto. (Hidrologia) índice de Miller-Bravais Notação cristalográfica utilizada quando não são conhecidas as distâncias exatas em que são interceptados os eixos cristalográficos; são utilizadas as letras h, k, l para o sistema hexagonal e h, k, i, l para o sistema trigonal. infiltração cumulativa Volume total de água infiltrada por unidade de área durante um período de tempo especificado. (Hidrologia) infiltração eficaz Porção de água infiltrada que efetivamente alimenta os aqüíferos. (Hidrologia) índice de octano Indicador da capacidade de um produto resistir a altas pressões sem que ocorra explosão espontânea. inflação Número que expressa o aumento médio de preços de uma economia ou de segmentos desta economia, provocando uma perda do poder aquisitivo da moeda. (Economia) índice de umidade Massa de vapor d’água por quilograma de ar seco; índice de massa. índice de vigor da planta Estimativa do vigor da planta baseado na medida de um ou poucos atributos. (Fitotecnia) inflamação Condição na qual o corpo está tentando reagir a um dano ou destruição de tecido; alguns sinais presentes são: vermelhidão, calor, inchaço , dor e perda da função. (Medicina) índice xerotérmico Medida da intensidade da seca, que se refere ao número de dias biologicamente secos, os quais são efetivamente secos, isto é, os dias sem chuvas, corrigido o efeito da umidade relativa do ar e dos dias de nevoeiro e orvalho. (Climatologia) inflorescência Conjunto de flores que brotam reunidas, formando uma estrutura comum. (Botânica) influxo Água que flui para um aqüífero, um trecho de um rio, um lago, um reservatório ou um depósito similar. indigen Espécie domesticada a partir de um ancestral silvestre ainda ocorrente na natureza. Ver cultígeno. informação georeferenciada Dados alfanuméricos geograficamente indigestão Termo utilizado para se referir a qualquer alteração do processo 226 VOCABULÁRIO DA NATUREZA inoculação de lodo Introdução de lodo com microorganismos biologicamente ativos. referenciados às informações gráficas de um mapa. (Geoprocessamento) informações genéticas Informação guardada no DNA, sob a forma de gene que vai determinar a ordem dos aminoácidos que vão compor uma proteína; é a ordem dos aminoácidos que vai determinar a função de uma proteína. (Genética) inóculo Patógeno ou parte dele capaz de causar doenças quando em contato com o hospedeiro. inodoro Que não tem cheiro. inossilicatos Silicatos cujos tetraedros de SiO4 podem estar unidos em cadeias compartilhando oxigênio com os tetraedros adjacentes; essas cadeias simples podem se unir através do oxigênio formando faixas ou cadeias duplas. infralitoral Região permanentemente coberta pelas águas, e tendo como limite superior a faixa da baixa-mar. inframaré Parte da planície de maré situada abaixo do nível médio das marés baixas, ficando portanto quase sempre coberta pela água. inquilinismo Associação interespecífica harmônica em que os indivíduos de uma espécie alojam-se em outra, obtendo proteção e suporte. infranerítico Porção do ambiente marinho situado entre 40 e 195 m. infusão O extrato que se prepara jogando água fervente sobre as plantas em um recipiente de louça, tampando e coando para uso quando esfriar. inselbergue Forma residual que apresenta feições variadas tais como crista, cúpula, domo e dorso de baleia e cujas encostas mostram declives entre 500 e 600, dominando uma superfície de aplanamento herdada ou funcional, com a qual forma uma ruptura (knick) de onde divergem as rampas de erosão. (Geomorfologia) ingá-cipó É uma árvore de porte mediano (Inga edulis), com altura em torno de 10 a 15 metros; o fruto é uma vagem cilíndrica multissucada, de cor verde-oliva medindo até 1 metro de comprimento; as sementes são revestidas por uma polpa branca (arilo), macia e levemente fibrosa, de sabor adocicado; em agosto e setembro frutifica em abundância; na Amazônia existem cerca de 180 espécies de ingá, das quais somente 4 ou 5 tem expressão como fruta comestível. ingestão diária aceitável - IDA dose diária aceitável. insequente Rio que aparentemente não apresenta qualquer tipo de controle, seja ele de natureza estratigráfica ou estrutural. inseticida Qualquer substância que, na formulação, exerce ação letal sobre insetos ou pragas. insetos Classe de artrópodes que abriga cerca de 800.000 espécies, sendo que 12.000 são fóssies; predominantemente terrestres, apresentam o corpo dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen; a cabeça possui um par de antenas e um par de olhos compostos, enquanto o tórax mostra três somitos; como todos os artrópodes, os insetos passam por mudas durante a fase de crescimento e apresentam respiração traqueal; estão presentes desde o Devoniano Médio. Ver ingrediente ativo Termo utilizado para designar determinados componentes de produtos como remédios, agrotóxicos, adubos, ou outros produtos que constituem compostos químicos; parte da mistura que atua efetivamente para atingir a finalidade desejada; por exemplo, o ingrediente ativo de um herbicida é a parte da mistura do produto, tóxica neste caso, que mata as ervas daninhas. Ver inertes. instestino delgado Porção mais longa do tubo digestivo, que conecta o estômago ao intestino grosso; é dividido em duodeno, jejuno e íleo; sua principal 227 VOCABULÁRIO DA NATUREZA genótipos diferentes de um ambiente para outro. (Genética) função é de absorver os alimentos; outra função importante é a produção de hormônios digestivos. (Medicina) interação de nutrientes Termo usado para denotar respostas aditivas a dois ou mais nutrientes aplicados separadamente ou juntos. insulina Hormônio secretado pelo pâncreas e que possui importante função no metabolismo dos açúcares. (Medicina) interdisciplinar Característica que se atribui a um tema, objeto ou abordagem para cuja exposição ou concretização se interligam duas ou mais disciplinas que, intencionalmente, estabelecem nexos e vínculos entre si. inteiramente casualizado Delineamento utilizado em experimentação. (Estatística) inteligência artificial - IA Investigação tendente a levar as máquinas a fazer coisas inteligentes. interestadial Intervalo de tempo mais quente, caracterizado pelo recuo temporário das geleiras, no decorrer de um estádio glacial intemperismo Conjunto de processos físicos, químicos e biológicos, que atuam sobre as rochas e minerais expostos na interface litosfera-atmosfera, desintegrado-os e decompondo-os quimicamente; meteorização. interface Superfície sobre a qual está sendo processada a sedimentação. (Sedimentologia) intemperismo biológico É aquele que compreendem fenômenos que conduzem a alteração química das rochas, com formação de compostos não existentes no material original. interferometria Conjunto de técnicas e processos de medidas da interferência em ondas mecânicas, acústicas e eletromagnéticas; é especialmente importante com as ondas eletromagnéticas visíveis. intemperismo físico É aquele que conduz à desagregação dos materiais rochosos, acarretando fragmentação das rochas e seus constituintes mineralógicos, sem uma alteração química apreciável interferômetro Tipo de telescópio no qual os sinais de dois ou mais telescópios menores são combinados, produzindo uma imagem com a resolução de um telescópio maior; quanto maior a separação entre os telescópios individuais, maior a resolução da imagem resultante. (Astronomia) intemperismo químico É aquele que ocorre pelas ações físicas e químicas desenvolvidas pelos seres vivos, e que contribuem para a destruição das rochas. interferon Uma classe de pequenas glicoproteinas que em nosso organismo exercem uma atividade anti-viral; interferon-alfa: leucocitário, produzido por leucócitos; são produtos protéicos produzidos por técnica de DNA recombinante e usado como agente inibidor de multiplicação celular. (Medicina) intensidade de precipitação Fluxo da água da chuva, isto é, quantidade por unidade de área e de tempo, expressa geralmente em milímetro por hora. (Climatologia) intensidade seletiva Diferencial de seleção expresso em unidades de desvio padrão fenotípico da população. (Genética) interflúvio Pequenas ondulações que separam os vales, cujas vertentes são, na maioria dos casos, de forma convexa, constituindo pequenas colinas. intensificação Em meteorologia sinótica, intensificação de um centro de alta pressão significa um aumento de sua pressão central ao longo do tempo. (Meteorologia) interglacial Intervalo de tempo entre dois estádios glaciais. interação de genótipo-ambiente Variação no desempenho relativo de 228 VOCABULÁRIO DA NATUREZA transações digitais dentro de uma empresa; emprega aplicativos associados à Internet, mas só é acessível aos que fazem parte da organização. (Informática) intermaré Faixa do litoral situada entre a maré alta e a maré baixa. Internet Rede mundial de informação ou o conglomerado de todos os computadores e redes passíveis de serem alcançados através de endereços de correio eletrônico; uma rede internacional constituída por milhares de outras redes interligadas usando protocolo específico (Informática) introgressão Passagem de genes de uma espécie para outra, através de hibridação e retrocruzamento continuado para uma ou ambas populações paternais. (Genética) inundação É o efeito de fenômenos meteorológicos, tais como chuvas, ciclones e degelos, que causam acumulações temporárias de água, em terrenos que se caracterizam por deficiência de drenagem, o que impede o desaguamento acelerado desses volumes. internó Região caulinar entre dois nós consecutivos. (Botânica) interstício capilar Interstício suficientemente pequeno para permitir que a água seja mantida contra a ação da gravidade, acima do nível freático. interstícios Poros ou espaços vazios no solo e nas rochas. inundado Saturado ou quase saturado com água. intervalo de confiança Intervalo numérico que, com certa probabilidade (95%, 99%, 99,9%, etc), encerra um parâmetro desconhecido. (Estatística) inundito Depósito resultante de inundações violentas, em ambientes fluviais, estuarinos e leques aluviais; é constituído de camadas plano-paralelas de arenitos, com granodecrescência ascendente, e espessura variável, apresentando a Seqüência de Bouma, que se apresenta na maioria das vezes incompleta. (Geologia) intervalo de geração Idade média dos pais quando a descendência destinada a substitui-los nasce; uma geração representa a taxa média de renovação de um rebanho. (Melhoramento Genético) intervenção ambiental Trata-se de toda e qualquer ação ou decisão que envolva a introdução, concreta ou virtual, permanente ou temporária, de pelo menos um fator ambiental em um dado ambiente, capaz de gerar ou induzir o remanejamento de fatores existentes no ambiente. (Ecologia) invasora Ver pioneira. inventário Estudo do potencial hidráulico da bacia hidrográfica, realizado para a determinação do seu potencial hidrelétrico através da escolha da melhor alternativa de divisão de queda, caracterizada pelo conjunto de aproveitamentos compatíveis entre si e com projetos desenvolvidos de forma a obter uma avaliação da energia disponível, dos impactos ambientais e dos custos de implantação dos empreendimentos. (Energia) intina Camada interna, mais ou menos celulósica, e geralmente não muito resistente, do esporoderma. (Palinologia) intraclasto Fragmento carbonático, de sedimentação penecontemporânea, que foi erodido e redepositado nas proximidades e incorporado aos calcários mais jovens. (Geologia) inversão térmica É o fenômeno em que a temperatura aumenta com a altitude, em contraposição à condição normal, que é diminuir com a altitude; estas inversões afetam freqüentemente as camadas finais de ar junto à superfície do solo durante o solstício de inverno; tal fato, se ocorrer em centros urbanos, impede o ar poluído de se dissipar, o que ocasiona intraformacional Qualquer feição, tipo ou seqüência de rochas, existente ou que caracteriza o interior de uma formação geológica. (Geologia) Intranet Rede projetada para organizar e compartilhar informações, e realizar 229 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ionosfera Região da atmosfera terrestre situada entre 40 a 700 km de altitude e bastante ionizada. sérios problemas de saúde; em condições normais, existe um gradiente de diminuição de temperatura do ar com o aumento da altitude (o ar é mais frio em lugares mais altos); ao longo do dia, o ar frio tende a descer (por que é mais denso) e o ar quente tende a subir (pois é menos denso), criando correntes de convecção que renovam o ar junto ao solo; em algumas ocasiões e locais (especialmente junto a encostas de montanhas ou em vales) ocorre uma inversão: uma camada de ar frio se interpõe entre duas camadas de ar quente, evitando que as correntes de convecção se formem; dessa forma, o ar junto ao solo fica estagnado e não sofre renovação; se houver uma cidade nessa região, haverá acúmulo de poluentes no ar, em concentrações que podem levar a efeitos danosos; um exemplo de cidade brasileira que sofre com a inversão térmica é São Paulo. íons Átomos, grupos de átomos, ou compostos, que estão eletricamente carregados em conseqüência da perda de elétrons (cátions) ou do ganho de elétrons (ânions). ipê amarelo (Tabebuia serratifolia) Árvore da família Bignoniaceae, de médio porte, fuste retilíneo, com diâmetro superior a 60 cm, casca lisa parda acinzentada, de 1,0 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne castanho com veios escuros; alburno amarelorosado com espessura média de 5,6 cm; grã direita; textura média; figura destacada; cheiro e gosto indistintos.; pau-d’arco-amarelo. ipê roxo (Tabebuia impetiginosa) Árvore da família Bignoniaceae, conhecida pela beleza das flores e pela durabilidade da madeira de coloração pardo-oliváceoescura é usada para fazer tacos, dormentes, estruturas externas e peças de construção naval; pau-d’arco-roxo. invertebrados Grupo que não tem caráter taxonômico, onde estão agrupados todos os animais que não possuem vértebras, portando a grande maioria dos representantes do reino animal; exemplos: minhocas, aranhas, insetos, camarões, caracóis, lulas, polvos, estrelas-do-mar, águas-vivas, esponjas etc. (Zoologia) ipecacuanha Erva da família das Rubiáceas, Cephaelis ipecacuanha, de longas raízes grossas e nodulosas que contém o alcalóide emetina; ipeca. ipequi (Heliornis fulica) Ave superficialmente parecida com um pato, sendo parente dos grous e do pavãozinho-do-pará; o macho apresenta uma característica anatômica única no mundo das aves; tem uma cavidade embaixo de cada asa, onde os filhotes recém-nascidos são carregados durante as primeiras semanas de vida. io Designação do satélite mais denso de Júpiter; com um diâmetro de 3.630 km, e uma densidade média de 3,57 g/cm3, este satélite é também uma lua vulcânica; este vulcanismo tem a sua origem na maré gravitacional que Júpiter exerce sobre ele; a cor alaranjada característica da sua superfície é devido à presença de enxofre e de dióxido de enxofre, que mesmo após arrefecer permanece com as mesmas tonalidades. irídium Série de satélites de comunicação famosos por serem muito brilhantes e visíveis a olho nu durante seus flashes. (Astronomia) ionização Resultado de qualquer processo através do qual átomos ou moléculas, que são neutros, adquirem carga elétrica positiva ou negativa. ironstone Concreções ferruginosas consolidadas; plintita que sofreu endurecimento irreversível; petroplintita ou canga laterítica. (Pedologia) ionona Cetona cíclica, com dois isômeros muito odoríferos, com cheiro de violeta, utilizados em perfumaria, cuja fórmula é: C13H20O. irradiação adaptativa Denominação aplicada a um dos tipos básicos de padrões evolutivos, que corresponde a 230 VOCABULÁRIO DA NATUREZA normalização, com sede em Genebra, Suíça, de caráter privado composta por cerca de 120 países membros, representados em grande parte por instituições governamentais ou organizações ligadas ao poder público; a missão desta federação é promover o desenvolvimento da normalização através de acordos técnicos globais publicados como normas internacionais; procura se associar às diversas entidades de normalização dos países, respeitando a peculiaridade de cada um; procura também facilitar as trocas internacionais de produtos e serviços, e cooperar nas esferas intelectual, científica e tecnológica; produz normas numeradas de forma crescente, divididas em séries; uma das séries mais conhecidas é a 9.000, voltada à qualidade; a série 14.000 está reservada para as normas ambientais; a representante da ISO no Brasil é a ABNT. Ver ISO 14.000, ISO 9.000. uma rápida diversificação em muitas formas de vida a partir de um ancestral comum; irradiação morfológica. irradiação morfológica adaptativa. Ver irradiação irrigação Técnica de aplicação ou suprimento artificial de água para as culturas. (Agronomia) irrigação localizada Compreende método onde a água é conduzida de forma pressurizada ao terreno e é aplicada ao solo, umedecendo apenas parte do sistema radicular da cultura. (Agronomia) irrigação por aspersão Compreende método onde a água é conduzida em tubos sob pressão e aplicada sobre área em forma de chuva artificial. (Agronomia) irrigação por inundação Tipo de irrigação por superfície onde a aplicação da água é feita em bacias ou tabuleiros, quase planos e de tamanho e formas variáveis. (Agronomia) ISO 14.000 É um conjunto de normas que buscam a boa prática de gerenciamento ambiental entendido como um processo gradual e contínuo de melhorias ambientais; aceito internacionalmente, tem caráter voluntário, não havendo instrumentos legais que obriguem sua adoção pelas empresas; pode ser adotada pela empresa como um todo, ou em uma de suas unidades, como vem ocorrendo em grandes corporações; a finalidade é prevenir - através de um Sistema de Gestão Ambiental - os eventuais danos ambientais provocados pelos processos produtivos e pelos produtos colocados no mercado de consumo. Ver ISO. irrigação por sulcos Constituí-se em um tipo de irrigação por superfície onde a água é conduzida em pequenos canais ou sulcos situados paralelos às fileiras das plantas, durante o tempo necessário para que as raízes sejam umedecidas. (Agronomia) irrigação por superfície Compreende os métodos nos quais a condução de água até qualquer ponto de infiltração, dentro da parcela a ser irrigada, é feita diretamente sobre a superfície do solo; são classificadas em irrigação por inundação e irrigação por sulcos. (Agronomia) irrigação suplementar Prática de irrigação, na qual água é fornecida para melhorar as condições de solo para as culturas, durante períodos curtos e geralmente irregulares de seca e durante a época do crescimento a fim de remediar a falta de água no solo, suplementado as precipitações pluviométricas. (Agronomia) ISO 9.000 São as normas que tratam de Sistemas para Gestão e Garantia da Qualidade nas empresas; ter um certificado ISO 9.000 significa que uma empresa tem um sistema gerencial voltado para a qualidade e que atende aos requisitos de uma das normas da série; não há obrigatoriedade para se ter a ISO 9.000; as normas foram criadas para que as empresas as adotem de forma voluntária; o que acontece é que muitas empresas, passaram a exigir de ISO - International Organization for Standardization Federação internacional civil de organizações de 231 VOCABULÁRIO DA NATUREZA agulha magnética, a partir do meridiano ou norte verdadeiro. seus fornecedores a implantação da ISO, como forma de reduzir seus custos de inspeção; em sua essência, a ISO 9.000 é uma norma que visa a prevenção de falhas, através de uma série de ações. isógrada Linha que em um mapa une pontos de aparição de um certo índice mineral, isto é, onde ocorreu uma modificação específica na associação mineral que reflete uma reação metamórfica. isóbara Linha que une pontos de mesma pressão atmosférica; o traçado das isóbaras produz padrões característicos tais como depressões, cavados, anticiclones, selas e cristas. (Meteorologia) isoieta Linha que em um mapa une todos os pontos da superfície terrestre que apresentam a mesma precipitação pluvial. (Climatologia) isóbaros Nuclídeos cujos números de massa são idênticos, mas que apresentam números atômicos diferentes. isoipsas Curvas de mesma altitude. isolamento geográfico ou espacial É o tipo de isolamento que previne o intercruzamento entre populações alopátricas devido estarem fisicamente separadas; esse isolamento persistindo por muito tempo poderá conduzir as populações a se diferenciarem morfologicamente como resposta à seleção para diferentes ambientes.(Genética) isobase Linha que une todas as áreas que apresentam igual levantamento ou subsidência. isóbatas profundidade. Curvas de mesma isoclinal Dobra cujos flancos mergulham no mesmo sentido e com ângulos iguais. (Geologia) isolamento reprodutivo É o fenômeno dirigido por mecanismos que operam em populações simpátricas fazendo com que as espécies mantenham a sua individualidade e permaneçam distintas uma das outras, sem portanto haver troca de genes. (Genética) isodésmico Cristal em que todas as ligações apresentam força igual. isoenzima Termo que define um grupo de múltiplas formas moleculares da mesma enzima, resultante da presença de mais de um gene codificando cada uma destas formas moleculares no genoma de uma espécie; desempenham a mesma atividade catalítica, mas possuem diferentes propriedades cinéticas e podem ser separadas por processos bioquímicos; quando codificadas por genes alélicos a um loco, as isoenzimas são denominadas aloenzimas. isolinha Linha que une pontos onde ocorrem fenômenos semelhantes e na mesma medida. isomerização Processo de transformação de uma substância em um isômero desta. (Química) isômero Composto cuja molécula contém as mesmas espécies e o mesmo número de átomos que outra, mas difere dessa outra em sua estrutura molecular. (Química) isógiras Figuras de interferência produzidas por cristais opticamente anisótropos, quando submetidos a observação conoscópica, e que se apresentam como áreas negras ou cinzas que podem mudar ou não de posição, quando é girada a platina do microscópio. (Cristalografia) isópaca Linha que em um mapa une pontos de mesma espessura de um determinado intervalo estratigráfico. (Geologia) isoquiana Linha que em um mapa une os pontos que delimitam áreas de neves eternas. isógona Linha que em um mapa une todos os pontos da superfície terrestre que apresentam a mesma variação da 232 VOCABULÁRIO DA NATUREZA J isósporo Vegetal que produz esporos masculinos e femininos similares. (Botânica) isostasia Fenômeno pelo qual, as massas situadas entre a superfície da Terra e o nível médio das marés, nas áreas terrestres, e as deficiências de massa existentes entre o nível médio dos oceanos e seu fundo nas áreas marinhas são, geralmente, compensados por massas de sinal oposto situadas em maior profundidade. j Colocado após o símbolo dos horizontes H, A, B e C, indica a presença de materiais palustres, permanente ou periodicamente alagados, de natureza mineral ou orgânica, ricos em sulfetos (material sulfídrico); exemplo: Cj. (Pedologia) isótaca Linha que liga os pontos que apresentam a mesma velocidade na seção transversal de um curso de água. (Hidrologia) jacaré (Caiman yacare) Nome é de origem tupi-guarani que designa todos os representantes brasileiros da família Alligatoridade; alimentam-se de todo e qualquer tipo de animal e é tido como principal inimigo das piranhas, que são seu prato predileto; colocam em terra (ou na areia), de 20 a 90 ovos em ninhos feitos de folhas secas; no Pantanal, os jacarés são alvo de caçadores atraídos pela beleza do couro, que é utilizado na confecção de inúmeros artigos luxo como bolsa, cintos, sapatos e outros; a matança indiscriminada desse animal vem provocando um desiquilíbrio biológico no ambiente em que vive. isoterma Linha que em um mapa une os pontos de igual temperatura. (Climatologia) isótopos Nuclídeos que apresentam o mesmo número de prótons, mas que diferem quanto ao número de nêutrons. isquemia Supressão da circulação sanguínea em determinada parte do organismo devido à contrição arterial, ou a uma obliteração arterial por embolia. (Medicina) istmo Faixa de terra firme, relativamente estreita, que une porções do continente, e cercada de água pelos dois lados. (Geografia) jacaré-açu (Melanosuchus niger) Réptil que vive em lagos, rios remansosos e pântanos da Bacia Amazônica; dentre os jacarés brasileiros é considerado o que atinge maior tamanho e também o mais perigoso para o homem e os outros animais; na natureza, alimenta-se de mamíferos, aves e peixes; devido ao tamanho e o alto valor comercial, este réptil foi muito caçado no passado. itaúba (Mezilaurus itauba) Árvore da família Lauraceae, de grande porte, com diâmetro superior a 80 cm, fuste retilíneo, casca avermelhada fissurada, com placas soltas, com 1,5 cm de espessura; madeira pesada; cerne amarelo-oliva a amarelo-pardo; após secar, bege-claro, com espessura média de 3,5 cm; grã direita; textura média; figura pouco destacada; cheiro agradável quando trabalhada; gosto levemente distinto. jacaretinga (Caiman crocodilus) Réptil que, quando adulto, pode medir até 2 m de comprimento; vive em lagoas, riachos, pântanos e rios da Guiana, Venezuela, Trinidad, Colômbia, Peru e no Brasil, nas bacias dos rios Amazonas e Parnaíba; ocasionalmente é encontrado em estuários, freqüentemente associado com outras espécies; alimenta-se de peixes, crustáceos e insetos aquáticos; sua carne é muito apreciada pelos nativos e seu couro comercializado para confecção 233 VOCABULÁRIO DA NATUREZA jarosita Mineral do sistema cristalino hexagonal, de composição KFe3(OH)6(SO4)2; é constituinte comum de horizonte sulfúrico de solos. de bolsas, cintos e sapatos, o que estimula a caça ilegal do animal. jacinto Variedade de zircão que cristaliza no sistema tetragonal, e coloração acastanhada ou laranjavermelho e composição Zr(SiO4); é utilizado como gema. jaspe Denominação aplicada ao sílex vermelho ou preto, constituído de quartzo criptocristalino colorido por hematita. jade Denominação genérica que inclui tanto a nefrita- Ca2Mg5(Si8O22 )(OH)2 um anfibólio monoclínico, quanto a jadeíta - NaAl( Si2O6) - um piroxênio monoclínico. jatobá (Hymenaea courbaril) Árvore da família Leguminosae, de grande porte, fuste retilíneo cilíndrico, com diâmetro um pouco superior a 1,0 m, casca acinzentada, lisa, contendo goma, com 1,5 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne castanho-vermelho a castanho-avermelhado apresentando às vezes manchas escuras; alburno brancoacinzentado; grã direita a oblíqua; textura média; cheiro e gosto indistintos. janela atmosférica Região do espectro eletromagnético em que a atmosfera é transparente à radiação eletromagnética proveniente do Sol. japiim (Cassicus cela) Aves geralmente encontradas em árvores perto de caixas de vespas; cientificamente, isso é explicado porque as vespas comem as fêmeas das moscas quando se aproximam dos ninhos para pôr ovos nos filhotes de japiim; é um excelente imitador de sons de outras aves e seu repertório varia conforme a composição da avifauna local. jatuarana Peixe da família Characidae, assim como o pacu, a saranha e o assacu pirarara, que engloba o maior número de espécies de peixes de água doce da Amazônia. jazida Qualquer massa individualizada, de substância mineral ou fóssil, de valor econômico, aflorando à superfície ou existente no interior da terra. jaraqui (Semaprochilodus sp) É o primeiro peixe a subir o rio durante a piracema, quando é facilmente capturado pelos pescadores; pode atingir até 35 cm de comprimento e sua carne é muito apreciada. jazida vulcanogênica Todo depósito mineral cuja gênese está diretamente relacionada a qualquer manifestação vulcânica. jejuno Segmento do intestino delgado logo após o duodeno e antes do íleo. (Medicina) jararaca-do-norte (Bothrops atrox) Cobra que tem um veneno que se iguala a da cascavel; sua picada provoca hemorragia pelo nariz e ouvidos, além de outros sintomas; sem aplicação do soro antiofídico a pessoa morre em pouco tempo. jequitiranabóia Inseto homóptero, da família dos fulgorídeos, que apresenta cabeça com aspecto de lagarto, que o faz ser repudiado pelas pessoas; apesar de ser inofensivo dizem que sua picada pode fazer secar uma árvore ou matar um homem; cigarra-cobra, cobra-de-asa. jardim botânico Unidade de conservação que visa à preservação e propagação de espécies da flora e também a educação do publico visitante; atua na manutenção dos processos ecológicos e sistemas vitais essenciais, preservação da diversidade genética e apoio à utilização sustentável das espécies vegetais e dos ecossistemas onde ocorre. jet stream Faixa de ar que apresenta alguns milhares de quilômetros de comprimento, centenas de quilômetros de largura e alguns quilômetros de espessura, com velocidade mínima de cercade 120 km/h; são reconhecidos dois tipos principais de jet stream: o subtropical e o de frente polar, sendo 234 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ambos encontrados bem tropopausa. (Meteorologia) abaixo junção tripla Denominação aplicada aos locais onde três placas tectônicas possuem um ponto em comum; as junções podem ser constituídas pelas combinações de cadeia (R), fossa (T) ou falha transformante (F), promovendo diversas configurações tais como RRR, RRT, RRF, etc. (Geologia) da jibóia (Boa constrictor) Cobra de cauda afilada, pupila na vertical, cabeça triangular e hábitos noturnos; tem todas as características de uma cobra venenosa mas não é uma delas; mata suas presas por estrangulamento; no interior da Amazônia, os caboclos criam as jibóias dentro de casa para que ela mantenha a área livre de ratos e morcegos; bem alimentada, não oferece perigo ao homem mas como é temperamental, de vez em quando tem atitudes imprevisíveis; sua mordia dói muito e pode causar infecção. junta Plano ou superfície de fratura que divide as rochas e ao longo do qual não ocorreu ou foi mínimo o deslocamento das paredes; diáclase. (Geologia) junta de acamamento Junta cuja atitude é paralela à atitude do acamamento das rochas sedimentares. (Geologia) jigue Aparelho de concentração mineral densitária, no qual as forças de separação são produzidas por correntes verticais geradas pelo movimento de pulsação da água e pela ação do leito na estratificação das espécies minerais. (Mineração) juntas de tração Juntas que se formam em ângulo reto, segundo a direção dos esforços trativos, sendo que entre aquelas oriundas do decréscimo de volume estão presentes as juntas de resfriamento e as de dissecação. (Geologia) jigue de diafragma Jigue cujas pulsações são produzidas por movimentos alternados em uma parte elástica da própria caixa. juntas sigmoidais Juntas de partição que adquirem a forma de um sigma (perfil em S) devido à rotação progressiva em uma zona de cisalhamento. (Geologia) jigue de pistão Jigue cujo movimento de pulsação é produzido por um pistão mergulhado em um tanque de água contínuo à caixa. (Mineração) jupará (Potos flavus) É um animal mamífero noturno e tem hábitos bem parecidos aos dos macacos; vive nas árvores e é muito brincalhão além de exibido, porque gosta de ser observado e mimado; tem 30 cm de corpo e outro tanto de cauda que vive enrolada nos galhos das árvores; com dentes fortes e garras compridas e afiadas ele caça aves e pequenos mamíferos; também come insetos que ele retira das gretas das árvores com sua língua bem comprida; gosta de comer mel. jigue pulsador Jigue que trabalha apenas com a pulsação do leito, movendo-se para cima de um ponto de referência, sem sucção. (Mineração) joborandi Planta arbustiva da família das Rutáceas, Pilocarpus jaborandi e outras espécies, da qual se extrai a pilocarpina. Ver pilocarpina. joint-venture Associação de empresas de mesmo ramo de produção, mas de nacionalidades diferentes, que se articulam para operar no mercado. (Economia) jurássico Compreende os terrenos mesozóicos situados entre o Triássico e o Cretáceo. Ver eras geológicas. jusante Rio abaixo; direção que acompanha o mesmo sentido de uma corrente. joule - J Unidade de trabalho, de energia e de quantidade de calor; é o trabalho produzido por uma força de 1 newton cujo ponto de aplicação se desloca 1 metro na direção da força. 235 VOCABULÁRIO DA NATUREZA K existem aproximadamente 220 índios; os Katukina de língua da família Pano, vivem no rio Envira, nas margens do rio gregório, juntamente com os Yawanawá, na área indígena Rio Gregório, Acre, e na área indígena de Campinas; já foram descritos por muito viajantes como índios barbados por causa do costume de pintar a boca de preto; a troca de cônjuges é bastante comum, mas os filhos sempre ficam com a mãe. (Antropologia) k Colocado após o símbolo dos horizontes A, B e C, indica enriquecimento com carbonato de cálcio secundário, contendo, simultâneamente, 15% por peso ou mais de carbonatos de cálcio equivalente e, no mínimo, 5% a mais que o horizonte ou camada subjacente, ou que o horizonte C, ou que o material de origem; exemplo: Bk. (Pedologia) keiki Palavra havaiana que significa a formação de uma nova planta em uma planta já estabelecida, geralmente em um nó ou axila, onde uma florescência normalmente deveria se formar; pode-se estimular o surgimento de keikis com o uso de pomadas de hormônio, principalmente nas orquídeas dos gêneros Dendrobium e Phalaenopsis. (Botânica) kaiapó Índios também chamados de caiapó, que constituem um povo de língua da família Jê; dstribui-se por 14 grupos: Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin do Bacajá, A'Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txu-karramãe), Kokraimoro, Kubenkran-kén e Mekragnotí; há indicações de pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade nacional; as aldeias, identificadas pelo nome do grupo a que pertencem, são grandes para os padrões da Amazônia: a dos Gorotire tem 920 pessoas, e há referências históricas de aldeias com 1.500 índios; eles mantêm pouco contato entre as tribos e possuem uma estrutura cultural e social bastante homogenia, com poucas diferenças locais; a forma tradicional da aldeia é um círculo de casas formando um pátio; no centro, fica uma casa que só é utilizada para a reunião dos homens. Ki Relação molecular entre sílica (SiO2) e a alumina (Al2O3) em argilas, argilominerais ou solos; relação Ki. (Pedologia) kibutz Forma de estabelecimento rural coletivo em Israel que pode ser agrícola ou de manufaturas, onde a propriedade dos meios de produção é coletiva. kimberlito Rocha ígnea, ultrabásica (MgO: 15 a 40%), potássica, rica em voláteis, que ocorre na forma de pipes, diques e soleiras; a textura frequentemente inequigranular mostra olivina em duas gerações; contém os seguintes minerais primários: flogopita, carbonato (calcita), serpentina, clinopiroxênio (diopsídio), monticelita, apatita, espinélio titanífero, perovskita, cromita e ilmenita; rocha fonte dos diamantes primários. kame Depósito formado nas margens ou nas fendas de uma geleira, por correntes densas ou massas d'água de degelo, contendo grande quantidade de material detrítico; é geralmente encontrado na parte anterior dos depósitos glaciais de uma geleira, isto é , no sentido oposto ao movimento do gelo. kink band Microdobra angular que apresenta formato monoclinal e cuja distância entre as superfícies axiais adjacentes é da ordem de 10 cm; quando as dimensões são maiores é denominada de dobra em ziguezague ou em joelho. (Geologia) katukina Designa dois grupos indígenas, da família Katukina, que autodenominam-se Peda Djapá (Gente da Onça); vivem em diversos grupos no rio Biá, afluente do Jataí e Amazonas; klippe Porção de lasca de empurrão isolada de uma nappe ou falha de cavalgamento que escapou à erosão; se 236 VOCABULÁRIO DA NATUREZA tais restos são pequenos recebem a denominação klippen. (Geologia) dos piroxênios , que apresenta cor lilás, sendo utilizado como gema. knick Ângulo formado pelo sopé do inselberg com a superfície topográfica de um pedimento ou de um pediplano. knorria Denominação aplicada aos caules fósseis descorticados dos lepidodendros. (Paleontologia) L kolkhoz Assim era chamada a cooperativa de produção agrícola na antiga União Soviética, atual CEI Comunidade de estados Independentes, que inclui a Rússia. Kr Relação molecular entre a sílica (SiO2) e a soma alumina mais óxido de ferro (Al2O3 + Fe2O3), em argilas, argilominerais ou solos; relação Kr. (Pedologia) lã de rocha Produto obtido a partir da fusão de certos tipos de rochas, submetidas a determinados processos que permitem a passagem do estado líquido para o estado sólido fibroso. krill Pequenos camarões cujos cardumes servem de alimentos às baleias; vvem de fitoplâncton em águas férteis, e se desenvolvem em enormes quantidades, especialmente em águas árticas e antárticas, onde existem fortes correntes que concentram fitoplâncton; aparentemente, peixes, aves marinhas e gaivotas comem o krill que sobra das investidas das baleias. la niña Reação da atmosfera para restabelecer o equilíbrio perdido por efeito de El Niño; seus eventos apresentam maior variabilidade e ocorrem com uma freqüência menor do que eventos de El Niño; de 1900 a 1997, ocorreram 28 episódios de El Niño e 18 de La Niña, permanecendo 53% dos anos sem ocorrência dos fenômenos; no fenômeno La Niña que ocorreu durante 1998, os ventos alísios eram fortes, e a temperatura da superfície do mar, no Pacífico equatorial leste, ficou vários graus abaixo da média de longo prazo. kuarup Cerimônia religiosa intertribal de celebração dos mortos, realizada entre índios brasileiros da região do Alto Xingú kulina Índios também chamados de Kurína, Kolína, Curina ou Colina, que vivem em pequenos grupos; quando se casa o homem vive na casa da família da esposa e tem que trabalhar para retribuir pela mulher; e cada casal tem a obrigação de gerar pelo menos três filhos, ganhando o direito de construir uma casa separada, continuando juntos se desejar; eles acreditam que a concepção acontece sem qualquer contribuição feminina, e para engravidar, a mulher tanto pode relacionar-se apenas com o marido ou ter vários parceiros; em qualquer dos casos, ela é a única responsável pelos cuidados com a criança. (Antropologia) labelo O lábio, ou a pétala inferior da corola de uma orquídea, geralmente maior do que as outras duas pétalas, e muitas vezes de coloração distinta das demais e provida de esporão; labelo bilobado: que tem dois lobos ou lóbulos; bilobulado; labelo trilobado: que tem três lobos ou lóbulos; trilobulado. (Botânica) lábil Estado transitório ou instável; elemento disponível. Ver disponibilidade de nutrientes. (Pedologia) lacólito Massa intrusiva que apresenta forma lenticular plano-convexa, lembrando um cogumelo. A rocha situada acima da intrusão mostra-se abaulada em cúpula, enquanto as camadas kunzita Variedade de espodumênio LiAl(Si2O6)- mineral pertencente à familia 237 VOCABULÁRIO DA NATUREZA planctônicas (cianofíceas), e um déficit de oxigênio no hipolímnio devido a decomposição da matéria orgânica. inferiores continuam na posição original (Geologia) lactase Enzima digestiva necessária para decompor a lactose. lago exorreico Lago que se caracteriza por um escoamento permanente decorrente do excesso da vazão afluente, inclusive aquela devido a precipitação, sobre as perdas globais em água. lactescente Planta ou parte da planta que libera substâncias leitosas quando ferida. (Botânica) lactose Complexo de açúcar encontrado no leite e seus derivados; tem que ser dividida em galactose e glicose para ser absorvida. lago fechado Lago, geralmente localizado em regiões áridas, que perde água por evaporação ou através de fugas. lagartos Ver sáurios. (Zooologia) lago mesotrófico Lago que contém quantidades moderadas de nutrientes para o fitoplancton e para a fauna aquática. lago Corpo de água parada, em geral doce, embora possam existir aqueles com água salgada, como acontece nas regiões de baixa pluviosidade. lago oligotrófico Lago deficiente em nutrientes para o fitoplancton e para a fauna aquática, apresentando geralmente abundante oxigênio dissolvido e sem estratificação acentuada. lago amítico Lago que não apresenta circulação, em virtude da existência de uma camada de gelo na superfície. lago desértico Lago ,em geral temporário, que ocorre freqüentemente nas depressões internas das bacias desérticas, onde o nível de base da erosão eólica alcança o nível da água subterrânea; acumula o excesso temporário da água, acolhe sedimentos das correntes formadas pelas raras e concentradas chuvas e está sujeito à intensa evaporação; pode apresentar depósitos semelhantes aos varvitos, bem como, quando da evaporação das águas, marcarem presença os evaporitos. lagoa Pequeno reservatório de água natural ou artificial. lagoa aerada Lagoa artificial ou natural, na qual a aeração que pode ser mecânica ou através de ar difuso é utilizada para suprir a maior parte do oxigênio necessário para degradar a matéria orgânica presente nos esgotos. lagoa aeróbia Lagoa de oxidação na qual o processo biológico de tratamento é predominantemente aeróbio, tendo sua atividade orgânica baseada na simbiose entre algas e bactérias; as bactérias ao decomporem a matéria orgânica produzem gás carbônico, nitratos e fosfatos que nutrem as algas as quais pela ação da luz solar transformam o gás carbônico em hidratos de carbono, e liberando oxigênio que é reutilizado pelas bactérias, criando assim um ciclo. lago dimítico Lago que apresenta dois períodos de circulação, acompanhados de ruptura da termohalina. lago distrófico Lago rico em matéria orgânica dissolvida, de origem húmica, e que lhe confere uma coloração marrom escura ou preta, de alta transparência; apresenta condutividade elétrica baixa, bem como o pH também baixo, situado entre 4,0 e 5,5. lagoa anaeróbica Lagoa de oxidação na qual o processo biológico de tratamento é predominantemente anaeróbico; nesta lagoa é realizado o processo de decomposição anaeróbica dos lodos ou dos dejetos orgânicos, sendo que a estabilização da matéria orgânica não conta com o concurso do oxigênio dissolvido, de modo que os organismos lago efêmero Lago que seca anualmente durante a estiagem ou em anos particularmente secos. lago eutrófico Lago rico em nutrientes orgânicos e inorgânicos, geralmente N e P, e que apresenta alta produção primária, florescimento de algas 238 VOCABULÁRIO DA NATUREZA lama azul Lama que contém mais de 75% de materiais terrígenos, com dimensões inferiores a 0,3 mm, presentes em profundidades compreendidas entre 229 e 5.124 m; a cor azul é atribuída a presença de matéria orgânica e sulfetos de ferro finamente disseminados; o carbonato de cálcio está presente em quantidades variáveis, em geral acima de 35%. existentes precisam remover o oxigênio dos compostos das águas residuárias, a fim de obterem a energia necessária para sua sobrevivência. lagoa costeira: Porção de água localizada em áreas litorâneas, às vezes formadas pela barragem de uma restinga lagoa de decantação Reservatório constituído especialmente para capitar resíduos industriais, cujo final, obtido através de transformações bioquímicas e evaporação da água, pode ser utilizado como adubo orgânico. lama de perfuração Mistura de diversos componentes utilizada durante a perfuração de um poço de petróleo, com o objetivo de manter a pressão superior ao das formações atravessadas e evitar que as paredes do poço desmoronem. lagoa de estabilização Lagoa artificial, para onde é canalizado o esgoto após passar por um pré-tratamento que retira a areia e a matéria orgânica sólida não degradável; no interior das lagoas o esgoto passa por uma série de etapas de depuração com o tempo de retenção ou permanência calculada- que simulam o processo que ocorreria naturalmente em um curso de água; a diferença é que as lagoas permitem um controle do processo de maneira mais eficiente e menos nociva ao meio ambiente; lagoa de oxidação. lagoa de oxidação estabilização. lama marrom Lama pelágica com coloração chocolate devido a capacidade de oxidação das águas profundas, já que está presente em profundidades superiores a 4.000 m. lama negra Lama depositada em lagunas ou baías, nas quais a oxigenação é pobre em virtude da circulação ser restrita; a coloração preta é devida a presença de sulfetos e materia orgânica vegetal. lama vermelha Lama de coloração avermelhada presente nas proximidades das desembocaduras de rios que transportam grandes quantidades de sedimentos terrígenos avermelhados. Ver lagoa de lagoa facultativa Lagoa de oxidação onde ocorre simultaneamente o processo aeróbico nas camadas superiores do líquido e o processo anaeróbico nas regiões mais profundas, junto ao fundo. lamelas de Boehme Lamelas de deformação descontínua, isto é, restritas a grãos individuais, verificadas no quartzo, consistindo de pequenas cavidades ou inclusões com uma orientação planar. laguna Corpo de águas rasas e calmas, que mantém em geral uma comunicação restrita com o mar, e apresentando uma salinidade que pode variar desde quase doce até hipersalina; albufeira. laminação convoluta Estrutura caracterizada por forte amarrotamento, provocando dobras intrincadas no interior de uma unidade de sedimentação bem definida, e não perturbada; sua amplitude pode variar dentro da unidade, desaparecendo gradativamente para cima e para baixo; é caracterizada por anticlinais estreitos e agudos e sinclinais largos. lama Mistura contendo colóides e ultrafinos, produzida durante a lavra e o beneficiamento de um minério. Caracteriza-se por apresentar uma sedimentação muito lenta. (Mineração) lama amarela Sedimento terrígeno marinho de composição semelhante à lama azul, sendo que devido as condições climáticas da área fonte mostra cor amarela possivelmente relacionada ao hidróxido de ferro. laminação plano-paralela Laminação formada pela alternância de lâminas paralelas e quase horizontais, distintas 239 VOCABULÁRIO DA NATUREZA entre si por variações na composição e/ou no tamanho dos grãos. quais cinco dentes. laminário Coleção de lâminas que se conservam nas instituições botânicas e são destinadas à pesquisa científica. (Botânica) lapa Denominação aplicada ao bloco situado abaixo do plano de uma falha, quando esta é inclinada ou horizontal; quando a falha é horizontal essa distinção não existe; piso. (Geologia) lamito Lama endurecida que se assemelha a um argilito, diferindo deste pelo fato de apresentar uma proporção compreendida entre 15 a 50% de partículas sílticas; quando ricas em matéria carbonosa vegetal, muitos lamitos podem mostrar cores cinza ou preta. Ver a fortes laparoscopia Exame no qual se utiliza o laparoscópio. (Medicina) laparoscópio Um aparelho tubular introduzido na parede abdominal com intuito de examinar a cavidade abdominal e a superfície externa dos órgãos contidos nela. (Medicina) lâmpada fluorescente Dispositivo eletroquímico no qual a luz é gerada a partir de substâncias como o flúor, o cloro, o bromo e o iodo, colocadas no tubo; lâmpada halógena. lâmpada halógena fluorescente. correspondem lapiás Caneluras ou rasgos paralelos que esculpem a superfícies das rochas calcárias. lapilli Fragmento produzido por erupções vulcânicas de caráter explosivo, com diâmetro compreendido entre 4 e 32 mm. lâmpada lâmpada incandescente Fonte luminosa constituída por um filamento metálico levado a incandescência, numa atmosfera inerte, devido a passagem de corrente elétrica; é o tipo mais comum de lâmpada. lápis-lazúli Designação comumente utilizada para uma mistura de lazurita (Na,Ca)4(Al SiO4)3(SO4,S,Cl)com pequenas quantidades de calcita, piroxênio e outros silicatos, contendo comumente pequenas partículas disseminadas de pirita. landsat Um dos programas americanos de imageamento da superfície terrestre por satélites, iniciado pela NASA em meados dos anos 70; também usado para designar um ou mais satélites do programa (Landsat 4 e 5) e os dados de imagens por eles enviados. lapout Termo utilizado em sismoestratigrafia para indicar, de um modo geral, qualquer terminação sucessiva de estratos contra uma superfície discordante, seja na base ou no topo de uma seqüência deposicional; é dividido em dois tipos: baselap e toplap. langua Termo africano que designa planície geologicamente recente, formada por sedimentos e aluviões e que periodicamente podem sofrer inundações pelas águas do mar. larva O primeiro estágio dos insetos, depois de saírem do ovo. (Entomologia) larva planctotrófica Larva que se alimenta de organismos do plâncton, principalmente do fitoplâncton, sendo que mais de 80% das espécies de invertebrados bentônicos tropicais possuem tais larvas. lanolina Mistura de colesterol e seus ésteres, que ocorre na gordura da lã, utilizada como base de pomadas e comésticos. lantanídeos Grupo de elementos também conhecidos como Terras Raras. latão Liga de cobre e zinco. (Metalurgia) lanterna de Aristóteles Denominação adotada para indicar o aparelho mastigatório dos ouriços (equinodermos), composto de 40 peças calcárias, das laterita Termo utilizado para designar material rico em óxidos de ferro, pobre em húmus, que endurece irreversivelmente quando exposto ao ar. (Pedologia) 240 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de minerais primários ou secundários menos resistentes ao intemperismo; uma das classes do novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solo; são solos profundos, muito bem drenados, homogêneos, altamente intemperizados e lixiviados; tem teores de argila médios ou altos; tipicamente, possuem sequência de horizontes A-Bw-C, onde Bw significa horizonte B latossólico; são semelhantes aos Oxissolos não-aquícos da Taxonomia de Solos (classificação americana). (Pedologia) laterito Rocha formada ou em fase de formação através de intenso intemperismo químico de rochas preexistentes, inclusive lateritos antigos, sob condições tropicais ou equivalentes; é caracteristicamente rico em Fe e Al e pobre em Si, K e Mg se comparado à composição da rocha-mãe; pode ser compacto, maciço, coeso e incoeso, terroso ou argiloso, com coloração variando de vermelho, violeta, amarelo, marrom até o branco; sua composição mineralógica envolve geralmente oxihidróxidos de ferro, alumínio, titânio e de manganês, além de argilominerais, fosfatos e resistatos. (Geologia) laudo Documento elaborado por peritos contemplando observações e estudos efetuados para a emissão das conclusões de uma perícia. latifúndio Tipo de propriedade rural caracterizada pela existência de vasta área inculta ou cultivada com tecnologia primária, com baixo investimento de capital. laurásia Super continente resultante da fragmentação de outro super continente, o Pangea, na Era Paleozóica , sendo também derivados o Gondwana e o Laurentia. latitude É o arco de meridiano, medido em graus, entre o lugar considerado e o equador; portanto, a latitude pode oscilar entre zero grau no equador até 900 norte ou sul nos pólos. lava Rocha magmática natural que se derrama, ou se derramou outrora, na superfície da Terra; magma que se encontra ainda na cratera do vulcão. latolização Processo de formação de solos que consiste na remoção de sílica e de bases do perfil, após transformação dos minerais constituintes, originando o horizonte B latossólico; praticamente não existe translocação de material para o horizonte B, como no caso da podzolização; processo pedogenético próprio de climas quentes e úmidos, onde a sílica e os cátions básicos são lixiviados, com a conseqüente concentração residual de óxidos de Fe e de Al. (Pedologia) lava aa Designação das lavas básicas de superfícies ásperas, fendilhadas, com aspecto geral composto por um amontoado de blocos, fragmentos agudos e lascas; termo de origem havaiana. (Geologia) lavra Fase da mineração cujo objetivo precípuo é o verdadeiro aproveitamento industrial de uma jazida, representando portanto o conjunto de operações coordenadas, que tem como objetivo a extração econômica das diversas substâncias minerais úteis de uma jazida até o seu beneficiamento primário; explotação. latossólico Qualificação utilizada para indicar que determinada unidade taxonômica de solo possui características intermediárias para Latossolo. (Pedologia) lavrado Termo utilizado na Amazônia (Roraima e Ilha do Marajó) para designar extensas áreas planas com vegetação rasteira, sem árvores ou arbustos, e que podem sofrer alagamentos periódicos. Latossolo Compreende solos constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico superficial, exceto horizonte H hístico; apresentam um avançado estágio de intemperização, muito evoluídos, virtualmente destituídos lazareto Local usado para a quarentena de indivíduos suspeitos de contágio. ledeburita Microestrutura eutética de austenita e cementita. (Metalurgia) 241 VOCABULÁRIO DA NATUREZA lei de Darcy A quantidade de fluxo que passa através de um meio poroso é proporcional à permeabilidade, à área da seção transversal ao fluxo e ao gradiente hidráulico; é expressa pela fórmula Q=KiA ou Q/A=v=Ki, onde Q= taxa de fluxo (m3/dia); K= coeficiente de permeabilidade (m/dia);i= gradiente hidráulico; A = área da seção transversal ao fluxo (m2) e v= velocidade de fluxo ( m/dia ). (Hidráulica) legenda Ver convenções cartográficas. (Cartografia) legume Fruto característico das Leguminosas, constituído de um só carpelo, seco, e que se abre através de duas fendas; vagem. (Botânica) legumina Substância extraída dos grãos das Leguminosas e que é uma albumina natural. lei da constância do ângulo interfacial Os ângulos interfaciais medidos entre faces iguais são constantes para todos os cristais de uma dada substância, sob condições físicas constantes, a despeito da forma da face. (Cristalografia) lei de Hess O calor liberado ou absorvido em uma reação química é o mesmo, quer o processo tenha uma ou várias etapas, dependendo tão-somente dos estados inicial e final. (Química) lei da reflexão Os ângulos de incidência e reflexão, medidos a partir de uma normal à superfície refletora, são iguais e situam-se no mesmo plano, denominado plano de incidência. lei de Hilt Em qualquer seqüência vertical normal de carvão húmico, o conteúdo de carbono aumenta com a profundidade. lei de Stefan-Boltzman O fluxo de radiação de um corpo negro é diretamente proprocional à quarta potência de sua temperatura absoluta. lei da sucessão faunística Os organismos fósseis sucederam-se no tempo geológico de acordo com uma ordem definida e reconhecível, não havendo reversibilidade na evolução. (Zoologia) lei de Steno Os ângulos entre faces equivalentes de cristais da mesma substância, medidos à mesma temperatura, são constantes. (Cristalografia) lei de biossegurança Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso das técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte de organismo geneticamente modificado, visando a proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente. lei do mínimo ou de Liebig Formulada por Justus Von Liebig (1840), tem o seguinte enunciado: “o máximo da produção depende do fator de crescimento que se encontra à disposição da planta em menor quantidade”; apresenta grande importância para as pesquisas relacionadas com o uso de fertilizantes minerais na agricultura. (Agronomia) lei de Bravais A freqüência com que uma dada face é observada em um cristal, é aproximadamente proporcional ao número de nós que jazem nela, e portanto quanto maior o número mais comum é a face. leis de Mendel Enunciadas por Gregor Mendel, 1860, após estudar cruzamentos entre pés de ervilha da variedade Pisum sativum; a primeira lei, conhecida como a da uniformidade, mostra que, quando se cruzam dois indivíduos originários de linhagens puras, os quais apresentam determinado caráter -- por exemplo, cor dos olhos -- diferente um do outro, os descendentes mostram uma homogeneidade na característica estudada e todos herdam o caráter de lei de Coulomb Entre qualquer par de íons providos de cargas contrárias, existe uma força de atração eletrostática diretamente proporcional ao produto de suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre seus centros. 242 VOCABULÁRIO DA NATUREZA um dos genitores (fator dominante), enquanto que o do outro aparentemente se perde, ou então apresentam um traço intermediário em relação aos traços de ambos os pais; a segunda lei, a da segregação, demonstra que os fatores hereditários (genes) constituem unidades independentes que passam de uma geração para outra sem sofrer nenhuma alteração; quando se cruzam entre si os descendentes obtidos do cruzamento entre duas linhagens puras, observa-se que o caráter que não se manifestou recessivo- fica patente na segunda geração, na proporção de um quarto da descendência, enquanto o caráter dominante ocorre em três quartos dos descendentes. Portanto, cada par de genes que determinam certo caráter separa-se no processo de formação das células reprodutoras e os fragmentos resultantes se combinam ao acaso; a terceira lei, a da transmissão independente, dispõe que cada caráter é herdado independentemente dos caracteres restantes. (Genética) leito maior Calha alargada do rio, utilizada em períodos de cheia. leishmânia Animal protozoário, mastigóforo, zoomastigínio, da ordem dos Protomonadinos, que tem ciclo vital em dois hospedeiros: um vertebrado e um inseto-vetor; o gênero Leishmania possui várias espécies sendo a Leishmania brasiliensis a mais conhecida, parasitando homens e animais domésticos. lente Corpo geológico caracterizado por dimensões longitudinais acentuadas, limitado por superfícies curvas convergentes, com espessura decrescente do centro para as extremidades. (Geologia) leito menor Calha ocupada pelo rio no período das águas baixas. lençol de areia Depósito psamítico tabular cujas bordas são bem definidas, mas que diferentemente das dunas, não apresenta faces com deslizamento de areia. (Geomorfologia) lençol freático Superfície superior da água subterrânea ou aquele nível subterrâneo onde a água se encontra à pressão atmosférica. lêndeas Ovos do piolho, Pedicullus humanus, inseto hematófago, parasita do homem, da família dos Pediculideos; geralmente fixam-se aos cabelos ou nas costuras das roupas. lenho Ver xilema. (Botânica) lenhoso Que tem a natureza, o aspecto e a consistência do lenho. lenígrafo Instrumento registrador de níveis de água, em função do tempo. lente Dispositivo ótico utilizado para refratar a luz, confeccionado de substâncias transparentes isótropas; dependendo do modo pela qual a luz é refratada, as lentes podem ser convergentes (positiva) ou divergentes (negativa). (Ótica) leishmaniose Doença causada por protozoário do gênero Leishmania. Ver leishmânia, calazar. leite-do-papo Secreção nutritiva, rica em gorduras, proteínas, lecitinas e certas vitaminas, produzida pela descamação de células epiteliais do papo; é produzido na época da reprodução, sendo utilizado para alimentar os filhotes nos Columbidae (pombos e rolas), Sphenicidade (pingüins) e Phoenicopteridae (flamingos). (Zoologia) lente coletora Denominação aplicada a lente da ocular do microscópio que recebe o raio de luz proveniente da objetiva. lente composta Lente que consiste em duas ou mais lentes individuais, configuradas de tal maneira, que as aberrações de uma parte do sistema são compensadas pelas da outra parte; na prática, entretanto, é quase impossível a construção de uma lente composta que supere todos os vários tipos de aberrações. (Ótica) leito fluvial Parte mais baixa do vale de um rio, modelado pelo escoamento da água, ao longo da qual se deslocam, em períodos normais, a água e os sedimentos. 243 VOCABULÁRIO DA NATUREZA lente de Amici-Bertrand Lente cuja finalidade é trazer a figura de interferência para o plano focal da ocular do microscópio; encontra-se localizada entre a ocular e o analisador e pode ser introduzida ou retirada do sistema ótico, por rotação ou translação, dependendo do microscópio. lessivage Transporte, em suspensão, de material fino presente na parte superior do perfil do solo para o seu interior. lente de ôlho Denominação aplicada a lente da ocular do microscópio, situada mais próxima do olho do observador. levantamento de solos Exame sistemático, descritivo e classificatório, com mapeamento dos solos de uma determinada área; são classificados de acordo com o tipo de intensidade do exame de campo e objetivos, em cinco tipos principais: levantamento exploratório, levantamento de reconhecimento levantamento semidetalhado, levantamento detalhado e levantamento ultradetalhado; levantamento pedológico. (Pedologia) leucopenia Diminuição na contagem de glóbulos brancos (leucócitos); queda do número de células de defesa do sangue abaixo do normal. (Medicina) lenticela Excrescência de formato elíptico, circular ou alongado, preenchida por tecido frouxo, que se forma na superfície de troncos e ramos de muitas espécies de plantas e permite a realização de trocas gasosas entre o vegetal e a atmosfera. (Botânica) LEO - Low Earth Orbit Baixa órbita terrestre, até uns 700 km de altitude. (Astronomia) levantamento florístico Procedimento que visa identificar as espécies e sua distribuição geográfica; serve para complementar os dados do inventário florestal e levantamento fitossociológico; sua grande utilização porém, é a coleta de material botânico, que é o registro fidedigno da ocorrência da espécie em uma determinada área. lepidodêndron Gênero das pteridófitas caracterizado por apresentar troncos cilíndricos, dicótomos, alcançando por vezes grandes dimensões - 25 a 30 m cobertos de cicatrizes de forma losângica (almofadas foliares), dispostos em espiral; as folhas que se associavam a tais troncos eram uninervadas e alcançavam comprimentos de até 50 cm; viveram no Carbonífero e no Permiano Inferior. levantamento gravimétrico Aquele que determina valores da gravidade em uma série de pontos de uma certa região. levantamento pedológico levantamento de solos. (Pedologia) leptoma Área delgada do esporoderma, que funciona como uma abertura, porém não tão distintamente delimitada como as aberturas típicas. (Palinologia) Ver levantamento topográfico Aquele cujo objetivo principal é a determinação do relevo da superfície terrestre e a localização dos acidentes naturais e artificiais dessa superfície. leptotermal Depósito hidrotermal originado em profundidade e temperatura moderadas, posicionado no limite entre o epitermal e o mesotermal. levantamento utilitário Consiste no inventário do meio físico na qual se faz cartografia detalhada na descrição simplificada dos solos, anotando-se os dados essenciais relativos as características e propriedades da terra relevantes para interpretações relacionadas com sua capacidade de uso, e outras necessárias ao planejamento racional de propriedades agrícolas. leque aluvial Depósito de material detrítico que se apresenta com a forma de um segmento de cone, distribuído radialmente, mergulho abaixo, a partir de ponto onde os cursos d'água deixam as montanhas; em geral associa-se a escarpas de falha; cone aluvial, leque de dejeção. (Geomorfologia) leque de dejeção Ver leque aluvial. 244 VOCABULÁRIO DA NATUREZA controle da poluição, de acordo com as condições de seu deferimento. leveduras Fungos cuja forma de desenvolvimento normal e dominante é unicelular e não filamentosa, ocorrendo com freqüência em locais ricos em substâncias fermentáveis. (Micologia) licença prévia - LP É o documento que deve ser solicitado na fase preliminar de planejamento da atividade, correspondente à fase de estudos para localização do empreendimento; nesta fase o órgão licenciador elabora o termo de referência para a realização do Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente - EIA/RIMA; analisa o EIA/RIMA; vistoria o local do empreendimento; promove a audiência pública; requisitos para obtenção da LP: requerimento de LP; cópia da publicação de pedido de LP (de acordo com a resolução CONAMA no 006/86); apresentação de Estudo de Impacto Ambiental ou Relatório de Controle Ambiental; audiência pública (resolução CONAMA no 001/86 e 009/87); a concessão da LP não autoriza a execução de quaisquer obras ou atividades destinadas à implantação do empreendimento. lezíria Terreno alagadiço adjacente a um rio, sujeito a inundações repetidas. lianas Plantas lenhosas e/ou herbáceas reptantes (cipós) que apresentam as gemas e os brotos de crescimento situados acima do solo e protegidos por catafilos. (Botânica) libélula Inseto que vive próxima de água alimentando-se de pequenos insetos; as larvas são aquáticas e tem jeito muito estranho de respirar; através de folíolos, elas extraem o oxigênio da água que entra no tubo retal que depois é expelida com tanta força que serve como impulso para locomoção. (Entomologia) líber Ver floema. (Botânica) licença de instalação - LI É o documento que deve ser solicitado antes da implantação do empreendimento; nesta fase o órgão licenciador analisa os documentos solicitados na LP (projeto técnico, programas ambientais e plano de monitoramento); requisitos para obtenção da LI: requerimento de LI; cópia da publicação da concessão da LP, cópia de autorização de desamatamento expedida pelo IBAMA (quando couber); licença da prefeitura municipal, Plano de Controle Ambiental - PCA; cópia da publicação do pedido de LI, a concessão da LI implica no compromisso do interessado em manter o projeto final compatível com as condições de seu deferimento. licenciamento ambiental É um instrumento de planejamento que tem como objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia a vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento sócio-econônico e a proteção da dignidade da vida humana; a construção, instalação, ampliação e funcionamento de qualquer equipamento ou atividade que sejam considerados poluidores ou potencialmente poluidores do meio ambiente no território nacional, depende de prévio licenciamento. licença de operação - LO É o documento que deve ser solicitado antes da operação do empreendimento; nesta fase o órgão licenciador: analisa os documentos solicitados na LI; vistoria as instalações e os equipamentos de controle ambiental; requisitos para obtenção da LO: requerimento de LO; cópia da publicação da concessão da LI, cópia da publicação do pedido da LO, a concessão da LO implica no compromisso do interessado em manter o funcionamento dos equipamentos de licopeno Tipo de caroteno do tomate com propriedades anti-câncer. liga metálica Material contendo dois ou mais elementos, sendo pelo menos um deles um metal. (Metalurgia) ligação covalente Ligação em que os átomos se combinam compartilhando seus elétrons. ligação de Van Der Walls Ligação fraca que une moléculas neutras e unidades de estrutura essencialmente desprovidas de 245 VOCABULÁRIO DA NATUREZA uma superfície estranha, indicando que o solo se encontra no estado plástico. (Pedologia) carga, em um retículo, em virtude das pequenas cargas residuais existentes em uma superfície; é a mais fraca das ligações químicas. limite de regeneração Percentual de viabilidade de um acesso, deduzido através de teste de germinação; o limite tradicionalmente aceito para sementes é de 80% em relação ao poder germinativo inicial; um acesso introduzido na coleção de base com um poder germinativo de 70%, ao atingir 56%, deve ser regenerado. Ver acesso. (Genética) ligação iônica Ligação em que os íons se mantem unidos, devido à atração elétrica das cargas opostas. ligação metálica Ligação em que os núcleos atômicos estão unidos pela carga elétrica agregada de uma nuvem de elétrons que os rodeia; um elétron não pertence a qualquer núcleo em particular, sendo livre para mover-se através da estrutura ou mesmo inteiramente fora dela sem romper o mecanismo de ligação. limite e índice de plasticidade Consiste em se determinar o teor de umidade de um solo referente à mudança do estado plástico para o estado semi-sólido através de ensaio mecânico. (Pedologia) lignina Substância orgânica incrustante, que acompanha a celulose nas paredes de alguns tipos de células vegetais; se deposita nas paredes das células vegetais conferindo a estas notável rigidez. (Botânica) límnico Relativo a ambientes aquáticos continentais como rios, riachos, lagos e lagoas. limnologia Ciência voltada ao estudo das condições físicas, químicas, biológicas e meteorológicas dos corpos de água doce, principalmente os lagos e lagoas. ligula É um tipo de apêndice, quase sempre membranoso, de natureza estipular, que se acha principalmente entre o limbo e a bainha. (Botânica) limbo foliar (Botânica) A lâmina da limo Substância muscilaginosa de natureza orgânica, normalmente formada pela criação de microorganismos. folha. lineação Feição que se apresenta na superfície das rochas sob a forma de linhas, as quais são penetrativas e mantém uma orientação preferencial. (Geologia) limite de elasticidade Tensão máxima que ainda provoca deformação elástica. limite de escoamento Tensão máxima que um material pode suportar, antes que se inicie o escoamento plástico; resistência máxima à deformação elástica. (Metalurgia). lineação de estiramento Lineação caracterizada pela elongação de minerais ou agregados minerais durante a deformação cisalhante; como está contida no plano XY, se associa ao plano de foliação milonítica. limite de fadiga A máxima tensão cíclica que pode ser aplicada em material de forma que este resista a um número infinito de ciclos. lineação mineral Lineação conferida pela orientação de minerais com forma alongada, que foram gerados por recristalização metamórfica durante o processo deformativo; comumente é paralela à lineação de estiramento. limite de liquidez Consiste em se determinar o teor de umidade de um solo referente à mudança do estado líquido para o estado plástico, utilizando-se a energia de resistência ao cisalhamento. (Pedologia) lineação principal Designação utilizada para a lineação de estiramento e lineação mineral que se apresenta com disposições paralelas no plano S1; marca limite de pegajosidade Consiste em se determinar o teor de umidade de um solo no momento em que a pasta saturada com água apresenta aderência máxima a 246 VOCABULÁRIO DA NATUREZA for levantado, esta terá então um índice de refração maior do que a substância circundante. a orientação do eixo X do elipsóide de deformção finita. linebreeding Forma de acasalamento consangüíneo que procura concentrar a herança de um (uns) antepassado(s) ou linha(s) ancestral(is) desejável(is) em um rebanho. (Melhoramento Genético). linha de costa Linha que limita a margem das águas do mar, correspondente ao nível máximo da preamar em zona costeira aberta. linha de deixa Estrutura constituída por cordões anastomosados, freqüentemente encontados em praias, e formados pelo acúmulo de materiais leves (fragmentos de conchas, madeiras, algas, etc) e que acompanham aproximadamente a linha do litoral; é, em geral curva, mostrando a convexidade voltada em direção ao continente. linecross Descendência produzida a partir do acasalamento de duas ou mais linhas endogâmicas. (Melhoramento Genético). linfoma Nome genérico para as doenças devidas à proliferação desordenada das células do tecido linfóide; os linfomas são divididos em várias categorias de acordo com o tipo predominante de células e seu grau de diferenciação. (Medicina) linha de descendência de líquidos Linha que representa, em um diagrama geoquímico de variação, o curso da evolução química dos líquidos magmáticos, formados em razão da cristalização fracionada ou fusão parcial progressiva. (Geoquímica) lingote Peça fundida, em moldes de dimensões conhecidas, que posteriormente será laminada ou forjada. (Metalurgia) linha Conjunto de condutores, isoladores e acessórios, usado para o transporte ou distribuição de eletricidade. (Energia) linha de falha Linha acima da interseção do plano de falha com a superfície do terreno; traço de falha. (Geologia) linha Série de graus de parentesco entre indivíduos; ascendência e descendência de um indivíduo. (Genética) linha de instabilidade Uma linha ou cinturão, ao longo da qual instabilidade convectiva ocorre, sem que seja uma superfície frontal. (Meteorologia) linha aclínica Linha que une os pontos da superfície terrestre onde a inclinação da agulha magnética é nula. linha de marmorização Zona que marca a passagem dos escarnitos para os mármores, contituíndo-se em uma região preferencial de concentração de sulfetos, muitas vezes representando as zonas mais ricas dos depósitos. (Geologia) linha cotidal Linha que em um mapa une os pontos onde a preamar ocorre simultaneamente. linha das neves eternas Linha acima da qual, mesmo no verão, a neve não chega a desaparecer. linha de pedras Concentração de pedras que ocorre no interior do perfil de alguns solos, geralmente distribuídas em camadas, guardando um certo paralelismo com a superfície do terreno. (Pedologia) linha de Becke Fenômeno em que aparece uma linha de luz estreita, associada com o contato vertical de duas substâncias com índices de refração diferentes, observada sobre a platina de um microscópio; é melhor visualizada quando é utilizada uma objetiva de aumento médio e quando a abertura do diafragma íris situado abaixo da platina estiver praticamente fechada; se a linha de Becke movimentar em direção à substância quando o tubo do microscópio linhagem endógama Linhagem produzida por endogamia continuada; em melhoramento genético de plantas, tratase de uma linhagem quase totalmente homozigótica advinda de 247 VOCABULÁRIO DA NATUREZA comportar-se como se fosse um líquido; o fenômeno tem lugar quando grãos frouxamente unidos se separam, mantendo-se suspensos no próprio fluido-intersticial, até que este se reduza quantitativamente, de modo significativo, por força da evorsão. (Sedimentologia) autofecundações continuadas, acompanhada por seleção. (Genética) linhagem evolutiva Encadeamento de espécies ou gêneros, dispostos em sucessão cronológica, com o objetivo de mostrar sua descendência a partir de um determinado táxon, considerado como fonte de origem da linhagem em apreço. líquen Associação entre fungos e algas específicas que ocorre de uma maneira tão íntima em termos de independência funcional e tão integrada sob ponto de vista morfológico, que é formado um terceiro indivíduo que não se assemelha a nenhum de seus constituintes. linhagem híbrida É aquela em que um determinado caráter se manifesta com variações, de geração em geração, e o caráter varia segundo os princípios ou leis de Mendel. (Genética) linhagem preliminar Linhagem desenvolvida em instituições especializadas em recursos genéticos, na qual em uma primeira fase, foi introduzida uma ou mais características genéticas desejáveis e necessárias para o início de um programa de melhoramento genético. (Genética) liquidus Curva ou superfície que separa áreas ou volumes onde não existem sólidos presentes, daquelas nos quais coexistem sólidos e líquidos; é a curva que define o início da cristalização de um magma, ou o término de fusão de um sólido. (Geologia) liquidus Linha do diagrama de fases; lugar geométrico das temperaturas acima das quais só existe líquido. (Metalurgia) linhagem pura Linhagem homozigótica em todos os locos, obtida geralmente, por autofecundações sucessivas; é aquela em que um determinado caráter se manifesta sem variações, de geração em geração. (Genética) lira Aresta estreita situada entre as estrias dos grãos de pólen ou esporos estriados. (Palinologia) liteira Camada superficial de solos sob floresta, correspondente ao horizonte O dos solos minerais, consistindo de restos de vegetação como folhas, ramos, caules, cascas de frutos, em diferentes estádios de decomposição; serrapilheira ou serapilheira linhagens Grupo de indivíduos que possuem uma ascendência comum. (Genética) linhagens isogênicas Duas ou mais linhagens que diferem geneticamente entre si em um só loco. (Genética) linhito Carvão acastanhado, encontrado em formações Cenozóicas ou Mesozóicas, formado por restos vegetais variados em que fragmentos lenhosos representam um importante papel; sua densidade situa-se entre 1,1 e 1,3, o teor de carbono varia entre 65% a 75 %, o de água entre 10% e 30% e o poder calorífico entre 4.000 e 6.000 calorias. litificação Processo através do qual um sedimento inconsolidado transforma-se em rocha endurecida. litoclasto Fragmento carbonatado clástico formado e depositado mecanicamente, derivado de rochas carbonatadas antes constituídas, seja no interior, seja fora da bacia de sedimentação. linímetro Instrumento utilizado para medir o nível da superfície da água. litófilo Planta que cresce ou se desenvolve nos rochedos; ruprestre, rupícola, saxícola. (Botânica). lípedes Substâncias de origem vegetal e animal, nas quais predominam ésteres de ácidos graxos superiores. litófilos Elementos que mostram uma afinidade máxima com o oxigênio. (Química) liquefação Mudança de comportamento de um sedimento incoerente que passa a 248 VOCABULÁRIO DA NATUREZA biodegradáveis na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas provocando danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. litofítica Ver rupícola. (Botânica) litófito Uma planta que cresce sobre a superfície das rochas. (Botânica) lito-horizonte Termo litoestratigráfico informal, que designa uma superfície de mudança do caráter litoestratigráfico, de grande utilidade para correlação- não necessariamente sincrônica ou de cronocorrelação de unidades ou corpos litoestratigráficos. (Geologia) lixo atômico Aquele formado pelos resíduos gerados em usinas nucleares, equipamentos radiológicos, processos da medicina nuclear, entre outros; contém materiais que permanecem radioativos por centenas ou milhares de anos, que devem ser depositados em condições especiais de isolamento, para evitar danos à saúde a ao meio ambiente; lixo nuclear. Litólico Classe de solo que agrupa solos rasos (< 50cm até o substrato rochoso) e com horizontes na seqüência A - C - R. (Pedologia) lixo doméstico Aquele formado pelos resíduos produzidos em residências; ao contrário do que se pensa, este tipo de lixo pode conter materiais tóxicos, como restos de tintas, pilhas, baterias, etc. litologia Estudo científico da origem das rochas e suas transformações; esta parte da geologia é também denominada de petrografia; é uma importante ciência auxiliar da geomorfologia no estudo das formas do relevo, assim como para a pedologia. lixo hospitalar Todo resíduo gerado por serviços de saúde, como farmácias, clínicas e hospitais; inclui dois tipos: resíduos comuns, compostos por papéis, embalagens, restos de alimentos, etc; materiais sépticos ou perigosos, gerados nas salas de cirurgia, remédios, etc., para os quais é obrigatório a coleta e destino final especiais. litoral Ver costa. litosfera Capa rígida do planeta envolvendo o interior dúctil, cuja viscosidade é da ordem de 1.022 Pa.s (astenosfera); engloba a crosta continental, com suas porções, superior e inferior, a crosta oceânica e o manto litosférico. lixo industrial Resíduos sólidos gerados pela indústria; este lixo poderá conter materiais que contaminam o solo, o ar ou/e a água; o destino é de responsabilidade das indústrias, sendo controlado pela agência ambiental do Estado. litozona Unidade litoestratigráfica informal utilizada para denominar um corpo rochoso identificado, de maneira geral, por caracteres litoestratigráficos insuficientes (em quantidade ou necessidade) para justificar sua designação como unidade formal. lixo nuclear Ver lixo atômico. lixo orgânico Constituído de materiais orgânicos que vão para o lixo, como folhas e galhos de plantas ou restos de alimentos; pode ser transformado em fertilizante, conhecido como composto orgânico. lixão Local onde se deposita o lixo, sem projeto específico ou cuidado com a saúde pública e o meio ambiente. lixiviação Dissolução e remoção dos constituintes de rochas e de solos;. processo de remoção do solo de substâncias solúveis, através da água que percola (drena) pelo perfil do solo; um dos processos do intemperismo. (Pedologia) lixo tóxico Resíduo venenoso, como solventes, tintas, baterias de carros, baterias de celular, pesticidas, pilhas, produtos para desentupir pias e vasos sanitários, dentre outros. lixo Conjunto de resíduos de qualquer atividade humana; acúmulo de detritos domésticos e industriais não- lóbulo Denominação utilizada para indicar as expansões arredondadas de exina, e que são originadas por um 249 VOCABULÁRIO DA NATUREZA lodo séptico Lodo de um tanque séptico ou lodo que foi parcialmente digerido de um tanque imhoff ou digestor. aumento de espessura da sexina, na formação das aberturas. (Palinologia) loco Local no cromossomo onde se localiza um determinado gene; locus. (Genética) loess Depósito pelítico essencialmente siltoso, inconsolidado, sem estratificação, de natureza eólica, proveniente, na maioria das vezes, de áreas periglaciais ou desérticas, e mostrando enorme capacidade de formar encostas verticais. (Geomorfologia) locus Ver loco. (Genética). lodo Denominação sólidos acumulados líquidos, água ou durante um processo depositados no fundo cursos de água. utilizada para os e separados dos água residuária, de tratamento, ou dos rios ou outros logradouro público É o espaço livre, de uso público inalienável, reconhecido pela Municipalidade e designado por nome próprio, destinado ao tráfego de veículo e ao trânsito de pedestres; pode ser : avenida, rua, galeria, praça, jardim e outros. lodo ativado Floco de lodo produzido em água residuária bruta ou sedimentada, formado pelo crescimento de bactérias do tipo zoogléa e outros organismos, na presença de oxigênio dissolvido; o lodo é mantido em concentração suficiente, pela recirculação de flocos previamente formados. longitude É o arco de paralelo, medido em graus, entre determinado lugar e o meridiano principal que passa pelo Observatório de Greenwich, perto de Londres; a este meridiano corresponde a longitude 0º; a longitude de qualquer ponto dado sobre o globo é medida na direção leste ou oeste a partir deste meridiano, pelo caminho mais curto; portanto, a longitude deve oscilar entre zero e 180º, tanto a leste quanto a oeste de Greenwich; conhecendo-se somente a longitude de um ponto não podemos determinar sua situação exata, porque o mesmo valor da longitude corresponde a todo um meridiano; por esta razão, pode definir-se um meridiano como o lugar geométrico de todos os pontos que têm a mesma longitude lodo digerido Lodo digerido sob condições anaeróbicas ou aeróbicas até que os conteúdos voláteis tenham sido reduzidos ao ponto em que os sólidos tornem-se relativamente não putrescíveis e inofensivos. lodo líquido Lodo contendo água suficiente, geralmente mais de 85%, para permitir escoamento por gravidade ou bombeamento. lodo primário Lodo constituído pelos sólidos removidos do esgoto, por sedimentação no decantador primário. lodo químico Lodo obtido através do tratamento dos despejos com substâncias químicas. lopólito Forma intrusiva de grandes dimensões, lenticular, concordante, comprimida na sua parte central, e presente de um modo geral nas porções inferiores das sinclinais. (Geologia) lodo recirculado Lodo ativado, sedimentado, que retorna para se misturar com a água residuária bruta ou de sedimentação primária. louro-aritu (Licaria aritu) Árvore da família Lauraceae, de porte médio, aromática, com sapopemas às vezes superior a 2,30 m, fuste retilíneo regular, casca acinzentada, verrucosa, com algumas placas soltas, com 1,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne castanho escuro; alburno amarelado; grã direita a oblíqua; textura média; cheiro agradável; gosto levemente amargo. lodo removível Lodo que pode ser retirado de um leito de secagem, normalmente com 75% de umidade. lodo secundário Lodo decantado, proveniente do efluente de um filtro biológico ou lodos ativados, e que é sedimentado no decantador secundário. 250 VOCABULÁRIO DA NATUREZA louro-chumbo (Licaria canela) Árvore da família Lauraceae, de porte médio, fuste retílineo cilíndrico, superior a 50 cm, casca lisa, acinzentada com descamação, com 2,0 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne castanhoescuro, bem diferenciado do alburno castanho-claro; grã revessa; textura fina; figura ausente; cheiro levemente agradável e gosto indistinto. luminescência Qualquer emissão de luz produzida por um mineral, que não seja resultado direto de incandescência; é classificada em: termoluminescência, eletroluminescência, quimiluminescência, triboluminescência e cristaloluminescência. louro-gamela (Nectandra rubra) Árvore da família Lauraceae, de porte avantajado, de fuste retilíneo cilíndrico, com diâmetro às vezes superior a 80 cm, casca avermelhada, rugosa, apresentando placa solta, com espessura de até 2,0 cm; madeira moderadamente pesada; cerne róseo-castanho a pardoavermelhado; alburno mais claro com brilho dourado, escurecendo quando exposto ao ar, com espessura de 2,5 a 5 cm; grã direita, textura média a grossa, figura ausente; cheiro pouco agradável quando verde, desaparecendo após a secagem; gosto levemente amargo. Luvissolo Compreende solos minerais, não hidromórfico, com horizonte B textural ou horizonte B nítico, com argila de atividade alta e saturação por bases alta, imediatamente abaixo de horizonte A fraco ou horizonte A moderado, ou horizonte E; solos ricos em bases, B textural, correspondendo aos Brunos não Cálcicos, Podzólicos Vermelho-Amarelos Eutróficos e similares; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) lutito Rocha cuja maioria dos seus constituintes detríticos mostra dimensões inferiores a 63 micra. luz plano polarizada Luz que vibra em uma linha ao longo de um plano, formando ângulos retos com a direção de propagação; luz polarizada linearmente. (Física) loxodroma Linha que em um mapa ou carta, secciona cada meridiano no mesmo ângulo, e que é oblíqua ao Equador. luz polarizada linearmente plano polarizada. (Física) LTP - Lunar Transient Phenomenon Fenômeno transiente lunar; certas luminosidades irregulares observadas na Lua de caráter transitório. (Astronomia) Ver luz lubrificante Substância colocada entre duas superfícies, com o objetivo de reduzir o atrito e o desgaste. M lucívaga Vegetal que precisa de muita luz para o seu desenvolvimento e que não pode subsistir por tempo indeterminado, se dominado. lúmen Cavidade ou canal dentro de um órgão tubular ou tubo; no trato digestivo é por onde transita os alimentos e seus restos; luz. (Medicina) m Colocado após o símbolo dos horizontes B e C, indica cimentação pedogenética extraordinária e irreversível, contínua ou quase contínua, em horizontes que são cimentados em mais de 90%, embora possa apresentar fendas ou cavidades; exemplo Bm. (Pedologia) lúmen Espaço entre os muros de um retículo. (Palinologia) lúmen Potência luminosa que é emitida por uma fonte pontual que apresenta intensidade igual a 1 candela. (Física) 251 VOCABULÁRIO DA NATUREZA esconde rápido ameaçado. M1, M2, Mn Símbolos utilizados para designar a primeira, segunda, terceira, ou enésima geração após o tratamento com agente mutagênico. (Genética) quando se sente macaco sagui Animal mamífero da família dos Hapalideos, pequenos, entre 50 e 70 cm de altura, e levíssimos, pesam menos de meio; são diurnos, arbícolas e vivem em grupos com até seis indivíduos e o macho ajuda a cuidar dos filhotes; emitem grunhidos ou assobios finos que são ouvidos a longa distância. maar Cratera rasa de um vulcão embrionário, do qual apenas explodiu a chaminé, sem contudo ter havido derramamento de lava. macaco aranha (Atelas paniscus) Símio que vive em grupos com até 20 indivíduos; tem apenas um filhote por ano que é completamente dependente da mãe até os 10 meses; em cativeiro, tem um comportamento indiscreto e agitado como uma criança. macaco saki (Pithecia irrorates) Mamífero do gênero Pithecia encontrado em vários tipos de floresta; vive em grupos, de dois a oito indíviduos, e raramente se associam a outros; quando dois grupos se encontram demonstram, claramente, com atitudes e sons agressivos que não querem aproximação; dentro do grupo, apenas uma fêmea reproduz gerando um filhote a cada dois ou três anos; se, por acaso, ele morrer, esse espaço de tempo diminui para um ano. macaco caiarara (Cebus albifrons) Animal mamífero de muito pequeno, medindo apenas 45 cm; a maioria tem uma cor escura, quase preta, mas esta espécie apresenta a barba e as mãos claras; na cabeça possui uma mancha em forma de pêra que vai da testa até a base do nariz. macaco cuxiu de nariz branco (Chiropotes albinasus) Animal mamífero aparentado do uacari, com a diferença que tem a cauda longa; vive em grandes bandos com até 40 animais, sempre em árvores, não descem para o chão. macaco sauim (Saguinus midas) Animal mamífero que vive em bandos com cerca de 10 animais; come frutas e insetos e pesa muito pouco, menos de meio quilo. macaco sauim imperador (Saguinus imperator) Foi descoberto no século passado e recebeu este nome quando um empalhador decidiu enrolar o seu bigode à maneira do imperador alemão Wilhem; vve em pequenos bandos de 7 a 14 indivíduos; a fêmea tem dois filhotes de cada vez e o macho solidário, ajuda a criá-los. macaco da noite (Aotus azarae) Animal mamífero da família Cebideae, único tipo de macaco noturno da América; monógamo, vive apenas com a família; come frutas, folhas e insetos. macaco guariba (louatta seniculus) É o maior macaco do Brasil, podendo atingir até 1,20 m de altura; o bando, com até oito indivíduos, é guiado pelo macho mais velho chamado capelão; o osso hióide amplifica sua voz forte e rouca que pode ser ouvida a quilômetros; os nativos usam esse osso para curar asma e coqueluche. macaco sauim-de-coleira (Saguinus bicolor bicolor) Vive em família e a fêmea tem gêmeos duas vezes por ano; alimenta-se de néctar, insetos e frutos; só encontrado na região da cidade de Manaus e está ameaçado de extinção; para proteger a espécie foi criado o Parque Municipal do Mindu. macaco parauacu (Pithecia monachus) Animal mamífero da família dos Cebideos, ainda pouco conhecido; sabese apenas que vive em bandos pequenos com até 7 animais e parece ser monógamo; come frutos maduros, sementes e folhas; é muito arredio e se macaco uacari branco (Cacajao calvus rubicundus) É pequeno com cerca de 60 cm de altura e pesa entre 3 e 4 kg; vive nas copas das árvores das matas inundadas, várzeas e igapós e anda de 6 a 7 km por dia, em bandos com até 50 252 VOCABULÁRIO DA NATUREZA forma cristalina característica e composição química constante; originamse dos restos de diferentes órgãos e tecidos das plantas, sendo que suas propriedades físicas e químicas mudam à medida que a carbonificação se processa; os macerais diferem entre si, microscopicamente, em função de diferentes propriedades tais como reflectância, cor, morfologia, volume, anisotropia e dureza. indivíduos; emite um som parecido com latido; para procurar alimento o bando se divide; come a polpa das frutas na cheia e sementes verdes na seca; por ter um corpo tão semelhante ao de uma criança não é caçado pelo caboclo; a única ameaça é a extração de madeiras, que acaba com seu habitat; só é encontrado na Amazônia e é o único das Américas que tem o rabo curto; popularmente chamado de macaco inglês, uma brincadeira com os estrangeiros que ficam com essa cara por causa do calor intenso da região. maciço Termo descritivo que designa áreas montanhosas que já foram, parcialmente, erodidas; exemplos: maciço armoricano (Bretanha), maciço guiano, maciço brasileiro etc. (Geografia) macaco zogue-zogue (Callicebus moloch brunneus) Animal mamífero que vive na mata de terra firme apenas com a família. É um dos poucos que dispensa o bando; tem um filhote de cada vez e o macho não só ajuda a cuidar como carrega o filhote nas costas. maconha Variedade de cânhamo, Cannabis sativa var. indica, que apresenta folhas e flores usadas como narcótico. macroclimatologia Estudo voltado aos aspectos do clima de amplas áreas da superfície terrestre e com os movimentos atmosféricos em larga escala que afetam o clima. macaco-de-cheiro (Saimiris sciurea) Animal mamífero que vive em grandes bandos com até 45 animais; come frutos mas os insetos são o seu prato favorito; é pequeno com cerca de 40 cm de altura e pesa, no máximo, 1 kg. macroelementos Elementos químicos presentes em abundância na constituição do solo, formando cerca de 99% de seu peso; são eles: O (oxigênio), Si (silício), Al (alumínio), Fé (ferro), Ca (cálcio), Na (sódio), K (potássio), Mg (magnésio), Ti (titânio) e P (fósforo); algumas vezes o termo macroelemento é impropriamente usado como sinônimo de macronutriente. (Pedologia) maçaranduba (Manilkara huberi) Árvore da família Sapotaceae, de grande porte, fuste retilíneo, com diâmetro superior a 70 cm, casca fissurada longitudinalmente, de cor marromavermelhada de 2,0 cm de espessura; madeira muito pesada; cerne vermelhoescuro; alburno creme-claro, com espessura média de 6,6 cm; grã direita; textura média; figura pouco destada; cheiro e gosto indistintos. macromaré Maré que apresenta uma amplitude superior a 4 m. macronutrientes Elementos nutrientes que são absorvidos do solo em maior quantidade pelas plantas; são eles: N (nitrogênio), P (fósforo), K (potássio), Ca) cálcio), Mg (magnéiso) e S (enxofre). macega Capinzal impenetrável que cresce bastante unido, apresentado-se ressequido. maceração Procedimento no qual uma substância vegetal é colocada imersa no líquido a ser usado (água, álcool, eter, vinho ou vinagre), em temperatura ambiente; embora lenta, a maceração é um método excelente para obter o princípio ativo em toda a sua integridade. macronutrientes primários Denominação utilizada pela legislação brasileira sobre fertilizantes para designar os nutrientes N (nitrogênio), P (fósforo) e K (potássio). macronutrientes secundários Denominação utilizada pela legislação brasileira sobre fertilizantes para designar maceral Denominação aplicada aos constituintes orgânicos do carvão, reconhecíveis microscopicamente, sem 253 VOCABULÁRIO DA NATUREZA madeira mole Termo que geralmente designa a madeira que é proveniente das coníferas. os nutrientes Ca (cálcio), Mg (magnésio) e S (enxofre). macroporos Poros do solo com maiores diâmetros e que, por isso, não são capazes de reter água por capilaridade, sendo responsáveis pela circulação de gases. (Pedologia) madeira verde Madeira recém-cortada e que apresenta teor de umidade maior que o da madeira seca ao ar. mãe-de-taoca-pintada (Phlegopsis nigromaculata) Aves que seguem as formigas de correição; quando as formigas avançam, todo tipo de pequeno animal como insetos e lagartos tem que fugir para não ser predado; mãe-detaoca-pintada fica na frente da coluna e pega os animais quando eles tentam fugir das formigas macroporosidade Porosidade referente aos poros maiores, aqueles que não são capazes de reter água por capilaridade; são os poros que se apresentam vazios em uma amostra de solo que, após ser saturada, é submetida a uma tensão a 60 cm; porosidade não capilar. (Pedologia) macrorregião Região extensa com características naturais gerais mais ou menos homogêneas, em contraposição à microrregião; exemplo: Região Norte ou Sudeste do Brasil. (Geografia) máficas Rochas ricas em Mg e Fe, bem como em vários outros nutrientes; são geralmente de cor escura e muito duras. máfico Termo que designa mineral de coloração escura em oposição ao félsico de coloração clara. macucu-chiador (Licania oblongifolia) Árvore de porte médio, fuste retilíneo, diâmetro superior a 70 cm, casca sulcada avermelhada, com 1,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne castanho escuro; alburno creme; grã direita a oblíqua; textura grossa; cheiro e gosto indistintos. magma Matéria rochosa movediça à elevada temperatura, constituída no todo ou em parte apreciável, por uma fase líquida, que apresenta a composição de uma fusão silicatada; pode conter uma fase gasosa ou se constituir quase inteiramente em fases sólidas e cristalinas. macucu-de-paca (Aldina heterophylla) Árvore da família Leguminosae, de grande porte, fuste retilíneo cilíndrico, com diâmetro superior a 70 cm, casca esbranquiçada com 2,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne vermelho-claro; alburno amarelo-creme, grã revessa, textura média a grossa, figura atrativa, cheiro e gosto indistintos. magma parental Magma derivado de outro ou de outros magmas que já desapareceram, correspondendo, em uma suíte magmática, aos fácies cuja composição mineralógica e química é a mais primitiva. madeira aparelhada Madeira em peças cujas faces e cantos estão aplainados; madeira aplainada. madeira aplainada. aparelhada. Ver magma primário Magma gerado diretamente da fusão parcial de material da crosta ou do manto, que não sofreu qualquer processo posterior que provocasse alteração em sua composição original. madeira madeira branca Denominação vulgar dada a toda madeira que, independentemente de sua coloração, apresenta baixa resistência à ação dos agentes deterioradores. magnetização espontânea magnetização remanescente. Ver magnetização induzida Magnetização gerada em um magneto, corpo rochoso ou depósito mineral quando submetido à presença de um campo magnético externo, ou no caso de minerais e rochas, o campo magnético da Terra; a intensidade induzida de magnetização ou madeira de lei Denominação vulgar que é dada a toda madeira que apresenta alta resistência à ação dos agentes destruidores. 254 VOCABULÁRIO DA NATUREZA alimentos o que reduz a quantidade de nutrientes que a pessoa recebe. (Medicina) momento magnético por unidade de volume, é dada pela fórmula: I=k.H, sendo k a suscetibilidade volumétrica de cada material ou corpo induzido e H a intensidade do campo magnético externo ou campo magnético da Terra. magnetização permanente magnetização remanescente. malacostráceos Grupo de crustáceos a que pertencem os camarões, as lagostas e os caranguejos, sendo constituídos de 20 segmentos, dos quais: 5 cefálicos, soldados; 8 torácicos; 6 abdominais; e o telso; seus melhores fósseis conhecidos estão presentes no calcário litográfico de Solnhofen, do Período Jurássico, na Alemanha. Ver magnetização remanescente Magnetização gerada em um magneto, corpo rochoso ou depósito mineral por um campo magnético pretérito; uma vez retirada a ação desse campo, o magneto, corpo rochoso ou depósito mineral permanece magnetizado; magnetização permanente ou espontânea. malaquita Mineral supérgeno que cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática, e com composição Cu2CO3(OH)2; apresenta cor verde brilhante e formas comumente botrioidais. magnetosfera Região do espaço na qual o campo magnético de um planeta domina o campo magnético do vento solar. (Astronomia) maleabilidade Refere-se à capacidade do material se deformar sem fraturar, quando submetido à cargas de tração, compressão ou torção. (Metalurgia) magnitude absoluta Medida do brilho intrínseco e consequentemente absoluto, de uma estrela; também pode ser definida como igual à magnitude aparente de uma estrela vista a uma distância de 10 parsec; a diferença entre a magnitude aparente observada e a magnitude absoluta pode-nos indicar a distância a que se encontra a estrela. Ver parsec. (Astronomia) maligno Canceroso. (Medicina) mamíferos Tetrápodes homeotérmicos (sangue quente), que se apresentam cobertos de pêlos, dotados de glândulas mamárias, e possuindo dois côndilos ocipitais; os dentes são diferenciados em caninos, incisivos e molares. (Zoologia) manancial Qualquer corpo d'água superficial ou subterrâneo, que serve como fonte de abastecimento. (Hidrologia) magnitude aparente Brilho de uma estrela como é visto a olho nu, ou com um telescópio; este grau de luminosidade é expresso numa escala numérica na qual a estrela mais brilhante tem magnitude -1,4 e a estrela visível mais fraca tem magnitude 6. (Astronomia) manchas solares Manchas escuras que aparecem em grupos de duas ou mais, em zonas de intensa atividade magnética; as manchas de um mesmo par têm polaridades opostas e existe um campo magnético entre elas semelhante ao de um ímã; parecem escuras porque a sua temperatura é inferior à da fotosfera que as rodeia. (Astronomia) magnitude de impacto ambiental Representa a grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo também ser definida como a medida da alteração no valor de um fator ou parâmetro ambiental, em termos qualitativos e quantitativos; considera o grau de intensidade (pequeno ou grande), a periodicidade e amplitude temporal (rápido ou lento) de cada impacto.Ver AIA. mandíbula ou maxila inferior Parte inferior do bico que inclui a parte óssea revestida por um estojo córneo ou ranfoteca. (Zoologia) mandioqueira (Qualea paraensis) Árvore da família Vochysiaceae, de grande porte, fuste retilíneo, com diâmetro superior a 70 cm, casca áspera, malabsorção Condição na qual o intestino tem uma capacidade abaixo do normal de digerir ou absorver os 255 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ecológico das pragas; propicia o máximo proveito de fatores de morbidade naturais, complementado em alguns casos, pelo uso de agrotóxicos químicos artificiais. (Agronomia) acinzentada, com algumas descamações com 1,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne bege-claro amarelado ou levemente rosado; alburno cremeamarelado; grã oblíqua; textura grossa; figura pouco destacada; cheiro e gosto indistintos. mangaba Árvore de porte variado e copa ampla (Hancornia speciosa); os frutos são bagas arredondadas com casca amarelada apresentando estrias avermelhadas; polpa bastante macia, doce, carnosa-viscosa, acidulada, contendo 8 a 15 sementes; sua frutificação vai de setembro a março, na Amazônia. mandioqueira-áspera (Qualea brevipedicellata) Árvore de grande porte, fuste retilíneo, com diâmetro superior a 90 cm, casca lisa acinzentada com 1,0 cm de espessura; madeira pesada; cerne castanho-amarelado; alburno creme; grã oblíqua; textura grossa; gosto e cheiro não pronunciados. mangue Ver manguezal. manejo Aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseada em teorias ecológicas sólidas, de modo a manter, de melhor forma possível, nas comunidades, fontes úteis de produtos biológicos para o homem, e também como fonte de conhecimento científico e de lazer; ações integradas de utilização dos ecossistemas que não provoquem o desequilíbrio ecológico, permitindo a produção de insumos necessários em determinada região, além de contribuir ao conhecimento científico e para atividades de lazer. manguezal É um ecossistema litorâneo, que ocorrem em terrenos baixos sujeitos à ação da maré e localizados em áreas relativamente abrigadas, como baias, estuário e lagunas; são normalmente constituídos de vasas lodosas recentes, à quais se associa tipo particular de flora e fauna; mangue. maniçoba Alimento semelhante à feijoada completa, onde o feijão é substituído pela massa de folhas trituradas e cozidas da mandioca que, segundo a tradição da culinária paraense, deve ir ao fogo pelo menos durante uma semana para eliminação de substâncias venenosas. manejo do solo Consiste na soma de todas as práticas de cultivo, fertilização, correção ou outros tratamentos, conduzidos ou aplicados a um solo, que visam a produção de plantas. maniçoba Pequena árvore da família da Euforbiáceas (Manihot glaziovii), que ocorre no Nordeste e fornece látex para produção de borracha de segunda classe. manejo florestal Ramo da dasonomia que trata da prévia aplicação de sistemas silviculturais que propiciem condições de uma exploração anual ou periódica dos povoamentos, sem afetar-lhes o caráter de patrimônio florestal permanente; prática pela qual o homem interfere em formações florestais com o objetivo de promover mais rapidamente sua regeneração ou de atingir de maneira mais eficiente a produção de bens florestais do seu interesse. (Silvicultura) manilha Grande tubo para instalação subterrânea que conduz às águas servidas. (Engenharia Civil) manta Tecido fabricado com fibra de amianto, resistente ao fogo e ao calor; é fabricado em camadas de feltros ou papel de amianto, impregnados com asfalto. manta Termo usado pelos pescadores que significa cardume. manejo integrado de pragas Abordagem multidisciplinar do manejo de populações de pragas, que usa uma variedade de técnicas de controle de maneira compatível com o conhecimento manta asfáltica Revestimento que impermeabiliza lajes e coberturas. (Engenharia Civil) 256 VOCABULÁRIO DA NATUREZA escala de publicação do levantamento geralmente é menor do que a do mapa básico utilizado. (Pedologia) manta plástica Revestimento que impermeabiliza lajes, coberturas e contrapisos; pode ser aplicada diretamente sobre o solo para evitar erosão. (Engenharia Civil) mapa de contorno estrutural Mapa que expressa o relevo de um determinado horizonte estratigráfico através das linhas denominadas de contorno estrutural, que unem pontos de mesma cota do horizonte considerado. (Geologia) mantenedor de espuma Substância que aumenta a estabilidade de suspensão de bolhas de gás em um meio líquido, mantendo a espuma. mapa de isópacas Mapa que registra a variação da espessura de uma camada ou de um pacote de camadas. (Geologia) manto Subdivisão da Terra que se estende desde a Descontinuidade de Mohorovicic até a profundidade de 2.900 km, ocupando 83% do seu volume e 67% de sua massa; sua densidade varia de 3,5 g/cm3 até 5,5 g/cm3 nas proximidades do Núcleo, mostrando contudo uma significativa modificação em profundidades de 400 km e 650 km; divide-se em Manto Superior e Manto Inferior, havendo uma zona de transição situada a 400 km e 650 km de profundidade, onde ocorre um aumento da velocidade das ondas sísmicas; o Manto Superior estende-se até 900 km de profundidade, possuindo uma estrutura diferenciada uma vez que a cerca de 50 a 100 km as ondas sísmicas sofrem brusca diminuição de velocidade, e que se estende até 150 a 200 km sob as regiões oceânicas. (Geologia) mapa de reconhecimento de solos Representação gráfica onde são separadas as unidades de mapeamento menos homogêneas, sendo que as observações e prospecções são feitas a intervalos regulares mas continuamente em toda a área; utilizado no planejamento do desenvolvimento de novas áreas; escala de publicação: 1:100.00 a 1:750.000; área mínima mapeável: 0,4 km2 a 22,5 km2. (Pedologia) mapa de solos É a parte fundamental de um levantamento de solos, pois mostra a distribuição espacial de características de solos e a composição de unidades de mapeamento, em termos de unidades taxonômicas e tipos de terreno, além de algumas características do meio ambiente. (Pedologia) manto glacial Solo formado por materiais de origem glacial, depositados diretamente por geleiras ou indiretamente por correntes glaciais, lagos glaciais ou pelo mar. mapa detalhado de solos Representação gráfica onde são separadas unidades de mapeamento bastante homogêneas com variação menos estreita; as classes de solos são identificadas no campo por observações sistemáticas ao longo de transversais; utilizado para provimento de bases adequadas para mostrar diferenças significativas de solos em projetos conservacionistas, áreas experimentais, uso da terra e práticas de manejo em áreas de uso agrícola, pastoril ou florestal intensivo, etc.; a escala de publicação fica entre 1:10.000 e 1:25.000, sendo a área mínima mapeável equivalente a 0,4 até 2,5 hectares. (Pedologia) manufatura Tipo de indústria manual executada em grandes unidades de produção e em que existe já alguma divisão do trabalho. (Economia) mapa base Representação gráfica que serve de base para o geoprocessamento, sendo que em alguns casos, essa base raramente muda (ex. região censitária); em outros casos a informação requer freqüentemente manutenção, por exemplo: cadastro de propriedades. (Geoprocessamento) mapa básico de solos Representação gráfica utilizada no campo para receber diretamente os delineamentos que separam as unidades de mapeamento; a 257 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mapa temático Aquele relacionado a um determinado tópico, tema ou assunto em estudo; enfatizam tópicos, tal como solos, vegetação, geologia ou cadastro de propriedade; mapas-síntese. (Cartografia) mapa digital Aquele produzido e armazenado em meio magnético. (Cartografia) mapa esquemático de solos Representação gráfica baseada nos fatores de formação do solo, utilizada para áreas inexploradas ou desconhecidas, com escala de publicação maior que 1:1.000.000 e área mínima mapeável equivalente a mais de 40 km2; fornece informações generalizadas sobre a distribuição geográfica e a natureza dos solos de grandes extensões territoriais. (Pedologia) mapa ultradetalhado de solos Representação gráfica onde são separadas unidades de mapeamento com variações estreitas, muito homogêneas; para isso, é necessário percorrer toda a área no campo, com intervalos muito pequenos entre as observações; utilizado para planejamento e localização de pequenas explorações, como por exemplo: parcelas experimentais, áreas residenciais, projetos especiais de irrigação, etc; a escala de publicação é maior que 1:10.000; área mínima mapeável menor que 0,4 hectares. (Pedologia) mapa exploratório de solos Representação gráfica onde são separadas unidades muito pouco homogêneas, que são estudadas no campo, mas os limites são compilados de outras fontes, quando houver; utilizados em grandes áreas não desbravadas ou ainda pouco utilizadas; escala de publicação: 1:750.000 a 1:2.500.000; área mínima mapeável: 22,5 a 250 km2 (Pedologia) mapa-mundi Representa a superfície terrestre em seu conjunto, com a separação dos hemisférios, tendo em geral escala de 1:10.000.000 ou menor. (Cartografia) mapará Peixe que faz parte do grupo dos bagres, família Hipoftalmidae; ao contrário do bagre que fica no fundo do rio e é carnívoro; é um peixe de superfície e se alimenta apenas de microorganismos que constituem o plancton. mapa generalizado de solos Representação gráfica feita por compilação, baseada em dados e informações, publicados ou não, com eliminação de detalhes e escalas muito variáveis; utilizado para visualização e planejamento de grandes áreas. (Pedologia) mapas ou cartas geográficas Produtos gráficos que mostram as características ou elementos geográficos gerais de uma ou mais regiões, país ou continente ou mesmo do mundo, o que exige o emprego de escalas pequenas (de 1:500.000 a 1:1.000.000 ou menos). (Cartografia) mapa genético Representação gráfica da distância genética que separa locos com genes não alelos em uma estrtura de ligação. (Genética) mapa semidetalhado de solos Representação gráfica onde são separadas as classes de solos identificadas no campo por observações a pequenos intervalos no interior de padrões diferentes; utilizado para fornecer as bases de seleção de áreas com maior potencial de uso intensivo da terra e para identificação de problemas localizados, nos planejamentos gerais de uso e conservação dos solos; escala de publicação: 1:25.00 a 1:100.000; área mínima mapeável: 2,5 a 40 hectares. (Pedologia) mapas ou cartas topográficas Produtos gráficos que mostram as características ou os elementos naturais e artificiais da paisagem com um certo grau de precisão ou de detalhamento, de uma determinada área ou região. normalmente apresentados em escala que varia de 1:25.000 a 1:250.000. (Topografia) 258 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mapati Árvore com 5 a 12 m de altura (Pourouma cecropiaefolia), muito parecida com a embaubeira; o fruto é uma drupa de epicarpo coriáceo, levemente áspero de cor violáceo-preta, quando maduro; éspécie nativa da Amazônia ocidental (alto rio Negro e Solimões); frutifica entre setembro e fevereiro. parcialmente a crosta superior; pode ser circundado por crosta continental integral, como no Mar Cáspio, ou parcialmente ilhado, isto é, quase completamente circundado por costa continental integral, como o mar Negro e Golfo do México. mar interior Mar circundado por um continente ou por águas rasas, de modo que a comunicação com o oceano aberto é restrita a um ou poucos estreitos. mapeamento genético Determinação das posições relativas dos genes em uma molécula de DNA (cromossomo ou plasmídeo) e da distância, em unidades de ligação ou unidades físicas, entre eles. Ver mapa genético. (Genética) mar intracontinental Mar tipo mediterrâneo, cujas costas pertencem a um mesmo continente. Ver mar mediterrâneo. maprock Estrutura constituída por minúsculos cilíndros de limonita e hematita, alinhados, que se cruzam em ângulos retos, sobre a superfície de acamamento, formando desenhos que se assemelham ao traçado de uma cidade. mar mediterrâneo Denominação aplicada a um mar que adentra profundamente no continente, comunicando-se com o oceano através de um ou mais estreitos; apresenta fluxos fracos e salinidade distinta daquela dos oceanos. maqui Denominação aplicada à vegetação xerófita encontrada na bacia do mar mediterrâneo, em que algumas árvores crescem até 5 m de altura enquanto uma grande variedade de plantas herbáceas se estende sob o substrato arbóreo. mar residual Testemunho de um mar antigo que ocupava áreas bem maiores, e que atualmente está restrito a lagos salgados e lagunas, e com a elevação da salinidade vão precipitando diversos sais. marauíto Combustível fóssil do tipo bog head, sapropelito formado por algas, com a presença de esporos, pólens e cutículas de plantas, apresentando-se no estágio de carbonização equivalente a um linhito. mar Corpo de água salgada menor do que um oceano. (Geografia) mar de littorina Mar mediterrâneo que ocupava entre 7.500 e 4.000 anos atrás uma posição aproximadamente correspondente ao atual Mar Báltico marca de carga Estrutura resultante da deposição de material arenoso ou síltico sobre uma camada de material argiloso que se encontra ainda em estado plástico; devido à heterogeneidade da carga sobrejacente, o material argiloso desloca-se lateralmente e para cima, originando uma superfície de contato irregular; o material argiloso adquire formas bulbosas, mamilares e papiliformes. mar de morro Termo que designa o conjunto de morros de formato mamelonar que ocorre fazendo parte do relevo na região sudeste e sul do Brasil; em visão aérea, este conjunto apresenta um arranjo que lembra as ondas do mar. (Geomorfologia) mar de sargaço Área do oceano Atlântico, situada entre 20 e 35o de latitude norte, onde são observadas grandes quantidades de sargaços, oriundos da multiplicação vegetativa e que por vezes, impecilho à navegação marca de deixa Feição que corresponde a cristas finas e ondeantes, que coincidem com os limites máximos alcançados, sucessivamente, pelas ondas do decorrer da maré vazante. mar ilhado Bacia implantada no interior das áreas continentais, não associada a arcos vulcânicos, em que falta total ou marca espigada Marca contínua devida a objeto flutuante, constituída por uma 259 VOCABULÁRIO DA NATUREZA significativa em (Meteorologia) impressão em forma de V, alinhada e paralela à corrente; o vértice aponta para a frente da corrente que a originou. maré de águas vivas sizígia. maré de perigeu Maré que apresenta amplitude avantajada que ocorre quando a Lua se encontra no perigeu, isto é, no ponto mais próximo da Terra. maré de sizígia Maré de grande amplitude, que ocorre quando o Sol e a Lua estão em sizígia, isto é, quando a atração gravitacional entre os dois astros se soma; ocorre por ocasião das luas cheia e nova; maré de águas vivas. Ver marcas fiduciais. maré diurna Maré com uma preamar e uma baixamar em um ciclo de maré, isto é, em um dia lunar. marcas de onda Ondulações rítmicas que se desenvolvem na superfície das camadas, sob a ação de correntes ou ondas. maré estofa Estado de maré em que a corrente de maré apresenta velocidade inferior a 0,1 nó, isto é , praticamente sem movimentação. marcas fiduciais Marcas-índice, geralmente em número de quatro, rígidamente associadas à lente da câmara, uma vez que fazem parte integrante da própria câmara; transmitem ao negativo as suas respectivas figuras, com o objetivo de definir o ponto principal de uma imagem; marcas de fé. (Fotogrametria) maré negra Termo utilizado pelos ecologistas para designar as grandes manchas de óleo provenientes de desastres com terminais de óleo e navios petroleiros, e que, por vezes, poluem grandes extensões da superfície dos oceanos. maré Elevação e rebaixamento periódico das águas nos oceanos, grandes lagos e rios, resultantes da ação gravitacional da Lua e do Sol sobre a Terra a girar; é o fluxo e refluxo periódico das águas do mar, grandes lagos e rios que, duas vezes por dia, sobem (preamar) e descem (preamar) alternativamente. maré vermelha Concentração extremamente elevada de dinoflagelados no oceano, trazendo como conseqüência uma mudança na coloração da água, e uma alta toxidade, provocada por substâncias liberadas por esses protozoários. maré alta Altura máxima alcançada durante cada fase de subida da maré. Ver Ver maré de maré de apogeu Maré de amplitude decrescida que ocorre quando a Lua se encontra no apogeu, isto é, no ponto mais afastado da Terra. marcador genético Todo e qualquer fenótipo decorrente de um gene expresso, como no caso de proteínas e caracteres morfológicos, ou de um segmento específico de ADN (correspondente a regiões expressas ou não do genoma), cuja seqüência e função podem ou não ser conhecidas, e que possui comportamento de acordo com as leis básicas de herança de Mendel. (Genética) maré astronômica (Meteorologia) latitudes. maré baixa Altura mínima alcançada durante cada fase de descida da maré. marca frondescente Marca constituída por uma série de sulcos que geralmente se ramificam a jusante, lembrando galhos de uma árvore; as cristas são crenuladas e finamente estriadas. marcas de fé (Fotogrametria) baixas marga Carbonato de cálcio macio e inconsolidado, usualmente misturado com teores variáveis de argila e outras impurezas. maré. margem continental Extensão submarina dos continentes, e que se divide em plataforma continental, talude maré atmosférica ou meteorológica Elevação e abaixamento periódico da pressão atmosférica; é muito mais 260 VOCABULÁRIO DA NATUREZA continental e sopé continental. também fundo marinho. brilhante que se desprende com facilidade; embaixo aparecem nervuras com desenhos dispostos de acordo com o padrão de cada família; quase todas as espécies são crepusculares ou noturnas; na fase larvar vive num casulo tecido com fios de seda que brota de glândulas especiais; nesse período tem um apetite voraz; come uma quantidade incrível de folhagem, o interior do caule e ainda os frutos; certas mariposas, principalmente as crepusculares, se encarregam da fecundação de certas flores que só desabrocham a noite. (Entomologia) Ver margem direita Lado direito de um curso d'água quando se olha jusante. margem esquerda Lado esquerdo de um curso d'água quando se olha para jusante. margem recifal externa Área situada atrás de um recife orgânico, que o separa do continente, sendo em geral caracterizada por baixa energia. margem recifal externa Talude comumente acentuado encontrado no lado dirigido para o mar, de um recife orgânico. maritimidade Efeito regulador de caráter térmico exercido pelos oceanos sobre terras adjacentes, minimizando as amplitudes térmicas. (Climatologia) marialita Membro sódico do grupo da escapolita, e que integra uma série de solução sólida que se estende da marialita (Na,Ca)4Al3(Al,Si)3Si6O24(Cl,CO3,SO4) à meionita (Ca,Na)4Al3(All,Si)3Si6O24(Cl,CO3,SO4); são minerais que cristalizam no sistema tetragonal, classe bipiramidal, sendo que a designação de escapolita é utilizada para os membros intermediários da série. marsupiais Mamíferos que pertencem à subclasse Theria, infraclasse Matatheria, subordem Marsupialia; a gestação da fêmea é muito curta e os filhotes nascem antes de completar o desenvolvimento embrionário; em conseqüência, passam semanas presos aos mamilos da mãe, alimentando-se enquanto se desenvolvem; algumas espécies possuem uma bolsa (marsúpio) que protege os filhotes durante o tempo em que estão presos aos mamilos; existem marsupiais nas Américas (exemplos: gambá, rata-catita e cuíca) e na região Australiana (exemplos: canguru e coala). (Zoologia) marianinha-de-cabeça-amarela (Pionites leucogaster) É uma das mais belas espécies de papagaio da Amazônia; ocorre apenas no sul do Amazonas/Solimões, enquanto no norte da região encontramos seu parente, a marianinha-de-cabeça-preta. martêmpera Tratamento isotérmico composto de austenitização seguida de resfriamento brusco até temperatura ligeiramente acima da faixa de formação de martensita, visando a equalizar a temperatura do material e ao resfriamento adequado até a temperatura ambiente; utiliza-se para peças propensas a sofrerem empenamentos e que necessitam das mesmas propriedades alcançáveis pela têmpera seguida de revenimento. (Metalurgia) marimari Árvore de pequeno porte (Cassia leiandra), com 6 a 15 m de altura; frutos são vagens amareladas, cilíndricas, com até 70 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro; casca torulosa encerrando muitas sementes imersas numa polpa sucosa agridoce; é planta silvestre de ambientes úmidos como igapós e várzeas inundáveis; frutifica ao final do ano. marina É o conjunto de instalações necessárias aos serviços e comodidades dos usuários de um pequeno porto, destinado a prestar apoio a embarcações de recreio. martensita Fase metaestável que corresponde a uma solução sólida supersaturada de carbono em ferro alfa; resulta de um tratamento térmico com uma velocidade elevada de resfriamento da austenita; a distorção do reticulado mariposa (Urania leilus) Insetos que tem as asas cobertas com um pó finíssimo e 261 VOCABULÁRIO DA NATUREZA por uma corrente rápida que passa sobre um fundo irregular. cúbico de corpo centrado provocada por esse tratamento é responsável pela sua extrema dureza. (Metalurgia) marulho Onda (movimento ondulatório do mar) causada por ventos que podem estar a alguma distância ou que já tenham cessado. (Meteorologia) martim-pescador (Chloroceryle amazona) Ave que tem como principal característica o fato de mergulhar para capturar pequenos peixes que surgem na superfície das águas, camarões de água doce e, ocasionalmente, anuros e larvas aquáticas de insetos; vive em beira de lagos, lagoas, açudes e rios e utiliza um poleiro baixo, rente à água rasa, para visualizar seu alimento; nesta espécie, o casal permanece junto durante anos e, na época de reprodução, o macho e a fêmea escavam o ninho num barranco que margeia um riacho ou próximo a ele e lá são postos os ovos; a incubação é tarefa da fêmea no período noturno, e partilhada pelo casal durante o dia. marupá (Simarouba amara) Árvore da família Simaroubaceae, de grande porte, com fuste retilíneo circular com diâmetro de até 90 cm, casca fissurada levemente, com aproximadamente 1,0 cm de espessura, cor amarelada; madeira leve; cerne e alburno indistintos, de cor amarelo-vivo, passando com o tempo para o branco-amarelado; grã direita; textura média; figura ausente; cheiro indistinto; gosto amargo. massa atômica Massa de um átomo medida em uma escala convencional na qual a massa do nuclídeo C12 é o padrão que vale 12 unidades de massa. martita Denominação aplicada à hematita (Fe2O3) que ocorre em cristais octaédricos ou dodecaédricos, como pseudomorfo sobre magnetita ou pirita. massa de ar Volume de ar onde as diferenças horizontais de temperatura e umidade são relativamente pequenas; possui, normalmente, dimensão horizontal de centenas de quilômetros; a homogeneidade de uma massa de ar é produzida devido ao contato prolongado, em uma região de origem, com a superfície subjacente com temperatura e umidade uniformes. (Meteorologia) marubo Índios que estão em contato o com a sociedade nacional desde 1870, e foram incorporados ao trabalho de exploração da borracha; o homem pode se casar com várias mulheres (poligamia), e cada uma delas ocupa um espaço bem definido na maloca; a cremação fazia parte dos antigos costumes desses índios, eles comiam as cinzas com mingau para que o morto pudesse continuar entre eles; a única exceção ocorre com as crianças de colo, que eram enterradas geralmente entre as árvores; população de 600 pessoas que falam língua da família Pano e vivem ao longo dos rios Ituí e Curuçá, na Amazônia, junto à fronteira com o Peru. massa específica De uma substância é a massa por unidade de volume; depende da dimensão e da estrutura de ligação das moléculas entre si; devido a esta dependência e a sua estrutura molecular peculiar é que a água é uma das poucas substâncias que aumentam de volume quando passam a o temperaturas inferiores a 4 C, reduzindo, portanto, sua massa específica a partir desta temperatura. maruim Termo popular para insetos dípteros, da família dos Ceratopogonídeos; têm pequeno porte, com 1 a 2 mm de comprimento e sua picada é muito dolorida; são transmissores da filariose aos homens e animais e só a fêmea é hematófaga; mosquito-pólvora, mosquito-do-mangue, mosquito-palha. mastigóforos Animais do sub-ramo dos Plasmodromos, classe Mastigophora, caracterizados por terem um ou mais flagelos para locomoção; são os flagelados parasitas ou não. (Zoologia) mastócito Célula granular do tecido conjuntivo, contém granulos grosseiros, basófilos e metacromáticos; acredita-se marulho Agitação da água, em um rio, causada pela interação de correntes ou 262 VOCABULÁRIO DA NATUREZA que contenham heparina e histamina. (Medicina) quando fresca, desaparecendo após a secagem; gosto indistinto. mata atlântica Exuberante floresta tropical, que cobria um território pouco maior que 1.000.000 km2 do Brasil; espraiava-se pela costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando pelo interior em extensões variadas; ocupava todo o Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, bem como parcelas significativas de Minas Gerais , Rio Grande do Sul e Mato Groso do Sul, logrando alcançar a Argentina e o Paraguai; infelizmente, desse imenso corpo florestal, que outrora cobria 12% do território brasileiro, restam apenas 9% de sua extensão original. matéria orgânica do solo Fração do solo incluindo resíduos vegetais e animais em diversos estágios de decomposição, ocorrendo em estreita relação com os constituintes minerais; representa importante papel no solo, melhorando suas condições físicas e químicas. Ver humus. (Pedologia) material de origem do solo Material intemperizado, não consolidado, de natureza mineral ou orgânica que deu ou vai dar origem ao solum por processos pedogenéticos; material parental do solo. (Pedologia) material mineral É aquele formado, essencialmente, por compostos inorgânicos, em vários estágios de intemperismo. (Pedologia) mata ciliar Vegetação predominantemente arbórea que acompanha o leito dos rios; floresta que orla um ou os dois lados de um curso d'água, em uma região onde a vegetação característica não é florestal; mata de galeria, mata ripária material orgânico Ver matéria orgânica do solo. (Pedologia) material parental do solo Ver material de origem do solo. (Pedologia) mata de galeria Ver mata ciliar. material residual do solo São materiais minerais, não consolidados e parcialmente intemperizados, acumulados pela desintegração da rocha consolidada, no local. (Pedologia) mata ripária Ver mata ciliar. mata secundária Ver capoeira. matacões material encontrado no solo, com diâmetro entre 20 e 100 cm, proveniente da desagregação de rochas. matéria-prima Substâncias naturais (madeira, minérios, etc) que o trabalho do homem transforma noutros produtos ou objetos;.produto extraído da Natureza ou obtido nas indústrias pesadas e que, após um processo de transformação, satisfaz diretamente as necessidades do homem. matamatá (Chelus fimbriatus) Quelônio de aparência muito estranha, sendo um animal muito feio e disforme; o pescoço comprido é retraído lateralmente e não encolhido como o de uma tartaruga; vive enterrado na lama e por causa dela tem um cheiro desagradável, por isso sua carne é muito pouco apreciada, embora os nativos digam o contrário; seu nome vem do cipó que possui nódulos semelhantes a sua carapaça. matiz Uma das três variáveis da cor do solo; é causada pela luz de certos comprimentos de onda. Ver cor do solo, carta de cores Munsell. (Pedologia) matriz-s ou fundo matricial Material que se encontra no interior dos peds primários (mais simples), ou compondo materiais apédicos, no qual ocorrem as feições pedológicas; o conjunto do plasma e/ou grãos primários e poros associados que não ocorrem como estruturas associadas, à exceção daquelas classificadas como tramóides matá-matá-preto (Eschweilera odora) Árvore mediana, com fuste retilíneo com aproximadamente 55 cm de diâmetro, casca acinzentada com 1,0 m de espessura; madeira pesada; cerne claropardacento a castanho-escuro às vezes listrado, alburno amarelado; grã direita; textura média; cheiro desagradável 263 VOCABULÁRIO DA NATUREZA (entidades caracterizadas mais por uma mudança significativa no arranjo dos constituintes do que na concentração de alguma fração do plasma). (Micromorfologia do Solo) média Textura do solo cuja composição granulométrica encerra menos de 35% de argila e mais de 15% de areia, excluídas as classes texturais areia e areia franca. (Pedologia) maturação Processo de alcançar o desenvolvimento ou crescimento completo. medidas corretivas Medidas tomadas para proceder à remoção do poluente do meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação. maturidade Denominação adotada para caracterizar o estágio de evolução do relevo onde a erosão está desenvolvida o suficiente para que a rede de drenagem esteja organizada , e o trabalho das forças combinado com harmonia. (Geomorfologia) medidas mitigadoras São aquelas destinadas a reduzir a magnitude do impacto negativo; qualquer tipo de intervenção que tenha por finalidade abrandar ou até eliminar o grau de negatividade de um impacto ambiental qualificado como indesejável; em algumas situações, as medidas mitigadoras quase que equivalem às medidas preventivas, pois objetivam evitar que a ação do projeto, desde o seu início, cause o impacto negativo. maturidade Medida da aproximação dos sedimentos clásticos de um tipo final estável, que é ocasionada por processos de formação agindo sobre os mesmos; é um registro combinado do tempo através do qual os processos genéticos foram efetivos, e da intensidade da ação desses processos. (Sedimentologia) megafanerófitos Categoria de vegetais fanerófitos que comporta as árvores com mais de 25 m de altura como a Dinizia excelsa, Ceiba pentandra, Bertholletia excelsa, entre outras. (Botânica) maxilas As duas partes do bico - maxila superior e maxila inferior ou mandíbula que delimitam a abertura bucal e servem para apreender o alimento e para defesa; cada uma das maxilas é representada por ossos fundidos recobertos por uma camada óssea, a ranfoteca. (Zoologia) megalópoles Formas de aglomeração urbana onde existe a conurbação de várias áreas metropolitanas, formando uma grande área urbanizada quase que continuamente, por exemplo: Bos-Was com 700 km de comprimento, entre Boston e Washington, no NE dos EUA. Ver conurbações. mcleod Ferramenta utilizada no combate a incêndios florestais, conjugando enxada e ancinho com dentes largos. mehlich Solução extratora de fósforo e potássio disponíveis, composta por H2SO4- 0,0125M + HCl 0,05M; leva o nome de seu idealizar, professor da Universidade de Carolina do Norte; mehlich-1, duplo ácido ou Carolina do Norte. meandro Curva, por vezes bastante apertada, produzida pela oscilação, de um lado para o outro, de uma corrente de água, devido a qualquer tipo de obstáculo; a corrente provoca erosão na margem côncava e deposição na margem convexa; sinuosidades descritas pelos rios, formando, por vezes, amplos semi-círculos, em zonas de terrenos planos, sendo então, chamados de meandros divagantes. (Geomorfologia) meia vida Tempo necessário para que uma substância radioativa perca 50% de sua atividade por desintegração. meio ambiente É o sitema de elementos bióticos, abióticos e sócio econômicos, com o qual interage o homem, de vez que se adapta ao mesmo, o transforma e o utiliza para satisfazer suas necessidades; é o conjunto de todos os fatores físicos, químicos, biológicos e mecânica e engenharia do solo Subespecialização da ciência do solo que trata do efeito das forças e a aplicação de princípios de engenharia a problemas envolvendo o solo. 264 VOCABULÁRIO DA NATUREZA sócio-econômico que atuam sobre um indivíduo, uma população ou uma comunidade; é a base natural sobre a qual as sociedades humanas se estruturam; o ar, a água, o solo, a flora e a fauna formam a sustentação física, química e biológica para que as civilizações humanas possam existir neste planeta; tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável à sua sustentação; estas condições incluem solo, clima, recursos hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos; o meio ambiente não é constituido apenas do meio físico e biológico, mas também do meio sóciocultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem. (Ecologia) mélange sedimentar Unidade sedimentar de dimensões limitadas, composta por blocos de rochas sedimentares, provenientes de fontes diversas, mas não distantes, imersos em uma matriz pelítica; origina-se de escorregamentos gravitacionais subaquáticos em depressões topográficas; quando submetida a cisalhamento, sua distinção da mélange tectônica torna-se bastante difícil. meio de dispersão Porção de um sistema coloidal, no qual a fase dispersa é distribuída. melanina Pigmento preto, na camada pigmentar, entre a derme e a epiderme, produzido pelos melanócitos. meio interstelar Poeira e gás que existe no espaço entre as estrelas. (Astronomia) melanização Escurecimento do material de solo pela incorporação de matéria orgânica, como um horizonte A chernozêmico. (Pedologia) mélange tectônica Rocha presente no complexo de subducção, com aspecto brechóide e matriz argilosa, produzida por cisalhamento. melânico De coloração escura ou negra devido a incorporação de material orgânica no solo. (Pedologia) meio-graben Fossa de perfil assimétrico em que uma das bordas é limitada por falha normal, enquanto a outra é definida por uma flexura falhada. (Geologia) melanócito É a célula responsável pela fabricação do pigmento melanina. (Medicina) meios de resfriamento Usados no tratamento térmico do aço; vão desde o controle do ambiente do forno até a aplicação de meios líquidos; os mais utilizados são óleo, água e soluções aquosas de NaOH, NaCl ou Na2CO3. (Metalurgia) melhor predição linear não-viciada Ver BLUP. (Genética) melhoramento genético Alterações provocadas na constituição genética de um organismo vivo, com vistas à produção de uma variedade superior dentro de sua espécie; disciplina ocupada com o cruzamento de plantas através de autofertilização, fertilização cruzada ou hibridação e que tem como propósito a produção de progênies melhoradas. meios irmãos Animais que possuem o mesmo pai ou a mesma mãe. (Melhoramento Genético) mélange Unidade rochosa de textura caótica formada em regiões de colisão de placas; existem dois tipos de mélanges, os tectônicos e os sedimentares (olistromos); ambos localizam-se sempre no espaço entre a fossa e o arco insular, no lado da fossa mais próxima do continente.(Geologia) melitófitas Plantas que possuem flores que exalam um perfume agradável que lembra o mel , sendo grandes produtoras de néctar e portanto muito procuradas pelas abelhas. membrana impermeável Membrana que impede a passagem tanto do solvente quanto do soluto. mélange ofiolítica Mélange tectônica que inclui fragmentos da crosta oceânica e de outros sedimentos, que podem alcançar dimensões de até 1 km, imersos em uma matriz argilosa. 265 VOCABULÁRIO DA NATUREZA produz, por isso mesmo, as novas células necessárias ao crescimento do vegetal; tecido vegetal caracterizado pela ativa divisão das células indefinidamente e que dão origem a células semelhantes ou células que modificam-se para produzir os tecidos e órgãos definitivos; região do domo apical constituída de células meristemáticas. (Botânica) membrana permeável Membrana que permite a passagem tanto do solvente quanto o soluto. membrana semipermeável Membrana que permite a passagem do solvente mas não do soluto. membro Parte integrante de uma formação, apresentando, contudo, características litológicas próprias que permitem distingui-lo das partes adjacentes da formação. (Estratigrafia) meristema apical Meristema das extremidades em crescimento dos fustes e raízes. mercúrio Elemento químico de número atômico 80; líquido, prateado, denso, tóxico. meristemagem (Botânica). Ver clonagem. meronécton Organismo que participa do nécton apenas na fase larvária. mergulhia Técnica de reprodução admitida por algumas espécies, que adquirem raízes nos ramos quando estão enterradas. (Silvicultura) meroplâncton Larva de organismos que deixam de pertencer ao plâncton na fase adulta. mergulho Ângulo diedro entre o plano de uma camada e um plano horizontal; o mergulho é medido em um plano vertical imaginário perpendicular à direção da camada. (Geologia) mesoclimatologia Estudo do clima em áreas relativamente pequenas, entre 10 e 100 km de largura, como por exemplo, o estudo do clima urbano e dos sistemas climáticos locais, severos, tais como os tornados e os temporais. mergulho de uma jazida Ver mergulho. (Geologia). mesocoquina Calcário detrítico constituído por fragmentos de conchas fracamente cimentados e com granulação até areia, isto é, 2 mm. mericlone Uma planta derivada de cultura de tecido que é igual à planta mãe. (Botânica). meridiano Linha de referência norte sul, em particular o círculo máximo que passa através dos polos geográficos da Terra, de onde as longitudes e os azimutes são determinados; são semicírculos máximos, cujos extremos coincidem com os pólos norte e sul da Terra; o conjunto de dois meridianos opostos constitui um círculo máximo completo; outras características dos meridianos são: têm sua máxima separação no equador e convergem em direção aos dois pontos comuns nos pólos; o número de meridianos que se pode traçar sobre o globo é infinito; assim, existe um meridiano para qualquer ponto do globo; para sua representação em mapas os meridianos se selecionam separados por distâncias iguais adequadas. mesofanerófitos Categoria de vegetais fanerófitos que abrange as árvores entre 18 e 25 m de altura (Centrolobium microchaeta, Sapindus saponaria, Peltogyne densiflora, Parkia platycephala, etc.). mesoférrico Solos com médio teor de óxidos de ferro: teores variando de 8% a <18 %. (Pedologia) mesófita Planta que vive em locais que apresentam luz difusa e umidade média; vegetal que não sendo nem xerófito nem aquático habita lugares com umidade suficiente para um amplo desenvolvimento vegetativo, e do qual são exemplos típicos as plantas das matas. (Botânica) mesohidrófita Planta que vive em regiões de clima temperado e com muita umidade. meristema Tecido caracterizado pela ativa divisão de seus elementos e que 266 VOCABULÁRIO DA NATUREZA eles se acumulam no organismo e, através da cadeia alimentar, podem chegar ao homem. mesomaré Maré que apresenta amplitude entre dois e quatro metros. méson Partícula elementar cuja massa de repouso está situada entre a do elétron e a do próton; é instável e se forma em reações nucleares que envolvem energias elevadas. metalurgia em pó Técnica de aglomerar pós metálicos na forma de peças utilizáveis na indústria. (Metalurgia) metamorfismo Processo pelo qual uma rocha para equilibrar-se internamente, e com o meio em que se encontra, ajustase, estruturalmente e/ou mineralogicamente, a condições de pressão e temperatura diferentes daquelas em que foi formada, sem o desenvolvimento de uma fase de silicatos em fusão; confunde-se em baixas temperaturas com a diagênese sedimentar; em altas temperaturas nos níveis mais profundos da crosta, passa gradualmente, com o aparecimento de uma fase líquida granítica, resultado de uma nova fusão, por um processo de anatexia pelo qual são gerados magmas primários. mesopausa Camada situada entre a mesosfera e a termosfera . (Meteorologia) mesoquilio A parte média do labelo em certas orquídeas, como as do gênero Stanhopea. Ver hipoquilio. (Botânica) mesosfera Camada da atmosfera terrestre que se situa de 250 a 600 km de altitude, entre a ionosfera e a exosfera; camada situada na parte superior da estratosfera, onde a temperatura diminui com a altura até alcançar o mínimo de cerca de -900 C aos 80 km; a pressão atmosférica é muito baixa e diminui aproximadamente de 1mb(milibar), na base da mesosfera aos 50 km acima do solo, até 0,01 mb na mesopausa, por volta dos 90km acima da superfície terrestre. metamorfismo dinâmico Metamorfismo que se faz presente em planos de falhas ou zonas de cisalhamento, como resultado da intensa deformação das rochas na porção imediata ao movimento; como resultado são produzidos cataclasitos quando da deformação rúptil e milonitos ligados à deformação dúctil. (Geologia) meta Prefixo que designa rochas ígneas ou sedimentares metamorfoseadas, em que a petrotrama original ainda pode ser reconhecida. metabolismo Todas as reações químicas que ocorrem nas células vivas. (Biologia) metamorfismo dinamotermal metamorfismo regional. (Geologia) metabólito Produtos das reações químicas que ocorrem nas células do corpo; subprodutos da quimioterapia. (Medicina) Ver metamorfismo regional Metamorfismo que apresenta extensão regional, quase sempre acompanhado por deformação, que se manifesta sob a forma de dobras e falhas de caráter diverso, exibindo, amiúde, uma estrutura planar bem pronunciada, caracterizada pelo paralelismo de minerais placóides, e em algumas situações, pelo alinhamento de minerais prismáticos; metamorfismo dinamotermal. (Geologia) metaestável Equilíbrio temporário. metáfase Uma das fases da divisão celular quando os cromossomos ficam alinhados na posição equatorial da célula e preso às fibras do fuso. (Genética) metais pesados Grupo de elementos metálicos de peso atômico relativamente alto, que agem como poluentes de ecossistemas e são geralmente muito tóxicos à vida; são o mercúrio, o cádmio, o chumbo, o zinco, o cromo, o níquel, o selênio, o cobre, a platina e o arsênio; metano Um dos gases causadores do efeito estufa, formado naturalmente em regiões onde existe matéria orgânica em decomposição; existem muitas fontes antropogênicas de metano que vem contribuindo para seu aumento na 267 VOCABULÁRIO DA NATUREZA quantitativamente presente. concentração global na atmosfera, dentre estas fontes estão a cultura de arroz, queima de biomassa e a queima de combustíveis fósseis. Método 40 Ar - 39Ar Método de datação radiométrica cujo valor interpretativo é similar àquele do método K- Ar; difere deste por dispensar dosagem de K, uma vez que os minerais são irradiados por neutrons em reator nuclear; as idades obtidas são consideradas mínimas, representando épocas relacionadas ao resfriamento das rochas para temperaturas inferiores àquelas temperaturas críticas dos minerais analisados. metástase A presença de câncer em outros tecidos ou órgãos à distância do tumor primário; é uma característica de todos os cânceres; ocorre através do sistema circulatório (sanguíneo e linfático); na cavidade do abdômen e tórax acontece através da implantação das células tumorais; quando uma doença se espalha de seu lugar original para outras partes do corpo. (Medicina) metatexia Processo de segregação (usualmente de quartzo e de feldspato) através de diferenciação metamórfica e fusão parcial, levando à produção de uma rocha denominada metatexito, e que compreende três partes: paleossoma, leucossoma e melanossoma. método Bieler-Watson Método eletromagnético de prospecção geofísica que utiliza uma grande bobina deitada horizontalmente sobre o terreno como fonte do campo primário; a operação é baseada na hipótese de que o eixo maior da elipse de polarização, representando a componente maior do campo resultante, está aproximadamente na vertical e o eixo menor, representando a componente imaginária, encontra-se na horizontal. meteorito Corpo metálico ou rochoso que, proveniente dos espaços interplanetário ou interestrelar, chega até à superfície terrestre; sua classificação baseia-se na composição química: holosiderito (Fe e Ni), siderólito ou palasito (Fe + silicatos) e assiderito (silicatos e pouco Fe); conforme a estrutura que apresentam, os sideritos ou meteoritos férricos são classificados em hexaedritos, octaedritos e ataxitos; os ferrolíticos, em plasitos, condritos e acondritos. Ver alcalinidade método 14 C Método de datação radiométrica baseado no decaimento do C14, que é um isótopo radioativo, para o isótopo radiogênico 14N, através da emissão de radiações; é normalmente utilizado na datação de ossos, troncos fósseis, conchas, etc, para um período máximo de 50.000 anos; método do radiocarbono. metassomatismo Processo de transformação química de uma rocha, que através da formação de novos minerais com composição química diferente, leva a uma nova rocha, como resultado da introdução de matéria a partir de uma fonte externa. (Geologia) meteorização (Pedologia) a método da termoluminescência - TL Método de datação de certos materiais rochosos, que se baseia na energia luminosa emitida por estes quando submetidos a aquecimento (200-4500 C); utilizado principalmente em materiais cerâmicos com idades inferiores a 14.000 anos. intemperismo. método dos traços de fissão Método de datação que se baseia nos traços de fissão , traços estes que registram as trajetórias, nos minerais, das partículas de urânio, durante sua fissão espontânea, em que o átomo deste elemento químico se parte em dois íons filho que são ejetados em sentidos opostos, conforme a lei da conservação meteorologia A ciência da atmosfera. metil-orange Substância que é utilizada como indicador nas medidas de alcalinidade, produzindo coloração amarela quando na presença de hidróxidos, carbonato normal ou bicarbonatos; titulando-se com ácido sulfúrico é possível calcular 268 VOCABULÁRIO DA NATUREZA maior importância desse método está no fato de que ele permite deduções a respeito da gênese das rochas; método Pb – modelo. do movimento; na rede cristalina dos minerais, tais partículas provocam uma desorganização profunda, ao longo de suas trajetórias ou traços; o tratamento químico acompanhado de irradiação de neutrons térmicos (em reator nuclear) permite os cálculos de idade; este método pode ser utilizado em qualquer material que contenha U: rochas vulcânicas, apatitas, fosfatos, etc.. método Pb Método de datação radiométrica que utiliza principalmente minerais acessórios de rochas ígneas (zircão, monazita, xenotimo, etc), em que todo Pb é considerado radiogênico e medido por espectrografia ótica, sendo U e Th determinados através da atividade; muito utilizado nas décadas de 50 e 60; as idades obtidas devem ser consideradas como mínimas, uma vez que não é feita correção de Pb, cuja difusão é bastante comum. método elétrico Método de prospecção geofísica que depende das propriedades elétricas e eletroquímicas das rochas e minerais. (Geofísica) método K - Ar Método de datação radiométrica fundamentado no decaimento do isótopo radioativo 40K para o isótopo radiogênico 40Ar, através de captura k; as idades obtidas são consideradas minimas, representando os resfriamentos de minerais a temperaturas inferiores às suas temperaturas críticas, estas sendo da ordem de 5000 C para anfibólios, 3000 C para muscovitas e 2500 C para biotitas; uma idade obtida pode representar, entretanto, a de formação do material estudado, se tal idade for próxima daquela do resfriamento desse material, como é o caso, por exemplo, das rochas vulcânicas. Normalmente são datados, por este método, micas, anfibólios, feldspato potássico, plagioclásios, glauconitas, etc; pode, através dele, também ser datada a rocha total. método Pb - Pb Método de datação radiométrica que utiliza diagramas isocrônicos Pb-Pb acoplados a linhas de evolução do Pb, considerando diferentes estágios de evolução deste elemento, desde a origem da Terra até a época de formação da rocha; aidade obtida referese a tal época de formação; as razões 238U/204Pb determinadas, chamadas valores 1, representam importantes parâmetros petrogenéticos; tais razões, quando entre 7,5 e 8,2, indicam origem mantélica do material datado. método Rb - Sr Método de datação radiométrica baseado no decaimento do isótopo radioativo 87Rb para o isótopo radiogênico 87Sr, através da emissão de radiações; pode envolver a datação de uma única amostra de rocha, obtendo-se neste caso uma idade dita convencional onde a razão 87Sr/86 Sr é estimada, ou de várias amostras de rochas cogenéticas, obtendo-se desta feita uma idade dita isocrônica; esta idade se evidencia através de uma reta traçada em diagrama binário, no qual são considerados, em ordenada, os valores da razão 87Sr/86Sr, e em abcissa, os valores da razão 87Rb/86Sr; o método permite a datação da formação de rochas graníticas e assemelhadas, bem como a datação de processos tais como granitização, anatexia, migmatização, metamorfismo da fácies anfibolito ou granulito, etc; o valor obtido para a razão 87Sr/86Sr inicial, relativo a formação de método Lu - Hf Método de datação radiométrica que se baseia no decaimento do isótopo radioativo 176Hf para o isótopo radiogênico 176 Hf; utilizado principalmente como traçador petrogenético, permitindo determinação do parâmetro HF, cujos valores negativos indicam reservatório crustal, enquanto os positivos indicam reservatório mantélico. método Pb - comum Método de datação radiométrica normalmente aplicado em galenas, utilizando modelos que supõem uma composição primitiva, fixa, de Pb formado durante a constituição do sistema solar, bem como quantidade de U e Th semelhantes e homogêneas na Terra como um todo; a 269 VOCABULÁRIO DA NATUREZA (compatível na estrutura cristalina) e cujo Pb primário (incompatível na estrutura cristalina) não seja significativo; tais minerais são geralmente acessórios em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares - zircão , monazita, apatita, titanita, badeleíta, rutilo, etc; o zircão é o preferido, pois além de conter U em quantidades mensuráveis, praticamente não possui Pb; adicionalmente, apresenta boa resistência química e física, estando presente em todos os tipos de rochas; as idades, por esta metodologia, são normalmente obtidas através de diagramas binários onde há uma curva teórica denominada Concórdia , sobre a qual os dados analíticos podemse posicionar, caracterizando épocas relacionadas à formação dos zircões; quando não se posicionam sobre tal curva, os dados alinham-se segundo uma reta denominada Discórdia que intercepta a curva Concórdia num ponto correspondente à época de formação dos zircões. rocha, constitui importante parâmetro petrogenético, que permite muitas vezes distinguir rochas oriundas da crosta superior daquelas originadas da crosta inferior/manto superior; o método pode ser aplicado, ainda, em minerais que sejam portadores de Rb, tais como micas , feldspatos potássicos e outros, retratando os resultados obtidos, neste caso, épocas relativas ao resfriamento dos materiais estudados (resultados similares aos que poderiam ser obtidos pelo método K - Ar). método Sm - Nd Método de datação radiométrica baseado no decaimento do isótopo radioativo 147 Sm para o isótopo radiogênico 143 Nd, através da emissão de radiações . Importante ferramenta para o estudo de materiais tanto da crosta superior e inferior, quanto do manto superior; é utilizado em minerais, obtendo-se diagramas isocrônicos que revelam nesse caso idades relativas à formação dos materiais estudados (os sistemas rocha total não mostram, por esse método, boas distribuições dos pontos analíticos nos diagramas isocrônicos); normalmente são obtidas, por essa sistemática de datação, idades denominadas modelo (TDM), que permitem caracterizar épocas de derivação do manto superior dos protolitos crustais que originaram as rochas datadas; um importante índice petrogenético (ND) pode ser também obtido por essa sistemática, índice este que indica, se positivo, material derivado do manto, se negativo, material de fonte crustal. método Walkley-Black Método de determinação do teor de carbono orgânico do solo que utiliza a oxidação por dicromato de potássio na presença de ácido sulfúrico concentrado (digestão por via úmida). Ver carbono orgânico e matéria orgânica. (Pedologia) métodos ialíticos Hemodiálise, diálise peritoneal, hemoperfusão; métodos que substituem o rim lesado para filtração e eliminação de substâncias tóxicas e eletrólitos, normalmente realizados pelo rim normal. (Medicina) metoxicloro Inseticida constituído de hidrocarboneto clorado, ligeiramente solúvel na água, solúvel no xileno e muito solúvel no álcool; apresenta pouca toxidade e pequena taxa de acumulação para os mamíferos e aves. método U - He Método de datação radiométrica proposto originalmente por Rutherford, que se fundamenta na premissa de que todo gás He (Hélio) produzido através do decaimento do U e do Th é retido pelos minerais; tal premissa nem sempre é correta, uma vez que o referido gás pode escapar dos retículos cristalinos. mica Filosilicato do tipo 2:1 constituído de duas folhas silicato tetraédricas e uma folha hidróxido octaédrica, com cátions retidos fortemente nas entrecamadas, balanceando sua alta carga de camada; não são expansivas; nos solos as micas são geralmente minerais primários. método U - Pb Método de datação radiométrica baseado no decaimento do U a isótopo estável de Pb; utiliza principalmente minerais portadores de U 270 VOCABULÁRIO DA NATUREZA pertencentes aos zigomicetos, ordem Glomales e a grande maioria das espécies vegetais vasculares, independentemente de seu habitat e distribuição geográfica; assim, a maioria das espécies cultivadas e também árvores tropicais, formam este tipo de simbiose. mica pisciforme Mica que se apresenta em algumas rochas com uma geometria em forma de espinha de peixe. micela Estrutura constituída por moléculas complexas de colóides, podendo apresentar propriedades cristalinas e ser capaz de aumentar ou diminuir de tamanho, sem variar a sua natureza química. micotoxina Uma toxina ou substância tóxica produzida por fungos. (Micologia) micélio Conjunto de hifas; filamento resultante de germinação dos esporos e que serve de suporte às aglomerações de esporângios; é o talo, ou por assim dizer, o caule dos fungos; as hifas constituem uma trama que representa o corpo vegetativo dos fungos, podendo ser microscópico ou, como nas orelhas de burro, alcançar importantes dimensões. (Micologia) micra Unidade de medida equivalente a milionésima parte do metro; micro. micrito Calcário afanítico constituído quase que exclusivamente por um mosaico de cristais de calcita interpenetrados com diâmetro compreendido entre 1 e 4 mícra; é constituinte fundamental do chamado calcário litográfico. micélio aéreo Micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo do fungo. (Micologia) micro. Ver micra. microbiologia do solo Ramo da ciência do solo que estuda os microorganismos habitantes do solo, suas funções e atividades. micélio reprodutivo Micélio aéreo que se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou propágulos de um fungo. Ver propágulos. (Micologia) microcataclase Fragmentação dos grãos minerais, que se manifesta com o desenvolvimento de microfraturas que, na sua progressão, cortam conjuntos de grãos e deslocam os subgrãos. micélio vegetativo Micélio que se desenvolve no interior do substrato, funcionando também como elemento de sustentação e de absorção de nutrientes para os fungos. (Micologia) microclima Condição climática de uma pequena área resultante da modificação das condições climáticas gerais por diferenças locais de elevação ou exposição; seqüência de mudanças atmosféricas dentro de uma região muito pequena; conjunto das condições atmosféricas de um lugar limitado em relação às do clima geral. (Climatologia) micorriza Uma associação simbiótica íntima do micélio de certos fungos com as células da raiz de algumas plantas vasculares, como certas orquídeas, nas quais as hifas freqüentemente funcionam como pelos radiculares. Inicialmente o fungo fornece alimento suficiente para que a semente germine (sementes de orquídeas não possuem reservas de alimentos como as das outras plantas) e posteriormente se alimenta dos nutrientes produzidos pela semente germinada; baseando-se nos organismos envolvidos e aspectos anatômicos do orgão simbiótico, as micorrizas são divididas em vários tipos. Ver ectomicirrizas e micorrizas arbusculares. microcoquina Calcário detrítico, fracamente cimentado, constituído principalmente por fragmentos de conchas com dimensões inferiores a 2 mm. microelementos Elementos químicos que existem em quantidades reduzidas na natureza; constituem menos de 1% do peso da litosfera; os mais importantes nos estudos dos solos são: B (boro), Co (cobalto), Cu (cobre), Mn (manganês), Mo (molibdênio), S (enxofre), Se micorrizas arbusculares São associações simbióticas mutualistas, formadas por um grupo restrito de fungos 271 VOCABULÁRIO DA NATUREZA microporosidade Pequenos poros, capazes de reter água por capilaridade, permanecendo com água em uma amostra de solo que, após saturação, foi submetida a uma tensão equivalente a 60 cm de coluna de água; porosidade capilar. (Pedologia) (selênio), Zn (zinco), etc; algumas vezes o termo microelementos é impropriamente utilizado como sinônimo de micronutriente. microestrutura Estrutura com heterogeneidades perceptíveis apenas ao microscópio. (Metalurgia) microrelevo Diferença locais em topografia de pequena escala, incluindo montículos, pequenas elevações arredondadas ou buracos que são usualmente <1 m em diâmetro e com diferenças de elevação de até 2 m; diferenças em topografia, alterada por operações de cultivo, geralmente sobre uma área de cerca de 1 cm2 com diferença de elevação de uns poucos centímetros ou menos. Ver gilgai. (Pedologia) microfanerófita Categoria de vegetais fanerófitos que compreende as árvores de até 18 m de altura (Mimosa hostilis, Capparis flexuosa, Dalbergia variabilis, Luetzelburgia auriculata, etc). microinjeção Técnica para introduzir uma solução de DNA em um blastocisto utilizando-se uma pipeta microcapilar. (Melhoramento Genético) micrólito extremamente birrefringência. Cristal diminuto, micromaré Maré que amplitude inferior a 2 m. incipiente, mostrando migração Movimento de indivíduos de uma população a outra, podendo alterar as freqüências alélicas da nova população. (Melhoramento Genético). apresenta micromorfologia do solo Estudo microscópico das características morfológicas do solo com auxílio de instrumentos óticos, se constituindo numa extensão das observações e descrições do perfil do solo. migração Movimentos de indivíduos ou grupos, de um local de residência para outro, com intenção de aí permanecerem durante um certo período de tempo. Ver migrações internas, migrações externas, emigração e imigração (Sócio-Economia) micronutriente Nutriente essencial ao desenvolvimento dos vegetais, usualmente encontrado em quantidade relativamente pequena na massa seca das plantas; são os seguintes: boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibidênio e zinco. migrações externas Movimentos de indivíduos ou grupos que saem para o estrangeiro; emigração. (SócioEconomia) migrações internas Movimentos de indivíduos ou grupos, de um local de residência para outro, dentro do mesmo país. (Sócio-Economia) micrópila Orifício canicular que se encontra no ápice do óvulo das plantas e é formado pela abertura dos tegumentos, e pela qual penetra o tubo polímico para efetuar a fecundação. (Botânica) . migrações sociais (Sócio-Economia) Ver migração. milha náutica Medida de distância cuja unidade é de 1.852 m. microplaca Bloco crustal-litosférico, que possui dimensões reduzidas com relação às placas tectônicas principais, e caracterizado por apresentar uma dinâmica própria em relação às regiões circunvizinhas, em um determinado período de tempo geológico. mimetismo Propriedade de alguns seres vivos de imitar o meio ambiente em que vivem, de modo a passarem despercebidos. Ver camuflagem. mina Jazida mineral em lavra, ainda que suspensa. microporos Poros do solo que devido ao seu pequeno diâmetro podem reter água por capilaridade. (Pedologia) minerais facilmente intemperizáveis São minerais primários, pouco ou 272 VOCABULÁRIO DA NATUREZA medianamente resistentes a decomposiçao, tais como: olivinas, feldspatos, hornblendas e piroxênios, que são instáveis em relação a outros, como quartzo e zircônio. ser retirado do campo; esta propriedade de magnetismo residual é conhecida como magnetismo remanescente, sendo que dela são originados os ímãs permanentes. minerais primários São minerais que foram formados em rochas no interior da crosta terrestre sob altas pressões e temperaturas; são geralmente instáveis nas condições reinantes na superfície da Terra; mais cedo ou mais tarde, eles acabam sendo decompostos podendo liberar nutrientes para as plantas. Ver minerais secundários. mineral insaturado Mineral que nunca, ou só excepcionalmente, está associado com o quartzo nas rochas ígneas, pois é instável nas condições magmáticas quando o ácido silícico está presente. mineral isotrópico Mineral no qual os raios de luz se propagam com a mesma velocidade em todas as direções, de modo que possui apenas um índice de refração. minerais secundários Minerais resultantes da decomposição parcial de um outro mineral, tendo estrutura essencialmente herdada ou formada a partir dos produtos de solubilização de outros minerais. mineral magnético Mineral que é atraído ao longo das linhas de força de um campo magnético para pontos onde o campo apresenta maior intensidade; mineral paramagnético mineral Elemento ou composto químico de ocorrência natural formado como produto de processos inorgânicos. mineral acessório Mineral que está presente em quantidade suficiente para assegurar sua inclusão agregada ao nome da rocha. mineral não-condutor dielétrico. Ver mineral mineral paramagnético magnético. Ver mineral mineral reversível Mineral que apresenta instabilidade de comportamento, agindo ora como condutor, ora como não-condutor, em função da polaridade do eletrodo. mineral alterável Mineral instável em clima úmido, em comparação com outros minerais, tais como quartzo e argilas do grupo das caulinitas, e que, quando se intemperizam, liberam nutrientes para as plantas e ferro ou alumínio. mineral reversível negativo Mineral que aparentemente desenvolve apenas carga induzida negativa. mineral reversível positivo Mineral que aparentemente desenvolve apenas carga induzida positiva. mineral diamagnético Mineral que é repelido ao longo das linhas de força de um campo magnético para pontos onde o campo é de menor intensidade; mineral não - condutor. mineral saturado Mineral que se desenvolve na presença de um excesso de sílica. mineral dielétrico Mineral que demanda longo tempo para o escoamento ou arranjo das cargas recebidas ou induzidas. mineral sinantético Mineral que ocorre no contato entre dois minerais, sendo as bordas que circundam os minerais denominadas de bordas quelifíticas, ou coroas de reação. mineral essencial Mineral cuja presença é indispensável para atribuir o nome a uma determinada rocha. mineral-índice Mineral neo-formado que aparece durante o metamorfismo de sedimentos pelíticos (argilas e folhelhos), em uma seqüência definida, segundo o aumento do grau metamórfico; em muitos terrenos metamórficos, a seguinte mineral ferromagnético Mineral que apresenta elevado paramagnetismo; a característica usualmente considerada para caracterizar o ferromagnetismo é a retenção do magnetismo após o mineral 273 VOCABULÁRIO DA NATUREZA miopatia Qualquer doença muscular. (Medicina) sucessão de minerais-índices pode ser observada com o aumento do grau metamórfico: clorita, biotita, granada, almandina, cianita, estaurolita e silimanita. mirauba Árvore com até 15 m de altura (Mouriri trunciflora), cujo fruto é uma baga volumosa, lembrando o abacate, de polpa sucosa com sabor e cheiro agradáveis; é planta nativa do Pará, região do rio Capim e baixo Amazonas, podendo ser encontrada em Roraima; frutifica entre agosto e dezembro. mineralização Conversão de um elemento sob uma forma orgânica para um estado inorgânico, como resultado de decomposição microbiana. mineral-minério Mineral do qual pode ser extraído economicamente um ou mais metais. miriápodes Classe da artrópodes cuja denominação provém do elevado número de pés, mostrando corpo alongado e fino, dividido em duas partes: cabeça e tronco; a cabeça apresenta um par de antenas e os somitos do tronco, um ou dois pares de pernas cada um. mineralogia Ciência que estuda o modo de formação, as propriedades, a ocorrência, as transformações e a utilização dos minerais. mineralogia do solo Subespecialização da ciência do solo que trata dos materias inorgânicos encontrados na crosta terrestre, e que compõem o regolito, sob o ponto de vista mineralógico. miriti ou buriti Palmeira robusta (Mauritia flexuosa), com frutos do tipo drupa globosa, epicarpo formados de escamas rombóides, córneas, de cor castanho-avermelhada e lustrosas; a parte comestível é uma massa amarelada ou alaranjada; endocarpo esponjoso e semente dura; é planta nativa da Amazônia e de muita utilidade para s populações interioranas. minério Agregado natural de mineralminério e ganga que, no atual estágio da tecnologia, pode ser normalmente utilizado para a extração econômica de um ou mais metais; mineral comercialmente explorável no estado puro ou como fonte de outro elemento mirmecobromo Planta que fornece alimentação para as formigas. minério de ferro pelotizado Material obtido por aglomeração e queima do minério de ferro, com o objetivo de lhe conferir características de granulometria e resistência compatíveis à sua utilização. mirmecófita Planta que possui adaptações que permitem o abrigo das formigas. mirmequita Intercrescimento que se caracteriza pela presença de massas de quartzo diminutas, sob a forma de vermes ou dedos inclusos no plagioclásio sódico, usualmente o oligoclásio, em zonas de contato entre o feldspato alcalino e o plagioclásio, crescendo no plagioclásio em forma de couve-flor. minhocoçu Nome popular dos anelídeos, poliquetos terrestres da família dos Glossoscolecídeos, gênero Megascolex, que têm até dois metros de comprimento; vivem, em geral, nas baixadas de solos férteis, produzindo enormes dejeções. mirtácea Família a qual pertence o eucalipto; há aproximadamente 3.000 espécies, com ocorrência em países quentes. minuano Vento frio e seco que sopra no sentido sul-oeste no Rio Grande do Sul; geralmente tem duração de três dias, durante o inverno. mispíquel Ver arsenopirita mitose Processo de divisão celular responsável pelo aumento do número de células nos tecidos somáticos; caracteriza-se pela produção de células filhas idênticas à célula mãe. (Genética) mioceno Época do período cenozóico que se caracteriza pelo aparecimento de indivíduos semelhantes ao homem moderno. 274 VOCABULÁRIO DA NATUREZA modelo Airy Modelo que considera ter a crosta da Terra densidade constante, e que as variações topográficas são compensadas proporcionalmente na base da crosta (profundidade de compensação), criando feições tais como raiz para compensar montanhas, ou antiraiz para depressões. mixotrófico Denominação utilizada para seres que possuem diversos tipos de nutrição, como ocorre geralmente , com alguns vegetais e animais unicelulares moagem Processo de cominuição no qual o material é fragmentado entre duas superfícies móveis que não possuem entre si qualquer dependência. modelo digital do erreno - DTM Representação digital da superfície terrestre, através de uma malha de elevação ou lista de coordenadas tridimensionais; Digital Terrain Model. moagem a seco Moagem sem adição de água, sendo que a expressão a seco, geralmente se refere ao mineral que contém umidade insuficiente para agregar as suas partículas e que não sofreu adição de água. modelo Pratt Modelo que considera que as densidades laterais da crosta terrestre e da subcrosta são variáveis, sendo porém constante a profundidade de compensação; assim, as regiões elevadas devem ter densidade crustal menor do que as regiões baixas. moagem a úmido Moagem em que é adicionada ao mineral uma quantidade de água necessária para que a polpa adquira a adequada fluidez para poder ser manipulada com mais facilidade, especialmente no que se refere a sua passagem através do moinho. modelo sanduíche Designação aplicada para indicar o arranjo da litosfera, em que a porção dúctil, a crosta inferior, está situada entre duas porções rígidas, a crosta superior e o manto superior. (Geologia) moagem autógena Moagem em que é usado o granulado do próprio minério como elemento moedor. mobile core Porção central de um cinturão móvel. (Geologia) modelos numéricos São formalizados por meio de expressões matemáticas e lógicas; que servem para modelar a superfície do terreno. (Cartografia) mobilidade geoquímica Maior ou menor facilidade com que um elemento químico se move em um meio natural específico. (Geoquímica) módulo de Bulk - K Mede a resposta elástica à pressão hidrostática, p; K=V.(dp/dV), onde V é o volume; para sólidos isotrópicos está relacionado ao módulo de Young. mobilismo Crença fundamentada na concepção de que a Terra é constituída por placas rígidas que se movem sobre a astenosfera; base da teoria dita da tectônica de placas. (Geologia) módulo de elasticidade É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante; está relacionado com a rigidez do material; o módulo de elasticidade resultante de tração ou compressão é expresso em MPa; módulo de Young modelado Grupamento de formas de relevo que apresentam similitude de definição geométrica em função de uma gênese comum e da generalização dos processos morfogenéticos atuantes; aspecto do relevo, resultante do trabalho realizado pelos agentes erosivos. (Geomorfologia) módulo de Young elasticidade. modelagem Elaboração de um modelo matemático, que por sua vez é uma representação matemática de um fenômeno físico humano, etc., feita para que se possa melhor estudar o original. Ver módulo de moela Estômago mecânico das aves; situa-se entre o estômago químico (proventrículo) e o duodeno, sendo o responsável pela trituração do alimento; sua posição na cavidade abdominal corresponde ao centro da gravidade da 275 VOCABULÁRIO DA NATUREZA moluscos Animais de corpo mole, simetria bilateral, com exceção dos Gastrópodas, não segmentados, cobertos por um delgado manto, que na grande maioria das formas segrega uma concha calcária formada por aragonita ou calcita; estão presentes desde o Cambriano até os dias de hoje, ocorrendo em ambiente marinho, de água doce, salobra e até mesmo em terra firme; pertencem ao filo Mollusca; muitos representantes deste grupo apresentam uma concha calcárea que protege o corpo do animal (ex: caracol, caramujo e ostra); outros possuem uma concha interna (lula) ou são desprovidos dela (polvo e lesma). (Zoologia) ave; é mais desenvolvida nas aves que se alimentam de sementes e artrópodes. (Zoologia) mofeta Exalação fria, com temperatura por volta de 400 C, de gases vulcânicos, contendo CO2. mogno É uma espécie, (Swetenia macrophylla), cuja madeira é muito indicada para a fabricação de móveis; tem uma alta resistência ao ataque de cupins mas, baixa durabilidade quando em contato com o solo e a umidade; a casca é adstringente, indicada contra a diarréia; no sul do Pará, área de maior incidência, a exploração foi tão intensiva que está em processo de extinção. molassa Denominação adotada para sedimentos clásticos de depressões orogênicas internas ou marginais, formadas pela elevação rápida do núcleo orogênico e abaixamento das depressões; formam-se assim espessas camadas de sedimentos clásticos grosseiros, arenitos continentais com estratificação cruzada, marcas de onda e sedimentos de água doce, seguida de grande espessura de areias avermelhadas, folhelhos e evaporitos; mais além, sedimentos tanto mais finos quanto mais afastados da cadeia central. momme Unidade de peso utilizada para pérolas cultivadas e equivalente a 3,75 g. mônade Unidade isolada de uma tétrade. (Palinologia) monadnock Elevação residual de pequenas dimensões, constituída de rochas mais resistentes ao intemperismo e aos processos de denudação do que aquelas que as rodeiam. monandro Que tem flores dotadas de um só estame. (Botânica) monazita Mineral que cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática, com composição (Ce,La,Y,Th)PO4, coloração castanho-amarelada a avermelhada, translúcida e brilho resinoso. molde de drenagem Canalículo dendriforme formado pelo escoamento de pequena quantidade de água, que se espalha como um lençol em um fundo relativamente plano. monção Vento de circulação geral da atmosfera caracterizado pela persistência estacional de uma dada direção do vento e pela variação marcante dessa direção de uma estação para outra, em função das diferenças térmicas entre áreas de terra e água o que provoca mudanças na localização dos centros de alta e baixa pressão; são ventos que seguidamente sopram para a costa durante o verão e para o alto mar durante o inverno. (Meteorologia) molécula Menor partícula na qual um composto pode ser dividido mantendo as suas propriedades. molhe Denominação aplicada para indicar uma estrutura de terra, blocos de rocha ou outro tipo de material, geralmente revestida e ligada ao continente e que pode desempenhar o papel de um quebra-mar ou atracadouro. molinete hidrométrico Instrumento utilizado para medir a velocidade de uma corrente em um determinado ponto , através da contagem do número de revoluções das conchas ou da hélice contra as quais a corrente incide. monda Tipo de poda referido apenas ao corte das plantas secas, velhas , doentes ou fracas. 276 VOCABULÁRIO DA NATUREZA mondongo Denominação aplicada a um terreno baixo, paludoso e que se apresenta em geral coberto por plantas silvestres. outros; forma de economia em que um só vendedor enfrenta vários compradores; como não há concorrência, num monopólio o vendedor estabelece os preços à sua vontade. (Economia) monitoramento ambiental Acompanhamento periódico através de observações sistemáticas de um atributo ambiental, de um problema ou situação através da quantificação das variáveis que o caracterizam; o monitoramento determina os desvios entre normas preestabelecidas (referenciais) e as variáveis medidas. monossacarídeos Denominação genérica aplicada a todos as açúcares que não de hidrolisam. monossialitização Individualização da caulinita no meio natural sob condições de drenagem livre nas zonas intertropicais. monotremado Esporos ou grãos de pólen que apresentam uma única abertura. (Palinologia) monoclina Espécie que apresenta flores hermafroditas, ou seja, ambos os sexos contidos no mesmo receptáculo floral. Ver diclina. (Botânica) montanha Elevação que apresenta encostas íngrimes, com declividade maior do que 15% e altitudes superiores a 300 m e constituída por um agrupamento de morros. (Geomorfologia) monocultura Tipo de cultivo agrícola que utiliza uma única espécie; cultura exclusiva de um produto agrícola; a falta de diversidade de espécies. (Agronomia) montante Rio acima. monóica Vegetal que apresenta flores unissexuais masculinas e femininas na mesma planta. (Botânica) montmorilonita Argilomineral dioctaedral do grupo da esmectita em que o Mg substitui parcialmente o Al na folha hidróxido octaédrica. monolito de solo Seção vertical de um perfil, removida de um solo e montado para estudo ou exposição. (Pedologia) monumento topográfico Ponto do terreno materializado ou monumentado por um objetivo de concreto em cuja extremidade encontra-se um disco metálico, gravado com informações sobre o ponto em questão; marco topográfico. (Topografia) mononucleotídeos Cadeias de unidades dos ácidos nucléicos que se compõem de um carboidrato ou açúcar de cinco átomos de carbono (uma pentose), de estrutura cíclica pentagonal, ao qual se une por um de seus extremos uma molécula de ácido fosfórico e, por outro, a uma base nitrogenada também de estrutura fechada, seja púrica (que tem dois anéis com vários átomos de nitrogênio unidos ao esqueleto carbonado), seja pirimidínica (que consta de um só anel hexagonal no qual se inserem átomos de nitrogênio, oxigênio e, em alguns casos, um radical metila, CH3). moratória Prorrogação do prazo concedido para pagamento de uma dívida, obtida em acordo entre o devedor e o credor; na economia internacional, o significado é um pouco diferente: uma declaração unilateral feita por um país, afirmando que não pagará uma dívida no prazo estipulado; é uma medida extrema, que pode causar graves prejuízos futuros ao país, porque, depois da moratória, as instituições financeiras deixam de emprestar dinheiro ao governo que a decretou, ou o fazem apenas mediante a cobrança de juros mais altos. (Economia) monopodial Uma forma de crescimento no qual existe um único caule que continua a crescer de seu vértice ano após ano. (Botânica) morbidade Capacidade danos. (Medicina) monopólio Privilégio que possui um indivíduo, um conjunto de indivíduos ou o Estado, e de que são excluídos todos os 277 de causar VOCABULÁRIO DA NATUREZA morrote Elevação que apresenta encostas íngrimes , com declividade maior do que 15% e altitudes superiores a 100 m. (Geomorfologia) morena Denominação aplicada à carga sedimentar transportada por uma geleira, e qualificada após sua deposição de acordo com a posição ocupada na geleira, como morena lateral, mediana, interna, basal e terminal. morte catastrófica Mortalidade em massa que ocorre em um curto intervalo de tempo, e que propicia farto material aos processos de fossilização. morfina Alcalóide do ópio, branco, cristalino, de fórmula C17H19O3N, poderoso sedativo e anestésico. mosaico Conjunto de fotografias aéreas, superpostas, recortadas artisticamente e montadas pelos detalhes comuns; permite uma visão contínua da superfície fotografada. Ver fotomosaico. (Fotogrametria) morfoestrutura Feição em que a forma de relevo e a drenagem estão estreitamente relacionados à estrutura geológica, seja ela de caráter dobrado, falhado ou lineagênico, podendo apresentar feição positiva ou negativa, ou ainda estar à superfície ou então inumada por espessa seqüência sedimentar. (Geomorfologia) mosaico controlado Mosaico que é obtido através da união de imagens ou de fotografias aéreas com base em pontos de controle no terreno e triangulação radial, de modo a reduzir ao mínimo as distorções inerentes ao imagiamento. (Fotogrametria) morfologia do solo Constituição física, particularmente as propriedades estruturais, de um perfil de solo, como exibido pelos tipos, espessura e arranjamento dos horizontes no perfil e pela textura, estrutura, consistência e porosidade de cada horizonte. (Pedologia) mosaico não controlado Mosaico que é obtido através da união de imagens ou de fotografias aéreas não corrigidas, agrupadas sem controle de terreno ou correção relativa à orientação. (Fotogrametria) morfologia urbana Refere-se à forma caracterizada pela disposição num território, dos elementos que compõem a estrutura física de um assentamento urbano. moscardos Inseto díptero, Pantophthalmus pictus, da famíla dos Pantoftalmídeos, que apresentam grandes dimensões e brocam a madeira para criar suas larvas; atacam a casuarina e outras plantas. (Entomologia) morototó (Schefflera morototoni) Árvore da família Araliaceae, de porte médio, fuste retilíneo, muitas vezes tortuosos, com diâmetro superior a 50 cm, casca lisa esbranquiçada liquênica, com 1,0 cm de espessura; madeira moderadamente pesada; lenho entrelaçado de cinzento e creme-claro; grã direita a oblíqua; textura média; cheiro e gosto indistintos. mosqueado Pontos ou manchas de cor ou tonalidade diferente, entremeadas com a cor dominante da matriz de um horizonte do solo; pode ocorrer em vários horizontes ou camadas de solo, especialmente em zonas de flutuação do lençol freático (drenagem imperfeita), podendo ser também decorrente de variações no material de origem. (Pedologia). morro Elevação que apresenta encostas suaves, com declividade menor do que 15%, e altitudes que variam entre 100 e 300 m. (Geomorfologia) mosqueamento Formação ou presença de mosqueados no solo. (Pedologia) morro testemunho Colina de topo plano, situada diante de uma escarpa de cuesta, mantida pela camada resistente; representa um fragmento do reverso, sendo, portanto, um testemunho da antiga posição da cuesta antes do recuo do front. (Geomorfologia) mosquito-do-mangue (Entomologia) mosquito-palha (Entomologia) 278 Ver Ver maruim. maruim. VOCABULÁRIO DA NATUREZA maruim. resistente: quando a água diminui, cava um túnel e fica esperando pelas chuvas. movimento de massa Movimento que envolve uma massa ou volume de solo ou rocha que se desloca em conjunto; difere da erosão por ser este um fenômeno que ocorre grão a grão. mud flow Deslocamento rápido encosta abaixo, devido a chuvas pesadas, de material superficial de granulação fina, em áreas com pouca vegetação, típicas de regiões semi-áridas e áridas; os de origem vulcânica são conhecidos como lahars. mosquito-pólvora (Entomologia) Ver movimento tectônico Deslocamento de massa originado por forças induzidas pela dinâmica interna do planeta que impõe tensão aos maciços rochosos. (Geologia) muda Processo de substituição da plumagem de uma ave; as penas, sendo estruturas mortas, sofrem desgaste e são substituídas anualmente; na maioria das espécies tal substituição é gradual, principalmente a das penas de vôo; em grande número de aves ocorrem duas mudas anuais: uma antes e outra após a reprodução; durante o desenvolvimento pós-natal a ave passa de uma plumagem de recém-nascido para a juvenil e, posteriormente, para a de adulto, através do processo de muda. (Zoologia) mucajá ou macaúba Palmeira coberta de espinhos finos (Acrocomia sclerocarpa), com frutos tipo drupa, casca lisa de cor amarelo-esverdeada, delgada, rígida, coriácea; mesocarpo comestível de cor amarelada, fibromucilaginosa; caroço pardo-escuro, pétreo, encerrando uma amêndoa com endosperma branco e duro; frutos estão maduros na segunda metade do ano. mudança textural abrupta Consiste no considerável aumento do conteúdo de argila dentro de uma pequena distância na zona de transição entre o horizonte A e o horizonte B do solo. (Pedologia) mucilagem Um tipo de alimento a base de fibra. muck Material orgânico altamente decomposto, no qual as partes da planta não são reconhecíveis; contém mais matéria mineral e é usualmente mais escuro que o peat. muiraquitã Artefato em nefrita, em forma de sapo, tartaruga ou serpente, encontado no Baixo Amazonas e usado como amuleto; pedra-verde, pedra-dasamazonas. mucosa gástrica Pele que recobre a parede interna do estômago é dividada em mucosa antral, cárdica e fúndica. (Medicina) muito arenosa Textura do solo cuja composição granulométrica apresenta mais de 70% de areia. (Pedologia) mucosa intestinal Pele especializada do intestino delgado que tem papel de absorver todos os nutrientes. (Medicina) muito argilosa Textura do solo cuja composição granulométrica apresenta mais de 60% de argila. (Pedologia) muçuã Rétil da Amazônia, ilha do Marajó, ordem dos quelônios, da família dos cinosternídeos (Cinosternon scorpioides), que pode medir até 30 cm de comprimento; o casquinho-de-muçuã é um prato típico da culinária paraense. mulch Cobertura morta, constituída de uma camada natural ou artificial representada por resíduos de plantas ou outro material, que é colocada na superfície da terra para proteção do solo e das raízes das plantas para proteção contra os efeitos das chuvas e do vento, retendo a umidade e reduzindo a insolação e a erosão. (Agronomia) muçum (Symbranchus marmoratus) Peixe que tem o corpo alongado parecendo uma cobra e possui a característica curiosa da reversão sexual; nasce com as características dos dois sexos, mas a fêmea se transforma em macho depois de passar pelo primeiro período reprodutivo; é um peixe multidiciplinar É a característica que se atribui a um tema, objeto ou abordagem 279 VOCABULÁRIO DA NATUREZA gênica; tipo de erro que ocorre na replicação do ácido desoxirribonucléico originando um novo ADN com um ou mais nucleotídeos trocados; um erro deste tipo, pode acontecer em qualquer área do ADN. (Genética) para cuja exposição concorrem duas ou mais disciplinas. multimídia É a tecnologia que integra, no computador, dois ou mais meios diferentes, como textos, gráficos, animação, som e vídeo; visa tornar mais atraente a veiculação de informação e facilitar o acesso a grandes volumes de dados; permite ao usuário romper o processo de leitura seqüencial, como o dos livros, e criar seu próprio caminho de consulta. mutação cromossômica Mutação do tipo aberração cromossômica, que afeta a estrutura e o número de cromossomos ou o número dos genes num cromossomo; exemplos de mutação cromossômica são a deleção, a duplicação, a inversão, a translocação, a aneuplodia e a euploidia. (Genética) mungubarana ou munguba Árvore (Pachira aquatica), cuja madeira pode ser utilizada na fabricação de caixotes, molduras, fósforo e para a fabricação de papel; a casca fibrosa é utilizada na confecção de cordas; por sua resistência e beleza é muito utilizada em arborização urbana. mutação genética Alteração no padrão genético de um ser vivo; uma mutação genética pode ou não apresentar efeitos sobre o fenótipo; pode concorrer para a evolução ou para a involução da espécie; processo responsável pela produção de novos alelos através da alteração na seqüência de bases do ADN. Ver recombinação genética. Munssel Ver sistema Munsell de cores, carta de cores, cor do solo. (Pedologia) muro Aresta que separa os lúmens em um retículo normal. (Palinologia) mutação gênica Ver mutação genética. (Genética) muro Superfície limitante de uma jazida, situada entre o corpo mineralizado e a lapa. (Mineração) mutação reversa Mutação no alelo mutante reconstituindo o alelo original. (Genética) muro de arrimo Construção usada na contenção de terras e de pedras de encostas; muro de contenção. (Engenharia Civil). mutualismo Associação interespecífica harmônica em que duas espécies envolvidas ajudam-se mutuamente. (Biologia) murundus Formações naturais de configuração aproximadamente cônica, apresentando dimensões bastante variáveis, em geral na ordem de 3 a 15 m de diâmetro, à base, por uma altura que raramente excede a 3 m, constituindo grupamentos específicos que caracterizam um microrrelevo peculiar. mutucas Ver tabanídeos. (Entomologia) mutum-cavalo (Mitu mitu) Aves que vivem em pequenos grupos mas na época reprodutiva, cada macho conquista sua fêmea defendendo ferozmente seu território; tem uma carne com excelente paladar, comparável a do peru doméstico; a espécie está ameaçada tanto pela caça ilegal quanto pela destruição de seu habitat. musgo Vegetal geralmente de tamanho reduzido, desprovido de tubos condutores de seiva e, portanto, depende de ambiente úmido para seu crescimento e reprodução; pertence à Divisão Bryophyta. mututi É uma árvore (Pterocarpus oficinales), cuja madeira branca e mole é boa para a construção naval; o mututi-deterra-firme tem uma madeira que fornece boa pasta de papel com 44% de rendimento em celulose. mutação Variação herdável imprevista em um gene ou no número e estrutura cromossômica; as mudanças no material genético dividem-se em duas categorias: mutação cromossômica e mutação mututurana Ver amaparana 280 VOCABULÁRIO DA NATUREZA nanofanerófitas Categoria de vegetais fanerófitos cujos caules se ramificam a partir da base, como se verifica com os arbustos de até 2 m; exemplo: Cordia leucocephala, Wedelia scaberrima, Dioclea rostrata, Senna cana, Cleome spinosa, etc. (Botânica) mytilus Bivalve que apresenta a camada externa (camada prismática) da concha constituída de calcita e a interna (camada nacarada) de aragonita, constituindo-se em exceção no grupo dos bivalves, cuja concha constitui-se normalmente só de um desses dois minerais. nanotecnologia A ciência que constrói máquinas e robôs. nappe de charriage Feição que se caracteriza pelo adelgaçamento do flanco inverso de uma dobra recumbente, promovendo um rompimento através de uma superfície de cisalhamento subhorizontal, denominada carreamento. (Geologia) N nascente Ver cabeceira, fonte. nativa Denominação utilizada para indicar espécies vegetais ou animais de ocorrência natural em dada região. (Biologia) neblina Formação atmosférica constituída de pequeníssimas partículas líquidas, em suspensão no ar, originadas de um processo mecânico de subdivisão, como a nebulização. (Meteorologia) n Colocado após o símbolo dos horizontes H, A, B, e C, indica acumulação de sódio trocável expresso por 100.Na./CTC >8%, acompanhada ou não de acumulação de magnésio trocável; exemplo: Bn. (Pedologia) nebulosidade Proporção do céu coberto por qualquer tipo de nuvens, sendo expressa em décimos de céu coberto; cobertura de nuvens. (Meteorologia) nadadeiras actinopterígias Nadadeiras pares que possuem base larga, sendo que seu esqueleto consiste de uma série de barras (raios) ósseos ou cartilaginosos paralelos, relativamente curtas. (Zooologia) neck Forma de relevo testemunho de uma antiga chaminé vulcânica; é o conduto de um vulcão preenchido por lava solidificada, exposto e topograficamente realçado pela erosão seletiva que desgastou as rochas que constituíam o cone. (Geomorfologia) nadadeiras crossopterígias Nadadeiras pares que possuem a forma de uma folha, sendo que seu esqueleto consiste de um eixo central com ramos laterais dispostos simetricamente. (Zooologia) nectário Estrutura glandular, principalmente da flor, onde é produzido o néctar, substância rica em açúcares que além de atrair as aves, atrai também insetos e morcegos. (Botânica) nadir Ponto da esfera terrestre situado diretamente abaixo do observador; ponto na esfera celeste oposto ao Zênite. (Astronomia) nectarívoros Animais que se alimentam preferencialmente de néctar. (Zoologia) nafta Fração de destilação do petróleo, constituída por hidrocarbonetos de baixo ponto de ebulição; utilizada como matéria-prima na indústria petroquímica, fornecendo, através de craqueamento, uma grande variedade de produtos. nematóidios Vermes não segmentados que podem viver na matéria orgânica do solo; são predadores das bactérias, fungos ,algas e de outros nematóidios e 281 VOCABULÁRIO DA NATUREZA horizontes A-C-R, onde R representa a rocha; são semelhantes aos Entissolos da Taxonomia de Solos (classificação americana). (Pedologia) sua entrada na planta facilita a entrada de outros patógenos. neodarwinismo Teoria da evolução que combina seleção natural com genética de população, e na qual o conceito darwiniano de variação expontânea é explicado em termos de mutação e recombinação gênica. (Genética) Neossolo Quartzarênico Classes do novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solo,.correspondendo, no antigo Sistema, à classe das Areias Quartzosas; são solos profundos, muito bem drenados e constituídos quase que inteiramente por grãos de quartzo do tamanho areia; tipicamente, possuem sequência de horizontes A-C; são semelhantes aos Quartzipsamentes da Taxonomia de Solos (classificação americana). (Pedologia) neoformação Processo de formação de minerais por precipitação direta de componentes da solução. neontologia Ramo da biologia voltada ao estudo dos organismos modernos, isto é, ainda viventes. neopalinologia Ciência voltada ao estudo dos grãos de pólen e esporos de briófitas e pteridófitas de plantas atuais. neotectônica Ramo da tectônica relacionado com os movimentos atuais da Terra, podendo representar uma continuidade dos movimentos do passado; as estruturas neotectônicas desenvolvem-se no regime tectônico corrente, abrangendo o estado de deformação que prevalesce dentro de uma região intraplaca. neoplasia Qualquer crescimento anormal no corpo humano; conforme suas características clínicas e microscópicas, as neoplasias são divididas em dois grupos: neoplasias (tumores) malignas e neoplasias benignas; somente a neoplasia/tumor maligno é chamado de câncer. (Medicina) neotropical Região zoogeográfica que se estende do sul do México até o sul da Argentina, portanto incluindo as Américas Central e do Sul; apresenta espécies de plantas e de animais características que não ocorrem em outras regiões da Terra. Neossolo Compreende solo constituído por material mineral ou por material orgânico pouco espesso com pequena expressão dos processos pedogéneticos em conseqüência da baixa intensidade de atuação destes processos, ainda insuficientes para originar modificações expressivas no material originário; as características do próprio material, pela sua resistência ao intemperismo ou composição química, e do relevo, podem impedir ou limitar a evolução desse solo; anteriormente designados por Litossolos, Aluviais, Litólicos, Areias Quartzosas e Regossolos; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) neotrópico Reino florístico compreendido entre o sul da América do Norte (México) e a Patagônia. (Fitogeografia) nereites Tipo de rastro meandriforme presente em turbiditos depositados em águas ainda mais profundas que aquelas que abrigam os zoophycos. (Paleontologia) nervo Porção da rocha encaixante que subsiste englobada no corpo do minério. (Mineração) Neossolo Litólico Classe do novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solo; corresponde, no antigo Sistema, à classe dos Solos Litólicos; são solos muito rasos, não alagados, onde a rocha de origem está a menos de 50 cm da superfície; suas propriedades são inteiramente dominadas pelas da rocha de origem, possuindo sequência de nervo vago Nervo que entra na cavidade gástrica junto do esôfago que tem papel importante na produção de ácido do estômago e na regulação da motilidade do tubo digestivo. (Medicina) nesossilicatos Silicatos cujos tetraedros de SiO4 apresentam-se isolados, estando 282 VOCABULÁRIO DA NATUREZA unidos entre si através das ligações iônicas, pelos cátions intersticiais. da neblina são menores que 40 micra. (Meteorologia) netunismo Crença, a partir dos estudos do alemão Abraham G. Werner, um dos fundadores da geologia, de que todas as rochas da Terra se formaram na, ou da água. névoa fotoquímica São produtos de reação foto químicas, geralmente combinados com um valor de água; as partículas são geralmente menores que 1,5 micrometros. Ver smog. neurotoxina Presença de toxina nos nervos ou tecido nervoso. névoa seca Denominação genérica utilizada para os materiais particulados secos em suspensão, quando a visibilidade horizontal é superior a 1.000 m e a umidade relativa é inferior a 80%; obstrução da visibilidade nas camadas superficiais da atmosfera, causada por partículas sólidas muito pequenas e não aquosas em suspensão; dá ao ar uma aparência opalescente. (Meteorologia) neuston Microorganismo que vive e nada em contato com a película superficial da água. neutrino Partícula fundamental supostamente produzida em números maciços por reações nucleares nas estrelas; são difíceis de serem detectadas, uma vez que uma expressiva maioria delas passa através da Terra sem interagir. (Astronomia). névoa úmida Fenômeno meteorológico semelhante a um nevoeiro tênue, no qual as partículas são mais dispersas e em geral menores, enquanto a visibilidade horizontal é superior a 1.000 m; obstrução da visibilidade nas camadas superficiais da atmosfera, causada por gotículas de água em suspensão. (Meteorologia) nêutron Partícula com carga elétrica nula, constituinte do núcleo do átomo e cuja massa de repouso corresponde a aproximadamente 1,008 UMA (unidade de massa atômica); fora do núcleo é uma partícula instável que se dissocia espontaneamente, em 12 minutos; de acordo com suas energias os nêutrons são classificados em : térmicos, intermediários, rápidos e relativísticos. nevoeiro Fenômeno meteorológico caracterizado pela presença de partículas de água muito pequenas , produzidas próximo à superfície terrestre, e que reduzem a visibilidade horizontal a menos de 1.000 m; pode ser de radiação quando formado a partir do resfriamento de uma superfície em noites límpidas e calmas, com ar úmido; de advecção , formado quando o ar quente, úmido e estável se desloca sobre uma superfície mais fria; de montanha que se forma em vertentes de montanhas de barlavento devido ao resfriamento provocado pela ascenção forçada do ar úmido e estável; e de evaporação que se forma pela evaporação da água relativamente quente em meio a ar frio; obstrução da visibilidade nas camadas superficiais da atmosfera, causada por gotículas de água em suspensão. (Meteorologia) neutropenia Queda do número de neutrófilos (um dos tipos de célula de defesa) do sangue abaixo do normal. (Medicina) neviza Estado intermediário entre a neve e o gelo; é uma substância mais antiga e mais compacta que a neve, porém não sendo ainda totalmente uma massa de gelo; a neve se transforma em neviza após o degelo do verão e se forma quando a permeabilidade se reduz a zero, devido a recristalização e compactação da neve, o que conduz a uma diminuição da porosidade e aumento da densidade. névoa Denominação utilizada para as partículas líquidas formadas na atmosfera pela condensação de líquidos vaporizados; as partículas da névoa variam de 40 a 200 micra, enquanto as nevoeiro advectivo Ver nevoeiro de advecção. (Meteorologia) nevoeiro de advecção Nevoeiro formado pela passagem lenta de uma 283 VOCABULÁRIO DA NATUREZA olhos fechados, permanecendo no ninho durante certo tempo, período em que é alimentado e aquecido pelos pais. (Zoologia) massa de ar relativamente quente, úmida e estável sobre uma superfície fria. (Meteorologia). nevoeiro de montanha Ver nevoeiro de vertente. (Meteorologia) nidífugo Indivíduo que ao nascer já possui plumagem, os olhos abertos, podendo caminhar e procurar alimento, com a proteção dos pais. (Zoologia) nevoeiro de radiação Nevoeiro que se forma sobre a terra, em noites límpidas e calmas, com ar úmido. (Meteorologia) ninfas Estágio pré-adulto nos insetos que não possuem o estágio de pupa. (Entomologia) nevoeiro de radiação Nevoeiro que se forma sobre terra em noites caracterizadas por ventos fracos, céu limpo e ar úmido nos baixos níveis da atmosfera. (Meteorologia) Nitossolo Solo constituído por material mineral, com horizonte B nítico de argila de atividade baixa, textura argilosa ou muito argilosa, estrutura em blocos subangulares, angulares ou prismática, moderada ou forte, com superfície dos agregados reluzentes, relacionada a cerosidade e/ou superfícies de compressão; correspondendo a Terra Roxa Estruturada e Similar, Terra Bruna Estruturada e Similar, alguns Podzólicos Vermelho-Escuros; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) nevoeiro de vertente Nevoeiro que se forma em vertentes de montanhas de barlavento, pela subida forçada de ar estável e úmido até que seja atingida a saturação, como resultado do resfriamento adiabático por expansão; nevoeiro de montanha. (Meteorologia) newton - N É a força que, quando aplicada a um corpo tendo a massa de 1 quilograma, transmite uma aceleração da gravidade de 9,806 m/s2, tem-se 1 N = 0,102 kg. nitrificação Processo de conversão da amônia em nitratos, passando por nitritos como etapa intermediária, pela atuação de bactérias aeróbicas denominadas nitrobactérias; este processo é utilizado como indicador de poluição, sendo que a presença de nitritos indica poluição recente, enquanto a de nitratos indica poluição mais remota. newtoniano - Refletor onde o espelho principal que está no fundo do tubo joga a luz para um espelho secundário que a desvia na perpendicular ao tubo do telescópio onde fica a ocular, próximo a objetiva. (Astronomia) nexina Parte interna, geralmente não esculturada, da exina. (Palinologia) nitrilas Compostos orgânicos que apresentam o grupamento funcional cianogênio diretamente ligado à cadeia carbônica, sendo derivadas teoricamente do HCN, pela substituição do átomo de hidrogênio pelo radical alcoíla ou arila. nicho ecológico Espaço ocupado por um organismo no ecossistema, incluindo também o seu papel na comunidade e a sua posição em gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência; é o papel que determinado ser executa dentro do seu habitat: predador, produtor, etc); local restrito de um habitat onde existem condições especiais de ambiente. (Ecologia) nitrofenois Pesticidas orgânicos sintéticos que contém em sua molécula, átomos de carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio. nitrogênio Constituinte universal da matéria viva (proteínas), principal gás do ar (78%), intervém na biosfera através de um complexo ciclo que envolve trocas entre atmosfera/solo/seres vivos. nictigamia Fenômeno vegetal no qual a flor se abre à noite e se fecha durante o dia. nidícola Indivíduo que nasce totalmente dependente dos pais; nasce nu e com os 284 VOCABULÁRIO DA NATUREZA nitrossomona Bactéria autotrófica quimiossintetizante, que oxida amônia a nitrito, para obtenção de energia necessária à síntese orgânica. uma represa, medido num local determinado; abaixo deste nível pode ser feito o esvaziamento da represa até ao nível da descarga de fundo. níveis independentes de descarte Método de seleção para mais de uma característica que consiste em estabelecer níveis mínimos de desempenho que os animais devem atingir em cada característica incluída no programa de melhoramento genético. (Melhoramento Genético) nível ótimo de desempenho Níveis de desempenho mais lucrativos ou favoráveis em características economicamente importantes em determinado ambiente e sistema de manejo. (Melhoramento Genético) nível alimentar (Ecologia) Ver nível nível piezométrico Nível determinado pela água num tubo piezométrico colocado em um determinado ponto do lençol freático. (Hidrologia) trófico. nível trófico É a posição ocupada por um organismo na cadeia alimentar; os produtores ocupam o primeiro nível; os consumidores primários, o segundo nível; e os secundários, o terceiro nível e assim por diante; os decompositores podem atuar em qualquer nível trófico. (Ecologia) nível crítico de nutriente Concentração do nutriente na planta, ou em partes especifica da planta, abaixo da qual o nutriente se torna deficiente para uma taxa ótima de desenvolvimento. nível de base Nível abaixo do qual não pode ocorrer erosão pelas águas superficiais; o nível de base final é considerado como sendo o nível do mar. nó Região caulinar, em geral dilatada, de onde saem as folhas. (Botânica) nó Unidade de velocidade utilizada em navegação e que corresponde a 1 milha náutica (1.852 m) por hora. nível de energia Energia cinética relativa a um ambiente aquático devido a ação das ondas e/ou correntes; de acordo com esse nível, os ambientes aquáticos são classificados em ambientes de alta energia e ambientes de baixa energia. nódulo algálico Nódulo constituído por carbonato de cálcio com diâmetro inferior a 20 cm, forma discoidal ou esferoidal, originado por atividade vital de algas verdes. nível dinâmico Posição do nível da água dentro da área de influência de um poço submetido a bombeamento. nódulos Glébulas com organização interna indiferenciada, de óxidos de ferro, de manganês, de calcita, etc; neles pode ser reconhecida a estrutura de materiais herdados da rocha de origem mais ou menos alterada (litorrelíquias), de depósitos superficiais (sedirrelíquias) e de estruturas pedológicas pretéritas ou pedorrelíquias. (Micromorfologia do Solo) nível estático Posição do nível da água de um poço, quando este não está sendo submetido a bombeamento, e que alcançou o eqüilíbrio com a pressão atmosférica. nível freático Limite superior do lençol freático. (Hidrologia) norma Segundo definição da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas "é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para o uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto". nível máximo de exploração É o nível mais alto permitido normalmente numa represa (sem ter em conta as sobreelevações devidas a cheias); corresponde ao nível de pleno armazenamento da represa; maior nível admissível em caso de cheias. nível mínimo de exploração É o nível mínimo admitido para a exploração de 285 VOCABULÁRIO DA NATUREZA nudicaule Aquela planta que não possui folhas no caule. (Botânica) normal climatológica Valor médio de dados referentes a qualquer elemento meteorológico calculado para períodos padronizados de trinta anos, correspondente aos seguintes períodos consecutivos: 1901-1930; 1931-1960; 1961-1990; a normal serve como um padrão para que valores de um dado ano possam ser comparados, a fim ser conhecido o seu grau de afastamento da normal. (Climatologia) número de graus de liberdade De uma soma de quadrados de desvios ou resíduos é o número pelo qual ela deve ser dividida para que o quociente (chamado quadrado médio) tenha, quando válida a hipótese de nulidade, esperança matemática igual à variância. (Estatística) número de massa Número de prótons e nêutrons (núcleons) presentes no núcleo de um elemento. núcleo Subdivisão da Terra que se estende desde 2.900 km, limite com o Manto Inferior, até cerca de 6.700 km; sua massa representa 32,4% da massa total de Terra; divide-se em Núcleo Externo, que se apresenta em um estado físico líqüido e alcança até 5.200 km, sendo que a partir dessa profundidade está presente o Núcleo Interno, sólido. número efetivo de progênie Uma indicação da quantidade de informação disponível para estimação da diferença esperada na progênie de um reprodutor; é função do número de progênies, ajustado para suas distribuições entre os rebanhos e para o número de contemporâneos de outros reprodutores. (Melhoramento Genético) núcleo metalogenético Área mineralizada de forma isométrica ou irregular, e cuja mineralização está situada em torno de um centro magmático, ou está confinada a uma feição tectônica local bem definida, com ou sem presença de magmatismo. nunatak Nome esquimó utilizado para indicar a parte alta, rochosa, que sobressae do manto de gelo e neve, comportando-se como se fosse uma ilha rodeada de gelo. nucleocápsidio Conjunto ácido nucléico/invólucro protéico. (Virologia) nutrição parenteral Alimentação por via venosa. (Medicina) nucleoma O conjunto do material nuclear de uma célula. (Citologia) nutrição parenteral total Infusão endovenosa de todos os nutrientes através de um cateter colocado em uma veia de grosso calibre que passa no pescoço; é utilizada em pacientes com desnutrição severa que tem algum tipo de comprometimento do tubo digestivo, desta forma não podendo ingerir alimentos. (Medicina) núcleon Termo que genericamente designa as partículas que constituem o núcleo atômico, isto é, o próton e o nêutron; núcleo. nuclídeo Átomo caracterizado por determinado número de massa e número atômico, que possui um tempo longo de vida média, permitindo a sua identificação como um elemento químico. nutricêuticos Alimentos funcionais, alimentos com funções terapêuticas. nuclídeo estável Aquele que não apresenta radiatividade. Ver nuclídeo. nutriente essencial Elemento químico que pela sua participação insubstituível no metabolismo vegetal, exercendo funções metabólicas essenciais à vida da planta; são eles: C (carbono), O (oxigênio), H (hidrogênio), N (nitrogênio), P (fósforo), K (potássio), Ca (cálcio), Mg (magnésio), S (enxofre), Fé (ferro), Cu (cobre), Mn (manganês), Zn (zinco), B (boro), Cl (cloro), Mo (molibdênio). nuclídeo radioativo Aquele que apresenta radiatividade; radionuclídeo. Ver nuclídeo. nuculâneo Termo que designa um fruto que possui muitas sementes distintas, a exemplo da nêspera. (Botânica) 286 VOCABULÁRIO DA NATUREZA representada pelos Altostratus. (Meteorologia) nutrientes disponíveis Nutrientes, sob a forma de íons ou compostos, que podem ser absorvidos para promover o desenvolvimento das plantas. nuvem Agregado de pequenas partículas de água, cristais de gelo, ou a mistura de ambos, com sua base acima da superfície da Terra; pode ser classificada de acordo com a altura de sua base (baixa, média ou alta) ou quanto ao tipo de seu desenvolvimento, que pode ser horizontal (estratiforme) ou vertical (cumuliforme). (Meteorologia) Stratus e O nuvem ardente Massa volátil constituída de gases vulcânicos e material sólido, parcialmente incandescente; em sua base se encontra uma zona de alta temperatura, com domínio de material sólido; toda a massa é de alta mobilidade e se comporta de modo semelhante a uma massa líqüida. (Meteorologia) o Colocado após o símbolo dos horizontes O e H, indica incipiente ou nula decomposição de material orgânico, ou qual ainda resta muito de reconhecível da estrutura das plantas, material esse acumulado conforme descrito nos citados horizontes; exemplo: Ho. (Pedologia) nuvem cirriforme Nuvem constituída por cristais de gelo e que se apresenta com aparência fibrosa. Inclui os Cirrus, os Cirrocumulus e os Cirrostratus. (Meteorologia) O Horizonte ou camada superficial de cobertura, de constituição orgânica, sobreposta a alguns solos minerais, em condições de drenagem, sem restrições que possam resultar em estagnação de água. (Pedologia) nuvem cumuliforme Nuvem que se apresenta empilhada , mostrando desenvolvimento vertical, grande extensão, surgem isoladas e apresentam precipitação forte, em pancadas e localizadas, como os Altocumulus. (Meteorologia) oásis São certos lugares nos desertos, onde a água situada nas profundidades brota na superfície. permitindo a sustentação de uma exuberante vegetação no meio dos desertos, e estão tão distantes uns dos outros que podem ter diferentes espécies de plantas e animais. nuvem de desenvolvimento vertical Nuvem que pode se estender a partir da superfície terrestre até uma altura de 6.000 m, como os Cumulus e os Cumulonimbus. (Meteorologia) nuvem de trovoada Expressão popular para Cumulonimbus, a nuvem associada a tempestades. (Meteorologia) objetiva Lente ou associação de lentes que fornecem a imagem real do objeto observado, estando localizada na extremidade inferior do canhão do microscópio; para facilitar a mudança de uma objetiva a outra as mesmas encontram-se instaladas em um dispositivo giratório denominado revólver. (Microscopia) nuvem estratiforme Nuvem estável que se apresenta em camadas mostrando desenvolvimento horizontal, pouca espessura e cobrindo grande área, sendo objetiva sêca Denominação utilizada para quando entre a face inferior da objetiva do microscópio e o tôpo da lamínula, existe apenas o ar; nas nuvem de Oort Nuvem esférica que se crê rodear todo o nosso Sistema Solar a cerca de um ano luz a partir do Sol; contém restos da formação desse sistema. (Astronomia) 287 VOCABULÁRIO DA NATUREZA objetivas ditas de imersão, este espaço é ocupado por um líquido. (Microscopia) foco do sistema ocular encontra-se antes da lente coletora. (Microscopia) objetos Messier Lista de objetos celestes, visíveis com binóculos ou pequenos telescópios, e que são representados pela letra M seguida de um número de identificação; esta lista de 109 objetos, geralmente enxames de estrelas, galáxias e nebulosas, foi elaborada por um astrônomo francês, Charles Messier, em 1787, e são os objetos celestes mais apreciados pelos astrônomos amadores. (Astronomia) ocultações É o obscurecimento de um corpo celeste por outro de maior diâmetro aparente; as mais importantes são a passagem da Lua pela frente de estrelas e planetas, ou o desaparecimento de um satélite por trás do seu planeta primário. (Astronomia) ocupação do solo Ação ou efeito de ocupar o solo, tomando posse física do mesmo, para desenvolver uma determinada atividade produtiva ou de qualquer índole, relacionada com a existência concreta de um grupo social, no tempo e no espaço geográfico. obliqüidade Ângulo formado pelo eixo de uma jazida com a horizontal; medido no seu plano médio, ou seja, o ângulo entre o seu eixo e o seu traço medido no plano médio; somente em uma jazida vertical a declividade e a obliqüidade apresentam o mesmo valor. (Mineração) offlap Termo empregado em sismoestratigrafia para estratos que progradam para o interior de águas mais profundas. obseqüente Rio cujo curso de dispõe em direção oposta à drenagem conseqüente da área. okta Unidade de medida de quantidade de nuvens igual à área de um oitavo do céu situado dentro do campo de visão do observador. (Meteorologia) oceanização Conversão da crosta continental em crosta oceânica. oceanografia Ciência voltada ao estudo dos oceanos, como a topografia de fundo, física e química das aguas, tipos de correntes, biologia e geologia, etc. óleo Porção do petróleo existente na fase líquida nas condições originais de reservatório, que permanece líquida nas condições de pressão e temperatura de superfície. ochloespécie Espécie que tem ampla distribuição, exibindo ao longo de suas áreas de ocorrência uma uniformidade morfológica mais ou menos fixa, criada por barreiras reprodutivas que espelham um isolamento pretérito advindo de épocas secas ou úmidas. óleo combustível Mistura de hidrocarbonetos utilizados em grande variedade de equipamentos industriais destinados à geração de energia ou calor; é largamente usado nas indústrias, para aquecimento de caldeiras, fornos, fornalhas. oclusão ou frente oclusa Situação em que a frente fria alcança a frente quente; o setor quente é, subseqüentemente, elevado da superfície da Terra. (Meteorologia) óleo diesel Mistura de hidrocarbonetos que tem amplo emprego como combustível em motores a explosão (ciclo diesel), em caminhões, ônibus, tratores, equipamentos pesados para construção, navios, locomotivas, motores estacionários; é também usado como fonte de calor. ocra Argila colorida por óxido, usada em pintura. octanagem Ver índice de octano. óleo essencial Essência de planta, geralmente obtida por destilação e que apresenta, em elevado grau de concentração, as principais características fitoterapêuticas da planta. ocular Lente ou associação de lentes que permitem observar a imagem real do objeto fornecida pela objetiva; as oculares podem ser positivas ou negativas, sendo que nas primeiras o 288 VOCABULÁRIO DA NATUREZA da forsterita -Mg2(SiO4)- à faialita Fe2(SiO4); as olivinas mais comuns são mais ricas em magnésio do que em ferro; membros do grupo porém de ocorrência mais rara são a monticellita- CaMgSiO4 , a tefroita- Mn2SiO4 e a larsenitaPbZnSiO4. oleoduto Sistema constituído de tubulações e estações de bombeamento, destinado a conduzir petróleo ou seus derivados líquidos. olho d'água Ver fonte. olho-de-gato Denominação aplicada ao fenômeno de reflexão da luz devido a existência de fibras ou canais ordenados paralelamente no interior de uma gema; quando a lapidação é do talhe cabochão e segundo a direção correta, pode ser observada uma banda sedosa, luminosa, na direção perpendicular à das inclusões presentes na gema. (Gemologia) ombreira Patamar situado em uma encosta, devido geralmente a ação da erosão diferencial em uma rocha mais resistente, formando um ressalto topográfico. (Geomorfologia) onça pintada (Panthera onca) É o maior felino neotropical; adulto pesa até 140 kg; é terrestre e solitária, tendo hábitos diurnos e noturnos; muito ágil e veloz é capaz de dar grandes saltos, tanto em altura como em distância; é uma exímia caçadora e costuma atacar sua presa por trás, procurando atingir os pescoço ou a cabeça com um golpe certeiro; come várias espécies mas prefere capivaras e jacarés. oligopólio Grupo formado por poucas empresas de grande porte que são os únicos fornecedores de um produto, serviço ou matéria-prima; até há pouco tempo, o oligopólio era considerado nocivo à economia, porque poderia levar à formação de cartéis e à manipulação de preços; mais recentemente, os oligopólios ganharam contornos positivos, porque seu tamanho permite que os custos sejam divididos por um contingente muito grande de compradores; assim, o preço final do produto ou serviço pode ficar mais baixo; a concorrência entre os grandes conglomerados não permite que o custo para o consumidor final suba e, no final das contas, inibe a formação de cartéis. (Economia) oncogene São aqueles genes cujos produtos são capazes de promover a transformação de células eucarióticas normais e induzir a formação de tumores. (Medicina) oncólito Pisólito de origem algálica com dimensões inferiores a 10 cm de diâmetro, e que exibe uma série de laminações concêntricas, geralmente irregulares. oligossintomático Que não apresenta sintoma de nenhuma doença. (Medicina) onda construtora Onda que apresenta maior inclinação que a onda destruidora, e que transporta os sedimentos para a praia, sem contudo possuir competência suficiente para traze-los de volta quando do seu retorno. oligotrófico Solo que apresenta uma carência generalizada em nutrientes. (Pedologia) olistólito Denominação aplicada à massa sedimentar incluída em um olistóstromo. onda de areia Onda gigantesca com amplitude média da ordem de 10-15 m e cujo comprimento de onda situa-se entre várias centenas de metros. olistóstromo Pacote de sedimentos que deslizou em estado de semifluidez; constitui-se de uma massa caótica que pode conter blocos imersos em uma matriz pelítica. onda de gravidade Onda cuja velocidade de propagação é controlada primariamente pela gravidade e cujo comprimento de onde é superior a 5,08 cm. olivinas Grupo de minerais que cristalizam no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal, e constituindo uma série completa de solução sólida, que vai onda de leste Distúrbio em forma de cavado na corrente de leste dos trópicos, 289 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ondas electromagnéticas Um outro termo para designar luz; as ondas de luz são flutuações de campos elétricos e magnéticos no espaço. (Astronomia) mais evidente em altos níveis do que na análise de superfície, cuja passagem em direção a oeste é marcada por aumento de nebulosidade e precipitação em forma de pancada. (Meteorologia) ondas L Oscilação de grande comprimento de onda, ou completamente sinuosa, que se propaga apenas na crosta da Terra quando as ondas P e S a atingem; sob essa denominação estão incluídas as ondas Raleigh que vibram verticalmente na direção de propagação, e as ondas transversas que vibram horizontalmente; mostram velocidades variando entre 4,0 e 4,4 km/s; ondas longas. Ver terremoto. onda de tempestade Onda de grandes dimensões ocasionada, fundamentalmente, por ventos fortes ligados a tempestades; leva à inundação as costas baixas normalmente não alcançadas pelas águas. onda de translação Onda de água rasa na qual as partículas de água se encontram bastante deslocadas no sentido da propagação da mesma. ondas longas Ver ondas L. onda destruidora Onda que apresenta pequena inclinação, varre a praia no seu retorno e leva os sedimentos para o fundo do mar. ondas P Ondas transmitidas por compressão e rarefação, segundo a direção de propagação; deslocam-se com velocidades compreendidas entre 5,5 e 13,8 km/s e aumentam de acordo com a profundidade; ondas primárias ou compressionais. Ver terremoto. onda empilhada por ação de carga Estrutura originada pelo empilhamento da ripples devido à ação da carga associada à corrente; em seção vertical mostra um formato plano- convexo assimétrico, com a extremidade mais aguda voltada para o sentido contrário ao da corrente. ondas rádio Luz com frequência muito menor que a luz visual. (Astronomia) ondas S Ondas de cisalhamento que atuam por meio de mudanças de forma; cada partícula atingida por este tipo de onda vibra transversalmente à direção de propagação; deslocam-se com uma velocidade que varia de 3,2 a 7,3 km/s; ondas secundárias ou transversais. Ver terremoto. onda fixa Onda em que a superfície da água oscila verticalmente entre dois pontos fixos, denominados nodos, e que não apresenta avanço. onda limítrofe Onda sísmica que se propaga ao longo de superfícies livres ou interfaces acústicas e que depende da estratificação interna para sua existência. ondas secundárias Ver ondas S. ondas transversais Ver ondas S. onda refletida Onda que retorna após chocar-se contra uma costa abrupta ou outra superfície refletora qualquer. ondulador Instalação destinada a converter corrente contínua em corrente alternada. (Energia) onda sinusoidal Onda oscilatória que tem a forma de um senóide. onívoros São os consumidores de um ecossistema que participam de várias cadeias alimentares e em diferentes níveis tróficos; o homem, por exemplo, ao comer arroz, é consumidor primário; ao comer carne é secundário; ao comer cação, que é um peixe carnívoro, é um consumidor terciário. (Ecologia) onda solitária Onda que consiste em uma única elevação da superfície da água, não sendo acompanhada nem antes e nem depois por outra onda. onda trocoidal Onda oscilatória progressiva, de pequena amplitude, cuja forma é um ciclóide prolato. ônix Variedade de calcedônia estratificada, com as camadas dispostas em faixas retas e paralelas; mostra uma ondas compressionais Ver ondas P. 290 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ordoviciano Período da Era Paleozóica, situado após o Período Cambriano e com duração compreendida aproximadamente entre 505 e 438 milhões de anos, abrangendo os andares - dos mais antigos para os mais novos Tremadociano, Arenigiano, Llanvirniano, Llandeilano, Caradociano e Ashgilliano; foi proposto por Lapworth em homenagem aos Ordovices, uma primitiva tribo dos Celtas; neste período os graptólitos atingiram o seu clímax e surgiram os primeiros peixes e os conodontes. (Geologia) ampla gama de cores, com exceção da vermelha, alaranjada e marron, sendo que a preta é a mais apreciada para fins gemológicos. onlap Termo utilizado quando uma seqüência estratigráfica de base discordante termina progressivamente contra uma superfície inicialmente inclinada, ou quando estratos inicialmente inclinados terminam progressivamente up dip contra uma superfície originalmente de grande inclinação. (Geologia) ontogênese Denominação aplicada ao estudo do ciclo de vida de um indivíduo. organismo geneticamente modificado Organismo cujo material genético (ADN/ARN) tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética; transgênicos. oólito Corpo de forma esférica ou subesférica, que cresceu a partir de um núcleo, que pode ser um grão mineral ou um fragmento fóssil, e apresentando diâmetro de até 2 mm. organismo mesófilo Organismo que se desenvolve melhor em uma faixa de temperatura compreendida entre 200 C e 400 C. oosfera Célula sexual feminina das plantas superiores; ovocélula. (Botânica) ópio Substância extraída dos frutos imaturos de algumas espécies de papoulas, gênero Papaver, que apresenta fortes efeitos narcóticos. organizações não governamentais ONGs São movimentos da sociedade civil, independentes, que atuam nas áreas de ecologia, social, cultural, dentre outras. optomicroscopia Microscopia óptica. organoclorado Grupo químico dos agrotóxicos compostos por um hidrocarboneto clorado com um ou mais anéis aromáticos, ou mesmo cíclico saturado; em termos de toxicidade aguda, seriam menos tóxicos de que fosforados, clorofosforados e carbamatos; mas o problema é a persistência no meio ambiente, o que gera o fenômeno da bioacumulação, tornando-os prejudiciais, a longo prazo, a ponto de terem sido proibidos em muitos países, inclusive o Brasil; como o DDT, Aldrin e Dieldrin. orbículo Pequenos grânulos, freqüentemente espiculosos, espalhados sobre a superfície da exina, originados do tapeto e resistentes à acetólise. (Palinologia) órbita Caminho que um objeto segue através do espaço, à volta de um outro objeto. (Astronomia) orçar Navegar o mais próximo possível pela da linha do vento. ordenamento ambiental É o conjunto de metas, diretrizes, ações e disposições coordenadas, destinadas a organizar, em certo território, o uso dos recursos ambientais e as atividades econômicas, de modo a atender a objetivos de políticas ambientais, de desenvolvimento urbano e econômico, etc; ordenamento ecológico. ordenamento ecológico ordenamento ambiental. organofosforado Grupo químico dos agrotóxicos compostos por um éster do acido fosfórico ou similares; em termos de toxicidade aguda, são geralmente mais tóxicos de que os organoclorados e carbamatos, mas se degradam mais rapidamente no ambiente e não se acumulam no tecido gorduroso. Inibem a colinesterase nas sinapses nervosas; como o Paration e o Malation. Ver 291 VOCABULÁRIO DA NATUREZA organoléptica Característica sensorial de uma substância ou produto, que sensibiliza os sentidos; são as sensações olfatórias, gustativas e táteis, percebidas durante uma avaliação. principal nos seixos, e nas areias; representa deposição em águas pode ser dividido em petromítico. a moda menor, um produto de muito agitadas; ortoquartzítico e Organossolo Solo pouco evoluído, constituído por material orgânico proveniente de acumulações de restos vegetais em grau variável de decomposição, acumulados em ambientes mal drenados, ou em ambientes úmido de altitude elevada, que estão saturados com água por poucos dias no período chuvoso, de coloração preta, cinzenta muito escura ou marrom e com elevados teores de carbono orgânico; conhecidos anteriormente por Solos Orgânicos, Semi-Orgânicos, Turfosos, Tiomórfico; termo da nova classificação brasileira de solos. (Pedologia) ortofoto digital Imagem fotográfica obtida através de processos computacionais a partir de uma fotografia em perspectiva, na qual os deslocamentos de imagem devidos à inclinação e ao relevo foram corrigidos matematicamente (Fotogrametria) ortofotocarta Fotocarta executada mediante a montagem de ortofotografias; pode ser completa, com um tratamento cartográfico especial, um realce nas margens, com separação de cores, ou a combinação desses aspectos. (Fotogrametria) ortofotografia Fotografia aérea cuja distorção devida a inclinação, curvatura e relevo é corrigida; resultante da transformação de sua original, que é uma perspectiva central do terreno, numa projeção ortogonal sobre um plano, complementada por símbolos, linhas e quadrículas, com ou sem legenda, podendo conter informações planialtimétricas ou somente planimétricas. (Fotogrametria) orogenia Conjunto de fenômenos que determinam a formação das montanhas; estudo ou descrição desses fenômenos; orognosia, orologia. orquidáceas Família de plantas monocotiledôneas, da ordem das micropermas, muito estimadas pela beleza exótica das flores, as quais têm organização peculiar: as cápsulas encerram uma multidão de sementes insignificantes, que germinam em associação com certos fungos, necessários ao bom crescimento da planta; existem cerca de 25.000 espécies, que vivem basicamente nos paises tropicais, sendo nelas riquíssimo o Brasil. (Botânica) ortofotomapa (Fotogrametria) Ver ortofotocarta. ortogênese Teoria segunda a qual e evolução das espécies se processa em um certo sentido definido, independendo da seleção natural ou das forças externas. ortoprojeção analítica Processo de retificação, ou seja, eliminação de erros ou defeitos da imagem fotográfica, através de aparelho chamado ortoprojetor; transforma a projeção central de uma foto aérea em uma projeção ortogonal; é analítica porque é processo comandado por computador. (Fotogrametria). orquídea Designação comum às plantas e flores da família das orquidáceas, impropriamente consideradas parasitas; podem ser epífitas, rupícolas, terrestres, saprófitas, paludícolas ou subterrâneas. (Botânica) orto Prefixo utilizado para indicar que uma rocha metamórfica foi originada de uma rocha magmática. (Geologia) ortoscópica Observação efetuada quando é retirada do sistema ótico do microscópio, a lente de Amici-Bertrand. (Microscopia) ortoconglomerado Conglomerado que apresenta arcabouço aberto, caracterizado por seixos, areia grossa e um cimento químico; tem a moda 292 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ostracodermos Grupo de peixes que viveram do Ordoviciano ao Devoniano, constituídos por uma armadura bem desenvolvida de placas ósseas ou escamas; não possuíam nadadeiras pares; quando muito apresentavam apenas o par anterior; o esqueleto axial era cartilaginoso. ortstein É um horizonte B espódico, contínuo ou praticamente contínuo, cimentado por matéria orgânica e alumínio, com ou sem ferro, ocupando 50% ou mais da área do horizonte e com 2,5 cm ou mais de espessura. (Pedologia) orvalho Condensação do vapor d'água sobre uma superfície sólida cuja temperatura tenha sido reduzida pelo resfriamento radiativo até situar-se igual ou inferior à temperatura do ponto de orvalho do ar adjacente; as condições favoráveis à ocorrência de orvalho são noites de céu límpido, baixo teor de umidade e pequenas velocidades de vento. (Meteorologia) otimização Conjunto de princípios matemáticos usados para solucionar problemas quantitativos em diversas disciplinas, entre as quais física, biologia, engenharia e economia; as grandezas envolvidas podem ser temperatura, corrente de ar, velocidade, informação, valor monetário, etc. ótimo climático Período com temperatura relativamente elevada, presente após o recuo da última geleira pleistocênica, correspondendo aproximadamente a 4.000 a 7.000 anos atrás. oscilação genética Mudanças aleatórias nas freqüências alélicas, que geralmente ocorrem em populações pequenas, em conseqüência de erro amostral; pode ser causada por: a) efeito de afunilamento, que é a drástica redução do tamanho da amostra; b) efeito fundador, que acontece quando a amostra original é feita a partir de pequeno número de indivíduos; e c) efeito do pequeno tamanho da amostra, que ocorre quando o tamanho do acesso permanece pequeno ao longo de várias gerações. (Genética) ouro Metal nobre que cristaliza no sistema cúbico, com cor amarela, brilho metálico, mostrando-se altamente maleável e dúctil; presente tanto no estado nativo quanto como teluretos; é bom condutor de calor e eletricidade, sendo que quando finamente dividido pode apresentar cores prata, vermelho e púrpura; sua fusão ocorre a 1.0630 C; sob o ponto de vista comercial recebe as denominações de ouro branco, ouro 18 quilates, ouro verde e ouro 24 quilates, sendo este o ouro puro (100% ouro); existe uma série completa de solução sólida entre o ouro e a prata, sendo que, quando a prata está presente em quantidades superiores a 20%, o mineral é denominado eletrum. oscilógrafo Instrumento que permite medir e registrar as variações de grandezas elétricas em função do tempo. osciloscópio Instrumento que permite medir variações de grandezas elétricas (como corrente ou tensão) em função do tempo. osmose Fenômeno da passagem de um solvente através de uma membrana colocada entre duas soluções, no sentido da solução menos concentrada. ouro branco Denominação comercial utilizada para indicar uma liga de ouro, que contém 75% de ouro, 17% de níquel, 2,5% de cobre e 5,5% de paládio. ostracódeos Pequenos crustáceos dotados de conchas ovóides, bivalves, quitinosas ou calcárias; o comprimento pode variar de 0,5 a 4 mm, podendo contudo alcançar até 2 cm; são muito mais abundantes nos mares, mas estão também presentes nas águas doces; são onívoros e apresentam dimorfismo sexual e ocorrem desde o período Ordoviciano. ouro verde Denominação comercial utilizada para indicar uma liga de ouro, que contém 75% de ouro, 22,5% de prata, 1,5% de níquel e 1,0% de cobre. outorga de direitos de uso de recursos hídricos Instrumento legall instituído pela Lei de Recursos Hídricos (Lei 293 VOCABULÁRIO DA NATUREZA oxidação Processo de formação de jazimentos minerais, por efeito da meteorização, podendo constituir uma zona superior de minerais oxidados e uma outra, inferior, de enriquecimento supergênico, permanecendo inalterada a zona mineralizada primária. (Geologia) Federal 9433/97); é concedida pelo poder público federal, estadual ou municipal, por até 35 anos; obrigatória para quase todos usos da água, sendo porém dispensada para suprir pequenos núcleos populacionais em área rural, ou realizar captações, lançamentos ou acumulações de volumes considerados insignificantes; cada outorga é condicionada às prioridades estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos e deve respeitar a classe do corpo de água. óxido nitroso É um dos gases que provocam o efeito estufa, produzido naturalmente pelos oceanos e pelas florestas tropicais; fontes antropogênicas de óxido nitroso são: a produção de nylon, ácido nítrico, atividades agrícolas, carros com três modos de conversão catalítica, queima de biomassa e a queima de combustíveis fósseis; a maior fonte de renovação do óxido nitroso são as reações fotolíticas (na presença de luz) na atmosfera. outwash plain Plano formado pela deposição dos detritos transportados pela água, proveniente da fusão da geleira adjacente. ovário Orgânulo cavitário da flor, que encerra os óvulos, dentro dos quais se acha a célula reprodutiva feminina; pode ser súpero ou ínfero, conforme sua posição em relação às demais peças florais; depois da fecundação cresce e forma o fruto. (Botânica) óxidos livres Termo geral que inclui os óxidos, hidróxidos e oxidróxidos de Fe, Al, Mn e Ti, que apresentam um único número de coordenação. oxigênio Elemento químico que constitui a massa principal das águas, dos seres vivos e das rochas de superfície, e cerca de 20% da massa atmosférica; os principais locais de produção de oxigênio são a superfície dos mares e a folhagem das árvores. ovo Resultado da fecundação do óvulo pelo espermatozóide; nas aves, o ovo recebe uma camada calcárea produzida pela glândula da casca, no oviduto da fêmea; é o processo de deposição da casca que também são incluídos os pigmentos ou micro-estruturas que produzem o colorido do ovo. (Zoologia) oxilito Substância constituída por peróxido de sódio e que origina oxigênio quando decomposto pela água. ovocélula Ver oosfera. (Botânica) ovopositor Estrutura terminal do oviduto dos animais por onde são eliminados os ovos nas fêmeas; ovoduto. (Zoologia) oximetria Ver acidimetria. oximetria de pulso Mede a salinação de oxigênio por método não invasivo. (Medicina) ovulação Liberação da célula germinativa feminina (óvulo) pelo ovário. Oxissolo Ordem da classificação americana de solos (Soil Taxonomy); classe de solos que apresentam um horizonte óxido dentro de 2 m da superfície ou plintita como uma fase contínua dentro de 30 cm da superfície, e que não têm um horizonte B espódico ou horizonte B textural acima do horizonte B óxido; oxisol. (Pedologia) óvulo Corpúsculo encontrado no interior do ovário das flores, dentro do qual se acha a célula sexual feminina, ou oosfera, que fecundada, o óvulo cresce e forma a semente. (Botânica) oxácido Ver oxiácido. (Química) oxiácido Qualquer ácido inorgânico que contém pelo menos um oxigênio em sua molécula; oxácido. (Química) ozocerite Mistura de hidrocarbonetos, de coloração amarelada, lamelar ou fibrosa, que constitui uma cera fóssil ou parafina natural. oxidação Perda de elétrons ou aumento do número de valência positiva ou diminuição da negativa. (Química). 294 VOCABULÁRIO DA NATUREZA ozonide Produto derivado da adição do ozônio com substâncias providas de dupla ligação. de um progenitor; usa-se para designar os diferentes progenitores utilizados para a criação de um híbrido ou de uma série de híbridos. (Genética) ozônio Gás azulado, muito oxidante e reativo; estima-se que 90% do ozônio disponível esteja concentrado na camada que protege a Terra dos raios ultravioleta. pã Horizonte ou camada de solo, fortemente compactado, endurecido ou com conteúdo de argila muito elevado. (Pedologia) ozônio estratosférico É o componentechave na absorção da radiação ultravioleta, protegendo a vida contra os efeitos nocivos desta radiação; o ozônio é criado e destruído a partir de uma série de reações complexas que envolvem a luz; ele é também um gás de efeito estufa, por absorver a radiação infravermelha que é liberada pela Terra. pacu Peixe da mesma família da piranha (Serrasalmidae), mas enquanto esta é carnívora, o pacu come apenas folhas e frutos. padrões de drenagem É o arranjo espacial dos canais fluviais que podem se influenciar em seus trabalhos morfogenéticos pela geologia, litologia, e pela evolução geomorfológica da região em que se instalam. (Geomorfologia) ozônio troposférico Obtido através do deslocamento do ozônio estratosférico em quantidades limitadas, mas ele é principalmente produzido por reações fotoquímicas complexas associadas a emissão de gases pelo homem, freqüentemente em cima de grandes cidades; esses gases podem ser o monóxido de carbono, metano e o óxido nitroso. padrões de potabilidade São os limites de tolerância das substâncias presentes na água de modo a garantir-lhe as características de água potável; em linhas gerais estes padrões são físicos (cor, turbidez, odor e sabor), químicos (presença de substâncias químicas) e bacteriológicos (presença de microrganismos vivos); normalmente as legislações específicas de cada região ou país, regem-se pelas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS); no Brasil os padrões de potabilidade são definidos pelo Ministério da Saúde, na Portaria nº 36/90. ozonização Tratamento ou combinação de um corpo com ozônio. ozonosfera Ver camada de ozônio. pahoehoe Lava que apresenta um fluxo mais lento e menor espessura que a lava aa; ao longo do seu deslocamento, forma ondulações e feições que se assemelham a cordas ou tranças , formando , com freqüência , pequenos túneis. Ver lava aa. (Geologia) P paiaguás Povo indígena já extinto e que habitava o Pantanal quando da chegada dos portugueses; travaram, juntamente com os Guaikuru, intensas batalhas, das quais muitos portugueses não sobreviveram; perseguidos e acuados, foram progressivamente sendo exterminados não restando qualquer registro da presença de seus descendentes atualmente. p Colocado após o símbolo dos horizontes O ou A, indica modificações da camada superficial pelo cultivo, pastoreio, ou outras pedoturbações; exemplo: Op. (Pedologia) P1, P2, P3 - Símbolos que identificam as gerações primeira, segunda, terceira etc 295 VOCABULÁRIO DA NATUREZA principais caracteres como; polaridade, forma, tamanho, âmbito, aberturas, textura do esporoderma, ornamentação da exina, etc. paisagem Porção do espaço perceptível ao observador em uma única visada, podendo observar todas as características naturais, tais como campos, colinas, florestas, planícies, água, etc. (Geografia) palinologia Ciência integrante da paleobotânica, e voltada ao estudo dos pólens e esporos , tanto fósseis quanto atuais; seu estudo é facilitado pelas características apresentadas pelos pólens e esporos que possuem: grande resistência à degradação, o que facilita a preservação como fósseis; dimensões geralmente inferiores a 150 micra , o que facilita o transporte e a deposição em conjunto com sedimentos finos; complexidade morfológica, permitindo distinguir e caracterizar diferentes formas; e produção em elevado número, facilitando estudos estatísticos. pajurá Árvore com altura média de 10 a 20 m (Couepia bracteosa), com frutos tipo drupa de epicarpo pardo, levemente áspero, mosqueado com pontuações brancacentas; a parte comestível é o mesocarpo, espesso, amarelo, de textura carnoso-granulosa, oleoso e doce; o caroço é oviforme, verrucoso-fibroso, envolvendo uma volumosa semente; setembro a maio é a epoca da safra. palatabilidade Preferência baseada nas características da planta propiciando uma escolha entre duas ou mais espécies ou partes da mesma planta, condicionado pelo animal e fatores ambientais que estimulam uma resposta de consumo seletivo. (Zootecnia) palinomorfo Parte preservada de diversos organismos ou estruturas orgânicas, cujas dimensões variam de 10 a 500 micra, estando incluídos esporos, pólens, microorganismos planctônicos e bentônicos com carapaça mineralizada (dinoflagelados, quitinozoários e acritarcas); a esporopolenina, principal componente das paredes dos palinomorfos é provavelmente um dos componentes orgânicos quimicamente mais inertes. paleoecologia Ramo da paleontologia voltado ao estudo das relações entre os organismos e seus ambientes de vida em épocas que antecederam o Holoceno. paleofalésia (Geomorfologia) Ver falésia morta. paleontologia Ciência que estuda os fósseis, isto é, restos ou vestígios de animais ou vegetais que viveram em épocas passadas, e que encontram-se conservados nas rochas. paludícola lagoas. Que vive nos charcos ou pama Árvore com 6 a 12 m de altura (Quiina florida), cujo fruto é uma drupa de casca lisa de cor marrom ou vermelhoescuro, polpa alaranjada, mole, pastosa; o endocarpo é coriáceo contendo cerca de 2 sementes; é espécie nativa do Amazonas, frutificando no segundo semestre do ano. paleopavimento Depósito antigo que corresponde muitas vezes a cascalheiras e baixos terraços, relacionados às oscilações climáticas. Paleossolo Solo formado em épocas que antecederam o Holoceno. (Pedologia) pampa Região de grandes planícies onde dominam os campos com vegetação rasteira situada na porção meridional da América do Sul; pampas. paleozóico Era geológica que marca o tempo da história da Terra, entre 570 e 245 milhões de anos passados. (Geologia) pampeiro Ver minuano. paleozoologia Ramo da paleontologia que estuda os animais fósseis. pan Ver pã. (Pedolofgia) pancadas Precipitação sólida ou líquida oriunda de uma nuvem convectiva, que se distingue da precipitação intermitente palinograma Representação visual do grão de pólen ou esporo, mostrando os 296 VOCABULÁRIO DA NATUREZA apresenta Vertissolos com encrave Savana/Savana Estépica, a qual registra o limite setentrional dessa formação. ou contínua das nuvens estratificadas; são caracterizadas por curta duração e rápidas flutuações de intensidade,.com início e fim bem definidos. (Climatologia) pantanal da Nhecolândia Se destaca no conjunto do macroleque aluvial do rio Taquari e é caracterizado por uma extensa área flúvio-lacustre; sua sedimentação está vinculada a cursos intermitentes e defluentes do rio Taquari quando de suas cheias; estes apresentam um padrão de drenagem do tipo multibasinal; a área apresenta um grande número de baías, com características peculiares, ou seja, muitas são salinas, sem vegetação aquática, outras de água doce, com vegetação de aguapé; são circuladas por cordilheiras, e a conexão entre uma baía e outra se dá através das vazantes; muitas dessas baías têm água salobra, dificultando o desenvolvimento da vegetação aquática; na área há o predomínio dos solos hidromórficos, os quais favorecem o desenvolvimento da vegetação de Campos Limpos, que se alterna com o Cerrado. pâncreas Glândula localizada junto ao duodeno a atrás do estômago que produz suco digestivo importante na digestão; sua função endócrina é produzir a insulina. (Medicina) panícula Tipo de inflorescência que é um cacho composto, no qual os ramos vão decrescendo da base para o ápice, pelo que assume forma aproximadamente piramidal. (Botânica). panmixia Cruzamentos ao acaso, sem qualquer impedimento. (Genética) pantanal É a mais extensa área úmida contínua da Terra; compreende, aproximadamente, 200.000 km2 de superfície e está situada no alto curso do rio Paraguai em território brasileiro, entre os paralelos de 150 a 220 de latitude sul e os meridianos de 550 e 580 de longitude oeste; a Depressão Pantaneira, ou simplesmente Pantanal, abrange 12 municípios, destes, Corumbá, Coxim, Aquidauana, Miranda e Porto Murtinho, são os mais tradicionais; hidrograficamente, todo o Pantanal faz parte da bacia do rio Paraguai; unidade geomorfológica que abrange parte dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, definido como sendo uma extensa planície de sedimentos holocênicos, onde se encontram alguns blocos falhados. pantanal de Paiaguás Compreende toda a porção NE do macroleque aluvial do rio Taquari, no interflúvio PiquiríTaquari e na margem esquerda deste, a nordeste do Pantanal de Nhecolândia; prolonga-se a oriente até o médio curso do rio Negro, onde se distingue uma vasta faixa de espraiamentos aluviais caracterizados como de fraca inundação; esta área corresponde a derrames aluviais antigos, com alta e média densidade de canais e leitos anastomosados de escoamento temporário; para esse autor, os depósitos aluviais antigos são submetidos a processos geomorfológicos que implicam na lixiviação, transporte e sedimentação de materiais superficiais de alguns solos em locais mais baixos; toda essa área comporta solos hidromórficos que são recobertos pelo Cerradão que, por vezes se alterna com o Campo Sujo. pantanal da Baía Vermelha-Tuiuiú Corresponde a duas áreas de espraiamentos aluviais do rio Paraguai, as quais são inundáveis através de drenos intermitentes e em decorrência das precipitações locais; esses espraiamentos aluviais funcionam, via de regra, como planície de inundação atual dos sistemas Paraguai-Baia Vermelha e Paraguai-Lagoa de Cáceres; o setor setentrional margeia a Serra do Bonfim e apresenta solos Hidromórficos (Gleissolos) que possibilitaram o desenvolvimento da Floresta Estacional Decidual; o setor meridional, situado nos limites com o território boliviano, pantanal de Uberaba-Mandioré Situado ao sul de Porto Três Bocas, onde o rio Paraguai recebe o Cuiabá em sua margem esquerda, apresentando alguns 297 VOCABULÁRIO DA NATUREZA braços na margem direita que deságuam no próprio rio alguns quilômetros mais ao sul; a Serra do Amolar contribui para provocar essas descargas; um amplo setor, compreendido entre Porto Três Bocas e Ilha da Figueira, permanece inundado quase todo o ano, conformando uma espécie de nível de base local; contribuem para isso, os derrames aluviais da margem esquerda do rio Cuiabá. área; a estreita faixa aluvial que margeia o rio Paraguai, corresponde, aos espraiamentos aluviais antigos, associados à margem direita do rio Taquari; são terrenos que permanecem alagados por um largo período do ano; na estiagem ocorrem, eventualmente, emersão de ilhas coalescentes; nessa época os solos hidromórficos (Gleissolos), favorecem o desenvolvimento de gramíneas. pantanal do Aquidauana-Miranda Posicionado entre os rios Paraguai e Nabileque a ocidente, e o rio Taboco a oriente, o referido Pantanal limita-se a norte com o Pantanal do Negro-Miranda; a sul é balizado pela Depressão do Miranda e pelas Planícies Coluviais PréPantanais; o setor oriental tem um alagamento periódico, através de junção das águas dos rios Negro e Taboco, que é aumentado pelas águas do Aquidauana; a ligação entre as baías, em período de estiagem é feita através da água de subsolo; na parte central e ocidental, as aluviões da margem direita do rio Miranda e as aluviões da margem esquerda do rio Aquidauana se expandem para a zona interposta entre eles, ocasionando a norte uma coalescência de sedimentos aluviais, carreados pelos corixos, em demanda do rio principal; o referido Pantanal é caracterizado como área de transição, porque além de representar um alagamento mediano, tem uma grande variedade botânica, correspondente a ambientes diversos; na porção oriental registra-se a predominância de Planossolos eutróficos; na porção ocidental, predominam os Planossolos eutróficos solódicos com manchas de Savana Gramíneo-Lenhosa. pantanal do Castelo-Mangabal Situado a sul do Pantanal de Paiaguás, recebe a presente denominação em virtude das vazantes Castelo e Mangabal, que cortam a área e vertem para o rio Negro; apresenta alta densidade de cursos anastomosados, de médio alagamento e vegetação dominada por Cerrados e Campos Cerrados; subordinadamente se difundem áreas de Campos associadas a vazantes e planícies deprimidas; apresenta um grande número de baías que possuem suprimento d'água apenas num período do ano, o que leva a supor que muitas delas estejam associadas a ambientes de amplas vazantes, o que condicionaria seu regime hídrico. pantanal do Corixão Piúva-Viveirinho Ladeando o delta do rio Taquari (Pantanal do Baixo Taquari-Paraguai), na margem direita do rio, distingue-se uma área de mediano alagamento, que se amplia para sudoeste e se prolonga para norte até o Pantanal de UberabaMandioré; corresponde a espraiamentos aluviais antigos, atualmente recobertos por sedimentos mais recentes (areias, silte e argilas); apresenta grande número de canais intermitentes, com padrão de drenagem anastomosado; contém, ainda, um grande número de baías que se apresentam desprovidas de água no período de estiagem; predominam os Planossolos eutróficos, e os solos Podzol Hidromórfico com cobertura vegetal de Savana; na borda esquerda do rio Taquari, entre os Pantanais do Baixo Taquari-Paraguai, de Nhecolândia e do Negro-Miranda, também ocorrem sedimentos antigos que se encontram recobertos por sedimentos recentes; nestas áreas registram-se baías pantanal do Baixo Taquari-Paraguai O rio Taquari apresenta ampla faixa de depósitos aluviais que se alarga a jusante como um delta e de onde se estende para norte delineando estreita faixa aluvial; em todo o trecho cortado pelo rio Taquari, o referido Pantanal corresponde à planície de inundação desse rio e apresenta numerosos canais de cheias, que contribuem para a inundação da 298 VOCABULÁRIO DA NATUREZA temporário intermediário, apresentando diversos canais de entrada de água e carga de sedimentos, estreitamente ligados ao conjunto de morrarias vizinhas; as chuvas locais, as cheias do rio Verde, o transbordamento da Lagoa de Jacadigo e a contribuição de águas vindas das baixadas de algumas morrarias circundantes, constituem o complexo quadro de entrada de água que colaboram para o alagamento da área. dispersas e um grande número de vazantes com padrão de drenagem anastomosado. pantanal do Jacadigo-Nabileque No extremo oeste do Mato Grosso do Sul, contornando o Maciço de Urucum e as zonas pediplanadas que o envolvem, encontra-se o Pantanal do NabilequeJacadigo; a pequena declividade, decorrente das altimetrias inexpressivas, com cotas em torno de 85 m, possibilita um forte encharcamento da área; planícies fluviais e espraiamentos aluviais dos rios Paraguai e Nabileque caracterizam a unidade; a partir do Forte Coimbra, em direção sul, começam a definir-se elementos fisionômicos típicos das regiões chaquenhas, que se alternam às espécies comuns do complexo pantaneiro. pantanal o Apa-Amonguijá-Aquidabã Corresponde aos espraiamentos aluviais marcados por fraca inundação, vinculados às cheias dos rios Paraguai e Nabileque e de seus afluentes Apa, Amonguijá e Aquidabã; os derrames aluviais que ocorrem nas áreas interpostas entre os rios principais e seus afluentes, coalescem com os derrames aluviais nas zonas das planícies de inundação típicas dos rios Paraguai, Nabileque e Apa; o escoamento nas referidas áreas interfluviais é realizado através de inúmeros canais e leitos temporários; os solos mais frequentes são Planossolos Solódicos eutróficos, onde se desenvolve a Savana Estépica Aberta sem Floresta de Galeria (vegetação chaquenha), e vastos Campos com carandá e densas palmeiras; nas demais áreas há o predomínio do Solonetz Solodizado que também sustenta uma vegetação chaquenha. pantanal do Negro-Aquidauana Corresponde a uma área de alagamento temporário apresentando baías dispersas e às vezes, concentradas; a maior parte das baías seca durante um período do ano; destaca-se a ocorrência dos Planossolos distróficos que sustentam uma vegetação de Savana Arbórea Aberta sem Floresta de Galeria. pantanal do Negro-Miranda Caracterizado como área de forte inundação, corresponde à planície de inundação do rio Negro, e de alguns afluentes de seu curso superior, que nas grandes cheias recebe através de corixos, as águas que transbordam do rio Aquidauana; toda a margem esquerda do curso do rio Negro, nesse Pantanal, está inserida nessa planície deprimida, que se constitui numa área brejosa durante vários meses do ano; comporta solos do tipo Vertissolo e uma estreita faixa de Areias Quartzosas Hidromórficas; a vegetação corresponde ao Campo Sujo e extensa área de Tensão Ecológica, onde se registra o contato Cerrado/Vegetação Chaquenha. pântano Terreno plano, constituído de baixadas inundadas por águas rasas, periódicamente ou continuadamente. panthalassa Oceano primitivo que circundava o supercontinente Pangea, antes da sua fragmentação. pantotremado Designação utilizada para indicar um grão de pólen que apresenta aberturas distribuídas mais ou menos uniformemente por toda a sua superfície. (Palinologia) pão de açucar Forma de relevo residual que apresenta feições variadas, encostas predominantemente convexas, desnudadas e com elevadas declividades; pontão. (Geomorfologia) pantanal do Rio Verde Corresponde a espraiamentos aluviais de variadas direções ligadas aos sistemas da Lagoa de Jacadigo-Rio Verde; trata-se de uma área embaciada, com alagamento 299 VOCABULÁRIO DA NATUREZA de matriz sobre megaclastos, sendo, na realidade, lamitos com seixos e calhaus dispersos; em muitos casos os seixos formam apenas 10% da rocha. papa-formigas Aves da família Formicariideos, abrangendo muitas espécies de passarinhos que vivem nas matas e são muito úteis porque comem insetos e larvas nocivas às plantas. parafina Mistura incolor de hidrocarbonetos saturados sólidos, extraída do petróleo, utilizada na indústria de velas, papéis, lonas, baterias, pilhas, laticínios, frigoríficos e de determinados produtos químicos; utilizado como designação genérica dos hidrocarbonetos saturados. (Química) papagaio Aves da família Psittacidae que vivem em bandos ruidosos, capazes de voar grandes distâncias; o bico resistente tanto serve para triturar alimento como para a carpintaria, além de servir como arma de defesa; podem ser afetuosos e dedicados mas também são capazes de guardar ódio e rancor. Imitam os sons com facilidade e podem reproduzir a linguagem humana com perfeição. paragênese Denominação utilizada para indicar uma associação de minerais que coexistem em equilíbrio; quando se trata de rochas metamórficas, a paragênese somente pode ser considerada em relação a minerais que encontram-se em contato mútuo, sendo excluídos os produtos de alteração. papo ou inglúvio Dilatação do esôfago das aves, cuja função é a de armazenar o alimento durante algum tempo, antes de ser digerido; não tem função na digestão do alimento, pois não produz enzimas digestivas; o seu grau de desenvolvimento varia nas diferentes espécies de aves; é mais desenvolvido nas espécies que se alimentam de grãos e menos, ou inexistente, nas espécies que se alimentam de peixes (Zoologia) parakanã Entre esses índios a amizade formal, que pressupõe deveres, troca de presentes e outras obrigações sociais, se dá apenas entre os indivíduos do mesmo sexo; antes dos 10 ou 12 anos, é o adulto que escolhe o companheiro da criança;’depois dessa idade, a amizade é ritualizada durante a festa do cigarro; na casa cerimonial, eles dançam, um par de cada vez, e fumam até entrar em transe para conversar com os espíritos; as mulheres também realizam esse ritual mas nas próprias casas e não podem fumar; cabe aos homens derrubar e limpar o terreno para o roçado, mas o plantio e a colheita são tarefas exclusivamente femininas, com exceção da roça de fumo, onde as mulheres não podem nem entrar. pápulas Glébulas compostas dominantemente de minerais argilosos, com tessitura (trama) interna contínua e/ou lamelar; têm transições externas nítidas, mais comumente elipsoidais alongadas e algo arredondadas. (Micromorfologia do Solo) paquíteno Uma das subdivisões da prófase I, quando os cromossomos homólogos encontram-se completamente pareados formando os bivalentes; acredita-se que nessa fase ocorra a permuta genética. (Genética) paralaxe Deslocamento aparente da posição de um corpo em relação a um ponto ou sistema de referência ,devido a mudança do ponto de observação. par estereoscópico Conjunto constituído por duas imagens consecutivas de uma mesma faixa, e que apresentam uma superposição suficiente para permitir a visão em terceira dimensão. paralaxe de radar Mudança aparente de posição de um alvo, em virtude da mudança do ponto de observação; de modo distinto das fotografias aéreas, que apresentam uma distorção radial, as imagens de radar provocam um deslocamento das feições positivas em direção à antena, ocorrendo o inverso com as feições negativas; a soma do para Prefixo que indica que a rocha metamórfica foi originada de uma rocha de natureza sedimentar.(Geologia) paraconglomerado Conglomerado com arcabouço muito fechado, com excesso 300 VOCABULÁRIO DA NATUREZA parasita Organismo heterotrófico que se alimenta de substâncias orgânicas que derivam de um tecido vivo de outros organismos; estas substâncias podem já estar presentes na forma aproveitável, ou são fabricadas após a ação de enzimas liberadas pelo parasita. (Biologia) deslocamento de relevo, evidenciada nos canais próximo e remoto, constitui a paralaxe, graças à qual pode ser obtida a estereoscopia de radar. paralelismo Tendência apresentada por organismos estreitamente aparentados de se desenvolverem de modo similar nos mesmos tipos de ambiente. (Biologia) parasita heteroxeno Parasita que necessita de dois tipos diferentes de hospedeiros para sua completa evolução : o hospedeiro intermediário e o hospedeiro definitivo. paralelo de altura Ver almocântara. paralelos São círculos completos, obtidos pela intersecção do globo terrestre com planos paralelos ao equador; possuem as seguintes características: são sempre paralelos entre si.; têm sempre direção leste-oeste; cortam os meridianos formando ângulos retos, exceto para os pólos, uma vez que neles a curvatura dos paralelos é muito acentuada; todos os paralelos, com exceção do equador, são círculos menores; o equador é um círculo máximo completo; o número de paralelos que se pode traçar sobre o globo é infinito; por conseguinte, qualquer ponto do globo, com exceção do pólo norte e do pólo sul, está situado sobre um paralelo. parasita monoxeno Parasita que necessita de um só hospedeiro para alcançar sua evolução completa. parasitismo Interação entre indivíduos pertencentes a duas espécies diferentes, na qual um se beneficia e o outro sofre algum prejuízo. (Biologia) parasseqüência Sucessão relativamente concordante de camadas ou conjunto de camadas geneticamente relacionadas, limitadas por superfície de inundação marinha. parassexualidade Fenômeno que consiste na fusão de hifas e formação de um heterocarion que contém núcleos haplóides; as vezes, estes núcleos se fundem e originam núcleos diplóides, heterozigóticos, cujos cromossomos homólogos sofrem recombinação durante a mitose; apesar destes recombinantes serem raros, o ciclo parassexual é importante na evolução de alguns fungos. (Micologia) parálico Ambiente de sedimentação situado próximo ao litoral, e cujos sedimentos apresentam simultaneamente características marinhas e continentais. parâmetro ambiental É o valor qualquer de uma variável independente, que confira situações qualitativas ou quantitativa a um determinado elemento ou componente ambiental. (Ecologia) paratáxon Denominação utilizada para certos tipos de fósseis que pelas suas peculiaridades não podem ser referidos a uma família ou mesmo a categorias supra familiares, empregando-se então sistemas de classificação artificiais; é o que ocorre com os esporomorfos e com os icnofósseis, dentre outros. (Paleontologia) parâmetros urbanísticos Números pelos quais se definem e regulam as condições de implantação das edificações no solo urbano. paramorfo Cristal cuja estrutura interna modificou-se para a de uma forma polimorfa , sem que houvesse qualquer alteração em sua forma externa. parecis ou paresí Denominação dada a vários povos indígenas que falavam dialetos da língua Paresí, da família Aruák; viviam no planalto do Mato Grosso sendo uma das fontes de escravos preferidas dos bandeirantes; dóceis e pacíficos, trabalhavam na agricultura e parápside Denominação aplicada ao crânio dos répteis em que o orifício temporal tem posição imediatamente acima dos ossos pós frontal e supra temporal. (Zooologia) 301 VOCABULÁRIO DA NATUREZA águas serve de habitat para a VitóriaRégia, planta aquática de rara beleza. fiavam algodão para a confecção de redes e tecidos; no início do século XX foram encontrados pela comissão do Marechal Rondon, ainda traumatizados pela violência dos contatos anteriores. Rondon os conduziu para terras protegidas por suas tropas e os Paresí se tornaram seus principais guias na região; um desses povos, autodenominado Halíti, vivem na região dos rios Juruena, Papagaio, Sacre, Verde, Formoso e Buriti, no oeste de Mato Grosso, em várias áreas indígenas, nos municípios de Tangará da Serra, Vila Bela da Santíssima Trindade e Diamantino; em 1990, segundo a Funai, eram 900 índios. parque estadual Área de domínio público estadual, delimitada por atributos excepcionais da natureza, a serem preservados permanentemente, e que está submetida a regime jurídico de inalienabilidade e indisponibilidade em seus limites inalteráveis, a não ser por ação de autoridade do Governo Estadual, de modo a conciliar harmonicamente os seus usos científicos, educativos e recreativos com a preservação integral e perene do patrimônio natural. parque nacional da Amazônia Situa-se à margem do Rio Tapajós e foi criado em 1974, com uma área de 994.000 ha; compõe-se predominantemente de floresta tropical úmida com grande diversidade de espécies e formas de árvores, algumas com altura média de 50 m; há também um grande número de plantas trepadeiras, musgos, líquens e orquídeas. parelha Denominação dada pelos pescadores a um barco equipado para a pesca. parênquima Tecido de plantas superiores consistindo de células vivas com parede fina que são agentes de fotossíntese e armazenamento; geralmente são células de alta digestibilidade. (Botânica) parque nacional da Serra do Divisor Está situado no estado do Acre e é banhado pela bacia do Rio Juruá, que funciona como a mais importante via de transporte da região; está delimitado pelos rios Acre e Javari, a área de depressão correspondente ao parque apresenta altitudes não superiores a 300 m; a maior parte da área é coberta de Floresta Amazônica aberta, com grande incidência de palmeiras, cipós e bambus. parente silvestre Parente de uma espécie cultivada que vive em estado selvagem e que não é utilizada na agricultura. parentes colaterais Parentes de um animal que não são nem antepassados nem descendentes; irmãos, irmãs, meios irmãos e meias irmãs são alguns exemplos. (Melhoramento Genético). pariri Árvore grande, atingindo 40 m de altura (Pouteria pariry), cujo fruto é uma grande baga que pesa até 700 g; epicapo delgado, liso, de cor verde, mesmo maduro; o mesocarpo comestível é mole, fibroso-sucoso, de cheiro muito agradável, incluíndo duas sementes; frutifica de novembro até março. parque nacional de Pacaás Novos Situado no Estado de Rondônia, abrange as serras dos Uopiane e dos Pacaás Novos; o rio Cautario limita o parque ao sul; ocorrem manchas de florestas amazônica densa e ainda vastas áreas de cerrado; abriga importante patrimônio cultural indígena, representado pelas tribos uru-eu-wau-wau e uru-pa-in. e, embora de difícil acesso, somente por barco, dispõe de alojamento e infraestrutura para pesquisadores. parque ecológico do Janauary Fica a 45 minutos de barco de Manaus e concentra vários ecossistemas da região em seus 9 mil hectares; localizado no Rio Negro e administrado por um consórcio turístico, oferece passeios de barco pelos igapós que são florestas alagadas formadas por grandes e pequenas árvores com cipós; a superfície das parque nacional do Cabo Orange Área de conservação onde guarás, peixes-boi, guaxinins, tamanduás-bandeira, tatuscanastra, onças e suçuaranas convivem em harmonia, dividindo um cenário 302 VOCABULÁRIO DA NATUREZA assim, é permitida tanto a visitação pública como a realização de pesquisas, de acordo com as normas do IBAMA e sob autorização do órgão responsável pela administração; é proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais. exuberante; localizado no Amapá, voltado para o mar, sua área, de 619.000 ha, inclui ecossistemas terrestres, mangues e uma faixa marítima a 10 km de largura da costa, no Oceano Atlântico; a rede hidrográfica está representada por rios que desembocam no Atlântico, como o rio Cassiporé, o rio Uaçá e seus afluentes; a fauna é rica e diversificada em função da variedade de ambientes. parsec Distância a que uma estrela precisa estar da Terra para apresentar uma paralaxe de 1 segundo de arco, ou seja, 3,26 anos luz. (Astronomia) parque nacional do Jaú No Estado do Amazonas, é a maior área protegida do Brasil e o maior parque de floresta tropical do mundo; com 22.720 km2, foi criado para proteger a bacia do rio Jaú, incluindo as florestas de terra firme e os igapós, áreas sazonalmente inundadas, campinaranas, buritizais e capoeiras; com quase 450 km de extensão, o rio Jaú preserva ecossistemas de águas preta onde já foram catalogadas várias espécies, até então, completamente desconhecidas; não há infra-estrutura para o alojamento de visitantes, e a única opção é Novo Airão, a cidade mais próxima. partenocarpia Formação de fruto sem que ocorra a polinização; as sementes não se desenvolvem ou são abortivas; fenômeno que acontece naturalmente em algumas culturas como bananas, abacaxis, etc. (Botânica) partenogênese Desenvolvimento de um organismo a partir de um óvulo não fecundado ou de um gameta masculino; algumas espécies de besouros, mariposas, camarões, peixes, lagartos e salamandras são partenogenéticos, consistindo apenas de indivíduos do sexo feminino; nascimento com virgindade; desenvolvimento a partir de um ovo, o qual não recebeu contribuição paterna. parque nacional do Monte Roraima Situado em Roraima, abriga parte do maciço de Paracaima, que se estende pela Venezuela e Guiana; o Monte Roraima é uma grande mesa contornada por escarpas abruptas e, em parte, desnudas; diversos rios e igarapés, entre os quais o Contigo, formam a rede de drenagem do Parque; com ampla cobertura de floresta amazônica densa formando um emaranhado denso e de difícil penetração. partição Tendência apresentada por certas substâncias cristalinas de se romperem ao longo de superfícies lisas, que não são necessariamente paralelas às faces do cristal. (Cristalografia) partículas elementares do solo Partículas de solo que se individualizaram com tratamento padrão de dispersão, procedimento indispensável para determinar a classe textural do solo; partículas primárias do solo. (Pedologia) parque nacional Pico da Neblina O Pico da Neblina é o ponto mais alto do Brasil, com 3.014 m de altura; recebeu este nome porque quase sempre está envolto em nuvens: a umidade é muito grande, chove praticamente o tempo todo; fica apenas a 687 m da fronteira entre o Brasil e a Venezuela; dentro do parque vivem os índios Yanonami. partículas primárias do solo partículas elementares do (Pedologia) Ver solo. pássaros Quaisquer aves que pertencem à ordem Passeriformes; portanto, nem toda a ave é um pássaro, mas todo pássaro é uma ave; exemplos: bem-te-vi, canário, pardal, tico-tico, pintassilgo, chopim etc. (Zoologia) parques nacionais São áreas de conservação criadas para preservar a fauna e a flora e ao mesmo tempo permitir a utilização para fins educacionais, recreativos ou científicos; 303 VOCABULÁRIO DA NATUREZA espessura, apresentando abundante látex branco; madeira pesada; cerne avermelhado com tonalidade amarela clara; alburno creme (alcançando até 1520 cm); grã entrecruzada; textura média; figura atrativa; cheiro e gosto indistintos. passivação Aderência de uma camada de óxidos na superfície do material, protegendo-o da corrosão. patauá Palmeira com até 25 m de altura (Jessenia bataua); os espinhos das folhas são usados pelos índios para preparar pequenas flechas envenenadas arremessadas com zarabatanas; o fruto tem epicarpo liso, roxo-escuro quando maduro, recoberto por uma tênue camada cerosa, esbranquiçada; o mesocarpo é carnoso com elevado teor de óleo que pode substituir o azeite de oliva na culinária; safra de outubro a março. pavimento de erosão Camada de fragmentos grosseiros, como areia ou cascalho, que permanecem na superfície do terreno após a remoção das partículas finas (argila e silte) por erosão. pavimento desértico Constituído por calhaus e matacões de quartzo rolado, desarestado e semidesarestado, espalhados pela superfície de alguns solos da região nordeste do Brasil, sob cobertura vegetal caatinga; camada constituída por cascalho e matacões que permanece na superfície do terreno em regiões desérticas, após a remoção do material fino por erosão eólica. patente Uma forma de proteção da propriedade industrial; é o privilégio concedido ao dono de uma invenção que lhe dá exclusividade comercial sobre o produto ou processo patenteado durante um período que varia de 15 a 20 anos; o patenteamento de plantas tem sido possível em alguns países. Ver copyright. paxiúba Planta ornamental (Socratea philonotia) que está muito ligada as lendas indígenas na Amazônia; algumas espécies são particularmente apreciadas pelos índios para fabricar arcos e zabaratanas; palmeira amazônica, Iriartea exorriza, que cresce nos igapós e tem 10 a 15 metros de altura. pátina Efeito de oxidação, artificial ou por ação natural do tempo, que dá aspecto antigo às superfícies. patógeno Organismo capaz de causar doenças; geralmente são patógenos cepas deletérias de bactérias, vírus ou fungos. Ver praga, biótico. peat Material inconsolidado de solo consistindo predominantemente de matéria orgânica ligeiramente ou mesmo não decomposta , que foi acumulada sob condições de excesso de umidade. (Pedologia) patrimônio ambiental Conjunto de bens naturais da humanidade. patrimônio genético gênico. (Genética) Ver reservatório pau-a-pique Tipo de taipa em que as paredes apresentam uma armação de varas ou paus verticais, unidas entre si por pequenas varas eqüidistantes e horizontais, situadas alternadamente do lado de fora e de dentro, sendo essa trama posteriormente preenchida com barro. (Engenharia Civil) pecíolo Parte da folha que a une ao caule. (Botânica) pectinas São substâncias químicas ligadas aos carbohidratos e encontradas em frutas e vegetais; apresentam-se em estado gelatinoso na temperatura ambiente e quando adicionadas ao açúcar. (Medicina) pau-d'arco amarelo Ver ipê-amarelo. ped Unidade de estrutura do solo, tal como um agregado, prisma, bloco ou grânulo, formados por processos naturais. (Pedologia) pau-d'arco roxo Ver ipê-roxo. pau-rainha (Brosimum rubescens) Árvore da família Moraceae, de médio porte, com fuste retilíneo, cilíndrico com diâmetro superior a 90 cm, casca pardoavermelhada com até 2 cm de pedicelo A haste que sustenta uma única flor. (Botânica) 304 VOCABULÁRIO DA NATUREZA pediculídeos Família dos insetos da ordem dos Anopluros, popularmente conhecidos como piolhos. (Entomologia) pedra amarroada Pedra bruta obtida através de um marrão, e cuja dimensão permite o seu manuseio. pedimento Depósito sedimentar originado pela erosão e conseqüente recuo paralelo das vertentes (escarpas) nos processos de pediplanação. (Geomorfologia) pedra britada Material resultante da britagem de pedra, apresentando dimensões compreendidas entre 4,8 a 100 mm. pedra de cantaria Material rochoso utilizado para compor a estrutura de uma obra, podendo tanto ser submetida a esforços quanto proporcionar embelezamento; é empregada para meio fio, parapeitos de janelas, paredes, balcões, muros, além de blocos esculpidos para palácios e catedrais. pediplanação Processo que leva, em regiões de clima árido a semi-árido, ao desenvolvimento de áreas aplainadas, ou então superfícies de aplainamento. (Geomorfologia) pediplano Superfície que apresenta topografia plana a suavemente inclinada e dissecada, truncando o substrato rochoso e pavimentado por material alúvio-coluvionar. (Geomorfologia) pedra de revestimento Material utilizado principalmente para embelezar e secundariamente proteger uma superfície, facilitando deste modo tanto sua rápida limpeza quanto dificultando a ação do intemperismo. pedoclima Condições de temperatura e de umidade do solo: o clima do solo. pedoforma Morfologia externa do solo, topografia do solo. (Pedologia) pedra dupla Ver doblete. (Gemologia) pedra filosofal A fórmula que os alquimistas da Idade Média procuravam para transformar metais em ouro. pedogênese Modo pelo qual o solo se origina, com especial referência aos fatores e processos responsáveis pelo seu desenvolvimento; os fatores que regulam os processos de formação do solo são: material de origem, clima, relevo, ação de organismos e o tempo. (Pedologia) pedra jacaré Ver grês do Pará. pedra-da-lua Denominação utilizada para uma variedade da adulária que mostra um jogo de cores opalescente. Ver adularia. pedologia Ciência que trata da origem, morfologia, distribuição, mapeamento e classificação dos solos. pedra-das-amazonas Ver muiraquitã. pedra-de-raio meteorito. pedomorfose Evolução resultante de qualquer modificação que ocorre nos estágios imaturos do crescimento. Sílex neolítico. Ver pedra-de-santana Designação utilizada por garimpeiros para pirita epigenizada em limonito. pedotúbulos Material de solo (grãos do esqueleto simplesmente ou em associação com o plasma), apresentando forma externa tubular, tanto em tubos isolados como ramificados. Sua forma externa é consonante com a definição de canais. (Micromorfologia do Solo) pedra-do-pará Ver pedra jacaré. pedra-do-sol Oligoclasita com inclusão de hematita. pedra-imã Magnetita; imã natural. pedra-lipes Sulfato de cobre formando vitríolo azul. pedoturbação Processo de mistura de materiais dos horizontes do solo, o que ocorre, em certa quantidade, em todos os solos. (Pedologia) pedra-olar Variedade de talco mole e fácil de trabalhar. pedra-pome Material piroclástico que se forma quando do resfriamento rápido de magma ácido ou intermediário saturado 305 VOCABULÁRIO DA NATUREZA formas viventes apresentam, freqüentemente, escamas; certos grupos extintos foram dotados de um escudo ósseo protetor, além do esqueleto interno; congregam o maior número de vertebrados hoje existentes, com cerca de 20.000 espécies. de vapores e gases; as vesículas são usualmente esféricas, podendo, contudo ser estiradas formando tubos finos e dispostos muito juntos uns dos outros, conferindo aos fragmentos uma aparência fibrosa. pedra-sabão Variedade de estealita utilizada para fazer esculturas e ornamentos arquitetônicos. peixe boi (Trichechus inunguis) Único mamífero herbívoro totalmente aquático encontrado nas águas da bacia amazônica; o adulto atinge até 3 m de comprimento e meia tonelada de peso; é pacífico e solitário; respira periodicamente na superfície e pode ficar até 16 minutos sem respirar; foi tão caçado há algumas décadas que a espécie encontra-se ameaçada de extinção. pedra-ume Termo popular para designar o alume de alumínio e potássio. pedra-ume-caá Arvoreta amazônica, Myrcia sphaerocarpa, da família das Mirtáceas, cujas folhas apresentam propriedades adstringentes e antidiarréicas. pedra-verde Ver muiraquitã. pelágico Denominação aplicada aos organismos que vivem em águas marinhas; aqueles que flutuam ou são arrastados pelas correntes marinhas são ditos plânctons, enquanto os natantes são os néctons. (Biologia) pedregosidade Proporção relativa de calhaus (material com 2-20 cm de diâmetro) e matacões (material com 20100 cm de diâmetro) presentes na superfície do terreno ou imersos na massa do solo; varia de não pedregosa até extremamente pedregosa, quando calhaus e matacões ocupam 50-90% da superfície do terreno ou da massa do solo. (Pedologia) pelíticas Rochas formadas por partículas de tamanho extremamente pequeno, tais como os argilitos. pelito Denominação aplicada a rochas sedimentares argilosas, do tipo argilito e folhelho. pedrisco Material resultante da britagem de pedra e cujas dimensões variam entre 0,075 e 4,8 mm. pellet Partícula de dimensões reduzidas, entre 0,03 a 0,15 mm, ovóide, esférica ou esferoidal, constituída de calcita microcristalina, sem estrutura interna visível. pegada Marca originária da pressão do pé de um animal sobre um substrato inconsolidado, sendo que a sua preservação depende de uma rápida proteção através de uma cobertura sedimentar. pelota fecal Excremento de invertebrados encontrados especialmente em sedimentos marinhos atuais e também como fósseis; sua forma é geralmente ovóide, com diâmetro por volta de 1 mm. peixe Designação extensiva a nada menos do que 4 classes de vertebrados, cada qual possuindo características próprias; são animais aquáticos, pecilotérmicos (temperatura variável de acordo com o ambiente), dotados de um esqueleto interno ósseo ou cartilaginoso, e que se locomovem por meio de nadadeiras; sua pele apresenta glândulas mucosas; com raras exceções, respiram por meio de brânquias, vivendo tanto nos mares, como nas águas doces; muitas formas se adaptaram à vida bentônica, mas a maioria é pelágica (nectônica); as pelotização Aglomeração de partículas em tambores aquecidos. penas Estruturas formadas por queratina e que revestem o corpo de todas as aves; são estruturas mortas que se desenvolvem a partir de células da epiderme; durante a sua formação ocorre a deposição de pigmentos e/ou a formação de micro-estruturas que, como 306 VOCABULÁRIO DA NATUREZA uma precipitação de carbonatos evaporíticos freqüentemente intercalados por gipsita e anidrita. resultado, produzem as suas diferentes cores; as penas atuam na manutenção da temperatura constante da ave, no vôo, além de protegerem o corpo do animal; existem vários tipos de penas: plumas do recém-nascido, plumas do adulto, semiplumas, cerdas, rêmiges, rectrizes, penugem de pó e penas de cobertura. (Zoologia) penetração Mecanismos que atendem às necessidades do processo de multiplicação viral; em geral, são: a invaginação da membrana celular em partícula viral, a fusão do invólucro viral com a própria membrana celular, ou simples penetração viral, através da membrana celular, sendo todos eles dependentes de temperaturas próximas as 37º C. (Virologia) penas de cobertura ou contorno São as penas que revestem o corpo da ave, protegendo-o e permitindo-lhe a termorregulação. (Zoologia) penetrância Freqüência com que um gene produz um efeito distinguível nos indivíduos que o carregam. (Genética) pendão floral Estrutura geralmente ereta que sustenta uma flor ou, mais comumente, uma inflorescência. (Botânica) península Massa continental que se encontra circundada quase que completamente pelas águas, e ligada ao continente por uma faixa estreita de terra. Ver istmo. (Geomorfologia) peneira Aparelho utilizado para ensaio granulométrico e tecido em fios de bronze ou aço inoxidável; baseia-se apenas nas diferenças de tamanho entre as partículas para efetuar a sua separação. penitente de gelo Bloco de gelo com forma grosseiramente prismática , originado no topo e no front das geleiras, devido à interseção de dois ou mais sistemas de fraturas (crevasses), e provocando freqüentes desmoronamentos em virtude de seu precário estado de equilíbrio. peneira de classificação Peneira vibratória, utilizada para graduar materiais que apresentem tamanhos que se enquadrem em faixas predeterminadas. peneira rotativa Aparelho que apresenta uma estrutura de forma cilíndrica ou ligeiramente cônica, constituída por crivos ou telas, enrolados sobre a estrutura metálica que gira em torno de um eixo longitudinal; geralmente apresenta malhas seriadas segundo uma escala crescente, podendo ser operado a seco ou a úmido. penugem de pó Penas que crescem continuamente e cujas barbas se desintegram em pó azulado; são usadas na manutenção da plumagem, pois absorvem as impurezas, tais como óleos, que prejudicam a função das penas. (Zoologia) pepsina Enzima produzida no estômago responsável pela quebra de proteínas em moléculas simples. peneira vibratória Aparelho dotado de movimentos adequados para produzir o fluxo das partículas através da superfície de peneiramento (horizontal ou inclinada); o mecanismo de acionamento produz uma vibração cujo movimento pode ser circular, linear ou elíptico. peptídeos Amidas resultantes da reação entre os grupos amínicos e carboxílicos dos aminoácidos; o grupo amida NHCO, nestes compostos, é designado freqüentemente, por ligação peptídica. peneplano Superfície de aplainamento desenvolvida em clima úmido. (Geomorfologia) percée Abertura feita por um rio conseqüente ao atravessar uma frente de cuesta. (Geomorfologia) penessalino Ambiente marinho que apresenta uma salinidade intermediária entre a normal e a hipersalina, havendo percolação Ato de um fluido passar através de um meio poroso. 307 VOCABULÁRIO DA NATUREZA percolação de água no solo Movimento descendente de água através do perfil do solo, especialmente de água em solo saturado ou próximo à saturação. período de incubação Tempo entre o início da infecção, isto é, o momento em que o agente infeccioso penetra no hospedeiro, e o momento em que os primeiros sintomas se tornam aparentes. perda de carga Redução da energia útil provocada pelo escoamento da água num circuito hidráulico. (Energia) período de maré Intervalo de tempo entre duas fases homólogas e consecutivas da maré. perenifólia Planta ou comunidade vegetal em que o processo de queda de folhas se processa de forma paulatina, na mesma proporção do surgimento de folhas novas, nunca ficando totalmente desprovida de folhagem. período de onda Tempo necessário para que duas cristas de onda consecutivas passem por um ponto fixo. periquito Aves da família Psittacidae, subfamília Conurineos; embora pertençam à mesma família dos papagaios, os periquitos não têm a facilidade para aprender e, dificilmente, conseguem reproduzir os sons; vivem em bandos grandes e ruidosos e estão entre as aves mais abundantes da Amazônia. perférrico Solos com muito alto teor de óxidos de ferro, ou seja, ≥ 36 % .(Pedologia) perfil do solo Secção vertical que, partindo da superfície, aprofunda-se até onde chega a ação do intemperismo (ação dos fatores ambientais sobre a rocha, transformando-a); em geral, apresenta-se dividido em camadas, chamadas de horizontes. (Pedologia) perfil geológico (Geologia) peristalse Movimento de contração muscular como ondas que movem o bolo alimentar; peristaltismo. (Medicina) peristerita Intercrescimento microscópico ou submicroscópico de dois feldspatos, pertencentes à série estrutural dos plagioclásios de baixa temperatura, cujas composições são ricas em cálcio de um lado, e ricas em sódio de outro. Ver seção geológica. perfil truncado Perfil do solo que perdeu parte do horizonte A ou de todos os horizontes superficiais, ou mesmo, parte do horizonte B. (Pedologia) peritécio Tipo de ascocarpo constituído por uma estrutura geralmente piriforme, dentro da qual os ascos nascem de uma camada hemenical. Ver ascos, ascosporos. (Micologia) pericarpo Parte do fruto que envolve a semente e que provem da parede do ovário abrangendo o epicarpo, o mesocarpo e o endocarpo. (Botânica) peritético Reação termicamente reversível em que uma fase sólida e uma líquida se transformam, no equilíbrio e no resfriamento, em uma outra fase sólida periélio Ponto da órbita de um planeta mais próximo do Sol. (Astronomia) perifiton Comunidade constituída de organismos de tamanho pequeno, encontrados firmemente aderidos ao caule e folhas das plantas aquáticas com raízes. (Botânica) peritetóide Reação termicamente reversível em que duas fases sólidas se transformam, no equilíbrio e no resfriamento, em uma outra fase sólida perigeu Distância mínima entre a Terra e a Lua, que é de 356.400 km. (Astronomia) peritônio Tecido que recobre a cavidade abdominal e parte externa dos órgãos; a parte interna dos ógãos é recoberta pela mucosa. (Medicina) perina Camada mais externa do esporoderma , originada do tapeto, e situada acima da exina, principalmente em esporos de certas briófitas e pteridófitas. perloline Alcalóide da planta que interfere na digestão da celulose pelos microorganismos ruminais. 308 VOCABULÁRIO DA NATUREZA tal responsabilizadas penalmente; as pessoas jurídicas classificam-se de acordo com a sua natureza, constituição e finalidades, em pessoas jurídicas de Direito Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e pessoas jurídicas de Direito Privado (sociedades civis, sociedades comerciais e fundações); a responsabilidade penal da pessoa jurídica é possível, está plenamente amparada pela Constituição da República Federativa do Brasil e representa um avanço inegável na evolução do Direito Penal. (Direito) permeabilidade Propriedade apresentada por uma rocha em permitir a passagem de fluidos através dela, sem deformação estrutural ou deslocamento relativo. (Geologia) permeabilidade do solo Facilidade com que gases, líquidos, ou raízes de plantas penetram através de uma massa do solo, variando conforme o horizonte ou camada do solo observada. (Pedologia) permineralização Processo através do qual ocorre o preenchimento por substâncias minerais, dos poros de conchas, ossos ou outras porções dos fósseis. pesticida Agente químico empregado no controle de pragas; na classificação de pesticidas estão incluídos: inseticidas para eliminação de insetos perigosos; herbicidas para controle de ervas daninhas; fungicidas para o controle de doenças das plantas; rodencidas para exterminar ratos e camundongos; germicidas para desinfecção e algecidas para controle de algas. permineralização celular Variedade de permineralização em que uma substância mineral penetra nos interstícios dos tecidos e nas células de um organismo, sendo que os minerais mais comuns nesse processo são a sílica e os carbonatos; as madeiras ditas petrificadas são o resultado desse processo. pétala Cada peça que constitui a corola das flores; são alvas ou diversamente coloridas, livres entre si ou concrescidas, e muitas desiguais; as orquídeas possuem três pétalas e três sépalas, geralmente da mesma cor; em algumas espécies estas estruturas podem estar fundidas ou, reduzidas; uma das pétalas é sempre diferente das outras freqüentemente maior, mais brilhantemente colorida ou estruturada - e assume a forma de lábio ou labelo, de tubo, saco, e outras variações. (Botânica) permuta biológica Troca de elementos entre os estados orgânicos e inorgânicos no solo ou outro substrato através da atividade biológica. permuta genética Mecanismo que possibilita a recombinação de genes ligados através da troca de partes entre cromátides não irmãs de cromossomos homólogos. Ver crossing over, sobrecruzamennto. (Genética) peso específico É o peso por unidade de volume, ou seja, é o valor da massa específica multiplicada pela aceleração de gravidade local. petrografia Descrição sistemática das rochas com base nas observações de campo, amostras de mão, e em lâminas ou seções delgadas. pesquisa mineral Conjunto de trabalhos coordenados, necessários para a descoberta de uma jazida, sua avaliação e determinação da sua viabilidade econômica; compreende os trabalhos de prospecção e exploração. petróleo É um combustível fóssil, constituído por hidrocarbonetos, formado desde a Era Paleozóica, em mares interiores, golfos ou baías fechadas, onde o plâncton ao morrer, foi sendo depositado no fundo das águas marinhas, junto com sedimentos, onde sem a presença de oxigênio e sob a ação de bactérias anaeróbicas, deu origem ao sapropel; as camadas sedimentares, sobrepondo-se umas às outras, pessoas jurídicas São associações ou instituições formadas para a realização de um fim e reconhecidas pela ordem jurídica como sujeitos de direitos e, por isso, podem ser indicadas como sujeito ativo de infração penal ambiental e como 309 VOCABULÁRIO DA NATUREZA prover um método rápido de determinação da necessidade de calagem de solos nos EUA; ela tem um pH de 7,5 e, quando misturada ao solo, esse valor diminui proporcionalmente à quantidade de H+Al presente; é usada também como método de recomendação de calagem: com o valor do pH SMP da amostra, consulta-se uma tabela que fornece a dose de calcário a ser aplicada ao solo; não confundir com pH do solo. (Pedologia) pressionando o sapropel, fez surgir o petróleo, disperso em vários locais das bacias sedimentares; para que este petróleo se acumule em jazidas petrolíferas, é preciso que haja movimentos tectônicos que provoquem a sua movimentação entre as rochas sedimentares até encontrar uma camada de rochas impermeáveis que barrem sua migração; as maiores jazidas mundiais de petróleo localizam-se entre os escudos cristalinos pré-cambrianos e os dobramentos modernos do final do Mesozóico. piçarra Mistura de petroplintitas com argila, areia e silte, utilizada no revestimento de estradas; rocha alterada, mas que ainda se mantém altamente endurecida; cascalho que aparece no solo. petróleo aromático Petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos aromáticos. petróleo bruto Petróleo no estado em que se apresenta na natureza, sem ter sofrido processamento. piçarreira Local onde se extrai a piçarra. pico Cume montanhoso agudo, de forma piramidal ou cônica. (Geomorfologia) petróleo naftênico Petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos naftênicos. pico de demanda Máxima demanda instantânea, requerida num intervalo de tempo (dia, mês, ano, etc), em MW. (Energia) petróleo parafínico Petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos parafínicos. píleo Região do alto da cabeça. (Zoologia) petroplintita Material proveniente da plintita, que devido a atuação de repetidos ciclos de umidecimento e secagem sofre consolidaç