Assistência Domiciliar ao Idoso Dr. Álisson Hygino [email protected] Estudo referente ao 1º semestre de 2003 Sexo Idade Patologias Reinternações Tempo de reinternação Óbitos Tempo de permanência no PAD Perfil funcional Sexo 70% 60% 50% 60% 40% 40% Homens 30% Mulheres 20% 10% 0% Idade 100% 80% 60% Idade 40% 40% 26% 20% 7% 14% 13% 0% T ot al < 60 60 A 70 71 A 80 81 A 90 > 91 Patologia Neuropatias Cardiopatias 100% 22% 80% 12% 16% 60% 40% 50% 20% 0% 1 Senilidades Outras Relação AVC/Neuropatias 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 60% 50% 40% AVC Neuropatias 30% 20% 10% 0% Homes Mulheres Observação 01 Primeiro Trimestre - Reinternações: 10 - Óbitos: 07 Segundo Trimestre - Reinternações: 03 - Óbitos: 04 Em um grupo médio de 120 pacientes, ocorreram 13 reinternações e 11 óbitos no decorrer de um semestre. Reinternações 25% P.A.D. F.U. 75% Tempo de Reinternação 31% 1 DIA 23% 1 SEMANA 7,5% 2 SEMANAS 7,5% 3 SEMANAS 31% 4 SEMANAS Observação 02 1º Semestre = 181 dias Tempo de internações = 187 dias Para um grupo com uma média de 120 pacientes, teremos 1 leito ocupado da unidade hospitalar. Óbitos 91,0% 9,0% P.A.D. F.U. Tempo de Permanência no P.A.D. 55% 15% 30% ate 06 meses 13 a 24 meses 07 a 12 meses Perfil Funcional 55% P.O. Cadeira 28% Perfil Funcional Leito 17% 100% Total 0% 20% 40% 60% 80% 100% Perfil do Fisioterapeuta gerontólogo domiciliar Fisiologia do envelhecimento (Traumatoortopedia, neurologia, cardiologia, pneumologia) Farmacologia Primeiros socorros Saúde pública Relacionamento interpessoal Criatividade De acordo com a OMS, até o ano de 2025 a população de idosos estará de 7 a 8 vezes maior se comparada à mesma população em 1990. Só no Brasil serão 27 milhões com mais de 60 anos. É o envelhecimento populacional, uma boa ou uma má notícia? A gerontologia se restringe apenas à saúde do idoso? Tríade na assistência domiciliar Ambiente Idoso Ambiente Idoso Cuidador Cuidador Idoso Ambiente Cuidador Tratamento Fisioterapêutico Reabilitação participativa - AVDS e AIVDS; - Independência e autonomia. - Utilizar a congruência. “Para que a terapia tenha êxito, é necessário que o terapeuta seja, durante a relação, uma pessoa unificada, integrada ou congruente” (Rogers, 1977, p.260) Paciente 1º Momento (idosos dependentes e restritos ao leito) - posicionamento e orientação quanto às transferências e manuseio para alimentação e higiene do paciente de forma a prevenir o surgimento de úlceras de decúbito. - orientação e conscientização postural do cuidador; - prevenção da imobilidade e suas conseqüências; - priorização da condição respiratória; - adequação ambiental favorecendo a prestação de ajuda. Resultado: melhora da mobilidade ativa no leito, principalmente d.d para d.l. Paciente 2º momento (idosos semi-dependentes e cadeirantes) - posicionamento e orientação quanto às transferências e manuseio para higiene e locomoção tanto para o paciente quanto para o cuidador; - priorização da condição respiratória; - adequação ambiental favorecendo o deslocamento; - adaptação às perdas funcionais com novas estratégias de movimento (pensando na evolução para P.O.) Resultado: melhora significativa das AVDS e AIVDS. Paciente 3° momento (idosos semi-dependentes com capacidade de deambulação) - facilitação da marcha; - indicação de dispositivos de auxílio à marcha e calçados adequados; - treinamento de equilíbrio, força muscular e mobilidade geral; - orientações quanto às transferências posturais em padrões normais de movimento; - adequação ambiental favorecendo a aquisição de padrões motores; - adaptação às perdas funcionais com novas estratégias de movimento; - identificação e eliminação dos fatores de riscos para quedas; - treinamento do idoso em ambientes que demandem requisitos motores compatíveis com a complexidade de tarefas que desempenha no seu cotidiano; - manutenção do condicionamento físico e tolerância ao exercício. Resultado: maior independência e autonomia. Cuidador Orientações gerais e específicas de acordo com o caso; Manutenção da sua integridade física e mental. Ambiente Objetos Degraus Pisos Tapetes Escadas Rampas Animais Acesso a outros cômodos, bem como à área externa Ambiente “... para que ele não se torne um prisioneiro dentro de sua própria casa.” (Duarte, 2000, p.468) Modificações: - banheiro: acesso ao box sem barreira; barras; cadeira higiênica. - cama: boa altura; bem posicionada; que facilite mobilidade como sentar e ficar de pé. - domicílio: acesso entre cômodos; acesso à parte externa; condições do ambiente externo. A criança e a velhice “Ana Cintra me contou que seu filho perguntou certo dia: ‘Mamãe, o que é velhice?’ Antes de dar uma resposta para o garoto, Ana fez uma verdadeira viagem pelo passado. Lembrou-se de todos momentos de luta que viveu. Sentiu todo o peso da idade em seus ombros. Tornou a olhar para o filho que, sorrindo, aguardava uma resposta. ‘Olhe para meu rosto, filho’, pediu ela. ‘Isso é que é a velhice.’ E imaginou o garoto vendo as rugas e a tristeza em seus olhos. Qual não foi sua surpresa diante da resposta do menino: ‘Mamãe, como a velhice é bonita!’.” Paulo Coelho