NOTA DE ABERTURA O setor da construção, outrora pouco preocupado com o comportamento térmico e acústico dos edifícios, vê atualmente a procura pelo conforto nas habitações ser tema de ordem. As novas soluções disponíveis no mercado têm conferido, aos edifícios comerciais e residenciais mais recentes, melhorias no conforto térmico e acústico com alguma eficiência energética. Contudo, existe ainda um grande parque edificado degradado sem as mínimas condições de habitabilidade. Recentemente, foi publicado um estudo da Organização Mundial de Saúde que Ávila e Sousa posiciona Portugal no topo dos 15 países europeus com maior Diretor Técnico dificuldade em manter as casas aquecidas. Este estudo vem Imagem e Iluminação alertar para a urgência em promover a reabilitação urbana, as- do Grupo Preceram sociada ao isolamento, e apostar em edifícios confortáveis, mas com baixo consumo energético. Devemos considerar esta estratégia fulcral para a melhoria da qualidade de vida e saúde das populações, podendo mesmo alavancar o setor da construção e traduzir-se num estímulo positivo para a economia nacional. FICHA TÉCNICA COORDENAÇÃO Carla Santos Silva [email protected] COMUNICAÇÃO E PUBLICIDADE Vera Oliveira [email protected] REDAÇÃO Joana Correia [email protected] GRAFISMO Ana Pereira [email protected] ASSINATURAS [email protected] www.engenhoemedia/obra PROPRIEDADE Engenho e Media, Lda Praça da Corujeira, 38 4300-144 PORTO Tel. +351 225 899 625 Fax +351 225 899 629 [email protected] www.engenhoemedia.pt TIRAGEM 8000 exemplares ISSN 2182-3707 imagem capa: Copyright_Onur_ERSIN 2 6 8 12 16 27 29 32 40 41 42 44 45 46 48 54 Equipamentos e Máquinas para Construção Estruturas e Cofragens Fixação, Perfis e Ferragens Impermeabilização Isolamentos Materiais de Construção Tinta e Vernizes Reabilitação Energias Renováveis Domótica Iluminação Climatização Ventilação Piscinas Construção em Madeira Construção Sustentável Produto Revolucionário: O Novo Leica 3D Disto: Mede – Projecta – Regista Áreas grandes? Com cantos sem esquadria? Paredes não aprumadas? Muito detecta a posição e altura dos pontos que detalhe? Pontos difíceis de alcançar? Não precisa de se preocupar mais: o mede. Essa informação é capturada e depois Leica 3D Disto com a sua precisão e robustez medirá tudo o que necessitar. registada, sendo portanto possível tratá-la A combinação das medições de distância e de ângulos possibilita a deter- a posteriori. Conclusão: uma ferramenta minação rigorosa da posição de cada ponto, identificado através da câmara eficiente, rigorosa e rápida, e que é revolucio- integrada e capturado através do raio laser. Resumindo: o Leica 3D Disto nariamente simples de trabalhar. Posição, altura e distância podem agora ser medidas sob a forma de X,Y,Z a partir de um mesmo ponto e com apenas uma medição. Nunca foi tão fácil fazer levantamentos de tectos, de pavimentos e de áreas de telhados; bem como de volumes; inclinações e pendentes; difenças de altura (desníveis); ângulos e muito mais. Projectar pontos na vertical, apesar da exitência de obstáculos – não constitui qualquer problema! Para trabalhar com o 3D Disto poder colocá-lo em qualquer superfície estável, ou então pode ser montado num tripé standard com rosca 5/8”-11. O Leica 3D Disto é controlado através de um pequeno e robusto tablet ou através do controlo remoto. A pontaria para os pontos que se pretendem medir, bem como e a ordem para execução de cada medição é realizada direc2 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS PARA CONSTRUÇÃO tamente no ecrã de alta resolução do tablet, sendo possível recorrer à ferramenta de zoom (até 8x), que é uma preciosa ajuda nas medições de pontos mais distantes. Os utilizadores ficam impressionados com a interface super intuitiva. Os “Assistentes” (ou wizards) são uma ajuda constante nas tarefas de maior complexidade. A apresentação das medições no ecrã em tempo real sob a forma de desenho tornam possível a completagem e verificação directamente no local da obra. Com o clique de um botão no ecrã, a informação é registada em tabelas standard, fotografias, DXF e ficheiros de texto. É realmente muito simples! Principais vantagens do Leica 3D Disto: Medir e desenhar em simultâneo, no local da obra Medir todas as superfícies de forma automática, sejam horizontais ou verticais: basta definir a área e o intervalo, e começar a medir. Não há detalhes esquecidos; todos os ângulos e irregularidades das superfícies são capturados. Ferramentas especiais para medir janelas e junção de tubagens permitem reduzir significativamente o trabalho. Criação automática de desenhos, seguida de exportação possibilita que parte da informação do levantamento pode ser impressa sem necessidade de edições adicionais. Possibilidade encadear medições realizadas em divisões diferentes, os dados são perfeitamente encaixados. Uma quantidade de acessórios foi desenvolvida para tornar as tarefas de medição muito mais simples. É a ferramenta de medição perfeita para todos os profissionais que necessitam de uma solução muito simples de usar, mas altamente poderosa e produtiva. O Leica 3D Disto é a ferramenta ideal para arquitectos, projectistas e instaladores de divisórias e tectos falsos, carpinteiros, aplicadores de gesso-cartonado (ex. pladur), electricistas, instaladores de cozinhas, empresas de restauro, profissionais de coberturas e isolamentos, instaladores de painéis fotovoltáicos, empresas de cofragens, instaladores de acabamentos em painéis de madeira, projectistas e instaladores de escadas, instaladores de revestimentos em pedra, construtores e instaladores de coberturas para piscinas, etc… JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 3 EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS PARA CONSTRUÇÃO Principais funções do Leica 3D Disto: Projector Para a marcação de pontos. Seja uma malha de pontos em grelha no tecto ou marcação no chão das futuras paredes – o Leica 3D Disto marca o seu projecto em qualquer superfície – ponto a ponto. Room Scan Seja no modo automático ou manual, é possível medir divisões na sua totalidade (paredes, janelas, peças estruturais ou escadas), a partir de um único ponto de estacionamento. Ferramentas Ferramentas rápidas inspiram o utilizador: estabelecer e marcar linhas de prumo, criar pontos de referência ou transferir com todo o rigor offsets posições. Disponibilizamos ainda um portal onde os nossos Clien- Kit de equipamento fornecido tes podem registar o seu Leica 3D Disto, bastando para tal aceder ao “myWorld“ @ Leica Geosystems (myworld. leica-geosystems.com). Nesse portal poderão encontrar várias informações, nomeadamente: documentação sobre o equipamento, sugestões, material de formação, e muito mais, para além de ser poder a verificação e actualização do software do instrumento 3D Disto. E como Leica Geosystems significa sempre a mais elevada qualidade, todos os equipamentos da Gama Leica Disto (ex. Disto, Lino & Roteo) podem ter o seu prazo de garantia standard de 2 anos estendido para 3 anos, bastando para tal efectuar no portal o registo do instrumento no prazo de 60 dias após a data da aquisição. Porta USB Leica Geosystems – when it has to be right Com perto de 200 anos de experiência em soluções pioneiras a sua fiabilidade, pelo valor que transmitem e pelo ímpar su- para medir o mundo, os produtos e serviços da Leica Geosys- porte ao cliente que é prestado. Com sede Heerbrugg, Suíça, tems são alvo da confiança dos profissionais do mundo inteiro a Leica Geosystems é uma empresa global com dezenas de para os ajudar a capturar, analisar e apresentar informação es- milhares de clientes que são suportados por mais de 3,500 pacial. A Leica Geosystems é globalmente conhecida pela sua empregados em 28 países, e centenas de parceiros localizados extensa linha de produtos que permitem capturar rigorosamen- em mais de 120 países espalhados pelo mundo inteiro. A Leica te a informação espacial, que depois é rapidamente modelada Geosystems faz parte do Grupo Hexagon, Suécia. e analisada, e que finalmente é apresentada e colocada ao serviço de quem a necessita. Para mais informações contacte: Leica Geosystems, Portugal Todos os profissionais que trabalham diariamente com equipa- [email protected] mentos da Leica Geosystems, confiam neles devido www.disto.com 4 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Solução Técnica Solução completa da Doka na construção da Ponte sobre o Rio Tua Este complexo projecto, a cargo da Empresa Mota-Engil – Engenharia e Construção, SA, está inserido no IC5 e faz a ligação da A24 (Murça) a Miranda do Douro. Prevê-se que a obra esteja totalmente concluída em Abril de 2012. Trata-se de um projecto de enorme complexidade e com algumas características especiais, tendo em conta o local e o género construtivo. A Ponte sobre o Rio Tua destina-se a vencer o vale do rio Tua, com uma rasante a cerca de 150 metros sobre o leito do rio. A ponte cruza ainda a linha de Caminho de Ferro do Tua e, com a construção da futura barragem da Foz do Tua, ficará situada sobre a sua albufeira. A solução estrutural adoptada para a Ponte é constituída por uma superstrutura contínua de apenas 3 tramos de grandes dimensões, formada por um tabuleiro em viga caixão com 14,40 metros de altura na zona dos pilares e com um comprimento total de 500 metros entre eixos de apoio extremos. O vão central de 220 metros é o segundo maior executado em Portugal através de avanços sucessivos, em betão e sem recurso a tirantes, e o 12º no Mundo. A Construtora necessitava de uma solução com elevada capacidade de carga e adaptabilidade à estrutura complexa, fácil de manusear, rentável e segura. A Doka adequou-se ao ponto de vista do cliente e apresentou uma solução técnica completa, em que o versátil sistema Top50, os resistentes e seguros contrafortes universais e as consolas MF240 e D22, garantiu segurança, rapidez e eficiência em obra. Foram fornecidos mais de 750m2 de cofragem e mais de 1000m3 de cimbre. 6 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 ESTRUTURAS E COFRAGENS Plataformas amplas garantiram máxima segurança Os Factos Obra Subconcessão Douro Interior – IC5 – Murça/Pombal Lote 6 – Ponte Sobre o Rio Tua Lugar Alijó/ Carrazeda de Ansiães Os requisitos de segurança por parte Construtora foram extrema- Dono de obra Ascendi mente elevados, até porque a obra assim o exigiu, devido à altitu- Solução de cofragem Doka Cofragens - Branch Porto de em que seriam realizados os trabalhos. O Cliente não hesitou ao escolher a Doka nesta parceria, já que os sistemas da Doka Empreiteiro oferecem um elevado nível de segurança e fiabilidade, um dos requisitos necessários para a execução deste complexo projecto. Requisitos Além disso, a solução técnica apresentada foi a mais adequada Sistemas utilizados e correspondeu certamente às expectativas do cliente, a nível de DIACE – Douro Interior ACE/ Mota-Engil – Engenharia e Construção, SA Sistema de cofragem seguro, com elevada capacidade de carga e adaptabilidade à estrutura complexa. Top50, Contrafortes Universais, Consolas MF240, Consolas D22 segurança, rapidez e eficiência. No entanto, a ressaltar uma das características mais importantes deste sistema: a excelente e A solução: Altamente rentável e fiável. Sistema com excelente ampla plataforma de trabalho, que permitiu uma execução e uma plataforma de trabalho para uma execução segura e eficiente progressão segura e eficiente dos trabalhos em obra. dos trabalhos em obra. PUB JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 7 Mãos à obra Sistemas para bases de duche Schlüter®-KERDI-SHOWER Schlüter®-KERDI-SHOWER é um sistema modular para a A peça de drenagem Schlüter®-KERDI-DRAIN com flange de construção de chuveiros à face do solo com tijoleira cerâmica. ligação garante uma ligação segura à impermeabilização de Para quatro medidas diferentes podem ser combinadas entre superfície. si elementos de inclinação, opcionalmente com placas de com- A grelha pode ser ajustada de forma flexível a alturas entre pensação, e conjuntos para a impermeabilização da parede e 3 e 15 mm, sendo assim adequada para as espessuras de para o escoamento de água no solo. materiais como mosaicos de vidro, pedra natural, cerâmica ou revestimentos. As ranhuras pré-gravadas permitem adaptar de uma forma simples os elementos para o solo para montar bases de duche A placa Schlüter®-KERDI-SHOWER pode ser utilizada em bases de duche rectangulares e redondas. ® redondas. Os módulos Schlüter -KERDI-SHOWER caracterizam-se por serem particularmente fáceis de instalar. Altura de construção muito baixa A altura da placa de compensação é de 60 mm. Vantagens A altura da placa de inclinação (consoante o tamanho) é de 31–39 mm. É possível uma altura total sem revestimento inferior a Instalação fácil e segura Na montagem, o bote sifónico está ligado ao cano de esgoto, o que possibilita uma instalação e um teste de estanquicidade fácil e seguro. A pendente já está incorporada na placa Schlüter®-KERDISHOWER. 8 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 100 mm. Altura de construção baixa e limpeza fácil devido à colocação do sifão directamente na grelha. No caso de ligações de escoamento verticais directamente na base de suporte é possível abdicar da placa de compensação. FIXAÇÃO, PERFIS E FERRAGENS Notas sobre a montagem Módulos pré-fabricados Escoamento central Formatos de tijoleira Schlüter -KERDI-SHOWER é particular- Para chuveiros construídos de uma forma A utilização de Schlüter®-KERDI- mente manejável. As placas dividas em adaptada a pessoas com deficiências SHOWER não limita de forma alguma duas peças são encaixadas na obra num motoras as entidades oficiais recomen- a selecção dos formatos de tijoleira abrir e fechar de olhos. Os escoamentos dam um escoamento central, uma vez utilizados, desde formatos grandes até de água no solo e conjuntos de ligação que estes asseguram uma utilização ideal aos mosaicos. O mesmo aplica-se se for Schlüter®-KERDI-DRAIN são compostos dos chuveiros para pessoas em cadeiras esperada uma solicitação localizada, por por poucas peças individuais, sendo a de rodas. exemplo, resultante da passagem com ® sua instalação respectivamente rápida. uma cadeira de rodas. Ajuste da grelha Limpeza Capacidade de escoamento Em todos os elementos de montagem é Os encaixes para argamassa fina Consoante a capacidade de escoamento possível ajustar a grelha na horizontal, ex- Schlüter®-KERDI-DRAIN KD 10 AS têm necessária, estão disponíveis variantes cepto no Schlüter®-KERDI-DRAIN-BASE. um filtro de recolha de sujidade instalado. de escoamento entre 0,4 l/seg. e 1,4 Para limpar o Schlüter®-KERDI-DRAIN- l/seg. para combinar com as placas BASE basta retirar sifão integrado na Schlüter®-KERDI-SHOWER. estrutura da grelha. As ranhuras pré-gravadas por trás permitem cortar de uma forma simples as placas para obter chuveiros redondos. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 9 FIXAÇÃO, PERFIS E FERRAGENS A montagem 1. Aplicação da argamassa fina (espátula 2. Aplicação e alisamento da membrana ® com dentes 3 x 3 mm) para colocar o conjunto Schlüter -KERDI. E colocação da mesma em impermeável Schlüter®-KERDI. toda a superfície de união, utilizando para o 3. Recortar a passagem dos tubos com um x-ato. efeito Schlüter®-KERDI-COLL. 4. Aplicar argamassa fina sobre a base 5. Na colocação sobre pontos de argamassa: 6. Ligar o tubo de descarga com a caixa de plana da superfície. E colocar a placa de alisar a placa de compensação com um nível descarga Schlüter®-KERDI-DRAIN. Se necessá- compensação. de bolha de ar. rio, utilizar a peça de redução e ligar ao sistema de drenagem do edifício. 7. Efectuar, se necessário, um teste de estan- 8. Aplicar argamassa fina sobre a placa de 9. Encaixar a placa com inclinação e colocar. quecidade. (Atenção: o ponto de união não deve ficar sobre compensação. o tubo que está por baixo). 10. Aplicar argamassa fina sobre a superfí- 11. Comprimir o encaixe e de seguida aplicar 12. Aplicar argamassa fina na superfície restan- cie de apoio e um agente anti-fricção sobre o Schlüter®-KERDI-COLL na flange do encaixe rebordo da caixa de descarga. para argamassa fina. 10 » em obra » JAN. | FEV. MAR. 2012 te (espátula com dentes 3 x 3 mm ou 4 x 4 mm). PUB 13. Colocar a guarnição Schlüter -KERDI e alisar. ® 14. Colar as peças de canto por completo com Schlüter -KERDI® COLL. As ligações de parede efectuadas com a fita Schlüter®-KERDI também devem ser coladas. 15. Comprimir a grelha em aço inoxidável com a parte inferior no encaixe para argamassa fina. Aplicar argamassa fina à volta da grelha e alinhar ao nível da tijoleira. 16. Antes de colocar em funcionamento, é necessário desaparafusar a grelha em aço inoxidável e verificar o assentamento correcto do sifão, exercendo para o efeito uma ligeira pressão. (Se necessário aplicar agente anti-fricção no O-ring.) Passo-a-passo Sistemas para a impermeabilização de terraços e varandas - MAPEI Passo 1 EXECUÇÃO DE PENDENTES Para evitar a estagnação de água que torna as superfícies de presa normal e retração controlada para a realização de ladrilhadas mais escorregadias, as varandas e terraços devem betonilhas de secagem rápida (4 dias)), precedida do espalha- ter uma pendente de 2% em direção aos pontos de recolha mento sobre o suporte de uma aguada de aderência realizada das águas pluviais. Se na fase de execução da laje as pen- com PLANICRETE. dentes não foram previstas, torna-se necessário a realização de uma betonilha com pendente para favorecer o escoamento da água. DICA Para tal operação a Mapei propõe a utilização de TOPCEM Quando a espessura prevista da camada de pendência é inferior a (ligante hidráulico especial para betonilhas, de presa nor- 20 mm, pode-se utilizar, em alternativa ao TOPCEM ou ao TOPCEM mal e secagem rápidas (4 dias) e de retração controlada) ou PRONTO, o ADESILEX P4, argamassa de regularização cimentícia, de TOPCEM PRONTO (argamassa pré-misturada pronta a usar, endurecimento rápido, para interiores e exteriores. Passo 2 APLICAÇÃO DA CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO A impermeabilização realizada diretamente sobre a betonilha de pendência (fig. 1) e ime- Pavimentação cerâmica ou em material pétreo Betumação de juntas com argamassa da classe CG2 diatamente abaixo dos azulejos, é efetuada Adesivo MAPEI da classe C2 com o MAPELASTIC ou o MAPELASTIC MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART SMART. Betonilha de pendência com TOPCEM PRONTO O MAPELASTIC (aplicado com espátula ou por projeção) e o MAPELASTIC SMART Aguada de aderência (TOPCEM ou TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE) Placa (aplicado a rolo ou pincel) são aplicados em duas demãos, numa espessura máxima de cerca de 2 mm, incorporando entre a primeira e a segunda demão a rede em fibra de vidro, MAPENET 150. Figura 1 DICA Deve-se prestar particular atenção à proximidade das juntas de dilatação ou nas ligações dos elementos horizontais e verticais onde, a fim de garantir a continuidade da impermeabilização e favorecer os movimentos diferenciais entre os diversos elementos estruturais, deve ser utilizado MAPEBAND (fita revestida com borracha com feltro resistente aos álcalis para sistemas impermeabilizantes cimentícios e membranas líquidas). 12 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 IMPERMEABILIZAÇÃO Nas figuras seguintes (2, 3 e 4) são analisados detalhadamente alguns pormenores construtivos que podem tornar-se pontos críticos no caso de uma execução errada da impermeabilização. Ladrilho perfilado Betumação com argamassa da classe CG2 Adesivo MAPEI da classe C2F MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART Betonilha de pendência com TOPCEM ou TOPCEM PRONTO Aguada de aderência (TOPCEM ou TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE) Placa Goteira Figura 2 DICA O adesivo deverá ser aplicado também sobre o reverso dos ladrilhos para assegurar a sua completa molhagem, evitando assim a formação de vazios, vazios que permitiriam a estagnação de águas pluviais, com o risco de aumento au de volume devido a congelação e consequente destacament destacamento ou rutura da pavimentação. Ladrilho PRIMER FD + MAPESIL AC Adesivo MAPEI da classe C2 MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART Betonilha de pendência com TOPCEM ou TOPCEM PRONTO Aguada de aderência (TOPCEM ou TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE) Placa Argamassa de assentamento da soleira Figura 3 Soleira perimetral JAN | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 13 IMPERMEABILIZAÇÃO Figura 4 Ladrilho PRIMER FD + MAPESIL AC Adesivo MAPEI da classe C2 MAPELASTIC ou MAPELASTIC SMART Betonilha de pendência com TOPCEM ou TOPCEM PRONTO Aguada de aderência (TOPCEM ou TOPCEM PRONTO + água + PLANICRETE) Placa Argamassa de assentamento da soleira Soleira Passo 3 ASSENTAMENTO DE CERÂMICA E MATERIAL PÉTREO Sobre suportes elásticos e deformáveis, como o MAPELASTIC ou o MAPELASTIC SMART, é necessário a utilização de ƒ KERABOND+ISOLASTIC, sistema adesivo cimentício de elevadas prestações, tempo aberto alongado e altamente deformável, da classe C2 ES2. ƒ KERAQUICK, adesivo cimentício de elevadas prestações, de um adesivo da classe C2, segundo a norma EN 12004, como: presa rápida e deslizamento vertical nulo, deformável, para ƒ KERAFLEX, adesivo cimentício de elevadas prestações, ladrilhos cerâmicos e materiais pétreos, estável à humidade, com deslizamento vertical nulo e tempo aberto alongado, da classe C2TE. ƒ KERAFLEX MAXI S1, adesivo cimentício de elevadas prestações, com deslizamento vertical nulo e tempo aberto alongado, deformável, da classe C2TE S1. ƒ ULTRAFLEX S2 MONO, adesivo cimentício monocompo- da classe C2FT S1. ƒ GRANIRAPID, adesivo cimentício bicomponente de elevadas prestações, deformável, de presa e hidratação rápidas, da classe C2F S1. ƒ ELASTORAPID, adesivo cimentício bicomponente, altamente deformável, de elevadas prestações, com tempo aberto nente de elevadas prestações, altamente deformável, de alongado, de presa e hidratação rápidas e deslizamento deslizamento vertical nulo e com tempo aberto alongado, vertical nulo, da classe C2FTE S2. com elevado rendimento e aplicação fácil com espátula, da A pavimentação com estes adesivos é pedonável e permite a classe C2TE S2. betumação das juntas 3 a 4 horas após o assentamento. Passo 4 BETUMAÇÃO E SELAGEM DE JUNTAS Em caso de betumação convencional, quando não é requerida Para a selagem de juntas de dilatação a Mapei recomenda rapidez de execução, a intervenção poderá ser efetuada com a utilização de MAPESIL AC; MAPEFLEX PU21 ou PU20 ou KERACOLOR FF ou KERACOLOR GG, consoante as dimen- MAPEFLEX PU50 SL. sões das juntas. DICA Em caso de intervenções rápidas e onde são requeridas resistências a fungos e bolores, a betumação deverá ser realizada Para o dimensionamento correto da junta e para evitar que o com ULTRACOLOR PLUS. Em caso de ambientes onde é selante adira ao fundo da mesma, deve-se utilizar o cordão em exigida uma elevada resistência química utiliza-se KERAPOXY. polietileno expandido MAPEFOAM. 14 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Passo-a-passo Isolamento Térmico com Revestimento de Cortiça - DIERA CORK THERM O isolamento térmico dos edifícios é fundamental para minimizar as trocas de calor com o exterior e reduzir as necessidades de aquecimento/arrefecimento, e o risco de condensações. Em particular, o sistema ETICS tem como função melhorar o conforto interior da habitação, eliminar pontes térmicas e promover o aumento da área útil e a proteção das paredes da envolvente. Este método consiste na colocação de um isolamento térmico sobre a face exterior de paredes em alvenaria, reboco ou betão, ou seja, na construção de uma única parede com um isolamento de cortiça colado com um adesivo compatível. Este sistema pode ser utilizado praticamente em todos os tipos de construção, nova ou antiga, industrial, comercial ou residencial. Na seleção do sistema, é necessário atender ao tipo de suporte, à zona climática, e ao nível de conforto térmico exigido, bem como à exposição da fachada e ao tipo de acabamento pretendido (cortiça à vista ou revestida). A cortiça é um material que tem acompanhado a Humanidade desde tempos imemoriais e que bem cedo se distinguiu em aplicações ligadas à construção, nomeadamente nos países mediterrânicos de onde provém. Atualmente, devido ao desenvolvimento de novos materiais derivados, à melhoria das suas características, à crescente importância da utilização de materiais naturais e sustentáveis e também ao carácter exótico nalguns mercados longínquos, a sua utilização em revestimentos e isolamentos estendeu-se a todo o mundo. Vantagens do isolamento térmico Eliminação de pontes térmicas e redução do risco de condensações das exigências da construção, comparan- A constante condensação de vapores nas paredes frias, devido às pontes caixa-de-ar, reduzindo significativamente o térmicas (por exemplo, em quartos muito húmidos, com pouca ventilação e custo, com a vantagem do aumento da área mal aquecidos) origina a formação de bolores e fungos, causa de vários tipos habitável. do com a tradicional parede dupla com de alergias das vias respiratórias e deterioração das paredes. Proteção das alvenarias Melhoria do conforto térmico de Inverno e de Verão Protege as alvenarias das agressões hidrométricas, absorve movimentos O sistema ETICS é eficiente no combate à de contracção e dilatação, e a consequente fissuração. inércia térmica, impedindo a evasão do calor do interior para o exterior no inverno, assim Diminuição da espessura das paredes como a entrada do calor no Verão, promoven- A utilização de material isolante permite uma redução significativa da espes- do uma temperatura de conforto de acordo sura. Uma só parede simples com isolamento exterior cumpre os preceitos com as exigências do RCCTE. 16 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 ISOLAMENTOS Na presença de um isolamento térmico realmente eficiente Reabilitação sem desalojamento poupa-se na energia para o aquecimento das habitações e Pode ser aplicado sem que os moradores sejam desalojados, preserva-se o meio ambiente no sentido em que há uma redu- ou sequer incomodados. ção da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera. Reabilitação estética Ao seu uso em renovação podem-se somar mais algumas Proporciona além da reabilitação térmica, também a reabilita- vantagens, como: ção de estanquicidade e do aspeto. Vantagens na utilização da cortiça Matéria-prima natural e renovável; Processo industrial 100% natural; Excelente isolamento térmico e acústico; Totalmente reciclável; Ótimo comportamento em situações de grandes amplitudes térmicas. Elementos do sistema DIERA CORK THERM 1.Suporte Os suportes sobre os quais se pode aplicar o sistema Diera Cork Therm deverão ser superfícies planas verticais exteriores ou interiores e superfícies horizontais ou inclinadas não expostas à precipitação, tais como: Alvenaria de blocos de betão, tijolo, pedra; Alvenaria com reboco de ligantes hidráulicos; Suportes pintados ou com revestimentos orgânicos ou minerais, desde que convenientemente preparados. 2.DIERA TH THERM ou DIERA CL ULTRAFLEX; Adesivos bi-componente usados para a colagem das placas de cortiça ao suporte, com as seguintes características: Boa aderência; Estanquicidade à água; Flexibilidade; Durabilidade; Resistencia às alterações climáticas. Não ser atacado por roedores; 3.Cortiça Durabilidade; As principais propriedades requeridas para um isolante térmico Baixa massa volúmica. são obtidas com a utilização da cortiça: Baixo coeficiente de condutividade térmica; 4.Protecção final Não absorção de humidade; PROTETOR UV CORK WB para cortiça à vista, ou DIERA RV Resistência mecânica adequada à utilização; PLASCRYL para acabamento de cobertura. Trabalhabilidade; O sistema pode ainda ser revestido com argamassa DIERA TH Resistência ao fogo; THERM armada com rede de fibra de vidro de 160 g/m2, com Ausência de cheiro; acabamento colorido DIERA RV PLASCRYL. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 17 Aplicação do sistema DIERA CORK THERM Passo 1 Os trabalhos de colagem das placas de isolamento e de aplicação do reboco não podem ser realizados quando se verifiquem as seguintes condições: Períodos de chuva; Temperaturas inferiores a 5º C; Em superfícies expostas ao sol durante o Verão ou sujeitas ao vento forte. Passo 2 A cola DIERA TH THERM deve ser aplicada sobre a placa de cortiça e nunca deverá ser utilizada para preencher as juntas entre as placas. A Diera aconselha a aplicação da cola sobre as placas de cortiça apenas através da colagem contínua, com talocha dentada com entalhes de 6 x 6 x 6 mm. A colagem contínua garante uma colagem total por toda área da placa bem como evita a formação possível de condensações entre o suporte e a cortiça. Na aplicação do adesivo, este deve distar sempre pelo menos 2 cm dos contornos da placa formando uma faixa, para evitar que a cola preencha as juntas entre as placas. Passo 3 Na colagem com DIERA CL ULTRAFLEX a cola deve ser aplicada diretamente sobre o suporte, com espátula lisa, numa camada com a espessura de pelo menos 2 mm, passando depois a espátula dentada na vertical de modo a criar as estrias com 1 mm de profundidade. De seguida, assentar as placas de cortiça. 18 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 ISOLAMENTOS Passo 4 As placas de cortiça deverão ser colocadas topo a topo, em fiadas horizontais sucessivas de baixo para cima a partir da base da parede. Devem estar dispostas com juntas desencontradas, quer em zona corrente, quer nos cantos e não deverá haver coincidência entre as descontinuidades do suporte. A aplicação das placas deve realizar-se imediatamente após a aplicação da cola. No caso de suportes empenados, executar um pré-reboco de forma a regularizar a alvenaria e proceder à colagem normal da placa de cortiça. Não são toleradas diferenças >0,5 cm por 2 m. Verificar planeidade com régua. Passo 5 As placas deverão ser pressionadas para que o esmagamento dos cordões de adesivo seja total. A regularidade da superfície deverá ser permanentemente verificada com uma régua de 2 m. Passo 6 As placas seguintes deverão ser colocadas em contrafiada, em relação à fiada anterior. O recorte e ajuste das placas, nomeadamente nos cantos e nos vãos, deve ser realizado após a colagem da cortiça. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 19 ISOLAMENTOS Passo 7 A colocação das placas na sua posição definitiva realizase pressionando-as contra o suporte de modo a esmagar o adesivo, ajustando assim os seus contornos à planimetria superficial. Passo 8 Antes da aplicação da camada de proteção final, se necessário, lixar as placas de cortiça negra. Passo 9 Para proteção superficial do aglomerado de cortiça negra aplicar a rolo ou à trincha PROTETOR UV CORK WB. O sistema pode ainda ser revestido com argamassa DIERA TH THERM armada com rede de fibra de vidro de 160 g/m2, com acabamento colorido DIERA RV PLASCRYL. 20 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Passo-a-passo Isolamento Térmico e Acústico pelo Interior dos Edifícios - GYPTEC Isolamento pelo interior Quando não é possível ou aconselhável intervir pelo exterior, caso dos núcleos urbanos antigos ou quando não há acordo entre condóminos, o isolamento pelo interior apresenta-se como uma opção adequada e eficaz para reabilitar os edifícios e aumentar o conforto térmico e acústico no seu interior. O isolamento das paredes exteriores reduz de forma significativa as necessidades energéticas de aquecimento e arrefecimento dos edifícios, reduzindo consumos e custos de energia consequentes. A solução passa pela aplicação de placas de gesso com isolamento incorporado. Placa Gyptec com XPS Placa Gyptec com Cortiça Vantagens ! " #$% & '* Métodos de aplicação Placa Gyptec com EPS Passo 1 Aplicar os pontos de cola afastados 40 cm, reforçando no O revestimento de paredes com placas compostas Gyptec perímetro de cada placa. A cola pode ser aplicada na placa ou pode ser efetuado com cola ou perfis auxiliares. diretamente na parede. Fixação com Cola As placas Gyptec são coladas diretamente à parede. Neste processo de forma a garantir uma execução correta de todo o sistema, aconselha-se o uso de cola adesiva GA Gyptec. DICA Dependendo das condições do suporte, o consumo de cola varia entre os 2,5 e os 5 kg/m2. 22 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 ISOLAMENTOS Passo 2 Aplicar a placa na parede encostando-a ao teto. Depois do DICA assentamento, pressionar os painéis para garantir uma boa aderência ao suporte, verificando se a superfície está plana e Afastar a placa 1 cm do pavimento utilizando calços, para garantir que desempenada com uma régua. não haja contato com humidades. Retirar os calços após a secagem. Fixação mecânica Aparafusar perfis auxiliares à parede para fixação posterior das placas. Neste processo de forma a garantir uma execução correta de todo o sistema, aconselha-se o uso dos acessórios: +/ 247 ++&* Passo 1 Aplicar os perfis Omega na vertical ou horizontal seguindo um afastamento máximo de 60 cm. DICA Podem-se aplicar nas zonas superior e inferior perfis horizontais para facilitar a aplicação de remates e rodapés. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 23 ISOLAMENTOS Passo 2 Aparafusar a placa ao perfil Omega com parafusos autorroscantes tipo PM. Tratamento de juntas Aplicar a banda de papel e massa para juntas. Depois de seca, a parede está apta a receber o acabamento final. DICA Existem massas de secagem rápida, normal ou lenta, conforme as condições climatéricas. 24 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 ISOLAMENTOS Produto Painéis de isolamento coloridos Os novos painéis de fibras de madeira aglomeradas Heraklith® humidade e permitem a Fino e Superfino da Knauf Insulation estão agora disponíveis em aplicação em exteriores 16 cores diferentes. com acabamento estético atrativo. Os painéis HERAKLITH® coloridos são indicados para espaços As novas cores foram que requerem uma absorção acústica combinada com o isola- concebidas para melho- mento térmico (como por exemplo salas de reuniões, ginásios, rar a estética do edifício piscinas, escritórios, entre outros), especialmente, para revesti- e, também, para evitar mento de superfícies de parques de estacionamento e anexos. a necessidade de pintar De acordo com a Knauf, estes painéis destacam-se ainda pela os painéis depois de facilidade de manuseamento e aplicação. instalados, o que causa perda das suas propriedades acústicas. Os painéis coloridos Estes painéis oferecem as mesmas propriedades existentes HERAKLITH® são pintados na fábrica para assegurar que se num produto natural como a madeira, permitem o isolamento mantêm intactas as propriedades acústicas de um painel de termo-acústico, durabilidade, proteção contra incêndio, uma vez madeira natural. que atuam como escudo contra o calor, têm alta resistência à A palete de cores evoca elementos naturais “ ades mesmas propried Estes painéis oferecem as como a areia, as rochas, o gelo, a chuva, a selva ou a lava, selecionados pelo simbolismo destes painéis: a proteção ao fogo, tural existentes num produto na ” isolamento térmico e acústico, durabilidade e sustentabilidade. Propriedades Elevada absorção acústica Proporciona excelentes propriedades acústicas e térmicas Resistente a ruído de percussão e impactos Bom comportamento contra o fogo Boas resistências mecânicas à compressão e à flexão Boa resistência à humidade permite a aplicação em exteriores Compatível com a maioria dos materiais de construção e tintas Não serve de suporte nutritivo para fungos e bactérias Isento de substâncias nocivas Isento de cloretos Fácil montagem em paredes ou em tetos decorativos http://www.knaufinsulation.pt 26 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Produto Peça modular inovadora O Grupo Cosentino, líder mundial na produção e distribuição O projeto foi feito em superfícies de quartzo Silestone® que de quartzo, pedra natural e superfícies recicladas, apresentou integram um lava-loiças Integrity by Cosentino®. O design na Fuorisalone 2012 um projeto inovador desenvolvido pela é uma inovadora peça de mobília para cozinha com painéis dupla de designers brasileiros, os irmãos Fernando e Hum- frontais feitos a partir de finas camadas de casca de madei- berto Campana. ra dura extraídas de um tronco de árvore com mais de meio século. Esta peça de mobília é acompanhada por várias Shaping Silestone® é o nome da proposta inovadora que cadeiras que estão integradas sob o mesmo conceito. combina o conceptual com o escultural através de um objeto de uso diário. O objetivo é converter a cozinha num espaço Em último caso, Shaping Silestone® pode tornar-se naquilo vivo e versátil. Os conhecidos designers criaram uma peça que o cliente pretender de uma peça deste género. que integra e utiliza diversos elementos, incluindo bancadas, fogão, tábua, mesa e lava-loiças. O Shaping Silestone® Cosentino e o Estúdio Campana consiste uma peça modular com três componentes princi- Esta é a segunda vez que a Cosentino trabalha com Fernando pais e que recriam a ideia do canivete suíço. Pode desem- e Humberto Campana, dois especialistas bastante conhecidos penhar múltiplas funções, tornando-se o coração da criação no universo do design internacional. Em 2010, a dupla brasi- culinária e, simultaneamente, num espaço social de partilha leira participou no projeto “Campanas for Cosentino” na Milan e convívio entre pessoas. Design Week, um projeto que consistiu numa interpretação artística da superfície reciclada ECO by Cosentino®. Este projeto A peça é a unificação de uma simples ideia: ‘tudo o que esteve presente em diversas feiras de design a nível europeu. uma cozinha necessita’e segue uma sugestiva visão artística proposta por Fernando e Humberto Campana. http://portugal.cosentinonews.com/ JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 27 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Produto Inovação na indústria de compósitos Tendo como matéria-prima as fibras vegetais numa combi- Os Smart Composite® distinguem-se porque não integram nação inovadora com polímeros, este novo produto, desen- aditivos químicos em qualquer circunstância, como por volvido pela Greenfiber Tech, tem benefícios económicos, exemplo, para obter a cor natural da madeira. Não é ne- ambientais e sociais. cessária manutenção especial, são mais leves, mantendo a resistência necessária e requerida pelas diferentes aplicações A empresa que opera na área das cleantech foi criada por alvo e isolam melhor a temperatura do que os WPC ou a pró- e, mais tarde, lançou no Jorge Santos que, mercado da indústria de compósitos os “ pria madeira, garantindo maior cia s com mais eficá Com esta solução valorizamo Smart Composite®, uma gama de produtos inovadores mais os desperdícios da indústria conforto. da fileira florestal ” sustentáveis do que a madeira e compósitos de madeira com termoplástico (WPC – Wood Plastic Composite). Os Smart Composite® vêm responder à procura de novos materiais, novas funções e novos produtos no mercado do A indústria de construção naval e civil dos EUA e Canadá lazer e bem-estar. “O objetivo é cada vez mais identificar e são os principais mercados dos Smart Composite® da Gre- potenciar a utilização de uma determinada característica das enfiber Tech que poderão ser aplicados em barcos, terraços, fibras vegetais para beneficiar da melhor forma um determi- jardins, piscinas, spas, mobiliário de exterior, entre outros. nado fim, como por exemplo, o isolamento”, garante o diretor de marketing, vendas e logística, Paulo Nogueira. Utilizando tecnologias de transformação já existentes, os Smart Composite® inovam no processo de produção. Ao selecionar e combinar propriedades específicas das fibras vegetais, detetadas e isoladas em laboratório sueco, com polímeros de propriedades singulares, o resultado é uma alternativa de maior valor e mais eficaz. “Com esta solução valorizamos com mais eficácia os desperdícios da indústria da fileira florestal (coco, casca de arroz, sisal, cânhamo e outros), garantindo produtos com características únicas que reúnem um conjunto de benefícios”, refere Jorge Santos. 28 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 TINTAS E VERNIZES Ficha de Produto Gama HEMPATONE Descrição HEMPATONE EXTRA 58910, HEMPATONE SATIN 586E4 e HEMPATONE SOFT 58P76 são tintas plásticas baseadas em dispersão aquosa de copolímero vinílico. Uso recomendado Pintura de estuques, gesso cartonado, reboco, betão e outros substratos comuns em Construção Civil, em paredes, tectos e lambrins em interior. HEMPATONE EXTRA e HEMPATONE SATIN, podem também ser aplicados como pintura de reboco e betão em exterior. Excelente acabamento decorativo e muito agradável ao tacto. Excelente poder de cobertura. Base aquosa, fácil aplicação e baixo salpico. Praticamente isento de cheiro. Limpeza fácil JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 29 TINTAS E VERNIZES Constantes Físicas HEMPATONE EXTRA Cores Branco / 10000 * HEMPATONE SATIN Branco / 10000 * HEMPATONE SOFT Branco / 10000 * Acabamento Fosco Acetinado Semi mate Volume de sólidos 35 ± 1 % 40 ± 1 % 39 ± 1 % Rendimento teórico 11,7 m2/litro - 30 microns 13,3 m2/litro - 30 microns 13 m2/litro - 30 microns Ponto de inflamação > 66° C > 66° C > 66° C Massa volúmica 1,4 kg/litro 1,3 kg/litro 1,3 kg/litro Secagem ao tacto 1 hora a 20º C 1 hora a 20º C 2 horas a 20º C V.O.C. 20 g/litro 20 g/litro 4 g/litro Min. 4 horas a 20º C Min. 4 horas a 20º C Min. 4 horas a 20º C Max. Não tem Max. Não tem Recobrimento Max. Não tem ® * Outras Cores - por afinação automática, em Sistema Multi-Tint Especificações tipo INTERIOR FOSCO 1 x HEMPEL SELANTE AQUOSO 48350 40 Microns 1 x HEMPATONE EXTRA 58910 30 Microns 1 x HEMPATONE EXTRA 58910 30 Microns INTERIOR ACETINADO 1 x HEMPEL SELANTE AQUOSO 48350 40 Microns 1 x HEMPATONE SATIN 586E4 30 Microns 1 x HEMPATONE SATIN 586E4 30 Microns INTERIOR SEMI MATE 1 x HEMPEL SELANTE AQUOSO 48350 40 Microns 1 x HEMPATONE SOFT 58P76 30 Microns 1 x HEMPATONE SOFT 58P76 30 Microns Aprovações, certificados Produtos classificados como grupo a) Segundo a Directiva 2004/42/CE. Mais informações disponíveis mediante solicitação Para outras especificações possíveis, por favor contacte os Serviços Técnicos da HEMPEL. Os produtos deverão ser usados de acordo com as Informações Técnicas e a Ficha de Segurança, disponíveis em www.hempel.pt HEMPEL (Portugal) Lda. Vale de Cantadores, 2954-002 Palmela | Tel.: +351 212 351 022 / 212 352 326 Fax: +351 212 352 292 | Email: [email protected] 30 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Produto Quem pensa em reabilitar e decorar, tem que pintar! A reabilitação urbana é uma tendência inevitavelmente cres- permitindo a manutenção das suas funções e a estética. Desde cente, não só pela conjuntura económica e social actual, como sempre a Sika disponibiliza aos seus clientes soluções comple- também pela necessidade imperativa de uma maior sustentabi- tas para a reabilitação das envolventes exteriores dos edifícios, lidade na construção. Torna-se assim evidente que as necessi- onde evidentemente se incluem tintas de protecção de qualida- dades actuais do mercado, ao nível da construção, passam por de superior, que ao longo de muitos anos têm demostrado a sua soluções de reabilitação que garantam qualidade, economia e robustez. inovação. “ o ume-se com ss a a ik S a s ta n ti e d Com a nova gama ” eabilização! m er p Im e o çã ta ili b ta em Rea verdadeiro especialis Acompanhando a evolução das necessidades do mercado, a A reabilitação é também um foco do desenvolvimento tecnológi- empresa apostou no desenvolvimento de uma gama completa co da Sika, pelo que a empresa tem tido uma preocupação con- e alargada de tintas de protecção e decorativas vocacionadas tínua na procura de soluções inovadoras e sustentáveis, com para novos públicos, mantendo a qualidade profissional e ino- o intuito de assegurar os mais elevados padrões de qualidade, vando na imagem, mais apelativa e facilmente identificável com acompanhando as exigências crescentes do mercado. as soluções Sika. As intervenções de reabilitação e manutenção periódicas nos A nova gama de tintas Sika é capaz de responder a qualquer edifícios são necessárias para manter a sua saúde, qualquer exigência no que respeita a resistência, qualidade e desafios de que seja a utilização do imóvel (residencial ou não residencial), decoração, no exterior ou no interior. 32 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 REABILITAÇÃO É importante que as fachadas se mantenham em boas condições. Consideradas os rostos dos edifícios, muitas delas reflectem o traço cultural e arquitectónico das cidades. A fachada é considerada um factor essencial para a saúde interior de um edifício, pois a maior parte das anomalias que surgem são causadas por acções externas ou pelo contacto permanente com água. É assim importante que o revestimento exterior do edifício tenha características que permitam acompanhar os seus movimentos (naturais ou eventuais), impedindo que a água penetre na estrutura, para além de ter resistência à intempérie, capacidade de deixar a estrutura respirar e de manter a sua coloração ao longo do tempo. Sendo a pintura exterior o revestimento mais comum, económico Mesmo quando o revestimento da fachada é em cerâmico, pe- ® e de mais fácil manutenção, a Sika disponibiliza a gama Sika dra ou betão aparente é importante impermeabilizar com uma Protective Paint, onde se incluem as tintas de protecção exte- impregnação transparente e repelente de água, sendo Sikagard® rior (para as mais variadas condições ambientais, mesmo as mais 700S a referência Sika para este tipo de impregnação. A adopção exigentes) e as membranas elásticas. desta solução de reabilitação e impermeabilização permite manter o aspecto original dos materiais e prevenir simultaneamente o aparecimento de fungos e musgos. Tendo em conta que a fachada é o espelho do edifício, esta deverá reflectir as condições do seu interior. As intervenções de renovação e de decoração de interiores passam inevitavelmente pela pintura. E, quer se trate de reabilitações profundas ou simples renovações de ambientes, os parâmetros de qualidade das soluções de pintura são sempre os mais elevados. Transpondo a sua experiência no exterior ao nível da protecção de fachadas, a Sika desenvolveu uma gama completa de pinturas decorativas para interiores, adaptadas às exigências de cada ambiente e ao tipo de utilização, com uma gama infinita de cores e a qualidade profissional de sempre. Sendo a decoração de interiores um mundo de cor e sensações, e a pensar na individualidade de cada projecto de remodelação, a gama Sika® Decorative Paint garante a solução ideal para cada espaço, à medida de cada desejo e capaz de responder aos projectos mais arrojados de decoração. Sendo uma gama dinâmica e em permanente actualização, em função das necessidades do cliente, a nova gama de tintas Sika terá em breve novas referências. Fique atento! JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 33 REABILITAÇÃO Sika® Protective Paint Sikagard®-550 W Elastic Membrana Elástica Revestimento elástico, ponte de fissuras, para reboco e betão Passivol® - Exterior Sika® Acrílica 100 Secagem rápida, resistente às agressões atmosféricas correntes Tinta 100% acrílica, resistente a ambientes agressivos Passimur® - Quartos & Salas Sika® Paint Pro Excelente lacagem, mate, grande resistência, anti fungos e bolores Fácil de aplicar Acabamento liso Boa cobertura Sika® Decorative Paint Muráqua® - Paredes & Tectos Bom poder de cobertura, fácil de aplicar. Sika® Textures Revestimento 5500 Revestimento Texturado Exterior Muito resistente e decorativo, permite esconder irregularidades da fachada . Acabamento areado fino. 34 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Tinta Texturada Interior Acabamento rugoso mas suave ao toque, bom poder de cobertura. Permite esconder defeitos e imita areado fino. REABILITAÇÃO Notícia © Lucas Oliveira CIP: cria cluster para a regeneração urbana António Saraiva, presidente da CIP, anunciou na sua inter- no quadro de uma política integrada. “Só com a criação de venção proferida no seminário organizado pela CIP no início condições objetivas favoráveis se incentivará os proprietá- de abril, a criação de um ‘cluster’ para a regeneração urbana, rios dos imóveis, os investidores, os agentes económicos da no âmbito do projeto iniciado há dois anos ‘Fazer Acontecer a fileira da construção e outros interessados a empenharem- Regeneração Urbana’. se nesta importante tarefa da regeneração das cidades, da requalificação de bairros e reabilitação de edifícios”, afirma O novo ‘cluster’ será dirigido pelo vice-presidente da CIP, António Saraiva. Carlos Cardoso, e destina-se a promover a revitalização, a construção e a reabilitação dos centros das cidades. Reunir iniciativas privadas e públicas e criar oportunidades é considerado fundamental para que o projeto tenha suces- De acordo com António Saraiva, esta poderá ser uma forma so. No total a CIP, apresentou 32 propostas, consideradas de “dar alento à tão debilitada fileira da construção”. Nas concretas e exequíveis tendo em vista a regeneração urbana. estimativas da CIP, não obstante a situação atual da economia Constituíram o Conselho Consultivo da Regeneração Urbana, portuguesa, é claro que existem oportunidades que há que de que fazem parte personalidades de relevo nacional. potenciar, todas elas orientadas para recuperar vastas áreas urbanas, num processo que, se for implementado, permitirá, num Concluíram 5 estudos de diagnóstico associados aos proces- período de 18 a 20 anos, criar mais de meio milhão de postos sos de regeneração relacionados com o mercado de arren- de trabalho, no total, e contribuir, em cada um desses anos, damento, a legislação fiscal e licenciamento, as políticas de para um acréscimo do PIB em cerca de 900 milhões de euros. solos, planos diretores e limitações de intervenção nas zonas históricas, os mecanismos de financiamento e de incentivos e O projeto da CIP quer gerar oportunidades de investimento o Comércio de Proximidade como elemento dinamizador das multidisciplinar, envolvendo variadíssimos agentes e valências, cidades. E criaram o Cluster para a Regeneração Urbana. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 35 REABILITAÇÃO Notícia Nova aposta no setor da reabilitação A Bluebee é uma nova empresa a atuar no setor da reabili- concretamente, todo o tipo de pequenas intervenções rela- tação em Portugal. O objetivo é poder proporcionar a cada cionadas com a construção, demolição, alvenaria, aprovei- cliente a possibilidade de realizar as suas obras a preços tamento de águas furtadas, aquecimento, ar condicionado, justos, tendo como alicerce a qualidade de uma equipa multi- caixilharia de alumínio, carpintaria, canalização, electricidade, disciplinar, capacidade de resposta e profissionalismo. Sendo energias renováveis, espaços verdes, fachadas, isolamento, premissa fundamental a elaboração de um estudo prévio e janelas e portas, ladrilhador, marquises, paredes, pavimentos o acompanhamento constante da obra, a empresa executa, e soalhos flutuantes. http://www.bluebeeconstrucao.pt 36 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Notícia Umbelino Monteiro completa 30 anos no setor da reabilitação A empresa Umbelino Monteiro comemora 30 anos dedicados Moinho de Papel, edifício que garantiu o desfecho digno do à reabilitação do património edificado. evento com um brinde a um futuro sustentável. Para assinalar esta importante data, a empresa organizou no A reabilitação do património é uma forma de cultura fundamen- dia 18 de Abril em Leiria, o Seminário “30 Anos a reHabilitar tal para a preservação da história, da cultura e da identidade com história”. O evento teve início no Arquivo Distrital de Leiria e de um povo. A Umbelino Monteiro conta com 30 anos de contou com a presença de vários oradores de relevo, a destacar, dedicação à reabilitação, desenvolvendo produtos pioneiros e o Dr. Raúl Castro (Presidente da CML), a Arq. Vitória Mendes inovadores, construindo soluções e conquistando conhecimen- (coordenadora do Gabinete de Reabilitação Urbana da CML), to, validade na participação em obras de reabilitação como o seguido das intervenções do Arq. Charters Monteiro (Gabinete Mosteiro dos Jerónimos, o Convento de Cristo, a Sé de Viseu, de Arquitetura Planorma), da Arq. Helena Veludo e do Arq. Rui o Palácio da Pena, o Castelo de Leiria, e muitos outros edifícios Órfão (PAU – Arquitetos Associados), entre outros. repletos de simbolismo histórico. Após as intervenções em sala, seguiu-se um tour pedestre pela Quem não teve oportunidade de participar, pode aceder aos zona histórica da cidade, guiado pelos conhecimentos do Pro- conteúdos do seminário, ao tornar-se seguidor da empresa fessor Joaquim Ruivo, Presidente da direção do CEPAE. organizadora Umbelino Monteiro SA, no linkedIn ou Facebook. Foi uma oportunidade única para revisitar e reinterpretar edifí- Outras iniciativas comemorativas dos “30 anos a ReHabilitar cios emblemáticos da cidade de Leiria que tiveram a interven- com história” irão acontecer noutras cidades de Portugal ao ção da Umbelino Monteiro na reabilitação da cobertura, como longo do ano. a Casa dos Ataíde, a atual sede da Caixa Agrícola de Leiria, o Edifício Rodrigues Lobo, o Convento de Sto. Agostinho e o 38 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 www.umbelino.pt REABILITAÇÃO Produto Soluções de madeira para a reabilitação O mercado da reabilitação e renovação são neste momento um Soluções inovadoras - pavimentos dos segmentos de aposta da Tecniwoo-Soluções. Prova disso são o leque variado de produtos e soluções que a empresa vai Vinyl Concept levar para a Tektónica 2012, em Lisboa. A coleção Vinyl Concept, da Corkart, é uma nova geração de pavimentos flutuantes de vinílico com cortiça, tecnologica- De forma a acompanhar as novas tendências do mercado da re- mente avançados, resistentes, que apresentam uma enorme abilitação e renovação de espaços, a Tecniwood decidiu apostar versatilidade decorativa. em soluções inovadoras em HPL para cozinhas e em pavimentos. Assim, em exposição estarão soluções da marca italiana É um pavimento que reúne con- Arpa que a Tecniwood representa em exclusivo para Portugal, dições para aplicação em áreas novos produtos para o fornecimento e distribuição de compo- comerciais e em todos os proje- nentes e acessórios para cozinhas como Kits, portas, gavetas, tos de decoração de interiores. perfis, dobradiças e tampos da Grass, Vauth-Sagel e mobiliário Os padrões, com efeitos realistas made by tecniwood, além de vários tipos de pavimentos das – em madeira, cimento, pedras marcas Poliface, Finsa, FAUS, Rehau, Moso, Barlinek, Ecofloo- e metálicos – trazem ao espaço ring e Corkart. um estilo incomparável e muita personalidade. Para José Moura, diretor comercial da Tecniwood-Soluções, “ vação ... reabilitação e reno são neste momento “a Tektónica tem sido para a Tecniwood um momento muito cniwood-Soluções. aposta da Te um dos segmentos de ” importante para a apresentação dos seus produtos mais inovadores, tendo como A resistência ao desgaste, o conforto que oferece, a fá- objetivo a busca constante de parceiros para a internacionaliza- cil manutenção e as propriedades acústicas graças a um ção dos seus negócios e, consequentemente, para a melhoria backing de cortiça natural, tornam este produto ideal para a da competitividade”. decoração de qualquer espaço. Soluções inovadoras - HPL Bamboo X-Treme Decking O Bamboo X-Treme Decking da Moso, marca representada Arpa for You em exclusivo para Portugal pela Tecniwood é uma solução A solução Arpa for You permite a entrega rápida de um variado ecológica feita a partir de bambu, um material 100% susten- leque de painéis HPL termolaminado para aplicação em inte- tável. O bambu é uma erva de crescimento rápido e espon- riores. O Arpa for You disponibiliza 311 referências das quais tâneo que respeita o meio ambiente e permite a conservação a tecniwood tem no seu stock 75 decors, não sendo necessá- da floresta. rio aguardar pelo período de produção do material. Tem uma grande variedade de cores, decorações e acabamentos para Com uma espessura de 18 e 20mm, o Bamboo X-Treme responder a diferentes solicitações. Esta solução é particular- Decking está disponível em réguas de 1850x137mm. Este é mente adequada para o design de interiores, nomeadamente um produto de alta densidade, tratado com calor, adequado em mobiliário doméstico, incluindo cozinhas, mobiliário escolar, a aplicações exteriores, especialmente como deck. Pela sua hospitalar e geriátrico. Estas são algumas das imensas aplica- grande densidade, o deck em bambu é capaz de resistir à ções desta solução. intempérie e apresenta uma maior estabilidade dimensional. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 39 ENERGIAS RENOVÁVEIS Produto Novo coletor solar O novo coletor solar Logasol SKN 4.0 da Buderus, marca O Logasol SKN 4.0 pertencente à divisão Bosch Termotecnologia do Grupo Bosch, representa a última geração de coletores solares térmicos para O vidro solar de segurança faz com que o con- instalações de energia solar térmica. junto do coletor seja especialmente robusto, à prova de água e resistente às intempéries. A evolução das matérias-primas permitiu que a empresa desen- Além disso, o peso foi reduzido até aos 40 kg volvesse um coletor de elevada qualidade no que respeita a me- e, para facilitar a sua manipulação e transpor- lhorias construtivas e técnicas. Absorvedor de uma única lâmina te, foram incluídas umas alças na estrutura. de alumínio/cobre com revestimento em PVD, que fornece bom rendimento e um aspeto mais elegante. Conta com uma grelha O novo coletor solar térmico da Buderus está de 11 tubos soldada por ultrassons à lâmina absorvedora reduz disponível para colocação sobre telhados incli- consideravelmente o risco de corrosão. Para além disso, a sua nados, integrados na fachada ou em telhados estrutura é fabricada numa única peça de plástico, reforçada planos. A instalação dos painéis é também um com fibra de vidro, baseada na tecnologia SMC (Sheet-Moulding fator crucial, deste modo,a Buderus melhorou Compound), garantindo uma maior robustez. vários aspetos relacionados com as estruturas de montagem, especialmente para a sua insta- O Logasol SKN 4.0 foi premiado com o “if product design award lação no telhado. Os ganchos de fixação lateral do painel à estru- 2012”, com reconhecimento do seu design atrativo. O coletor foi tura foram modificados de forma a que o instalador tenha maior apresentado, pela primeira vez, na feira ISH 2011 em Frankfurt. acessibilidade ao parafuso de ajuste e que o gancho não seja “Este prémio para o coletor solar Logasol SKN 4.0 demonstra visível da parte frontal do painel. Quando se realiza a instalação que a nossa ideia de produção industrial não se preocupa ape- de vários painéis na mesma fila, é necessária a colocação de um nas com a tecnologia, mas também com o design dos produtos, gancho central ao qual foram incorporados uns dispositivos de tendo para nós um papel cada vez mais importante”, disse Luc segurança com indicadores em cor verde, para garantir a correta Geerink, responsável de marketing da Buderus Alemanha. instalação dos coletores. Www.buderus.pt 40 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 DOMÓTICA Produto Soluções de domótica A ONLY é uma plataforma em soluções de domótica em Portu- ONLY - Segurança gal, juntando várias empresas que dispõe diferentes soluções O sistema de segurança é autónomo e pode armar-se à noite tecnológicas para edifícios e que se complementam. e desarmar-se de manhã sem qualquer intervenção humana. Para além disso integra totalmente com o resto do sistema, A ONLY faz a integração de segurança, automação, climatiza- permitindo a criação de cenários “sair de casa”, “chegar a ção e som ambiente no mesmo sistema. casa” e “alarme”, simulação de gente em casa e controlo por telefone. Mesmo sem estar em casa, e através de uma sim- Domótica ples chamada telefónica, pode armar e desarmar o alarme, ligar/desligar água, gás, aquecimento, luzes, rega e abrir/ A domótica é uma tecnologia que permite controlar e gerir fechar estores. todos os sistemas habitacionais (segurança, climatização, som, iluminação, estores, rega, etc.) simplificando a sua vida. A prin- A instalação é semelhante aos sistemas convencionais com cipal vantagem é que permite automatizar as rotinas e tarefas tubagem e cablagem próprias, podendo ser utilizadas unida- de uma casa, tais como: des expansoras espalhadas pela casa para mais fácil instala- Ligar/desligar luzes; ção. O marcador telefónico para rede fixa pode também ser Abrir/fechar estores; ligado a um simulador por GSM e pode estabelecer ligação Ligar/desligar aquecimento; tanto a centrais 24 horas como a telefones de voz. Ligar/desligar música ambiente; Configurar rotinas (cenários) que funcionam com o premir de um botão. ONLY - Som O sistema de som ambiente ONLY é um sistema de qualidade HiFi concebido para proporcionar som local e distribuído pela Conceito Inovador casa. Cada unidade de som ambiente tem um sintonizador local de FM com RDS e entradas para o seu MP3, a sua tele- Numa solução ONLY os interruptores tradicionais são substi- visão e para o som distribuído a partir da sala, permitindo o tuídos por comandos eletrónicos, mantendo-se a comutação controlo de volume para duas zonas distintas. Tem ainda um elétrica no mesmo local: Arquitetura da instalação semelhan- relógio despertador incorporado. te a uma tradicional; Possibilidade de instalação em casas existentes; Comunicação por um fio mais na mesma tubagem; ONLY - Climatização Infraestrutura simples e barata. Os cronos termóstatos ONLY permitem calendarizar a climatização de cada compartimento da casa de forma a que esta ONLY - Automação esteja ligada somente quanto é necessário. Dois programas O sistema de automação ONLY permite-lhe integrar o comando distintos, um para inverno e outro para verão, permitem de luzes, estores e som num mesmo painel, se assim o preten- definir a temperatura pretendida para 3 períodos de funcio- der. A grande inovação dos sistemas de automação ONLY é namento por cada dia da semana. Disponibiliza modelos que que os seus comandos eletrónicos substituem os tradicionais permitem o controlo de aquecimento por caldeira e radia- interruptores, continuando a comutação elétrica a ser feita no dores, ventilo convectores, piso radiante a água e alguns mesmo local. aparelhos de ar condicionado. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 41 Produto Sistema de iluminação natural tubular O sistema de iluminação natural tubular (Tubular Daylight Device) é um dos mais eficientes do mundo, sendo que consegue dar resposta aos problemas associados aos sistemas tradicionais de iluminação natural. As clarabóias tradicionais tinham muitas limitações, tais como, o conforto térmico, distância, resistência, desempenho médio, homogeneidade luminosa, impermeabilização, entre outros. O sistema de iluminação natural tubular solatube foi desenvolvido há mais de 20 anos na Austrália para dar resposta à procura de luz natural nos ambientes e tendo em vista também uma poupança de energia. Seja qual for a posição do sol no céu, o sistema solatube consegue captar, transferir e difundir a luz do dia de forma homogénea por toda uma © Solatube divisão ou recinto da uma casa ou empresa. Características Criado com design revolucionário e tecnologia de vanguarda, o solatube é composto por um domo de acrílico que captura e redireciona a O sistema é encabeçado por uma cúpula transparente, mon- iluminação solar para o interior de um tubo re- tada no telhado, que recebe a luz do Sol. Esta cúpula não só é vestido com material 99,7% refletivo e através extraordinariamente resistente ao choque, como repele poeiras de uma lente difusora. A iluminação solar é e partículas através de uma carga eletrostática. distribuída para dentro do ambiente de forma © Solatube homogénea. O sistema é composto por 3 partes: Zona de captação, composta do domo que capta o equivalente a duas vezes a área do seu furo em luz; Ao longo do dia, o espelho parabólico e o padrão de prismas na de alumínio revestidos contra corrosão e base da cúpula redirecionam a luz solar, otimizando a sua cap- internamente por um filme patenteado, tação de acordo com a posição do Sol no céu. À medida que o Spectralight Infinity, que tem 99,7% de reflexividade o Sol se aproxima do horizonte, o interior altamente refletor do interna; tubo ajuda a manter o máximo de luminosidade, propagando luz Zona de difusão, composta de difusores de dois tipos (op- perfeitamente branca e uniforme. tview e vusion), responsável por garantir a difusão de luz. Todo o sistema é completamente her- Como funciona? mético e isolado, impedindo a formação de humidade e a transferência de Através de prismas e espelhos refletores especiais, dispostos frio e calor. Compacto e ajustável, a ao longo de um duto hermético, a luz solar é transferida para sua montagem adapta-se a qualquer o interior de qualquer edifício horizontal ou residência. tipo de estrutura construtiva. 42 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 © Solatube Zona de transferência, composta de dutos ILUMINAÇÃO Modelos O sistema solatube está disponível em diversos tamanhos e com diferentes acessórios, sendo possível adaptar-se a qualquer estrutura. Os principais modelos no mercado são: 160 DS: o solatube 160 DS é a solução ideal para iluminar casas de banho, escadas, armários, cozinhas, salas-de-estar e escritórios numa casa. Ilumina até cerca de 13 metros quadrados. Recomenda-se uma distância de aproximadamente 3 metros entre as unidades. A área de abrangência de um solatube varia de acordo com a intensidade de luz desejada para o local. 290 DS: o solatube 290 DS destina-se a iluminar grandes espaços, como salões, escadas, garagens, sempre de forma completamente natural. Ilumina até cerca de 22 metros quadrados. Recomenda-se uma distância de aproximadamente 4,5 m entre as unidades para tetos de 2,4 m a 3 m de altura. 750 DS: o solatube 750 DS foi especialmente desenvolvido para ser instalado em locais públicos de trabalho ou estudo, como grandes escritórios, áreas comerciais, salas de aulas, refeitórios, armazéns industriais, oficinas, hospitais e ateliês de desenho e arquitetura. Ilumina cerca de 30 metros quadrados. É possível instalar tubos com até 15 metros de comprimento sem perder eficiência de iluminação. © Solatube Tabela 1- Como a Iluminação Natural Tubular Solatube Resolveu os Problemas Descritos (fonte: Revista Téchne, março 2011) Problema Solução O domo de captação do dispositivo solar é constituído de acrílico agregado de substâncias filtrantes de ultravioleta e infraverme- Conforto Térmico lhos. Os raios infravermelhos (responsáveis pelo calor) são filtrados pelo domo, não sendo, portanto, transmitidos para dentro do ambiente. Todos os outros materiais transparentes do sistema atuam também como filtros de calor Distância Resistência Um sistema de dutos de alumínio revestidos do filme patenteado Spectralight Infinity permite alcançar maiores distâncias. Fabricado com objetivo de atender aos códigos de construção dos EUA e Europa, o dispositivo solar é montado com materiais de alta resistência e revestido contra corrosão e acumulação de poeira. Além da resistência dos materiais, o domo de acrílico da zona de captação conta com geometria, revestimento eletrostático, com Desempenho médio substâncias filtrantes de UV, além de ter a sua espessura projetada para suportar impactos de ventos fortes e de granizo. Com isso o sistema mantém suas características óticas por toda a sua vida útil. A tecnologia patenteada Raybender permite que a luz seja captada até de ângulos próximos ao horizonte. Os difusores contam Homogeneidade de luz com a sua curva de distribuição interna de luz mensurada nos padrões IES, permitindo que sua aplicação seja projetada com uma metodologia parecida com a aplicada para projetos luminotécnicos tradicionais. Vida útil O dispositivo solar é projetado e instalado para atender aos critérios de sua garantia de dez anos de fábrica, tentando ter a máximo durabilidade. Os equipamentos contam com bases largas feitas em peças únicas de meta ou fibra de vidro, com projeto que impede ma entra- Impermeabilização da de água por seus encaixes e com execução voltada a torná-lo hermeticamente fechado à entrada de água, poeira e pequenos animais. O domo do tubo equivale a duas vezes a sua área de captação de luz, reduzindo a quantidade de equipamentos necessários para Segurança iluminar um espaço. Além disso, os equipamentos em acrílico que compõem o sistema são testados em termos de resistência e emissão e emissão de fumaça nos padrões NFPA (ASTM E84). JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 43 CLIMATIZAÇÃO Produto Sensor Atmosférico Principais características do Sensor Atmosférico: Acendimento eletrónico por baterias; Controlo termostático – possibilidade de selecionar temperatura grau a grau (35º C a 60º C); Entra em funcionamento sempre que se abre a torneira de água quente (inteligente); Display Digital LCD para seleção de temperatura, funcionamento solar e diagnóstico de anomalia; Compatível com sistemas solares; Nova válvula de gás; A Vulcano lançou um novo esquentador da gama de termos- Modulação automática da chama (gás); táticos, eficiente e tecnologicamente avançado, em que é LED indicador de funcionamento; possível controlar totalmente a temperatura. O esquentador Bloqueio automático do aparelho em caso de falha termostático Sensor Atmosférico vem complementar a gama de ignição; de esquentadores Sensor. Sonda de ionização; Através do funcionamento termostático, este esquentador Disponível em gás butano/propano e gás natural; permite que utilizador tenha o controlo total da temperatura. Rendimento de 88% (11 e 18l) e 87% (14l); Pode selecionar exatamente a temperatura desejada, grau Capacidade de 11, 14 e 18 l/min; a grau (35º C a 60º C), mantendo-a sempre estável durante Dimensões: Limitador de temperatura de segurança; toda a utilização. A precisão da temperatura selecionada 11 l: A 580 x L 310 x P 220 mm; permite uma poupança no consumo de gás e evita a junção 14 l: A 655 x L 350 x P 220 mm; de água fria. 18 l: A 655 x L 425 x P 220 mm. Este novo esquentador de exaustão natural prescinde de ligação à corrente elétrica, uma vez que o acendimento eletrónico é feito através de baterias. O mais recente equipamento da Vulcano alia o máximo conforto e bem-estar à eficiência energética, ao levar a uma redução do consumo de gás e consequentemente uma maior poupança económica e menor impacto ambiental. Através da medição, por meio de sondas, da temperatura da água à entrada e saída do aparelho, e de um sensor de caudal de água para medição da quantidade de água solicitada, o esquentador ajusta automaticamente o débito de gás. O novo esquentador é ainda totalmente compatível com as Soluções Solares Vulcano, tendo sido concebido para funcionar com água pré-aquecida proveniente de um sistema solar térmico. A utilização de energia solar térmica reduz ainda mais o consumo de gás, minimizando igualmente as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. 44 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 www.vulcano.pt VENTILAÇÃO Produto Condutas Têxteis Técnica e Estética na difusão do ar A decflex está presente em Portugal desde 1985 tendo desde Estas condutas possuem características que permitem uma sempre apresentado produtos inovadores. Um desses produtos grande versatilidade no âmbito de utilização, podendo ser consta de um sistema de distribuição e difusão de ar utilizando utilizadas tanto na indústria alimentar, como na indústria quími- condutas têxteis, para espaços com necessidade de aqueci- ca, têxtil, farmacêutica, eléctrica ou pura e simplesmente em mento, ventilação ou ar condicionado, as condutas Prihoda. ginásios ou piscinas. Isto é: podem ser aplicadas sempre que há necessidade duma boa difusão do ar ou onde haja necessidade Estas condutas são compostas por tecidos em fibras sintéticas de boa resistência à corrosão. monofilamento, que utilizam uma tecnologia de microperfuração para dar a permeabilidade necessária à conduta podendo ainda, As condutas Prihoda podem também recorrer a difusores de recorrendo a tecnologia laser pioneira nesta aplicação, obter-se membranas que permitem a mudança do regime de aqueci- uma ou mais fiadas de furos cujo diâmetro é determinado em mento para o de arrefecimento, tornando-o ideal para super- função do caudal e velocidade do ar necessários, a determinada mercados e ginásios onde a altura de montagem é elevada distância. As combinações de tamanhos e distribuição das aber- ou a carga de aquecimento, o é. turas, juntamente com várias velocidades de saída, fornecem inúmeras variações. A sua utilização poderá ser extremamente Dadas as diversas formas que se podem obter: circulares, vasta, desde a distribuição de ar contínua e em baixas velocida- semicirculares e outras podem também ser aplicadas em am- des até à insuflação do ar direccionado para longas distâncias, bientes onde se pretenda um enquadramento estético como os materiais aplicados são ideais para um funcionamento cor- escritórios lojas e outras instalações comerciais. recto das condutas e para uma longa durabilidade da instalação. Concluindo, as condutas Prihoda são versáteis na aplicação As vantagens no uso deste sistema passam sobretudo pelo e na forma, laváveis, manipuláveis e podem tornar-se objectos aspecto técnico, mas também pelo seu baixo custo em compa- decorativos além de cumprirem na perfeição a tarefa de da di- ração com condutas metálicas e a facilidade de montagem fusão do ar seja em pequenas ou grandes superfícies, havendo e desmontagem. Trata-se duma solução de baixo peso, fácil uma conduta ideal para cada espaço dependendo da funcio- manipulação e fácil higienização, por ser material têxtil e facil- nalidade pretendida pelos projectistas. mente lavável numa máquina de lavar tradicional, o que não acontece com outros sistemas de distribuição de ar. Para mais informações consultar www.decflex.com PUB Produto © Piscinas, Lda 2/2009 Piscinas biológicas Definição Quando se fala em piscinas biológicas está-se a falar de todo um novo conceito de piscina. Trata-se de uma construção amiga do ambiente, adotando soluções biológicas e ecológi- As piscinas biológicas são lagos ornamentais com tratamento cas de tratamento de águas, aplicando know how científico e biológico. Este tipo de piscina serve para natação e para fins bio-tecnologias sustentáveis e não poluentes, com o objetivo ornamentais, mantendo um aspeto visual natural, sendo a depu- de substituir, por exemplo, aditivos químicos para a limpeza da ração da água executada graças às espécies nela instaladas. água ou alta tecnologia nos processos de tratamento da mesma. O que se pretende é assegurar que a água é bem gerida e usada As plantas selecionadas para as piscinas enriquecem o meio criteriosamente, de forma a chegar em boas condições aos aquático com oxigénio. Esta oxigenação beneficia a bioativida- lençóis freáticos. de na água e mantém-na limpa. Em Portugal existe apenas uma empresa a trabalhar neste ramo, Processo de construção a Bio Piscinas, que foi quem introduziu este tipo de produto no país. Criada por Claudia Schwarzer, Arquiteta paisagista e Udo Construir uma piscina biológica é bastante diferente de uma Schwarzer, Biólogo, a empresa já montou mais do que 150 dos piscina convencional. Em primeiro lugar precisa-se de um quais 30 % são de uso turístico, o que faz de Portugal o quinto projecto desenhado para o local. O processo de escavação país do ranking dos países com piscinas biológicas (a seguir à é distinto, não se pode simplesmente fazer uma cavidade. É Áustria, Alemanha, Suíça e França). necessário construir patamares, com diferentes profundidades, onde depois se colocarão diferentes espécies de plantas, de © Piscinas, Lda 2/2009 acordo com as suas exigências biológicas. 46 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Ao mesmo tempo, o desenho das margens deve ser pensado para ser um habitat favorável a um grande número de espécies, como plantas, anfíbios e libélulas mas, por outro lado, afastar outros animais da piscina. PISCINAS Depois desenhada a piscina e feita a escavação é necessário fazer a impermeabilização. Normalmente para este processo usa-se uma tela verde, de polioleofinos (TPO). Este é um trabalho fundamental em toda a construção porque vai impedir que mais tarde existam perdas de água por infiltração no solo e, também, porque permite isolar a piscina do meio circundante, impedindo © Piscinas, Lda 2/2009 que seja contaminada por fatores externos. A fase seguinte da construção de uma piscina biológica costuma ser a separação entre a zona de natação e a de regeneração (zona onde vão ser colocadas as plantas). Em Portugal opta-se normalmente pelo sistema criado e defendido pela Bio Piscinas, através de uma divisória, situada cerca de 50 cm abaixo do nível da água, que impede a comunicação entre as plantas e as pesso© Piscinas, Lda 2/2009 as mas permite que a água circule. Essa divisória pode ser uma “cortina” de tela, estabilizada por uma boia tubular do mesmo material. À medida que a piscina vai enchendo com água, a cortina vai subindo, arrastada pela boia, até ficar totalmente esticada, formando uma parede. Terminada a parte da construção da piscina, deve-se encher com a água e dar início ao processo de plantação das espécies que vão garantir a limpeza da mesma. A seleção das plantas aquáti© Piscinas, Lda 2/2009 cas é um processo que carece de todo o cuidado e tem de ser feito por alguém conhecedor dos ecossistemas aquáticos na natureza. Quando se trata de uma piscina biológica, a escolha das espécies segue um esquema complexo e obedece a uma série de condicionantes suplementares: legislação nacional; devem ser usadas plantas da nossa flora; escolha condicionada por parâmetros como o pH, a composição química da água e região geográfica; compatibilidade entre espécies. Fonte informação: Piscinas Biológica – O prazer natural da água , Ferreira, Ana Guimarães, Ed. Bio Piscinas, Lda,. 2008. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 47 Especialize-se Madeira lamelada colada Justificação e história pela união de peças individuais de madeira maciça, designadas lamelas, que resultam da ligação de topo de peças serradas de Uma das dificuldades principais das estruturas de madeira secção retangular com largura e comprimentos variáveis por prende-se com a dificuldade em obter peças de madeira maciça ligações do tipo fingerjoint, de modo a criar elementos de maior com as secções e comprimentos projetados. É necessário pre- comprimento. Posteriormente as lamelas são unidas pelas faces viamente conhecer quais os produtos disponíveis no mercado. através de uniões coladas. Obtém-se assim um novo material Em geral, não é possível obter peças de madeira maciça com estrutural com características típicas da madeira maciça mas comprimentos superiores a 12 metros e ao nível de secções não com outras potencialidades em termos de capacidade estrutural é fácil obter peças com secções superiores a 20*30cm2 e mes- e arquitetónica. mo estas só disponíveis em condições muito especiais. Recorrendo assim a peças de dimensões relativamente modesA madeira lamelada colada é um dos produtos derivados de tas e fáceis de produzir em serrações correntes, obtém-se uma madeira que permite contornar essas dificuldades devido ao peça estrutural com secções adequadas ao projeto de estrutu- seu processo de fabrico. Permite também o fabrico de peças ras que podem facilmente adquirir formas curvas ou outras que curvas. Este produto pode ser definido como o material criado tornam mais fácil a conceção arquitetónica. 48 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 CONSTRUÇÃO EM MADEIRA O processo de fabrico permite militares, como armazéns e hangares, e a escassez de ma- reduzir significativamente a deiras maciças de boa qualidade criou uma maior procura de importância dos defeitos das madeira lamelada colada. Por outro lado, a evolução constante peças de madeira e assim dos processos de fabrico melhoraram rapidamente a qualidade obter um produto mais homo- geral do produto e as suas potencialidades de uso em diversas géneo e fiável e relativamente funções entre as quais os edifícios. Graças ao desenvolvimento mais resistente que a madeira de resinas sintéticas à prova de água criaram-se as condições maciça que lhe dá origem. necessárias para a sua utilização em pontes e em outros usos exteriores. A madeira lamelada colada é um dos derivados da madeira Um exemplo da importância da madeira lamelada colada mais antigo sendo que as pri- durante a 2ª Guerra Mundial foi a sua aplicação na indústria meiras construções datam do 46 Capítulo 3 – Madeira em estruturas – Noções fundamentais Figura 1 - Exemplo de elemento início do século XIX. A primeira Projecto de Estruturas de Madeira aeronáutica, mais concreta- em glulam utilização deste derivado da mente no avião bombardeiro britânico Mosquito. A aplicação madeira, na forma como é de lamelados colados na indústria aeronáutica, levou a um conhecida atualmente, foi em 1893 na construção de um au- enorme desenvolvimento dos processos de colagem e a um ditório em Basileia, na Suíça. Esta primeira versão do produto, muito mais efetivo controlo da qualidade final do produto. patenteada em 1893 pelo sueco Otto Hetzer com o nome de Sistema Hetzer, usava colas que, pelos padrões de hoje, não Após a guerra, a madeira lamelada colada emergiu como uma seriam consideradas à prova de água. alternativa credível a materiais mais tradicionais, como o aço e o betão, tornando-se um produto importante no setor da Durante a 2ª Guerra Mundial, a necessidade de elementos construção com destaque para a América do Norte e Europa, estruturais de grande dimensão para a construção de edifícios principalmente na região escandinava. Colas Para além da madeira maciça, o outro constituinte essencial da de polímeros isocianatos (EPI), os poliuretanos (PUR) e a Ureia- madeira lamelada colada é a cola. Formol (www.dynea.com). A escolha da cola a usar na união das lamelas está ligada A característica fundamental que a cola deve possuir é a de, principalmente às condições ambientais das peças em serviço, nas condições de serviço, ter um tempo útil de vida no mínimo colocando em segundo plano fatores como a durabilidade ou igual à madeira usada no elemento lamelado colado. Normal- a estética. É importante, na escolha da cola a usar, ter em con- mente consideram-se aceitáveis as escolhas indicadas no sideração a humidade relativa do ar, a temperatura, a proteção Quadro 1. solar e a presença de compostos agressivos na atmosfera, entre outros. De uma maneira resumida, uma cola que seja aplicada no fabrico de madeira lamelada colada deve possuir as seguintes Apesar de haver uma enorme variedade de colas no mercado, características: as opções mais frequentes são as colas baseadas em diversos deve formar uma película, de forma a fluir em todas as compostos químicos tais como a Caseína, o Resorcinol, o Resorcinol-Fenol, a Melalina, a Melamina-Ureia, as emulsões direções da superfície da madeira; deve ser capaz de penetrar nas duas superfícies a unir; JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 49 deve aderir adequadamen- Quadro 1 – Escolha das colas em função das condições ambientais [91] te à madeira; Boas condições atmosféricas o processo de cura deve Más condições atmosféricas Teor em água da madeira ser passível de ser cui- Exposição em atmosfera contendo produtos dadosamente controlado, <18% t 18% Resorcinol Caseína Resorcinol quer por variações de temperatura, quer por acelera- químicos ou exposição direta às intempéries Temperatura elevada dores de crescimento. Resorcinol Temperatura normal Caseína Ureia-formol Resorcinol Ureia-formol Resorcinol Resorcinol Fabrico O processo de fabrico em oficina pode ser dividido em cinco Ligação de topo das lame- fases: las – execução de finger- secagem das lamelas; joints Antes de proceder ligação de topo das lamelas de madeira maciça (execução à união das lamelas por das fingerjoints); ligações denteadas (“finger colagem das lamelas sob pressão; joints”) ocorre a preparação preparação da forma das peças; das lamelas que consiste aplicação de tratamentos de preservação e de acabamentos. simplesmente em aplainálas e serrá-las de modo a Secagem das lamelas de madeira obter as dimensões preten- De forma a minorar alterações dimensionais após o fabrico e didas. para tirar partido do aumento das propriedades estruturais, é fundamental um processo de secagem apropriado. Na maior A vantagem deste tipo de parte dos casos este processo é feito em estufas. ligações é que necessitam de pouca madeira para serem realizadas reduzindo os desperdí- A secagem pode demorar de um a vários dias, dependendo do cios. Esta etapa é fundamental para garantir um correto funcio- teor em água inicial. O limite máximo para o teor em água após namento da madeira sendo importante o papel do controlo de a secagem é de 15%. Este limite existe devido às exigências produção para a obtenção de juntas de elevada resistência. das colas. Se bem executadas, estas juntas conseguem atingir pelo menos A diferença de teor em água entre lamelas, no momento da 75% da resistência da secção corrente de madeira maciça [73]. colagem tem de ser inferior a 5% [87]. Este limite é imposto de forma a minorar variações dimensionais após o fabrico. Colagem das lamelas sob pressão A produção de peças estruturais pela colagem das lâminas é É comum o uso do valor de 12%, ou ligeiramente abaixo, para o executada com várias exigências a nível de tolerâncias dimen- teor em água de modo a prevenir problemas ligados à expansão sionais de forma a obter peças finais retangulares e de modo a e à retração futura das peças. garantir que a pressão aplicada nas faces das lamelas é igualmente distribuída. A colagem é feita sob pressão variável de 0,7 a 1,5MPa, dependendo se se trata de madeiras brandas ou duras. Durante este processo é utilizada uma quantidade de cola de cerca de 250g por metro quadrado de superfície [87]. Após este processo, o elemento estrutural deve ter atingido 90% da sua capacidade resistente, adquirindo os restantes 10% de Figura 2 – Finger joint 50 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 forma gradual mas lenta durante os dias seguintes. CONSTRUÇÃO EM MADEIRA Preparação da forma das peças face) e permitir uma boa homogeneidade de comportamento Nesta fase, recorre-se a macacos hidráulicos e a ferramentas mecânico de toda a peça. correntes de carpintaria para dar às peças a forma projetada. As curvaturas devem ser moderadas para minorar os riscos de É possível dar às peças diversas formas tais como as indica- delaminação futura (descolagem das lamelas na zona de inter- das na Figura 3. Figura 3 - Diversas formas de vigas lameladas coladas Acabamentos e tratamentos preservativos Isto implica que a peça final tenha dimensões ligeiramente Após a remoção inferiores às lamelas originalmente usadas no processo de do sistema de fabrico [71]. fixação, os elementos estruturais É nesta etapa que se define qual a aparência que o elemento são aplainados de estrutural vai ter, além de eventuais tratamentos que pos- forma a remover sam ser aplicados. Dependendo do sistema estrutural em a cola que tenha que serão aplicados, as peças estruturais são, nesta altura, escorrido durante trabalhadas de forma a executar os orifícios, a colocar os a etapa anterior ligadores ou a preparar a sua aplicação durante a montagem Figura 4 - Operações de corte das vigas e para nivelar em obra e a aplicar os tratamentos de preservação e acaba- durante o processo de fabrico as superfícies. mentos, conforme as especificações do projetista. Controlo de produção e certificação do produto Existem dois tipos de normas relacionadas com a madeira lamelada colada (GLULAM): normas de produção, onde se especificam os requisitos dos O fabrico da madeira lamelada colada é um processo complexo que requer elevada precisão de forma a garantir os valores de cálculo pretendidos. De modo a garantir o« nível de processos de fabrico; normas de produto onde se especificam as características físicas e mecânicas dos produtos a fabricar. qualidade exigido, o seu fabrico encontra-se regulamentado por normas. Quanto às normas de produção, as condições gerais de produção e controlo encontram-se especificadas na norma Para a descrição do enquadramento normativo da produção europeia EN 386: Glued laminated timber. Performance requi- de elementos estruturais na Europa em geral e de forma muito rements and minimum production requirements. Atendendo à mais reduzida em Portugal (a maioria do produto aplicado em sua grande importância nas peças, a qualidade da execução obras portuguesas é importado de outros países europeus) é das ligações denteadas é controlada através da realização de normal recorrer-se às principais normas europeias aplicáveis. ensaios de flexão. Estas devem cumprir as especificações das JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 51 normas europeias EN 385 : fábrica adequado e a conformidade da madeira lamelada colada Finger- jointed structural timber. Performance requirements com as exigências da norma e com os valores declarados. Facil- and minimum production requirements e EN 387 : Glued mente se percebe que a aposição da marcação CE é uma van- laminated timber – Larger finger-joints. Performance require- tagem que a madeira lamelada colada possui, pois é regulada a ments and minimum production requirements. qualidade final do produto, sendo um incentivo ao seu uso. Além do controlo de produção de fábrica, a madeira lamela- O controlo de qualidade é normalmente assegurado pelas em- da deve também cumprir os requisitos da norma europeia EN presas produtoras, sendo em alguns países (como por exem- 14080 - Timber structures. Glued laminated timber. Require- plo a Alemanha) sujeito a controlo obrigatório por Laboratório ments [18]. Enquanto que as normas anteriores eram normas acreditado externo. de produção, esta trata-se de uma norma de produto, onde vêm especificadas as suas características. Trata-se de uma norma europeia harmonizada, o que significa que no seu anexo ZA.1 são identificados os requisitos objetos de regulamentação e as cláusulas da norma onde eles são tratados, constituindo assim a parte harmonizada da norma a partir da qual a marcação CE é atribuída. A marcação CE é a evidência, dada pelo fabricante, de que esses produtos estão conformes com as disposições das diretivas comunitárias que lhe são aplicáveis, permitindolhes assim a sua livre circulação no Espaço Económico Europeu. Com base no especificado nas normas harmonizadas, a marcação CE, garante a existência de um controlo de qualidade na Figura 5 – Exemplo de marcação CE de produtos GLULAM Produtos disponíveis no mercado Os produtores de peças estruturais em lamelado colado dispo- turas de madeira lamelada colada, trabalham em regime de nibilizam aos projetistas produtos de fabrico corrente (normal- concepção-construção, diretamente para os promotores ou mente vigas de secção retangular) e peças fabricadas para para arquitetos ou engenheiros de estruturas por eles con- respeitar projetos específicos. Muitas das empresas fornece- tratados. Peças curvas ou com secções irregulares de forma doras, sobretudo em Portugal onde existem poucos projetistas linear (ver Figura 3 para exemplos) são fabricadas e fornecidas de estruturas habilitados a conceber adequadamente estru- exclusivamente para cada projeto específico. Figura 6 - Disposição das lamelas em função do esforço 52 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 CONSTRUÇÃO EM MADEIRA Quanto à composição interna das lamelas, a madeira lamelada lamelas interiores menos solicitadas. Também é possível usar colada pode ser homogénea e combinada. A madeira lamelada espécies de madeira diferentes num mesmo elemento estrutural. colada homogénea é constituída por lamelas com a mesma Compete ao construtor procurar no mercado os materiais classe de resistência e a mesma espécie ou combinação de necessários à execução das obras. Já existem em Portugal espécies. A madeira lamelada colada combinada, por sua vez, fornecedores com capacidade para assessorar convenien- é constituída por lamelas interiores e exteriores que pertencem temente os seus clientes, como por exemplo as empresas a classes de resistência diferentes ou a espécies (ou combina- JULAR (www.jular.pt), Madeicávado (www.madeicavado.pt), ção de espécies) diferentes. Imowood (www.imowood.pt), Carmo Estruturas (www.carmoestruturas.com), etc. As lamelas exteriores são de resistência superior pois, em geral, serão estas a suportar os esforços mecânicos mais elevados É possível também recorrer a fornecedores estrangeiros, (Figura 5). nomeadamente espanhóis e franceses, que normalmente trabalham na modalidade de concepção-construção, como por Isto significa que uma grande quantidade de madeira de menor exemplo a HOLTZA (www.holtza.es), a Lanik (www.lanik.com), a capacidade resistente, e logo mais barata, pode ser usada nas Arbonis (www.arbonis.com) e outras. Valores de cálculo Para os projetistas nacionais, a melhor forma de resolver o madeira lamelada colada combinada as classes são: GL 24c, problema da especificação e da consulta dos valores das pro- GL 28c, GL 32c e GL 36c. priedades físicas e mecânicas a usar no cálculo, consiste em recorrer às classes de resistência definidas na norma EN 1194: O número usado na nomenclatura traduz o valor da resistência 2003: Timber Structures – Glued laminated timber – Strength característica à flexão na direção do fio em mega Pascal (MPa). classes and determination of characteristic values, já disponível Logo, quando uma peça de glulam é designada de GL24c, isto em versão portuguesa [74]. significa que se trata de um elemento estrutural de madeira lamelada colada combinada com valor característico de resis- Nesta norma estão previstas quatro classes de resistência para tência à flexão na direção do fio de 24MPa. cada tipo de madeira lamelada colada, homogénea o combinada. Para a madeira lamelada colada homogénea as classes Apresentam-se, no Quadro 2 abaixo, os valores referidos, que previstas são: GL 24h, GL 28h, GL 32h e GL 36h. No caso da foram retirados da citada norma Quadro 2 – Propriedades mecânicas de madeira lamelada colada Propriedade Símbolo Unidade Flexão fm,g,k MPa 24 28 32 36 24 28 32 36 Tracção ft,0,g,k MPa 16,5 19,5 22,5 26 14 16,5 19,5 22,5 Tracção ft,90,g,k MPa 0,4 0,45 0,5 0,6 0,35 0,4 0,5 0,6 Compressão fc,0,g,k MPa 24 26,5 29 31 21 24 29 31 Compressão fc,90,g,k MPa 2,7 3,0 3,3 3,6 2,4 2,7 3,3 3,6 fv,g,k MPa 2,7 3,2 3,8 4,3 2,2 2,7 3,8 4,3 E0,g,mean GPa 11,6 12,6 13,7 14,7 11,6 12,6 13,7 14,7 Módulo Elast. (5º percentil) E0,g,k GPa 9,4 10,2 11,1 11,9 9,4 10,2 11,1 11,9 Módulo Elast. perpendicular E90,g,mean GPa 0,39 0,42 0,46 0,49 0,32 0,39 0,46 0,49 Módulo de distorção G g,mean GPa 0,72 0,78 0,85 0,91 0,59 0,72 0,85 0,91 380 410 430 450 350 380 430 450 Corte Módulo de Elasticidade Massa Volúmica Pg,k 3 Kg/m GL24h GL28h GL32h GL36h GL24c GL28c GL32c GL36c in “Projectos de Estruturas de Madeira”, de Negrão, João, Faria, Amorim, ed. Publindústria, 2009 JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 53 Dicas e Soluções A sustentabilidade nos hotéis um equilíbrio ajustado entre os aspectos construtivos e a obra, sistemas, gestão e utilização Manuel Duarte Pinheiro - Engº do Ambiente, Doutorado (Ph.D.), Professor Universitário, Dep. Engª Civil e Arquitectura, IST, Responsável do Sistema LiderA Sustentabilidade para o bom desempenho A procura de sustentabilidade implica a procura de um melhor (classe C), 37,5% (Classe B), 50% (Classe A), 75% (Classe A+) desempenho equilibrado entre as dimensões ambiental, social e 90% (Classe A++). Na generalidade dos casos analisados e económica. A hotelaria é um sector que tem vindo a procurar consegue-se atingir um posicionamento entre as classes C e A, caminhar para a sustentabilidade, desde logo pela sua capa- recorrendo a boas práticas e com reduzido acréscimo de custos. cidade e pela análise efectuada aos custos da operação e de manutenção (e a outros aspectos económicos) e a preocupação Em média, um Hotel, ao ser certificado com a classe A demons- em assegurar um bom desempenho para o cliente, o qual valori- tra que consegue um desempenho ambiental cerca de 50 % za igualmente as questões ambientais e sociais. superior às práticas actuais e que se afirma em termos de mercado, evidenciando assim soluções que são positivas do ponto O LiderA, sistema voluntário de apoio e certificação da susten- de vista do ambiente e do ponto de vista económico e social, tabilidade, através de uma visão integrada e focada no desem- com reflexo igualmente nos custos. penho, releva-se como um instrumento de apoio à procura da sustentabilidade que deve considerar a possibilidade de ter ou A noção clara da lógica de sustentabilidade pode contribuir para melhorar o referido desempenho no que se refere aos seguintes o negócio, para a satisfação do cliente e se adequadamente aspectos: escolhida, igualmente para o desempenho económico e a satisfação dos trabalhadores. Tal tem levado a uma procura alargada Fomentar a boa integração local; pelo LiderA. Actualmente foram reconhecidos com bom desem- Reduzir os consumos de recursos energéticos, de água e de penho um conjunto de empreendimentos turísticos e hoteleiros materiais; que abrangem mais de cinco mil camas. Reduzir e aproveitar as cargas ambientais; Potenciar as vivencias sócio-económicas; Seguidamente ilustra-se a abordagem efectuada, utilizando Promover o uso sustentável. exemplos de três casos certificados (A ou A+) situados em diferentes contextos: o Hotel Jardim Atlântico em meio rural Nessa vertente, o desempenho deve considerar os custos no (Calheta, Madeira), o Hotel Vila Galé Albacora (Tavira, na Parque ciclo de vida, traduzindo-se em classes que vão desde a prática Natural Ria Formosa) e o Hotel Altis Avenida em meio urbano com reduzidos cuidados (Classe E), até melhorias de 25%, (Lisboa). Contexto O Hotel Jardim Atlântico localiza-se na encosta sudoeste da 2 Ilha da Madeira, nos Prazeres, na Calheta (19000 m ).Começou desde logo, uma importante vocação para a área ambiental, que se mantém e actualizou. a ser construído em 1991 e foi finalizado em 1993. Tem uma área bruta de construção de 7 497 m2, é constituído por 61 Já o Hotel Vila Galé Albacora (6800 m²) localiza-se em Tavira apartamentos T0, 26 apartamentos T1, 2 apartamentos T2 e e resulta da recuperação dos edifícios do Arraial Ferreira Neto 8 bungalows T1, a sua forma é irregular, com uma construção (antiga zona dedicada à pesca do atum), implantado no lado adaptada à topografia do terreno, para aproveitar a brisa natural nascente da foz do rio Gilão, na zona das Quatro-Águas da ria e refrescante que o Oceano Atlântico proporciona, dispondo, Formosa, constituindo um dos poucos testemunhos arquitec- 54 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Hotel Jardim Atlântico Hotel Vila Galé Albacora Hotel Altis Avenida tónicos das instalações de apoio à pesca do atum de toda a O Hotel Altis Avenida ocupa uma parte de um imóvel classifi- costa algarvia. Esta reabilitação dispõe de uma área bruta de cado, representativo do Modernismo Português, da autoria do construção de 6841 m2, com 162 quartos. O Arraial era o local Arquitecto Luís Cristino da Silva, que foi recuperado recente- onde se concentravam os pescadores e família, que durante a mente para a criação e instalação do hotel, tendo aberto em campanha de pesca do atum aí viviam e cuidavam nas oficinas 2011, preservando este edificado (a área de pavimento de 2593 os materiais e apetrechos necessários à faina da pesca do atum, m2 e 70 quartos) e valorizando o património numa zona central que se preservou assegurando a existência de um edifício com de Lisboa. espaço museológico, uma igreja, uma antiga escola e edifícios de habitação. “... uir para contrib e d o p e d a id il b Sustenta para o negócio ... ” Os factores chave - Solução e utilização A título indicativo, refira-se que os valores de desempenho os valores resultam de um conjunto integrado de práticas e no sector hoteleiro podem ter uma variação alargada. Por abordagens. exemplo, os dados existentes para mesma cadeia hoteleira (com diferentes tipologias de hotéis) apontam para que no O desempenho em cada uma das áreas e critérios depende consumo de energia, por quarto-dia, os valores médios variam das soluções construtivas (arquitectónicas e sistemas exis- entre mais de 120 kWh e 11 kWh e na água os valores médios tentes) bem como do modo de uso, gestão e manutenção em litros, por quarto-dia, podem variar entre 1600 litros e 150 (figura 1). Por exemplo, o consumo energético depende da litros. Assim, pode verificar-se a existência de variações de orientação, das soluções da fachada, dos sistemas de HVAC desempenho superiores a um factor dez, isto é, de dez vezes. e iluminação, entre outros, bem como do comportamento dos Num hotel de quatro estrelas em Portugal é usual ter consu- clientes e do modo de gestão. Assim, o equilíbrio entre estas mos médios de 400 litros de água por dormida. Naturalmente, componentes é decisivo. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 55 seu desempenho passivo, as necessidades de utilização dos sistemas activos de climatização são reduzidas. Reduzem-se assim as necessidades energéticas, assegura-se uma base importante para o conforto térmico e assegura-se igualmente a satisfação dos clientes com menores custos. Figura 1 – Factores para assegurar procura da sustentabilidade. A necessidade de assegurar esta procura do serviço com bom desempenho e por outro lado contribuir para que este desempenho seja positivo tem levado a que os hotéis que assumem Figura 2 – Fachada do Hotel Jardim Atlântico. essa procura da sustentabilidade efectuem um mix de estratégias, envolvendo estas quatro dimensões (construção, siste- No caso do Hotel Jardim Atlântico as obras de intervenção, mas, modo de gestão e modos de utilização), como se revela assentes em pequenas reparações, garantem as condições de nos casos certificados pelo LiderA e que se ilustra sumaria- desempenho adequadas. Graças às condições climatéricas mente de seguida. suaves da Ilha da Madeira e à boa construção (apostando na boa orientação, envidraçado e massa térmica) leva a que no Procura de soluções construtivas de elevado desempenho geral o nível de conforto dos hóspedes seja atingido de forma A primeira base das estratégias assenta na procura de solu- utilizam os sistemas de aquecimento. natural, sendo reduzidos ou raros os casos em que os clientes ções construtivas que disponham de um bom desempenho e custos ajustados desde o investimento, até à manutenção e ao No caso do Hotel Albacóra a preservação das antigas mo- seu fim de vida, no que se designa por custos no ciclo de vida. radias e o reajustamento dos quartos, o aproveitamento da Para quem tem um edifício e o gere, a relação entre o custo de orientação e a tipologia do edificado, contribuiu para um bom investimento e o custo de operação valoriza a importância do desempenho passivo, em especial no que diz respeito ao desempenho. conforto térmico. Desempenho passivo Neste contexto, uma das componentes essenciais, pelo seu reflexo nos custos, é a capacidade do edificado poder ter baixas necessidades de consumo energético (e outras), desde logo graças a soluções que apostem na arquitectura bioclimática /passiva. A orientação e o sombreamento adequados do edifício, a sua massa térmica, a qualidade do envidraçado, contribuem, entre outros aspectos, para um comportamento passivo ou bioclimático do edificado, isto é a sua capacidade de assegurar as condições de conforto com reduzidas necessidades de sistemas de climatização. Assim, graças às soluções arquitectónicas e intervenções de obras de melhoria que contribuam para o 56 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 Figura 3 – Pormenor do Empreendimento Vila Galé Albacora. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL a adequação dos programas de lavagem na lavandaria, específicos conforme os tipos de roupa e com doseadores digitais, conseguindo um rendimento ideal por lavagem. Figura 4 – Pormenor da fachada do Hotel Altis Avenida. Os cuidados nas intervenções de reabilitação do Hotel Altis Avenida, desde logo, na fachada e na cobertura, para manter as boas condições passivas (incluindo a escolha e a colocação dos envidraçados de bom desempenho, caixilharia com corte Figura 5 – Hotel Jardim Atlântico - localização fogão, máquina de lavar térmico e coeficientes de transmissão ajustados em função da louça e frigorífico. orientação que contribuem para um bom desempenho térmico e acústico), contribuem para as reduzidas necessidades energéti- Na área de eficiência dos equipamentos tem-se, além das lâm- cas e para as boas condições de conforto térmico. padas anteriormente referidas: A boa escolha das áreas de envidraçado leva a que se disponha a utilização, na maioria dos casos, de aparelhos e máquinas de uma boa iluminação natural em mais de 80 % da área dos de baixo consumo (nível A), bem como de mecanismos de quartos (Altis), bem como nas escadas, contribuindo também recuperação de energia e calor; para a redução das necessidades de iluminação artificial durante o dia. a optimização na localização destes, ou seja, esta foi pensada de forma a minimizar trocas de energia. Por exemplo, a localização do frigorífico e do fogão foi pensada para se A optimização dos sistemas encontrarem afastados, colocando a máquina de lavar no A segunda componente chave para o desempenho reside nas meio, de forma a não ocorrerem interferências e perturbações soluções adoptadas nos sistemas. No caso do hotel Jardim térmicas, contribuindo assim para reduzir os consumos do Atlântico os sistemas energéticos foram alvo de atenções espe- frigorífico, que é uma importante fonte de consumo. ciais, entre as quais se salientam as medida implementadas de forma concertada com vista a reduzir o consumo de electricida- Gestão, manutenção e obra de (Pinheiro, 2006), passando por: Um aspecto crucial na escolha e programação dos sistemas (ar condicionado, iluminação, etc.) assenta na possibilidade de a utilização exclusiva de lâmpadas de baixo consumo, onde mais de 60% são de eficiência energética de Classe A; a utilização de cartões perfurados como chave para os modos de funcionamento selectivos e ajustados potenciando a sua adequação, especialmente importante nos hotéis, onde a variação das taxas de ocupação e as necessidades energéticas quartos (como controladores de energia eléctrica), permitindo evoluem durante o dia, por zonas e ao longo dos diferentes a redução dos gastos energéticos quando o quarto não está meses. ocupado (com excepção do frigorífico, em caso de estar em uso) e eliminando os gastos derivados do modo stand by; A optimização dos sistemas é especialmente relevante tal como a implementação de sensores de movimento, foto células e se verificou no processo de apoio à procura de bom desempe- relógios para diminuir o tempo das iluminações e regular o nho na sustentabilidade e foi efectuado pelo assessor LiderA (nº tempo exacto de horas de trabalho para máquinas e outros 238) e perito RSCE Engº Jorge Rosa no caso do Hotel Altis. No equipamentos. Por exemplo, no exterior existe um sistema que se refere ao Hotel Albacora tal foi assegurado pelo gestor temporizado, de acordo com a alvorada, de encerramento Bruno Martins. Em muitos casos as actividades de manutenção das luzes exteriores; podem significar manter e intervir, fazendo pequenas obras de JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 57 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL melhoria que podem estar na agenda da procura de sustentabilidade. Assim, a ponente natural de passeio a ser efectuado criação de um programa de obras progressivas, pensadas e temporizadas para por uma vereda, descalço, permite passar por não perturbar os clientes, mas aproveitar as épocas de mais reduzida procura diferentes zonas desde a areia de Porto Santo (situando-se no piso) pode ajudar à procura de sustentabilidade e a manter de até a seixos rolados, criando situações que forma adequada a sua dinâmica. A aposta na formação, inclusive na dimensão apelam aos sentidos. Este tem-se revelado ambiental, para todos os funcionários e sempre que possível a pessoal subcon- um exemplo de pequenas intervenções que tratado, com especial destaque para a sensibilização aos hóspedes concretiza- promovem a atractividade e a diferenciação. se, em termos económicos, de forma muito favorável. O Hotel Jardim Atlântico também promove o O modo de gestão aposta por vezes em sistemas de gestão ambiental formais trabalho local e na oferta de novas amenida- como os definidos pela norma ISO 14001, como ocorre no caso do Hotel Jardim des e serviços à comunidade local. No Hotel Atlântico, que, t para além da certificação LiderA, possui um vasto conjunto de Albacora a proximidade e o fomento de pas- sistemas que evidenciam a sua ampla perspectiva e capacidade de gestão, na seios na natureza, pedonais, de bicicleta e de sua maior parte reconhecidos por entidades independentes. barco, cria condições de contacto e vivências diferenciadas. Potenciar o uso e vivências O comportamento dos utilizadores tem especial impacte no desempenho. Em muitos casos o sector hoteleiro evita efectuar sugestões aos clientes para que estes reduzam o consumo da energia, o consumo de água, as emissões e a produção de resíduos. Encontrar o equilíbrio onde as obras de intervenção contribuem decisivamente A visão integrada do LiderA e com foco no desempenho, ao ser utilizada no desenvolvimento das soluções, contribui para a procura de um bom desempenho no caminho da sustentabilidade e económico, ajustando-se a cada realidade e contribui igualmente para o seu destaque e posicionamento face aos clientes. Os casos apresentados revelam um bom desempenho, conseguido através de diferentes equilíbrios no Figura 6 – Exemplos de informação disponibilizada fomento da boa integração local, reduzindo o consumo de recursos Neste caso, uma das estratégias assenta na implementação de sistemas com energéticos, de água e materiais, sensores, como é a boa prática na iluminação nos corredores. No entanto nos na redução e aproveitamento das quartos reduz-se essa possibilidade de sensores. Por exemplo, no caso do Hotel cargas ambientais, potenciando as vivencias Altis Avenida os sistemas de climatização permitem liberdade de programação sócio-económicas e o uso sustentável. ao hóspede, havendo sempre a capacidade na gestão centralizada de intervir, ajustando e optimizando os níveis de desempenho presentes. Em síntese, promover a sustentabilidade no sector hoteleiro, assenta na aposta de uma No caso do Hotel Jardim Atlântico a estratégia assenta em fornecer ao cliente visão e estratégias de intervenções integra- informação sobre as melhores formas de operação e de utilização dos siste- das, num mix que passa por assegurar (1) mas de energia, água e resíduos, apelando e motivando a sua participação, até boas soluções construtivas, onde as obras e com contributos sociais. a programação das intervenções, nomeadamente as obras de melhoria devem perspec- A dinâmica de melhoria e inovação contribui para assegurar a atractividade tivar a procura de desempenho, durabilidade do hotel, ao criar ou potenciar serviços que apostam nas vivências e experi- e flexibilidade, (2) sistemas eficientes e com ências. No Hotel Jardim Atlântico salienta-se a construção de uma vereda nova modos de desempenho ajustados, (3) modos para passeios a pé junto ao hotel, no meio da natureza virgem, o que fomenta a de gestão ajustados e (4) potenciar os modos mobilidade de baixo impacte. O desenvolvimento dessa obra, com foco na com- de utilização cuidados. 58 » em obra » JAN. | FEV. | MAR. 2012 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Especialize-se Demolição seletiva A demolição seletiva, também designada por desconstrução, dade pode, por sua vez, ser subdividida nas sub-actividades é uma prática alternativa à demolição tradicional, que visa a apresentadas no quadro 1. Apesar destas sub-actividades minimização dos resíduos, em que se privilegia as opções de se poderem efectuar segundo qualquer sequência, ou gestão dos resíduos reutilização e recuperação dos materiais. mesmo simultaneamente, em geral, deverão seguir a ordem É aplicada a estaleiros de demolição e renovação e pressupõe apresentada no quadro. um conjunto de atividades. 2- Demolição da estrutura e separação dos resíduos de forma apropriada. Esta atividade inclui o tratamento de cada Antes de mais, requer um estudo prévio de forma a possibilitar tipo de resíduo no ou fora do estaleiro, antes da reciclagem a identificação das melhores técnicas de desmantelamen- ou deposição final. Depois da estrutura ter sido demolida, é to, atendendo ao tipo de construção e aos materiais que se normalmente possível remover vigas de aço ou madeira que espera encontrar durante a mesma. O relatório da Comissão faziam parte da estrutura base das construções e que, por Europeia “Construction and Demolition Waste Management Practices and Their Economic Impact” [European Commission – DG XI, 1999] aponta para as seguintes medidas: esse motivo, não é possível recolher mais cedo. 3- Limpeza das áreas de terreno envolventes, bem como desativação de qualquer serviço. A demolição seletiva ou desconstrução tem despertado interesse a nível internacio- 1- Remoção seletiva de materiais da estrutura(s) existente(s), após possível tratamento in situ. Esta ativi- nal dada a recuperação de materiais que possibilita, face à forma tradicional de demolição. JAN. | FEV. | MAR. 2012 » em obra » 59 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Quadro 1 – Sub-atividades que compõem a remoção seletiva de materiais Sub-actividade Materiais Comentário Elementos arquitetónicos recuperáveis de valor (por exemplo: fogões de sala, vitrais, portas talhadas, revestimentos de paredes tais como almofadas Remoção seletiva de materiais acessíveis com e lambris, peças decorativas em ferro forjado), al- valor de venda evidente. guns tipos de telhas, algumas janelas e portas envidraçadas, alguns acessórios elétricos, alguns metais Se os responsáveis do estaleiro não gerirem este processo, os “recicladores informais”, isto é, os amigos do alheio tratarão de fazê-lo por eles. (por exemplo elementos facilmente acessíveis, como tubagens e fios elétricos de cobre). Remoção seletiva de materiais acessíveis que, se não forem removidos, farão com que os RCD sejam Amianto e outros materiais perigosos. tratados como resíduos perigosos. Remoção seletiva dos materiais que, caso não sejam Outros elementos acessíveis de madeira e plástico, removidos, diminuirão o valor dos restantes RCD volumes excessivos de vidro. Inclusive, o gesso, quando triturados. estuque deve ser removido por este motivo. Tratamento químico in situ das partes expostas que ficaram contaminadas durante o período de vida da construção, seguida de remoção, se necessário. Materiais superficiais (cobertura, paredes, pisos) com alterações químicas Isto reduzirá a proporção de RCD que necessitam de ser depositados nos aterros de resíduos perigosos. Isto aumentará o valor dos RCD e, consequentemente, o valor dos agregados produzidos. Este é um conceito/atividade relativamente novo e principalmente apro-priado no caso de estruturas industriais. Fonte: Relatório da DG XI da Comissão Europeia “Construction and Demolition Waste Management Practices and Their Economic Impact”, 1999 O “International Council for Research and Innovation in Buil- No Canadá, têm sido efetuados estudos sobre a minimi- ding Construction” (CIB), formou um grupo de trabalho em zação da produção de resíduos através da deconstrução maio de 1999 para se dedicar ao estudo da desconstrução. ou demolição seletiva. São conhecidos, entre outros, dois “case studies” em Windsor, Ontario, sobre dois edifícios No nosso país, a demolição seletiva está também a ser objeto históricos de uma destilaria que se pretendia demolir. Antes de estudo. O Instituto Nacional de Resíduos, em colaboração de se proceder à demolição, os edifícios foram espoliados com o IFADAP, procedeu à recolha e análise de dados relativos e vários materiais foram recuperados (tijolos, aço e portas). à demolição seletiva de um edifício de nove pisos, cujas Estas experiências permitiram concluir que os procedimen- conclusões se espera venham a ser importantes para o futu- tos efetuados para recuperar materiais prolongou consi- ro [Morais, 1999]. Ainda segundo a mesma fonte, o método deravelmente o período necessário à demolição. Contudo, convencional de demolição e o método seletivo devem ser os custos adicionais foram compensados pelas receitas comparados em termos de custos, prazos e possibilidade provenientes da venda ou reutilização dos materiais [cdwas- de valorização (material e energética). te.com, 2001]. in “Prevenção de Impactos Ambientais dos Estaleiros de Construção em Centros Históricos Urbanos”, Couto, Armanda, Couto, João Pedro, ed.Publindústria, 2008