UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA ASSINATURA DIGITAL Sergio Santos Vieira Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2012 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Assinatura Digital de documentos Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial Por: Sergio Santos Vieira. 3 DEDICATÓRIAS dedico esse trabalho à minha filha Nathalia Vieira que tanto amo e à minha amiga Adriana Cristina que me incentivaram a concluir este trabalho. 4 AGRADECIMENTOS ofereço este trabalho à minha filha querida que sempre me deu força para que eu voltasse a estudar, apoiando-me nas horas de fraqueza. 5 RESUMO Do exposto, e em face do constante desenvolvimento tecnológico, parece-nos inevitável a afirmação de que a assinatura digital, tendo embora sido já reconhecida legalmente em Portugal – pelo Dec. Lei nº 290-D/99 de 2 de Agosto – bem como noutros países – caso dos Estados Unidos, Alemanha e Itália, e no Brasil com a medida Provisória 2.200-2, de 24 de Agosto de 2001. Conclui-se, portanto, que a assinatura digital, se revela um meio eficaz para fazer face às exigências de celeridade, integridade, confidencialidade e autenticidade nas transações de informação realizadas eletronicamente.A aplicação dos estudos está demonstrada num caso prático de escolha de uma solução para atender as necessidades do grupo Gás Natural Fenosa, onde foram diagnosticadas resistências e tratadas de forma que a tecnologia a ser adotada possa oferecer os benefícios almejados, sendo assim, as dificuldades que as empresas do grupo têm com a emissão e guarda (arquivo) dos contratos elaborados por ela, proporcionarão uma maior facilidade e agilidade nos processos contratuais. 6 METODOLOGIA Os métodos que levaram ao problema proposto foi leitura de livros, estudos de casos, revistas, pesquisa bibliográfica em sites, foi feito um levantamento de dados quantificáveis nas áreas do grupo Gas Natural Fenosa, que também utilizam a ferramenta tradicional de envio de documentos para assinatura de empresas e órgãos públicos. O presente estudo contou passo a passo o processo de implantação da Assinatura digital, mostrando seus demonstrativos com suas vantagens. Que beneficiarão todos os envolvidos. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I História 12 CAPÍTULO II Assinaturas Digitais 13 CAPÍTULO III – Modalidades de Assinatura Digital 23 CONCLUSÃO 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38 ÍNDICE 40 8 INTRODUÇÃO Nos tempos atuais, pode se observar a grande expansão da tecnologia da informação, e com essa expansão, surge também à necessidade de se ter uma maior segurança da informação. A perda dessas informações pode significar grandes prejuízos para toda uma organização, empresa ou usuário, podendo ser desde a cópia não autorizada de informações pessoais chegando até ao roubo de segredos empresariais, governamentais e militares. A segurança da informação então, se preocupa em oferecer garantias de proteção como privacidade, confidencialidade, autenticidade, integridade e disponibilidade, para que eliminem os riscos, as ameaças e as vulnerabilidades que as pessoas, empresas e instituições estão sujeitas a todo o momento, preservando responsabilidades e protegendo reputações. A informação vem sendo registrada em papel há séculos. Estudos da AIIM (Association for Information and Image Management International), indicam que 95% das informações, nos Estados Unidos, estavam em papel em 1990, e 92%, de um volume muito maior de informações, ainda estariam em papel no ano 2000. Em 1976, Whitfield Diffie e Martin Hellman descreveram primeiramente a noção dum esquema de assinatura digital, embora eles apenas conjecturassem que tais esquemas existissem. Apenas mais tarde, Ronald Rivest, Adi Shamir, e Len Adleman inventaram o algoritmo RSA que poderia ser usado para assinaturas digitais primitivas (note que isso apenas serve como uma prova do conceito, e as assinaturas RSA puras não são seguras). O primeiro pacote de software amplamente comercializado a oferecer a assinatura digital foi o Lotus Notes 1.0, em 1989, que usava o algoritmo RSA. Com isso surgiu a hash criptográfica, um mecanismo de autenticação digital, que na assinatura digital, permite a garantia, integridade e a confiabilidade do documento. 9 As funções hash criptográficas, também denominadas Message Digest, One-Way Hash Function, é uma mecanismo fundamental para as assinaturas digitais. Pois ao usar apenas algoritmos de chave pública e privada nas Assinaturas Digitais e ao assinar documentos grandes, gastaria muito tempo devido à lentidão dos algoritmos de chave pública e privada., retardando assim todo o processo. Com todos esses processos estudados, surge a Certificação Digital, uma das principais aliadas para o aumento da produtividade de corporações dos mais diversos setores, otimizando processos e diminuindo a burocracia com a eliminação de papéis, com validade jurídica assegurada por regulamentação do Governo Federal, a assinatura eletrônica gera mobilidade ao usuário para efetuar transações online, desmaterialização dos processos dentro das organizações, redução de custos administrativos e integridade de documentos digitais em formato eletrônico. Ainda hoje, o papel é o maior problema operacional na maioria das empresas, órgãos governamentais e instituições. Correspondências, cheques, faturas, ordens de compra, desenhos de engenharia e formulários de todos os tipos são, em sua grande maioria, processados manualmente. Surgiu, então, a necessidade de desenvolver métodos para o aumento da produtividade de funcionários de escritório, tais como engenheiros, bancários, secretárias, advogados e gerentes, e, principalmente, de melhorar a qualidade de sua produção. O avanço da tecnologia nos últimos anos trouxe grandes oportunidades no mundo corporativo e no cotidiano das pessoas. O aumento dos delitos pela internet está diretamente ligado com o crescimento do número de usuários na rede. Estima-se que 18% dos internautas utilizam os serviços financeiros on-line. 10 A formalização de Contratos em Papel envolve uma série de custos que podem ser eliminados ou diminuídos com a utilização da Assinatura Digital, com isso, as mudanças nas organizações resultam de uma reestruturação econômico-financeira internacional e nacional, além de sucessivas adaptações do setor produtivo, i.e., inflação, estabilidade etc. Essas estruturações aparecem para se adequar a uma sociedade típica deste tempo, que é a Sociedade Tecnológica, caracterizada pela automação progressiva do aparato material e intelectual que regula a produção, a distribuição e o consumo, e que se estende tanto às esferas públicas de existência como às particulares, tanto ao domínio cultural como ao econômico e político. Sendo assim as empresas que terão sucesso na década atual serão aquelas que utilizarem as ferramentas digitais para reinventar sua maneira de trabalhar. Essas empresas tomarão decisões com rapidez, atuarão com eficácia e vão atingir direta e positivamente seus clientes, esses são os objetivos do grupo Gas Natural Fenosa. Feitas essas observações iniciais, este estudo apresenta-se dividido em três capítulos. O primeiro conta um pouco de como surgiu um esquema de segurança para a implantação da assinatura digital, através de algoritmos, e concluiu que tal esquema não era seguro para ser implantado, decidindo então por aplicar uma função criptográfica ,cujo nome Hash, e que foi o precursor para o desenvolvimento de outros esquemas mais avançados, chegando ao esquema GMR a qual finalizou o processo. O segundo demonstra como funciona a assinatura digital e qual o objetivo e importância da criptografia e do certificado digital neste contexto, quais as empresas que a utilizam na atualidade, assim como as características de cada esquema e como são utilizadas , identificando também os órgãos reguladores e as leis que monitoram essa nova ferramenta, e os países que já utilizam esse novo processo. 11 O terceiro capítulo aborda as propostas para os problemas existentes com base nos estudos feitos, suas vantagens, explicando sua classificação, aplicabilidade e benefícios em cada área envolvida, demonstrando através de informações quantitativas adquiridas na própria empresa do grupo, com base em comparativos, a importância na implantação dessa nova ferramenta. 12 CAPITULO I 1 – HISTÓRIA Em 1976, Whitfield Diffie e Martin Hellman descreveram primeiramente a noção dum esquema de assinatura digital, embora eles apenas conjecturassem que tais esquemas existissem. Apenas mais tarde, Ronald Rivest, Adi Shamir, e Len Adleman inventaram o algoritmo RSA que poderia ser usado para assinaturas digitais primitivas (note que isso apenas serve como uma prova do conceito, e as assinaturas RSA puras não são seguras). O primeiro pacote de software amplamente comercializado a oferecer a assinatura digital foi o Lotus Notes 1.0, em 1989, que usava o algoritmo RSA. Como notado ainda cedo, esse esquema básico não é muito seguro. Para prevenir ataques pode-se primeiro aplicar uma função de criptografia hash para a mensagem m e então aplicar o algoritmo RSA ao resultado. Outros esquemas de assinatura digital foram logo desenvolvidos depois do RSA, o mais antigo sendo as assinaturas de Lamport, de Merkle (também conhecidas como árvores de Hash) e as de Rabin. Em 1984, Shafi Goldwasser, Silvio Micali, e Ronald Rivest tornaramse os primeiros a rigorosamente definir os requerimentos de segurança de esquemas de assinatura digital. Eles descreveram uma hierarquia de modelos de ataque para esquemas de assinatura, e também apresentaram o esquema de assinatura GMR, o primeiro que podia se prevenir até mesmo de uma forja existencial contra um ataque de mensagem escolhida. 13 CAPITULO II 2 - ASSINATURAS DIGITAIS Em criptografia, a assinatura digital é um mecanismo de autenticação digital. Esses mecanismos foram criados com o objetivo de substituir a assinatura manuscrita, por uma que levasse para o mundo digital as mesmas garantias do mundo real. A simples digitalização de uma assinatura manuscrita e anexada a um documento não satisfaz esse propósito, pois ela pode ser facilmente copiada e anexada a qualquer documento, tornando-a simples de ser forjada (ESEC, 2001). As Assinaturas Digitais surgiram para suprir talvez a maior necessidade da tecnologia da informação: fazer com que o homem moderno utilize todos os benefícios que a tecnologia oferece enquanto meio de comunicação e para fins profissionais sem correr riscos aos quais à tecnologia o expõe. Para isso foi necessário evoluir os métodos de controle de acesso, autenticação e permitir garantias como as de sigilo e privacidade, integridade, autenticidade e confiabilidade para evitar, cada vez mais, atos ilícitos no meio digital. Diante disto, as assinaturas digitais permitiram que fosse criado o Certificado Digital. O Certificado Digital atesta oficialmente a identidade de uma pessoa física ou de uma entidade jurídica, por meio de um documento assinado digitalmente (NEXTG, 2008). Um Certificado digital válido precisa ser emitido por uma Autoridade Certificadora (AC): Presidência da Republica, Secretaria da Receita Federal, o Serpro, a Caixa Econômica Federal, a Serasa e a Certisign; mediante preenchimento de formulário com os dados da pessoa, empresa ou instituição e pagamento de uma taxa. Depois o usuário deve procurar uma Autoridade de Registro (AR): Correios, Caixa Econômica Federal, 14 Sincor, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, e Itautec; apresentar os seus dados pessoais para fazer o seu reconhecimento presencial. Qualquer informação que foi assinada digitalmente por meio de um Certificado Digital válido tem garantias, inclusive jurídicas, de autenticidade e origem. Tornam as atividades virtuais mais seguras, como o uso do internet banking, declarações de imposto de renda, compras online. Em transações bancárias, por exemplo, é interessante que ambas as partes envolvidas tenham certeza da identificação inequívoca do outro (NEXTG, 2008) (KAUTZMANN, 2008). Os Certificados Digitais garantem a autenticidade, integridade, confidencialidade entre as partes e o não repúdio, ou seja, o emissor não poderá negar a autoria e autenticidade das transações efetuadas e dos documentos assinados (NEXTG, 2008) (KAUTZMANN, 2008). Existem diversas maneiras de assinar digitalmente um documento, mas a forma mais usual e eficaz envolve processos criptográficos utilizando algoritmos de funções unidirecionais ou hash criptográficas. Essas funções são normalmente utilizadas para efetuar cálculos de integridade de mensagens. Nas assinaturas digitais, o seu uso permite a garantia de integridade do documento. Além da integridade, uma assinatura digital também deve garantir a confiabilidade de um documento. Diante disto, uma assinatura digital utiliza algoritmos de criptografia assimétrica, que diferentemente dos algoritmos de criptografia simétrica, possuem não só uma única chave para criptografar e decriptografar um documento, e sim duas chaves, uma privada e outra pública que são usadas para criptografar e decriptografar respectivamente o documento. 15 A mensagem sagem é cifrada através da chave privada ada d do assinante. O algoritmo de chave ve pú pública garante que se uma determinada inada mensagem for cifrada com a chave ave p privada, ela só poderá ser decifrada rada ccom sua chave pública correspondente dente. Então, na prática prá o que se faz é aplicar o cálculo ulo do algoritmo hash criptográfico em um m doc documento e cifrar o hash resultante. Logo, o pass passo do processo de criação da Assinatura natura Digital poderia ser da seguinte forma rma (ESEC, (E 2001). 1. Obtém-se o Docume cumento e a chave privada do assinante; 2. Obtém-se o hash (resumo) (re do documento e o criptografa rafa u usando a chave privada do assinante; 3. Envia-se o document umento juntamente com a sua assinatura. Figura 1 – Processo so de criação da Assinatura Digital (Extraída aída do ARTIGO ASSINATURA DIGITAL GITAL, 2001, p.5) Os passos para o recon reconhecimento são (ESEC, 2001): 1. Obtém-se o documen cumento a assinatura e a chave pública do ass assinante; 2. Obtém-se o hash original orig do documento decriptando a assina ssinatura digital com a chave pública do o assi assinante; 16 sh da mensagem original com o novo hash ash calculado. Se 3. Compara-se o hash os dois hashes são o igua iguais então a assinatura está correta. Figura 2 – Processo so de reconhecimento da Assinatura Digital ital ((Extraída do ARTIGO ASSINATURA TURA DIGITAL, 2001, p.5.) 2.1 - Funções Hash ash Criptográficas As funções ções hash criptográficas, também denomin nominadas Message Digest, One-Way Hash Has Function, Função de Condensação ação ou Função de Espalhamento Unidirec idirecional é um mecanismo fundamentall para as assinaturas digitais. Pois ao usar apenas algoritmos de chave pública blica e privada nas Assinaturas Digitais ais e ao assinar documentos grandes gastar gastaria muito tempo devido à lentidão dos a algoritmos de chave pública e privada. da. A Ao invés disso, é empregada uma função Hashing, que gera um valor pequeno eno ((um resumo), de tamanho fixo, derivado rivado da mensagem que se pretende assin assinar, de qualquer tamanho. Assim, a funç função Hashing oferece agilidade nass Assi Assinaturas Digitais (NORÕES, 2008). O conceito eito teórico te diz que hash é a transformação ação de uma grande quantidade de informaç ormações em uma pequena quantidade de info informações. 17 2.1.1 - Características Uma função hash criptográfica deve possuir as seguintes características: • Deve ser capaz de transformar uma mensagem de qualquer tamanho em um resumo ininteligível de tamanho fixo (ESEC, 2001); • Deve ser fácil de calcular, para garantir que a sua aplicação não demande tempo; • Deve ser impossível encontrar a mensagem original através da hash da mensagem, ou seja, é computacionalmente inviável, dado y, encontrar x tal que h(x) = y; • Deve ser computacionalmente inviável, dado x1, encontrar x2 ¹ x1 tal que h(x1)=h(x2); • Deve ser impossível também encontrar duas mensagens diferentes que levam a um mesmo hash, a esse fato dá se o nome de colisão, ou seja, é computacionalmente inviável, encontrar quaisquer x1 e x2 tais que h(x1)=h(x2); • Outra característica importantíssima de uma função hash criptográfica é a de que qualquer alteração da mensagem original, por menor que seja (1 bit, por exemplo.) gera uma alteração significativa no valor do hash correspondente. 2.1.2 - Aplicações Algoritmos hash com melhor desempenho se adaptam melhor para aplicações que exigem como prioridade a velocidade, o tempo de resposta e cuja função é somente para cálculos de integridade como, por exemplo: (i) em Redes, onde são usados para verificar se o arquivo não foi alterado ou corrompido durante a transmissão dos dados; (ii) em aplicações Antivírus, onde 18 é utilizado para identificação de vírus e para proteção da integridade de arquivos; (iii) em Banco de Dados, protegem as senhas no banco, onde o valor hash é armazenado no lugar da senha. Já outras aplicações como as Assinaturas Digitais e os Certificados Digitais necessitam não só de desempenho, mas também existe uma preocupação quanto à segurança, pois se tratam de aplicações que envolvem conceitos de confiabilidade, onde pessoas, entidades ou empresas necessitam garantir integridade e autoria de informações. 2.1.3 - Como funciona Existem diversos métodos para assinar digitalmente documentos, e esses métodos estão em constante evolução. Porém de maneira resumida uma assinatura típica envolve dois processos criptográficos: o hash (resumo) e a encriptação deste hash. Em um primeiro momento é gerado um resumo criptográfico da mensagem através de algoritmos complexos (Exemplos: MD5, SHA-1, SHA256) que reduzem qualquer mensagem sempre a um resumo de mesmo tamanho. A este resumo criptográfico se dá o nome de hash. Uma função de hash deve apresentar necessariamente as seguintes características: • Deve ser impossível encontrar a mensagem original a partir do hash da mensagem. • O hash deve parecer aleatório, mesmo que o algoritmo seja conhecido. Uma função de hash é dita forte se a mudança de um bit na mensagem original resulta em um novo hash totalmente diferente. • Deve ser impossível encontrar duas mensagens diferentes que levam a um mesmo hash. 19 Neste ponto, o leitor mais atento percebe um problema: Se as mensagens possíveis são infinitas, mas o tamanho do hash é fixo, é impossível impedir que mensagens diferentes levem a um mesmo hash. De fato, isto ocorre. Quando se encontram mensagens diferentes com hashs iguais, é dito que foi encontrada uma colisão de hashes. Um algoritmo onde isso foi obtido deve ser abandonado. As funções de hash estão em constante evolução para evitar que colisões sejam obtidas. Cabe destacar porém que a colisão mais simples de encontrar é uma aleatória, ou seja, obter colisões com duas mensagens geradas aleatoriamente, sem significado real. Quando isto ocorre os estudiosos de criptografia já ficam atentos, porém para comprometer de maneira imediata a assinatura digital seria necessário obter uma mensagem adulterada que tenha o mesmo hash de uma mensagem original fixa, o que é teoricamente impossível de ocorrer com os algoritmos existentes hoje. Desta forma, garante-se a integridade da assinatura. Após gerar o hash, ele deve ser criptografado através de um sistema de chave pública, para garantir a autenticação e a irretratabilidade. O autor da mensagem deve usar sua chave privada para assinar a mensagem e armazenar o hash criptografado junto à mensagem original. Para verificar a autenticidade do documento, deve ser gerado um novo resumo a partir da mensagem que está armazenada, e este novo resumo deve ser comparado com a assinatura digital. Para isso, é necessário descriptografar a assinatura obtendo o hash original. Se ele for igual ao hash recém gerado, a mensagem está íntegra. Além da assinatura existe o selo cronológico que atesta a referência de tempo à assinatura. 2.2 - Aspectos Legais Legislações sobre o efeito e validade de assinaturas digitais: 20 2.2.1 - Brasil Conforme a Medida provisória 2.200-2, a lei brasileira determina que qualquer documento digital tem validade legal se for certificado pela ICP-Brasil (a ICP oficial brasileira). A medida provisória também prevê a utilização de certificados emitidos por outras infra-estruturas de chaves públicas, desde que as partes que assinam reconheçam previamente a validade destes. O que a MP 2.200-2 portanto outorga à ICP-Brasil é a fé pública, considerando que o certificado emitido pela ICP-Brasil qualquer documento digital assinado com pode de fato ser considerado assinado pela própria pessoa. Resultado igual pode ser obtido se o usuário de um certificado emitido por outra ICP qualquer, depositar em cartório de registro o reconhecimento da mesma como sua identidade digital. O que se quer preservar é o princípio da irrefutabilidade do documento assinado, assim sendo, o registro em cartório de um documento no qual o usuário reconhece como sendo seu um determinado certificado digital é prova mais que suficiente para vincular a ele qualquer documento eletrônico assinado com aquele certificado. 2.2.2 – Portugal A legislação portuguesa prevê a utilização da assinatura digital no Decreto-Lei n.º 290-D/99, republicado pelo Decreto-Lei n.º 62/2003, definindo-a como um documento elaborado mediante processamento eletrônico de dados. Este Decreto-Lei procede à transposição da Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho nº 1999/93/CE, de 28 de Junho, relativa a um quadro legal comunitário para as assinaturas eletrônicas. 21 De acordo com a legislação portuguesa, as assinaturas eletrônicas têm a mesma validade probatória que as assinaturas manuscritas, desde que se baseiem em certificados emitidos por entidades certificadoras credenciadas. A autoridade de credenciação das entidades certificadoras é a Autoridade Nacional de Segurança; a credenciação, contudo, é facultativa, podendo ser qualquer entidade não credenciada, a exercer essa atividade. A Autoridade Nacional de Segurança publica a lista das entidades credenciadas. Neste momento, em Portugal, para além da entidade certificadora do Cartão de Cidadão, do Ministério da Justiça, da Assembléia da República e da Entidade Certificadora Eletrônica do Estado, há duas entidades certificadoras privadas credenciadas pela Autoridade Nacional de Segurança para emissão de certificados de assinatura eletrônica qualificada, a Multicert e a DigitalSign. Como a legislação varia de lugar para lugar em todo mundo, é impossível o controle definitivo da pirataria, visto que o mundo todo é interligado pela internet. E no Brasil as leis ainda são muito tolerantes visto que as tecnologias avançaram em um grau muito maior que as nossas leis. 2.2.3 - Comunidade Europeia Common Position EC 28/1999 – Community Framework for Electronic Signature 2.2.4 - Estados Unidos da América • Uniform Electronic Transactions Act (UETA) • Electronic Signatures in Global and National Commerce Act (E-SIGN), através 15 U.S.C. 7001 et seq. Outras tecnologias disponíveis oferecidas por empresas: • RightSignature [1] • Docusign [2] 22 • Echosign [3] • Arx [4] • TrueSeal [5] 2.2.5 - Inglaterra, Escócia e Gales • Electronic Communications Act, 2000. 2.2.6 - Índia • Information Technology Act, 2000. 2.2.7 - Nova Zelândia • Electronic Transactions Act, 2003 sections 22-24. 23 CAPITULO III 3 - MODALIDADES DE ASSINATURA DIGITAL Uma das grandes vantagens que vem impulsionando a maciça utilização da Internet nos laboratórios decorre da possibilidade jurídica de efetuar transações sem o uso do papel e à distância. O que resulta em economia, celeridade e segurança na prestação de serviços. Para que esta mudança cultural fosse implantada com confiabilidade, tornou-se necessário o emprego de requisitos tecnológicos. Eles garantem à transação realizada com o documento eletrônico autoria e integridade da informação transmitida, além de validade jurídica. A legalidade do documento assinado digitalmente é garantida pela medida provisória 2200-2, de 24 de Agosto de 2001, que estabelece que todo documento em forma eletrônica tem assegurada a autenticidade, integridade e validade jurídica desde que utilize certificados digitais. Note que estamos falando de assinatura digital, aquela que é feita com o uso de certificados digitais, como o e-cpf, por exemplo. Um destes requisitos a ser utilizado é a assinatura eletrônica. Nem sempre este conceito está sendo tratado de forma clara pela mídia e pela própria legislação. A palavra assinatura eletrônica deve ser traduzida como gênero, que diz respeito a todo método de identificação apropriado e confiável empregado na transmissão de dados eletrônicos. A utilização pode ocorrer dentro de várias modalidades, dentre as quais destacamos as seguintes espécies: 24 3.1 - Assinatura eletrônica com certificação digital Ë o método de identificação na transmissão eletrônica com o emprego da certificação digital, que é uma tecnologia que se vale dos recursos da criptografia para garantir a integridade e autoria dos dados transmitidos por meio eletrônico. 3.2 - Assinatura eletrônica sem certificação digital Esta espécie de assinatura eletrônica não possui a mesma credibilidade, justamente em razão da ausência das características tecnológicas mencionadas do certificado digital. Várias vezes, a sua identificação se faz por meio de uma identificação pessoal (login) e uma senha. Os dados assinados eletronicamente com este recurso trafegam na rede sem criptografia e, por este motivo, podem ser interceptados e alterados sem deixar vestígio de qualquer adulteração. 3.3 - Assinatura digitalizada A assinatura digitalizada é um arquivo de imagem gerado a partir da digitalização de uma imagem contendo a assinatura grafotécnica aposta em um papel primeiramente. Ao contrário das assinaturas com e sem certificação digital que são geradas originariamente no meio eletrônico. Portanto, a assinatura digitalizada não é uma assinatura eletrônica por natureza, não gozando da credibilidade das acima mencionadas além de não ter sido gerado originariamente na mídia digital. 25 3.3.1 - Chave biométrica Para melhor entendermos o que é uma chave biométrica se faz necessário um breve esclarecimento acerca do que é "biometria" e do conceito de "chave", aqui entendida como chave eletrônica, ou seja, um código. Enquanto biometria é a medida de características únicas coletadas do indivíduo que poderão ser utilizadas para reconhecer sua identidade. A chave biométrica é uma forma de identificação que se procede mediante verificação de uma determinada parte do corpo que denota seus elementos personalíssimos que o distingue dos demais. Atualmente é utilizada em clubes, por convênios médicos e até mesmo em empresas. As formas mais comuns do uso da biometria são a leitura das impressões digitais e da íris. 3.4 - Contrato Eletrônico É uma solução simples, rápida e segura para assinar contratos eletrônicos pela internet. Economia em despesas de remessa de documentos, reconhecimento de firmas, gestão de documentos, impressão e guarda de papel. 3.4.1 - Características • Workflow de Assinaturas - Após o upload do seu contrato, você define os envolvidos e a seqüência de assinaturas. A partir daí controla-se a coleta de assinaturas digitais e notifica os envolvidos. 26 • Gestão de Documentos - Disponibilidade para consultas com filtros, assinatura em lote, acompanhamento, recuperação e histórico das ações para controle e atendimento às auditorias. • Carimbo do Tempo - Opção por contrato eletrônico. Você pode incorporar um Carimbo de Tempo gerado por uma Autoridade Certificadora de Tempo garantindo assim a irretroatividade das assinaturas digitais de seu Contrato Eletrônico • Digitalização - Se você possuir um scanner conectado ao seu computador, você pode digitalizar o contrato e outros documentos e fazer upload.. 3.4.2 - Aplicabilidade • Formalização de Qualquer Contrato - De posse do contrato eletrônico, em qualquer formato, você faz upload do deu computador ou digitaliza o documento do seu scanner e, a partir daí, o responsável coletará as assinaturas digitais. • Pessoas Jurídicas e Pessoas Físicas – não se restringe o uso do contrato. Desde que as partes possuam certificado digital, o contrato pode ser formalizado rapidamente. • Aplicabilidade Geral - Em algumas empresas, existem alguns segmentos, departamentos e classes profissionais que podem ajudar o responsável a identificar, na sua organização, a aplicabilidade destas soluções. 3.4.3 – Benefícios • Redução de Custos - Com remessa de documentos (motoboy, Correios e outros), impressão de papel (toner e tinta), guarda física (armazém, arquivos, cofres e outros), gestão de documentos (controle, consulta, 27 vigência, auditoria, localização e recuperação) e reconhecimento de firmas. • Agilidade e Simplificação - Quanto tempo se leva para formalizar um contrato? Com essa gestão, seu contrato pode ser formalizado em minutos. • Segurança - A tecnologia de assinatura digital oferece confiabilidade e integridade ao documento assinado digitalmente. • Mobilidade - Acessando a internet, com o seu certificado digital, é possível estar em qualquer lugar do mundo e, a qualquer hora, e acessar para ver documentos, carregá-los, criá-los e assiná-los. • Ferramenta para agilizar processos jurídicos - A Justiça do Trabalho investe em tecnologia para acabar com a papelada que lota tribunais e atrasa julgamentos. Verdadeira revolução na área trabalhista. Isso é o que se espera do Sistema Unificado de Acompanhamento Processual (Suap), desenvolvido pela Justiça do Trabalho. O sistema que utiliza o Certificado Digital, o Suap pretende acabar, através da tramitação eletrônica de documentos, com a papelada que lota os tribunais e contribui para agravar a morosidade dos processos. Por meio do SUAP a ferramenta, advogados poderão dar início a uma reclamação trabalhista ou até mesmo encaminhar petição já elaborada anteriormente sem precisar apresentar documento em papel – tudo através da Internet, da própria casa ou do escritório. Com a validade jurídica conferida ao Certificado Digital, o processo será distribuído automaticamente e o próprio sistema informará a data da primeira audiência de conciliação e instrução. 28 Atualmente, já existem sistemas semelhantes em tribunais do país para fazer petições de forma eletrônica. Mas é a primeira vez que um ramo do Judiciário cria um padrão nacional para fazer esse tipo de trabalho. 3.4.4 - Mais Produtividade Menos papel e mais tempo garantem agilidade e competitividade. A Certificação Digital é uma das principais aliadas para o aumento da produtividade de corporações dos mais diversos setores, otimizando processos e diminuindo a burocracia com a eliminação de papéis. Com validade jurídica assegurada por regulamentação do Governo Federal, a assinatura eletrônica gera mobilidade ao usuário para efetuar transações online, desmaterialização dos processos dentro das organizações, redução de custos administrativos e integridade de documentos digitais em formato eletrônico. Assim como melhora os processos e a eliminação das etapas para coleta dos arquivos aumentando a produtividade, permitindo que sua equipe, até então alocada neste tipo de trabalho, possa ser melhor utilizada em outras atividades do processo. Na prática, estamos falando em aumento de produtividade imediato e uma economia não apenas financeira, mas de espaço físico e tempo. Em um momento de tantas exigências do mercado, competitividade acirrada, falta de tempo para as tarefas diárias e obrigações com o meio ambiente, a Certificação Digital tornou-se essencial no cotidiano das organizações que buscam praticidade, agilidade e segurança. 3.4.5 - Evitando fraudes digitais A Certificação Digital garante sigilo, autenticidade e integridade para executar transações eletrônicas com mais segurança. 29 O avanço da tecnologia nos últimos anos trouxe grandes oportunidades no mundo corporativo e no cotidiano das pessoas. Mas junto às facilidades geradas pela “Era Digital”, outro assunto preocupante começou a fazer parte da vida de quem acessa a Internet: as fraudes digitais. Terceira no ranking dos crimes organizados mais cometidos hoje em dia, a fraude eletrônica já movimenta US$ 100 bilhões – em primeiro está o comércio de armas (US$ 800 bilhões), seguido do tráfico de drogas (US$ 320 bilhões). De janeiro a setembro de 2008, 52.095 ocorrências de ataques e fraudes foram notificadas no Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), mantido pelo Comitê Gestor da Internet, e os prejuízos no país já passam de R$ 300 milhões. Os tipos mais comuns de fraude são as de cartões de crédito e as bancárias – essa última teve crescimento de 124% em 2008 comparado ao ano anterior. O roubo de informações estratégicas das empresas também é outro tipo de ocorrência que vem crescendo assustadoramente. O aumento dos delitos pela internet está diretamente ligado com o crescimento do número de usuários na rede. Estima-se que 18% dos internautas utilizam os serviços financeiros on-line. Pensando nisso, a Certisign desenvolveu produtos e soluções de segurança para pessoas e empresas de diversos setores. Entre elas estão a Criptografia de informações, Verisign Identity Protection (VIP) e o Fraude Detection System (FDS). O objetivo é garantir não apenas a agilidade e praticidade nas transações efetuadas pela web, mas principalmente o sigilo e a autenticidade para quem se comunica através dela. 30 3.4.6 - Redução de Custos A eliminação física do papel implica na eliminação de toda uma cadeia de custos operacionais, levando a empresa a obter redução nos custos com cópias, utilização de impressoras, copiadoras, suprimentos, pessoal técnico, manutenção, armazenagem (gestão física, acesso), envio de documentos por correio ou por motoboy, além de dispensar o reconhecimento de firmas em cartórios. A formalização de Contratos em Papel envolve uma série de custos que podem ser eliminados ou diminuídos com a utilização da Assinatura Digital. Muitas vezes desprezado e, em muitos casos, despercebido, um dos custos mais importantes tidos no processo de formalização de contratos em papel é o transporte destes documentos entre as partes. Contratos em papel necessitam ter suas vias impressas e encaminhadas para seus signatários, seguindo a ordem estabelecida pelo administrador. Esses documentos são normalmente enviados para a coleta de assinaturas através de mensageiros (Motoboy) ou serviços de correio (por exemplo, o Sedex), dependendo da distância a ser percorrida. Apenas como exercício, para calcularmos estes custos, consideraremos as empresas do Grupo Gasnatural Fenosa no Brasil que formaliza 100 Contratos por mês (média, sendo estes com duas vias tendo dez folhas cada), ou seja, 1.200 Contratos por ano (gerando um consumo de 24.000 mil folhas). Cada um destes contratos é celebrado entre a empresa emissora CEG, CEG RIO, GNS e GNSPS e a outra parte, ou seja, estamos considerando que o contrato possui apenas duas partes. Também estamos considerando que 30% dos documentos serão enviados via Sedex e 70% através de mensageiros. Está sendo considerado um custo médio de R$ 15,00 para o transporte via Motoboy (custo médio para envio de documento a uma 31 distância média de 10 km na cidade do Rio de Janeiro e R$ 12,40 para o envio através do Sedex. Dentro do cenário apresentado teremos os seguintes custos para encaminhamento dos documentos à outra parte do contrato para coleta de assinaturas: Tipo de Transporte Documentos/Ano Cálculo do Transporte Custo total com encaminhamento para coleta de assinaturas Sedex 360 (30%) 360 x R$ 12,40 R$ 4.464,00 Motoboy 840 (70%) 840 x R$ 15,00 R$ 12.600,00 Total por ano 1200 ----- R$ 17.064,00 Tabela 1: Levantamento interno de custos de envio de contratos para assinatura das empresas.(Extraída da GASNATURAL FENOSA RJ, 2012) Uma vez coletadas as assinaturas de todas as partes é necessário o encaminhamento dos Contratos para o reconhecimento de firmas no cartório. Neste momento estarão sendo reconhecidas somente as firmas dos representantes da empresa que emitiu os contratos, pois os mesmos já estão com as assinaturas e firmas reconhecidas pela outra parte. Dentro de um processo otimizado, consideraremos que este serviço será realizado apenas uma vez por dia através de serviço de motoboy, que encaminhará todos os contratos para um mesmo cartório, retornando-os em seguida para a empresa. Com os contratos devidamente assinados e com as firmar reconhecidas por ambas as partes fazem-se necessário encaminhar uma das vias à outra parte. Esses custos são calculados da mesma forma que quando do envio para a coleta de assinaturas, ou seja: 32 Tipo de Transporte Documentos/Ano Cálculo do Transporte Custo total com encaminhamento para coleta de assinaturas Sedex 360 (30%) 360 x R$ 11,10 R$ 4.464,00 Motoboy 840 (70%) 840 x R$ 15,00 R$ 12.600,00 Total por ano 1200 ----- R$ 17.064,00 Tabela 2: Levantamento interno de custos de envio dos contratos ao cartório.(Extraída da GASNATURAL FENOSA RJ, 2012). Observe que estamos considerando os custos com transporte tidos apenas pela empresa responsável pela emissão do contrato. Os custos decorrentes de transportes ao cartório e retorno dos documentos assinados a o emissor, tidos pela outra parte do contrato, não estão sendo considerados nestes cálculos. Custo Anual para encaminhamento dos contratos para coleta de assinaturas R$ 17.064,00 Custo Anual com reconhecimentos de assinaturas nos Contratos R$ 13.920,00 Custo Anual para encaminhamento de uma via contratos à outra parte R$ 17.064,00 Custo Total Anual de com Transporte e Encaminhamento de Contratos R$ 48.048,00 Tabela 3: Levantamento interno de custos totais contratos.(Extraída da GASNATURAL FENOSA RJ, 2012) envio de dos Isto nos leva concluir que, dentro o cenário conservador exposto, cada contrato custa somente no quesito transporte a importância de R$ 40,04. Este valor pode variar, para mais ou para menos, dependendo do fluxo adotado por cada empresa, mas podemos seguramente afirmar que estes custos são muito maiores que o custo total tido com a formalização de Contratos através da Assinatura Digital. Vale lembrar que no processo de formalização de Contratos através da Assinatura Digital não existem custos de transporte pois o documento permanece sempre no servidor e, quando necessário, é 33 simplesmente exibido e colocado a disposição de seus signatários e/ou outros que acompanham o fluxo de formalização. Observe que, dentro do cenário apresentado, foram considerados os custos com transporte tidos apenas pela empresa responsável pela emissão do Contrato. Os custos decorrentes de transportes ao cartório e retorno dos documentos assinados para o emissor tidos pela outra parte do contrato, não estão sendo considerados nestes cálculos. Atualmente no grupo Gas natural Fenosa, são reconhecidas 562 (média), assinatura mensalmente referente a procurações, atas de reuniões de comitê, estatuto etc. gerando um custo anual de R$ 39.115,20. Ao implantarmos uma nova e mais eficiente forma de assinatura de contratos, inicialmente na Gerencia de Compras, que garante autenticidade através do seu respaldo legal e agilizar os processos operacionais e administrativos, bem como reduzir os custos de geração, manutenção e gerenciamento de contratos, aliando esta atividade a todas as empresas do grupo Gas Natural Fenosa. Em termos de custos globais, podemos afirmar que a adoção da assinatura digital para a formalização de contratos eletrônicos e outros, pode significar uma redução, dependendo do cenário analisado, de até 80% dos custos tidos com o processo de formalização de contratos baseados em papel. 3.4.7 – Sustentabilidade Cada 10.000 folhas tamanho A4 valem uma árvore. Não imprimir papel é um ato que devemos procurar fazer sempre que possível. Pequenos gestos como este, quando somados, dão um resultado fantástico no curto e no longo prazo. Muitas vezes achamos que um ato isolado não vai resolver o problema do planeta, mas se você economizar 10.000 folhas de papel, para 34 aquela árvore já fez diferença! Se cada um fizer esta e outras ações conscientes, sem dúvida ajudará as próximas gerações a viverem cada vez mais em um planeta melhor. 35 CONCLUSÃO Do exposto, e em face do constante desenvolvimento tecnológico, parece-nos inevitável a afirmação de que a assinatura digital, tendo embora sido já reconhecida legalmente em alguns países – pelo Dec. Lei nº 290-D/99 de 2 de Agosto e pela medida provisória 2.200-2, de 24 de Agosto de 2001 não garante completamente a inexistência de violações do conteúdo informatizado, sendo certo que, as precauções sugeridas atenuam de certo modo os aspectos negativos da utilização da assinatura digital. O presente estudo contou passo a passo o processo de implantação da Assinatura digital em algumas empresas, suas vantagens e desvantagens e o futuro projeto das empresas do grupo Gás Natural Fenosa. Nos tempos atuais, pode se observar a grande expansão da tecnologia da informação, e com essa expansão, surge também à necessidade de se ter uma maior segurança da informação. É uma era movida pela propulsão dos bits. Surge através da criptografia, a assinatura digital como um mecanismo de autenticação digital. Sendo utilizado hoje em dia nas transações bancárias, por exemplo. Nas assinaturas digitais, o seu uso permite a garantia de integridade do documento. Além da integridade, uma assinatura digital também deve garantir a confiabilidade de um documento. As funções hash criptográficas, também denominadas Message Digest, One-Way Hash Function, Função de Condensação ou Função de Espalhamento Unidirecional é um mecanismo fundamental para as assinaturas digitais. Pois ao usar apenas algoritmos de chave pública e privada nas Assinaturas Digitais e ao assinar documentos grandes gastaria muito tempo devido à lentidão dos algoritmos de chave pública e privada, gerando uma alteração significativa no valor do hash correspondente. Para verificar a autenticidade do documento, deve ser gerado 36 um novo resumo a partir da mensagem que está armazenada, e este novo resumo deve ser comparado com a assinatura digital. Além da assinatura, existe o selo cronológico que atesta a referência de tempo à assinatura. Assim como o Certificado Digital, onde Suap pretende acabar, através da tramitação eletrônica de documentos, com a papelada que lota os tribunais e contribui para agravar a morosidade dos processos. Por meio do SUAP a ferramenta, advogados poderão dar início a reclamações trabalhistas ou até mesmo encaminhar petições já elaboradas anteriormente sem precisar apresentar documento em papel – tudo através da Internet, da própria casa ou do escritório. A Certificação Digital é uma das principais aliadas para o aumento da produtividade de corporações dos mais diversos setores, otimizando processos e diminuindo a burocracia com a eliminação de papéis. Com validade jurídica assegurada por regulamentação do Governo Federal, a assinatura eletrônica gera mobilidade ao usuário para efetuar transações online, desmaterialização dos processos dentro das organizações, redução de custos administrativos e integridade de documentos digitais em formato eletrônico. A Certificação Digital garante sigilo, autenticidade e integridade para executar transações eletrônicas com mais segurança. O avanço da tecnologia nos últimos anos trouxe grandes oportunidades no mundo corporativo e no cotidiano das pessoas. O aumento dos delitos pela internet está diretamente ligado com o crescimento do número de usuários na rede. Estima-se que 18% dos internautas utilizam os serviços financeiros on-line. Hoje se percebe nitidamente que pequenas atitudes no dia-a-dia dos funcionários fazem a diferença no contexto empresarial. Essa realidade é possível devido à agilidade no acesso às informações, interagindo, de forma ativa, no fluxo de trabalho. 37 No mundo da tecnologia da informação, não existem fórmulas padronizadas que atendam a 100% das expectativas e necessidades apresentadas pelos usuários. Este trabalho teve como objetivo verificar quanto a tecnologia pode ajudar no gerenciamento de documentos eletrônicos e reduzir o custo e o espaço físico utilizado nas empresas e instituições. 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIIM INTERNATIONAL. Home page da AIIM INTERNATIONAL.Disponível em <URL:http://www.aiim.org.> acesso em 01/07/2012. BRASIL. Lei no. 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências.<URL:http://legislacao.planalto.gov.br/ > Acesso em: 03/08/2012 CAMPOS, Fernanda da S. Fialho. Responsabilidade Legal na Era Digital. Módulo Security Magazine. 2006. Disponível em: < <URL:http://www.modulo.com.br/site?btn_submit=ok&infoid=876&lng=br&query =simple&search_by_author name=all&search_by_field=tax&search_by_keywords=any&search_by_priority= all&search_by_section= 1,335,13,311,24,25,15,222,353,370,26,325,332,333,334,329,327,12,17,18,22,2 0,362,16,14,4,119,302,29 9,293,127,129,359,360,120,268,269,271,272,273,275,276,277,278,301,297,27 9,369,125,144,122,368,3,5 3,305,229,232,303,304,54,63,306,62,65,64,55,2,27,342,43,291,40,372,39,364, 366,41,42,44,46,28,356,37 5,29,31,32,320,118,339,341,354,34,286,287,35,37,363,5,6,7,108,109,114,115, 116,117,110,72,75,76,77,9 1,94,95,96,338,78,73,282,283,97,102,284,343,344,345,346,347,348,349,103,6 7,68,70,71&search_by_sta te=all&search_text_options=all&sid=76&text=responsabilidade+legal+na+era+ digital> Acesso em: 10/06/12. GATES, Bill. A empresa na velocidade do pensamento: como um sistema nervoso digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. KAUTZMANN, Tiago. Certificação e Assinatura Digital. 2008. Disponível em: <http://tiagokautzmann.webng.com/Certificacao_AssinaturaDigital.swf> Acesso em 02/07/2012. MARCUSE, Herbert. Liberdade e agressão na sociedade tecnológica. Civilização Brasileira, n.18, p.4, mar/abr. 1988. NEXTG. Certificação Digital. Centro de Treinamento da Intel. 2008. Disponível em : <http://www.nextgenerationcenter.com/v3/web/curso.php?curso id=69> Acesso em: 02/07/2012. 39 NORÕES, Izequiel Pereira de. Segurança na Internet. 2008. Disponível em: < http://www.scribd.com/doc/2637871/Seguranca-na-Internet-modulo-3 >. Acesso em: 07/07/2012. Tecnologia em Segurança de Dados. Princípios de Assinatura Digital. Brasília,. 2001. Disponível na <URL http://www.esec.com.br>Acesso em: 01/07/2012. 40 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I 1 - HISTÓRIA 12 CAPITULO II 2 – ASSINATURAS DIGITAIS 2.1 – Funções Hash Criptográficas 13 16 2.1.1 – Características 17 2.1.2 – Aplicações 17 2.1.3 – Como Funciona 18 2.2 – Aspectos Legais 19 2.2.1 – Brasil 20 2.2.2 – Portugal 20 2.2.3 – Comunidade Européia 21 2.2.4 – Estados Unidos da América 21 2.2.5 – Inglaterra, Escócia e Gales 22 2.2.6 – Índia 22 2.2.7 – Nova Zelândia 22 CAPITULO III 3 – MODALIDADES DE ASSINATURA DIGITAL 23 3.1 – Assinatura eletrônica com Certificado digital 24 3.2 - Assinatura eletrônica sem Certificado digital 24 41 3.3 – Assinatura Digitalizada 24 3.3.1 – Chave Biométrica 25 3.4 – Contrato Eletrônico 25 3.4.1 – Características 25 3.4.2 – Aplicabilidade 26 3.4.3 – Benefícios 26 3.4.4 – Mais Produtividade 28 3.4.5 – Evitando Fraudes Digitais 28 3.4.6 – Redução de Custos 30 3.4.7 – Sustentabilidade 33 CONCLUSÃO 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38 ÍNDICE 40