a água
importância da água
A água é um dos recursos mais importantes da natureza. A princípio, seria
impossível conceber a vida como a conhecemos hoje sem a existência
de água. Sabemos que ela é importante para os processos químicos e
biológicos (por exemplo, a fotossíntese), responsáveis pela manutenção da
vida, além de compor grande parte das estruturas físicas dos seres vivos,
desde fungos, passando pelas plantas, até os animais das mais variadas
espécies. A massa corporal de uma criança é em média composta por 70%
de água e num homem adulto essa proporção fica ao redor de 60%.
A água é utilizada em larga escala nas diversas atividades essenciais ao
nosso dia-a-dia e, embora não nos demos conta, na agropecuária e na
indústria. Os usos desse recurso que passam despercebidos aos nossos
olhos estão implícitos, por exemplo, nos produtos que escolhemos
nas prateleiras. Veremos adiante com mais informações e detalhes que
há inúmeras formas de utilizar os recursos hídricos disponíveis, mas o
importante é perceber que sua utilidade é mais abrangente do que
imaginamos e atentar para o tipo de uso que fazemos dela. Nesse caso,
precisamos nos esforçar para conceber maneiras sustentáveis de usar a
água hoje, considerando os impactos sobre o meio ambiente e sobre nós,
seres vivos.
panorama da situação
do mundo e do brasil
A água cobre cerca de ¾ da superfície terrestre e, justamente por isso,
seria mais adequado chamarmo-nos planeta azul, ou planeta água.
Apesar da abundância, nosso mundo sofre com sua escassez e antevê um
futuro dramático para esse caso. Principalmente a água doce tem papel
fundamental em diversas atividades, sejam elas domésticas, agropecuárias
ou industriais. Nesse sentido, pesa o fato de que apenas 2,5%
de todos os recursos hídricos disponíveis no planeta são compostos por
água doce e que grande parte dessa parcela se encontra congelada nas
partes frias do globo, ou embaixo da terra, o que restringe ainda mais
nosso acesso.
Alguns fatores culturais, que dizem respeito à forma como o homem
se relaciona com a água, limitam seu reaproveitamento e ajudam a
“modificar” sua condição, que a princípio é de recurso renovável, para
não renovável. É o caso de problemas como poluição ou contaminação,
que inviabilizam o uso da água com a finalidade de produção e consumo.
A principal causa dessas alterações é o mau uso, seja através da poluição
do solo, dos reservatórios de água (rios, lagos, lagoas, mares, etc.) e da
atmosfera.
Segundo dados do Greenpeace, 1,7 bilhão de pessoas no mundo sofrem
com a falta de água em geral. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS)
afirma que 780 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no
planeta. Até 2050, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) prevê aumento de 55% na demanda mundial de
água. A previsão é que, naquele ano, as 2,3 bilhões de pessoas a mais no
mundo, ou mais de 40% da população mundial, sofrerão com a escassez
de água, se medidas não forem tomadas.
Em relação a outros países do mundo, o Brasil se encontra numa situação
mais confortável, pelo menos à primeira vista, pois abrigamos 12% da
água doce disponível no planeta. Ainda assim, possuímos grandes desafios
para o futuro, como o desenvolvimento de infraestrutura que permita
o aproveitamento sustentável do nosso potencial hídrico. Os principais
obstáculos são o fornecimento de água para toda a população e o seu
tratamento pós-uso (sistema de saneamento).
A distribuição geográfica dos recursos hídricos e a concentração da
população ilustram uma parte do problema. Segundo dados da ANA
(Agência Nacional de Águas), a região Norte concentra 68% da água doce,
enquanto abriga apenas 8% da população. A região Sudeste, que inclui os
maiores centros urbanos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, detém
6% de água doce do Brasil, mas concentra 45% da população. Além
disso, por falta de educação ou de políticas públicas adequadas, o uso
inadvertido e o desperdício de água assumem proporções preocupantes.
usos e desusos da água
pelo homem
Já sabemos que a utilidade da água nas atividades agropecuária e
industrial está implícita nos seus processos produtivos e que precisamos
conhecer o caminho que ela percorre nesses processos para tornar nosso
uso mais eficiente e responsável. Ela está presente em grande parte dos
produtos que consumimos, numa gama que se estende desde os mais
elementares, como frutas e sucos, passando por roupas, até os mais
complexos, como é o caso de carros e computadores. De acordo com
dados do Ibase, o consumo mundial de água se distribui na seguinte
proporção entre as atividades humanas: 70% é destinado à produção
agrícola, 22% atende à demanda industrial e apenas 8% é destinado ao
abastecimento das cidades. No caso do Brasil, esses dados diferem um
pouco. Segundo o Informe sobre a Conjuntura dos Recursos Hídricos no
Brasil de 2011, a agricultura e a pecuária respondem por cerca de 80%
do total consumido, o uso doméstico (urbano e rural) atinge os 12% e a
indústria é responsável pelos outros 7%.
o homem, a agropecuária
e a água
A agropecuária é uma atividade essencial para a sobrevivência do
homem no modelo de sociedade adotado atualmente, pois é direta e
indiretamente responsável pela produção alimentícia de todo o mundo.
A prática da irrigação é a maior consumidora de água do planeta,
especialmente em áreas de condições climáticas e ambientais adversas,
como é o caso das terras secas do Oriente Médio e do norte da África,
em que seu uso pode chegar a 80% de toda água consumida no país.
A tendência para as próximas décadas é de que sua utilização nessa
atividade cresça, acompanhando o aumento na demanda por alimentos e
da população mundial. Os países em desenvolvimento e principalmente
os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão um papel
preponderante nessa questão, pois suas populações e economias
encontram-se em franca expansão e possuem um grande potencial para
exploração de recursos naturais. As estimativas da ONU (Organização das
Nações Unidas) indicam que a população mundial ultrapassará 9 bilhões
de pessoas em 2050, o que representa um crescimento de quase 50% em
relação aos números do ano 2000.
De acordo com dados de 2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, 1,54 bilhões de hectares no mundo estão sob produção
agrícola. Destes, 278 milhões são irrigados, ou 18% da área total cultivada
do planeta, o que corresponde a praticamente a metade dos alimentos
produzidos no mundo (44%). A expectativa de crescimento da área
irrigada em nível mundial é de mais 200 milhões de hectares, dos quais 30
milhões estarão no Brasil, o que credencia o nosso país como o 2º maior
potencial para irrigação no mundo, só superado pela China.
Apesar de sua utilidade, a água ainda é usada muitas vezes de forma
inadequada, o que na agricultura pode ser constatado principalmente
na escolha e na má execução de sistemas de irrigação. A eficiência no
uso de recursos hídricos é considerada baixa atualmente se levados em
conta os critérios de sustentabilidade, mas pode ser melhorada com o
desenvolvimento de pesquisas e a implantação de sistemas de irrigação
mais racionais. Nesse sentido, precisamos superar os desafios para
racionalizar o uso da água, controlar os efeitos sobre o meio ambiente e
desenvolver mecanismos para ampliação da produção alimentícia.
Os efeitos da atividade agropecuária sobre o meio ambiente são diversos
e envolvem quase toda a cadeia de produção, do corte de árvores para
uso do terreno, à irrigação e uso de agrotóxicos. A seguir temos alguns
exemplos de como isso pode ocorrer. O desmatamento de florestas
deixa o solo desprotegido e suscetível à erosão, ou destruição do
solo. Quando chove a água escoa, carrega a terra solta e a deposita na
cabeceira dos rios, provocando assoreamento e alterando sua dinâmica.
O uso de adubos e agrotóxicos também prejudica a saúde dos rios e
lençóis freáticos, pois favorece o escoamento e a infiltração de substâncias
poluentes (a irrigação possui um papel central nesse processo), afetando
não somente a qualidade das águas, mas também todo o ecossistema
envolvido, inclusive os homens que se relacionam com ele, por exemplo
pescando.
o homem, a indústria e a água
O mundo se torna cada dia mais urbano e industrializado, o que implica
em uma nova dinâmica da utilização de recursos hídricos e exige uma
adequação de seus planos de gestão. Na indústria, por conta do uso
extenso e inadequado da água, são necessários esforços para se verificar
a quantidade suficiente de água envolvida em processos de captação,
distribuição e reutilização da água consumida. No setor industrial,
os recursos hídricos podem ser empregados em muitas finalidades e
em diversas etapas da produção. Sua utilidade pode ser verificada na
incorporação aos produtos finais, como acontece nos setores de bebidas,
cosméticos e conservas, em que a qualidade da água deve ser igual ou
superior à utilizada no consumo humano; pode ser usada como fluido
auxiliar em processos de lavagem, em soluções químicas (a água é
considerada o solvente universal) e/ou em reagentes químicos, como é
o caso da indústria farmacêutica, indústria química e indústria têxtil; na
geração de energia pela ação mecânica, como em usinas hidrelétricas;
como fluido de resfriamento e aquecimento, por exemplo em siderúrgicas
e usinas termelétricas; e também em um sistema de corte de alta potência,
como ligas metálicas usadas pela indústria aeroespacial.
A atividade industrial também provoca grandes alterações na qualidade
da água, principalmente através de seus efluentes (resíduos que sobram
do processo industrial). Entre os poluentes mais comuns estão os
contaminantes microbiológicos (como bactérias e vírus), compostos
químicos e inorgânicos, metais (como chumbo e mercúrio), nutrientes,
matéria em suspensão e alterações de temperatura (como a água quente
usada no resfriamento em termelétricas). O despejo desses poluentes sem
um tratamento prévio resulta na contaminação de rios e mares, causando
alterações significativas nos ecossistemas envolvidos e, por consequência,
nos homens.
o homem, a água e a cidade
O uso mais evidente que fazemos da água é em casa, ou seja, quando
bebemos água, tomamos banho, cozinhamos e lavamos a casa, entre
outros. Um grande problema relacionado a essa prática é o desperdício,
que acontece quando não usamos equipamentos adequados, como
vasos sanitário de descarga contínua ao invés de reservatórios, e quando
agimos sem atenção ou sem responsabilidade, escovando os dentes com a
torneira aberta e lavando o carro com mangueira ao invés de usar o balde,
por exemplo. Nesse sentido, fica explícita a nossa falta de conhecimento
ou consciência a respeito do problema. De acordo com o Informe Sobre a
Qualidade dos Recursos Hídricos no Brasil, publicado em 2011 pela ANA,
estima-se que 55% dos municípios no país necessitam de investimentos
(aproximadamente R$ 22 bilhões) para garantir o abastecimento urbano de
água até 2015.
Outro obstáculo que encontramos no caminho para a sustentabilidade
é o lançamento de esgoto doméstico, sem tratamento ou parcialmente
tratado, em reservatórios de água. A escassez e a baixa qualidade dos
recursos hídricos são consequência histórica da falta de investimentos
públicos em infraestrutura, da ineficácia de um planejamento de gestão
dos recursos hídricos e da falta de educação da própria população.
Melhoras na infraestrutura requerem obras que promovam o acesso da
população à água de qualidade e investimentos em sistemas de coleta e
tratamento de esgoto, ausentes ou carentes de melhoras em grande parte
do território brasileiro. Os números do Informe também apontam que dos
5.565 municípios brasileiros, 2.926 não possuem sistema de saneamento
básico e assim comprometem a qualidade da água de seus mananciais. A
questão da contaminação das águas pelo esgoto doméstico vai além do
prejuízo ao meio ambiente pois, de acordo com a OMS, para cada dólar
investido nessa área, há uma economia de 4 a 5 dólares no orçamento da
saúde pública.
evitando o desperdício
A seguir, temos algumas medidas que ajudam a conter o desperdício
doméstico da água de maneira simples e possíveis a qualquer cidadão. A
vazão de um chuveiro varia de 6 a 25 litros por minuto e, para chuveiros
com aquecedores de água a gás, um banho de 15 minutos com registro
meio aberto gastará 135 litros (casa) ou 243 litros (apartamento), por
causa da pressão da rede de água que é maior em prédios. Se o chuveiro
for elétrico, o consumo será de 45 litros numa casa e 144 litros num
apartamento. Para enconomizar basta fechar o registro durante o banho,
enquanto se ensaboa, ou diminuir o tempo de banho para cinco minutos.
Isso reduziria o consumo de chuveiros a gás para 45 litros (casa) ou 81 litros
(apartamento). Para chuveiros elétricos, o consumo seria de 15 litros (casa)
e 48 litros (apartamento). Para o uso da banheira, consideramos que os
modelos residenciais têm, em média, de 150 a 200 litros e se ela estiver
cheia e não houver troca de água durante um banho, o consumo será
equivalente a um banho de 15 a 20 minutos num chuveiro de vazão média.
Para economizarmos, podemos usar a banheira com água até a metade,
que já permite a completa imersão do corpo na água e não efetuar a troca
de água durante o banho.
Com relação à pia do banheiro, os modelos sem controle de vazão
consomem 9 litros por minuto e considerando que esta torneira será
aberta quatro vezes por dia, cada vez por um tempo de 20 segundos, o
consumo diário será de 12 litros por dia. Neste caso estamos considerando
que, ao escovar os dentes a torneira será fechada. Se o usuário costuma
escovar os dentes com a torneira aberta, considerando que faça isto duas
vezes ao dia, totalizando 4 minutos, estará consumindo 36 litros, apenas
na escovação. A economia pode ser feita ao se utilizar um copo para
escovar dentes e ao tampar a pia quando for fazer a barba e utilizar sua
água acumulada. Também é recomendado instalar reguladores de vazão
pode reduzir a vazão para 6 litros por minuto e o consumo para 8 litros por
dia. Os vasos sanitários antigos consomem 9 litros por acionamento, mas
podem estar com a válvula desregulada e consumir bem mais de 10 litros.
Nesse caso, a higienização do vão pode ser feita com apenas 6 litros,
já que os novos modelos dispõem de duas teclas para descarga, uma
completa de 6 a 7 litros e outra para meia descarga. Mesmo sem fazer
a troca do vaso sanitário, o usuário poderá reduzir o consumo inserindo
dentro da caixa de descarga um objeto que reduza o volume de água, por
exemplo, uma garrafa PET de 2 litros cheio de água, ou ainda, cuidar ao
dar a descarga para que não seja utilizada toda a água da caixa.
Quando lavamos a louça com a torneira da pia meio aberta durante
15 minutos gastamos 117 litros (casa) ou 243 litros (apartamento). Esse
valor pode ser reduzido para 20 litros se a louça for ensaboada na cuba
com água até a metade, e depois enxaguada. Também podemos usar
uma máquina de lavar louças, por exemplo com capacidade para 44
utensílios e 40 talheres, que gasta 40 litros. Para diminuir o uso, basta a
utilizarmos apenas quando estiver cheia. Já uma lavagem de roupas no
tanque com a torneira meio aberta, durante 15 minutos, irá consumir 279
litros. Se deixarmos as roupas de molho e usarmos a mesma água para
esfregar e ensaboar, os gatos serão reduzidos significativamente. E melhor
ainda é que podemos utilizá-la para lavar o quintal ou outra finalidade
onde possamos utilizar água com sabão. Uma lavadora de roupas com
capacidade para 5kg gasta 135 litros (casa e apartamento) e utilizar a
máquina com sua carga máxima é uma medida essencial para evitar o
desperdício.
Utilizando a mangueira, são necessários 216 litros para lavar um carro e
279 para molhar a calçada por 15 minutos. Lavando o carro com um balde,
o consumo será de 40 litros e, para a calçada, utilizar a vassoura ao invés
da mangueira. Para regar as plantas de um jardim ou as verduras de uma
horta, a dica é molhá-las no início da manhã e no final da tarde para evitar
evaporação intensa. Uma piscina perde até 3.785 litros de água por mês
por evaporação. Este volume seria suficiente para suprir as necessidades
de água potável de uma família com quatro pessoas por um ano e meio.
Cobrir a piscina reduz a perda em 90% e o tratamento da água, mesmo
em períodos em que não está sendo utilizada, reduz a evaporação.
Outra forma de reduzir o consumo de água numa residência, ou mesmo
em edifícios, é o uso de sistemas de captação de água da chuva,
armazenando a água em cisternas. Essa água deverá ser utilizada para fins
como regar plantas, lavar roupas e o piso, descarga nos vasos sanitários,
mas não deve ser utilizada para o consumo e nos chuveiros.
escassez
Como já foi dito, o Brasil concentra boa parte da água doce disponível
no mundo, mas a distribuição geográfica desses recursos é bastante
desigual. Justamente por isso, algumas regiões sofrem com a escassez
ou a baixa qualidade da água consumida. Dados da ANA indicam
que os principais focos de água de baixa qualidade se encontram no
Sudeste, especialmente na região metropolitana das capitais, onde a
incidência de dejetos domésticos e industriais nas águas é bastante
elevada. As áreas que mais sofrem com a escassez estão localizadas no
sertão nordestino, devido às condições climáticas, e na região Sul do
país, por causa da alta demanda da irrigação.
Fatores que exercem influência direta sobre a demanda por água no
país são o crescimento das atividades agropecuária e industriais e o
consumo doméstico. O aumento da produção é impulsionado pelo
crescimento populacional, que o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) estima como positivo até 2040. Somado a isso temos
ainda uma perspectiva positiva de desenvolvimento da economia
brasileira e o fortalecimento do mercado consumidor interno. Nesse
sentido, o aumento do poder aquisitivo constatado até o momento e
a previsão de crescimento do mesmo apontam para um aumento do
consumo em geral.
Nesse contexto dinâmico, temos que considerar algumas alterações
climáticas que já se fazem sensíveis e, segundo pesquisas, tendem
a se intensificar no futuro. Além do ciclo natural de aquecimento do
planeta, temos que lidar com as emissões de gases potencializadores
do efeito estufa e gases poluentes. O fenômeno das mudanças
climáticas configura uma nova dinâmica ao ciclo da água, porque altera
a frequência e a intensidade de secas e enchentes em determinadas
regiões geográficas. Também se intensifica o processo de diminuição
do volume de gelo e neve - reservas de água doce -o que por sua vez
acarreta o aumento do nível do mar e a contaminação da água doce
pela salgada.
O desperdício de água, que deve ser tratado com especial atenção,
também é responsável pela escassez. Algumas empresas já se
adiantaram nessa questão e implantaram sistemas sustentáveis de
gestão da água. Na indústria de celulose houve uma queda de quase
50% no uso de água por tonelada de produto desde a década de
1970. Outro setores também estão aderindo às novas “exigências”
e investem em processos de reutilização da água em larga escala.
Entretanto, para que essa prática ganhe espaço no país, é preciso haver
uma articulação entre o interesse público, com incentivos do governo e
medidas de comando e controle, e o privado.
ciclo hidrológico
A água é a única substância da Terra que pode ser encontrada
naturalmente nos três estados físicos: sólido (gelo), líquido e gasoso (vapor
de água) e por isso possui uma dinâmica própria de renovação.
A maior parte da água se encontra em estado líquido nos mares, rios,
lagos, lagoas e embaixo da terra, em lençóis freáticos e aquíferos. Em
menor quantidade, temos a água em estado sólido concentrada nos
polos e em grandes altitudes, formando as geleiras e a neve. E em menor
quantidade a água em estado gasosa, espalhada pela atmosfera do
planeta. Abaixo temos uma ilustração dos processos envolvidos no ciclo da
água.
O ciclo da água,
fonte:Bitisciistet maximet
evendi di ressit ped eium
et as quam ne modit voles
lagos, lagoas e embaixo da terra, em lençóis freáticos e aquíferos. Em
menor quantidade, temos a água em estado sólido concentrada nos
polos e em grandes altitudes, formando as geleiras e a neve. E em menor
quantidade a água em estado gasosa, espalhada pela atmosfera do
planeta. Abaixo temos uma ilustração dos processos envolvidos no ciclo da
água.
atualidade: pegada hídrica
e água virtual
O conceito da Pegada Hídrica surgiu em 2002 diante da necessidade
de quantificar não apenas a água retirada diretamente dos corpos
d’água, mas todo uso direto e indireto de água doce durante o
processo de produção de uma mercadoria ou oferecimento de um
serviço. Por exemplo, quando se trata da produção de carne, é
considerado no cálculo desse índice a água consumida diretamente
pelo animal (hidratação), a água contida nos alimentos que consome
(ração ou pasto) até o momento do abate e todo o volume utilizado
até o produto estar pronto para ser consumido. Além disso, os
componentes da Pegada Hídrica referem-se a uma determinada área
geográfica em um tempo específico. Nesse sentido, o índice pode ser
mais genérico ou específico e pode se aplicar a pessoas, países ou
regiões geográficas determinadas.
Os pesquisadores Arjen Y. Hoekstra e Ashok K. Chapagain, que
desenvolveram a Pegada Hídrica, trabalham com outro conceito
recente chamado Água Virtual, que considera a água contida
implicitamente num produto ou serviço. Seus estudos indicam que um
quilo de carne bovina necessita em média de 15.500 litros de água
até estar pronto para consumo; um quilo de arroz vale 3 mil litros; e
uma xícara de café utiliza 140 litros. Essas informações referem-se ao
contexto mundial da atualidade e podem divergir bastante de estudos
específicos, já que o local e suas condições hídricas, o sistema de
produção, o tempo e outros fatores afetam bastante nos resultados.
Um dado importante é que não se abate das contas o volume de água
que retorna à natureza por outras formas (fezes, transpiração ou urina,
por exemplo) que não possam ser aproveitadas de forma direta pelo
homem ou pelo meio ambiente, pois entende-se que nessa ocasião há
uma perda na qualidade da água retornada e uma alteração no tempo
natural do ciclo hidrológico.
O índice é dividido em três classificações: Pegada Hídrica Verde, que
mede o consumo da chamada água verde (proveniente da chuva, esse
índice é mais utilizado para produtos agrícolas e florestais); Pegada
Hídrica Azul, que contabiliza o consumo de água azul (recursos hídricos
superficiais e subterrâneos); e a Pegada Hídrica Cinza, que calcula o
volume de água necessário para diluir a carga de poluentes que voltam
à natureza até a concentração adequada a cada lugar. A Pegada Hídrica
não é uma medida do impacto ambiental e não se refere à qualidade
da água (que pode ser medida através das suas condições de acidez,
temperatura, quantidade de oxigênio, salinidade e transparência),
mas é um indicador que lida com a quantidade de água retirada da
natureza, medindo a pressão humana sobre os recursos hídricos.
Temos abaixo um quadro com os valores de Pegada Hídrica para
cada produto e o fluxo mundial de Água Virtual. O comércio de
commodities, por exemplo, implica na circulação de um grande volume
de água entre as diversas partes o globo.
onde está a água virtual
Abaixo, temos outros exemplos de como a água pode ser incluída
no cálculo do consumo virtual. Por exemplo, a produção de vegetais
em geral exige o consumo de água não somente para irrigação, mas
também na lavagem dos produtos, transporte e limpeza de espaços e
ferramentas nos locais de venda, higienização doméstica e lavagem de
utensílios utilizados para o consumo final. Já a produção de vinho, além
da irrigação das plantações de uvas e lavagem da colheita, consome o
líquido na higienização das garrafas e demais utensílios utilizados no
processo de transformação de uva em vinho e também na fabricação
das garrafas e outros materiais usados no acondicionamento do vinho
(caixas, papelão, rótulo, rolha), no transporte até os pontos de venda e
na lavagem dos utensílios usados no consumo final.
No processo que envolve a confecção de uma calça jeans a água é
utilizada na plantação do algodão, no transporte para a fábrica e na
produção do tecido, bem como na aplicação do colorante indigo, nas
sucessivas lavagens para atingir o tom desejado e no transporte para o
local de venda. A fabricação de um carro já é mais complexa, exigindo
o consumo de água em diversas etapas, como na extração e transporte
dos minérios e na produção das chapas de aço; bem como para os
demais insumos, como plásticos, couro, ligas metálicas; na produção e
no transporte dos itens semi-manufaturados, ou peças no formato final,
como parachoques, capôs, paralamas, bancos, rodas, pneus, motor,
óleos e combustíveis; na lavagem dos espaços de fabricação, onde se
fazem a montagem, a pintura e os produtos finais; e no transporte dos
veículos à revendedora e na lavagem para exposição.
Um celular contém, por sua vez, um total de 912 litros distribuídos
entre a carcaça, a bateria, os cabos e fios, a tela, o teclado e o circuito
impresso. De acordo com o relatório From Waste to Resources, do
programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep), 1 tonelada
de celulares sem as baterias rende:• 3,5 quilos de prata;• 340 gramas
de ouro;• 140 gramas de paládio;• e 130 quilos de cobre. E nos mais
de 1 bilhão de celulares vendidos no mundo em 2007 foram usadas:•
300 toneladas de prata;• 29 toneladas de outro;• 11 toneladas de
paládio;• 11.000 toneladas de cobre. Já nas baterias de lítio (20
gramas), foram usadas 4.500 toneladas de cobalto. Esses números
servem para nos dar uma dimensão do uso que fazemos de recursos
naturais na produção de industrializados, nesse caso o celular, e nos
ajuda aqui a imaginar a quantidade de água consumida nesse processo.
Na extração de alumínio a partir da bauxita, minério bruto encontrado
na natureza, por exemplo, gasta-se grandes quantidades de água e de
energia, além dos danos ambientais inerentes à atividade mineradora.
Além disso, há outros materias que também consomem água na
sua produção e, nesse caso, a reciclagem pode ser uma alternativa
inteligente ao processo extrativista.
a água no rio de janeiro
A principal bacia hidrográfica do Rio de Janeiro é a do rio Paraíba
do Sul, que ocupa uma área de aproximadamente 62.074 km²,
estendendo-se pelos estados de São Paulo (14.510 km²), Rio de Janeiro
(26.851 km²) e Minas Gerais (20.713 km²), abrangendo 184 municípios,
57 no estado do Rio. A área da bacia corresponde a cerca de 0,7% da
área do país e, aproximadamente, a 6% da região sudeste do Brasil. No
Rio de Janeiro, a bacia abrange 63% da área total do estado. O ponto
culminante é o Pico das Agulhas Negras (2.787 metros).
O vale do rio Paraíba do Sul distribui-se na direção leste-oeste entre as
Serras do Mar e da Mantiqueira, situando-se numa das poucas regiões
do país de relevo muito acidentado, com colinas e montanhas de mais
de 2.000 metros nos pontos mais elevados e poucas áreas planas.
A região é caracterizada por um clima predominantemente tropical
quente e úmido, com variações determinadas pelas diferenças de
altitude e entradas de ventos marinhos.
A bacia situa-se na região da Mata Atlântica, que se estendia,
originariamente, por toda a costa brasileira (do Rio Grande do Norte ao
Rio Grande do Sul) numa faixa de 300 km. No entanto, somente 11%
da sua área total é ocupada pelos remanescentes da floresta e áreas
recuperadas, a qual se pode encontrar nas regiões mais elevadas e de
relevo mais acidentado.
O rio Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina no Estado de São Paulo
da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga e percorre uma distância
de 1.120Km até a foz em Atafona, no Norte Fluminense. Seus principais
afluentes são os rios Jaguari, Paraibuna (MG/RJ), Pirapetinga, Pomba e
Muriaé, pela margem esquerda; e os rios Una, Bananal, Piraí, Piabanha
e Dois Rios, pela margem direita.
Com relação à cobertura vegetal e uso do solo, 67% de sua área são
formadas por pastagem; 22% por culturas, reflorestamento e outros; e
apenas 11% por florestas nativas (Mata Atlântica), que ainda subsistem
em áreas da Serra dos Órgãos e dos parques nacionais da Serra da
Bocaina e de Itatiaia.
Há diversos fatores que contribuem para a degradação da qualidade
das águas da bacia, tais como: a disposição inadequada do lixo;
desmatamento indiscriminado com a consequente erosão, que acarreta
o assoreamento dos rios, agravando os problemas das enchentes;
retirada de recursos minerais para a construção civil sem a devida
recuperação ambiental; uso indevido e não controlado de agrotóxicos;
extração abusiva de areia; ocupação desordenada do solo; pesca
predatória; entre outros.
Com relação ao saneamento básico, a situação de degradação é crítica:
1 bilhão de litros de esgotos domésticos, praticamente sem tratamento,
são despejados diariamente nos rios da bacia do Paraíba - 90% dos
municípios da bacia não contam com estação de tratamento de
esgotos. Aos efluentes domésticos somam-se 150 toneladas de DBO
(Demanda Bioquímica de Oxigênio) por dia, correspondente à carga
poluidora derivada dos efluentes industriais orgânicos (sem contar os
agentes tóxicos, principalmente metais pesados). A carga poluidora
total da bacia do Paraíba, de origem orgânica, corresponde a cerca
de 300 toneladas de DBO por dia, dos quais cerca de 86% derivam de
efluentes domésticos, e 14% industriais.
A população da bacia é estimada em 5,5 milhões de habitantes, sendo 2,4
milhões no Rio de Janeiro e aproximadamente 14,2 milhões de pessoas,
somados os 8,7 milhões de habitantes da região metropolitana do Rio de
Janeiro, se abastecem das águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
A mortalidade infantil e o perfil de morbidade são importantes
indicadores das condições de saúde de grupos populacionais. Porém,
as dificuldades na obtenção de estatísticas confiáveis exigem cautela
nas conclusões que possamos obter a partir de dados disponíveis. Em
geral, observa-se forte correlação entre o nível de desenvolvimento
econômico municipal e o perfil de saúde, de tal forma que os
municípios com maior nível de desenvolvimento econômico de base
industrial e de serviços especializados apresentam menores taxas de
mortalidade infantil e menores percentuais de internações relacionadas
às doenças infecciosas e parasitarias. Por outro lado, os piores índices
são observados nos municípios de economia incipiente, sobretudo de
base agrícola.
Os principais usos da água na bacia são: abastecimento, diluição de
esgotos, irrigação e geração de energia hidroelétrica e, em menor
escala, há a pesca, aquicultura, recreação, navegação, entre outros. A
captação de água para abastecimento corresponde a 64 mil litros por
segundo (17 mil para abastecimento domiciliar da população residente
na bacia, mais 47 mil para o abastecimento da Região Metropolitana
do Rio de Janeiro). Para uso industrial a captação é estimada em 14
mil l/s, e para uso agrícola 30 mil l/s. A atividade pesqueira na bacia
desenvolve-se principalmente no baixo curso dos rios Paraíba do Sul,
Muriaé e Dois Rios. A pesca esportiva é praticada em toda a bacia,
enquanto a aqüicultura vem-se expandindo nos últimos anos.
O uso da água para recreação ocorre principalmente nas regiões
serranas, nas nascentes de diversos cursos d’água, onde há cachoeiras
e a canoagem é bastante difundida. Na bacia do Paraibuna (MGRJ), principalmente nos municípios situados na sub-bacia do rio
Preto, as cachoeiras constituem o principal atrativo turístico. Uma
nova modalidade de esporte, o rafting, vem sendo praticada no rio
Paraibuna, entre o município de Levy Gasparian (RJ) e a confluência
com o rio Paraíba do Sul, no município de Três Rios (RJ).
As principais usinas hidrelétricas situadas no estado do Rio de Janeiro
são: Funil (FURNAS), Nilo Peçanha, Fontes Velha, Fontes Nova, Pereira
Passos e Ilha Pombos (LIGHT).
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http://www.cnbb.org.br/site/images/
arquivos/files_48a332f9e7d43.pdf
água e religiosidade
Se hoje consideramos a água um elemento sagrado e com direitos
proclamados pela ONU, sua valorização pelas religiões e práticas
espirituais possui laços de longa data. Até hoje os Índios Karajás
rememoram o tempo em que se acreditavam imortais e viviam entre
os peixes, no fundo do rio Araguaia. Para muitos, as águas são o
fundamento do mundo, a essência da vegetação, a força criadora
da natureza e um princípio de cura para muitas doenças. As antigas
tradições acreditavam que a água é a substância primordial de onde
nascem todas as formas de vida e para a qual elas retornam: nas suas
profundezas os seres mergulham, se dissolvem e dali renascem. Várias
narrativas sagradas falam de mares, lagos, oceanos. Para se livrarem
do ciclo de reencarnações, os hindus mergulham no Ganges, Yamuna
e Godavàri, que consideram rios sagrados. Os judeus se purificam pela
mikvá, um banho ritual. Os muçulmanos lavam os pés, os braços e o
rosto antes da oração. Na Gália pré-românica (atual França) centenas
de lagoas e fontes eram consideradas miraculosas: beber sua água
assegurava saúde, fertilidade e boa-sorte.
No Brasil não é diferente. As relações com a água que são amparadas
por religiões oficiais ou práticas espirituais das mais diversas também
indicam seu aspecto sagrado. Exemplos não faltam. A boa pescaria em
certos lugares do país é associada à influência da água.
Tal característica ritual que envolve o uso da água foi em muito perdida
na cultura ocidental. Como consequência, passamos a nos relacionar
de forma corriqueira e imediatista, sem nos preocupar com o valor
que a água possui para a vida em si, que inclusive nos abrange como
espécie. O conceito de sustentabilidade tenta chamar a atenção para
as consequências da nossa postura diante da exploração da natureza e
das necessidades que estabelecemos para nós mesmos, como um novo
paradigma fortalecido pela credibilidade da ciência.
conflitos pelo acesso à água
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), já há mais de um bilhão de pessoas no planeta com severa
carência de água potável e vários cenários internacionais consideram
que a disputa pelo acesso a ela poderá conduzir a inúmeros conflitos
regionais.
Há algum tempo ouvimos que no futuro a água será uma grande
causadora de conflitos, já que é absolutamente necessária à vida e em
alguns lugares se torna cada vez mais escassa. No Oriente Médio, na
África, na América e na Ásia já existem disputas pelo controle de água
doce, ainda que algumas vezes se dêem de modo velado.
Os severos estragos que a poluição e o aquecimento do planeta
estão fazendo nos estoques mundiais de água doce os colocam como
prioridade na discussão estratégica sobre poder. Na África, a ONU
estima que o acesso às fontes hídricas será a causa número um de
guerras até 2030. Na região do Nilo, nove países dependem desse rio
para abastecer a população. O Egito faz pressão econômica e militar
sobre a Etiópia e o Sudão, situados nas cabeceiras do rio, para que não
construam barragens e diminuam o volume de água no trecho egípcio.
Em Darfur, oeste do Sudão, a guerrilha é acusada de envenenar
reservatórios para forçar a população mulçumana a abandonar a
região. Os conflitos têm o potencial de expandir seus efeitos por outras
regiões. A União Européia adverte que a falta de água vai acirrar a
corrida de imigrantes para o continente europeu. A escassez hídrica,
segundo previsões, deverá fazer perto de 100 milhões de refugiados
ambientais no planeta nos próximos 20 anos.
Esse quadro crítico, no entanto, se inverte na América do Sul, onde
a água doce ainda é abundante. Com 12% da população mundial,
possuímos 47% das reservas de água doce globais. Boa parte delas se
encontra submersa. As grandes bacias do Amazonas, do Orenoco e do
Prata, mais inúmeros rios, lagos e estuários, se somam a aqüíferos de
grande porte, entre os quais o Guarani (o terceiro maior do mundo),
espalhado pelos territórios do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
Alguns estudiosos indicam que os recursos ambientais da tríplice
fronteira (o que inclui o Aqüífero) constituem uma área estratégica para
desenvolvimento econômico e social em amplas áreas do Cone Sul.
Nesse sentido, a América do Sul pode ter na escassez da água doce
global uma enorme vantagem mundial ou um possível ponto de tensão
e desequilíbrio entre os países envolvidos.
hidrografia da cidade
do rio de janeiro
A cidade do Rio de Janeiro apresenta mais de 200 cursos d’água,
denominados rios, córregos, riachos, canais e valões, apresentando
geralmente um leito estreito e pouco profundo. As águas descem pelos
diversos maciços e correm em direção à Baía de Guanabara, Lagoa
Rodrigo de Freitas, Baixada de Jacarepaguá e para as Baixadas de
Guaratiba e de Santa Cruz, em direção à Baía de Sepetiba.
Grande parte dos rios que descem pelos maciços, serras e morros
levam para as baixadas grandes quantidades de sedimentos que,
juntamente com o lixo despejado nos rios, provocam inundações em
várias partes da cidade. Outro grande problema que observamos na
maioria dos rios é seu estado avançado de poluição, devido à falta
de infraestrutura em saneamento básico. Outro fator de degradação
dos rios é a construção de habitações ribeirinhas e o constante
desmatamento, provocando a destruição da mata ciliar e o aumento da
poluição por despejos humanos.
Vale citar que alguns rios cariocas já desapareceram da paisagem, pois
foram canalizados para melhorar a urbanização. Na zona sul da cidade
temos o Rio Carioca, que desde 1905 corre por canais subterrâneos.
Ele nasce na Floresta da Tijuca e deságua na Praia do Flamengo, mas
também pode ser visto junto ao Largo do Boticário, no Cosme Velho.
Temos o Rio dos Macacos, que assim como o Carioca nasce na Floresta
da Tijuca. Ele tem sua foz na Lagoa Rodrigo de Freitas e atravessa o
Jardim Botânico, onde pode ser visto por quem passeia nas aléias e
alamedas do seu arboreto.
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http://www.tecnodefesa.com.br/index.
php?option=com_content&view=article&id=83:co
nflitos-por-agua-doce&catid=39:leiturarecomenda
da&Itemid=59
links usados recentemente:
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sge/CEDOC/Catalogo/2007/
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http://www.onu.org.br/onu-promove-campanha7-bilhoes-de-acoes-para-superar-desafios-docrescimento-populacional/
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a água - Museu do Meio Ambiente