RELATÓRIO DE PÓS-DOUTORADO A OBRA CIENTÍFICA DE VITAL BRAZIL: INFLUÊNCIAS E RELAÇÕES Dra. Rosany Bochner Supervisor(a): Dra. Lena Vania Pinheiro Ribeiro Abril de 2012 À memória do cientista Vital Brazil RESUMO A obra científica de Vital Brazil (1865-1950) foi publicada no período de 1892 a 1950, tendo um artigo publicado em 1965 (póstumo) e é composta de 68 artigos, 4 livros, uma tese e um relatório. Dada a importância que representa a contribuição científica do Dr. Vital Brazil, principalmente no que se refere ao estudo da soroterapia, do ofidismo e dos venenos, em 1969, a pesquisadora da seção de fisiopatologia experimental do Instituto Butantan, Eva Kelen, realizou um levantamento bibliográfico das obras desse grande cientista brasileiro. Em 2002, dando prosseguimento ao trabalho de Eva Kelen, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, André de Faria Pereira Neto, reúne em um único livro toda a obra científica de Vital Brazil, com exceção de seu livro publicado em 1941, Memória Histórica do Instituto Butantan, nove artigos e um relatório. Desses nove artigos, três referem-se a biografias (João Florêncio de Salles Gomes, Emílio Ribas e Dorival de Camargo Penteado), dois são autobiográficos, dois referem-se a inauguração do novo prédio do Instituto Vital Brazil em 1943 e dois referem-se a história. Com base no trabalho de Pereira Neto (2002), uma nova leitura da obra publicada por Vital Brazil é realizada com o enfoque das metrias, quantificando para qualificar. Contando publicações, citações, pesquisadores, colaboradores, periódicos e temas foi possível contar história. O resultado é um panorama da presença de Vital Brazil na Ciência nacional e internacional, determinante para as práticas científicas que se tem atualmente no que se refere à soroterapia, à toxinologia, aos animais peçonhentos, aos sistemas nacionais de informação e à divulgação científica. Palavras-chave: comunicação científica, bibliometria, análise de citação, Vital Brazil. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................7 2. REFERENCIAL TEÓRICO..........................................................................................9 2.1. COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA................................................................................9 2.2. BIBLIOMETRIA.........................................................................................................11 2.2.1. LEI DE LOTKA........................................................................................................12 2.2.2. LEI DE BRADFORD................................................................................................14 2.2.3. LEIS DE ZIPF...........................................................................................................20 2.2.3.1. PRIMEIRA LEI DE ZIPF.....................................................................................21 2.2.3.2 SEGUNDA LEI DE ZIPF.......................................................................................21 2.2.3.3. PONTO DE TRANSIÇÃO (T) DE GOFFMAN.................................................22 2.2.4. LEI DO ELITISMO..................................................................................................24 2.2.5. ANÁLISE DE CITAÇÃO.........................................................................................25 3. OBJETIVOS....................................................................................................................26 3.1. OBJETIVO GERAL....................................................................................................26 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.....................................................................................26 4. METODOLOGIA...........................................................................................................27 5. A OBRA DE VITAL BRAZIL.......................................................................................30 5.1. TRABALHOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS..................................................31 5.2. TRABALHOS PUBLICADOS AO LONGO O TEMPO.........................................36 6. REDE DE COLABORADORES...................................................................................40 6.1. JEAN VELLARD (1901-1996)....................................................................................44 6.2. BRUNO RANGEL PESTANA (1881-1971)...............................................................47 6.3. AMÉRICO BRAGA (1899-1947)................................................................................48 6.4. VITAL BRAZIL FILHO (1904-1936)........................................................................49 6.5. FRANCO DA ROCHA (1864-1933)...........................................................................51 7. LISTA DE REFERÊNCIAS POR TRABALHO.........................................................53 7.1. ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE REFERÊNCIAS..................82 8. ANÁLISE DE CITAÇÃO...............................................................................................87 9. PRINCIPAIS PESQUISADORES CITADOS POR VITAL BRAZIL......................92 9.1. APLICAÇÃO DA LEI DE BRADFORD...................................................................92 9.2. APLICAÇÃO DA LEI DO ELITISMO.....................................................................96 9.3. DESCRIÇÃO DOS PESQUISADORES....................................................................96 9.3.1. Léon Charles Albert CALMETTE (1863-1933)...................................................102 9.3.2. Césaire Auguste PHISALIX (1852-1906)..............................................................104 9.3.3. Gabriel Émile BERTRAND (1867-1962)..............................................................106 9.3.4. João Baptista de LACERDA (1846-1915).............................................................107 9.3.5. Henry SEWALL (1855-1936).................................................................................108 9.3.6. Jean Albert VELLARD (1901-1996).....................................................................109 9.3.7. Otto Edward Henry WUCHERER (1820-1873)..................................................110 9.3.8. Nicolas Maurice ARTHUS (1862-1945)................................................................111 9.3.9. Maurice KAUFMANN (1856-1924).......................................................................112 9.3.10. Dorival de Camargo PENTEADO (1873-1942)..................................................113 9.3.11. George Albert BOULENGER (1858-1937).........................................................114 9.3.12. Edwin Stanton FAUST (1870-1928)....................................................................116 9.3.13. Joseph FAYER (1824-1907).................................................................................117 9.3.14. George LAMB (1869-1911)..................................................................................118 9.3.15. Charles James MARTIN (1866-1955).................................................................119 9.3.16. Hideyo NOGUCHI (1876-1928)...........................................................................121 9.3.17. Felice FONTANA (1730-1805).............................................................................122 9.3.18. Adolpho LUTZ (1855-1940).................................................................................123 9.3.19. Camille DELEZENNE (1868-1932).....................................................................124 9.3.20. Thomas Richard FRASER (1841-1920)..............................................................125 9.3.21. Rudolph KRAUS (1868-1932)..............................................................................126 9.3.22. Léon MASSOL (1875-1915).............................................................................127 9.3.23. Silas Weir MITCHELL (1829-1914)...................................................................128 9.3.24. Marie PHISALIX (1861-1946).............................................................................129 9.3.25. Edward Tyson REICHERT (1855-1931)............................................................131 9.3.26. Leonard ROGERS (1868-1962)...........................................................................132 9.3.27. Hans SACHS (1877-1945).....................................................................................133 9.3.28.1. Alfredo SORDELLI (1891-1967)......................................................................134 9.3.28.2. Ferdinando SORDELLI (1837-1916)...............................................................135 9.4. ANÁLISE DA “NÃO CITAÇÃO”...........................................................................136 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................139 TABELAS, FIGURAS, QUADROS E ANEXOS Tabela 1: Produtividade de autores, de acordo com Lotka, pressupondo-se 100 autores publicando um único artigo...................................................................................................13 Tabela 2: Empréstimo de Periódicos, 1996 a 1999, Embrapa Amazônia Oriental..............17 Tabela 3: Aplicação da Lei de Bradford para os dados referentes ao Empréstimo de Periódicos, 1996 a 1999, Embrapa Amazônia Oriental........................................................18 Tabela 4: Número e percentual de artigos publicados por Vital Brazil por Periódico.........31 Tabela 5: Anos de criação e término dos periódicos que contém artigos de Vital Brazil....32 Tabela 6: Distribuição do número de referências para cada um dos 63 trabalhos de Vital Brazil, em ordem cronológica...............................................................................................84 Tabela 7: Aplicação da técnica de Box-Plot........................................................................85 Tabela 8: Quantitativo de citações de pesquisadores realizadas por Vital Brazil em sua obra científica, 1892 a 1950..........................................................................................................93 Tabela 9: Aplicação da Lei de Bradford para os dados referentes ao quantitativo de citações de pesquisadores realizadas por Vital Brazil em sua obra científica......................94 Tabela 10: Nome dos 28 pesquisadores mais citados por Vital Brazil, seus anos de nascimento e morte, nacionalidade, formação, país e Instituição onde trabalhavam e o número de citações................................................................................................................97 Figura 1: Curva de Bradford, ∑ Periódicos na abscissa, em escala logarítmica, e ∑ Periódicos x Empréstimos na ordenada, em escala linear.................................................18 Figura 2: Curva de Bradforf com divisão em 8 zonas.........................................................19 Figura 3: A obra científica de Vital Brazil distribuída no período de 1892 a 1950.............39 Figura 4: Rede de colaboradores de Vital Brazil e suas Instituições...................................41 Figura 5: Rede de colaboradores de Vital Brazil e temas tratados......................................42 Figura 6: Gráfico ramo-folha representando a distribuição do número de referências dos trabalhos de Vital Brazil........................................................................................................82 Figura 7: Distribuição do número de referências por trabalho, respeitando a ordem cronológica de sua publicação..............................................................................................83 Figura 8: Curva de Bradford, ∑ Pesquisador na abscissa, em escala logarítmica, e ∑ Pesquisador x Citação na ordenada, em escala linear.......................................................94 Figura 9: Curva de Bradford com divisão em 6 zonas.........................................................95 Figura 10: Obra científica de Vital Brazil “citante” dos principais pesquisadores............138 Quadro 1: Tipos de citação utilizada por Vital Brazil nos trabalhos publicados no período de 1892 a 1910......................................................................................................................90 Quadro 2: Tipos de citação utilizada por Vital Brazil nos trabalhos publicados no período de 1911 a 1941......................................................................................................................91 Quadro 3: Distribuição cruzada de temas por pesquisador e de pesquisador por tema.....101 ANEXO 1: Índice Remissivo Onomástico.........................................................................145 ANEXO 2: Principais acontecimentos vividos por Vital Brazil........................................153 ANEXO 3: - Quadros-resumo para cada um dos pesquisadores contendo todas as citações discriminadas por trabalho..................................................................................................159 A OBRA CIENTÍFICA DE VITAL BRAZIL: INFLUÊNCIAS E RELAÇÕES 1. INTRODUÇÃO A descoberta da soroterapia antipeçonhenta foi apresentada à Sociedade de Biologia da França no dia 10 de fevereiro de 1894, por dois grupos de pesquisadores de estabelecimentos de pesquisa parisienses, de um lado Césaire Auguste Phisalix e Gabriel Bertrand (PHISALIX; BERTRAND, 1894), do Museu Nacional de História Natural, guiados por Jean Baptiste Auguste Chauveau e do outro, Albert Calmette (CALMETTE, 1894) do Instituto Pasteur, que trabalhava sob a direção de Emile Roux (BOCHNER, 2003, BON, 1994; BRYGOO, 1982; GOYFFON, 2011). Esta descoberta teve profunda repercussão nos trabalhos do pesquisador brasileiro Vital Brazil Mineiro da Campanha, nascido em Campanha, Minas Gerais no dia 28 de abril de 1865, vindo a falecer em 8 de maio de 1950 no Rio de Janeiro (BRAZIL, 1940; BRAZIL, 1989; BRAZIL, 2001; BRAZIL; SANT’ANNA, 2009). Em 1896, Vital Brazil estudou, sem sucesso, várias plantas preconizadas como antídotos contra os venenos de serpentes. A leitura dos trabalhos do pesquisador francês Albert Calmette deram novos rumos às suas pesquisas (BRAZIL, 1940; BRAZIL, 1989; BRAZIL, 1996; BRAZIL, 2001; BRAZIL; SANT’ANNA, 2009). Em 1898, Vital Brazil confirmou que a especificidade dos soros estava relacionada ao gênero da serpente agressora. A hipótese, implícita nas pesquisas sobre os sintomas e lesões, foi ratificada através da imunização diferenciada de alguns cães por cascavéis ou jararacas: os soros derivados de serpentes cujo gênero diferia das que haviam picado os animais revelavam-se inativos nestas mesmas cobaias (BRAZIL, 1940; BRAZIL, 1989; BRAZIL, 1996; BRAZIL, 2001; BRAZIL; SANT’ANNA, 2009). A descoberta de Vital Brazil sobre a especificidade dos soros antipeçonhentos estabeleceu um novo conceito na imunologia, e seu trabalho sobre a dosagem dos soros antiofídicos gerou tecnologia inédita. A criação dos soros antipeçonhentos específicos e o antiofídico polivalente ofereceu à Medicina, pela primeira vez, um produto realmente eficaz no tratamento do acidente ofídico que, sem substituto, permanece salvando centenas de vidas nos últimos cem anos (SANT’ANNA; FARIA, 2005). 7 A obra científica de Vital Brazil (1865-1950) foi publicada no período de 1892 a 1950, tendo um artigo publicado em 1965 (póstumo) e é composta de 68 artigos, 4 livros, uma tese e um relatório. Dada a importância que representa a contribuição científica do Dr. Vital Brazil, principalmente no que se refere ao estudo do ofidismo, estudo da soroterapia, do ofidismo e dos venenos, em 1969 a pesquisadora da seção de fisiopatologia experimental do Instituto Butantan, Eva Kelen, realizou um levantamento bibliográfico das obras desse grande cientista brasileiro (KELEN, 1969). Em 2002, dando prosseguimento ao trabalho de Eva Kelen, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, André de Faria Pereira Neto, reúne em um único livro, toda a obra científica de Vital Brazil (PEREIRA NETO, 2002), que estava dispersa em várias instituições e publicações. O conteúdo dessa obra está especificado no item 5 intitulado “A OBRA DE VITAL BRAZIL”. Apenas o livro publicado por Vital Brazil em 1941, “Memória Histórica do Instituto Butantan”, não foi considerado por Pereira Neto (2002). Com base no trabalho de Pereira Neto (2002), uma nova leitura da obra de Vital Brazil foi realizada com o enfoque das metrias, onde se quantificou para qualificar. Contando publicações, citações, pesquisadores, colaboradores, periódicos e temas foi possível contar história. O resultado é um panorama da presença de Vital Brazil na Ciência nacional e internacional, presença esta determinante para as práticas científicas que se tem atualmente no que se refere aos animais peçonhentos, a toxinologia, aos sistemas nacionais de informação e à divulgação científica. 8 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A Ciência vem sendo bastante discutida. Diferentes conceituações e classificações podem ser encontradas. Contudo, há um ponto comum, a comunicabilidade da ciência é indiscutivelmente encarada como um aspecto fundamental. A ciência é tanto comunicada para a sociedade quanto para si mesma. Dessa forma, a ciência segue por duas direções, uma “filtrada” para a sociedade e outra “filtrada” dentro de sua própria estrutura, valendo-se dos seus próprios e característicos meios de comunicação. A primeira direção refere-se ao processo de divulgação científica enquanto que a segunda, que se propaga por toda a estrutura da ciência, convencionou-se chamar de processo de comunicação científica (CHRISTOVÃO, 1979). Garvey (1979 : ix) define o processo de comunicação científica como sendo: “todo espectro de atividades associadas com a produção, disseminação e uso da informação, desde a busca de uma idéia para pesquisa, até a aceitação da informação sobre os resultados dessa pesquisa como componente do conhecimento científico”. No processo de Comunicação Científica, o pesquisador entra em contato com diferentes sistemas de comunicação. Meadows (1999) fez a distinção entre comunicação informal e formal. Uma comunicação informal é em geral efêmera, sendo posta à disposição apenas de um público limitado. Como exemplo tem-se a informação oral e a maioria das cartas pessoais. Ao contrário, uma comunicação formal encontra-se disponível por longos períodos de tempo para um público amplo. Os periódicos e os livros são publicados e em seguida armazenados por longos períodos em bibliotecas e são exemplos clássicos de comunicações formais. Garvey (1979) apresentou contrastes entre os domínios formais e informais da estrutura da comunicação da Ciência. Segundo esse autor, no campo informal a informação é efêmera, redundante, não pública e não se tem necessidade de torná-la impessoal. Diferenças entre os elementos formais e informais da comunicação da informação foram também apresentadas por Le Coadic (2004). Segundo esse autor, a informação veiculada pelo sistema informal se caracteriza por: sua privacidade (audiência restrita); não 9 ser, em geral, armazenada e, por essa razão, de difícil recuperação; ser mais recente; não ter comprovação; seguir a direção do fluxo escolhida pelo produtor; possuir redundância às vezes muito importante para a compreensão da mensagem e apresentar interação direta. Por outro lado, a informação veiculada pelo sistema formal se caracteriza por: ser pública (audiência potencial importante); ser armazenada de forma permanente, portanto recuperável; ser relativamente antiga; ter comprovação; apresentar disseminação uniforme; possuir redundância moderada e não apresentar interação direta. Apesar das informações veiculadas por esses dois sistemas apresentarem características diferentes e opostas, Christovão (1979) afirmou: “Estes sistemas não são estanques. Suas relações formam uma espécie de rede na qual fluem cientistas e produtos, interagindo aqui e ali conforme as etapas da pesquisa e as necessidades de troca de informações que estas possam acarretar. Apesar de uma certa rigidez das normas de comportamento dentro da ‘sociedade científica’, o cientista dispõe de liberdade para agir em toda a escala simultaneamente e num fluxo contínuo” (CHRISTOVÃO, 1979, p. 4). Os membros das comunidades científicas trocam continuamente informações com seus pares, emitindo-as para seus sucessores e/ou adquirindo-as de seus predecessores. Dessa forma, a comunicação científica é indispensável à dinâmica da ciência, pois permite somar os esforços individuais dos membros das comunidades científicas (TARGINO, 2000). É nesse sentido que a construção da ciência pode ser interpretada como a montagem de um grande quebra-cabeça, onde cada peça representa uma unidade do conhecimento científico. Cada peça serve como base para a colocação de novas peças, caracterizando o caráter cumulativo da ciência (PRICE, 1965; KUHN, 1975; CHRISTOVÃO, 1979). 10 2.2. BIBLIOMETRIA Consistindo na aplicação de técnicas estatísticas e matemáticas para descrever aspectos da literatura e de outros meios de comunicação científica, a bibliometria foi originalmente conhecida como “Statistical bibliography”, termo apresentado pela primeira vez por E. Wyndham Hulme em 1923 em seu livro “Statistical bibliography in relation to the growth of modem civilization” (FONSECA, 1973; ARAÚJO, 2006). O termo “bibliometrie” aparece pela primeira vez em 1934 na publicação de Paul Otlet denominada “Traité de documentation; le livre sur le livre; théorie et pratique”. Contudo, o termo se popularizou apenas em 1969, a partir de um artigo de Alan Pritchard que discutia a polêmica “Statistical bibliography or bibliometrics? publicado no Journal of Documentation (London) (FONSECA, 1973; ARAÚJO, 2006). Segundo Braga (1973), a Bibliometria quantifica os processos de comunicação escrita. Alinhada a essa definição Macias-Chapula (1998) afirma que Bibliometria é o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. Para Araújo (2006), a utilização de métodos quantitativos na busca por uma avaliação objetiva da produção científica é o ponto central da bibliometria. Os estudos neste campo desenvolveram-se a partir de leis empíricas já existentes, tais como as de Bradford (produtividade de periódicos), de Lotka (produtividade de autores) e as de Zipf (freqüência de palavras). Além dessas leis, a bibliometria ocupa-se de outras teorias e métodos, como a lei do elitismo e a análise de citações, que serão também exploradas nesta pesquisa. 11 2.2.1. LEI DE LOTKA Criada por Alfred J. Lotka em 1926, essa lei foi construída a partir de um estudo sobre a produtividade de cientistas, realizado com base na contagem de autores presentes no periódico Chemical Abstracts, entre 1907 e 1916 (LOTKA, 1926). “Lotka descobriu que uma larga proporção da literatura científica é produzida por um pequeno número de autores, e um grande número de pequenos produtores se iguala, em produção, ao reduzido número de grandes produtores. A partir daí formulou a lei dos quadrados inversos: yx = k/xa, onde yx é o número de autores que publicaram x trabalhos, k é o número de autores que publicaram um único trabalho e a é um valor constante para cada campo científico (2 para físicos e 1,89 para químicos, por exemplo)” (ARAÚJO, 2006, p. 13). A Lei de Lotka, relacionada à produtividade de autores e fundamentada na premissa básica de que “alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco”, enuncia que “a relação entre o número de autores e o número de artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado 1/n2 (GUEDES; BORSCHIVER, 2005, p. 5), ou seja, o número de autores que publicam n artigos em um determinado campo científico é aproximadamente 1/n2 daqueles que publicam um só artigo e a proporção dos que publicam um só artigo é de aproximadamente 60% (ALVARADO, 2002). Isto é, em um dado período de tempo, analisando um número n de artigos, o número de cientistas que escreveram dois artigos seria igual a 1/4 do número de cientistas que escreveram um só artigo. O número de cientistas que escreveram três artigos seria igual a 1/9 do número de cientistas que escreveram um só artigo, e assim sucessivamente (GUEDES; BORSCHIVER, 2005). Segundo Guedes & Borschiver (2005), a aplicação da Lei de Lotka se verifica na avaliação da produtividade de pesquisadores, na identificação dos centros de pesquisa mais desenvolvidos, em dada área de assunto, e no reconhecimento da “solidez” de uma área científica. Salientam ainda que, quanto mais solidificada estiver uma ciência, maior probabilidade de seus autores produzirem múltiplos artigos, em dado período de tempo. 12 A Tabela 1 apresenta a produtividade de autores, de acordo com Lotka, pressupondo-se 100 autores publicando um único artigo. A média de artigos por autor é igual a 3,55 (586/165). Os 10 autores mais produtivos publicaram 50% do total de artigos (293/586). Os dois autores mais produtivos publicaram 25% do total de artigos (150/586). Verifica-se que os 100 autores que publicaram um único artigo representam 60,6% do total de autores (100/165), o que era previsto pela Lei. Tabela 1: Produtividade de autores, de acordo com Lotka, pressupondo-se 100 autores publicando um único artigo. Artigos/autor Autores Total de Artigos 1 100 1 x 100 = 100 2 2 2 x 25 = 50 100/2 = 25 2 3 3 x 11,1 = 33,3 100/3 = 11,1 2 4 4 x 6,2 = 25 100/4 = 6,2 2 5 5 x 4 = 20 100/5 = 4 2 6 6 x 2,8 = 16,7 100/6 = 2,8 2 7 7 x 2 = 14,2 100/7 = 2,0 2 8 8 x 1,5 = 12,5 100/8 = 1,5 2 9 9 x 1,2 = 11,1 100/9 = 1,2 2 10 10 100/10 = 1 10-11,1 1 10+ 11,1-12,5 1 11,1+ 12,5-14,2 1 12,5+ 14,2-16,7 1 14,2+ 16,7-20 1 16,7+ 20-25 1 20+ 25-33,3 1 25+ 33,3-50 1 33,3+ 50-100 1 50+ Mais de 100 1 100+ Total 165 586+ Fonte: Price, D. J. de Solla. Little science, big science. New York: Columbia University Press, 1963. 119p. [Yale University, New Haven, CT] Estudando a lei de Lotka, Solla Price inferiu que: 1/3 da literatura levantada é produzida por menos de 1/10 dos autores, levando a uma média de 3,5 documentos por autor e 60% dos autores produzindo um único documento (LIMA, 1986). 13 2.2.2. LEI DE BRADFORD A Lei de Bradford foi apresentada por Samuel Bradford, bibliotecário britânico, em 1934, passando para o status de lei em 1948, sendo também conhecida como lei da dispersão (PINHEIRO, 1982). A Lei de Bradford teve como objetivo “descobrir a extensão na qual artigos de um estudo científico específico apareciam em periódicos destinados a outros assuntos” (ARAÚJO, 2006, p. 14). Bradford percebe que, “numa coleção de periódicos sobre geofísica, existe sempre um núcleo menor de periódicos relacionados de maneira próxima ao assunto e um núcleo maior de periódicos relacionados de maneira estreita, sendo que o número de periódicos em cada zona aumenta, enquanto a produtividade diminui. Analisando 326 periódicos, ele descobriu que 9 periódicos continham 429 artigos, 59 continham 499 e 258 continham 404 artigos” (ARAÚJO, 2006, p. 14). “Assim, ordenando uma grande coleção de periódicos em ordem de produtividade decrescente relevante a um dado assunto, três zonas aparecem, cada uma contendo 1/3 do total de artigos relevantes (a primeira zona contém um pequeno número de periódicos altamente produtivos, a segunda contém um número maior de periódicos menos produtivos, e a terceira inclui mais periódicos ainda, mas cada um com menor produtividade)” (ARAÚJO, 2006, p. 14). “Bradford viu que era por essa razão que os índices tinham dificuldade para atingir a cobertura completa de assuntos. Havendo grande número de periódicos na zona exterior. Bradford constatou que mais da metade do total de artigos úteis não estavam sendo cobertos pelos serviços de indexação e resumos” (ARAÚJO, 2006, p. 14-15). A Lei de Bradford pode ser enunciada da seguinte forma: “se os periódicos forem ordenados em ordem de produtividade decrescente de artigos sobre determinado assunto, poderão ser distribuídos num núcleo de periódicos mais particularmente devotados a esse assunto e em diversos grupos ou zonas contendo o mesmo número de artigos que o núcleo, sempre que o número de periódicos e das zonas sucessivas for igual a 1 : n : n2 : n3 ...” (PINHEIRO, 1983, p. 62) 14 “Bradford originalmente encontrou três zonas de produtividade e utilizou um gráfico semi-logarítmico para ilustrar a lei, cuja curva tem a forma de “S” e é conhecida como gráfico “Bradford-Zipf”.” (PINHEIRO, 1983, p. 62). Se também admitirmos a construção de três zonas, o total de artigos deve ser somado e dividido por três; o grupo que tiver mais artigos, até o total de 1/3 dos artigos, é o “core” daquele assunto. O segundo e o terceiro grupo são as extensões. A razão do número de periódicos em qualquer zona pelo número de periódicos na zona precedente é chamada “multiplicador de Bradford” (Bm ou mB). A média do multiplicador de Bradford é dada por: (∑ mB) / número de zonas. Quanto mais autocontida, ou seja, mais concentrada for a literatura, menor será a média do multiplicador de Bradford. Quanto mais dispersa, maior será a média. Essa lei também foi sendo constantemente reformulada e aperfeiçoada, como por exemplo, por Vickery, em 1948, que propôs que o número de zonas não precisa ser três, mas qualquer número. Essa lei foi muito utilizada para aplicações práticas em bibliotecas, tais como o estudo do uso de coleções para auxiliar na decisão quanto à aquisição, descartes, encadernação, depósito, utilização de verba, planejamento de sistema. No Brasil, destacam-se dois estudos de grande importância. Um deles buscou analisar as várias interpretações sobre a lei que dão a entender existirem duas, sendo que na verdade há apenas uma única Lei de Bradford (MAIA, 1980). O outro apresenta uma reformulação da lei com a introdução do conceito de produtividade relativa, a partir do argumento de que o núcleo de periódicos de uma área não é formado pelos periódicos mais devotados ao tema e sim pelos mais produtivos num determinado período de tempo (PINHEIRO, 1982). A Lei de Bradford é um instrumento útil para o desenvolvimento de políticas de aquisição e de descarte de periódicos, em nível de gestão de sistemas de recuperação da informação, gestão da informação e do conhecimento científico e tecnológico. É possível estimar a magnitude de determinada área bibliográfica e o custo de toda e qualquer fração específica da bibliografia, no todo. 15 A Tabela 2 apresenta o quantitativo de empréstimos de periódicos feitos no período de 1996 a 1999 pela Embrapa Amazônia Oriental. Foi construída de acordo com a Lei de Bradford, onde os periódicos foram arranjados em ordem decrescente do seu número de empréstimos. A coluna P indica o número de periódicos. A coluna E o número de vezes em que o periódico foi emprestado. A coluna P.E é o resultado da coluna P multiplicada pela coluna E, e revela a freqüência de empréstimos. A coluna ∑ P indica o somatório dos periódicos. A coluna ∑ P.E o somatório dos empréstimos. Assim, 472 periódicos foram emprestados 4.107 vezes. A primeira linha da Tabela 2 indica que um periódico foi emprestado 200 vezes e a última linha indica que 127 periódicos foram emprestados apenas uma vez. A Tabela 3 foi construída de acordo com os critérios de aplicação da Lei de Bradford. Considerou-se a regra de que o número de empréstimos no núcleo (zona 1) não pode ser menor que z/2, onde z é o número de periódicos que tiveram um único empréstimo (z = 127 ⇒ z/2 = 64). Estabeleceu-se margem de 10% para mais e para menos, dos empréstimos definidos para o núcleo, como limites para enquadramento das zonas subsequentes. De acordo com a Tabela 3, referente à Zona de Divisão Máxima de Empréstimos (E) dos Periódicos (P), encontramos 8 zonas, sendo que cada uma concentra em média 12,5% do total dos empréstimos. Por outro lado, o número de periódicos no núcleo (zona 1) e nas zonas subseqüentes (zonas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8) obedece uma distribuição crescente. As quatro primeiras zonas concentram a metade (50,3%) dos empréstimos e menos de 9% dos periódicos (8,9%), o que significa que a outra metade dos empréstimos (49,7%) foi realizada por mais de 90% dos periódicos (91,1%). A dispersão na última zona, zona 8, é grande, nela estão concentrados mais da metade dos periódicos (57,6%), sendo que participa com os mesmos 12,5% do total de empréstimos das demais zonas. 16 Tabela 2: Empréstimo de Periódicos, 1996 a 1999, Embrapa Amazônia Oriental. P E 1 200 1 180 1 144 1 124 1 101 1 92 2 71 1 67 1 56 1 53 1 48 1 45 1 41 1 37 1 36 1 35 1 33 2 32 2 31 4 30 3 29 2 25 2 24 4 23 3 22 4 21 4 20 3 19 4 18 4 17 5 16 4 15 9 14 9 13 4 12 5 11 13 10 14 9 7 8 12 7 29 6 30 5 32 4 36 3 77 2 127 1 Fonte: Embrapa Amazônia Oriental P.E 200 180 144 124 101 92 142 67 56 53 48 45 41 37 36 35 33 64 62 120 87 50 48 92 66 84 80 57 72 68 80 60 126 117 48 55 130 126 56 84 174 150 128 108 154 127 ∑P 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 20 22 26 29 31 33 37 40 44 48 51 55 59 64 68 77 86 90 95 108 122 129 141 170 200 232 268 345 472 ∑ P.E 200 380 524 648 749 841 983 1050 1106 1159 1207 1252 1293 1330 1366 1401 1434 1498 1560 1680 1767 1817 1865 1957 2023 2107 2187 2244 2316 2384 2464 2524 2650 2767 2815 2870 3000 3126 3182 3266 3440 3590 3718 3826 3980 4107 17 Tabela 3: Aplicação da Lei de Bradford para os dados referentes ao Empréstimo de Periódicos, 1996 a 1999, Embrapa Amazônia Oriental. Z 1 2 3 4 5 6 7 8 E 524 526 510 505 501 515 509 517 ∑E 524 1050 1560 2065 2566 3081 3590 4107 %E 12,8 12,8 12,4 12,3 12,2 12,5 12,4 12,6 ∑%E 12,8 25,6 38,0 50,3 62,5 75,0 87,4 100,0 P 3 6 13 20 29 46 83 272 ∑P 3 9 22 42 71 117 200 472 %P 0,6 1,3 2,8 4,2 6,1 9,7 17,6 57,6 ∑%P 0,6 1,9 4,7 8,9 15,0 24,8 42,4 100,0 mB 2,0 2,2 1,5 1,5 1,6 1,8 3,3 Média do Multiplicador de Bradford = (∑ mB) / número de zonas = 13,8 / 8 = 1,7 Para representar o gráfico é necessário usar uma folha de papel que possui um dos eixos representado em escala linear, ou seja, as distâncias entre dois pontos são iguais e o outro em escala logarítmica, onde as distâncias entre dois pontos variam na razão de 1:10:102:103 ... Este papel é chamado de papel mono log ou semi log. De posse desse papel, representamos os valores de ∑ P na abscissa, ou seja, no eixo x que possui escala logarítmica e os valores de ∑ P x E na ordenada, ou seja, no eixo y, que possui escala linear. Depois de representados os pontos no gráfico, ajustamos uma curva passando por todos eles. Essa curva tem a forma de um “S” (Figura 1). 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 1 10 log10 100 1000 Figura 1: Curva de Bradford, ∑ Periódicos na abscissa, em escala logarítmica, e ∑ Periódicos x Empréstimos na ordenada, em escala linear 18 Feito isso, dividimos essa curva nas 8 zonas obtidas, usando para isso os valores de ∑ P apresentados na Tabela 3 para cada uma das 8 zonas. Ao marcar o ponto ∑ P para cada uma das 8 zonas no eixo dos x, construímos uma reta perpendicular a esse eixo indo até a curva. O resultado é a divisão da área sob a curva em oito partes (Figura 2). 4500 4000 3500 Z8 3000 Z7 2500 Z6 2000 Z5 1500 Z4 1000 Z3 500 Z1 0 1 Z2 10 100 1000 log10 Figura 2: Curva de Bradforf com divisão em 8 zonas. A curva obtida apresenta o seguinte comportamento: inicialmente tem-se uma curva côncava para cima que corresponde à concentração, a alta produtividade (restrição de Bradford); a seguir uma reta que corresponde a produtividade média (componente de Zipf) e finalmente tem-se uma curva côncava para baixo que corresponde a baixa produtividade, área de dispersão (queda de Groos). Com base no gráfico dividido nas 8 zonas, a restrição de Bradford está representada pelas zonas 1, 2 e 3, a componente de Zipf pelas zonas 4, 5, 6 e 7 e a queda de Groos pela zona 8. 19 2.2.3. LEIS DE ZIPF “Formulada em 1949 e que descreve a relação entre palavras num determinado texto suficientemente grande e a ordem de série destas palavras (contagem de palavras em largas amostragens)”. (ARAÚJO, 2006, p. 16). O filósofo George Kingsley Zipf, “analisando a obra Ulisses de James Joyce, encontrou uma correlação entre o número de palavras diferentes e a freqüência de seu uso e concluiu que existe uma regularidade fundamental na seleção e uso das palavras e que um pequeno número de palavras é usado muito mais freqüentemente. Ele descobriu que a palavra mais utilizada aparecia 26.530 (valor corrigido) vezes, a centésima palavra mais utilizada ocorria 256 vezes e a ducentésima palavra ocorria 133 vezes. Zipf viu então que a posição de uma palavra multiplicada pela sua freqüência era igual a uma constante de aproximadamente 26.500.” (ARAÚJO, 2006, p. 16) “Sua proposta, assim, é de que, se listarmos as palavras num texto em ordem decrescente de freqüência, a posição de uma palavra na lista multiplicada por sua freqüência é igual a uma constante. A equação para esse relacionamento é: r x f = k, onde r é a posição da palavra, f é a freqüência e k é a constante”. (ARAÚJO, 2006, p. 17) “A partir daí, Zipf formulou o princípio do menor esforço: existe uma economia do uso de palavras, e se a tendência é usar o mínimo, significa que elas não vão se dispersar, pelo contrário, uma mesma palavra vai ser usada muitas vezes; as palavras mais usadas indicam o assunto do documento. Se a tendência dos autores dos documentos fosse de variar muito, usar palavras diferentes, a lei não serviria”. (ARAÚJO, 2006, p. 17) Essa lei também foi bastante reformulada e o método foi sendo aperfeiçoado, com estudos de freqüência e co-ocorrência de descritores. “As Leis de Zipf, relacionadas à freqüência de ocorrência de palavras em um dado texto, enriquecida pelo Ponto de Transição (T) de Goffman relacionam-se diretamente com a representação da informação, isto é, a indexação temática automática”. (GUEDES; BORSCHIVER, 2005, p. 5). Zipf observou que, num texto suficientemente longo, existia uma relação entre a freqüência que uma dada palavra ocorria e sua posição na lista de palavras ordenadas segundo sua freqüência de ocorrência. Essa lista era confeccionada, levando-se em conta a 20 freqüência decrescente de ocorrências. À posição nesta lista dá-se o nome de ordem de série (rank). Assim, a palavra de maior freqüência de ocorrência tem ordem de série 1, a de segunda maior freqüência de ocorrência, ordem de série 2 e, assim, sucessivamente. (GUEDES; BORSCHIVER, 2005). 2.2.3.1. PRIMEIRA LEI DE ZIPF Zipf observou, também, que o produto da ordem de série (r) de uma palavra, pela sua freqüência de ocorrência (f) era aproximadamente constante (c). rxf=c Esta lei é considerada elegante em sua simplicidade, entretanto, aplica-se somente a palavras de alta freqüência de ocorrência, em um texto. Para palavras de baixa freqüência de ocorrência, Zipf propôs uma segunda lei. 2.2.3.2. SEGUNDA LEI DE ZIPF Em um determinado texto, várias palavras de baixa freqüência de ocorrência (alta ordem de série) possuem a mesma freqüência. Booth (1967), ao modificá-la, representa-a matematicamente da seguinte forma: I1 / In = n(n+1) / 2, onde I1 é o número de palavras que têm freqüência 1, In é o número de palavras que têm freqüência n, 2 sendo a constante válida para a língua inglesa. Parte da literatura, dedicada a esse tema, tem se referido a essa segunda lei como a Lei de Zipf-Booth. 21 Observa-se que a expressão n(n+1)/2 corresponde a soma de uma progressão aritmética dos n primeiros números naturais. Por exemplo: a soma de 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15, pode ser calculada, levando em conta que n = 5, por 5(5+1)/2 = 5 x 6 / 2 = 30 / 2 = 15. Assim, entende-se que a Segunda Lei de Zipf pode ser enunciada alternativamente como: “a relação entre o número de palavras que aparecem uma só vez (I1) e o número de palavras que aparecem n vezes (In), em um texto, é igual a soma dos n primeiros números naturais, isto é, 1 + 2 + 3 + ... + n, representada matematicamente por In / I1 = 1 + 2 + 3 + ... + n” Os comportamentos, inteiramente distintos, da Primeira e Segunda Lei de Zipf definem as duas extremidades da lista de distribuição de palavras em um texto. Assim, é razoável esperar uma região crítica, na qual há a transição do comportamento das palavras de baixa freqüência para as de alta freqüência. (GUEDES; BORSCHIVER, 2005). Para se chegar a essa região de transição, a expressão da Segunda Lei de Zipf teria de fornecer o comportamento típico das palavras de alta freqüência, isto é, o número de palavras que têm freqüência n tenderia a 1. Essa linha de raciocínio representa um passo importante na busca de um critério de indexação automática. 2.2.3.3. PONTO DE TRANSIÇÃO (T) DE GOFFMAN De acordo com Goffman (1966), para chegar à região de transição descrita anteriormente, onde estariam as palavras de alto conteúdo semântico (termos de indexação, descritores ou palavras-chave), a expressão da Segunda Lei de Zipf modificada por Booth (1967) teria que fornecer o comportamento típico das palavras de alta freqüência, isto é, o número de palavras que têm freqüência n tenderia a 1. Substituindo-se, na expressão da Segunda Lei de Zipf-Booth, In por 1 obtém-se: I1 / 1 = n(n + 1) / 2 22 ou ainda, rearranjando: n2 + n – 2I1 = 0 cujas raízes são n = -1 ± (1 + 8I1)1/2 / 2 Da expressão acima, interessa somente determinar a raiz positiva, assim: n = - 1 + (1 + 8I1)1/2 / 2, onde 8 = 4 x constante da língua inglesa (=2) Ao valor de n assim determinado dá-se o nome de Ponto de Transição (T) de Goffman. O Ponto de Transição (T) de Goffman determina graficamente a localização onde ocorre a transição das palavras de baixa freqüência para as de alta freqüência. Existe uma determinada região, ao redor deste ponto, com probabilidade de concentrar as palavras de alto conteúdo semântico e, portanto aquelas que seriam usadas para indexação de um texto em questão. Goffman apresenta, com o Ponto de Transição, a primeira oportunidade de se decompor um texto sintaticamente, visando sua indexação. Braga (1996) explica que “[...] a aplicação das Leis de Zipf, Zipf/Booth, Ponto T de Goffman e similares produz uma listagem de palavras acompanhadas de respectivas freqüências de aparecimento no texto. Há uma total desconstrução do contexto das palavras, transformando-as em seqüências de caracteres entre espaços e pontuações.” Ela acrescenta que, apesar de existirem poucos estudos, eles indicam que é possível determinar o conteúdo semântico dos textos, por meio de tais procedimentos. 23 2.2.4. LEI DO ELITISMO A Lei do Elitismo enuncia que toda população de tamanho N tem uma elite efetiva de tamanho (N)1/2 (raiz quadrada de N) (PRICE, 1965). A determinação da elite pode apontar o núcleo, o core da população. Lima (1986) afirma que: “experimentalmente se tem verificado que os itens mais relevantes ou de melhor qualidade situam-se no núcleo ou próximo a ele. Isto é, os itens de maior importância (qualidade) podem estar entre os de maior freqüência (quantidade) ainda que nem todos os de maior freqüência sejam os melhores. Quando se trata de autores, produtividade e elitismo, observa-se que a produtividade é mais acentuada em alguns autores que produzem 2/3 da literatura registrada em determinado campo do conhecimento. Este grupo de mais produtivos pode ser a elite quantificável através do Princípio do Elitismo”. 24 2.2.5. ANÁLISE DE CITAÇÃO Segundo Braga (1973), “citação (citação bibliográfica) é o conjunto de uma ou mais referências bibliográficas que, incluídas em um documento, evidenciam relações entre partes dos textos dos documentos citados e partes do texto do documento que as inclui”. Dessa forma, as relações entre ideias, indivíduos, instituições e áreas de pesquisa ficam evidenciadas. A análise de citações permite verificar o que foi publicado em determinado corte da literatura e relacionar o citante com o citado, dirigindo o leitor para outras fontes de informações correlatas (LIMA, 1984). Segundo Araújo (2006), a área mais importante da bibliometria é a análise de citações, uma vez que permite a identificação e descrição de uma série de padrões na produção do conhecimento científico. Com os dados retirados das citações pode-se descobrir autores mais citados, autores mais produtivos, elite de pesquisa, frente de pesquisa, fator de impacto dos autores, procedência geográfica e/ou institucional dos autores mais influentes em um determinado campo de pesquisa; tipo de documento mais utilizado, idade média da literatura utilizada, obsolescência da literatura, procedência geográfica e/ou institucional da bibliografia utilizada; periódicos mais citados, “core” de periódicos que compõem um campo. 25 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL Analisar a produção científica e as citações da obra de Vital Brazil, com vistas a identificar a rede social e institucional no seu processo de comunicação científica com pesquisadores nacionais e internacionais. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar o tipo de autoria, os colaboradores na produção científica e a rede institucional estabelecida por Vital Brazil, em nosso país e no exterior. Analisar o padrão de citação adotado por Vital Brazil, os precursores e questões que nortearam sua pesquisa. Identificar os principais temas de divergência entre Vital Brazil e demais pesquisadores, em especial em relação à especificidade dos soros antipeçonhentos. 26 4. METODOLOGIA A pesquisa é exploratória, adota métodos bibliométricos e utiliza como principal material da pesquisa a obra científica de Vital Brazil. A obra científica de Vital Brazil está reunida em um livro (PEREIRA NETO, 2002), que apresenta a transcrição dos originais, bem como índice bibliográfico geral, índice remissivo temático e índice remissivo onomástico. Neste último índice são relacionados todos os autores que Vital Brazil mencionou ao longo de sua produção científica. Este índice se encontra no Anexo 1. É importante salientar que para a construção do índice remissivo onomástico Pereira Neto (2002) considerou todas as citações realizadas por Vital Brazil, o que incluí a citação de pesquisadores motivada por seus trabalhos, bem como a de colaboradores que participaram de diversas atividades que contribuíram para as pesquisas de Vital Brazil. Um exemplo é Adolpho Lutz, que várias vezes teve seu nome citado, sendo apenas uma delas relacionada a um de seus trabalhos sobre batráquios. Outra observação importante é que os trabalhos publicados mais de uma vez, só tiveram uma de suas versões descritas por Pereira Neto (2002). Por essa razão, esses trabalhos foram considerados como uma única obra e apresentam o mesmo número de registro, mesmo podendo apresentar datas muito distantes e meios de divulgação diferentes. Os procedimentos metodológicos seguiram as seguintes etapas: 1ª Etapa: Análise da produção científica de Vital Brazil, com base no índice bibliográfico geral, para identificação dos colaboradores. 2ª Etapa: Criação de uma lista de referências para cada trabalho, com base na compilação do índice remissivo onomástico contido na obra completa de Vital Brazil (Anexo 1). 3ª Etapa: Criação de uma lista de freqüência de citação por pesquisador, com base na compilação do mesmo índice. 27 Para a realização das três primeiras etapas foram construídas duas bases de dados: uma contendo os autores colaboradores e os respectivos artigos e a outra identificando os autores citados por Vital Brazil e os respectivos artigos. Foi realizada uma pesquisa acerca da origem desses colaboradores, suas Instituições e temas desenvolvidos, de forma a construir as redes de colaboração de Vital Brazil. 4ª Etapa: Escolha da(s) lei(s) bibliométrica(s) a ser(em) utilizada(s) para aplicação nos dados da etapa anterior, de forma a separar os pesquisadores mais citados. De acordo com os dados obtidos referentes às citações recebidas pelos 869 pesquisadores, as leis bibliométricas que se mostraram adequadas para a análise foram: Lei de Bradford e a Lei do Elitismo. 5ª Etapa: Identificação de pesquisadores mais citados com a aplicação das leis selecionadas na etapa anterior. 6ª Etapa: Para os pesquisadores mais citados e que integram a elite, foi realizada a leitura das obras onde eles são citados, para identificar os principais temas tratados. Esta etapa pode ser subdividida em três fases: 1ª Fase: Leitura, identificação e registro dos trechos onde os pesquisadores mais citados apareciam. Foi criado um arquivo em Word para cada pesquisador contendo os trabalhos e os trechos em que seu nome era citado por Vital Brazil. Esses trechos foram copiados exatamente como se encontravam na obra de Vital Brazil. Nada foi corrigido, alterado ou atualizado. 2ª Fase: Com base nesses arquivos de texto foram montados quadros-resumo, um para cada pesquisador, contendo o número de vezes em que o nome do pesquisador aparecia em cada trabalho e a circunstância dessa citação. 28 3ª Fase: Com base nesses quadros-resumo, os pesquisadores foram classificados por grandes temas de interesse e interlocução com Vital Brazil, sendo que um mesmo pesquisador poderia estar classificado em mais de um tema. Além dessas fases, foi realizada pesquisa sobre a biografia desses pesquisadores, incluindo a busca de fotos, visando dar suporte a Exposição “ANIMAIS PEÇONHENTOS – passado e memória na construção de valores”, realizada de 5 a 9 de março de 2012 em Salvador, durante o XXIX Congresso Brasileiro de Zoologia. 7ª Etapa: Apresentação e divulgação dos resultados em eventos científicos. 8ª Etapa: Produção de relatório de pesquisa. 9ª Etapa: Produção de artigo científico. 10ª Etapa: Apresentação dos resultados no Colóquio de Pós doutorado do IBICT 29 5. A OBRA DE VITAL BRAZIL A obra científica de Vital Brazil encontra-se publicada no período de 1892 a 1941, tendo alguns trabalhos republicados em 1950, e conta com 59 artigos, 4 livros e uma tese. O livro organizado por Pereira Neto (2002) apresenta a transcrição de todos os trabalhos de Vital Brazil, com exceção de seu livro publicado em 1941 “Memória Histórica do Instituto Butantan” e do artigo sobre a vida e a obra de Dorival de Camargo Penteado publicado em 1942. Foi estruturado agrupando os trabalhos em um índice bibliográfico geral. Esse índice apresenta 63 entradas, obedecendo à ordem cronológica da publicação dos trabalhos. Cada entrada pode apresentar um único trabalho ou reunir todas as partes que compõem um artigo, bem como artigos iguais publicados em periódicos diferentes no mesmo ano ou mesmo republicações, estas podendo ser datadas de até 25 anos após a primeira edição. As entradas são compostas pelo ano de publicação do primeiro trabalho e uma letra, caso ocorra mais de uma obra diferente datada do mesmo ano. Contando todas as partes e as republicações, os 59 artigos transformam-se em 114 trabalhos, sendo: • 90 artigos publicados em periódicos • 11 trabalhos publicados como “separatas”: - 1 Relatório (1900) - 1 Conferência (1902) - 4 Trabalhos do Instituto de Butantan (3 em 1909 e 1 em 1910) - 2 Trabalhos Sobre Ofiologia (1902) - 1 Travail de l’Institut Butantan (1927) - 2 Coletâneas (1904 em português) (1905 em francês) • 11 artigos publicados na Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto Butantan • 2 trabalhos publicados em Anais de Congressos: - 1 no 3o Congresso Brasileiro de Hygiene - 1 no 8o Congresso em Washington 30 5.1. TRABALHOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS A Tabela 4 apresenta a distribuição dos 90 artigos de Vital Brazil distribuídos por periódico. É possível observar que quase 68% de seus artigos foram publicados em três periódicos, Revista Médica de São Paulo, Brazil-Médico e Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia. Tabela 4: Número e percentual de artigos publicados por Vital Brazil por Periódico. Periódico Revista Médica de São Paulo Brazil-Médico Annaes/Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia Imprensa Médica Memórias do Instituto Butantan Biologia Médica Annales de l’Institut Pasteur Boletim do Instituto Vital Brazil A Tribuna Médica Archivos do Instituto Vital Brazil Boletim do Instituto Brasileiro de Sciencias/Ciências Ciência Médica Revista da Sociedade Scientífica de São Paulo Revista de Biologia e Hygiene Seuchenbekämpfung Total No publicações 29 19 13 8 6 3 2 2 2 1 1 1 1 1 1 90 % 32,2 21,1 14,4 8,9 6,7 3,3 2,2 2,2 2,2 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 100,0 A Tabela 5 apresenta os anos de início e término de cada um dos periódicos, onde Vital Brazil publicou seus artigos. É possível verificar que Vital Brazil foi o fundador de diversas revistas científicas como os Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, Memórias do Instituto Butantan, Archivos do Instituto Vital Brazil e Boletim do Instituto Vital Brazil. Dessa forma, Vital Brazil ganha maior destaque na área da Comunicação Científica, merecendo outros estudos, estes mais focados nesse aspecto, com o devido detalhamento e aprofundamento. 31 Tabela 5: Anos de criação e término dos periódicos que contém artigos de Vital Brazil. Periódico Revista Médica de São Paulo Brazil-Médico Annaes/Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia Imprensa Médica Memórias do Instituto Butantan Biologia Médica Annales de l’Institut Pasteur Boletim do Instituto Vital Brazil A Tribuna Médica Archivos do Instituto Vital Brazil Boletim do Instituto Brasileiro de Sciencias/Ciências Ciência Médica Revista da Sociedade Scientífica de São Paulo Revista de Biologia e Hygiene Seuchenbekämpfung Início 1898 1887 1913 1904 1918 1934 1887 1927 1889 1923 1925 1923 1905 1927 1924 Término 1914 1979 2005 1914 2006 1946 1972 1954 1972 1927 1927 1929 1913 1941 1930 Revista Médica de São Paulo (1898-1914) A Revista Médica de São Paulo, fundada em 1898, era um importante periódico da categoria paulista. Foi a primeira revista em território paulista que teve tiragem regular. Segundo o editorial do primeiro número, foi definida como um jornal prático de medicina, cirurgia e higiene, acompanhando de perto políticas públicas de saúde no Estado, inovações e pesquisas científicas produzidas no Brasil e no exterior. Muitos de seus colaboradores eram membros efetivos do Serviço Sanitário. As publicações deste periódico visavam popularizar o saber médico. Foi fundada pelo médico Victor Godinho, que ocupava o cargo de inspetor sanitário na cidade de Dois Córregos, junto com Arthur Mendonça. Vital Brazil aparece ao lado de Vitor Godinho e Arthur Mendonça como um dos diretores dessa Revista (Ano II, N. 12, 15 de dezembro de 1899). 32 Brazil-Médico (1887-1971) O periódico Brazil-Medico surgiu em 15 de janeiro de 1887. Era uma revista publicada semanalmente e tinha um vínculo com a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. O doutor Azevedo Sodré, médico e professor, é considerado o criador e diretor dessa revista (MOREIRA et al., 2002; MENDES et al., 2008). O Brazil-Medico também mantinha relações estreitas com a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, através da publicação das atas de reuniões e dos trabalhos dessa associação científica que, considerada democrática e republicana, lutava pela modernização científica e institucional da medicina brasileira. Um dos principais objetivos do Brazil-Medico era registrar e tecer comentários das experiências e pesquisas dos médicos nacionais, além de divulgar as experimentações novas desenvolvidas no Rio de Janeiro, com foco na área de doenças tropicais. No início da circulação do Brazil-Medico, o país passava por um movimento de renovação da medicina brasileira. Tal movimento teve origem no Rio de Janeiro e na Bahia a partir da década de 1870. Nesse cenário, a revista carioca representou os desejos e obstáculos com que se deparava a medicina no Brasil. Destacava-se a necessidade de estabelecer bases próprias para alcançar a glória científica da República brasileira e para eliminar as misérias do planeta. Annaes/Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia (1913-2005) O periódico “Annaes Paulista de Medicina e Cirurgia” foi fundado em 1913, mesmo ano da instalação da Faculdade de Medicina e cirurgia de São Paulo, que desde a sua instalação deu ênfase a uma medicina experimental, tanto nas atividades das cadeiras clínicas quanto nas áreas básicas (BARONI, 2009). A criação e direção dessa revista ficou sob a responsabilidade dos professores Arnaldo Vieira de Carvalho, Diogo de Faria e Vital Brazil. 33 Memórias do Instituto Butantan (1918-2006) Em 1918, foi publicado o primeiro número das Memórias do Instituto Butantan, em dois fascículos correspondentes ao volume I ou Tomo I. O Fascículo I reunia vários trabalhos produzidos entre 1901 e 1917 e o Fascículo 2 reunia trabalhos produzidos de 1918 a 1919. O volume II foi publicado somente em 1925 e o III no ano seguinte (1926). A partir do volume IV, publicado em 1929, a periodicidade foi quase sempre mantida. No primeiro número da revista era informado: as “Memórias do Instituto Butantan” serão publicadas em fascículos agrupáveis em omos e não aparecerão em datas fixas. Na contra capa da publicação do Tomo I – Fascículo 1 aparecem as seguintes informações: Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto Butantan, São Paulo Além das Memórias do Instituto Butantan, algumas publicações e trabalhos inéditos de membros do Instituto foram reunidos nas Coletâneas dos Trabalhos do Instituto Butantan, que contém no volume I a produção científica de 1901 a 1917, e no volume II a do período de 1918 a 1924. (Vital Brazil só publicou no volume I). Essa coletânea foi depois interrompida e retomada a partir de 1951, com reproduções de artigos publicados em outras revistas que não as Memórias, encerrando-se definitivamente em 1977. Foram no total de 16 volumes. Archivos do Instituto Vital Brazil (1923-1927) Criado em 1923 por Vital Brazil, divulgou importantes trabalhos de pesquisa científica datados desde os primeiros anos do Instituto Vital Brazil. Foi editado continuamente durante três anos, entre julho de 1923 e junho de 1926. A partir de setembro 34 de 1927 até dezembro de 1954, esta publicação passou a se chamar “boletim do Instituto Vital Brazil” (PENNA; MAIA, 2011). Boletim do Instituto Vital Brazil (1927-1945, 1948 (5 artigos), 1954 (4 artigos) Esse periódico constituiu a continuação dos Archivos do Instituto Vital Brazil. Foi criado por Vital Brazil em 1927 (PENNA; MAIA, 2011). Biologia Médica (1934-1946) Revista bimestral sobre Ciências Biológicas em suas relações com a terapêutica e a medicina. Fundada pelo Dr. Vital Brazil Filho em 1934. Aceitava colaboração científica de todos os médicos do país. 35 5.2. TRABALHOS PUBLICADOS AO LONGO O TEMPO Para subsidiar a análise da produção científica ao longo do tempo foi elaborado um gráfico ramo-folha apresentando a obra científica de Vital Brazil, distribuída no período de 1891 a 1950. O gráfico foi dividido em dois períodos, de 1891 a 1919 e de 1919 a 1950. Tal divisão foi realizada, pois define de forma contundente duas fases distintas na vida e na obra desse pesquisador. Na primeira fase, Vital Brazil encontra-se em São Paulo, onde cria e dirige o Instituto Butantan, constitui família, casa-se em 1892 sendo pai de doze filhos, nove chegando à idade adulta. Em 1913 perde sua mãe e sua esposa, de 1914 a 1918 atravessa a 1ª guerra mundial e em 9 de julho de 1919 e deixa o Instituto Butantan. Na segunda fase, em Niterói, cria em 14 de julho de 1919 o Instituto Vital Brazil, casa-se novamente em 1920, vindo a constituir uma nova família, sendo pai de mais nove filhos. Ainda nessa fase, retomou a direção do Instituto Butantan por alguns anos, de 1924 a 1927, vindo depois a deixá-lo definitivamente. Ainda nesse período atravessa a 2ª guerra mundial, 1939 a 1945, e sofre uma grande perda, a morte de seu filho e um de seus co-autores Vital Brazil Filho em 1936. No Anexo 2 encontram-se detalhados os principais acontecimentos na vida de Vital Brazil. Retomando ao gráfico ramo-folha, o ramo contém os anos das publicações e as folhas representam os trabalhos publicados. Os trabalhos foram numerados de 1 a 63 de acordo com as entradas consideradas por Pereira Neto (2002). A repetição de números ocorre pelo fato de alguns trabalhos terem sido publicados em partes ou mais de uma vez, como já foi mencionado anteriormente. Esse gráfico indica a partir do preenchimento das folhas com os números das entradas consideradas por Pereira Neto (2002) e das cores atribuídas a cada pesquisador, como apresentado na legenda, os trabalhos em que Vital Brazil contou com co-autoria, e sua distribuição ao longo do tempo. Além disso, será possível observar a política de republicação dos trabalhos adotada por Vital Brazil. A Figura 3 contém o gráfico ramo-folha descrito acima que apresenta a produção científica de Vital Brazil ao longo do tempo, dividida em dois períodos. No período de 1891 a 1920, Vital Brazil publicou 76 trabalhos, produção bastante superior à encontrada no período de 1921 a 1950, quando 43 trabalhos foram apresentados 36 (Figura 3). Mesmo sem considerar as republicações, o período de 1891 a 1920 se mantém como o mais produtivo, com 40 trabalhos contra 24 do período seguinte. A estratégia de publicar um mesmo trabalho várias vezes era comum no início do século XX e tinha por objetivo ampliar a divulgação do conhecimento sobre um determinado assunto. Considerando apenas os artigos e separatas, o número médio de publicações de um mesmo trabalho no primeiro período é praticamente o mesmo do segundo, 1,5 contra 1,7. A mediana e a moda são iguais a 1 nos dois períodos. Contudo, dos 36 trabalhos originais publicados no primeiro período, excluindo a tese e os três livros, 11 foram republicados, o que representa um percentual de republicação de 30,5%. No segundo período, dos 23 trabalhos originais, 12 foram republicados, gerando um percentual de republicação de 52,2%. Dessa forma, pode-se concluir que essa estratégia se fazia mais presente no segundo período, apesar da necessidade sempre apontada por esse pesquisador em tornar público a existência e a eficácia da soroterapia antipeçonhenta, sujeito dos trabalhos do primeiro período. Chama a atenção o fato de que no período de 1919 a 1923, posterior a criação do Instituto Vital Brazil, em Niterói no ano de 1919, Vital Brazil não ter apresentado nenhuma publicação científica. Nesse sentido, há quem afirme que o Vital Brazil de Niterói deixou de ser cientista para se tornar empresário de saúde (PEREIRA NETO, 2000). Contudo, não podemos concordar com essa avaliação de Pereira Neto (2000), que chega até mesmo as vias de ser pejorativa, uma vez que associa a esse pesquisador a imagem de alguém que deixou de produzir ciência para sair atrás de lucros financeiros. Não é preciso ir muito longe para entender que alguém que doa ao Estado de São Paulo o direito de explorar a patente referente aos soros antipeçonhentos, está muito pouco preocupada com ganhos financeiros. Abaixo é transcrita a carta datada de 12 de agosto de 1917, na qual Vital Brazil escreve ao Dr. Oscar Rodrigues Alves, Secretário do Interior do Governo do Estado de São Paulo, sobre a patente dos soros antipeçonhentos (BRAZIL, 2001): "Recebendo agora, por intermédio do Dr. Otávio Veiga, a patente dos soros antipeçonhentos, que por inspiração de V. Exa. requeri e obtive, tenho a honra de oferecer-lhe, como Secretário do Interior, o direito de 37 ser esta patente explorada no Instituto Butantan em benefício do mesmo Instituto. V. Exa. resolverá o melhor meio de legalizar a oferta que faço no empenho de ser útil ao estabelecimento que fundei, que tenho dirigido com dedicação e ao qual dei até hoje o melhor dos meus esforços. Os meus estudos sobre ofidismo, começados antes de fazer parte de qualquer dos institutos de higiene do Estado e quando ainda clinicava em Botucatu, exigiram da minha parte uma série de sacrifícios e esforços, fora da esfera dos meus deveres de funcionário. Por este motivo não tive vacilações em aceitar a sugestão de V. Exa., no sentido de requerer a patente, que ora ofereço como uma das colunas de sustentação do estabelecimento, onde encontrei os meios materiais para a resolução do problema do ofidismo na América, resolução esta que constitui o principal motivo do renome de que goza o nosso Instituto e do seu progresso atual. Fazendo votos para que os generosos intuitos encontrem a aceitação de V. Exa., tenho a honra de apresentar os protestos de minha elevada consideração." A seguir é transcrita a resposta datada de 25 de setembro de 1917 (BRAZIL, 2001): "Tenho muita satisfação em responder à carta em que V. Sa. Me comunica o desejo de oferecer ao Instituto Butantan a patente para o preparo de soros antipe- çonhentos. É com especial agrado que aceito a oferta. O Governo bem sabe aquilatar os sacrifícios e esforços que, há muitos anos e com o maior desprendimento, V. Sa. consagra ao estabelecimento que criou e ao qual devemos a resolução científica do problema do ofidismo, fato este de inestimável contribuição para tomar o nome do Brasil respeitado nos mais adiantados centros científicos estrangeiros, 38 onde bem se aprecia o valor das pesquisas relativas a tão importante capítulo da patologia indígena. A espontânea e desinteressada resolução de V. Sa. só merece aplausos e eu faço votos que o Instituto que tanto lhe deve possa contar, por muitos anos, com o valioso concurso de sua grande competência e sábia direção. Apresentando a V. Sa. os agradecimentos do Governo do Estado, peço que receba os cumprimentos muito afetuosos do amigo e colega Oscar Rodrigues Alves. (cópias em poder do Dr. Alexandre Canalini – Biógrafo de Vital Brazil). 31 31 31 31 40 31 39 31 38 30 31 29 1 29 30 26 27 29 30 20 26 29 30 14 16 20 22 25 28 30 35 10 13 16 19 21 24 25 30 34 9 12 15 18 21 23 24 30 33 12 4 8 11 3 8 7 6 28 28 20 8 6 32 17 5 2 30 29 26 25 24 23 9 36 37 8 1891 1892 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900 1901 1902 1903 1904 1905 1906 1907 1908 1909 1910 1911 1912 1913 1914 1915 1916 1917 1918 1919* 63 60 59 48 41 56 47 52 55 55 46 51 55 54 45 51 55 44 50 54 43 49 53 57 42 48 51 56 47 59 52 58 46 59 60 59 60 44 61 62 63 43 1919* 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 Figura 3: A obra científica de Vital Brazil distribuída no período de 1892 a 1950 – 59 anos. LEGENDA - Co-autores VELLARD, Jean BRAGA, Americo BRAZIL FILHO, Vital PESTANA, Bruno Rangel ROCHA, Franco da 39 6. REDE DE COLABORADORES Apesar de ter articulado uma expressiva rede de colaboradores entre os beneficiários primeiros de seus estudos a respeito do tratamento soroterápico, ou seja, entre médicos do interior, fazendeiros e trabalhadores rurais, o número de colaborações em sua obra publicada é bastante reduzido, tanto pela quantidade, apenas cinco nomes, quanto pela Instituição de origem desses pesquisadores. Dos cinco, três eram seus assistentes, Bruno Rangel Pestana do Instituto Butantan, Américo Braga do Instituto Vital Brazil e Jean Vellard que pertenceu a essas duas Instituições. Um era seu próprio filho, Vital Brazil Filho, que trabalhava no Instituto Vital Brazil. Apenas um, Franco da Rocha, médico psiquiatra, diretor e fundador do Asilo de Alienados do Juqueri, era proveniente de outra Instituição. Dos 63 trabalhos, em 44, nos quais estão incluídos os três livros e a tese, Vital Brazil foi o único autor. A co-autoria só apareceu em 1909, quando um artigo foi escrito com Bruno Rangel Pestana. No entanto, seu principal colaborador foi Jean Vellard, com o qual publicou 15 artigos. Com os demais, produziu apenas um trabalho com cada um deles. Esse comportamento observado na obra de Vital Brazil reflete os costumes de uma época. Segundo Meadows (1999), no século passado, a maioria dos artigos das ciências possuía um único autor, enquanto hoje em dia muitos artigos possuem dois ou mais. Pinheiro et al. (2005) ao apresentarem a história do periódico na comunicação científica, afirmam que uma das iniciativas da ciência foi exatamente a publicação de artigos individuais curtos, contendo notícias científicas. A seguir, será apresentada uma pequena biografia de cada um desses colaboradores, bem como a referência dos trabalhos produzidos em co-autoria. 40 Figura 4: Rede de colaboradores de Vital Brazil e suas Instituições. Hospital Psiquiátrico do Juquery 1 1 Franco da Rocha 1915 Bruno Rangel Pestana 1909 15 Américo Braga 1935 1 1 1925 1928 1926 1930 1927 Vital Brazl Filho 1933 Jean Vellard 41 Figura 5: Rede de colaboradores de Vital Brazil e temas tratados. Bruno Rangel Pestana Franco da Rocha 1909 1915 1925 1928 1926 1930 1927 Américo Braga 1935 Vital Brazl Filho 1933 Jean Vellard Legenda – temas tratados: Uso de veneno no tratamento da epilepsia Papel dos lipóides em imunologia Imunidade antitóxica experimental por via oral e por via nasal Estudo da coagulação Estudo dos batráquios e seu veneno Envenenamento ofídico Envenenamento por aranha 42 Temas relacionados aos títulos dos trabalhos: Tratamento da epilepsia (Rocha, 1915) Da importância dos lipoides no preparo da vaccina contra carbunculo hematico (Braga,1909) Do papel dos lipoides em immunologia (Vellard, 1927) Imunidade antitoxica experimental por via oral e por via nasal (Vellard, 1925) Contribuição ao estudo da coagulação e da proteolyse (Vellard, 1926) Action coagulante et anticoagulante des venins (Vellard, 1927) Action coagulante et anticoagulante des sérums (Vellard, 1928) Contribuição ao estudo do veneno de Batráchios do gênero Bufo (Vellard, 1925) Contribuição ao estudo dos batrachios (Vellard, 1926) Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico (Pestana, 1909) Do envenenamento elapíneo em confronto com o choque anafiláctico (Brazil Filho, 1933) Contribuição ao estudo do veneno das glândulas das serpentes aglyphas (Vellard, 1925) Contribuição ao estudo das glandulas das Serpentes Aplyphas (Vellard, 1926) Contribuição ao estudo do veneno das aranhas. Aranhas inimigas das serpentes (V, 1925) Contribuição ao estudo do veneno das aranhas (Vellard, 1925) Imunização por via intradérmica e por via subcutânea. Sôro anti-ctenus (Vellard, 1925) Sôro contra o veneno da 'Lycosa Raptoria'. Método de dosagem (Vellard, 1925) Contribuição ao estudo do veneno das aranhas (Vellard, 1925) Das Gift der brasilianischen Spinnen (Vellard, 1930) 43 6.1. JEAN VELLARD (1901-1996) Nasceu em Béja, Tunísia e estudou medicina na França. Uma vez formado, com o objetivo de estudar as aranhas do Brasil, ao chegar ao Rio de Janeiro é encaminhado pela embaixada francesa ao Instituto Vital Brazil (1923). Em 1924, acompanha Vital Brazil e ingressa no Instituto Butantan como assistente. No período em que esteve no Instituto Butantan dedicou-se principalmente ao estudo e classificação das aranhas. Publicou, isoladamente ou em colaboração com Vital Brazil, interessantes trabalhos sobre este e outros assuntos, tais como: a ação dos venenos, a produção de soros anti-tóxicos aplicáveis contra os acidentes mais freqüentes e o veneno do sapo. Reorganizou o museu do Instituto Butantan, que ficou sob sua direção. Em 1927, mais uma vez acompanha Vital Brazil voltando a integrar o corpo de assistentes do Instituto Vital Brazil. Em 1929, deixa definitivamente o Instituto Vital Brazil. 44 Artigos publicados por Vital Brazil e Jean Vellard: 1925-A – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Contribuição ao estudo do veneno das aranhas, - Aranhas inimigas das serpentes - Gênero Grammostola”. Brazil-Médico, XXXIX, 1, p. 47-51. 1925-B – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Contribuição ao estudo do veneno das glândulas das serpentes aglyphas”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 463470. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), Contribuição ao estudo do veneno das glândulas das serpentes aglyphas. Publicações do Brazil-Médico. São Paulo, Sodre & Cia. Editores, 13p. 1925-C – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Contribuição ao estudo do veneno de Batráchios do gênero Bufo”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 525-536. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Contribuição ao estudo do veneno de Batráchios do gênero Bufo”. Brazil-Médico, XXXIX, 1, p. 175-180. 1925-D – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Contribuição ao estudo do veneno das aranhas”. Brazil-Médico, XXXIX, 1, p. 131-133. 1925-E – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Imunização por via intradérmica e por via subcutânea. Sôro anti-ctenus. Método de dosagem e primeira aplicação no homem”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 555-563. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Imunização por via intradérmica e por via subcutânea. Sôro anti-ctenus. Método de dosagem e primeira aplicação no homem”. BrazilMédico, XXXI, 2, p. 224-227. 1925-F - BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Sôro contra o veneno da 'Lycosa Raptoria'. Método de dosagem”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 473479. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Sôro contra o veneno da 'Lycosa Raptoria'. Método de dosagem”. Brazil-Médico, XXXIX, 2, p. 249-251. 1925-G - BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Contribuição ao estudo do veneno das aranhas”. Memórias do Instituto de Butantan, II, p. 5-77. BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Contribuição ao estudo do veneno das aranhas”. Memórias do Instituto de Butantan, III, p. 243-299. 1926-A – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1926), “Contribuição ao estudo dos batrachios”. Memórias do Instituto de Butantan, III, p. 7-70. 45 1926-B – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1926), “Contribuição ao estudo das glandulas das Serpentes Aplyphas”. Memórias do Instituto de Butantan, III, p. 301-325. 1926-C – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1926), “Contribuição ao estudo da coagulação e da proteolyse” Brazil Médico, XL, 1, p. 239-243. BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1926), “Contribuição ao estudo da coagulação e da proteolyse” Boletim do Instituto Brasileiro de Sciencias, p. 195-210. BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1927), “Contribuição ao estudo da coagulação e da proteolyse”. Revista de Biologia e Hygiene, I, 1, p. 5-16. 1927-B – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Imunidade antitoxica experimental por via oral e por via nasal”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 565-579. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Imunidade antitoxica experimental por via oral e por via nasal”. Brazil-Médico, XLI, p. 1311-1318. 1927-C – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Do papel dos lipoides em immunologia. Função fixadora e capacidade modificadora dos lipoides. Vacinas lipóidicas”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 537-553. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1927), “Do papel dos lipoides em imunologia, Funcção fixadora e capacidade modificadora dos lipoides. Vacinas lipóidicas”. Ciência Médica, V, p. 419-434. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1927), “Do papel dos lipoides em imunologia. Função fixadora e capacidade modificadora dos lipoides. Vacinas lipóidicas”. Brazil-Médico, XLI, p. 743-751. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1927), Sur le rôle des lipoides em immunologie. Fonction fixatrice et capacite modificatrice des lipoides. Vaccins lipoidiques. Travail de l’Institut de Butantan. São Paulo, Escola Profissionais do Lyceu Coração de Jesus, 23p. 1928-A – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Action coagulante et anticoagulante des venins”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 481-523. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1928), “Action coagulante et anticoagulante des venins”. Annalles de l’Institut Pasteur, XLII, p. 403-451. 1928-B – BRAZIL, Vital et VELLARD, J. (1928), “Action coagulante et anticoagulante des sérums. Coagulabilité des plasmas normaux”. Annalles de l’Institut Pasteur, XLII, p. 907-944. 1930 – BRAZIL, Vital et VELLARD, J. (1930), “Gift der brasilianischen Spinnen”. Seuchenbekämpfung, VII, p. 1-44. 46 6.2. BRUNO RANGEL PESTANA (1881-1971) A 5 de abril de 1907 é nomeado ajudante do Instituto Butantan. Vital Brazil o considerava um talentoso auxiliar, dotado de um espírito de iniciativa pouco vulgar e que durante algum tempo prestou relevantes serviços (BRAZIL, 1941). Foi o primeiro co-autor de Vital Brazil, publicando um artigo com esse pesquisador em 1909. Dedicou-se ao estudo dos germens ácido-resistentes, empenhando-se principalmente nas questões da tuberculose e da lepra. Representou o Instituto Butantan na Exposição Internacional de Higiene em Dresden, Alemanha em 1911. Em 1914 deixou o Instituto Butantan para ocupar posto correspondente no Instituto Bacteriológico, onde permaneceu até 1931. Artigo publicado por Vital Brazil e Bruno Rangel Pestana: 1909-C – BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel. (1918), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 150-193. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XIII, 4, p. 61-64. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XIII, 9, p. 161-164. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 375-379. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 415-425. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 439-442. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 442-444. 47 6.3. AMÉRICO BRAGA (1899-1947) Veterinário e patologista, ingressa no Instituto Vital Brazil em 1934. Implantou no Instituto a importante Seção de Medicina Veterinária, mais tarde, Divisão de Medicina Veterinária. Em 1942 foi incumbido por Vital Brazil de chefiar a Divisão de Medicina Veterinária. Foi também o fundador da Escola Fluminense de Medicina Veterinária, com sede em terreno cedido pelo Instituto Vital Brazil. Demite-se em 1945. Artigo publicado por Vital Brazil e Américo Braga: 1935 – BRAZIL, Vital e BRAGA, Americo. (1935). Da importância dos lipoides no preparo da vaccina contra carbunculo hemático. Boletim do Instituto Vital Brazil, XVII, 21p. 48 6.4. VITAL BRAZIL FILHO (1904-1936) Nasceu em Paris em 21 de agosto de 1904. Em 1931 assume as funções do Dr. Arlindo de Assis no Instituto Vital Brazil. Em 1933 retoma as pesquisas juntamente com seu pai, Vital Brazil, com estudo sobre envenenamento produzido por cobra coral. Falece precocemente em 9 de julho de 1936, aos 33 anos, de septicemia estafilocócica, na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. 49 Artigo publicado por Vital Brazil e seu filho Vital Brazil filho: 1933 – BRAZIL, Vital e BRAZIL FILHO, Vital (1950), “Do envenenamento elapíneo em confronto com o choque anafiláctico”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 411-461. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e BRAZIL FILHO, Vital (1933), “Do envenenamento elapineo em confronto com o choque anafiláctico”. Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, XXV, p. 295-332. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e BRAZIL FILHO, Vital (1933), “Do envenenamento elapineo em confronto com o choque anafiláctico”. Boletim do Instituto Vital Brazil, XV, p. 3-49. Vital Brazil e seu filho Vital Brazil Filho (último à direita) no laboratório onde o jovem médico se contaminou com uma bactéria durante pesquisa científica e veio a morrer. Niterói, 1930. Os irmãos: Vital Brazil Filho, Ruy, Oswaldo e Álvaro. 50 6.5. FRANCO DA ROCHA (1864-1933) Natural da cidade de Amparo, interior de São Paulo, nasceu em 23 de agosto de 1864 e faleceu no dia 8 de novembro 1933. O médico cursou o primário e o ginásio na Cidade de São Paulo. A Faculdade de Medicina foi cursada na Cidade do Rio de Janeiro, assim como a residência médica na Casa de Saúde Dr. Eiras, considerada até então o maior e melhor Centro Psiquiátrico do País. Em sua formação na Faculdade de Medicina foi aluno de João Carlos Teixeira Brandão (1854-1921) e adepto da corrente francesa de psiquiatria, que à época predominava no país. Após concluir sua formação, Franco da Rocha volta a São Paulo e, em 1893, é nomeado para compor o corpo médico do Hospício de Alienados deste estado. A partir de então, passa a reivindicar, junto aos dirigentes estaduais, a criação de um novo hospício, projetado segundo os modernos critérios da psiquiatria, opondo-se veementemente à proposta leiga de descentralização da assistência aos alienados que então tramitava no governo. Sua proposta vence e, em 1895, começa a ser construída nova instituição e, no ano seguinte, é nomeado diretor clínico do Hospício de Alienados de São Paulo. Em 1898 é inaugurado o novo hospício, fundado por ele, o Asilo de Alienados do Juqueri, que em 1928 passou a se denominar Hospital e Colônias de Juqueri e mais tarde passa a se chamar Hospício de Juquery, sendo dirigido por Franco da Rocha desde sua fundação até 1923. O Hospital Psiquiátrico do Juqueri, localizado no atual município de Franco da Rocha, em meados do século XX, chegou a ser o maior hospital psiquiátrico da América Latina. Foi o primeiro professor catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de São Paulo. Assim como Arthur Ramos, Júlio Porto - Carrero e Juliano Moreira, foi um dos primeiros a divulgar algumas idéias de Freud no Brasil. Incentivou Durval Marcondes, fundador do desenvolvimento psicanalítico no Brasil, mesmo nunca tendo praticado a clínica psicanalítica. Além de co-fundador foi também o primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise. 51 Artigo publicado por Vital Brazil e Franco da Rocha: 1915 – BRAZIL, Vital e ROCHA, Franco da. (1915), “Tratamento da epilepsia”. Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, V, 1, p. 297-306. 52 7. LISTA DE REFERÊNCIAS POR TRABALHO Com base no índice onomástico apresentado na obra de Pereira Neto (2003), listado no Anexo I, foi construído um banco de dados que deu origem a lista de referências por trabalho apresentada a seguir. 1892 – BRAZIL, Vital. (1892), Funções do baço. These apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, datilo. 82p. BACELLI, Guido DOBSON HOME ROBIN, Ch. BAILLIE DRELINCOURT KÖLLIKER SAINTPIERRE BARDELEBEN DUMAS LAFOREST SALVIOLI BECLARD DUPUYFREN LANDIS SAPPEY BERNARD, Claude DUVERNOY LASSAIGNE SCHIFF BIZZOZERO EBERHARDT LEGROS SCHIMITH BOCHEFONTAINE ESTOR LEHMAN SCHONFELD BORDEU EWALD LIEUTAUD STINSTRA BROUSSAIS FLAMMEDIG LUDWIG TARCHANOFF BUFALINI FLINT MALASSEZ TIELDMANN BURDACH FUNKE MANTEGAZZA TIZZONI COLIN GERLACH MECKEL TURIM CREDÉ GMELIN MOLESCHOTT UTINGUASSÚ CRUVEILHIER GONBAUX OTTO VAN DEE DECHAMBRE GRAY PATARIS VIEHOIDT DEFERMON GREGORESCU, G. PEYRANI VIRCHOW DELSON HALLER PICARD VULPIAN DENIS HERZEN PIORRY WAGNER DITTMAN HIRT POUCHET ZESAS 76 citações 1898-A – BRAZIL, Vital. (1898), “Estudos experimentaes sobre o preparo denominado salva-vidas, preconisado contra mordeduras de cobras e outros animaes venenosos”. Revista Medica de São Paulo, I, p. 139-141. Não há citações 1898-B – BRAZIL, Vital. (1898), “Um caso de abcesso dysenterico do fígado”. Revista Medica de São Paulo, I, p. 6-8. ESPINHEIRA, Candido LUTZ, Adolpho FARIA, Diogo de MENDONÇA, A. 4 citações 53 1898-C – BRAZIL, Vital. (1898), “Alguns casos de diphteria tratados pelo serum antidiphtherico”. Revista Medica de São Paulo, I, p. 51-56 TOLEDO, Bonilha de 1 citação 1898-D – BRAZIL, Vital. (1898), “A serumtherapia na febre amarela”. Revista Medica de São Paulo, I, 8, p. 127-131 SANARELLI 1 citação 1899 – BRAZIL, Vital. (1899), “A peste bubonica em Santos”. São Paulo, Escola Typographica Salesiana, 50p. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1899), “A peste bubonica em Santos”. Revista Medica de São Paulo, II, 12, p. 343-355. CRUZ, Oswaldo LOPES, Eduardo PRÉVOST, Chapot GODINHO, Victor RIBAS, Emílio LUTZ, Adolpho 6 citações 1901-A – BRAZIL, Vital. (1901), “Resposta ao Dr. Mamede Rocha”. Revista Medica de São Paulo, IV, p. 449. HUGHES ROCHA, Mamede CALMETTE, A. HERING, C. NEIDHARD 5 citações 54 1901-B – BRAZIL, Vital. (1918), “Contribuição ao estudo do veneno ophidico”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 2-30. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1901), “Contribuição ao estudo do veneno ophidico”. Revista Medica de São Paulo, IV, p. 255-260. BRAZIL, Vital. (1901), “Contribuição ao estudo do veneno ophidico”. Revista Medica de São Paulo, IV, p. 296-300. BRAZIL, Vital. (1901), “Contribuição ao estudo do veneno ophidico”. Revista Medica de São Paulo, IV, 21, p. 375-380. BEHRING GERNER PINTO, Cel. Serpa REDI, Francisco BERTRAND, G. KAUFMANN ROUX BOULENGER, G. A. KITASATO CALMETTE, A. LACERDA, João Baptista SANARELLI CASTELNAU LUTZ, Adolpho SEWELL, J. E. FONTANA, F. PHISALIX, C. WUCHERER, O. 18 citações 1902-A – BRAZIL, Vital. (1918), “Do envenenamento ophidico e seu tratamento”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 31-52. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1902), Do envenenamento ophidico e seu tratamento. Serviço Sanitário do Estado de São Paulo. São Paulo, Typografia do Diário Official, 27p. BERTRAND, G. PHISALIX, C. SEWELL, J. E. PINTO, Cel. Serpa SIGAUD, J. CALMETTE, A. CASTELNAU PYE, Smith VIAN-GRAND-MARAIS REDI, Francisco WEHRMANN, C. FRAZER GERNER RY-LON, Kester WOODHEAD SAFFRAY KAUFMANN WUCHERER, O. SAUVAGE, H. E. LUTZ, Adolpho 20 citações 1902-B – BRAZIL, Vital. (1902), “Envenenamento ophidico e seu tratamento”. Trabalhos sobre Ofiologia pelo Dr. Vital Brazil (1900-1925), São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 141-149. Não há citações 55 1902-C – BRAZIL, Vital (1902), “Resumo das experiencias sobre os venenos crotalico e bothropico”. Trabalhos sobre Ofiologia pelo Dr. Vital Brazil (1900-1925), São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 153-158. Não há citações 1902-D – BRAZIL, Vital. (1902), “Contribuição ao estudo do veneno ophidico”. Revista Medica de São Paulo, V, 2, p. 22-25. BRAZIL, Vital. (1902), “Contribuição ao estudo do veneno ophidico”. Revista Medica de São Paulo, VI, 13, p. 265-278. ROUX CALMETTE, A. LACERDA, João Baptista FRANCO DA ROCHA LUTZ, Adolpho WEHRMANN, C. MORETZ-SHON FRAZER 8 citações 1903-A – BRAZIL, Vital. (1903), “Appareil compressif du caillot pour augmenter la production du sérum”. Revista Medica de São Paulo, VI, p. 476-477. Não há citações 1903-B – BRAZIL, Vital. (1903), “Serum anti-ophidico”, Brazil-Médico, XVII, 39, p. 384-385. BORGES, José I. GODINHO, Victor SOUZA LIMA PORTUGAL, Olympio TREVÕES CALMETTE, A. 6 citações 1904-A – BRAZIL, Vital. (1904), Contribuição ao estudo do ophidismo. Porto, Typographia do Porto Médico, 25p. BERTRAND, G. KAUFMANN SEWELL, J. E. TAVARES, Alberto CALMETTE, A. PHISALIX, C. PINTO, Cel. Serpa FRAZER WUCHERER,O* *Não consta do índice remissivo onomástico 8 citações + 1 56 1904-B – BRAZIL, Vital (1904), “Da Serumtherapia no envenenamento ofídico”. BrazilMédico, XVIII, 3, p. 21-23. BRAZIL, Vital (1904), “Da Serumtherapia no envenenamento ofídico Conclusão”. Brazil-Médico, XVIII, 4, p. 31-38. BERTRAND, G. KAUFMANN PHISALIX, C. CALMETTE, A. LUTZ, Adolpho SEWELL, J. E. FRASER* *Não consta do índice remissivo onomástico 6 citações + 1 1904-C – BRAZIL, Vital. (1904), “Sobre um novo tratamento organo-therapico do ophidismo do Dr. Ernst von Bassewitz”. Revista Medica de São Paulo, VII, 2, p. 25-26. BASSEWITZ, Ernest Von 1 citação 1905-A – BRAZIL, Vital. (1905), Contribution à l'Étude de l'Intoxication d'origine Ophidienne. Paris, A. Maloine ed. 26p. BERTRAND, G. FRAZER PHISALIX, C. WUCHERER, O. CALMETTE, A. KAUFMANN SEWELL, J. E. 7 citações 1905-B – BRAZIL, Vital. (1905), “A propósito de uma observação do Dr. Z. de Alvarenga sobre o emprego do sôro anti-ophidico”. Revista Medica de São Paulo, VIII, p. 150-152. ALVAREENGA, Z 1 citação 1905-C – BRAZIL, Vital. (1905), “Ophidismo. Contribuição ao estudo do ophidismo”. Imprensa Médica, XIII, 13, p. 241-247. BRAZIL, Vital. (1905), “Ophidismo. Contribuição ao estudo do ophidismo (continuação)”. Imprensa Médica, XIII, 14, p. 261-268. BRAZIL, Vital. (1905), “Ophidismo. Contribuição ao estudo do ophidismo (conclusão)”. Imprensa Médica, XIII, 15, p. 281-287. PINTO, Cel. Serpa TAVARES, Alberto BERTRAND, G. KAUFMANN CALMETTE, A PHISALIX, C. SEWELL, J. E. WUCHERER, O. FRAZER* *Não consta do índice remissivo onomástico 8 citações + 1 57 1906-A – BRAZIL, Vital. (1906), “O ophidismo no Brazil”. Brazil-Médico, XX, 1, p-7-8. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1906), “O ophidismo no Brazil”. Brazil-Médico, Formulário prático. Brinde aos assignantes do Brazil-Médico, p. 150-156. Não há citações 1906-B – BRAZIL, Vital. (1906), “Tratamento de mordeduras de cobras pelos seruns especificos preparados pelo Instituto Serumtherapico do Estado”. Revista Medica de São Paulo, IX, p. 408-412. GODINHO, Victor 1 citação 1907-A – BRAZIL, Vital. (1918), “A serumtherapia do ophidismo em relação á distribuição geographica das serpentes. Espécies venenosas americanas”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 108-117. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1907), “A serumtherapia do ophidismo em relação á distribuição geographica das serpentes. Espécies venenosas americanas”. Revista Medica de São Paulo, X, 10, p. 196-201. Não há citações 1907-B – BRAZIL, Vital. (1918), “Das globulinas e serinas dos seruns anti-toxicos”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 137-148. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1907), “Das globulinas e serinas dos seruns anti-toxicos”. Revista Medica de São Paulo, X, p. 368-373. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1909), Das globulinas e serinas dos seruns anti-toxicos. Trabalhos do Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, 19p. PESTANA, Bruno Rangel PENTEADO, Dorival 2 citações 58 1907-C – BRAZIL, Vital. (1918). “Contribuição ao estudo do envenenamento pela picada do escorpião e seu tratamento”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 70-81. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1907), “Contribuição ao estudo do envenenamento pela picada do escorpião e seu tratamento”. Revista Medica de São Paulo, X, 19, p. 385-390. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1909), Contribuição ao estudo do envenenamento pela picada do escorpião e seu tratamento. Trabalhos do Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, 18p. EHREMBERG JOYEUX-LAFFUI CALMETTE, A. CATOUILLARD IHERING, Herman Von NICOLLE, C. 6 citações 1907-D – BRAZIL, Vital. (1918), “Dosagem do valor anti-toxico dos seruns antipeçonhentos”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 121-133. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1907), “Dosagem do valor anti-toxico dos seruns anti-peçonhentos”. Revista Medica de São Paulo, X, 22, p. 457-462. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1908), “Dosagem do valor anti-toxico dos seruns anti-peçonhentos”. A Tribuna Médica, XIV, 3, p. 39-44. EHRLICH PESTANA, Bruno Rangel CALMETTE, A. 3 citações 1907-E – BRAZIL, Vital. (1907), “Do anhydrido carbonico como meio conservador dos seruns e das toxinas”. Revista Medica de São Paulo, X, p. 471-473. ROUX 1 citação 59 1907-F – BRAZIL, Vital. (1918), “Mal de Cadeiras em São Paulo”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 58-62. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1907), “Mal de Cadeiras em São Paulo”. Revista Medica de São Paulo, X, 1, p. 2-4. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1909), Mal de Cadeiras em São Paulo. Trabalhos do Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diario Official, 8p. ELMASSIAN JAGUARIBE, Domingos 2 citações 1909-A – BRAZIL, Vital. (1909), “As cobras venenosas e o tratamento ophidismo”. Imprensa Médica, XVII, 2, p. 17-21. BRAZIL, Vital. (1909), “As cobras venenosas e o tratamento ophidismo”. Imprensa Médica, XVII, 3, p. 35-44. BRAZIL, Vital. (1909), “As cobras venenosas e o tratamento ophidismo”. Imprensa Médica, XVII, 4, p. 52-58. BRAZIL, Vital. (1909), “As cobras venenosas e o tratamento ophidismo”. Imprensa Médica, XVII, 5, p. 65-71. BRAZIL, Vital. (1909), “As cobras venenosas e o tratamento ophidismo”. Imprensa Médica, XVII, 6, p. 87-93. ANCHIETA, Padre José de Anchieta QUELCHE, J. J. SCHOMBOURG BOULENGER, G. A. GOMIDE, Francisco SIGAUD, J. IHERING, Herman Von STEYNEGER, Leonard LACERDA, João Baptista WUCHERER, O. PINTO, João Paulino específico do específico do específico do específico do específico do 11 citações 60 1909-B – BRAZIL, Vital. (1918), “Serumtherapia anti-ophidica”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 197-229. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1910), Serumtherapia anti-ophidica. Trabalho do Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, 50p. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1910), “Serumtherapia anti-ophidica”. Brazil-Médico, XXIV, 36, p. 353357. BRAZIL, Vital. (1910), “Serumtherapia anti-ophidica”. Brazil-Médico, XXIV, 37, p. 363365. BRAZIL, Vital. (1910), “Serumtherapia anti-ophidica”. Brazil-Médico, XXIV, 38, p. 373376. BRAZIL, Vital. (1910), “Serumtherapia anti-ophidica”. Brazil-Médico, XXIV, 39, p. 383386. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1910), “Serumtherapia anti-ophidica”. Tribuna Médica, XVI, p. 9-12. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1909), “Serumtherapia anti-ophidica”. Revista Medica de São Paulo, XII, 15, p. 293-307. BEHRING MAC FARLAND KAUFMANN KITASATO BERTRAND, G. PHISALIX, C. SEWALL* CALMETTE, A. LAMB, G. *Não consta do índice remissivo onomástico 8 citações + 1 61 1909-C – BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel. (1918), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 150-193. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XIII, 4, p. 61-64. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XIII, 9, p. 161-164. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 375-379. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 415-425. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 439-442. BRAZIL, Vital e PESTANA, Bruno Rangel (1909), “Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico”. Revista Medica de São Paulo, XII, p. 442-444. BORDET FRAZER* MOSSO KAUFMANN* BOULENGER, G. A. NOGUCHI. H. KYES CALMETTE, A. PHISALIX, C. DELEZENNE* LACERDA, João Baptista ROGERS* FAYER, J. LAMB* SACHS FLEXNER, S. MARTIN FONTANA, F. MITCHEL, W. *Não constam do índice remissivo onomástico 14 citações + 5* 1910 – BRAZIL, Vital. (1910), “Rhachidelus brazili. Espécie ophiophaga na destruição das cobras venenosas” Revista da Sociedade Scientífica de São Paulo, V, p. 1-5. BOULENGER, G. A. 1 citação 1911-A – BRAZIL, Vital. (1911), “Therapeutica do ophidismo”. Revista Médica de São Paulo, XIV, 1, p. 164-174. BARROSO, Sebastião FRAYER SCHLEGEL CALMETTE, A.* WEHRMANN, C. FRAZER* CARVALHO, João Paulo LACERDA, João Baptista WUCHERER, O. COUTY RUFZ, E. *Não constam do índice remissivo onomástico 9 citações + 2 62 1911-B – BRAZIL, Vital. (1911), A defesa contra o ophidismo. São Paulo, Pocai & Weiss. 152p. ALBERTONI ARATANCY, Victor ARMSTRONG ARTHUS, M. BAILEY BALDONI BANG, Ivan BARBERET, J. BARROS FILHO BARROSO, Sebastião BERTARELLI, E. BERTRAND, G. BEZZOLA, C. BIBRON, G. BILLARD, C. BOCOURT, M. BONAPARTE, Lucien BORGES, José I. BORGES, Octávio BOULENGER, G. A. BREHM, A. E. BRIEGER CAIRO, Nilo CALDAS, Roberto CALMETTE, A. CANTOR CARPI CARRIERI CARVALHO, João Paulo CARVALHO, João Teixeira CASTELNAU CHATENCY CHERBLANC, M. COCA COPE CORIOLANO, João CORRÊA, Raphael COSTA, Baptista da COSTA, Moraes COUTY CUVIER DAMPIER DAUDIN DELEZENNE, C. DIAS, Oscardino DUBOIS DUGERN DUMÉRIL DUNCAN EHREMBERG EHSTAND ESPINHEIRA, Candido FARIA, João José de FAUST, E. S. FAYER, J. FEGEL, E. M. FERÈ FERGUNSSON FITZING FLEXNER, S. FONTANA, F. FORBES FRANCIS FRANCO DA ROCHA FRAYER FRAZER FRYER GENGOU, O. GMEL GODINHO, Victor GOELDI, Emílio GOMIDE, Francisco GRAY GUÉRIN GUIMARÃES, Procópio GÜNTN HERMANN HINDALE HORCADES, Alvim IGLEZIAS, Francisco JAN, G. JEAN JORDÃO, Nabor JOSSET JUSSIEU KANTHACK KARLIDSKI KAUFMANN KOENIGSWALD KRAUSE KYES LACÉPEDE LACERDA, João Baptista LAMB, G. LAMBERT LANDOUZY LANNOY LATREILLE LAUR LENZ LHERING, Rolpho Von LINNEU LISBOA, Xavier MAC GARVIE, Smith MACHADO, Marcondes MADSEN MAIA MANWARING MARTIN MASSOL, L. MAUBLANT, E. MEAD MEIRELLES, Eduardo MERREM MINZ, A. MITCHEL, W. MONTEIRO, Joaquim MORGENROTH, J. MYERS NEUWIEDII NOC, F. NOÉ NOGUCHI. H. NOWACK OPPEL ORÉ PALACIOS, G. D. PAMPONET, Cincinato PEDLER PENTEADO, Dorival PESTANA, Bruno Rangel PEYROT PHISALIX, C. PHISALIX, Mme. PINTO, João Paulino PORTUGAL, Olympio POSADA, Arango PRADO, Antônio QUATREFAGES REDI, Francisco REICHERT REIS REMÉDIOS MONTEIRO RIBEIRO DA COSTA, Eduardo RICHARDS RINNÉ ROCHA FARIA RODRIGUES, Gama RODRIGUEZ, Elias ROGERS, L. ROMITH ROXO, Guimarães RUFZ, E. RUSSEL RUTHVEN SACHS SAMPAIO, Theodoro SANTOS FILHO, Almeida SCHAW SCHLEGEL SCHOMBOURG SEPAS SEWELL, J. E. SIEFFERT, G. SIGAUD, J. SMITH SORDELLI, A. SPIX STEYNEGER, Leonard TAVARES, Alberto TERNUCHI TIDSWELL, F. TOFFOLI, Clemente URETA VAILLANT-HOMIS VALERIAN, Carlindo VULPIAN WAGLER WALL WEHRMANN, C. WOLFENDEN WUCHERER, O. YORROIE 183 citações 63 1911-C – BRAZIL, Vital. (1911), La défense contre l'Ophidisme. São Paulo, Pocai & Weiss. 181p. ALBERTONI ARATANCY, Victor ARMSTRONG ARTHUS, M. BAILEY BALDONI BANG, Ivan BARBERET, J. BARROS FILHO BARROSO, Sebastião BERTARELLI, E. BERTRAND, G. BEZZOLA, C. BIBRON, G. BILLARD, C. BOCOURT, M. BONAPARTE, Lucien BORGES, José I. BORGES, Octávio BOULENGER, G. A. BREHM, A. E. BRIEGER CAIRO, Nilo CALDAS, Roberto CALMETTE, A. CANTOR CARPI CARRIERI CARVALHO, João Paulo CARVALHO, João Teixeira CASTELNAU CHATENCY CHERBLANC, M. COCA COPE CORIOLANO, João CORRÊA, Raphael COSTA, Baptista da COSTA, Moraes COUTY CUVIER DAMPIER DAUDIN DELEZENNE, C. DIAS, Oscardino DUBOIS DUGERN DUMÉRIL DUNCAN EHREMBERG EHSTAND ESPINHEIRA, Candido FARIA, João José de FAUST, E. S. FAYER, J. FEGEL, E. M. FERÈ FERGUNSSON FITZING FLEXNER, S. FONTANA, F. FORBES FRANCIS FRANCO DA ROCHA FRAYER FRAZER FRYER GENGOU, O. GMEL GODINHO, Victor GOELDI, Emílio GOMIDE, Francisco GRAY GUÉRIN GUIMARÃES, Procópio GÜNTN HERMANN HINDALE HORCADES, Alvim IGLEZIAS, Francisco JAN, G. JEAN JORDÃO, Nabor JOSSET JUSSIEU KANTHACK KARLIDSKI KAUFMANN KOENIGSWALD KRAUSE KYES LACÉPEDE LACERDA, João Baptista LAMB, G. LAMBERT LANDOUZY LANNOY LATREILLE LAUR LENZ LHERING, Rolpho Von LINNEU LISBOA, Xavier MAC GARVIE, Smith MACHADO, Marcondes MADSEN MAIA MANWARING MARTIN MASSOL, L. MAUBLANT, E. MEAD MEIRELLES, Eduardo MERREM MINZ, A. MITCHEL, W. MONTEIRO, Joaquim MORGENROTH, J. MYERS NEUWIEDII NOC, F. NOÉ NOGUCHI. H. NOWACK OPPEL ORÉ PALACIOS, G. D. PAMPONET, Cincinato PEDLER PENTEADO, Dorival PESTANA, Bruno Rangel PEYROT PHISALIX, C. PHISALIX, Mme. PINTO, João Paulino PORTUGAL, Olympio POSADA, Arango PRADO, Antônio QUATREFAGES REDI, Francisco REICHERT REIS REMÉDIOS MONTEIRO RIBEIRO DA COSTA, Eduardo RICHARDS RINNÉ ROCHA FARIA RODRIGUES, Gama RODRIGUEZ, Elias ROGERS, L. ROMITH ROXO, Guimarães RUFZ, E. RUSSEL RUTHVEN SACHS SAMPAIO, Theodoro SANTOS FILHO, Almeida SCHAW SCHLEGEL SCHOMBOURG SEPAS SEWELL, J. E. SIEFFERT, G. SIGAUD, J. SMITH SORDELLI, A. SPIX STEYNEGER, Leonard TAVARES, Alberto TERNUCHI TIDSWELL, F. TOFFOLI, Clemente URETA VAILLANT-HOMIS VALERIAN, Carlindo VULPIAN WAGLER WALL WEHRMANN, C. WOLFENDEN WUCHERER, O. YORROIE 183 citações 64 1914 – BRAZIL, Vital. (1914), La défense contre l'Ophidisme. 2a edição, São Paulo, Pocai & Weiss, 319p. ACTON, H. W. ALBERTONI ANCHIETA, Padre José de Anchieta ANDREWS, W.H. ARGAUD ARMSTRONG ARTHUS, M. BAILEY BAINARD BALDONI BANG, Ivan BANNERMAN, W. B. BARATT, J. O. W. BARBERET, J. BARROS FILHO BARROSO, Sebastião BASSEWITZ, Ernest Von BERTARELLI, E. BERTRAND, G. BEZZOLA, C. BIBRON, G. BILLARD, C. BLYTH, Winter BOCOURT, M. BONAPARTE, Lucien BONGLEU, R. BORDET BORGES, José I. BORGES, Octávio BOULENGER, G. A. BOYÉ, L. BREHM, A. E. BRETON, M. BRIEGER CAIRO, Nilo CALDAS, Roberto CALMETTE, A. CAMARGO, Fortunato CANTOR CARPI CARVALHO, João Paulo CARVALHO, João Teixeira CASTELNAU CASTRO, A. A. CETTI CHATENCY CHERBLANC, M. COCA COSTA, Moraes COUTY CUVIER DAY, E. C. DELEZENNE, C. DIAS, Oscardino DITTMARS, Raymond DUGERN DUMÉRIL EHRLICH ELLIOT, R. H. ENCOGNERE ESPINDOLA ESPINHEIRA, Candido FARIA, João José de FAUST, E. S. FAYER, J. FEINMANN, E. FERGUNSSON FITZSIMONS, E. W. FLEXNER, S. FONTANA, F. FRANCO DA ROCHA FRAYER FRAZER FRIEDBERGER FRYER GAUTIER, A. GENGOU, O. GERNER GODINHO, Victor GOELDI, Emílio GOMES, João Florêncio GOMES, Salles GOMIDE, Francisco GUÉRIN GUICHENOT, A. HANNA HARNACK, E. HEGEL, E. M. HERING, C. HERMANN HORCADES, Alvim HUNTER, K. IGLEZIAS, Francisco JACKSON, R. W. H. JAGUARIBE, Domingos JAMES JAN, G. JOSSET JUSSIEU KANTHACK KARLIDSKI KAUFMANN KAYA, R. 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STEYNEGER, Leonard SWALL TASCHENBERG, Otto TAVARES, Alberto TEIXEIRA, Procópio TERNUCHI TIDSWELL, F. TOFFOLI, Clemente URETA VAILLANT-HOMIS VALERIAN, Carlindo VULPIAN WAGLER WALL WEHRMANN, C. WHITE, P. C. WIED WOLFENDEN WUCHERER, O. 202 citações 65 1915 – BRAZIL, Vital e ROCHA, Franco da. (1915), “Tratamento da epilepsia”. Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, V, 1, p. 297-306. ACHÉ, Felipe LESIEUR ROXO, Henrique ALMEIDA, Waldemar LOUREIRO, Joaquim SELF MAYS, Thomas J. SOUZA, Geraldo de Paula ARTHUS, M. MEZIE, A. SPANGLER, R. H. CALMETTE, A. ERLEMMEYER RIEDEL, G. FACKENHEIM RONCORONI 16 citações 1918-A – BRAZIL, Vital. (1918), “Das pseudo-globulinas específicas dos soros (antitoxinas). Seu preparo e seu emprego em therapeutica”. Collectanea de Trabalhos (19011917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 323-366. ARONSON BRODI HEINEMANN BANZHAF DIEUDOME HOMER, Annie BÖER EHRLICH SMIRNOW BRIEGER GIBSON 11 citações 1918-B – BRAZIL, Vital. 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HANDIES OVERTON BANG, Ivan KAHLBAUM PERETZ BARDELLI, Plinio KLOPSTOCK PIAZZA, Cesar BELFANTI KRISS, Bruno REICHERT BOIDIN KYES SACHS BRUCE LANDSTEINER SEGALE, Márcio LAROUCHE STEYNEGER, Leonard CALMETTE, A. CARINI, A. LEMOINE TAKAKI CHAUFFARD LOEWE TIFFENAU DOER MARIE TILMAN DOLD VETRANO MASSOL, L. FICKER MERCK WAELE FRAENKEL MEYER WASSERMANN FRANKENTHAL, K. MONDELBAUM WEIL GRIGAULT NEUFELD YAMAMOTO, Kizo 51 citações 74 1928-A – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Action coagulante et anticoagulante des venins”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 481-523. * Também publicado em: BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1928), “Action coagulante et anticoagulante des venins”. Annalles de l’Institut Pasteur, XLII, p. 403-451. HOUSSAY, B. A. NOC, F. ARTHUS, M. BARATT, J. O. W. JOVAN, C. NOGUCHI. H. BAUJEAN, R. KLINGER OZÓRIO, Álvaro BRAINARD PESTANA, Bruno Rangel LACERDA, João Baptista CALMETTE, A. LAMB, G. PHISALIX, C. CAMUS, J. RABINOVICH MARTIN CARMICHAEL, G. S. MARTINS, Naur RACRATT, N. CESARI, E. MASSOL, L. REICHERT MAURANO, H. R. DELEZENNE, C. ROGERS, L. DITTMARS, Raymond MELLAMBY, J. ROMITH ELLIOT, R. H. MILLE, B. SCHOTTI, P. MITCHEL, D. T. SILLAG, W. C. FAYER, J. FONTANA, F. MITCHEL, W. SORDELLI, A. HAFFKINE MORAWITZ, P. STAWSKA, B. HANNA MOSSO VELLARD, J. HEIDENSCHILD NAGAYO WALL HIRSCHFELD NEGRETE, J. YAMAGUTTI, Kinzy 51 citações 75 1928-B – BRAZIL, Vital et VELLARD, J. (1928), “Action coagulante et anticoagulante des sérums. Coagulabilité des plasmas normaux”. Annalles de l’Institut Pasteur, XLII, p. 907-944. ABELOUS GLEY MOREL ARGAUD GRAM MOSSO GRAY MURDICK, P. P. ARTHUS, M.* ATKINSON HAMMARSTEN NEGRETE, J. BANZHAF HESS NOLF BILLARD, C. HOUSSAY, B. A. PIETRE, Maurice BORDET HOWELL POLICARD CAMUS, J. IGNAKI RICHARDS CANNON KIRKBRIDE, M. B. ROBERTSON, T. B. CUÉNOT LA BARRE, Jean ROGERS, L. DELANGE LEDINGHAM SORDELLI, A. LEWINSKI SUGIURA DELEZENNE, C. DOYON MATHEWS VELLARD, J. FALK MENDENHALL VIAL GENGOU, O. MILLS VOSBURGH GIBSON MORAWITZ, P. ZUNZ, Edgard *Não consta do índice remissivo onomástico 47 citações + 1 76 1930 – BRAZIL, Vital et VELLARD, J. (1930), “Gift der brasilianischen Spinnen”. Seuchenbekämpfung, VII, p. 1-44. AGULAR, Delio FORELL OZANAM ALDROVANDI, Ulysse FROST PAWLOSKY BAERG GIFTTIERE, Jena PENNA, José BECKER GRAELLS PENTEADO, BERLAND, G GRUBE PETRUNKEVITCH BERLESE GUIBERT PHISALIX, C. BERTKAU GUZMAN, C. PHISALIX, Mme. BLACKWALL HAECKER, C. PIÑO, Americo del BLANCHARD, R. HOLMBERG POLLOCK BOBILIER HOUSSAY, B. A. PRADO, Antônio BORDAS, J. JAHR PRUNERREY BORNE, Puga KLINGER RACOWITZA BRANDZEN KOBERT, R. RAIKEM BURGHI, R. G. KONSTANSOW ROSSIKOW CAURO LATREILLE SCHTSCHENSNOWITSCH CERUTTI, S. LEVY, E. C. SOLARI CLERCK LUCAS SUTHERLAND COMSTOCK, John Henry LUDEKING TORRES, O. COUSTAN MAC LEOD TOTTI, Luigi CREMER, C. L. MARMOCHI VAN HASSELT DAX MARTINO VELLARD, J. DE GÉER MATUS VINSON DIEU MAZZA WALBUM DUFOUR MELLO LEITÃO WALCKENAER DUGÈS, A. MIGUEL WEYEMBERG FABRE, J. H. 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FINLAND FRAYER FREIRE, Roberto FREIRE, Victoriano FRIED FRIEDBERGER GILLETTE GOTTSTEIN GRUNHAUM GUIMARÃES, F. GUIMARÃES, Máximo GURD HANZILIH HUGHES KARSNER KARTRIGHT KELLAWAY, C. H. KLOTZ KOCH KOLMER KRAUS LACERDA, João Baptista LAMB, G. LAMSON, R. W. LANGERON LEE, H. H. LEITÃO DA CUNHA, Raul LONGCOPE LOWENS, Harry LUMIÉRE LUTZ, Adolpho MARTIN MCCALLUM MCINTYRE MENDELOFF, M. L. NICOLLE, C. NIFONG NOVAES, Júlio OTTO PARK, W. PENTEADO, Dorival* PESKIN PIRGUET RAGAZOTI RAMOND RICHARDSON, C. H. RICHET, C. ROBERTS ROSENAU, M. J. SAWARD SCHICK SCHLESINGER SEIDI, Carlos SEWELL, J. E. SHEPPE, W. M. SMITH SUDLER SUMMER SUTLIFF TAYLOR TISDALL, H. F. TUFT VEIGA, Mullulo WALDBOTT WAUGH WEIL WILEY WUCHERER, O. ZINSSER *Não consta do índice remissivo onomástico 103 citações 78 1934 – BRAZIL, Vital. (1950), “Do emprêgo da peçonha em terapêutica”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 389-408. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1934), “Do emprego da peçonha em terapêutica”. 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ARONSON KYES RAYER BELFANTI LANDSTEINER REICHERT BOIDIN LAROUCHE SACHS LEMOINE SCHOENHEIT, Dienes CALMETTE, A. CHAUFFARD LEOWENSTEIN SEGALE, Márcio CHAUVEAU MARIE TAKAKI DAVAINE THIELE MASSOL, L. DOLD MEYER TIFFENAU EMBLETON MONDELBAUM TOUSSAINT FICKER MUCH UHGERMANN FREYMUTH NEUFELD VELLARD, J. FURTH NICLOUX VETRANO GÉRARD WAELE NOGUCHI. H. GRIGAULT OVERTON WASSERMANN GUÉRIN PASTEUR WEIL HANDIES PERETZ WRIGHT HARTMANN PIAZZA, Cesar KLOPSTOCK PRIBAN 52 citações 1938 – BRAZIL, Vital. (1938), “Contribuição ao estudo XIII, p. 3-27. FITZSIMONS, E. W. ARTHUS, M. BELY RAM, M. B. GEORGETOWN BHASADWAJA, A. C. KELLAWAY, C. H. BRAZIL FILHO, Vital KRAUS BRUTON LAMB, G. LEE, H. H. CALMETTE, A. DORIA, Jorge MARTIN MARTINS, Naur FAYER, J. do Ofidismo”. Biologia Medica, RAGAZOTI SEWELL, J. E. STEYNEGER, Leonard TISDALL, H. F. VELLARD, J. WAGEMANN WILLIANS WUCHERER, O. 24 citações 80 1941 – BRAZIL, Vital. (1950), “Considerações gerais sôbre a biologia dos animais peçonhentos”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 375-387. * Também publicado em: BRAZIL, Vital. (1941), “Considerações gerais sobre a biologia dos animais peçonhentos”. Biological Sciences, III, p. 311-322. KRAUS PEREIRA, Jayme 2 citações 81 7.1. ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE REFERÊNCIAS A Tabela 6 apresenta a distribuição do número de referências para cada um dos 63 trabalhos de Vital Brazil. Nessa análise não foi considerado o livro “Memória do Instituto Butantan”, uma vez que essa obra não faz parte da coletânea de Pereira Neto (2002). Também não foram consideradas as referências encontradas que não constavam do índice remissivo onomástico. A distribuição do número de referências é assimétrica à direita, o que significa uma grande concentração de trabalhos com poucas referências, 57% dos trabalhos apresentaram de zero a 9 referências, e alguns poucos com muitas, um com 202 e dois com 183. Mais uma vez estamos na presença de um exemplo do Efeito Mateus: “Muitos com pouco e poucos com muito”. O gráfico ramo-folha abaixo (Figura 6) apresenta a distribuição das referências. A primeira coluna, considerada ramo, é utilizada para representar a centena e a dezena dos valores observados para o número de referências. O restante dos números, considerados as folhas, representam as unidades. Por exemplo, para representar 18 referências, coloca-se o dígito 1 no ramo e ao seu lado, na folha, o dígito 8. Figura 6: Gráfico ramo-folha representando a distribuição do número de referências dos 63 trabalhos de Vital Brazil. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 0 8 0 7 3 1 4 1 1 6 6 0 0 8 0 6 7 6 1 7 1 8 0 1 0 2 6 3 1 2 8 1 9 6 6 1 6 1 1 2 1 4 6 1 6 3 6 4 4 4 2 7 5 1 2 6 0 2 6 3 3 3 2 82 Na Figura 7 é apresentado um gráfico do número de referências por trabalho, respeitando a ordem de sua publicação. Fica nítido que com o passar do tempo o número de referências aumenta. Em 1911, há um grande salto no número de referências com a publicação do livro “A Defesa contra o Ophidismo”. Com relação ao número de referências, a obra de Vital Brazil poderia ser dividida em dois períodos, de 1892 a 1910 e de 1911 a 1941. Figura 7: Distribuição do número de referências por trabalho, respeitando a ordem cronológica de sua publicação. 250 No referências 200 150 100 50 0 1 11 21 31 41 51 61 Trabalhos Além dos três livros e da tese, que geraram grande número de citações, há também alguns artigos que apresentaram um número elevado. Para verificar que trabalhos poderiam ser considerados diferentes dos demais por conta do número de referências, foi aplicado a técnica do Box-Plot (TUKEY, 1977). A Tabela 7 apresenta os trabalhos listados em ordem crescente pelo seu número de referências e em seu rodapé são apresentadas as fórmulas utilizadas para o cálculo da mediana, 1º e 3º quartil, passo, cercas internas superior e inferior e cercas externas superior e inferior, de acordo com o preconizado por Tukey (1989). 83 Tabela 6: Distribuição do número de referências para cada um dos 63 trabalhos de Vital Brazil, em ordem cronológica. Trabalho 1892 (Tese) 1898-A 1898-B 1898-C 1898-D 1899 1901-A 1901-B 1902-A 1902-B 1902-C 1902-D 1903-A 1903-B 1904-A 1904-B 1904-C 1905-A 1905-B 1905-C 1906-A 1906-B 1907-A 1907-B 1907-C 1907-D 1907-E 1907-F 1909-A 1909-B 1909-C 1910 No Citações 76 4 1 1 6 6 18 20 8 6 7 6 1 7 1 8 1 2 6 3 1 2 11 8 14 1 Trabalho 1911-A 1911-B (Livro) 1911-C (Livro) 1914 (Livro) 1915 1918-A 1918-B 1918-C 1924 1925-A 1925-B 1925-C 1925-D 1925-E 1925-F 1925-G 1926-A 1926-B 1926-C 1926-D 1927-A 1927-B 1927-C 1928-A 1928-B 1930 1933 1934 1935 1938 1941 No Citações 9 183 183 202 16 11 6 43 6 1 6 16 1 1 2 96 80 23 26 37 24 24 51 51 47 82 103 45 52 24 2 84 Tabela 7: Aplicação da técnica de Box-Plot Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Trabalho 1898-A 1902-B 1902-C 1903-A 1906-A 1907-A 1898-C 1898-D 1904-C 1905-B 1906-B 1907-E 1910 1925-A 1925-D 1925-E 1907-B 1907-F 1925-F 1941 1907-D 1898-B 1899 1901-A 1903-B 1904-B 1907-C 1918-B 1924 1925-B 1904-A 1905-A No Referências 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 = 1º Quartil 2 2 2 2 3 4 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 = Mediana Posição 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 Trabalho 1902-D 1905-C 1909-B 1911-A 1909-A 1918-A 1909-C 1915 1925-C 1901-B 1902-A 1926-B 1927-A 1927-B 1938 1926-C 1926-D 1918-C 1934 1928-B 1927-C 1928-A 1935 1892 - Tese 1926-A 1930 1925-G 1933 1911-B - Livro 1911-C - Livro 1914 – Livro No Referências 8 8 8 9 11 11 14 16 16 18 20 23 24 24 24 26 = 3º Quartil 37 43 45 47 51 51 52 76 80 82 96 104 183 183 202 Posição da Mediana = (n + 1)/2 = (63 + 1)/2 = 32 Mediana = 7 Posição do 1º Quartil = n/4 + 0,5 = 63/4 + 0,5 = 15,75 + 0,5 = 16,25 = 16 1º Quartil = 1 Posição do 3º Quartil = 3n/4 + 0,5 = 47,25 + 0,5 = 47,75 = 48 3º Quartil = 26 85 Passo = 1,5 (3º Quartil – 1º Quartil) = 1,5 (26 - 1) = 1,5 (25) = 37,5 Cerca Interna Superior = 3º Quartil + Passo = 26 + 37,5 = 63,5 Cerca Interna Inferior = 1º Quartil – Passo = 1 – 37,5 = -36,5 = 0 Cerca Externa Superior = Cerca Interna Superior + Passo = 63,5 + 37,5 = 101 Cerca Externa Inferior = Cerca Interna Inferior – Passo = 0 – 37,5 = - 37,5 = 0 Pontos Fora = Pontos acima da Cerca Interna Superior ou abaixo da Cerca Interna Inferior Pontos Muito Fora = Pontos acima da Cerca Externa Superior ou abaixo da Cerca Externa Inferior Com base na Tabela 7, foram observados como pontos fora, ou seja, valores acima da Cerca Interna Superior, os dados referentes aos seguintes trabalhos: 1892 - Tese: Funções do Baço (76 citações) 1926-A - Contribuição ao estudo dos batrachios (80 citações) 1930 - Das Gift der brasilianischen Spinnen (82 citações) 1925-G - Contribuição ao estudo do veneno das aranhas (96 citações) Foram também observados como pontos muito fora, ou seja, valores acima da Cerca Externa Superior, os dados referentes aos seguintes trabalhos: 1933 - Do envenenamento elapineo em confronto com o chóque anaphylactico. (104 citações) 1911-B - Livro - A defesa contra o ophidismo (183 citações) 1911-C - Livro - La défense contre l'Ophidisme (183 citações) 1914 - Livro - La défense contre l'Ophidisme - 2a edição (202 citações) É interessante observar como a técnica separou os livros e a tese da maioria dos artigos, entendendo que o número de citações varia de acordo com essa tipologia. Os quatro artigos que ficaram misturados com esses livros e essa tese, trazem temas mais novos para Vital Brazil, ou seja, veneno de aranhas, estudos dos batráquios e choque anafilático. Além disso, são trabalhos mais atuais, todos trazendo referências em sua forma mais estruturada. 86 8. ANÁLISE DE CITAÇÃO Braga (1973) salienta que a citação de trabalhos desenvolveu-se na Ciência a partir do costume que tinham os pesquisadores de trocar correspondência para fins científicos. Ao analisar a obra científica de Vital Brazil deparamos com as citações feitas por esse pesquisador ao longo de sua trajetória. Foi possível identificar a “não citação” e formas distintas de citar que foram se modificando e se aprimorando ao longo do tempo. A seguir são apresentadas cada uma das maneiras usadas por esse pesquisador para realizar suas citações. 1. Inexistência de citações 2. Citação de nomes ao longo do texto, sem nenhuma referência acerca da obra. Exemplo: Trabalho: 1898-B Título: Um caso de abcesso dysenterico do fígado Autor: BRAZIL, Vital Publicação: Periódico - Revista Médica de São Paulo, I: 6-8. “Em companhia dos Drs. Candido Espinheira, Adolpho Lutz e A. Mendonça, examinamolo no dia 15. O doente acha-se extremamente emmagrecido, língua muito vermelha e descamada, ligeiramente febril, tendo tido vomitos repetidos.” 3. Citação de nomes ao longo do texto, com referência no rodapé. Exemplo: Trabalho: 1904-A Título: Contribuição ao estudo do ophidismo Autor: BRAZIL, Vital Publicação: Coletânea - Porto, Typographia do Porto Médico “O serum Calmette também foi experimentado1 com resultado negativo contra os venenos crotalico e bothropico.” 1 Algumas d’estas experiências foram repetidas e confirmadas pelo dr. Alberto Tavares (Vide “serotherapia anti-ophidica, these apresentada á Escola Medico-Cirurgica do Porto em 1904, pelo dr. Alberto Tavares) 87 4. Citação de nomes ao longo do texto, com referência no próprio texto. Exemplo Trabalho: 1904-A Título: Contribuição ao estudo do ophidismo Autor: BRAZIL, Vital Publicação: Coletânea - Porto, Typographia do Porto Médico “Os proteroglyphos teem um numero mui limitado de representantes, pertencentes todos ao genero elaps, entre os quaes convém distinguir, como mais abundante, a elaps corallinus. As cobras pertencentes a este grupo raramente determinam accidentes e mui excepcionalmente accidentes mortaes. Só conhecemos dois casos de morte, bem constatados, que foram referidos pelo dr. O. Wucherer, em artigo publicado na Gazeta Medica da Bahia, de 1867.” 5. Há citação de nomes ao longo do texto, com bibliografia contendo os nomes citados e outros não citados no texto. Exemplo Trabalho: 1911-B Título: A Defesa contra o Ophidismo Autor: BRAZIL, Vital Publicação: Livro Arthus não é citado no texto, mas há um artigo dele na bibliografia. Arthus - Etudes sur la Serotherapie Antivenimeuse - La Presse Medicale n. 59 - 23 Juilet 1910 pag. 561 No corpo do texto Calmette é citado apenas uma vez. Na bibliografia há 14 artigos de Calmette e mais dois com co-autoria de Massol. 88 6. Citação de nomes ao longo do texto, com referências e bibliografia correspondente. Exemplo: Trabalho: 1933 Título: Do envenenamento elapíneo em confronto com o choque anafilático Autor: BRAZIL, Vital e BRAZIL FILHO, Vital Publicação: Periódico - Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 411-461. “Calmette (3), tendo compulsado grande número de observações de envenenamento, por Colubridae no homem, traça, com mão de mestre, o seguinte quadro, muito instrutivo para o estudo que fazemos.” BIBLIOGRAPHIA (3) CALMETTE, A. (1907): “Les venins, les animaux venimeux et la serotheraphie antivenimeuse”. – Masson & Cie. Paris. Segundo Meadows (1999), a lista de referências no final do artigo sofreu mudanças com o tempo. Originalmente, as referências a trabalhos alheios eram feitas no texto principal, em geral de forma bibliograficamente desestruturada. Posteriormente, as referências migraram para notas de rodapé e depois para o final dos artigos. Ao analisar a obra de Vital Brazil, foi possível observar essa evolução, em especial com relação ao aparecimento da bibliografia ao final do texto, que só ocorre em 1911 com o lançamento de seu primeiro livro. Os Quadros 1 e 2 apresentam as seis maneiras de citar utilizadas por Vital Brazil descritas acima, distribuídas em seus trabalhos, estes separados em dois períodos, 1892 a 1910 (antes da publicação de seu livro) (Quadro 1) e de 1911 a 1941 (Quadro 2). 89 Quadro 1: Tipos de citação utilizada por Vital Brazil nos trabalhos publicados no período de 1892 a 1910. Não há Nomes Referência rodapé 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Referência texto Bibliografia Referências Bibliográficas 1892 1898A 1898B 1898C 1898D 1899 1901A 1901B 1902A 1902B 1902C 1902D 1903A 1903B 1904A 1904B 1904C 1905A 1905B 1905C 1906A 1906B 1907A 1907B 1907C 1907D 1907E 1907F 1909A 1909B 1909C 1910 90 Quadro 2: Tipos de citação utilizada por Vital Brazil nos trabalhos publicados no período de 1911 a 1941. Não há Nomes Referência rodapé 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 Referência texto Bibliografia Referências Bibliográficas 1911A 1911B 1911C 1914 1915 1918A 1918B 1918C 1924 1925A 1925B 1925C 1925D 1925E 1925F 1925G 1926A 1926B 1926C 1926D 1927A 1927B 1927C 1928A 1928B 1930 1933 1934 1935 1938 1941 91 9. PRINCIPAIS PESQUISADORES CITADOS POR VITAL BRAZIL Ao longo de sua produção científica Vital Brazil citou 869 autores, sendo os três mais citados os mesmos que direcionaram seu trabalho para o campo da imunologia e da soroterapia, Albert Calmette (28), Césaire Phisalix (20) e Gabriel Bertrand (13). Esses três pesquisadores são considerados os descobridores da soroterapia antipeçonhenta, uma vez que apresentaram seus trabalhos, simultaneamente, em uma mesma sessão da Sociedade de Biologia, ocorrida em 10 de fevereiro de 1894 (BOCHNER, 2009). Dos 28 trabalhos em que Albert Calmette é citado, a questão da especificidade dos soros está presente em 11, alguns republicados em anos diferentes, contudo, sua primeira publicação ocorreu no período de 1902 a 1914. 9.1. APLICAÇÃO DA LEI DE BRADFORD A seguir será aplicada a Lei de Bradford com o objetivo de separar o restante dos principais pesquisadores citados por Vital Brazil. A Tabela 8 abaixo apresenta o quantitativo de citações de pesquisadores realizadas por Vital Brazil em sua obra científica, 1892 a 1950. Essa tabela foi construída de acordo com a Lei de Bradford, onde os pesquisadores foram arranjados em ordem decrescente do seu número de citações. A coluna Pesquisador (P) indica o número de pesquisadores. A coluna No citações (C) indica o número de citações que o pesquisador recebeu. A coluna P x C é o resultado da coluna P multiplicada pela coluna C, e revela a freqüência de citações. A coluna ∑ P indica o somatório dos pesquisadores. A coluna ∑ P x C indica o somatório das citações. 869 pesquisadores foram citados 1.678 vezes. 1a linha → 1 pesquisador foi citado 28 vezes. Última linha → 516 pesquisadores foram citados uma única vez. 92 Tabela 8: Quantitativo de citações de pesquisadores realizadas por Vital Brazil em sua obra científica, 1892 a 1950. P 1 1 2 3 3 6 2 10 9 8 36 103 169 516 869 C 28 20 13 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 P.C 28 20 26 33 30 54 16 70 54 40 144 309 338 516 1678 ∑P 1 2 4 7 10 16 18 28 37 46 81 184 353 869 ∑ P.C 28 48 74 107 137 191 207 277 331 371 515 824 1162 1678 A Tabela 9 foi construída de acordo com os critérios de aplicação da Lei de Bradford. Considerou-se a regra de que o número de citações no núcleo (zona 1) não pode ser menor que z/2, onde z é o número de pesquisadores que foram citados uma única vez (z = 516 ⇒ z/2 = 258). Estabeleceu-se margem de 10% para mais e para menos, dos documentos publicados definidos para o núcleo, como limites para enquadramento de zonas subseqüentes. De acordo com Tabela 9, referente a Zona de Divisão Máxima de Citações (C) dos Pesquisadores (P), encontramos 6 zonas, sendo que cada uma concentra em média 16,7% do total das citações. Por outro lado, o número de pesquisadores no núcleo (zona 1) e nas zonas subseqüentes (zonas 2, 3, 4, 5 e 6) obedece a uma distribuição crescente. As três primeiras zonas concentram praticamente a metade das citações (49,9%) e 11% dos pesquisadores, o que significa que a outra metade das citações (50,1%) foi realizada por 89% dos pesquisadores. As duas últimas zonas, zonas 5 e 6, apresentam praticamente o mesmo comportamento frente aos percentuais de pesquisadores e citações apresentadas. Nessas duas zonas há grande concentração percentual de pesquisadores, 29,7% para a zona 5 e 32,2% para a zona 6, sendo que participam cada uma com os mesmos 16,7% do total de citações das demais zonas. 93 Tabela 9: Aplicação da Lei de Bradford para os dados referentes ao quantitativo de citações de pesquisadores realizadas por Vital Brazil em sua obra científica, 1892 a 1950. Z 1 2 3 4 5 6 C 277 280 281 280 280 280 1678 ∑C 277 5570 8380 1118 1398 1678 %C 16,5 16,7 16,7 16,7 16,7 16,7 P 28 67 96 140 258 280 869 ∑%C 16,5 33,2 49,9 66,6 83,3 100,0 ∑P 28 95 191 331 589 869 %P 3,2 7,7 11,0 16,1 29,7 32,2 ∑%P 3,2 10,9 22,0 38,1 67,8 100,0 mB 2,39 1,43 1,46 1,84 1,09 8,21 Média do Multiplicador de Bradford = (∑ mB) / número de zonas = 8,21 / 6 = 1,4 A Figura 8 apresenta a curva passando pelos pontos (∑ P, ∑ P x C), sendo que o ∑ P é representado em escala logarítmica. 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 1 10 log10 100 1000 Figura 8: Curva de Bradford, ∑ Pesquisador na abscissa, em escala logarítmica e ∑ Pesquisador x Citação na ordenada, em escala linear. A Figura 9 apresenta a curva da Figura 8 dividida em 6 partes. A curva obtida apresenta o seguinte comportamento: inicialmente tem-se uma curva côncava para cima que corresponde à concentração, a alta produtividade, denominada de restrição de Bradford, que está representada pelas zonas 1, 2 e 3. A seguir uma reta que corresponde a produtividade média, denominada componente de Zipf, representada pelas 94 zonas 4, 5 e 6. Não foi observado uma curva côncava para baixo a partir dessa reta, que corresponde a baixa produtividade, área de dispersão, denominada queda de Groos. 1800 1600 1400 1200 1000 Z6 800 Z5 600 Z4 400 Z3 200 Z2 Z1 0 1 10 log10 100 1000 Figura 9: Curva de Bradford com divisão em 6 zonas. De acordo com a Lei de Bradford, selecionamos os 28 pesquisadores pertencentes à Zona 1 e os classificamos como os mais citados por Vital Brazil. 95 9.2. APLICAÇÃO DA LEI DO ELITISMO Ainda com o objetivo de selecionar os pesquisadores mais citados por Vital Brazil, iremos aplicar a Lei do Elitismo para comparar o resultado com o já obtido pela Lei de Bradford. Segundo essa lei, toda população de tamanho N tem uma elite efetiva de tamanho (N)1/2. Considerando o número de pesquisadores citados por Vital Brazil, N = 869, isso implica em uma elite de 8691/2, que é um número entre 29 e 30. Como o 29o e o 30o pesquisador tem o mesmo número de citações (6) de outros sete que ocupam as posições 31a a 37a, elegeu-se como a elite de pesquisadores os 28 com o maior número de citações. Este resultado é o mesmo apontado pela aplicação da Lei de Bradford. 9.3. DESCRIÇÃO DOS PESQUISADORES A Tabela 10 fornece o nome desses 28 pesquisadores, seus anos de nascimento e morte, nacionalidade, formação, país onde trabalhavam e Instituição e o número de citações. 96 Tabela 10: Nome dos 28 pesquisadores mais citados por Vital Brazil, seus anos de nascimento e morte, nacionalidade, formação, país e Instituição onde trabalhavam e o número de citações. Nome Léon Charles Albert Calmette CésaireAuguste Phisalix Gabriel Bertrand João Baptista de Lacerda Henry Sewall No citações Ano de País de nascimento origem e morte 1863-1933 França Formação País onde trabalhava Médico França Instituto Pasteur de Saigon / Paris / Lille 28 1852-1906 França Médico França 20 1867-1962 França Biólogo e Químico França 1846-1915 Brasil Médico Brasil 1855-1936 Estados Unidos Médico Estados Unidos Museu Nacional de História Natural de Paris Museu Nacional de História Natural de Paris/ Instituto Pasteur de Paris Museu Nacional de História Natural do Rio de Janeiro Universidade de Michigan/Universidade de Denver J. E. Sewell Jean Albert 1901-1996 Vellard Instituição 13 13 9 2 França Médico Brasil Instituto Butantan / Instituto Vital Brazil 11 Não estava vinculado a nenhuma Instituição, no entanto é considerado cofundador da chamada Escola Tropicalista Bahiana. Instituto Pasteur de Lille/ Universidade de Lausanne 11 Otto Edward Heinrich Wucherer 1820-1873 Portugal Médico Brasil Nicolas Maurice Arthus 1862-1945 França Médico França Suíça 97 10 Nome Escola Veterinária de Alfort Instituto Butantan / Instituto Vital Brazil Museu Britânico 10 Dorival de Camargo Penteado 1873-1942 Brasil Médico Brasil George Albert Boulenger Edwin Stanton Faust Joseph Fayer 1858-1937 Bélgica Ciências Naturais Inglaterra 1870-1928 E.U.A. Médico e Filósofo França/Alemanha/ Universidade de Suíça/E.U.A. Basel 9 1824-1907 Inglaterra Médico Índia Serviço Médico da Índia 9 George Lamb 1869-1911 Inglaterra Médico Índia 9 Charles James Martin Hideyo Noguchi 1866-1955 Inglaterra Médico Inglaterra 1876-1928 Japão Médico Estados Unidos Felice 1730-1805 Gaspare Ferdinando Fontana Adolpho 1855-1940 Lutz Itália Médico, Físico, Teólogo e Natualista Médico Itália Camille Delezenne França Médico e Biólogo França Serviço Médico da Índia Instituto Pasteur da Índia Instituto Lister de Medicina Preventiva Universidade da Pensilvânia / Instituto Rockefeller para Pesquisas Médicas de New York Museu de Física e História Natural de Firenze Instituto Bacteriológico de São Paulo / Instituto Oswaldo Cruz Instituto Pasteur de Paris 1868-1932 Brasil País onde trabalhava No citações Veterinário França Maurice Kaufmann Formação Instituição Ano de País de nascimento origem e morte 1856-1924 França Brasil 98 10 9 9 9 8 8 7 Nome Thomas Richard Fraser Rudolph Kraus Ano de País de nascimento origem e morte 1841-1920 Índia Formação Médico 1868-1932 República Médico Checa Léon Massol Silas Weir Mitchell Marie Phisalix 1875-1915 França 1829-1914 Estados Unidos França Edward Tyson Reichert Leonard Rogers 1855-1931 1861-1946 Instituição No citações Escócia Universidade de Edimburgo 7 Áustria Argentina Brasil Instituto Soroterápico de Viena/ Instituto Bacteriológico de Buenos Aires/ Instituto Butantan Instituto Pasteur de Lille Universidade da Pensilvânia Museu de História Natural de Paris Universidade da Pensilvânia 7 País onde trabalhava Engenheiro França Agrônomo Médico Estados Unidos 7 7 Médica França Estados Unidos Médico Estados Unidos 1868-1962 Inglaterra Médico Índia Serviço Médico da Índia 7 Hans Sachs 1877-1945 Polônia Médico Alemanha 7 Alfredo Sordelli 1891-1967 Argentina Químico e Biólogo Universidade de Frankfurt/ Instituto de Câncer em Heidelberg Instituto Bacteriológico de Buenos Aires Museu de História Natural de Milão Ferdinando 1837-1916 Sordelli Itália Argentina Ilustrador e Itália Naturalista 99 7 7 4 3 Foram identificados os seguintes 20 temas relacionados aos pesquisadores mais citados: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 2. Imunização 3. Método para atenuação do veneno 4. Soroterapia 5. Especificidade dos soros 6. Anafilaxia 7. Sintomatologia 8. Coagulação 9. Hemólise 10. Ação dos lipóides 11. Ação dos venenos 12. Estudo químico dos venenos 13. Uso terapêutico do veneno 14. Glândulas de serpentes áglifas 15. Veneno de sapo 16. Veneno de escorpião 17. Veneno de aranha 18. Sistemática 19. Imunidade natural 20. Colaboradores O Quadro 3 apresenta a distribuição dos 20 temas para cada um dos pesquisadores. A seguir serão apresentadas fotos de cada um desses 28 pesquisadores, com os temas de interlocução com Vital Brazil. No Anexo 3 encontram-se quadros-resumo contendo todas as citações a cada um desses pesquisadores discriminadas por trabalho. 100 Quadro 3: Distribuição cruzada de temas por pesquisador e de pesquisador por tema. Trat.ant. Imun. Léon Charles Albert Calmette 1 Césaire-Auguste Phisalix Gabriel Bertrand João Baptista de Lacerda Aten Sorot. Espec. 1 1 1 1 1 1 1 1 Anaf. Sintom. Coag. 1 Lipói Ação Quím Uso Ter Áglifa 1 1 1 1 1 Sapo Imun Colab. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Escorp Aranha 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Dorival de Camargo Penteado 1 Henry Sewall 1 George Albert Boulenger 1 1 Joseph Fayer 1 George Lamb 1 1 1 Charles James Martin 1 1 1 Hideyo Noguchi 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Rudolph Kraus 1 1 1 Léon Massol 1 Silas Weir Mitchell 1 Somatório 1 1 1 1 1 1 1 Adolpho Lutz Marie Phisalix Edward Tyson Reichert Leonard Rogers Hans Sachs Ferdinando Sordelli Alfredo Sordelli 1 1 1 Camille Delezenne Thomas Richard Fraser 1 1 Edwin Stanton Faust Felice Fontana 1 1 1 1 Sist. 1 1 1 Nicolas Maurice Arthus Maurice Kaufmann Hem. 1 Jean Albert Vellard Otto Edward Heinrich Wucherer 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 7 5 2 3 8 1 2 3 16 1 5 6 9 1 7 3 10 6 1 7 7 4 8 101 9.3.1. Léon Charles Albert CALMETTE (1863-1933) Temas: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 2. Imunização 3. Atenuação do veneno 4. Soroterapia 5. Especificidade 7. Sintomatologia 8. Coagulação 9. Hemólise 10. Ação dos Lipóides 11. Ação dos venenos 13. Uso de veneno em terapêutica 102 14. Glândulas de serpentes áglifas 16. Veneno de escorpião 17. Veneno de aranha 19. Imunidade natural 20. Colaborador Referências: BERNARD, N. La vie et l’oeuvre d’Albert Calmette. 1863-1933. Paris, Albin Michel, 1961. CHUNG, K-T; BIGGERS, C. Albert Léon Charles Calmette (1863-1933) and the antituberculous BCG vaccination. Perspectives in Biology and Medicine, v. 44, n. 3, p. 379389, 2001. HAWGOOD, B. J. Doctor Albert Calmette 1863-1933: founder of antivenomous serotherapy and of antituberculous BCG vaccination. Toxicon, v. 37, p. 1241-1258, 1999. 103 9.3.2. Césaire Auguste PHISALIX (1852-1906) Temas: 2. Imunização 3. Atenuação do veneno 4. Soroterapia 8. Coagulação 12. Estudo químico dos venenos 13. Uso de veneno em terapêutica 14. Glândulas de serpentes áglifas 15. Veneno de sapo 17. Veneno de aranha Referências: BOCHNER R, GOYFFON M. L’oeuvre scientifique de Césaire Phisalix (1852-1906), découvreur du sérum antivenimeux. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 123, p. 15-46, 3e trimestre 2007. CUPILLARD C, VIDELIER P-Y (Org.). Césaire et Marie Phisalix, deux savants aux pays de Courbet. De Mouthier-Haute-Pierre au Muséum national d’histoire naturelle. Ornans: commune de Mouthier-Haute-Pierre, 2006. CUPILLARD C. Auguste Césaire Phisalix (1852-1906): un savant un pays de Courbet. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 123, p. 9-13, 3e trimestre 2007. 104 DESGREZ, A. Césaire Phisalix. Archives Parasitologie, v. 14, p. 54-153, 1910. GOYFFON M. Avant-Propos. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 123, p. 5-7, 3e trimestre 2007a. GOYFFON M. Notes biographiques. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 124, p. 5-7, 4e trimestre 2007b. 105 9.3.3. Gabriel BERTRAND (1867-1962) Temas: 2. Imunização 4. Soroterapia 14. Glândulas de serpentes áglifas 15. Veneno de sapo 17. Veneno de aranha Referências: RAOUL, S. Notice nécrologique. Gabriel Bertrand. Bulletin de la Société de Chimie Biologique, Paris, v. 44, n. 12, p. 1051-1056, 1962 106 9.3.4. João Baptista de LACERDA (1846-1915) Temas: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 8. Coagulação 15. Veneno de sapo 18. Sistemática Referências: VERGARA, M. R. João Batista de Lacerda e o método experimental: o caso do contra veneno das cobras no Brasil Imperial. In: Instituto Vital Brazil (Org.). A Defesa contra o Ophidismo: 100 anos depois: comentários. Niterói: Instituto Vital Brazil, p. 59-63, 2011. 107 9.3.5. Henry Sewall (1855-1936) Temas: 2. Imunização Referências: RUSSELL, F. E. Snake venom immunology: historical and practical considerations. Journal of Toxicology - Toxin Reviews, v. 7, n. 1, p. 1-82, 1988. WEBB, G. Memorial. Henry Sewall, M. D. Transactions of the American Clinical and Climatological Association, v. 52, p. xlviii-l, 1936. 108 9.3.6. Jean Albert Vellard (1901-1996) Temas: 8. Coagulação 10. Ação dos lipóides 12. Estudo químico dos venenos 14. Glândulas de serpentes áglifas 18. Sistemática 20. Colaborador Referências: DOLLFUS, O. Jehan Albert Vellard. Bull. Inst. fr. études andines, v. 25, n. 2, p. 165-167, 1996. 109 9.3.7. Otto Edward Heinrich Wucherer (1820-1873) Temas: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 18. Sistemática Referências: LIRA-DA-SILVA, R. M. Otto Wucherer e Vital Brazil: o início das pesquisas sobre o ofidismo no país. In: Instituto Vital Brazil (Org.). A Defesa contra o Ophidismo: 100 anos depois: comentários. Niterói: Instituto Vital Brazil, p. 49-56, 2011. BARRETO, M. R. N; ARAS, L. M. B. Salvador, cidade do mundo: da Alemanha para a Bahia. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v. 10, n. 1, p. 151-72, 2003. 110 9.3.8. Nicolas Maurice ARTHUS (1862-1945) Temas: 5. Especificidade 6. Anafilaxia 8. Coagulação 11. Ação dos venenos Referências: ROJIDO, G. M. Cien años de anafilaxia. Alergol Inmunol Clin, v. 16, p. 364-368, 2001. 111 9.3.9. Maurice KAUFMANN (1856-1924) Le professeur Maurice Kaufmann dans son laboratoire. [1900] Temas: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 2. Imunidade 112 9.3.10. Dorival de Camargo PENTEADO (1873-1942) Temas: 14. Glândulas de serpentes áglifas 17. Veneno de aranha 20. Colaborador Referências: BRAZIL, V. Dr. Dorival de Camargo Penteado, 15 de novembro de 1873 – 26 de março de 1942. Boletim do Instituto Vital Brazil, n. 24, p. 3, 1942. BRAZIL V. Memória Histórica do Instituto Butantan. São Paulo: Elvino Pocai, 1941, 171p. PENNA, E. Q. A. A.; MAIA, F. M. M. (Orgs). Documentos contam a História do Instituto Vital Brazil 1919 – 2010. Rio de Janeiro: Editora Rio Books, 2011. 240p. 113 9.3.11. George Albert BOULENGER (1858-1937) Temas: 18. Sistemática 20. Colaborador Referências: WATSON, D. M. S. George Albert Boulenger. 1858-1937. Obituary Notices of Fellows of the Royal Society, v. 3, n. 8, p. 13-17, 1940. 114 ROBYNS, W. G. A. Boulenger 1858-1937 sa vie et sa oeuvre rhodologique. Bulletin du Jardin Botanique de l'État a Bruxelles, v. 15, n. 1, p. 1-24, 1938. 115 9.3.12. Edwin Stanton FAUST (1870-1928) Temas: 12. Estudo químico dos venenos 14. Glândulas de serpentes áglifas 15. Veneno de sapo 17. Veneno de aranha 116 9.3.13. Joseph FAYER (1824-1907) Temas: 8. Coagulação 11. Ação dos venenos 14. Glândulas de serpentes áglifas Referências: HAWGOOD, B. J. Sir Joseph Fayer MD FRS (1824-1907) Indian Medical Service: snakebite and mortality in British India. Toxicon, v. 34, n. 2, p. 171-182, 1996. 117 9.3.14. George LAMB (1869-1911) Temas: 5. Especificidade 7. Sintomatologia 8. Coagulação 12. Estudo químico dos venenos Referências: MARTIN, C. J. George Lamb, M. D. (Glasg), I. M. S. Born June 30, 1869 – Died April 13, 1911. The Journal of Pathology and Bacteriology, v. 16, n. 1, p. 119-121, 1911 [Esse artigo foi publicado originalmente no British Medical Journal em 29 de abril de 1911]. 118 9.3.15. Charles James MARTIN (1866-1955) Temas: 5. Especificidade 7. Sintomatologia 8. Coagulação 11. Ação dos venenos 18. Sistemática Referências: COPPING, A. M. Sir Charles James Martin (1866-1955). Journal of Nutrition, v. 101, p. 38, 1971. 119 HAWGOOD, B. J. Sir Charles James Martin MB FRS: Australian serpents and Indian plague, one hundred years ago. Toxicon, v. 35, n. 7, p. 999-1010, 1997. 120 9.3.16. Hideyo NOGUCHI (1876-1928) Temas: 8. Coagulação 9. Hemólise 10. Ação dos lipóides 11. Ação dos venenos 14. Glândulas de serpentes áglifas 20. Colaborador 121 9.3.17. Felice FONTANA (1730-1805) Temas: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 8. Coagulação 12. Estudo químico dos venenos Referências: HAWGOOD, B. J. Abbé Felice Fontana (1730-1805): founder of modern toxinology. Toxicon, v. 33, n. 5, p. 591-601, 1995. 122 9.3.18. Adolpho LUTZ (1855-1940) Temas: 15. Veneno de sapo 18. Sistemática 20. Colaborador Referências: BENCHIMOL, J. M., SÁ, M. R., BECKER, J. “Adolpho Lutz e a história da medicina tropical no Brasil, Trabalhos Científicos de Adolpho Lutz, publicados ou inéditos”, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 287-409, 2003. 123 9.3.19. Camille DELEZENNE (1868-1932) Temas: 8. Coagulação 9. Hemólise 11. Ação dos venenos 13. Uso dos venenos em terapêutica Referências: CALMETTE, A. "C. Delezenne (1868-1932)". La Presse Médicale, n° 58, 20/07/1932, 7 p. DELEZENNE, C. "Titres et travaux scientifiques de C. Delezenne". Paris: Imp. de la Cour d'Appel, 1912, 85 p. DELEZENNE, A. "Camille Delezenne", Pays de Pevele, n. 36, 1994, p. 25-30 (archives Institut Pasteur). HALLION, L. "C. Delezenne (1868-1932)". Annales de Pysiologie, t. VIII, n. 5, p. 786805, 1932. 124 9.3.20. Thomas Richard FRAZER (1841-1920) Temas: 1. Tratamentos anteriores à soroterapia 5. Especificidade 125 9.3.21. Rudolph KRAUS (1868-1932) Temas: 5. Especificidade 6. Anafilaxia 14. Glândulas de serpentes áglifas 20. Colaborador Referências: BRAZIL V. Memória Histórica do Instituto Butantan. São Paulo: Elvino Pocai, 1941, 171p. 126 9.3.22. Léon MASSOL (1875-1915) Não conseguimos nenhuma foto nem mesmo figura desse pesquisador. É interessante salientar que houve dois pesquisadores com o mesmo nome, Léon Massol, e na mesma época no Instituto Pasteur de Lille o que gerou muita confusão na busca pela informação correta. O que diferenciou esses dois e nos deu a certeza de estarmos com a biografia correta é que o outro apresentava como data de falecimento o ano de 1909, ou seja, anterior a uma publicação de Massol que datava de 1914 (MASSOL, Effect des venins sur la coagulation du sérum de cheval par le chauffage. Différenciation des venins des viperidés et des colubridés. C. R. Acad. Sc., 158, 1914, p. 1030). A foto do outro pesquisador foi localizada, mas não será aqui apresentada para evitar confusão. Abaixo transcrevemos a biografia recebida de uma pessoa que trabalha na biblioteca do Instituto Pasteur: "Il est né à Chinon (France) en 1875. Il fut ancien élève de L'institut agronomique de Paris. Il a du avoir son diplôme d'ingénieur puis a du travailler pendant 1 an au laboratoire de chimie agricole du professeur Charles Achille Müntz. Il est entré comme élève libre à l'Institut Pasteur de Lille en 1900, en 1901 obtenu une bourse, puis a suivi le parcours classique de préparateur et de chef de laboratoire de chimie biologique. Mobilisé en 1914, Il est décédé de maladie en tant que Soldat de 69ème régiment d’infanterie de l'armée de terre en Bretagne (à rennes) le 1er avril 1915". Temas: 8. Coagulação 10. Ação dos lipóides 11. Ação dos venenos 127 9.3.23. Silas Weir MITCHELL (1829-1914) Temas: 8. Coagulação 12. Estudo químico dos venenos Referências: BAILEY, P. Silas Weir Mitchell 1829-1914. Biographical Memoir. Washington D. C.: National Academy of Sciences, 1958, 22p. 128 9.3.24. MARIE PHISALIX (1861-1946) Temas: 14. Glândulas de serpentes áglifas 15. Veneno de sapo 17. Veneno de aranha 19. Imunidade natural Referências: CUPILLARD C, VIDELIER P-Y (Org.). Césaire et Marie Phisalix, deux savants aux pays de Courbet. De Mouthier-Haute-Pierre au Muséum national d’histoire naturelle. Ornans: commune de Mouthier-Haute-Pierre, 2006. D’HONDT J-L. Marie Phisalix (1861-1946) et la Société zoologique de France. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 124, p. 25-30, 4e trimestre 2007. GOYFFON M. Avant-Propos. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 123, p. 5-7, 3e trimestre 2007a. 129 GOYFFON M. Notes biographiques. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 124, p. 5-7, 4e trimestre 2007b. LESCURE J.; THIREAU, M. Marie Phisalix (1861-1946), une grande dame de l’Herpetologie. Bulletin de la Société Herpétologique de France, Paris, n. 124, p. 9-24, 4e trimestre 2007. 130 9.3.25. Edward Tyson REICHERT (1855-1931) Temas: 8. Coagulação 9. Hemólise 10. Ação dos lipóides 12. Estudo químico dos venenos 131 9.3.26. Leonard ROGERS (1868-1962) Temas: 1. Tratamentos anteriores a soroterapia 5. Especificidade 8. Coagulação 11. Ação dos venenos 19. Imunidade natural 132 9.3.27. Hans SACHS (1877-1945) Temas: 9. Hemólise 10. Ação dos lipóides 17. Veneno de aranha 133 9.3.28.1. Alfredo SORDELLI (1891-1967) Temas: 5. Especificidade 8. Coagulação 11. Ação dos venenos 20. Colaborador Referências STOPPANI, A. O. M.; MÉNDEZ, B. S.; SORDELLI, D. O. Remembering a microbiologist: Alfredo Sordelli (1891–1967). Int Microbiol, v. 4, p. 237–238, 2001. 134 9.3.28.2. Ferdinando SORDELLI (1837-1916) Temas: 18. Sistemática 135 9.4. ANÁLISE DA “NÃO CITAÇÃO” Ao analisar a obra de Vital Brazil para verificar em que trabalhos os 28 pesquisadores mais citados não estão contemplados, verificou-se que dos 63 trabalhos, em 19 eles não apareceram. Desses 19 trabalhos, 6 não apresentaram nenhuma citação e portanto, independente do tema tratado, fica explicado a ausência de referências a esses pesquisadores. Em 8 trabalhos, apesar dos temas tratados serem compatíveis com a principal linha de pesquisa de Vital Brazil, com exceção de dois que se ocuparam da difteria e da febre amarela, todos apresentaram apenas uma citação, o que pode explicar o fato desses pesquisadores não terem sido contemplados: 1898-C – BRAZIL, Vital. (1898), “Alguns casos de diphteria tratados pelo serum antidiphtherico”. Revista Medica de São Paulo, I, p. 51-56. (TOLEDO, Bonilha de) 1898-D – BRAZIL, Vital. (1898), “A serumtherapia na febre amarela”. Revista Medica de São Paulo, I, 8, p. 127-131. (SANARELLI) 1904-C – BRAZIL, Vital. (1904), “Sobre um novo tratamento organo-therapico do ophidismo do Dr. Ernst von Bassewitz”. Revista Medica de São Paulo, VII, 2, p. 25-26. (BASSEWITZ, Ernest Von) 1905-B – BRAZIL, Vital. (1905), “A propósito de uma observação do Dr. Z. de Alvarenga sobre o emprego do sôro anti-ophidico”. Revista Medica de São Paulo, VIII, p. 150-152. (ALVAREENGA, Z) 1906-B – BRAZIL, Vital. (1906), “Tratamento de mordeduras de cobras pelos seruns especificos preparados pelo Instituto Serumtherapico do Estado”. Revista Medica de São Paulo, IX, p. 408-412. (GODINHO, Victor) 1907-E – BRAZIL, Vital. (1907), “Do anhydrido carbonico como meio conservador dos seruns e das toxinas”. Revista Medica de São Paulo, X, p. 471-473. (ROUX) 1925-A – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1925), “Contribuição ao estudo do veneno das aranhas, - Aranhas inimigas das serpentes - Gênero Grammostola”. Brazil-Médico, XXXIX, 1, p. 47-51. (MELLO LEITÃO) 1925-E – BRAZIL, Vital e VELLARD, J. (1950), “Imunização por via intradérmica e por via subcutânea. Sôro anti-ctenus. Método de dosagem e primeira aplicação no homem”. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia, LX, 5, p. 555-563. (BESREDKA) 136 Um trabalho apresentou duas citações: 1907-F – BRAZIL, Vital. (1918), “Mal de Cadeiras em São Paulo”. Collectanea de Trabalhos (1901-1917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 58-62. (ELMASSIAN e JAGUARIBE, Domingos). Um trabalho apresentou seis citações: 1924 – BRAZIL, Vital. (1924), “Notas sobre a biologia do "Conepatus chilensis". Contribuição ao estudo do seu apparelho defensivo”. Archivos do Instituto Vital Brazil, II, 2, p. 57-67, apresentou seis citações (GOELDI, Emílio; HENSEL; IGLEZIAS, Francisco; IHERING, Herman Von; MARTIUS e NELSON, Edward W.). Um trabalho apresentou 11 citações: 1918-A – BRAZIL, Vital. (1918), “Das pseudo-globulinas específicas dos soros (antitoxinas). Seu preparo e seu emprego em therapeutica”. Collectanea de Trabalhos (19011917) – Instituto de Butantan, São Paulo, Typographia do Diário Official, p. 323-366 apresentou 11 citações (ARONSON; BANZHAF; BÖER; BRIEGER; BRODI; DIEUDOME; EHRLICH; GIBSON; HEINEMANN; HOMER, Annie e SMIRNOW). Um trabalho apresentou 37 citações e se referia a um tema alheio ao ofidismo e ao estudo de venenos: 1926-D – 1926-D – BRAZIL, Vital. (1926), “A defeza contra a mosca”. Memórias do Instituto de Butantan, III, p. 189-203. A tese de Vital Brazil, que trata das funções do baço, tema diferente da totalidade de sua obra dedicada aos animais peçonhentos, apresentou 76 citações: 1892 – BRAZIL, Vital. (1892), Funções do baço. These apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, datilo. 82p. A Figura 10 apresenta a obra científica de Vital Brazil “citante” dos principais pesquisadores. É interessante observar que os trabalhos que apresentam grande número de citações e não se referiram aos principais pesquisadores, tem seus temas alheios à principal linha de pesquisa adotada por Vital Brazil. 137 31 31 31 31 40 31 39 31 30 31 29 8 12 8 3 14 8 6 6 7 16 12 15 32 28 29 30 20 27 29 30 20 26 29 30 20 25 16 9 30 29 24 18 23 26 26 25 24 30 35 30 34 30 33 9 36 37 8 1891 1892 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900 1901 1902 1903 1904 1905 1906 1907 1908 1909 1910 1911 1912 1913 1914 1915 1916 1917 1918 1919* 63 60 59 48 56 47 55 55 51 55 54 45 51 55 44 50 54 43 49 53 57 48 51 56 47 59 58 59 60 59 60 44 61 62 63 43 1919* 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 Figura 10: A obra científica de Vital Brazil “citante” dos principais pesquisadores. LEGENDA - Co-autores VELLARD, Jean BRAGA, Americo BRAZIL FILHO, Vital PESTANA, Bruno Rangel ROCHA, Franco da 138 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. São Paulo na virada do século XX: um laboratório de saúde pública para o Brasil. Tempo, Rio de Janeiro, n. 19, p. 77-89, 2005. ALVARADO, R. U. A Lei de Lotka na bibliometria brasileira. Ciência da Informação, Brasília, v. 31, n. 2, p. 14-20, 2002. ARAÚJO, C. A. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. Em Questão, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 11-32, jan./jun. 2006. BARONI, E. A. Textos de fisiopatologia renal publicados no periódico “Annaes Paulista de Medicina e Cirurgia” (1913 a 1933). Cadernos de História da Ciência, Instituto Butantan, v. 1, p. 75-93, jan/jul. 2009. BERNARD, N. La vie et l’oeuvre d’Albert Calmette. 1863-1933. Paris, Albin Michel, 1961. BOCHNER R. Acidentes por animais peçonhentos: aspectos históricos, epidemiológicos, ambientais e sócio-econômicos. 2003. 128p. 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Casamento em 15/10/1892 com sua prima de terceiro grau, Maria da Conceição Philipina de Magalhães, com quem teve 12 filhos, dos quais 9 chegaram a idade adulta, seis homens e três mulheres. Nomeado Inspetor Sanitário. Contrai febre amarela pela segunda vez. Nasce seu primeiro filho em 15/05/1893, Mário, que vive apenas 5 horas. Nasce sua filha Vitalina Brazil em 01/05/1894. Já casado e com uma filha (Vitalina) vai clinicar em Botucatu, cidade terminal da Estrada de Ferro Sorocabana. Encontra seu velho mestre, o Ver. J. de Carvalho Braga, que fala das virtudes da planta Pulméria no tratamento das mordeduras de cobras. Sente-se novamente atraído pelo ofidismo e começa a estudar várias plantas às quais o povo atribuía qualidades curativas. Vital verifica bem depressa a ineficácia das plantas e de outros “remédios” empregados pelo povo. Lê um trabalho de Calmette de sobre o soro contra o veneno das serpentes da Índia, por ele preparado através do processo de imunização de animais e produção da antitoxina, soro que aquele ilustre cientista francês acreditava eficaz contra toda e qualquer espécie de cobra venenosa. Nasce sua filha Alvarina Brazil em 31/5/1896. Nomeado em 14/6/1897 assistente do Instituto Bacteriológico, sob a direção de Adolpho Lutz, tendo como ajudantes o Dr. Arthur Mendonça e o Dr. Bonilha de Toledo. Consegue conferir imunidade contra doses formidáveis de veneno de jararaca e de cascavel a cães e cabritos. Nasce seu filho Mário Brazil em 25/7/1897. Experimenta pela primeira vez o soro de Calmette Dúvida quanto às conclusões: soro de preparo não muito recente. Verifica uma relação de especificidade entre cada soro e o veneno que servia para o preparo do animal fornecedor do soro com o uso dos venenos botrópico e crotálico. É criada a Revista Médica de São Paulo, periódico no qual publica a maioria de seus trabalhos. Nasce sua filha Olga em 06/7/1898. 153 ANEXO 2 Principais acontecimentos vividos por Vital Brazil (continuação) Ano 1899 1900 1901 1902 1903 1904 Acontecimento Falece sua filha Olga em 17/01/1899. Em julho de 1899 Adolpho Lutz solicita em ofício autorização para comprar cobras como material de estudo. Declarava ser necessária a criação de um instituto soroterápico, onde Vital Brazil pudesse prosseguir com proveito, nos seus estudos de soroterapia. Nasce seu filho Vital Brazil de São Paulo em 17/8/1899. É designado em 09/10/1899 para trabalhar na epidemia de peste bubônica que existia em Santos. Dessa forma, foi obrigado a interromper suas pesquisas sobre ofidismo. Oswaldo Cruz chega do Rio de Janeiro a Santos em 23/10/1899 para estudar a peste bubônica. Vitor Godinho chega de São Paulo a Santos em 24/10/1899 e assume a direção do Hospital de Isolamento. Vital Brazil contrai peste bubônica em 28/10/1899, sendo tratado por Vitor Godinho e Oswaldo Cruz, que conhece nessa ocasião. Viltal Brazil se restabelece e retorna ao Laboratório em 02/11/1899. Em 08/11/1899 é adquirida pelo Governo do Estado de São Paulo a Fazenda Butantan, para criar um serviço de produção de soro antipestoso. Em 24/12/1899 é nomeado encarregado da organização do Instituto Butantan, uma vez que era assistente do Instituto Bacteriológico, do qual o Instituto Butantan era nessa época uma dependência. Falece seu filho Vital Brazil de São Paulo em 17/03/1900. Em instalações improvisadas e precárias deu início a imunização dos cavalos com culturas de Pasteurella pestis e também, as pesquisas sobre imunidade antiofídica. Em 23/02/1901 o serviço na Fazenda Butantan é desmembrado do Instituto Bacteriológico pelo decreto 878-A e Vital Brazil é nomeado seu diretor. Em maio de 1901 foram repetidas as experiências com o soro de Calmette. Em 11/6/1901 eram entregues as primeiras ampolas de soro antipestoso. Em 14/8/1901 deu-se a conclusão da fabricação de soros antiofídicos. Em 01/12/1901 Vital Brazil pronuncia, na Escola de Farmácia de São Paulo, conferência sobre os envenenamentos crotálico e botrópico, diferenciando-os distintamente. Nomeado em 13/02/1902 como ajudante o Dr. Dorival de Camargo Penteado. Consagração no V Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, realizado no Rio de Janeiro em 28/6/1903. Embarca com a família para a Europa em 02/5/1904. Nasce seu filho Vital Brazil Filho na cidade de Paris, França em 21/08/1904. Vital Brazil reside com a família em Paris esse ano a fim de freqüentar curso no Instituto Pasteur. 154 ANEXO 2 Principais acontecimentos vividos por Vital Brazil (continuação) Ano 1905 1906 1907 1908 1909 1910 1911 1912 1913 1914 1915 Acontecimento Em 09/5/1905 Vital Brazil regressa da Europa, onde realizou estudos e apresentou trabalhos. No VI Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, em São Paulo, Vital Brazil apresentou o primeiro trabalho nacional sobre escorpiões. Descobre o mal de cadeiras que ataca muares. Nasce seu filho Ary Brazil em 14/06/1906. Nomeação de Bruno Rangel Pestana como ajudante em 05/4/1907. Nasce seu filho Ruy Vital Brazil no Instituto Butantan, onde Vital Brazil, seu diretor, residia com a família, em 11/11/1907. Adolpho Lutz deixa a direção do Instituto Bacteriológico e se transfere para o Instituto de Manguinhos. Nasce seu filho, Álvaro Vital Brazil, em São Paulo, no Instituto Butantan, em 01/02/1909. Em novembro de 1910 foi iniciada a construção do novo edifício do Instituto sob a direção do engenheiro sanitarista Dr. Mauro Alvaro. Descobre as características ofiófagas da serpente denominada Muçurana. Consegue verba para a construção do novo edifício do Instituto Butantan. Nasce sua filha Lygia Vital Brazil em 30/5/1910. O Instituto Butantan comparece a Exposição Internacional de Higiene em Dresden, Alemanha, sendo representado pelo ajudante Bruno Rangel Pestana. Criada mais um lugar de ajudante e nomeado o Dr. João Florencio Gomes. Admitido em setembro de 1912 o jovem desenhista Augusto Esteves. Especializou-se na ilustração de trabalhos científicos, colaborando em todos os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto. Nascimento de Oswaldo Vital Brazil em São Paulo, no Instituto Butantan em 1912. João Florêncio Gomes descobre uma nova cobra venenosa. Morre a esposa de Vital Brazil. Morre a mãe de Vital Brazil. Criação dos Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, revista médica mensal, fundada em 1913, sob a direção dos professores Arnaldo Vieira de Carvalho, Diogo de Faria e Vital Brazil. Inauguração oficial do novo edifício do Instituto Soroterápico do Butantan em 04/05/1914. Viaja para a Europa (Berlim). Início da 1a Guerra Mundial em 28/7/1914. Participa do Congresso Científico Pan-Americano, em Washington, a convite do Carnigie Endowement for peace, transmitido pelo Embaixador Americano, em 27/12/1915. 155 ANEXO 2 Principais acontecimentos vividos por Vital Brazil (continuação) Ano 1916 1917 1918 1918 1919 1920 1921 1922 1923 Acontecimento Vital Brazil aplica seu soro no tratador das cobras do Zoo do Bronx, que havia sido picado. O tratamento é um sucesso. Rende três notas no New York Times 28/01/1916, 29/01/1916, 07/02/1916. Episódio é noticiado no Jornal do Comércio em 19/03/1916. Admitido no Instituto Butantan o Dr. Octávio Veiga, irmão do então Presidente do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Raul Veiga. Devido à aproximação do cientista com o governo do Estado do Rio, foi o mentor e responsável pela vinda do Instituto para Niterói. Em 12/8/1917 oferece ao Instituto Butantan a patente para o preparo de soros antipeçonhentos. Emílio Ribas deixa a direção do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo. Admitido como servente José Marques, filho de imigrantes espanhóis. Em princípio de 1918 é admitido no Instituto Butantan o Dr. Arlindo de Assis. Conclusão em 01/11/1918 do curso, criado por Vital Brazil, de Higiene Pública Elementar, sendo a primeira turma constituída de diretores de escolas normais e grupos escolares. Fim da 1a Guerra Mundial em 11/11/1918. Criação por Vital Brazil da revista Memórias do Instituto Butantan. Aposenta-se e deixa o Instituto Butantan em 09/7/1919. Cria o Instituto Vital Brazil em casa residencial, construção do século passado, com fachadas para as ruas Gavião Peixoto e Mariz e Barros no bairro de Icaraí em Niterói Rio de Janeiro em 14/7/1919. Falece o Dr. João Florêncio Gomes Augusto Esteves casa-se com a segunda filha de Vital Brazil, Alvarina. Vital Brazil casa-se novamente com Dinah Carneiro Vianna, com quem teve mais nove filhos, seis homens e três mulheres. Nasce sua filha, Acácia Brazil, em Niterói em 24/05/1921. Nasce sua filha, Ísis Brazil, em Niterói em 17/6/1922. Professor Rudolf Krauss, notável cientista que dirigia o Instituto de Soroterápico de Viena, é convidado para dirigir o Instituto Butantan, o qual vinha da Argentina, onde deixara organizado o Instituto Bacteriológico de Buenos Aires. Nasce sua filha, Eliah Brazil, em Niterói em 19/6/1923. Transferência da sede do Instituto Vital Brazil para área de 350.000 m2, situada no bairro de Santa Rosa, área cedida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e onde existira uma olaria. Jean Vellard, francês nascido na Algéria, estudou medicina na França. Uma vez formado, com o objetivo de estudar as aranhas do Brasil, ao chegar ao Rio de Janeiro é encaminhado pela embaixada francesa ao Instituto Vital Brazil. Criação da revista científica "Archivos do Instituto Vital Brazil" por Vital Brazil (1923/1927) 156 ANEXO 2 Principais acontecimentos vividos por Vital Brazil (continuação) Ano 1924 1925 1926 1927 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 Acontecimento Volta de Vital Brazil ao Instituto Butantan como diretor contratado em 03/09/1924. Nasce seu filho, Enos Brazil, em São Paulo, no Butantan, em 22/12/1924. Jean Vellard acompanha Vital Brazil e ingressa no Instituto Butantan como assistente. A convite de Vital Brazil, o assistente Eduardo Vaz deixa o Instituto Vital Brazil para ingressar no Instituto Butantan. Nasce seu filho, Horus Vital Brazil, em São Paulo, no Butantan em 7/5/1926. Vital Brazil deixa o Instituto Butantan definitivamente em 01/7/1927. Jean Vellard acompanha Vital Brazil, voltando a integrar o corpo de assistentes do Instituto Vital Brazil. Nasce seu filho, Ícaro Vital Brazil, em Niterói em 28/9/1927. Eduardo Vaz se demite do cargo que ocupava no Instituto Butantan e funda com os irmãos Pereira e outros, o Instituto Pinheiros. Miguelote Vianna, por ter incompatibilizado com Arlindo de Assis, deixa o Instituto Vital Brazil e funda, em Niterói, o Intituto Bios. Criação da revista científica "Boletim do Instituto Vital Brazil" (1927/1945) Nasce seu filho, Eglon Brazil, em Niterói em 03/11/1928. Jornal publica homenagem a Vital Brazil em 24/11/1928. Jean Vellard deixa o Instituto Vital Brazil. Dr. Assis propõe a Vital Brazil algumas modificações administrativas e a interrupção de alguns produtos. Não tendo sido atendido, retirou-se do Instituto Vital Brazil, mantendo laboratório de análises clínicas no Rio de Janeiro e dedicando-se na Fundação Ataúlfo de Paiva, à produção e estudos da vacina B.C.G. Segundo Oswaldo Vital Brazil, com a saída de Arlindo de Assis em 1930, encerrou-se a primeira fase do Instituto Vital Brazil. Vital Brazil Filho substitui Arlindo de Assis em suas funções no Instituto Vital Brazil Nasce seu filho, Lael Brazil, em Niterói em 13/02/1931. A seção de Química é implantada Foram retomadas as pesquisas por Vital Brazil e Vital Brazil Filho com estudo sobre envenenamento produzido por cobra coral. Augusto Esteves, genro de Vital Brazil, deixa de trabalhar no Instituto Vital Brazil. Américo Braga, veterinário e patologista, ingressa no Instituto Vital Brazil. Ele implantou no Instituto a importante Seção de Medicina Veterinária, mais tarde Divisão de Medicina Veterinária. Foi também o fundador da Escola Fluminense de Medicina Veterinária, com sede em terreno cedido pelo Instituto. Criação da revista científica "Biologia Médica" (1934/1939) Nascimento de seu último filho, Osíris Brazil, em 26/04/1935. Falecimento de Vital Brazil Filho em setembro de 1936. 157 ANEXO 2 Principais acontecimentos vividos por Vital Brazil (continuação) Ano 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1945 1949 Acontecimento Ortiz Patto assume a chefia da Seção de Bacteriologia em 01/01/1937. Inicia a construção das novas instalações do Instituto Vital Brazil. Início da 2a Guerra Mundial. A Alemanha nazista invade a Polônia em 01/9/1939. Participa como Delegado do Brasil no 8º Congresso Científico Americano, em Washington, DC, EUA, 10 a 18/5/1940. Publica o Livro “Memória Histórica do Instituto Butantan”. Vital Brazil reorganiza o Instituto, criando três Divisões: Divisão de Medicina Humana, Divisão de Medicina Veterinária e Divisão de Química. A primeira foi entregue a chefia de Oscar de Camargo Penteado. A Divisão de Medicina Humana compreendia duas Seções: Seção de Bacteriologia, a cargo de Romero Cunha, e Seção de Soroterapia, chefiada por Oswaldo Vital Brazil. Américo Braga e Ruy Vital Brazil foram incumbidos da chefia da Divisão de Medicina Veterinária e da Divisão de Química, respectivamente. Inauguração do novo edifício do Instituto Vital Brazil em 11/9/1943. Com essa inauguração encerra-se a segunda fase do Instituto, caracterizada principalmente pela atuação de Vital Brazil Filho, pelo surgimento de duas novas atividades – pesquisas em medicina veterinária, elaboração de produtos veterinários e fabricação de produtos químicos – e pela decisão de Vital Brazil de erigir a nova sede da instituição. Fim da 2a Guerra Mundial. O Japão assina a declaração de capitulação da Segunda Guerra Mundial em 02/9/1945. Américo Braga demite-se do Instituto Vital Brazil, sendo substituído por Luiz Tavares Macedo veterinário, competente bacteriologista. Deixa a direção do Instituto Vital Brazil em 19/12/1949. 158 ANEXO 3 Léon Charles Albert CALMETTE ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1901-A 1 Certa resistência de animais vacinados contra a raiva em relação ao veneno de serpentes 1901-B 4 Imunização (1) Descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Protocolo de Imunização (1) Não utilização de hipoclorito para neutralização do veneno (1) 1902-A 9 Imunização (1) Efeito terapêutico da Bile (2) Descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Referência ao soro preparado no Instituto Pasteur de Lille, pelo Dr. Calmette (1) Referência às serpentes existentes no laboratório e ao veneno utilizado (1) “Serum Calmette” (3) 1902-D 14 Efeito terapêutico da Bile (2) Imunização e preparação do soro (1) Referência ao soro preparado no Instituto Pasteur de Lille, pelo Dr. Calmette (1) “Serum Calmette” (10) 1903-B 1904-A 1 3 Em 1898 começou a empregar sem resultado o serum de Calmette (1) Efeito terapêutico da Bile (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) O serum Calmette também foi experimentado com resultado negativo contra os venenos crotalico e bothropico (1) 1904-B 13 1905-A 3 Fundamentos da soroterapia antipeçonhenta (1) Efeito terapêutico da Bile (1) Referência ao soro preparado no Instituto Pasteur de Lille, pelo Dr. Calmette (1) “Serum Calmette” (10) Efeito terapêutico da Bile (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) “Serum Calmette” (1) 159 TEMAS Imunização Imunização Soroterapia Imunização Tratamentos anteriores à soroterapia Soroterapia Especificidade Tratamentos anteriores à soroterapia Imunização Soroterapia Especificidade Especificidade Tratamentos anteriores à soroterapia Imunização Soroterapia Especificidade Soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia Especificidade Tratamentos anteriores à soroterapia Imunização Soroterapia Especificidade ANEXO 3 Léon Charles Albert CALMETTE ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1905-C 3 Efeito terapêutico da Bile (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) “Serum Calmette” (1) 1907-C 1 1907-D 15 1909-B 12 Experimentação do soro de Calmette contra a ação tóxica do veneno de escorpião (1) Métodos de dosagem do soro antipeçonhento (2) Livro (1) Envio de veneno (1) “Serum Calmette” (8) “Serum anti-venimeux de Calmette” (3) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Preparação do soro (1) Método preciso de imunização (1) Substâncias das peçonhas (1) Classificação dos venenos (1) Livro (1) Estudo das peçonhas (1) Influência do calor sobre diferentes peçonhas (2) Diálise usada para distinguir venenos (1) Filtração na vela de Chamberland (1) Este veneno nos foi cedido pelo professor Calmette (1) 160 TEMAS Tratamentos anteriores à soroterapia Imunização Soroterapia Especificidade Veneno de escorpião Soroterapia Especificidade Imunização Soroterapia Especificidade Atenuação do veneno Colaborador ANEXO 3 Léon Charles Albert CALMETTE ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1909-C 30 Influência do calor sobre diferentes peçonhas (1) Filtração na vela de Chamberland (1) Diálise usada para distinguir venenos (1) Uso de substâncias químicas para tratamento das mordeduras de cobra (1) Resistência natural do porco (1) Toxidez do sangue das cobras (1) Coagulação do sangue (4) Livro (2) Referência ao laboratório de Calmette (1) Ação hemolítica do veneno (5) Ação neutralizante sobre todos os outros venenos (1) “Serum Calmette” (6) Conclusões do Prof. Calmette (1) Agrupamento dos venenos (3) Ação precipitante (1) 1911-A* 1 Efeito terapêutico da Bile (1) 1911-B TEMAS Atenuação do veneno Tratamentos anteriores à soroterapia Imunidade natural Coagulação Hemólise Especificidade Ação dos venenos Tratamentos anteriores à soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia 17 Efeito terapêutico da Bile (1) Publicações citadas na Bibliografia (16) (Artigos e Livro) 1911-C 17 Efeito terapêutico da Bile (1) Publicações citadas na Bibliografia (16) (Artigos e Livro) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) 161 ANEXO 3 Léon Charles Albert CALMETTE ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1914 40 Sintomatologia do envenenamento (1) Livro (1) Resistência dos peixes ao veneno (2) Coagulação do sangue (2) Hemólise (1) Ação proteolítica (1) Laboratório de Calmette (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Livro (1) Método de imunização de Calmette (3) Primeiros trabalhos de Calmette (1) “Serum Calmette” (8) Publicações citadas na Bibliografia (17) (Artigos e Livro) 1915 4 Tratamento de epilepsia com veneno de serpente (2) Artigo (1) Espécie de serpente utilizada (1) 1918-C 1 Publicação citada na Bibliografia (1) (Livro) 1925-B 1 Presença no sangue de elementos que servem à elaboração do veneno (1) 1925-G 3 Acidentes por aranha (1) Tratamento com soros anti-ofídico e anti-escorpiônico (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Livro) 1926-B 2 Secreção tóxica serpentes Aglyphas (1) Presença no sangue de elementos que servem à elaboração do veneno (1) 1926-C 3 1927-C 1928-A 2 7 TEMAS Sintomatologia Imunidade natural Coagulação Hemólise Imunização Soroterapia Especificidade Uso de veneno em terapêutica Imunidade natural Veneno de aranha Glândulas das serpentes áglifas Imunidade natural Coagulação Ação coagulante dos venenos (1) Trabalhando sob a direção de Calmette (1) Soro anti-venenoso de Calmette (1) Afinidades da lecitina pela tuberculina e pelo Bacilo tuberculoso (2) Coagulação dos venenos (4) Amostra de veneno (2) Publicação citada na Bibliografia (1) (Livro) Ação dos lipóides Coagulação 162 ANEXO 3 Léon Charles Albert CALMETTE ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1933 3 Sintomatologia do envenenamento (1) Experimentação no macaco (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Livro) 1934 11 Tratamento de epilepsia com veneno de serpente (2) Orientação de Calmette para usar veneno de naja nas experiências sobre algias (2) Comentário de Calmette sobre seu acidente (1) Ação do veneno sobre o câncer do camundongo (1) Soluto de veneno colhido segundo a técnica de Calmette (1) Conselho de Calmette sobre a substituição da serpente do experimento (1) Hipótese formulada por Calmette sobre a ação do veneno sobre a dor (1) Publicação citada na Bibliografia (2) (Artigos) 1935 1 Afinidades da lecitina pela tuberculina e pelo Bacilo tuberculoso (1) 1938 2 Sintomatologia do envenenamento (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Livro) 163 TEMAS Sintomatologia Uso de veneno em terapêutica Ação dos lipóides Sintomatologia ANEXO 3 Césaire Auguste PHISALIX ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1901-B 3 Imunização (1) Descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Protocolo de Imunização (1) 1902-A 2 Imunização (1) Descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1904-A 1 Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) TEMAS Imunização Soroterapia 1904-B 1905-A 1 1 Fundamentos da soroterapia antipeçonhenta (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1905-C 1 Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1909-B 1 Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1909-C 4 1911-B 1911-C 1914 25 25 28 1918-C 1925-B 1925-C 1 1 2 Filtração em vela (2) Existência de pequena quantidade de veneno no sangue (1) Incoagulabilidade, sangue fica fluido para aqueles que morrem picados por Vipera berus (1) Classificação das serpentes (1) Publicações citadas na Bibliografia (25) (Artigos) Publicações citadas na Bibliografia (25) (Artigos) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (2) Publicações citadas na Bibliografia (26) (Artigos), um artigo a mais do que nas edições anteriores do livro, com co-autoria de Charrim e Claude Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo) Existência de pequena quantidade de veneno no sangue (1) Isolamento de duas substâncias ativas no veneno de sapo (1) Ação do veneno de sapo sobre diversos animais (1) 1925-G 2 Experiências sobre veneno de aranha (1) Publicação citada na Bibliografia (1) 164 Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Soroterapia Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Atenuação do veneno Imunidade natural Coagulação Imunização Soroterapia Imunidade natural Estudo químico dos venenos Veneno de sapo Veneno de aranha ANEXO 3 Césaire Auguste PHISALIX ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1926-A 21 Ação do veneno de sapo (1) Trabalhos sobre veneno de sapo (1) Propriedades da mucosa dos batráquios (2) Isolamento de duas substâncias ativas no veneno de sapo (1) Imunidade relativa do sapo ao seu veneno (1) Imunização de animais com o veneno do sapo (1) Veneno na urina do sapo (1) Veneno muito irritante de uma determinada espécie de sapo (1) Obtenção de secreção mucosa por excitação elétrica dos lobos óticos (1) Verificação no sangue e nos tecidos do sapo de propriedades tóxicas (1) Glândulas cutâneas e de veneno produzem secreções diferentes (1) Publicações citadas na Bibliografia (9) (Artigos) 1926B 3 Glândulas das Serpentes Aglyphas (1) Presença de veneno no sangue de serpentes (1) Publicação citada na Bibliografia (1) 1927A 1 Incoagulabilidade do sangue “in vivo” pelo veneno da Vipera berus (1) 1928A 4 Incoagulabilidade do sangue “in vivo” pelo veneno da Vipera berus (1) Mecanismo pelo qual o veneno age sobre a coagulação do sangue (1) Função principal do veneno na coagulação do sangue (1) Publicação citada na Bibliografia (1) 1930 1 Na Bibliografia aparece a referência (62) Prunerrey, As doenças do Oriente, citada por Phisalix (1) 165 TEMAS Veneno de sapo Estudo químico dos venenos Glândulas das serpentes áglifas Coagulação Coagulação ANEXO 3 Gabriel BERTRAND ANO NO CITAÇÕES 1901-B 3 1902-A 2 1904-A 1 DESCRIÇÃO Imunização (1) Descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Protocolo de Imunização (1) Imunização (1) Descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1904-B 1905-A 1 1 Fundamentos da soroterapia antipeçonhenta (1) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1905-C 1 Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1909-B 1 Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (1) 1911-B 1911-C 1914 8 8 10 TEMAS Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Soroterapia Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Imunização Soroterapia Publicações citadas na Bibliografia (8) (Artigos) Publicações citadas na Bibliografia (8) (Artigos) Imunização e descoberta da soroterapia antipeçonhenta (2) Publicações citadas na Bibliografia (8) (Artigos) 1925-C 3 Isolamento de duas substâncias ativas no veneno de sapo (1) Acredita que não é outra cousa senão colesterina ordinária (1) Ação do veneno de sapo sobre diversos animais (1) 1925-G* 2 Experiências sobre veneno de aranha (1) Publicação citada na Bibliografia (1) 1926-A 8 Ação do veneno de sapo (1) Trabalhos sobre veneno de sapo (1) Repetiu a técnica de Fausto, para obtenção das suas duas substâncias (1) Imunização de animais com o veneno do sapo (1) Verificação no sangue e nos tecidos do sapo de propriedades tóxicas (1) Glândulas cutâneas e de veneno produzem secreções diferentes (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) *Citação não considerada por Pereira Neto (2002) Imunização Soroterapia Veneno de sapo Veneno de aranha Veneno de sapo 166 ANEXO 3 Gabriel BERTRAND ANO NO CITAÇÕES 1926-B 3 DESCRIÇÃO Glândulas das Serpentes Aglyphas (1) Presença de veneno no sangue de serpentes (1) Publicação citada na Bibliografia (1) TEMAS Glândulas das serpentes áglifas 167 ANEXO 3 João Baptista de LACERDA ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1901-B 2 Lachesis neuwiedii, propôs a denominação científica de Bothrops urutu (1) Lachesis jararacuçu, descreveu denominando-a Bothrops jararacuçu (1) 1902-A 1 Permanganato de potássio, agente químico para neutralizar o veneno (1) TEMAS Sistemática 1902D 1 Permanganato de potássio, agente químico para neutralizar o veneno (1) 1909-A 6 1909-C 4 1911-A 3 1911-B 12 “Lachesis mutus” (1) “Bothrops jararaca” (1) “Bothrops jararacuçu” (1) Lachesis araracuçu, não deveria confundir-se com a jararaca (L. lanceolatus) (1) Não deve ser confundida com a Bothrops atrox de Wagler (1) Referência a Livro (1) Permanganato de potássio a 1%, agente químico para neutralizar o veneno (1) Nos animais envenenados por peçonhas das nossas cobras, o sangue se encontrava sempre fluido (2) Veneno era um suco digestivo, se aproximando muito do suco pancreático (1) Caso autêntico de envenenamento por fumo (1) Crítica ao seu trabalho com permanganato de potássio (2) “Lachesis mutus” (1) “Bothrops jararaca” (1) “Bothrops araracuçu” – Livro (1) Não deve ser confundida com a Bothrops atrox de Wagler (1) “Bothrops urutu” – Livro (1) Caso autêntico de envenenamento por fumo (1) Crítica ao seu trabalho com permanganato de potássio (2) Referências citadas na Bibliografia (4) 168 Tratamentos anteriores à soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia ANEXO 3 João Baptista de LACERDA ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1911-C 12 “Lachesis mutus” (1) “Bothrops jararaca” (1) “Bothrops araracuçu” – Livro (1) Não deve ser confundida com a Bothrops atrox de Wagler (1) “Bothrops urutu” – Livro (1) Caso autêntico de envenenamento por fumo (1) Crítica ao seu trabalho com permanganato de potássio (2) Referências citadas na Bibliografia (4) 1914 11 “Lachesis jararacuçu” (1) Não deve ser confundida com a jararaca (L. Lanceolatus) (1) Discordância de Lacerda (1) Ação proteolítica do veneno (1) Caso autêntico de envenenamento por fumo (1) Crítica ao seu trabalho com permanganato de potássio (2) Referências citadas na Bibliografia (4) 1925-C 1 Veneno de sapo (B. ictericus, macho B. Marinus) (1) 1926-A 3 Veneno de sapo (B. ictericus, macho B. Marinus) (2) Referência citada na Bibliografia (1) 1927-A 1 Incoagulabilidade do sangue dos animais que sucumbem a ação dos venenos das nossas serpentes (1) 1928-A 1 Incoagulabilidade do sangue dos animais que sucumbem a ação dos venenos das nossas serpentes (1) 1933 Não foi encontrada nenhuma citação a esse pesquisador. Foi encontrada apenas nas pág. 437-438 citação ao Snr. Joaquim Lacerda. 169 TEMAS Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia Veneno de sapo Veneno de sapo Coagulação Coagulação - ANEXO 3 Jean Albert VELLARD ANO NO CITAÇÕES 1925-G 7 1926-A 2 1926-B 1927-A 1927-B 1928-A 1928-B 1930 1 1 1 1 1 13 1934 4 1935 1938 4 2 DESCRIÇÃO TEMAS Aranha remetida pela paciente foi identificada (1) Sistemática Acidente de que um de nós foi vítima (1) Descrição do macho de uma aranha (1) Estudo de sistemática (1) "Acanthoscuria atrox" (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Estudo sobre coagulação e proteólise – artigo citado no rodapé (1) Coagulação Publicação citada na Bibliografia (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Colaboração com um dos meus mais operosos assistentes (1) Colaborador Publicação citada na Bibliografia (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Publicação citada na Bibliografia (1) “Rachias virgatus” (1) Sistemática Descrição de uma espécie (2) “Ctenus monicae” (1) “Gastheracantha fragoides” (1) Publicação citada na Bibliografia (6) Publicação citada na Bibliografia (2) Ação dos venenos ofídicos sobre enxertos cancerosos conjuntivais densos, como Uso de veneno em sobre os tumores epiteliais (1) terapêutica Papel dos lipóides em imunologia (1) Ação dos lipóides Publicações citadas na Bibliografia (2) Papel dos lipóides em imunologia (4) Ação dos lipóides Colaboração (1) Colaborador Publicação citada na Bibliografia (1) (serpentes aglyphas) Glândulas das serpentes áglifas 170 ANEXO 3 Otto Edward Heinrich WUCHERER ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1901-B 4 Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) Também foi mordido, sem consequência por uma cobra verde Philodryas Reinhardtii (1) “Especifico ou antidoto certo contra a peçonha das serpentes não o há” (1) Resistência que apresentam certos indivíduos as mordeduras de cobra (1) 1902-A 2 “Especifico ou antidoto certo contra a peçonha das serpentes não o há” (1) Resistência que apresentam certos indivíduos às mordeduras de cobra (1) 1904-A* 2 Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) Resistência que apresentam certos indivíduos às mordeduras de cobra (1) 1905-A 2 Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) Resistência que apresentam certos indivíduos às mordeduras de cobra (1) 1905-C 2 Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) Resistência que apresentam certos indivíduos às mordeduras de cobra (1) 1909-A 4 Também foi mordido, sem consequência por uma cobra verde Philodryas Reinhardtii (1) Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) "Craspedocephalus brasiliensis" (1) "Craspedocephalus atrox" (1) 1911-A 1 “Especifico ou antidoto certo contra a peçonha das serpentes não o há” (1) 1911-B TEMAS Tratamentos anteriores à soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia 4 "Craspedocephalus brasiliensis" (1) "Craspedocephalus atrox" (1) “Especifico ou antidoto certo contra a peçonha das serpentes não o há” (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1911-C 4 "Craspedocephalus brasiliensis" (1) "Craspedocephalus atrox" (1) “Especifico ou antidoto certo contra a peçonha das serpentes não o há” (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1914 5 “Especifico ou antidoto certo contra a peçonha das serpentes não o há” (1) Publicações citadas na Bibliografia (4) (Artigos) 1933 1 Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) 1938 1 Cita dois fatos autênticos, em que a mordedura de uma elaps foi fatal (1) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) Sistemática Tratamentos anteriores à soroterapia 171 ANEXO 3 Maurice ARTHUS ANO NO CITAÇÕES 1911-B 1 1911-C 1 1914 25 DESCRIÇÃO Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Ação do veneno (3) Especificidade (2) Publicação citada no rodapé (1) (Artigo) – Especificidade Coagulação – 1 Publicação citada no rodapé (1) (Artigo) – Coagulação Publicações citadas na Bibliografia (17) (Artigos) 1915 2 Poder coagulante específico (1) Trabalho citado no rodapé (1) 1918-C 1 Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1926-C 2 Coagulação (2) 1927-A 2 Coagulação (2) 1928-A 14 Coagulação (9) Trabalhos citados na Bibliografia (5) (Artigo) 1928-B* 1 Coagulação (1) 1933 2 Ação do veneno (1) Anafilaxia (1) 1938 1 Ação do veneno (1) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) TEMAS Ação dos venenos Especificidade Coagulação Coagulação Coagulação Coagulação Coagulação Coagulação Ação do veneno Anafilaxia Ação dos venenos 172 ANEXO 3 Maurice KAUFMANN ANO NO CITAÇÕES 1901-B 1 1902-A 1 1904-A 1 1904-B 1 1905-A 1 1905-C 1 1909-B 1 1909-C* 1 1911-B 1911-C 1914 DESCRIÇÃO Imunização (1) Imunização (1) Imunização (1) Fundamentos da soroterapia antipeçonhenta (1) Imunização (1) Imunização (1) Imunização (1) Recomendou o acido crômico em solução a 1% (1) TEMAS Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização Tratamentos anteriores à soroterapia Imunização Imunização Imunização 2 2 3 Publicação citada na Bibliografia (2) (Artigos) Publicação citada na Bibliografia (2) (Artigos) Imunização (1) Publicação citada na Bibliografia (2) (Artigos) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) 173 ANEXO 3 Dorival de Camargo PENTEADO ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1907-B 2 Fomos valiosamente auxiliados pelos nossos companheiros (1) A nosso pedido fez três series de experiências (1) 1911-B 1 Somos extremamente gratos pela amizade e dedicação com que nos prestaram o seu valioso auxilio (1) 1911-C 1 Somos extremamente gratos pela amizade e dedicação com que nos prestaram o seu valioso auxilio (1) 1914 1 Estamos particularmente gratos pela amizade e dedicação que nos deram o seu inestimável apoio (1) 1918-B 1 Auxílio prestimoso dos companheiros de trabalho (1) 1925-B 2 Estudo histológico dos diversos grupos de glândulas da cabeça das Boídeas, das Áglifas e das Opistoglifas (2) 1925-D 1 Fez, a nosso pedido, diferentes cortes em glândulas de Ctenus (1) 1925-G 2 Série de cortes de glândulas de Ctenus medius, em diversos períodos, de repouso e atividade (1) 1926-A 1 Cortes de paratoides de B. aranarum feitas a nosso pedido (1) 1926-B 6 Estudo histológico dos diversos grupos de glândulas da cabeça das Boídeas, das Áglifas e das Opistoglifas (5) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1930* Estudo das glândulas de vários tipos, incluindo os do Acanthoscurria sternalis (Mygalomorphae) e de Ctenus medius (Ananomorphae) 1933* 1 Auxílio que nos prestou na documentação histo-patológica. (1) 1938* 1 Crédito aos exames histo-patológicos (1) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) 174 TEMAS Colaborador Colaborador Colaborador Colaborador Colaborador Glândulas das serpentes áglifas Colaborador Colaborador Colaborador Glândulas das serpentes áglifas Veneno de aranha Colaborador Colaborador ANEXO 3 Henry SEWALL ANO NO CITAÇÕES 1901-B 1 1902-A 1 1904-A 1 1904-B 1 1905-A 1 1905-C 1 1909-B* 1 1911-B 1 1911-C 1 1914 2 DESCRIÇÃO Imunização (1) Imunização (1) Imunização (1) Fundamentos da soroterapia antipeçonhenta (1) Imunização (1) Imunização (1) Imunização (1) Publicação citada na Bibliografia sem título (1) (Artigo) Publicação citada na Bibliografia sem título (1) (Artigo) Imunização (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1933 O autor citado não é o mesmo (Sewell J. E.) 1938 O autor citado não é o mesmo (Sewell J. E.) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) TEMAS Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização Imunização - 175 ANEXO 3 George Albert BOULANGER ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1901-B 3 Em dois gêneros classifica crotalídeas brasileiras: Lachesis e Crotalus. (1) Em seu “Catalogue of snakes” confunde na mesma descrição, com a denominação de Lachesis lanceolatus, a Bbothrops jararaca e a Bothrops jararacuçu. (1) Do gênero Elaps assinala nada menos de onze espécies, que são encontradas no Brasil. (1) 1909-A 5 "Lachesis mutus" Catalogue of snakes (1) Enviamos exemplares desta especie e ele depois de os haver examinado nos comunicou não ter encontrado elementos suficientes para a admissão de uma espécie à parte de Lachesis lanceolatus (1) Pensamos tratar-se de uma espécie distinta que não deve ser confundida, nem com o L. lanceolatus (1) "Bothrops diporus" (1) "Lachesis itapetiningae" (1) 1909-C 1 Enviando exemplares de cada espécie, confirmou a diagnose estabelecida, discordando apenas quanto a Lachesis jararacuçu, que considerou uma variedade de Lachesis lanceolatus e não uma espécie à parte. (1) 1910 2 "Rhachidelus brazili". (2) 1911-B 7 Enviamos exemplares desta espécie e ele depois de os haver examinado nos comunicou não ter encontrado elementos suficientes para a admissão de uma espécie à parte de Lachesis lanceolatus (2) "Bothrops diporus" (1) "Lachesis itapetiningae" (2) "Rhachidelus brazili" (1) Publicações citadas na Bibliografia (1) (Livro - Catalogue of the snakes in the British Museum) 176 TEMAS Sistemática Sistemática Colaborador Sistemática Colaborador Sistemática Sistemática Colaborador ANEXO 3 George Albert BOULANGER ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1911-C 7 Enviamos exemplares desta especie e ele depois de os haver examinado nos comunicou não ter encontrado elementos suficientes para a admissão de uma espécie à parte de Lachesis lanceolatus (2) "Bothrops diporus" (1) "Lachesis itapetiningae" (2) "Rhachidelus brazili" (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Catalogue of the snakes in the British Museum) 1914 6 Enviamos exemplares desta espécie e ele depois de os haver examinado nos comunicou não ter encontrado elementos suficientes para a admissão de uma espécie à parte de Lachesis lanceolatus (2) "Lachesis itapetiningae" (2) "Rhachidelus brazili" (1) Publicação citada na Bibliografia (1) 1925-C 1 São designadas com mais propriedade pelo nome de paratóides (1) 1926-A 4 Relato de caso de um cão que se restabeleceu depois de morder um sapo (1) São designadas com mais propriedade pelo nome de paratóides (1) Pyxicephalus cultripes, pequeno batrachio (1) Publicação citada na Bibliografia (1) 1938* 2 Elaps fraseri (1) Elaps anomalus (1) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) TEMAS Colaborador Sistemática Colaborador Sistemática Sistemática Sistemática Sistemática 177 ANEXO 3 Edwin Stanton FAUST ANO NO CITAÇÕES 1911-B 1 1911-C 1 1914 8 DESCRIÇÃO Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo em alemão) Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo em alemão) Análise dos venenos (4) Publicação citada no rodapé (1) (Artigo em alemão) Publicações citadas na Bibliografia (3) (Artigos em alemão) Glândulas salivares das serpentes áglifas (1) 1925-B 1 1925-C 1925-G 4 3 1926-A 11 1926-B 1 Veneno de sapo (4) Veneno de aranha (2) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo em alemão) Veneno de sapo (10) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo em alemão) Glândulas salivares das Áglifas (1) 1930 1 Texto em alemão (1) TEMAS Estudo químico dos venenos Glândulas das serpentes áglifas Veneno de sapo Veneno de aranha Veneno de sapo Glândulas das serpentes áglifas 178 ANEXO 3 Joseph FAYER ANO NO CITAÇÕES 1909-C 1 1911-B 3 1911C 4 1914 1926-B 2 1927-A 2 1928-A 3 1933 1 DESCRIÇÃO Certos venenos produziam a coagulação “in vivo” e “in vitro” e outros não. (1) Hábito que tem esta espécie de alimentar-se de outras cobras (1) As hamadryas que teve em cativeiro (1) Em sua presença devoraram outras serpentes (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Hábito que tem esta espécie de alimentar-se de outras cobras (1) As hamadryas que teve em cativeiro (1) Em sua presença devoraram outras serpentes (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Ragazoti confirma os resultados sobre a ação do veneno de Cobra sobre as terminações periféricas dos nervos motores de rãs e mamíferos (1) Hábito, que tem esta espécie de alimentar-se de outras cobras (1) As hamadryas que teve em cativeiro (1) Em sua presença devoraram outras serpentes (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Descrição de acidentes observados na Índia por serpentes aglyphas (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Incoagulabilidade sanguínea com os venenos de Viperidae indianas, sendo que o sangue coagula normalmente com o veneno das Colubridae da mesma região (1) O sangue foi também encontrado fluido em necropsias de pessoas que sucumbiram em consequência da mordedura da Daboia, Vipera rusellii (1) Incoagulabilidade sanguínea com os venenos de Viperidae indianas, sendo que o sangue coagula normalmente com o veneno das Colubridae da mesma região (1) O sangue foi também encontrado fluido em necropsias de pessoas que sucumbiram em consequência da mordedura da Daboia, Vipera rusellii. (1) Publicação citada na Bibliografia (1) A parada respiratória não é consecutiva a paralisia bulbar, como querem alguns autores, explicando o mecanismo da ação do veneno de outras Colubridae. É explicável pela ação paralisante sobre as terminações periféricas dos nervos motores. (1) 179 TEMAS Coagulação Ação dos venenos Glândulas das serpentes áglifas Coagulação Coagulação Ação dos venenos ANEXO 3 Joseph FAYER ANO NO CITAÇÕES 1938 1 DESCRIÇÃO A parada da respiração não é consecutiva a paralisia bulbar, como querem alguns autores, explicando o mecanismo da ação do veneno de outras Colubridae. É explicável pela ação paralisante sobre as terminações periféricas dos nervos motores (1) 180 TEMAS Ação dos venenos ANEXO 3 George LAMB ANO NO CITAÇÕES 1909-B 1 1909-C 2 1911B 1911-C 1914 3 3 10 1926-C 1927-A 1 3 1928-A 12 1933 2 1938 2 DESCRIÇÃO Confirmação do principio de especificidade (1) Especificidade, soro Calmette não agia contra o veneno de Daboia russelli. (1) Ação precipitante (1) Publicações citadas na Bibliografia (3) (Artigos) Publicações citadas na Bibliografia (3) (Artigos) Referência citada no rodapé- sintomas (1) Acreditam que os venenos são compostos em grande parte de soluções de proteínas modificadas (2) Publicações citadas na Bibliografia (7) (Artigos) Ação coagulante das peçonhas tanto “in vivo” como “in vitro” (1) Ação anti-coagulante “in vivo” do veneno de Naja. (1) Coagulação do sangue, com os venenos de Vipera rusellii, Bitis arietans e Bungarus fasciatus. (1) Processo de coagulação. (1) Ação anti-coagulante “in vivo” do veneno de Naja (1) Coagulação do sangue, com os venenos de Vipera rusellii, Bitis arietans e Bungarus fasciatus (1) Processo de coagulação. (1) Estudos de coagulação “in vitro” (1) Os venenos de Viperidae indianas, de Crotalus adamanteus e de Bungarus fasciatus são coagulantes, enquanto o de Naja trupudians impede a coagulação do plasma (1) Poder coagulante de um veneno (1) O veneno de Crotalus admanteus é considerado coagulante (1) O veneno de Vipera russellii ou Daboia é considerado coagulante “in vitro” (1) Publicações citadas na Bibliografia (4) (Artigos) Sintomatologia do envenenamento (1) Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo) Sintomatologia do envenenamento (1) Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo) 181 TEMAS Especificidade Especificidade Sintomatologia Estudo químico dos venenos Coagulação Coagulação Coagulação Sintomatologia Sintomatologia ANEXO 3 Charles James MARTIN ANO NO CITAÇÕES 1909-C 2 1911-B 3 1911-C 3 1914 24 1926-C 2 1927-A 1928-A 1 6 1933 2 1938 2 DESCRIÇÃO Certos venenos produziam a coagulação “in vivo” e “in vitro” e outros não. (1) Especificidade, soro Calmette não agia contra o veneno de cobras da Austrália. (1) “Trigonocephalus lanceolatus” Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) “Trigonocephalus lanceolatus” Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Divide os venenos em dois grupos correspondendo as duas famílias onde se encontram as serpentes peçonhentas (1) Sintomas (3) Referência citada no rodapé (2) – sintomas Coagulação (4) Referência citada no rodapé (2) – coagulação Ação dos venenos sobre outros elementos do sangue (1) Referência citada no rodapé (1) – ação dos venenos sobre outros elementos do sangue Estudo químico dos venenos (1) Referência citada no rodapé (1) – estudo químico dos venenos Especificidade (1) Referência citada no rodapé (1) – especificidade Publicações citadas na Bibliografia (6) (Artigos) Ação coagulante das peçonhas tanto “in vivo” como “in vitro” (1) Especificidade da ação coagulante (1) Processo de coagulação (1) Processo de coagulação (1) Estudo sobre coagulação (1) Mecanismo pelo qual o veneno age sobre a coagulação do sangue (1) Técnicas para medir o poder coagulante de um veneno (1) O veneno de Vipera russellii ou Daboia é considerado coagulante “in vitro” (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Sintomatologia do envenenamento (1) Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo) Sintomatologia do envenenamento (1) Publicações citadas na Bibliografia (1) (Artigo) 182 TEMAS Coagulação Especificidade Sistemática Sistemática Sistemática Sintomatologia Coagulação Ação dos venenos Estudo químico dos venenos Especificidade Coagulação Especificidade Coagulação Coagulação Sintomatologia Sintomatologia ANEXO 3 Hideyo NOGUCHI ANO NO CITAÇÕES 1909-C 5 1911-B 1911-C 1914 8 8 17 1926-B 1 1926-C 1927-C 1 2 1928-A 5 1935 2 DESCRIÇÃO Ação proteolítica de alguns venenos de cobra (1) Estudos de hemólise (4) Publicações citadas na Bibliografia (8) (Artigos) Publicações citadas na Bibliografia (8) (Artigos) Ação hemolítica do veneno de cobra (4) Referência citada no rodapé (1) – ação hemolítica do veneno de cobra Ação dos venenos sobre outros elementos do sangue (2) Referência citada no rodapé (1) – ação dos venenos sobre outros elementos do sangue Publicações citadas na Bibliografia (9) (Artigos) Glândulas de veneno nas serpentes aglyphas (1) TEMAS Ação dos venenos Hemólise Hemólise Ação dos venenos Ação coagulante das peçonhas tanto “in vivo”, como “in vitro” (1) Estudo da hemólise (1) Importância dos lipóides (1) Os venenos de serpentes norte-americanos foram colocados à nossa disposição por H. Dittmars e pelo professor H. Noguchi (1) Amostra Noguchi (4) Estudo da hemólise (1) Importância dos lipóides (1) 183 Glândulas das serpentes áglifas Coagulação Hemólise Ação dos lipóides Colaborador Hemólise Ação dos lipóides ANEXO 3 Felice Gaspare Ferdinando FONTANA ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1901-B 1 Experiência sobre ossos calcinados para o tratamento de envenenamento (1) 1909-C 1 1911-B 3 1911-C 3 1914 1926-C 1927-A 1 1 1928-A 2 Incoagulabilidade, sangue fica fluido para aqueles que morrem picados por Vipera berus (1) Experiência sobre ossos calcinados para o tratamento de envenenamento (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Experiência sobre ossos calcinados para o tratamento de envenenamento (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Coagulação do sangue (2) Referência citada no rodapé (1) – coagulação Estudo químico dos venenos (2) Referência citada no rodapé (1) – estudo químico dos venenos Ação coagulante das peçonhas tanto “in vivo” como “in vitro” (1) Incoagulabilidade, sangue fica fluido para aqueles que morrem picados por Vipera berus (1) Incoagulabilidade, sangue fica fluido para aqueles que morrem picados por Vipera berus (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 184 TEMAS Tratamentos anteriores à soroterapia Coagulação Tratamentos anteriores à soroterapia Tratamentos anteriores à soroterapia Coagulação Estudo químico dos venenos Coagulação Coagulação Coagulação ANEXO 3 Adolpho LUTZ ANO NO CITAÇÕES 1898-B 2 1899 5 1901-B 1902-A 1 2 1902-D 2 1904-B 1926-A 1 8 1933 1 DESCRIÇÃO Em companhia do Dr Lutz examinamos o doente (1) Todas as experiências foram constatadas pelo Dr. Lutz (1) Nota no rodapé do Dr. Lutz (1) O Dr. Lutz que chegou nesta ocasião de São Paulo (1) Em companhia do Dr. Lutz colhemos um líquido seroso (1) Autopsiado por nós e pelo Dr. Lutz (1) Declaração da autoria da autopsia (1) Dificuldades removidas pelo nosso sábio mestre (1) Em presença da referida comissão e do Dr. Adolpho Lutz (1) No rodapé, acompanhou a referida comissão e testemunhou os fatos (1) No rodapé, acompanhou a referida comissão e testemunhou os fatos (1) Matou a serpente e apresentou ao Dr. Lutz (1) No rodapé, acompanhou a referida comissão e testemunhou os fatos (1) Estudos sobre a Letodactylus pentadactylus (4) Duas espécies recentemente descritas (2) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Necropsia feita pelo Dr. Lutz (1) TEMAS Colaborador Colaborador Colaborador Colaborador Colaborador Colaborador Sistemática Veneno de sapo Colaborador 185 ANEXO 3 Camille DELEZENNE ANO NO CITAÇÕES 1909-C 1 1911-B 1 1911-C 1 1914 8 1927-A 1928-A 1 4 1928-B 3 1934 1 DESCRIÇÃO Ação proteolítica de alguns venenos de cobra (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Estudo da hemólise (2) Referência citada no rodapé (2) – estudo da hemólise Ação do veneno sobre outros elementos do sangue (1) Publicação citada na Bibliografia (3) (Artigo) Incoagulabilidade do sangue, “in vivo”, pelo veneno da Vipera berus (1) Incoagulabilidade do sangue, “in vivo”, pelo veneno da Vipera berus (1) Mecanismo pelo qual o veneno age sobre a coagulação do sangue (1) Função principal do veneno na coagulação do sangue (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Existência no plasma circulante de substâncias anticoagulantes (1) Soros anticoagulantes (1) Publicação citada na Bibliografia (1) Emprego do veneno de cobra em terapêutica (1) TEMAS Ação dos venenos Hemólise Ação dos venenos Coagulação Coagulação Coagulação Uso de veneno em terapêutica 186 ANEXO 3 Thomas Richard FRASER ANO NO CITAÇÕES 1902-A 2 DESCRIÇÃO Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (2) TEMAS Tratamentos anteriores à soroterapia 1902-D 2 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (2) Tratamentos anteriores à soroterapia 1904-A 1 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (1) Tratamentos anteriores à soroterapia 1904-B* 1 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (1) Tratamentos anteriores à soroterapia 1905-A 1 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (1) Tratamentos anteriores à soroterapia 1905-C* 1 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (1) Tratamentos anteriores à soroterapia 1909-C* 2 O serum Calmette tinha ação neutralisante menor sobre os venenos que não Especificidade entravam na imunização dos animais para o preparo do mesmo soro (1) Confirmando a questão de especificidade (1) 1911-A* 2 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (2) Tratamentos anteriores à soroterapia 1911-B 5 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (2) Tratamentos anteriores Publicação citada na Bibliografia (3) à soroterapia 1911-C 5 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (2) Tratamentos anteriores Publicação citada na Bibliografia (3) à soroterapia 1914 4 Estudo da bile para o tratamento das mordeduras de cobra (2) Tratamentos anteriores Publicação citada na Bibliografia (2) à soroterapia * referência não considerada por Pereira Neto (2003) 187 ANEXO 3 Rudolph KRAUS ANO NO CITAÇÕES 1925-B 3 1925-F 1925-G 1926-B 1 2 4 1933 1938 1 2 1941 1 DESCRIÇÃO Toxicidade da secreção das glândulas salivares de algumas áglifas brasileiras (3) Caso de acidente por aranha observado pelo Dr. Kraus Observação de dois casos de araneísmo (2) Estudos de áglifas brasileiras (3) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Estudo da anafilaxia (1) Estudo de serpentes não peçonhentas (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Demonstração do uso do soro anti-botrópico em acidentes por Vipera berus (1) 188 TEMAS Glândulas das serpentes áglifas Colaborador Colaborador Glândulas das serpentes áglifas Anafilaxia Glândulas das serpentes áglifas Especificidade ANEXO 3 Léon MASSOL ANO NO CITAÇÕES 1909-C* 1 1911-B 2 1911-C 2 1914 1926-C 1 1927-C 1928-A DESCRIÇÃO Ação precipitante (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) Publicações citadas na Bibliografia (2) Publicações citadas na Bibliografia (3) Ação coagulante e proteolítica dos venenos (1) TEMAS Ação dos venenos Coagulação Ação dos venenos Ação dos lipóides Coagulação 1 5 Afinidades da lecitina pela tuberculina e pelo Bacilo tuberculoso (1) Coagulação de venenos (4) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1935 1 Afinidades da lecitina pela tuberculina e pelo Bacilo tuberculoso (1) * referência não considerada por Pereira Neto (2003) Ação dos lipóides 189 ANEXO 3 Silas Weir MITCHELL ANO NO CITAÇÕES 1909-C 1 1911-B 1 1911-C 1 1914 4 1926-C 1927-A 1928-A 1 1 2 DESCRIÇÃO Explicava diferenças observadas na coagulação (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Conseguiu extrair do veneno de Crotalus uma substância albuminóide chamada crotalina,da mesma forma como extraiu a najine do veneno de Naja (1) Extração de três substâncias do veneno de cobra (1) Publicação citada na Bibliografia (2) (Artigo) A ação coagulante das peçonhas tanto “in vivo” como “in vitro” (1) Explicações sobre coagulação (1) Explicações sobre coagulação (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigo) 190 TEMAS Coagulação Estudo químico dos venenos Coagulação Coagulação Coagulação ANEXO 3 Marie PHISALIX ANO NO CITAÇÕES 1911-B 2 1911-C 2 1914 4 1925-B* 1 1925-C* DESCRIÇÃO Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigos) Publicações citadas na Bibliografia (4) (Artigos) Divisão das serpentes áglifas em dois grupos (1) TEMAS Glândulas das serpentes áglifas Veneno de sapo 3 Ação do veneno de sapo sobre diversos animais (2) Serpentes são sensíveis ao veneno do sapo (1) 1925-G 5 Acidentes com aranha (1) Veneno de aranha (3) Publicação citada na Bibliografia (1) (Livro) 1926-A 16 Veneno de sapos (8) Imunidade natural (1) Publicações citadas na Bibliografia (7) (Artigos e Livro) 1926-B 4 Glândulas de serpentes áglifas (3) Verificação experimental de acidente com serpente áglifa (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1930 1 Veneno de aranha * referência não considerada por Pereira Neto (2003) Veneno de aranha Veneno de sapo Imunidade natural Glândulas das serpentes áglifas Veneno de aranha 191 ANEXO 3 Edward Tyson REICHERT ANO NO CITAÇÕES DESCRIÇÃO 1911-B 1 Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1911-C 1 Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1914 2 Extração de três substâncias do veneno de cobra (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1927-A 1 Explicações sobre coagulação (1) 1927-C 1 Importância dos lipóides (1) 1928-A 2 Explicações sobre coagulação (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1935 1 Estudo da hemólise (1) TEMAS Estudo químico dos venenos Coagulação Ação dos lipóides Coagulação Hemólise 192 ANEXO 3 Leonard ROGERS ANO NO CITAÇÕES 1909-C* 1 1911-B 2 1911-C 2 1914 10 DESCRIÇÃO Confirmando a especificidade dos soros (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigo) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigo) Resistência dos peixes ao veneno (3) Tratamento de picadas com o uso de permanganato de potássio (2) Soro de Calmette não é eficaz ao veneno de “hydrophines” (2) Publicações citadas na Bibliografia (3) (Artigo) 1926-B 1 Secreção tóxica, de ação fisiológica diferente, em duas áglifas asiáticas (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) 1927-A 3 Ação anti-coagulante “in vivo” do veneno de Naja (1) Coagulação do sangue, com os venenos de Vipera rusellii, Bitis arietans e Bungarus fasciatus. (1) Processo de coagulação. (1) 1928-A 6 Ação anti-coagulante “in vivo” do veneno de Naja (1) Coagulação do sangue, com os venenos de Vipera rusellii, Bitis arietans e Bungarus fasciatus (1) Processo de coagulação. (1) Coagulação de venenos (1) Publicações citadas na Bibliografia (2) (Artigo) 1928-B Não foi encontrada nenhuma citação à esse pesquisador. * referência não considerada por Pereira Neto (2003) TEMAS Especificidade Imunidade natural Tratamentos anteriores à soroterapia Especificidade Glândulas das serpentes áglifas Coagulação Coagulação 193 ANEXO 3 Hans SACHS ANO NO CITAÇÕES 1909-C 2 1911-B 1 1911-C 1 1914 4 1925-G 2 1927-C 1935 3 2 DESCRIÇÃO Ação hemolítica dos venenos (2) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Ação hemolítica do veneno (3) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Toxina denominada por arachnolysina devido às suas propriedades fortemente hemolíticas (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Importância dos lipóides (3) Estudo da hemólise (1) Papel antigênico dos lipóides (1) TEMAS Hemólise Hemólise Veneno de aranha Ação dos lipóides Hemólise Ação dos lipóides 194 ANEXO 3 Ferdinando SORDELLI ANO NO CITAÇÕES 1911-B 1 1911-B 1 1914 1 Alfredo SORDELLI ANO NO CITAÇÕES 1926-C 1928-A 18 1928-B 2 1934 1 TEMAS Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Jan. e Sordelli – Iconographia Generale del serpenti. Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) Jan. e Sordelli – Iconographia Generale dei serpenti. Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) JAN e Sordelli – Iconografia Generale dei Serpenti OBSERVAÇÃO Sistemática TEMAS Propriedades anti-coagulantes dos soros dos animais anti-imunizados contra as peçonhas, são específicas até certo ponto (1) Ação coagulante do veneno (1) Métodos de análise da ação do veneno (3 Exemplar enviado pelo Dr. Sordelli (1) Classificação do veneno de acordo com sua atividade de coagulação (5) Coagulação de veneno de escorpião (1) Ação coagulante de alguns venenos sobre diversos plasmas (2) Publicações citadas na Bibliografia (5) (Artigos) Suspeita da ação inibidora “in vitro” do soro de serpentes sem estudar este fenômeno (1) Publicação citada na Bibliografia (1) (Artigo) A solução de veneno foi preparada pelo Professor Sordelli (1) OBSERVAÇÃO Coagulação Especificidade Coagulação Ação do veneno Colaborador Sistemática Sistemática 195 Coagulação