ESTUDO DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE PARA LIGA DE ALUMÍNIO. Amanda Cantos Lopes (PIBIC/CNPq-UNICENTRO), Everson do Prado Banczek, Maico Taras da Cunha e Paulo R. P. Rodrigues (Orientador), e-mail: [email protected]. Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências Exatas e de Tecnologia Palavras-chave: Tratamento de superfície, eletrodeposição, corrosão, nanotubos de carbono. Resumo: Na indústria a necessidade de revestimentos metálicos que possam resistir a corrosão e oferecer dureza a ligas metálicas tem sido alvo de muitas pesquisas, portanto este trabalho objetiva-se em aumentar a resistência a corrosão e a dureza de ligas de alumínio da série 6000, empregando-se depósitos eletrolíticos de níquel (Ni) e/com nanotubos de carbono (NTC), foram empregadas análises microscópicas e técnicas eletroquímicas. Introdução A necessidade para revestimentos com resistência melhorada em ambientes agressivos tem sido elevada, em conseqüência do crescimento exigido para o aumento da vida útil de objetos industriais.1,2 O alumínio resiste à oxidação contínua, pois quando a sua superfície é exposta à atmosfera, este se combina com o oxigênio formando um filme de óxido de alumínio com alta aderência que impede a continuação da oxidação com taxas elevadas. Uma vez danificada a camada gerada, naturalmente por exposição à atmosfera, a superfície metálica exposta é imediatamente re-oxidada, formando novamente uma camada fina, aderente e incolor de óxido de alumínio, este fenômeno é conhecido como passivação, processo espontâneo e com ΔGº da ordem de -1582,3kJmol -1 a 298kJ/mol.3,4,5 Embora o alumínio e suas ligas apresentem boa resistência frente à corrosão sob atmosferas de baixa agressividade, para uso industrial esse filme não proporciona longa proteção. Conseqüentemente, medidas de proteção tornam-se necessárias para atender as exigências do mercado quanto à vida útil do material.3,4 A proposta deste trabalho de pesquisa é aumentar a resistência da corrosão e a dureza de ligas de alumínio da série 6000, empregando-se revestimentos obtidos através de banhos contendo níquel e nanotubos de carbono (NTC). Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 Materiais e Métodos (Arial 12, Negrito, alinhado à esquerda) O banho eletrolítico de níquel, Ni, usado nos experimentos para a obtenção dos revestimentos tinha a seguinte composição: 240g/L de sulfato de níquel (NiSO4), 45g/L do cloreto de níquel (NiCl2), 30g/L de ácido bórico (H3BO3) e 10g/L do dodecil sulfato de sódio - SDS, CH3(CH2)11OSO3Na. Deste mesmo banho foi empregado com a adição de 20mg de NTC. A temperatura de deposição empregada foi de 50 ºC. Para o melhoramento da aderência da camada eletrodepositada foram realizadas decapagens e a anodizações das peças de alumínio da série 6000. Análises cronoamperométricas, em diferentes densidades de corrente, foram realizadas, a partir do potencial de de deposição do níquel de -1,65 V vs ESM ( eletrodo de referencia de sulfato mercuroso), obtido por voltametria ciclica do eletrodo de tradalho de aluminio empregando um contra-eletrodo de platina. Estudos morfológicos das estruturas foram realizados via análises ópticas e eletrônicas de varredura. Para o estudo da nucleação do deposito de Ni e Ni+NTC empregou-se o modelo de nucleação-crescimentosuperposição (NCS) descrito por Scharifker, Hills et.al. 6 Resultados e Discussão A curva de voltametria cíclica do aluminio em solução de eletrolitica de é mostrada na figura 1. j /Acm -2 0,0E+00 -5,0E-03 -1,0E-02 -1,5E-02 -2,0 -1,9 -1,8 -1,7 -1,6 -1,5 E /V Figura 1: Voltamograma cíclico catódico do eletrodo de alumino da serie 6000 em solução eletrolítica de níquel, velocidade de varredura de 500mVs-1 Na figura 1 averigua-se que o potencial de deposição do níquel é de aproximadamente -1,65V vs ESM, este valor praticamente não se alterou na presença de NTC. Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 Na figura 2 é apresentada o cronoamperograma típico obtido para os estudos de deposição do níquel com e sem NTC na superfície do alumínio. Figura 2: Curva amperométrica típica de eletrodeposição do níquel sobre a liga de alumino 6000. Percebe-se pela figura 2 que inicialmente se aguarda certo tempo no potencial de imersão do eletrodo de trabalho em seguida é aplicado o potencial de deposição do níquel (E = -1,65 V vs ESM). Estudos morfológicos da superfície do eletrodo foram realizados via microscopia óptica e Microscopia Eletrônica de Varredura, MEV. O s resultados das MEV são apresentadas na figura 3. (A) (B) Figura 3: Microscopias geradas via Energia Dispersiva em MEV da superfície do alumínio contendo: (A) recobrimento de Ni e (B) recobrimento de Ni + NTC. Nota-se que a superfície de alumínio é mais efetivamente recoberta com a presença de nanotubos de carbono. Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 Conclusões (1) O potencial de deposição do níquel na presença e ausência dos NTC não se altera significativamente; (2) A deposição do Ni com NTC na superfície do alumínio é confirmada via microscopia eletrônica de varredura; (3) A deposição do Ni e do Ni + NTC ocorre via Nucleação-CrescimentoSuperposição, NCS Instantânea. Agradecimentos A UNICENTRO, ao CNPQ, Finep e Fundação Araucária. Referências (Arial 12, Negrito, alinhado à esquerda) Gentil, V., Corrosão Ed.: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. (ed.). Rio de Janeiro, 2003. Mendonza, A. R.; Corvo, F. Corrosion Science, 42 (2000) 1123. Hatch., J. E., Aluminium: Properties and Physical Metallurgy, ASTM, Metals Park, USA, 1990. Davis, J.R.; (Davis & Associate), Aluminium and aluminuim alloys, ASM Specialty Handbook, 1993. David, R., Handbook oh chemistry and physics, 2009. L. Benea, in: P.L. Bonora, A. Borello, S. Martelli, V.A. 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