UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM AS ORGANIZAÇÕES E O USO DA INTRANET COMO FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Por: Léa Maria Tapajós Gomes Pires Orientador Prof. Fernando Alves Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM AS ORGANIZAÇÕES E O USO DA INTRANET COMO FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Comunicação Empresarial Por: Lea Maria Tapajós Gomes Pires 3 AGRADECIMENTOS ....ao meu orientador, Fernando Alves e a todos os professores da Pós Graduação do Instituto A Vez do Mestre. 4 DEDICATÓRIA .....dedico essa monografia ao meu marido, que me incentivou e me apoiou na decisão de fazer a Pós Graduação. Também ao meu filho, que se privou da minha presença, para que eu pudesse me dedicar ao meu crescimento profissional e pessoal. E por fim, a minha querida Mãe que, sempre que precisei, esteve pronta a me ajudar. 5 RESUMO O sucesso de uma organização, entre outras variáveis, vai depender diretamente do conhecimento que os gestores têm para administrar suas habilidades enquanto grupo, de transformar ativos em atitudes eficazes e de sua competência para se comunicar de forma adequada com todos os seus públicos. As atitudes se revelam tanto nos conteúdos quanto nos meios e formas de expressão. Sabemos que a comunicação se caracteriza como uma necessidade básica do ser humano, e dentro de uma empresa, a necessidade de realizar uma comunicação rápida e eficiente, torna-se indispensável. Para isso, o departamento de comunicação interna de uma empresa utiliza tradicionais meios de comunicação para disseminar a informação. A comunicação toma várias direções de acordo com os objetivos que se queiram alcançar, estes objetivos determinam que ferramentas serão utilizadas. Ferramentas como jornais-mural e revistas impressas são comumente usados. Mas com o avanço tecnológico e o advento da Internet, surge a Intranet que vem conquistando espaço e ocupando um importante papel como veículo de comunicação. Este trabalho aborda a utilização da intranet como uma ferramenta de comunicação eficaz, capaz de fazer com que as empresas, de pequeno, médio e grande porte, alcancem seus objetivos. As idéias aqui discutidas terão como objetivo apresentar em um primeiro momento a comunicação empresarial, a comunicação interna e as principais ferramentas utilizadas na gestão da comunicação empresarial. E por fim, apresentar um estudo sobre a Intranet, explicando seu funcionamento e aplicação, seus benefícios e como ela atinge seus usuários, internos e externos. 6 METODOLOGIA Este trabalho tem como objetivo discutir a intranet como ferramenta de comunicação interna, eficiente e eficaz. A leitura e pesquisa em livros, artigos e matérias em revistas especializadas foi o caminho utilizado para a realização desta pesquisa, mas por ser uma ferramenta moderna e ainda pouco difundida, existe pouco material a respeito. Muitos dos livros acessados ainda reduzem a uma página os usos da intranet, abordados de uma forma técnica. Esta situação tende a mudar, pois alguns livros editados recentemente já trazem uma discussão mais ampla. Contudo a junção da literatura técnica sobre intranet, o acesso à literatura nacional e a leitura de artigos e revistas especializadas propiciaram um panorama sobre o tema e apresentar a Intranet como ferramenta de comunicação interna. Para isso foi preciso fazer um breve comentário sobre a comunicação empresarial e a comunicação interna e suas ferramentas. A necessidade de discutir os avanços tecnológicos, mais precisamente a Internet, levaram ao cerne da pesquisa - a Intranet - e sua questão principal: Será que as empresas de grande, média ou pequeno porte, para alcançar os resultados desejados e ao mesmo tempo, evitar que ocorra a prática de boatos, deveriam investir na Intranet como ferramenta de comunicação interna? O estudo aqui apresentado se propõe se não a responder a essa pergunta, pelo menos a difundir a intranet como uma alternativa moderna, fácil e ágil para as empresas de comunicar e disseminar informação. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I 10 CAPÍTULO II 12 CAPÍTULO III 17 CAPÍTULO IV 19 CAPÍTULO V 20 CAPÍTULO VI 26 CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA 39 ÍNDICE 41 FOLHA DE AVALIAÇÃO 42 8 INTRODUÇÃO Entende-se por Comunicação Interna o esforço de comunicação desenvolvido por uma empresa para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, da direção com o público interno e entre os próprios elementos que integram este público. Tradicionalmente, a comunicação interna tem sido relegada a um segundo plano no planejamento de comunicação das empresas, órgãos ou entidades, certamente porque falta aos empresários e executivos a consciência de que a comunicação é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. É um erro imaginar que a comunicação interna se restringe às tradicionais ferramentas de comunicação, como um jornal mural, ou circulares. Nos últimos anos, em função do esforço para aumento da produtividade e da qualidade, a comunicação interna tem sido mais valorizada nas empresas, mas é preciso ainda derrubar uma série de tabus e,arriscar em uma comunicação democrática e participativa. A prática da comunicação empresarial tornou-se de extrema importância atualmente no dia a dia empresarial e tem ajudado no equilíbrio, desenvolvimento e crescimento das empresas. A partir da consciência da necessidade de comunicação, as empresas, estão se organizando na criação de planos de ação que visam a informar melhor o seu público interno, inserindo seus valores e estabelecendo identificação entre os mesmos, usando, para isso, as ferramentas que a comunicação disponibiliza. Os avanços tecnológicos trazem a Internet para dentro das empresas e fazem com que as empresas se adaptem a um novo modelo de comunicação. A intranet surge, nesse contexto, para contribuir como canal de comunicação estabelecido entre empresa e empregado, trazendo informações, de maneira mais ágil e com uma linguagem informal capaz de despertar o interesse dos 9 empregados por assuntos relacionados não só ao ambiente de trabalho, mas também ao lazer e ao divertimento em geral. . A implementação da intranet passa pela compreensão de uma série de questões, entre elas as motivações, pressões internas e externas e as resistências encontradas em sua trajetória de criação e existência. Conhecer seu funcionamento e implantação faz-se necessário para poder entender quais as dinâmicas que influenciaram e influenciam as propostas e estruturas de uma intranet . Pressupõe–se que a produtividade e o sucesso da Intranet como ferramenta de comunicação interna acontece quando seu uso colabora e aperfeiçoa o compartilhamento de informações entre as pessoas que fazem parte de uma corporação e contribua para o desenvolvimento organizacional. Observadas as relações entre a comunicação empresarial o crescente uso da tecnologia, e o uso da intranet como ferramenta de comunicação interna, pode-se destacar a importância de um estudo sobre o tema. 10 CAPÍTULO I COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL A boa comunicação é muito importante para a integração de qualquer grupo de trabalho. Robbins (2004, p.120) afirma que dentro de um grupo ou de uma organização, a comunicação cumpre quatro funções básicas: controle, motivação, expressão emocional e informação. O controle é feito apartir das hierarquias e orientações formais que devem ser seguidas pelas pessoas ou funcionários. A comunicação torna mais facil a motivação deixando claro para o funcionário o que ele deve fazer, como está se saindo e o que deve fazer para melhorar seu desempenho. O feedback, sendo uma maneira de comunicar, estimula a motivação. Segundo Robbins (2004,p.124), a comunicação que ocorre no interior do grupo é mecanismo fundamental para a expressâo das frustações ou dos sentimentos de satisfação. Ela fornece, então, o meio para expressão das emoções e para atender as necessidades sociais. As pessoas ou grupos precisam da informação para tomar decisões e transmitirem dados que permitam identificar e avaliar alternativas, porisso a função final da comunicação, a informação, constitui fonte primária de interação social. Cahen (2005, p.29) entende que a comunicação é uma atividade sistêmica, de caráter estratégico, conectada a sistemas implantados e relacionada com os altos escalões e os objetivos da empresa. Os principais problemas encontrados nas empresas têm como principal causa um sistema de comunicação não bem definido. Na organização, independente da sua estrutura organizacional ou de seu segmento, é importante utilizar os vários recursos oferecidos pela comunicação para alcançar os seus objetivos e compreender determinadas situações. A Organização deve conhecer o modo de pensar e agir e as 11 necessidades de seus clientes (internos e externos), tarefa não muito fácil já que cada grupo tem sua propria cultura. “a comunicação empresarial moderna e excelente tem entre seus principais atributos: o monitoramento dos ambientes nos quais a empresa se insere, para dectar as ameaças e oportunidades simbólicas; a seleção de informações e as oportunidades simbólicas; a seleção de informações importantes para a tomada de decisão da gestão; o mapeamento dos públicos estratégicos; a velocidade nas emissões e respostas; a formatação impecável e adequada de mensagens; a seleção de mídias adequadas que cheguem aos públicos estratégicos; a habilitação, em comunicação, de todas as pessoas da organização; as pesquisas; o planejamento e a operação de orçamentos.” (Nassar 200-, p.122) . Existem várias ferramentas na comunicação que são utilizadas para identificar e atender as necessidades dos clientes de uma determinada organização, sejam eles internos ou externos. Essas ferramentas constituem a Comunicação organizacional. A comunicação Institucional (realções organizacional públicas), é composta Comunicação por: Comunicação Interna (comunicação administrativa), que será um dos objetos de estudo dessa pesquisa, e Comunicação Mercadológica (marketing), que segundo Kunsch (1997, p.116) pode ser administrada sob uma mesma direção. 12 CAPÍTULO II COMUNICAÇÃO INTERNA A comunicação é o processo de troca de informações entre duas ou mais pessoas. A necessidade de comunicação é uma questão de sobrevivência. E para os negócios não seria diferente. Assim surgiu a comunicação interna, da necessidade de tornar os funcionários influentes, integrados e informados do que acontece na empresa, e tornando-se parte integrante dela. Por meio da comunicação interna “Torna-se possível estabelecer canais que possibilitem o relacionamento ágil e transparente da direção da organização com seu público interno e entre os próprios elementos que integram este público.” (Melo, 2006, p.97) Nassar (200-, p.73-74) afirma que a comunicação interna é a ferramenta que vai permitir que a administração torne comuns as mensagens destinadas a motivar, estimular, considerar, diferenciar, promover, premiar e agrupar os integrantes de uma organização. A gestão e seu conjunto de valores, missão e visão de futuro proporcionam as condições para que a comunicação empresarial atue com eficácia. Segundo Gustavo Matos (2005), a falta da cultura do diálogo, de abertura e conversação e a troca de idéias, opiniões, impressões e sentimentos, é, sem dúvida alguma, o grande problema que prejudica o funcionamento de organizações e países. A comunicação corporativa é um processo diretamente ligado á cultura da empresa, ou seja, aos valores e ao comportamento das suas lideranças e ás crenças dos seus colaboradores. As comunicações administrativas consideradas como fontes de comunicação social e humana encontram os seguintes elementos: comunicador, mensagem e destinatário. Para haver um processo de comunicação é necessário o envolvimento de no mínimo duas pessoas ou grupos: remetente (fonte) e o 13 destino (recebedor) isto é, o que envia a documentação e o que recebe. A mensagem é o conteúdo da comunicação e que tem como objetivo a compreensão por parte de quem recebe. Então, a comunicação só ocorre quando quem recebe a mensagem a compreende ou a interpreta. Se a mensagem não chega ao destino, a comunicação não acontece. São inúmeras as informações que a empresa pode estar enfatizando em suas publicações internas. Dentro da comunicação interna podemos identificar dois tipos de canais, sendo eles, o formal e o informal. Segundo Rego (1986, p. 63), os canais formais "são os instrumentos oficiais, pelos quais passam tanto as informações descendentes como as ascendentes e que visam a assegurar o funcionamento ordenado e eficiente da empresa (normas, relatórios, instruções...)" ou seja, são todas as informações que a empresa pode ter através de canais que possibilitem seu registro, na maioria das vezes por escrito. Os canais informais seriam, para Rego (1986, p. 63): "todas as livres expressões e manifestações dos trabalhadores, não controladas pela administração." Como exemplo podemos citar as conversas paralelas que ocorrem dentro da organização. Além dos canais formais e informais devemos estar atentos para os tipos dos fluxos da informação utilizados na comunicação interna das empresas. Segundo Kunsch (1986, p. 35), a comunicação organizacional se realiza por meio de três fluxos (descendentes, ascendente e lateral) e de uma forma bidirecional (vertical e horizontal). As organizações apresentam um ou mais destes fluxos, dependendo da Comunicação Administrada. A comunicação descendente ou vertical refere-se ao processo de informações da cúpula diretiva da organização para os subalternos, isto é, a comunicação de cima para baixo, traduzindo a filosofia, as normas e as diretrizes dessa mesma organização afirma Kunsch (1986, p. 35). O intercâmbio das informações não existe quando a comunicação é 14 estabelecida de forma descendente ou vertical. Entretanto, esse é o tipo mais utilizado nas pequenas organizações conhecidas por alguns como empresas familiares. Nesse tipo de fluxo, a grande maioria não pode opinar com relação às ações estabelecidas, apenas executá-las. Na comunicação ascendente, segundo Kunsch (1986, p. 36) "o processo é o contrário: são as pessoas situadas na posição inferior da estrutura organizacional que enviam suas informações". Kunsch traz o tipo de comunicação horizontal ou lateral. Na comunicação horizontal ou lateral, a direção do fluxo de informações pode, segundo Katz e Kahn, "movimentar-se entre iguais ou pares, no mesmo nível organizacional", ou melhor, a comunicação acontece entre os departamentos, seções, serviços ou pessoas situadas no mesmo plano da organização social (Kunsch, 1986, p. 36). Rego (1986, pp. 130,131) acrescenta ainda mais um tipo de fluxo de informação, que é o fluxo diagonal: O fluxo diagonal trata de mensagens trocadas entre um superior e um subordinado localizado em outra área / departamento. Ou seja, abrange as comunicações diagonais, comuns em organizações mais abertas, menos burocráticas e com forte peso nos programas interdepartamentais. O fluxo possibilita o intercâmbio das informações entre os diversos níveis da organização. Toda organização utiliza um ou mais desses fluxos na sua administração, e são diversas as ferramentas que podem ser empregadas, das quais podemos citar, segundo Kunsch (1986, p. 36) "contatos pessoais, reuniões, telefone, memorandos, cartas, circulares, quadros de avisos, relatórios, caixas de sugestões, publicações, vídeos, filmes institucionais e comerciais entre outros". A Comunicação Administrativa visa dirigir a comunicação utilizada na organização objetivando alinhar as ações estabelecidas aos recursos disponíveis, visando assim, reduzir os custos e maximizar os lucros, implementando ações de curto, médio e longo prazo de acordo com os objetivos comunicacionais e administrativos constituídos pela empresa. São vários os veículos utilizados pela comunicação interna, assim como: relatórios, circulares, boletins, folhas soltas, folhetos completos, folders, jornais, revistas, manuais de instrução, apostilas. 15 Nessa pesquisa podemos chamar de ferramentas de comunicação tudo que está inserido na gestao do setor de comunicação empresarial. Vale ressaltar que para acompanhar as mudanças no mercado novas ferramentas estão sendo introduzidas, de acordo com a realidade de cada organização. 2.1 Objetivos da Comunicação interna Estão entre os principais objetivos da comunicação interna, tornarem informados e integrados todos os funcionários da empresa; possibilitar aos colaboradores da empresa o conhecimento das transformações ocorridas no ambiente de trabalho; tornar determinante a presença dos colaboradores de uma organização no andamento dos negócios; facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara e objetiva para o público interno, estreitando o relacionamento entre a direção e os empregados e procurando a compatibilização de seus interesses. Outros objetivos importantes também são: promover a melhoria das relações internas entre os indivíduos e as áreas, estimulando o diálogo, reduzir os antagonismos entre os grupos e os indivíduos, dentro de um clima da participação e envolvimento e buscar a sinergia para o alcance das metas pessoais e empresariais. 2.2 Importância da comunicação Interna A comunicação interna sendo um processo de troca de informação e de relacionamento dentro de uma empresa e por ser responsável por fazer circular as informações da direção para os empregados e vice-versa e nesse processo os empregados são parceiros e quanto mais bem informados estiverem, mais envolvidos com aquela empresa, sua missão e seu negócio, eles estarão. A Comunicação interna amplia a visão do empregado, dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo. “As ações da empresa devem ter sentido 16 para as pessoas – sendo necessário que encontrem no processo de comunicação as justificativas para o seu posicionamento e comprometimento”, fala a doutora em Ciências da Comunicação, Marlene Marchiori. Assim, o funcionário, sabendo o que seu trabalho representa no todo da organização, qual a importância das tarefas que realiza, do que produz, o desempenhará com mais eficiência. Em segundo lugar, os empregados são os “melhores porta-vozes” da instituição em que trabalha. Sua opinião sobre a organização vale muito para quem está de fora. Ele é o maior propagandista de sua organização. “funcionários descontentes, mal informados, geram prejuízos imensos às organizações porque podem expressar, com mais autenticidade do que outros públicos, os valores positivos ou negativos da cultura organizacional. Fica fácil acreditar no que eles dizem porque, afinal de contas, eles estão vivendo lá dentro. Como sabemos, a imagem e a reputação se formam assim, a partir de pequenas vivências e convivências e os públicos internos têm papel fundamental neste processo”. (Bueno, 2007) Daí que investir na comunicação interna é investir no clima organizacional e em marketing também. Em terceiro lugar, porque toda organização está inserida num mercado altamente competitivo. Com a globalização e a disseminação de novas tecnologias, “a Comunicação Interna tem uma função importante, no sentido de fazer circular as informações novas, promover o debate e a interação entre os vários segmentos da organização e, sobretudo, capacitar os funcionários para os novos desafios”, defende Wilson Bueno (2007). Por isso, o processo de comunicação interna precisa ser valorizado e os canais que ele dispõe (jornais, boletins, intranet, murais etc) disponibilizados de forma eficaz e atrativa para que realmente cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização. 17 CAPÍTULO III FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INTERNA Para que a comunicação interna possa desempenhar o papel de informar, motivar, envolver os empregados, além de ser porta-voz das estratégias da empresa, é necessário um conjunto de produtos e serviços que sirvam como canais de diálogo entre a empresa e seus diferentes públicos. Esses produtos e serviços devem ser utilizados desejando atingir os objetivos esperados pela empresa por meio do diálogo e das ferramentas de comunicação utilizadas. Pretende-se neste trabalho elencar os produtos comumente utilizados, mais precisamente a intranet, porém as empresas podem apresentar em suas comunicações veículos e serviços não contemplados nesta lista. Segundo Jorge Duarte (2003, p.77), o conjunto de veículos e serviços comuns às comunicações internas são: Relatórios - são utilizados para o acompanhamento de alguns processos organizacionais, tendo uma certa periodicidade para sua elaboração, sendo necessária a avaliação de seus dados. Segundo Rego (1986, p. 141), eles são elaborados para um público especializado. Circulares – Tem um formato e tamanho menor que os relatórios, e de acordo com Rego (1986, p. 141) "geralmente apresentam mais de uma cor; resultados de pesquisas e relatórios", ou seja, as circulares são utilizadas para comunicar resultados de pesquisas, relatórios, ações que devem ser acompanhadas por seus respectivos responsáveis, e geralmente ganham grande credibilidade dentro de uma organização se utilizadas de forma correta. Isto significa, com informações pertinentes e periodicidade definida. Jornais - podem ter como foco principal tanto o público interno, quanto o externo dependendo de seu objetivo. Deve abranger matérias relacionadas a diferentes temas como: matérias institucionais que são as normas, 18 regulamentos, avisos, produtos serviços, desenvolvimento de alguma atividade interna, orientações sobre a utilização de determinado tipo de manual, etc; de motivação apresentando estudos sobre um determinado tema recorrente no momento, como concursos, divulgação de prêmios entre outros; de orientação profissional sobre higiene, saúde, conselhos úteis, programas de treinamento etc; educativas sobre conhecimentos gerais como história, geografia, turismo etc; de interesse feminino; de entretenimento entre outras. Deve ter periodicidade definida, fotos e textos distintos para que desperte interesse em diversos públicos. Além das acima descritas também são ferramentas de comunicação interna as Tábuas de anúncio, carta ao pessoal, jornada de portas abertas, reuniões de informação entrevista individual, entrevista, programa de sugestões, caixa postal de sugestões e Intranet, que é o cerne de estudo deste trabalho. 19 CAPÍTULO IV NOVAS TECNOLOGIAS Até o final da década de 80, a comunicação nas empresas era realizada através dos meios tradicionais, como as publicações impressas, a correspondência empresarial, os meios de comunicação etc. Hoje, a comunicação organizacional utiliza também as novas tecnologias de comunicação como meio e instrumento para atingir seus objetivos. A desterritorialização da informação e as inúmeras possibilidades de comunicação que a rede mundial de computadores - Internet - trouxe para a sociedade são uma realidade também nas empresas. Hoje as empresas usam a rede para se comunicarem com seus clientes, com seus fornecedores e com a comunidade de uma forma geral, para venderem seus produtos ou oferecerem seus serviços, ou simplesmente para tornarem-se conhecidas. O site da instituição é um excelente veículo para tornar conhecida a filosofia da empresa, para divulgar seu engajamento em campanhas sociais, ou seja, para aproximar a organização de todos os seus públicos que se encontram geograficamente distantes. Ou seja, a Internet é hoje um excelente veículo de comunicação entre a empresa e seu público externo. Já com o público interno, com os funcionários ou colaboradores da empresa, um novo veículo que vem sendo utilizado com muito êxito é a Intranet, que é uma espécie de Internet usada internamente pelas organizações. O objetivo deste veículo de comunicação é a divulgação de informações relativas à empresa, principalmente para os seus próprios funcionários e administradores. 20 CAPÍTULO V INTERNET Segundo Rosa e Almeida (2000, p.22) a internet é formada por um conjunto de redes de computadores interligadas entre si que estão espalhadas pelo mundo inteiro. Todos os serviços disponíveis na internet são padronizados e utilizam o mesmo conjunto de protocolos (TCP/IP), de forma que, os usuários a ela conectados, aonde quer que estejam, usufruem de serviços de informação e comunicação, com a certeza de que eles são compatíveis. A internet acarretou mudanças no modelo tradicional de comunicação (emissor-mensagem-receptor), uma vez que possibilitou a democratização do acesso à informação. Assim, o modelo da comunicação de massa é revisto e surge no século XXI a comunicação de rede. O centro dessa mudança encontra-se exatamente no conceito de informação – os avanços tecnológicos influenciam a geração, a transformação, o armazenamento, a transmissão e a recuperação da informação. A tecnologia digital possibilita ao usuário interagir com a informação, com o conteúdo, surgindo assim, um novo tipo de comunicação, com novos receptores e usuários que são menos dependentes da cultura tradicional e muito mais dependentes das relações interpessoais geradas na rede. 5.1 – Histórico da internet A internet surgiu a partir de um projeto da agencia norte-americana ARPA (Advanced Research and Projects Agency) com o objetivo de conectar os computadores dos seus departamentos de pesquisa. A conexão entre Universidade da California de Los Angeles, Universidade da California de Santa Barbara e Universidade de Utah iniciou-se em 1969 e passou a ser conhecida como ARPANET. 21 Esse projeto inicial foi colocado à disposição de cientistas e pesquisadores, o que resultou em uma intensa atividade de estudos sobre as posibilidades de conectividade durante a década de 70, cujo principal resultado culminou numa concepção do conjunto de protocolos que até hoje é a base da Internet, o TCP/IP. Almeida e Rosa (2000, p. 24), explicam que no início da década de 80, a ARPA iniciou a integração das redes de computadores dos outros centros de pesquisas, a ARPANET e que nessa mesma época foi feita na Universidade da California de Berkeley, a implantação dos protocolos TCP/IP no sistema operacional UNIX, o que possibilitou a integração de várias universidades à ARPANET. A ARPANET foi o estágio embrionário da Internet atual. A simples ideia era a de um computador Host ficar interligado a um segundo computador Host. O meio físico que mantinha a conexão podia ser derivado em qualquer ponto através de uma ligação direta e o terminal na ponta podia acessar informações do primeiro ou do segundo Host. Em 1985, a entidade americana NSF (National Science Foudantion) interligou os supercomputadores de seus centros de pesquisa e o resultado foi a rede conhecida como NSFNET, que em 1986 foi conectada à ARPANET. Os conjuntos de todos os computadores e redes ligados a esses dois supercomputadores, segundo Almeida e Rosa (2000, p.24), formaram um 22 backbone (espinha dorsal da rede). A partir deste momento, esta estrutura passou a ser conhecida oficialmente como INTERNET. Em 1990, o backbone ARPANET foi desativado, em seu lugar foi criado o backbone DRI (Defense Research Internet); em 1991/1992 a ANS desenvolveu um novo backbone, conhecido como ANSNET, que passou a ser o backbone principal da Internet: nessa mesma época iniciou-se o desenvolvimento de um backbone europeu (EBONE), interligando alguns países da Europa à Internet. A partir de 1993, a Internet deixou de ser uma instituição de natureza apenas acadêmica e passou a ser explorada comercialmente, tanto para a construção de novos backbones por empresas privadas (PSI, Uunet, Sprint) como para fornecimento de serviços diversos, abertura que aconteceu em todo o mundo, explica Almeida e Rosa. 5.2 – Operação e Administração da Internet A administração e a operação da Internet são descentralizadas, algumas tarefas não são, tais como: a coordenação das pesquisas e padrões para funcionamento da rede, distribuição de endereços e registros de domínios para interligação a essa rede. 5.3 – Formas de Acesso e Conexão Os acessos de computadores à Internet, no que se refere à execução de aplicações a ela relacionadas, são classificados em Acesso Completo. Onde o computador possui protocolo TCP/IP, possui um endereço permanente e exclusivo e pode executar aplicações que interagem diretamente com outras aplicações em computadores da Internet; o computador portanto, é um “host” da Internet. 23 E Acesso Limitado, “o computador não possui protocoloTCP/IP, apenas conexão a um computador que possui acesso completo à Internet, ou seja, seu acesso a Internet é indireto, através de programas residentes nesse computador; neste caso o computador não é um “host” da Internet (Almeida e Rosa, 2000, p.47). Já as formas de conexão são classificadas em Conexão Permanente e Conexão Temporária. Na conexão permanente, a ligação entre os computadores e a Internet é feita através de circuitos dedicados de comunicação, é usado apenas por computadores que possuem Acesso Completo à Internet, endereço e nome de domínio fixo, localizáveis por qualquer outro computador dessa rede. A conexão temporária é usada tanto por computadores com Acesso Completo quanto com Acesso Limitado à Internet. Normalmente através de linhas telefônicas discadas. Os computadores com acesso Completo a Internet continuam tendo acesso direto aos demais computadores dessa rede, porém não são mais localizáveis de forma unívoca, pois normalmente não possuem um endereço fixo nem nome de domínio próprio, explicam Almeida e Rosa. 5.4 – A Relação da Internet com a Comunicação Empresarial Atualmente já se pode perceber a Internet e as redes de modo geral, como um modelo de comunicação e entender que isso gera grandes mudanças no panorama da sociedade contemporânea, afirma Lopes (2010, p. 53) . E essas mudanças afetam também a comunicação no âmbito das empresas. Sabendo–se do histórico da Internet, do seu nascimento, acessibilidade e conectividade, a importância se dá então em saber da sua aplicação. Do surgimento ate a década de 80 a sua aplicação era a troca de emails. A partir de 1990 a Internet passa a ser observada como um novo potencial meio de comunicação entre usuários distantes, mas que podem 24 interagir por meio de mensagens de texto enviadas de um computador para outro. Segundo Lopes (2010, p.56), ainda no início da década de 90, já se tem a possibilidade de utilizar várias funções na rede, além da troca de mensagens de texto entre dois endereços eletrônicos simplesmente. Mais tarde um estudante da universidade de Illinois apresenta um programa que permite que a web funcione em modo gráfico, tornando possível então, a utilização de textos, imagens e também sons. Sendo assim o que trará um novo modelo de comunicação na Internet será o poder do usuário de intervir nos espaços de rede. A própria noção de rede sem centro também vai provocar uma revisão do que vinha sendo entendido como o ideal de uma organização da comunicação. A Internet trouxe mudanças no modelo tradicional de comunicação (emissor-mensagem-receptor), uma vez que possibilitou a democratização do acesso à informação. Assim, o modelo de comunicação de massa é revisto e surge no século XXI a comunicação de rede. O centro dessa mudança encontra-se exatamente no conceito de informação – os avanços tecnológicos influenciam a geração, a transformação, o armazenamento, a transmissão e a recuperação da informação. A tecnologia digital possibilita ao usuário interagir não mais apenas com o objeto (a máquina ou a ferramenta), mas com a informação, com o conteúdo. Surge então uma nova comunicação, novos receptores e usuários que são menos dependentes da cultura tradicional e muito mais dependentes das relações interpessoais geradas na rede. Segundo Lopes (2010, p. 58), com a mudança proporcionada pela internet, os usuários sentem-se mais a vontade e tem maiores facilidades para também emitirem a sua posição. A maior participação de todos os envolvidos no processo faz com que as relações entre as pessoas sejam alteradas, isso vai aparecer de forma muito mais clara na comunicação empresarial. 25 5.4.1 – Parcerias Viáveis Através da Internet se tornou mais fácil a comunicação entre clientes e funcionários com a direção das empresas. “sair do modelo de massa é uma possibilidade cada vez mais próxima na sociedade atual. Isso vem causando modificações no âmbito da comunicação de um modo geral. Mas ainda na esfera da comunicação empresarial, em que a direção da empresa não é mais a única voz no processo” ( Lopes, 2010). As estruturas mais abertas, em que o funcionário, o consumidor ou o cliente também podem se manifestar ganham mais espaço em detrimento dos house-organs ultrapassados, que perdem espaço. Outro ponto é o surgimento de canais, antes pouco explorados ou mesmo inexistentes, como a intranet. 26 CAPÍTULO VI INTRANET A intranet é um sistema de informação implementado em uma rede local, que utiliza a mesma tecnologia disponível para a Internet. “Muitas vezes é uma versão da Internet utilizada apenas por pessoas autorizadas, ou seja, funciona do mesmo modo que a grande rede, com programas utilizados em ambos os casos, mas com maior preocupação com segurança e com quem está participando dos contatos”. (Lopes, 2010) O que a diferencia da Internet é o servidor exclusivo, o acesso controlado por senhas e a infraestrutura de rede de microcomputadores interna na empresa, interligados entre si por algum padrão de redes, como a Ethernet. É como se fosse uma Internet particular, cujo objetivo é implementar a interatividade entre os participantes. A intranet está baseada na conectividade. Computadores ligados através de uma rede e que podem transmitir qualquer tipo de informação digital entre si. É uma ferramenta colaborativa, que cria um elo de ligação entre os colaboradores e ajuda no desenvolvimento da cultura organizacional. A grande revolução gerada por essa nova forma de comunicação é a facilidade de acesso à informação. Empresa e colaboradores podem se comunicar e compartilhar informações. As empresas estão cada vez mais necessitando de centralização das informações, métodos de comunicação interna para reduzir custos. A Intranet possibilita tudo o que a própria Internet dispõe. Porém a principal diferença entre ambas é que a intranet é restrita a um certo público. Há restrição de acesso, por exemplo, por uma empresa, ou seja, todos os colaboradores da empresa podem acessar a intranet com um nome de usuário e senha devidamente especificados pela coordenação da empresa. 27 A intranet ainda possibilita utilizar mais protocolos de comunicação, não somente o HTTP usado pela internet. Geralmente o acesso a intranet é feito em um servidor local em uma rede local chamada de LAN sigla da língua inglesa que significa Local Area Network (rede de acesso local) instalada na própria empresa. Portanto, o que caracteriza a intranet é a utilização das tecnologias da World Wide Web no ambiente privativo da empresa ou de uma instituição. Em vez de circular publicamente pelo mundo, como na Internet, as informações confinadas numa rede intranet são acessíveis apenas à organização a que pertencem e às pessoas autorizadas por ela a consultá-las. Por suas características, esse tipo de rede é uma poderosa ferramenta de gestão empresarial e, ao mesmo tempo, um meio de viabilizar o trabalho em grupo na organização. Por causa desse duplo papel, ela pode substituir tanto os sistemas de informação para executivos como os de computação colaborativa. 6.1 – Objetivos e função da Intranet O principal objetivo de uma intranet é centralizar documentos, formulários, notícias da empresa e outros assuntos pertinentes, dependendo de cada organização. O grande ganho da empresa é que o funcionário passa a ter um canal onde pode obter informações gerais sobre praticamente tudo o que precisa. O objetivo de se implantar uma intranet é criar um canal de comunicação direto entre a empresa e seus departamentos e funcionários buscando redução de custos (tempo, impressão de documentos e ligações telefônicas) e maior velocidade na divulgação e distribuição das informações. Servindo como meio de comunicação digital para o público interno da empresa. Lembrando que o acesso, geralmente restrito aos colaboradores, é feito diretamente do browser de cada computador. Então pode –se dizer que os objetivos da intranet são: 28 v Estar conectada aos objetivos estratégicos da organização; v Possuir um processo constante de divulgação interna; v Servir a empresa como todo; v Possibilitar a cada funcionário acesso fácil e instantâneo a todo conhecimento da organização através de seu computador: v Criar um fluxo interno de informação com o mínimo de custo e tempo, esforço. Vale salientar que as intranets refletem o perfil da empresa. Não existe uma igual a outra. De acordo com Maria e Sandini (2000), a principal função da intranet é servir como um sistema de comunicação entre a empresa e seus funcionários, oferecendo conteúdo e serviço úteis, proporcionando agilidade de comunicação e garantindo acesso rápido a diversas áreas de interesse. 6.2 – Motivos para a utilização da Intranet Segundo Sabbatini (1999), o primeiro motivo de se utilizar a intranet como ferramenta de comunicação deve-se ao fato de ser uma estrutura de comunicações onipresente, onde as pessoas se comunicam de qualquer lugar para qualquer lugar. Segundo, e também importantíssimo pela inovação conceitual: a informação não é mais enviada, é buscada sob demanda. Não se enviam mais catálogos, listas de preços, promoções, mensagens, todos passam a saber onde estas informações estão disponíveis e as buscam sempre que precisam. Isto simplifica a comunicação, principalmente no que tange aos procedimentos de atualização e geração de informações, não é preciso mais imprimir documentos, comunicações, diminuindo assim, os custos. Terceiro, a interface com o usuário é agradável e fácil de usar e a tecnologia estável. 29 E, por último, não há muito dificuldade na montagem de uma Intranet, é tecnicamente fácil, mas é importante salientar que na implementação deve-se ter alguns cuidados, como: aculturação de executivos e funcionários, remodelamentos operacionais e renovação de ambientes computacionais. 6.3 - Como fazer uma Intranet De acordo com Sabbatini (1999), para fazer funcionar uma intranet na organização, em primeiro lugar é preciso ter uma rede local funcionando. 6.3.1 - As ferramentas da Intranet Segundo Sabbatini (1999), no servidor podem ser instalados diversos softwares que funcionam de acordo com o protocolo TCP/IP, que é o protocolo básico de comunicação da Internet. A rede local pode ter qualquer sistema operacional básico, como Windows NT, UNIX ou Novell, uma vez que todos esses têm a capacidade de implementar o TCP/IP como protocolo. Uma vez definida a rede TCP/IP (isso é feito por um especialista em redes), deve-se instalar os programas no servidor que vão operar os serviços básicos da intranet, tais como: v Correio eletrônico (email) v Grupos de distribuição (listserv) v Transferência de arquivos (FTP) v Navegação (gopher) v Pesquisa (WAIS) v Hipertexto, hipermídia (httpd) Existem livros especializados sobre a montagem de intranets, que geralmente são acompanhados de CD-ROMs com versões gratuitas de todos esses softwares. Nos microcomputadores da rede (chamados de clientes) também precisam ser instalados os programas correspondentes aos instalados 30 nos servidores. Deve ser sempre formada uma dupla cliente-servidor. Por exemplo, o programa cliente de hipertexto (WWW) é o Netscape ou o Internet Explorer. Ele se comunica com o programa servidor, que pode ser o Apache Web Server, o Netscape Server, o Microsoft Web Server, e assim por diante. Não precisam ser os dois da mesma empresa, pois existe geralmente bastante compatibilidade com os protocolos da Internet. Existem algumas aplicações avançadas da intranet, que permitem o estabelecimento de serviços de "chat" (bate papo em tempo real), disponibilização de arquivos de áudio e de vídeo, videoconferência e colaboração à distância (workgroups). São programas que obedecem a outros protocolos, como o IRC, RealAudio, InternetPhone, NetMeeting, CU-SeeMe, Lotus Notes, etc. 6.3.2 – Fases de construção da Intranet De acordo com Sabbatini (1999), para implantar uma intranet em uma organização, o primeiro passo é o estabelecimento de um grupo de trabalho que vai fazer uma análise das necessidades e do fluxo de informação, a identificação das aplicações possíveis, a análise dos recursos de hardware e software necessários. Nesta fase pode ser importante contratar um consultor externo. Em seguida, devem ser realizadas as montagens do servidor e dos clientes (hardware e software) e o teste completo do sistema. Geralmente nesta fase inicial é importante criar um projeto-piloto, que permita o teste real do sistema e o aprendizado por parte de todos os envolvidos. Uma intranet deve sempre ter um responsável por sua criação e manutenção, que é chamado de webmasters. Geralmente existem dois webmasters: um webmaster técnico e outro de conteúdo. Devem ser identificadas também todas as pessoas que irão contribuir com informações (autores de conteúdo), e que serão treinadas a contribuir autonomamente para alimentar a intranet. 31 Almeida e rosa (2000, p. 114) com muita propriedade lembram, que “É preciso balancear a complexidade dos temas de um site com a ramificação dos tópicos que deles resultam, para evitar sites muito horizontais ou muito verticais”. Devem ser definidos parâmetros técnicos, como velocidade de acesso, capacidade de expansão, relação custo benefício, etc., dos recursos instalados. Como a intranet contém informação interna sobre a organização, muitas vezes sigilosa e de acesso restrito, deve-se tomar especial cuidado com os aspectos de segurança interna e externa e proteção da privacidade das pessoas. Finalmente, é importante também ter planos para treinar e manter pessoal habilitado, e realizar manutenção e atualização contínuas no conteúdo da intranet, caso contrário ela perde rapidamente a utilidade e deixa de ser consultada. 32 6.4 – Vantagens e desvantagens da Intranet Analisando as Vantagens e as Desvantagens da intranet, Faleiro “apud” Albertin (2000) aponta suas Vantagens como: a fácil publicação de informação; baixo custo; facilidade de uso; baixa manutenção; escalabilidade (definição de níveis e restrições de acesso); e a fácil distribuição de software (downloads). E, quanto às desvantagens, o autor as descrimina como sendo: o fato de que as aplicações colaborativas para intranet não são tão poderosas como as que são oferecidas por sistemas de rede tradicionais (groupwares); existência do risco de desuso em curto prazo; e menor integração com o cliente final. . Resumidamente é possível apontar como: 6.4.1 – Vantagens v Excelente plataforma para divulgação de informações internamente. v Um paginador Web com múltiplos recursos está disponível para praticamente qualquer sistema operacional cliente - ao contrário de clientes de software para grupos de trabalho proprietários, que podem não estar disponíveis para algumas plataformas. v Os servidores Web não necessitam de tanto hardware com capacidade de processamento e espaço no disco rígido quanto os pacotes de software para grupos de trabalho clássicos. O mercado de software de servidos Web é competitivo - e não uma solução de um único fabricante. Porém os produtos apresentam boa interoperabilidade. v Esta tecnologia apresenta a capacidade de expansão e pode ser usada através de redes remotas. Novas ferramentas e autoria em pacotes de aplicativos para sistemas de mesa facilitam a criação de páginas HTML pelos iniciantes para servidores Web. 33 6.4.2 – Desvantagens v Os aplicativos de colaboração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos programas para grupos de trabalho tradicionais. É necessário configurar e manter aplicativos separados, como correio eletrônico e servidores Web, em vez de usar um sistema unificado, como faria com um pacote de software para grupo de trabalho. v Número limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As Intranets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras soluções de software para grupo de trabalho que funcionam com os protocolos de transmissão de redes local existentes. v Ausência de replicação embutida. As intranets não apresentam nenhuma replicação embutida para usuários remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desenvolver aplicativos cliente/servidor. 34 6.5 – Modelos de Páginas de Intranet 35 36 CONCLUSÃO Ao estudarmos a comunicação interna nas organizações podemos perceber como é um processo complexo e que necessita de conhecimento para evitar insatisfações e descontentamentos no ambiente de trabalho. A utilização dos diversos canais de comunicação pode tornar este processo mais eficiente e as barreiras superadas, permitindo a intervenção dos funcionários na apresentação de sugestões para a melhoria da comunicação na empresa. Percebemos que a comunicação interna deve ser priorizada, os tabus devem ser derrubados, velhos paradigmas devem ser desprezados para a construção de um novo modelo de comunicação, onde todos os funcionários serão envolvidos e participantes. Encarando a Comunicação Interna desta maneira, ela se torna um instrumento estratégico para benefícios na empresa e conseqüentemente sucesso na organização. Hoje em dia, tanto a comunicação interna (entre os departamentos) quanto a externa (clientes e fornecedores) é algo muito importante para todas as empresas. E a intranet é uma ferramenta que pode auxiliar na comunicação e o que é melhor tendo um baixo custo. A intranet é uma rede de computadores semelhante à Internet, porém é de uso exclusivo de uma determinada organização, ou seja, somente os computadores da empresa podem acessá-la. Essa tecnologia é muito boa, pois permite a comunicação de um departamento com todos os outros colaboradores da empresa. Dentro de uma empresa todos os departamentos possuem alguma informação que pode ser trocada com os demais departamentos, ou então cada departamento pode ter uma forma de comunicação direta com os colaboradores. A implementação de uma intranet é um trabalho de análise e em geral sua elaboração não foge as mesmas regras indicadas para outras aplicações. A cultura das empresas está mudando em relação ao uso das novas 37 tecnologias digitais. Os sites corporativos, de conteúdo, micro-sites (ou hot sites), as lojas virtuais e o uso de e-mails e grupos de discussão já estão embrenhados nas organizações atuais. As redes privadas, as intranets ainda engatinham em relação ao uso das ferramentas tradicionais da internet. As redes privadas constituem-se em novos meios de comunicação, moldados de acordo com as necessidades de cada empresa. Neste contexto, a utilização destes meios ainda não possui embasamento teórico, ou mesmo estudos tão aprofundados como os relacionados ao próprio ciberespaço. Naturalmente, os empenhos com a implantação e elaboração de estratégias para estes novos canais estão começando. Determinar quais informações, exatamente, serão úteis na prática para melhorar o desempenho das pessoas, ou produzir mais eficiência operacional será constantemente estudado daqui pra frente. O conteúdo da rede estará sob o controle dos departamentos, mas estes deverão trabalhar mais próximos dos técnicos de informática. Isso será essencial para que a rede tenha uniformidade de apresentação e possibilidade de pesquisa da informação. Se ela não estiver bem estruturada, os objetivos poderão ser inatingíveis. A própria navegação em hipertextos poderá ficar comprometida. Além disso, se as páginas não foram bem produzidas, com informações bem apresentadas, serão os usuários (colaboradores para redes internas) quem perderão o interesse em navegar pela intranet. Terá que haver controle dos dados, dos objetivos e da própria interface gráfica. Mas se não houver liberdade de criação, para que as idéias floresçam, o equilíbrio será extremamente difícil. Ao longo dos próximos anos, à medida que mais empresas experimentem a nova tecnologia, os altos e baixos das redes privadas ficarão mais visíveis. A utilidade e os objetivos das redes ainda estão sendo discutidos e testados. Por enquanto, as empresas estão caminhando numa direção 38 promissora: usar tecnologia com baixo custo (no sentido de menores custos em relação aos meios de comunicação organizacionais tradicionais), integrativa, interativa, simples de usar e efetiva, do ponto de vista da gestão comercial. A produtividade e o sucesso da intranet como ferramenta de comunicação interna acontece quando seu uso colabora e aperfeiçoa o compartilhamento de informações entre as pessoas que fazem parte de uma corporação. Quando esse objetivo é alcançado pode-se dizer que sua implantação atingiu plenamente o seu objetivo principal. Podemos concluir que estes novos canais digitais, disponíveis através da interligação entre os computadores, serão importantes para o futuro das organizações e das próprias relações públicas, pois agregam valores e conceitos inovadores. 39 BIBLIOGRAFIA TOMASI, Carolina; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação Empresarial. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. LOPES, Boanerges, organizador. Comunicação Empresarial: transformações e tendências. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010. ROBBINS, Stephen P. Fundamentos do Comportamento Organizacional. 7. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. MATOS, Gustavo Gomes. Por que é Preciso Comunicar?. 30 mai 2005. Disponível em: http:// www,rh.com.br [22 jul 2011] BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial no Brasil: Uma Leitura Crítica. São Paulo: Mojoara, 2007 REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Comunicação Empresarial / Comunicação Institucional: Conceitos, Estratégias, Sistemas, Estrutura, Planejamento e Técnicas. São Paulo: Summus, 1986. 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São Paulo: Summus, 1986. 41 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 11 CAPÍTULO II COMUNICAÇÃO INTERNA 12 2.1 – Objetivos da Comunicação Interna 15 2.2 – Importância da Comunicação Interna 15 CAPÍTULO III FERRAMENTAS DA COMUNICAÇÃO INTERNA 17 CAPÍTULO IV NOVAS TECNOLOGIAS 19 CAPÍTULO V INTERNET 20 5.1 – Histórico da Internet 20 5.2 – Operação e Administração da Internet 22 5.3 – Formas de Acesso e Conexão 22 5.4 – A Relação da Internet com a Comunicação Empresarial 23 5.4.1 – Parcerias viáveis 25 42 CAPÍTULO VI INTRANET 26 6.1 – Objetivos e Função da Intranet 27 6.2 – Motivos e Utilização da Intranet 28 6,3 – Como Fazer uma Intranet 29 6.3.1 – As Ferramentas de Intranet 29 6.3.2 – Fases de Construção da Intranet 30 6.4 – Vantagens e Desvantagens da Intranet 32 6.4.1 – Vantagens 32 6.4.2 – Desvantagens 33 6.5 – Modelos de Páginas de Intranet 34 CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA 39 ÍNDICE 41 FOLHA DE AVALIAÇÃO 43 43 FOLHA DE AVALIAÇÃO