Edição de Agosto de 2009 Como anda a Reforma Psiquiátrica? Por Géssica Castellani O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil surgiu nos anos 70, na crise do modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, por um lado, e na eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos. No ano de 1989, dá entrada no Congresso Nacional o Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado (PT/MG), que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. Mas é somente no ano de 2001 que a Lei Paulo Delgado é sancionada no país. A aprovação, no entanto, é de um substitutivo do Projeto de Lei original, que traz modificações importantes no texto normativo. Assim, a Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios. Ainda assim, a promulgação da lei 10.216 impõe novo impulso e novo ritmo para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil. Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. Este processo caracteriza-se por ações dos governos federal, estadual, municipal e dos movimentos sociais, para efetivar a construção da transição de um modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, para um modelo de atenção comunitário. O período atual caracteriza-se assim por dois movimentos simultâneos: a construção de uma rede de atenção à saúde mental substitutiva ao modelo centrado na internação hospitalar, por um lado, e a fiscalização e redução progressiva e programada dos leitos psiquiátricos existentes, por outro. É neste período que a Reforma Psiquiátrica se consolida como política oficial do governo federal. O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e de desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação ganha grande impulso em 2002 com uma série de normatizações do Ministério da Saúde, que instituem mecanismos claros, eficazes e seguros para a redução de leitos psiquiátricos a partir dos macro-hospitais. Entre os instrumentos de gestão que permitem as reduções e fechamentos de leitos de hospitais psiquiátricos de forma gradual, pactuada e planejada, está o Programa Nacional de Avaliação do Sistema Hospitalar/Psiquiatria (PNASH/Psiquiatria), instituído em 2002, por normatização do Ministério da Saúde. Essencialmente um instrumento de avaliação, o PNASH/Psiquiatria permite um diagnóstico da qualidade da assistência dos hospitais psiquiátricos conveniados e públicos existentes em sua rede de saúde, ao mesmo tempo em que indica aos prestadores critérios para uma assistência psiquiátrica hospitalar compatível com as normas do SUS, e descredencia aqueles hospitais sem qualquer qualidade na assistência prestada a sua população adscrita. É através dessa avaliação que dois hospitais psiquiátricos da rede pública de Juiz de Fora foram descredenciados em 27 de maio de 2009: a Clínica Psiquiátrica Pinho Masini e o Hospital São Marcos. As vagas desses hospitais serão cortadas até dezembro porque eles não obtiveram pontuação mínima de 61% exigida pelo Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH/Psiquiatria) 2005/2006. Foram diagnosticados problemas com o estoque de alimentação, falta de materiais de higiene e chuveiros elétricos em funcionamento. Cerca de 200 pacientes do sexo feminino precisarão ser alocadas para Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), residências terapêuticas e hospitais convencionais da cidade. Essa determinação não pode ser revogada e não é mais possível criar hospitais psiquiátricos, financiados pelo SUS, no Brasil. O que pode ser feito é criar outros CAPS para absorver o pessoal. Atualmente, Juiz de Fora conta com 7 hospitais psiquiátricos: Casa de Saúde Dr. Aragão Villar, Casa de Saúde Esperança, Clínica Psiquiátrica Vila Verde, Hospital São Marcos, Clinica Psiquiátrica Pinho Masini, Clinica São Domingos e Vila Serro Azul. Fonte: Amarante, P. (1995). Novos sujeitos, novos direitos: O debate em torno da Reforma Psiquiátrica. Cad.Saúde Públ., 11(3): 491-494. Caderno Saúde em Debate. (2001). 25(58): 98-111. Gonçalves, A.M. Sena, R.R. (2001). A reforma psiquiátrica no Brasil: contextualização e reflexos sobre o cuidado com o doente mental na família. Rev. Latino-americana de Enfermagem, 9(2): 48-55. http://www.acessa.com Oliveira, A.G.B. Alessi, N.P. (2005). Cidadania: instrumento e finalidade do processo de trabalho na Reforma Psiquiátrica. Ciência & Saúde Coletiva, 10(1): 191-203. Fonte: http://www.malvados.com.br/ Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 2 Mas, o que é PET?? Editorial A Psicologia tem sido chamada a dar respostas a diferentes questões na área da educação e da saúde, buscando atuar na prevenção e promoção dessas referenciais. Nesse sentido, o curso de psicologia deve formar profissionais preparados não somente para atuar nos campos já existentes, mas para direcionar sua prática para as novas demandas que surgem a cada dia. O grupo PETPsicologia já vem a algum tempo auxiliando a gestão da Psicologia-UFJF a abrir o escopo do curso para novas áreas e demandas da sociedade. Essa proposta tem seu diferencial ao visar trabalhar dois aspectos da formação do psicólogo: o da formação de um profissional comprometido com os problemas sociais para os quais a psicologia pode desenvolver respostas e o de um cientista que tem a capacidade de desenvolver um projeto de pesquisa, saber interpretar resultados, desenvolver programas de investigação e propostas de intervenção. A incansável busca é a de se tentar responder à indissociabilidade entre EnsinoPesquisa-Extensão na universidade e a necessidade de formar profissionais comprometidos e capacitados para a busca de soluções para problemas apresentados pela sociedade. Nesse aspecto, uma melhor comunicação entre PET e o curso de Psicologia se faz necessária e o nosso jornal vem, inadvertidamente, cobrir esse vazio. É bem verdade que não temos intenções de aprofundar a cobertura jornalística da UFJF. Não somos jornalistas de formação. No entanto, um contato mais qualitativo entre PET – e consequentemente Petianos – e a comunidade acadêmica aponta nesse momento para uma alternativa importante na concretização de uma saudável inter-relação entre os vários apêndices do cotidiano acadêmico. Está lançada a pedra fundamental. Esperamos todos que o fôlego dessa empreita se mantenha na construção de uma academia mais justa com seus atores. O PET-Psicologia é uma política que busca a melhoria da qualidade acadêmica, através do desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Sendo assim, através do incentivo a participação dos alunos em suas atividades, procura proporcionar experiências ricas e diversificadas, contribuindo para a formação de um profissional melhor qualificado. Em suas atividades de Pesquisa, os bolsistas do PET participam de investigações científicas em diferentes áreas da Psicologia que são oferecidas no Curso. Atualmente, há alunos envolvidos em pesquisas com a temática sobre Bullying, Fobia Social, Crenças em relação à Violência Doméstica, Consciência Morfológica, Hipnose Experimental, Conceito de Consciência na Psicologia de Wilhelm Wundt, dentre outras. A área de Ensino visa contribuir para o enriquecimento acadêmico dos alunos, no que se refere ao aprofundamento de temas inseridos no currículo ou à abordagem de temas ainda pouco contemplados no curso, através da formação de equipes de estudos, palestras, mini-cursos, mostras de produção científica, criação do acervo de produção acadêmica, entre outros. Dentre as equipes de estudos que estão em andamento, destaca-se à equipe sobre “Crenças e Sistema de Crenças” em seu segundo semestre de atuação e a equipe sobre “Orientação Profissional”. Além disso, de acordo com a demanda dos alunos, há a realização da “Oficina de Normatização de Trabalhos Científicos segundo a APA”. O setor de extensão busca levar a campo os conhecimentos produzidos na academia e a partir de uma interação entre estudantes e comunidade proporciona atividades como campanhas; feiras; atividades junto a atletas, através do projeto “Psicologia do Esporte nas práticas do Handebol”, atividades junto a rede estadual de educação com o projeto “Orientação Profissional Transversal ao Currículo Escolar”, entre outros. Diferentemente de outros Programas, o PET-Psicologia objetiva ainda desenvolver projetos que possam unir as metas acadêmicas às perspectivas culturais, ampliando o senso critico e a formação social/pessoal tão necessários na academia contemporânea. Dentro desse contexto, são realizados eventos como: “Cine-PET” nos quais são exibidos filmes com temáticas ligadas à psicologia e que são discutidas por professores da área; excursões a cinemas com sessões promocionais aos alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora e promoção de viagens a centros culturais, museus, entre outros. Lelio Moura Lourenço Tutor do PET-Psicologia Entre uma onda e outra, coisas interessantes na net. 1) 2) 3) 4) 5) http://petbrasil08.blogspot.com/ http://palimpsestos-jf.blogspot.com http://www.anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/ http://www.passagempara.org.br/main.asp http://www2.tvcultura.com.br/provocacoes/ Expediente: Ana Cláudia F. Cezario Andrêze C. N. Silva Bianca C. G. Costa Cíntia F. Marcellos Daniel A. G. Gomes Géssica C. Andrade Juliana C. Oliveira Lélio Moura Lourenço Priscila A. M. Costa Ricardo Kamizaki Contato: www.petpsicologia.ufjf.br [email protected] Tiragem: 200 cópias Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 3 Antes que naufrague: Por Cíntia Marcellos Seleção do PET A partir do dia 20/08/2009 estarão abertas as inscrições para o processo seletivo do PETPsicologia/UFJF. Neste ano o grupo irá selecionar 8 novos membros, sendo seis deles bolsistas e dois voluntários. O processo seletivo, que acontecerá na semana entre 08 e 10 de setembro, constará de três etapas: análise documental, provas escritas e entrevista. Neste ano o PET inova seu processo seletivo propondo que os candidatos elaborem um pré-projeto de atividade de ensino, pesquisa e/ou extensão de acordo com as diretrizes do programa propostas pelo MEC. Uma outra novidade neste ano é que também poderão inscrever-se no processo seletivo alunos de graduação de outros cursos da UFJF, sendo disponibilizadas até duas vagas para estes. As inscrições poderão ser feitas até o dia 04/09/2009, das 14 às 17:30h, na sala do PETPsicologia (ICH, 1703/35). O Edital encontra-se disponível no site www.petpsicologia.ufjf.br, onde também são encontradas todas as instruções para a inscrição e seleção. Como em tudo neste país de saúvas, boas iniciativas morrem diariamente nos grupos PET por falta de apoio e verba. A Revista Humanidades em Diálogo é mais um triste exemplo. Realizada por 5 grupos PET da USP (Administração, Ciências Sociais, Filosofia, História, Sociologia Jurídica) e com apenas dois números editados, um em Novembro de 2007 e outro em Novembro de 2008, a revista dispunha-se a cumprir uma função essencial aos grupos PET e à educação superior como um todo: uma reflexão séria sobre a pesquisa acadêmica em humanidades. Como exemplo deste compromisso traz, em sua primeira edição, uma entrevista com o professor titular de Ética e Filosofia Política na USP e diretor de avaliação da CAPES, Renato Janine Ribeiro. Ele fala sobre o sentido do termo humanidades, o momento por que passam as ciências humanas no Brasil e critica o modo como a graduação é voltada para a absorção de profissionais no mercado de trabalho. Comenta sobre as condições de se fazer pesquisa hoje, do pouco tempo de amadurecimento do pesquisador e, por fim, discute a reforma universitária, a educação tutorial e a avaliação do ensino superior. Reflexões como esta, fundamentais para nossa Universidade e formação, em breve, deixarão de ser veiculadas nesse periódico, em virtude do corte de verbas do MEC. http://naeg.prg.usp.br/siteprg/humanidadesemdialogo/ [email protected] Fonte: Revista Humanidades em Diálogo e http://petbrasil08.blogspot.com/ IMPORTANTE!!! Mudanças na forma de apresentação e preservação dos trabalhos de conclusão de curso de Graduação e Pós-graduação em Psicologia na UFJF O PET-Psicologia/UFJF, juntamente com o apoio e aprovação do Departamento de Psicologia, elaborou o projeto “Incentivo à preservação e divulgação da produção acadêmica do curso de Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora”, que tem como objetivo a preservação da produção bibliográfica dos alunos da graduação e pós-graduação em Psicologia, em especial dos concluintes dos cursos, bem como a divulgação destes trabalhos junto aos alunos, docentes e demais interessados. As novas orientações, a serem adotadas obrigatoriamente pelos alunos concluintes, são: a “III Mostra de Produção Discente do Curso de Psicologia da UFJF”, na qual o aluno concluinte deverá participar deste evento para apresentar o seu trabalho de conclusão de curso, levando em consideração os objetivos já indicados pela política departamental através do documento “Normas para Desenvolvimento de Monografia”; e o “Arquivamento das Monografias”, idealizado em substituição à cópia impressa anteriormente destinada ao arquivamento no CPA, no qual os trabalhos de conclusão de curso de graduação e pós-graduação deverão ser encaminhados em uma via digital (PDF ou Word), pelo e-mail ou na sala do PET-Psicologia para serem, posteriormente, encaminhadas ao Banco Digital de Teses e Dissertações da UFJF. O PET-Psicologia/UFJF se coloca à disposição para maiores esclarecimentos. Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 4 “Os melhores terapeutas não curam simplesmente os sintomas; eles ajudam a construir forças e virtudes.” Martin E. P. Seligman Psicologia Positiva Por Bianca Costa Martin E. P. Seligman, PhD, é professor de Psicologia do programa Fox Leadership na Universidade da Pensilvânica (EUA), diretor da Positive Psychology Network e expresidente da American Psychological Association (APA). Entre seus 20 livros publicados destacam-se The Optimistic Child, Learned Optimism e Autentic Hapiness. Em meio a uma psicologia classicamente voltada para o estudo das patologias, disfunções e doenças mentais humanas surge, como tentativa de romper com esse viés negativo, com raízes na Psicologia Humanista, o movimento da Psicologia Positiva. Seu desenvolvimento inicia-se em 1980, mas é na década de 90, mais especificamente em 1998 que surge de fato a “Psicologia Positiva”. Esta nova abordagem tem origem nos Estados Unidos a partir dos esforços de um de seus maiores pioneiros Martin Seligman que, ao lado de renomados cientistas começou a desenvolver pesquisas a fim de promover o que, de acordo com palavras do próprio Seligman, seria uma mudança de foco na Psicologia atual “do estudo de algumas das piores coisas da vida para o estudo do que faz com que a vida valha a pena”. O esforço de Seligman, bem como o movimento da Psicologia Positiva não vem em momento algum tentar destruir os conhecimentos já vigentes da Psicologia, mas simplesmente buscar o estudo do que Seligman considera a faceta esquecida do ser humano. Segundo ele a visão clássica da psicologia propõe a essa ciência três “missões” básicas: curar a doença mental, identificar e apoiar pessoas excepcionalmente talentosas e melhorar qualidade de vida das pessoas comuns, tornando a vida mais produtiva e plena. Porém, nos últimos anos, foram esquecidas as duas últimas “missões”, em especial a terceira. Tornando-se a psicologia praticamente um sinônimo de tratamento de doença mental. E é nesse sentido que se encontram seus esforços e pesquisas: equilibrar o conhecimento de homem atual, que apresenta um foco centrado na patologia, vitimologia e na doença mental a partir do entendimento de suas qualidades, forças e virtudes. Dez anos após o “surgimento” desta nova abordagem da Psicologia nos EUA é finalmente publicado um dos primeiros livros especificamente sobre ela em português, com explicações científicas e considerações sobre seu surgimento e desenvolvimento. O livro, intitulado “Psicologia Positiva – Uma abordagem científica e prática das qualidades humanas”, de C. R. Snyder e Shane J. Lopez, pioneiros da Psicologia Positiva, apresenta o novo paradigma das ciências que tem emergido nas discussões acadêmicas e estudos científicos das últimas décadas centrado na promoção da saúde e do bem-estar dos indivíduos, dentro do qual a Psicologia Positiva se constrói. O livro traz para o leitor, através de discussões aprofundadas da ciência e aplicações da Psicologia Positiva, as bases para se entender as emoções positivas e qualidades humanas possibilitando ao leitor a compreensão sobre o que é afinal a Psicologia Positiva, o que estuda e no que se baseia esta abordagem inovadora. Porém, mesmo antes da publicação deste livro, a Psicologia Positiva já permeava a literatura brasileira de uma maneira indireta. São vários os livros publicados desde 2000 que apesar de não se proporem a apresentar e explicar por completo tal abordagem utilizam conceitos e conhecimentos produzidos por essa visão “positiva” do homem. Um livro que merece ser destacado dentre todas estas publicações em português que, de uma maneira ou de outra, citam a Psicologia Positiva é o livro de ninguém mais ninguém menos que o próprio Seligman: “Felicidade Autêntica – Usando a Nova Psicologia Positiva para a realização permanente”. Publicado no Brasil em 2004, é um dos pouquíssimos livros do autor encontrados em português, no qual, a partir de uma linguagem simples e apresentação de resultados de diversas pesquisas científicas o autor faz uma análise envolvente das variáveis relacionadas à felicidade humana e das possibilidades de se desenvolver qualidades e emoções positivas. Desde a década de 90 a Psicologia Positiva tem se desenvolvido muito e são cada vez mais freqüentes na literatura livros e pesquisas científicas que trabalham com essa visão “positiva” do homem, estudando-o segundo suas forças e virtudes. Este é um campo que apesar de ainda se encontrar em crescimento, pode auxiliar muito a psicologia e os psicólogos a terem um olhar mais completo sobre o ser humano, sabendo não apenas tratar suas disfunções, mas também desenvolver suas potencialidades. O essencial para isso e para que a psicologia seja uma ciência em constante atualização e desenvolvimento é que nós, psicólogos em formação ou já formados, possamos ter um olhar científico acerca das novas produções dentro do nosso campo de estudos, explorando, conhecendo e estando abertos às descobertas mais recentes, ao mesmo tempo que analisando criticamente seus resultados. Fonte: http://www.malvados.com.br/ Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 5 Intercâmbio Acadêmico Por Cíntia Marcellos A cada ano a UFJF vem ampliando seus contratos de intercâmbio com universidades de diversos países. Atualmente, existem convênios com 34 instituições em 8 países, mais os programas PEC-G (Programa de Estudantes-Convênio de Graduação), PEC-PG (Programa de EstudanteConvênio de Pós-Graduação), oferecidos a estudantes de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos de cooperação, as pesquisas bilaterais e o programa de acolhimento a refugiados. O setor responsável pelos intercâmbios na UFJF é a CRI, a Coordenação de Relações Internacionais, coordenada pela professora Rossana Melo e tem como objetivo central a elaboração e execução de políticas de cooperação internacional, fomentando assim a qualificação das atividades acadêmicas de âmbito internacional. Suas ações estão concentradas na captação, implementação, consolidação e acompanhamento de convênios, programas e projetos de parcerias universitárias binacionais. Os convênios para intercâmbio têm como objetivo a cooperação acadêmica, científica e cultural e, atualmente, contemplam os seguintes países: Alemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Portugal. A UFJF não oferece bolsas de estudo ou financiamento para estudantes ou professores. No entanto, as universidades de destino podem oferecer subsídios aos visitantes, como por exemplo, alojamento, alimentação ou, em alguns casos, uma pequena bolsa. Além disso, alguns países podem contar com parcerias específicas, como é o caso de Portugal, que recebe bolsas do Projeto Santander Universidades. Na Psicologia, estima-se que a cada ano, ao menos um aluno embarque para um intercâmbio acadêmico através da UFJF, sem contar aqueles que recorrem a agências de intercâmbio ou optam por modalidades como “work experience” e “au pair”. Estas últimas diferem do intercâmbio acadêmico, pois o candidato trabalha enquanto estuda o idioma do país de destino, além de, geralmente, terem menor duração. No intercâmbio acadêmico, além de conhecer culturas diferentes e aprimorar o idioma, o estudante tem a oportunidade de fazer estágios e dedicar-se a áreas pouco valorizadas em sua universidade de origem. Fique atento, a abertura dos editais da UFJF e o processo seletivo ocorrem no primeiro semestre, geralmente, entre os meses de Abril e Junho. Isabel Domingues, aluna do 10º período de Psicologia, passou por essa experiência na Universidade do Porto, em Portugal, entre Setembro de 2007 e Agosto de 2008. Abaixo ela nos conta suas impressões. PET: Como surgiu a idéia de fazer um intercâmbio e a escolha por Portugal? Isabel: Na realidade a idéia de fazer intercâmbio na graduação nem passava pela minha cabeça, pois nunca pensei que isto poderia ser possível em minha vida, talvez pensasse em fazer depois da graduação desde que houvesse um grande esforço de minha parte para juntar o dinheiro. Esta idéia surgiu realmente num dia que me deparei com um edital no mural ao lado da Central de Atendimento em que constavam vagas para intercâmbio, foi então que comecei a pensar sobre o assunto. Naquele momento percebi que desejava fazê-lo, mas não sabia como seria possível. Desde o início Portugal foi minha primeira escolha tanto por ser um país de língua portuguesa quanto pela proximidade cultural e principalmente por permitir que eu conhecesse um país que tanto representa para a história do Brasil. PET: Quais as principais diferenças na rotina acadêmica da Universidade do Porto e da UFJF? Isabel: Senti bastante diferença no início, primeiramente porque as aulas são nos períodos matutino e vespertino. Além desta, outra diferença marcante, é o fato das provas (exames) não acontecerem ao longo do semestre. Elas são realizadas numa época específica e todos os estudantes da faculdade passam por este período ao mesmo tempo, sendo que as provas de cada disciplina são marcadas para os dias referentes ao período de exames e as questões são elaboradas tendo por base todo o conteúdo programático dado no semestre. Além do que já citei a própria mudança para outro país interferiu bastante na rotina acadêmica e no ritmo de estudo. PET: Quais matérias cursou lá e como avalia o impacto das mesmas em sua formação? Isabel: Sem dúvida alguma todas as disciplinas que cursei tiveram relevância para minha formação, cada uma em um aspecto específico. No total foram onze disciplinas distribuídas ao longo de dois semestres. No primeiro semestre cursei: Intervenção Psicológica em Contextos Educativos; Teste de Rorschach; Modelos Construtivistas e Sistêmicos; Psicologia do Trabalho; Psicologia das Organizações; Questões Aprofundadas de Psicologia do Comportamento Desviante e, no segundo semestre: Psicologia Comunitária; Intervenção e Avaliação Psicológica no Desenvolvimento dos Recursos Humanos; Atitudes e Influência Social; Saúde, idade e Trabalho e, por fim, Análise do Trabalho e Formação Profissional. Considero especialmente importante as disciplinas realizadas no segundo semestre uma vez que procurei aprofundar meus estudos na área de Psicologia Social e mais especificamente a Psicologia Social Organizacional e do Trabalho que se tornou minha área de preferência. PET: O que diria para quem está pensando em fazer um intercâmbio? Isabel: É importante ter maturidade para encarar esta experiência. No início tudo é mais difícil, a adaptação, a busca por um local para morar, fazer novas amizades, conviver com pessoas de culturas diferentes e antes nunca vistas etc. É necessário ter paciência e persistência, aos poucos tudo vai se ajeitando, pois aprendemos a conviver com a saudade daqueles que deixamos no Brasil. Enfim, quando esta fase passa, é possível vivenciar o intercâmbio de forma plena, aproveitar as oportunidades de se conhecer pessoas e lugares diferentes, além de obter os conhecimentos que a faculdade e a convivência oferecem. De tudo o que aprendi e vivi com o intercâmbio, posso dizer, com toda certeza, que vale muito a pena! Por isso, a mensagem que tenho a deixar para aqueles que pensam em fazê-lo é: “não deixe de tentar por temer o desconhecido ou por achar que é algo impossível, acredite em sua capacidade, lute realmente pelo que você quer e desta forma conseguirá obter sucesso.” Fonte: Entrevista com Isabel Domingues e Coordenação de Relações Internacionais Tel: +55 32 2102-3389 – 2102-3909 [email protected] / [email protected] Fonte: http://www.malvados.com.br/ Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 6 Consulta Pública: Referências para atuação dos psicólogos nas Varas de Família e áreas correlatas A consulta pública estará disponível no Portal CREPOP até o dia 08 de setembro. Para participar, acesse http://crepop.pol.org.br/. Ato Médico Por Géssica Castellani Tramita no Legislativo, desde 2002, o Projeto de Lei nº 268/02, mais conhecido como Projeto de Lei do Ato Médico. Trata-se de iniciativa do Senado em regulamentar a profissão de médico e o exercício de suas práticas profissionais. Este, no entanto, tem provocado uma infeliz cisão entre a Medicina e as demais categorias da área de saúde, incluindo a Psicologia. O Projeto define como atividades privativas do médico, entre outras, a formulação do diagnóstico e prescrição terapêutica. Cabe ao médico diagnosticar doenças com agente etiológico reconhecido, com um grupo identificável de sinais ou sintomas ou com alterações anatômicas ou psicopatológicas. Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva. Ao médico também cabe a determinação do prognóstico relativo ao diagnóstico, a realização de perícia médica e exames médico-legais e a atestação médica de condições de saúde, deficiência e doença. Ainda segundo a proposta, somente o médico poderá exercer direção de serviços médicos. Além disso, o médico torna-se RESPONSÁVEL pelos três pilares básicos da saúde: a prevenção nos níveis primário, secundário e terciário. O médico integrante da equipe de saúde atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde, mas somente as atividades de prevenção primária e terciária, que não impliquem a execução de diagnósticos e indicações terapêuticas, podem ser compartilhadas com outros profissionais de saúde. Dessa forma, a proposta, além de invadir um espaço que já é multidisciplinar, condiciona à autorização do médico o acesso aos serviços de saúde e estabelece uma hierarquia entre a medicina e as demais profissões da área. Os profissionais da Saúde como psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas poderão atender SOMENTE sob encaminhamento e supervisão médica. Sabemos que os médicos podem e devem trabalhar a regulamentação de sua profissão, como forma de a sociedade reconhecer a competência específica desses profissionais, mas não em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde. A discussão envolve todos os profissionais de saúde e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) já posicionou-se contrário ao Projeto. A luta tem de ser a favor de ações de saúde que possam tornar o atendimento mais democrático, amplo e eficaz. O Ato Médico rompe com a interdisciplinaridade e integralidade, fundamental à consolidação dos serviços de saúde, e fere ainda a atuação e o livre exercício de várias categorias profissionais. Ele também prevê o retorno a um modelo falido de atenção à saúde, centrado no atendimento clínico, individual, medicamentoso e hospitalocêntrico, o qual não encontra respaldo nem nos organismos internacionais de saúde nem na legislação brasileira, que se valem de um conceito ampliado de saúde e de cuidados. Por fim, podemos afirmar que o PL é agressivo também à sociedade. Paralisaria projetos governamentais que estão dando certo no país, como o Programa de Saúde da Família, calcado na interdisciplinaridade para o atendimento aos pacientes, por exemplo. Além disso, obrigaria, na prática, o cidadão que, em última instância, terá que, em primeiro lugar, procurar um médico caso queira iniciar um tratamento com psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo ou qualquer outro profissional da área de saúde. Acreditamos que a qualificação das ações em saúde implicam na Multidisciplinaridade, reconhecendo e respeitando as contribuições que cada um dos saberes que compõe este campo podem fornecer. Fonte: http://www.pol.org.br http://www.redepsi.com.br http://www.cfm.org.br http://www.naoaoatomedico.com.br http://www.crpsp.org.br http://www.portalmedico.org.br Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 7 Congressos e eventos científicos AGOSTO XXXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Neurociência e XXIV Reunião Anual De 19 a 22 - Águas de Lindóia, SP Realização: Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento Informações: tel.: (11) 3091-7369 (extensão 6). E-mail: [email protected] Colóquio 100 anos de psicanálise com crianças De 28 a 29 - São Paulo, SP Realização: Departamento de Psicanálise de Crianças do Instituto Sedes Sapientiae Informações: tel.: (11) 3866-2730. Site: www.sedes.org.br SETEMBRO IX Congresso Nacional de Gestalt-Terapia e XII Encontro Nacional Gestalt-Terapia De 17 a 20 - Vitória, ES Realização: Conselho Regional de Psicologia 16ª Regional Informações: www.congressogestalt2009.com.br I Congresso de Psicologia Jurídica: Uma interface com o Direito De 30 de setembro a 2 de outubro - Belo Horizonte, MG Realização: CRP-MG, CRP-RJ e CRP-ES Informações: http://www.crpmg.org.br/ V Congresso Latino-americano de Psicologia Junguiana De 4 a 8 - Santiago, Chile. Coordenação: Comité Latinoamericano de Psicologia Analítica Realização: Grupo de Desarrollo C.G. Jung de Chile, membro da International Association for Analytical Psychology, Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica e Associação Junguiana do Brasil. Informações: www.congreso.cgjung.cl III Congresso Latino-Americano de Psicologia De 9 a 11- Cidade do México, México. Realização: União Latino-Americana de Entidades de Psicologia Informações: www.congresso.ulapsi.org/portugues OUTUBRO VII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia: Desafios da psicopedagogia no século XXI - Aprendizagem: tramas do conhecimento, do saber e da subjetividade De 12 a 15 - São Paulo, SP Realização: Associação Brasileira de Psicopedagogia Informações: tel.: (11) 3361-3056. E-mail: [email protected] XXXIX Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia De 28 a 31 - Goiânia, GO Realização: Sociedade Brasileira de Psicologia Informações: www.sbponline.org.br XV Encontro Nacional da ABRAPSO De 30de outubro a 02 de novembro - Maceió, AL Informações: http://www.abrapso.ufba.br/; [email protected] NOVEMBRO III Congresso Nacional de Psicologia Ciência e Profissão De 3 e 7 - São Paulo, SP Realização: Fórum de Entidades Nacionais de Psicologia Brasileira Informações: tel.: (61) 2109-0100. E-mail: [email protected] XXVII Congresso Brasileiro de Psiquiatria De 4 a 7 - São Paulo, SP Realização: Conselho Brasileiro de Psiquiatria e Associação Brasileira de Psiquiatria Informações: Tel.: (21) 2199-7500. Fax: (21) 2199-7501. Email: [email protected]; [email protected] Outros eventos em http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/agenda/proximos_eventos/# PET-Psicologia Convida: Viagem Cultural!!! XIV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro Local: Riocentro, Avenida Salvador Allende, nº 6.555 – Barra da Tijuca Data: a bienal ocorre no período de 10 a 20 de setembro de 2009. Estamos aguardando a divulgação da programação para decidir qual o dia de maior interesse para nossa visita. Divulgaremos a data em breve! Aguarde!!! Jornal do PET-Psicologia/UFJF – Agosto de 2009 Página 8 Por Cíntia Marcellos Filme: “Apenas uma vez” Estrelado pelos músicos Glen Hansard e Markéta Irglová, o filme conta a história de um músico (Hansard) que trabalha com o pai consertando aspiradores de pó e, nas horas vagas, tenta ganhar um trocado com seu violão. Ela (Irglová) vende flores pela cidade e um dia o encontra, cantando nas ruas de Dublin. A partir daí os dois se descobrirão parceiros na música, o que propiciará uma semana inesquecível, na qual se conhecerão um pouco e farão boa música. Filmado em apenas 17 dias, majoritariamente com a câmera na mão de seu diretor, Apenas uma vez tem um forte caráter documental. Seu universo é real, povoado por pessoas de verdade, com sentimentos de verdade que afloram através das belas canções da trilha sonora. O cineasta John Carney e o diretor de fotografia Tim Fleming apenas acompanham de perto os atores, sem excessos, sutilmente evidenciando detalhes da crescente proximidade entre os dois. Preste atenção na cena da loja de instrumentos musicais e na música "Falling Slowly", prova dessa sensibilidade. Composta por Hansard, que é vocalista da banda dublinense The Frames, ela é interpretada por ele e por Irglová, que comprovaram a afinação também no álbum The Swell Season, contemporâneo do filme. Apenas Uma Vez não é apenas um longa que usa a música como linguagem, mas também a emprega como tema. Fazendo lembrar assim clássicos do gênero como em "The Commitments" (1991) bebendo melancolicamente na fonte musical de Van Morrison, Cat Power e Thom Yorke, Apenas uma vez traz emocionantes performances musicais e composições originais, o que lhe rendeu inclusive o Oscar de melhor canção original em 2008, por "Falling Slowly". O filme foi lançado no Brasil em 2008 e já está nas locadoras. Ficha Técnica Título original: Once Gênero: Drama Direção e roteiro: John Carney Produção: Martina Niland Música: Glen Hansard e Markéta Irglová Duração: 85 minutos Ano de lançamento (Irlanda): 2006 Site oficial: www.foxsearchlight.com/once Fonte: Érico Borgo (http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/04/18/_apenas_uma_vez_musica_para_os_ou vidos_para_os_olhos_tambem- 426946420.asp), http://www.omelete.com.br/cine/100012126/Apenas_Uma_Vez.aspx Literatura: Diálogo de espelhos entre Machado de Assis e Guimarães Rosa. Para quem gosta de se aventurar nas histórias contadas por grandes escritores, aqui vai uma dica imperdível: já experimentou ler dois autores diferentes falando sobre o mesmo assunto? Então arrisque-se na deliciosa aventura dos espelhos de Machado de Assis e Guimarães Rosa. Os contos que tratam deste enigmático e familiar objeto, foram escritos em estilos e épocas completamente diferentes e, por isso, levam-nos ao encontro de facetas inusitadas e, de certa forma, complementares na busca daquele que se olha. Publicado em 1962, o livro Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, tem no seu conto central, “O espelho”, a chave para os outros 20 contos que compõem o livro. Voltados para os meandros da existência humana, os contos do livro exploram todas as facetas do gênero: a psicológica, a fantástica, a autobiográfica, a anedótica, a satírica, construídas em diferentes tons: o cômico, o trágico, o patético, o lírico, o sarcástico, o erudito e o popular. No conto em questão, o narrador conta sua luta contra um espelho à procura do “ainda-nem-rosto” que, na experiência extrema e séria da vida, só se mostra depois do julgamento-problema: “Você chegou a existir?”. Por outro ângulo, apresentar o esboço para uma nova teoria da alma humana é a proposta do conto “O espelho”, de Machado de Assis. Presente no volume II de sua Obra Completa (1994), o conto apareceu pela primeira vez em 1882. Recolhendo as memórias para exemplificar sua tese de que o homem possui duas almas, a interior e a exterior, o enigmático personagem Jacobina mostra como uma pode suplantar a outra e termina o conto deixando-nos com a inevitável pergunta: diante do medo e da solidão, ao gastar da vida, o que de nós persiste e permanece? Com estes dois contos, passeamos por alguns dos incontáveis sentidos que o espelho adquire na literatura e, acima de tudo, vislumbramos a riqueza singular do que esses grandes escritores tem a nos dizer. Afinal, parafraseando Rosa, do que leio, descubro, deduzo. ASSIS, Machado. Obra Completa, de Machado de Assis. Vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. [disponível também em http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_o bra=1948] ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. Cinema: “Curta Petrobras às 6” Fonte: Projeto pioneiro de exibição diária de curtas-metragens, o “Curta Petrobras às seis” exibe sessões gratuitas, sempre às seis da tarde. O projeto atualmente é a melhor e mais importante vitrine para o formato curta-metragem, fora dos festivais de curta-metragens, o que permite que o espectador seja apresentado ao trabalho de cineastas iniciantes e consagrados. Em média, a cada edição são exibidos 90 títulos, agrupados em trilogias temáticas. Eles permanecem em cartaz durante 26 dias em cada uma das seguintes cidades: Niterói, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Juiz de Fora, São Paulo, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Natal, Fortaleza, Recife, Aracajú, Salvador, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campinas, Santos e Vitória. Em Juiz de Fora, somente o Cine Palace inclui o “Curta Petrobras às 6” em sua programação. Estão em cartaz curtas com o tema Ofício (14/08 a 08/09): “Emprego temporário”, de Leonardo Esteves, “Bolo de morango”, de Julia Jordão, “Dia de folga”, de André Carvalheira e “Espeto”, de Guilherme Marback e Sara Silveira. Nos próximos meses os temas serão Crença (11/09 a 06/10) e Imaginação (09/10 a 03/11). Fonte: www2.tvcultura.com.br www.curtaasseis.com.br TV: Programa Entrelinhas, TV Cultura, Domingo, às 21:30h. Reapresentação: Quinta-feira, às 00:10h. O Entrelinhas é um programa dedicado aos livros e à literatura. Apresentado por Paula Picarelli, com trinta minutos de duração, o programa vai ao ar desde julho de 2005, na TV Cultura e também é retransmitido por quase todas as emissoras públicas e educativas do país. Entrelinhas segue o formato de uma revista eletrônica, o programa exibe entrevistas gravadas na rua ou na casa dos escritores, reportagens sobre tendências do mundo literário, matérias sobre clássicos brasileiros e universais, enquetes com leitores e seções como "lançamentos", “resenha do leitor” e “agenda”. Além de incentivar a leitura e divulgar para um público amplo a literatura de qualidade, o Entrelinhas busca desmistificar a velha concepção de literatura como algo difícil, complicado, ou distante da vida cotidiana.