ALE
em revista
Publicação trimestral da
AleSat Combustíveis S.A.
Ano II • Número 3 • Agosto de 2014
bem-estar
Alimentação saudável
em foco
sustentabilidade
Jogue Limpo é opção
para aderir à reciclagem
Abasteça
seu negócio
Clube ALE é cada vez mais a aposta de revendedores,
como Jane Marlen, de São Mateus (ES),
para melhorar a gestão do posto
INSPIRE O FUTURO COM IMAGENS
Desta vez além de revelar o talento fotográfico dos participantes, buscamos
também inspiração para melhorar o mundo que nos cerca.
Para participar é só acessar: www.cliqueofuturo.com.br de 28/07 a 17/09.
PRÊMIOS
CLIQUE O FUTURO - 1º lugar geral
Impressora 3D – Cube Mini 16GB
e Microsoft Surface
CATEGORIA ESPAÇOS URBANOS
GigaPan Epic 100
* CÂMERA NÃO INCLUSA NO PRÊMIO
2
CATEGORIA MOBILIDADE
iPad Mini 16GB e
Air Drone Parrot
CATEGORIA SOLIDARIEDADE
Câmera Digital
EOS Rebel T3 EF-S
CATEGORIA ARTE E CULTURA
Lytro First Generation 16GB
CATEGORIA INSTAGRAM
Nokia Lumia 1020
ALE em revista
NESTA EDIÇÃO
Alexandre Barbosa, revendedor de Goiânia (GO):
“Clube ALE aumenta a motivação da equipe”
10
capa
16
Manoel Silva
arquivo pessoal
Entrevista
Jorge Abrahão fala sobre
responsabilidade social
arquivo pessoal
5
família ALE
6
na rede
8
para você
9
Bem-Estar
Você é o que você come
12
Perfil do Cliente
Anis Abdelnor
14
Mão de obra
Treinamento e capacitação
21
Mercado
Alterações na NR-20
26
sustentável
Jogue Limpo
28
Crônica
Hugo Ferreira Braga Tadeu
34
ALE em revista
22
PASSATEMPO
Criatividade, relaxamento, lazer:
a música muito além do hobby
30
PÉ NA ESTRADA
Em Minas Gerais, a Igreja da Pampulha é
um dos cartões postais de Belo Horizonte
Divulgação/belotur
Na Mídia
3
seu ESPAÇO
Eugênio Sávio
CARO LEITOR
Colabore com a revista!
“Programas de
incentivo, como
o Clube ALE,
promovem maior
engajamento
das equipes e
benefícios para
clientes”
A cada nova edição da ALE em Revista,
buscamos temas variados e interessantes para nossos leitores. As próximas
páginas são pensadas e produzidas para
trazer novidades que informem, entretenham e proponham reflexão. Por isso,
é importante saber o que você tem a
dizer e o que quer ver por aqui. Leu alguma coisa e tem uma sugestão? Envie
pra gente! O canal está sempre aberto:
escreva para [email protected]. Sua
opinião engrandece o nosso trabalho!
Participe!
ALE
em revista
Publicação trimestral da
AleSat Combustíveis S.A.
Ano II • Número 3 • Agosto de 2014
Incentivos
para crescer
No início deste ano, o Clube ALE, programa de incentivo da companhia, foi
revitalizado. Com a nova moeda de
troca (REALES) e uma plataforma mais
participativa, a ferramenta segue as
novas tendências e proporciona uma
gestão compartilhada nas revendas.
Além do maior engajamento das equipes, os resultados chegam aos clientes, que são impactados por melhorias
em atendimento, infraestrutura e produtos oferecidos.
A iniciativa da ALE segue um caminho
que tem se destacado no Brasil, em
empresas de diversos segmentos: os
programas de incentivo. A opção de
converter bom desempenho em pontos
que podem ser trocados por diversos
produtos é uma forma de potencializar
o cumprimento de metas, por exemplo. Os resultados podem também ser
acompanhados, promovendo uma ges-
4
bem-estar
Alimentação saudável
em foco
sustentabilidade
Jogue Limpo é opção
para aderir à reciclagem
ABASTEÇA
SEU NEGÓCIO
Clube ALE é cada vez mais a aposta de revendedores,
como Jane Marlen, de São Mateus (ES),
para melhorar a gestão do posto
tão mais participativa. Nesta edição da
ALE em Revista, o assunto ganhou
destaque na matéria de capa.
Destaque também para a importância
da responsabilidade social nas empresas, tema da entrevista com o diretor-presidente do Instituto Ethos, Jorge
Abrahão; as mudanças da NR-20, que
é a norma que regulamenta as operações com inflamáveis e combustíveis;
a certificação SGI – Sistema de Gestão Integrado alcançada pela ALE, e o
programa “Jogue Limpo”, que aposta
na sustentabilidade. Você lê também
sobre alimentação saudável, a música
como hobby e faz um passeio por Minas Gerais.
expediente
Coordenação: Anne Franck e Luciana Moreira
Conselho editorial: Cláudio Sayão, Christina
Barker, Giseli Lauer, Josefa Sousa, Karen
Rodrigues, Paulo Lisboa, Rafaella Fernandes e
Wallace Costa
Produção Editorial: Interface Comunicação
Empresarial
Redação: Bruna Miranda, Luciana Sampaio,
Marcos dos Anjos e Mariana Fontes
Edição: Clara Guimarães e Délio Campos
Projeto Gráfico: Setor de Marketing e
Comunicação
Diagramação: Fernanda Braga
Imagem de capa: Lindaura Pereira
Tiragem: 10 mil exemplares
Impressão: Gráfica Tamóios
Envie sugestões ou críticas
para: [email protected]
Boa leitura!
Marcelo Alecrim
Presidente
ALE em revista
NA MÍDIA
A expansão da rede e as principais metas da ALE
ganharam espaço na mídia nos últimos meses.
Além disso, o projeto de capacitação profissional
da companhia também foi notícia.
Tribuna do Norte / RN
Diário do Comércio / MG
O jornal “Folha de São Paulo” deu
destaque para as perspectivas de
aumento na rede de revendedores e projetos de modernização
da empresa em 2014. A matéria
foi publicada na coluna Mercado
Aberto, do caderno Mercado.
O novo perfil do consumidor foi
tema da matéria de capa da revista
“Consumidor Moderno”, que mostrou as práticas da ALE em relação
ao comportamento de consumidores e mercado.
A “Tribuna do Norte”, de Natal, e o
“Diário do Comércio”, de Belo Horizonte, publicaram matérias sobre o
Ônibus Escola, iniciativa da ALE para
o treinamento de profissionais, que
teve investimento de R$ 2,1 milhões.
Consumidor Moderno / SP
A abertura de novas revendas
e a premiação de postos foram
destaque em veículos de diversas
regiões do Brasil. Publicações de
Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina mostraram os novos empreendimentos e o “Diário do Posto”,
especializado em notícias do setor,
noticiou o melhor posto da rede.
Folha de S. Paulo / São Paulo
Diário do Posto / RJ
O Popular / GO
Diário do Comércio / MG
ALE em revista
Portal da Ilha / SC
5
família ALE
Rede em
A Família ALE não para de crescer. Neste ano, a companhia está investindo
cerca de R$ 165 milhões na ampliação
e manutenção da rede de postos, bem
como no aperfeiçoamento da logística
da empresa em todo o país. No primeiro
semestre 127 revendas já foram inauguradas e a meta é conquistar, até o fim de
2014, 240 novos postos.
Posto Mário Werneck
Arquivo ALE
Antônio Dias / MG
Posto Veraneio
Arquivo ALE
Posto da Torre
Arquivo ALE
Um dos postos inaugurados nesse período, o Mário Werneck, em Belo Horizonte,
é exemplo desse crescimento. Depois de
passar por reforma completa, o empreendimento ganhou bandeira da companhia.
O sócio-proprietário da revenda, Sanzio
Soares, já possui outro posto ALE e afirma que o relacionamento é excelente.
“Já conhecemos a procedência dos produtos da ALE e também temos um bom
contato com toda a equipe”, afirma.
Belo Horizonte / MG
Arquivo ALE
expansão
Brasília / DF
6
Itajaí / SC
Posto Dubai
ALE em revista
Arquivo ALE
Frentistas premiados
Rogério Figueiredo (terceiro
da esq. para dir.), frentista do
posto Cavalcanti e Rocha
Os Encontros com a Revenda, realizados todos os meses, nas regionais Sul e Norte, têm uma novidade. A partir de agora, um frentista
com mais tempo de casa e outro
com mais engajamento no Clube
ALE são premiados com um cheque
de 20 mil REALES cada. No evento
do dia 30 de maio, em Natal (RN),
o frentista Neemias Rodrigues do
posto Marcos Antônio Gurgel, de
Martins (RN), foi contemplado pelos seus 25 anos de serviços prestados. Já Rogério Figueiredo, frentista do posto Cavalcanti e Rocha,
ganhou a gratificação em função
do seu alto engajamento no programa de incentivo da companhia.
Marcelo Alecrim
é homenageado
Durante o 9º Encontro de Revendedores de Combustíveis do Nordeste,
em Natal (RN), o presidente da ALE,
Marcelo Alecrim, foi homenageado.
Ele recebeu uma placa de reconhecimento pela contribuição ao setor,
por meio das atividades da companhia. A homenagem foi entregue
pelo presidente do Sindipostos –
RN, Antônio Sales. “Não poderia ter
momento melhor para agradecer,
todos que conhecem minha história
estão aqui presentes. Hoje somos
quatro distribuidoras associadas ao
Sindicom e nos preocupamos não
só com as questões referentes à
distribuição, mas também com os
problemas da revenda. Temos uma
união e junto com a ANP estamos
no mesmo empenho para fazer o
Brasil melhor”, agradeceu Alecrim.
ALE em revista
Aldair Dantas
Natal / RN
Marcelo Alecrim recebeu placa de
agradecimento pelos serviços
prestados ao setor de combustíveis
7
Na rede
Na tela do
celular
Na palma
da mão
Aplicativos de celular oferecem praticidade e organização
para o dia a dia
Revendedores e consumidores já
podem acessar a versão mobile do
site da ALE. O aplicativo segue o
mesmo layout da versão original
do site, porém adaptado para facilitar a navegação dos revendedores
e consumidores.
Em poucos cliques, é possível entrar em contato com a ALE, buscar
postos e acessar outros serviços.
A iniciativa está alinhada ao obje-
tivo da companhia de acompanhar
as tendências digitais, que alcançam um público cada vez maior e
mais conectado.
Seu posto em destaque
no site da ALE
Revendedores que têm histórias
para compartilhar podem participar do “Acontece no Posto”, seção do site da ALE. Trata-se de um
espaço aberto
para
divulgar
curiosidades,
atendimento
qualificado, produto
diferenciado na loja de
conveniência,
Basta enviar o seu caso para
[email protected] e
aguardar um contato! Participe!
8
receitas apetitosas, eventos, projetos de voluntariado ou outras
iniciativas que mereçam ser destacadas para os consumidores.
Controle de
Combustível TB
Registra
valor de
abastecimentos,
média de
consumo
e grava
lembretes
para revisão e troca de óleo.
Disponível para Android, em
edições gratuita e paga, com
funções extras.
Infraero Voos Online
Consulta os
horários de
partidas e
chegadas
de voos
de 50
aeroportos
brasileiros,
informa a previsão do tempo,
entre outros.
LearnVest
Ao baixar
o app, o
usuário conecta suas
contas
pessoais
ao sistema
e, assim, pode ter uma ampla
visão sobre os gastos do dia a
dia. Além disso, pode estabelecer metas de economia.
ALE em revista
Para você
Na telona
Para o cotidiano
Velozes e Furiosos 7
Ultrabook Tap 11,
da Sony
Direção: James Wan
Gênero: Ação
Estreia em abril de 2015 o sétimo filme
da série “Velozes & Furiosos”, franquia
da Universal Pictures. Dirigido por James Wan e estrelado por Vin Diesel, Jordana Brewster e Dwayne Johnson, o longa terá a participação de Caleb e Cody
Walker — irmãos do ator Paul Walker,
morto em novembro de 2013 em um acidente automobilístico durante intervalo
nas filmagens, que interpretava o personagem Brian O’Conner. Antes de morrer,
Paul já teria gravado a maior parte das
cenas dramáticas e de ação. O roteiro
do filme foi adaptado e os irmãos Walker
vão representar o personagem nas cenas finais do filme e completar algumas
lacunas na produção.
Para ver em casa
O filme de 2013 traz uma mensagem sobre motivação e perseverança. Ben Stiller, ator e diretor do longa, vive o personagem Walter Mitty, um funcionário
da revista “Life”, encarregado, por vários anos, de revelar negativos e tratar
imagens do fotógrafo premiado Sean
O’Connell (Sean Penn), que percorre o
mundo atrás de maravilhas. Walter sonha acordado com grandes aventuras,
mas se acha incapaz de sair do lugar.
No entanto, tudo muda no dia em que
todos recebem a notícia de que a “Life”
vai acabar com a versão impressa e
Walter perde o negativo da melhor fotografia da história de O’Connell, que
seria a capa da derradeira edição.
ALE em revista
Anunciado pela marca como o
“ultrabook tablet mais fino do mundo”, o Tap 11 é um gadget híbrido e
foi lançado no Brasil em maio. Com
0,99 centímetro de espessura, ele
é mesmo menos grosso que outros
aparelhos da mesma categoria. Desenvolvido para atividades cotidianas, o equipamento tem design leve
e tela de 11 polegadas sensível ao toque, com tecnologia full HD. Outros
atrativos são a boa caneta digital e
o teclado destacável, que permite
que ele seja usado como tablet.
Para ler
A Vida Secreta de Walter Mitty
Direção: Ben Stiller
Gênero: Drama
Valor:
em média R$ 6 mil
Almanaque 1964 - Fatos,
histórias e curiosidades de
um ano que mudou tudo (e
nem sempre para melhor)
Autor: Ana Maria Bahiana
Ed. Cia das Letras, 256 páginas,
R$ 54,50
Com inteligência e rigor no tratamento dos
fatos, a autora recria o
universo efervescente
do ano de 1964. O Brasil começava a viver
sob uma ditadura militar que sufocava a democracia. No exterior,
a Guerra do Vietnã, a
tensão em relação à
bomba atômica e a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos mostravam um mundo em convulsão.
Antigos valores ruíam, anunciando
um novo mundo. De Chico Buarque
aos Beatles e Rolling Stones, passando por Glauber Rocha, os filmes
de 007, o monoquíni,
o frescobol em Ipanema: tudo na cultura e
na sociedade daquele
ano parecia estar em
plena erupção. O livro traz fotos, texto
leve e altamente informativo. O volume
é um passeio instrutivo por um tempo
que ajudou a definir o
mundo de hoje.
9
ENTREVISTA
Gestão responsável
Consumidores e mercado acompanham o desempenho
das empresas quando o assunto é responsabilidade social
Arquivo pessoal
O
Instituto Ethos de Responsabilidade Social, localizado
em São Paulo (SP), é uma
entidade sem fins lucrativos criada em 1998 por um grupo de
empresários e executivos da iniciativa
privada. A intenção sempre foi sensibilizar e apoiar empresas a gerirem
seus negócios de forma socialmente
responsável, tornando-as parceiras na
construção de uma sociedade justa.
Com experiência acumulada nessa área, o engenheiro, empresário e
diretor-presidente do Instituto, Jorge Abrahão, apresenta o conceito de
responsabilidade social empresarial e
afirma que a mudança do modelo de
gestão é, além de possível, necessário
para o desenvolvimento das organizações e também do país.
“É preciso um
planejamento prévio
para a adesão à
responsabilidade
social no modelo
de gestão”
Jorge Abrahão
10
ALE em revista
O que é responsabilidade social empresarial?
A expressão, como foi adotada no Brasil, significa gerir os negócios de maneira que torne a empresa parceira da
transformação da sociedade rumo ao
desenvolvimento sustentável.
O que vem primeiro em termos de
responsabilidade social empresarial: a inclusão social ou as questões ambientais?
Não dá para dizer o que vem primeiro.
Nós nos acostumamos a encarar o avanço das questões em camadas. Se você
olhar para a nossa história, verá que
primeiro avançamos na economia para
depois avaliar o impacto disso nas questões sociais e ambientais. E isso trouxe,
de alguma maneira, desequilíbrio.
Quando falamos de desenvolvimento
sustentável, temos a oportunidade de
repensar esse modelo. Um dos aprendizados é avaliar como o desenvolvimento
da economia pode considerar as questões sociais e ambientais, que, abordadas de forma sistêmica, promovem a
evolução simultânea de todas elas.
De que forma as empresas podem
aderir a esse conceito de responsabilidade social em seu modelo
de gestão?
É preciso um planejamento prévio. No
Instituto Ethos, por exemplo, temos
os “Indicadores Ethos para Negócios
Sustentáveis e Responsáveis”, com
os caminhos para que as empresas
se desenvolvam em quatro diferentes
dimensões: Visão e Estratégia; Governança e Gestão; Social e Ambiental. A partir de respostas a perguntas
simples, a companhia pode fazer um
diagnóstico, avaliar em qual estágio
se encontra nessas áreas e fazer um
ALE em revista
planejamento para ter um novo posicionamento em determinado período.
A outra frente é estimular as empresas a contribuírem para o avanço da
sociedade de uma forma geral. Para
isso, contamos com grupos de trabalho que promovem ações nas áreas
de mudança climática, biodiversidade,
direitos humanos e promoção de integridade, entre outros.
Existe ainda muito modismo em relação à responsabilidade social empresarial e à sustentabilidade nas
empresas ou o discurso já está se
transformando em prática?
Eu diria que cada vez mais o setor privado tem descoberto que se trata de um
tema chave para o avanço das empresas e dos negócios de uma forma geral.
A sustentabilidade está se tornando fator de competição e os indicadores estão cada vez mais consistentes.
O consumidor está de olho no comportamento das empresas. Hoje, as informações fluem com muita velocidade
e as organizações já são identificadas
ou não com uma determinada linha de
responsabilidade social. Os próprios
agentes financeiros têm incorporado
cada vez mais critérios de sustentabilidade para analisar as empresas.
Com isso, o movimento está avançado. Ainda existem as empresas que
olham para tudo isso apenas como
uma estratégia de marketing, mas
esse grupo está cada vez menor. As
iniciativas estão entrando na gestão
para promover mudanças no comportamento das empresas.
Quais ações poderiam ser realizadas por empresas de todos os por-
tes em relação à adoção de práticas
mais sustentáveis?
Temos trabalhado fortemente com as
frentes social, ambiental e ética. Do
ponto de vista da agenda social, a relação que as empresas podem estabelecer com seus colaboradores é algo
que não exige grande investimento.
Entre as iniciativas possíveis, podem
estipular metas para equidade de gênero para garantir que as mulheres
tenham as mesmas oportunidades
que os homens. A mesma diretriz
pode ser adaptada para a questão
da etnia.
Como as empresas podem avançar
e reverter essas questões históricas com políticas que permitam que
essas diferenças sejam reduzidas?
Nas questões ambientais, as organizações podem começar com ações
de ecoeficiência, como uso racional
de água, energia, estímulo ao compartilhamento de transporte, reciclagem de materiais e, depois, avançar
nesse processo.
Em relação à ética e à integridade, é
fundamental ter um código de conduta ou de ética para que a relação com
funcionários, com outras empresas
privadas e públicas e com os consumidores seja pautada pela honestidade.
Para ler
Responsabilidade social
empresarial: teoria e prática
Org.: Fernando Guilherme Tenório
Editora FGV, 260 páginas.
11
Banco de Imagens
BEM-ESTAR
Você é o que
você come
Dieta equilibrada é essencial para ter boa qualidade de vida
A
limentação saudável é o
tipo de assunto que cabe
em qualquer lugar e horário. A popularização do
tema tem aumentado a consciência da
população sobre a qualidade da dieta,
mas, para a maioria das pessoas, esse
hábito ainda está mais para o modismo. No entanto, parece que quem vence esse “estágio” não se arrepende.
De acordo com a consultora nutricional e diretora da RGNutri, Tânia Rodrigues, há diversas pesquisas para
12
encontrar alimentos e determinar padrões alimentares cujos efeitos sejam
cada vez mais benéficos para a saúde.
“Hoje, principalmente com a influência das mídias sociais, as tendências
de padrões de dietas sem glúten e
sem lactose, alimentos orgânicos, funcionais e os ‘superalimentos’ vêm se
tornando mais comuns”, afirma.
Na prática, há quem já substitua o
tradicional pãozinho pela tapioca ou
batata doce. Os leites de amêndoas,
de soja ou de arroz também estão ga-
nhando o espaço do leite de vaca na
mesa do brasileiro.
Da mesma forma, chia, amaranto e
quinoa, por serem ricos em nutrientes
e proteínas, figuram entre os “queridinhos” da temporada, juntamente com o
famoso goji berry, pelo seu alto poder
antioxidante na prevenção de doenças.
Com isso, a lista de “superalimentos”
continua crescendo.
Segundo Tânia, muitas pessoas pensam
que basta incluí-los na dieta de alguma
ALE em revista
Além disso, a alimentação deve estar
aliada à prática de exercícios físicos,
boas noites de sono e hidratação. Com
todos esses componentes em equilíbrio, a pessoa adquire um estilo de vida
mais saudável.
Arquivo pessoal
O resultado tem sido positivo para o
empresário. “Aderir a uma alimentação saudável compensa muito, não
apenas no presente mas também no
futuro”, destaca.
A consultora nutricional alerta que, embora a dieta dos brasileiros tenha evoluído, não é possível afirmar que tenha
se tornado mais saudável. Ela diz que
esse hábito é baseado no uso de diversos alimentos, divididos em refeições
durante o dia. “Acrescentar somente
um alimento considerado saudável que
está na moda não será suficiente para
que você mude de uma dieta inadequada para outra, saudável”, ressalta.
Esse é o objetivo do empresário Sidney
Roberto Rodrigues, 38 anos, proprietário do Auto Posto América, em Jundiaí
(SP). Casado e pai de duas crianças, ele
comenta que aprendeu em casa, com
a mãe, a ter uma alimentação mais balanceada e que tem mantido o hábito,
apesar de tantas “tentações”. “Prefiro
saladas, legumes e grelhados no dia a
dia”, aponta.
Em suma, alimentação saudável é um
processo contínuo. O proprietário dos
postos Pururuca e Zizinho, em Extrema
(MG) e Caçapava (SP), Saadallah José
Assad, 29 anos, sabe que o cuidado com
a dieta é sempre importante. Ele descobriu essa área quando resolveu praticar
triatlo, há seis anos. Apaixonado pelo
esporte, dedica duas horas e meia por
dia para os treinos, mas está sempre
“conectado” com a nutricionista que
orienta seu cardápio diário.
No quesito atividade física, ele faz musculação e pedala, além de já ter praticado jiu-jitsu. “É preciso cuidar desde
jovem. Para mim, é uma forma de prevenção”, enfatiza.
“Por causa do esporte que eu pratico,
o gasto calórico é muito grande. Minha
dieta é mais rica em carboidratos”,
destaca. Mas nem por isso ele deixa de
ter restrições. Bebidas alcoólicas e do-
Além da alimentação saudável, o
revendedor Saadallah Assad também
é adepto da prática de esportes
ces são restritos e frituras nunca estão
nas refeições.
Com treinamento e dieta balanceada,
ele participou de uma prova do Iron
Man em 2013. A competição consiste
em 3,8km de natação, 180km em cima
da bicicleta e mais 42,195km de corrida.
Para 2014, o empresário está se preparando para uma edição mais curta
da prova, em agosto. O cuidado com a
dieta também é um projeto de longa duração para manter a boa
qualidade de vida que tem
na juventude.
banco de imagens
forma para obter excelentes resultados como o funcionamento regular do
intestino, prevenção de doenças e emagrecimento. Só que a solução não está
apenas nessa categoria de alimentos.
“Não devemos olhar única e exclusivamente para um nutriente específico, e
sim inseri-lo na alimentação como parte
de uma dieta equilibrada e variada, que
respeite a necessidade individual, já que
cada organismo pode responder de forma diferente”, explica.
Um super alimento chamado goji berry
Originário no Tibete, o goji berry é
uma potência na forma de alimento. Rico em vitamina C, fortalece
o sistema imunológico, melhora o
humor, evita problemas oftalmológicos e AVC, previne diabetes e
câncer e, ainda, ajuda a emagrecer
e reduz a celulite.
ALE em revista
A fruta tem 19 aminoácidos, incluindo
os oito essenciais de que o organismo necessita. Eles atuam
na manutenção da massa
muscular, formação de células, proteínas e tecidos. A
dosagem recomendada é entre
15 e 45 gramas/dia ou 120 ml de seu suco.
13
PERFIL
DO CLIENTE
Bem representados
rodrigo cypriano
Conselho de Revendedores da ALE reúne empresários, como Anis Abdelnor,
para discutir propostas de melhoria para a empresa e o setor
Anis Abdelnor
integra a gestão atual
de conselheiros
H
á sete anos, o engenheiro
e administrador de empresas Anis Abdelnor abandonou um cargo executivo
para investir no segmento de revenda de combustíveis. Atualmente, ele
é proprietário do Posto Abdelnor III,
no município de Indaiatuba (SP).
“Sempre me interessei pelo setor de
combustíveis e de lojas de conveniência e tinha colegas nessa área. Valeu
a pena ter o negócio próprio e poder
tomar decisões”, comenta Anis. Depois de ingressar no setor, filiou-se
ao Sindicato do Comércio Varejista
de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap). Como membro
da atual diretoria da entidade, tem
tido a oportunidade de acompanhar e
“O conselho é
um espaço de
representação,
discussão de
problemas coletivos
e diálogo aberto
com a alta gestão”
14
ALE em revista
analisar o mercado e as suas necessidades a partir de diversos cenários
e situações.
A experiência acumulada e a liderança na sua região renderam a Anis
uma indicação para o Conselho de
Revendedores da ALE. “A companhia
é a única do segmento a ter um conselho como esse, com espaço para
representar os demais e expor problemas coletivos, em um processo de
diálogo aberto e transparente com a
alta gestão”, afirma.
Para ele, o Conselho de Revendedores
tem a responsabilidade de contribuir
para que os negócios sejam cada vez
mais sustentáveis para a distribuidora, revendedores, clientes, governo
e sociedade. “Quando não há ganhos
para todos os lados, acontece a quebra de confiança entre as partes, com
perdas para todos”, ressalta Anis.
A gestão dos negócios é um desafio
que o revendedor divide com a família. Desde o início, a esposa assumiu a
área de pagamentos e, recentemente,
foi a vez do filho mais velho começar
a trabalhar na empresa. “Acho que
estou construindo uma história nessa
área, uma tradição”, destaca.
Para tanto, Anis tem especial atenção
com o processo de seleção e capacita-
Espaço aberto para a participação dos revendedores
Criado em 2011, o Conselho de Revendedores é composto por dez
empresários que representam os
principais Estados em que a companhia está presente: Rio Grande do
Norte, Minas Gerais, Goiás, Santa
Catarina, Ceará, Maranhão, Rio de
Janeiro e São Paulo. Dessa forma,
a ALE se aproxima ainda mais dos
revendedores, por meio de um canal
de relacionamento que visa captar
as necessidades dos empresários e
transformá-las em melhorias para o
negócio. Em contrapartida, eles se
tornam multiplicadores das ações
da empresa para a rede, ou seja, um
forte elo entre a companhia e os demais postos.
Os conselheiros participam de reuniões periódicas com a diretoria
para apresentar sugestões e reivindicações dos postos, além das
ALE em revista
expectativas em relação aos produtos e serviços oferecidos. Nos encontros, são também apresentados
projetos considerados estratégicos
e há espaço para que os empresários opinem sobre as decisões tomadas pela empresa.
ção de funcionários. Atualmente, são
70 no total. “A gestão do capital humano é o nosso maior desafio, porque
o bom atendimento depende das pessoas”, analisa. Recentemente, toda
sua equipe participou do treinamento
“Show de Atendimento” ministrado
pela Academia Corporativa da ALE.
De acordo com o empresário, antes
de conquistar e encantar o consumidor final, é preciso investir na qualidade da prestação do serviço, com
pessoas que trabalhem por prazer e
que tenham valores éticos e morais
bem definidos. “Treinamos as pessoas com a nossa forma de ser e atender o cliente”, conclui Anis.
Conselho dos
Revendedores ALE
>> Afonso Vieira
[email protected] / Araripe (CE)
>> Anis Abdelnor
[email protected] / Indaiatuba (SP)
>> Battista Neto
[email protected] / Rio de Janeiro (RJ)
>> Cesar Maruzzo
Todas as reuniões são registradas
em atas. Com base nesse documento, a companhia desenvolve
um plano de ação que é encaminhado às áreas afins, incluindo as
respectivas diretorias. Cada grupo
de conselheiros vigora por um ano.
Os membros são selecionados de
acordo com os postos de melhor
desempenho no Clube ALE, parte
das vagas são revendedores representantes dos Estados de maior
atuação indicados pela ALE e parte
é eleita dentre os próprios conselheiros do ano anterior.
[email protected] / São Paulo (SP)
>> Ciro Piçarro
[email protected] /
Belo Horizonte (MG)
>> Douglas Reis
[email protected] / Trindade (GO)
>> Elisandro Machado
[email protected] /
Florianópolis (SC)
>> Irlan Fernandes
[email protected] / Paracatu (MG)
>> Junior Rocha
[email protected] / Natal (RN)
>> Leopoldo Corrêa
[email protected] /
São Luís (MA)
15
Manoel Silva
NEGÓCIOS
O revendedor Alexandre Barbosa,
do posto Nova Geração, usou
o saldo de REALES para trocar
os uniformes da equipe
Reconhecer
para fidelizar
Em alta no Brasil, programas de incentivo são a nova aposta das
empresas para estreitar relacionamento com seus públicos
J
á há algum tempo, as empresas vêm se desdobrando
em busca de novas fórmulas
para fidelizar seus clientes.
Baseadas na premissa de que o ser humano se sente bem ao ser recompensado, as ferramentas do Marketing de
Incentivo são cada vez mais acionadas
para o alcance desse objetivo. No varejo, a força dessa tendência foi demonstrada por meio de um estudo realiza-
16
do pelas consultorias internacionais
LoyaltyOne e Epsilon. O levantamento
mostrou que 27% dos brasileiros que
fazem parte de algum programa de
recompensas estão motivados a comprar mais vezes da mesma empresa.
No meio corporativo, os programas
de incentivo também têm sido utilizados como uma forma de manter
colaboradores, revendedores ou
franqueados motivados a alcançar
resultados cada vez melhores. A
avaliação é do diretor do Comitê de
Marketing de Incentivos da Associação de Marketing Promocional (Ampro), Luiz Salles. “Direcionadas a
públicos internos, essas ferramentas
têm mostrado bons resultados para
melhoria de desempenho, motivação,
redução de ausências no trabalho, entre outros benefícios”, afirma.
ALE em revista
Na prática
Para a diretora da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Danyelle
Van Straten, os programas de incentivo propiciam a criação de uma gestão mais participativa nas empresas.
“Ao conceder benefícios para quem
se supera no cumprimento das metas, os programas envolvem todos
os colaboradores nos valores da
marca. Dessa forma, eles se sentem
estimulados a fazer mais pelos clientes”, afirma.
Ainda de acordo com ele, os programas são uma potente ferramenta de
comunicação focada nas metas e no
caminho para alcançá-las, produzindo
vantagens tangíveis e intangíveis. “Geralmente, os programas de incentivo
são autossustentáveis, ou seja, a empresa só investe em premiações depois
que as metas propostas são atingidas,
seja aumentando lucros ou diminuindo
custos”, diz. Além disso, podem ser desenvolvidas e aplicadas rápida e “cirurgicamente” em áreas estratégicas.
Na avaliação dele, há também vantagens que não são tão tangíveis,
ALE em revista
Danyelle Van Straten tem experiência prática no assunto, já que
comanda, juntamente com a mãe, a
Depyl Action, rede de franquias de
depilação com 100 unidades no Brasil e duas na Venezuela. Por meio de
um programa de incentivo que premia com bônus em dinheiro os cerca
de 1.500 colaboradores com melhor
desempenho em atendimento ao
cliente, a empresa conseguiu manter
um ritmo de crescimento no faturamento na ordem de 20% ao ano.
“Com o programa, que já existe há
cinco anos, conseguimos unificar um
padrão que é rigorosamente seguido
em todas as franquias, com o objetivo de prestar o melhor atendimento
possível ao cliente”, diz. No programa, os colaboradores são avaliados
de forma quantitativa e qualitativa pelos seus coordenadores. Para
serem premiados, eles precisam,
além de um bom desempenho em
vendas, seguir as diretrizes criadas
pela rede.
Na Bunge, uma das maiores empresas
de agronegócio e alimentos do mundo, os programas de incentivo são
utilizados para alavancar as vendas.
Em 2011, a companhia criou o “Bunge,
eu posso”, destinado a vendedores,
supervisores e gerentes de venda.
Nos meses de interesse, para determinadas categorias de produto (por
exemplo, azeites no período de Páscoa e Natal), o programa entra como
mais um estímulo para que as equipes
possam buscar resultados propostos
e atingir suas metas.
Conforme as metas são atingidas, os
participantes acumulam pontos que
podem ser trocados por diversas categorias de produto, como eletrônicos,
arquivo pessoal
mas até mais importantes. Isso porque os programas bem estruturados
aumentam o grau de satisfação dos
participantes com a sua atividade
profissional e podem melhorar o ambiente no trabalho. “De modo geral,
esses programas criam condições
para maior fidelização da empresa
com seus públicos”, afirma.
legenda
legenda
Danyelle Van Straten: “Programa
de incentivo ajudou a manter
padrão de crescimento”
17
NEGÓCIOS
O diretor de Marketing e Varejo da
ALE, Renato Rocha, chama a atenção
para o fato de que o programa auxilia o
revendedor na gestão do seu negócio.
“Nesse sentido, o Clube ALE ajuda os
pontos de venda a entregarem o que
os consumidores esperam de forma
simples e eficiente, motivando e orientando constantemente o revendedor e
sua equipe”, comenta.
Lindaura pereira
viagens, cupons de desconto, entre outros prêmios, por meio de um portal na
internet. De acordo com a empresa,
o programa estimula o funcionário a
atingir suas metas, uma vez que, além
da premiação mensal, há o reconhecimento dos participantes com as melhores performances, com premiações
extras por período.
ALE também aposta na ideia
A ALE viu nos programas de incentivo uma oportunidade para estreitar o
relacionamento com a rede de postos.
Por meio do Clube ALE, revendedores,
frentistas e demais funcionários dos
pontos de venda acumulam pontos à
medida que cumprem as metas propostas pelo programa.
Para isso, a empresa fez uma reformulação completa no Clube ALE. Agora,
o programa conta com um site mais
prático, simples de navegar e com um
layout atrativo, além de uma moeda
própria: REALES. Outra novidade foi
o aumento do catalogo de prêmios,
que agora conta com cerca de 400 mil
opções de produtos e serviços. Entre
as recompensas, o participante pode
escolher itens como computadores,
câmeras, vouchers de supermercado e farmácia, passagens
aéreas, pacotes de viagens, recarga para
celular, além de
outros produtos
e serviços.
Assim, todo o desempenho do posto
no programa pode ser acompanhado
pelos revendedores e equipe, por meio
de relatórios gerenciais disponíveis no
portal clubeale.com.br. Jane Marlen
Nunes, sócia-proprietária do Auto Posto Boa Vista, localizado em São Mateus
(ES), intensificou o uso da ferramenta
depois da reformulação. “Ficou mais
fácil navegar pelo site do programa e
o catálogo de prêmios está muito atraente, tanto que os frentistas ficam na
expectativa do cumprimento das metas para resgatarem prêmios”, afirma.
De acordo com ela, a ferramenta ajuda
na tarefa de manter os funcionários
sempre motivados a dar o seu melhor
pela empresa.
Já Alexandre Barbosa, revendedor
do posto Nova Geração, em Goiânia
(GO), tem a preocupação em manter o cadastro dos frentistas sempre
atualizado no programa, que se torna
uma ferramenta importante para aumentar a motivação da equipe. “Além
disso, aproveito o saldo de REALES
para trocar por uniformes para meus
funcionários”, comenta.
Após a reformulação, Jane
Marlen Nunes, de São Mateus (ES),
passou a usar mais o Clube ALE
Com foco nos benefícios do programa, o Posto Ponteio, em Belo Horizonte (MG), realizou em abril um
treinamento sobre a plataforma. A
equipe do posto recebeu informações
sobre o regulamento do Clube ALE,
acúmulo de REALES, resgate de prêmios, entre outras funcionalidades.
Novo catálogo do Clube ALE
passou a contar com mais de
400 mil opções de prêmios
18
ALE em revista
Marco Aurélio Lara
Em busca de resultados
cada vez melhores
A gestão de qualquer empresa, inclusive postos de combustíveis e serviços, requer que o dono tenha uma
visão abrangente do próprio negócio.
Em Belo Horizonte, o proprietário do
Posto Avenida e membro do Conselho de Revendedores da ALE, Ciro Piçarro, encontrou no Clube ALE uma
ferramenta para a gestão do posto.
“Os relatórios gerenciais do programa me ajudam a ter uma análise
crítica do andamento dos negócios.
Para um melhor aproveitamento desse diferencial, temos um funcionário
específico para atualizar as informações na plataforma”, comenta.
1 milhão de REALES, além de reforma
de imagem e plano de mídia para dar
suporte à divulgação da conquista e
das melhorias no ponto de venda.
Em 2014, a premiação para o Melhor
Posto do Mês também foi reformulada e está mais atraente. Isso porque as revendas vencedoras contam
agora com um benefício especial,
que tem como objetivo tornar o posto ainda melhor para seus clientes:
A equipe do revendedor Amintas de
Moraes participou de treinamento
sobre o Clube ALE no Posto Ponteio,
em Belo Horizonte (MG)
Evento no Club Med em Angra dos
Reis reuniu revendedores eleitos
Melhores Postos de 2013
Arquivo ale
Assim como Piçarro, cada vez mais revendedores em todo o Brasil têm atentado para os benefícios do Clube ALE.
Em fevereiro, a companhia promoveu
um evento no resort Club Med, em
Angra dos Reis (RJ), justamente para
comemorar os resultados alcançados
pelos revendedores eleitos Melhores
Postos de 2013. Na oportunidade, o
Auto Posto Trindade, localizado em
Goiás, recebeu o prêmio da categoria
“Melhor Posto do Ano”. Como reconhecimento, posto e equipe ganharam
ALE em revista
19
NEGÓCIOS
NEGÓCIOS
Rodocar Auto Posto foi eleito o
Melhor Posto do Mês de janeiro
Para isso, a área de Engenharia da
ALE, em parceria com a equipe do
Esquadrão, realiza melhorias na imagem do posto. Os frentistas, que são
essenciais para um bom atendimento, também recebem treinamento exclusivo para se aprimorarem. A capacitação é ministrada pela Academia
Corporativa ALE. As equipes de Lubrificantes e Conveniência também
sugerem melhorias para o posto.
Já o banheiro do posto eleito como o
Melhor do Mês recebe uma reforma
por meio do projeto Banheiro Modelo
ALE, que objetiva oferecer mais conforto aos clientes. Além disso, o revendedor poderá conversar com um
especialista em marketing para avaliar formas de manter o posto sempre
atraente e com bom atendimento.
Entrevista
Luiz Salles, diretor da Associação de Marketing Promocional (Ampro)
As pequenas e médias empresas
também podem se beneficiar do
marketing de incentivos?
Atualmente, não são só as grandes empresas e multinacionais que
usam as ferramentas de incentivo,
derivadas das campanhas elaboradas em suas matrizes internacionais. No Brasil, dispomos de ferramentas modernas que permitem o
acesso aos seus benefícios, mesmo
por empresas menores e com pequenos públicos.
Quais são as aplicações possíveis
para o marketing de incentivos?
O mercado utiliza hoje uma gama
de ferramentas com grau variado
de sofisticação para atender às
necessidade de públicos diversos.
Podemos ver no mercado bons
20
arquivo pessoal
Arquivo ale
o Esquadrão Clube ALE. Durante o
processo de premiação, uma equipe
da empresa, composta por colaboradores de diversos setores, faz um
diagnóstico detalhado sobre os pontos que precisam ser trabalhados
para que o posto mantenha seu bom
desempenho e continue melhorando.
Luiz Salles, da Ampro
exemplos de programas sendo utilizados para alavancar vendas de
eletrodomésticos, estimulando a
redução do absenteísmo, a melhoria de performance no campo, em
fábricas, hospitais e na educação,
nos serviços de restaurantes, companhias aéreas, entre outras.
Como forma de mostrar a conquista,
o posto recebe um kit de divulgação
e brindes para serem distribuídos
aos clientes, além de 10% a mais de
REALES no mês seguinte. Para incrementar as vendas, a ALE também
ajuda o revendedor a atrair mais
clientes na região em que o posto
está instalado por meio de ações de
marketing de relacionamento (CRM).
Para isso, o plano de mídia local inclui
envio de mala-direta e divulgação nas
redes sociais.
Eleito o Melhor Posto do Mês em janeiro, o Rodocar Auto Posto, localizado em Iporá (GO), foi um dos que
ganharam um plano de mídia para
divulgar as melhorias feitas pelo Esquadrão Clube ALE. Impactada pela
divulgação, a funcionária pública
Viviane Roberta Martins Silva, que
abastece no local há três anos, ficou
sabendo que o posto estava de cara
nova e foi conferir as mudanças. “Ele
mudou para muito melhor. O espaço está mais amplo e organizado e
o atendimento continua bom como
sempre”, elogia.
ALE em revista
MÃO DE OBRA
Conhecimento itinerante
ALE investe na capacitação de frentistas e conta com uma sala de aula diferente
C
Roberta Paiva
om o objetivo de qualificar
mão de obra especializada,
a ALE lançou o projeto Ônibus Escola. Entre os meses
de abril e maio, foram apresentados os
dois veículos usados no projeto, que demandou investimento de R$ 2,1 milhões.
O programa leva, ao local de trabalho, capacitação técnica e comportamental para
frentistas, atendentes e demais profissionais de pista. Além de conhecimentos técnicos, são transmitidos valores, identidade
e pilares da ALE. A expectativa é de que os
ônibus rodem 80 mil km para capacitar 4
mil pessoas até dezembro deste ano.
O Posto Zumba, em Natal (RN), foi o primeiro a receber o Ônibus Escola. “Sempre invisto em treinamento. Somos
reconhecidos pela qualidade do nosso
atendimento”, enfatiza a proprietária,
Geísa Viviani Ribeiro Alecrim.
O sistema de contratação de novatos
inclui conversa com a gerente, teste,
Equipe do Posto Teixeira,
em Caratinga (MG), durante
treinamento no Ônibus Escola
entrevista com a proprietária e treinamento. “No início, o novato fica sob a
responsabilidade de um veterano. O
resultado é excelente e a rotatividade é
baixíssima”, enfatiza.
Infraestrutura completa
O ônibus possui espaço interno de 16,5
m2, com equipamentos que reproduzem um ambiente pedagógico. A capa-
Treinamento profissional
Criada em 2003, a Academia Corporativa ALE oferece, além do Ônibus
Escola, treinamentos elaborados para
o desenvolvimento profissional de
toda a equipe do posto. Para frentistas, trocadores de óleo e gerentes de
pista são abordados conteúdos como
Excelência de Atendimento, Técnicas
e Venda de Lubrificantes, Pistas de
Atendimento ALE e Produtos. Os funcionários da Entreposto podem fazer
o curso Pistas de Atendimento Entreposto. Os cursos têm duração de 2 a
4 horas e acontecem no posto. Para
ALE em revista
revendedores
e gerentes a
Academia Corporativa oferece workshops
desenvolvidos
em parceria com consultores e professores das melhores universidades do
país. São discutidos temas como Excelência de Atendimento, Conveniência, Gestão Financeira, Estratégia
em
legenda
Marketing, Lubrificantes, Gestão
de
legenda
Varejo, Segurança e Meio Ambiente. A
carga horária é de 8 a 16 horas/aula.
cidade é para 18 alunos, incluindo espaço reservado para cadeirante, com
acesso por plataforma elevatória.
Os cursos disponíveis são “Excelência
de Atendimento” e “Venda de Lubrificantes”, com quatro horas de duração
cada. “A capacitação tem de ser contínua e direcionada para as necessidades específicas de cada revenda”,
recomenda a gerente de Educação
Corporativa e Qualidade da ALE, Mariana Bertini.
Com experiência acumulada no setor,
o empresário Carlos Eduardo Campolina, proprietário do Posto Serena Mall,
em Nova Lima (MG), também já recebeu o projeto. “A estrutura e o material
são excelentes. Os frentistas também
elogiaram o consultor que ministrou o
treinamento”, comenta.
Para que uma revenda se torne ponto de parada do ônibus, o proprietário deve entrar em contato com o
seu gerente comercial ou com a Academia Corporativa ALE pelo e-mail
[email protected].
21
Passatempo
Para todos
os ouvidos
Paixão, tradição de família, relaxamento:
motivos não faltam para incorporar a música no dia a dia
É
comum perceber que o tempo passa mais rápido à medida que nos conectamos
mais. Com isso, os momentos de relaxamento e diversão podem
diminuir. No entanto, é preciso organizar a agenda e garantir o tempo
para o lazer, os hobbies e até mesmo
para o ócio.
A psicóloga especializada em análise
comportamental Camila Cury explica
que dedicar um tempo para praticar
um hobby é extremamente importante
até mesmo para a saúde física. “É necessário escolher uma atividade que
dê prazer. Vivemos em uma sociedade
altamente estressante, não podemos
ser apenas máquinas de trabalho”, sa-
22
lienta. Ainda de acordo com ela, hoje
em dia existem muito mais tarefas a
cumprir, mas a qualidade de vida não
acompanhou esse processo. “Quando
o cérebro está estressado, ele rende
menos e nos deixa com menos paciência. Praticar um hobby o desacelera e
funciona como uma válvula de escape, e com isso temos mais encanto e
prazer para fazer as coisas que não
são tão agradáveis, mas necessárias”,
explica.
pessoas. Camila Cury cita como exemplo o cinema: “a trilha sonora dos filmes nos faz chorar, sentir medo, paixão”. “Música é o pano de fundo da
emoção, muitas vezes consegue nos
tocar de um jeito que a própria palavra não consegue traduzir. Desde os
primórdios, buscamos a sonoridade
para nos agradar.” Daí o fato de os
instrumentos musicais, bandas e afins
serem um dos hobbies mais comuns e
agradáveis de todos os tempos.
Fonte de inspiração e prazer
Mais do que ouvir em casa, no carro e
assistir a apresentações, há quem tenha uma relação mais profunda com
a música. Conheça algumas histórias
inspiradoras de nossos revendedores
e colaboradores.
A música nos toca a alma. E o filósofo
Friedrich Nietzsche já dizia que “sem
a música, a vida seria um erro”. Pouca
coisa se compara a seu poder universal em levar paixão e relaxamento às
ALE em revista
Há grandes chances de um apaixonado por música já ter pensado pelo menos uma vez em viver
disso. Foi o que fez o produtor e
compositor paulista César Augusto Abdala, proprietário do posto
City Santo Amaro, em São Paulo.
Ele atua no setor de combustíveis,
mas tem na sua história a música
como protagonista.
Nascido em Jaborandi, interior do
Estado, ainda criança já compunha
músicas para festivais infantis e,
aos 18 anos, foi para a capital com o
sonho de ingressar na carreira artística, compondo e cantando. Formou
a dupla sertaneja César e César: César Rossini e César Augusto. “Nosso primeiro sucesso foi a música
‘Cerveja’, que tem o clássico refrão
‘Hoje é sexta-feira…’, e depois ‘Festa de Rodeio’. Quando meu parceiro
faleceu, continuei como compositor
e produtor”, conta. O primeiro artista a gravar uma composição dele
foi Wando, com a canção “Nos olhos
perdidos da noite”.
Em 1977, uma de suas músicas foi tema
de abertura da novela “Cinderela 77”,
interpretada por Vanusa e Ronnie Von.
No início dos anos 1980, compôs “Pouco a pouco”, que foi interpretada por
Gilliard e chegou a ser gravada em 18
idiomas. Já em 1990, a dupla Leandro
e Leonardo fez grande sucesso com a
música “Entre tapas e beijos”, de sua
autoria. Também gravaram composições suas João Mineiro e Marciano,
Chrystian e Ralf, Gian e Giovani, Dalvan, Fábio Jr., Daniel e Roberta Miranda, entre outros.
César Augusto completa agora 34 anos
de sucesso em parcerias com os maiores
ícones sertanejos do país, como Zezé di
Camargo e Luciano, Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Fábio
Costa, Gusttavo Lima e Eduardo Costa,
em um total de 944 músicas gravadas,
diversos prêmios (quatro Grammy e outros nacionais) e ainda 100 milhões de
cópias vendidas com os artistas. “A música começou como um grande prazer
e continua sendo, além de ser também
meu principal negócio”, explica César.
arquivo pessoal
Um grande compositor
César Augusto entre os
cantores Eduardo Costa
(à esq.) e Leonardo
No caso dele, a música também veio
como herança de família. “Minha
mãe adorava cantar, era cantora de
cozinha e fogão. Todos os meus irmãos têm talento musical e tocam
instrumentos. Os meus escolhidos,
além da composição, são o violão
e o piano”, conta. Já como hobby,
César prefere a pescaria e o futebol,
além de se inspirar em todos os momentos, histórias e pessoas do dia a
dia para escrever suas canções.
arquivo pessoal
Música “de ouvido”
Jorge Santo André se
interessou pelo piano
quando criança
ALE em revista
O mineiro Jorge Santo André, de
65 anos, é proprietário do Posto
Sant’André, em Nova Lima (MG), e, desde criança, via seus tios tocando piano.
Se interessou tanto pela sonoridade do
instrumento que acabou aprendendo
sozinho, “de ouvido”. Hoje, se apresenta em alguns bares e restaurantes em
sua cidade e em Belo Horizonte. “Se
vou a um lugar que tenha um piano,
acabo tocando alguma coisa, sempre
por diversão ou como ‘pagamento’ a taças de vinho”, diverte-se. O repertório
inclui bossa nova, bolero, músicas italianas tradicionais e até Roberto Carlos.
E como o que é bom passa de geração
para geração, seu filho, Cristiano Zani-
ni, herdou a habilidade e toca guitarra em três bandas de rock. Com
o primo que toca baixo e o afilhado
cantor, a família se reuniu com a
banda Pit Bulls, com Jorge dessa
vez tocando bateria. “Há oito anos,
a família compartilha o gosto por
rock dos anos 60 e 70, como Beatles
e Rolling Stones. Fizemos algumas
apresentações, também por lazer,
em clubes da cidade, festivais de
rock e casas noturnas”, conta. Nesse
caso, segundo ele, “dá até para ganhar um dinheirinho”. Em casa, para
relaxar, a preferência é por músicas
orquestradas, de artistas como Ray
Conniff e Richard Clayderman.
23
Passatempo
Música como empreendimento
Comprou os direitos do grupo e migrou para a área técnica e adminis-
trativa. Com a Kauana Produções, ele
e sua equipe levam diversão a eventos
sociais variados, como formaturas,
casamentos e festas de debutantes.
No repertório, também entra de tudo:
sertanejo, rock, forró, axé, pop, dance,
com apresentações em praticamente
todos os estados do sul do Brasil.
arquivo pessoal
Desde criança, Fernando Daros, de
Blumenau (SC), frequentava o posto de combustíveis da família: Anelviário Norte. Ao mesmo tempo, se
inspirou em um tio e nas festas
familiares, sempre com apresentações de músicos, para estudar violão. A infância na década de 1980
também marcou seu gosto por
grupos infantis da televisão, como
o “Trem da Alegria”. Na adolescência, além de ajudar no trabalho do
posto, começou a tocar trompete e
se dedicou à música em um teatro,
partindo daí para a música clássica e só mais tarde ingressando em
bandas populares, quando conheceu a banda Kauana, onde tocou
trompete por sete anos.
Empreendedor, Fernando criou, há dois
anos, um estúdio de gravação, o Studio
15, o que foi a realização de um sonho
antigo. “Sou formado em publicidade e
propaganda e meu forte sempre foi o
rádio, porque gosto muito de técnica de
mixagem. Uni o útil ao agradável, já que
precisava de um estúdio para os ensaios
e gravações profissionais da banda. No
futuro, ainda quero investir na gravação
de orquestras”, planeja Fernando. “A
minha vida é música, sempre fiz coisas
que me levavam a ela”, completa.
Fernando Daros administra
negócios no ramo musical
Em família
A ligação com a música começou
ainda no colégio, quando fazia parte
da banda da escola tocando o Hino
Nacional. Multi-instrumentista, também aprendeu a tocar violão, guitarra, pandeiro, trompete e trombo-
24
ne. A inspiração veio de casa. “Meu pai
cresceu em uma comunidade carente e,
aos 15 anos, começou a cantar e tocar
em bares. Recebeu uma proposta para
se apresentar em Salvador, onde se destacou e foi cantar na Banda Mel, onde
ficou até resolver montar o próprio grupo, com todos os filhos”, relembra.
arquivo pessoal
Israel Costa, de Natal (RN), também sente a música como peça
primordial em sua família. Assessor Comercial da ALE, ele concilia
as atividades na companhia com
as apresentações da banda Nonato
Negão & Cia. Israel toca guitarra,
saxofone e percussão e é acompanhado pelo pai, Nonato (guitarrista e cantor), a irmã, Priscila Silva
(cantora), e o irmão, Mikael Lucas
(contrabaixo). O formato é de banda de baile, seguindo a trajetória do
avô, que foi combatente da Segunda Guerra Mundial e era maestro
da banda do exército, de fanfarra.
Israel Costa tem uma banda
com formação familiar
Há quatro anos, todos os fins
de semana são reservados para
as apresentações em diversos
eventos: de bares a casamentos,
formaturas, aniversários e calouradas. O repertório é variado e
passa pelo rock, reggae, sertanejo, forró, anos 80 e o que mais for
agradar a todo o público. “Música
é o meu combustível. Só consigo
estudar, descansar, tudo com um
bom som. Para relaxar, coloco um
fone de ouvido e escuto músicas
internacionais como Bruno Mars,
Black Eyed Peas, Boyce Avenue, ou
reggae. É minha melhor arma contra o estresse”, comenta.
Até hoje, uma de suas maiores realizações foi ter tocado na festa de
fim de ano da ALE, em dezembro do
ano passado. “Nossa apresentação
no evento foi um sucesso”, recorda.
ALE em revista
arquivo pessoal
Três décadas de samba
Uma trajetória com o samba que já
dura mais de 30 anos. O proprietário do posto Gandini Auto Center, em
Itu (SP), Fábio Gandini conheceu, ao
acaso, o grupo PalaSamba, de Sorocaba. Foi paixão à primeira vista e ele
se apresenta com eles pelo menos
duas vezes ao mês, como um hobby
e “mais ou menos profissionalmente”, cantando e tocando percussão.
“Tenho uma tia que é professora de
piano e desde novo a via tocar, mas a
inspiração musical veio mesmo pelos
amigos. Conheci a banda em um bar
e acabamos ficando próximos. Por
brincadeira, esse meu dom musical
apareceu”, comemora.
Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Beth
Carvalho, Zeca Pagodinho: sambistas de raiz em geral são os principais
nomes escolhidos para interpretarem. Além da banda, sempre que
viaja ou vai a algum lugar que tenha
alguém tocando, acaba participando,
quando possível, e fazendo novas
amizades no meio. “Os músicos se
entendem”, explica.
Fábio Gandini
(o segundo, da esq. para a dir.):
“Música é válvula de escape”
Assim como a inspiração pela música,
os negócios no setor de combustíveis
também têm influência familiar. O posto era um empreendimento de seu avô
—o primeiro em Itu—, passou para o
pai e chegou até ele, com certeza indo
adiante com os filhos. Ele também atua
como corretor de seguros em sua empresa, a Gandini.
Fábio tem dois filhos: Ricardo, que toca
bateria, e Renato, guitarrista. “Eles her-
daram o interesse por música e instrumentos, já que desde pequenos
me veem cantando e tocando, mas
por enquanto não pretendem se profissionalizar. Eles gostam do samba,
mas também de rock, blues e jazz”,
explica. “Pretendo continuar cantando por muito tempo ainda; é a minha
válvula de escape, minha maior satisfação e meu principal divertimento.
Tocamos música para quem gosta de
escutar”, conclui.
Música para todas as horas
A psicóloga Camila Cury explica que
a música consegue se encaixar em
cada momento. No trabalho ou durante os estudos, por exemplo, a música
ambiente acalma e, em um tom adequado, tem poder de tranquilizar e
preparar o cérebro para receber mais
informações. Confira alguns sites que
ajudam a encontrar o seu estilo:
Superplayer.fm
Você fala o que está fazendo e a rádio organiza uma playlist ideal para
o momento. Grátis, em português.
ALE em revista
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baseado em neurociência que ajuda a concentrar, reduzir distrações
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gratuitos, em inglês.
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além de vídeos, notícias e playlists.
25
MERCADO
Mais segura
NR-20 passa por modificações e novas regras devem ser
implementadas de acordo com os prazos definidos
Com isso, temas como segurança e saúde estão sempre na ordem do dia. Afinal,
funcionários e clientes estão igualmente
expostos a diversos riscos, já que essa
operação tem no comércio de produtos
inflamáveis seu “carro-chefe”. Corrigir
possíveis erros e prevenir para que os
postos de combustíveis se tornem locais mais seguros para os trabalhadores
dessa atividade são os argumentos que
explicam a completa alteração da Norma
Regulamentadora Nº 20 (NR-20) pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A nova regra define parâmetros de segurança e saúde no trabalho para atividades de extração, produção, arma-
zenamento, transferência, manuseio e
manipulação de produtos inflamáveis,
a partir do planejamento do empreendimento, durante as atividades e após a
interrupção do serviço.
A primeira edição, de junho de 1978,
teve seu nome original alterado para
Segurança e Saúde no Trabalho com
Inflamáveis e Combustíveis a partir de
6 de março de 2012, quando foi publicada no Diário Oficial. O texto elencou dez
temas relacionados a processos operacionais e de gestão que devem ser atendidos pelos pontos de revenda.
Comércio de produtos
inflamáveis, como postos de
gasolina, ganham novos parâmetros
com alteração da norma
26
ALE em revista
Thiago fernandes
D
iariamente, os 40 mil pontos
de revenda de combustíveis
instalados no Brasil comercializam 350 milhões de litros de gasolina, etanol e gás veicular.
Esse montante, que corresponde a 5%
do PIB nacional, reafirma que o aumento da frota de veículos nos últimos dez
anos transformou postos e lojas de conveniência em parte da rotina de milhares de pessoas, além dos 500 mil postos de trabalho diretos do setor.
As fiscalizações dos auditores do MTE
foram intensificadas e, além de inspeções nas áreas físicas dos estabelecimentos, a NR-20 prevê conferência de
uma extensa lista de documentos que
deve estar permanentemente atualizada. O não cumprimento das recomendações prevê possibilidades de
notificação, multas cumulativas que
podem chegar a R$ 250 mil – dependendo dos problemas detectados – e,
ainda, suspensão das atividades do
posto. Para não correr riscos, os revendedores devem manter a atenção
sobre o processo de implantação de
todas as práticas exigidas pela norma.
Da mesma forma, os empresários que
quiserem ingressar nesse ramo de negócio só poderão iniciar as operações
de acordo com as novas regras vigentes para o setor.
Em geral, a NR-20 recomenda a adoção de procedimentos de gestão e
operação. Todos os postos devem ter
o Prontuário da Instalação, um conjunto de documentos, como desenhos,
plantas, certificados, fichas de produ-
Temas de abrangência
da NR-20
1. Projeto de instalação do posto;
2. segurança na construção e
montagem;
3. segurança operacional;
4. manutenção e inspeção das
instalações;
5. prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios
e explosões e emissões fugitivas;
6. análise preliminar de perigos
e riscos;
7. plano de resposta a emergências;
8. capacitação dos trabalhadores;
9. desativação da instalação;
10. prontuário da instalação.
ALE em revista
tos, formulários, entre outros que evidenciem o seu atendimento.
Na prática, esse pacote inclui o projeto
de instalação, descrição dos procedimentos operacionais, plano de inspeção e manutenção, análise de riscos,
plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios
e explosões e identificação de fontes
de emissões fugitivas, certificados de
capacitação dos trabalhadores, análise de acidentes e plano de resposta
a emergências. O material deve estar
disponível para consulta no posto.
Em outra frente, os auditores do MTE
também visitarão as instalações físicas
para verificar se o planejamento foi
realmente implantado e se as regras
de segurança no trabalho estão sendo
cumpridas. Para a gerente de Educação Corporativa e Qualidade da ALE,
Mariana Bertini, o maior desafio da
NR-20 é a capacitação da mão de obra.
“Além do pessoal da pista, os atendentes da loja de conveniência e os funcionários dos comércios anexos aos postos também devem ser capacitados.
Isso é importante porque todos devem
saber como agir em casos de risco ou
como atuar para a prevenção”, explica.
A orientação da ALE é para que os revendedores entrem em contato com os
sindicatos da sua base de atuação para
buscarem pela certificação de suas
equipes. A capacitação é dividida entre horas de teoria e prática de acordo
com a função exercida, e varia entre 4,
8 e 16 horas. Ela deve ocorrer durante
a jornada de trabalho desses profissionais. Os programas desenvolvidos
pela Federação Nacional do Comércio
de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) por meio do Plano de
Suporte de Treinamento da NR-20,
por exemplo, são conduzidos por consultores credenciados ou certificados
nessa matéria e o conteúdo deve levar
“A nova regra
define parâmetros
de segurança e
saúde no trabalho
para atividades
relacionadas
a produtos
inflamáveis”
em consideração as peculiaridades de
cada região.
De acordo com Mariana Bertini, a segurança dos profissionais é uma preocupação constante da companhia e de
seus revendedores. A regra tem sido
aplicada internamente pela ALE, que já
capacitou todos os empregados que têm
algum tipo de contato com materiais inflamáveis. Entre eles, os motoristas e os
funcionários que trabalham nas bases
de armazenamento. Já os prestadores
de serviço e terceiros que operam nas
instalações, como os motoristas FOB,
também têm de ser treinados. “Sabemos que a NR-20 promoverá uma grande mudança cultural dos postos de combustíveis”, considera.
A assessoria de imprensa da Fecombustíveis reafirma que manter o treinamento
das equipes em dia é o grande desafio dos
revendedores. No entanto, apesar dos
custos envolvidos, a NR-20 gera ganhos
para as empresas do setor, que serão
mapeadas de acordo com as situações
de risco e os procedimentos previstos. Os
funcionários também estarão plenamente qualificados para lidar com os riscos
das operações no dia a dia de trabalho.
27
sustentável
Jogue limpo!
Programa criado em 2005 visa a diminuição de danos ao meio
ambiente por meio do recolhimento de embalagens de plástico
O
plástico é um dos materiais encontrados com mais
abundância nos aterros sanitários, sendo um sério problema ambiental. Em função de sua alta
resistência, uma embalagem plástica
pode durar séculos sem se decompor.
Esse dado aponta como é importante
consumir esse material com consciência e encaminhá-lo à reciclagem.
O Programa Jogue Limpo — sistema
que recolhe as embalagens plásticas
de lubrificantes pós-consumo — surgiu
em 2005 como uma alternativa para
minimizar danos ao meio ambiente e
reutilizar essa matéria prima. O programa é disponibilizado por fabricantes associados ao Sindicato Nacional
das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom)
de forma gratuita para cerca de 28,5
mil pontos cadastrados em todo Brasil. As embalagens devolvidas pelos
consumidores aos canais de revenda
são entregues pelos comerciantes diretamente às centrais de coleta ou aos
caminhões de recebimento. O material
é direcionado para centros de recebimento e as embalagens plásticas recebem um tratamento inicial, antes de
serem encaminhadas para empresas
licenciadas que reciclam o material.
A ALE se orgulha de ser uma empresa
que se importa com o meio ambiente
e participa do Programa Jogue Limpo.
Ao todo, são 214 postos ALE cadastra-
28
dos nas regiões Sul, Sudeste,
Nordeste e Centro-Oeste
para a coleta do material.
Márcio Agostim da Silva, gerente do Auto
Posto Social, em
Curitiba (PR), destaca a importância da parceria
com esse programa: “Essa é uma
ótima
iniciativa
para preservar a
natureza. Mensalmente
recolhemos
cerca de 40 quilos de
embalagens de lubrificantes e nosso posto é equipado
com lixeiras de coleta seletiva e
também de pilhas e lâmpadas florescentes e de automóvel”, orgulha-se.
Para Paulo Rogério Pereira, gerente do
Auto Posto Prainha, em Caconde (SP),
o programa, além de beneficiar o meio
ambiente, favorece a imagem da revenda perante o cliente. “Nós lidamos
muito com esse material e encaminhar
os resíduos e as embalagens para a reciclagem é uma forma consciente de
descarte”, afirma.
A estimativa é de que em 2014 o Jogue Limpo receba cerca de 70 milhões
de embalagens de óleo lubrificante. No
site do programa é possível acompanhar a contagem on-line do número de
embalagens que foram recicladas desde o início do programa.
Participe!
Os postos interessados em participar do programa devem
encaminhar um e-mail para
[email protected]
com a razão social, o CNPJ,
endereço completo (rua/avenida, município, CEP, UF) e
e-mail do responsável pelo
estabelecimento. Para mais
informações
visite
o
site
programajoguelimpo.com.br ou
ligue para 0800 033-1520.
ALE em revista
Qualidade
Certificação garantida
Meio ambiente, segurança e saúde são atestados na ALE
O
Sistema de Gestão Integrada (SGI) da ALE foi
certificado
de
acordo
com as normas ISO 9001,
ISO 14001 e OHSAS 18001. O objetivo
é atingir a excelência na prestação
de serviços, melhorando continuamente a performance de seu sistema
de gestão com prioridade à ética, à
segurança, à saúde e à preservação
do meio ambiente.
arquivo pessoal
O trabalho de certificação foi conduzido pela Coordenação de Normas e
Procedimentos, com a participação
ativa de outros setores da companhia,
e foi finalizado em maio deste ano. O
processo terminou com a visita de um
grupo de auditores da empresa certificadora Bureau Veritas a oito unidades
da ALE.
Durante dez dias, foram percorridos os
escritórios de Natal e de Belo Horizonte e, ainda, as bases de Guarulhos (SP),
Guamaré (RN), Goiânia (GO), Luís Eduardo Magalhães (BA), Duque de Caxias
(RJ) e Betim (MG), para avaliação de
processos e procedimentos adotados
nas áreas auditadas.
Segundo a coordenadora do Departamento de Normas e Procedimentos da
ALE, Adriana Cândida Alves de Melo, a
certificação tem validade de três anos,
mas será revisada a cada 12 meses
para incentivar a companhia a manter
o ritmo de melhoria contínua. “Subimos mais um degrau da escada rumo
à excelência. A ALE está no caminho
certo”, comemora Adriana.
Qualidade atestada
A certificação do SGI é importante,
também, para o grupo de mais de 1800
postos da rede. A coordenadora explica que os revendedores são o público
externo com quem a ALE se relaciona e
que, a garantia de que os procedimentos adotados pela companhia são certificados aumenta a competitividade dos
negócios e a confiança do cliente final
nos produtos e serviços oferecidos.
João Bonomo afirma que certificação
amplia credibilidade da companhia
ALE em revista
Responsável pela área de Segurança,
Saúde Ocupacional e Meio Ambiente
(SSMA), Adriano Bezerra de Brito afirma que a certificação do SGI é mais um
diferencial. “A certificação ratifica que
a ALE mantem a regularidade das suas
operações, atestando o cumprimento
das normas e leis que regem a atividade”, explica.
Os aspectos de segurança e meio ambiente são os mais relevantes no processo de certificação. Embora populares, os combustíveis são produtos
inflamáveis que trazem riscos de acidentes podendo causar incêndios, explosões ou impactos ambientais como
a contaminação do solo e da água, por
exemplo. “Temos a consciência de que
trabalhamos com um produto que tem
elevado risco”, reconhece Adriano.
Internamente, o processo de certificação foi desafiador para as equipes
envolvidas. O nível de mobilização
dos setores aumentou para garantir que todo o trabalho resultasse na
certificação. “O nosso desafio, agora,
é continuar evoluindo nesses três aspectos”, comemora.
A tripla certificação da ALE também
é assunto de interesse do mercado.
Segundo o professor de Empreendedorismo do IBMEC-MG, João Bonomo,
além de funcionar como diferencial
competitivo, o excelente resultado alcançado pela empresa, em relação ao
SGI, também aumenta a credibilidade
da companhia frente aos acionistas,
fornecedores e clientes.
“Essa tripla certificação coloca a ALE
em posição de destaque no mercado
para competir com os outros players
do seu segmento. A medida também
amplia o impacto positivo e a credibilidade da empresa junto à sociedade,
pelo grau de responsabilidade que a
companhia demonstra”, analisa.
29
banco de imagens
PÉ NA
ESTRADA
Ó, Minas Gerais!
Faça um passeio pelo Estado e descubra os encantos da região
Montanhas e cidades históricas
são grandes destaques das
paisagens mineiras
H
á quem diga que “o coração do Brasil bate em Minas
Gerais”. Estrategicamente
localizado, como o órgão
que alimenta o corpo humano de vida,
o Estado tem atrações turísticas que
aguçam os sentidos de qualquer turista.
Não é para menos: são 853 municípios
que guardam história, tradição, aventura, belezas naturais, artesanato, romance ou festas populares e religiosas.
Tudo isso regado à tradicional e deliciosa gastronomia local, cervejas artesanais, além de cachaças conhecidas e
premiadas mundo afora. Vamos lá?
Um giro por Belô
A fama de capital nacional dos bares e
botecos fez de Belo Horizonte a primeira
sede do famoso festival “Comida di Buteco”. Quem visita a cidade entre os meses de abril e maio não pode perder essa
“peregrinação” aos estabelecimentos
participantes. Em 2014, foram 45, que
30
apresentaram ao público petiscos especialmente criados para o evento. Para
quem chega depois, a boa notícia é que,
geralmente, as iguarias são incluídas no
cardápio fixo dos estabelecimentos.
A antiga “Feira Hippie”, atual Feira de
Artesanato da Avenida Afonso Pena, é
outro programa imperdível para o turista que visita a capital. Nas manhãs
de domingo, é ideal para as mais diversas compras.
Da mesma forma, o Mercado Central
de Belo Horizonte é atração obrigatória
para quem quer conhecer as delícias
do Estado mais multicultural do país de
segunda-feira a domingo. Cachaças, doces, queijos, artesanatos e outros produtos tipicamente mineiros estão reunidos nas mais de 400 lojas instaladas em
um prédio que há 84 anos faz história
na cidade. Uma dica é a porção de fígado de boi com jiló na chapa servida nos
bares dos corredores principais.
A Praça da Liberdade e o complexo
de imóveis que eram usados para
sediar as secretarias de Estado, que
hoje formam o Circuito Cultural Praça da Liberdade, é imperdível. Ali perto, na esquina com a avenida Brasil,
um prédio cheio de curvas chama
atenção: é outro belo cartão postal
da cidade, assinado pelo arquiteto
Oscar Niemeyer.
Referência em arquitetura, a região da
Pampulha também merece uma visita.
Na igreja de São Francisco de Assis,
chamada de “Igrejinha da Pampulha”,
estão harmoniosamente reunidos
trabalhos de Niemeyer, do paisagista
Burle Marx, do pintor Cândido Portinari e do escultor Alfredo Ceschiatti. O
prédio do Museu de Arte da Pampulha
(MAP) é outra obra de referência e local que abriga diversas exposições de
artes plásticas. O estádio do Mineirão,
que sediou jogos da Copa do Mundo
2014, também fica na Pampulha.
ALE em revista
Minas por escolha
Mas Minas são muitas. A pouco mais
de 90km de Belo Horizonte, fica
a majestosa Ouro Preto. A cidade
guarda parte importante do acervo
do movimento Barroco Mineiro. As
igrejas de São Francisco de Assis, de
Nossa Senhora do Carmo e também
de Nossa Senhora do Pilar são atrações imperdíveis. O Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, é um
passeio pela história.
Cidade histórica que está em franco processo de desenvolvimento econômico
devido à exploração mineral, Congonhas
do Campo possui parte expressiva do
acervo de Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho. É lá que ficam os 12 profetas
esculpidos pelo artista em pedra sabão,
estrategicamente instalados no adro do
Santuário do Bom Jesus do Matosinhos.
As caminhadas a pé pelas incontáveis
ladeiras da cidade também fazem
parte do roteiro. Lojas de artesanato,
restaurantes com a melhor comida
mineira e bares completam as atrações da estadia.
Na primeira de muitas passagens por
Minas Gerais, o militar reformado da
Aeronáutica, Rene Mauro, não deixou
de conhecer Ouro Preto. Gaúcho, ele
aproveita cada oportunidade para
visitar outras localidades mineiras.
“Há muitos pontos turísticos para
visitar”, resume. Embora antigas, as
cidades históricas mineiras têm vida
própria e infraestrutura completa
para receber o turista que já faz parte da paisagem local.
Um caso é Tiradentes, a 189km da
capital, considerada um dos destinos mais charmosos para quem viaja
para Minas Gerais. Entre o casario, as
igrejas e as lojas de artesanatos e móveis está o Posto Tiradentes, que tem
bandeira ALE. Pelo seu estilo arquitetônico colonial, o empreendimento
foi premiado, em 2008, como o mais
bonito do país.
Mineira de Belo Horizonte, a arquiteta
Leda Naver Picinin morou em 12 cidades
diferentes do país ao longo da vida em
função do trabalho, mas sonhava em viver na região de Congonhas. “Sempre
passava por lá durante as viagens e minha vontade era de ficar”, relata.
Depois de aposentados, ela e o marido,
Jorge, adquiriram a casa que pertenceu
ao inconfidente Cônego Luiz Vieira, no
distrito de Lobo Leite, e estão reformando o imóvel que será transformado em choperia e, posteriormente, em
pousada. Para ela, a hospitalidade e o
respeito são as grandes marcas do povo
mineiro. “Em Minas, recebe-se muito
bem”, elogia.
Mar de montanhas
Minas não tem mar, mas oferece o
melhor do ecoturismo e do turismo de
aventura do Brasil. Depois de conhecer
as belezas naturais e histórias da Serra
do Cipó, a 90km de Belo Horizonte, o
administrador de empresas Tiago Cota
resolveu investir na atividade e, há 11
anos, além de um trabalho prazeroso,
encontrou um novo estilo de vida na
sua Pousada da Serra. “Ecoturismo é
muito apaixonante”, declara.
Embora essa modalidade turística ainda
seja pouco divulgada, há adeptos fiéis,
como o professor carioca Fábio Melo.
“Não gosto do mar. Pesquiso os roteiros antes de ir e Minas Gerais, além das
diversas atrações naturais, também
oferece a parte histórica. Toda cidade,
por menor que seja, tem a sua história.
Só à Serra do Cipó eu já fui quatro vezes”, ressalta.
Entre os muitos passeios, ele destaca
as trilhas de Tiradentes, a caminhada
que fez entre o pequeno distrito de
Milho Verde e Diamantina, as visitas a
São Tomé das Letras e ao Santuário do
Caraça, em Catas Altas e as paisagens
da região de Ipoema. “Pretendo voltar”, diz o professor. Diferentemente
de outras modalidades turísticas, essa
requer a presença de um guia capacitado. “É muito bom ter alguém que
conhece a trilha, por mais sinalizada
que ela seja. Isso garante a nossa segurança e administra melhor o tempo.
divulgação
Na estrada
Com estilo arquitetônico colonial,
Posto Tiradentes chama
a atenção de viajantes
Segundo o proprietário, Felipe Almeida da Silveira, a revenda chama a
atenção dos viajantes que chegam a
Tiradentes. “É uma vitrine da cidade
por ser um posto temático. Dos carros
que passam aqui, 90% param para pedir alguma informação”, destaca.
ALE em revista
31
31
A natureza requer certos cuidados que
só as pessoas ‘da terra’ conhecem de
fato”, recomenda.
Com mais de 80 cachoeiras catalogadas, Carrancas, a 265km da capital
mineira, já foi cenário das telenovelas
“Alma Gêmea”, “Paraíso” e “Amor Eterno Amor”. E é na entrada da cidade que
a empresária Cristiana de Abreu Alves
Gomes resolveu abrir o Posto Feliz.
“Temos aqui um turismo religioso muito forte; a comemoração da Semana
Santa é sempre muito bonita”, revela.
Ponto de parada para os viajantes que
trafegam pela região, o posto abriga um
restaurante de comida caseira, no melhor estilo de Minas Gerais, e os atendentes estão preparados para dar as
informações sobre os pontos turísticos
e as atrações da região.
Em Candeias, no oeste mineiro, o revendedor João Batista Nestor também
é parte da tradição da cidade histórica.
“Há mais de 70 anos temos o Auto Posto M N”, revela. O empreendimento, que
Arquivo pessoal
PÉ NA
ESTRADA
Fábio Melo escolheu
o ecoturismo e visitou
a região de Ipoema
foi do pai, agora é comandado por ele. A
mãe, Matilde Angélica de Souza, de 102
anos, ainda visita o local em suas caminhadas diárias. De Belo Horizonte até lá
são 218km de distância. Localizado no
Centro da cidade, o posto é um ponto
de referência para a comunidade local e
para quem chega.
Em clima de romance
Para quem gosta de um roteiro mais
romântico, Monte Verde é uma exce-
lente opção, como garante o secretário de Cultura local, Vinícius Nascimento. “O município ganhou fama como
destino turístico devido ao clima frio
e, no inverno, é comum registrarmos
temperaturas abaixo de zero”, explica.
Trilhas, passeios a cavalo, gastronomia diferenciada com chefs reconhecidos internacionalmente são algumas das atrações da cidade, que fica
a 180km de São Paulo. A indicação é
Iniciada por Raul José de Almeida, a
tradição de 68 anos no setor de distribuição de combustíveis na cidade
histórica de Mariana tem continuidade com a gestão da filha caçula,
Maria Aparecida de Almeida. Além
de gerenciar as duas unidades,
uma na entrada da cidade e outra
no centro do município, ela reserva
tempo na agenda para conhecer a
Estrada Real. Foi nesse trajeto, durante o século 18, que a Coroa Portuguesa definiu rotas que ligavam
Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ), para
o escoamento de ouro e diamantes.
O resultado de viagens para 150
municípios desse trecho, que foi
dividido em quatro rotas, está re-
32
Arquivo pessoal
Na rota da Estrada Real
No percurso da Estrada Real,
Maria Aparecida de Almeida
(à dir.) visitou Tiradentes
gistrado em uma página do Facebook
chamada “Pé na Estrada”. “Compartilhamos fotos e experiências. Ao final
dos passeios, elegemos as melhores cidades, hotéis, pousadas e restaurantes
que conhecemos. Também contamos histórias de personagens anônimos que tornam nossos passeios
ainda mais interessantes”, comenta
Maria Aparecida.
ALE em revista
a truta com pinhão, uma especialidade
da cidade.
A receita do chef Edson Puiati, coordenador do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una, em Belo Horizonte, usa um dos ingredientes mais saborosos e versáteis da gastronomia mineira: a costelinha de porco. Não tem erro!
Costelinha Pururucada à Mineira
Águas que tratam
Minas Gerais recebeu esse nome por
causa das inúmeras riquezas naturais
e minerais do seu solo. Além de ouro,
ferro e nióbio, por exemplo, há reservas de águas com propriedades radioativas e sulfurosas que reestabelecem
a saúde e a beleza. Muitas delas são
comercializadas em todo o país.
Por isso, o Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá é uma ótima opção de
passeio. Além do luxo e da grandiosidade das instalações, é possível experimentar os tradicionais banhos de lama
e “de pérolas”, uma espécie diferente
de hidromassagem que usa a água sulfurosa. A piscina de água radioativa
também é um destaque.
A cidade fica a 363km da capital mineira e é parte da história brasileira, tendo como personagem principal Dona
Beja. Ainda hoje, ela é a mais famosa
usuária das minas de águas do Barreiro, local afastado da cidade, onde tinha
uma casa nos idos do século XVIII. Há,
inclusive, um museu dedicado a ela na
área central. Os doces de Araxá são
parte da tradição gastronômica local.
Já em Poços de Caldas, as Termas Antônio Carlos foram reinauguradas no
primeiro semestre de 2014. A 449km
de Belo Horizonte e a 255km de São
Paulo, é outro destino para quem procura a fórmula da beleza e do bem-estar por meio dos diversos tipos de água
presentes no local.
ALE em revista
Ingredientes (rende quatro porções)
800g de costelinha suína com osso;
300g de abóbora moranga;
300g de batata baroa;
200g de quiabo;
100g de manteiga;
200g de pele de torresmo pré-frita
e triturada;
50g de alho picado;
70g de cebola picada;
1 maço de salsa picada;
Brotos de cebolinha de cheiro para
decorar;
2 ovos;
100g de farinha de trigo;
Sal, pimenta do reino em pó;
2 limões;
Óleo para fritura.
Modo de preparo
1. Cortar as costelas em dois ou três
ossos temperar com sal, pimenta do
reino, suco de limão.
2. Selar (dourar) as costelinhas em
frigideira e, logo em seguida levar
para assar em 170ºC por duas horas
em papel celofane e reservar.
3. Refogar um pouco do alho e da
cebola na manteiga, acrescentar
a abóbora moranga, e cozinhar “al
dente”. Repetir o mesmo processo
com a batata baroa e o quiabo. Todos
os legumes devem ser cozidos em
fogo baixo com o próprio líquido de
seu interior.
4. Depois de assada, passar a costelinha ainda quente pela farinha de
trigo, pelos ovos e pelos torresmos
pré-fritos. Fritar até “pururucar” (ficar crocante).
5. Colocar todos os legumes na panela, aquecer e adicionar a salsa picada.
6. Montar as costelinhas sobre a
cama de legumes e decorar com
broto de cebolinha de cheiro e
quiabos inteiros.
7. Servir imediatamente.
Sugestão do chef: servir com molho
de jabuticaba picante ou somente
com arroz branco.
divulgação
divulgação
Monte Verde é distrito de Camanducaia,
uma cidade que, além das cachoeiras que
servem para a prática de rafting (prática
de descida em corredeiras em equipe
utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança), também tem pontos
de escalada e descida de rapel, além de
trilhas para a prática de mountain bike.
Na cozinha
O chef mineiro
Edson Puiati
33
33
CRônica
Repensar a gestão:
A
troca permanente de experiências com empresas de
relevância no cenário brasileiro sugere que há uma
necessidade de repensar a gestão e
a adoção de práticas para a inovação.
Pesquisas recentes indicam que as
maiores taxas de retorno sobre o investimento acontecem quando a estratégia não está centrada em processos ou
produtos, mas em modelos de negócios.
Aliás, este último conceito vem gerando
mais confusão do que deveria no mercado. Muitos entendem que “modelos
de negócios” é uma área do conhecimento da inovação. Engano! Trata-se
de um desdobramento dos estudos de
estratégia competitiva, por meio da
compreensão da capacidade operacional e de planos de ação.
Ao compreender que os modelos de
negócio podem ser a chave para o crescimento sustentado, deveríamos nos
debruçar em responder como fomentar
um ambiente favorável e estimulante
para as pessoas. No contato diário com
as empresas, está cada vez mais claro
que a pressão por resultados financeiros contribui para a falta de alinhamento
dos processos, dada a alta competição
por números. Mais que isso, a busca por
faturamento crescente vem derrubando
a capacidade inovadora organizacional.
Os líderes relevantes estimulam valores como autonomia, relacionamento
34
ARQUIVO pessoal
como inovar?
constante com clientes e ambientes
em que a pressão por resultados seja
equilibrada. Recente pesquisa conduzida por uma empresa de consultoria
global indica que as empresas do futuro são aquelas em que o conhecimento
tem um peso significativo na sua estratégia de negócios.
Um ótimo exemplo é a Apple, supostamente uma das empresas mais inovadoras do mundo. Ledo engano, novamente! Na lista das mais inovadoras do
mundo ela não aparece nem entre as
dez mais, segundo o critério de retorno sobre o investimento para desenvolvimento de produtos. A relevância
do seu crescimento pode ser explicada
por um ambiente favorável à criação,
processos bem estruturados e a busca
por novas tecnologias.
Finalmente, estudos no campo da psicologia e até mesmo da neurociência
proporcionam análises como a de que
o crescimento empresarial somente
seria possível quando as relações humanas e entre as unidades de negócio
apresentem confiança mútua. Quando
as relações são de autoridade e poder, tem-se uma clara deterioração do
ambiente e dos resultados. Conclui-se
que a melhoria das práticas de gestão
e inovação deve passar antes pelo repensar dos relacionamentos empresariais e pessoais, assim os resultados
seriam melhores.
Hugo Ferreira
Braga Tadeu
Professor da Fundação Dom
Cabral (FDC), pós-doutor em
Transportes pela Sauder School
of Business (Canadá), doutor
e mestre em Engenharia pela
PUC Minas.
ALE em revista
ALE em revista
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