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“Já pesei 100 kg. É claro que o ‘musa do
Congresso’ me ofende”
9:00 AM, 14/05/2012
Marie Claire Brasil
Manuela D'Ávila, Porto Alegre, prefeitura
ENTREVISTA, POLÍTICA
Tags: eleições 2012, Letícia González,
Por Letícia González
A deputada Manuela D’Ávila, 30 anos, tinha 22 quando foi eleita vereadora pela primeira vez.
Hoje no segundo mandato como deputada federal, ela é pré-candidata a prefeita de Porto Alegre e,
caso siga à frente nas pesquisas, será a primeira mulher a assumir o cargo na capital gaúcha –
além de a mais jovem. Conversamos com Manuela sobre sua história, política e machismo.
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Carla Gullo
[email protected]
Redatora-chefe da Marie
Claire, adora ler, viajar e
não dispensa um bom
vinho. Mãe de duas
adolescentes, é paulista,
morou em Porto Alegre e
em Londres, onde cobria
música para revistas
brasileiras. Foi editora de
cultura, saúde, beleza e
comportamento.
Letícia González
[email protected]
Nascida em Porto Alegre,
morou em Paris e Tóquio
antes de fincar os pés em
São Paulo. Cobriu
enchente no RS, tumulto
na França e a cena
cultural no Japão. Na
bagagem, trouxe um
mestrado em sociologia e
um curso de história.
@le_gonzalez
Ludmila Vilar
Marie Claire – Em entrevista à Marie Claire, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet disse
que as roupas de uma política chamam mais a atenção do que o que ela fala. Concorda?
Manuela D’Ávila –Totalmente. Nos ambientes de destaque a mulher é muito valorada pelo que ela
é fisicamente. Eu me elegi deputada federal com 25 anos e era a única parlamentar jovem a não ter
o sobrenome de uma família tradicional na política brasileira. Mas, ao invés desse fato chamar
atenção, [fui chamada de] “musa do Congresso”.
http://colunas.revistamarieclaire.globo.com/mulheresdomundo/2012/05/14/manuela-davila/[15/05/2012 15:37:32]
[email protected]
Responsável pelas
reportagens internacionais
e de abertura da revista,
é uma das editoras mais
versáteis de Marie Claire.
Ama moda, política,
gadgets e navegar na
Mulheres do Mundo » “Já pesei 100 kg. É claro que o ‘musa do Congresso’ me ofende” » Arquivo
MC – O apelido de “musa do Congresso” a incomodou?
MA –O que as pessoas não sabem é que até os meus 17 anos eu fui gorda. Pesei 100 kg. Então
aprendi desde cedo que o que está por fora não vale nada e ninguém vai me convencer que eu
consigo alguma coisa porque sou bonita ou deixo de conseguir porque sou feia. O “musa do
Congresso” era dito de maneira totalmente pejorativa e me incomodou, sim. Tanto quanto me
chateava ser chamada de elefoa na escola.
internet do mesmo jeito.
@lvilar
Mariana Sanches
[email protected]
MC – Como emagreceu?
MA – Copiei a dieta de reeducação alimentar da minha irmã e segui. É muito difícil comer menos,
mas é a única maneira de fazer isso. Acho um absurdo mulheres saudáveis que precisam perder 40
kg, como eu precisava, optarem por cirurgia bariátrica. É muita irresponsabilidade.
MC – Já deixou a vaidade de lado para se provar séria?
MA – Com 22 anos a gente pensa em morrer pela causa. Depois entende que precisa estar vivo
para a causa ser realizada.
MC – O que possibilidade de ser a primeira mulher a assumir a prefeitura de Porto Alegre
significa para você?
MA – Na sociedade, as mulheres são empresárias, ocupam cargos de chefia, chegaram a todos os
postos. Mas na política ainda não. Sou deputada num congresso que tem 513 deputados e só 42
são mulheres. É um ambiente muito machista e fechado. Na semana passada, um jornalista
conhecido disse na rádio que eu deveria ter “algum outro atributo” além da minha capacidade
política para seduzir os parlamentares do jeito que eu seduzia. Sabe quantas vezes tive de respirar
para não ligar para esse senhor e perguntar exatamente o que ele estava sugerindo? Eu ainda me
surpreendo.
MC – O desafio de assumir a prefeitura assusta?
MA – Não. Gosto muito da frase [da escritora Clarice Lispector]: “tenho medos bobos e coragens
absurdas”. Eu deixo o meu medo para barata.
MC – Qual é o maior problema feminino hoje? Como uma mulher no poder pode enfrentá-lo?
MA – A violência é o maior deles, em Porto Alegre ou no Afeganistão. No poder, as mulheres têm o
sonho do projeto e a sintonia com a vida real.
MC – Qual foi a maior dificuldade de ser eleita tão jovem?
MA – Ficar longe das minhas pessoas quando fui para Brasília. Percebi que não ia ter ninguém
para conversar quando chegasse em casa, se ficasse doente ou se quisesse dividir minhas
angústias. Telefone não é vida real.
MC – Como sua família reagiu quando você concorreu pela primeira vez?
MA – A minha mãe torcia para que eu fizesse uns 130 votos, o número de amigos que ela
calculava que eu tinha. Na primeira campanha, a única faixa com o meu nome foi presente da
minha mãe. Me elegi vereadora com 9,5 mil votos.
MC – Sonhava em ser política quando era pequena?
MA – Não, sonhava em veterinária. Depois, queria ser professora.
MC – E em casar e ter filhos?
MA – Sempre sonhei em ter filhos, mas nunca em casar na igreja. Mas vou casar na igreja! Meu
namorado (o chefe de gabinete da secretaria de turismo do Rio Grande do Sul e professor de ioga
Rodrigo Maroni) me convenceu. Se eu não fosse candidata, nos casaríamos ainda em 2012. Mas
agora vai depender do resultado da eleição. Se eu for eleita, adiaremos novamente.
MC – Qual é o seu momento mais mulherzinha?
MA – Me maquiar 100% no carro. Faço isso todos os dias.
MC – Você é filiada ao PCdoB desde o início da sua carreira. Acha que o comunismo
funciona?
MA – Acredito no que eu entendo por comunismo, que é a crença de que a sociedade pode ser
justa. Se me perguntares se ele já funcionou alguma vez, não preciso nem responder. É não.
MC – Desde 2011, você é vice-líder do governo no Congresso e tem uma postura de apoio
amplo. Falta autocrítica?
MA – Consigo diferenciar muito o projeto que eu defendo de pessoas que erram. A presidente Dilma
http://colunas.revistamarieclaire.globo.com/mulheresdomundo/2012/05/14/manuela-davila/[15/05/2012 15:37:32]
Editora de sociedade de
Marie Claire, formou-se
em Jornalismo e em
Ciências Sociais. Em
2008, passou uma
temporada na
Universidade da
Califórnia, em Los
Angeles, estudando a
cultura asiática. Tem
predileção por temas
como política, movimentos
sociais, religião. Mas
gosta, sobretudo, de
pessoas.
@Mariana_Sanches
Marina Caruso
[email protected]
Editora executiva da
revista, é paulistana de
alma carioca e
globetrotter assumida.
Morou no Rio, em Nova
York, em Barcelona. Em
doze anos de carreira,
especializou-se em
matérias sobre o
comportamento feminino
e, na Marie Claire, é
responsável pelas
entrevistas do mês.
@marina_caruso
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Mulheres do Mundo » “Já pesei 100 kg. É claro que o ‘musa do Congresso’ me ofende” » Arquivo
tem um norte, ela segue um projeto, e as pessoas não são maiores do que ele. Os episódios de
corrupção têm de ser radicalmente apurados, mas não devem parar o país. Eu tenho críticas, sim.
Faço uma crítica permanente há mais de dois anos à ministra da cultura (Ana de Hollanda). Ela tem
uma visão de cultura de um tempo que já passou, é elitista.
com “pinturas” feitas na tela do IPhone
ow.ly/aVt2L
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MC – Como vê a legalização do aborto?
MA – Primeiro de tudo, acho uma grande infelicidade que no Brasil isso seja tratado como um
assunto das mulheres. Porque não é. É tema de saúde pública. Tivemos um grande avanço há
quinze dias quando foi reconhecido o direito de vida das mulheres (em 12 de abril, o STF decidiu
que não é mais crime o aborto de fetos anencéfalos no Brasil). Eu tenho a posição de todas as
mulheres do Brasil: ninguém quer fazer um aborto. Mas se ele tem que ser feito, como no caso dos
anencéfalos, que ele seja feito com dignidade.
MC – E no caso de ser uma vontade da mulher?
MA – Acho que o Brasil tem que discutir isso. Defendo que as pessoas têm o direito de viver com
dignidade e fazer as suas escolhas, mas acho que o Brasil precisa ainda debater muito isso.
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15 Comentáriospara ““Já pesei 100 kg. É claro que o ‘musa do Congresso’ me ofende””
1 luiz guilherme:
14 maio, 2012 as 3:49 PM
AMOR E SEXO
LO
Será que, quando você não goza, a
transa é boa para ele?
Já
co
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Se ela é ou não a musa, o que ela fez de bom para a sociedade enquanto coletivo? O que fez e o que faz?
2 Leandro Gomes:
14 maio, 2012 as 3:50 PM
Essa mulher tem personalidade, espero que mais jovens possa entrar na politica.
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3 Sabe Tudo:
14 maio, 2012 as 4:02 PM
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É só mais um rostinho lindo procurando um lugar na sombra!
4 ISVALDO GUEDES:
14 maio, 2012 as 4:14 PM
Simplesmente muita Linda,e o sorriso encantador.Tive a oportunidade de ve-la no cqc. Mais o que realmente
leva em conta é a capacidade dela em legislar em prol dos menos favorecidos.
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5 Romeu:
Vanessa
14 maio, 2012 as 4:15 PM
Hahaha! Explorou a beleza até não poder mais na campanha, só se elegeu por causa disso, e agora vem dar
uma de politizada…
6 Vinicius Dias:
14 maio, 2012 as 4:18 PM
A senhorita poderia se ofender se a xingassem com palavrões de baixo calão, ou se fizessem o que fizeram
com a Carol Dickman.Agora, que mal tem em “musa”?
7 sergio:
14 maio, 2012 as 4:25 PM
Ela está com a razão, pode ser até a musa da câmara, se não houver outras mulheres mais bonitas que ela! O
que não creio, então se trata de gozação desses coiotes engomadinhos que não foram bonitos nem gordos e
nem magros. resumindo, são feinhos ou feiões, com rarissímas exceções.
8 Wendel:
14 maio, 2012 as 4:27 PM
Ela deveria mesmo e preocupar com as questoes publicas.
9 Itamar Bittes:
14 maio, 2012 as 4:28 PM
Parabéns Deputada Manuela D´vila, pelo seu posicionamento, sem preconceito e real. Um grande abraço.
10 Wendel:
14 maio, 2012 as 4:31 PM
Ridiculo isso, tanta coisa publica que poderia ser perguntado.
Mas estao pensando e na vida pessoal. que vergonha
11 Selma Gonçalves:
14 maio, 2012 as 6:31 PM
http://colunas.revistamarieclaire.globo.com/mulheresdomundo/2012/05/14/manuela-davila/[15/05/2012 15:37:32]
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Já pesei 100 kg. É claro que o `musa do Congresso` me ofende