Population Reports a ___ - - _ = i i ABRIL DE 1976 ( ~ d i ç ã oem inglês janeiro de 1976) I - - - Department of Medical and Public Affairs, The George Washington University Medical Center. 1343 H Street, NW. Washington. D.C. 20005 USA - I I I O Diafragma O presente boletim, que trata de diafragmas e capuzes cervicais, foi preparado pela Enfermeira Judith Wortman e baseou-se em trabalhos publicados e inéditos, entrevistas pessoais e correspondência. e Outras Barreiras I ntravagi nais - Novo Exame - Informações recentemente publicadas na literatura profissional e leiga dos Estados Unidos dãoconta da existência de mulheres que se desiludiram com a pílula e com o DIU e que por isso estão começando ou voltando a usar o diafragma-um pessário vaginal de borracha macia, com borda reforçada por mola de metal (1, 77). Embora os riscos associados ao DIU e a pílula sejam mínimos para a maioria das mulheres, a publicidade negativa levou certas usuárias a trocar, pela segurança do diatragma, o alto nível de proteção contra a gravidez proporcionada por esses dois métodos. Estudos realizados entre 1965 e 1974 revelam um declínio no uso do diafragma nos E.U.A., mas recentes informações de algumas clínicas americanas de planejamento da família indicam que seu uso tende a aumentar (108). Devido a que os dados existentes ainda são muito limitados, essa aparente reversão só poderá ser confirmada quando se houverem coligido dados nacionais referentes a 1975. Por outro lado. escassa é a informação procedente de países em desenvolvimento que indique a generalização do uso ou o aumentu da popularidade do diafragma. Embora nunca se tenha popularizado entre as populações predominantemente rurais de países em desenvolvimento (o diafragma requer alto nível de motivação para ser adequadamente usado), esse método coniraceptivo continua a ser opção excelente para as mulheres cuja condição torne contraindicado o uso da pílula ou do DIU, ou que não desejem usar esses métodos (32, 41, 90). O diafragma é especialmente apropriado para mulheres em aleitamento porque não interfere na lactação. É também um método conveniente para mulheres que não mantêm relações sexuais frequentes e que, portanto, não necessitam de constante proteção. Embora o diafragma possa ser um anticoncepcional de confiança para a maioria das mulheres, sua eficácia depende do uso apropriado. O dispositivo é,introduzido na vagina para bloquear o acesso do esperma ao colo do útero. Depois de inserido, o diafragma é mantido no lugar Agradecemos a assistência prestada pelos seguintes revisores: Gerald Bernstein, Elizabeth Connell, Louis Hellman, Hans Lehfeldt, William Masters, Malcolm Potts, R. T. Ravenholt, John Sciarra, J. Joseph Speidel, Christopher Tietze, Martin Vessey e Allan Weingold. Editora Executiva: Brenda J. Vumbaco. Receberemos de bom grado quaisquer comentários e materiais de atualização. pela tensão da mola em sua borda, pelo tono muscular vaginal e pelo osso púbico (v. Fig. 1). Agindo como barreira contra a maior parte do esperma, mesmo assim o dispositivo não se ajusta com firmeza suficiente para impedir que certa quantidade de esperma contorne a borda, razão pela qual os médicos e os fabricantes recomendam o seu uso com um creme ou geléia espermicida. Portanto, age primordialmente como recipiente que mantém o espermicida no lugar e, acessoriamente, como barreira mecânica. ~NDICE . O Diafragma . 2 História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .HAceitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . H. 2 Tipos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H. 5 Colocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . H- 5 Uso Adequado.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H- 6 Contra-Indicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H- 8 Efeitos Colaterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H- 8 Eficácia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H- 9 Atualidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . H-1 . 1 Treinamento.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . H-1 1 Manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H-11 O Capuz Cervical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H-14 Outras Barreiras Intravaginais ............ H-16 . Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . H-17 I I 0 s boletins de população são publicados bimestralmente pelo Programa de Informações sobre População (Science Communication Division, Department of Medica1 and Public Affairs of the George Washington University Medica1 Center), situado no seguinte endereco: 1343 H Street, NW, Washington, D.C. 20005, EUA. Diretor do Projeto: Werner Fornos. Essa contracepção na forma de barreira e espermicida oferece as seguintes vantagens: é altamente eficaz quando adequadamente usada; é segura, e o seu uso a longo prazo não exerce efeitos fisiológicos ou sistêmicos; é controlada pela usuária; só é usada quando necessário; pode ser usada durante a menstruação; propicia lubrificação adicional durante as relações sexuais; não interfere na lactação. Entre algumas mulheres, o diafragma é menos popular do que o DIU ou a pilula porque: requer alto grau de motivação da usuária; requer que a mulher toque em seus órgãos genitais; requer pessoal treinado para colocar o dispositivo e instruir a cliente sobre seu uso; 6 dispendioso quando usado com frequencia, devido ao custo do espermicida; é relativamente dificil de ajustar; sua relaçao uso/eficácia é menor do que a da pilula, do DIU ou dos produtos injetáveis; em raras ocasiões, pode ser sentido ?elo homem durante as relações sexuais; é considerado repugnante por certas mulheres devido ao espermicida. Sejam quais forem as desvantagens, o diafragma é uma alternativa válida a outros métodos anticoncepcionais. Por ser praticamente 100% livre de riscos, o diafragma na0 deveria ser desprezado como alternativa em programas de planejamento da família. HISTÓRIA i___________- 7 Em outros séculos, as mulheres introduziam resinas, folhas, frutos, tegumentos de sementes. esponjas e coisas se,melhantes na vagina para bloquear o acesso do espermatozóide masculino ao óvulo feminino. Muitos desses materiais tinham forma semelhante a do.diafragma de hoje. Por exemplo, em Sumatra. antes do século XIX. as mulheres moldavam o ópio em forma de concha. inserindo-o na vagina. As mulheres ctiinesas e japonesas recobriam o colo do útero com papel de seda azeitado (misugami). As mulheres húngaras 'derretiam cera de .abelha, dando-lhe a forma de discos de 5 a 10 cm (29. 43). E quantas terão sido as mulheres que seguiram o conse1ho de Casanova (1725-1798). que recomendava espremer meio limão e introduzi-lo para recobrir o colo do utero? O limão agia como pessário e o ácido citrico como espermicida (35). Atribui-se ao Dr. C . Hasse. de Flensburg. Alemanha. a invenção do moderno diafragma. Sob o pseudonimo de H-2 Fig. 1. Adequadamente colocado, o diafragma insere-se confortavelmente entrc a face posterior do osso púbico e o fornice vaginal posterior, vedando completamente o colo do útero (Cortesia de Rosernary E. Bailey) (4). Wilhelm P. J. Mensinga, usado para' proteger sua reputação, Hasse escreveu em 1882 um artigo sobre um eficaz método anticoncepcional denominado "esterilidade facultativa",. que descrevia'o diafragma (43). Ainda antes do fim do.século XIX,,não só na Alemanha como tambem na ~ o l a n d a ,as mulheres já usavam o "diafragma de Mensinga". Em 1883, Aletta Jacobs publicava na Holanda un estudo referenteaodiafragmavaginal -um capuz com borracha vulcanizada em forma de abóbada ligado a uma mola circular de relógio que obstruía a vagina superior e O c010 do útero (34). Posteriormente, o uso do diafragma estendeu-se da Holanda paraa Inglaterra, onde ficou conhecido com0 "capuz holandês" (29). A primeira referência ao dispositivo na Inglaterra é atribuida a H. A. Allbutt, médicode Leedsque, em meados de 1880, escreveu um folheto intitulado Manual da Esposa, em que fornecia instruções para o uso do diafragma (chamado ."pessário df: Mensinga"). Na época, O diafragma era encontrado em três tamanhos (43). A introdução do diafragma na Inglaterra Vitoriana contribuiu para modificar o conceito do papel da mulher no sexo. ao lhe transferir a responsabilidade de assegurar a contracepção. Ao invés de observar o comportamento previamente aceito da fêmea ideal, passiva, embaraçada pela sexualidade e submissa durante os jogos amorosos, a mulher parecia agora mais sensual e agressiva porque o uso do. diafragma requeria certa premeditação de sua parte (128). Em princípios do século XX, Margaret Sanger (EUA) visitou Johannes Rutgers, na Holanda, que lhe deu a conhecer 1 4 tamanhos de diafragmas desenhados para canais vaginais de diversas larguras (68). A colocação do diafragma era feita em sal,as de fundos de farmácias. Embora blargaret Sanger desejasse importar diafragmas para OS Estados Unidos, a Lei Comstock, que proibia a importação de contraceptivos, impediu que ela introduzisse legalmente o dispositivo no pais. A disponibilidade do diafragma só se tornou imediata na década de 1920, quando a Holland-Rantos Company, firma sediada nos Estados Unidos,'passou a'fabricar diafragmas em território nacional (52). . L ~ . ACEITAÇÃO 1 1 .-I I Antes de se generalizar a distribuiç'ão de contraceptivos orais e'do DIU. o diafragma era o anticoncepcional mais i efetivo de que dispunham as mulheres. Amplo era seu uso na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Holanda, na Alemanha e em outros países. Devido ao alto índice de motivação requerido para o seu uso adequado, têm-se suscitado dúvidas quanto a sua eficácia para mulheres que não pertençam As elites ou A classe média (18.84). Em 1959, um levantamento realizado pela Comissão de Pesquisas Populacionais da Inglaterra revelou que 12O/0' dos casais que praticavam a contracepção Usavam o diafragma. Com o aparecimento do DIU e dos contraceptivos orais, o uso de diafragma diminuiu. De 2.241 mulheres fecundas (entre 16 e 40 anos) que participaram de uma pesquisa realizada em 1973 na Inglaterra e no País de Gales, 19% haviam usado o diafragma em certas épocas de suas vidas, mas somente 5% valiam-se atualmente do método. Entre as usuarias correntes, 17% opinaram que o método interferia na "prática do amor"; 38% alegavam que era "incômodo de usar"; e 58% diziam que o uso do diafragma era "nojento". Como se pode esperar, a percentagem de atitudes negativas entre as ex-usuárias foi ainda maior (1 1). Antes de existirem DIU e pílulas como métodos anticoncepcionais alternativos, cerca de um terço dos casais em contracepção nos Estados Unidos usavam o diafragma (84). Weideger informaque 64%das mulheres que recorreram a clínicas de planejamento da famíliaem 1961 escolheram o diafragma, mas que somente 4% assim o fizeram em 1973 (123). Dados fornecidos pelo Estudo Nacional de Fertilidade (EUA) indicaram que, embora 9,9% de 3.032 casais que praticavam a contracepção usassem o diafragma em 1965. apenas 5,7O/0 de 3.810 casais valiam-se do método em 1970 (125). Durante esse quinquenio, o abandono do diafragma em favor da pílula foi acentuado (89). Em 1974, um relatório do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, da Divisão de Facilidades Sanitárias (EUA),que abrange 4.494 centros de serviços anticoncepcionais (instalações subsidiadas governamentais ou não) que atenderam 4.391.589 mulheres e homens, revelou que o uso de diafragmas era menor do que o de pílulas, DIU, espumas ou preventivos (v. Quadro 1) (114). Outra repartição do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde-a Divisão de Estatísticas de Planejamento da Família-instituiu em 1969 o Sistema Nacional de Informações dos Serviços de Planejamento da Família, a fim de obter dados sobre pacientes beneficiários de serviços de planejamento familiar prestados por clínicas ou postos semelhantes que recebiam subsídio federal (42). Os dados referentes a escolha do contraceptivo, coligidos de cerca de 1,6 milhão de mulheres em 1972,2,1 milhões em 1973 e 2,6 milhões em 1974, revelaram que 2,7% do total de mulheres incluídas na pesquisa durante esses anos escolheram o diafragma. O número de usuárias de diafragmas era menor do que o de usuárias de contraceptivos orais, DIU ou espumas anticoncepcionais. Cerca de 84% das novas pacientes continuaram a usar o diafragma durante o ano a que se referiam os dados. 0 s restantes 16% optaram por outros métodos-principalmente contraceptivos orais ou DIU-ou abandonaram completamente o uso de anticoncepcionais. A percentagem de pacientes em continuação (servidas antes e durante o ano a que se referiam os dados) que optaram por outros métodos passou, durante o triênio, de 17% em 1972 a 22% em 1974. A maioria dessas mulheres abandonaram o uso do Quadro I -Métodos de Contracepção Usados por Beneficiários de Serviços de Planejamento da Família em Locais Selecionados dos Estados Unidos (1973)* Método de Contracepção Oral DIU Espuma Preventivos Diafragmas Esterilização Feminina Esterilizacáo Masculina Ritmo de Temperatura Basal Pílula "do Dia Seguinte" Injecão Ritmo do Muco Cervical Outros Número de Locais de Serviço que Proporcionam O Método 4.474 4.234 4.047 3.403 2.888 1.544 1.O65 1.O80 213 169 2 33 712 Número de USUárioS+I 3.1 30.566 591.203 238.791 134.670 107.923 80.399 48.947 19.837 11.586 10.876 5.087 37.459 *Informacoes coligidas por Nationa/ Center for Health Statistics, Health Facilities Statistics Branch, de 4.494 locais (instalacoes governamentais e nao governamentais que proporcionam métodos de contracepcão) a servico de 4.391.589 usuários (114). *+Algumas pessoas usavam mais de um método. diafragma em favor da pílula (v. Quadro 2). A maioria das usuárias do diafragma pertenciam ao grupo etário dos 20 aos 24 anos, seguidas pelos grupos de 25 a 29 anos, 35 e mais, 30 a 34 anos, 18 a 19 anos, e, finalmente, menos de 18 anos (115, 116, 117). Por outro lado, a organização Planned Parenthood of Metropolitan Washington, D.C., emitiu em 1975 um relatorio que dá a entender que a proporção de usuárias de diafragma nos Estados Unidos está aumentando: nos três primeiros meses de 1975, aceitaram o diafragma 5% das 6.293 mulheres que adotaram métodos contraceptivos; durante terceiro trimestre de 1975, essa cifra elevouse a 10% de 3.160 novas usuárias; e, no último trimestre, a proporção chegou a 12,6% de 2.680 novas usuárias-o que representa um aumento de mais de 7% a partir do primeiro trimestre (108). Na Austrália, um estudo realizado em 1973, abrangendo 2.245 mulheres na clínica de planejamento da família do Hospital Rainha Vitória, revelou que somente 18 mulheres (0,8%) escolheram o diafragma como método anticoncepcional. Destas, a maioria já recebera anteriormente o diafragma na Grã-Bretanha (62). En 1974, Wood informou que, entre 100 mulheres da classe média entrevistadas em Melbourne, a maioria respondera negativamente ao uso do diafragma, classificando-o de "nojento", "mais difícil de usar" do que a pílula ou o preventivo e "menos seguro do que o DIU ou a pílula" (129). Em geral, o diafragma não só é impopular nos países em desenvolvimento, como também não é promovido por programas de planejamento da família. Nessas regiões, os fatores que influem contra a sua aceitação geral são os seguintes: ambiente pouco intimo para a colocação e remoção; Inexistência de instalações de água para a pronta limpeza do diafragma; Insuficiência de motivação das mulheres para o uso do diafragma em cada coito, o que reduz a sua eficá' cia; H-3 Quadro 2-Numero de Usuárias de Diafragma e de Trocas de Método Entre Usuárias Atendidas em Locais Contemplados com Subsídios Federais nos Estados Unidos* (1972-1974) I I I Número de Locais Data de Serviço Número de Usuárias Usuárias de Número de Usuárias Que Número de Usuárias Que Número de Usuárias Diafragma Nao Trocaram de Método Optaram pelos Orais Que Optaram por D I U No. % Total 1972 3.267 1.618.106 No. - No. - % - No. - % - 1.481 4.7 903 2.9 2.057 53 1.254 3.5 2.996 7,s 2.031 5.3 I 37.571 2.3 Novas Usuárias 949.965 19.562 2.0 16.716 18.0092.6 15.120 Continuação do Uso*" 668.141 Total 1973 4.087 2.1 20.837 66.206 3,l Novas Usuárias 1.073.564 30.942 2.8 25.806 83 35.264 3.3 27,978 79 35.823 2,9 29.985 84 37.871 2.7 29.657 78 ' Continuação do Uso 1.047.273 1 Total 1974 4.831 2.587.682 73.694 2,8 Novas Usuárias 1.230.875 Continuação do Uso 1.356.807 "Locais que informam o National Reporting System for Family Planning Services, US Department of Health, Education and Welfare. National Center for Health Statistics, Family Planning Statistics Branch ( 1 15.1 16.117).(Todos os dados são preliminares). "Serviços prestados a usuárias antes e durante o respectivo ano. Necessidade de serviços clinicos para a colocação inicial; Necessidade de constante suprimento de creme ou geléia espermicida. Potts acredita que o diafragma "já atingiu sua incidência máxima de uso, parecendo improvável que se torne um método aproveitável em qualquer país em desenvolvimento" (87). Dados referentes a países asiáticos parecem corroborar a suposição de Potts. Para exemplificar, inf o r m a ' ~Ministério da Saúde e Planejamento da Família da Indiaqueadistribuiçãode diafragmas em clínicasselecionadas caiu de 205.000 uniaades em 1965 para 10.000.no período 1972-73 (45). Nas Filipinas, não passava de cerca de 9% de 9.232 mulheres entrevistadas em 1972 a proporção das que tinham ouvido falar no diafragma e a proporção das usuárias do método era inferior a 0,5% (5). Em 1963, época em que0 diafragma era0 único contraceptivo encontrado (exceto a espuma em comprimidos, menos efetiva) 24,4% de 4.695 mulheres entrevistadas por Abhayaratne e Jayewardene em Colombo, Sri Lanka, escolheram o diafragma. Os índices de continuação entre as aceitantes caiu verticalmente de 44.3% no fim do primeiro ano, para 25,3% no fim do segundo e 12,1°/o no fim do terceiro ano. Embora certas mulheres tenham interrompido seu uso por motivo de gravidez planejada ou não, 43,7% abandonaram o método por "outras razões" (2). , Com a introdução do DIU. e da pílula em Sri Lanka, o número de novas usuárias do diafragma declinou acentuadamente. Na República Popular da China há disponibilidade de diafragmas, mas em certas comunidades, se não na maioria delas, as usuárias são principalmente mulheres mais idosas que passaram a adotar contraceptivos antes do advento do DIU e da pílula e que têm resistido a adoção dos métodos mais modernos. (27). Na África e no Oriente Médio, o uso do diafragma é insignificante, comparado com o de outros métodos anticoncepcionais. O alto índice de analfabetismo de grande parte das mulheres das zonas rurais é frequentemente invocado como razão (73), mas o fato de não saberem ler pode ser compensado por figuras que ensinem a usar o diafragma. Na América Latina, embora as clínicas de associações de planejamento da família geralmente disponham de diafragmas, sua distribuição é pequena em comparaçãocom outros métodos porque muitos médicos não o oferecem as suas clientes e muitas mulheres não estão familiarizadas com esta opção anticoncepcional. Em estudo comparativo dos resultadosdo conhecimento, atitudese práticas (CAP) em Bogotá, constatou-se que 24% das 2.241 mulhe- @ res entrevistadas em 1964 reconheceram o diafragma como método contraceptivo, mas que, em 1969, somente 20% das 675 mulheres entrevistadas reconheceram o mesmo método. Somente 1% das entrevistadas em 1969 havia usado o método em determinada ocasião, mas no momento não existia qualquer usuária (102). Diversos outros fatores limitam o uso do diafragma. Por exemplo, em certos países, o pessoal médico não está treinado na colocação do dispositivo e aqueles que estão talvez não estimulem o método. Ademais, poucos são os programas de distribuição subsidiados. Isso significa que o diafragma é menos encontrado e mais caro do que o DIU, a pílula, o preservativo ou a espuma espermicida, todos os quais são distribuidos através de amplos programas subsidiados. Mas em muitos países a falta de programas de distribuição resulta provavelmente do desinteresse por esse método. TIPOS Há diafragmas de diferentes tamanhos e estruturas. Os tamanhos variam de 50 mm a 105, mm de diâmetro, geralmente com aumentos de 2,5 mm a 5 mm (84). A maioria das mulheres requerem diafragmas com 70 mm a 80 mm de diâmetro. As diferenças de estrutura dizem respeito principalmente a borda e à forma. Variações n o contorno ou n o tamanho da vagina (por exemplo, o tono dos musculos vaginais) e da posição 'do útero ou de órgãos adjacentes geralmente determinam o tipo de diafragma oferecido a mulher. OS quatro diafragmas mais conhecidos e de uso mais' geral são: de mola espiral; o de mola plana o u Mensinga; o de arco ou Findlay; o Matrisalus (também conhecido por "curva de arco" ou Smith-Hodge invertido). O O diafragma de mola espiral contém na borda um fio redondo e espiralado de metal, recoberto com borracha. É particularmente indicado para a mulher com fortes músculos vaginais, arco pronunciado por detrás da sínfise pubiana, útero bem colocado e vagina de tamanho e contorno normais. (51, 78). O dispositivo, que se fecha sobre um plano ao se apertar a borda, edefácil colocação e remoção manual (9) ou com introdutor de plástico. O diafragma de mola plana dispõe na borda de uma fita achatada de metal, mais firme do que a mola espiral (71). Pode ser usado pela mulher com fortes musculos vaginais e vagina de contorno e,tamanho normais, mas é particularmente indicado para a mulher com arco raso por detrás da sínfise pubiana (78). Também é útil paraa nuligrávidae para a mulher com anteflexão do útero ou colo uterino longo com projeção posterior (9, 78). O diafragma de mola de arco combina as características dos diafragmas de mola espiral e mola plana (78). Uma mola dupla de metal na borda exerce forte pressão contra as paredes vaginais, estabilizando assim o diafragma na posição apropriada. Por formar um arco quando a bordaé comprimida, o diafragma pode ser facilmente orientado em direção posterior na inserção (9). Portanto, é usado pelas mulheres com deficiente tono muscular vaginal, passos 1 e 2 / Passo 3 Fig. 2. A Forma Correia de Ajustar um Diafragma ' Passo 1: Os dedos indicador e médio são inseridos em profundidade na vagina, até que a ponta do dedo médio toque a parede vaginal posterior. Passo 2: O polegar da mesma mão marca o ponto do dedo indicador que toca a sinfise pubiana. Passo 3: A borda do diafragma e colocada na ponta do dedo médio. Se o diafragma for do tamanho correto, a borda oposta atingirá, no dedo indicador, o ponto marcado pelo polegar (Cortesia de Ortho Pharmaceutical Corp.. Raritan. New Jersey, 08069, EUA). com cistocele moderada (hérnia da bexiga urinaria na vagina), leve prolapso uterino (deslocamento descendente) ou certo grau de anteflexão ou retroversão uterina (inclinaçãodo útero para afrenteou para trás) (107). Dado que a borda exerce forte pressão contra as paredes vaginais, deve o colocador certificar-se de que0 diâmetro da borda não seja excessivo, o que exerceria demasiada pressão contra a uretra, causando dor ou dificuldade na micção (78). O diafragma Matrisalus contém na borda uma fita de aço plano resistente que, por ser curva, e não redonda, serve para alçar ainda mais a parede anterior da vagina (25). Portanto, é usada no caso de certo relaxamento das paredes anterior e posterior da vagina e é particularmente indicado para mulheres com cistocele. Devido a sua forma irregular, a colocação deste diafragma é mais difícil do que a de outros modelos (78). A eficácia de um diafragma depende de sua colocação apropriada. A adaptação deve ser feita por pessoa treinada e interessada na técnica. Não há necessidade de que o colocador seja médico. Paramédicos ou outros não médicos treinados provavelmente disporão de mais tempo para estimular o uso do diafragma e instruir as usuárias. Ocorrendo problemas, deve-se recorrer a assistência de um médico. Para determinar o tamanhocorreto, realiza-se um exame pélvico durante o qual se mede o comprimento diagonal do canal vaginal, da face posterior da sínfise pubiana (osso púbico) ao fórnice posterior da vagina (parte traseira do canal vaginal) (6, 84). O processo é realizado em três etapas: Inserem-se os dedos indicador e médio em profundidade na vagina ate que a ponta do dedo médio toquea parede vaginal posterior. Com a ponta do polegar da mesma mão, marca-se o ponto em que odedo indicador toca asinfise pubiana, retirando-se então os dedos. H-5 Colocando a borda do diafragma na ponta do dedo médio e a borda oposta a frente do polegar, determina-se o diâmetro correto (v. Fig. 2) (78, 81). Outro método de medição consiste em inserir aneis de medição (bordas de diafragma) de diversos tamanhos na posição a ser ocupada pelo diafragma até se determinar0 tamanho correto. Pode-se determinar o tamanho correto mediante as seguintes verificações: L a borda do diafragma toca as paredes laterais da vagina; o colo do útero está coberto; o diafragma assenta confortavelmente entreo fórnice vaginal posterior e a sínfise pubiana.' O diafragma muito pequeno podesair do lugar (v Fig 3 ) ,e o diafragma muito grande pode arquear-se, produzindo desconforto para a mulher (v Fig 4) O ideal seria que o colocador escolhesse o diafragma de maior tamanho que correspondesse ao canal da vagina sem que a mulher sentisse a sua presença (49, 86) dem após a experiência (65). Pode-se pedir que a mulher virgem distenda o canal vaginal inserindo na vagina primeiramente um dedo e a seguir dois, nas semanas que antecedem a colocação inicial do diafragma e as relações sexuais. Entre outros fatores que alteram o tono vaginal e afetam a colocação do diafragma, incluem-se: Aumento ou perda de 8 a 10 quilos de peso ou mais; Cirurgia pélvica; Aborto de segundo trimestre (o reajustamento é feito geralmente depois de quatro semanas); Tensão durante a colocação inicial (o que causa o retesamento dos músculos vaginais, resultando na colocação de um diafragma menor do queoqueseria necessário se a usuária não estivesse tensa (82, 84, 86). Devido a possibilidade de ocorrerem, nesses casos, modificações no tono vaginal, será preciso.recorrer a novos exames depois de constatados esses fatores, para assegurar a correta posição do diafragma (82). Fatores que Afetam a Adaptação A colocação apropriada de um diafragma depende de dois fatores, principais: características anatomicas e o grau do tono muscular vaginal. Leves variações anatomicas afetam a colocação do diafragma Por exemplo, Johnson e Masters, da Fundação de Pesquisa de Biologia Reprodutiva de St Louis (EUA), observam existir a tendência de colocar um diafragma muito pequeno na mulher com leve retroversão uterina, porque o utero ocupa o espaço do fundo de saco A posterior expansão do fundo de saco durante a reação sexual facilita o deslocamento do diafragma da posição que ocupa atras da sinfise pubiana, o que pode resultar na falha do método (49) O tono muscular vaginal é afetado por numerosos fatores,' entre os quais a paridade, a estabilidade de peso, a cirurgia pélvica, o aborto e até o estado' psicológico da mulher durante a colocação. O diafragma da mulher multipara provavelmente ,deverá ser maior do que o da nulípara, porque o seu canal vaginal foi distendido durante a parturição (só se pode colocar na puérpera um diafragma de tamanho .apropriado quando houverem decorrido cerca de seis semanas 'após o parto). Para a mulher nulípara, se o diafragma for colocado antes de seu primeiro coito, talvez seja.necessário distender o hímen e recolocar o, diafragma após as primeiras semanas de atividade sexual, porque os músculos vaginais se expan- Fig. 4. Um diafragma muito grande pode assentar verticalmente no canal vaginal, deixando o colo do útero a descoberto, ou pode arquear-se, causando desconfo'rto. USO ADEQUADO O uso e cuidado adequados são tão importantes como a correta colocação (84). Para compreender o uso adequado, deve a usuária estar familiarizada com a anatomia básica do sistema reprodutivo. Utilizam-se muitas vezes diagramas ou modelos para explicar e identificar os Órgãos genitais e estruturas vaginais relacionadas com a inserção apropriada do diafragma. Na colocação, geralmente pede-se que a própria mulher proceda a inserção do diafragma, até que saiba fazê-lo corretamente antes de voltar para casa. Na dembnstração da inserção correta, salientam-se diversos pontos específicos. Ensina-se a mulher a colocar o espermicida na abóbada (ou em ambos os ' lados)'e em torno da borda; inserir corretamente o diafragma; apalpar o colo do útero atraves da abóbada para ter certeza de que o diafragma. o cobre completamente; remover e limpar o diafragma (6, 9). Fig. 3. Um diafragma muito pequeno pode sair do lugar, deixando o colo do útero a descoberto. H-6 Nos países desenvolvidos. 'marca-se geralmente uma segunda consulta, algumas semanas apósa visita inicial, a fim de verificar a colocação e determinar se a mulher está usando adequadamente o diafragma (78). Muitas vezes, recomenda-se a mulher inserir o diafragma antes de sua segunda visita, a fim de verificar a sua colocação (84). da vagina, o diafragma e inserido o mais profundamente possível ao longo da parede posterior. A borda da f rente é então pressionada por detrás da saliência criada pelo osso púbico. Se a mulher estiver de pé, o diafragma é inserido quase horizontalmente; se estiver deitada é inseridoquase verticalmente (84). Particularmente útil é um colocador de plástico, chamado as vezes de introdutor, especialmente desenhado para Fig. 5. Para a inserção, apertam-se as bordas dodiafragma entre os dedos e o polegar. Inserção e Remoção O diafragma só será um método efetivo de contracepção quando usado com creme ou geléia espermicida e quando adequadamente inserido e removido. Embora o diafragma possa ser inserido com a abóbada voltada para cima (130), a maioria das usuárias insere-o com a abóbada voltada para baixo para impedir a perdade espermicida (35). Coloca-se na abóbada cerca de uma colher de chá (5 cm ou 7,5 cm quando em tubo) decreme ou geléia espermicida. Espalha-se uma leve camada em torno da borda para destruir o esperma que venha a contorná-la (35). Certos médicos recomendam a colocação do espermicida em ambos os lados do dispositivo (15). O diafragma nunca deve ser usado sem espermicida porque mesmo quando perfeitamente colocado o dispositivo não exerce pressão suficiente nas paredes vaginais para evitar a passagem de esperma sem causar, ao mesmo tempo, desconforto para a usuária (44). Para inserir o diafragma, a mulher adota geralmente uma das quatro diferentes posições seguintes: sentar-se na borda de uma cadeira; deitar-se de costas, com os joelhos dobrados; acocorar-se; ou apoiar uma perna no vaso do banheiro ou no assento de uma cadeira. Segurando o diafragma com o espermicida, ela junta as duas bordas opostas com o uso dos dedos indicador e médio e do polegar (v. Fig. 5). Enquanto a outra mão afasta os lábios evitar a manipulação de um diafragma "nojento" ou dos órgãos genitais; impedir que a borda do diafragma se prenda contra O colo uterino, em casos de retroversão ou anteflexão do útero (25, 35). O introdutor possui entalhes calibrados que correspondem a diferentes tamanhos de diafragmas. Engancha-sea borda do dispositivo na ponta em forma de Y (goivada) do introdutor e se distende a borda oposta até prender no entalhe apropriado. Com o diafragma nele colocado, insere-se o introdutor na vagina, para cima e para trás, ao longo da parede posterior, para fazer com que a ponta posterior encaixe por detrás do colo do útero (v. Fig. 6). Destaca-se o introdutor fazendo-o girar um quarto de volta enquanto é retirado. Com o dedo, pode então a usuária empurrar a borda dianteira do dispositivo para trás do osso púbico e verificar se o colo do útero está coberto (84). Fig. 7. Para certificar-se de uma correta adaptação apalpase colo uterino com o dedo indicador através da abóbada do diafragma. Completada a inserção, a apalpadura do colo uterino com o dedo indicador revelará uma protuberanciasobacúpula do diafragma, o que significa que o colo está propriamente recoberto pelo dispositivo (v. Fig. 7) (32). (Muitos médicos dizem haver semelhança entre a apalpadura do colo uterino e a da ponta do nariz com uma depressão no centro). Se os dedos da mulher forem muito curtos ou se ela hesitar em inseri-los profundamente na vagina, poderá aprender aapalpar a borda por detrás do osso púbico (84), embora esse método não assegure que o colo uterino esteja recoberto. Fig. 6. Pode-seusar um introdutor de plástico para inserir o diafragma de mola em espiral. Engancha-se a borda do diafragma na ponta em forma de Y do introdutor, encaixando-se a borda oposta no entalhe calibrado que corresponda ao tamanho do diafragma. Geralmente, remove-se o diafragma enganchando o dedo indicador por detrás da borda dianteira (a que se situa atrás do osso púbico) puxando-a a seguir para baixo, sem fazer força (v. Fig. 8) (65). Deve-se exercer cuidado para impedir que a unha perfure o dispositivo. A remoção também pode ser realizada fisgahdo-se com o gancho rombóide da extremidade do introdutor a borda dianteira do diafragma e puxando-a para baixo e para fora da vagina. luz, óleos (vaselina, manteiga de cacau), metais (cobre, prata, zinco), e tintas de impressão (jornais) podem decompor o Iátex (82, 130). Não existindo um recipiente, o diafragma pode ser enrolado em tecido limpo OU toalhas faciais, mas esses materiais oferecem menor pr0teçã0 contra a deterioração. L Características anatômicas, atitudes psicológicas ou condições ambientais podem tornar contra-indicadoo uso do diafragma. Incluem-se entre estas: Fig. 8. Para remover o diafragma, engancha-se com o dedo a borda dianteira (a que se situa por detrás do osso pubico). Embora possa ser inserido seis ou mais horas antes do coito (41), se O diafragma for colocado com mais de duas horas de antecipação, recomenda-se a aplicação adicional de espermicida para possibilitar proteção ótima (32, 41). Ademais, se ocorrer mais de um ato sexual com o diafragma colocado, é conveniente proceder a uma segunda aplicação de geléia ou creme espermicida antes de cada coito para aumentar a proteção. (Em muitos países encontram-se agora aplicadores especiais previamente carregados, que contêm doses complementares de espermicida.) - Não se deve remover o diafragma por seis a oito horas após o ato sexual, a fim de assegurar a ação do espermicida e a inexistência de qualquer espermatozóide vivo na vagina. A ducha é contra-indicada enquanto o dispositivo estiver colocado e o espermicida estiver em ação, porque o diluiria ou removeria (107). O diafragma pode ser conservado no lugar até 24 horas após o ato sexual (25, 35, 86), mas se ficar por mais tempo poderá ocorrer infecção (v. capitulo referente a efeitos colaterais). Paralas mulheres em período de menstruação, o diafragma oferece uma vantagem especial sobre os outros métodos anticoncepcionais. Pode ser usado para conter o fluxo menstrual durante o coito. Manutenção do Diafragma Adequadamente mantidos, os diafragmas de borracha podem durar dois ou mais anos, embora se recomende a obtenção de um novo dispositivo todosos anos ou sempre que se suspeitarem defeitos (90). Antes da inserção, é conveniente procurarfuros ou rompimentos no diafragma, especialmente nas proximidades da borda, quer examinando-o contra a luz, quer c o l o c a n ~ o e vendo se háformação degotas na face água na inferior (82). Se a borracha estiver enrugada, deve-se obter um novo diafragma (84). Após a remoção, deve-se lavar o diafragma com sabão neutro em água potável morna, secá-lo e polvilhá-lo com amido de milho. Isso protegerá a borracha contra a deterioração. Não existindo amido de milho, pode-se usar talco não perfumado. É importante usar somente talcos e sabonetes não perfumados na manutenção dodiafragma, porque os óleos, cremes ou detergentes que entram na composição de produtos perfumados podem causar a erosão do Iátex. Além disso, a lavagem do diafragma com água muito quente ou sua exposição ao calor, exceso de H-8 prolapso uterino completo (32, 41, 71, 84); deficiente tono muscular vaginal (9, 25, 84); fistula vesicovaginal (32, 41); fístula retovaginal (32, 41); cistoceie ou retocele severa (23, 32, 41, 84, 90, 130); retroversão ou anteflexão severa do útero (32, 90); alergia a borracha ou aos espermicidas em geral (rara) (4); lacerações profundas da parede vaginal (25, 90); dilaceramentos do perineo (106, 130); posparto imediato (90); parede anterior vaginal rasa (25, 90, 130); * aversão psicológica ao método (hesitação em tocar os órgãos genitais, atitude que considera "nojento" o uso de espermicidas) (25, 90); incapacidade de aprender o uso adequado (25); falta de pessoal treinado na colocação do diafragma (25); falta de ambiente intimo para a i n s e r ~ ã o e remoçáodo dispositivo. de ser um método anticoncepcional seguro, o diafragma não provoca quaisquer efeitos colaterais graves. Mas em raras instâncias podem ocorrer os leves efeitos colaterais seguintes: reação alérgica irritaçâo da vagina infecção. NOSraros casos de reação alérgica (coceira ou irritação local, Por exemplo) a borracha, a mulher pode optar por Um dos diafragmas de plásticoexistentes no mercado. Em casos de irritação vaginal devida a um espermicida em particular, a mulher pode de marca. Ainda que rara, ocasionalmente pode ocorrer infecção. Conservado no canal vaginal por mais de 24 horas, O diafragma predispõe a usuária a infecção devido a possibilidade de se multiplicarem os microrganismos aprisionados pelo dispositivo (10). Por outro lado, dado que os estudos demonstraram uma baixa incidência de vaginite e cervicite entre as usuárias de geléias e cremes anticoncepcionais, os espermicidas usados com o diafragma podem, na verdade, diminuir a possibilidade de infecções, se o dispositivo for adequadamente usado e mantido no lugar somente pelo tempo recomendado (6). . U m diafragma muito grande pode resultarem dispareunia (coito doloroso) (71). A mudança d o tamanho do diafragma o u sua substituição por um dispositivo c o m borda mais macia geralmente alivia esses sintomas. Ainda não se determinou o efeito, se é que existe, do uso do diafragma sobre o risco de câncerceivical. p o r s e tratar de u m método anticoncepcional de barreira, existe a possibilidade de q u e o diafragma proteja a usuária do cancer, embora não se tenham realizado até hoje estudos suficientemente amplos o u especializados que sugiram tal possibilidade. Em estudo comparativo de 6.809 usuárias de diafragma c o m 27.508 usuárias de contraceptivos orais, Melamed e colaboradores constataram menor prevalência de câncer cervical in situ entre as usuárias do diafragma. Não se evicienciou a razão dessa diferença, nem se pode determinar se o diafragma fornecia certa proteção'contra o câncer cervical ( 7 5 ) . Embora tenham examinado a relação entre a displasia do colo do útero (precursora d o câncer) e os contraceptivos, outros pesquisadores, entre os quais Stern e colaboradores (104, 105), focalizaram mais a escolha d o que o uso d o contraceptivo e se concentraram mais nos contraceptivos orais do que em outros métodos. Para determinar o valor de proteção d o dispositivo é necessário pesquisar o elo de ligação entre a displasia d o colo d o útero e o diafragma. Quadro 3-lndices d e F a l h a e n t r e Usuárias d e D i a f r a g m a e m E s t u d o s Selecionados Autor e Data No. de Ref. País Meses de Exposicão Indice de Falha por 100 Mulheres1 Anos* 2 Sri Lanka 341 7 368 19.1 8 EUA 410 4336 9.0 20 India 143 3106 19.7 24 EUA 662 15 509 6.0 31 EUA 141 1 246 10.6 1197 8881 19,6** 4 052 70 908 Abhayaratne 1968 Número de Mulheres (1938-1974) Beebe 1942 Chandrasekaran 1965 Dewees 1938 Garvin 1944 Tietze 1967 '113 Vessey 1974 120 Unido 1 2.4 "Para computar os indices de falha por 100 mulhereslanos usa-se a f ó r m u l i de Pearl: n o . de casos de gravidez X 1200 no. de meses de exposicão Logo, o índice de falha decresce a medida que aumenta a duracão d o uso. Por exemplo, o indice de 19.6 de falha por 100 mulhereslanos de uso, computado por Tietze ao final d o primeiro ano, cairia para 9.7 se computado n o segundo ano. . * * E m sua maioria, os pesquisadores que se dedicam a esse estudo dão conta de u m indice de falha de 17.9. que representa u m índice cumulativo de falha ao final d o primeiro ano de uso. O ajustamento desse índice para fins de comparacão com os índices computados pela fórmula Pearl resulta numa cifra de 19.6. Teoricamente, o diafragma usado c o m espermicida deve resultar em u m máximo de duas o u três falhas por 100 mulheres/anos de uso. Isso se aplica particularmente as mulheres que usam u m diafragma perfeitoecorretamente colocado e que inserem o dispositivo adequadamente antes de cada coito (32, 65, 120). Classificando os anticoncepcionais de acordo c o m sua eficácia teórica (condições clinicas ótimas). Tietze incluiu o diafragma c o m espermicida n o grupo "altamente efetivo", juntamente. c o m o DIU, os preventivos e a minipilula. Teoricamente, o diafragma é menos efetivo d o que a esterilização, os contraceptivos orais (combinados). os produtos injetáveis o u o ritmo de temperatura. mas é mais efetivo do que o ritmo do calendário. os contraceptivos quimicos tópicos e o coito interrompido (1 10). Contudo. dado que a eficácia depende da colocação correta e d o uso adequado, os indices de falha são frequentemente mais altos d o que os esperados em teoria-de 6 a 25 por 100 mulheres/anosde uso (2,41.84). Embora não tenha calculado indices de falha por 100 mulheres/anos Ryder baseou-se numa amostragem estratificada de âmbito nacional que abrangeu 6 752 mulheres eventualmente casadas para informar que 23% das usuarias d o diafragma não conseguiram retardar o u pievenir a gravidez durante o primeiro ano de uso Seus dados basearam-se no Estudo Nacional de Fertilidade de 1970 ( E U A ) (92) Infelizmente as constataçòes baseadas em percentagens nao são comparaveis as que se baseiam em indices de falha por 100 mulheres/anos de uso Caracteristicas da U s u a r i a e ' l n d i c e s de Falha Nos ultimas anos. poucos são os pesquisadores que elaboraram relatórios sobre indices de falha entre as usuárias d o diafragma. Devido a substancial queda d o número de usuárias. talvez os investigadores tenham encontrado dificuldade em formar grupos de b o m tamanho para fins de estudo. Mas em sete estudos realizados entre 1938 e 1974, informou-se que os indices de falha oscilavam entre 2,4 a 19,7 por 100 mulheres/ano (v. Quadro 3). Sem duvida, a ampla variação reflete a natureza da população estudada e o seu comportamento em relação a prática anticoncepcional. Assim, os indices de falha são mais altos entre: novas usuárias d o que usuárias experientes (22, 91, 110, 120); usuárias que desejam retardar, mas não 'prevenir permanentemente a concepção (120); jovens (menos de 30 anos de idade) d o que usuárias mais idosas (2, 22, 36, 113, 120). vessey e Wiggins informaram que, com o aumento de duração d o uso. o indice de falha baixou entre 4.052 usuárias d o diafragma (120). A tabela seguinte resume as suas constatações: Duração d o Uso (meses) No. d e Mulheres/ Anos e m Risco Indices de Falha Os índices de falha entre mulheres mais idosas são geralmente mais baixos do que entre as mais jovens (v. Quadro 4). É provável que as mulheres mais idosas tenham usado o diafragma por algum tempo e sejam mais experientes em sua colocação e usos apropriados (22). É possível também que essas mulheres tenham formado e completado a proledesejada equeiram prevenir uma nova gravidez; que pratiquem o ato sexual menos frequentemente do que as mais jovens; e que estejam passando por declínio da frequência de ovulação, o que ocorre naetapa avançada da vida reprodutiva e diminui sua fertilidade. A seleção da populações com caracteristicas ótimas em matéria de idade, número de filhos, experiência no usodo diafragma, etc., pode resultar em baixos índices de falha. Assim, entre 4.052 mulheres, Vessey e Wiggins dão conta de um índice total de falha de apenas 2,4 por 100 rnulheres/anos de uso. Pesquisadores reconheceram três fatores que contribuíram para os indices excepcionalmente baixos de falha: o estudo limitou-se a mulheres com mais de 25 anos de idade; requereu-se das participantes do estudo um mínimo de cinco meses de experiência com diafragma e, forneceram-se instruções detalhadas sobre o uso adequado. Vessey e Wiggins valeram-se de procedimentos analíticos de padronização, procurando determinar os efeitos independentes da idade, paridade, prole formada e duração do uso do diafragma entre as mulheres abrangidas pelo seu estudo dos índices de falha. Uma vez mais, esses índices foram mais baixos entre as mulheres mais idosas que tinham um ou mais filhos, que consideravam sua família completa e estavam usando o diafragma por 60 meses ou mais (v. Quadro 5) (120). Causas de Falhas Quadro 4-lndices de Falha por 100 Mulheres/Anos de USOEntre Usuárias de Diafragma por Grupos Etários, em Estudos Selecionados (7 967-7 974) Autor e Data No. de Ref. Abhayaratne Grupos Etários País 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 2 Sri Lanka - 36 EUA 1967 113 EUA Vessey Grã120 Bretanha .I968 34.7 24.8 10.2 6.3 4,7 28.4 18.4 - - 20.4 Hall 1973 13.8 44.1 * 13.5 * 3,3 Tietze 1974 16,2 2.1 1,l deslocamento durante o coito; defeito do diafragma. O desconhecimento da inserção apropriadado diafragma pode resultar de instruções inadequadas e inexatas do pessoal de saúde. É possível que a usuária venha então a colocar o diafragma sem cobrir o colo do útero, deixe de usar novas doses de espermic~daentre coitos múltiplos e remova o diafragma antes de se completar a ação do espermicida (93). O diafragma impropriamente colocado poderá deixar 0 colo do Útero a descoberto. A colocação adequada é essencial para a eficácia do método do diafragma. Em 1962, Johnson e Masters determinaram que até mesmo o diafragma corretamente colocado e adequadamente usado pode dar margem a falhas sob duas condições: Além da motivação deficiente, que resulta na negligência do uso do diafragma em cada ato sexual, as falhas associam-se aos seguintes fatores: na hipótese de que a mulher assuma posição superior; reinserção múltipla (quando o pênis hajaescapado da vagina no auge da excitação sexual e deva ser reinserido). desconhecimento da inserção adequada; colocação imprópria (tamanho errado); Quadro 5-lndices Padronizados da Relação GravidezIEf icácia de Uso do Diafragma, de Acordo com Certas Características das Mulheres ao Início do Estudo* I Característica índice Padronizado de Gravidez por 100 MulhereslAnos em Risco Característica em Que Se Baseou a Padronizaçao dos Indices Idade (anos1 Paridade Fim da formação da prole Duração do uso 25-29 30-34 35-39 Paridade (número de nascimentos prévios) o Idade Fim da formação da prole Duração do uso 1 ou mais Fim da Formação.da Prole Sim Não ou indeterminado Idade , Paridade Duração do uso Duração do Uso do Diafragma (meses) . 5-23 24-59 60 ou mais 3.4 2.8 1,7 Idade Paridade Fim da formação da prole "Adaptado de Use-effectjveness of the Diaphragm in a Selected Family Planning Clinic Population in the United Kingdom, M. Vessey e P. Wiggins (Cortesia de Geron-X, Inc., Box 1108,Los Altos, California 94022)(120). Nestes casos, constataram os pesquisadores que metade das 30 mulheres estudadas estavam sujeitas a falhas do método, quer porque o pênis fora inserido entre a borda d o diafragma e a parede vaginal anterior, quer porque o diafragma havia sido deslocado pelo impulso do pênis. É mais provável que o deslocamento do dispositivo ocorra quando a mulher tenha chegado ao.augede sua excitação sexual, o que resulta na expansão dos dois terços interiores do canal vaginal (49). Finalmente, é possível que um furo no diafragma permita a passagem de esperma, com a conseqüente gravidez, embora o espermicida forneça certa proteção. Os fabricantes de diafragmas testam seus produtos ao serem despachados da fábrica, para ter certeza da inexistência de defeitos. Portanto, a maioria dos defeitos deve-se a manipulação negligente da usuária. ATUALIDADES Recentemente, utilizou-se o diafragma como recipiente intravaginal de prostaglandina E2(PGE2) para indução de aborto. Schulman e colegas (Escola de Medicina Albert Einstein, Nova lorque, EUA) e Lauersen e Wilson (Escola de Medicina da Universidade de Cornell, Nova lorque, EUA), ~nformaram que o uso do diafragma como recipiente de PGE, junto ao colo do útero possibilitou a redução da quantidade necessária para a indução de aborto em meados do trimestre. A menor quantidade de PGE, resulta em menores efeitos colaterais. Valendo-se do diafragma, Schulman pôde induzir seguramente o aborto em 16 mulheres. Em contraste, sem o diafragma, ocorreram seis falhas de aborto entre 15 mulheres que foram tratadas com prostaglandina (94). mulheres sobre o seu uso. Desde a época em que Marie Stopes abriu a primeira clínica de controle da natalidade na Grã-Bretanha (década de 1920), o número de enfermeiras que distribuem diafragmas tem sido maior d o q u e o d e médicos, pelo menos naquele país. Hoje, ensinam-se não médicos a colocar diafragmas nos seguintes países em desenvolvimento: Hong-Kong, Indonésia, Japão, Malásia, Filipinas, Tailândia, Irã, Quênia, Libéria, Maurício, Nigéria, Tunisia, Colômbia, Honduras, Trinidad e Tobago e Jamaica (v. Population Reports, série J, n o .6, dezembro de 1975). A instrução de pessoas que jásabem realizar um exame pélvico raramente requer mais de um dia. MANUFATURA Em face da diminuição da demanda do diafragma verificada em fins da década de 1960 e em princípios da década de 1970, certos fabricantes* suspenderam a produção. Contudo, em 1975 a demanda recrudesceu, informando os fabricantes que atualmente se distribuem mais diafragmas do que em qualquer outra época, desdea década de 1950 (51, 85) (v. Quadro 6, com os nomes dos fabricantes, tipos de diafragmas produzidos e países em que são encontrados). Controle de Qualidade Para os diafragmas, não há padrões internacionais de controle da qualidade. Embora em certos países (GrãBretanha, Suécia) órgãos governamentais estabeleçam padrões e realizem mesmo seus próprios testes de qualidade, na maioria dos países não existem padrões 'Day Baldwin and Cornpany, Lamberts (Dalston) Limited, Milex Products. Tentando melhorar o método de Schulman, Lauersen e Wilson sugeriram que o diafragma fosse modificado, mediante a abertura de um furo central que permitisse a inserção de PGE2 e a expulsão dos produtos da concepção. Informam eles que o diafragma modificado simplifica o processo químico do aborto por permitir a visualização de alterações cervicais e vaginais, ocultas por um diafragma intacto. Entre 33 mulheres que usaram o diafragma modificado, também o tempo médio de aborto foi levemente inferior (11,96 horas) do que entre 35 mulheres que usaram um diafragma intacto (14,89 horas) (57). r--1 l i- - - -- --- - TREINAMENTO ---- - 1 \ ---i Desde o advento da pílula e do DIU, as escolas de medicina de muitos países do mundo pouco não se ocupam, quando o fazem, em instruir os estudantes a respeito do diafragma. Em conseqüência, é possível que os médicos recém-formados não só careçam de competência para colocar o dispositivo, como também desconheçam o seu uso adequado. Por outro lado, não médicos estão sendo treinados em todo o mundo na pratica desse método. Numerosos programas executados por associações de planejamento da família atualmente ensinam não médicos (enfermeiras, parteiras) a colocar o diafragma e instruir as Fig. 9. Para detectar imperfeições, o diafragma é inflado ao dobro de seu tamanho normal. Detectam-se furos por deflação da abóbada; as falhas na borracha podem ser detectadas visualmente. Na Grã-Bretanha, a Especificação de Padrões 4028 exige dos fabricantes britânicos a realização do teste de inflação a ar (Cortesia de LR Industries Limited, North Circular Road, Londres E48QA, Inglaterra). H-1 1 Quadro &Principais Nome & Endereço do Fabricante Fabricantes, Tipos d e Diafragma e Países em Que São Encontrados (1975) Marca Limites de Tamanho Tipo Holland-Rantos Company, Inc. Koromex P.O. Box 5 Koro-Flex 865 Centennial Avenue Piscataway, New Jersey 08854 EUA Mola espiral 50-105 mm Mola em 60-95 mm arco L.R. Industries Limited North Circular Road Londres E4 8QA Inglaterra Durex Mola plana Ortho Pharmaceutical Corp. Raritan, New Jersey 08869 EUA Ortho Ortho White All Flex Mola espiral 50-105 mm Mola plana 55-95 mm Mola em arco 55-95 mm Países em Que São Encontrados Austrália, El Salvador, EUA, Grécia, HongKong, Itália, Maurício, México, Nova Zelandia, Porto Rico .Alemanha Ocidental, França, Itália, Reino 55-72.5 mm (em aumentos de 2,5 mm) Unido (todos os países) 75-95 mm (em aumentos de 5 mm) Ramses Schmid Laboratories, Inc. Mola espiral 50-95 mm Route 46 West Ramses Bendex 65-90 mm Little Falls, New Jersey 07421 África.do~ul,Alemanha Ocidental, Arábia Saudita, Austria, Barbados, Bélgica, Belize, Bermudas, Botsuana, Canadá, Ceilão, Chipre, Cingapura, Costa Rica, Curaçao, Dinamarca, Etiópia, EUA, Filipinas, Finlândia, GrãBretanha. Guam, Guatemala, Guiana, Haiti, Holanda, Honduras, Hong-Kong, Ilhas Francesas do Pacífico, Irã, Iraque, Israel, Itália, lugoslávia, Jamaica, Jordania, Kueait, Lesoto, Líbia, Luxemburgo, Malásia, Malta, Maurício, México, Moçambique, Nova Zelândia, Nicarágua, Nigéria, Noruega, Panamá, Paquistão, Peru, Porto Rico, Portugal, Quênia, República Dominicana, Rodésia, Samoa, Suazilândia, Suécia, Suíça, Tanzânia, Tailândia, Venezuela, Zâmbia África do Sul, Bélgica, Bermudas, Brasil, Chile, Dinamarca, EUA, Hong-Kong, India, Japão, Líbano, Venezuela EUA nacionais comparáveis. Logo, é de responsabilidade do fabricante a produção de um artigo de alta qualidade. A falta de padronização significa que os testes realizadose a qualidadeexigida diferem entre fabricantes e entre países. Na Grã-Bretanha, embora os testes de qualidade sejam, realizados pelo fabricante, os tipos de testes e os resultados devem satisfazer as especificações estabelecidas pela Instituição Britânica de Padrões, órgão oficial do governo. Por exemplo, para assegurar a durabilidade do diafragma, deve o fabricante realizar testes que satisfaçam os requisitos da Especificação Britânica de Padrão 4028. De cada 1000 diafragmas produzidos, pelo menos um deve ser submetido a teste. Para tanto, exige-se que o diafragma seja colocado durante 168 horas (sete dias) em forno a temperatura de 70" C, e a seguir removido e naturalmente resfriado por 12 horas. Em seguida, examina-se a amostra para assegurar que0 diafragma não está pegajoso e que a borracha não endureceu. O artigo deve também estar livrededefeitos (furos) quando inflado por pressão de ar até uma e meia vez o seu tamanho normal por um minuto (15, 21) (v. Fig. 9). A Suécia é talvez o pais que estabelece os testes oficiais mais completos para os diafragmas. Em 1951, os contraceptivos vendidos em . farmácias suecas foram colocados sob controle do governo, que expediu normas reguladoras de qualidade. Essas normas foram agora estendidas a todos os contraceptivos, onde quer que sejam encontrados. Todas as marcas de diafragmas importados (a Suécia não fabrica djafragmas) são testadas no Laboratório Central da Apoteksbolaget (ACL). A Junta Nacional de Saúde e Bem-Estar (agência do governo) utiliza-se dos resultados dos testes para decidir quanto as marcas que podem ser vendidas. Os testes avaliam fatores como: deformação do diafragma sob repetida compressão (v. Fig. 10); resistência da mola espiral a deformação sob pressão (v. Fig. 11); e visíveis falhas ou defeitos na borracha (v. Fig. 12). Inspeciona-seo diafragma para verificar a indicação exata de seu tamanho, o nomedofabricantee adatade expedição (76). Anotando-se o número de todos ostipos decontraceptivo testados na Suécia, é possível aferir a demanda publica de cada método. Por exemplo, em 1965, de um lote de 102 000 diafragmas a serem lançados a venda, extraíramse amostras para teste no Laboratório Central da Apotekbolaget. Em 1966, com a ampla generalização dos contraceptivos orais, o numero de diafragmas controlados pelo Laboratório baixou quase 50°/o, evidenciando-se novo. declínio (quase 80%) em 1967. Por outro lado, a Fig. 10. Colocado em equipamento especial, o diafragma e comprimido 1000 vezes para testar a resistência a deformação. O detalhe (em cima, a esq.), mostra o diafragma sob compressão (Fonte: Apoteksbolaget Centrallaboratoriet (ACL), Box 3045; 171 03 Solna, Gardsvagen 10, Suécia). está livre de deformações; corresponde, em condições normais de .uso, a expectativa de vida do produto (e.g., dois anos); está livre de falhas. Para testar sua resistência a deformação, as molas são geralmente torcidas (e.g., em forma de oito) ou esticadas. Para verificar a durabilidade, em geral sujeita-se o diafragma a testes de tolerância como o aquecimento em forno ou asua distensão. Defeitos como furos ou falhas na borracha podem ser visualmente descobertos, mediante a inflação do diafragma ou sua distensão sobre uma abóbada de vidro iluminada (51,85). Manufatura Três são os métodos principais de fabricação de diafragmas: o método de moldagem, o método de imersão de Iátex e o processo de aglutinação. Dado que a maioria dos fabricantes relutam em fornecer detalhes sobre os seus métodos industriais, examina-se no presente boletim apenas um método-o processo de aglutinação. O Processo de Aglutinação Fig. 11. Um peso equivalente a 280 g comprime a borda do diafragma para testar a resistência a deformação (Fonte: Apoteksbolaget Centrallaboratoriet (ACL), Box 3045:171 03 Solna, Gardsvagen 10,Suécia). publicidade negativa sofrida pela pílula em 1969 e 1970 resultou no aumento dos testes e dos suprimento de contraceptivos convencionais. Em conseqüência, o lote de diafragmas submetido a testes em 1972 aumentou quase 50°/o (para 40.000) com relação ao lote disponível em 1967 (67). Colocados os riscos dos contraceptivos orais em sua perspectiva e reabilitada a popularidade da pílula, o número de diafragmas controlados pelo Laboratório Central da Apotekbolaget atingiu novo mínimo-13.000 em 1974 (v. Quadro 7) (76). Entre dois rolos, comprime-se crepe de borracha incolor, convertendo-a em ,substância pastosa. A seguir, adicionam-se solventes, anti-oxidantes e plastificadores para evitar a erosão da massa de borracha pelo oxiaênio e ozona e permitir o seu fluxo uniforme em tornode um molde que é mergulhado na pasta. a A borda do diafragma de mola espiral é feita de fio de arame'blindado com cádmio para prevenir a erosão. A mola e o tubo de borracha que formam a borda são cortados de acordo com especificações ou com o O governo dos Estados Unidos não estabelece padrões de qualidade para os diafragmas. Cada fabricante estabelece os padrões e realiza testes de qualidade de seu produto. Os testes variam entre os fabricantes, embora seus objetivos sejam semelhantes. Mediante a sua realização, verifica-se se o produto Quadro 7-Número de Diafragmas, Preventivos e Produtos Químicos Vaginais Testados por Amostragem na Suécia* (1965-1967,1972) Ano Diafragmas Preventivos Produtos Químicos Vaginais (lotes) 1965 1966 1967 1972 1974 102.000 56.000 19.000 40.000 13.000 36.000.000 33.000.000 33.000,OOO 58.000.000 206.000 295.000 253.000 425.000 'Testes realizados (67.76). NR = Não Relatou NR NR por Apoteksbolaget Centrallaboratoriet Fig. 12. Para detectar falhas ou defeitos, o diafragma é testado visualmente sob uma Iãmpada que emite luz brilhante e aumenta o diafragma ao dobro ou triplo de seu tamanho normal (Fonte: Apotaksbolaget Centrallaboratoriet (ACL), Box 3045;171 03 Solna, Gardsvagen 10,Sué- cia). Mesmo sem espermicida, o capuz proporciona efetivo bloqueio mecânico contra os espermatozóides. Mas se o capuz for mantido em posição por mais de 24 horas, a aplicação de espermicida antes de cada coito favorecera a sua eficácia. //7 DIAFRAGMA VIMULA ABOBADA DE DUMAS O .capuz pode permanecer colocado durante todo o período interrnenstrual, sendo necessário removê-lo somente quando é esperada a menstrução. Assim usado, o capuz fica dissociado do coito, ao mesmo tempo que oferece continua proteçao contra a gravidez. Ademais, o capuz: geralmente não pode ser sentido pelo homem durante o ato sexual; requer do fornecedor a manutenção de um pequeno estoque de tamanhos (encontram-se seis tamanhos de capuzes, contra doze ou mais de diafragmas); também pode ser usado por mulheres com anormalidades anatômicas ou funcionais do canal vaginal (e.g. cistocele, retocele, prolapso, tono muscular débil); recobre apenaso colo do útero e, portanto, dispensaa readaptação em caso de alterações do tono muscular vaginal; dificilmente será deslocado durante o ato sexual (84, 99). Fig. 13. Quatro tipos de barreira intravaginal: odiafragma, o capuz cervical, a vimula e a abóbada de Dumas (Cortesia da Dra. Barbara Law) (59). tamanho da borda. Fixa-se a mola num pino, fazendo-se passar sobre ela o tubo de borracha; a seguir, a unidade combinada é removida do pino, juntando-se as duas extremidades da mola com um embutido, que também é recoberto pelo tubo. A borda do diafragma em arco é produzida por processo semelhante, a não ser pelo fato de que dois segmentos de aço são inseridos em partes da mola espiral, reduzindo assim a flexão. Colocadas nos segmentos restantes da mola, duas peças de plástico flexível permitem que a borda se curve em arco. Cada borda completada é enfiada por sobre um molde de vidro, que é a seguir mergulhado em cola de borracha para formar a cúpula do diafragma. Após o processo de imersão, o molde évirado com a abóboda para cima, o que leva a cola de borracha a fluir uniformemente sobre o vidro. O solvente evapora, a cola de borracha seca, e a borda e a cúpula se fundem. O processo de imersão é a seguir repetido. Para garantir a estabilidade da forma e a manutenção da elasticidade, o diafragma é mergulhado numa solução vulcanizadora sulfuretada, e a seguir colocado no forno para que o calor provoque a absorção do enxofre. Após a vulcanização, o diafragma é mergulhado em solução de sabão e água e tratado com pó de mica para impedir a adesão de suas superfícies (85). L O CAPUZ CERVICAL - --- Cerca de três entre dez mulheres dos paises em desenvolvimento sofrem de prolapso uterino ou de severo relaxamento dos músculos pélvicos devido ao deficiente atendimento obstétrico em zonas rurais (96). Essas condições tornam contra-indicado o uso do diafragma, mas não o do capuz cervical. Logo, para as mulheres dos países em desenvolvimento que se decidem pelo uso de métodos anticoncepcionais de barreira, o capuz talvez seja mais apropriado do que o diafragma (96). A maior desvantagem do capuz cervical é a de quea autoinserção e a remoção as vezes são mais difíceis porque o capuz deve cobrir o colo uterino, situado ao fundo do canal vaginal (35, 44, 63). Historia Friedrick Adolphe Wilde, ginecologista alemão, foi o primeiro a descrever em 1838, o capuz cervical (29, 56). Por ele chamado de "pessário de caucho", tratava-se de um pequeno capuz de borracha colocado sobre o colo uterino (84). Fabricava-se cada capuz sob medida, usando-se como matriz um molde de cera do colo uterino da cliente (43). 1 Ao contrário do diafragma, que bloqueia toda a parte superior do canal vaginal, o capuz cervical, pequeno vaso cônico em forma de dedal, bloqueia apenaso colo uterino (v. Fig. 14). Cinquenta anos depois, H. A. Allbutt, médico inglês, descreveu o capuz cervical em seu folheto intitulado "Manual da Esposa". O capuz foi introduzido na Inglaterra antes do diafragma. Quando passaram a ser simultaneamente encontrados, cada qual tinhaos seusdefensores. A BEXIGA \ Comparado ao diafragma, o capuz cervical é mais fundo, mas de diâmetro menor; geralmente mais rígido; mantido n o lugar por sucção, e não por tensão de mola (82). Embora certos capuzes cevicais sejam confeccionados de metal ou borracha, a maioria é feita de Lucite, um plástico claro e rígido. Ultimamente também se têm produzido capuzes flexíveis de polietileno plástico (99). OSSO PUBICO \! \ - RETO Fig. 14. O capuz cervical, mantido no lugar por sucção, encaixa firmemente em torno da base do colo uterino (Cortesia de Rosemary L. Bailey) (4). Quadro 8 - ~ a z õ e s d a Suspensão d o Uso d o Capuz Cervical Razões da Suspensão Número de Mulheres Erosão* Descarga Adaptação deficiente Desconforto da esposa Desconforto do marido Incapacidade de aprender a auto-inserção Sensaçao de insegurança Gravidez acidental Desejo de engravidar Separação do casal Histerectomia Menopausa Rompimento do capuz Razões indefinidas 3 - 1 2 2 2 6 3 5 6 4 3 1 1 3 Total 42 "Os pesquisadores reconheceram que as três mulheres que interromperam o uso por erosão não deveriam ter recebido capuzes cervicais (Cortesia do Dr. Christopher Tietze) (112). Clínica Marie Stopes, de Londres, recomendava o capuz cervical de borracha macia e abóbada pronunciada de preferência ao diafragma, por se achar que este causava a distensão dos músculos vaginais. Por outro lado, certos médicos, que alegavam que o capuz cervical causava a erosão do colo uterino, defendiam o uso do diafragma. Atualmente, sabe-se que provavelmente não ocorrerá nenhuma das condições se o dispositivo estiver adequadamente colocado. Aceitação A partir do início do século, quando era usado por '~ cervical caiu em numerosas mulheres da ~ u r o p a ,capuz desgraça. Rara é a sua menção na literatura atual. Se de fato é estudado, o capuz esconde-se na categoria dos "outros métodos", porque o pequeno número de usuárias não justifica a sua consideração em separado. A não ser pelo fato de que alguns médicos não recomendam o capuz a suas clientes por acreditarem que o método é muito complicado para a média das mulheres, poucos são os indícios da razão pela qual o método tem sido rejeitado. Em levantamento da literatura a partir de 1950, somente um estudo, de autoria de Tietze, Lehfeldt e Liebmann, em 1953, fornece informações detalhadas sobre o assunto. Além das mulheres que suspenderam o método porque desejavam engravidar, a maioria interrompeu-o por não conseguir aprender a autoinserção adequada (v. Quadro 8) (63, 112). Uso Adequado Para que a eficácia do capuz cervical seja máxima, deve a usuária aprender as técnicas de adequada inserção e remoção. Antes da inserção, deve'encher um terço do capuz com creme ou geléia espermicida (o excesso de espermicida dificultará a obtenção da necessária sucção). Agachada ou semi-reclinada, a mulher prende o capuz entre o polegar e o indicador, com a abóbada para baixo; se o capuz for de borracha macia ou plástico flexível, ela comprime as bordas. Separando os lábios vaginais com os dedos da outra mão, empurra o capuz até onde der, ao longo da parede posterior do canal da vagina. Com o indicador, pressiona a borda em torno do colo do útero até que a abóbada recubra o orifício cervical e a ponta do colo do útero possa ser apalpada através dela (82). O capuz deverá permanecer coiocado durante pelo menos seis a oito horas após o coito para que não reste qualquer espermatozóide vivo no canal vaginal depois de removido o dispositivo. Como no caso do diafragma, a usuária não deve aplicar ducha enquanto o dispositivo estiver no lugar, a fim de evitar a diluição ou remoção do espermicida (86). Remove-se o capuz afastando a borda do colo do útero, o que faz cessar a sucção (112). A seguir, pode-se enganchar o dedo médio ou o indicador por debaixo da borda e retirar o capuz. Como alternativa, pode-se segurar a abóbada com os dedos indicadore médio e puxá-la para baixo (130). Certos capuzes são dotados d e fio para facilitar a remoção (84). Contra-Indicações 0,uso de capuz cervical é contra-indicado nas seguintes condições: erosão ou laceração cervical (82); má-formação cervical, inclusive um colo de útero excepcionalmente longo ou curto (63, 82, 112); cervicite; inflamação dos anexos (estruturas adjacentes); usuária incapaz de colocar e remover corretamente o capuz. Efeitos Colaterais Cumpre assinalar apenas um efeito colateral, desomenos importância: se o capuz for mantido no lugar por muito tempo, poderá acumular-se no seu interior uma secreção Colocação Como o diafragma, o capuz cervical deve ser colocado pela primeira vez por pessoal especialmente treinado. Sua borda deve corresponder aproximadamente a circunferência da base do colo do útero e circundar por igual essa área sem tocar no óstio cervical (112, 130). Após a inserção de um espéculo vaginal para expor o colo do útero, o médico calcula visualmente o tamanho do capuz. Embora possa haver até seis diferentes tamanhos para escolher (130), pode-se colocar adequadamente na maioria das mulheres um dos três tamanhos seguintes: grande (36 mm), médio (30 mm) ou pequeno (24 mm) (63). Fig. 15. Capuz cervical de plástico flexivel (polietileno) aperfeiçoado pelo Dr. Muang Sein, na India. O capuz envolve firmemente o colo uterino e age como barreira ao esperma (o produto ainda não esta sendo fabricado em massa). malcheirosa. Esse tempo sofre certas variações, geralmente em função do volume da secreção. Se isso acontecer, pode-se remover, lavar, reabastecer de espermicida e reinserir o capuz. Eficácia O capuz cervical é praticamente tão eficaz quanto o diafragma (86). Lehfeldt e colaboradores demonstraram que o capuz mantém sua eficácia pelo tempo que ficarcolocado, mesmo que o espermicida usado só se mantenha ativo por cerca de um dia ou dois. Infelizmente, poucos são os estudos dedicados a eficácia do capuz, e nenhum deles é recente. Por exemplo, em 1953 Tietze e colaboradores estudaram o dispositivo e constataram um índice de falha de 7,6 por 100 mulheres/ anos de uso (112). Após 4.415 meses de uso do capuz, ocorreram 28 falhas entre as 143 usuárias. Seis dessas falhas foram atribuídas a imperfeições técnicas (e.g., omissão de espermicida) e 10 a uso irregular (o capuz deixou de ser usado em todos os coitos). Embora as demais falhas não tenham sido explicadas, é possível que se tenham devido a deslocamentos dos dispositivos colocados. Pelo pouco que se sabe a respeito da eficácia do capuz, só é possível conjecturar a respeito das razões de suas falhas. Talvez o capuz seja deslocado durante o coito se o seu tamanho não tiver sido corretamente prescrito, ou talvez ele não se fixe no lugar se o colo do útero da usuária for longo ou curto a ponto de prejudicar a necessária sucção (63). Mas, dado que o capuz adequadamente colocado fica preso por sucção no fundo do canal vaginal, a probabilidade de que seja deslocado durante a fase de excitação do coito é menor do que no caso do diafragma (96). Atualidades Muan'g Sein, ginecologista de Nova Delhi queaperfeiçoou em 1965 um capuz cervical de plástico flexível (polietileno), informa que não ocorreram falhasentre 300 mulheres britânicas e indianas que passaram a usar o dispositivo entre 1965 e 1975 (100). Em média, os estudos-piloto realizados por Sein acompanharam cada usuária por apenas seis meses (100). Obviamente, há necessidade de seguimento a longo prazo. Planeja-se agora a produção em massa do capuz de plástico (v. Fig. 15). Como preparativo para o uso do dispositivo em países em desenvolvimento, um técnico em ilustrações médicas já produziu, em Londres, desenhos próprios para instruir analfabetas na correta inserção e remoção do dispositivo. Vantagens do Capuz de Plástico Os capuzes de plástico oferecem diversas vantagens sobre os de borracha. Assim, o capuz de plástico não deteriora em climas quentes; não reage a fluidos vaginais acidulantes; não é destruído por óleos animais ou vegetais, podendo assim ser usado com espermicidas a base de óleo (99, 130). do, a retração do mercado levou-os a suspender a produção de capuzes. A única empresa que ainda fabrica o capuz cervical é Lamberts (Dalston) Limited*, na GrãBretanha. A Lamberts produz dois tipos de capuzes de borracha: Prencap e Prentif Cavity Rim. O Prencap, encontrado em três tamanhos, é um capuz cervical "standard", próprio para usuárias de colo uterino normal ou curto. O modelo Prentif Cavity Rim, encontrado em quatro tamanhos, é mais fundo que o Prencap. Está dotado de uma concavidade que contorna a borda para acentuar a sucção, sendo portanto indicado para usuárias com colo uterino longo (122, 130). O Governo da Grã-Bretanha estabeleceu padrões de qualidade para o diafragma, mas por duas razões não O fez para o capuz cervical: a pequena quantidade produzida e a grande improbabilidade de que a espessa camada de borracha do dispositivo apresente defeitos. Apesar disso, na própria fábrica o produto é inspecionado sob luz intensa, para a detecção de defeitos óbvios, o que já é uma forma de controle de qualidade. Em sua maioria. os capuzes são vendidos a clínicas do Reino Unido (122). OUTRAS BARREIRAS INTRAVAGINAIS Dois outros dispositivos intravaginais-a abóbada e a vimula-são frequentemente classificados de capuzes cervicais. Contudo, combinam as caracteristicas do diafragma e do capuz. Como o diafragma, recobrem uma área por detrás do colo do útero e, como o capuz cervical, prendem-se no teto da vagina por sucção. A Abóbada Denominada por vezes de capuz de Dumas (também produzido por Lamberts), a abóbada é feita de borracha ou de plástico e tem a forma de uma tijela redonda com margem espessa e fundo delgado (71). Prende-se por sucção ao teto da vagina, acompanhando o contorno do colo do útero. A abóbada é apropriada para as usuárias que não podem acomodar o diafragma por fraqueza do tono muscular e para aquelas que não podem usaro capuz cervical porque o colo do útero é muito curto ou esta dilacerado (84). Como o diafragma e o capuz, a abóbada deve ser colocada por pessoa treinada. É encontrada em três tamanhospadrão, que variam de 50 mm a 74 mm. Se for usada uma abóbada muito grande, haverá um espaço entre o colo do Útero e o bojo do dispositivo. Se for usada uma abóbada muito pequena, a borda não se prenderá por igual no teto da vagina (130). Como no caso do capuz cervical, o tamanho da abóbada não depende do tono muscular vaginal. Logo, não há necessidade de trocar de tamanho quando se altera o tono muscular (84). A abóbada é inserida e removida da mesma forma que o capuz cervical (v. pág. H-14). A literatura registra apenas uma crítica mais significativa a abóbada: o homem pode as vezes sentir o dispositivo durante o coito (84). Manufatura Durante as décadas de 1950 e 1960, muitos fabricantes de diafragmas também produziam capuzes cervicais. Contu- 'Larnberts (Dalston) Lirnited. 200 & 202 Queensbridge Road, Daiston, London E8. England. A Vimula A vímula ( t a m b é m fabricada p o r Lamberts) c o m b i n a caracteristicas d a a b ó b a d a e d o capuz cervical ( 3 8 , 1 3 0 ) . Como a p r i m e i r a , é feita d e b o r r a c h a espessa o u d e plástico; como o ú l t i m o , t e m u m a c ú p u l a p r o n u n c i a d a ese p r e n d e f i r m e m e n t e e m t o r n o do c o l o d o útero. Mas a o c o n t r á r i o d e a m b o s , a vímula adere c o m g r a n d e firmeza por sucção p ~ r e s s i o n ao r . o r q.u e o seu rebordo ~ o s s i b i l i t a dispositjvo m a i s f i r m e m e n t e c o n t r a o t e t o da"agiria ( 1 3 0 ) . A vímula é p a r t i c u l a r m e n t e Útil p a r a m u l h e r e s com deficiente t o n o m u s c u l a r vaginal, c i s t o c e l e o u colo uterino m a i s l o n g o do q u e o n o r m a l (69, 1 3 0 ) . É e n c o n t r a d a e m t a m a n h o s q u e variam d e 42 m m a 55 m m (84). BIBLIOGRAFIA 1. ANONYMOUS. Outlook in fertility control 'intriguing', return to traditional rnethods is noted. O b Gyn News lO(16): 2,22. August 15, 1975. 2. ABHAYARATNE, O. E. R. and JAYEWARDENE, C. H. S. The contraceptive methods. In: Abhayaratne, O. E. R. and Jayewardene, C. H. S. Farnily planning in Ceylon. Colombo, Colombo Apothecaries Company, 1968. p. 73-88. 3. AITKEN-SWAN, J. and BAIRD, D. Circumcision and cancer of the cervix. 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O seguimento do grupo em estudo, realizado sem controles por idade, paridade e outras características, prolon20u-çe em media por um' ano.* Em futura edição de Family Planning Perspectives (1976) será publicado um relatório detalhado sobre o assunto. *M. Lane e A. Sobrero, comunicação pessoal, 15 de janeiro de 1976, 1 pág.