1. Título do Projeto: “Fiscal da Água” 2. Municípío: Itabirito – MG 3. Responsável pela elaboração e execução do projeto: - Responsável pela elaboração: Samanta Peixoto - Responsáveis pela execução: SAAE (Samanta e Heloísa), Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Educação e Professores Municipais. 4. Público Alvo Alunos do 3º, 4º e 5º ano das Escolas Municipais da Zona Rural 5. Justificativa: A preocupação com a escassez da água deve ser vista não só como tema transversal, mas como parte de um trabalho diário de mudança de postura e de reflexão sobre a deteriorização dos recursos naturais. O crescimento desordenado das cidades, o lixo espalhado poluindo a água e o solo são alguns impactos ambientais que preocupam não só as autoridades governamentais, mas, todos os cidadãos. Precisamos orientar as crianças a conhecer, respeitar e preservar a Água, utilizando-a de maneira racional, sem destruí-la. 6. Objetivo Geral: - Sensibilizar os alunos sobre a importância da água. 7. Objetivos Específicos: - Conscientizar a população sobre a importância da Água. - Conscientizar a comunidade escolar para a escassez de água no Planeta; - Apresentar as formas de uso racional da água; - Sensibilizar o público infantil sobre os cuidados com a Água, tornando-os fiscais; - Entender a forma de cobrança dos serviços prestados pelo SAAE; - Despertar a conscientização a respeito da Água e da importância da sua preservação, como também a preservação dos rios; 8. Metas e/ou ações: - Promover campanhas contra o desperdício de água na escola e nas casas dos alunos (criando com os alunos cartazes explicativos para afixar no mural da escola); - Incentivar o cuidado com a escola, parque, córregos e rios, como também promover a limpeza dos ambientes (sala de aula, refeitório, parques, ginásio, banheiros, etc.); - Elaborar crachás como “Fiscal da Água”, durante o projeto; - Visitas monitoradas a ETA’s e a ETE; 9. Metodologia: - Trabalhar com as crianças a partir de textos informativos sobre a importância da água, tratamento dos esgotos e da preservação dos rios; -Trabalhar em sala de aula, com pinturas, colagens e recortes diversos, trabalhados de forma coletiva; - Criar redação com os alunos sobre o tema “A importância do SAAE para a melhoria da saúde da população” (professores e alunos); - Vídeo interativas com profissional das ETA’s; - Oficinas com profissional da área da Secretaria de Meio Ambiente; - Promover interação com os alunos com a pintura da sacola ecológica do SAAE. - Publicar no sítio eletrônico do SAAE. 10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Atividade 01 Apresentação em power point sobre a importância e preservação da água e dos rios com vídeo explicativo sobre o funcionamento da ETA e ETE. Divulgação dos adesivos de Fiscais da Água Trabalho interno entre professoras e alunos com textos informativos sugeridos pelo SAAE e criação de cartazes através de colagem e recortes diversos para afixar no mural da escola. Dias 02 03 04 X X Oficina de arte em parceria com CEA – Centro de Educação Ambiental Pintura de sacolas ecológicas do SAAE X X 11. Material a ser trabalhado como informativo A importância da água A água existe no universo há muitos e muitos milhões de anos, mas em estado sólido, como gelo, ou em estado gasoso, como vapor. O único planeta conhecido em que se encontra água no estado líquido é o Planeta Terra. E a água é justamente o elemento vital que diferencia o nosso planeta dos outros. Foi na água dos oceanos que, há mais de 3 bilhões de anos, surgiram as primeiras formas de vida. Esses organismos foram se desenvolvendo, se desenvolvendo e, durante muito tempo, a água foi o único ambiente no qual podia haver vida. Somente há 360 milhões de anos, mais ou menos, que apareceu um ser capaz de viver tanto na água quanto na terra. Depois surgiram os dinossauros, depois os mamíferos, e somente há 4 milhões de anos surgiram os primeiros seres humanos. Infelizmente, existem algumas pessoas que pensam que a água, no caso dos rios, lagoas e mar, são lixeiras e utilizam-nos como caixote do lixo. A produção de alimentos (animais e vegetais) e produtos de origem industrial, exigem o gasto de elevadas quantidades de água. Por exemplo, cada tonelada de trigo exige 490 000 litros; de carne exige 49 200 000 litros; de aço, 150 000 litros; de jornais, 150 000 litros. Para além do abastecimento público e dos usos domésticos, industriais e agropecuários, a água é também aproveitada na produção de energia elétrica. A força motriz proveniente da passagem em galerias de energia elétrica é utilizada para pôr em funcionamento as turbinas das centrais hidroelétricas que produzem a energia para as nossas casas. Utilizamos a água todos os dias, em inúmeros momentos, não só na alimentação e na higiene pessoal, como para tantas e mais variadas coisas. Tudo isso nos mostra como a água é importante em nossas vidas, os seres vivos têm seus organismos compostos por 2/3 de água, e o homem, ou qualquer outro animal, resiste a até trinta dias sem alimento, mas não suporta mais do que alguns poucos dias sem água. Apesar de estarmos acostumados a imagens de gigantescos mares e oceanos, e de sabermos que 2/3 da superfície da Terra são cobertos por água, quase toda a água existente em nosso planeta, é salgada, ou seja, não é boa para o consumo humano ou animal, sendo também imprópria para a lavoura. Portanto os seres humanos, os animais e as plantas necessitam de água doce para viver. Apenas 3% da água existente é doce, além disso, apenas 1/3 dessa água doce não está debaixo da terra, nos lençóis freáticos, ou congelada nos pólos em forma de geleiras, calotas polares e icebergs. No caso da água, este 1/3 é igual a 40 quintilhões de litros, mas toda essa água está em constante movimento, evaporando-se dos oceanos, rios e lagos, transformando-se em vapor e formando as nuvens na Atmosfera. Quando o vapor se condensa, a água volta para a Terra em forma de chuva, granizo ou neve, este é o ciclo da água, que acontece por causa da influência do sol e da gravidade. Parte da água que cai sobre a terra se distribui pela superfície, e assim são formados os lagos, os rios e os riachos, e a parte da água que cai e se infiltra no solo vai ser absorvida pelas plantas ou vai alimentar os lençóis freáticos, ou seja, lençóis subterrâneos de água que alimentam nascentes e poços. Você Sabia? Na cidade de Itabirito, a água consumida vinha das diversas nascentes da região do Córrego Seco, Água Quente e de cisternas. O único reservatório de água existente situava na Travessa Santa Cruz, Bairro da boa Viagem, que sofria constantes intervenções para movimentar moinhos de fubá e engenhos. Daí surgiu o interesse da população por uma água tratada e potável. Apesar do acesso à água, um serviço de captação, tratamento e distribuição de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Um passo decisivo foi a construção da Estação de Tratamento de Água (a ETA), obra iniciada na gestão do prefeito Celso Matos. Com a ETA, o principal benefício colhido pela população foi a diminuição imediata da taxa de mortalidade infantil, mas ainda era comum bueiros abertos e o mau cheiro pela cidade, o que fez com que o governo municipal tomasse a consciência da necessidade de criação de um órgão para cuidar da água e do esgoto de Itabirito. Nasce o SAAE... Com o objetivo de captar, tratar e abastecer Itabirito com água potável, além de coletar esgoto, através da Lei de 1.016, de julho de 1978, nasce o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabirito: o nosso SAAE. Desde sua fundação, a entidade sempre privilegiou uma postura ética e sustentável, visando ao consumo consciente e à responsabilidade ambiental. A partir de 1979, quando o SAAE firmou convênio com a Fundação SESP – órgão do Ministério da Saúde -, foram viabilizadas a adutora de água bruta e a sub-adutora de água tratada, interligando, respectivamente, a água captada pela ETA e a casa de bombas da Rua Paraopeba aos reservatórios: Tombadouro; Pedro Tatu; Bela Vista e Caramanchão. Após estudos realizados no final da década de 1990, o SAAE identificou um novo ponto de captação de água: o Córrego do Bação. A partir daí, foi executado um projeto – com o apoio da FUNASA e da Caixa Econômica Federal – para levar a água desse córrego até a ETA. Como resultado foram construídas a Barragem do Bação e a Elevatória do Chifrão, com a finalidade de levar a água bruta até a ETA. Esse sistema de captação passa a funcionar em conjunto com o manancial do Córrego Seco, garantindo o abastecimento de água na cidade. ÁGUA - A água utilizada pela população de Itabirito é proveniente de duas captações: Barragem do Córrego Seco, como volume de 50,0 L/s, barragem do Córrego do Bação, com capacidade de 82 L/s e barraginha 28L/s. Do Córrego Seco a água chega por gravidade através de adutoras (tubulações) à Estação de Tratamento de água (ETA). Já a água da barragem do Córrego do Bação é captada e chega até a Estação Elevatória de Água Bruta(Chifrão) por gravidade. Daí é bombeada para a Estação de Tratamento de Água (ETA). Assim que a água chega à ETA recebe o sulfato de alumínio e cal, responsáveis pelo processo de clarificação chamando floculação. Após passar pelos floculadores, a água segue para os decantadores, que são grandes tanques de concreto onde os flocos formados vão para o fundo e a água limpa fica na superfície. Em seguida, é filtrada e recebe o cloro, que elimina os microorganismos causadores de doenças, e o flúor para a prevenção da cárie dentária. Após todas essas etapas, a água é bombeada para os vinte reservatórios existentes em vários pontos da cidade e distribuída para a população. A redução do consumo doméstico de água é possível através da adoção de pequenos hábitos que, no seu conjunto, poderão ser um passo muito importante para a sua preservação: o banho de chuveiro, a lavagem do rosto, das mãos, dos dentes, o uso dos programas certos para a lavagem da roupa e louça em máquinas e a contenção na quantidade de água nas cozeduras, são alguns exemplos. ESGOTO - A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) está sendo construída no Marzagão e foi projetada para atender até o ano 2030 tratando 200L de esgoto por segundo. Todo o esgoto que hoje é lançado sem tratamento no rio Itabirito será coletado através de interceptores que estão sendo construídos nas margens dos córregos e nas ruas da cidade que conduzirão os esgotos até a ETE para o tratamento. A ETE terá capacidade para receber todos os esgotos da cidade de Itabirito. Contudo, a princípio, a estação não receberá 100%. Isso porque, existe a necessidade da execução de redes complementares e a retirada da água de chuva das redes de esgotos e vice-versa e, construção de redes coletoras secundárias interligadas nos interceptores, além da ampliação da ETE de 80 l/s para 200l/s, que estão contemplados para a 2ª etapa dessas obras. As obras iniciaram em setembro de 2008 em uma área de 60 mil m2. Desses, 25mil serão de área construída e 35mil em área de preservação ambiental. Atualmente a Prefeitura Municipal e o SAAE estão empenhados na continuidade das obras dos interceptores e no término da Estação de Tratamento de Esgotos. Tudo isso para que a população realmente seja beneficiada com os esgotos 100% tratados na cidade”. RIOS - Um rio pode se originar das mais diversas formas, porém a mais comum - aquela que caracteriza a maior parte da hidrografia planetária - é a que faz com que o rio se forme a partir de uma sucessão de fenômenos e de contínuas transformações ocorridas na natureza, que caracterizam o chamado ciclo da água. Os rios são correntes volumosas de água que se deslocam na superfície terrestre, por meio de canais permanentes e com rumo definido, sempre das áreas mais elevadas para as menos elevadas. Seu destino final pode ser o oceano, um outro rio, ou até mesmo um lago. A distribuição dos cursos d'água pela superfície de um lugar se faz sempre de acordo com uma determinada hierarquia, em que os filetes de água das áreas mais elevadas vão se unindo a outros, recebendo mais alguns e levando um volume cada vez maior de água até um outro curso d'água localizado em altitude menor e de porte médio. Este, por sua vez, descarrega toda essa água em um rio situado em altitude menor e, ainda, de maior porte; e assim sucessivamente, até que o rio termine em um lago interior ou no oceano, o que é o mais comum. Essa hierarquia compõe o que se denomina rede hidrográfica, que corresponde ao conjunto de rios que drenam as águas de uma determinada região. RIO ITABIRITO: É o principal afluente do alto rio das Velhas e sua bacia está localizada predominantemente no município de Itabirito. Ele nasce entre a Serra da Moeda, próximo as mineradoras VALE e Herculano. E assim segue até o distrito de Ribeirão do Eixo, onde o rio recebe o nome de Ribeirão da Silva. Após percorrer todo este distrito o rio recebe o nome de Mata Porcos e quando se encontra com Ribeirão , Sardinha e Ribeirão Manga, vindo de Engenheiro Correia (distrito de Ouro Preto), passa a se charmar Rio Itabirito, o qual ainda recebe como afluentes o Ribeirão do Carioca, formado pelos córregos do Bação e do Saboeiro, o Ribeirão do Córrego do Bação, os córregos de São José e da Carioca (estes dois na área urbana), o Córrego do Onça (nas imediações da siderúrgica VDL), os córregos da Paina e dos Moleques e do Ribeirão Ana Luzia (no caminho para Rio Acima), onde finalmente deságua no Rio das Velhas. A sub-bacia do Rio Itabirito localiza-se no Alto Rio das Velhas, à margem esquerda do rio, e abrange os municípios de Itabirito e Rio Acima. Pertecendo assim a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Para a conservação da bacia do Rio Itabirito, devemos trabalhar juntos na preservação do rio, não jogando lixo nos córregos, nos bueiros, nos rios, dizer não ao desmatamento, enfim, preservar e proteger os recursos minerais. Mesmo por ação natural da água da chuva, que carreia diversos materiais para dentro dos rios, estes podem ser filtrados com a existência da "mata ciliar", que é a vegetação existente nas margens, a qual serve como uma proteção aos rios, assim como os cílios protegem nossos olhos. Esta vegetação é protegida por Lei Federal, garantindo sua eficiência na manutenção da qualidade da água, evitando enchentes, assoreamento, erosão, etc. Infelizmente, a natureza sofre agressão constante muitas vezes em prol do desenvolvimento, ou até por desinformação da própria população que ocupa áreas de risco, causando poluição das águas com esgoto doméstico, corte da vegetação existente, lixo nos rios, etc. No dia 24 de novembro é oficialmente comemorado o Dia do Rio Itabirito, data simbólica instituída devido a preocupação com a escassez da água.