GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
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COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ NO SÉCULO XXll: EDUCAÇÃO E
SUSTENTABILIDADE COM VISTAS À EMANCIPAÇÃO HUMANA
CURITIBA 2012
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 3
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 6
3. OBJETO ........................................................................................................................ 9
4. OBJETIVOS ................................................................................................................ 10
5. META ........................................................................................................................... 10
6. PREMISSAS ................................................................................................................ 11
7. PARCERIAS ................................................................................................................ 12
8. DEMANDA ESPERADA .............................................................................................. 12
9. OFERTA EDUCACIONAL ........................................................................................... 12
10. IMPLEMENTAÇÃO...................................................................................................... 13
10.1. CUSTOS DO PROJETO ...............................................................................13
10.2. FONTE DE RECURSOS ...............................................................................13
10.3. DEFINIÇÃO DOS TERRENOS E ÁREA MÍNIMA .........................................13
10.4. ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO ..................................................................13
11. GESTÃO DOS SUBPROJETOS ................................................................................. 14
12. ANEXOS ...................................................................................................................... 14
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Colégio Estadual do Paraná no Século XXII: educação e sustentabilidade
com vistas à emancipação humana.
1. APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual do Paraná – CEP - tem sua história marcada por se
diferenciar dos demais estabelecimentos de ensino do estado. Sua criação como
Liceu antecede a própria criação do Paraná. Sua majestosa sede, inaugurada
em 1950, torna-o o maior Colégio do Estado. Diariamente transitam por suas
dependências mais de 7 mil pessoas. O Paraná vem sendo construído com as
mãos e mentes de muitos de seus ex-alunos. A qualidade do ensino ofertado
preparou governadores, prefeitos, magistrados, empresários e tantos cidadãos
que fizeram e fazem a diferença positiva na nossa sociedade.
O reconhecimento de sua importância cultural veio com seu tombamento
em 10/03/1994.
O momento histórico atual coloca ao Colégio Estadual do Paraná e sua
comunidade escolar um novo desafio: a oferta contínua de ensino de qualidade,
de vanguarda, coerente com as novas exigências colocadas à sociedade, em
especial no que diz respeito à sustentabilidade e conservação do patrimônio
cultural.
Conscientes desse grande desafio é que o Colégio Estadual do Paraná e
o Governo do Paraná se unem a fim de transformar o CEP no primeiro Colégio
Paranaense totalmente sustentável. O projeto prevê ações nas áreas de
energia, saneamento, resíduos sólidos, patrimônio cultural, restauração dos
edifícios, recuperação do espaço olímpico (piscina, cancha de atletismo, ginásio
de esportes, quadras poliesportivas), merenda orgânica, entre outros. A questão
pedagógica merecerá ação especial a fim de adequar cursos e currículos a esse
contexto de sustentabilidade, qualidade e de vanguarda.
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A implementação deste projeto, por sua dimensão e ambição, exigirá
conhecimento e volume significativo de recursos. Assim, além de grande esforço
do Colégio e do Governo, há
necessidade de busca e envolvimento de
parcerias e apoios. Assim, serão chamados a se unirem a esse mutirão de
vontades, o Governo Federal, Universidades, empresas públicas e privadas, exalunos e toda a comunidade escolar.
Em síntese, mais que um projeto, o que se está propondo é um conceito.
Está se propondo um novo caminhar. Um jeito de ensinar digno da história e
tradição do CEP. Um jeito de ensinar capaz de preparar novos governadores,
prefeitos, empresários, magistrados, acadêmicos, cidadãos em condições de
contribuir para construir um Paraná cada vez mais justo, mais humano e mais
democrático.
As consequências das decisões tomadas hoje influenciarão as gerações
futuras de modo a determinar a viabilidade da própria vida no planeta.
Felizmente, a aparente aniquilação iminente fez com que os seres humanos
descobrissem que somente a convivência sustentável com o ambiente que os
cerca é a chave para a sobrevivência da nossa espécie. Nunca antes se falou
tanto em sustentabilidade, da mesma forma que nunca se tentou seguir e
estudar formas de encontrar os caminhos da sustentabilidade e harmonizar
nossa existência com as necessidades de preservação do meio ambiente.
É crescente o número de pessoas, em todo o mundo, que passaram a
exigir uma postura mais ativa por parte das autoridades de seus países em
relação às políticas relativas ao meio ambiente, à exploração de seus recursos
naturais e à ocupação mais racional das áreas urbanas. Assim como cientistas,
estudiosos e pessoas ligadas ao meio ambiente reúnem-se em fóruns, debates
e conferências onde se procuram demarcar claramente técnicas, formas e
diretrizes para que se assegure a descoberta e a implementação de políticas
voltadas para a ecologia e a sustentabilidade, cada nação deve também definir de acordo com o seu grau de desenvolvimento tecnológico, características
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populacionais e a forma como exploram seus recursos naturais - caminhos para
um futuro sustentável e pleno para todos os habitantes de nosso planeta.
Algumas autoridades governamentais, vários organismos internacionais
como a ONU, ONG’s e entidades particulares estão bastante empenhados em
estabelecer e definir metas e caminhos viáveis para que qualquer sociedade
possa implementar as políticas que melhor se adaptem a cada país e a suas
particularidades, aprofundando a troca de experiências e estabelecendo sempre
um debate em todos os níveis do conhecimento humano.
É importante entender que a busca de caminhos para a sustentabilidade
global, passa, antes de qualquer coisa, pela busca da sustentabilidade
individual, da sustentabilidade das relações humanas, pois, cada um, como
indivíduo, pode se aliar às forças que lutam com o objetivo de proporcionar uma
melhor qualidade de vida para o futuro da humanidade. Cidades que tratam seus
efluentes e resíduos, empresas que evitam o desperdício de energia e de
recursos, pessoas que vivem atentas ao modo como interferem na natureza e
no meio ambiente que as cercam, são exemplos de como encontrar os
caminhos da sustentabilidade e de como manter nosso planeta com capacidade
de sustentar a vida por muitas e muitas gerações.
Dentro deste contexto, o Colégio Estadual do Paraná, referência em
Educação no estado desde 1846, propõe um projeto de sustentabilidade para
que se minimize o impacto ambiental atual e com vistas à realidade futura. A
inauguração da sede atual, em 1950, torna necessária uma manutenção e
atualização frequentes, que implicam constantes aplicações significativas de
investimentos.
A partir de tal necessidade de adequar o CEP às demandas atuais e
futuras é que este projeto propõe soluções para Colégio Estadual do Paraná,
transformando-o no primeiro estabelecimento público estadual de ensino
totalmente sustentável em todas as dimensões: cultural, histórica, memorial,
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energética, ambiental, acessibilidade, preparando a instituição para o século
XXll.
O projeto apresenta duas bases: Educação e Sustentabilidade. Na
primeira, para além da preservação do acervo documental e da estrutura física
do Colégio, há necessidade de se implementar uma proposta político
pedagógica que atenda às demandas futuras, a fim de garantir educação de
qualidade à altura da história e da importância desta instituição, com vistas à
emancipação humana. A segunda será a sustentabilidade, na qual se buscarão
soluções para a produção de energias alternativas, captação e tratamento de
água e esgoto, gerenciamento de resíduos, Educação Ambiental e proteção e
preservação do patrimônio constituído atual e futuro.
Para tanto, um projeto desta envergadura necessita de um trabalho
articulado que transcende o âmbito do Governo do Estado. Assim, pensou-se na
construção de uma verdadeira rede de apoiadores e parceiros, cada um
contribuindo com sua expertise e possibilidade. Esta proposta será um grande
mutirão de vontades e compromissos com o CEP e comunidade, colocando o
Paraná na vanguarda desta área de atuação.
2. JUSTIFICATIVA
O modelo de sociedade atual fornece uma visão antropocêntrica e
dicotômica entre o homem e a natureza e esta forma de perceber o mundo - e
da qual nossa ciência é a herdeira - apresenta uma profunda crise da sociedade
moderna, devido à dificuldade de o homem e as ciências solucionarem
problemas práticos e teóricos, principalmente os relativos às questões
ambientais.
A crise ambiental reflete o modo de civilização da modernidade, ou seja, o
mundo está mudando e nas estratégias geopolíticas, dominantes blocos
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econômicos são formados e pertencem a mercados que buscam a acumulação
e concentração de capital, o que agrava as desigualdades sociais. Isso reflete o
modelo da sociedade urbano-industrial que prioriza valores individualistas e
consumistas, causadores de dominação e exclusão sociais nas relações
sociedade-natureza. Em virtude disso, o ser humano se sente como não
pertencente à natureza, e percebe o meio de forma utilitarista, o que contribui
para a desnaturalização da humanidade (GUIMARÃES, 2000). Além disso, o
desenvolvimento técnico-industrial desta sociedade eliminou grande parte das
diversidades humanas, étnicas e culturais, acarretando em mais problemas e
crises de civilização (MORIN, 2007).
A utilização dos recursos naturais de modo inconsequente, a degradação
do meio ambiente, a pobreza persistente em grande parte da humanidade, a
necessidade de desenvolvimento faz com que se pensem formas de harmonizar
a ação do homem e a sua existência em um espaço que demanda cuidado e
proteção.
Segundo Mayor (1998, p.46), a educação é a chave do desenvolvimento
sustentável, autossuficiente - uma educação fornecida a todos os membros da
sociedade, segundo modalidades novas e com a ajuda de tecnologias novas, de
tal maneira que cada um se beneficie de chances reais de se instruir ao longo da
vida. E isto demanda estar preparado, em todos os sentidos, para remodelar o
ensino, de forma a promover atitudes e comportamentos que sejam portadores
de uma cultura de sustentabilidade ambiental e de sustentabilidade das relações
humanas.
É aí que entram os estabelecimentos de ensino, pois possuem uma
responsabilidade de preparar as novas gerações para um futuro viável. Nesse
sentido, os trabalhos desenvolvidos dentro das instituições de ensino têm um
efeito multiplicador, pois cada estudante, convencido das boas ideias da
sustentabilidade, influencia o conjunto, a sociedade, nas mais variadas áreas de
atuação.
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O Colégio Estadual do Paraná, com aproximadamente 5 mil alunos
matriculados no ensino regular, 1 mil alunos na Escolinha de Artes, 1,5 mil no
Centro de Línguas, 1 mil alunos no treinamento desportivo, 364 professores, 96
funcionários, possui uma considerável responsabilidade neste contexto, pois,
além de ser uma instituição de ensino, é um ambiente onde cerca de 7 mil
pessoas circulam diariamente.
Um projeto de constante preservação e recuperação do patrimônio de
quase dois séculos, construído por diversas gerações de profissionais e
estudantes, além do desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento
sustentável, neste momento, é de vital importância para a sobrevivência desta
instituição por mais alguns séculos, trazendo benefícios diretos a grande parte
da população do estado do Paraná.
A qualidade do espaço físico é fundamental para promover uma educação
de qualidade, mesmo que a estrutura física constitua apenas um dos elementos
que colaboram para o sucesso do trabalho pedagógico. Se não houver uma
administração eficiente dos ambientes - assim como a conservação destes, a
adaptação às mudanças da sociedade e o planejamento das aulas que
acontecerão nesses espaços - a estrutura física perde sua função pedagógica e,
por isso, o Colégio Estadual do Paraná oportuniza, com a realização deste
projeto, uma formação integral e continuada na própria instituição.
O CEP, além do ensino nos níveis fundamental, médio e educação
profissional, possui o Observatório Astronômico e Planetário, o Canteiro de
Obras em Santa Felicidade, o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM) e as atividades complementares de diversidade, Oficinas da Escolinha
de Artes e o Treinamento Esportivo.
A proposta do Colégio Estadual do Paraná no século XXII, crescendo de
modo sustentável, melhorando a qualidade da educação ofertada e preservando
o seu patrimônio, é pensada no sentido de uma ação planejada e tem o intuito
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de transformar o Colégio em paradigma em relação ao ensino e à preservação
ambiental do patrimônio cultural que o Colégio representa.
3. OBJETO
Implantação de um projeto de educação e desenvolvimento de ações de
sustentabilidade para o século XXII no Colégio Estadual do Paraná, com duas
bases de ação: educação e sustentabilidade.
O projeto apresentará diversas vertentes a partir de seus eixos de
sustentação, tais como: implantação de sistemas para a produção de energia
alternativa, captação de águas pluviais, instalação de uma ETE - Estação de
tratamento de Efluentes, implementação de um PGRS - Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, inclusão da Educação Ambiental e
Patrimonial no currículo escolar como premissa obrigatória e constante no CEP,
estabelecimento de um programa de manutenção e preservação do patrimônio
material e cultural, criação de um programa de redução de desperdícios.
O Colégio Estadual do Paraná é motivo de orgulho para todo o Estado,
pois é tombado conforme Inscrição Tombo 118 – II, Processo Número 03/93,
data da inscrição: 10 de março de 1994, Livro Tombo Histórico. O prédio
principal é formado de quatro pavimentos, ocupando área de aproximadamente
43.140m2, consoante o projeto original, desenvolvido sobre planta em U,
dispondo, além de salas de aula, de laboratórios destinados ao ensino de
disciplinas específicas, tais como Biologia, Física, Informática, Matemática e
Química, e os laboratórios dos cursos do Ensino Profissional, Escolinha de Arte,
salas/ambiente, salas destinadas às atividades administrativas, cinema/teatro,
Auditório, Salão Nobre, biblioteca, almoxarifado, além de espaços outros
relacionados a atividades docentes e discentes. Composto de três blocos, os
dois laterais erguidos sobre pilares – o que permite o aproveitamento dos
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espaços livres para fins diversos - além de sua relevante importância
arquitetônica, transformou-se, com o passar do tempo, em destacado marco
sociocultural do Estado do Paraná.
4. OBJETIVOS

Elevar o padrão de qualidade do ensino na instituição, com vistas à
emancipação humana.

Adequar os cursos profissionalizantes (integrado e pós-médio), já
ofertados pelo CEP, à concepção de sustentabilidade.

Ofertar cursos profissionalizantes nas áreas ambientais, memória e
patrimônio,
segurança do trabalho, química, bem como formação
continuada aos professores, pedagogos e funcionários do CEP.

Implantar sistemas de produção de energia alternativa: eólica, pisos
geradores de energia, células fotovoltaicas, bicicletas geradoras de
energia;

Instalar uma ETE: Estação de Tratamento de Efluentes, um PGRS:
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, um sistema de
captação de águas pluviais;

Incluir a Educação Ambiental e Patrimonial com vistas à manutenção
de todos os outros projetos;

Reduzir o desperdício com programas específicos que façam análises
constantes da demanda e do uso dos recursos;
5. META
A meta do projeto é chegar ao século XXII com um Colégio totalmente
preservado e sustentável, cuja qualidade da educação esteja voltada para a
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emancipação humana, com consciência patrimonial e ambiental do uso racional
dos recursos naturais.
6. PREMISSAS
Tendo em vista suas finalidades, foram adotadas algumas premissas
fundamentais, relativas à implementação do Projeto:

Envolvimento de toda a comunidade escolar na definição
e na
implementação deste novo paradigma educacional;

Adequação e definição das matrizes curriculares com vistas à
emancipação humana;

Capacitação permanente de professores, pedagogos e funcionários;

Manutenção predial constante;

Cobertura das piscinas;

Reforma do Ginásio para instalação de piso gerador de energia (?);

Instalação de células fotovoltaicas no ginásio, na cobertura da piscina
e demais localidades possíveis;

Instalação imediata do PGRS;

Construção de sistema de captação da água pluvial e viabilidade da
sua utilização;

Implantação de projeto de reutilização da água usada no CEP;

Implantação de projeto de acessibilidade;

Instalação de bicicletas geradoras de energia no pátio (?);

Construção de uma nova torre para a oferta de novos cursos;

Construção da ETE;

Implantação de projetos educacionais de
Patrimonial e de Educação Ambiental.
Memória e Preservação
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
Uso da energia eólica (Observatório de Campo Magro?).
7. PARCERIAS
Uma parceria com órgãos estaduais como COPEL, SANEPAR, IAP,
SEAP, SEAB, SEEC, EMATER, ITAIPU, SEMA, TECPAR, dentre outros, poderá
propiciar formação aos professores, pedagogas e funcionários do Colégio
Estadual do Paraná, a fim de capacitar para a manutenção e implementação do
projeto político pedagógico, dos projetos de Sustentabilidade e de proteção ao
patrimônio escolar.
Empresas de economia mista como a PETROBRAS e outras poderão
contribuir também com parcerias em seus projetos de sustentabilidade, como o
projeto AGROFLORESTAR, no Vale da Ribeira e no Litoral Paranaense, onde
alunos do Colégio Estadual do Paraná já tiveram a oportunidade de obter
formação em Educação Ambiental.
8. DEMANDA ESPERADA
Considerando seu porte, o Colégio Estadual do Paraná poderá oferecer
estágio para xx cursos, com a possibilidade de auxiliar xx alunos na sua
formação com benefício direto aos seus alunos e comunidade.
9. OFERTA EDUCACIONAL
O presente trabalho apresenta como sugestão de implantação de cursos
técnicos, com
adequada infraestrutura: Técnico em processos ambientais
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(indústria), Técnico em Memória e Patrimônio, Técnico em Meio Ambiente
(gestão); Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico em química.
(Inserir a estrutura dos cursos a serem ofertados.)
10. IMPLEMENTAÇÃO
O projeto prevê a implementação em todos os espaços
do Colégio
Estadual do Paraná, a saber: Sede Central que contempla o Colégio, a
Escolinha de Arte, o Centro Esportivo; Observatório em Campo Magro e o
Canteiro de obras em Santa Felicidade.
10.1. Custos do Projeto
Os custos de implantação do projeto
estão estimados em R$ XXX
milhões.
10.2. Fonte de recursos
Para a implementação do Programa serão utilizadas XXX fontes de
recursos: do Governo Federal, ....
10.3. Definição dos terrenos e área mínima
Requer estudo técnico... área de construção da ETE, sistemas de energia
e água, novo prédio, etc...
10.4.
Cronograma
Etapas de implementação
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11. GESTÃO DOS SUBPROJETOS
Quem ficará responsável
12. ANEXOS
ANEXO I

Subprojeto de Educação Ambiental:1
Laura Patrícia Lopes2
1. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A nossa sociedade atualmente é pautada, na fonte de energia motriz
que traz como danos “irreversíveis”: a desigualdade social desumana, a
exploração e a manipulação dos seres humanos, a exploração sem gestão dos
recursos minerais, o uso da água de forma descompromissada, a urbanização
descontrolada, o uso e ocupação do solo sem planejamento, a saúde dos seres
humanos e dos animais em perigo por questões climáticas, desmatamento de
áreas verdes e o consumo desnecessário. Todos esses itens elencados são
diretamente conectados a EA (Educação Ambiental) e o DS (Desenvolvimento
Sustentável). Para minimizar estes problemas e outros que não estão presentes
no texto, precisamos compartilhar ideias, pensamentos, conceitos similares, ou a
1
Subprojeto baseado no artigo de conclusão de curso escrito por Ana Maria S. Panhossi, Laura Patrícia
Lopes, Suzete Adam de Oliveira dos Santos, sob a orientação do Dr. Roberto Ari Guindani.
2
Bacharel/Licenciada em Geografia, Especialista em Educação Ambiental. Professora do Colégio Estadual
do Paraná. [email protected]
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conscientização por meio informal e formal nas escolas, para que no devir
possamos contar com uma biosociedade sustentável de fato.
Nosso objetivo é retomar as atividades ambientais realizados no CEP,
pois como já mencionamos através da LEI Nº. 9.795 a EA deve estar presente
em todos os níveis de ensino. Desta forma, nosso escopo está baseado em três
eixos fundamentais, que versam em: a) identificar as práticas/atividades
existentes ou em andamento no CEP; b) avaliar e questionar o modo como são
realizadas; c) propor novas atividades ou reformular as atividades existentes no
CEP.
A pesquisa torna-se extremamente relevante, pois a nossa sociedade
contemporânea “não tem consciência de seus atos” ao que tange ao DS, a base
do futuro da sociedade
que também está na escola. Tornando-se essencial
trabalhar com EA nas escolas. De acordo com Dewes (2006), o artigo 1º desta
Lei 9.495, entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade.
Partimos do princípio que EA não deve ser algo restrito a um grupo de
pessoas ou uma organização pública ou particular. Devemos maximizar os
problemas e as soluções. Desta forma, Marcatto (2002) descreve, a participação
implica envolver, ativa e democraticamente, a população local em todas as fases
do processo, da discussão do problema, do diagnóstico da situação local, da
identificação de possíveis soluções, até a implementação das alternativas e
avaliação dos resultados.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Segundo Dias (1994), em 1962, a jornalista Rachel Carson lançava seu
clássico livro Primavera Silenciosa, relatando o uso excessivo dos produtos
químicos e, consequentemente, o efeito maléfico sobre os recursos ambientais.
Em 1972, o Clube de Roma publicou um relatório chamado “Os Limites
do Crescimento”, previsão bastante pessimista do futuro da humanidade, se o
modelo de exploração dos recursos naturais não fossem modificados. Também
em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em Estocolmo,
Suécia, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano. Nessa
conferência foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA). (MARCATTO, 2002)
Segundo Medina (2008), a Conferência de Estocolmo inspirou um
interesse renovado na Educação Ambiental na década de 1970, tendo sido
estabelecida uma série de princípios norteadores para um programa
internacional e planejado um seminário internacional sobre o tema, que se
realizou em Belgrado, em 1975.
No ano de 1977, houve a Conferência Intergovernamental de Educação
Ambiental, em Tbilisi, ex-União Soviética. As definições dessa Conferência
continuam muito atuais, sendo adotadas por governos, administradores, políticos
e educadores em praticamente todo o mundo (MARCATTO, 2002 apud
CZAPSKI, 1998).
No Brasil, em 1977, foi fundada a Secretaria Especial do Meio Ambiente
(SEMA), tendo como objetivo formar um grupo para elaboração de um
documento sobre EA, com o intuito de definir seu papel no contexto da realidade
socioeconômico-educacional brasileira. (DIAS, 1994)
Em 1984, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
apresentou resolução estabelecendo diretrizes para as ações de EA, aprovada a
Resolução 001/86 (1986) que estabelecia as responsabilidades, os critérios
básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de
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Impacto Ambiental (AIA) como um dos instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente. (Dias, 1994)
Segundo Marcatto (2002), através da Lei Federal Nº. 9.795, sancionada
em 1999, e reformulada em 2002, através do Decreto Nº. 4.281, como define a
“Política Nacional de Educação Ambiental”, a EA deverá estar presente em todos
os níveis de ensino no âmbito escolar.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento ECO-92, ocorreu no Rio de Janeiro. Deste encontro o Brasil
elaborou a Agenda 21, que tem como objetivo estabelecer equilíbrio entre as
estratégias das políticas ambientais e o desenvolvimento econômico e social,
para consolidar um desenvolvimento sustentável. Em 2002, realizou-se em
Johannesburgo, África do Sul, o Encontro da Terra, também denominado
Rio+10, pois teve a finalidade de avaliar as decisões tomadas na Conferência do
Rio em 1992. (MARCATTO, 2002).
2.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Segundo Marcatti (2002) o conceito Desenvolvimento Sustentável foi
utilizado pela primeira vez no documento Estratégia de Conservação Global
(World Conservation Strategy), publicado pela World Conservation Union, em
1980. Foi, porém a partir da publicação do Relatório: “Nosso Futuro Comum” em
1987, também conhecido como Relatório Bruntland que o conceito se firmou. De
acordo com este:
O Desenvolvimento Sustentável é aquele que “atende às
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de
gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”
(MARCATTI, 2002 apud World Commission on Environment and
Development, 1987).
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Desenvolvimento Sustentável deve, portanto, significar desenvolvimento
social, econômico, estável e equilibrado, com mecanismos de distribuição das
riquezas
geradas
e
com
capacidade
de
considerar
a
fragilidade,
interdependência e as escalas de tempo próprias e específicas dos elementos
naturais. Significa, ainda, gerar riquezas, utilizando os recursos naturais, de
modo sustentável e respeitando a capacidade de recuperação e recomposição
desses recursos, criando mecanismos que permitam o acesso a esses recursos
por toda a sociedade. (FUCILINI, WATZLAWICK, 2007 apud BEZERRA, 2000).
Para Jacobi (2003), a noção de sustentabilidade implica uma interrelação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a
ruptura com o atual padrão de desenvolvimento. Complementa Dias (1994), a
chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o
fortalecimento das pessoas. O meio ambiente não é apenas o recurso, está
presente na cultura e na história.
De acordo com Schenini (2005), o Desenvolvimento Sustentável se
sustenta em três atributos básicos que são o crescimento econômico, a
equidade social e o equilíbrio ecológico, todos sob o mesmo espírito holístico de
harmonia e responsabilidade comum.
O DS representa o surgimento de uma nova ordem econômica e social.
Além da preocupação com o combate à poluição, existe a conscientização de
que se deve levar em conta as necessidades da população. (SCHENINI, SILVA,
RENSI, 2005 apud MOTA 1997).
Neste contexto, finalizando o DS, Sanches (1996) enfatiza a crise sócio
ambiental, menciona a questão do desemprego e propõe a geração de
empregos ou de auto empregos. Nesta perspectiva deve-se atacar o problema
levando-se em consideração os critérios social, econômico e ecológico.
Somente seguindo este padrão que o DS será real.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
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Com o mundo que estamos vivendo, vemos que o nosso clima não é mais
o mesmo, as estações não estão mais definidas como antes. A situação está
muito preocupante: enchentes e secas, nevascas entre outras coisas. Tudo isso
se dá também através das atitudes que o homem vem tendo com o nosso meio
ambiente.
A educação ambiental é extremamente importante na vida do homem, é
uma forma de poder ensinar ou reeducar as pessoas na sua maneira de agir e
pensar.
Sabemos que muitas pessoas não participam para um mundo melhor e aí
entra a Educação Ambiental. Podemos, através de palestras e usando os meios
de comunicação, as aulas práticas e teóricas, abrir os olhos das pessoas com
relação ao meio ambiente, mudando sua maneira de pensar e agir.
A Educação Ambiental é importante na melhoria da qualidade de vida. O
grande desafio da humanidade é promover o desenvolvimento sustentável de
forma rápida e eficiente.
2.4 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – LEGISLAÇÃO
9.795/99
Cabe ao Poder Público, segundo os arts. 205 e 225 da Constituição
Federal, definir políticas públicas, promover a educação ambiental em todos os
níveis de ensino.
A lei 9.795/99, segundo (Berna Vilmar, 2004), diz que a Educação
Ambiental deve estar presente nas escolas, em caráter formal e não formal no
Art. 2°. Todos têm direito à educação ambiental.
Artigo 3°: Cabe: ao SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente),
promover ações de educação ambiental integradas na conservação e
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recuperação do meio ambiente; aos meios de comunicação, colaborar para as
disseminações de informações da mídia; às empresas, instituições públicas,
promover programas e palestras destinados aos trabalhadores; à sociedade,
estar atenta a qualquer mudança do meio ambiente.
Art. 4°: São princípios básicos da educação ambiental:
O
enfoque
humanista,
holístico,
democrático
e
participativo,
interdependência entre o meio natural, o sócioeconômico, o cultural na
sustentabilidade. Permanência do processo educativo, respeito à diversidade
individual e cultural.
Art. 5°: São objetivos fundamentais da educação ambiental:
Compreensão integrada entre aspectos ecológicos, psicológicos, legais,
políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. Incentivo à
participação individual e coletiva na preservação do meio ambiente.
Art. 7°: Política Nacional de Educação Ambiental envolve o Sistema
Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), instituições educacionais pública e
privada no sistema de ensino, órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e o dos Municípios e organizações não governamentais com atuação
em educação ambiental.
A educação ambiental deve ser incentivada na educação geral e escolar
no desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentos, na produção e
divulgação de material educativo, nas práticas educativas, na formação e
especialização de professores e profissionais da área de meio ambiente.
Art. 9°: Educação Ambiental no ensino formal
Educação básica (Ed. infantil, ensino fundamental e ensino médio),
educação superior, especial, profissional e educação de jovens e adultos.
Art. 13: Educação Ambiental não formal
Corresponde às ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da
coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação
na defesa da qualidade do meio ambiente.
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O poder público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivarão a
transmissão
por intermédio dos meios de comunicação, espaços nobres de
programas, campanhas educativas sobre o meio ambiente; a participação das
escolas na formulação de atividades relacionadas ao meio ambiente,
sensibilização da sociedade para unidades de conservação; a participação de
empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação
ambiental; a sensibilização dos agricultores.
Da execução da Política Nacional de Educação Ambiental:
Art. 14: A coordenação ficará a cargo de um órgão gestor que se
encarregará da definição de diretrizes para implementação nacional e
coordenação e supervisão de planos e programas, projetos de educação
ambiental.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na sua competência e nas
áreas da jurisdição, irão definir diretrizes, normas e critérios para a educação
ambiental.
Art. 17: A eleição de programas e planos vinculados à política Nacional de
Educação Ambiental deve seguir os seguintes critérios:
Conformidade com princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional
de Educação Ambiental. Prioridade dos órgãos integrantes do SISNAMA e do
Sistema Nacional de Educação.
2.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PARANÁ
Em Curitiba, como no país de um modo geral, durante toda a década de
70, as preocupações se voltaram para a criação de órgãos públicos, cujas ações
por eles desenvolvidas na área ambiental subordinavam-se, principalmente, à
lógica desenvolvimentista de modernização e de progresso, em consonância
com as preocupações dominantes na época.
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As medidas educativas do final da década de 70 e 80 eram direcionadas
para as atividades que tinham a criança como alvo principal, tanto na educação
formal quanto da educação informal. Para isso, eram incentivadas excursões
aos parques da cidade, visitas orientadas ao Zoológico, Horto Municipal, Museu
de História Natural, Passeio Público, plantio de árvores e organização de hortas
nas escolas. Outras atividades também eram promovidas na “semana do meio
ambiente”, no “dia da árvore”, principalmente através de concursos de cartazes
e histórias escritas ou desenhadas pelos alunos das escolas municipais. Nesses
concursos, as empresas participavam com a distribuição de prêmios para os
primeiros lugares que eram entregues pelo prefeito. Esses eventos contavam
com a colaboração de empresários, comerciantes, e outros órgãos, alguns
estaduais. (RAMOS, 2006).
A exemplo da Constituição Federal do país de 1988, o Estado do Paraná
em sua lei maior, promulgada em 1989, estabelece no artigo 207 inciso 1º, a
inclusão da EA em todos os níveis de ensino e a “conscientização pública para a
preservação ambiental.”. Anos depois, em respeito às diretrizes constitucionais,
o município de Curitiba regulou a sua “Política de Educação Ambiental” pela Lei
n. 7.833/91. Por esta lei, a EA seria promovida na Rede Municipal de Ensino
(RME) em todas as áreas do conhecimento e no decorrer de todo o processo
educativo, em consonância com os currículos e programas elaborados pela
Secretaria Municipal de Educação (SME), e em articulação com a Secretaria
Municipal do Meio Ambiente (SMMA) (Ramos, 2006). No mesmo ano, foi
implantado o programa do lixo que se constitui em um dos pilares da EA em
Curitiba.
Para atender as diversas áreas, os programas educativos foram
organizados de acordo com a atuação em diferentes serviços tais como: EA nas
escolas municipais, EA Comunitária direcionada para a comunidade em geral,
EA em Unidades de Conservação com a realização de atividades nos parques e
bosques, Programa Integração Infância e Adolescência/PIA Ambiental com o
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objetivo de atender as crianças carentes nas regiões mais afastadas e pobres,
Pesquisa e Produção de Material Instrucional, para elaborar os materiais
informativos e de apoio didático, entre outros. No final da década de 90, em
função de algumas leis, principalmente a Agenda 21, a EA recebeu também a
tarefa de educar, visando o desenvolvimento Sustentável
Em 1991, a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de
Curitiba (SME) lançou as diretrizes do projeto político-pedagógico de EA que
deveria estar presente no currículo escolar para subsidiar a prática pedagógica
nas escolas da Rede Municipal de Ensino (RME), na gestão 1989/1992.
Mediante o programa Educambientar, cursos de capacitação passaram a ser
ministrados para os professores da rede municipal de ensino, com o objetivo de
torná-los agentes multiplicadores da EA.
No governo do Paraná, no período das gestões 1995/1998 e 1999/2002,
foi firmado um convênio entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e o
Sistema SEMA (composto pela Secretaria de Estado gestora da política
ambiental e seus executores, os órgãos vinculados Instituto Ambiental do
Paraná - IAP e Superintendência de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental – SUDERHSA) que buscaram parcerias com prefeituras,
iniciativa privada e demais setores da sociedade, estabelecendo a disposição
funcional de professores do quadro do magistério estadual na SEMA; a
integração de ações educativas e informações técnicas especializadas sobre
questões ambientais; o desenvolvimento de propostas conjuntas de EA,
relacionadas aos programas ambientais governamentais, reunidos sob o projeto
Paraná Ambiental (JUSTEN, 2006).
O Projeto Paraná Ambiental realizou eventos que movimentavam escolas
e comunidades, professores e alunos. Eram concursos de redação, desenho e
monografia, festivais de teatro e canções ecológicas, com regulamentos
específicos, atribuindo-se premiações aos vencedores, nas instâncias local,
regional e estadual. O projeto mobilizou comunidades e escolas em atividades
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de pesquisa-ação e desenvolvimento de projetos sobre as questões ambientais,
através da realização anual do Fórum Infanto-Juvenil do Meio Ambiente (Justen,
2006).
O Governo do Paraná continuou com as ações junto às escolas,
comunidades e setores produtivos com os seguintes programas: Biodiversidade
– Conceitos e práticas para a conservação; Educação Ambiental para a família
rural; Projeto Paraná Biodiversidade – Caderno de resultados 2004-2008;
Composição dos Amigos da Biodiversidade; Desenhos e Poesias – Amigos da
biodiversidade; Educação Ambiental para família rural – Caderno de resultados
2008; A Viagem do Zeca Pivara, preservando a biodiversidade.
A representação do IBAMA no Paraná, através do seu Núcleo de
Educação Ambiental, tem buscado nivelar as ações de Educação Ambiental nas
diferentes áreas de abrangência (Unidades de Conservação e Unidades
Descentralizadas), norteando as suas atividades para o estabelecimento de um
programa integrado de E.A., tendo em vista que as ações de educação
ambiental se dão de forma desarticulada das demais esferas do Estado.
Quanto às indústrias, cito algumas atuantes no Paraná, como a BOSCH e
a BASF.
BOSCH
Com investimentos de três milhões anuais em ações próprias e parceria
com órgãos públicos e ONGs, o Instituto Robert Bosch é pautado nos pilares da
educação de crianças e jovens, da saúde preventiva, da preservação do meio
ambiente e da valorização da cultura como complemento a educação.
BASF
A BASF e a Cooperativa Agrária Agroindustrial apresentaram em
Guarapuava (PR) espetáculos teatrais e oficinas de reciclagem. O projeto faz
parte das atividades do Programa Mata Viva, de Adequação e Educação
Ambiental da BASF, que visa levar entretenimento e noções de preservação
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ambiental às comunidades da região de Guarapuava. As apresentações são
itinerantes e já beneficiaram várias cooperativas agrícolas do país.
O projeto itinerante do Programa Mata Viva conta também com apoio
Fundação Espaço ECO.
3. METODOLOGIA
A coleta de informação com pessoas diretamente ligadas com a questão
em tela, não buscou nenhum dado numérico, o tema em pauta nos levou à
escolha de um debate/diálogo/conversa com a coordenação (Fórum das Águas)
e os docentes que realizam atividades voltadas a EA. De acordo com Martins
(2004), as chamadas metodologias qualitativas privilegiam, de modo geral, da
análise de microprocessos, através do estudo das ações sociais individuais e
grupais. Desta forma, Rauen (2002), esforça - se para compreender situações
únicas, como parte de um contexto particular e de suas intenções, tendo o
pesquisador como instrumento primário da coleta de dados.
O Colégio Estadual do Paraná realizou o evento Fórum das Águas de
2004 até o ano de 2009. O presente projeto busca a retomada desta importante
atividade e a implementação de outras atividades igualmente importantes para a
EA no CEP. A coleta dos dados ocorreu em: a) conversa com as coordenações
e professores do estabelecimento de ensino; b) busca de arquivos/dados para
comprovar a atividade no Colégio. Nesse norte nossa pesquisa foi observar,
coletar e propor a retomada do Fórum e a implementação de novas atividades
de EA.
3.1 IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS RELACIONADOS À EA NO CEP
Com base nos dados que garimpamos, percebe-se que, em 2004, o
Colégio propôs e realizou o Fórum, que teve como tema central “Água – uma
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necessidade para todos”, participaram 74 escolas públicas estaduais de Curitiba
e de 14 municípios da Região Metropolitana. Durante dois dias, mais de 700
participantes, entre professores, alunos, técnicos e pessoal de apoio
discutiram/refletiram sobre o uso dos recursos hídricos em geração de energia,
tratamento de resíduos, indústria, consumo, esgoto doméstico, lixo, irrigação,
agrotóxicos, desmatamento, eco turismo, esporte e lazer.
Além do diagnóstico da realidade local de cada comunidade escolar, o
Fórum das Águas proporcionou uma troca de experiências e informações e
todos, imbuídos de um objetivo comum, após debates, análises, elaboraram a
Carta Aberta de Intenções e Comprometimento dos Colégios e Escolas Públicas
de Curitiba e Região Metropolitana – com mais de 30 propostas de soluções e
sugestões, dos alunos e professores. Num esforço conjunto, professores e
alunos, foram unânimes quanto à continuidade desse processo sócio
educacional, tornando-o permanente.
O Fórum permanente das águas aconteceu todos os anos desde 2004,
até o ano de 2009, e teve como proposta fundamental uma educação
consciente, crítica e política, que compreendesse a ação e propusesse aos
jovens das escolas públicas mudanças comportamentais em relação à
preservação, conservação e o uso racional da água.
Os eventos contaram com a parceria e apoio da SEED, EMATER, ABAS,
SUDERHSA, NRE de Curitiba da área Norte e área Sul, PARATI, PHOENIX
Eventos, ITAIPU BINACIONAL; SANEPAR; PUC-PR; GRUPO Sonho e Magia;
DIRETRAN; CELEPAR; CICLUS CONSULTORIA; UFPR; Secretarias Municipais
de: Araucária, Campo Magro, Campina Grande do Sul, Curitiba e Rio Branco do
Sul; EBCT; MAJA; TROMBINI; MINEROPAR e SENGE – PR.
No Fórum de 2005 os temas foram: Urbanização Desordenada;
Consumismo X Sustentabilidade; Florestas e Rios.
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No Fórum de 2006, os temas foram: Ciclo hidrológico – base de
renovação da vida; Impactos das atividades antrópicas no ciclo da água;
Alternativas sustentáveis para preservação e conservação dos recursos hídricos.
No Fórum de 2007, os temas foram: Consumismo x Sustentabilidade;
Ética e Moral Ambiental; Uso Racional e Desperdício.
No Fórum de 2008, os temas foram: Leis das águas – Lei da Vida;
Sustentabilidade x Qualidade de Vida; Lei Federal 9433/97 – Lei das Águas.
No Fórum de 2009, os temas foram: Sustentabilidade x Sociabilidade;
Consumismo e a Geração de Lixo.
Além do Fórum das Águas, o Colégio realiza ações isoladas de alguns
professores em relação à Educação Ambiental.
3.2 AVALIAÇÃO SOB OS DADOS COLETADOS
No que tange a LEI Nº. 9.795, a EA deve estar presente em todos os
níveis de ensino. Percebemos que existe uma preocupação no Colégio, em
discutir e buscar soluções para as questões que versam sobre: a) urbanização
desordenada;
b)
consumismo;
c)
sustentabilidade;
d)
preservação
e
conservação dos recursos hídricos e energéticos; e) ética e moral ambiental; f)
desperdício e g) gerenciamento de resíduos sólidos.
O CEP, as coordenações e os docentes buscam a conscientização em
um sentido maximizado, como exemplo, buscando alunos de outras escolas,
outros municípios para que todos possam compartilhar conhecimento/ação que
permeiam o meio ambiente e propor soluções.
Esses encontros não ficavam apenas em debates, argumentações,
análises. No final do encontro era elaborada uma Carta Aberta de Intenções e
Comprometimento dos Colégios e Escolas Públicas de Curitiba e Região
Metropolitana – com mais de 30 propostas de soluções e sugestões, dos alunos
e professores. Percebemos, que para além do Fórum da Águas, alguns
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docentes abordam assuntos relacionados ao meio ambiente em sala de aula,
algumas professoras de Matemática possibilitam ao aluno uma visão
ambientalista em suas aulas com a utilização de textos, as professoras de
Ciências, Biologia, História, Língua Portuguesa e Geografia também o fazem
utilizando textos, vídeos, filmes relacionando às questões ambientais.
Com relação à análise crítica dos dados obtidos, pudemos observar que
o Colégio Estadual do Paraná, pela sua estrutura, não tem aproveitado o espaço
disponível para formar uma horta orgânica que poderá ser utilizada pelos alunos
do ensino fundamental (6° – 9° anos) para aprendizagem e pelo próprio universo
de pessoas do Colégio (merenda escolar para alunos, professores e
funcionários).
Outro fator que pode ser melhorado é em relação à “Rádio Intervalo” do
Colégio. A Rádio é uma comunicação muito interessante entre os alunos, pois a
força do rádio é sua capacidade de interagir com o público (Gonçalves, 2004)
levando, entre outros temas, as notícias e reflexões sobre meio ambiente.
3.3 PROPOSTAS, OUTRAS FORMAS DE FAZER A EA
Ressaltamos, que o Colégio já está imbuído/atraído pela sensibilização
do aluno e da comunidade escolar. A seguir, apresentamos algumas propostas:
Atividades que versam em: a) Sensibilização: Cartilhas, folder e
utilização do espaço (mural) da Biblioteca; b) Educação ambiental para toda a
comunidade
escolar:
treinamento
aplicado,
orientando
quanto
aos
procedimentos ambientalmente corretos no exercício das funções de cada
segmento, fazendo com que todos se tornem responsáveis pelas práticas
sustentáveis em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família,
c) Programas de orientação ambiental: a escola pode desenvolver programas
para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos
animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos
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legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e
cartões com motivos ambientalistas; d) Parcerias com Secretarias de
Educação de Municípios: formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o
objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas
ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais
trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e
preservação do ambiente; e) Imitação: estimula os estudantes a produzir sua
própria versão dos jornais, dos programas de rádio e TV - Os estudantes podem
obter informações de sua escolha e levá-las para outros grupos e para a
comunidade, dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado; f)
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são
interpretativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados
para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então
pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam os
estudantes à curiosidade à medida que eventos, locais e fatos se sucedem.
Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos
tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a
percepção ambiental do observador; g) Exploração do ambiente local: prevê a
utilização/exploração dos recursos locais próximos para estudos, observações,
caminhadas etc. - Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação
complexa dos processos ambientais a sua volta; h) Rios de Curitiba e RM:
acompanhar processos de revitalização destes; i) Resíduos sólidos: Reduzir,
reciclar e reutilizar; j) Reimplantação do Fórum das Àguas.
5. CRONOGRAMA DE RETOMADA E IMPLANTAÇÃO DE ATIVIDADES DE EA
NO CEP
6. PLANILHA DE CUSTOS
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7. CONCLUSÃO
Professores, alunos, pedagogos e funcionários do Colégio Estadual do
Paraná demonstram grande preocupação quanto à EA. O Fórum das Águas
possibilitou uma mudança significativa, visível inclusive no apoio das empresas
que patrocinaram o evento no Colégio. Ao que tange os objetivos específicos,
identificamos os aspectos relacionados a EA no CEP, que realmente
aconteceram com o Fórum das Águas. Avaliamos que o Colégio segue a LEI Nº
9.795, pois existe uma ação/movimentação em relação a questões ligadas a EA
e, por fim, propomos novas atividades/práticas ambientais, das quais cabe ao
Colégio e à coordenações aderir ou não à proposta, que versa em: a)
Sensibilização,
b) Educação ambiental para toda a comunidade escolar, c)
Programas de orientação ambiental, d) Parcerias com Secretarias de Educação
de Municípios, e) Imitação, f) Passeios em trilhas ecológicas/desenhos, g)
Exploração do ambiente local, h) Rios,
i) Resíduos Sólidos; j) Reativação do
Fórum das Àguas.
Compartilhamos com a ideia de que este trabalho tem seu mérito, pois
inclui alunos e professores de escolas de Curitiba e da região metropolitana,
maximizando a discussão sobre a EA. Percebemos, que não apenas o Fórum
das Águas tem
representatividade, há também em sala de aula a
interdisciplinaridade, onde diferentes áreas irão levar a um mesmo objetivo,
pautada na preocupação e sensibilização dos docentes para com os discentes.
Ressaltamos que esta pesquisa de forma alguma vem colocar um ponto
final nas questões/discussões que versam sobre a EA no CEP, como em
qualquer outro Colégio, pois a EA é um mosaico onde vários saberes se
interligam.
Pensamos que as atividades propostas vêm fortalecer a EA,
almejando sair da rotina.
REFERÊNCIAS
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ
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SCHENINI. P.C. Gestão empresarial sócio ambiental. Pedro Carlos Schenini
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VILMAR. B. Como Fazer a Educação Ambiental. São Paulo: Paulus, 2004.
ANEXO II

Subprojeto de Gerenciamento de Resíduos Sólidos:
ANEXO III

Subprojeto de Produção de energia alternativa:
ANEXO IV
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
Subprojeto de Redução de desperdício:
ANEXO V

Subprojeto de Tratamento de água: ETE e Águas pluviais
ANEXO VI

Subprojeto de Proteção Patrimonial:
ANEXO VII

Subprojeto de Manutenção permanente:
ANEXO VIII

Subprojeto de acessibilidade:
ANEXO IX - DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS E DO PATRIMÔNIO DO
CEP
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De acordo com o Decreto n° 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que
regulamenta a Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000 - e
estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida - o
Colégio adequou sua infraestrutura com rampas e 04 banheiros, além de já
contar com 2 elevadores antigos dentro do prédio principal e um elevador
próximo à pista de atletismo. Apesar disso, a acessibilidade ainda é precária em
alguns espaços da escola.
Especificando-se, as instalações do CEP compreendem:
a) Salas de aula:
O Colégio Estadual do Paraná – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional –dispõe de 44 (quarenta e quatro) salas de aula, com 54 metros
quadrados cada, atendendo às especificações da Resolução n° 0318/2002 –
SESA, sendo utilizadas em três turnos.
b) Complexo higiênico-sanitário:
O Colégio Estadual do Paraná dispõe, no prédio central, de:
− 07 (sete) complexos higiênico-sanitários femininos, com pia, 05 (cinco)
torneiras e 05 (cinco) vasos sanitários em cada um;
− 07 (sete) complexos higiênico-sanitários masculinos, com pia, 04
(quatro) torneiras, 05 (cinco) vasos sanitários e 01 (um) mictório com capacidade
para 04 (quatro) pessoas, em cada um;
No complexo poliesportivo, o Colégio dispõe de 02 (dois) complexos
higiênico- sanitários masculinos e 03 (três) femininos com as mesmas
especificações citadas acima.
c) Salas-ambiente:
O Colégio Estadual do Paraná dispõe de:
− 08 (oito) salas destinadas à guarda de materiais específicos das
disciplinas, sendo: uma sala com 18,90m2 para Física, equipada com cadeiras,
mesas, poltronas, armários, quadro; uma sala com 20,15m2 para Química,
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equipada com cadeiras, mesas, armários, quadro de recados, telefone e
microcomputador; almoxarifado de Química, com 21,04m2, equipado com duas
estantes, duas pias, cadeiras e banco; uma sala com 23,48m2 para Língua
Portuguesa e LEM – Inglês, equipada com cadeiras, mesas, armários, quadro de
recados, arquivo, mural e microcomputador; uma sala com 17,83m2 para
Sociologia e Filosofia, Cursos Técnicos e Ensino Fundamental, equipada com
armário embutido, cadeiras, mesas, armários, murais, quadro de recados,
microcomputadores e impressora; uma sala com 20,15m2 para Geografia,
equipada com cadeiras, mesas, armários, quadro branco, escaninho, e
microcomputador; uma sala com 18,90m2 para Biologia, equipada com cadeiras,
mesas, poltronas, armários, quadro de recados, prateleiras, mural, pia de
balcão, e microcomputadores.
− 02 (duas) salas com capacidade para cem pessoas cada, equipadas
com data show, amplificador de som, duas caixas de som, DVD player e
microcomputador.
− Salão Nobre, com 309,60m2, equipado com conjunto de mesa de honra
com sete cadeiras, 150 cadeiras para plateia, duas mesas pequenas, sistema de
som com caixas, bandeiras históricas do Brasil, do Paraná, do Colégio Estadual
do Paraná, dezoito obras de arte (quadros) e um piano de cauda Essenfelder.
− Biblioteca, com 390,72m2, equipada com doze armários, 14 cadeiras,
seis fichários, quatro mesas com seis cadeiras, onze poltronas, um banco para
quatro pessoas, dez mesas com dez lugares, oito mesas individuais, 119
estantes e um balcão.
− Auditório, com 847,54m2 e 850 lugares, dois complexos higiênicosanitários, masculino e feminino, dois púlpitos, um piano de cauda Essenfelder,
mesa de iluminação, iluminação cênica com vinte canhões de luz, sistema de
som com mesa de dez canais, caixas de som, cd player, quatro microfones, tela
de projeção, quatro bandeiras (Brasil, Paraná, Curitiba e do Colégio), dois
camarins e depósito de materiais.
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− Sala de convivência, com 17,27m2, com nove cadeiras, duas mesas e
um quadro de giz.
− 02 (duas) salas de aula, com vinte conjuntos de cadeiras e carteiras, e
02 (duas) salas de aula, com quarenta conjuntos de cadeiras e carteiras
destinadas às aulas do CELEM, que oferta, em 2012, cursos de Inglês,
Espanhol, Alemão, Francês, Japonês, Mandarim e Polonês, num total de 48
turmas, distribuídas nos 03 turnos e nos sábados.
− Rádio intervalo.
− Escolinha de Artes, com materiais e equipamentos para desenvolver o
trabalho pedagógico nas quatro áreas: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança.
− Complexo poliesportivo, com ginásio de esportes, pista de atletismo
oficial, piscina olímpica com plataforma de saltos e piscina de aprendizagem,
campo de futebol, quadras de voleibol, basquetebol, futsal, handebol, salas de
musculação, de ginástica rítmica e xadrez, elevador próximo à pista de atletismo
para atender aos atletas portadores de necessidades especiais.
− Almoxarifado geral, contendo materiais de expediente, limpeza e
manutenção do Colégio, devidamente organizados e acondicionados.
− Refeitório, onde é servida a merenda escolar. O Colégio Estadual do
Paraná, além da merenda nos períodos da manhã, tarde e noite, oferece almoço
e jantar, na condição de reforço de merenda, para os estudantes que participam
de atividades escolares em turnos diferentes dos quais estão matriculados.
Atualmente, a merenda escolar serve um total de 1.200 refeições por dia. Temos
estudantes atletas, que participam das atividades desportivas e que também
utilizam esse tipo de serviço.
− Cantina comercial, administrada pela APMF do Colégio.
− Centro de Memória, contendo o acervo histórico do Colégio,
responsável pela catalogação e organização de documentos, mobiliário, fotos e
as mais diversas formas de registro da história da instituição que, em 2012,
completou 166 anos.
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COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ
d) Laboratórios:
O Colégio Estadual do Paraná possui quatro Laboratórios de Informática,
um Laboratório de Biologia, um de Física, um de Química, um de Matemática,
um de Prótese Dentária e um de Saúde Bucal;
e) Instalações e ambientes destinados às pessoas com necessidades
especiais: O Colégio Estadual do Paraná dispõe de complexo higiênico-sanitário
em todos os andares, rampas de acesso, elevadores e guias no calçamento.
f) Canteiro de Obras, localizado no Bairro de Santa Felicidade, à Rua
Angela Dall Ostro, 201, com 7.928m2, sendo 300m2 construídos. É utilizado nas
aulas práticas do curso de Edificações.
g) Observatório Astronômico, no Município de Campo Magro, área de
5.000 metros quadrados.
h) Casa de máquinas, que abriga os motores de filtro das piscinas.
i) Prédio que abriga os equipamentos de Educação Física, com
190,40m2, e onde existe garagem para os carros oficiais.
j) Casa destinada ao Centro de Memória (em reforma), com 354m2.
O Colégio Estadual do Paraná possui um patrimônio cultural adquirido e
acumulado ao longo de toda a sua trajetória, destacando-se uma importante
pinacoteca. Essa coleção é um patrimônio público de grande valor histórico e
qualidade estética. Atualmente, é composta de vinte e oito obras de dezoito
artistas, sendo muitos paranaenses, como os premiados Theodoro De Bona
(1904-1983), Guido Viaro (1897-1971), Miguel Bakun (1905-1963), Poty
Lazzarotto (1924-1998), entre outros. Grande parte desse acervo é composto
por trabalhos de ex-estudantes, ex-professores, e até de artistas que viveram as
duas situações neste Colégio, como Luis Carlos Andrade Lima (1933-1998) e
Jarbas Schünemann (1951-1992). A distribuição dessa pinacoteca se concentra
em três ambientes específicos no Colégio Estadual do Paraná: no Salão Nobre,
na Direção Geral e na Escolinha de Arte. Embora não se tenha o registro exato
do início dessa coleção, a obra mais antiga data de 1887, “Nossa Senhora e o
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Menino Jesus”, do artista Joseph Weiss (1861-1952) e, por se tratar de uma
coleção aberta, ainda recebe novas obras, como os recentes óleos sobre tela
(2005), da artista Dulcirene Montanha Moletta (1941), doados em 2008.
Atualmente, temos mais de 5000 (cinco mil) estudantes matriculados e
frequentando regularmente, aproximadamente 63% deles residem em Curitiba e
37% e na área metropolitana, num total geral de 121 turmas. Além dos ensinos
fundamental e médio, o CEP oferta, no Ensino Médio Integrado, os cursos de
Técnico em Edificações, Técnico em Comunicações e Artes, Técnico em Prótese
Dentária, Técnico em Arte Dramática e Artes Cênicas. No Ensino Subsequente,
os cursos Técnico em Produção de Áudio e Vídeo, Técnico em Administração,
Técnico em Arte Dramática e Artes Cênicas, Técnico em Informática, Técnico em
Edificações, Técnico em Saúde Bucal, Técnico em Secretariado.
Como são desenvolvidas várias atividades extracurriculares, há um
grande número de pessoas circulando diariamente nas dependências do CEP,
nos períodos matutino, vespertino e noturno, conforme gráficos e tabelas,
elaboradas pela Secretaria da Escola, em 2011. Pode-se inferir, portanto, que o
número de pessoas que circulam no CEP é bem maior que a população de
muitos municípios do interior do Estado, conforme mostram os gráficos abaixo
(Gráficos 1, 2 e 3).
Gráfico 1
CIRCULAÇÃO DIÁRIA DE PESSOAS - CEP
MANHÃ
3000
QUANTIDADEDEPESSOAS
2645
2500
2096
2000
2010
2011
1500
1000
500
43 36
0
34 30
AGENTE I
ALUNOS
AGENTE II
9
15
98
194
4
4
PEDAGOGAS
ESTAGIÁRIOS
PROFESSORES
SEGMENTOS
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Gráfico 2
CIRCULAÇÃO DIÁRIA DE PESSOAS - CEP
TARDE
QUANTIDADEDEPESSOAS
3000
2500
2410
2181
2000
2010
2011
1500
1000
500
57 54
43 44
0
AGENTE I
ALUNOS
AGENTE II
11 35
213
107
6
5
PEDAGOGAS
ESTAGIÁRIOS
PROFESSORES
SEGMENTOS
Gráfico 3
CIRCULAÇÃO DIÁRIA DE PESSOAS - CEP
NOITE
QUANTIDADE DE PESSOAS
2500
2000
1969
1687
1500
2010
2011
1000
500
20 18
0
14 14
AGENTE I
ALUNOS
AGENTE II
9
20
86
156
0
1
PEDAGOGAS
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