RIO
DE
1888
JANEIRO
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PATRIA
LIVRE!
Desde o dia 13 de Maio, ás 3 horas da tarde, que raiou para o Brazil uma- Era Nova!
A integridade nacional é, hoje, um facto, tornando em realidade o artigo primeiro-da nossa Constituição, que diz : — „ O Brazil constitue uma Nação livre e independente."
Com orgulho, podemos levantar a cabeça e encarar as nações livres do nosso continente e do mundo e
fraternisar com ellas, pois a palavra escravo deixou, também, de ter significação, na língua que falíamos.
Uma grande gloria temos a escrever em nossos Anna es: o Brazil extinguiu a escravidão, como nenhum
outro povo, asphyxiando-a n'um diluvio de flores, ao som dos hvmnos festivos, aos vivas da multidão, derramando lagrimas de jubilo sobre a raça redimida e levantando um altar ao esquecimento !
Gloria aos propugnadores da grande reforma !
Somos, finalmente, um povo livre !
Angelo Agostini, Luiz de Andrade, Pereira Netto, Fritz Harling, João Joaquim Mendes, Julio Harling.
Bio,
10 de Maio de
18S8.
o Dia 13 k Maio de 1888
Serih. hoje o dia mais feliz de m i n h a
vida, se meu extremoso Pai não se achasse
enfermo ; mas espero em Deus que em
breve elle regresse bom á nossa p a t r i a .
PRINCEZA IMPERIAL
— ^ <^
NO
REGENTE.
SENADO
C h e g a m o s ao termo da viagem einprehendida, e, mais feliz do que Moysés, não
só vemos, como pisamos a t e r r a promettida ! (Mnilo bem.)
Senhores, a abolição da escravidão não
m a r c a r á para o Brazil uma época de miséria, de soffri mentos, de penúria.
Uma simples consideração bastará, porq u e a discussão l o n g a virá depois, para
t r a u q u i l l i s a r os que se a t e r r a r e m com os
presagiòs dos dous . honrados senadores
q u e me precederam: dentro do espaço de 17
annos 800.000 escravos têm desapparecido
do B r a z i l . P o i s bem, senhores, é j u s t a m e n te neste' periodo q u e se nota maior riqueza no paiz, g r a n d e a u g m e n t o de trabalho e com elle maior producção, e, como
consequência, considerável a u g m e n t o , n a
renda publica.
Si, pois, este facto se deu; si foram estas
a s consequências d a diminuição, em mais
de metade, do t r a b a l h o escravo, o que se
deve esperar é que o desapparecimento
de 600.000 creaturas escravas não produzirá a nossa r u i n a , a n t e s a u g m e n t a r á a
nossa prosperidade e o e n g r a n d e c i m e n t o
do Brazil, g r a ç a s ao t r a b a l h o livre, ao
t r a b a l h o nobilitado, o que não só levant a r á os créditos da nossa patria, como att r a h i r á para nós o estrangeiro, que enc o n t r a r á 110 solo fecundo o ubérrimo deste
paiz certas e inexcediveis vantagens.
Não h a , p o r t a n t o , perigo a l g u m ; e até
onde a m i n h a voz, a m i n h a responsabilidade, a confiança que eu possa inspirar
aos meus concidadãos; a t é onde a m i n h a
experiencia dos negocios, o m e u estudo
de todos os dias, me puderem d a r a l g u m a
a u t o r i d a d e , eu direi desta cadeira a todo
o Brazil que nós hoje vamos constituir
u m a nova p a t r i a ; que esta lei vale por
u m a nova Constituição. [Muito bem, muito bem.]
SENADOR DANTAS.
fio S a n a d o , e m 1 3 d e M a i o d e 18SS;.
NA CAMARA
A victoria final do abolicionismo no parlamento não é a victoria de uma lucta
c r u e n t a , não ha vencidos nem vencedores
nesta questão (muitos
apoiado*),
são
ambos os partidos polit cos unidos que se
abraçam neste momen o solemne de reconstituição nacional, são dous rios de la7
«
g r i m a s que formam um m a r bastante largo
para que n'elle se possa b a n h a r inteira a
nossa bandeira nacional. [Mnilo
bem]
Apoiado*.) Facto unico da nossa historia,
quanto a mim que represento,desde o principio, apenas a orientação abolicionista, o
que posso dizer é que o abolicionismo é
quem mais lucra n'esta questão.
Nós, estaremos tão cançados como os
escravos; mas o nosso cancaco não era de
t r a b a l h a r ; u n s porque estava ligada ao
nosso nome a idéa, si não de uma d e g r a dação, ao menos de uma humilhação para
a nossa patria. ( Apoiados. Muito bem.)
Fj tempo que a democracia nacional
tenha um nome que de a l g u m a fórma não
seja u m a offensa ás outras partes da comm u n h ã o brazileira.
[Apoiados.)
Nós, abolicionistas, retiramo-nos d'esta
c a m p a n h a , certos de que nada tirámos, e,
pelo contrario, tudo demos,não só á d i g n i dade do cidadão brazileiro, mas também á
d i g n i d a d e de ambos os partidos constitucionaes.
(Apoiados.)
Ainda h a pouco, dizia um escriptor, q u e
o primeiro dever das g r a n d e s nações é
produzir os g r a n d e s homens.
Nós offerecemos ao partido liberal occasião a ter um g r a n d e homem e offerecemos ao partido conservador agora o u t r a
occasião i g u a l , p a r a que deixem as offensas
ao passado, na escuridão da noute da escravidão.
Não penso que o abolicionismo tivesse
sido o u t r a cousa mais do que o instincto
nacional. (.1 poiados.) Não foi o u t r a cousa
mais do que o sentimento verdadeiramente inconsciente do nosso povo que, educado
nas senzalas e na escravidão, não podia ter
outra visão 110 seu espirito si não esta primeira aspiração nacional.
Nós todos, que fomos o fermento de
ambos os partidos, nós que devemos tanto
ao partido conservador, como ao partido
liberal, cotnoao partido republicano; nós,
que não representávamos outra cousa mais
do que as t r é v a s da nação a t é a > dia em
que a raça n e g r a fosse definitivamente
emancipada 110 Brazil; nó< devemos cont i n u a r 110 nosso posto, pedindo apenas a
ambos os partidos q u e se levantem, coino
neste momento, s e m p r e á a l t u r a das g r a n des necessidades da nossa p a t r i a . e que
com prebendam q u e não ha para o homem
publico, como não ha para os partidos,
verdadeira prosperidade sinão 110 momento
em que elles se esquecem das preoccupações ilidividuaes e se recordam simplesmente do bem publico, do bem da patria.
Felicito a C a m a r a dos Deputados de
1 8 8 8 ; felicito o Ministério 10 de Março,
felicito ambos os partidos constituciouaes;
felicito a Regente do Império, e peço ao
S r . presidente que, em consagração deste
memorável dia, cousulte a Camara si quer
que se suspenda iininediatameute a sessão
de hoje.
( Muito bem ; muito bem. Bravos, palma* e applau*o* repelido* a-t* galeria*.)
Posto a votos, é approvado o r e q u e r i mento.
( Ruidosas o. prolongadas
manifestações
de ap pia uso, dentro e fora do recinto.)
JOAQUIM
NABUCO.
( S e s s à ^ d a C a m a r a , em 10 d e M a i o d e 1888).
DEPOIS DE 13 DE MAIO
O exercito brazileiro tem hoje maior responsabilidade do que h o n t e m — p o r q u e as
suas glorias pertencem a u m a p a t r i a livre,
porque terá de defender a honra e a t r a n quilidade de um povo, j á unificado pelo
coracão, pela a l m a e pelo direito.
13 de Maio de 1888.
CAPITÃO SERZEDELLO.
SONHANDO
N ã o é possível e m m o l d u r a r n ' u m quadro feito de recordações o alvoroço p o p u l a r
e a solemnidade da C a m a r a dos Srs. d e p u tados, desde o dia em q u e a p a l a v r a do
ministério deixou na consciência de todos
a convicção de q u e v a m o s ser finalmente
u m a p a t r i a de irmãos.
Não se descreve a erupção electrica do
a p p l a u s o d a s b a n c a d a s p a r l a m e n t a r e s , das
g a l e r i a s , das t r i b u n a s de senhoras e de
c a v a l h e i r o s da m a i s fina roda, de toda a
p a r t e , emfim, onde 11111 coração patriotico
o u v i a o compromisso m i n i s t e r i a l de ext i n g u i r i m m e d i a t a m e n t e e incondicionalmente a escravidão.
Dir-se-hia que a voz popular era feita
com o r u g i d o de t r e s séculos q u e se desopprimiani do silencio f a t a l , imposto a milhões de homens ; q u e o recinto da C a m a r a
se h a v i a convertido 1111111 valle de Jos&p h a t , onde r e s u r g i a m , reencarnavam-se,
todas as gerações m o r t a s pela p i r a t a r i a ,
para a c c l a m a r , com u m a só a l m a e u m a
só voz, a r e s t a u r a ç ã o da i g u a l d a d e h u mana.
No meio d ' a q u e l l e sussurro religioso,
como dos c a r v a l h o s de Dodona, deixando
sem folego a q u e l l a a n c i e d a d e , a q u e l l a
nevrose de e n t h u s i a s m o , levantou-se Joaq u i m Nabuco.
A sua p a l a v r a c o n s t r u i u desde logo
u m a m u r a l h a de estrellas em derredor do
ministério.
O orador p a r l a m e n t a r dos captivos acceitou de f r e n t e , e em campo aberto, o
combate, que ins : diosamente era ofterecido ao ministério, e g r a n d e , extraordinário, incomparável, com u m a e n e r g i a
s e l v a g e m , e n t r o u 11a peleja como si fosse
11111 deus. Parecia q u e se estava servindo
de uma a r m a i n g e n t e : 11111 arco feito
com a c u r v a de u m a a u r o r a , tendo como
corda a l i n h a recta da h o n r a . A f i g u r a v a se á g e n t e q u e o tremendo s a g i t a r i o sag r a d o t r a z i a como a l j a v a u m a nebulosa,
c h e i a de pequeninos sóes que lhe serviam
de b a l a s .
A conspiração dos interesses partidarios
desfez-SH i n s t a n t a n e a m e n t e ; as paixões
se t r a n s s u b s t a n c i a r a i n em sentimentos libera es.
J o a q u i m N a b u c o deu voz ao a r r e p e n d i m e n t o de todos os p a r t i d o s . Depois d'aq u e l l a confissão em voz a l t a , como n o s .
primeiros tempos do christianismo, a
ratria fez a sua primeira cominunhão de
ratern idade.
Foi o Sr. Rodrigo Silva, ministro da
a g r i c u l t u r a , o i n c u m b i d o de pontificar a
missa nova da redempção nacional. A
hóstia q u e elle l e v a n t o u , não ao t i l i n t a r
de c a m p a i n h a s , mas ao estrondear de
palmas e acclamações de 11111 povo delir a n t e , foi esse projecto, branco como a
pomba da a r c a , laconico como o relampago, q u e desfaz u m a n u v e m n e g r a .
Desde este momento tornou-se impossivel ver o que se passou. As pétalas de
rosas e-voejavam, lembrando a chuva de
ouro mythologica dos amores da suprema
d i v i n d a d e olympica, os connubios mysteriosos de que resultavam semi-deuses.
Sentia-se que se estava fecundando 11'a.
f
quelle momento o ovulo da grandeza nacional ; q u e d a l l i , d'aquelle recinto,ia s a h i r
u m a deusa mais formidável que a bella e
terrivel Pallas : a Patria brazileira g r a n de 11a sua m a g n a n i m i d a d e , inexcedivel 11a
sua abnegação
o « 110 serviço
* da civilisacão.
«
Rio, 9 de Maio de 1888.
J O S É DO P A T R O C Í N I O .
A PROPAGANDA
Do alto delia, hoje, dezeseis annos depois, desilludido pelas decepções publicas
que nos e n v e r g o n h a m , penitente da nossa
credulidade 11a t r a n s i g ê n c i a dos interesses
negreiros, ensinado por u m a experiencia
de fel a conhecer as o l y g a r c h i a s corrillieir a s que nos g o v e r n a m [Applausos),
venho
annunciar-vos que cessou a q u a d r a da esperança, mentirosa ludibriadora da vossa
honra, e só nos resta o combate. ( A pplausos) .
E o combate é a p a l a v r a ; é a t r i b u n a ;
m a s esta: a t r i b u n a popular ! ( A p p l a u s o s ) .
( S e s s ã o p u b l i c a , e m 7 d e J u n h o d e 1885. .
O S R . J O Ã O C L A P P (presidente da Confederação Abolicionista), [A /iplausos): Meus
senhores. A Confederação Abolicionista,
que se pôde assim dizer, é a s y n t h e s e da
opinião popular, que quer sinceramente
t r a t a r da completa abolição da e s c r a v a t u r a
no Brazil, vem hoje demonstrar o seu respeito e a sua g r a t i d ã o ao benemerito g a binete abolicionista. 6 de j u n h o , presidido
pelo immortal cidadão,conselheiro D a n t a s .
Muito benr.
Acreditamos q u e sahimos das normas
a t é hoje seguidas, festejando um g a b i n e t e
q u e desce.
Nós somos u n s excentricos : preferimos
festejar o g a b i n e t e q u e c a h i u do poder official, porém, q u e se a c h a , de pé.. 11a consciência nacional.[Bravos ; muito bem).
O g a b i n e t e D a n t a s teve a g r a n d e cor a g e m de t i r a r a p r o p a g a n d a abolicionista
das praças e r u a s e fazer com que ella
fosse echoar dentro do p a r l a m e n t o . [Muito
bom.)
( S e s s ã o p u b l i c o , e m 7 d e J u n l i o d e 18«5.)
•1 •Êbolição e o Exercito
(applausos) : —
M i n h a s senhoras, meus senhores. Depois
de agradecer á Confederação Abolicionista, benemerita da h u m a n i d a d e e, a i n d a
mais, benemerita da P a t r i a , a h o n r a da
missão q u e me d e l e g a , deixai que principie s a u d a n d o esta t r i b u n a . E u a reconheço, e saúdo, — á t r i b u n a do povo, a
que deve estar em toda a parte onde pulsa a a r t é r i a da vida nacional, a que não
nasce das constituições escriptas, nem se
subordina a instituições e p h e m e r a s , o orgão espontâneo, omnipresente, i n d e s t r u ctivel da consciência publica,que as reacções embandeiradas 110 poder acordam, vibram. a g i g a n t a m , multiplicam de extremo a extremo nos paizes livres, como ondulações expressivas da crosta terrestre á
superfície de 11111 solo abalado pela agitação
da lava interior. (Muito bem.)
Do alto delia, 110 periodo, por assim dizer, de suas primeiras balbuciacões, bem
longe d aqui 11a patria de José Bonifacio,
que o escravismo entregou ao Sr. Moreira de Barros, coube-ine, ainda estud a n t e , c o n s a g r a r a minha vida á civilisacão de m i n h a p a t r i a , protestando, com a
lei de 7 de Novembro em punho, contra a *
illegalidade impune, victoriosa, opulenta
do captiveiro, sacudindo a verdade inflammada do direito ás faces da pirataria
t r i u m p h a n t e sobre as r u i n a s da lei e dos
tratados. (A pplausos).
O
SR.
RUY
BARBOSA
Na ultima reunião popular, c o n v o c a i
pela Confederação Abolicionista, e obstada
pelo criminoso edital da policia, a ordem,
violentada pelo governo d-«s bicha-; chinezas, da flor da g e n t e e da n a v a l h a , foi
abrigar-se 110 seio da população, r e f u g i a r se 11a r u a , a» alcance do fogo das senHnellas do quartel g e n e r a l , á claridade do
sol, que a mão dos faccinoras assalariados
não pode a p a g a r , como se fecha, de noite,
110 recinto dos theatros, o registro do g a z ,
para assassinar o povo indefeso, e a f o g a r
em s a n g u e os lueetinqs abolicionistas.
E' assim que respondemos aos aleives
de desacato á lei, de machinação contra a
s e g u r a n ç a publica, a todas essas villanias
estipendiadas cada m a n h ã pelo g a b i n e t e
com os últimos sobejos de 11111 thesouro, ein
b a n c a r r o t a . O abolicionismo, increpado de
sedição e assalto á propriedade, não se liomisia 110 segredo, não solapa o chão de
d y n a m i t e : procura j u n t a r - s e â porta dos
quartéis, coustituir-se em assembléa sob
os olhos da força a r m a d a , l e v a n t a r a voz,
a t é soar bem f u n d o 11a alma dos defensores da patri'1, e fortalecer-se, sentindo
voltar de lá o eclio do applauso fraterno.
E n t r e nós e e*ses batalhões cobertos de
g l o r i a se p e r m u t a m , em correntes contín u a s , invisíveis, mas sentidas, as mesmas
impressões, o espirito da mesma solidariedade, os elementos de 11111 a m b i e n t e
cominum. Se a nossa influencia é a propagação da a n a r c h i a , então a a n a r c h i a fez
ninho 110 exercito, de cujo campo a idéa
abolicionista sempre i n s t i n c t i v ã m e n t e se
approximou ; e um pa>z onde a a n a r c h i a
i n q u i n o u o espirito m i l i t a r , é um paiz fadado à dissolução.
Mas não. s e n h o r e s ; os commensaes do
poder confundem a a n a r c h i a com a vida.
A vida é que nós somos; a vida é que o
exercito é. No exercito e no abolicionismo
está condensada e intensificada a vitalidade nacional : elles representam o que
resta da honra e i n t e g r i d a d e da p a t r i a , a
sua conservação e o seu f u t u r o , a sua iutelligencia e o seu brio, a sua abnegação
e a sua forca.
*
CONSELHEIRO RUY
BARBOSA.
( M e e t i n g , n o P o l y t h e a m a , e m 1S87).
Eu não d e i x a r i a o meu retiro, aonde
e n c o n t r a v a t a n t a s consolações, p a r a assumir o c a r g o de m i n i s t r o , se não visse
que ia fazer parte de um governo que estava decidido a r e p a r a r os erros de tres séculos de iniquidades ! (
CONSELHEIRO FERREIRA
VIANNA.
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SENADOR
JOSE DO PATROCÍNIO
VIEÍRA DA SILVA
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DEPUTADO RODR^O
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DEZEMBARGADOR LUCENA
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JOÃO
Presidente
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PARLAMENTO E POVO
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S R . D R . ANTONIO
PINTO:—Concidadãos
e amigos : Não vos sirva de estranheza a
minha presença n'este l u g a r ; não vos
sirva de reparo que eu venha occupar
n'este momento, a tribuna popular, para
a qual me arrastam o dever e o patriotismo e ninguém supponha que fico mal; não!
Mantenho aqui com a mesma dignidade e
independeiicia, a minha posição na Camara dos Srs. Deputados. [Applansos prolongados.)
Senhores, a tribuna do parlamento é,
de certo, uma grande cousa e uma grande
honra; mas, para quem, como eu, tem
ante si o máximo programma da redempção dos captivos ; para quem, como eu,
esforça-se em defender a causa dos pequenos e miseráveis, para quem, como eu, é
filho do povo e vive no povo e pelo povo,
sente-se perfeitamente bem nesta tribuna.
(Applausos.) Direi âquelles que entendem
que esta tribuna é um rebaixamento á posição do deputado, que a primeira obrigação, a mais digna excellencia do representante do paiz é viver em contacto com o
povo [muito bem ; opplansos) no qual residem os mais nobres estímulos e as mais
gloriosas aspirações.
Senhores, eu confesso com a maior franqueza, jamais me senti tão bem e mais dignamente do que perante vós, que me conheceis, que me entendeis, que adivinhais, póde-se dizer, os meus escrúpulos,
as minhas anciedades e a minha consciência, porque o povo e as multidões, que
constituem a verdadeira soberania nacional, perscrutam por instincto a firmeza e
lealdade dos que os servem. [Muito bem,
muito bem.)
Portanto, senhores, sirva esta explicação de justificação de minha presença
nesta tribuna.
Aquelles que pensam o contrario, e que
se refugiam á sombra da ridícula aristocracia, mal sabem encobrir o seu erro, porque a verdadeira liberdade é democrata e
chã.e o nosso paiz não pode viver 11111 só instante sob o regimen obscurantista das
fidalguias. (Applausos.)
Assim, senhores, congratulo-me comvosco e commigo mesmo por dirigir-vos a
palavra, não só como representante de
uma província livre, como dos vossos proprios sentimentos, desses sentimentos heroicos, que accendem o meu entliusiasmo,
as minhas crenças, as minhas aspirações
e a minha fortaleza individual.(Applausos
prolongados.) Ha só um motivo que me
contraria, e é que venho succeder nesta
tribuna ao distincto orador Joaquim Nabuco, cuja palavra repassada dos encantos
da eloquencia, cujo animo alentado pelas
virtudes de um grande coração, deixam
após de si a temeridade medíocre das substituições. (Hravos.) Portanto, o illustre e
benigno auditorio venha em meu auxilio,
dispensando ao fraco orador,que ora occupa
esta tribuna, a sua benevola condesceudencia.
Senhores, nesta terra de esclavagistas
intransigentes, onde o coração resfolga a
custo pelas theorias insensatas da usura,
j á não é muito dar o tratamento que dão a
nós, os abolicionistas, de proletários, desordeiros, loucos e petroleiros. Mas, feliz-
mente, os nossos inimigo-: são cobardes, e,
ao passo que ameaçam escalar o céo com
o poder da riqueza e prepoteucia, nós, os
pequenos, nós, os amantes das grandes
causas, vamos discutindo desassombrados
a magna questão do elemento servil, e
cada d:a que passa vamos apagando esta
mancha hedionda pelo esforço de nossa generosidade. fí j á não temos fe to muito
pouco, senhorss, e mais uma energia, um
sacrifício, e a no sa gloria será certa. Nada
de desanimar, que o futuro não pertence
senão aos que trabalham e soffrem com paciência : se hoje somos para os antropophagos da dignidade h u m a n a os desordeiros e petroleiros, seremos, amanhã, òs vingadores dahonra nacional. (Applausos).
ANTONIO P I N T O .
não a victoria do actual partido liberal,
mas a necessaria, • a imprescindível reforma dos partidos.
A August» Princeza Regente, essa é
que achou uma occasião rara de entrar
como triumphadora pelo espirito e pelo
coração de uma boa parte d'este povo. que
esperava, ou com indifFerença ou com reserva, o seu advento.
As acclamações que hontem soaram por
todo o Império, hão de deixar 11111 éco que
ha de repercutir durante muitos annos,
despertando em milhares de corações a
gratidão p e l o beneficio feito a uma raça,
em milhares de espíritos, o reconhecimento
por ter visto a tempo o que mais convinha
aos interesses e á dignidade d'este paiz.
Rio, 14 de Maio de 1888.
D R . F E R R E I R A DE A R A U J O .
S e s s à u p u b l i c a , em '29 de J u n h o d e 1881.
rvri IÍI.I
n r . p o i s
Meus amigos, meus filhos, como costumo chamar-vos em a u l a !
Meu agradecimento vai ser ainda uma
lição. A voz mais auctorisada do Escravagisino disse 110 Senado que o Brazil estava
em Feudalismo Patriarchal.
Essa é a vardade. Estavamos nos tempos do Abraham. E aqui, nesta casa, leccionávamos caminhos de ferro e electricidade e ainda mais:—ensina vamos quanto de mais sublime produziu Newton e
Charles Darwin.
Foi este antagonismo que cessou a 13
de Maio de 1888.
Foi a Escola Polytechnica que doutrinou a abolição.
O futuro pertence aos filhos desta Escola.
A escravidão durou tres séculos. A
triangulação do Brazil vai d u r a r também
séculos ; a divisão da terra, os canaes, os
caminhos de ferro, os rios navegaveis, os
portos do mar, serão feitos por vós.
Aos engenheiros todo o trabalho da
constituição da Democracia Rural Brazileira. Viva a Escola Polytechnica 1
Rio, 14 de Maio de 1888.
ANDRÉ
REBOUÇAS.
Esta grande revolução, feita de sorrisos,
lagrimas e flores, teve também o seu Wilberforce :—o coração.
Luiz M U R A T .
A abolição está feita, e o partido liberal, que derrotou em 1884 o Sr. Dantas,
que pedia tão pouco, teve de dar hontem
palmas ao Sr. João Alfredo, que chegou
ao poder 110 momento opportuno de pedir
tudo ; mas, como em todo o partido não
vibra o mesmo entliusiasmo que anima o
Sr. Joaquim Nabuco, como cada um de
seus membros se considera mais homem
de Estado, e menos poeta, menos artista
que o illustre deputado pernambucano,
hoje começará uma lucta de que sahirá,
do l l n r ç o de
Convidado pela Confederação Abolicionista para ser interprete, como seu orador
escolhido nesta festa, por ella preparada,
afim de saudar o grande acontecimento
occorrido na província do Ceará, eu não
podia recusar-me nem á honra que me
fizeram nem á justiça, que isto importava
ás minhas convicções politicas.
Reconhecendo a O
graciosa intenção
com
*
que a Confederação Abolicionista se t i n h a
dirigido a mim, não podia recusar-me, declinando de qualquer responsabilidade
politica, que porventura, como homem do
parlamento, eu poderia assumir, deixando
a minha cadeira 110 Senado para vir fallar
110 meio do povo, que amo mais do que
tudo. [ \l uito bem).
Rio,f 25 de Marco
« de 1884.
SENADOR S I L V E I R A DA M O T T A .
.A. S a n t a
Cansa
A immensa revolução, a temerosa reforma, cuja realização se afigurava a alg u n s uma catastrophe nacional, uma
g u e r r a fratricida, 11111 desabar da fortuna
publica e particular, um cataelysmo tremendo, que,segundo o vaticínio dos agoureiros, devia fazer despenhar 110 mesmo
abysmo a ordem publica, as instituições,
a honra e segurança do Estado, realizouse nas mais singulares condições—ao vozear da acclamação unanime do povo, victoriando a santa causa da abolição, espargindo flores sobre o parlamento e sobre o
manto da augusta princeza, a quem coube a gloria de sanccionar a aurea lei,
suspendendo-se a vida civil para entregarem-se todos os cidadãos ás expansões j u bilosas do seu enthusiasmo, lançando bênçãos sobre os nomes dos mais denodados
apostolos da causa abolicionista e tudo
isto 110 meio da maior ordem, sem a troca
de reconvenções, sem uma reminiscência
desagradavel do per iodo da luta legal,
sem uma imprecação, sem uma allusão
sequer aos proprios que até á ultima hora
n e g a r a m o seu voto ao projecto da abolição !
Este facto, honrosissimo para nós, é o
q u e explica a nobre repercussão do j u bilo n a c i o n a l , nu seio dos cultos povos
q u e nos c o n t e m p l a m e p a r t i c u l a r m e n t e
nas republicas do Rio da P r a t a , cujos
povos a d i a n t a d o s celebram como uma festa
a m e r i c a n a , como uma festa sua, o g r a n d e
acontecimento, que, mais do q u e n e n h u m
outro, ficará a s s i g n a l a n d o neste século o
mais glorioso periodo da nossa h i s t o r i a .
E x t i n g u i u - s e a escravidão 110 Brazil !
Rio, 15 de Maio de 1888.
QUINTINO
BOCAYUVA.
TOPICOS DO DIA
O mérito de um estadista consiste 11a
i n t e l l i g e ite auscultação da a l m a da nação,jamais abandonando-lhe o pulso, afim
de perceber ein tempo a sobrexcitacão em
q u e ella se a c h a , q u a n d o c o n t r a r i a d a em
suas aspirações l e g i t i m a s .
Com a mais perfeita c l a r i v i d ê n c i a , o
b e n e m e r i t ) conselheiro D.intis, h a q u a t r o
aunos, observou t u d ) , e quiz e m p r e h e n der essa obra patriótica, que outros levam
ao fim, mas q u e eternisará i g u a l m e n t e o
nome do precursor iIlustre.
O h Mirado senador João Alfredo não
j u l g o u ser acto de e n e r g i a resistir á torr e n t e da opinião, que tão forte pressão
exercia sobre todos os espiritas e a m e a ç a v a f a z e r explosão, g r a ç a s ás contraried a d e s dos resistentes.
E na verdade só os cégos poderiam não
ver os effeitos da violenta pressão p o p u l a r .
Rio, 12 de Maio de 1888.
JOAQUIM
SKRRA.
1:1 M : MAIO
Acaba de morrer a escravidão ; acaba
de nascer a P a t r i a .
BRÍCIO P I L H O .
A apHheose ao Jo>é do Patrocínio veio
d e m o n s t r a r q u e todo o revolucionário, que
tem talento e tem caracter, é o vencedor
de a m a n h ã .
PARDAL MAI.LET.
u m a n a t u r e z a e x t r a o r d i n a r i a , e um povo
q u e , q u a n d o menos, tem seippre a a l m a
a b e r t a a tudo q u a n t o é bello,'e j u s t o e bom.
A conclusão fatal será a g l o r i a , mais
cedo 011 mais t a r d e . Ha de r a i a r p a r a nós
b r i l h a n t í s s i m o o sol 110 porvir : — e m p a na-o, por ora, a m a n c h a da escravidão.
Urge apagal-a.
Perdoai-me, senhores, pôde ser q u e em
tudo q u a n t o eu levo dito não vá senão
u m a c h i m e r a de mocidade, um erro de
inexperiencia, uma miragem, uma illusão...
Pôde ser, é provável, é n a t u r a l . . .
Mas, bemdita c h i m e r a que me leva a
fallar-vos da g r a n d e z a da p a t r i a , q u a n d o
só a p r e g o a i s o seu descrerlito e a s u a r u i n a . . . Bemdita, mil vezes b e m d i t a , a illusão que me faz a c r e d i t a r 11a efficacia civilisadora da redempção dos captivos !...
(Muito hrm, muito
b"m7)
16 de J u l h o de 1883.
AFFONSO
CELSO
JÚNIOR.
ESCRAVISADOS
No Brazil não ha escravos, mas sim cscra visa dos.
Rio.
1884.
ANTONIO
ANDRADE.
Et lux facta est!
A solução q u e o p a r l a m e n t o deu sobre
o elemento servil, tirou do espirito p u b l i co 11111 pesadello afflictivo.; todo mundo
sentio-se alliviado, até aquelles que ficar a m prejudicados.
E r a umn questão de p e r e n n e agitação,
lançando, com as incertezas do f u t u r o , a
anciedade em todas as classes sociaes.
E r a 11111 a l i m e n t o de paixões que se irritavam cada dia e faziam a n t e v e r f u n e s tos perigos.
Por outro lado, os povos cultos hão-de
a d m i r a r a rapidez e r e g u l a r i d a d e com que
o facto se consum 111011 em p l e n a t r a n q u i l lidade
As instituições s a h i r a m incólumes de
uma crise q u e a todos a p a v o r a v a , e provam a sua solidez.
A Europa, que teve escravos em s u a s
colouias, não ignora quão doloroso e terrível foi o problema da emancipação.
E ? uma honra p a r a a nação brazileira
o exemplo de viril e louvável abnegação
com que procederam as classes interessadas nesta questão.
O g o v e r n o t a m b é m l e g a á historia o
mais b r i l h a n t e testemunho da s e g u r a intuição que teve, operando a t r a n s f o r m a ção do estado social, que p e r d u r a v a h a
tres séculos.
Rio, 12 de Maio de 1888.
*
FINAL DE
UM
DISCURSO
S e n h o r e s , lia coincidências mysteriosas
nos destinos h u m a n o s í...
Dir-se-ia q u e as g r a n d e s renovações
obedecem a leis cliro no lógicas, a g u a r d a n d o
o fim dos séculos. Ahi estão a descoberta
da i m p r e n s a e a da America 110 tini do século 15°, a revolução ingleza 110 fim do
17°, a franceza 110 fim do 18.° C h e g o u a
nossa vez.
O q u e nos t r a r á o século 20° ?... Será a
revolução s a l v a , o Messias do novo Evang e l h o ? I...
Não o sei, senhores, mas o q u e vos affirni) é q u e existe u m a lógica u n i v e r s a l ,
u m a predestinação necessaria nos seres,
nos factos, nas cousas, sem a q u a l s e r i a
impossível a concatenação h a r m ó n i c a do
conjuncto...
Pois bem ! Deus, corno eu c h a m o e acredito, a n a t u r e z a , a força, a m a t é r i a , a
evolução, como denominaes vós, os adeptos das escolas novas, o u t o r g o u á nossa
p a t r i a essas d u a s esplendidas p r e m i s s a s :
D R . F E R N A N D O M E N D E S DE A L M E I D A .
José Bonifacio
Descortinain-se. além, largos horisontes
do f u t u r o , em u m a geração nova, retemperada nas ideias da p a t r i a de Wilberforce
tí de Lincoln, t r a n s f o r m a os destinos d'esta
terra.
Nas felicitações de u m a a l e g r i a mysteriosa ouve-se uma voz v i b r a n t e , que v e m ,
como o eclio omnipotente de todas a q u e l l a s
gerações reunidas, commover a g r a n d e
a l m a da nação, trazeudo-nos uma éra de
luz, em que não mais se ouça o g e m i d o
triste e p l a n g e n t e do misero captivo !
E r a o neto do P a t r i a r c h a da independencia q u e assim c o n t i n u a v a a obra gloriosa
de seu avô.
Sobre a cabeça d'esse predestinado,
mandado por Deus. p a r i apressar a red-Miipção de u m a raça i n t e i r a de opprimidos mais de meio século de existeucia era
j á passado ; e a cruel enfermidade, que
t i n h a de cortar-lhe a vida j á ali lhe clieg á r a , áquelle santo coração !
Mas, senhores, apezar da inexorável fatalidade, h a v i a em José Bonifacio u m a
como alacridade t r i u m p h a n t e , q u e , dirse-liia, a radiação p e r e n n e das a l e g r i a s
interiores, das a l e g r i a s viris, que l h e povoavam a e x i s t ê n c i a .
A mocidade de espirito, senhores, é
como a a g u i a : renova-se c o m a tempestade,
que l h e a r r e b a t a as pennas velhas, dando
l u g a r ás novas.
Tal foi José Bonifacio, 11'esta l u c t a
grandiosa em que a p a l a v r a arrebatadora
do velho senador, vibrada por u m patriotismo inflammado, s u p p e r a v a , a i n d a , as
maiores e n e r g i a s d a sua p r i m e i r a idade !
BARÃO
H O M E M DE M E L L O .
UMA CARTA
S. Paulo, 5 de J a n e i r o de 1883.
I l l m . S r . João Clapp.
O portador d'esta é Francisco, o mais
infeliz dos escravos d'est:i província, visto
que pertence a um f a ç a n h u d o fazendeiro,
que não cessa de perseguil-o. Peço a V.
S. que o p r o t e j a e, se tiver occasião, remetta-o p a r a logar mais longe possível.
Sou com estima e consideração,
De V. S .
Amigo, criado e venerador
A N T O N I O B E N T O DE S O U Z A E C A S T R O .
A eleição
lí> d o
Todo o bom patriota deve votar a m a n h ã
110 Sr. conselheiro F e r r e i r a V i a n u a ,
JOSÉ d e SEIXAS
(Publicações a pedido, do Jornal
LIBERTAÇÃO
P a r a tornar effectiva a liberdade dos
escravos, todos os meios são bons.
Pernambuco, 2 5 de Marco de 1884.
JOÃO
RAMOS.
Abril
MAGALHÃES.
do
A Princeza Imperial R e g e n t e , a 28 de
Setembro de 1871, traçou o prologo, e em
13 de Maio de 1888 escreveu o epilogo do
grandioso f u t u r o da nossa p a t r i a .
ALBERTO
Vibrando o Pátrio sino, ouviu-se— abolição.
LEOPOLDO F I G U E I R A .
*
Commercio.)
VICTOR.
Typ. de J . BARBOSA & C. r. da Ajuda 31
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