CARTOGRAFIA
Prof. Jane Ilce
FUSOS HORÁRIOS ( TEÓRICO )
ESCALAS
 Podemos
definir Escala como a representação da
realidade no mapa, em que será necessário criar
uma correspondência entre o tamanho real do
terreno a ser representado e as dimensões do seu
papel.
 A escala pode ser representada de duas formas : a
numérica e gráfica.
 Ex : Escala Numérica: 1: 100.
 Mas o que quer dizer?
•
•
Quer dizer que a cada 1cm no mapa eu tenho 1m
na realidade, por cada um centímetro representar
um metro eu tenho uma grande quantidade de
detalhes, ou seja, quanto menor o valor numérico
da escala, maior será a quantidade de detalhes
deste mapa. Ao tempo que, quanto maior o valor
numérico da escala, menor serão os detalhes
apresentado no mapa.
Quanto maior for o espaço representado, mais
genéricas serão as informações. Em contrapartida,
quanto mais reduzido o espaço representado, mais
particularizadas serão as informações
MAPA DO BRASIL
•
Ou seja, a Escala numérica 1: 40.000.000,
assim temos uma pequena quantidade de
detalhes sobre o Brasil, no entanto
conseguimos visualizar, todos os Estados, bem
como outros países, como Argentina, Paraguai,
Uruguai, Venezuela que compõe o Mercosul
(Mercado Comum do Cone Sul ) que é a união
de países a fim de estabelecer metas
econômicas, monetárias, sociais, políticas e
culturais, é bem claro que este bloco ainda não
alcançou todos seus objetivos trataremos disso
em outro momento.
•
Mapas em diferentes escalas servem para
diferentes tipos de necessidades: mapas em
pequena
escala
(como
1:25.000.000)
proporcionam uma visão geral de um grande
espaço, como um país ou um continente; mapas
em grande escala (como 1:10.000) fornecem
detalhes de um espaço geográfico de
dimensões regionais ou locais. Por exemplo,
em um mapa do Brasil na escala 1:25.000.000,
qualquer capital de estado será representada
apenas por um ponto, ao passo que num mapa
1:10.000 aparecerão detalhes do sítio urbano de
qualquer cidade.
 Existe
uma outra forma de representar a escala:
a forma gráfica. A escala gráfica aparece sob a
forma de uma reta dividida em várias partes,
cada uma delas com uma graduação de
distâncias.
 A sua utilidade é a mesma da escala numérica.
 Essa escala gráfica indica que 1 centímetro no
papel corresponde a 20 quilômetros na
superfície representada.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
 Os
sistemas de projeções cartográficas foram
desenvolvidos para dar uma solução ao problema da
transferência de uma imagem da superfície curva da
esfera terrestre para um plano da carta, o que
sempre vai acarretar deformações.
 Os sistemas de projeções constituem-se de uma
fórmula matemática que transforma as coordenadas
geográficas, a partir de uma superfície esférica em
coordenadas planas, mantendo correspondência
entre elas.
 Não
existem projeções melhores ou piores. Cada
uma se adapta a determinadas finalidades. Mas
nenhuma resolve o problema da representação da
curvatura da Terra numa superfície plana.
 Apesar dos problemas que todas apresentam, sem
essas projeções seria impossível a reprodução plana
do globo terrestre.
 Lembre-se :"por trás de cada mapa, sempre existe
um
conteúdo
Político-Ideológico".
PODEM SER CLASSIFICADAS:
•
•
•
•
Projeções semelhantes ou conformes : mantém
as formas mas distorcem as áreas.
Projeções equivalentes : mantém as áreas mas
distorcem as formas.
Projeções equidistantes : as distâncias são
representadas corretamente, mas há distorções
das formas e das áreas.
Projeções afiláticas ou indeterminadas :
distorcem pouco cada uma das dimensões (
formas, áreas e distâncias), sendo úteis para
fins didáticos.
FORMAS DE PROJEÇÃO
•
•
Projeções planas ou azimutal: Uso de uma
superfície plana para planificar a superfície da
Terra.
A projeção azimutal é usada, em geral, para
representar as regiões polares e suas
proximidades e para localizar um país na
posição central, tornando possível o cálculo de
sua distância em relação a qualquer ponto da
superfície terrestre. O emblema da ONU é uma
projeção
azimutal.
PROJEÇÃO PLANA : AS DEFORMAÇÕES SÃO PEQUENAS
NAS PROXIMIDADES DO PONTO DE TANGÊNCIA, MAS
AUMENTAM COM O DISTANCIAMENTO DESTE PONTO.
•
•
Projeção Cônica : Um cone imaginário em
contato com a esfera é a base para a elaboração
do mapa. Os meridianos formam uma rede de
linhas retas convergentes nos pólos e os
paralelos formam círculos concêntricos.
Essa projeção é utilizada para representar
partes da superfície terrestre, como o trecho de
um continente.
NA PROJEÇÃO
CÔNICA, AS DISTORÇÕES PRÓXIMAS AO
PARALELO DE CONTATO COM O CONE SÃO PEQUENAS E
AUMENTAM
À
MEDIDA
QUE
AS
SUPERFÍCIES
REPRESENTADAS SE DISTANCIAM DESSE PARALELO.

 Projeção
Cilíndrica : Esta representação é
obtida com a projeção da superfície terrestre,
com os paralelos e os meridianos, sobre um
cilindro em que o mapa será desenhado.
 Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma
superfície plana todas as informações que para
ele foram transferidas.
 Seria como copiar as características de um
globo para uma forma curva que você pode
cortar aberta e estender plana - um cilindro .
.
A PROJEÇÃO CILÍNDRICA CONFORME CONSERVA A FORMA DOS
CONTINENTES, DIREÇÕES E ÂNGULOS, MAS ALTERA A
PROPORÇÃO DAS SUPERFÍCIES, COMO É O CASO DA PRIMEIRA
PROJEÇÃO ELABORADA POR MERCATOR.
A PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIVALENTE PRESERVA O TAMANHO
REAL DA SUPERFÍCIE REPRESENTADA, MAS NÃO MANTÉM AS
FORMAS, DIREÇÕES E ÂNGULOS, COMO É O CASO DA PROJEÇÃO
DE PETERS.

PROJEÇÃO DE MERCATOR
PROJEÇÃO DE MERCATOR
 Nesta
projeção os meridianos e os paralelos são linhas
retas que se cortam em ângulos retos.
 Manteve as formas dos continentes mas não respeitou
as proporções reais.
 Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.
 Favorece as desigualdades econômicas, pois amplia
de maneira desigual, e aumenta mais o Hemisfério
Norte.
 Excelente para a navegação.
 Perfeita nos ângulos e formas.
 Coloca a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).
PROJEÇÃO DE PETERS
PROJEÇÃO DE PETERS
 Alterou
as formas em para manter as reais
proporções dos continentes.
 Apesar de deformar a forma dos continentes,
esta projeção mantém a área proporcional dos
continentes, mais próxima do tamanho real.
 Destaque ao continente Africano no centro do
mapa.
 Propostas de Peters: Valorização do mundo
subdesenvolvido, mostrando sua área real.
PROJEÇÃO PLANA AZIMUTAL POLAR
PROJEÇÃO PLANA AZIMUTAL POLAR
O
plano da projeção é um plano tangente
à esfera terrestre. Os paralelos são
círculos concêntricos e os meridianos
retos irradiam-se do pólo.
Muito boa para representar os pólos que
ficam distorcidos em outras projeções.
Distorce muito as áreas mais distantes do
seu centro.
PROJEÇÃO AZIMUTAL EQUIDISTANTE
PROJEÇÃO AZIMUTAL EQUIDISTANTE
 Nesta
projeção, centrada em São Paulo, os
ângulos azimutais são mantidos a partir da
parte central da projeção.
 Neste caso as distâncias do mundo todo
em relação ao Brasil estão corretamente
representadas.
 As formas e áreas, porém, estão bastante
distorcidas.
PROJEÇÃO DE ROBINSON
PROJEÇÃO DE ROBINSON
 Com
o objetivo de aperfeiçoar as características da
projeção de Mercator nas superfícies das regiões de alta
latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em
1963.
 Com Robinson, os meridianos são colocados em linhas
curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto
mais se afastam da linha do Equador. É a projeção mais
usada nos atlas atuais.
 É uma projeção afilática, isto é , não reserva as áreas, as
formas ou as distâncias.
 As distorções das formas e áreas não são muito extremas ,
produzindo um planisfério bem equilibrado em termos
visuais.
TIPOS DE CARTOGRAFIA
 Cartografia
Sistemática : tem como objetivo
produzir mapas com o máximo de precisão
possível ou, pelo menos, com distorções
controladas.
 Cartografia Temática : O objetivo é a utilização
de mapas de base, geralmente produzidos pela
cartografia sistemática, para a representação de
temas variados da geografia física ou humana ,
assim como qualquer outro dado que possa ser
expresso de forma espacial.
 Segundo
o cartógrafo brasileiro Marcelo
Matineli, os dados representáveis
espacialmente podem ser divididos de acordo
com três aspectos :
 ->
aspecto qualitativo : quando os dados
apontam elementos diferentes e não ordenáveis
entre si. Ex: mapa de recursos minerais.
 ->
aspecto ordenado : quando o que importa
expressar no mapa é uma ordem entre os dados
considerados , sem que o tamanho tenha uma
importância específica. Ex : mapa com ordem de
alguns eventos, como a ordem da inclusão de
novos países da União Européia.
 -> aspecto quantitativo : quando o que importa
representar não é apenas a ordem, mas a
intensidade dos dados referentes a cada lugar.
Ex: Mapa que representa o tamanho da
população de cada capital do Brasil.
ASPECTO QUALITATIVO
ASPECTO ORDENADO
ASPECTO QUANTITATIVO
 Os
três aspectos podem aparecer isolados ou
combinados em mapas temáticos.
 A busca da cartografia temática é utilizar
símbolos , tons, cores, formas e outros elementos
gráficos para expressar os diferentes dados nestes
três aspectos qualitativo, quantitativo e ordenado.
 Vejamos a forma de utilização de cada elemento
gráfico : símbolos, linhas e cores.
SÍMBOLOS
 Podem
ser utilizados para expressar a presença e
localização de algum fenômeno natural ou social.
 Alguns são claros e universais como o aeroporto,
outros nem tanto como as ferrovias e rodovias,
todos representando o aspecto qualitativo.
 Já os símbolos que representam as cidades
menores, principais cidades e capitais
representam um aspecto claramente ordenado.
SÍMBOLOS
LINHAS
 As
linhas compõem o próprio mapa, são elas que
demonstram as limites entre os municípios,
estado ou países.
 Seu significado pode mudar de acordo com
elementos como cor, espessura e
continuidade/descontinuidade.
 São usados também como isolinhas que são
linhas traçadas sobre pontos do mapa que tem o
mesmo valor em relação ao dado considerado.
 Assim :
 Isóbaras
-> linhas que ligam pontos de igual
pressão atmosférica.
 Isotermas -> linhas que ligam pontos de igual
temperatura média.
 Isoietas -> linhas que ligam pontos de iguais
níveis de chuva.
 Curvas de nível -> são as mais comuns e
representam pontos de mesma altitude, podendo
representar a altimetria, que é a variação das
altitudes continentais ou a batimetria, que é a
variação das altitudes oceânicas.
CURVAS DE NÍVEL
CORES
 As
cores ou tonalidades de cinza podem ser usadas
para expressar os aspectos qualitativos,
quantitativos ou ordenados.
 Para demonstrar o aspecto qualitativo as cores
podem seguir o mesmo tom, mas não devem ter
graduação para não dar a idéia de intensidade.
 Se o objetivo for representar o aspecto ordenado ou
quantitativo, as cores devem ser degradée, isto é ,
um aumento ou diminuição da intensidade da cor.
 O mais importante é a força da cor e não a cor em
si.
FORMAS E TAMANHOS
 A preocupação
da cartografia temática não é a
precisão do tamanho ou do formato das áreas
representadas , mas a expressão dos dados .
 Anamorfismo ->quando ocorre o desprezo
pelas formas e tamanhos originais do local
representado, mudando-os de acordo com os
dados obtidos do local.
 Serve para representar dados em seu aspecto
quantitativo, sendo que o tamanho das áreas
representado de proporcional aos dados
conhecidos.
ANAMORFOSE
GRÁFICOS NO MAPA
 Consiste
na inserção de gráficos no mapa.
 Pode ocorrer de o mapa de base servir apenas
como apoio aos gráficos, que realmente contêm
os dados referentes ao lugar sobre o qual ele
foi inserido.
MAPA COM GRÁFICOS
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CARTOGRAFIA - 3º ano