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-
A PEREGRINAf;AO DE FERNAO MENDES
PINTO REVISITADA: ADAPTA<;OES
E CENSURA EM CONTEXTO
ALCINA LAJES
*
INTRODU<;AO
E urn lugar-comum associar a epoca p6s-moderna ao conceito de "cri se" que emerge
na ideia de fim da utopia, no pessimismo finessecular, na descrenya na Razao, na procura
de identidade (conflitos etnicos, fundamentalismos, guerras).
Deste modo, a ideia de "cri se" reflecte-se tambem no domfnio da Educayao e a
fortiori na Escola enquanto instancia educativa.
Desde a decada de oitenta sobretudo que 0 intervencionismo se reflecte:
I.
na enfase posta na "culturq escolar" I, isto e, 0 que se ensina e 0 valor dos
diplomas no mercado de trabalho;
2. na redefiniyao dos objectivos e das finalidades educativas (compromisso,
cidadania ...).
Assim, a ideia de dialogo intercultural, de aceitayao da diferenya e/ou a mestiyagem
(no sentido de M. Serres2) tern tido visibilidade quer nos documentos/recomenday6es de
Organismos Internacionais3,
quer nas tomadas de decisao dos poderes publicos, quer
mesmo na Literatura Infanto-Juvenil.
Os gran des classicos da Literatura Nacional (Os Lus{adas, A Peregrinar;iio ...) e da
Literatura Universal (A Odisseia ...) tern sido adaptados, garantindo-lhes assim a recepyao
junto de urn publico jovem. Por outras palavras, a intenyao pedag6gica implica que os
textos sobrevivam em adaptay6es e mesmo adaptay6es de adaptay6es4, num processo de
transmissao do patrim6nio cultural.
o presente trabalho faz parte de urn estudo mais alargado sobre a analise de
Manuais Escolares.
* A nos sa participa~ao no Congresso da Associa~ao Internacional de Lusitanistas foi subsidiada pela
Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
Agradecemos tambem a Lisboa Editora, Pl<itano Editora, Porto Editora e Texto Editora a oferta dos
Manuais Escolares que constituem 0 nos so corpu,f.
CL 1.-C. FORQUIN,Ecole et Culture, De Boeck, 1989.
2 cr. M. SERRES,Le Tiers Instruit,
Franr;ois Burin, 1992.
3 Cf. par exemplo, P. MEYER-BlSCH, Cllltllra Delllocrdtica: Iln desaJfo para las escllelas, Ediciones
UNESCO, 1995.
4 Sao exemplos de adaptar;6es (recentemente
reeditadas): Historia Trdgico-Marftillla adaptada por
Ant6nio Sergio, Livraria Sa da Costa; Os Lus{adas adaptados por 10ao de Barros. Cr. L.B. PIRES, Historia
da Literatura Infantil Portuguesa, Vega, 1982, p.132.
1
56
881
o nosso objecto
de estudo centra-se em Fernao Mendes Pinto por constituir, por urn
lado, uma personalidade emblematica, uma figura complexa e de grande mobilidade e, por
outro lado, por fazer parte dos programas de LIngua Portuguesa.
Come9aremos por analisar "os excertos" da Peregrilzafoo propostos pelos autores
dos Manuais Escolares de LIngua portuguesa5 a luz das orienta90es didactico-pedagogicas
sugeridas pelos proprios autores.
Podemos desde ja avan9ar que os Manuais Escolares do 9° ana de escolaridade
incluem excertos da Peregrinafoo que:
•
•
•
•
•
remetem para pontos de vista comuns, por exemplo, as informa90es biograficas
de Fernao Mendes Pinto;
inc\uem informa90es complementares (por exemplo, "Ieitura guiada", mapas);
integram "textos" complementares (por exemplo, Banda Desenhada de Jose
Ruy, "Ines de Leiria", poema de Afonso Lopes Vieira);
apresentam a visao heterodox a dos descobrimentos (por exemplo, as referencias
a "ambi9ao", as incoerencias dos portugueses;
referem 0 "encontro" corn 0 Oriente (0 Outro/Alteridade).
1. ANA.USE DOS "EXCERTOS": TENDENCIAS
1. A primeira vista, os diversos excertos dos Manuais Escolares do 9° ana de
escolaridade parecem relevar de urn caracter introdutorio a vida e a obra de Fernao
Mendes Pinto, atraves de certas informa90es biograficas:
•
•
•
situando 0 autor da Peregrinafoo na galeria da mitologia nacional, sublinhando
que, coma Camoes, Fernao Mendes Pinto e 0 "escritor que mais perto est,l do
espfrito dos portugueses", na expressao de L. F. Rebelo;
referindo a rapida divulga9ao da Peregrinaflio, no seculo XVII, atraves das
edi90es em castelhano, ingles, frances e holandes;
referindo, enfim, a riqueza e complexidade da Peregrinafiio e as controversas
analises e interpreta90es, tendo em conta 0 caracter hfbrido que emerge nas
polaridades viagemlaventura, realidade/fic9ao, Historia/imagina9ao.
2. AS REFERENCIAS BIOGRA.FICAS SAO COMPLEMENT ARES As
REFERENCIAS AUTOBIOGRA.FICAS.
Na verdade, as marcas discursivas do "eu" (atraves das formas flexivas "me" e
"mim") do narrador ou do "eu" do narrador dilufdo em "nos" testemunham 0 "relato
5 Limitamos a apresenta~ao
da nossa amilisc aos seguintes Manuais: L. CARRl<;:O,Nos Call1inhos do
Texto, Porto Editora, 1994; M.A. Teixeira BETfENCOURT,LIngua Portuguem, Tcxto Editora, 1996; V.S.
BAPTISTAe E.C. PINTO, Ollt/·OS Signos, Lisboa Editora, 1994.
882
memoralista" ou 0 "discurso da separar;ao,,6 ("no numero desta companhia estava eu") e a
errancia por terras do Oriente ate a "Pestana do Mundo".
Nas referencias autobiognificas podemos distinguir quatro aspectos mais relevantes:
•
As razoes que levaram Fernao Mendes Pinto a embarcar, ou seja, "estreita
Nar;ao, estreita casa paterna";7
• As motivar;oes e ambir;ao que levaram Fernao Mendes Pinto a embarcar, atraido
pelo exemplo de muitos que chegaram do Oriente a estoirar de ricos";8
• A natureza do relato autobiografico que surge povoado de peripecias e aventuras,
de imprevistos e de riscos, de perigos: miufrago, cativo, vendido coma escravo,
pedindo esmola para pagar 0 resgate9. Fernao Mendes Pinto e "treze vezes cativo
e dezassete vendido coma escravo".
•
A imagem do infortunio apela para a compaixao do leitor, na descrir;ao do
naufragio e do ataque do pirata Coja Acem:
A pouco mais de meio do rio arremeteram para elcs dois crocodilos enormes, que os fizeram
em peda90s e, deixando a agua tinta de sangue, os lcvaram para as profundidades.1O
Fernao Mendes Pinto conta 0 passado com ironia, nao se deixando vencer pela
desventura e pelo infortunio - "nao houve mal que me dobrasse". Depois de ter vivido vinte
e urn anos no Oriente, 0 autoI' regressa a Portugal em 1537, procura reconhecimento.
A Peregrina(:iio e urn legado, urn testemunho para os seus filhos - ABC de leitura - para
que conher;am as provar;oes e tribular;oes do seu paL"
Conforme afirma E. Lourenr;o, Fernao Mendes Pinto escreve, refazendo a vida,
salva-se do esquecimento12• Servindo-se da "prodigiosa memoria", escreve e conta, tendo
coma destinatarios privilegiados e herdeiros os seus filhos. E urn "Olhar-Memoria" que
escreve e conta.
A veracidade da escritalnarrativa da Peregrifw(:iio tern posto problemas, 0 que
levou a facecia tantas vezes citada: Fernao mentes? Minto.13
N a verdade, coma refere Starobinski, 0 estilo fiel ao presente pode ser infiel ao
passado; a autobiografia pode ser ja uma interpretar;ao dos acontecimentos, da experiencia
(, Na cxpressiio de M. de CERTEAU,L'ecrilllre de l'histoire, Paris: Gallimard, 1975, p.9, citado por
Maria Graciette BESSE, 1995. Maria Graciette Besse retoma a questiio do narrador remetendo, por sua vez,
para Joao David Pinto CORRElA, "Para uma nova leitura da Peregrina9iio de Ferniio Mendes Pinto" in:
Bo/etim da Sociedade de GeograJia de Lisboa, Julho-Dezembro, 1983, pp.217-39.
7 Cf. Outros Signos, p.237 (leitura guiada).
Cr. idem, pp.238-340 c Nos Caminhos do Texto, p.219.
Y Cf. Nos Caminhos do Texto, p.219 e Otttros Signos, pp.238-40.
10 Cf. Outros Signos, p.238 e Lingua Portuguesa,
p.61.
11 Cr. Lingua Porlllguesa,
p.57.
12 cr. E. LOURENC;:O,
1990, pp.268-75.
\3 Ct. Nos Caminhos do Texto, p.219 e Lingua Portuguesa,
p.57.
H
883
passada que e tomada coma objecto/temaI4. Publicada em 1614 (Fernao Mendes Pinto
morre em 1583) 0 livro conhece urn enorme sucesso e traduq6es.15
3. PEREGRINA<;XO E ALTERIDADE
a) Fernao Mendes Pinto 0 viajante, 0 aventureiro, 0 ge6grafo-antrop610go, atraves
de descriq6es de grande valor informativo, conduz-nos a descoberta e ao encontro
do Outrol6: Como vivem? - Onde vivem? - Como se defendem?
Como vivem? "A gente e muito pobre e vive da caqa aos crocodilos".17
Onde vivem? "[ ... ] a aldeola que Ihe fica na foz e se comp6e de umas quinze a
vinte choupanas, todas elas de colmo" ou ainda "Siaca, terra grande, se bem que
de palhoqas".18
Como se defendem? "Corn os ffgados (dos crocodilos) dos quais fabricam uma
peqonha coma nao ha segunda por estas partes, porquanto as flechas
envenenadas corn ela causam morte certa".19
b) A alteridade e apercebida no quadro da natureza, sociedade, Ifngua, na
desmesura (distancia da Chjna e do Japao) e na pequenez do Velho Mundo.
Fernao Mendes Pinto informa-nos sobre: animais (tigres, cam6es, serpentes) e os
perigos e as ameaqas a que estao expostos - "tao mordidos de mosquitos e
moscardos que parecfamos lazaros,,2o - e ainda: "ca pouco mais de meio do rio
arremeteram para e Id'
es OIS croco d'lI os enormes ,,21
.
Fernao Mendes Pinto observador residente, mas "peregrino", errante da-nos a
visao do Outro e a visao (a nossa) a partir do Outro.
c) Visao do Outro/e a partir do Outro. Comparando 0 nivel cultural dos Orientais
corn os do Velho Mundo, por exemplo os europeus sao representados "menos"
civilizados e "mais pobres" e "mais" barbaros que os orientais (apresenta os
portugueses que comem corn as maos, enquanto que eles - Chins - comem corn
pauzinhos afiados).22
Referindo 0 problema da comunicaqao e 0 valor simb61ico da cruz e do Padre
Nosso, atraves do epis6dio de Ines de Leiria: sao sinais de identificaqao e de reconhecimento do Outr% Mesmo.
Referimo-nos a J. STAROBlNSKl,Le Style de /'alltobiographie.
Cf. OlltroS Signos, p.237.
16 Cf. M.L. BUESCU,1991, p.1 0, referindo a "cstragcgia
de aproximacrao" em Zurara.
17 cr. Unglla
PorlUgllesa, p.62.
CL idem.
19 Cr. idem.
14
15
IR
Cf. idem e'Olltros Signos, p.237.
Cf. Nos Caminhos do Texto, p.219.
22 Cf. Nos Caminhos
do Texto, p.2IS.
Tipologia do Encontro".
20
21
884
Baseamo-nos
em M.L. BUESCU, 1991, p.ll,
"Para uma
Tambem para Fernao Mendes Pinto - coma para Femando Pessoa, " a minha Patria
e a lingua" - a lingua portuguesa funciona coma simbolo de reconhecimento/ identifica~ao.zJ
Fernao Mendes Pinto reconhece rnes de Leiria coma 0 Outro/Mesmo - rnes de Leiria
' portuguesa - corn Iagnmas
' .
- 24
e, tarnbem
e emo~ao.
4.0
ANTI-HEROI E A CRITICA
Como acima referimos, a compara~ao de Fernao Mendes Pinto corn Cam6es e
inevitavel. Femao Mendes Pinto e 0 negativo da epopeia, e a versao nao ortodoxa da gesta
dos Descobrimentos portugueses, focando as contradi~6es e incoerencias do lucro e da fe,
a ideologia oficial da conquista coma cruzada, atraves das personae. Assim, Antonio de
Faria e apresentado coma pirata que assalta a mercadoria:
lrmaos pronunciou para nos Antonio de Faria, vendo aquela gente desprevenida
- esta
barquinha e Deus que no-la manda, condofdo da nossa miscria e estado. Pois bem corn 0 seu santo
nome na boca e no cora~ao, vamos tomar posse dela. Dc urn salto estaremos dentro. A primeira
coisa que ha a fazer, lembrem-se bern, e p~gar nas armas.25
Critica ainda a ideia de cruzada, pela boca da crian~a que Antonio de Faria tenta
converter. Temos, assim, a visao ou 0 ponto de vista das vitimas e a condena~ao da cobi~a
e da injusti~a. 0 menino chora 0 inforttinio do pai que foi vitima da pilhagem dos
portugueses, de Antonio de Faria: "Esta lantea era do infeliz do meu pai que teve a triste
sorte de Ihe pilhardes, em menos de uma hora, 0 que ele levou mais de trinta an os a
gan har" .26
E tambem a crian~a denuncia a incoerencia das atitudes em rela~ao a religiao e a fe
dizendo: "Tens deus na boca e 0 diabo no cora~ao".z7
A ideia de incoerencia e refor~ada pelo poema de Antonio Gedeao denominado "A
Malta das Naus" que as antologias geralmente incluem, denunciando assim as hipocrisias,
injusti~as, desvios e crimes.
o retrato dos portugueses esta em contradi~ao corn a maneira coma se apresentam
"de joelhos e esfomeados" e se exp6em aos olhares e facecias e a ironia dos "barbaros"
orientais: "Nao ve que estao a cair de fome,,!28
23
Cr. idem.
Cf. Lingua Portuguesa, p.58. A emor;ao e a referencia frequente as lagrimas tern sido referidas
por M.L. BUESCU, 1991.
25 Cf. Olltros Sign os, p.241.
26 Cf. idem.
27 Cr. idem.
24
2R
Ct. Nos CaminllO.n/o Texto, p.216.
885
•
s. 0 EXOTISMO
o aventureiro do exotismo prop6e-nos urn eodigo da eontagem do tempo "aos nove
dias da setima lua".29
Do mesmo modo, satiriza as Instituir;6es, por urn proeesso retorieo, por exemplo:
"Mesa da Conseieneia ehamada Bafo do Criador de Todas as Coisas" ou ainda "por
aeordao lavrado na Mesa do Zelo da Hora Divina [ ... ] quinze anos da eadeira e eeptro do
Leao Coroado no Trono do Mundo".
Sugest6es didaetieo-pedagogieas:
Corn base no ensino/aprendizagem em espiral e nos desafios (interdiseiplinaridade,
multieulturalidade ...), poderemos sugerir - a guisa de reeomendar;6es pedagogieas - as
pistas de trabalho seguintes:
I. Criar;ao de uma agenda a nfvel europeu - tendo em eonsiderar;ao a dimensao
europeia da Educar;ao - em que cada pafs apresente uma figura a reivindiear
universalmente. Para Portugal seria Fernao Mendes Pinto.
Tendo em considerar;ao, por urn lado, 0 regresso aos modelos no ensino da
Historia e, por outro lado,. a parte luz e sombra das personagens. Desafio a
dimensao europeia da Eduear;ao, assim coma a pedagogia do imaginario.
2. Representar;ao de "quem e 0 estrangeiro?" a nfvel individual (0 aluno) e a nfvel
eolectivo (0 pafs). Sera uma forma de reduzir distancias e proceder a uma
"alfabetizar;ao cultural", atraves de uma reflexao sobre a identidade/alteridade.
Desafio a educar;ao intereultural.
3. Introdur;ao de "outras passagens" (excertos) para ler e comentar, por exemplo: a
explorar;ao de codigos semioticos, por exemplo, no "eneontro" ter em considerar;ao, 0 valor simbolico: dos objectos; do ritual (corner, saudar ...); da maneira
de vestir (ter em conta a Arte Nambam - os biombos - e analisar a representar;ao
dos portugueses representados pelos orientais); do eodigo gestual (ajoeIhar,
"derramar lagrimas" levantar as maos)30. Desafio a investigar;ao.
4. Recolha das varias edir;6es da Peregrinariio (reeditadas pela Comissao Nacional
para as Comemorar;6es dos Descobrimentos Portugueses). Desafio a interdisciplinaridade (corn as aulas de franees e ingles, por exemplo).
5. Encenar;ao de uma per;a corn montagem a partir da Peregrina{-"iio, partindo
sobretudo da ideia dos "sentidos". Desafio a criatividade, a comunica<;ao eserita
ao ensino/aprendizagem cooperativa.
CONCLUSAO
Tentamos fazer urn levantamento dos excertos da Peregrina<;ao de F.M.P legitimados pelos Program as e pelos Manuais de Lingua Portuguesa do 9° ano de eseolaridade.
2'} As passagens
referidas nos "excertos" tern sido rcfcridas
diversos autores, por exemplo, R. Ci\TZ, 1981, E. LOURENc;O1990.
30 Baseamo-nos em M.L. BUESCU,1991.
886
- coma exemplos
de exotismo
- por
Os varios excertos dao urna visao nao censurada na rnedida em que: apresentarn crfticas a
ideologia oficial e ao espfrito de cruzada; apresentarn urna irnagern disf6rica da
aventura/viagern /peripecias.
A nossa enfase e posta na descoberta da alteridade taG presente nos diversos
prograrnas e projectos interculturais (por exernplo, a Educa<;ao para a Paz). Por outras
palavras, os program as escolares tern posto 0 acento no dialogo intercultural, traduzido na
ideia de aceita<;ao da diferen<;a e na ideia de cornplernentaridade, "nu m processo de
ilurnina<;ao recfproca" e de "capacidade de espanto".
Resta-nos, enfirn, sublinhar que, a partir da analise dos "excertos" dos Manuais
analisados, apresentarnos, por urn lado, sugestoes didacticas e pedag6gicas e, por outro
lado, urna bibliografia quer de ensaios, quer de edi<;oes ou reedi<;oes da Peregrina<;ao.
BIBLIOGRAFIA
A nossa intenr;ao - ao reunir na presente bibliogratia diversas edir;6es e estudos classicos sobre a
Peregrinar;:iio - e contribuir para uma "base de dados" que facilite as pesquisas sobretudo aos alunos do
9° ana de escolaridade e aos respectivos professores.
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888
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A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto Revisitada: Adaptações e