TEMA: É válido simplificar a linguagem de um clássico?
Desde sempre, a leitura de clássicos imposta pela escola assusta os alunos. Visando
amenizar tal contato literário, recentemente, a escritora Patrícia Secco iniciou um processo de
adaptação de certas obras brasileiras. Não obstante, tal medida apresenta algumas desvantagens
que serão discutidas adiante e, portanto, deve ser evitada.
A princípio, deve-se considerar o principal problema desse método de facilitação de leitura:
a subestimação da capacidade dos alunos. Tal fato, segundo Alcides Villaça, poeta brasileiro e
professor da USP, vai contra os reais objetivos de uma instituição escolar, que é justamente
preparar os adolescentes para as dificuldades da fase adulta. Destarte, ao utilizar uma adaptação
literária, os colégios estariam ensinando ao estudante que sempre haverá um caminho mais
acessível na vida, além de duvidar de suas competências quanto à interpretação de textos.
Outrossim, ainda há mais uma adversidade no tocante à medida em questão: o
aniquilamento do estilo literário dos escritores adaptados. Essa ruptura artística, segundo o
professor e escritor Luís Fischer, transforma a experiência de leitura do livro na mesma de um
resumo, visto que o trabalho de Patrícia Secco é apenas uma versão focada em contar uma história,
enquanto que a Literatura extrapola essa função e está associada ao modo como o texto é
construído. Logo, por que estudar essa disciplina se não ocorre o contato entre o aluno e a obra?
Percebe-se, portanto, que a alteração de livros clássicos brasileiros é uma medida errônea,
pois questiona a capacidade do estudante de pensar e mutila a Literatura. No entanto, ainda são
necessários métodos os quais facilitem o contato entre o adolescente e as obras do país. Sendo
assim, o mais eficaz seria acostumar o jovem com a leitura, desde cedo, com livros fáceis,
contribuindo para que ele evolua literariamente e não se assuste no futuro com obras requintadas.
Para que isso se concretize, é preciso que o Ministério da Educação cobre, por meio de leis, a
leitura de paradidáticos durante toda a vida escolar, hábito o qual vem sendo esquecido.
Lucas José de Mello Lopes
2ª série B
TEMA: É válido simplificar a linguagem de um clássico?
Muito se tem debatido sobre a simplificação da linguagem de um clássico. Nesse
sentindo, descomplicar a escrita de uma obra pode contribuir bastante para o
conhecimento de alunos e professores que não possuem o vocabulário suficiente para
ler textos desse tipo.
Primeiramente, as versões simplificadas facilitaram a escrita e a formação dos
pensamentos dos leitores. Além disso, trocando a linguagem erudita por uma mais
simples, irá estimular a leitura, visto que o Brasil se encontra na 55 posição no ranking
da leitura, abaixo de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia.
Por outro lado, simplificar a linguagem de um clássico seria como “falsear” a obra
do escritor e também desconfigurar o sentido da obra. Entretanto, deve-se levar em
consideração que pouquíssimos brasileiros aderem a esse tipo de leitura.
Portanto, facilitar a escrita da literatura brasileira seria uma boa opção, já que
aumentaria o índice de leitura no país e, consequentemente, o desenvolvimento do
jovem.
Ana Bernadete Paiva de Oliveira
2ª série B
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