ALE em revista Publicação trimestral da AleSat Combustíveis S.A. Ano II • Número 3 • Agosto de 2014 bem-estar Alimentação saudável em foco sustentabilidade Jogue Limpo é opção para aderir à reciclagem Abasteça seu negócio Clube ALE é cada vez mais a aposta de revendedores, como Jane Marlen, de São Mateus (ES), para melhorar a gestão do posto INSPIRE O FUTURO COM IMAGENS Desta vez além de revelar o talento fotográfico dos participantes, buscamos também inspiração para melhorar o mundo que nos cerca. Para participar é só acessar: www.cliqueofuturo.com.br de 28/07 a 17/09. PRÊMIOS CLIQUE O FUTURO - 1º lugar geral Impressora 3D – Cube Mini 16GB e Microsoft Surface CATEGORIA ESPAÇOS URBANOS GigaPan Epic 100 * CÂMERA NÃO INCLUSA NO PRÊMIO 2 CATEGORIA MOBILIDADE iPad Mini 16GB e Air Drone Parrot CATEGORIA SOLIDARIEDADE Câmera Digital EOS Rebel T3 EF-S CATEGORIA ARTE E CULTURA Lytro First Generation 16GB CATEGORIA INSTAGRAM Nokia Lumia 1020 ALE em revista NESTA EDIÇÃO Alexandre Barbosa, revendedor de Goiânia (GO): “Clube ALE aumenta a motivação da equipe” 10 capa 16 Manoel Silva arquivo pessoal Entrevista Jorge Abrahão fala sobre responsabilidade social arquivo pessoal 5 família ALE 6 na rede 8 para você 9 Bem-Estar Você é o que você come 12 Perfil do Cliente Anis Abdelnor 14 Mão de obra Treinamento e capacitação 21 Mercado Alterações na NR-20 26 sustentável Jogue Limpo 28 Crônica Hugo Ferreira Braga Tadeu 34 ALE em revista 22 PASSATEMPO Criatividade, relaxamento, lazer: a música muito além do hobby 30 PÉ NA ESTRADA Em Minas Gerais, a Igreja da Pampulha é um dos cartões postais de Belo Horizonte Divulgação/belotur Na Mídia 3 seu ESPAÇO Eugênio Sávio CARO LEITOR Colabore com a revista! “Programas de incentivo, como o Clube ALE, promovem maior engajamento das equipes e benefícios para clientes” A cada nova edição da ALE em Revista, buscamos temas variados e interessantes para nossos leitores. As próximas páginas são pensadas e produzidas para trazer novidades que informem, entretenham e proponham reflexão. Por isso, é importante saber o que você tem a dizer e o que quer ver por aqui. Leu alguma coisa e tem uma sugestão? Envie pra gente! O canal está sempre aberto: escreva para [email protected]. Sua opinião engrandece o nosso trabalho! Participe! ALE em revista Publicação trimestral da AleSat Combustíveis S.A. Ano II • Número 3 • Agosto de 2014 Incentivos para crescer No início deste ano, o Clube ALE, programa de incentivo da companhia, foi revitalizado. Com a nova moeda de troca (REALES) e uma plataforma mais participativa, a ferramenta segue as novas tendências e proporciona uma gestão compartilhada nas revendas. Além do maior engajamento das equipes, os resultados chegam aos clientes, que são impactados por melhorias em atendimento, infraestrutura e produtos oferecidos. A iniciativa da ALE segue um caminho que tem se destacado no Brasil, em empresas de diversos segmentos: os programas de incentivo. A opção de converter bom desempenho em pontos que podem ser trocados por diversos produtos é uma forma de potencializar o cumprimento de metas, por exemplo. Os resultados podem também ser acompanhados, promovendo uma ges- 4 bem-estar Alimentação saudável em foco sustentabilidade Jogue Limpo é opção para aderir à reciclagem ABASTEÇA SEU NEGÓCIO Clube ALE é cada vez mais a aposta de revendedores, como Jane Marlen, de São Mateus (ES), para melhorar a gestão do posto tão mais participativa. Nesta edição da ALE em Revista, o assunto ganhou destaque na matéria de capa. Destaque também para a importância da responsabilidade social nas empresas, tema da entrevista com o diretor-presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão; as mudanças da NR-20, que é a norma que regulamenta as operações com inflamáveis e combustíveis; a certificação SGI – Sistema de Gestão Integrado alcançada pela ALE, e o programa “Jogue Limpo”, que aposta na sustentabilidade. Você lê também sobre alimentação saudável, a música como hobby e faz um passeio por Minas Gerais. expediente Coordenação: Anne Franck e Luciana Moreira Conselho editorial: Cláudio Sayão, Christina Barker, Giseli Lauer, Josefa Sousa, Karen Rodrigues, Paulo Lisboa, Rafaella Fernandes e Wallace Costa Produção Editorial: Interface Comunicação Empresarial Redação: Bruna Miranda, Luciana Sampaio, Marcos dos Anjos e Mariana Fontes Edição: Clara Guimarães e Délio Campos Projeto Gráfico: Setor de Marketing e Comunicação Diagramação: Fernanda Braga Imagem de capa: Lindaura Pereira Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Gráfica Tamóios Envie sugestões ou críticas para: [email protected] Boa leitura! Marcelo Alecrim Presidente ALE em revista NA MÍDIA A expansão da rede e as principais metas da ALE ganharam espaço na mídia nos últimos meses. Além disso, o projeto de capacitação profissional da companhia também foi notícia. Tribuna do Norte / RN Diário do Comércio / MG O jornal “Folha de São Paulo” deu destaque para as perspectivas de aumento na rede de revendedores e projetos de modernização da empresa em 2014. A matéria foi publicada na coluna Mercado Aberto, do caderno Mercado. O novo perfil do consumidor foi tema da matéria de capa da revista “Consumidor Moderno”, que mostrou as práticas da ALE em relação ao comportamento de consumidores e mercado. A “Tribuna do Norte”, de Natal, e o “Diário do Comércio”, de Belo Horizonte, publicaram matérias sobre o Ônibus Escola, iniciativa da ALE para o treinamento de profissionais, que teve investimento de R$ 2,1 milhões. Consumidor Moderno / SP A abertura de novas revendas e a premiação de postos foram destaque em veículos de diversas regiões do Brasil. Publicações de Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina mostraram os novos empreendimentos e o “Diário do Posto”, especializado em notícias do setor, noticiou o melhor posto da rede. Folha de S. Paulo / São Paulo Diário do Posto / RJ O Popular / GO Diário do Comércio / MG ALE em revista Portal da Ilha / SC 5 família ALE Rede em A Família ALE não para de crescer. Neste ano, a companhia está investindo cerca de R$ 165 milhões na ampliação e manutenção da rede de postos, bem como no aperfeiçoamento da logística da empresa em todo o país. No primeiro semestre 127 revendas já foram inauguradas e a meta é conquistar, até o fim de 2014, 240 novos postos. Posto Mário Werneck Arquivo ALE Antônio Dias / MG Posto Veraneio Arquivo ALE Posto da Torre Arquivo ALE Um dos postos inaugurados nesse período, o Mário Werneck, em Belo Horizonte, é exemplo desse crescimento. Depois de passar por reforma completa, o empreendimento ganhou bandeira da companhia. O sócio-proprietário da revenda, Sanzio Soares, já possui outro posto ALE e afirma que o relacionamento é excelente. “Já conhecemos a procedência dos produtos da ALE e também temos um bom contato com toda a equipe”, afirma. Belo Horizonte / MG Arquivo ALE expansão Brasília / DF 6 Itajaí / SC Posto Dubai ALE em revista Arquivo ALE Frentistas premiados Rogério Figueiredo (terceiro da esq. para dir.), frentista do posto Cavalcanti e Rocha Os Encontros com a Revenda, realizados todos os meses, nas regionais Sul e Norte, têm uma novidade. A partir de agora, um frentista com mais tempo de casa e outro com mais engajamento no Clube ALE são premiados com um cheque de 20 mil REALES cada. No evento do dia 30 de maio, em Natal (RN), o frentista Neemias Rodrigues do posto Marcos Antônio Gurgel, de Martins (RN), foi contemplado pelos seus 25 anos de serviços prestados. Já Rogério Figueiredo, frentista do posto Cavalcanti e Rocha, ganhou a gratificação em função do seu alto engajamento no programa de incentivo da companhia. Marcelo Alecrim é homenageado Durante o 9º Encontro de Revendedores de Combustíveis do Nordeste, em Natal (RN), o presidente da ALE, Marcelo Alecrim, foi homenageado. Ele recebeu uma placa de reconhecimento pela contribuição ao setor, por meio das atividades da companhia. A homenagem foi entregue pelo presidente do Sindipostos – RN, Antônio Sales. “Não poderia ter momento melhor para agradecer, todos que conhecem minha história estão aqui presentes. Hoje somos quatro distribuidoras associadas ao Sindicom e nos preocupamos não só com as questões referentes à distribuição, mas também com os problemas da revenda. Temos uma união e junto com a ANP estamos no mesmo empenho para fazer o Brasil melhor”, agradeceu Alecrim. ALE em revista Aldair Dantas Natal / RN Marcelo Alecrim recebeu placa de agradecimento pelos serviços prestados ao setor de combustíveis 7 Na rede Na tela do celular Na palma da mão Aplicativos de celular oferecem praticidade e organização para o dia a dia Revendedores e consumidores já podem acessar a versão mobile do site da ALE. O aplicativo segue o mesmo layout da versão original do site, porém adaptado para facilitar a navegação dos revendedores e consumidores. Em poucos cliques, é possível entrar em contato com a ALE, buscar postos e acessar outros serviços. A iniciativa está alinhada ao obje- tivo da companhia de acompanhar as tendências digitais, que alcançam um público cada vez maior e mais conectado. Seu posto em destaque no site da ALE Revendedores que têm histórias para compartilhar podem participar do “Acontece no Posto”, seção do site da ALE. Trata-se de um espaço aberto para divulgar curiosidades, atendimento qualificado, produto diferenciado na loja de conveniência, Basta enviar o seu caso para [email protected] e aguardar um contato! Participe! 8 receitas apetitosas, eventos, projetos de voluntariado ou outras iniciativas que mereçam ser destacadas para os consumidores. Controle de Combustível TB Registra valor de abastecimentos, média de consumo e grava lembretes para revisão e troca de óleo. Disponível para Android, em edições gratuita e paga, com funções extras. Infraero Voos Online Consulta os horários de partidas e chegadas de voos de 50 aeroportos brasileiros, informa a previsão do tempo, entre outros. LearnVest Ao baixar o app, o usuário conecta suas contas pessoais ao sistema e, assim, pode ter uma ampla visão sobre os gastos do dia a dia. Além disso, pode estabelecer metas de economia. ALE em revista Para você Na telona Para o cotidiano Velozes e Furiosos 7 Ultrabook Tap 11, da Sony Direção: James Wan Gênero: Ação Estreia em abril de 2015 o sétimo filme da série “Velozes & Furiosos”, franquia da Universal Pictures. Dirigido por James Wan e estrelado por Vin Diesel, Jordana Brewster e Dwayne Johnson, o longa terá a participação de Caleb e Cody Walker — irmãos do ator Paul Walker, morto em novembro de 2013 em um acidente automobilístico durante intervalo nas filmagens, que interpretava o personagem Brian O’Conner. Antes de morrer, Paul já teria gravado a maior parte das cenas dramáticas e de ação. O roteiro do filme foi adaptado e os irmãos Walker vão representar o personagem nas cenas finais do filme e completar algumas lacunas na produção. Para ver em casa O filme de 2013 traz uma mensagem sobre motivação e perseverança. Ben Stiller, ator e diretor do longa, vive o personagem Walter Mitty, um funcionário da revista “Life”, encarregado, por vários anos, de revelar negativos e tratar imagens do fotógrafo premiado Sean O’Connell (Sean Penn), que percorre o mundo atrás de maravilhas. Walter sonha acordado com grandes aventuras, mas se acha incapaz de sair do lugar. No entanto, tudo muda no dia em que todos recebem a notícia de que a “Life” vai acabar com a versão impressa e Walter perde o negativo da melhor fotografia da história de O’Connell, que seria a capa da derradeira edição. ALE em revista Anunciado pela marca como o “ultrabook tablet mais fino do mundo”, o Tap 11 é um gadget híbrido e foi lançado no Brasil em maio. Com 0,99 centímetro de espessura, ele é mesmo menos grosso que outros aparelhos da mesma categoria. Desenvolvido para atividades cotidianas, o equipamento tem design leve e tela de 11 polegadas sensível ao toque, com tecnologia full HD. Outros atrativos são a boa caneta digital e o teclado destacável, que permite que ele seja usado como tablet. Para ler A Vida Secreta de Walter Mitty Direção: Ben Stiller Gênero: Drama Valor: em média R$ 6 mil Almanaque 1964 - Fatos, histórias e curiosidades de um ano que mudou tudo (e nem sempre para melhor) Autor: Ana Maria Bahiana Ed. Cia das Letras, 256 páginas, R$ 54,50 Com inteligência e rigor no tratamento dos fatos, a autora recria o universo efervescente do ano de 1964. O Brasil começava a viver sob uma ditadura militar que sufocava a democracia. No exterior, a Guerra do Vietnã, a tensão em relação à bomba atômica e a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos mostravam um mundo em convulsão. Antigos valores ruíam, anunciando um novo mundo. De Chico Buarque aos Beatles e Rolling Stones, passando por Glauber Rocha, os filmes de 007, o monoquíni, o frescobol em Ipanema: tudo na cultura e na sociedade daquele ano parecia estar em plena erupção. O livro traz fotos, texto leve e altamente informativo. O volume é um passeio instrutivo por um tempo que ajudou a definir o mundo de hoje. 9 ENTREVISTA Gestão responsável Consumidores e mercado acompanham o desempenho das empresas quando o assunto é responsabilidade social Arquivo pessoal O Instituto Ethos de Responsabilidade Social, localizado em São Paulo (SP), é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1998 por um grupo de empresários e executivos da iniciativa privada. A intenção sempre foi sensibilizar e apoiar empresas a gerirem seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa. Com experiência acumulada nessa área, o engenheiro, empresário e diretor-presidente do Instituto, Jorge Abrahão, apresenta o conceito de responsabilidade social empresarial e afirma que a mudança do modelo de gestão é, além de possível, necessário para o desenvolvimento das organizações e também do país. “É preciso um planejamento prévio para a adesão à responsabilidade social no modelo de gestão” Jorge Abrahão 10 ALE em revista O que é responsabilidade social empresarial? A expressão, como foi adotada no Brasil, significa gerir os negócios de maneira que torne a empresa parceira da transformação da sociedade rumo ao desenvolvimento sustentável. O que vem primeiro em termos de responsabilidade social empresarial: a inclusão social ou as questões ambientais? Não dá para dizer o que vem primeiro. Nós nos acostumamos a encarar o avanço das questões em camadas. Se você olhar para a nossa história, verá que primeiro avançamos na economia para depois avaliar o impacto disso nas questões sociais e ambientais. E isso trouxe, de alguma maneira, desequilíbrio. Quando falamos de desenvolvimento sustentável, temos a oportunidade de repensar esse modelo. Um dos aprendizados é avaliar como o desenvolvimento da economia pode considerar as questões sociais e ambientais, que, abordadas de forma sistêmica, promovem a evolução simultânea de todas elas. De que forma as empresas podem aderir a esse conceito de responsabilidade social em seu modelo de gestão? É preciso um planejamento prévio. No Instituto Ethos, por exemplo, temos os “Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis”, com os caminhos para que as empresas se desenvolvam em quatro diferentes dimensões: Visão e Estratégia; Governança e Gestão; Social e Ambiental. A partir de respostas a perguntas simples, a companhia pode fazer um diagnóstico, avaliar em qual estágio se encontra nessas áreas e fazer um ALE em revista planejamento para ter um novo posicionamento em determinado período. A outra frente é estimular as empresas a contribuírem para o avanço da sociedade de uma forma geral. Para isso, contamos com grupos de trabalho que promovem ações nas áreas de mudança climática, biodiversidade, direitos humanos e promoção de integridade, entre outros. Existe ainda muito modismo em relação à responsabilidade social empresarial e à sustentabilidade nas empresas ou o discurso já está se transformando em prática? Eu diria que cada vez mais o setor privado tem descoberto que se trata de um tema chave para o avanço das empresas e dos negócios de uma forma geral. A sustentabilidade está se tornando fator de competição e os indicadores estão cada vez mais consistentes. O consumidor está de olho no comportamento das empresas. Hoje, as informações fluem com muita velocidade e as organizações já são identificadas ou não com uma determinada linha de responsabilidade social. Os próprios agentes financeiros têm incorporado cada vez mais critérios de sustentabilidade para analisar as empresas. Com isso, o movimento está avançado. Ainda existem as empresas que olham para tudo isso apenas como uma estratégia de marketing, mas esse grupo está cada vez menor. As iniciativas estão entrando na gestão para promover mudanças no comportamento das empresas. Quais ações poderiam ser realizadas por empresas de todos os por- tes em relação à adoção de práticas mais sustentáveis? Temos trabalhado fortemente com as frentes social, ambiental e ética. Do ponto de vista da agenda social, a relação que as empresas podem estabelecer com seus colaboradores é algo que não exige grande investimento. Entre as iniciativas possíveis, podem estipular metas para equidade de gênero para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens. A mesma diretriz pode ser adaptada para a questão da etnia. Como as empresas podem avançar e reverter essas questões históricas com políticas que permitam que essas diferenças sejam reduzidas? Nas questões ambientais, as organizações podem começar com ações de ecoeficiência, como uso racional de água, energia, estímulo ao compartilhamento de transporte, reciclagem de materiais e, depois, avançar nesse processo. Em relação à ética e à integridade, é fundamental ter um código de conduta ou de ética para que a relação com funcionários, com outras empresas privadas e públicas e com os consumidores seja pautada pela honestidade. Para ler Responsabilidade social empresarial: teoria e prática Org.: Fernando Guilherme Tenório Editora FGV, 260 páginas. 11 Banco de Imagens BEM-ESTAR Você é o que você come Dieta equilibrada é essencial para ter boa qualidade de vida A limentação saudável é o tipo de assunto que cabe em qualquer lugar e horário. A popularização do tema tem aumentado a consciência da população sobre a qualidade da dieta, mas, para a maioria das pessoas, esse hábito ainda está mais para o modismo. No entanto, parece que quem vence esse “estágio” não se arrepende. De acordo com a consultora nutricional e diretora da RGNutri, Tânia Rodrigues, há diversas pesquisas para 12 encontrar alimentos e determinar padrões alimentares cujos efeitos sejam cada vez mais benéficos para a saúde. “Hoje, principalmente com a influência das mídias sociais, as tendências de padrões de dietas sem glúten e sem lactose, alimentos orgânicos, funcionais e os ‘superalimentos’ vêm se tornando mais comuns”, afirma. Na prática, há quem já substitua o tradicional pãozinho pela tapioca ou batata doce. Os leites de amêndoas, de soja ou de arroz também estão ga- nhando o espaço do leite de vaca na mesa do brasileiro. Da mesma forma, chia, amaranto e quinoa, por serem ricos em nutrientes e proteínas, figuram entre os “queridinhos” da temporada, juntamente com o famoso goji berry, pelo seu alto poder antioxidante na prevenção de doenças. Com isso, a lista de “superalimentos” continua crescendo. Segundo Tânia, muitas pessoas pensam que basta incluí-los na dieta de alguma ALE em revista Além disso, a alimentação deve estar aliada à prática de exercícios físicos, boas noites de sono e hidratação. Com todos esses componentes em equilíbrio, a pessoa adquire um estilo de vida mais saudável. Arquivo pessoal O resultado tem sido positivo para o empresário. “Aderir a uma alimentação saudável compensa muito, não apenas no presente mas também no futuro”, destaca. A consultora nutricional alerta que, embora a dieta dos brasileiros tenha evoluído, não é possível afirmar que tenha se tornado mais saudável. Ela diz que esse hábito é baseado no uso de diversos alimentos, divididos em refeições durante o dia. “Acrescentar somente um alimento considerado saudável que está na moda não será suficiente para que você mude de uma dieta inadequada para outra, saudável”, ressalta. Esse é o objetivo do empresário Sidney Roberto Rodrigues, 38 anos, proprietário do Auto Posto América, em Jundiaí (SP). Casado e pai de duas crianças, ele comenta que aprendeu em casa, com a mãe, a ter uma alimentação mais balanceada e que tem mantido o hábito, apesar de tantas “tentações”. “Prefiro saladas, legumes e grelhados no dia a dia”, aponta. Em suma, alimentação saudável é um processo contínuo. O proprietário dos postos Pururuca e Zizinho, em Extrema (MG) e Caçapava (SP), Saadallah José Assad, 29 anos, sabe que o cuidado com a dieta é sempre importante. Ele descobriu essa área quando resolveu praticar triatlo, há seis anos. Apaixonado pelo esporte, dedica duas horas e meia por dia para os treinos, mas está sempre “conectado” com a nutricionista que orienta seu cardápio diário. No quesito atividade física, ele faz musculação e pedala, além de já ter praticado jiu-jitsu. “É preciso cuidar desde jovem. Para mim, é uma forma de prevenção”, enfatiza. “Por causa do esporte que eu pratico, o gasto calórico é muito grande. Minha dieta é mais rica em carboidratos”, destaca. Mas nem por isso ele deixa de ter restrições. Bebidas alcoólicas e do- Além da alimentação saudável, o revendedor Saadallah Assad também é adepto da prática de esportes ces são restritos e frituras nunca estão nas refeições. Com treinamento e dieta balanceada, ele participou de uma prova do Iron Man em 2013. A competição consiste em 3,8km de natação, 180km em cima da bicicleta e mais 42,195km de corrida. Para 2014, o empresário está se preparando para uma edição mais curta da prova, em agosto. O cuidado com a dieta também é um projeto de longa duração para manter a boa qualidade de vida que tem na juventude. banco de imagens forma para obter excelentes resultados como o funcionamento regular do intestino, prevenção de doenças e emagrecimento. Só que a solução não está apenas nessa categoria de alimentos. “Não devemos olhar única e exclusivamente para um nutriente específico, e sim inseri-lo na alimentação como parte de uma dieta equilibrada e variada, que respeite a necessidade individual, já que cada organismo pode responder de forma diferente”, explica. Um super alimento chamado goji berry Originário no Tibete, o goji berry é uma potência na forma de alimento. Rico em vitamina C, fortalece o sistema imunológico, melhora o humor, evita problemas oftalmológicos e AVC, previne diabetes e câncer e, ainda, ajuda a emagrecer e reduz a celulite. ALE em revista A fruta tem 19 aminoácidos, incluindo os oito essenciais de que o organismo necessita. Eles atuam na manutenção da massa muscular, formação de células, proteínas e tecidos. A dosagem recomendada é entre 15 e 45 gramas/dia ou 120 ml de seu suco. 13 PERFIL DO CLIENTE Bem representados rodrigo cypriano Conselho de Revendedores da ALE reúne empresários, como Anis Abdelnor, para discutir propostas de melhoria para a empresa e o setor Anis Abdelnor integra a gestão atual de conselheiros H á sete anos, o engenheiro e administrador de empresas Anis Abdelnor abandonou um cargo executivo para investir no segmento de revenda de combustíveis. Atualmente, ele é proprietário do Posto Abdelnor III, no município de Indaiatuba (SP). “Sempre me interessei pelo setor de combustíveis e de lojas de conveniência e tinha colegas nessa área. Valeu a pena ter o negócio próprio e poder tomar decisões”, comenta Anis. Depois de ingressar no setor, filiou-se ao Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap). Como membro da atual diretoria da entidade, tem tido a oportunidade de acompanhar e “O conselho é um espaço de representação, discussão de problemas coletivos e diálogo aberto com a alta gestão” 14 ALE em revista analisar o mercado e as suas necessidades a partir de diversos cenários e situações. A experiência acumulada e a liderança na sua região renderam a Anis uma indicação para o Conselho de Revendedores da ALE. “A companhia é a única do segmento a ter um conselho como esse, com espaço para representar os demais e expor problemas coletivos, em um processo de diálogo aberto e transparente com a alta gestão”, afirma. Para ele, o Conselho de Revendedores tem a responsabilidade de contribuir para que os negócios sejam cada vez mais sustentáveis para a distribuidora, revendedores, clientes, governo e sociedade. “Quando não há ganhos para todos os lados, acontece a quebra de confiança entre as partes, com perdas para todos”, ressalta Anis. A gestão dos negócios é um desafio que o revendedor divide com a família. Desde o início, a esposa assumiu a área de pagamentos e, recentemente, foi a vez do filho mais velho começar a trabalhar na empresa. “Acho que estou construindo uma história nessa área, uma tradição”, destaca. Para tanto, Anis tem especial atenção com o processo de seleção e capacita- Espaço aberto para a participação dos revendedores Criado em 2011, o Conselho de Revendedores é composto por dez empresários que representam os principais Estados em que a companhia está presente: Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. Dessa forma, a ALE se aproxima ainda mais dos revendedores, por meio de um canal de relacionamento que visa captar as necessidades dos empresários e transformá-las em melhorias para o negócio. Em contrapartida, eles se tornam multiplicadores das ações da empresa para a rede, ou seja, um forte elo entre a companhia e os demais postos. Os conselheiros participam de reuniões periódicas com a diretoria para apresentar sugestões e reivindicações dos postos, além das ALE em revista expectativas em relação aos produtos e serviços oferecidos. Nos encontros, são também apresentados projetos considerados estratégicos e há espaço para que os empresários opinem sobre as decisões tomadas pela empresa. ção de funcionários. Atualmente, são 70 no total. “A gestão do capital humano é o nosso maior desafio, porque o bom atendimento depende das pessoas”, analisa. Recentemente, toda sua equipe participou do treinamento “Show de Atendimento” ministrado pela Academia Corporativa da ALE. De acordo com o empresário, antes de conquistar e encantar o consumidor final, é preciso investir na qualidade da prestação do serviço, com pessoas que trabalhem por prazer e que tenham valores éticos e morais bem definidos. “Treinamos as pessoas com a nossa forma de ser e atender o cliente”, conclui Anis. Conselho dos Revendedores ALE >> Afonso Vieira [email protected] / Araripe (CE) >> Anis Abdelnor [email protected] / Indaiatuba (SP) >> Battista Neto [email protected] / Rio de Janeiro (RJ) >> Cesar Maruzzo Todas as reuniões são registradas em atas. Com base nesse documento, a companhia desenvolve um plano de ação que é encaminhado às áreas afins, incluindo as respectivas diretorias. Cada grupo de conselheiros vigora por um ano. Os membros são selecionados de acordo com os postos de melhor desempenho no Clube ALE, parte das vagas são revendedores representantes dos Estados de maior atuação indicados pela ALE e parte é eleita dentre os próprios conselheiros do ano anterior. [email protected] / São Paulo (SP) >> Ciro Piçarro [email protected] / Belo Horizonte (MG) >> Douglas Reis [email protected] / Trindade (GO) >> Elisandro Machado [email protected] / Florianópolis (SC) >> Irlan Fernandes [email protected] / Paracatu (MG) >> Junior Rocha [email protected] / Natal (RN) >> Leopoldo Corrêa [email protected] / São Luís (MA) 15 Manoel Silva NEGÓCIOS O revendedor Alexandre Barbosa, do posto Nova Geração, usou o saldo de REALES para trocar os uniformes da equipe Reconhecer para fidelizar Em alta no Brasil, programas de incentivo são a nova aposta das empresas para estreitar relacionamento com seus públicos J á há algum tempo, as empresas vêm se desdobrando em busca de novas fórmulas para fidelizar seus clientes. Baseadas na premissa de que o ser humano se sente bem ao ser recompensado, as ferramentas do Marketing de Incentivo são cada vez mais acionadas para o alcance desse objetivo. No varejo, a força dessa tendência foi demonstrada por meio de um estudo realiza- 16 do pelas consultorias internacionais LoyaltyOne e Epsilon. O levantamento mostrou que 27% dos brasileiros que fazem parte de algum programa de recompensas estão motivados a comprar mais vezes da mesma empresa. No meio corporativo, os programas de incentivo também têm sido utilizados como uma forma de manter colaboradores, revendedores ou franqueados motivados a alcançar resultados cada vez melhores. A avaliação é do diretor do Comitê de Marketing de Incentivos da Associação de Marketing Promocional (Ampro), Luiz Salles. “Direcionadas a públicos internos, essas ferramentas têm mostrado bons resultados para melhoria de desempenho, motivação, redução de ausências no trabalho, entre outros benefícios”, afirma. ALE em revista Na prática Para a diretora da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Danyelle Van Straten, os programas de incentivo propiciam a criação de uma gestão mais participativa nas empresas. “Ao conceder benefícios para quem se supera no cumprimento das metas, os programas envolvem todos os colaboradores nos valores da marca. Dessa forma, eles se sentem estimulados a fazer mais pelos clientes”, afirma. Ainda de acordo com ele, os programas são uma potente ferramenta de comunicação focada nas metas e no caminho para alcançá-las, produzindo vantagens tangíveis e intangíveis. “Geralmente, os programas de incentivo são autossustentáveis, ou seja, a empresa só investe em premiações depois que as metas propostas são atingidas, seja aumentando lucros ou diminuindo custos”, diz. Além disso, podem ser desenvolvidas e aplicadas rápida e “cirurgicamente” em áreas estratégicas. Na avaliação dele, há também vantagens que não são tão tangíveis, ALE em revista Danyelle Van Straten tem experiência prática no assunto, já que comanda, juntamente com a mãe, a Depyl Action, rede de franquias de depilação com 100 unidades no Brasil e duas na Venezuela. Por meio de um programa de incentivo que premia com bônus em dinheiro os cerca de 1.500 colaboradores com melhor desempenho em atendimento ao cliente, a empresa conseguiu manter um ritmo de crescimento no faturamento na ordem de 20% ao ano. “Com o programa, que já existe há cinco anos, conseguimos unificar um padrão que é rigorosamente seguido em todas as franquias, com o objetivo de prestar o melhor atendimento possível ao cliente”, diz. No programa, os colaboradores são avaliados de forma quantitativa e qualitativa pelos seus coordenadores. Para serem premiados, eles precisam, além de um bom desempenho em vendas, seguir as diretrizes criadas pela rede. Na Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio e alimentos do mundo, os programas de incentivo são utilizados para alavancar as vendas. Em 2011, a companhia criou o “Bunge, eu posso”, destinado a vendedores, supervisores e gerentes de venda. Nos meses de interesse, para determinadas categorias de produto (por exemplo, azeites no período de Páscoa e Natal), o programa entra como mais um estímulo para que as equipes possam buscar resultados propostos e atingir suas metas. Conforme as metas são atingidas, os participantes acumulam pontos que podem ser trocados por diversas categorias de produto, como eletrônicos, arquivo pessoal mas até mais importantes. Isso porque os programas bem estruturados aumentam o grau de satisfação dos participantes com a sua atividade profissional e podem melhorar o ambiente no trabalho. “De modo geral, esses programas criam condições para maior fidelização da empresa com seus públicos”, afirma. legenda legenda Danyelle Van Straten: “Programa de incentivo ajudou a manter padrão de crescimento” 17 NEGÓCIOS O diretor de Marketing e Varejo da ALE, Renato Rocha, chama a atenção para o fato de que o programa auxilia o revendedor na gestão do seu negócio. “Nesse sentido, o Clube ALE ajuda os pontos de venda a entregarem o que os consumidores esperam de forma simples e eficiente, motivando e orientando constantemente o revendedor e sua equipe”, comenta. Lindaura pereira viagens, cupons de desconto, entre outros prêmios, por meio de um portal na internet. De acordo com a empresa, o programa estimula o funcionário a atingir suas metas, uma vez que, além da premiação mensal, há o reconhecimento dos participantes com as melhores performances, com premiações extras por período. ALE também aposta na ideia A ALE viu nos programas de incentivo uma oportunidade para estreitar o relacionamento com a rede de postos. Por meio do Clube ALE, revendedores, frentistas e demais funcionários dos pontos de venda acumulam pontos à medida que cumprem as metas propostas pelo programa. Para isso, a empresa fez uma reformulação completa no Clube ALE. Agora, o programa conta com um site mais prático, simples de navegar e com um layout atrativo, além de uma moeda própria: REALES. Outra novidade foi o aumento do catalogo de prêmios, que agora conta com cerca de 400 mil opções de produtos e serviços. Entre as recompensas, o participante pode escolher itens como computadores, câmeras, vouchers de supermercado e farmácia, passagens aéreas, pacotes de viagens, recarga para celular, além de outros produtos e serviços. Assim, todo o desempenho do posto no programa pode ser acompanhado pelos revendedores e equipe, por meio de relatórios gerenciais disponíveis no portal clubeale.com.br. Jane Marlen Nunes, sócia-proprietária do Auto Posto Boa Vista, localizado em São Mateus (ES), intensificou o uso da ferramenta depois da reformulação. “Ficou mais fácil navegar pelo site do programa e o catálogo de prêmios está muito atraente, tanto que os frentistas ficam na expectativa do cumprimento das metas para resgatarem prêmios”, afirma. De acordo com ela, a ferramenta ajuda na tarefa de manter os funcionários sempre motivados a dar o seu melhor pela empresa. Já Alexandre Barbosa, revendedor do posto Nova Geração, em Goiânia (GO), tem a preocupação em manter o cadastro dos frentistas sempre atualizado no programa, que se torna uma ferramenta importante para aumentar a motivação da equipe. “Além disso, aproveito o saldo de REALES para trocar por uniformes para meus funcionários”, comenta. Após a reformulação, Jane Marlen Nunes, de São Mateus (ES), passou a usar mais o Clube ALE Com foco nos benefícios do programa, o Posto Ponteio, em Belo Horizonte (MG), realizou em abril um treinamento sobre a plataforma. A equipe do posto recebeu informações sobre o regulamento do Clube ALE, acúmulo de REALES, resgate de prêmios, entre outras funcionalidades. Novo catálogo do Clube ALE passou a contar com mais de 400 mil opções de prêmios 18 ALE em revista Marco Aurélio Lara Em busca de resultados cada vez melhores A gestão de qualquer empresa, inclusive postos de combustíveis e serviços, requer que o dono tenha uma visão abrangente do próprio negócio. Em Belo Horizonte, o proprietário do Posto Avenida e membro do Conselho de Revendedores da ALE, Ciro Piçarro, encontrou no Clube ALE uma ferramenta para a gestão do posto. “Os relatórios gerenciais do programa me ajudam a ter uma análise crítica do andamento dos negócios. Para um melhor aproveitamento desse diferencial, temos um funcionário específico para atualizar as informações na plataforma”, comenta. 1 milhão de REALES, além de reforma de imagem e plano de mídia para dar suporte à divulgação da conquista e das melhorias no ponto de venda. Em 2014, a premiação para o Melhor Posto do Mês também foi reformulada e está mais atraente. Isso porque as revendas vencedoras contam agora com um benefício especial, que tem como objetivo tornar o posto ainda melhor para seus clientes: A equipe do revendedor Amintas de Moraes participou de treinamento sobre o Clube ALE no Posto Ponteio, em Belo Horizonte (MG) Evento no Club Med em Angra dos Reis reuniu revendedores eleitos Melhores Postos de 2013 Arquivo ale Assim como Piçarro, cada vez mais revendedores em todo o Brasil têm atentado para os benefícios do Clube ALE. Em fevereiro, a companhia promoveu um evento no resort Club Med, em Angra dos Reis (RJ), justamente para comemorar os resultados alcançados pelos revendedores eleitos Melhores Postos de 2013. Na oportunidade, o Auto Posto Trindade, localizado em Goiás, recebeu o prêmio da categoria “Melhor Posto do Ano”. Como reconhecimento, posto e equipe ganharam ALE em revista 19 NEGÓCIOS NEGÓCIOS Rodocar Auto Posto foi eleito o Melhor Posto do Mês de janeiro Para isso, a área de Engenharia da ALE, em parceria com a equipe do Esquadrão, realiza melhorias na imagem do posto. Os frentistas, que são essenciais para um bom atendimento, também recebem treinamento exclusivo para se aprimorarem. A capacitação é ministrada pela Academia Corporativa ALE. As equipes de Lubrificantes e Conveniência também sugerem melhorias para o posto. Já o banheiro do posto eleito como o Melhor do Mês recebe uma reforma por meio do projeto Banheiro Modelo ALE, que objetiva oferecer mais conforto aos clientes. Além disso, o revendedor poderá conversar com um especialista em marketing para avaliar formas de manter o posto sempre atraente e com bom atendimento. Entrevista Luiz Salles, diretor da Associação de Marketing Promocional (Ampro) As pequenas e médias empresas também podem se beneficiar do marketing de incentivos? Atualmente, não são só as grandes empresas e multinacionais que usam as ferramentas de incentivo, derivadas das campanhas elaboradas em suas matrizes internacionais. No Brasil, dispomos de ferramentas modernas que permitem o acesso aos seus benefícios, mesmo por empresas menores e com pequenos públicos. Quais são as aplicações possíveis para o marketing de incentivos? O mercado utiliza hoje uma gama de ferramentas com grau variado de sofisticação para atender às necessidade de públicos diversos. Podemos ver no mercado bons 20 arquivo pessoal Arquivo ale o Esquadrão Clube ALE. Durante o processo de premiação, uma equipe da empresa, composta por colaboradores de diversos setores, faz um diagnóstico detalhado sobre os pontos que precisam ser trabalhados para que o posto mantenha seu bom desempenho e continue melhorando. Luiz Salles, da Ampro exemplos de programas sendo utilizados para alavancar vendas de eletrodomésticos, estimulando a redução do absenteísmo, a melhoria de performance no campo, em fábricas, hospitais e na educação, nos serviços de restaurantes, companhias aéreas, entre outras. Como forma de mostrar a conquista, o posto recebe um kit de divulgação e brindes para serem distribuídos aos clientes, além de 10% a mais de REALES no mês seguinte. Para incrementar as vendas, a ALE também ajuda o revendedor a atrair mais clientes na região em que o posto está instalado por meio de ações de marketing de relacionamento (CRM). Para isso, o plano de mídia local inclui envio de mala-direta e divulgação nas redes sociais. Eleito o Melhor Posto do Mês em janeiro, o Rodocar Auto Posto, localizado em Iporá (GO), foi um dos que ganharam um plano de mídia para divulgar as melhorias feitas pelo Esquadrão Clube ALE. Impactada pela divulgação, a funcionária pública Viviane Roberta Martins Silva, que abastece no local há três anos, ficou sabendo que o posto estava de cara nova e foi conferir as mudanças. “Ele mudou para muito melhor. O espaço está mais amplo e organizado e o atendimento continua bom como sempre”, elogia. ALE em revista MÃO DE OBRA Conhecimento itinerante ALE investe na capacitação de frentistas e conta com uma sala de aula diferente C Roberta Paiva om o objetivo de qualificar mão de obra especializada, a ALE lançou o projeto Ônibus Escola. Entre os meses de abril e maio, foram apresentados os dois veículos usados no projeto, que demandou investimento de R$ 2,1 milhões. O programa leva, ao local de trabalho, capacitação técnica e comportamental para frentistas, atendentes e demais profissionais de pista. Além de conhecimentos técnicos, são transmitidos valores, identidade e pilares da ALE. A expectativa é de que os ônibus rodem 80 mil km para capacitar 4 mil pessoas até dezembro deste ano. O Posto Zumba, em Natal (RN), foi o primeiro a receber o Ônibus Escola. “Sempre invisto em treinamento. Somos reconhecidos pela qualidade do nosso atendimento”, enfatiza a proprietária, Geísa Viviani Ribeiro Alecrim. O sistema de contratação de novatos inclui conversa com a gerente, teste, Equipe do Posto Teixeira, em Caratinga (MG), durante treinamento no Ônibus Escola entrevista com a proprietária e treinamento. “No início, o novato fica sob a responsabilidade de um veterano. O resultado é excelente e a rotatividade é baixíssima”, enfatiza. Infraestrutura completa O ônibus possui espaço interno de 16,5 m2, com equipamentos que reproduzem um ambiente pedagógico. A capa- Treinamento profissional Criada em 2003, a Academia Corporativa ALE oferece, além do Ônibus Escola, treinamentos elaborados para o desenvolvimento profissional de toda a equipe do posto. Para frentistas, trocadores de óleo e gerentes de pista são abordados conteúdos como Excelência de Atendimento, Técnicas e Venda de Lubrificantes, Pistas de Atendimento ALE e Produtos. Os funcionários da Entreposto podem fazer o curso Pistas de Atendimento Entreposto. Os cursos têm duração de 2 a 4 horas e acontecem no posto. Para ALE em revista revendedores e gerentes a Academia Corporativa oferece workshops desenvolvidos em parceria com consultores e professores das melhores universidades do país. São discutidos temas como Excelência de Atendimento, Conveniência, Gestão Financeira, Estratégia em legenda Marketing, Lubrificantes, Gestão de legenda Varejo, Segurança e Meio Ambiente. A carga horária é de 8 a 16 horas/aula. cidade é para 18 alunos, incluindo espaço reservado para cadeirante, com acesso por plataforma elevatória. Os cursos disponíveis são “Excelência de Atendimento” e “Venda de Lubrificantes”, com quatro horas de duração cada. “A capacitação tem de ser contínua e direcionada para as necessidades específicas de cada revenda”, recomenda a gerente de Educação Corporativa e Qualidade da ALE, Mariana Bertini. Com experiência acumulada no setor, o empresário Carlos Eduardo Campolina, proprietário do Posto Serena Mall, em Nova Lima (MG), também já recebeu o projeto. “A estrutura e o material são excelentes. Os frentistas também elogiaram o consultor que ministrou o treinamento”, comenta. Para que uma revenda se torne ponto de parada do ônibus, o proprietário deve entrar em contato com o seu gerente comercial ou com a Academia Corporativa ALE pelo e-mail [email protected]. 21 Passatempo Para todos os ouvidos Paixão, tradição de família, relaxamento: motivos não faltam para incorporar a música no dia a dia É comum perceber que o tempo passa mais rápido à medida que nos conectamos mais. Com isso, os momentos de relaxamento e diversão podem diminuir. No entanto, é preciso organizar a agenda e garantir o tempo para o lazer, os hobbies e até mesmo para o ócio. A psicóloga especializada em análise comportamental Camila Cury explica que dedicar um tempo para praticar um hobby é extremamente importante até mesmo para a saúde física. “É necessário escolher uma atividade que dê prazer. Vivemos em uma sociedade altamente estressante, não podemos ser apenas máquinas de trabalho”, sa- 22 lienta. Ainda de acordo com ela, hoje em dia existem muito mais tarefas a cumprir, mas a qualidade de vida não acompanhou esse processo. “Quando o cérebro está estressado, ele rende menos e nos deixa com menos paciência. Praticar um hobby o desacelera e funciona como uma válvula de escape, e com isso temos mais encanto e prazer para fazer as coisas que não são tão agradáveis, mas necessárias”, explica. pessoas. Camila Cury cita como exemplo o cinema: “a trilha sonora dos filmes nos faz chorar, sentir medo, paixão”. “Música é o pano de fundo da emoção, muitas vezes consegue nos tocar de um jeito que a própria palavra não consegue traduzir. Desde os primórdios, buscamos a sonoridade para nos agradar.” Daí o fato de os instrumentos musicais, bandas e afins serem um dos hobbies mais comuns e agradáveis de todos os tempos. Fonte de inspiração e prazer Mais do que ouvir em casa, no carro e assistir a apresentações, há quem tenha uma relação mais profunda com a música. Conheça algumas histórias inspiradoras de nossos revendedores e colaboradores. A música nos toca a alma. E o filósofo Friedrich Nietzsche já dizia que “sem a música, a vida seria um erro”. Pouca coisa se compara a seu poder universal em levar paixão e relaxamento às ALE em revista Há grandes chances de um apaixonado por música já ter pensado pelo menos uma vez em viver disso. Foi o que fez o produtor e compositor paulista César Augusto Abdala, proprietário do posto City Santo Amaro, em São Paulo. Ele atua no setor de combustíveis, mas tem na sua história a música como protagonista. Nascido em Jaborandi, interior do Estado, ainda criança já compunha músicas para festivais infantis e, aos 18 anos, foi para a capital com o sonho de ingressar na carreira artística, compondo e cantando. Formou a dupla sertaneja César e César: César Rossini e César Augusto. “Nosso primeiro sucesso foi a música ‘Cerveja’, que tem o clássico refrão ‘Hoje é sexta-feira…’, e depois ‘Festa de Rodeio’. Quando meu parceiro faleceu, continuei como compositor e produtor”, conta. O primeiro artista a gravar uma composição dele foi Wando, com a canção “Nos olhos perdidos da noite”. Em 1977, uma de suas músicas foi tema de abertura da novela “Cinderela 77”, interpretada por Vanusa e Ronnie Von. No início dos anos 1980, compôs “Pouco a pouco”, que foi interpretada por Gilliard e chegou a ser gravada em 18 idiomas. Já em 1990, a dupla Leandro e Leonardo fez grande sucesso com a música “Entre tapas e beijos”, de sua autoria. Também gravaram composições suas João Mineiro e Marciano, Chrystian e Ralf, Gian e Giovani, Dalvan, Fábio Jr., Daniel e Roberta Miranda, entre outros. César Augusto completa agora 34 anos de sucesso em parcerias com os maiores ícones sertanejos do país, como Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Fábio Costa, Gusttavo Lima e Eduardo Costa, em um total de 944 músicas gravadas, diversos prêmios (quatro Grammy e outros nacionais) e ainda 100 milhões de cópias vendidas com os artistas. “A música começou como um grande prazer e continua sendo, além de ser também meu principal negócio”, explica César. arquivo pessoal Um grande compositor César Augusto entre os cantores Eduardo Costa (à esq.) e Leonardo No caso dele, a música também veio como herança de família. “Minha mãe adorava cantar, era cantora de cozinha e fogão. Todos os meus irmãos têm talento musical e tocam instrumentos. Os meus escolhidos, além da composição, são o violão e o piano”, conta. Já como hobby, César prefere a pescaria e o futebol, além de se inspirar em todos os momentos, histórias e pessoas do dia a dia para escrever suas canções. arquivo pessoal Música “de ouvido” Jorge Santo André se interessou pelo piano quando criança ALE em revista O mineiro Jorge Santo André, de 65 anos, é proprietário do Posto Sant’André, em Nova Lima (MG), e, desde criança, via seus tios tocando piano. Se interessou tanto pela sonoridade do instrumento que acabou aprendendo sozinho, “de ouvido”. Hoje, se apresenta em alguns bares e restaurantes em sua cidade e em Belo Horizonte. “Se vou a um lugar que tenha um piano, acabo tocando alguma coisa, sempre por diversão ou como ‘pagamento’ a taças de vinho”, diverte-se. O repertório inclui bossa nova, bolero, músicas italianas tradicionais e até Roberto Carlos. E como o que é bom passa de geração para geração, seu filho, Cristiano Zani- ni, herdou a habilidade e toca guitarra em três bandas de rock. Com o primo que toca baixo e o afilhado cantor, a família se reuniu com a banda Pit Bulls, com Jorge dessa vez tocando bateria. “Há oito anos, a família compartilha o gosto por rock dos anos 60 e 70, como Beatles e Rolling Stones. Fizemos algumas apresentações, também por lazer, em clubes da cidade, festivais de rock e casas noturnas”, conta. Nesse caso, segundo ele, “dá até para ganhar um dinheirinho”. Em casa, para relaxar, a preferência é por músicas orquestradas, de artistas como Ray Conniff e Richard Clayderman. 23 Passatempo Música como empreendimento Comprou os direitos do grupo e migrou para a área técnica e adminis- trativa. Com a Kauana Produções, ele e sua equipe levam diversão a eventos sociais variados, como formaturas, casamentos e festas de debutantes. No repertório, também entra de tudo: sertanejo, rock, forró, axé, pop, dance, com apresentações em praticamente todos os estados do sul do Brasil. arquivo pessoal Desde criança, Fernando Daros, de Blumenau (SC), frequentava o posto de combustíveis da família: Anelviário Norte. Ao mesmo tempo, se inspirou em um tio e nas festas familiares, sempre com apresentações de músicos, para estudar violão. A infância na década de 1980 também marcou seu gosto por grupos infantis da televisão, como o “Trem da Alegria”. Na adolescência, além de ajudar no trabalho do posto, começou a tocar trompete e se dedicou à música em um teatro, partindo daí para a música clássica e só mais tarde ingressando em bandas populares, quando conheceu a banda Kauana, onde tocou trompete por sete anos. Empreendedor, Fernando criou, há dois anos, um estúdio de gravação, o Studio 15, o que foi a realização de um sonho antigo. “Sou formado em publicidade e propaganda e meu forte sempre foi o rádio, porque gosto muito de técnica de mixagem. Uni o útil ao agradável, já que precisava de um estúdio para os ensaios e gravações profissionais da banda. No futuro, ainda quero investir na gravação de orquestras”, planeja Fernando. “A minha vida é música, sempre fiz coisas que me levavam a ela”, completa. Fernando Daros administra negócios no ramo musical Em família A ligação com a música começou ainda no colégio, quando fazia parte da banda da escola tocando o Hino Nacional. Multi-instrumentista, também aprendeu a tocar violão, guitarra, pandeiro, trompete e trombo- 24 ne. A inspiração veio de casa. “Meu pai cresceu em uma comunidade carente e, aos 15 anos, começou a cantar e tocar em bares. Recebeu uma proposta para se apresentar em Salvador, onde se destacou e foi cantar na Banda Mel, onde ficou até resolver montar o próprio grupo, com todos os filhos”, relembra. arquivo pessoal Israel Costa, de Natal (RN), também sente a música como peça primordial em sua família. Assessor Comercial da ALE, ele concilia as atividades na companhia com as apresentações da banda Nonato Negão & Cia. Israel toca guitarra, saxofone e percussão e é acompanhado pelo pai, Nonato (guitarrista e cantor), a irmã, Priscila Silva (cantora), e o irmão, Mikael Lucas (contrabaixo). O formato é de banda de baile, seguindo a trajetória do avô, que foi combatente da Segunda Guerra Mundial e era maestro da banda do exército, de fanfarra. Israel Costa tem uma banda com formação familiar Há quatro anos, todos os fins de semana são reservados para as apresentações em diversos eventos: de bares a casamentos, formaturas, aniversários e calouradas. O repertório é variado e passa pelo rock, reggae, sertanejo, forró, anos 80 e o que mais for agradar a todo o público. “Música é o meu combustível. Só consigo estudar, descansar, tudo com um bom som. Para relaxar, coloco um fone de ouvido e escuto músicas internacionais como Bruno Mars, Black Eyed Peas, Boyce Avenue, ou reggae. É minha melhor arma contra o estresse”, comenta. Até hoje, uma de suas maiores realizações foi ter tocado na festa de fim de ano da ALE, em dezembro do ano passado. “Nossa apresentação no evento foi um sucesso”, recorda. ALE em revista arquivo pessoal Três décadas de samba Uma trajetória com o samba que já dura mais de 30 anos. O proprietário do posto Gandini Auto Center, em Itu (SP), Fábio Gandini conheceu, ao acaso, o grupo PalaSamba, de Sorocaba. Foi paixão à primeira vista e ele se apresenta com eles pelo menos duas vezes ao mês, como um hobby e “mais ou menos profissionalmente”, cantando e tocando percussão. “Tenho uma tia que é professora de piano e desde novo a via tocar, mas a inspiração musical veio mesmo pelos amigos. Conheci a banda em um bar e acabamos ficando próximos. Por brincadeira, esse meu dom musical apareceu”, comemora. Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho: sambistas de raiz em geral são os principais nomes escolhidos para interpretarem. Além da banda, sempre que viaja ou vai a algum lugar que tenha alguém tocando, acaba participando, quando possível, e fazendo novas amizades no meio. “Os músicos se entendem”, explica. Fábio Gandini (o segundo, da esq. para a dir.): “Música é válvula de escape” Assim como a inspiração pela música, os negócios no setor de combustíveis também têm influência familiar. O posto era um empreendimento de seu avô —o primeiro em Itu—, passou para o pai e chegou até ele, com certeza indo adiante com os filhos. Ele também atua como corretor de seguros em sua empresa, a Gandini. Fábio tem dois filhos: Ricardo, que toca bateria, e Renato, guitarrista. “Eles her- daram o interesse por música e instrumentos, já que desde pequenos me veem cantando e tocando, mas por enquanto não pretendem se profissionalizar. Eles gostam do samba, mas também de rock, blues e jazz”, explica. “Pretendo continuar cantando por muito tempo ainda; é a minha válvula de escape, minha maior satisfação e meu principal divertimento. Tocamos música para quem gosta de escutar”, conclui. Música para todas as horas A psicóloga Camila Cury explica que a música consegue se encaixar em cada momento. No trabalho ou durante os estudos, por exemplo, a música ambiente acalma e, em um tom adequado, tem poder de tranquilizar e preparar o cérebro para receber mais informações. Confira alguns sites que ajudam a encontrar o seu estilo: Superplayer.fm Você fala o que está fazendo e a rádio organiza uma playlist ideal para o momento. Grátis, em português. ALE em revista Stereomood.com Serviço em música streaming que transforma o seu humor e o seu momento em músicas relacionadas, com playlists gratuitas. Em inglês. Focusatwill.com Um serviço de música baseado em neurociência que ajuda a concentrar, reduzir distrações e reter informação durante o trabalho, estudo, escrita e leitura. Testes gratuitos, em inglês. Letras.mus.br Um dos sites brasileiros mais completos com letras de músicas de todos os estilos e de todo o mundo, além de vídeos, notícias e playlists. 25 MERCADO Mais segura NR-20 passa por modificações e novas regras devem ser implementadas de acordo com os prazos definidos Com isso, temas como segurança e saúde estão sempre na ordem do dia. Afinal, funcionários e clientes estão igualmente expostos a diversos riscos, já que essa operação tem no comércio de produtos inflamáveis seu “carro-chefe”. Corrigir possíveis erros e prevenir para que os postos de combustíveis se tornem locais mais seguros para os trabalhadores dessa atividade são os argumentos que explicam a completa alteração da Norma Regulamentadora Nº 20 (NR-20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A nova regra define parâmetros de segurança e saúde no trabalho para atividades de extração, produção, arma- zenamento, transferência, manuseio e manipulação de produtos inflamáveis, a partir do planejamento do empreendimento, durante as atividades e após a interrupção do serviço. A primeira edição, de junho de 1978, teve seu nome original alterado para Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis a partir de 6 de março de 2012, quando foi publicada no Diário Oficial. O texto elencou dez temas relacionados a processos operacionais e de gestão que devem ser atendidos pelos pontos de revenda. Comércio de produtos inflamáveis, como postos de gasolina, ganham novos parâmetros com alteração da norma 26 ALE em revista Thiago fernandes D iariamente, os 40 mil pontos de revenda de combustíveis instalados no Brasil comercializam 350 milhões de litros de gasolina, etanol e gás veicular. Esse montante, que corresponde a 5% do PIB nacional, reafirma que o aumento da frota de veículos nos últimos dez anos transformou postos e lojas de conveniência em parte da rotina de milhares de pessoas, além dos 500 mil postos de trabalho diretos do setor. As fiscalizações dos auditores do MTE foram intensificadas e, além de inspeções nas áreas físicas dos estabelecimentos, a NR-20 prevê conferência de uma extensa lista de documentos que deve estar permanentemente atualizada. O não cumprimento das recomendações prevê possibilidades de notificação, multas cumulativas que podem chegar a R$ 250 mil – dependendo dos problemas detectados – e, ainda, suspensão das atividades do posto. Para não correr riscos, os revendedores devem manter a atenção sobre o processo de implantação de todas as práticas exigidas pela norma. Da mesma forma, os empresários que quiserem ingressar nesse ramo de negócio só poderão iniciar as operações de acordo com as novas regras vigentes para o setor. Em geral, a NR-20 recomenda a adoção de procedimentos de gestão e operação. Todos os postos devem ter o Prontuário da Instalação, um conjunto de documentos, como desenhos, plantas, certificados, fichas de produ- Temas de abrangência da NR-20 1. Projeto de instalação do posto; 2. segurança na construção e montagem; 3. segurança operacional; 4. manutenção e inspeção das instalações; 5. prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e emissões fugitivas; 6. análise preliminar de perigos e riscos; 7. plano de resposta a emergências; 8. capacitação dos trabalhadores; 9. desativação da instalação; 10. prontuário da instalação. ALE em revista tos, formulários, entre outros que evidenciem o seu atendimento. Na prática, esse pacote inclui o projeto de instalação, descrição dos procedimentos operacionais, plano de inspeção e manutenção, análise de riscos, plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e identificação de fontes de emissões fugitivas, certificados de capacitação dos trabalhadores, análise de acidentes e plano de resposta a emergências. O material deve estar disponível para consulta no posto. Em outra frente, os auditores do MTE também visitarão as instalações físicas para verificar se o planejamento foi realmente implantado e se as regras de segurança no trabalho estão sendo cumpridas. Para a gerente de Educação Corporativa e Qualidade da ALE, Mariana Bertini, o maior desafio da NR-20 é a capacitação da mão de obra. “Além do pessoal da pista, os atendentes da loja de conveniência e os funcionários dos comércios anexos aos postos também devem ser capacitados. Isso é importante porque todos devem saber como agir em casos de risco ou como atuar para a prevenção”, explica. A orientação da ALE é para que os revendedores entrem em contato com os sindicatos da sua base de atuação para buscarem pela certificação de suas equipes. A capacitação é dividida entre horas de teoria e prática de acordo com a função exercida, e varia entre 4, 8 e 16 horas. Ela deve ocorrer durante a jornada de trabalho desses profissionais. Os programas desenvolvidos pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) por meio do Plano de Suporte de Treinamento da NR-20, por exemplo, são conduzidos por consultores credenciados ou certificados nessa matéria e o conteúdo deve levar “A nova regra define parâmetros de segurança e saúde no trabalho para atividades relacionadas a produtos inflamáveis” em consideração as peculiaridades de cada região. De acordo com Mariana Bertini, a segurança dos profissionais é uma preocupação constante da companhia e de seus revendedores. A regra tem sido aplicada internamente pela ALE, que já capacitou todos os empregados que têm algum tipo de contato com materiais inflamáveis. Entre eles, os motoristas e os funcionários que trabalham nas bases de armazenamento. Já os prestadores de serviço e terceiros que operam nas instalações, como os motoristas FOB, também têm de ser treinados. “Sabemos que a NR-20 promoverá uma grande mudança cultural dos postos de combustíveis”, considera. A assessoria de imprensa da Fecombustíveis reafirma que manter o treinamento das equipes em dia é o grande desafio dos revendedores. No entanto, apesar dos custos envolvidos, a NR-20 gera ganhos para as empresas do setor, que serão mapeadas de acordo com as situações de risco e os procedimentos previstos. Os funcionários também estarão plenamente qualificados para lidar com os riscos das operações no dia a dia de trabalho. 27 sustentável Jogue limpo! Programa criado em 2005 visa a diminuição de danos ao meio ambiente por meio do recolhimento de embalagens de plástico O plástico é um dos materiais encontrados com mais abundância nos aterros sanitários, sendo um sério problema ambiental. Em função de sua alta resistência, uma embalagem plástica pode durar séculos sem se decompor. Esse dado aponta como é importante consumir esse material com consciência e encaminhá-lo à reciclagem. O Programa Jogue Limpo — sistema que recolhe as embalagens plásticas de lubrificantes pós-consumo — surgiu em 2005 como uma alternativa para minimizar danos ao meio ambiente e reutilizar essa matéria prima. O programa é disponibilizado por fabricantes associados ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) de forma gratuita para cerca de 28,5 mil pontos cadastrados em todo Brasil. As embalagens devolvidas pelos consumidores aos canais de revenda são entregues pelos comerciantes diretamente às centrais de coleta ou aos caminhões de recebimento. O material é direcionado para centros de recebimento e as embalagens plásticas recebem um tratamento inicial, antes de serem encaminhadas para empresas licenciadas que reciclam o material. A ALE se orgulha de ser uma empresa que se importa com o meio ambiente e participa do Programa Jogue Limpo. Ao todo, são 214 postos ALE cadastra- 28 dos nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste para a coleta do material. Márcio Agostim da Silva, gerente do Auto Posto Social, em Curitiba (PR), destaca a importância da parceria com esse programa: “Essa é uma ótima iniciativa para preservar a natureza. Mensalmente recolhemos cerca de 40 quilos de embalagens de lubrificantes e nosso posto é equipado com lixeiras de coleta seletiva e também de pilhas e lâmpadas florescentes e de automóvel”, orgulha-se. Para Paulo Rogério Pereira, gerente do Auto Posto Prainha, em Caconde (SP), o programa, além de beneficiar o meio ambiente, favorece a imagem da revenda perante o cliente. “Nós lidamos muito com esse material e encaminhar os resíduos e as embalagens para a reciclagem é uma forma consciente de descarte”, afirma. A estimativa é de que em 2014 o Jogue Limpo receba cerca de 70 milhões de embalagens de óleo lubrificante. No site do programa é possível acompanhar a contagem on-line do número de embalagens que foram recicladas desde o início do programa. Participe! Os postos interessados em participar do programa devem encaminhar um e-mail para [email protected] com a razão social, o CNPJ, endereço completo (rua/avenida, município, CEP, UF) e e-mail do responsável pelo estabelecimento. Para mais informações visite o site programajoguelimpo.com.br ou ligue para 0800 033-1520. ALE em revista Qualidade Certificação garantida Meio ambiente, segurança e saúde são atestados na ALE O Sistema de Gestão Integrada (SGI) da ALE foi certificado de acordo com as normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001. O objetivo é atingir a excelência na prestação de serviços, melhorando continuamente a performance de seu sistema de gestão com prioridade à ética, à segurança, à saúde e à preservação do meio ambiente. arquivo pessoal O trabalho de certificação foi conduzido pela Coordenação de Normas e Procedimentos, com a participação ativa de outros setores da companhia, e foi finalizado em maio deste ano. O processo terminou com a visita de um grupo de auditores da empresa certificadora Bureau Veritas a oito unidades da ALE. Durante dez dias, foram percorridos os escritórios de Natal e de Belo Horizonte e, ainda, as bases de Guarulhos (SP), Guamaré (RN), Goiânia (GO), Luís Eduardo Magalhães (BA), Duque de Caxias (RJ) e Betim (MG), para avaliação de processos e procedimentos adotados nas áreas auditadas. Segundo a coordenadora do Departamento de Normas e Procedimentos da ALE, Adriana Cândida Alves de Melo, a certificação tem validade de três anos, mas será revisada a cada 12 meses para incentivar a companhia a manter o ritmo de melhoria contínua. “Subimos mais um degrau da escada rumo à excelência. A ALE está no caminho certo”, comemora Adriana. Qualidade atestada A certificação do SGI é importante, também, para o grupo de mais de 1800 postos da rede. A coordenadora explica que os revendedores são o público externo com quem a ALE se relaciona e que, a garantia de que os procedimentos adotados pela companhia são certificados aumenta a competitividade dos negócios e a confiança do cliente final nos produtos e serviços oferecidos. João Bonomo afirma que certificação amplia credibilidade da companhia ALE em revista Responsável pela área de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente (SSMA), Adriano Bezerra de Brito afirma que a certificação do SGI é mais um diferencial. “A certificação ratifica que a ALE mantem a regularidade das suas operações, atestando o cumprimento das normas e leis que regem a atividade”, explica. Os aspectos de segurança e meio ambiente são os mais relevantes no processo de certificação. Embora populares, os combustíveis são produtos inflamáveis que trazem riscos de acidentes podendo causar incêndios, explosões ou impactos ambientais como a contaminação do solo e da água, por exemplo. “Temos a consciência de que trabalhamos com um produto que tem elevado risco”, reconhece Adriano. Internamente, o processo de certificação foi desafiador para as equipes envolvidas. O nível de mobilização dos setores aumentou para garantir que todo o trabalho resultasse na certificação. “O nosso desafio, agora, é continuar evoluindo nesses três aspectos”, comemora. A tripla certificação da ALE também é assunto de interesse do mercado. Segundo o professor de Empreendedorismo do IBMEC-MG, João Bonomo, além de funcionar como diferencial competitivo, o excelente resultado alcançado pela empresa, em relação ao SGI, também aumenta a credibilidade da companhia frente aos acionistas, fornecedores e clientes. “Essa tripla certificação coloca a ALE em posição de destaque no mercado para competir com os outros players do seu segmento. A medida também amplia o impacto positivo e a credibilidade da empresa junto à sociedade, pelo grau de responsabilidade que a companhia demonstra”, analisa. 29 banco de imagens PÉ NA ESTRADA Ó, Minas Gerais! Faça um passeio pelo Estado e descubra os encantos da região Montanhas e cidades históricas são grandes destaques das paisagens mineiras H á quem diga que “o coração do Brasil bate em Minas Gerais”. Estrategicamente localizado, como o órgão que alimenta o corpo humano de vida, o Estado tem atrações turísticas que aguçam os sentidos de qualquer turista. Não é para menos: são 853 municípios que guardam história, tradição, aventura, belezas naturais, artesanato, romance ou festas populares e religiosas. Tudo isso regado à tradicional e deliciosa gastronomia local, cervejas artesanais, além de cachaças conhecidas e premiadas mundo afora. Vamos lá? Um giro por Belô A fama de capital nacional dos bares e botecos fez de Belo Horizonte a primeira sede do famoso festival “Comida di Buteco”. Quem visita a cidade entre os meses de abril e maio não pode perder essa “peregrinação” aos estabelecimentos participantes. Em 2014, foram 45, que 30 apresentaram ao público petiscos especialmente criados para o evento. Para quem chega depois, a boa notícia é que, geralmente, as iguarias são incluídas no cardápio fixo dos estabelecimentos. A antiga “Feira Hippie”, atual Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, é outro programa imperdível para o turista que visita a capital. Nas manhãs de domingo, é ideal para as mais diversas compras. Da mesma forma, o Mercado Central de Belo Horizonte é atração obrigatória para quem quer conhecer as delícias do Estado mais multicultural do país de segunda-feira a domingo. Cachaças, doces, queijos, artesanatos e outros produtos tipicamente mineiros estão reunidos nas mais de 400 lojas instaladas em um prédio que há 84 anos faz história na cidade. Uma dica é a porção de fígado de boi com jiló na chapa servida nos bares dos corredores principais. A Praça da Liberdade e o complexo de imóveis que eram usados para sediar as secretarias de Estado, que hoje formam o Circuito Cultural Praça da Liberdade, é imperdível. Ali perto, na esquina com a avenida Brasil, um prédio cheio de curvas chama atenção: é outro belo cartão postal da cidade, assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Referência em arquitetura, a região da Pampulha também merece uma visita. Na igreja de São Francisco de Assis, chamada de “Igrejinha da Pampulha”, estão harmoniosamente reunidos trabalhos de Niemeyer, do paisagista Burle Marx, do pintor Cândido Portinari e do escultor Alfredo Ceschiatti. O prédio do Museu de Arte da Pampulha (MAP) é outra obra de referência e local que abriga diversas exposições de artes plásticas. O estádio do Mineirão, que sediou jogos da Copa do Mundo 2014, também fica na Pampulha. ALE em revista Minas por escolha Mas Minas são muitas. A pouco mais de 90km de Belo Horizonte, fica a majestosa Ouro Preto. A cidade guarda parte importante do acervo do movimento Barroco Mineiro. As igrejas de São Francisco de Assis, de Nossa Senhora do Carmo e também de Nossa Senhora do Pilar são atrações imperdíveis. O Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, é um passeio pela história. Cidade histórica que está em franco processo de desenvolvimento econômico devido à exploração mineral, Congonhas do Campo possui parte expressiva do acervo de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. É lá que ficam os 12 profetas esculpidos pelo artista em pedra sabão, estrategicamente instalados no adro do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos. As caminhadas a pé pelas incontáveis ladeiras da cidade também fazem parte do roteiro. Lojas de artesanato, restaurantes com a melhor comida mineira e bares completam as atrações da estadia. Na primeira de muitas passagens por Minas Gerais, o militar reformado da Aeronáutica, Rene Mauro, não deixou de conhecer Ouro Preto. Gaúcho, ele aproveita cada oportunidade para visitar outras localidades mineiras. “Há muitos pontos turísticos para visitar”, resume. Embora antigas, as cidades históricas mineiras têm vida própria e infraestrutura completa para receber o turista que já faz parte da paisagem local. Um caso é Tiradentes, a 189km da capital, considerada um dos destinos mais charmosos para quem viaja para Minas Gerais. Entre o casario, as igrejas e as lojas de artesanatos e móveis está o Posto Tiradentes, que tem bandeira ALE. Pelo seu estilo arquitetônico colonial, o empreendimento foi premiado, em 2008, como o mais bonito do país. Mineira de Belo Horizonte, a arquiteta Leda Naver Picinin morou em 12 cidades diferentes do país ao longo da vida em função do trabalho, mas sonhava em viver na região de Congonhas. “Sempre passava por lá durante as viagens e minha vontade era de ficar”, relata. Depois de aposentados, ela e o marido, Jorge, adquiriram a casa que pertenceu ao inconfidente Cônego Luiz Vieira, no distrito de Lobo Leite, e estão reformando o imóvel que será transformado em choperia e, posteriormente, em pousada. Para ela, a hospitalidade e o respeito são as grandes marcas do povo mineiro. “Em Minas, recebe-se muito bem”, elogia. Mar de montanhas Minas não tem mar, mas oferece o melhor do ecoturismo e do turismo de aventura do Brasil. Depois de conhecer as belezas naturais e histórias da Serra do Cipó, a 90km de Belo Horizonte, o administrador de empresas Tiago Cota resolveu investir na atividade e, há 11 anos, além de um trabalho prazeroso, encontrou um novo estilo de vida na sua Pousada da Serra. “Ecoturismo é muito apaixonante”, declara. Embora essa modalidade turística ainda seja pouco divulgada, há adeptos fiéis, como o professor carioca Fábio Melo. “Não gosto do mar. Pesquiso os roteiros antes de ir e Minas Gerais, além das diversas atrações naturais, também oferece a parte histórica. Toda cidade, por menor que seja, tem a sua história. Só à Serra do Cipó eu já fui quatro vezes”, ressalta. Entre os muitos passeios, ele destaca as trilhas de Tiradentes, a caminhada que fez entre o pequeno distrito de Milho Verde e Diamantina, as visitas a São Tomé das Letras e ao Santuário do Caraça, em Catas Altas e as paisagens da região de Ipoema. “Pretendo voltar”, diz o professor. Diferentemente de outras modalidades turísticas, essa requer a presença de um guia capacitado. “É muito bom ter alguém que conhece a trilha, por mais sinalizada que ela seja. Isso garante a nossa segurança e administra melhor o tempo. divulgação Na estrada Com estilo arquitetônico colonial, Posto Tiradentes chama a atenção de viajantes Segundo o proprietário, Felipe Almeida da Silveira, a revenda chama a atenção dos viajantes que chegam a Tiradentes. “É uma vitrine da cidade por ser um posto temático. Dos carros que passam aqui, 90% param para pedir alguma informação”, destaca. ALE em revista 31 31 A natureza requer certos cuidados que só as pessoas ‘da terra’ conhecem de fato”, recomenda. Com mais de 80 cachoeiras catalogadas, Carrancas, a 265km da capital mineira, já foi cenário das telenovelas “Alma Gêmea”, “Paraíso” e “Amor Eterno Amor”. E é na entrada da cidade que a empresária Cristiana de Abreu Alves Gomes resolveu abrir o Posto Feliz. “Temos aqui um turismo religioso muito forte; a comemoração da Semana Santa é sempre muito bonita”, revela. Ponto de parada para os viajantes que trafegam pela região, o posto abriga um restaurante de comida caseira, no melhor estilo de Minas Gerais, e os atendentes estão preparados para dar as informações sobre os pontos turísticos e as atrações da região. Em Candeias, no oeste mineiro, o revendedor João Batista Nestor também é parte da tradição da cidade histórica. “Há mais de 70 anos temos o Auto Posto M N”, revela. O empreendimento, que Arquivo pessoal PÉ NA ESTRADA Fábio Melo escolheu o ecoturismo e visitou a região de Ipoema foi do pai, agora é comandado por ele. A mãe, Matilde Angélica de Souza, de 102 anos, ainda visita o local em suas caminhadas diárias. De Belo Horizonte até lá são 218km de distância. Localizado no Centro da cidade, o posto é um ponto de referência para a comunidade local e para quem chega. Em clima de romance Para quem gosta de um roteiro mais romântico, Monte Verde é uma exce- lente opção, como garante o secretário de Cultura local, Vinícius Nascimento. “O município ganhou fama como destino turístico devido ao clima frio e, no inverno, é comum registrarmos temperaturas abaixo de zero”, explica. Trilhas, passeios a cavalo, gastronomia diferenciada com chefs reconhecidos internacionalmente são algumas das atrações da cidade, que fica a 180km de São Paulo. A indicação é Iniciada por Raul José de Almeida, a tradição de 68 anos no setor de distribuição de combustíveis na cidade histórica de Mariana tem continuidade com a gestão da filha caçula, Maria Aparecida de Almeida. Além de gerenciar as duas unidades, uma na entrada da cidade e outra no centro do município, ela reserva tempo na agenda para conhecer a Estrada Real. Foi nesse trajeto, durante o século 18, que a Coroa Portuguesa definiu rotas que ligavam Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ), para o escoamento de ouro e diamantes. O resultado de viagens para 150 municípios desse trecho, que foi dividido em quatro rotas, está re- 32 Arquivo pessoal Na rota da Estrada Real No percurso da Estrada Real, Maria Aparecida de Almeida (à dir.) visitou Tiradentes gistrado em uma página do Facebook chamada “Pé na Estrada”. “Compartilhamos fotos e experiências. Ao final dos passeios, elegemos as melhores cidades, hotéis, pousadas e restaurantes que conhecemos. Também contamos histórias de personagens anônimos que tornam nossos passeios ainda mais interessantes”, comenta Maria Aparecida. ALE em revista a truta com pinhão, uma especialidade da cidade. A receita do chef Edson Puiati, coordenador do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una, em Belo Horizonte, usa um dos ingredientes mais saborosos e versáteis da gastronomia mineira: a costelinha de porco. Não tem erro! Costelinha Pururucada à Mineira Águas que tratam Minas Gerais recebeu esse nome por causa das inúmeras riquezas naturais e minerais do seu solo. Além de ouro, ferro e nióbio, por exemplo, há reservas de águas com propriedades radioativas e sulfurosas que reestabelecem a saúde e a beleza. Muitas delas são comercializadas em todo o país. Por isso, o Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá é uma ótima opção de passeio. Além do luxo e da grandiosidade das instalações, é possível experimentar os tradicionais banhos de lama e “de pérolas”, uma espécie diferente de hidromassagem que usa a água sulfurosa. A piscina de água radioativa também é um destaque. A cidade fica a 363km da capital mineira e é parte da história brasileira, tendo como personagem principal Dona Beja. Ainda hoje, ela é a mais famosa usuária das minas de águas do Barreiro, local afastado da cidade, onde tinha uma casa nos idos do século XVIII. Há, inclusive, um museu dedicado a ela na área central. Os doces de Araxá são parte da tradição gastronômica local. Já em Poços de Caldas, as Termas Antônio Carlos foram reinauguradas no primeiro semestre de 2014. A 449km de Belo Horizonte e a 255km de São Paulo, é outro destino para quem procura a fórmula da beleza e do bem-estar por meio dos diversos tipos de água presentes no local. ALE em revista Ingredientes (rende quatro porções) 800g de costelinha suína com osso; 300g de abóbora moranga; 300g de batata baroa; 200g de quiabo; 100g de manteiga; 200g de pele de torresmo pré-frita e triturada; 50g de alho picado; 70g de cebola picada; 1 maço de salsa picada; Brotos de cebolinha de cheiro para decorar; 2 ovos; 100g de farinha de trigo; Sal, pimenta do reino em pó; 2 limões; Óleo para fritura. Modo de preparo 1. Cortar as costelas em dois ou três ossos temperar com sal, pimenta do reino, suco de limão. 2. Selar (dourar) as costelinhas em frigideira e, logo em seguida levar para assar em 170ºC por duas horas em papel celofane e reservar. 3. Refogar um pouco do alho e da cebola na manteiga, acrescentar a abóbora moranga, e cozinhar “al dente”. Repetir o mesmo processo com a batata baroa e o quiabo. Todos os legumes devem ser cozidos em fogo baixo com o próprio líquido de seu interior. 4. Depois de assada, passar a costelinha ainda quente pela farinha de trigo, pelos ovos e pelos torresmos pré-fritos. Fritar até “pururucar” (ficar crocante). 5. Colocar todos os legumes na panela, aquecer e adicionar a salsa picada. 6. Montar as costelinhas sobre a cama de legumes e decorar com broto de cebolinha de cheiro e quiabos inteiros. 7. Servir imediatamente. Sugestão do chef: servir com molho de jabuticaba picante ou somente com arroz branco. divulgação divulgação Monte Verde é distrito de Camanducaia, uma cidade que, além das cachoeiras que servem para a prática de rafting (prática de descida em corredeiras em equipe utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança), também tem pontos de escalada e descida de rapel, além de trilhas para a prática de mountain bike. Na cozinha O chef mineiro Edson Puiati 33 33 CRônica Repensar a gestão: A troca permanente de experiências com empresas de relevância no cenário brasileiro sugere que há uma necessidade de repensar a gestão e a adoção de práticas para a inovação. Pesquisas recentes indicam que as maiores taxas de retorno sobre o investimento acontecem quando a estratégia não está centrada em processos ou produtos, mas em modelos de negócios. Aliás, este último conceito vem gerando mais confusão do que deveria no mercado. Muitos entendem que “modelos de negócios” é uma área do conhecimento da inovação. Engano! Trata-se de um desdobramento dos estudos de estratégia competitiva, por meio da compreensão da capacidade operacional e de planos de ação. Ao compreender que os modelos de negócio podem ser a chave para o crescimento sustentado, deveríamos nos debruçar em responder como fomentar um ambiente favorável e estimulante para as pessoas. No contato diário com as empresas, está cada vez mais claro que a pressão por resultados financeiros contribui para a falta de alinhamento dos processos, dada a alta competição por números. Mais que isso, a busca por faturamento crescente vem derrubando a capacidade inovadora organizacional. Os líderes relevantes estimulam valores como autonomia, relacionamento 34 ARQUIVO pessoal como inovar? constante com clientes e ambientes em que a pressão por resultados seja equilibrada. Recente pesquisa conduzida por uma empresa de consultoria global indica que as empresas do futuro são aquelas em que o conhecimento tem um peso significativo na sua estratégia de negócios. Um ótimo exemplo é a Apple, supostamente uma das empresas mais inovadoras do mundo. Ledo engano, novamente! Na lista das mais inovadoras do mundo ela não aparece nem entre as dez mais, segundo o critério de retorno sobre o investimento para desenvolvimento de produtos. A relevância do seu crescimento pode ser explicada por um ambiente favorável à criação, processos bem estruturados e a busca por novas tecnologias. Finalmente, estudos no campo da psicologia e até mesmo da neurociência proporcionam análises como a de que o crescimento empresarial somente seria possível quando as relações humanas e entre as unidades de negócio apresentem confiança mútua. Quando as relações são de autoridade e poder, tem-se uma clara deterioração do ambiente e dos resultados. Conclui-se que a melhoria das práticas de gestão e inovação deve passar antes pelo repensar dos relacionamentos empresariais e pessoais, assim os resultados seriam melhores. Hugo Ferreira Braga Tadeu Professor da Fundação Dom Cabral (FDC), pós-doutor em Transportes pela Sauder School of Business (Canadá), doutor e mestre em Engenharia pela PUC Minas. ALE em revista ALE em revista 35