IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 1283 CRESCIMENTO INICIAL DE PINHÃO BRAVO CULTIVADOS EM CONDIÇÃO PROTEGIDA César Ferreira da Silva1; Saulo Ferreira Leite1; Messias Firmino de Queiroz1; Leandro Oliveira de Andrade1; Josué Luis Ferreira 1; Washington Damião da Silva 1 1 Universidade Estadual da Paraíba – CCAA, [email protected] RESUMO – O pinhão bravo (Jatropha mollissima Muell. Arg.) é uma planta da família euforbiácea, nativa do semi-árido brasileiro, que vegeta com muita freqüência, em alta densidade, em áreas degradadas da caatinga, possuindo frutos deiscentes e folhagem caduca no período de seca. As sementes de pinhão podem conter em média 33% de óleo inodoro, fácil de ser extraído por pressão, empregado na fabricação de tintas, sabões e lubrificantes, sendo utilizado, também, na iluminação doméstica, pois sua chama não produz fumaça ou odor. O pinhão tem como uma de suas características a boa qualidade de seu óleo que pode ser usado como biodiesel. Baseado na sua importância em potencial para o Brasil, este trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento inicial de pinhão bravo cultivadas em condição protegida. Foram avaliadas as variáveis altura de planta (AP), diâmetro de caule (DC) e número de folhas (NF), apenas por suas médias, concluindo a possibilidade da produção de mudas desta cultura em ambiente protegido. Palavras-chave – Jatropha mollissima, biodiesel, mudas. INTRODUÇÃO Os pinhões são plantas arbustivas, pertencentes à família das Euforbiáceas, nativas na América do Sul, mas que também ocorrem em outros países da América Central, África e Ásia (FRANCIS et al., 2005). Essas espécies se revestem de elevada importância para o Semi-Árido brasileiro, pelas possibilidades de fácil cultivo, adaptação a solos pouco férteis, degradados, resistência à seca e por estarem despontando como novas opções de ocupação de mão-de-obra e geração de renda, por sua utilização como fonte de óleo para a produção de biodiesel (FRANCIS et al., 2005; ORHAN et al., 2004; SHAH et al., 2004; SHAH et al., 2005). O pinhão bravo (Jatropha mollissima Muell. Arg.) é uma planta da família euforbiácea, nativo do semi-árido brasileiro, que vegeta com muita freqüência, em alta densidade, em áreas degradadas da Caatinga, possuindo frutos deiscentes e folhagem caduca no período de seca. As sementes de pinhão CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 1283-1286. IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 1284 podem conter em média 33% de óleo inodoro, fácil de ser extraído por pressão, empregado na fabricação de tintas, sabões e lubrificantes, sendo utilizado, também, na iluminação doméstica, pois sua chama não produz fumaça ou odor. O pinhão tem como uma de suas características a boa qualidade de seu óleo que pode ser usado como biodiesel. Baseado nos fatos supracitados este experimento teve como o objetivo avaliar o crescimento inicial de pinhão bravo cultivadas em condição protegida. METODOLOGIA Os estudos foram conduzidos em ambiente protegido (abrigo telado) pertencente à Escola Agrícola Assis Chateaubriand, localizada no município de Lagoa Seca, Paraíba (Latitude 7 º 09 S, Longitude 35 º 52 W e altitude 634 m) na região do Brejo Paraibano. De acordo com os dados coletados na estação de Meteorológica da EMEPA, as características climáticas do local da pesquisa são as seguintes: temperatura média máxima 26,0 ºC, temperatura média mínima 18,20 ºC, umidade relativa média anual 66%, precipitação média anual 950 mm, evapotranspiração média anual de 1100mm e insolação média diária de 7, 7, 7, 6, 6, 5, 5, 7, 7, 8, 9, 8 horas nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Durante os primeiros seis meses do experimento foram realizadas as coletas de sementes, sua seleção e a conseqüente implantação do experimento. A coleta de sementes foi feita no município de Riachão de Bacamarte e no município de Fagundes. A semeadura do pinhão bravo foi em 20 vasos de polietileno preto de 8 litros, adotando o número de 3 sementes por vaso, acrescentados 11Kg de substrato (solo da EAAC e o esterco bovino curtido, ambos peneirados numa proporção de 4x1). Foram feitas irrigações baseadas na metodologia de uso de lisímetros de volume. Tais lisímetros, no início do experimento, foram colocados para atingir a capacidade de campo, baseado na análise física, prévia, do solo utilizado, sendo usados para manter a irrigação dos outros vasos, num turno de rega de 72 horas. Nenhum tratamento diferenciado foi adotado, não havendo assim a necessidade execução de análise estatística neste trabalho. Foram avaliadas durante 20 semanas as variáveis de altura de plantas (AP); número de folhas (NF) e diâmetro de caule (DC) apresentando apenas as médias das 20 leituras, sem qualquer tipo de tratamento estatístico ou utilização de software desta mesma natureza. CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 1283-1286. IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 1285 RESULTADOS E DISCUSSÃO Abaixo se encontram as Figuras 01, 02 e 03 e suas respectivas médias para as variáveis AP, DC, e NF. CONCLUSÃO É possível cultivar plantas de pinhão bravo em regime de cultivo em ambiente protegido, tendo em vista os resultados homogêneos e satisfatórios obtidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANCIS, G.; EDINGER, R.; BECKER, K. A concept for simultaneous wasteland reclamation, fuel production, and sócio-economic development in degraded areas in Índia: need, potential and perspective of Jatropha plantations. Nature and Resources, Paris, Fórum 29, p.12-24, 2005. ORHAN, I.; SENER, B.; CHOUDHARY, N.I.; KHALID, A. Acetylcholinesterase and butyrylcholinesterase inhibitory activity of some Turkish medicinal plants. Journal of Ethnopharmacology, vol.91, p.57-60, 2004. SHAH, S., SHARMA, S., GUPTA, M. N. Extraction of oil from Jatropha curcas L. seed kernels by combination of ultrasonication and aqueous enzymatic oil extraction. Bioresource Technology. v.96, p.121-123, 2005. SHAH, S., SHARMA, S., GUPTA, M. N. Biodiesel preparation by lipase-catalyzed transesterification of Jatropha oil. Energy & Fuels. v. 18, p. 154-159, 2004. CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 1283-1286. IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010 Página | 1286 Altura da Planta Altura 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920 Número das Plantas Figura 01. Altura de plantas de pinhão bravo cultivado em condição protegida Diametro do caule Diametro medio da planta 30 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 N° da planta Figura 02. Diâmetro de caule de pinhão bravo cultivado em condição protegida Quantidades Número de Folhas 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11121314151617181920 Número das Plantas Figura 03. Número de folhas de pinhão bravo cultivado em condição protegida CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4 & SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1, 2010, João Pessoa. Inclusão Social e Energia: Anais... Campina grande: Embrapa Algodão, 2010. p. 1283-1286.