TÍTULO DA PALESTRA
Sérgio Biagi Gregório
24/04/2012
Materialismo Dialético e Espiritismo
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Materialismo Dialético e Espiritismo
Introdução
Qual a noção de mundo?
O que se entende por dialética?
Como se deu a sua inserção na
história?
Como analisar a dialética materialista
sob a ótica do Espiritismo?
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Materialismo Dialético e Espiritismo
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Materialismo Dialético e Espiritismo
Conceito
• Materialismo Dialético
Filosofia do Marxismo, conforme foi desenvolvida pelos seguidores de
Marx, especialmente na Alemanha e na antiga União Soviética.
Une duas afirmativas centrais:
a primeira, de que a consciência humana é o reflexo de processos que
ocorrem na natureza;
a segunda, de que estes processos seguem um padrão dialético no
qual cada força que se desenvolve gera seu oposto, ou "negação",
levando a um período de transformação revolucionária, que culmina em
uma síntese das duas forças opostas. (NOVA ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA
FOLHA)
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Materialismo Dialético e Espiritismo
Considerações Iniciais
A visão de mundo é a ideia de destaque para esse
estudo.
Esta visão pode ser vista sob três aspectos:
Religião – somente esta mostra o caminho a seguir
para se alcançar a vida feliz depois da morte.
Idealismo - o que move o universo são as ideias. A
matéria surge como uma simples consequência, um
epifenômeno.
Materialismo - considera a matéria como o motor do
universo. A ideia surge como um epifenômeno.
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Dialética
• Definição
Arte do diálogo ou da discussão, quer num sentido
laudativo, como força de argumentação, quer num
sentido pejorativo, como excessivo emprego de
sutilezas.
Pode-se definir, também, como a ciência das
relações gerais que existem tanto na natureza como
na história e no pensamento.
Implica em movimento, transformação. (Talheimer,
1934, p. 108)
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Dialética
• Antiguidade
Na época de Aristóteles, a lógica formal pressupunha:
o princípio da identidade (A é A) e o
princípio da contradição (A é A ou não é A)
Heráclito rejeita a fórmula A é A.
Em seu lugar, põe a dialética, em que contradição e
identidade se misturam.
As coisas devem ser consideradas em movimento e
não em repouso.
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Dialética
• Idade Moderna
Hegel (1770-1831), filósofo alemão, fala-nos da penetração dos opostos.
O seu método resume-se na tese (afirmação), antítese (negação da afirmação) e síntese
(negação da negação).
Feuerbach (1775-1833), discípulo de Hegel, nega a divindade e inverte a dialética de Hegel.
Feuerbach criava o Materialismo. Porém, ao contrário de Hegel, faltava-lhe a dialética.
Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895) transformam o materialismo de Feuerbach no
materialismo dialético, que depois aplicado à história, transforma-se em materialismo
histórico.
A base do materialismo dialético de Marx era:
-Filosofia de Hegel e Feuerbach;
- Luta de classes na Inglaterra (Revolução Industrial);
- Revolução Francesa e Contrato Social. (Talheimer, 1934, cap. VII e VIII)
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Materialismo Dialético e Espiritismo
Materialismo Dialético
• Etapas
Tese: classe dos senhores
Antítese: contra eles a classe dos escravos
Síntese: feudalismo
Tese: classe dos barões
Antítese: contra eles a classe dos servos
Síntese: capitalismo
Tese: capitalistas burgueses
Antítese: contra eles os proletariados
Síntese: sociedade comunista (Sousa, 1965)
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Materialismo Dialético
• Global
Tese: comunismo primitivo (posse em comum dos
principais meios de produção por um pequeno grupo
de homens).
Antítese: propriedade privada, economia escravista,
produção feudal, produção de mercadorias, produção
capitalista
Síntese: comunismo num grau superior:
restabelecimento da propriedade privada e da
produção coletivas, sem negar ou abandonar a
técnica do capitalismo.
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Materialismo Dialético e Espiritismo
Materialismo Dialético
• Crítica
Implantação numa
sociedade précapitalista (China e
Rússia).
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Espiritismo
• Dialética Comparada
Idealista: o movimento das coisas é o resultado das
contradições que existem nas idéias.
Materialista: o movimento das coisas constitui o elemento
primário e as contradições que se produzem nas idéias são
apenas o reflexo do movimento real.
Espiritismo: o movimento das coisas está sujeito ao dois
princípios fundamentais, ou seja, o Espírito e a Matéria.
O homem, por exemplo, é um ser completo composto de
Espírito, Perispírito e Corpo Físico.
Faz a síntese, afirmando que um influencia o outro.
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Espiritismo
• Marx: Luta de Classes e Felicidade
Marxismo: o socialismo será implantado pela luta de classes.
Espiritismo: o socialismo será implantado pelas classes de luta.
Marxismo: a felicidade do indivíduo estaria presa aos proventos
materiais do trabalho (salários).
Espiritismo: a felicidade do indivíduo iria além dos proventos
materiais do trabalho (salários), pois implica evolução espiritual.
São os bônus-hora de que nos fala o Espírito André Luiz, no
livro Nosso Lar.
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Espiritismo
• Marx: Vida Futura
Marxismo: como é uma doutrina existencialista, o que
temos é o niilismo, portanto sem vinculação
palingenésica com o processo histórico.
Espiritismo: é também existencialista, porém tem
como princípio a pluralidade e individualidade da
alma após o desencarne.
Há uma vinculação com o processo histórico.
Ontem estivemos encarnados, hoje estamos e
amanhã poderemos voltar.
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Conclusão
Quer queiramos ou não somos influenciados pelas idéias que os
nossos ancestrais nos passam. O marxismo teve uma influência muito
grande no desenvolvimento do sentimento materialista, quando quis
que tudo fosse ou tivesse origem no econômico. É uma visão unilateral
do homem, como foi a de Freud, ao analisar o indivíduo somente pelo
lado psicológico.
A Doutrina Espírita traz-nos uma idéia mais ampla: quando faz a
síntese da ciência, da filosofia e da religião, ele conduz-nos também a
uma práxis, ou seja, nossas ideias têm que ser aplicadas no seio da
sociedade. Significa dizer que o espírita deve participar do
desenvolvimento econômico, político e social.
Por fim, a Doutrina traz-nos a solução para uma série de problemas
desencadeados pelo materialismo: temos de vencer o orgulho e o
egoísmo.
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Bibliografia Consultada
FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro, Nova Fronteira, 1975.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo, FEESP, 1995.
MARIOTTI, H. Parapsicologia e Materialismo Histórico. São Paulo,
Edicel, 1983.
NOVA ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA FOLHA. São Paulo: Folha, 1996.
SOUSA, J. P. G. Capitalismo, Socialismo e Comunismo. São Paulo,
Instituto Cultural do Trabalho, 1965.
TALHEIMER, A. Introdução ao Materialismo Dialético (Fundamento das
Theorias Marxistas). São Paulo, Livraria Cultura Brasileira, 1934.
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