uma publicação coordenada pelos alunos do Colégio Viver logotipo e ilustração: Ricardo Cotia, outubro de 2008 8: Adolescência 9: Weezer 10: Caça-palavras 11: Ubatuba 3: E se... 12: Peças que eles nos pregam 4: A terra tem dono? 14: Na natureza selvagem 5: Revolução dos copos 15: Retrospectiva olímpica 6: Diário do estudo do meio 16: Tirinhas 1- Em nossa primeira “super profissional” reunião, começamos pelo básico: Colocamos TODO o papo em dia, para depois, com calma, em tom de sátira, com direito a gargalhadas, discutirmos os frutos, desencontros e “porcarias” da edição passada... Se não rir o que vamos fazer? Chorar?! 2 - O segundo passo é o começar a pensar e discutir os possíveis temas para próxima edição... Até este ponto é só “bem e bom” e moleza... O corre começa no próximo passo: 3 - Após concluirmos quais matérias que serão publicadas, corremos, corremos, corremos e corremos atrás de pessoas de fora do corpo editorial para escreverem coisas novas (Pelo Amor de Deus, contribuam no jornal!). 4 - A partir desta parte, sempre surgem algumas páginas vazias. Assim, continuamos correndo e correndo atrás de novos textos e notícias... E “infernizando” aqueles que nos prometeram matérias para que não ousem se esquecer de nós! (Achamos que eles querem nos matar!) 5 - Escolhemos, então, os nossos talentosos desenhistas da escola, e lhes apresentamos as matérias que devem ilustrar. Por mais que fujam das rédeas, sempre cumprem os trabalhos com muita criatividade! 6 - E vem, enfim, a parte mais difícil: a diagramação: Temos que coletar todos os textos, corrigi-los, escolher as fontes, organizar as matérias e ilustrações e mais toda essa tonelada de coisas... 7 - É aquela pressa louca de finalizar o “Página Aberta”, que nesta altura já deve estar atrasado, e por isso, nós nos estressamos por qualquer coisinha! Mas você vê: o jornal está fresquinho ai, na sua mão, e é isso que mais nos dá maior prazer: Ver um trabalho bem feito. Agora, com calma, respiramos... Até semana que vem, quando começaremos tudo de novo... 8 - Anotação de última hora! Dêem uma olhada no nosso novo site www.paginaaberta.colegioviver.com.br *O Página Aberta é fruto do trabalho cooperativo entre alunos, funcionários e pais do Viver. Para participar com textos ou ilustrações, envie-nos um e-mail: [email protected] até 12/11/2008. 2 outubro de 2008 Você já pensou na possibilidade do mundo acabar? Não? Nós já, e é uma ótima pergunta!Todas as pessoas devem ter certa curiosidade para saber como vai ser ,e nós, como qualquer outra pessoa gostaríamos de uma resposta. Tivemos algumas idéias sobre o que irá acontecer: Pode ser um estrondo, para nos deixar boquiaberto, e assim não saberemos quando vai ser ou por onde irá começar. Para isso, não tem hora, dia ou lugar marcado! Imagine: você na sua casa, lendo um bom livro, quando ouve barulhos estranhos... Então, sai na janela para olhar e tem “ets” com a cara meio amarelada segurando o seu vizinho. Apavorante, não? Imagina se te pegam? E te levam para a nave com outros “ets” com a cara amarelada! Ou se no dia mundial do pulo, todo mundo resolve pular, o mundo se racha e caímos dentro dele! Ui, só de pensar arrepia! E se as lagartixas se desenvolverem de tal jeito a virar dinossauros que comem todo mundo? Já pensou que um dia, você pode estar tomando uma bela ducha, quando ouve no jornal que todos os chuveiros se rebelaram, pois o usamos de maneira errada e eles estão matando todos os seus donos? E se o mundo não estiver mais no domínio dos homens e sim dos macacos, como em “Planeta dos Macacos” e nós viramos escravos deles pelos maus - tratos com eles no passado. E se a 3ª guerra mundial acontecer? E todas as pessoas forem exterminadas e nós como somos lindas, charmosas e espertas (hahaha) nos escondêssemos em baixo de uma pedra para sobrevivermos e darmos continuidade à humanidade. Como gratidão, as pessoas construirão estátuas gigantescas em nossa homenagem. E a última, e não menos importante das hipóteses é: Se nós, seres humanos, que sujamos tanto o planeta, fossemos todos intoxicados e morrêssemos?! PENSEM NISSO! texto: Larissa e Ana Julia ilustração: Dalva Kohl Colégio Viver | Jornal Página Aberta 3 REVOLUÇÃO DOS COPOS A terra tem dono? Agora não há mais uso de copos descartáveis no Viver. Depois de duas assembléias com alunos do F1 e outra com alunos do F2, foi decidido que os alunos, professores e funcionários são responsáveis por seus próprios copos e canecas. Esperamos com isso diminuir a quantidade de lixo não reciclável no Colégio. Mesmo acreditando que charges não devam ser explicadas, atendi com imenso prazer o convite de escrever um breve texto para o jornal do Colégio. Judeus e muçulmanos acreditam que Abraão não apenas tenha sido enterrado na região do conflito, como também teria realizado uma aliança com Deus, onde este prometera aos seus descendentes o direito a posse deste território. Mesmo este argumento servindo para justificar o direito a posse das terras para ambos os lados, acredito que as motivações do conflito sejam puramente econômicas e não religiosas. A História deixa claro que ambos os povos identificam-se com o território em questão, porém, houve a hipótese de um Estado Único, levantada antes da formação do Estado de Israel, mas esta hipótese acabou sendo boicotada pela Inglaterra e hoje infelizmente parece estar longe dos planos das lideranças de ambos os interessados. Seria melhor pensar como Jean Renoir: “a fronteira é uma invenção humana que o homem desconhece”. Na esperança de um futuro melhor, :: Todos devem trazer suas próprias garrafinhas ou canecas não descartáveis à escola, inclusive para o consumo de suco durante o almoço :: Os professores e funcionários também não devem mais se servir de café, água ou suco em recipientes descartáveis. texto e ilustração: Dani Denis Plapler 4 outubro de 2008 Colégio Viver | Jornal Página Aberta 5 diário do estudo do meio Relato de Larissa Bohrer durante a viagem a Ubatuba Saímos daqui as 07h15min da manhã, eu estava muito ansiosa! Foram mais ou menos 5 horas de viagem, e nesse tempo deu para colocar a fofoca em dia, brincar, dormir, cantar e ouvir música. Quando chegamos ao Ipema (instituto de permacultura ), estava muito calor lá fora e dava vontade de voltar para o ônibus. Mas estava curiosa pra saber como era a vida lá dentro, o que iríamos fazer, e também, que horas iríamos almoçar. Como estava muito calor, eu e as meninas fomos até uma casinha que ainda não morava ninguém para nos trocarmos. Depois de lá, fomos até o banheiro SEM ÁGUA dos moradores. Quando você entra e olha é uma graçinha, mas quando se abre a tampa da ‘latrina’ você NÃO quer fazer xixi ali! Mas é tudo tão limpinho, que é só você NÃO olhar! (E foi o que eu fiz). Depois de trocada, fui almoçar. A primeira impressão não foi muito boa. Mas se quando come é gostoso! Quando acabamos de comer, fomos conhecer um pouco mais da cultura deles, assistindo a uma palestra. Ao terminar, fomos ver os meios de “sobrevivência” dos moradores. O jeito que faziam para ter água limpa, as plantas que eles protegiam. Já tínhamos visto tudo! Estávamos ansiosos para ir até a cachoeira. Quando chegamos, não entrei. A água estava muito gelada! Mas a maioria entrou e adorou! Depois do mergulho, fomos embora ao hotel. O hotel era bem legal e grande. Além de nós, tinha apenas um casal. Cada um foi para o seu quarto, desfazer as malas, tomar banho e ir jantar. Depois de jantarmos, fomos fazer uma brincadeira com o Profº Júnior. A brincadeira era a seguinte: Nós, alunos, tínhamos que montar uma frase e cada papelzinho para montar essa frase estava com um professor diferente, que se escondia e mudavam de lugar! Estava na cara que o 6º ano iria ganhar! Só faltava um papelzinho para eles completarem a frase, mas o 7º ano conseguiu virar o jogo e ganharam. A frase era: Depois do jogo vão dormir! E foi isso que nos não fizemos. O 9º ano foi pra praia com a Maria Amélia e o resto dos 6 outubro de 2008 alunos ficou no salão de jogos, conversando e relaxando em seus quartos. A nossa saída à praia com a Maria Amélia, foi bem tranqüila,todo mundo estava descalço andando na areia molhada pelo mar, conversando, olhando as estrelas, tirando fotos, chorando, porque afinal, este é o nosso último ano e conseqüentemente nosso último estudo do meio. Estava já um pouco tarde, na verdade nem tanto, mas a Maria Amélia estava rouca e não era bom para ela ficar lá. Então voltamos. Ficamos um pouco lá fora conversando sobre o Ipema com os professores, mas logo fomos dormir, porque havíamos acordado muito cedo naquele dia. Na quinta feira teve um pessoal que acordou as 6 da manha pra ir até a praia. Mas o combinado foi as 7. Então, às 7 estávamos acordados para as 7:30 estarmos tomando o café da manhã, que era muito bom, tinha uma variedade de pães, bolos e frutas. Às 8 saímos para fazer uma trilha que chegava em uma praia, foi um tanto exaustivo, mas valeu muito a pena. Foram 2 horas de trilha só para ir. A praia era linda, a água azulzinha. Comemos na casa de uma família e tinha peixe, arroz, feijão, salada de alface e tomate e suco de tangerina. O almoço estava muito bom, comida caseira geralmente é mais gostosa. Depois da comida fomos descansar, olhar a paisagem, sentir a brisa, enfim fazer qualquer coisa que não fosse ir ao mar. Fomos depois ouvir um dos pescadores mais velho da aldeia. Contava suas experiências e a diferença da quantidade de peixes de 20 anos atrás para cá... Fizemos perguntas, e conhecemos onde ele guarda seus barcos, que ele mesmo fabrica. Quando terminamos, o grupo de trabalho de campo da profª. Ligia foi fazer suas pesquisas. Um dos monitores que nos havia trazido até a praia nos levou até um lugar que só tinha pedras, porém muito bom para se estudar. Para chegar lá é meio ruim, ainda mais porque a maré tinha subido um pouco. Mas conseguimos fazer toda a nossa pesquisa. Já estava ficando tarde e a maré já havia subido bastante. Então fomos embora. Caminhamos á pé 3,5 km. Foi bem legal. Os monitores foram na frente seguindo o caminho e os alunos iam atrás. Cada um foi no seu passo, então muita gente foi na frente, só que eu e mais algumas pessoas fomos ficando para trás, mas havia ainda pessoas mais atrás ainda de nós. Cansativo, mas divertido. Quando chegamos onde o ônibus havia parado, nos deparamos com uma lojinha e fomos comprar algo pra beber! A moça da lojinha deve ter lucrado bastante porque além de vender as coisas caro, todo mundo comprou algo.Entramos no ônibus e fomos para o hotel. Foi longo o percurso até o hotel, deu até pra dormir. Mas quando chegamos, já fomos tomar banho, porque estávamos cheios de areia. Tomamos banho e fomos jantar. Nesta noite havia macarrão com molho branco e (pelo que eu vi) todo mundo adorou. Depois fomos até a praia perto do hotel, (a mesma que o 9º ano havia ido ao dia interior). Fizemos uma fogueira e assamos marshmellows. Depois como não tinha nada pra fazer, começamos a cantar! E foi ótimo! Musicas velhas, novas, em inglês, em português, calmas, funk ,rápida, e até sertanejo! Olha, acho que apenas um pagode não teve. E o melhor, é que todo mundo começou a cantar com a gente! Todo mundo um de ombro a ombro cantando em alto e bom som para todos ouvirem. Começou a garoar um pouco forte e tivemos que ir embora, pois muitos estavam cansados; mas contra a nossa vontade! Já tarde na noite, todos se recolheram menos a Andressa a Ana Clara e eu. Ficamos até uma da manhã conversando com os professores. Como tínhamos que acordar cedo na manha seguinte, fomos dormir. Ficou combinado que iríamos caminhar na praia no dia seguinte às seis da manhã. Sexta feira, acordei as 6 para caminhar, mas estava chovendo! E com aquele barulhinho gostoso de chuva... Dormi de novo! Então, às 8 acordamos para irmos tomar café e irmos ao Aquário de Ubatuba. Mas nos antecedemos demais, e ficamos esperando no hotel, até a hora do Aquário abrir. Como ainda havia 2 horas para sairmos eu a Andressa e a Ana Clara fomos dormir. Às 10 horas, todos nós saímos para ir até o aquário de Ubatuba. Vimos e entendemos um pouco mais da vida marinha. Depois, fomos até a unidade Projeto Tamar,vimos tartarugas, e como mudou a forma de tratamento com as bichinhas; e que uma tartaruga pode crescer muito. Depois disso compramos algumas lembrancinhas na lojinha (que era cara!) dentro da unidade Projeto Tamar. Fomos para o hotel, arrumamos nossas malas e limpamos o quarto do hotel para não ficar nenhum lixo. Fomos almoçar. Esperamos até a hora de irmos embora. E pegamos mais 5 horas de estrada... Embora, este tenha sido o meu último estudo do meio e dos meus amigos também, vai ser eterno, e eu nunca esquecerei desses dias de alegria, cansaço, brincadeiras e emoções Colégio Viver | Jornal Página Aberta 7 DÚVIDAS adolescentes Se você tem perguntas, bobas ou existenciais, não se acanhe! Mande-nos um e-mail para [email protected] ou deposite sua questão em nossa urna na sala de informática . Mantemos sigilo absoluto e não é necessário se identificar. avançadas, como o planejamento) não está totalmente desenvolvido, as emoções são processadas na amídala, que é a sede de sentimentos primários como a raiva e o medo, o que resulta em impulsividade e alterações bruscas de humor. Além disso, há inúmeras razões existenciais: a frustração de não serem levados a sério pelos adultos, o difícil caminho de conquistar maior liberdade, a sensação de que tudo importa muito, é muito decisivo. E aí, sentiu-se justificado nos seus acessos de cólera? -Se eu ficar com 3 meninos, amigos e que estudam juntos, eu serei taxada de galinha? (MischieF.) No começo, fiquei tentando entender se essa pergunta vinha de alguém que realmente sentiu vontade de ficar com mais de um colega de escola, ou de alguém interessado em criticar alguém que o tenha feito. Não importa. Vou dizer algumas coisas para pensar, indepen-Quando vocês vão parar de me perguntar dente da intenção inicial. Em primeiro lugar, há uma incoerência se eu tenho dúvidas ? entre a idéia de ficar, moderna, menos carregada de peso que o Não vamos parar nunca, até porque dúvidas namoro, e a noção machista e moralista contida no termo “galinha”. nós esperamos que você nunca pare de ter... Socialmente, o fato de um garoto conquistar várias meninas era mo(certeza total é dogmatismo). Aliás, essa tivo de prestígio, ao passo que as garotas eram tachadas de galinha não é uma coluna que tenha temas específi- e outros termos semelhantes. Não que eu defenda em princípio a cos, e nem respostas fechadas. A idéia é de inconstância, o ficar a qualquer preço, mas porque essa discriminapoder trocar impressões, opiniões, idéias e ção com as meninas? informações. Se você acha isso chato, não Acho que a decisão de ficar ou não com alguém envolve vários aspecprecisa perguntar, nem ler. Mas, da nossa tos, inclusive esse da imagem social. Mas o que realmente deveria parte, estaremos aqui firmes à disposição de importar são os sentimentos e o respeito de ambos envolvidos. quem queira. Sempre me espanto quando vejo alguém que de alguma forma se interessou por outro (ou outra) e em seguida sai criticando o seu -Por que nós somos mais mal-humorados? par como se fosse o fim. No fundo, em geral se trata mais de resgatar Imagino que “nós” se refira aos adolescentes, uma imagem de superioridade através da crítica, do que realmente não é? Se assim for, em primeiro lugar, não contar sobre uma experiência da qual se arrepende, que tenha sido sei se é verdade que vocês, adolescentes, realmente tão ruim. sejam mais mal-humorados, mas sim que Pessoalmente, sempre acho estranho julgar uma pessoa de fora. tenham alterações de humor com mais Afinal, mesmo o ritmo para se envolver com alguém e se desinteresfreqüência e intensidade. Essa sim é uma sar varia de pessoa para pessoa, de momento para momento. Para característica da idade, seja por questões de muitos, meninos e meninos, trata-se de um longo processo de conordem física, como de fase de vida. struir uma intimidade, de se aproximar lentamente. Por outro lado, Do ponto de vista físico, temos a famosa vamos ser sinceros: nesta fase nem se sabe direito o que é gostar, mudança hormonal que provoca sérios curto- falta experiência, e esse é o lado bom do ficar: poder sentir, analisar circuitos. Também há uma questão ligada ao as sensações e depois decidir sobre manter ou não um relacionacérebro: como o lóbulo frontal (responsável mento mais longo. pelas funções cognitivas e emocionais mais respostas por Princesa Fiona 8 outubro de 2008 Sabe o “emo”, aquele rock de melodias emocionadas que metade dos adolescentes adora e metade detesta? Pois é, muitos dos meus alunos já ouviram que o emo nasceu do punk, mas essa não é a única verdade, sua matriz sonora é o Weezer. Mas não espere olhos pintados, franjas com chapinha e letras do tipo “minha gata me deixou”. O Weezer é uma banda de Nerds que, quando não estavam estudando ou assistindo televisão, estavam na garagem fazendo barulho com seus amplificadores no volume máximo. Suas músicas falam da liberdade encontrada nesta garagem, onde ninguém te enche por usar óculos, ter espinhas e escrever músicas bobas sobre isso. Quando saiu o disco azul, em 1994, eles ainda estavam na faculdade e foi por causa do mestrado do vocalista que passaram cinco anos sem lançar nada. Para o Weezer, sempre foi mais importante a escola e a família do que ser um rock-star e é daí que vem a naturalidade de suas músicas. w e e z e r Acaba de sair o disco vermelho, que, como o disco azul, não tem um nome, mas uma cor forte na capa. É um dos melhores que gravaram e vem acompanhado de um clipe muito bom, disponível no youtube, da música “Pork and Beans”. Mas não é só que está na internet, ele é sobre a internet, e nele você reconhecerá vários dos vídeos de maior sucesso da história do youtube, às vezes com seus protagonistas, às vezes com os integrantes do Weezer. Veja os vídeos, ouça os discos. É uma das poucas bandas que ainda existe que me faz balançar a cabeça quando ouço. Link de “pork and beans”: http://www.youtube.com/ watch?v=muP9eH2p2PI Colégio Viver | Jornal Página Aberta texto: Cassiano ilustração: Patricia 9 M L I R R B N I S F B R N M I S B E A I S T I S R Mitos e Lendas de Ubatuba Nosso último estudo do meio, como já vimos na matéria principal, foi em Ubatuba. B O CC EA L AM CA ED A US EX UST AO AC C TA PE US R EU FE F DB TO UT P E O U E U U R A A P F B S G D B A R R R E U G O S U T P O I A R E F O C R A G B T C G E A U D H R U G B R G B R A U B A T U M I R A M E I O A C A O F R I T A V E R D E A U A RU R A I CR A N E TI O O SRD IE MO B P U R B AU T B U M A M LE O A R AF C RA O O FD R II T A V E R D E S I A G O AF ZOU RL I C A O P U R R U B A C A N T O R I A F A I L A E D F B H J M E N T E S R E F E A F R O D I S I A G O F O R C A A E F J BM G A EZ Z IA R A E S ID L TA I E DG F FB H E NN T FE S BD C A D ES E RD T T IA G BF F B G N F A Z I EA E O N C D E H O N N E R D A S R T A B C D E H O N A O T N S R I IZ Z B EC D DM IT U E R TC E AC M A MB B U U R O AO B AC D SE E S G EF S GF A G AU U BB A T U B I E B A A T U B I E TB O AS F U S C U B A T U B I B A C U B A T U B I B A M E MI AE OI V AE B A T U M I R I M B A T O A B C D E D A M A U TB O C UD R EE RU A M I AI S RD I E UMB BA T A PA R BO C NA T S R A Q U E M A M A R E L O J U S D E U B A T U B A P R TO Z CO M P O C O L O R I D O D O I J U S T A C E A B RS E J JUU SS IA U Q R TU M EE M U NA O M M F A BL C O D E SC E O G EL E OO R T AI B D A T R EI S JT R O ODT O U ES N TS B F C R B R J U S T I C A A B C D E A V I T M E U N O M F B S A B C D E E D E B A T O S U C E S S I V A B I C O E O I TA A T BOS T S AT O RQ AE T E U B S EB R A M F U CR E ES S IR U B R TR M JU U I TS O TP RI I CU A R TA U BC E C IDU ER S E G E P A L M E I R S E G E S S U S E G B A T O S U C E S S I V A B I T O B P I C I N G U A B A S I V A M A B C E ES O SU IB U IR TA U SB E A TR U M B IF I BU S R TU E CN T ST E M G EU B IE T T OO M PI N S E G E A V E R I U R T U ZCM EA R U B A C O R I N S E G U N D A F A Z E N E P A L M E I R S E G E S S U P I C I N G U A B A S I V A M T U B A T U B I I U R T E N T Palavras a serem procuras: E B E T O M I N S E G E A V E Camburi A Praia C do O R IPraiaNda Picinguaba S E G Praia U dasNBicas D Praia A da F A FazendaPraia do EngenhoPraia AlmadaPraia do UbatumirimPraia da JustaPraia do PurubaPraia do Meio Palavras a serem procuras: S Z A E S C L E S E V D T M E E S T L O A D O P U I T T T A D J U E C T A E C D A T SI D S A E Z Z Vitor Sório 8ºano CamburiPraia da PicinguabaPraia das BicasPraia da FazendaPraia do EngenhoPraia AlmadaPraia do outubro de 2008 UbatumirimPraia da Justa Praia do PurubaPraia do Meio 10 D U XF EA E Z B E I CN A SD OO I V R EA SR R IZ RC A U M SN DV C O E RO NU A E B O M E E E X L S E do primeiro dia, nós, do 9º Na noite A ano, L fomos E à praia. Já eram mais de 22:00, A quando S Beu, Ana Clara e Andressa resolvemos A V pular I ondinhas! Nisso, a Ana Clara apontou para o mar, lá longe, e disse N D C “Olha só aquele barquinho!”. Ao invés de S euM A ter olhado para onde ela apontou, olhei M emEoutra S direção e vi uma coisa de branco, S queSestava O olhando para nós! Apontei para E “ela”, L eIquando fiz isso, tive a impressão que estava se aproximando... AssustaM deA R dor! Com medo, continuamos caminhando E O E (Antes de pularmos as ondas, estávamos O P S caminhando). E IJá noRsegundo dia, fizemos uma trilha. S Desde T que I chegamos tive certeza de que S alguém T R estava me olhando de dentro da mata! Como I D A não estava sozinha, não dei E importância U M e entrei. A trilha era estreita, então tínhamos que Q C S andar um atrás do outro e eu fiquei por R T D último. Ao olhar para trás vi um vulto e um G barulho E Cna mata. Fiquei assustada e troquei C deD lugarEduas vezes. U T Ralgumas idéias do que pode ter Tenho acontecido... A S N Yurapiri N D A - Yurapiri é próximo do diabo na língua dos Tupinambás. Pelas lendas, ele é uma espécie de duende túpico, ogre ou divindade que aparece de acordo com cada tribo, mas em nenhum caso tem a ver com a alma dos mortos. Ele anda pelas aldeias abandonadas... Agnan ou Anhangá-O Yurupari pode ser comparado com o Agnan, e seu hobby era atacar as pessoas vivas, causando o maior terror entre os Tupinambás. Agnan provocava grandes violências repentinas em público, mas sob uma forma invisível. Os índios que sofreram com o ataque do Agnan disseram que ele aparece na forma de um animal, na maioria das vezes como aves. Curupira-É outro demônio das matas, protetor da caça e não gosta dos homens. Os humanos o conhecem mais pela forma de um garoto com os pés virados para trás. Macachera-Espírito das estradas que vai à frente do viajante, os Tupinambás viam nesse demônio um inimigo da saúde. Os espíritos, nas crenças Tupinambás andavam por toda parte, principalmente na mata e em lugares escuros, manifestando-se de forma sinistra. Os espíritos dos mortos freqüentavam a proximidade das tumbas e seu comportamento era agressivo em relação aos homens. Causavam doenças, dificultavam o devir das chuvas e possibilitavam a derrota na guerra. Estes espíritos agrediam fisicamente e atormentavam os índios de diversas maneiras. Larissa Praia do Colégio Viver | Jornal Página Aberta 11 Vou contar uma história. Minha filha de 5 anos estava aprendendo a andar de bicicleta. Ainda com as rodinhas, viu o primo aprendendo, andando e começou a ficar realmente com muita vontade de andar sem as benditas rodinhas. Eu e seu pai estávamos receosos de tirar as rodinhas tão rápido, com medo de uma frustração, quedas etc. Um belo dia, ao pegá-la na Escola, ela relata “Mamãe, já sei andar de bicicleta sem rodinhas!”. Felicíssima! Assustada, perguntei como, e ela me contou que nossa ajudante em casa tinha tirado as rodinhas pela manhã e que após algumas tentativas, ela havia conseguido. Fiquei com um misto de alegria por ela e frustração por não ter partici- As peças que eles nos pregam pado do momento e por tudo ter saído diferente do que EU havia imaginado. Chegamos em casa, ela pulou na bicicleta e bambeando pra lá e pra cá, andou! Foi emocionante e tem sido bastante, toda vez que a vejo andando, agora muito mais firme do que naquele dia. Essa história me fez pensar muito sobre o que nos imaginamos para nossos filhos e sobre o que ELES decidem e escolhem fazer. Isso porque eu já havia imaginado todo o processo de “aprender a andar de bicicleta”: andar bastante de rodinhas, aprender a se equilibrar, colocar as rodinhas mais pra cima para facilitar a busca do equilíbrio e finalmente tirar as rodinhas. Minha filha me mostrou que ela tinha outros planos e que poderia aprender muito bem de outra maneira tirando, bambeando, colocando os pés no chão e finalmente se equilibrando. Mais uma vez aprendo com minhas filhas e fico muito feliz por isso! texto: Helena Mendonça, mãe de Julia, educação infantil ilustração: Julia 12 outubro de 2008 Na disciplina de Português nós, alunos do 8º ano, fizemos questionários com alunos do 8º e 9º anos pensando sobre “O que os adolescentes de hoje em dia consomem?”. A partir daí, montamos nossas perguntas em várias versões, resultando em gráficos de pizza, exibidos logo abaixo. Saborei-os! Gráfico 1: itens mais consumidos Gráfico 2: tempo de acesso diário à internet Gráfico 3: preferências musicais Para mais informações sobre o consumo adolescente, acesse a página do jornal: http://www.paginaaberta.colegioviver.com.br/consumoadolescente.html Colégio Viver | Jornal Página Aberta 13 Crítica ... ! texto: Maria Amelia ilustração: Vitor Sorio Antes de lerem esta crítica, saibam: sou cinéfila, de tela grande (DVD só em último caso ou para rever), sem pipoca e com muito silêncio. Mas, cada vez mais, tenho tido problemas em encontrar algo que eu realmente queira ver. Mais difícil ainda é sair do cinema com a sensação de que o filme trouxe algo de novo, me impactou ou me fez pensar. Esse é o problema de ser mais velha, a gente fica cada vez mais exigente. Dos que estão em cartaz, escolho “Na Natureza Selvagem”. Uma história real, que virou livro, e depois filme. A história de um jovem disposto a mudar radicalmente: deixa seu lugar, sua família, até seus documentos e bens e começa uma jornada cada vez mais “into the wild”. Mesmo para aqueles que, como eu, em princípio não têm delírios de largar tudo e viver solitário na natureza, o filme provoca uma inquietação. As paisagens imensas e geladas do Alaska, misturadas à indagação moral e filosófica sobre esta sociedade que vivemos, nos faz entender melhor a escolha de Chris McCandless, com tudo que ela tem de coragem ou loucura. Determinado a levar essa escolha até o fim, Chris é testado no caminho por novos laços que estabelece: uma mãe substituta hippie aqui, uma linda moça ali, um solitário velho que o quer adotar. Assim, o filme mostra um rapaz que tem dilemas entre a experiência libertadora da solidão e da natureza e a humanidade dos afetos. Tocada, mexida, me sentindo uma acomodada, sai do cinema e fiquei horas conversando com Edu (meu marido), que mais do que eu se sentiu desafiado. Ele, que sempre diz que aos 70 vai sumir por um ano numa viagem sem destino... Para ver mais: - Mais Forte que a Vingança ...................... (Jeremiah Johnson) de Sydney Pollack, 1972 14 outubro de 2008 Retrospectiva ... Sonhos de olimpíadas: Acontece o tempo todo, mas depois nos decepcionamos, pelo menos um pouquinho, por aquele ou aquela atleta maravilhosa ter terminado em 10º lugar. Acho que o povo brasileiro sempre espera muito dos atletas, mas nessas olimpíadas, eu, particularmente fiquei, digamos assim... Atônita. Nada estava me afetando até o quarto ou quinto dia de olimpíada... Minha esperança: a ginástica olímpica, meu esporte preferido de se assistir. As atletas, pequenas, graciosas, tão jovens: um primor! Quando as provas nos aparelhos (Trave olímpica , solo , salto sobre a mesa e paralelas assimétricas) começam, as ginastas chegam à perfeição; para os técnicos e juízes, havia mínimos erros. Foi quando a trave veio: O último e mais assustador de todos os aparelhos. Vê-las fazendo todas as acrobacias naquele pequeno espaço que não cabem nem os dois pés, é de dar agonia. Então, a primeira caiu, a segunda caiu, e a terceira também. Senti dó, mas em menos de cinco minutos, descobri que ainda estavam classificadas. Não deu em muita coisa, Jade Barbosa e Daiane dos Santos passaram para as fases individuais. Jade ficou em décimo no salto e Daiane em quinto (de novo!) no solo. Gosto muito da Shawn Johnson, ela é muito talentosa, americana, mas muito talentosa, e ao contrário das brasileiras foi para o pódio em praticamente tudo que concorreu. Outro exemplo de ‘torço’ é o ‘tubarão’ Michael Phelps. Demais César Cielo ter ganhado a medalha de ouro, mas ele não causou tanto “rebu” quanto Phelps. Eu torço pra ele, é de dar prazer ver Phelps nadando; o cara nasceu pra isso. Não é questão de falta de patriotismo, e sim de aparecer um cara tão bom, de que o mundo torce pra ele. Sem contar toda a minha expectativa em Diego Hipólito, campeão do mundo, número 1, com séries lindíssimas, mas que na final caiu. Não pude assistir, esse horário é da China mesmo. Mas quando soube o que houve, uma pequena lágrima se juntou no cantinho do olho... Desespero... Fico imaginando o que deve ter se passado pela cabeça dele quando tombou. Num resultado realista, os chineses realmente SE MATARAM pelo ouro... Desconfio até que foram eles que sumiram com a vara da atleta brasileira do salto! Eles dominaram até no “não pode”. Em Pequim, os atletas não podiam: atravessar a rua sem ser na faixa de pedestres, dormir fora da vila olímpica, não podiam fumar, beber, andar sem camisa, muito menos dar entrevista pró - Tibete; daqui a pouco não poderiam nem participar! Além do que, a tecnologia chinesa está tão aprimorada, que os fogos da abertura eram ‘de mentirinha’ (eles não foram ao vivo). A garotinha que cantava, não cantava, dublava, porque a real cantora não era bonita o bastante, (e nem percebemos essa gafe!). Soube em alguns boatos de que não havia tantas pessoas no estádio (os ingressos deviam ser muito caros) e por isso os chineses colocaram efeitos gráficos que faziam com que a torcida simplesmente ‘aparecesse’! Essas olimpíadas foram realmente diferentes... Digamos assim peculiares. Espero que em Londres (sede das próximas olimpíadas), as coisas sejam mais... Reais... Colégio Viver | Jornal Página Aberta Ana Clara 15 Tirinhas Pedro Brotero: Dalva Kohl : Ceguinha Cecília: a TV