DISCIPLINA DE FERTILIDADE DO SOLO
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
Unidade 2 - ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM









Conceito ácido-base
Origem da acidez dos solos
Tipos de acidez do solo
Componentes da acidez e capacidade de troca de cátions
Efeito da acidez do solo: na disponibilidade de nutrientes, na
atividade de microorganismos e na solubilidade de elementos
tóxicos (Al e Mn)
Neutralização da acidez do solo
Corretivos da acidez do solo: ocorrência e reservas de
corretivos no Br, tipos e qualidade de corretivos e legislação
Avaliação da necessidade de correção do solo (Métodos de
determinação)
Recomendação de calagem
Conceito ácido-base
Ácido: Substância capaz de liberar H+
Base: Substância capaz de liberar OHAcidez: Capacidade de uma substância liberar H+
Solução ácida: Solução com pH menor que 7
Como é expressa a acidez : pH = - log[H+] ou log 1/[H+]
H+
OH-
Quanto menor o valor de pH,
maior a atividade de íons H+
e maior é o caráter ácido da
substância
Exemplos de ácidos e bases
HCl + H2O
R-COOH + H2O
NaOH + H2O
H3O+ + ClR-COO- + H3O+
Na + OH-
Substâncias que em contato com a água hidrolizam-se:
Al3+ + H2O
CO2+ + H2O
Fe2+ + 2H2O
CaCO3 + H2O
AlOH2+ + H+
HCO3+ + H+
FeOOH + 3H+
Ca+ + CO2 + OH-
ORIGEM DA ACIDEZ DO SOLO
Solos ácidos, decorrência das condições
naturais ou de cultivos
Precipitação
Remoção de bases
pelas colheitas
CO2
Fertilizantes
Resíduos
Orgânicos
Rocha
Ca++ Mg ++ K+ Na+
Minerais
Al+++ H+ Fe+++ Si+++
K(Al,Fe) 3 (AlSi 3O10)(OH) 2
Intemperismo
(Ca,Na)(Al,Si)AlSi 2O8
Ca(Mg,Fe,Al)(Al,Si) 2O6
Íons
Minerais
Matéria Orgânica
Desagregação
Decomposição
Remoção de Bases
Ca++ Mg++ K+ Na+
1. Material de Origem
Rocha ====> Solo
 Rocha básica (basalto): solo com pH mais alto
 Rocha ácida (granito): solo com pH mais baixo
2. Precipitação
Rocha ====> Solo
Al+++ H+ Fe+++ Mn++
Permanecem
Perda de Bases
Ca++ Mg++ K+ Na+
Silicatos
Primários
de Al
Feldspatos, micas ...
-O-Si-O-SiO-O-Al-O-Al-
-O-Si-O-SiO-O-Al-O-Al-
O-O-Si-O-SiO-
O-
Esmectitas
Caulinita
-O-Al-O-AlO-
Óxidos
Intensidade do intemperismo
Aumenta
Diminui
Lixiviação de Bases e Si
Profundidade do Solo, Porosidade
Fixação de P
CTC, Fertilidade
Teor de Silte
Resistência a erosão
Minerais primários
3. Decomposição da matéria orgânica
Ionização dos ácidos carboxílicos:
-COOH ===> COO- + H+
4. Dissociação do gás carbônico
CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO 3- ↔ 2H+ + CO32ácido carbônico
Troca por Ca e M g
5. Vegetação Nativa
 Solos formados sob vegetação de floresta tendem a ser mais ácidos do que
aqueles desenvolvidos sob vegetação de gramíneas.
 As coníferas causam maior acidez do que as florestas decíduas.
6. Tipo de Cultura
 Remoção de bases: > nas leguminosas
 Fixação de N2: íons de H+ são liberados na rizosfera quando estão fixando ativamente o N 2 atmosférico. A
acidez gerada pode variar de 0,2 a 0,7 unidades de pH por mol de nitrogênio fixado.
7. Inundação
 Inundação eleva o pH nos solos ácidos e a diminui o pH nos solos básicos.
 Equelíbrio entre pH 6,5 e 7,2 após um mês sob inundação
8. Adubação Nitrogenada
Fertilizantes amoniacal: (NH4)2SO4
Nitrificação: 2NH4+ + 3O2 ==> 2NO2- + 2H2O + 4H+
Fertilizante amídico (uréia)
CO(NH2)2 + 3H2O ==> 2NH4 + 2OH- + CO2
2NH4+ + 3O2 ==> 2NO2- + 2H2O + 4H+
9. Hidrólise do Alumínio e do Ferro
Al3+ + 3H2O =======> Al (OH) 3 + 3H+
TIPOS DE ACIDEZ DO SOLO
 Acidez Ativa
 Acidez Potencial
Acidez de troca
+
Acidez não trocável
 Acidez Ativa
 Atividade de íons H + na solução do solo
1 .
pH = - log [H+] ou log
H+
Transformar o valor do pH em [H +]
1
.
————
[H +] =
L log10
[H+] (molar)
pH
pH
0,0001 ou 10-4
4,0
0,00001 ou 10-5
5,0
0,000001 ou 10-6
6,0
0,0000001 ou 10-7
7,0
0,00000001 ou 10-8
8,0
 Acidez Potencial
• Acidez de Troca
• Al+++ + H+ trocáveis (forças eletrostáticas)
H+ representa menos do que 5%
Então: Acidez de troca = Al +++ trocável
• Acidez Não Trocável
• H+ ligado covalentemente
Resulta da dissociação, pela elevação do pH:
 Dos radicais COOH e OH da matéria orgânica
 Dos OH2 e OH ligados às superfícies dos óxidos de
Fe
e
Al
e
argilominerais
os
existentes
nas
bordas
dos
COMPONENTES DA CTC E ACIDEZ DO SOLO
FASE SÓLIDA
FASE LÍQUIDA
Na+
K+
Ca++
Mg++
ARGILOMINERAL
BASES
TROCÁVEIS
Al+++
H+
Al-OH
Al-OH
CTC pH 7
HUMOS
Na+
Ca++
K+ Mg++ Ca++
+++
Al
H+
H+
-COOH
OH
ÓXIDOS
ACIDEZ
TROCÁVEL
Al+++
ACIDEZ NÃO
TROCÁVEL
Fe--OH
Mg++
H+
ACIDEZ ATIVA
Al--OH
Bases trocáveis (S) = Ca++ + Mg++ + K+ + Na+
Acidez ativa = H+ na solução do solo (determinada pelo pH)
Acidez trocável = Al++ trocável + H+ trocável (muito pouco)
Acidez não trocável = H ligado por covalência
CTC efetiva = Ca++ + Mg++ + K+ + Na+ + Al+++
CTC pH 7 = CTC efetiva + H não trocável
Saturação de bases (V %) = S / CTCpH 7 * 100
Saturação de Al = Al / (S + Al) * 100
EFEITOS DA ACIDEZ DO SOLO
Efeito direto: atividade de íons H+
Efeito indireto:
disponibilidade de nutrientes
CTC (cargas pH dependente)
mineralização da MOS
adsorção de P e Mo
atividade de elementos tóxicos (Al, Mn)
pH e a disponibilidade de nutrientes
NEUTRALIZAÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
Reações no solo
Ex. Carbonato de Cálcio – componente dos calcários
Dissolução + Dissociação do calcário – Equação geral
CaCO3 + H2O
Ca ++ + CO2 + 2OH-
CaCO 3 + H2O
Ca ++ + HCO3- + OH-
Etapas
HCO3- + H+
H2CO3
H2CO3
H2O + CO2
Esquema da reação no solo com a adição de calcário
Sem adição de calcário
Com adição de calcário
Na+ Ca++
K+
H+ Mg++
Ca++ +++
Al
Mg++ K+ Ca++
Al+++ Na+
H+
Ca++
ARGILOMINERAL
ARGILOMINERAL
Al-OH
Al-OH
Al+++
Mg++
Al+++ ++
Ca
H+
K+
CTC
HUMOS
Na+ Ca++
K+ Ca++
Mg++
Ca++
++
Ca
Mg++ K+ Ca++ ++
Ca
Na+
Al-OH
Al-OH
Ca ++
K+ Mg++ Ca++
H+
Ca++ Na+ Ca++
Ca++ ++
Ca
Mg++
HUMOS
Ca++
-COOH+
-
Fe-OH
Ca
++
Fe-OH
ÓXIDOS
Na+
Ca++
Ca++
Mg++
Ca++ ++ ++
Ca Ca
Ca++
K+ Ca++
CTC
-COOH
OH
Ca++
K+ Mg++ Ca++
Ca++
Ca++
Mg++
Ca++
Ca++
Ca++
Ca++ Ca++
Ca++
ÓXIDOS
Al--OH
FASE SÓLIDA
Al--OH
FASE LÍQUIDA
Solução do Solo
FASE SÓLIDA
FASE LÍQUIDA
Solução do Solo
Neutralização da acidez ativa:
HCO3- + H+ ↔ H2CO3 ↔ H2O + CO2↑
Criação de cargas negativas e adsorção dos cátions
OH- + H+ ↔ H2O
R-COOH + OH- ↔ R-COO- + H2O
Neutralização do alumínio trocável:
Al+3 + 3OH- ↔ Al(OH)3↓
TIPOS DE CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO
Corretivo da Acidez
Produto que promove a correção da acidez do solo, além de fornecer cálcio,
magnésio ou ambos.
Tipos
•
CalcárioS
o Minerais: Magnesita (MgCO3); Calcita (CaCO3) e Dolomita [CaMg(CO3)2]
•
Cal virgem (CaO e MgO)
•
Cal apagada (Ca(OH)2 e Mg(OH)2)
•
Conchas marinhas (predomínio de calcita: CaCO )
•
Resíduos industriais (carbonatos, óxidos e hidróxidos)
3
• Cinzas
TIPOS DE CALCÁRIOS
Classificação dos Calcários
Classificação
MgO (%)
Calcário Calcítico
<5
Dolomítico
≥5
QUALIDADES DOS CALCÁRIOS
Eficiência do Corretivo (PRNT)
PRNT: Poder Relativo de Neutralização Total
Indica a quantidade de corretivo que efetivamente neutraliza a acidez
do solo num período de 2 a 3 anos
Depende:
 Características químicas (PN ou EcaCO3)
 Características físicas (RE)
PRNT (%) = (PN x RE)/100
PRNT: Poder Relativo de Neutralização Total
PRNT (%) = (PN x RE)/100
• Poder de Neutralização (PN) ou e Equivalente
em Carbonato de Cálcio ECaCO 3: é a capacidade
do calcário em liberar oxidrilas para a correção da
acidez do solo.
o Padrão de referência: CaCO3 puro (PN = 100)
•
Reatividade (RE): velocidade do calcário em liberar
oxidrilas para a correção da acidez do solo.
o Depende do Tamanho das partículas: maior tamanho
das partículas maior o tempo necessário para a reação
com os ácidos do solo
Determinação do Valor do Poder de Neutralização
(PN) ou Equivalência em CaCO3
Determinação do Valor do Poder de Neutralização
(PN) ou Equivalência em CaCO3
Por meio dos teores de Ca e Mg no corretivo
Poder de Neutralização (PN) ou
Equivalência em CaCO3 de algumas substâncias puras
Corretivo
(1)
molc
ECaCO3 ou PN
Quantidade
equivalente
--%--
---- kg ----
CaCO3(1)
50
1,00
100
1.000
MgCO3
42
1,19
119
840
Ca(H)2
37
1,35
135
741
Mg(OH)2
29
1,72
172
581
CaO
28
1,79
179
559
MgO
20
2,48
249
403
O CaCO3 puro é padrão de referência
Determinação da Reatividade (RE)
Peneiras
Cálculo da Reatividade
Para Calcários
Percentual do corretivo que reage em três meses
RE (%) = (fração > 2,0 mm x 0) + (fração entre 2,0 e 0,84 mm x 0,2) +
(fração entre 0,84 e 0,30 mm x 0,6) + (fração < 0,3 mm x 1)
Legislação:
• 100% do material deve passar na peneira de 2 mm (ABNT n o. 10), com tolerância de 5% (mínimo
de 95% de partículas menores que 2 mm);
• 70% do material deve passar na peneira de 0,84 mm (peneira ABNT n o. 20)
• 50% do material deve passar na peneira de 0,30 mm (peneira ABNT no. 50).
Legislação Brasileira
Garantias Mínimas (%)
Corretivo
PN ou
ECaCO3
CaO + MgO
PRNT
(mínimo)
Calcário agrícola
67
38
45
Cal virgem agrícola
125
68
120
Cal hidratada agrícola
94
50
90
Calcário calcinado agrícola
80
43
54
Outros
67
38
45
Como se formam os calcários?
Onde são encontrados?
Um pouco de Geologia
Classificação do Minerais
Classes:
SILICATOS
NÃO-SILICATOS
Maior abundância de
Carbonatos
Distribuição relativa dos minerais na crosta terrestre
CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS
Carbonatos
Combinação de cátions bivalentes com o
complexo aniônico (CO3)2 Cerussita (PbCO3)
 Smithsonita (ZnCO3)
 Siderita (FeCO3)
 Magnesita (MgCO3)
 Calcita (CaCO3)
 Dolomita (CaMg(CO3)2)
Como ocorre a formação da
Calcita??
Por processo orgânico
Por processo inorgânico
Formação de depósitos de Calcita
Processo Orgânico
Organismos secretam calcita por processo bioquímicos
- síntese da calcita por organismos
Acumulação de detritos bioclásticos: pedaços de
conchas e esqueletos de organismos marinhos
(foraminíferos)
A maior parte da calcita é originada por
processo orgânico
Os organismos são capazes de sintetizar
somente a calcita
Formação de depósitos de Calcita
Processo inorgânico (Precipitação)
Acumulação de grande quantidade de íons Ca+
+
provenientes da decomposição de minerais
silicatados (ex. feldspatos, piroxênios)
Decomposição de minerais e formação de
novos minerais
Os elementos químicos contidos nos feldspatos sofrem
decomposição liberando produtos sólidos (argilominerais)
e íons dissolvidos(Ca++ K+ e Na++).
Feldspatos (plagioclasio)
Feldspatos (ortoclasio)
Micas (biotita)
(Ca,Na)Al(Al,Si)Si2O8
KAlSi3O8
K(Mg.Fe)3 AlSi3O10
H 20
+
CO2
H2CO3
Ácido carbônico
H20
Argilomineral (caulinita)
resultante da alteração química
Sílica
Íons dissolvidos
Al2Si2O5(OH)4
+
SiO2
+
K+ Na+ Ca++ b Mg++ Fe++ HCO3-
Formação de novos minerais
Minerais Secundários
Formação de depósitos de Calcita
Processo inorgânico (Precipitação)
Em ambientes marinhos rasos (acumulação íons Ca++)
• Evaporação parcial da água
• Alta concentração de íons Ca++ e bicarbonato
dissolvidos na água (2HCO3-)
• Precipitação do carbonato de cálcio (Calcita)
Íons cálcio
íons bicarbonato
Ca2+ + HCO3Deriva do dióxido de
carbono da atmosfera
carbonato de
ácido
cálcio
carbônico
CaCO3 + H2CO3
Formação da Dolomita
Processo inorgânico (Precipitação)
 São calcários diageneticamente modificados
A dolomita não se forma com precipitado primário a partir
da água do mar
Nenhum organismo secreta este mineral
A formação da dolomita se dá a partir da Calcita
 Parte dos íons cálcio da calcita é substituído por íons
magnésio (águas ricas em magnésio)
Mg++
Ca++
nCaCO3
Calcita
nCaMg (CO3)2
Dolomita
Classificação das rochas calcárias com base nos teores de
Calcita e Dolomita
Classificação das rochas calcárias com
base nos teores de MgO
Denominação
% de MgO
calcário
0 a 1,1
calcário magnesiano
1,1 a 2,1
calcário dolomítico
2,1 a 10,8
dolomito calcítico
10,8 a 19,5
dolomito
19,5 a 21,7
Classificação das rochas calcárias
Calcário Agrícola
Classificação do calcário – comercialização
Principais regiões produtoras de rochas calcárias
CALCITA E DOLOMITA
Geologia das principais regiões produtoras de rochas calcárias
CALCITA E DOLOMITA
Região do Escudo
Principais regiões produtoras de rochas calcárias
CALCITA E DOLOMITA
Fonte: http://www.calcario-rs.com.br/historia.asp
Principais regiões produtoras de rochas calcárias
CALCITA E DOLOMITA
Geologia das principais regiões produtoras de rochas calcárias
CALCITA E DOLOMITA
Região do Escudo
Sul-Riograndesnse
PRINCIPAIS REGIÕES EXPLORADORAS DE CALCÁRIO NO RS
Eon
Era
Mapa/legenda
Formação geológica
Calcário da Região de Caçapava do Sul
(850 Ma)
Neoproterozóico
Suíte Metamórfica Vacacaí: unidade
metassedimentar: metapelito, metarenito, grafita
xisto, quartzito, anfibolito, lentes de mármore.
Calcário da Região de Hulha Negra( (850 Ma)
Complexo Metamórfico Porongos
Proterozóico
NP2pp: seqüência supracrustal pelito-carbonática com
vulcanismo subordinado e imbricações tectônicas de
ortognaisses,unidade pelito-carbonática
NP2psd: xisto pelitico, quarzito, filito, lentes de mármore
e calcissilicática; unidade vulcânica
Calcário da Região de Bagé 2050 Ma)
Complexo granito-gnaissico Bagé
Paleoproterozóico
Litologia:
Rocha metassedimentar carbonática (0 a 10%)
Ortognaisse granodiorítico (40 a 60 %)
Ortognaisse granítico(40 a 60 %)
Calcário Cachoeira do Sul e Rio Pardo (2300 Ma)
Suíte Metamórfica Várzea do Capivarita
Litologia:
Metacalcário magnesiano (40 a 60%)
Xisto (0 a 10%)
Extração de Calcário Dolomítico de Caçapava do Sul
Extração de Calcário Dolomítico de Caçapava do Sul
Extração de Calcário Dolomítico de Caçapava do Sul
Relação Ca:Mg
Calcários do RS
Relação Ca:Mg = 3:1
 maioria de origem metamórfica
Solos
Relação Ca:Mg: entre 1:1 e 5:1
Culturas
Maioria das culturas a relação Ca:Mg é ampla, desde que estejam em nível de
suficiência
o Variação de 0,5:1 até mais de 10:1
 Situações de valores de 1:3 e 35:1
Culturas da macieira e tomateiro
o Relação Ca:Mg entre 3:1 e 5:1
 Recomendável os calcários calcíticos
Culturas exigentes em Mg
Ex.: Batata, Banana, Maracujá, Uva, Frutíferas de clima temperado
Mg ≥ 0,8 cmol c dm-3
Culturas exigentes em Ca
Tomateiro: “Fundo Preto” (< 0,30 cmol c dm-3)
Macieira: “Bitter Pit”
Calcários calcíticos e conchas marinhas moídas não são recomendados em
solos com baixos teores de Mg (≤ 5)
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE
CALAGEM DO SOLO
Indagações ????
Há necessidade de aplicar calcário?
Que critérios utilizar para a tomada de decisão?
Qual a quantidade a ser aplicada?
Método da incubação do solo com CaCO3
Método ideal, porém é caro e demorado
7,5
pH
6,5
5,5
4,5
0
4
8
Calcário (t/ha)
12
16
MÉTODOS: usam atributos de solo
1. Método do alumínio trocável
2. Método do alumínio trocável e da elevação dos
teores de Ca e Mg
3. Método da saturação por bases
4. Método da solução tamponada (Tampão SMP)
1. Método do alumínio trocável
Extração do Al+++ trocável ou da acidez extraível por uma
solução KCl 1 mol/L
Princípio:
O Al trocável é um dos principais componentes da
acidez dos solos. Abaixo de pH ~ 5,5 não existe Al trocável
Saturação por alumínio (m%)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
pH (H2O)
Relação entre pH(H2O) e saturação por alumínio
(m%)
Adaptado de Van Raij et al. (1985)
Cálculo:
NC (t/ha) = Al x f
onde:
NC = necessidade de calagem
Al = teor de Al trocável no solo (Cmol c/L)
f = fator de correção (entre 1,5 a 2,5)
(depende do tipo de solo)
Estequiometricamente
1 Cmoc/L de Al+++ = 1 t/ha de CaCO3 (0-20cm)
Considerações
 É o método mais simples
 O método não considera outras fontes de acidez
 O método eleva o pH do solo, geralmente só até 5,7
 Não considera o poder tampão dos solos
 Não considera a exigência das culturas
 Pode não ser adequado para corrigir o excesso de Mn e
deficiências de Ca e Mg no solo
Variações do método:
Método do alumínio trocável e da elevação dos
teores de Ca e Mg
2. Método do alumínio trocável e da elevação
dos teores de Ca e Mg
Estado de Goias (CFSG)
Princípio: neutralizar o Al trocável e assegurar teores
adequados de Ca e Mg no solo
Cálculo:
NC = (Al x f) +[( 2 – (Ca + Mg)]
Onde:
NC = necessidade de calagem
Al = teor de Al trocável no solo (Cmolc/L)
Ca = teor de cálcio no solo (Cmolc/L)
Mg = teor de magnésio no solo (Cmolc/L)
f = Solos com teor de argila: > 20% = 2; < 20% = 1,2
Região do Cerrado (Sousa e Lobato , 2004)
Princípio: neutralizar o Al trocável e assegurar teores
adequados de Ca e Mg no solo
Cálculo:
Para solos com teor de argila > 15%, CTCpot > 4 Cmolc/L e
Ca + Mg < 2 Cmolc/L
NC (t/ha) = (Al x f) +[( 2 – (Ca + Mg)] }
Para solos com teor de argila > 15%, CTCpot > 4 Cmolc/L e
Ca + Mg > 2 Cmolc/L
NC (t/ha) = (Al x f)
Para solos com teor de argila < 15 %
NC(t/ha) = (Al x f)
ou
NC (t/ha) = 2 – (Ca + Mg)
Usar a fórmula com a maior recomendação
Onde:
NC = necessidade de calagem
Al = teor de Al trocável no solo (Cmolc/L)
Ca = teor de cálcio no solo (Cmolc/L)
Mg = teor de magnésio no solo (Cmolc/L)
f = fator de correção = 2
Estado de Minas Gerais (CFSEMG)
Princípio: neutralizar o Al trocável e assegurar teores
adequados de Ca e Mg no solo, além de considerar a
cultura e o poder tampão do solo.
Cálculo:
NC = {Y.(Al – (mt . CTCefetiva/100)] + [ x – (Ca + Mg)] }
Onde:
NC = necessidade de calagem
Y = valor variável em função da capacidade tampão do
solo (Alvarez e Ribeiro, 1999)
Solo arenoso (≤ 15% de argila) = 0 a 1,0
Solo textura média (16-35% de argila) = 1,0 a 2,0
Solo argiloso (36-60% de argila) = 2,0 a 3,0
Solo muito argiloso (> 60% de argila) = 3 a 4
Equação: 0,0302 + 0,06532X - 0,000257X2
Onde: X = teor de argila
mt = saturação máxima de alumínio tolerada por
determinada cultura (ver tabela)
CTC efetiva (Cmolc/L)
X = requerimento mínimo Ca e Mg pelas plantas (ver tabela)
Ca = teor de cálcio no solo (Cmolc/L)
Mg = teor de magnésio no solo (Cmolc/L)
Valores Y e X utilizados para o cálculo da
necessidade de calagem pelo método do Alumínio
trocável e da elevação dos teores de Ca e Mg
Principais Culturas
CFSEMG – Minas Gerais
1.
Método da saturação por bases
Princípio: correlação entre pH(H2O) e saturação por bases
7,0
6,5
Y = 0,03126 X + 4,283
r = 0,9477
pH
6,0
5,5
5,0
4,5
4,0
0
20
40
60
80
V(%)
Relação entre pH(H2O) e saturação por bases (V%)
Adaptado de Catani e Gallo (1955) - Solos do Estado de SP
Satruação por bases (%)
100
80
46.369 amostras
01/2003-10/2004
~ 80%
~ 65%
60
40
20
0
4,0
5,0
6,0
7,0
pH do solo
Relação entre pH(H2O) e saturação por bases (V%)
Amostras de solo do RS (Gianello, 2004)
Cálculo:
CTC (V1 –V2)
NC (t/ha) = --------------------100
onde:
NC = necessidade de calagem (t/ha)
CTC = Capacidade de troca de cátions (Cmol c/L)
V1 = saturação por bases desejada (depende da cultura) (Cmol c/L)
V2 = Saturação por bases real do solo (análise do solo) (Cmol c/L)
Método recomendado nos estados de
São Paulo, Paraná e região do Cerrado
Considerações:
 No estado do Paraná para a cultura do arroz
(sequeiro e irrigado) usa o método do Al trocável
(NC = Al x 2)
 Na região do Cerrado (V1 = 50%)
 No RS e SC o método de saturação por bases é
usado indiretamente.
5. Método da solução tamponada
(Tampão SMP)
O que é uma solução tamponada ?
É aquela que resiste a mudança de pH
Princípio: determina a acidez potencial (H+Al) medindo o pH de uma
mistura de solo com uma solução tamponada (solução tampão SMP)
Solução Tampão SMP
SMP: Shomaker, McLean e Pratt (1961)
Tampão
Solo
Tampão
SMP
Mistura
Solo + SMP
pH 4-7
Índice SMP
pH 7,5
Escala de pH
Acidez potencial estimada pelo método SMP: avaliação
indireta
Equilíbrio entre a acidez do solo e a alcalinidade do
tampão
Redução do pH reflete a acidez do solo transferida para a
solução tampão (pH inicial 7,5)
Al + H (Cmolc/L)
50
e (10,665 - 1,1483SMP)
40
H +Al = ----------------------------10
30
20
10
0
4
5
6
7
8
pH índice SMP
Relação entre pH índice SMP e acidez potencial (H + Al) (Kamisnsk et al., 2001)
Acidez potencial estimada pelo método SMP
simplicidade analítica
relação com o H+Al
 determinação da CTC potencial e cálculo da saturação de bases
relação com curva de neutralização
 índice para necessidade de calcário no RS e SC
Utilizar curvas para atingir pH em água de 5,5; 6,0 e 6,5
USO DE TABELAS ESPECÍFICAS PARA CADA REGIÃO
Ver tabelas utilizadas no RS e SC
Tabela 6.2. Quantidades de calcário, em t/ha, necessário para elevar o pH em
água do solo a 5,5; 6,0 e 6,5, estimado pelo índice SMP
Análise de
Solo
Índice
pH desejado
SMP
5,5
6,0
6,5
4,4
4,5
4,6
4,7
4,8
4,9
5,0
5,1
5,2
5,3
5,4
5,5
5,6
5,7
5,8
5,9
6,0
6,1
6,2
6,3
6,4
6,5
6,6
6,7
6,8
6,9
7,0
7,1
15,0
12,5
10,9
9,6
8,5
7,7
6,6
6,0
5,3
4,8
4,2
3,7
3,2
2,8
2,3
2,0
1,6
1,3
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
21,0
17,3
15,1
13,3
11,9
10,7
9,9
9,1
8,3
7,5
6,8
6,1
5,4
4,8
4,2
3,7
3,2
2,7
2,2
1,8
1,4
1,1
0,8
0,5
0,3
0,2
0,0
0,0
29,0
24,0
20,0
17,5
15,7
14,2
13,3
12,3
11,3
10,4
9,5
8,6
7,8
7,0
6,3
5,6
4,9
4,3
3,7
3,1
2,6
2,1
1,6
1,2
0,8
0,5
0,2
0,0
Fonte: análise conjunta baseada em Murdock et. al. (1969), Kaminski (1974), Scherer (1976), Ernani & Almeida
(1986), Anjos et. al. (1987) e Ciprandi et. al. (1994). Dose de calcário calculada para calcário com PRNT de
100%
Onde não se deve usar o método da
solução tamponada
Para solos pouco tamponados (solos arenosos e baixos teores de
MO) a recomendação de calcário com o uso do Índice SMP é
subestimada
Nestas condições tomar como base os teores de Al trocável e de
MO do solo
 NC para pH 5,5 = -0,653 + 0,480 MO + 1,937 Al ( t/ha)
 NC para pH 6,0 = -0,516 + 0,805 MO + 2,435 Al (t/ha)

NC para pH 6,5 = -0,122 + 1,193 MO + 2,713 Al (t/ha)
Onde: MO em % e Al trocável em Cmol c/L
QUANTIDADE DE CALCÁRIO (QC)
A SER APLICADA
Anteriormente foi determinada a necessidade de calagem (NC). A NC indica a quantidade de
calcário a ser aplicado em uma área de 1 ha, na profundidade de zero a 20 cm e com PRNT de
100%
A QC depende:
o da superfície a ser coberta, (SC, em %),
o da profundidade (PR, em cm) e
o do valor do PRNT (%)
SC
PR
100
QC (t/ha) = NC x ▬▬ x ▬▬ x ▬▬
100
20 PRNT
CUSTO DO CORRETIVO
Calcular o custo efetivo da correção do solo
CEC (R$/ha) = QC x CCEP
Onde:
CEC = Custo efetivo da correção (R$/ha)
VCEP = Valor do corretivo entregue na propriedade (R$/t)
Ver exemplo
37 ha com NC de 3,5 t/ha
Disponibilidade no mercado:
Calcário A: VCEP = R$ 75,00/t (PRNT de 60%)
Calcário B: VCEP = R$ 85,00/t (PRNT de 72%)
Calcário C: VCEP = R$ 70,00/t (PRNT de 56%)
Qual o calcário que você iria recomendar ??
QC A = 5,83 t/ha
CEC = 437,25 R$/ha
QC B = 4,86 t/ha
CEC = 413,10 R$/ha
QC C = 6,25 t/ha
CEC = 437,50 R$/ha
Usar o calcário B: economia de R$ 902,80 (em 37 ha)
Benefícios da Calagem
 Eleva o pH;
 Fornece cálcio e magnésio como nutrientes;
 Diminui ou elimina os efeitos tóxicos do alumínio, manganês e ferro;
 Diminui a "fixação" de fósforo;
 Aumenta a disponibilidade do nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio, enxofre, boro e molibdênio no solo;
 Aumenta a eficiência dos fertilizantes;
 Melhora as propriedades físicas do solo, como a aeração e a
circulação de água; e
 Eleva os valores da saturação de base (V% = S/CTC ou T) e a soma
de cátions trocáveis (S = Ca + Mg + K) ou capacidade de troca de
cátions (T = Ca + Mg + K + Al + H).
RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM PARA
IMPLANTAÇÃO DE ESSÊNCIAS FLORESTAIS
Essência Florestal
Critério de Decisão*
Necessidade de Calcário
(NC) (t/ha)
PRNT de 100%
Objetivo
Manual de Adubação e Calagem para RS e SC
Araucária
pH < 5,0 ou Ca e Mg
baixos (1)
NC = 1 t/ha
Elevar os teores de Ca e Mg
Erva-mate
Ca ou Mg baixos (1)
NC = 1 t/ha
Elevar os teores de Ca e Mg
Acácia negra
pH < 5,5
NC = 1 SMP pH 5,5
Elevar o pH do solo a 5,5 (2)
Bracatinga
pH < 5,5
NC = 1 SMP pH 5,5
Elevar o pH do solo a 5,5 (2)
Eucalipto
Pinus
pH < 5,0 ou Ca e Mg NC = 1 SMP pH 5,5
baixos (1)
pH < 5,5
NC = 1 SMP pH 5,5
Elevar o pH do solo a 5,5 e a
saturação por bases a 65 %(2)
Elevar o pH do solo a 5,5 (1)
* Amostragem de 0 a 20 cm
(1)
Teores de Ca e Mg baixos: Ca ≤ 2,0 e ≤ Mg 0,5
(2)
A resposta a calagem têm sido atribuída mais o suprimento adequado de Ca e de Mg ao solo do
que à neutralização do Al e/ou do Mn
RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM PARA
IMPLANTAÇÃO DE ESSÊNCIAS FLORESTAIS
Essência Florestal
Critério de Decisão*
Necessidade de Calcário (NC)
(t/ha)
PRNT de 100%
Objetivo
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF)
Eucalipto
Ca ou Mg baixos (1)
Pinus
Ca ou Mg baixos (1)
Reflorestamentos
mistos com espécies
nativas
V < 40%
NC = 1,0x(2-(Ca+Mg))
NC = 0,5x(2-(Ca+Mg))
NC = CTC (V1-V2)/100
onde:
V1 desejado = 50%
Elevar os teores de Ca e Mg
Elevar os teores de Ca e Mg
Elevar o pH, bases, Ca e Mg e
reduzir o Al e/ou Mn
EMBRAPA FLORESTAS
Eucalipto
pH < 5,0 ou Ca e Mg baixos
NC = 2 x Al
ou
NC = 2 x (2-(Ca+Mg))
Elevar o pH do solo a 5,5 e/ou saturação
por bases entre 40 a 50%
* Amostragem de 0 a 20 cm
(1)
Teores de Ca e Mg baixos: Ca ≤ 2,0 e ≤ Mg 0,5
(2)
A resposta a calagem têm sido atribuída mais o suprimento adequado de Ca e de Mg ao solo do
que à neutralização do Al e/ou do Mn
RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM PARA
PRODUÇÃO DE MUDAS
Essências Florestais
Necessidade de Calcário
(NC)
Essência
Florestal
Objetivo
PRNT de 100%
Produção de Mudas em Saco Plástico
NC = CTC (V1-V2)
----------------- x 1/2
100
onde:
V1 desejado = 60%
Espécies
Nativas
NC = unidade em t/m3 de
terra de subsolo
Ou
Os níveis de Ca e Mg na terra
do subsolo são baixos.Faixa
ideal de pH (CaCl2 0,01M) do
substrato: 5,0 – 5,5
Ou
Suprir Ca e Mg e não corrigir a
acidez do solo. Se usar fontes
de P ricas em Ca (SFS), é
suficiente para atender a
demanda de Ca das mudas
1 kg/m3 de terra de subsolo
Eucalipto e
Pinus
NC = 500 g/m3 de substrato
Suprir Ca e Mg e não corrigir a
acidez do solo. Estas espécies
toleram altos níveis de Al e Mn
RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM PARA
PRODUÇÃO DE MUDAS
Essências Florestais
Essência
Florestal
Necessidade de Calcário
(NC)
Objetivo
PRNT de 100%
Produção de Mudas em Tubetes
Eucalipto e
Pinus
Não recomendado
Os valores de pH, Ca e Mg no
substrato são elevados
Espécies
Nativas
Não recomendado
Os valores de pH, Ca e Mg no
substrato são elevados
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL – CESNORS – CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN
DISCIPLINA DE FERTILIDADE DO SOLO
Unidade 2 - ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM
Bibliografia: Cap 8 e 9- Livro Fertilidade dos Solos e Manejo da Adubação de Culturas
1. Os solo do Br, na maioria, são ácidos. Explique por que?
2. Quais as fontes de acidez do solo?
3. Quais os tipos de acidez no solo? Qual delas é a mais prejudicial para as plantas?
4. Porque o alumínio trocável é sinônimo de acidez no solo?Qual o seu efeito sobre o crescimento das plantas?
5. Qual a relação existente entre a saturação com bases e o pH do solo?
6. Quanto a calagem, qual dos solos da análise anterior necessitaria menos calcário? Porque?
7. Comente sobre a relação existente entre a CTC, a acidez potencial e a necessidade de calagem.
8. A neutralização da acidez do solo é obtida pela adição de oxidrilas. Explique como ocorre a reação do calcário no solo para neutralizar
a acidez?
9. Como pode ser avaliada a necessidade de correção da acidez do solo?
10. Qual é o método de avaliação da necessidade de correção do solo utilizado no RS e SC? Qual é o princípio deste método? Em que
tipos de solo este método não é recomendado? Por que?
11. Quais os outros métodos de avaliação da necessidade de correção no Brasil? Comente.
12. Num bate-papo de bar, um amigo comenta que lhe ofereceram duas áreas para o cultivo de Eucalipto: uma em Alegrete e outra em
Lagoa Vermelha. Olhando para o futuro Engenheiro Florestal ele diz: - “ouvi falar que nos solos da região de Alegrete se usa menos
calcário que nos solos da região de Lagoa Vermelha. Isso é verdade?” Explique porque?
13. Quais os tipos de corretivos da acidez que podem ser utilizados diretamente no solo para neutralizar a acidez e qual deles é o mais
utilizado?
14. Explique o termo PRNT?
15. Qual a importância da granulometria e do teor de cálcio e magnésio do calcário para a neutralização da acidez do solo?
16. Comente sobre a relação Ca/Mg nos corretivos e a relação Ca/Mg no solo?
17. Comente sobre a disponibilidade de Ca e Mg nos solos do Planalto do RS?
18. Os teores de Ca e Mg no solo são baixos. Qual a prática que você recomendaria para suprir estas deficiências?
19. Comente sobre os teores de Ca e Mg no solo em relação aos teores de P e K? Por que ocorre essa diferença?
Unidade 2 - RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM PARA ESPÉCIES FLORESTAIS
Bibliografia: Material sobre a recomendação de calagem baseado no Manual de Adubação e Calagem para RS e SC, pelo Instituto de
Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) e pela Embrapa Florestas
1. Quais os critérios que você deve utilizar para a recomendação de calagem para implantação de espécies florestais no RS e SC?
2. Quais os critérios que utilizados para a recomendação de calagem para implantação de espécies florestais nos outros estados do
Brasil?
3. Como é realizada a correção do solo para produção de mudas de espécies florestais?
Ver exercícios em anexo.
Universidade Federal de Santa Maria - Centro de Educação Superior Norte – RS
Curso de Engenharia Florestal - Campus de Frederico Westphalen
Departamento de Engenharia Florestal - Disciplina de Fertilidade do Solo
Exercícios sobre recomendação de calagem para os Estados do RS e SC
Gleba
Sistema de
manejo/condição da área
Argila
pH
Índice
P
K
H + Al
Soma
Bases
CTC
efetiva
CTC
potencial
(%)
(água)
SMP
1
Acácia negra
cmolc/L
cmolc/L
cmolc/L
cmolc/L
%
%
50
4,8
5,4
1,7
131
3,80
3,60
1,20
2
Araucária
1,00
8,70
2,54
6,14
11,23
22,6
58,7
44
4,9
5,7
5,1
45
4,00
2,00
3
2,40
1,30
6,16
3,82
5,82
9,98
38,2
34,4
Bracatinga
53
6,3
6,7
3,4
60
3,80
4
Erva-mate
0,00
8,50
4,00
1,96
12,65
12,65
14,61
86,6
0,0
32
6,1
6,6
55
193
5
Eucalipto
3,40
0,00
31,60
7,00
2,19
39,09
39,09
41,29
94,7
0,0
65
4,5
5
3,8
90
4,90
4,10
2,10
0,70
13,77
3,03
7,13
16,80
18,0
57,5
6
Pinus
70
5,2
6
7
Eucalipto
2,6
70
4,00
0,80
3,50
2,30
4,37
5,98
6,78
10,35
57,8
11,8
70
4,8
8
Pinus
5,6
3,6
170
4,40
1,40
2,60
1,80
6,91
4,83
6,23
11,75
41,1
22,5
24
9
Eucalipto
5,4
6,2
15
50
1,80
0,40
2,00
1,60
3,47
3,73
4,13
7,20
51,8
9,7
42
5,5
6,2
2,7
30
2,60
0,30
3,20
1,90
3,47
5,18
5,48
8,65
59,9
5,5
10
Pinus
47
4,9
5,7
3,2
60
2,70
1,60
2,50
1,70
6,16
4,35
5,95
10,52
41,4
26,9
------ mg/L -----
Ítens a serem abordados para cada gleba
1. Interpretação da análise do solo
2. Recomendação de calagem (calcário com PRNT de 73%)
a) Qual o critério de decisão?
b) Qual a quantidade de calcário (t/ha)?
c) Qual a época e modo de aplicação?
e) Quantificar o custo da calagem
M.O.
(%)
Al
Ca
Mg
------- cmolc/L ------
Sat bases Sat
Al
Download

Acidez e calagem