CONCURSO DE BOLSAS - 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
COLÉGIO-CURSO MARTINS
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO I
01
A composição acima associa a linguagem verbal à não verbal com o intuito de:
a) gerar a expressividade pretendida ao persuadir o leitor a falar mais e ouvir menos.
b) ilustrar o sentido de construções linguísticas ambíguas e, portanto, duvidosas.
c) obter expressividade por intermédio do valor polissêmico de “boca fechada”, para convencer o leitor
da importância estratégica do silêncio.
d) brincar com o leitor da rede social oriundo de grupos de pescaria, que, comumente, falam pouco enquanto
esperam o peixe fisgar o anzol.
e) abordar a realidade da piscicultura com humor a fim de orientar melhor essa área econômica.
TEXTO II
Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do público. Se a celebridade "x"
está saindo com o ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo de quem sejam "x" e "y", é de
enorme interesse do público, ou de um certo público (numeroso), pelo menos.
As decisões do Banco Central para conter a inflação têm óbvio interesse público. Mas quase não despertam
interesse, a não ser dos entendidos.
O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado a atender às demandas de uma sociedade
ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus
interesses particulares.
(Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha de São Paulo (versão on line),
18/04/2011. Acessado em 20/12/2011.)
1
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02
Nota-se, no texto, uma diferença de sentido entre “interesse público” e “interesse do público”. Em que aspecto
reside essa diferença?
a) O interesse público é o que se opõe ao órgão privado. O interesse do público é o de origem popularesca,
obrigatoriamente.
b) O interesse do público é o que se volta para a massa, uma vez que representa escassez do conhecimento
específico. Já o interesse público é o que se fomenta pela sociedade alienada.
c) O interesse do público surge da ingenuidade do leitor, que aceita passivamente a informação, sem contestá-la.
Já o interesse público é o que surge de informações de órgãos beneficentes.
d) É de interesse público a informação que viabiliza ascensão social pautada pela mídia jornalística. É interesse
do público a informação que distancia o crescimento, a mobilização do ser na pirâmide socioeconômica.
e) Fatos que devem ser, de direito e de dever, do conhecimento de toda a sociedade são de interesse público.
03
Em qual das ocorrências abaixo o termo “público” se efetiva como uma denominação e não como uma qualificação?
a) “Há notícias que são de interesse público...”
b) “... é de enorme interesse do público...”
c) “... têm óbvio interesse público.”
d) Interesses particulares diferem-se de interesses públicos.
e) O interesse público remete-nos ao cunho popular.
TEXTO III
CIDADE PREVISTA
Irmãos, cantai esse mundo
que não verei, mas virá
um dia, dentro em mil anos,
talvez mais... não tenho pressa.
Um mundo enfim ordenado,
uma pátria sem fronteiras,
sem leis e regulamentos,
uma terra sem bandeiras,
sem igrejas nem quartéis,
sem dor, sem febre, sem ouro,
um jeito só de viver,
mas nesse jeito a variedade,
a multiplicidade toda
que há dentro de cada um.
Uma cidade sem portas,
de casas sem armadilha,
um país de riso e glória
como nunca houve nenhum.
Este país não é meu
nem vosso ainda, poetas.
Mas ele será um dia
o país de todo homem.
(Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo, em Poesia e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 158-159.)
04
A quem, especificamente, Drummond se dirige em “Cidade prevista”?
a) Dirige-se a todos os leitores que também devem se tornar solidários à causa de uma sociedade mais justa.
b)Dirige-se à humanidade que deve idealizar um mundo melhor, mesmo não tendo condições de vivê-lo no
presente, mas desejando-o fortemente às próximas gerações.
c) Dirige-se aos governantes que têm a responsabilidade de diminuir as fronteiras e aproximar os povos.
d) Dirige-se aos irmãos poetas da nova e idealizada cidade, em que morarão felizes junto à sociedade.
e) Dirige-se aos poetas, iguais a ele e solidários, que também idealizam essa cidade ideal, ainda que, provavelmente, não cheguem a conhecê-la de perto, mas que acreditem ser melhor para os que virão.
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05
Que palavra sintetiza o desejo de Drummond em relação a sua “Cidade prevista”?
a) Utopia.
b) Impedimento.
c) Exigência.
d) Desilusão.
e) Localização
06
Em um dos versos abaixo transcritos há um vocábulo que nos leva a crer que o mundo idealizado pelo poeta
ainda não existe. Que verso é esse?
a) “Este país não é meu”
b) “Um mundo enfim ordenado”
c) “que não verei, mas virá”
d) “talvez mais... não tenho pressa”
e) “O país de todo homem”
07
Observe:
“um jeito só de viver,
mas nesse jeito a variedade,
a multiplicidade toda
que há dentro de cada um.”
Nos versos acima, Drummond só não prega
a) a liberdade de expressão;
b) a naturalidade do ser;
c) a uniformidade de pensamento;
d) o respeito à individualidade;
e) o não preconceito.
TEXTO IV
08
O posicionamento acima expresso fundamenta-se por um articulador linguístico: pois. Que relação de sentido
exprime?
a) Concessão.
b) Adição.
c) Conformidade.
d) Causa.
e) Alternância.
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TEXTO V
09
Na tira acima, Hagar demonstra preocupação no último quadro. Por quê?
a) Porque ele se dirigiu a um grupo de mentirosos que disseram ter pago todas as mensalidades do clube.
b) Porque ele percebeu que os mentirosos haviam falado finalmente a verdade.
c) Porque ele ficou perplexo diante da espontaneidade de mentirosos ao não mentirem.
d) Porque ele percebeu que, no clube de mentirosos, havia a chance de obter verdades como resposta.
e) Porque ele constatou que sua liderança no clube também era mentirosa.
TEXTO VI
O SUMIÇO DO PEN DRIVE
Moacyr scliar
Houve época em que a força bruta era poder. Houve uma época em que a riqueza era poder. Hoje,
informação é poder. Quanto mais informados (mas notem, isto não tem a ver necessariamente com conhecimento
ou com sabedoria), mais poderosos somos, ao menos teoricamente. Daí esta avalanche, este tsunami de
informações. A cotação do dólar, a taxa de inflação, o número de casos de determinada doença, candidatos dos
vários partidos, a escalação de times de futebol – nomes e números em profusão, que nos chegam por jornais,
revistas, livros, filmes, noticiários de rádio, internet, e que tratamos de armazenar em nossa mente.
Aí surge o problema: para armazenar a informação, a natureza nos deu um cérebro, que é a sede da
memória. E nesta memória queremos enfiar o máximo possível de informações. Diferente da memória do
computador, porém, a nossa é governada por fatores que nada têm a ver com a informática. O estado de nossas
células cerebrais, as nossas emoções; tudo isso pode representar uma limitação para nossa capacidade de
lembrar. Coisa que sistematicamente negamos. Como alguém que está se preparando para uma longa viagem
(e o que é a vida, senão uma viagem que esperamos longa?), tratamos de socar na mala da memória a maior
quantidade possível de coisas. As malas até podem se submeter, mas a memória simplesmente não aceita a
nossa irracionalidade.
Felizmente a tecnologia tem vindo em nosso auxílio. Primeiro foi o computador propriamente dito, com
sua memória cada vez maior; depois, vieram os dispositivos de armazenamento, os CDs, os pen drives. Coisa
incrível, o pen drive: um pequeno objeto no qual cabe uma existência, ou pelo menos uma importante parte
dela. Para quem, como eu, viaja bastante e tem de trabalhar em aviões ou em hotéis, é um recurso precioso. No
meu pen drive eu tinha artigos, material de consulta, endereços, telefones. A primeira coisa que eu fazia, ao sair
de casa para ir ao aeroporto era colocar o pen drive num lugar que eu imaginava seguro: o bolso da camisa.
Seguro – e simbólico, já que o pen drive ficava próximo ao coração.
Vocês já notaram que estou usando os verbos no passado – passado imperfeito, aliás. E isso por boas
razões. Esses tempos, ao chegar ao aeroporto, meti a mão no bolso para dali retirar o pen drive. Mas não encontrei
pen drive algum. Encontrei um buraco, verdade que pequeno, mas de tamanho suficiente para dar passagem
(ou para dar a liberdade?) ao pen drive. Que tinha caído por ali.
Um transtorno, portanto. Perguntei no aeroporto, entrei em contato com o táxi que me trouxera, liguei para
casa: nada. O pen drive tinha mesmo sumido. O buraco da camisa era, portanto, um buraco negro, aqueles
orifícios do universo em que toda a energia é sugada e some. Antes que vocês me repreendam, devo dizer que
tinha tomado minhas precauções: havia cópia de todo o material, nada se perdeu. Mas o episódio me inspirou
várias reflexões. De repente eu me dava conta de como nossa existência é frágil, de como somos governados
pelo acaso e pelo imprevisto. Nenhuma queixa contra o pen drive, que veio para ficar; aliás, meu palpite é que, no
dia do Juízo Final, cada um de nós vai inserir o pen drive de sua vida no Grande Computador Celestial. Virtudes
e pecados serão instantaneamente cotejados e o destino final, Céu ou Inferno, decidido de imediato. Pergunta:
o que acontecerá com aqueles que, por causa de um buraco na camisa, perderam o pen drive?
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O sentido global do texto VI remete-nos à qual reflexão crítica?
a) Os grandes computadores requerem armazenamentos especiais dos dados.
b) Os riscos pelos quais passa um profissional ao viajar, sobretudo, diante de um bolso rasgado.
c) O pen drive é muito mais importante que o cérebro do homem.
d) A fragilidade humana em relação à dependência do armazenamento de informações é evidente.
e) A tecnologia - em seu poder de armazenamento de dados - iguala-se à capacidade humana de reter informações.
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Nos períodos iniciais do texto VI, o cronista pauta seu posicionamento em qual estratégia argumentativa?
a) Na relação de alternância.
b) Na relação de comparação.
c) Na relação de conclusão.
d) Na relação de consequência.
e) Na relação de adição.
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Em “... nomes e números em profusão...”, a expressão grifada pode ser substituída, sem alteração semântica, por:
a) com precisão;
b) com acervo tecnológico;
c) em linguagem criptografada;
d) com limitações;
e) em quantidade.
13
Em sua crônica, Moacyr Scliar recorreu a um formato comum a esse gênero textual: a marca de interlocução.
Em qual dos trechos a seguir esse procedimento é visto?
a) “Vocês já notaram que estou usando os verbos no passado – passado imperfeito, aliás.”
b) “Aí surge o problema: para armazenar a informação, a natureza nos deu um cérebro, que é a sede da memória.”
c) “Perguntei no aeroporto, entrei em contato com o táxi que me trouxera, liguei para casa: nada. O pen drive
tinha mesmo sumido.”
d) “O estado de nossas células cerebrais, as nossas emoções; tudo isso pode representar uma limitação para
nossa capacidade de lembrar.”
e) “O buraco da camisa era, portanto, um buraco negro, aqueles orifícios do universo em que toda a energia é
sugada e some.”
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Observe:
I) Em “O buraco da camisa era, portanto, um buraco negro” e “Um transtorno, portanto.”, o termo portanto
apresenta sentidos análogos.
II) Em “O pen drive tinha mesmo sumido.”, o termo “mesmo” confirma uma realidade em que o sumiço do pen
drive era o pior acontecimento.
III) Em “aliás, meu palpite é que, no dia do Juízo Final,...”, o termo “aliás” retifica a informação de que o pen
drive veio para ficar.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Todas estão corretas.
d) Apenas III está correta.
e) Apenas a II está correta.
TEXTO VII
Descendo o rio Negro, no Amazonas, o contraste da frondosa copa de uma árvore, muito acima das
outras, atiça a ir ao seu encontro. Deve ser uma sumaumeira, que um livro de viagem apresenta como tendo
no máximo 40 metros de altura. Para o piloto da embarcação, descendente dos índios baniwa, ia pra lá dos 50,
e seu tronco não podia ser abraçado ao mesmo tempo pelos guerreiros de uma tribo. Era necessário conferir.
A visão era inverossímil. A sumaúma, com seu tronco desmedido, escorado por raízes enormes, verdadeiros
contrafortes, é uma verdadeira obra-prima. Da família Bombacaceae (Ceiba pentandra), é também conhecida
como árvore-da-seda, árvore-da-lã, ceiba, paina-lisa. Espécie tropical, é um dos gigantes da floresta amazônica.
Encontrada nas matas de várzea e em áreas periodicamente alagadas, apresenta raízes tabulares, as sapopemas,
que podem atingir, dependendo da idade, comprimentos superiores a 7 metros. As flores têm pétalas brancas; o
fruto, uma cápsula fusiforme com 10 centímetros, provido de pequenas sementes envoltas por pelos, ou painas.
Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga
de água para as raízes – resultado da variação atmosférica. Ouve-se à distância o ruído do movimento da água.
O barulhão da sumaumeira rendeu uma das mais difundidas histórias da Amazônia. Segundo a crença,
o Curupira é o responsável pelo estrondo na mata. Armado com um casco de jabuti, ele bate com força nas
sapopemas, a fim de verificar se elas estão fortes para resistir às tempestades. Para os índios ticuna, a sumaúma
nos remete à formação da Amazônia: "No princípio estava tudo escuro, sempre frio e sempre noite. Uma enorme
sumaumeira fechava o mundo, e por isso não entrava claridade na terra. Quando a árvore caiu, a luz apareceu.
Do tronco formou-se o rio Amazonas. De seus galhos surgiram outros rios e igarapés."
Da imaginação para a realidade, o que é certo é que ao seu redor se realizam rituais de fertilidade, fartura,
prosperidade e assembleias gerais, em que se discutem os interesses da tribo. É a árvore da troca, das crenças,
da vida. Um monumento da natureza.
(Heitor e Silvia Reali. Brasil - Almanaque de cultura popular. São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura,
Dezembro 2006, Ano 8, n. 92, p. 23, com adaptações)
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Em “Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma
descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica”, o mesmo sentido pode ser visto em:
a) Quando se aproxima uma tempestade, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá
uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica.
b) Com a força destruidora das águas, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma
descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica.
c) Para que o temporal venha com força, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá
uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica.
d) Desde que venha a cair uma forte chuva, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá
uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica.
e) Depois de uma tempestade, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga
de água para as raízes – resultado da variação atmosférica.
16
O texto VII tem predominância denotativa e aborda um assunto de cunho informativo com elementos descritivos. Por essa razão, seu foco é
a) plurissignificativo;
b) metalinguístico;
c) emotivo;
d) referencial;
e) apelativo.
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A opinião é uma forma de ampliar as informações do texto VII. Esse procedimento pode ser visto em:
a) “Ouve-se à distância o ruído do movimento da água.”
b) “Descendo o rio Negro, no Amazonas, o contraste da frondosa copa de uma árvore, muito acima das outras,
atiça a ir ao seu encontro.”
c) “Para os índios ticuna, a sumaúma nos remete à formação da Amazônia...”
d) “A visão era inverossímil.”
e) “É a árvore da troca, das crenças, da vida.”
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TEXTO VIII
NASCE UM ESCRITOR
Jorge Amado
“O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema.
A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio
do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal
onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Padre Cabral levara os
deveres para corrigir em sua cela.
Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor
naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor
daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões
de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde
brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois
anos em que estudei no colégio dos jesuítas.
Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua
proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro “As Viagens de Gulliver”, depois clássicos
portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.
Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norteamericano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo com carinho a figura do jesuíta português
erudito e amável.
18
Em que o narrador se diferenciou dos outros ao seu redor?
a) No tempo que passou no internato.
b) Na admiração por Mark Twain.
c) No texto corrigido pelo Padre Cabral fora de sua cela.
d) Na euforia de escrever sobre Camões.
e) Na autenticidade e na habilidade.
19
Já que teve seu texto elogiado e admirado por sua qualidade literária, o narrador obteve, de imediato, um
direito que lhe foi muito agradável. Indique-o:
a) Conhecer a cela de Padre Cabral.
b) Ter acesso aos livros que o professor passou a lhe oferecer.
c) Ler os sonetos de Camões.
d) Finalmente ter contato com as obras de Mark Twain.
e) Rever as praias de Ilhéus.
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Segundo Jorge Amado, o internato e a leitura:
a) agregam-se, apesar da aparente oposição, uma vez que retratam a necessidade do leitor atento: silêncio e
concentração;
b) complementam-se, já que a concentração - tão necessária para quem lê - só se adquire com o isolamento;
c) anulam-se, porque o isolamento impede que o leitor viaje pela vivência do processo literário.
d) opõem-se veementemente, uma vez que a liberdade da leitura não consiste em manter-se isolado;
e) desintegram-se, pois não é possível aproximar-se da leitura sem a vivência, sem a experiência com o mar.
MATEMÁTICA
21
Um pequeno barco a vela, com 7 tripulantes, deve atravessar o oceano em 42 dias. Seu suprimento de água
potável permite a cada pessoa dispor de 3,5 litros de água por dia (e é o que os tripulantes fazem). Apos 12 dias
de viagem o barco encontra 3 náufragos numa jangada e os acolhe. Se os 10 ocupantes de agora resolverem
consumir 3 litros de água cada um, eles não terão água quando faltarem x dias para completar a viagem. O
valor de x é igual a:
a) 5
b) 7
c) 8
d) 9
e)10
22
O ponto D pertence ao lado AC do triangulo ABC. Sabe-se que AB = BC = CD e que o ângulo ABD mede 21
graus. Determine a medida do ângulo ABC.
a) 54°
b) 66°
c) 74°
d) 80°
e) 88°
23
No trapézio ABCD os ângulos A e D são retos, AB = 12, CD = 4 e AD = 10. O ponto E pertence ao lado AD e o
ponto F pertence ao lado BC. Sabe-se que as retas EF e AB são paralelas e que o segmento EF está abaixo do
ponto de encontro das diagonais do trapézio e fica dividido em três partes iguais por essas mesmas diagonais.
Calcule a distância entre as retas AB e EF.
a) 5
b) 5,5
c) 6
d) 6,5
e) 7
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Dos 600 alunos aprovados em um colégio, 90% tiveram necessidade de prestar prova final. Destes, 40% somente foram aprovados após um período de recuperação. Podemos afirmar que o quociente entre o total de
alunos que fizeram recuperação e os alunos que passaram sem necessidade de prova final é igual a:
a) 5,5
b) 4,2
c) 3,6
d) 2,8
e) 1,2
25
A figura abaixo representa um quebra-cabeça formado por 7 peças e que é construído a partir de um quadrado.
Tal quebra-cabeça é conhecido por “tangram”
Se o lado do quadrado, a partir do qual o tangram foi construído, mede k cm, a área do triângulo sombreado é de :
a)
k2
cm2
16
b)
k2
cm2
8
c)
k
cm2
8
d)
2 2
k cm2
16
e)
k2
cm2
32
26
Um pai prometeu deixar uma fazenda de herança para suas duas filhas, de 4 e 6 anos de idade, respectivamente. A fazenda deverá ser dividida de modo diretamente proporcional às idades das filhas, assim que a
mais velha casar. Pode-se afirmar que, à medida que aumente a idade dessa filha, até que se case, a parte
que lhe caberá será:
a)igual a
2
da fazenda , independente da data do seu casamento
3
b)menor, nunca podendo ser menor do que a metade da fazenda
c)maior, nunca podendo ser menor do que
2
da fazenda
3
d)menor,podendo ser menor do que a metade da fazenda
e)maior , podendo ser no máximo
4
da fazenda
5
27
Observe a figura abaixo:
Se a área do círculo mede 9 π dm2, quantos centímetros mede o segmento AC .
a)30
b) 40
c) 60
d) 80
e) 90
10
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28
Se x – 2y +a = 2 e x+2y= 3 a, o valor numérico da expressão
E=
a)
x
x+y+
3
2
é:
2
3
1
2
1
c)
4
b)
d)
5
8
e)
4
9
29
Um grupo de x amigos resolveu se cotizar para pagar uma obra num clube que freqüentavam no valor de R$
4800,00. Quando a obra acabou verificaram que 4 dessas pessoas saíram do grupo fazendo com que a cota de
cada um deles aumentasse R$ 60,00. `Podemos concluir que a soma do “x” inicial com o número de pessoas
que efetivamente pagaram a obra é igual a:
a)44
b)42
c)40
d)38
e)36
30
A soma dos quadrados de três números naturais ímpares e consecutivos excede de 8 unidades o produto por
9 da soma dos três. Qual é a soma dos três números?
a) 15
b) 21
c) 23
d) 27
e) 39
31
Num triângulo retângulo ABC de catetos AB=8 e AC=6, traçamos a mediana AM, podemos afirmar que o
triângulo AMC tem perímetro igual a:
a) 10
b) 12
c) 16
d) 18
e) 24
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32
Do total dos empregados de uma empresa, 30% optaram por um plano de saúde. A empresa tem a matriz no
RJ e somente duas filiais: uma em Vitória e outra em São Paulo. Na matriz trabalham 45% do total de empregados, e 20 % também do total, na filial Vitória. Sabendo que 20% dos empregados da matriz optaram pelo plano
e que 35% dos empregados da filial Vitória também o fizeram, a porcentagem dos empregados da filial São
Paulo que optaram pelo plano é:
a) 40%
b) 35%
c) 30%
d) 25%
e) 20%
33
Num grupo de homens e mulheres sabe-se que:
I) Se saírem 12 mulheres do grupo o número de homens fica sendo o dobro do de mulheres
II) Se as mulheres não voltarem e 15 homens saírem em seguida, o numero de mulheres fica sendo o dobro do
número de homens.
O número de pessoas que há no grupo é:
a) 50
b) 48
c) 45
d) 42
e) 36
34
Na figura abaixo, ABCD é um quadrado, BDE é um triângulo equilátero e BDF é um triângulo isósceles, onde
AF = AB. A medida do ângulo α é
a) 120°.
b) 135°.
c) 127,5°.
d) 122,5°.
e) 110,5°.
35
Uma indústria compra placas de alumínio em formato retangular e as corta em quatro partes, das quais duas
têm a forma de triângulos retângulos isósceles (Fig. 1). Depois, reordena as quatro partes para construir novas
placas no formato apresentado na Fig. 2.
Se a medida do lado menor da placa retangular é 30 cm, a medida do lado maior é
a) 70 cm.
b) 40 cm.
c) 50 cm.
d) 60 cm.
e) 80 cm.
12
CONCURSO DE BOLSAS - 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
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36
Um triângulo tem lados medindo 1cm, 2cm e 2,5cm. Seja h a medida da altura relativa ao maior lado.
O valor de h2 expresso em cm2 é, aproximadamente, igual a
a) 0,54.
b) 0,56.
c) 0,58.
d) 0,60.
e) 0,62.
37
Em um aparelho experimental, um feixe laser emitido no ponto P reflete internamente três vezes e chega ao ponto
Q, percorrendo o trajeto PFGHQ. Na figura abaixo, considere que o comprimento do segmento PB é de 6 cm, o
do lado AB é de 3 cm, o polígono ABPQ é um retângulo e os ângulos de incidência e reflexão são congruentes,
como se indica em cada ponto da reflexão interna. Qual é a distância total percorrida pelo feixe luminoso no
trajeto PFGHQ?
a) 12 cm.
b) 15 cm.
c) 16 cm.
d) 18 cm.
e) 22 cm.
38
Um recurso visual muito utilizado para apresentar as quantidades relativas dos diferentes grupos de alimentos
na composição de uma dieta equilibrada é a chamada “pirâmide alimentar”, que usualmente é representada por
um triângulo dividido em regiões, como na figura a seguir.
Considere que as regiões da figura dividem a altura do triângulo em partes iguais. No que se refere às áreas das
regiões ocupadas por cada grupo de alimentos, o grupo com predominância de carboidratos ocupa
a) sete terços da área do grupo com predominância de proteínas.
b) cinco sétimos da área do grupo com predominância de fibras.
c) um sétimo da área do grupo com predominância de lipídios.
d) o dobro da área do grupo com predominância de proteínas.
e) cinco sétimos da área do grupo com predominância de vitaminas e sais minerais.
13
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39
Dois retângulos foram superpostos, e a intersecção formou um paralelogramo, como mostra a figura abaixo:
Sabendo-se que um dos lados do paralelogramo mede 4,5 cm, quanto mede a área desse paralelogramo?
a) 12 cm2
b) 16 cm2
c) 24 cm2
d) 32 cm2
e) 36 cm2
40
Alguns agricultores relataram que, inexplicavelmente, suas plantações apareceram parcialmente queimadas e
a região consumida pelo fogo tinha o padrão indicado na figura a seguir, correspondendo às regiões internas
de três círculos, mutuamente tangentes, cujos centros são os vértices de um triângulo com lados medindo
30, 40 e 50 metros.
Nas condições apresentadas, a área da região queimada, em m2, é igual a
a) 1100π .
b) 1200π .
c) 1300π.
d) 1400π .
e) 1550π .
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