a água importância da água A água é um dos recursos mais importantes da natureza. A princípio, seria impossível conceber a vida como a conhecemos hoje sem a existência de água. Sabemos que ela é importante para os processos químicos e biológicos (por exemplo, a fotossíntese), responsáveis pela manutenção da vida, além de compor grande parte das estruturas físicas dos seres vivos, desde fungos, passando pelas plantas, até os animais das mais variadas espécies. A massa corporal de uma criança é em média composta por 70% de água e num homem adulto essa proporção fica ao redor de 60%. A água é utilizada em larga escala nas diversas atividades essenciais ao nosso dia-a-dia e, embora não nos demos conta, na agropecuária e na indústria. Os usos desse recurso que passam despercebidos aos nossos olhos estão implícitos, por exemplo, nos produtos que escolhemos nas prateleiras. Veremos adiante com mais informações e detalhes que há inúmeras formas de utilizar os recursos hídricos disponíveis, mas o importante é perceber que sua utilidade é mais abrangente do que imaginamos e atentar para o tipo de uso que fazemos dela. Nesse caso, precisamos nos esforçar para conceber maneiras sustentáveis de usar a água hoje, considerando os impactos sobre o meio ambiente e sobre nós, seres vivos. panorama da situação do mundo e do brasil A água cobre cerca de ¾ da superfície terrestre e, justamente por isso, seria mais adequado chamarmo-nos planeta azul, ou planeta água. Apesar da abundância, nosso mundo sofre com sua escassez e antevê um futuro dramático para esse caso. Principalmente a água doce tem papel fundamental em diversas atividades, sejam elas domésticas, agropecuárias ou industriais. Nesse sentido, pesa o fato de que apenas 2,5% de todos os recursos hídricos disponíveis no planeta são compostos por água doce e que grande parte dessa parcela se encontra congelada nas partes frias do globo, ou embaixo da terra, o que restringe ainda mais nosso acesso. Alguns fatores culturais, que dizem respeito à forma como o homem se relaciona com a água, limitam seu reaproveitamento e ajudam a “modificar” sua condição, que a princípio é de recurso renovável, para não renovável. É o caso de problemas como poluição ou contaminação, que inviabilizam o uso da água com a finalidade de produção e consumo. A principal causa dessas alterações é o mau uso, seja através da poluição do solo, dos reservatórios de água (rios, lagos, lagoas, mares, etc.) e da atmosfera. Segundo dados do Greenpeace, 1,7 bilhão de pessoas no mundo sofrem com a falta de água em geral. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 780 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no planeta. Até 2050, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê aumento de 55% na demanda mundial de água. A previsão é que, naquele ano, as 2,3 bilhões de pessoas a mais no mundo, ou mais de 40% da população mundial, sofrerão com a escassez de água, se medidas não forem tomadas. Em relação a outros países do mundo, o Brasil se encontra numa situação mais confortável, pelo menos à primeira vista, pois abrigamos 12% da água doce disponível no planeta. Ainda assim, possuímos grandes desafios para o futuro, como o desenvolvimento de infraestrutura que permita o aproveitamento sustentável do nosso potencial hídrico. Os principais obstáculos são o fornecimento de água para toda a população e o seu tratamento pós-uso (sistema de saneamento). A distribuição geográfica dos recursos hídricos e a concentração da população ilustram uma parte do problema. Segundo dados da ANA (Agência Nacional de Águas), a região Norte concentra 68% da água doce, enquanto abriga apenas 8% da população. A região Sudeste, que inclui os maiores centros urbanos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, detém 6% de água doce do Brasil, mas concentra 45% da população. Além disso, por falta de educação ou de políticas públicas adequadas, o uso inadvertido e o desperdício de água assumem proporções preocupantes. usos e desusos da água pelo homem Já sabemos que a utilidade da água nas atividades agropecuária e industrial está implícita nos seus processos produtivos e que precisamos conhecer o caminho que ela percorre nesses processos para tornar nosso uso mais eficiente e responsável. Ela está presente em grande parte dos produtos que consumimos, numa gama que se estende desde os mais elementares, como frutas e sucos, passando por roupas, até os mais complexos, como é o caso de carros e computadores. De acordo com dados do Ibase, o consumo mundial de água se distribui na seguinte proporção entre as atividades humanas: 70% é destinado à produção agrícola, 22% atende à demanda industrial e apenas 8% é destinado ao abastecimento das cidades. No caso do Brasil, esses dados diferem um pouco. Segundo o Informe sobre a Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil de 2011, a agricultura e a pecuária respondem por cerca de 80% do total consumido, o uso doméstico (urbano e rural) atinge os 12% e a indústria é responsável pelos outros 7%. o homem, a agropecuária e a água A agropecuária é uma atividade essencial para a sobrevivência do homem no modelo de sociedade adotado atualmente, pois é direta e indiretamente responsável pela produção alimentícia de todo o mundo. A prática da irrigação é a maior consumidora de água do planeta, especialmente em áreas de condições climáticas e ambientais adversas, como é o caso das terras secas do Oriente Médio e do norte da África, em que seu uso pode chegar a 80% de toda água consumida no país. A tendência para as próximas décadas é de que sua utilização nessa atividade cresça, acompanhando o aumento na demanda por alimentos e da população mundial. Os países em desenvolvimento e principalmente os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão um papel preponderante nessa questão, pois suas populações e economias encontram-se em franca expansão e possuem um grande potencial para exploração de recursos naturais. As estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas) indicam que a população mundial ultrapassará 9 bilhões de pessoas em 2050, o que representa um crescimento de quase 50% em relação aos números do ano 2000. De acordo com dados de 2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1,54 bilhões de hectares no mundo estão sob produção agrícola. Destes, 278 milhões são irrigados, ou 18% da área total cultivada do planeta, o que corresponde a praticamente a metade dos alimentos produzidos no mundo (44%). A expectativa de crescimento da área irrigada em nível mundial é de mais 200 milhões de hectares, dos quais 30 milhões estarão no Brasil, o que credencia o nosso país como o 2º maior potencial para irrigação no mundo, só superado pela China. Apesar de sua utilidade, a água ainda é usada muitas vezes de forma inadequada, o que na agricultura pode ser constatado principalmente na escolha e na má execução de sistemas de irrigação. A eficiência no uso de recursos hídricos é considerada baixa atualmente se levados em conta os critérios de sustentabilidade, mas pode ser melhorada com o desenvolvimento de pesquisas e a implantação de sistemas de irrigação mais racionais. Nesse sentido, precisamos superar os desafios para racionalizar o uso da água, controlar os efeitos sobre o meio ambiente e desenvolver mecanismos para ampliação da produção alimentícia. Os efeitos da atividade agropecuária sobre o meio ambiente são diversos e envolvem quase toda a cadeia de produção, do corte de árvores para uso do terreno, à irrigação e uso de agrotóxicos. A seguir temos alguns exemplos de como isso pode ocorrer. O desmatamento de florestas deixa o solo desprotegido e suscetível à erosão, ou destruição do solo. Quando chove a água escoa, carrega a terra solta e a deposita na cabeceira dos rios, provocando assoreamento e alterando sua dinâmica. O uso de adubos e agrotóxicos também prejudica a saúde dos rios e lençóis freáticos, pois favorece o escoamento e a infiltração de substâncias poluentes (a irrigação possui um papel central nesse processo), afetando não somente a qualidade das águas, mas também todo o ecossistema envolvido, inclusive os homens que se relacionam com ele, por exemplo pescando. o homem, a indústria e a água O mundo se torna cada dia mais urbano e industrializado, o que implica em uma nova dinâmica da utilização de recursos hídricos e exige uma adequação de seus planos de gestão. Na indústria, por conta do uso extenso e inadequado da água, são necessários esforços para se verificar a quantidade suficiente de água envolvida em processos de captação, distribuição e reutilização da água consumida. No setor industrial, os recursos hídricos podem ser empregados em muitas finalidades e em diversas etapas da produção. Sua utilidade pode ser verificada na incorporação aos produtos finais, como acontece nos setores de bebidas, cosméticos e conservas, em que a qualidade da água deve ser igual ou superior à utilizada no consumo humano; pode ser usada como fluido auxiliar em processos de lavagem, em soluções químicas (a água é considerada o solvente universal) e/ou em reagentes químicos, como é o caso da indústria farmacêutica, indústria química e indústria têxtil; na geração de energia pela ação mecânica, como em usinas hidrelétricas; como fluido de resfriamento e aquecimento, por exemplo em siderúrgicas e usinas termelétricas; e também em um sistema de corte de alta potência, como ligas metálicas usadas pela indústria aeroespacial. A atividade industrial também provoca grandes alterações na qualidade da água, principalmente através de seus efluentes (resíduos que sobram do processo industrial). Entre os poluentes mais comuns estão os contaminantes microbiológicos (como bactérias e vírus), compostos químicos e inorgânicos, metais (como chumbo e mercúrio), nutrientes, matéria em suspensão e alterações de temperatura (como a água quente usada no resfriamento em termelétricas). O despejo desses poluentes sem um tratamento prévio resulta na contaminação de rios e mares, causando alterações significativas nos ecossistemas envolvidos e, por consequência, nos homens. o homem, a água e a cidade O uso mais evidente que fazemos da água é em casa, ou seja, quando bebemos água, tomamos banho, cozinhamos e lavamos a casa, entre outros. Um grande problema relacionado a essa prática é o desperdício, que acontece quando não usamos equipamentos adequados, como vasos sanitário de descarga contínua ao invés de reservatórios, e quando agimos sem atenção ou sem responsabilidade, escovando os dentes com a torneira aberta e lavando o carro com mangueira ao invés de usar o balde, por exemplo. Nesse sentido, fica explícita a nossa falta de conhecimento ou consciência a respeito do problema. De acordo com o Informe Sobre a Qualidade dos Recursos Hídricos no Brasil, publicado em 2011 pela ANA, estima-se que 55% dos municípios no país necessitam de investimentos (aproximadamente R$ 22 bilhões) para garantir o abastecimento urbano de água até 2015. Outro obstáculo que encontramos no caminho para a sustentabilidade é o lançamento de esgoto doméstico, sem tratamento ou parcialmente tratado, em reservatórios de água. A escassez e a baixa qualidade dos recursos hídricos são consequência histórica da falta de investimentos públicos em infraestrutura, da ineficácia de um planejamento de gestão dos recursos hídricos e da falta de educação da própria população. Melhoras na infraestrutura requerem obras que promovam o acesso da população à água de qualidade e investimentos em sistemas de coleta e tratamento de esgoto, ausentes ou carentes de melhoras em grande parte do território brasileiro. Os números do Informe também apontam que dos 5.565 municípios brasileiros, 2.926 não possuem sistema de saneamento básico e assim comprometem a qualidade da água de seus mananciais. A questão da contaminação das águas pelo esgoto doméstico vai além do prejuízo ao meio ambiente pois, de acordo com a OMS, para cada dólar investido nessa área, há uma economia de 4 a 5 dólares no orçamento da saúde pública. evitando o desperdício A seguir, temos algumas medidas que ajudam a conter o desperdício doméstico da água de maneira simples e possíveis a qualquer cidadão. A vazão de um chuveiro varia de 6 a 25 litros por minuto e, para chuveiros com aquecedores de água a gás, um banho de 15 minutos com registro meio aberto gastará 135 litros (casa) ou 243 litros (apartamento), por causa da pressão da rede de água que é maior em prédios. Se o chuveiro for elétrico, o consumo será de 45 litros numa casa e 144 litros num apartamento. Para enconomizar basta fechar o registro durante o banho, enquanto se ensaboa, ou diminuir o tempo de banho para cinco minutos. Isso reduziria o consumo de chuveiros a gás para 45 litros (casa) ou 81 litros (apartamento). Para chuveiros elétricos, o consumo seria de 15 litros (casa) e 48 litros (apartamento). Para o uso da banheira, consideramos que os modelos residenciais têm, em média, de 150 a 200 litros e se ela estiver cheia e não houver troca de água durante um banho, o consumo será equivalente a um banho de 15 a 20 minutos num chuveiro de vazão média. Para economizarmos, podemos usar a banheira com água até a metade, que já permite a completa imersão do corpo na água e não efetuar a troca de água durante o banho. Com relação à pia do banheiro, os modelos sem controle de vazão consomem 9 litros por minuto e considerando que esta torneira será aberta quatro vezes por dia, cada vez por um tempo de 20 segundos, o consumo diário será de 12 litros por dia. Neste caso estamos considerando que, ao escovar os dentes a torneira será fechada. Se o usuário costuma escovar os dentes com a torneira aberta, considerando que faça isto duas vezes ao dia, totalizando 4 minutos, estará consumindo 36 litros, apenas na escovação. A economia pode ser feita ao se utilizar um copo para escovar dentes e ao tampar a pia quando for fazer a barba e utilizar sua água acumulada. Também é recomendado instalar reguladores de vazão pode reduzir a vazão para 6 litros por minuto e o consumo para 8 litros por dia. Os vasos sanitários antigos consomem 9 litros por acionamento, mas podem estar com a válvula desregulada e consumir bem mais de 10 litros. Nesse caso, a higienização do vão pode ser feita com apenas 6 litros, já que os novos modelos dispõem de duas teclas para descarga, uma completa de 6 a 7 litros e outra para meia descarga. Mesmo sem fazer a troca do vaso sanitário, o usuário poderá reduzir o consumo inserindo dentro da caixa de descarga um objeto que reduza o volume de água, por exemplo, uma garrafa PET de 2 litros cheio de água, ou ainda, cuidar ao dar a descarga para que não seja utilizada toda a água da caixa. Quando lavamos a louça com a torneira da pia meio aberta durante 15 minutos gastamos 117 litros (casa) ou 243 litros (apartamento). Esse valor pode ser reduzido para 20 litros se a louça for ensaboada na cuba com água até a metade, e depois enxaguada. Também podemos usar uma máquina de lavar louças, por exemplo com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres, que gasta 40 litros. Para diminuir o uso, basta a utilizarmos apenas quando estiver cheia. Já uma lavagem de roupas no tanque com a torneira meio aberta, durante 15 minutos, irá consumir 279 litros. Se deixarmos as roupas de molho e usarmos a mesma água para esfregar e ensaboar, os gatos serão reduzidos significativamente. E melhor ainda é que podemos utilizá-la para lavar o quintal ou outra finalidade onde possamos utilizar água com sabão. Uma lavadora de roupas com capacidade para 5kg gasta 135 litros (casa e apartamento) e utilizar a máquina com sua carga máxima é uma medida essencial para evitar o desperdício. Utilizando a mangueira, são necessários 216 litros para lavar um carro e 279 para molhar a calçada por 15 minutos. Lavando o carro com um balde, o consumo será de 40 litros e, para a calçada, utilizar a vassoura ao invés da mangueira. Para regar as plantas de um jardim ou as verduras de uma horta, a dica é molhá-las no início da manhã e no final da tarde para evitar evaporação intensa. Uma piscina perde até 3.785 litros de água por mês por evaporação. Este volume seria suficiente para suprir as necessidades de água potável de uma família com quatro pessoas por um ano e meio. Cobrir a piscina reduz a perda em 90% e o tratamento da água, mesmo em períodos em que não está sendo utilizada, reduz a evaporação. Outra forma de reduzir o consumo de água numa residência, ou mesmo em edifícios, é o uso de sistemas de captação de água da chuva, armazenando a água em cisternas. Essa água deverá ser utilizada para fins como regar plantas, lavar roupas e o piso, descarga nos vasos sanitários, mas não deve ser utilizada para o consumo e nos chuveiros. escassez Como já foi dito, o Brasil concentra boa parte da água doce disponível no mundo, mas a distribuição geográfica desses recursos é bastante desigual. Justamente por isso, algumas regiões sofrem com a escassez ou a baixa qualidade da água consumida. Dados da ANA indicam que os principais focos de água de baixa qualidade se encontram no Sudeste, especialmente na região metropolitana das capitais, onde a incidência de dejetos domésticos e industriais nas águas é bastante elevada. As áreas que mais sofrem com a escassez estão localizadas no sertão nordestino, devido às condições climáticas, e na região Sul do país, por causa da alta demanda da irrigação. Fatores que exercem influência direta sobre a demanda por água no país são o crescimento das atividades agropecuária e industriais e o consumo doméstico. O aumento da produção é impulsionado pelo crescimento populacional, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima como positivo até 2040. Somado a isso temos ainda uma perspectiva positiva de desenvolvimento da economia brasileira e o fortalecimento do mercado consumidor interno. Nesse sentido, o aumento do poder aquisitivo constatado até o momento e a previsão de crescimento do mesmo apontam para um aumento do consumo em geral. Nesse contexto dinâmico, temos que considerar algumas alterações climáticas que já se fazem sensíveis e, segundo pesquisas, tendem a se intensificar no futuro. Além do ciclo natural de aquecimento do planeta, temos que lidar com as emissões de gases potencializadores do efeito estufa e gases poluentes. O fenômeno das mudanças climáticas configura uma nova dinâmica ao ciclo da água, porque altera a frequência e a intensidade de secas e enchentes em determinadas regiões geográficas. Também se intensifica o processo de diminuição do volume de gelo e neve - reservas de água doce -o que por sua vez acarreta o aumento do nível do mar e a contaminação da água doce pela salgada. O desperdício de água, que deve ser tratado com especial atenção, também é responsável pela escassez. Algumas empresas já se adiantaram nessa questão e implantaram sistemas sustentáveis de gestão da água. Na indústria de celulose houve uma queda de quase 50% no uso de água por tonelada de produto desde a década de 1970. Outro setores também estão aderindo às novas “exigências” e investem em processos de reutilização da água em larga escala. Entretanto, para que essa prática ganhe espaço no país, é preciso haver uma articulação entre o interesse público, com incentivos do governo e medidas de comando e controle, e o privado. ciclo hidrológico A água é a única substância da Terra que pode ser encontrada naturalmente nos três estados físicos: sólido (gelo), líquido e gasoso (vapor de água) e por isso possui uma dinâmica própria de renovação. A maior parte da água se encontra em estado líquido nos mares, rios, lagos, lagoas e embaixo da terra, em lençóis freáticos e aquíferos. Em menor quantidade, temos a água em estado sólido concentrada nos polos e em grandes altitudes, formando as geleiras e a neve. E em menor quantidade a água em estado gasosa, espalhada pela atmosfera do planeta. Abaixo temos uma ilustração dos processos envolvidos no ciclo da água. O ciclo da água, fonte:Bitisciistet maximet evendi di ressit ped eium et as quam ne modit voles lagos, lagoas e embaixo da terra, em lençóis freáticos e aquíferos. Em menor quantidade, temos a água em estado sólido concentrada nos polos e em grandes altitudes, formando as geleiras e a neve. E em menor quantidade a água em estado gasosa, espalhada pela atmosfera do planeta. Abaixo temos uma ilustração dos processos envolvidos no ciclo da água. atualidade: pegada hídrica e água virtual O conceito da Pegada Hídrica surgiu em 2002 diante da necessidade de quantificar não apenas a água retirada diretamente dos corpos d’água, mas todo uso direto e indireto de água doce durante o processo de produção de uma mercadoria ou oferecimento de um serviço. Por exemplo, quando se trata da produção de carne, é considerado no cálculo desse índice a água consumida diretamente pelo animal (hidratação), a água contida nos alimentos que consome (ração ou pasto) até o momento do abate e todo o volume utilizado até o produto estar pronto para ser consumido. Além disso, os componentes da Pegada Hídrica referem-se a uma determinada área geográfica em um tempo específico. Nesse sentido, o índice pode ser mais genérico ou específico e pode se aplicar a pessoas, países ou regiões geográficas determinadas. Os pesquisadores Arjen Y. Hoekstra e Ashok K. Chapagain, que desenvolveram a Pegada Hídrica, trabalham com outro conceito recente chamado Água Virtual, que considera a água contida implicitamente num produto ou serviço. Seus estudos indicam que um quilo de carne bovina necessita em média de 15.500 litros de água até estar pronto para consumo; um quilo de arroz vale 3 mil litros; e uma xícara de café utiliza 140 litros. Essas informações referem-se ao contexto mundial da atualidade e podem divergir bastante de estudos específicos, já que o local e suas condições hídricas, o sistema de produção, o tempo e outros fatores afetam bastante nos resultados. Um dado importante é que não se abate das contas o volume de água que retorna à natureza por outras formas (fezes, transpiração ou urina, por exemplo) que não possam ser aproveitadas de forma direta pelo homem ou pelo meio ambiente, pois entende-se que nessa ocasião há uma perda na qualidade da água retornada e uma alteração no tempo natural do ciclo hidrológico. O índice é dividido em três classificações: Pegada Hídrica Verde, que mede o consumo da chamada água verde (proveniente da chuva, esse índice é mais utilizado para produtos agrícolas e florestais); Pegada Hídrica Azul, que contabiliza o consumo de água azul (recursos hídricos superficiais e subterrâneos); e a Pegada Hídrica Cinza, que calcula o volume de água necessário para diluir a carga de poluentes que voltam à natureza até a concentração adequada a cada lugar. A Pegada Hídrica não é uma medida do impacto ambiental e não se refere à qualidade da água (que pode ser medida através das suas condições de acidez, temperatura, quantidade de oxigênio, salinidade e transparência), mas é um indicador que lida com a quantidade de água retirada da natureza, medindo a pressão humana sobre os recursos hídricos. Temos abaixo um quadro com os valores de Pegada Hídrica para cada produto e o fluxo mundial de Água Virtual. O comércio de commodities, por exemplo, implica na circulação de um grande volume de água entre as diversas partes o globo. onde está a água virtual Abaixo, temos outros exemplos de como a água pode ser incluída no cálculo do consumo virtual. Por exemplo, a produção de vegetais em geral exige o consumo de água não somente para irrigação, mas também na lavagem dos produtos, transporte e limpeza de espaços e ferramentas nos locais de venda, higienização doméstica e lavagem de utensílios utilizados para o consumo final. Já a produção de vinho, além da irrigação das plantações de uvas e lavagem da colheita, consome o líquido na higienização das garrafas e demais utensílios utilizados no processo de transformação de uva em vinho e também na fabricação das garrafas e outros materiais usados no acondicionamento do vinho (caixas, papelão, rótulo, rolha), no transporte até os pontos de venda e na lavagem dos utensílios usados no consumo final. No processo que envolve a confecção de uma calça jeans a água é utilizada na plantação do algodão, no transporte para a fábrica e na produção do tecido, bem como na aplicação do colorante indigo, nas sucessivas lavagens para atingir o tom desejado e no transporte para o local de venda. A fabricação de um carro já é mais complexa, exigindo o consumo de água em diversas etapas, como na extração e transporte dos minérios e na produção das chapas de aço; bem como para os demais insumos, como plásticos, couro, ligas metálicas; na produção e no transporte dos itens semi-manufaturados, ou peças no formato final, como parachoques, capôs, paralamas, bancos, rodas, pneus, motor, óleos e combustíveis; na lavagem dos espaços de fabricação, onde se fazem a montagem, a pintura e os produtos finais; e no transporte dos veículos à revendedora e na lavagem para exposição. Um celular contém, por sua vez, um total de 912 litros distribuídos entre a carcaça, a bateria, os cabos e fios, a tela, o teclado e o circuito impresso. De acordo com o relatório From Waste to Resources, do programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep), 1 tonelada de celulares sem as baterias rende:• 3,5 quilos de prata;• 340 gramas de ouro;• 140 gramas de paládio;• e 130 quilos de cobre. E nos mais de 1 bilhão de celulares vendidos no mundo em 2007 foram usadas:• 300 toneladas de prata;• 29 toneladas de outro;• 11 toneladas de paládio;• 11.000 toneladas de cobre. Já nas baterias de lítio (20 gramas), foram usadas 4.500 toneladas de cobalto. Esses números servem para nos dar uma dimensão do uso que fazemos de recursos naturais na produção de industrializados, nesse caso o celular, e nos ajuda aqui a imaginar a quantidade de água consumida nesse processo. Na extração de alumínio a partir da bauxita, minério bruto encontrado na natureza, por exemplo, gasta-se grandes quantidades de água e de energia, além dos danos ambientais inerentes à atividade mineradora. Além disso, há outros materias que também consomem água na sua produção e, nesse caso, a reciclagem pode ser uma alternativa inteligente ao processo extrativista. a água no rio de janeiro A principal bacia hidrográfica do Rio de Janeiro é a do rio Paraíba do Sul, que ocupa uma área de aproximadamente 62.074 km², estendendo-se pelos estados de São Paulo (14.510 km²), Rio de Janeiro (26.851 km²) e Minas Gerais (20.713 km²), abrangendo 184 municípios, 57 no estado do Rio. A área da bacia corresponde a cerca de 0,7% da área do país e, aproximadamente, a 6% da região sudeste do Brasil. No Rio de Janeiro, a bacia abrange 63% da área total do estado. O ponto culminante é o Pico das Agulhas Negras (2.787 metros). O vale do rio Paraíba do Sul distribui-se na direção leste-oeste entre as Serras do Mar e da Mantiqueira, situando-se numa das poucas regiões do país de relevo muito acidentado, com colinas e montanhas de mais de 2.000 metros nos pontos mais elevados e poucas áreas planas. A região é caracterizada por um clima predominantemente tropical quente e úmido, com variações determinadas pelas diferenças de altitude e entradas de ventos marinhos. A bacia situa-se na região da Mata Atlântica, que se estendia, originariamente, por toda a costa brasileira (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul) numa faixa de 300 km. No entanto, somente 11% da sua área total é ocupada pelos remanescentes da floresta e áreas recuperadas, a qual se pode encontrar nas regiões mais elevadas e de relevo mais acidentado. O rio Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina no Estado de São Paulo da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga e percorre uma distância de 1.120Km até a foz em Atafona, no Norte Fluminense. Seus principais afluentes são os rios Jaguari, Paraibuna (MG/RJ), Pirapetinga, Pomba e Muriaé, pela margem esquerda; e os rios Una, Bananal, Piraí, Piabanha e Dois Rios, pela margem direita. Com relação à cobertura vegetal e uso do solo, 67% de sua área são formadas por pastagem; 22% por culturas, reflorestamento e outros; e apenas 11% por florestas nativas (Mata Atlântica), que ainda subsistem em áreas da Serra dos Órgãos e dos parques nacionais da Serra da Bocaina e de Itatiaia. Há diversos fatores que contribuem para a degradação da qualidade das águas da bacia, tais como: a disposição inadequada do lixo; desmatamento indiscriminado com a consequente erosão, que acarreta o assoreamento dos rios, agravando os problemas das enchentes; retirada de recursos minerais para a construção civil sem a devida recuperação ambiental; uso indevido e não controlado de agrotóxicos; extração abusiva de areia; ocupação desordenada do solo; pesca predatória; entre outros. Com relação ao saneamento básico, a situação de degradação é crítica: 1 bilhão de litros de esgotos domésticos, praticamente sem tratamento, são despejados diariamente nos rios da bacia do Paraíba - 90% dos municípios da bacia não contam com estação de tratamento de esgotos. Aos efluentes domésticos somam-se 150 toneladas de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) por dia, correspondente à carga poluidora derivada dos efluentes industriais orgânicos (sem contar os agentes tóxicos, principalmente metais pesados). A carga poluidora total da bacia do Paraíba, de origem orgânica, corresponde a cerca de 300 toneladas de DBO por dia, dos quais cerca de 86% derivam de efluentes domésticos, e 14% industriais. A população da bacia é estimada em 5,5 milhões de habitantes, sendo 2,4 milhões no Rio de Janeiro e aproximadamente 14,2 milhões de pessoas, somados os 8,7 milhões de habitantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, se abastecem das águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul. A mortalidade infantil e o perfil de morbidade são importantes indicadores das condições de saúde de grupos populacionais. Porém, as dificuldades na obtenção de estatísticas confiáveis exigem cautela nas conclusões que possamos obter a partir de dados disponíveis. Em geral, observa-se forte correlação entre o nível de desenvolvimento econômico municipal e o perfil de saúde, de tal forma que os municípios com maior nível de desenvolvimento econômico de base industrial e de serviços especializados apresentam menores taxas de mortalidade infantil e menores percentuais de internações relacionadas às doenças infecciosas e parasitarias. Por outro lado, os piores índices são observados nos municípios de economia incipiente, sobretudo de base agrícola. Os principais usos da água na bacia são: abastecimento, diluição de esgotos, irrigação e geração de energia hidroelétrica e, em menor escala, há a pesca, aquicultura, recreação, navegação, entre outros. A captação de água para abastecimento corresponde a 64 mil litros por segundo (17 mil para abastecimento domiciliar da população residente na bacia, mais 47 mil para o abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro). Para uso industrial a captação é estimada em 14 mil l/s, e para uso agrícola 30 mil l/s. A atividade pesqueira na bacia desenvolve-se principalmente no baixo curso dos rios Paraíba do Sul, Muriaé e Dois Rios. A pesca esportiva é praticada em toda a bacia, enquanto a aqüicultura vem-se expandindo nos últimos anos. O uso da água para recreação ocorre principalmente nas regiões serranas, nas nascentes de diversos cursos d’água, onde há cachoeiras e a canoagem é bastante difundida. Na bacia do Paraibuna (MGRJ), principalmente nos municípios situados na sub-bacia do rio Preto, as cachoeiras constituem o principal atrativo turístico. Uma nova modalidade de esporte, o rafting, vem sendo praticada no rio Paraibuna, entre o município de Levy Gasparian (RJ) e a confluência com o rio Paraíba do Sul, no município de Três Rios (RJ). As principais usinas hidrelétricas situadas no estado do Rio de Janeiro são: Funil (FURNAS), Nilo Peçanha, Fontes Velha, Fontes Nova, Pereira Passos e Ilha Pombos (LIGHT). • http://www.cnbb.org.br/site/images/ arquivos/files_48a332f9e7d43.pdf água e religiosidade Se hoje consideramos a água um elemento sagrado e com direitos proclamados pela ONU, sua valorização pelas religiões e práticas espirituais possui laços de longa data. Até hoje os Índios Karajás rememoram o tempo em que se acreditavam imortais e viviam entre os peixes, no fundo do rio Araguaia. Para muitos, as águas são o fundamento do mundo, a essência da vegetação, a força criadora da natureza e um princípio de cura para muitas doenças. As antigas tradições acreditavam que a água é a substância primordial de onde nascem todas as formas de vida e para a qual elas retornam: nas suas profundezas os seres mergulham, se dissolvem e dali renascem. Várias narrativas sagradas falam de mares, lagos, oceanos. Para se livrarem do ciclo de reencarnações, os hindus mergulham no Ganges, Yamuna e Godavàri, que consideram rios sagrados. Os judeus se purificam pela mikvá, um banho ritual. Os muçulmanos lavam os pés, os braços e o rosto antes da oração. Na Gália pré-românica (atual França) centenas de lagoas e fontes eram consideradas miraculosas: beber sua água assegurava saúde, fertilidade e boa-sorte. No Brasil não é diferente. As relações com a água que são amparadas por religiões oficiais ou práticas espirituais das mais diversas também indicam seu aspecto sagrado. Exemplos não faltam. A boa pescaria em certos lugares do país é associada à influência da água. Tal característica ritual que envolve o uso da água foi em muito perdida na cultura ocidental. Como consequência, passamos a nos relacionar de forma corriqueira e imediatista, sem nos preocupar com o valor que a água possui para a vida em si, que inclusive nos abrange como espécie. O conceito de sustentabilidade tenta chamar a atenção para as consequências da nossa postura diante da exploração da natureza e das necessidades que estabelecemos para nós mesmos, como um novo paradigma fortalecido pela credibilidade da ciência. conflitos pelo acesso à água Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), já há mais de um bilhão de pessoas no planeta com severa carência de água potável e vários cenários internacionais consideram que a disputa pelo acesso a ela poderá conduzir a inúmeros conflitos regionais. Há algum tempo ouvimos que no futuro a água será uma grande causadora de conflitos, já que é absolutamente necessária à vida e em alguns lugares se torna cada vez mais escassa. No Oriente Médio, na África, na América e na Ásia já existem disputas pelo controle de água doce, ainda que algumas vezes se dêem de modo velado. Os severos estragos que a poluição e o aquecimento do planeta estão fazendo nos estoques mundiais de água doce os colocam como prioridade na discussão estratégica sobre poder. Na África, a ONU estima que o acesso às fontes hídricas será a causa número um de guerras até 2030. Na região do Nilo, nove países dependem desse rio para abastecer a população. O Egito faz pressão econômica e militar sobre a Etiópia e o Sudão, situados nas cabeceiras do rio, para que não construam barragens e diminuam o volume de água no trecho egípcio. Em Darfur, oeste do Sudão, a guerrilha é acusada de envenenar reservatórios para forçar a população mulçumana a abandonar a região. Os conflitos têm o potencial de expandir seus efeitos por outras regiões. A União Européia adverte que a falta de água vai acirrar a corrida de imigrantes para o continente europeu. A escassez hídrica, segundo previsões, deverá fazer perto de 100 milhões de refugiados ambientais no planeta nos próximos 20 anos. Esse quadro crítico, no entanto, se inverte na América do Sul, onde a água doce ainda é abundante. Com 12% da população mundial, possuímos 47% das reservas de água doce globais. Boa parte delas se encontra submersa. As grandes bacias do Amazonas, do Orenoco e do Prata, mais inúmeros rios, lagos e estuários, se somam a aqüíferos de grande porte, entre os quais o Guarani (o terceiro maior do mundo), espalhado pelos territórios do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Alguns estudiosos indicam que os recursos ambientais da tríplice fronteira (o que inclui o Aqüífero) constituem uma área estratégica para desenvolvimento econômico e social em amplas áreas do Cone Sul. Nesse sentido, a América do Sul pode ter na escassez da água doce global uma enorme vantagem mundial ou um possível ponto de tensão e desequilíbrio entre os países envolvidos. hidrografia da cidade do rio de janeiro A cidade do Rio de Janeiro apresenta mais de 200 cursos d’água, denominados rios, córregos, riachos, canais e valões, apresentando geralmente um leito estreito e pouco profundo. As águas descem pelos diversos maciços e correm em direção à Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas, Baixada de Jacarepaguá e para as Baixadas de Guaratiba e de Santa Cruz, em direção à Baía de Sepetiba. Grande parte dos rios que descem pelos maciços, serras e morros levam para as baixadas grandes quantidades de sedimentos que, juntamente com o lixo despejado nos rios, provocam inundações em várias partes da cidade. Outro grande problema que observamos na maioria dos rios é seu estado avançado de poluição, devido à falta de infraestrutura em saneamento básico. Outro fator de degradação dos rios é a construção de habitações ribeirinhas e o constante desmatamento, provocando a destruição da mata ciliar e o aumento da poluição por despejos humanos. Vale citar que alguns rios cariocas já desapareceram da paisagem, pois foram canalizados para melhorar a urbanização. Na zona sul da cidade temos o Rio Carioca, que desde 1905 corre por canais subterrâneos. Ele nasce na Floresta da Tijuca e deságua na Praia do Flamengo, mas também pode ser visto junto ao Largo do Boticário, no Cosme Velho. Temos o Rio dos Macacos, que assim como o Carioca nasce na Floresta da Tijuca. Ele tem sua foz na Lagoa Rodrigo de Freitas e atravessa o Jardim Botânico, onde pode ser visto por quem passeia nas aléias e alamedas do seu arboreto. • http://www.tecnodefesa.com.br/index. php?option=com_content&view=article&id=83:co nflitos-por-agua-doce&catid=39:leiturarecomenda da&Itemid=59 links usados recentemente: • http://arquivos.ana.gov.br/institucional/ sge/CEDOC/Catalogo/2007/ GEOBrasilResumoExecutivo_Portugues.pdf • http://www.onu.org.br/onu-promove-campanha7-bilhoes-de-acoes-para-superar-desafios-docrescimento-populacional/ • http://portal.crie.coppe.ufrj.br/portal/data/ documents/storedDocuments/%7B93787CAEE94C-45C7-992B9403F6F40836%7D/%7B162F5717-174D-472D8B90-EA61FB4AF58E%7D/RJ19_Projeto03%20 %28Marcia%20e%20Alexandre%29.pdf • http://arquivos.ana.gov.br/institucional/ sge/CEDOC/Catalogo/2007/ GEOBrasilResumoExecutivo_Portugues.pdf • http://arquivos.ana.gov.br/institucional/ sge/CEDOC/Catalogo/2001/ BaciadoRioParaibadoSul.pdf • http://www.ceivap.org.br/downloads/PSR-RE012-R1.pdf • http://www.hidro.ufrj.br/pgrh/pgrh-re-010-r0/ volume1/capitulo5-vol1.pdf • http://www.gazetavaleparaibana.com/volume1. pdf • http://www.cnbb.org.br/site/images/arquivos/ files_48a332f9e7d43.pdf