A GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS MARINHOS NA ZONA COSTEIRA E NO ESPAÇO MARINHO BRASILEIRO PRIMEIRO DIA - 2 de julho 09h00-09h15: Apresentação do contexto do seminário– George Rodrigo Bandeira Galindo (FDUnB) e Carina Costa de Oliveira (FD-UnB) 09h15-10h15: Mesa 1 “Recursos marinhos, direito e outras ciências”. Org.: Pierre Mazzega Rogério Valle (INCT Pro-oceano, COPPE-RJ): O INCT PRO-OCEANO: objetivos e atividades Patrizia Raggi Abdallah (FURG-RS) : A economia aplicada à gestão sustentável dos recursos marinhos na zona costeira e no espaço marinho brasileiro Ana Paula Prates (ICMBIO): A Conservação da Biodiversidade Marinha: programas e desafios A regulação do meio ambiente marinho, constituído pelos recursos vivos, não vivos e pelas atividades potencialmente causadoras de danos, deve se fundamentar em conhecimentos científicos. Nesse sentido, o debate terá como objetivo produzir respostas às seguintes questões: 1. Quais dados e conhecimentos científicos são potencialmente úteis para o processo de codificação de um direito do mar capaz de integrar os diferentes setores? 2. Quais são as instituições competentes para gerenciar esses dados e conhecimentos, monitorar o meio ambiente marinho e as atividades reguladas? 3. Como deve ser a comunicação e o posicionamento das instituições brasileiras no âmbito nacional e internacional sobre a gestão dos recursos marinhos? Qual é a possibilidade de coordenação e de cooperação entre essas instituições? 4. Quais as principais hipóteses de pesquisa na sua área? Serviços ecossitêmicos, precaução, valorização econômica dos recursos, uso coletivo? 5. Quais os principais atores (stakeholders) na sua área de pesquisa e com quem deveriam interagir melhor para uma gestão mais sustentável dos recursos marinhos? 6. Como o nível local poderia interagir melhor com o federal, e o nacional com o internacional? 10h15-10h30: Pausa 10h30-12h00: Mesa 2 “Definições relevantes para a gestão sustentável dos recursos vivos e não vivos”. Org.: Solange Teles da Silva (Mackenzie-SP) Carina Oliveira (FD/UNB): Os limites da definição de bem comum de uso de todos para a gestão do espaço marinho e da zona costeira brasileira João Luís Nogueira Matias e João Luís Nogueira Matias Filho (UFC): A responsabilidade do Estado por dano ambiental na exploração dos recursos marinhos no direito brasileiro Gabriela Heckeler (UNDB) : Novos usos dos oceanos: regulação e conflitos de interesses Gabriela Lima (FD/UNB) e Thiago Carvalho (PPGD/UNB): A internacionalização jurídica comparada do conceito de prospecção no espaço marinho Luciana Fernandes Coelho (PPGD/UNB): Entre a ciência e o direito: problemáticas no direito internacional decorrenanates dos exíguos parâmetros para a definição de pesquisa científica marinha 1) Quais são as definições relacionadas à zona costeira e ao espaço marinho, nacional e internacional, que requerem definições mais precisas? 2) Há utilidade na utilização do termo prospecção e bioprospecção no espaço marinho? Qual é a diferença entre esses termos e a terminologia investigação e exploração? 3) Qual é a definição apropriada para a plafinilicação do espaço marinho? 4) Quais são os países que podem contribuir com definições mais precisas sobre termos que ainda precisam de uma definição mais clara no Brasil? 5) Há uma internacionalização ou uma internalização dos conceitos fundamentais como zona costeira, exploração, investigação, prospecção no espaço marinho? 12h00-13h30: Almoço 13h30-15h00: Mesa 3 “A gestão dos usos múltiplos na zona costeira e no espaço marinho sob a perspectiva jurídica, econômica e política”. Org.: Ana Cláudia Farranha (FD/UnB) Pierre Mazzega (CNRS GET, França): Gestão dos recursos marinhos: como compartilhar os pontos de vista e integrar o conhecimento? Márcia Oliveira (MMA): Gerenciamento costeiro e uso compartilhado do ambiente marinho: avanços e desafios para implementação no Brasil Ingrid Jeber do Nascimento (UNA-SUS/Fiocruz): Zona Costeira como patrimônio nacional: análise da classificação constitucional e seus reflexos no gerenciamento costeiro Ana Carolina Barbosa Pereira Matos (UFC): A Agenda 21 brasileira e a proteção do meio ambiente marinho Jana Maria Brito (FGV/SP): Exploração dos recursos marinhos no pré-sal e a incoerência dos critérios socioambientais para a concessão de investimentos do BNDES Perguntas relevantes: 1) Quais são as peculiaridades e as complementariedades da gestão sustentável dos recursos vivos e não vivos? 2) Há algum aspecto que nos permita identificar elementos de uma gestão estratégica no tema? 3) É possível mapear os atores envolvidos na questão? Se sim, é possível nomeá-los? 4) Há coordenação nas ações implementadas no contexto do tema? 5) Quais são os órgãos centrais para a formulação e a implementação de políticas e programas relacionados à gestão dos usos múltiplos na zona costeira e no espaço marinho? 6) Do ponto de vista normativo, quais são os instrumentos que definem as principais políticas públicas para o setor? 7) Esses instrumentos contêm aspectos que auxiliem um processo de colaboração/coordenação para o setor? 15h00-16h30: Mesa 4 “A gestão sustentável dos recursos vivos”. Org.: Carina Oliveira (FD/UNB) Solange Teles da Silva (Mackenzie-SP): Áreas marinhas protegidas e proteção da biodiversidade marinha Edwiges Coelho Girão (UFC): Acesso e repartição de benefícios dos recursos genéticos marinhos brasileiros: a nova lei da biodiversidade e o regime jurídico internacional Oscar Bittencourt Neto (EGN): O que é isso? – A bioprospecção marinha Tarin Cristino Frota Mont’Alverne (UFC): A proteção dos recursos genéticos situados além da jurisdição dos Estados Carolina Dutra, Maurício Duarte e Fernanda Salgueiro Borges (Mackenzie-SP): Exploração offshore de hidrocarburetos e a conservação dos ecossistemas marinhos no Brasil: licenciamento, responsabilidade e mecanismos de compensação ambiental. Perguntas relevantes: 1) Quais são as sobreposições e as lacunas jurídicas no Brasil relacionadas à pesca?; 2) Há efetiva conservação da biodiversidade marinha por meio de áreas marinhas protegidas? 3) Quais são os instrumentos clássicos e inovadores, públicos e privados, que podem ser utilizados para a gestão sustentável dos recursos marinhos vivos na área sob a jurisdição brasileira e no âmbito internacional? 4) Quais são as lacunas institucionais no ordenamento jurídico brasileiro? 5) Quais são as experiências de direito comparado que podem contribuir com as lacunas brasileiras na gestão sustentável dos recursos marinhos vivos? 16h30-16h45 pausa 16h45-18h00: Mesa 5 “A gestão sustentável dos recursos não vivos” – Org. Adriano Drummond Cançado Trindade Liziane Paixão (UNIT-SE): A exploração offshore e a proteção ambiental: a situação em Sergipe André Pereira R. Tokarski (Mackenzie-SP): Petróleo no pré-sal: o regime jurídico exploratório e os impactos da inovação tecnológica para o desenvolvimento soberano e sustentável Priscila Andrade (UNICEUB): Biocombustíveis marinhos e sustentabilidade: a necessidade de um regime jurídico adequado Maíra Melo Cavalcante (UFC): O fomento à energia eólica offshore na União Européia as suas contribuições para o Brasil Frederico Munia Machado (PF/DNPM): The development of the legal regime for deep seabed mining: does the Mining Code ensure the proper implementation of the elements of the evolving concept of common heritage of mankind? Perguntas relevantes: 1) Quais são os instrumentos clássicos e inovadores, públicos e privados, que podem ser utilizados para a gestão sustentável dos recursos marinhos não vivos? 2) Quais são as lacunas institucionais no ordenamento jurídico brasileiro? 3) Quais são as experiências de direito comparado que possam contribuir com as lacunas brasileiras na gestão sustentável dos recursos marinhos não vivos? 18:00h LANÇAMENTO DE LIVROS CARINA COSTA DE OLIVEIRA (Organizadora). Meio ambiente marinho e direito: exploração e investigação na zona costeira, na plataforma continental e nos fundos marinhos. Curitiba, Juruá, 2015. ELIANE MARIA OCTAVIANO MARTINS. Curso de Direito Marítimo - Contratos e Processos - Volume 3'. SEGUNDO DIA – 3 de julho 9h00-10h15: Mesa 6 “Aspectos do direito marítimo”. Org.: Tarin Mont’Alverne Eliane Maria Octaviano Martins (UNISANTOS): Navegação sustentável Inez Lopes (FD/UNB): O Direito internacional privado e a responsabilidade extracontratual por poluição marinha à luz da jurisprudência brasileira Tiago Zanella (FDL): Água de lastro e bioinvasão no Brasil: uma análise do posicionamento do Brasil frente ao risco de bioinvasão de espécies exóticas via água de lastro dos navios Maria Carolina Chaves de Sousa e Renã Margalho Silva (CIABA): Regulamentação nacional e internacional da água de lastro: procedimentos operacionais, controle e prevenção de impactos ambientais. Perguntas: 1. Quais são os instrumentos clássicos e inovadores, públicos e privados, que podem ser utilizados para compatibilizar a atividade de navegação com outras atividades? 2. De que forma o Brasil tem implementado obrigações assumidas no plano internacional sobre o tema de direito marítimo? 3. De que modo as empresas que atuam no âmbito do direito marítimo têm contribuído para a gestão sustentável dos recursos marinhos? 10h15-12h00: Mesa 7 “A estratégia brasileira em foros internacionais”. Org.: Nitish Monebhurrun (UNICEUB) George Rodrigo Bandeira Galindo (FD/UNB): A volta do terceiro mundo (ao direito do mar) Ana Flávia Barros Platiau e Jorge Gomes do Cravo Barros (IREL/UNB): A governança dos oceanos e o lugar do Brasil. Ser global environmental player basta? Rodrigo More (UNIFESP): Razões para uma política ou plano nacional de CT&I voltado ao oceano do Brasil. André Beirão (EGN): Soberania no mar e o direito à exploração e explotação na Área Charles Pacheco Piñon (PPGEM/EGN): O papel da IMO na limitação da jurisdição dos estados costeiros na ZEE: a organização do tráfego marítimo nas áreas de produção petrolífera Perguntas relevantes: 1) Qual é a atuação do Brasil nas diversas organizações internacionais que tratam da gestão sutentável dos recursos marinhos? 2) De que forma tem sido delimitada a responsabilidade dos Estados e das empresas na exploração de recursos marinhos? 3) De que modo tem ocorrido a implementação nacional das obrigações assumidas no plano internacional sobre o tema de direito do mar e direito marítimo? 12h00-14h00 : Almoço Sessão plenária com acadêmicos, politicos e decision-makers (convidados externos) 14h00-14h30: Apresentação dos resultados atuais e orientações do projeto – Organizadores de cada mesa 14h30-16h30: Discussão com os políticos e decision-makers de: resultados atuais e orientações para prosseguir o projeto de pesquisa. 16h30-17h00: Conclusão e encerramento Comissão organizadora: Carina Costa de Oliveira, George Galindo, Ana Flávia Barros-Platiau, Solange Teles da Silva, Inez Lopes, Pierre Mazzega, Ana Cláudia Farranha, Tarin Mont’alverne , Luciana Coelho e Pedro Ricardo Bessow.