Órgão Oficial da Diretoria Geral do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal - CEBUDV - Edição Histórica 50 anos da União do Vegetal - Fundada a 22 de Julho de 1961 - Brasília/DF, 22 de Julho de 2011 A história da União FOTOS: MUTIRÃO PARA CONSTRUÇÃO DA SEDE HISTÓRICA (DÉCADA DE 70, EM PORTO VELHO); FOLHAS DA CHACRONA; SÓCIOS E DIRIGENTES NO II CONGRESSO INTERNACIONAL DA HOASCA (2008, EM BRASÍLIA) E MARIRI CAUPURI. FOTOS - HISTÓRICA: DMD. CONGRESSO: ISAAC AMORIM. CHACRONA E MARIRI: JÚLIO TRAZZI A história da UDV é marcada por mutirões, eventos, viagens, encontros, enfim, muito trabalho voluntário, que reúne uma grande irmandade em torno do objetivo de dar continuidade, zelar e engrandecer a obra iniciada pelo Mestre Gabriel. estruturação da UDV começou ainda nos seringais, a partir de 1959, quando o Mestre, encontrando o Vegetal, combateu o mau uso do chá e organizou o ritual. Tendo recriado a União do Vegetal, junto com sua família, Mestre Gabriel formou os primeiros mestres e estes, com UDV - A instituição departamentos onde, atualmente, milhares de sócios trabalham voluntariamente. São 50 anos de peleja de um batalhão que continua crescendo e aprimorando a administração do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Uma história de união entre pessoas, e que continua. sua supervisão, deram início ao trabalho de institucionalização, começando por formalizar esta sociedade. A busca por cumprir com as leis civis e assegurar a tranquilidade dos discípulos é o que norteia o trabalho administrativo da UDV. Foram criados documentos, normas e, com o tempo, novos 1961 - Pela palavra do Mestre, a União do Vegetal foi recriada, nos seringais. Ainda não havia uma instituição, na forma civil. 1965 - Hilton Pereira Pinho deu a idéia de criar uma Associação para que as pessoas pagassem uma mensalidade que custeasse as despesas. Após insistir pela terceira vez, o Mestre Gabriel autorizou. Foi criado também o primeiro Regimento Interno, que tinha 16 artigos. 1967 - Diante do acontecimento da prisão do Mestre, os mestres Hilton e José Luiz elaboraram o Estatuto da Associação Beneficente União do Vegetal, que tinha 64 artigos. O registro em cartório foi em 1968. Logo, a irmandade da UDV em Porto Velho trabalhou em mutirão para construtir uma nova Sede para a União do Vegetal. Por praticamente uma década, esta foi a Sede da UDV, até a transferência para Brasília (1982). 1982 - Porto Velho Com a transferência da Sede Geral para Brasília (DF), nas instalações da Sede, em Porto Velho, passou a funcionar o Núcleo José Gabriel da Costa, hoje Núcleo Mestre Gabriel, também considerado Sede Histórica da UDV. 1982 - Distrito Federal Diz o atual Estatuto que o Centro terá Sede, «para os efeitos legais e necessários, na cidade de Brasília (DF)». A foto do Templo é recente. Presidente Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Orador Oficial Diretor Social Diretor Geral Hilton Pereira Pinho (foto) Raimundo Monteiro de Souza José Luiz de Oliveira Antônio Cavalcante de Deus Raimundo Carneiro Braga Antônio Domingos Ramos Modesto Alves de Souza Florêncio Siqueira de Carvalho Manoel Emiliano de Lima 1967 - A indicação da primeira diretoria foi feita por Mestre Gabriel e aclamada pelos presentes na sessão. Foi composta e eleita em 1º.11.1967, com registro em ata. A posse foi em 6 de janeiro de 1968. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Década de 70 Os mestres da União do Vegetal, que deram continuidade ao trabalho do Mestre Gabriel, após seu desencarne, em 1971. Eles estão em frente à primeira Sede, onde bebiam o Vegetal, ao lado da residência do Mestre Gabriel na Rua Abunã, em Porto Velho (AC). Ao fundo, vê-se a bandeira da UDV, afixada na frente do barracão. YUUGI MACHIUCHI JÚLIO TRAZZI Sede Geral PRIMEIRA DIRETORIA A União do Vegetal está inteirando 50 anos desde a sua recriação, em 1961, nos seringais da Amazônia. A instituição, ou seja, a UDV na forma civil, enquanto pessoa jurídica, surgiu um pouco depois, em 1965 (veja quadro). Do ponto de vista histórico, a 03 Crescendo devagarinho Na medida em que a UDV cresce, o trabalho administrativo do Centro pede maior estruturação. Cabe à Diretoria Geral e seus departamentos, oferecer suporte legal e operacional às atividades da Representação Geral e trabalhar pelos interesses institucionais da União do Vegetal e dos sócios perante a sociedade.Assim, dentro do possível, a estrutura administrativa também cresce para atender a essas necessidades. 1961 Mestre Gabriel utilizou pela primeira vez a expressão União do Vegetal, em sessão no seringal Sunta, em 22 de julho. 1962 Em 6 de janeiro foi declarado pelo Mestre Gabriel o primeiro núcleo da UDV: Estrela Divina. 1966 Criação do uniforme (farda). 1967 Em Manaus, M. Cruzeiro dirige a 1ª sessão em 29 de julho de 1967. Ao regressar de Porto Velho em 1968, vem como responsável pela Distribuição de Vegetal em Manaus, já denominada, pelo próprio Mestre Gabriel de Núcleo de Manaus. 1971 Formalizado o Núcleo de Manaus, hoje Caupuri, com a criação de uma diretoria. 1972 Os sócios Nielson e Ivone Menão mudaram-se de Manaus para São Paulo levando um litro de Vegetal, dado pelo Mestre Florêncio. Formou-se então um grupo que passou a realizar as sessões na chácara do Mário Arnaldo Piacentini, em Cotia. Esta é a origem do Núcleo Samaúma, de onde nasceram novos núcleos, constituindo novas regiões onde o trabalho da União do Vegetal segue crescendo. 1973 Inauguração do primeiro templo da Sede Geral, ainda em Porto Velho. 16ª 2ª “De Manaus, a União do Vegetal vai circular o mundo.” Mestre Gabriel, em 11/07/1961 14ª 1974 Primeiro “Conclave” (encontro do Quadro de Mestres e do Corpo do Conselho) para reforma das leis e ESTADO DO estudos AMAZONAS de ensinos e rituais. 11ª 17ª 1978 Com o primeiro desmembramento de Regiões, mestre Braga - na época mestre central -, foi designado como Mestre Central da Região Norte, e, mestre Paixão, Central da Região Sul. 10ª DIVISA RO/AM 7ª 1ª 6ª 8ª RONDÔNIA 15ª DISTRITO FEDERAL 13ª 12ª 1982 Transferência da Sede Geral para Brasília/DF. Hoje a UDV soma 134 Núcleos (incluindo a Sede Geral), 16 Pré-Núcleos e 11 Distribuições Autorizadas de Vegetal, totalizando 161 locais de funcionamento do Centro. NÚCLEOS PRÉ-NÚCLEOS DISTRIBUIÇÃO AUTORIZADA DE VEGETAL - DAV 1ª - RONDÔNIA (1) 2ª - AMAZONAS 3ª - SÃO PAULO MINAS GERAIS (1) 4ª - BAHIA SERGIPE 5ª - RIO DE JANEIRO ESPÍRITO SANTO MESTRE GABRIEL ESTRELA DO NORTE MESTRE IAGORA PALMEIRAL MESTRE BARTOLOMEU SÃO MIGUEL MESTRE PERNAMBUCO CAUPURI TIUACO PRINCESA SAMA JARDIM DO NORTE MESTRE VICENTE MARQUES ÁGUAS CLARAS LUZ DO NORTE JARDIM DO CHACRONAL AMOR VIVÍSSIMO MESTRE ANGÍLIO SAMAÚMA SÃO JOÃO BATISTA CASTANHEIRA LUPUNAMANTA RAINHA DAS ÁGUAS ALTO DAS CORDILHEIRAS REI DAVI GRANDE VENTURA PRINCESA ENCANTADA REI DIVINO DIVINO MANTO MENINO GALANTE ESTRELA BONITA ESTRELA ENCANTADORA APUÍ SERENITA REIS MAGOS SALVADOR CORAÇÃO DE MARIA ESTRELA DA MANHÃ ENCANTO DAS ÁGUAS AMOR DIVINO PORTO SEGURO VITÓRIA VENTO DIVINO PUPURAMANTA PRÍNCIPE ANCARILHO JANAÍNA CAMALANGO LUZ DOURADA AGULHA DE MAREAR ARACAJU 8ª - DISTRITO FEDERAL GOIÂNIA TOCANTINS 9ª - PARANÁ RIO G. DO SUL SANTA CATARINA 10ª -PERNAMBUCO ALAGOAS/PARAÍBA RIO G. DO NORTE 11ª - CEARÁ/PIAUÍ MARANHÃO 1 2ª - MINAS GERAIS REI INCA GASPAR ESTRELA MATUTINA MESTRE MANUEL NOGUEIRA CANÁRIO VERDE SABIÁ LUZ DO ORIENTE MESTRE LUZIÁRIO SÃO COSMO E SÃO DAMIÃO JARDIM DAS FLORES ARCO-IRIS ESTRELA DALVA MONTE ALEGRE ALIANÇA PORTO ALEGRE COROA DIVINA ÁGUA BOA LUZ ABENÇOADA CAJUEIRO PAU D´ARCO PRINCESA MARIANA IMBURANA DE CHEIRO CAMPINA GRANDE MÃE GLORIOSA CONSELHEIRO SALOMAO GABRIEL FLOR DE MARIA MOURAIÁ TUCUNACÁ FORTALEZA MESTRE SIDOM SANTA FÉ DO CARIRI MESTRE ADAMIR FLOR DIVINA LAGOA DA PRATA LUZ DIVINA RECANTO DAS FLORES REI SALOMÃO DIVINÓPOLIS FLOR ENCANTADORA SANTANA DO PARAÍSO REI RABINO CORES DIVINAS NATAL CAMINHO FIRME RAINHA DA LUZ 4 MENINO DEUS LUMIAR ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV SERENO DO MAR CAJUEIRO PEQUENINO ESTRELA BRILHANTE MENINO REI 5ª ESTADO DE SÃO PAULO No Exterior 3ª Núcleos e Regiões da UDV no Brasil ERUNAIÁ TEMPLO DE SALOMAO CAMINHO DO MESTRE 4ª As regiões da UDV não correspondem, necessariamente, às regiões geopolíticas do País. Elas foram sendo criadas, a partir de 1978, para facilitar o trabalho administrativo do Centro e seguem o roteiro da expansão natural da União do Vegetal, à medida em que surgiram novos núcleos em diferentes Estados. A primeira Sede da União do Vegetal foi a casa do Mestre Gabriel, em Porto Velho, Rondônia. Por isso, lá é a 1ª Região. De Porto Velho, a União do Vegetal seguiu para Manaus, assim, a 2ª Região corresponde ao estado do Amazonas. São Paulo deu origem à 3ª Região e assim por diante. Acompanhe no mapa, com os Estados, as cores que identificam as regiões da UDV. ESTADOS UNIDOS 9ª Algumas regiões têm seus territórios divididos em mais de um estado, ou na fronteira, como a 17ª Região, para facilitar a administração, os contatos e as viagens do Mestre Central aos núcleos. 1 3ª - MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL SENHORA SANTANA BREUZIM SANTA LUZIA SÃO JOAQUIM SOLHINHA ARVOREDO FLORESTAL LUZ DE MARIA SAGRADA FAMILIA 1ª REGIÃO EUROPA 1ª REGIÃO 6ª - RONDÔNIA (2) 7ª - ACRE MESTRE RUBENS MESTRE RAMOS MESTRE HILTON CAMPO NOVO MESTRE JOANICO MESTRE NESCLAR ESTRELA DIVINA JOÃO LANGO MOURA BELO JARDIM JARDIM REAL SANTA FÉ SAN FRANCISCO SAN MIGUEL CLARIDADE DIVINA SAGRADA UNIÃO MESTRE POJÓ FLORIDA INMACULADA CONCEPCION REINO UNIDO LISBOA VALÊNCIA GENEBRA ALTO PARAISO Leia sobre a expansão internacional da União do Vegetal nas páginas seguintes 14ª - PARÁ/AMAPÁ 15ª - RONDÔNIA (3) 16ª - RORAIMA 17ª - ACRE (2) AMAZONAS (2) REI CANAÃ JARDIM FLORIDO CASTELO DE MARFIM PRÍNCIPE RAM AUGUSTO CANGULÊ ESTRELA GUIA ESTRELA ORIENTAL SERENO DE LUZ ALTA FLORESTA ESTRELA DO ORIENTE BOA VISTA SANTA ROSA MESTRE CONSTANTINO CRUZEIRO DO SUL SENHORA DAS ÁGUAS MULATEIRO MESTRE FRANCISCO JOÃO BRANDINHO ÁGUA DA VIDA MESTRE CÍCERO MESTRE JOSÉ RODRIGUES SOBRINHO ROLIM DE MOURA MARECHAL JORDÃO SANTA LUZIA ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 5 Núcleo Claridade Divina Edmonds, Washington América do Norte 1985 Antecedentes históricos da UDV nos Estados Unidos da América: David Lenderts e Patrícia Domingo visitaram Rio Branco/AC e beberam o Vegetal pela primeira vez no Núcleo João Lango Moura. Posteriormente, fizeram o convite para mestres do Brasil dirigirem sessões nos EUA. Núcleo San Francisco San Rafael, Califórnia 1996 Núcleo Santa Fé é o primeiro da UDV fora do Brasil. 2008 O Conselho de Administração criou a 1ª Região dos Estados Unidos da América, sendo designado Mestre Central o Mestre José Carlos Garcia. Núcleo Santa Fé Santa Fé, Novo México Núcleo Sagrada União Highland Village, Texas 1999 O Vegetal foi apreendido nos Estados Unidos, devido a uma Ação Penal Pública (maio). Foi realizada a primeira sessão com água em Santa Fé (junho). A UDV apresentou-se ao Ministério Público (Departamento de Justiça). Em novembro, a União do Vegetal ajuizou Ação contra o Governo dos Estados Unidos, reivindicando o direito ao uso religioso do Vegetal. 2001 Juiz James Parker decide presidir a ação. Aconteceram as primeiras audiências na Justiça Federal no estado do Novo México. 2002 Publicada decisão preliminar do Juiz Parker em favor da UDV, seguida de audiências, para definir os termos da medida cautelar que visava manter a comunhão do Vegetal. O Governo dos EUA pediu (e obteve) a suspensão da medida. A partir daí, o Governo apelou três vezes, mas foi confirmada a vitória da UDV. 2004 Uma nova decisão judicial também foi favorável à UDV. O Governo apelou à Suprema Corte Americana requerendo a suspensão da decisão ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV DAV Flórida Mestre Jeffrey Bronfman, atual presidente do CEBUDV nos Estados Unidos, lê pronunciamento da UDV à imprensa, em frente à Corte Americana, após a audiência de 1º de novembro de 2005. Ao seu lado, Mestre José Luiz de Oliveira, advogados e sócios da União do Vegetal. Europa 2003 A UDV e o Governo dos EUA foram ouvidos. A decisão publicada foi favorável à UDV. O Governo entrou com recurso e pediu novo julgamento. 6 Nesse mesmo ano o mestre Felipe Belmont passa a residir na Inglaterra, auxiliando nas questões legais para importação e o uso ritual do Chá, em conformidade com a legislação local. Núcleo San Miguel Norwood, Colorado 1988 Primeira sessão da UDV realizada nos Estados Unidos, na cidade de Norwood, Colorado. Estiveram presentes Mestre Gonzaga e Mestre Maciel, do Acre. 1993 Criação do Pré-Núcleo de Santa Fé, nos Estados Unidos da América, primeiro no exterior. Mestre Felipe Belmonte dos Santos, então Mestre Geral Representante, respondeu pela Representação, ficando Conselheiro Jeffrey Bronfman no lugar de seu auxiliar. 2009 - O Conselho de Administração criou a 1ª Região da Europa, sendo designado Mestre Central o mestre Edson Lodi. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (negado). As sessões da UDV voltaram a acontecer nos Estados Unidos. 2005 O Governo dos EUA interpõe Recurso Extraordinário à Suprema Corte Americana e reabre o processo sobre o funcionamento da UDV no país, lutando pela proibição. A UDV se preparou, com o auxílio de professores de Direito de Faculdades norteamericanas nos estados do Novo México, Califórnia e Washington (DC), e apresentou-se à Suprema Corte em novembro. 2006 Em fevereiro, foi publicada a decisão unânime, proferida pela Suprema Corte Americana, em favor da UDV (oito votos a zero). O Governo dos EUA, réu da ação, peticiona a extinção do processo da UDV. Entre 2006 e 2010 foram realizadas algumas audiências na corte do Juiz Parker e encontros de conciliação, em Novo México e Washington D.C. com a proposta de obter uma plena resolução do caso. 2010 Foram ainda realizadas duas audiências de conciliação, para regulamentar o acordo entre as partes (a UDV e o Governo dos EUA). O Departamento do Tesouro Nacional Americano devolveu à União do Vegetal os fundos relativos ao processo. O processo foi extinto em 18 de agosto de 2010. 1994 - Primeira sessão na Inglaterra: mestre Edson Lodi distribuiu o Vegetal a um grupo de 12 pessoas. Entre outros, participaram mestre José Carlos Garcia, conselheira Laudicia Holanda, Humberto Mafra e Tara Lamont. 1995 - Conselheiro Márcio Catunda distribuiu o Vegetal pela primeira vez em Genebra, Suíça. 1997 - Criada a primeira Distribuição Autorizada de Vegetal na Europa. O irmão Luis Sendino Penalva foi designado Responsável pela DAV de Madri, Espanha. 1º/04/2000 Estudos para inscrição do CEBUDV no Registro de Entidades Religiosas do Ministério da Justiça da Espanha. 2000 - Primeiro pré-núcleo na Europa - A Sede Geral autorizou a criação do Pré-Núcleo Inmaculada Concepción, em Madrid, Espanha. Registro de Entidades Religiosas do Ministério da Justiça (negado). Inicia-se a busca de um advogado especialista em temas religiosos (contratado em 2004). 2005 Constitui-se o CEBUDV - Núcleo Inmaculada Concepción e faz-se o pedido de inscrição no Registro de Entidades Religiosas (negado). 2006 Recurso à Audiência Nacional 2011 - Aconteceu em 1º de abril a primeira importação de Vegetal para Genève (ou Genebra), mediante autorização legal do Governo Suíço. Foram encaminhados 10 litros de Vegetal, pelo Núcleo Cajueiro, para a irmandade da UDV na Europa. A chegada do Vegetal foi feita com autorização expedida pelo Cantão de Genève, que autorizou a importação de 10 litros por mês. “É um marco importante para a União do Vegetal, pois já temos um meio legal de chegada do Vegetal no continente europeu”, considera Luis Felipe Belmonte, responsável pela UDV no Reino Unido. 2007 Sentença favorável da Audiência Nacional 2008 Procurador do Estado aceita sentença. É efetivada a inscrição da UDV no Registro de Entidades Religiosas da Espanha. REINO UNIDO DAV Londres 2001 Registro em cartório da entidade Centro Espírita Beneficente União do Vegetal e pedido de inscrição no SUÍÇA DAV Genebra ESPANHA AUSTRÁLIA Em 2004 foi realizada a primeira sessão da UDV na Austrália. João Luppi distribuiu o Vegetal para quatro pessoas: Roby Legg, Adriana Luppi, Leah Nichles e Josiane Luppi. 2010 - Criação da Distribuição de Vegetal Autorizada de Lisboa, Portugal. O mestre Jouberth Gandhy M. Piorski Aires foi designado responsável. Nesse ano também tiveram início as Distribuições Autorizadas de Vegetal do Reino Unido e de Genebra. EUROPA DAV Valência Núcleo Inmaculada Concepción Cáceres PORTUGAL DAV Lisboa ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 7 FOTO: BENTO VIANA Conselho da Recordação dos Ensinos do Mestre Gabriel Mestres da origem da UDV, para preservar a palavra do Mestre. COLÉGIO ELEITORAL CONSELHO DA RECORDAÇÃO REPRESENTAÇÃO GERAL 18 1 Presidente e 2 Vice-Presidentes, com funções executivas específicas. Respondem legalmente pelo Centro. No que diz respeito à pesquisa científica e relação com o meio acadêmico, há uma comissão que exerce este papel, com critérios científicos e acadêmicos. PÁG COORDENAÇÃO DE 16 COMUNICAÇÃO 22 A relação da UDV com a imprensa é uma das funções da Comunicação. Mas também as listas de emails e a comunicação interna são tarefas desta área. PÁG PATRIMÔNIO PÁG 20 ESTATÍSTICAS DO QUADRO SOCIAL 3 MIL PÁG SÓCIOS VOLUNTÁRIOS 20 8 CONSELHO FISCAL ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV É a quantidade aproximada de sócios da UDV que, voluntariamente, colaboram com a administração material do Centro e seus departamentos. São presidentes, secretários, tesoureiros, membros e auxiliares das diretorias e conselhos fiscais, na Sede Geral e nos núcleos, em todas as regiões na União do Vegetal. (Estimado em Maio/2011) Assim como acontece nos núcleos, a Diretoria Geral também é observada pelo Conselho Fiscal, um órgão independente, que contribui no chamamento às Leis internas e externas, zelando pela integridade das ações da UDV. Os núcleos têm sua própria diretoria Presidente e Vice-Presidentes são os responsáveis legais pela administração material de seu núcleo. 04 Na Região e nos Núcleos Dão apoio à agenda da região e ao Mestre Central. Também servem de conexão com a DG. Servem à Diretoria nos núcleos, mas integram dados à Diretoria Geral. Os departamentos mantêm suas próprias coordenações regionais, grupos de trabalho internos e monitorias nos núcleos, visando resultados locais e globais, para a UDV. MEMÓRIA E DOCUMENTAÇÃO BENEFICÊNCIA MÉDICO E CIENFÍFICO JURÍDICO 24 28 26 10 Grupos de Trabalho ligados diretamente à Sede/Diretoria Geral: ENSINO RELIGIOSO - INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO - IDENTIDADE VISUAL - COOPERATIVA DE TELEFONIA - EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA O Plantio de mariri e chacrona e as ações da Beneficência são as ações coordenadas da União do Vegetal que impactam mais diretamente no meio ambiente e na sociedade. O Centro tem parceria formal em ações com a Novo Encanto, Ong nascida no seio da UDV. PÁG 18 22 PÁG PÁG 31 Mestres Centrais das Regiões e Mestres Representantes de Núcleos Para melhor execução do Programa do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, haverá tantos Departamentos quantos se fizerem necessários, e inicialmente os seguintes: A) Departamento de Instrução e Doutrinação Espiritual; B) Departamento de Limpeza Geral; PLANTIO NÚCLEOS PÁG PÁG COMISSÃO CIENTÍFICA 14 REGIÕES PÁG É uma coordenação de trabalho com foco na relação entre o Centro (UDV) e a sociedade civil, ou seja, governo, autoridades, órgãos, autarquias. DEPARTAMENTOS PÁG PÁG RELAÇÕES INSTITUCIONAIS COORDENAÇÃO DE 10 20 Atendem à agenda da DG e mantém a comunicação com os núcleos. Apoiam-se e dão apoio às Secretarias e Tesourarias Regionais, ficando assim ligadas às Secretarias e Tesourarias nos núcleos. Esta integração administrativa é fundamental a melhor organização do Centro. O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal tem equipes ligadas à Presidência para cuidar das relações entre a UDV e outras instituições civis, sejam de caráter governamental, público, religioso, cientifico ou social: ! SECRETARIA E TESOURARIA GERAL PÁG A DG e os núcleos têm também, na composição da diretoria, o Orador Oficial. Originalmente, era sua função criar e manter uma biblioteca. PRESIDÊNCIA Leia a respeito dos departamentos e demais órgãos da Diretoria Geral nas páginas indicadas. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL específico e mais tempo para exame. Por isso, o Comitê Gestor vem suprir uma lacuna necessária para auxiliar a DG a tomar suas decisões com mais acerto e também com o respaldo da região, já que fazem parte dos seus membros alguns Mestres Centrais de Região. DIRETORIA GERAL ÍNDICE Formado por Mestres Centrais e Representantes de núcleos. PÁG Em dezembro de 2010 foi aprovada a criação de um Comitê para atuar como facilitador nas decisões que precisam ser conjuntas entre a DG e a Representação Geral. O Comitê Gestor fará uma filtragem dos assuntos que até então ficavam esperando as reuniões do hoje Conselho da Administração Geral. Além disso, algumas decisões necessitam de conhecimento Conselho de Administração Central PÁG ADMINISTRAÇÃO GERAL COMITÊ GESTOR PÁG O Mestre Geral Representante e os Mestres Assistentes da Representação Geral Atualmente são 4 Mestres Assistentes, que dão atenção a diferentes Regiões. O MGR é eleito para cargo de 3 anos. PÁG Conselho de Administração Geral - CONAGE É o órgão máximo da União do Vegetal. PÁG O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal tem sua Administração em dois níveis: o espiritual, representado pelo seu órgão máximo, o Conselho de Administração Geral CONAGE e, no seu aspecto material, a Diretoria Geral. ADMINISTRAÇÃO GERAL 26 O novo software de alfabetização e inclusão digital está disponível também online, para benefício da sociedade. Fruto de boas parcerias com insitituições afins aos projetos sociais da UDV. Junto aos núcleos da UDV funcionam 28 unidades beneficentes, com atendimentos ao público externo. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 9 Bebe-se um chá A partir de 1995, a participação de menores, filhos dos sócios, nas sessões foi o assunto que mobilizou as autoridades e a diretoria da União do Vegetal em um contínuo trabalho de entendimentos jurídicos e científicos que já dura 17 anos. Neste período, o Centro criou sua Coordenação de Relações Institucionais, que se encarrega de manter o diálogo com as autoridades e com as demais religiões que utilizam o Chá. “Direito tem quem direito anda”. Mestre Pequenina Em 24 de agosto de 1992 foi publicada no Diário Oficial da União a aprovação pelo Conselho Federal de Entorpecentes (CONFEN) do parecer do Conselheiro do órgão, Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá. O parecer continha, entre outras recomendações, a de que o chá Hoasca e as plantas que a compõem devem permanecer excluídos das listas de substâncias proscritas no país. 1970 O Chefe de Polícia do Território de Rondônia (equivalente ao Secretário de Segurança nos Estados), declarou verbalmente que “a União do Vegetal estava fechada”. Mestre Gabriel não fechou a UDV mas, demonstrando atenção à autoridade constituída, deixou de atender os adventícios e continuou realizando sessões com os sócios. Mestre Monteiro, que estava na presidência da Associação Beneficente União do Vegetal, constituiu um advogado, Dr. Jerônimo Santana, para a defesa dos direitos da União do Vegetal. Foi então proposta uma Ação perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (Rondônia era Território, na época). Recebendo então orientação legal, os membros da UDV elaboraram novo estatuto, mencionando o uso do Vegetal e transformando a Associação Beneficente para Centro Espírita Beneficente, incluindo a União do Vegetal entre as organizações religiosas. 1971 O então Presidente da Diretoria da União do Vegetal, Mestre Adamir (Francisco Adamir de Lima), orientandose com um advogado em Rondônia - Dr. Abílio -, decidiu incluir também no Estatuto do Centro a composição do chá – “feito a partir da união de dois vegetais, o mariri e a chacrona, comprovadamente inofensivo à saúde”. Mesa diretora de audiência do CONFEN, em agosto de 1985. À direita, o conselheiro do órgão, Domingos Bernardo, que deu parecer favorável à exclusão da Hoasca da lista de substâncias proibidas. Inofensivo à saúde Na década de 80, a Divisão Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (DIMED) incluiu na lista de substâncias proibidas no país o “banisteriopsis caapi (cipó de chinchona ou chacrona ou mariri)”. Por esta norma, ficaria proibido o uso do chá no Brasil. 1985 - A inclusão tinha sido feita ilegalmente, pois não tinha havido prévia manifestação do órgão competente então, o Conselho Federal de Entorpecentes. Mas, demonstrando respeito à lei e que o Vegetal não causa dependência física ou psíquica, a União do Vegetal suspendeu a distribuição do Vegetal aproximadamente por sessenta dias. E também se dirigiu ao órgão então competente, Conselho Federal de Entorpecentes – CONFEN, pedindo o “reexame da matéria, inclusive sob os aspectos de ordem sociológica, química, farmacológica, antropológica, cultural e jurídica-constitucional”. Em decorrência desse pedido, o CONFEN cria um Grupo de Estudos Multidisciplinar. Infância e Juventude - Três anos depois, foi publicada no Diário Oficial da União uma nova deliberação do CONFEN que recomendava, dentre outros aspectos referentes ao uso da Hoasca, a interdição do uso do chá a pessoas menores de idade. O parecer era uma resposta a uma representação encaminhada por uma mãe, solicitando providências relativas à “Seita do Santo Daime”, referentes à sua filha (CONFEN, processo nº 136/94). Assim, o processo quanto ao uso da Hoasca foi reaberto. Nos meses seguintes, a equipe da área jurídica do Centro teve que atuar em Varas da Infância e da Juventude nas cidades de Boa Vista, em Roraima; São Roque, no Estado de São Paulo; Joaçaba, em Santa Catarina; em Ilhéus, na Bahia. Tornou-se necessária a contínua ação do Departamento Jurídico em defesa do Centro perante o CONFEN. Propostas - Em 1996, foi apresentada uma petição do CEBUDV, pedindo reexame da matéria pelo Conselho e a realização de estudos adequados a respeito do uso do chá por pessoas menores de idade, filhos dos sócios que freqüentam a instituição. Pedimos a modificação da deliberação restritiva e apresentamos propostas fundamentadas nas próprias práticas do Centro, que tradicionalmente zela por suas crianças e jovens. Dificuldades - O pedido do Centro entrou na pauta do CONFEN. Ao longo de meses a UDV prestou esclarecimentos, apresentando muitos documentos e as pesquisas já existentes. Mesmo com todo o trabalho de colaboração, foi publicada no Diário Oficial da União (1997) 1986 - O CONFEN resolve excluir provisoriamente das listas de substâncias proscritas da Dimed o banisteriopsis caapi. O trabalho do Grupo de Estudos prossegue. 1987 - Exclusão definitiva do banisteriopsis caapi das listas da Dimed. A decisão foi mantida em 1992. 1998 - O CONFEN, que era órgão vinculado ao Ministério da Justiça, foi extinto e sucedido por um órgão vinculado à Presidência da República, o Conselho Nacional Antidrogas, hoje denominado Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas. 1984 - Na Sede Geral da União do Vegetal, em Brasília, a Diretoria se reúne para decidir as ações do Centro junto às autoridades, no sentido de assegurar o direito ao uso religioso do Chá. Preside a reunião o mestre Edson Lodi, então presidente. Advogados voluntários 10 O funcionamento da UDV, com o respaldo do Poder Público, é uma conquista marcada por importantes vitórias jurídicas; um trabalho contínuo da Diretoria do Centro, através das diferentes gestões, durante décadas, sempre em conjunto com a Representação Geral e o trabalho de profissionais do Direito. Mas foi somente a partir de 1991 que a Diretoria Geral constituiu, oficialmente, uma Assessoria Jurídica. Em 1993, ela tornou-se Departamento e começou a existir também nos núcleos. Mais recentemente, os sócios com formação em Direito e os monitores do Departamento Jurídico da UDV (na Diretoria Geral e nos núcleos) formaram, através de lista de emails, Grupos de Estudos em áreas específicas do Direito (tributário, imobiliário, antidrogas, marcas e patentes, entre outros). Estes estudos funcionam como um apoio aos Diretores na elaboração de documentos e pareceres a serem encaminhados à Diretoria Geral e à Representação Geral, nas mais diversas necessidades. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 11 novo parecer restritivo a respeito do uso da Hoasca por pessoas menores de idade: “Evitar-se ministrar o chá denominado Ayahuasca aos menores de 18 (dezoito) anos, mesmo que acompanhados pelos pais, ou responsáveis, qualquer que seja sua dosagem ou cerimônia” (DOU, Seção I, Pg. 14298, de 08.07.1997). O CONAD - Em 1998, em substituição ao CONFEN, foi criado o Conselho Nacional Antidrogas – CONAD, e sua secretaria executiva, a Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD. O CONAD é um órgão subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A presença da equipe da Diretoria Geral no âmbito do novo órgão passou a ser constante. O assunto dos menores de idade ainda estava pendente. A UDV foi bastante atuante no I Fórum Nacional Antidrogas organizado pela SENAD (1998). E também no II Fórum Nacional Antidrogas, em 2001. Os ISAAC AMORIM O CEBUDV requereu então ao Ministério Público Federal a instauração de um Inquérito Civil, “para, ao final, recomendar ao CONFEN o que for de Direito, no melhor interesse da garantia e direito fundamental de liberdade de culto, integração familiar e dos direitos das crianças e adolescentes, filhos dos seguidores da Doutrina da União do Vegetal”. (MPF Processo nº 08100.004392/97-84). Uma petição foi também apresentada ao CONFEN, mostrando a ilegalidade da restrição e informando a respeito do requerimento feito ao Procurador Federal dos Direitos do Cidadão. e a sociedade civil com objetivo de se estabelecer uma política nacional sobre drogas no Brasil. A União do Vegetal foi a única sociedade usuária do Chá oficialmente presente, nas duas ocasiões, assumindo inclusive coordenações de trabalho. Audiência com o Ministro da Justiça (2003), onde representantes do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal tratam do uso religioso do Chá. Hoasca no CONAD “Considerando que o controle administrativo e social do uso religioso da ayahuasca somente poderá se estruturar, adequadamente, com o concurso do saber detido pelos grupos de usuários; Resolve: Art. 1º Fica instituído GRUPO MULTIDISCIPLINAR DE TRABALHO para levantamento e acompanhamento do uso religioso da ayahuasca, bem como para a pesquisa de sua utilização terapêutica, em caráter experimental.” Resolução CONAD Nº 5 / 2004. A União do Vegetal está presente. Na vice-presidência do Grupo está o Coordenador de Relações Institucionais da UDV, Edson Lodi, representando a nossa instituição. Também participam outros cinco representantes de religiões usuárias da Hoasca e uma equipe multidisciplinar, indicada pelo CONAD, com competências nas áreas da Antropologia, Farmacologia e Bioquímica, Social, Psicologia, Psiquiatria e Jurídica. Entre as tarefas do GT estão promover o cadastro nacional de todas as instituições hoasqueiras, fazer um levantamento e acompanhamento do uso religioso da Ayahuasca, bem como uma pesquisa a respeito de sua utilização terapêutica, em caráter experimental. O Grupo também deve estabelecer um plano de ação preventiva para que não haja uso inadequado do Chá. Audiência pública na Câmara dos Deputados em julho de 2010. A UDV apresentou-se, ao lado de outras sociedades hoasqueiras, para falar do Vegetal. DIRETRIZES Em 2006 o Grupo Multidisciplinar de Trabalho apresentou ao CONAD seu Relatório com recomendações para o bom uso da Hoasca, entre outras: - Ratifica o uso exclusivamente religioso, a não comercialização, a sustentabilidade da produção, a não publicidade, e o uso terapêutico do chá, necessariamente respaldado em habilitação profissional reconhecida e pesquisas científicas. - Novatos e gestantes. Também serão definidos os procedimentos de recepção de novos adeptos e o uso por menores e mulheres grávidas – sendo que, quanto às grávidas, a responsabilidade cabe a elas próprias. - Quanto aos menores, o Grupo Multidisciplinar de Trabalho afirma em seu relatório final: «Tendo em vista a inexistência de suficientes evidências científicas e levando em conta a utilização secular da Ayahuasca, que não demonstrou efeitos danosos à saúde, e os termos da Resolução 05 / 2004, do CONAD, o uso da Ayahuasca por menores de 18 (dezoito) anos deve permanecer como objeto de deliberação dos pais ou responsáveis, no adequado exercício do poder familiar ( art. 1634 do Código Civil).» II Congresso Internacional UDV, James Allen, o Mestre Geral Representante da União do Vegetal, mestre Raimundo Monteiro de Souza, o Presidente do II Congresso, sócio da UDV e médico, Dr. José Roberto Campos de Souza e a Deputada Federal Perpétua Almeida (Acre). A Diretoria Geral do Centro agradece a todos os profissionais do Direito que já dedicaram e ainda dedicam-se à causa da União do Vegetal. Colaboraram voluntariamente como responsáveis pelo Departamento Jurídico os sócios Luís Felipe Belmonte dos Santos, Marisa Mendes Machado, Romeo Elias, Frederico Kondorfer Neto, Bruno Wider, Wladimir Fogagnoli Ferraz. 12 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV CHACRONA. FOTO: JÚLIO TRAZZI ISAAC AMORIM Na foto, a abertura do II Congresso Internacional da Hoasca, com autoridades do Centro, à época: o Presidente da Pesquisa com menores - A UDV acolheu o pedido da Universidade da Califórnia - Irvine, de realização de uma pesquisa científica para identificar o perfil dos menores usuários da Hoasca na União do Vegetal (veja mais à página 28). E apresentou ao Ministério Público Federal e ao CONAD o protocolo de pesquisa da Universidade, pedindo acompanhamento pelos dois órgãos (1999). Direito reconhecido - O CONAD reconheceu a legitimidade do uso religioso da ayahuasca (17 de agosto de 2004), através de um parecer técnico-científico que resgata todo o histórico da legalização do uso religioso da Hoasca no Brasil. Está fundamentado na Constituição Federal, no Código Civil, na Convenção sobre os Direitos da Criança, e nas deliberações do CONFEN, excluindo o Chá e suas plantas das listas de substâncias proscritas no Brasil. 2010 - Políticas públicas – Uma comissão da DG participou, representando a UDV, da Audiência Pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, convocada para discutir a Resolução nº 1, de 25 de janeiro de 2010, que "Dispõe sobre a observância, pelos órgãos da Administração Pública, das decisões do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD, sobre normas e procedimentos compatíveis com o uso religioso da Ayahuasca e dos princípios deontológicos que o informam." A UDV realizou, em Brasília, entre os dias 9 e 11 de maio de 2008, o II Congresso Internacional da Hoasca e o IV Congresso da União do Vegetal com a presença de mais de mil pessoas de todo o país e um grupo de participantes dos Estados Unidos, Espanha e Austrália. O evento reuniu pesquisadores, acadêmicos, juristas, além de dirigentes e membros das três principais religiões que utilizam o chá Hoasca como sacramento em seus rituais: Alto Santo, Barquinha e União do Vegetal. Durante o congresso, foi apresentado o resultado de uma pesquisa, realizada pela Universidade da Califórnia e pela Universidade Federal de São Paulo, sobre o comportamento dos adolescentes que fazem uso do chá na UDV. Textos baseados na narrativa de Marisa Mendes Machado, no capítulo relativo ao CONAD do livro “Hoasca: ciência, sociedade e meio ambiente”, lançado em Fortaleza, durante o encontro do Demec (abril/2011). Agradecimentos: A Diretoria Geral agradece a todos, sócios ou não da UDV, nas pessoas de Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, pela atuação sempre ética e responsável nos assuntos relativos ao uso religioso da Hoasca; Ruy Fabiano e os mais de 70 sócios do Centro que participaram no I e II Fórum Nacional Antidrogas da SENAD; ao Coordenador de Relações Institucionais da UDV, Edson Lodi e, à época dos seus cargos: James Allen (Presidente do Centro), José Luiz de Oliveira (Mestre Geral Representante) e João Magno (Deputado Federal) e a muitos mais que contribuíram com este trabalho, quer seus nomes constem , ou não, nas páginas da história. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 13 Estudos envolvem a UDV Década de 90 - No final da década de 90, a Conselheira Lúcia Gentil (Núcleo Lupunamanta, em Campinas/SP), foi designada para acompanhar monografias com temas ligados à UDV. 2004 - O Conselho da Representação Geral da UDV aprovou a constituição da Comissão Científica da UDV. Hoje, o Centro conta com a Comissão Científica, que apóia institucionalmente projetos de pesquisa acadêmica que tenham como foco a UDV, o Vegetal e sua irmandade. A Comissão é um órgão assessor da Coordenação de Relações Institucionais, através do qual o Centro se relaciona, produtivamente, com o meio científico e acadêmico. A Comissão funciona com o auxílio de aproximadamente 80 pesquisadores com pós-graduação concluída, sendo mais da metade com doutorado completo. “Estes pesquisadores compõem o corpo de assessores e pareceristas, nas diversas áreas do conhecimento, que nos auxiliam no trabalho voluntário de análise das propostas”, explicou o coordenador da Comissão Científica da UDV, Luiz Fernando Milanez. Pesquisadores que queiram contar com o auxílio, colaboração e acompanhamento da Comissão Científica da UDV, que resulte em uma monografia, livro, capítulo de livro, artigo, dissertação ou tese, deverão submeter uma proposta para o Coordenador da Comissão Científica antes de iniciar o projeto. A proposta será analisada por 2 pesquisadores do corpo de assessores que emitirão um parecer, recomendando a aprovação, reformulação ou denegação. “O parecer considera o mérito científico e o interesse institucional da UDV na pesquisa”, explicou Luiz Fernando. 14 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Pesquisas apoiadas MONOGRAFIA SUBJETIVIDADE CONTEMPORÂNEA E RELIGIOSIDADE - CARTOGRAFIAS DE NOVAS FIGURAÇÕES RELIGIOSAS. MARY RUTE ESPERANDIO (ORIENTADORA DE 2 TRABALHOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA). PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ COMO O CHÁ INFLUENCIA A CONSCIÊNCIA QUE AS PESSOAS TÊM DA NATUREZA E COMO AS RELAÇÕES ECOLÓGICAS SÃO TRANSMITIDAS NA UDV (MONOGRAFIA). BRIAN ANDERSON (EUA), UNIVERSITY OF PENNSYLVANIA / UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR. UM DIA NO NÚCLEO MESTRE MANOEL NOGUEIRA (MONOGRAFIA). THATIANE ROCHA DE ABREU,GOIÂNIA – GO. MESTRADO A BUSCA DE SI NUMA RELIGIÃO HOASQUEIRA - QUALIDADE, MEMÓRIA E CONHECIMENTO NA UNIÃO DO VEGETAL (MESTRADO). DILMA LOPES DA SILVA RIBEIRO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. ENTRE A ROSA E O BEIJA FLOR: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE TRAJETÓRIAS NA UNIÃO DO VEGETAL E NO SANTO DAIME (MESTRADO). JÉSSICA GREGANICH, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. CONTROLE BIOLÓGICO DE COLEOBROCAS EM BANISTERIOPSIS CAAPI (MALPIGHIACEAE) EM ÁREAS DE REFLORESTAMENTO E COM FLORESTA NATIVA REMANESCENTE NO ESTADO DE SÃO PAULO (MESTRADO) - REBECA CRISTINA PENA - UNESP/UFSCAR 64 Comissão Científica da UDV [email protected] DOUTORADO POTENCIAL TERAPÊUTICO DO USO RITUAL DA HOASCA NO TRATAMENTO DE DROGADOS (DOUTORADO). ANYA LOIZAGA-VELDER, UNIVERSITY OF HEIDELBERG, ALEMANHA. SOLICITAÇÃO DE BIBLIOGRAFIA. RECEPCIÓN DE LA AYAHUASCA EN ESPAÑA (DOUTORADO). SANTIAGO LÓPEZ PAVILLARD, UNIVERSIDAD COMPLUTENSE DE MADRID, ESPANHA. AUTORIZAÇÃO P/PESQUISA DE OPINIÃO COM SÓCIOS DA UDV NA ESPANHA. DESDOBRAMENTOS JURÍDICOS E SOCIAIS DA REGULARIZAÇÃO DO USO RITUAL DO CHÁ AYAHUASCA PELO CENTRO ESPÍRITA UNIÃO DO VEGETAL (UDV) NO BRASIL E NOS ESTADOS UNIDOS (DOUTORADO). ÉRIKA GIULIANE ANDRADE SOUZA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. TRANSFORMAÇÕES PESSOAIS NO CENTRO ESPÍRITA BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL (DOUTORADO). CÍCERO GUELLA FERNANDES, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (RIBEIRÃO PRETO). QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE E USO DE DROGAS EM MEMBROS DA UDV. MICHAEL WINKELMAN, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BOLSA DA FULBRIGHT E RICK STRASSMAN, UNIVERSITY OF NEW MEXICO SCHOOL OF MEDICINE. ANÁLISE DO TEOR DE ALCALÓIDES E DEMAIS CONSTITUINTES DO CHÁ AYAHUASCA E VERIFICAÇÃO DO EFEITO ANTIDEPRESSIVO. SUELI MENDONÇA NETTO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. “AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS E QUALIDADE DE VIDA ENTRE USUÁRIOS DA AYAHUASCA (HOASCA) NO CONTEXTO RITUAL DO CENTRO ESPÍRITA BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL (UDV) – UM ESTUDO DE BASE EPIDEMIOLÓGICA” . DARTIU XAVIER DA SILVEIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. PERFIL COGNITIVO DE SUJEITOS QUE USAM A AYAHUASCA EM UM CONTEXTO RELIGIOSO URBANO: UM SEGUIMENTO DE 6 MESES. PAULO CÉSAR RIBEIRO BARBOSA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ/BA. Propostas de trabalho já foram analisadas pela Comissão Científica da UDV: 7 teses de doutorado, 15 dissertações de mestrado, 17 monografias de disciplinas, 10 projetos de pesquisa, 3 livros ou capítulos de livro, 3 trabalhos de graduação, 2 artigos, 5 solicitações de informação, 2 trabalhos de iniciação científica. LIVROS A PALAVRA COMO CAMINHO (LIVRO), EDITORA ROCCO (2007). MARGARIDA RANAURO. AUTORIZAÇÃO PARA INCLUIR ALGUMAS PALAVRAS DO MESTRE GABRIEL. MÚSICA BRASILEIRA DE AYAHUASCA (LIVRO) EDITORA MERCADO DE LETRAS (2009), BEATRIZ C. LABATE E GUSTAVO PACHECO DADOS CATALOGADOS DE ABRIL/2004 ATÉ MARÇO/2011. Publicações da UDV Dentre as publicações que mencionam os assuntos Chá Hoasca e União do Vegetal, há aquelas editadas pela própria UDV, no sentido de oferecer fontes seguras e informações confiáveis, a quem precisar. Neste contexto, o primeiro livro publicado pela UDV foi «Hoasca Fundamentos e Objetivos» (1980). Outra publicação institucionalmente relevante é o «Guia de Orientação Espiritual (Para Crianças e Adolescentes)» (2008) - veja à página 30. E o mais recente lançamento, o livro «HOASCA: Ciência, sociedade e meio ambiente», que reúne os conteúdos do II Congresso Internacional da Hoasca. O livro pode ser adquirido junto às secretarias dos núcleos e tambem está a venda pela editora Mercado de Letras no site [ http://twixar.com/NdasEX ]. “Esta abrangente publicação a respeito do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal é um retrato complexo de uma organização religiosa brasileira que utiliza duas plantas psicoativas como parte de seus rituais espirituais no Brasil, Estados Unidos e Europa. O foco do livro é sua história, estrutura organizacional, conhecimento científico das plantas, crenças espirituais e uso ritual para adolescentes. Alianças entre a UDV e outras entidades religiosas, que utilizam a Hoasca como sacramentos, são apresentadas. Este livro nos dá um insight de um complexo movimento social bem à frente do seu tempo. Para quem se interessa por espiritualidade do séc. XXI, é imperativo possuir este livro em sua biblioteca.“ (Marlene Dobkin. Doutora em Antropologia Médica, Professora do Departamento de Psiquiatria e Comportamento Humano da Universidade da Califórnia, Irvine). ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 15 Publicado no jornal «Tudo o que eu faço é ensinando». Mestre Gabriel No início da UDV, o Mestre Gabriel mandou publicar dois artigos pagos em jornais locais. O primeiro foi em resposta à prisão do Mestre e o segundo, ao sermão do Bispo de Porto Velho, demonstrando como agir para preservar a imagem da UDV. Em todo o tempo ele foi transparente, mas discreto, ao esclarecer que "não fazemos propaganda" mas atendendo, em sessão de vegetal, a repórteres que o procuraram. Mestre Gabriel demonstrou o valor da imprensa, como meio de oficializar e tornar público o pensamento da União do Vegetal perante a sociedade, de forma clara e responsável. Também, sempre demonstrou consideração quando procurado para reportagens. E o assunto - uso religioso do Chá Hoasca - volta e meia ressurge, em função dos acontecimentos ligados às pessoas e sociedades que o utilizam. É em torno deste trabalho que atua a Coordenação de Comunicação da Diretoria Geral: zelar pela imagem da União do Vegetal perante a sociedade, respeitando também a opinião pública. Este trabalho ganhou força com o Encontro de Comunicadores em 98, onde muitos projetos para o Centro, como o site, o Alto Falante Eletrônico e a forma de ação junto à imprensa começaram a ser elaborados. Voluntários - Atualmente, a UDV tem uma Coordenação de Comunicação que conta com uma equipe de cerca de 20 voluntários mais efetivos, além de mais de 100 profissionais reunidos através da UDVcom (lista na internet). 1989 Publicação do Alto Falante. 1989 Publicação do Livro Hoasca Fundamentos e Objetivos. 1996 Primeira lista na internet; a Ciponet, hoje renomeada de “Manos”. 1996 Publicado site da União do Vegetal, revisado em 2001 e 2008. 1997 Criação da Assessoria de Comunicação. 1998 Realização do I Encontro dos Comunicadores da UDV. 2010 Realização da I Reunião Técnica de Comunicadores Junho/2010 Começa a funcionar o Blog da UDV Maio/2011 Nos núcleos - Internamente, a Realizada a II Reunião Coordenação trabalha para manter informaTécnica de Comunicadores, onde os principais projetos da dos das ações da causa geral do Centro todos os caianinhos, através do Jornal Alto Falante, Assessoria, desde os tratados em 1998 até os atuais, foram do Alta Fidelidade, das Listas de Conversa e reavaliados. na preparação de materiais como a Identidade Visual do Centro e vídeos institucionais, além de apoiar na realização dos encontros dos departamentos. Na Web - Em 2010, o site da União do Vegetal teve 4.790 visitas (média mensal) e 98 pessoas fizeram contato com a UDV através do site. O Blog é um espaço dinâmico, sempre com notícias novas. Em 6 meses* recebeu mais de 30 mil visitas. Há acessos feitos a partir dos Estados Unidos, Espanha, Portugal, Inglaterra, Austrália, Alemanha, França, Canadá, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai e Equador. *ESTATÍSTICAS DO BLOG DE SETEMBRO/2010 A FEVEREIRO/2011. 16 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Arquivo Público Listas A UDV conta com Listas de Emails que reúnem os sócios em torno dos assuntos do Centro, seja o convívio social ou os projetos dos departamentos. A inclusão de sócios nas listas é feita no próprio núcleo, através da Secretaria ou monitor responsável. Em 2010 houve uma grande exposição do assunto (uso religioso do chá Hoasca) em mídia nacional, devido à regulamentação desse uso publicada pelo CONAD, que estabeleceu regras para a utilização religiosa e de alguns acontecimentos envolvendo outras sociedades usuárias do chá. Neste ano, foram publicadas 373 matérias a respeito do assunto em jornais, revistas e internet. 6.10.1967 Publicação da Convicção do Mestre (jornal Alto Madeira). Após sua prisão pelo delegado do trânsito, Mestre Gabriel orientou os discípulos a não o processarem e determinou a publicação do artigo no jornal de Porto Velho. 29.08.1968 Publicação da matéria Na selva, um místico vende um sonho (jornal O Estado de São Paulo). Uma página inteira a respeito da UDV e do Mestre Gabriel e sua família. Há indícios de que esta é a reportagem lida pelo Giovani (autor dos Mistérios do Vegetal), que o levou a visitar Porto Velho. Site – www.udv.org.br Blog - www.udv.org.br/blog Listas A solicitação para cadastros nas listas deve ser feita ao monitor em cada núcleo. Recortes da Imprensa Assuntos: Chá Hoas ca e UDV Notícias - Hoje, graças a todo trabalho já realizado, o Centro também é uma referência importante no assunto perante a sociedade e a imprensa. A UDV mantem um site www.udv.org.br - onde se pode saber mais a respeito do CEBUDV e um blog - www.udv.org.br/blog - no qual a Representação Geral e a Diretoria Geral publicam o posicionamento do Centro sobre os assuntos correntes, e o que mais for necessário, assim como fez o Mestre Gabriel, publicando os artigos UDV online UDVPresidência Oficial da Sede e Diretoria Geral Aberta a todos os sócios. Manos Espaço para conversar. Aberta a todos os sócios. Novo Encanto Desenvolvimento Ecológico Aberta a todos os sócios. UDVSaúde Conversa sobre vida saudável. Aberta a todos os sócios. Plantio Plantio de mariri e chacrona. Aberta a todos os sócios. Memória e Documentação - DMD Lista de trabalho dos voluntários do DMD em todas as regiões. Aioasca o LSD da Amazônia 971 Revista O Cruzeiro -14/07/1 Convicção do Mestre e Velando Enquanto Dorme. Os profissionais da Comunicação da UDV têm uma lista de e-mails UDVcom - onde conversam sobre as notícias publicadas na mídia e avaliam quando é necessária alguma intervenção, respeitando-se o princípio jornalístico da liberdade de opinião. Quando preciso, jornalistas do 14.7.1971 Publicação da matéria Aioasca, o LSD da Amazônia (revista O Cruzeiro). Mestre Gabriel recebeu os jornalistas e autorizou a equipe de reportagem a beber o vegetal e fotografar a sessão. 16.7.1971 Publicação do artigo Velando Enquanto Dorme (jornal O Guaporé). No sermão de domingo, o Bispo de Porto Velho fez críticas à União do Vegetal. O Mestre respondeu a ele, por meio do artigo publicado no jornal, escrito por mestre José Luiz com uma ressalva feita pelo mestre Monteiro. Centro entram em contato com os responsáveis pelos veículos onde as notícias estão divulgadas, no sentido de contribuir com alguma informação que necessite esclarecimento, como identificar melhor a UDV em meio aos demais usuários do chá. A UDVCom, além de fórum, também é meio de organizar trabalhos e projetos da Comunicação da UDV. 18.9.1977 Publicação de Convite à comunidade científica (jornal O Guaporé). O jornal Alto Madeira publicou artigo atacando a UDV. O Centro então fez um convite à sociedade, para que observações científicas fossem realizadas em seu âmbito. 11.03.1991 Republicada a matéria O Vinho da Alma transporta os povos da floresta virgem, (jornal A Crítica, de Manaus). Reportagem de Roberto Gueudeville, que entrevistou o Mestre Gabriel. Sabe-se que sua publicação original foi em jornal de Porto Velho, ainda não identificado. Beneficência - Deben Lista de trabalho dos voluntários do Deben em todas as regiões. Jurídico Lista de trabalho dos sócios profissionais do Direito. Médico Científico - Demec Coordenadores, Monitores e convidados do Diretor. Demec Clínica Reservada a convidados, para discussão de casos clínicos demandados pelos núcleos. Comunicação Lista de trabalho dos sócios profissionais da Comunicação. Ensino Religioso Lista de trabalho dos voluntários do ER em todas as regiões. A Assessoria de Imprensa do Centro, hoje Coordenação de Comunicação, foi criada em 1997. Foram seus coordenadores: James Allen, Almir Nahas, Sebastião Aguiar e Thiago Beraldo. Desde o início, conta com o trabalho voluntário de comunicadores (jornalistas, fotógrafos, publicitários e outros) de diferentes núcleos. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 17 Veja na Secretaria 3 MIL VOLUNTÁRIOS É a quantidade aproximada de sócios do Centro que, voluntariamente, colaboram com a Diretoria do Centro e seus departamentos. São os diretores, secretários, tesoureiros, membros do Conselho Fiscal e auxiliares na Sede Geral e nos Núcleos, em todas as regiões. (Em Maio/2011) 1991 - É realizado o Primeiro Censo da UDV. Dez anos depois (de outubro de 2002 até março de 2003) foi feita uma nova pesquisa, bem mais detalhada e com dados por região, incluindo perfil do sócio (idade, sexo, escolaridade, estado civil etc.). 7.669 responderam ao questionário. Foi possível observar as taxas de crescimento do Centro, com projeções para o futuro, as características de cada região e a participação de crianças e jovens, filhos dos sócios. Todas estas informações foram fundamentais para diversos projetos da Diretoria Geral. O relatório de 2002 também apontou a necessidade de integrar dados de forma sistematizada, através das secretarias dos núcleos, o que hoje é realidade através do Reuni. UDV UDV UDV CDC UDV CDC UDV CDC REUNI - Núcleos em rede *O TOTAL DE NÚCLEOS INCLUI A SEDE GERAL, NÚCLEOS, PRÉ-NÚCLEOS E DISTRIBUIÇÕES AUTORIZADAS DE VEGETAL. ATÉ 1991, O NÚMERO DE SÓCIOS É APROXIMADO, POR ESTIMATIVA. FONTES DE DADOS: ATÉ 1982- DEPARTAMENTO DE MEMÓRIA E DOCUMENTAÇÃO. 1991/2002 - RELATÓRIOS DO CENSO. 2010 E 2011 - REUNI. DADOS ATÉ MAIO/2011. Escritório da DG funciona em Brasília Além da Secretaria Geral, que é um cargo da Diretoria Geral, há também uma equipe administrativa de funcionários que trabalham no escritório do Centro - duas salas comerciais, alugadas em Brasília/DF. O Escritório da DG funciona de 2ª a 6ª, em horário comercial. Lá estão diariamente os funcionários e também os diretores e demais voluntários envolvidos nos trabalhos da DG. Recentemente, os funcionários da Diretoria Geral começaram a participar de uma agenda de treinamentos internos na área de Gestão, buscando o aprimoramento das relações de trabalho, novas técnicas e o melhor aproveitamento das habilidades pessoais. Estes momentos tratam de melhorar a interação da equipe, a transmissão de informações, o desenvolvimento de habilidades e a avaliação de novas atitudes e conceitos. A proposta é um crescimento continuado, com objetivos de aperfeiçoamento administrativo, a longo prazo. Encontro reúne todas as regiões O I Encontro da Secretaria Geral, em 12 e 13 de março de 2011, em Brasília, contou com a participação de 97 secretários e secretárias de todas as 19 Regiões do Centro, inclusive dos Estados Unidos e da Europa (foto). O Encontro foi aberto com uma palestra do Mestre Assistente Geral, mestre José Luiz de Oliveira, que foi o primeiro secretário na diretoria da então Associação Beneficente União do Vegetal, em 1968. Foi ele quem escreveu boa parte dos Boletins da 18 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Consciência, lidos nas sessões de escala do Centro, além de participar na elaboração de outros documentos. Também foram apresentadas a nova versão do Manual da Secretaria, novidades do processo eleitoral na UDVe a nova versão do Reuni, com interface mais amigável e intuitiva. O lançamento foi marcado para maio (2011). A primeira versão, desde 2006, foi toda desenvolvida com trabalho voluntário. Da mesma forma tem ocorrido o suporte para sua utilização. «É imprescindível reconhecer a dedicação desses irmãos que têm colaborado para que o Centro aprimore suas ferramentas de comunicação interna», enfatizou o secretário, Alexandre Retamal. A Secretaria Geral está recomendando que se façam encontros de capacitação dos secretários em todas as Regiões do Centro, onde o principal tema será a transição de cargos que ocorrerá no início de 2012, como resultado das eleições. JÚLIO TRAZZI EQUIPE DO ESCRITÓRIO DA DIRETORIA GERAL: Iber Pancrácio (Gerente), c. Ivone Menão (Secretaria Executiva), c. Fábio Rocha e Aurinete Timbó (Assistentes Financeiros), Deusdeluz Ferreira (Auxiliar Administrativo), m. Yuugi Makiuchi (DMD), m. Romeo Elias (Assessoria Jurídica) e c. Lauréti Mascarin (Projeto Luz do Saber) – todos sócios do CEBUDV. A idéia era, então, criar alguma solução online, de forma que houvesse atualização permamente ou, pelo menos, periódica. Foi quando surgiu o nome Reuni, que representava a possibilidade de integrar (reunir) toda a informação do Centro num mesmo sistema. O trabalho foi iniciado no primeiro semestre de 2005. A primeira reunião em Brasilia foi em 2006. Os primeiros testes, a partir da primeira versão do Reuni, foram feitos na 13ª e 8ª Regiões, e Sede Geral. Assim, atualmente já funciona uma primeira versão do Sistema de Gestão de Informações do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Através dele, a Secretaria da DG pode receber, reunir e organizar, com múltiplas funções, informações cadastrais de todos os núcleos da União do Vegetal. O objetivo é integrar também, no futuro, todos os departamentos do 150 núcleos da UDV já estão integrados ao REUNI Centro, em toda a sua dimensão. Devido ao porte, complexidade e custo, o trabalho começou pelas Secretarias. E está comprovando-se um instrumento muitíssimo útil e eficiente. Continuar investindo neste sistema, para desdobrá-lo em aplicativos e funções muito mais avançadas e seguras, é um dos objetivos da Campanha de Doação do Aniversário da UDV (página 32), em que todos podem participar. O REUNI integra os núcleos da UDV entre si e também com a Diretoria Geral, inicialmente através das secretarias. Graças a ele, muitas tarefas já foram informatizadas: Emissão, arquivo e transmissão de documentos, como Boletins, Cartas e Comunicados Organização e divulgação da agenda dos núcleos, das regiões e da Sede Cadastro de sócios e adventícios através de formulário padrão, no computador Atualização constante de dados junto à DG (transmissão online) Estatísticas totais, ou por região, cidade ou núcleo (quantos sócios, por graus, sexo, idade etc.) ATRIBUIÇÕES A função da Secretaria Geral é apoiar a presidência da Diretoria Geral e a Representação Geral, e os demais órgãos da Administração Geral. Entre outras, estão entre as principais tarefas as correspondências, a agenda anual, as pautas de reuniões e encontros, as atas, divulgações, o sistema Reuni, documentação e formalidades na aberturas de novos núcleos, a lista de e-mails das Secretarias Regionais, além de informar as secretarias regionais e os núcleos sobre estas e outras atribuições. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 19 Equilibrando as contas São 50 anos de história e de despesas administrativas. O trabalho institucional da União do Vegetal vem sendo realizado ano a ano, mês a mês, com a contribuição de cada sócio, através do Fundo de Participação. É uma taxa social repassada à Diretoria Geral, que usa estes recursos para administrar o Centro no campo material. Outras despesas (Veja Quadro) SÃO DE RESPONSABILIDADE DA DIRETORIA GERAL DO CENTRO TODAS ESTAS DESPESAS: Saúde dos Mestres da Origem e das esposas dos que já desencarnaram (planos de saúde, medicamentos, procedimentos e deslocamentos); Manutenção de um escritório administrativo na Capital do País; o pagamento de salários e encargos sociais dos funcionários da Diretoria Geral; Manutenção do Mestre Geral Representante e sua família em Brasília (aluguel, condomínio, alimentação, telefone, energia elétrica, etc); Realização das reuniões do Conselho de Administração Geral (CONAGE), entidade deliberativa máxima da União do Vegetal; Preservação de nossas marcas e símbolos no Brasil e no exterior; e preservação de nossos documentos e memória (por intermédio do DMD); Dá suporte ainda a implementação de ações determinadas por esse Conselho e pela Representação Geral, além de apoiar o funcionamento de todos os departamentos do Centro. Desde o início, todos os diretores são voluntários e não recebem dinheiro por seu trabalho pela UDV. O mesmo acontece em todos os núcleos do Centro. Beneficência (Auxílios Pecuniário, Tratamento de Saúde e Medicamentos) 22% 25% 25% correspondem ao Fundo de Saúde 3,77% RG - Auxílio Pecuniário e de Moradia 8,13% Bilhetes aéreos (Saúde, CONAGE, RG e DG). 14% Escritório DG Estrutura e materiais de expediente 27% Pessoal, Prestadores de Serviço e Encargos Sociais - Escritório DG A partir de agosto (2011), por decisão da Direção Geral, cada sócio voltará a contribuir mensalmente com recursos extras para o Fundo de Saúde. Isso fará com que o Fundo de Participação volte a cumprir seu objetivo original – financiar as despesas administrativas do Centro, lembrando ainda que, desde 2004, não há reajustes na arrecadação. Ao mesmo tempo, teremos melhores condições de continuar a prestar esse merecido apoio aos nossos irmãos da origem. FONTE: TESOURARIA/DG. DESPESAS EM 2010 Patrimônio integra bens do Centro «Posso atestar que administrar uma instituição do porte da UDV com recursos limitados não é uma tarefa das mais fáceis. Isso vem sendo feito, principalmente, pela dedicação e empenho de seus dirigentes, desde o início em Porto Velho», lembra Carlos Vitório Gorreri, presidente do CF. Junto à Diretoria Geral, também existe o Conselho Fiscal que, assim como nos núcleos, se encarrega de fiscalizar as contas e os atos da diretoria. É um trabalho importante, principalmente agora que a UDV vem se tornando cada vez mais visível à opinião pública. Em conjunto com a Diretoria Geral, o Conselho Fiscal prima pela segurança institucional, aconselhando os membros da DG de forma preventiva, procurando manter toda documentação contábil dentro das leis do Centro e do país – o que é também um dever de todos os conselhos fiscais dos núcleos da UDV. 1988 – Criado o “Fundo de Reserva” - 10% da mensalidade de cada sócio e 5% do líquido mensal dos núcleos, para uso da Diretoria Geral na defesa dos interesses do Centro e seus associados. 20 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 1993 - Passou a se chamar Fundo de Participação. A contribuição passou a ser devida por núcleo; o valor mensal era fixado em acordo com a DG, além de uma promoção anual, como arrecadação complementar. A DG tem como fonte de suas receitas, basicamente, o Fundo de Participação. Toda arrecadação é única e exclusivamente utilizada em prol do Centro, como um todo. A Sede Geral também tem uma irmandade que paga Fundo de Participação e mensalidade. Isso significa que o tratamento é o mesmo entre os núcleos e a Sede Geral. Todos estão colaborando para existir uma estrutura que permita o funcionamento administrativo do Centro. 1998 - A contribuição voltou a ser devida por sócio e com o valor mínimo mensal de R$ 3,50. 2000 - Foi criada uma contribuição complementar mensal de R$ 1,00 por sócio, para a constituição do Fundo de Saúde. O objetivo é custear despesas com a saúde dos Mestres da Origem e das esposas daqueles que já desencarnaram. 2004 - Mudanças no regulamento facilitaram o recolhimento e controle do *Boletim Regulamentar dos Departamentos, CAPÍTULO VI Conselho Fiscal verifica as contas «Artigo 32 - O Departamento de Patrimônio objetiva regulamentar a administração dos bens patrimoniais móveis, imóveis e semoventes de propriedade do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal ou por esta entidade usados, estabelecendo, assim, o seu controle documental.»* Foi em 1984 que o Centro criou sua Coordenação de Patrimônio. E em 1993 foi elaborado e publicado, para uso interno, o Manual do Departamento de Patrimônio, 1ª Edição. No ano passado (2010), o Conage aprovou o Novo Regulamento. Para 2011, foi desenvolvido um audiovisual de Gestão Patrimonial, para mostrar a proposta de trabalho aos responsáveis nos núcleos da UDV. O Departamento propõe, para todos os núcleos da União do Vegetal, que em 2011 o inventário patrimonial seja feito de acordo com o Novo Regulamento de Patrimônio. Será mais uma conquista para a UDV. Também os Balancetes da Tesouraria Geral são divulgados através da lista de e-mails UDVPresidência. Todos os sócios do Centro podem assinar a lista. Consulte a Secretaria do Núcleo. Fundo de Participação. Também foram fixados valores-meta mensais, por sócio, que variam em função da localização geográfica do núcleo: Regiões Sul e Sudeste, R$ 8,00; CentroOeste, R$ 7,00 e Norte e Nordeste, R$ 6,00. Esses valores estão em vigor até hoje. A promoção anual foi liberada, desde que o núcleo não atrase em nenhum mês o repasse, para a DG, do Fundo de Participação. 2011 – A partir de agosto, cada sócio voltará a contribuir mensalmente com recursos extras para o Fundo de Saúde. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 21 Nosso jardim 1992 – I Encontro Nacional de Responsáveis de Plantio de Mariri e Chacrona da UDV, em Lagoa da Prata (MG), com pequena participação das regiões. 1993 - Criado o Departamento de “Plantio, Cultivo e Pesquisa de Mariri e Chacrona” (hoje, Plantio Nacional). 1995 – Primeira Cartilha do Plantio, elaborada durante o O Plantio na UDV CENSO 2002 Embora haja contagens mais recentes, o levantamento de 2002 é o mais completo, em participação das Regiões. Os números são, portanto, de nove anos atrás, época em que o Plantio deu um importante salto - quantitativo e qualitativo - rumo à autosuficiência da UDV. 12,3 MIL PÉS EM PONTO DE COLHEITA 21,2 MIL PÉS EM PONTO DE COLHEITA 57 MIL PÉS EM DESENVOLVIMENTO 27,3 MIL PÉS EM FASE INICIAL 6,9 MIL PÉS EM FASE INICIAL 54 MIL TUCUNACÁ 42,7 MIL CAUPURI RESERVA DA UDV, EM PÉS: 28.079 96.799 CHACRONA MARIRI III Encontro Nacional de Presidentes, em Brasília/DF. 1996 - Primeiro estudo de áreas de excelência no território nacional para o plantio de Mariri, cruzando mapas do IBGE com as características de solo e vegetação. 2002 – Primeiro Censo Nacional do Plantio, com levantamento das quantidades de Mariri e Chacrona. 2006 – Segundo Censo Nacional do Plantio, embora sete das 15 regiões não tenham informado seus números. 2009 – II Encontro Nacional do Plantio (Brasília). Diretrizes do Plantio, Propostas ao Conselho de Administração Geral e formação dos Grupos de Trabalho para o Congresso do Plantio (2010). Formação de Plantadores (CFP) no Sítio José Gabriel da Costa, São João da Baliza (RR) e I Congresso do Plantio, Conscientização Ambiental e Busca de Sustentabilidade nas Praticas de Manejo Integrado. 2011 – I Curso de Formação de Plantadores (abril) na CFP em São João da Baliza (RR). * SIC ENTREVISTA DO MESTRE ROBERTO SOUTO AO DMD. As primeiras atividades de plantio dentro da UDV vêm da época do Mestre Gabriel. Mestre Herculano lembra-se de quando foi adquirido um terreno pela irmandade, para este destino; e o Bacural ficou como zelador. Raimundo Nonato Marques contou que, certa vez, ele e o Mestre Gabriel foram plantar o Mariri em um terreno em Porto Velho. Depois do desencarnamento do Mestre Gabriel, os primeiros plantios foram feitos pelos Mestres Adamir (em Jaru/RO) e Florêncio (em Manaus/AM). Mestre Gabriel também disse que é plantando mariri e chacrona nos diversos locais, onde houver núcleos, que a União do Vegetal poderá se expandir e circular o mundo*. Hoje, este plantio é um requisito em todos os Núcleos da UDV, visando a auto-suficiência. A qualidade técnica, a instrução e projetos que beneficiem o meio ambiente são focos do Departamento de Plantio e da Associação Novo Encanto. Florescendo O Conage aprovou o plantio de Mariri e Chacrona como uma prioridade entre as atividades materiais do CEBUDV. Assim, o Plantio da UDV tem se dedicado a esta causa, buscando: Integração das atividades entre núcleos, com planejamento e supervisão, visando a auto-suficiência da UDV. Promoção da capacitação técnica das equipes de Plantio e a Realização do Manejo Sustentável do Plantio de Mariri e Chacrona (práticas agroecológicas). Identificação e conservação das melhores áreas de plantio, onde o vegetal apresenta maior grau de burracheira. Captação de recursos financeiros e criação de um Fundo Permanente para a manutenção destas áreas. Implantação de um Banco de Matrizes de Mariri e Chacrona para a manutenção da biodiversidade das plantas sagradas em sua forma nativa. Gestão do Conhecimento (banco de dados, troca de informações e memória do plantio de Mariri e Chacrona na União do Vegetal). Divulgar a legislação relacionada ao plantio e transporte de Mariri e Chacrona, consumo de lenha e transporte do vegetal preparado. Na década de 70, voluntários levavam mudas para plantar na região do Canjica, no Centro-Oeste do Brasil. 2010 – Criação da Central de FOTOS: JÚLIO TRAZZI (MARIRI FLORANDO), SERGIO POLIGNANO (SERINGAL NOVO ENCANTO). FORAM DIRETORES DO DEPARTAMENTO DE PLANTIO: LUIZ ANTÔNIO DOS SANTOS FILHO, LUIS ANTONIO SILVA, LUIZ CLAUDIO MACHADO, CLOTÁRIO MENNA BARRETO, PAULO AFONSO CONDÉ, MARIA ALICE CORREIA E JOSÉ HENRIQUE CATTANIO. Novo Encanto: raízes na UDV 1990 - Sócios da UDV, no despertar da consciência ambientalista e no exercício de seus direitos de cidadãos brasileiros, fundam a Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico. 2006 - É realizado em Campinas o II Encontro de Ambientalistas da UDV, onde foram formuladas ações para atuação da Novo Encanto nos núcleos do Centro. 2010 - A NE Recebe a Titulação de OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Torna-se apta a captar recursos do setor publico e do setor privado para projetos de Preservação e Desenvolvimento Sustentável. 2011 - Apresentado ao Comitê Gestor e à Diretoria Geral o Termo de Cooperação Técnica entre o Centro Espírita Benefíciente União do Vegetal e Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico, com o objetivo de promoção da preservação ambiental. 22 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Cooperação Em 2011, a Associação Novo Encanto apresentou à União do Vegetal o Termo de Cooperação Técnica, que foi aprovado pelo CONAGE reunido em Porto Velho, definindo as atividades que serão desenvolvidas em conjunto: a) Educação ambiental e sensibilização para todas as idades quanto à conservação e preservação do meio ambiente; b) Capacitação em técnicas como permacultura, agrofloresta e agricultura orgânica, bioconstruções, preservação de nascentes e áreas florestais, a exemplo do Seringal Novo Encanto; c) Capacitação e treinamento de plantadores orientados pelo Departamento de Plantio da UDV; d) Projetos de manejo florestal e de recuperação de áreas desmatadas ou degradadas, visando o restabelecimento de condições sócio-ambientais adequadas. e) Apoio na implantação e execução, deliberada pelo CEBUDV, de suas Diretrizes de Adequação Ambiental. A Novo Encanto promove expedições abertas a sócios da UDV e ao público externo. Veja no site. www.novoencanto.org.br A Novo Encanto é responsável por quatro importantes áreas: SERINGAL NOVO ENCANTO 8.125 hectares (16 mil campos de futebol), no município de Lábrea (AM). Com 6 nascentes, 12 igarapés e 381 espécies vegetais identificadas. Pela sua beleza paisagística, características florestais e hídricas, tem um imenso potencial para atividades de turismo ecológico, que podem viabilizar a sua preservação. JANGADA Na Serra das Araras, município de Jangada, a cerca de 200 km de Cuiabá (MT). 30,9711 he com predominância de cerrado, em regiões de importantes ocorrências arqueológicas. Dois cursos de água intermitentes e um riacho perene. SERRA DA ESTRELA Em Magé (RJ), 16 hectares com características nativas da Floresta Atlântica. Na Serra da Estrela, (grande complexo da Serra do Mar), faz parte de Área de Proteção Ambiental. Parte um dos biomas mais ameaçados do Brasil. ANTONINA Situada na localidade de Cachoeira de Cima (ou Bairro Alto), município e comarca de Antonina, no Estado do Paraná. Trata-se de uma área de 125,1030 hectares, em região de Floresta Atlântica. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 23 O Departamento de Memória e Documentação trabalha no sentido de preservar a memória institucional do Centro, através da coleta, catalogação e preservação de registros documentais que tratem dos assuntos pertinentes ao uso da Hoasca; da origem e expansão da União do Vegetal e da biografia do Mestre Gabriel. Registros históricos Investigação urgente Em 2006 a Diretoria Geral aprovou o projeto do DMD de investiação histórica urgente, que propõe investir recursos para que pesquisadores possam ampliar as entrevistas com os Mestres e outras pessoas que estiveram na Origem da UDV, junto como Mestre Gabriel e sua família. Sua execução ainda não está concluída. Em frete à primeira Sede da União do Vegetal, no mesmo terreno da casa do Mestre Gabriel, em Porto Velho, os Mestres da Origem da UDV. Eles são a história viva, e fonte dos ensinos deixados pelo Mestre Gabriel. Foto de 1972. Encontrar, identificar e preservar fotos como esta é parte da missão do DMD. Primeiras anotações Hoje o DMD conta com mais de 600 voluntários trabalhando (Brasil, EUA, Espanha e Austrália), dentre eles, coordenadores regionais (um em cada região), monitores, auxiliares e colaboradores eventuais (fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas). O primeiro historiador da UDV foi o Mestre Raimundo Paixão. Foi dele a iniciativa de anotar as datas e os acontecimentos e seu trabalho de registros é tão precioso que seu caderno de anotações foi tema da Agenda 2011 publicada pelo Centro em comemoração ao cinquentenário da União do Vegetal. Essa é a referência histórica mais próxima da origem e que aponta para o começo das anotações, e o despertar para um trabalho que hoje é a causa do DMD Departamento de Memória e Documentação do Centro. FORAM DIRETORES DO DMD DA DIRETORIA GERAL: EDSON LODI, RUY FABIANO, IVONE MENÃO, JAMES ALLEN, YUUGI MAKIUCHI, LUIZ CLAUDIO MACHADO. ATUALMENTE O DMD CONTA COM MAIS DE 600 VOLUNTÁRIOS ALÉM DE COLABORADORES EVENTUAIS (FOTÓGRAFOS, CINEGRAFISTAS E JORNALISTAS). 1988 – O Conselho da Representação Geral constituiu o Departamento de Patrimônio Histórico. Em 1990 com a criação da diretoria Geral, também o nome do Departamento de Patrimônio Histórico passou a ser denominado de Centro de Memória e Documentação, hoje Departamento de Memória e Documentação – DMD (desde 1997). 1996 – Foi elaborado o Manual do DMD – 1ª Edição, com instruções sobre o arquivamento de documentos, conhecimentos de biblioteca, classificação, manuseio e preservação dos documentos históricos, entre outros assuntos. 2002 - I Encontro Nacional do Departamento de Memória e Documentação, nos dias 15 e 16 de novembro de 2002, no Núcleo 24 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Samauma, em São Paulo. Entre os projetos apresentados, estão: • Aplicação do Manual nas Regiões, • Cartilha do DMD; • Investigação Histórica Urgente; • Função de Coordenador Regional; • Lista de conversa virtual; • Manual para Informativos de Núcleos, para auxiliar na edição dos jornais locais. • Kit do DMD para todos os núcleos, com réplicas de alguns documentos importantes na origem da UDV. 2006 - O Conselho da Representação Geral da UDV homologou a criação da Associação José Gabriel de Costa, fundada no mesmo ano, para a construção do projeto Memorial José Gabriel da Costa. 2008 a 2010 - reestruturação organizacional do DMD, incluindo a Coordenação de Pesquisa Histórica e a edição revisada e ampliada do Manual do DMD, que serviu de base para formulação - do Mapa do Tesouro. 2011 – Em 24 de abril, com a presença de membros do Conselho da Administração Geral –CONAGE, foi criado, na UDV, o Conselho Deliberativo da Associação José Gabriel da Costa, que posteriormente vai elaborar planejamento estratégico para revitalizar as atividades daquela Associação. Fotos, revistas, recortes de jornais, entrevistas com mestres antigos, histórias da época do Mestre Gabriel, do início da UDV, e a história dos núcleos, desde a fundação, e continua. O acervo do DMD é potencialmente infinito. Está sempre ampliando-se, acolhendo novo e constante material informacional. O DMD da Diretoria Geral focase na história do Mestre Gabriel e da origem da UDV, e tudo o mais que for de interesse institucional, tais como, teses, resenhas, reportagens e outros documentos. E os registros pelo ponto de vista da Sede Geral da UDV. Nos núcleos, o DMD concentra-se em registrar a história local, organizar, preservar e expor eventualmente seu acervo e o material duplicado do DMD da DG. No dia-a-dia do núcleo, é o DMD que faz entrevistas, registras visitas, preparos, festejos e faz fotos das sessões, sempre com o aviso lembrando que é um direito de qualquer pessoa recusar-se a ser fotografado, se assim o quiser. O acervo do DMD é um patrimônio do Centro, visando também a consulta dos sócios. Um dos objetivos do Departamento é, um dia, dispor de meios de acesso à Sala do DMD em todos os núcleos. A casa do Mestre O Memorial José Gabriel da Costa (Mestre Gabriel) visa preservar a história da UDV para as próximas gerações e consiste na construção de uma réplica da casa onde o Mestre Gabriel e sua família viviam e onde iniciou-se a instituição do Centro Espírita Beneficiente União do Vegetal, a «sociedade» UDV. A proposta é fazer uma réplica o mais exata possível, em dimensões e, inclusive, materiais utilizados à época. Sede do acervo histórico - No mesmo terreno, segundo o projeto, deverá ser construído um outro espaço, moderno e adequado para abrigar, com segurança, uma grande riqueza documental histórica da União do Vegetal, com documentos catalogados de todos os tipos, e ambientes para consultas, reuniões e pesquisas. O Memorial também terá função social, e será aberto ao público, com franco acesso a autoridades e pesquisadores. Mapa do Tesouro O Mapa do Tesouro é uma solução tecnológica bastante dinâmica para auxiliar nas consultas ao acervo do DMD, que está cada dia maior. Pelo computador, consulta-se um assunto para saber que documentos, fotos, revistas e outros itens existem a seu respeito. O Mapa do Tesouro dirá o que há e onde está o que o pesquisador está procurando. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 25 SÉRGIO POLIGNANO Dar as mãos A Beneficência na União do Vegetal existe desde a sua origem, quando foi feita uma arrecadação voluntária para consertar o caminhão de um irmão. Hoje, já existem unidades beneficentes que desenvolvem projetos sociais como o Luz do Saber que, além do valor social e fraterno, possui um papel fundamental na posição institucional do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal como agente construtor na sociedade. Estas ações sustentam (desde 1999) o Título de Utilidade Pública Federal, que é concedido pelo Governo Federal a entidades que desenvolvem projetos sociais relevantes. Com base no relatório das ações beneficentes realizadas em 2010 (veja gráficos), o Ministério da Justiça renovou, em 18/maio/2011, este título para a UDV. 1967 - A palavra beneficente passou a ser usada no Centro a partir da formação da Associação Beneficente União do Vegetal, após o episódio da prisão do Mestre narrado na Convicção do Mestre (Artigo Publicado no Jornal Alto Madeira). AO ANO, EM MILHARES DE ATENDIMENTOS: 0,78 37,1 37,9 2007 2,9 48,2 51,3 2008 6,0 64,8 71,1 2009 5,4 108,2 113,8 2010 Público atendido MORADORES DE ÁREAS DE OCUPAÇÃO CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESTUDANTES 2,7% 2,4% 9,3% OUTROS 7% 14,8% FAMÍLIAS COMUNIDADES 63,7% FONTE: RELATÓRIO DE ATIVIDADES BENEFICENTES DO CEBUDV AO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (exercício 2010) NÃO GRATUITOS (MENOR QUE 0,25 MIL) PARCIALMENTE GRATUITOS GRATUITOS TOTAL Dia do Bem mobiliza UDV 1979 a1982 - Médicos da UDV atenderam no posto de saúde instalado na Sede Geral, em Porto Velho, dando início ao trabalho (documentado) de beneficência ao público externo ao Centro. 1982 - Criação da primeira unidade de assistência da UDV: Obras Sociais Casa da União, em Brasília. Atualmente, existem 28 Unidades Beneficentes vinculadas ao Centro, desenvolvendo projetos sociais. Quando foi criada a Casa da União, com o nome inicial de “Obras Sociais do Núcleo Estrela do Norte”, o m. Monteiro disse que: "A União do Vegetal vem fazendo a sua beneficência, mas as autoridades e a sociedade nem sempre compreendem o nosso trabalho no Centro, por isso estamos criando uma entidade com esse objetivo». FOTOS: DIVULGAÇÃO Em virtude das comemorações dos 50 Anos da UDV, o Departamento de Beneficência realizou o "Dia do Bem", uma atividade comum, aberta à participação de todos os núcleos, que aconteceu em 26 de março, com agendas próprias nas diferentes localidades. A proposta foi abrir as portas um dia a mais, de forma festiva, com atendimentos assistenciais e beneficentes à comunidade externa. Esta idéia, inspirada em uma experiência realizada pelo Núcleo Castelo de Marfim (Santarém-PA), foi apresentada durante o III Encontro da Beneficência (2010) e integrada ao calendário de festividades dos 50 Anos, sendo que agora tem caráter nacional e internacional (Espanha e EUA). O evento foi amplamente divulgado, na imprensa e através da intentet (Facebook, Blog, imprensa, entre outros) e deverá acontecer anualmente em celebração às ações beneficentes Dia do Bem no Pré-Núcleo Marechal, na 17ª Região. realizadas no período, num ato de gratidão e de incentivo à fraternidade. 3.331 voluntários 26 17.118 beneficiários ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 39.173 atendimentos Veja mais: Facebook: Dia do Bem - UDV 50 Anos Twitter: @diadobem_ Blog da UDV: www.udv.org.br/blog Encontro reúne voluntários da Beneficência da UDV, em 2010, no Núcleo Samaúma (São Paulo) Se unir O Mestre José Luiz de Oliveira tinha um caminhão de frete. Um dia o caminhão quebrou num lugar distante. Sem dinheiro para o conserto, teve que deixa-lo e voltar pra casa. Era dia de sessão de escala, e ele não comentou o ocorrido. Mestre Gabriel, num determinado momento, contou pra irmandade o acontecimento e pediu que contribuíssem para o conserto do caminhão. Essa foi a primeira «ação beneficente» organizada junto à irmandade, em função da necessidade de um irmão. 1983 - Teve início o Departamento de Beneficência, no núcleo. Mais tarde, a Diretoria Geral instituiu o Departamento a nível nacional e, com o tempo, definiu o foco principal: a alfabetização de jovens e adultos (veja ao lado) e o fortalecimento das Unidades Beneficentes. Luz, para ler e escrever http://luzdosaber.seduc.ce.gov.br Desde 2002 que a alfabetização de jovens e adultos, utilizando a informática como ferramenta principal, é o foco da Beneficência na União do Vegetal. O trabalho começou associado ao Projeto Luz das Letras e tornouse o principal programa de assistência social realizado pela União do Vegetal e voltado à comunidade em geral. Em 2010, uma parceria feita entre a Casa Brasil, o Governo do Estado do Ceará e a Casa da União consolidou o desenvolvimento de um novo software - o Luz do Saber; que é livre para distribuição e aberto para continuar evoluindo e adaptando-se, tanto quanto necessário, sem custo, visando apenas a promoção humana, através do amplo acesso à alfabetização e, também, à inclusão digital. Em seis meses, o site do software Luz do Saber foi visitado por diversos públicos, incluindo a UDV, e registrou mais de 4 mil visitantes. Até fevereiro, havia salas de aula (laboratórios) do Luz do Saber com trabalho voluntário de sócios do Centro, em nove cidades (ao lado). O próprio Centro oferece treinamento para o projeto. Em fevereiro/2011 o Luz do Saber tinha: 955 alunos: • Alta Floresta - 430** • Belo Horizonte - 09* • Campo Grande - 396* • Cuiabá - 20* • Criciúma - 23* • Florianópolis - 09* • Ilhéus - 09* • Ipatinga - 01* • Rio de Janeiro - 10*/48** * jovens e adultos ** alunos do Ensino Regular Mais de 4 mil pessoas já haviam sido alfabetizadas através da UDV, desde 2002, até o lançamento do novo software (set/2010). 1999 e 2002 – Realização do I e II Encontros de Beneficência da UDV, ambos em Brasília-DF. 2010 - III Encontro da Beneficência, realizado em São Paulo, no Núcleo Samaúma. Além das apresentações e do lançamento do novo software de alfabetização, formaram-se Grupos de Trabalho para organização e fortalecimento do departamento. O DEPARTAMENTO DE BENEFICÊNCIA TEVE, DESDE A SUA CONSTITUIÇÃO, UMA VALOROSA EQUIPE DE VOLUNTÁRIOS E A COORDENAÇÃO DOS SÓCIOS PAULO EVANGELISTA, EDISON SARAIVA NEVES, WASHINGTON LINDBERGHT DE SOUSA E, ATUALMENTE, TÂNIA MARIA BATISTA DE LIMA. O PROJETO LUZ DAS LETRAS/LUZ DO SABER CONTOU INICIALMENTE COM A CONTRIBUIÇAO DE MARLÚCIA MESQUITA E, ATUALMENTE, É COORDENADO POR LAURETI MASCARIN. FOTO: CLÁUDIO OLIVEIRA Forma de atendimento Número de beneficiados Alfabetização em laboratório do Luz do Saber em Cuiabá (MT). ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 27 “O Vegetal é inofensivo à saúde” Com o apoio e a iniciativa dos profissionais da área de Saúde, sócios da UDV, a afirmativa do Mestre Gabriel vem sendo confirmada através de pesquisas científicas realizadas por reconhecidas instituições acadêmicas, nacionais e internacionais. Essa também é a história do Departamento Médico-Científico da União do Vegetal. 1977 A diretoria do Centro publica artigo no jornal “O Guaporé” (Rondônia), no qual abre suas portas para a pesquisa científica. A UDV sugere às autoridades uma pesquisa em seu âmbito e entre seus sócios, ”acompanhada por clínico geral e psiquiatra, em constante observação pelo tempo que se fizer necessária (…) incluindo também o aspecto social e comunitário”. 1984 Primeiras reuniões de onde surgiu o Centro de Estudos Médicos (CEM), no Rio de Janeiro, por livre iniciativa de um grupo de sócios do Centro, profissionais da área de Saúde. O CEM deu origem ao atual Departamento Médico Científico (DEMEC). 1991 I Congresso em Saúde da UDV (foto), e a elaboração da Carta de Princípios Éticos dos Profissionais de Saúde da UDV. O Congresso foi uma iniciativa da UDV de reunir sócios, profissionais de saúde e pesquisadores de renome internacional para se atualizarem dos aspectos cientificos existentes do Chá. A UDV lança para àqueles pesquisadores a proposta de realizarem o que veio a ser o primeiro estudo do Chá Hoasca em seres humanos. 1992 Início do Projeto Hoasca (Farmacologia Humana da Hoasca), de investigação biomédica sobre os efeitos do chá, envolvendo nove centros universitários e instituições de pesquisa do Brasil, Estados Unidos e Finlândia, com suporte do Centro de Estudos Médicos da União do Vegetal. 1993 Em Manaus, uma forçatarefa de pesquisadores de 9 instituições realizam a fase de coleta de dados do Projeto Hoasca. Também neste ano acontece o II Congresso em Saúde da UDV, em Campinas/SP. 1995 I Conferência Internacional dos Estudos da Hoasca, no Rio de Janeiro, onde os resultados do Projeto Hoasca foram divulgados a autoridades e cientistas Diversos artigos foram publicados em periódicos científicos de relevância internacional. 1997 O Conselho Federal de Entorpecentes (CONFEN) emitiu parecer que desaconselhava, sem qualquer fundamentação científica, o uso do Vegetal por menores de 18 anos. A União do Vegetal encaminhou questionamento ao Ministério Público Federal, que então solicitou que fosse realizada uma pesquisa científica investigando os efeitos da utilização do Vegetal por menores de idade. 2001 Teve início a pesquisa Hoasca na Adolescência, proposta na Conferência de 1995. 40 adolescentes, frequentadores regulares da UDV, com idade entre 15 e 19 anos, das cidades de São Paulo, Campinas e Brasília foram avaliados, assim como 43 jovens das mesmas localidades que nunca utilizaram o chá, para efeito de comparação de resultados. 2004 A Resolução n0 5 do CONAD estabeleceu as condições de uso do chá e determina que seu uso deve ser limitado ao âmbito ritual religioso. Conclusão, com a divulgação do parecer científico da pesquisa com adolescentes. 2008 I Congresso Internacional da Hoasca, em Brasília/DF 2011 Encontro Demec – «25 anos zelando pela palavra do Mestre Gabriel». Em Fortaleza/CE, exclusivo para sócios da UDV, em especial monitores do departamento e profissionais de saúde. 28 Os resultados do Projeto Hoasca evidenciaram que os sócios da UDV gozavam de boa saúde física e mental. O Chá, além de não ter causado dependência ou abuso – ocorrências usuais entre usuários de drogas – revelava benefícios em seu uso ritual: diversos sócios haviam cessado o uso abusivo de álcool e outras drogas; eram pessoas mais serenas, assertivas e menos ansiosas; que as do grupo de comparação. Para alguns dos sócios os cientistas concluíram, ainda, que “o uso ritual da Hoasca causou um profundo impacto no curso de suas vidas”, com marcantes acontecimentos de reestruturação pessoal. Entre 1992 e 1995 foram realizadas pesquisas com seres humanos, análises químicas do mariri, da chacrona e do Chá, além de ensaios também em animais. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Na adolescência “A maneira como a UDV utiliza a Hoasca em seus rituais caracteriza um contexto seguro”. PhD Rick Strassman – na época único pesquisador autorizado pelo NIDA (National Investigations Drugs Abuse) a estudar a DMT em humanos: Projeto Hoasca Trata-se de “um estudo intensivo e exaustivo, jamais realizado, a respeito dos aspectos médicos da Hoasca”. Dr. Charles Grob, do Departamento de Psiquiatria do Centro Médico da Universidade da Califórnia, L.A. (UCLA). I Congresso em Saúde da UDV (1991). Da esquerda para a direita: Marisa Mendes, Edson Lodi, Glacus de Souza, Raimundo Braga, Edison Saraiva, Laércio do Egito, Henrique Boechat. Ilustrações: Cipó Tucunacá e galho florido de banisteriopsis caapi (mariri) A pesquisa Hoasca na Adolescência, concluiu que a saúde física e mental de adolescentes assíduos aos rituais da UDV é semelhante à de jovens dos mesmos extratos sociais, que nunca fizeram uso do Chá. Em síntese, são jovens que apresentam bom convívio social e familiar, plenamente integrados ao meio em que vivem. É importante destacar que os resultados das pesquisas vincularam os efeitos benéficos da Hoasca à maneira como é utilizada ritualmente, o que foi descrito pelos pesquisadores como “um contexto ritual altamente estruturado”. Em outras palavras, a análise dos efeitos benéficos da Hoasca é indissociável de seu contexto ritual onde, como sabemos, há a doutrina. Diversos cientistas tem manifestado que a atitude isenta e o apoio logístico oferecido pela UDV tornaram possíveis a realização de estudos científicos de grande envergadura, o que é entendido como resultado da busca do Centro em cativar as autoridades. O Projeto Hoasca foi financiado pela ONG americana Botanical Dimensions e desenvolvido por nove centros universitários e instituições de pesquisa do Brasil, Estados Unidos e Finlândia: o Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA); as Universidades da Califórnia (UCLA), Federal do Amazonas, de Kuopio (Finlândia), Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), de Novo México (Albuquerque, EUA), a Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo; o Centro de Pesquisas Botanical Dimensions, (California USA), com suporte do Departamento Médico Científico da UDV (DEMEC). Foi coordenado pelo pesquisador americano PhD Dennis Mckenna. A fase de pesquisas, em Manaus, contou com valioso apoio do médico Glacus de Souza Brito e outros voluntários. O Projeto Hoasca na Adolescência foi majoritariamente financiado pelo Heffter Institute e desenvolvido por uma equipe binacional de pesquisadores. A coordenação geral, foi do PhD Charles Grob, chefe da Divisão de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Califórnia – Los Angeles. No Brasil, o responsável pela pesquisa foi o Prof. Dr. Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Recuperação de Álcool e Drogas (PROAD) do depatamento de Psiquiatria da UNIFESP e conselheiro do Conselho Nacional Antidrogas (CONAD ). Também participou do Projeto a PhD Luiza B. Alonso, da Universidade Católica de Brasília. O sucesso destes projetos deve-se, também, à contribuição dos profissionais de Saúde sócios da UDV, entre eles Otavio Castello, e aos demais cientistas envolvidos, como Jace Callaway, que algumas vezes apresentou seus estudos em eventos promovidos pelo Centro. O Departamento Médico Científico da UDV teve, desde a sua constituição, uma valorosa equipe de voluntários e a coordenação dos sócios Edison Saraiva Neves, Glacus de Souza Brito, Hélio Gonçalves, José Roberto Campos de Souza e, atualmente, Ariovaldo Ribeiro Filho. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 29 Religião em família “É muito importante o trabalho do Ensino Religioso, para trazer melhor orientação para o futuro das crianças e dos jovens." M. Francisco Herculano – Mestre Geral Representante. A União do Vegetal é uma religião de fundamentação cristã, reencarnacionista, que tem a família, e os filhos, em lugar de grande relevãncia em seus valores e ensinos. Também por isso, a participação das crianças e jovens no âmbito da UDV é natural e indispensável. No início, as crianças participavam das sessões, com seus pais. Na década de 80, a necessidade de regulamentar a comunhão do Vegetal a menores, perante as autoridades gerou, após alguns anos, a necessidade de criar um espaço construtivo, para instrução religiosa adequada às suas idades. Assim, o Ensino Religioso floresce no seio da UDV, ganhando cada vez mais espaço e envolvendo pais, mães e educadores em um Grupo de Trabalho e também nos núcleos. Caminhos - Foi a partir dos anos 90 que o trabalho de Ensino Religioso com os filhos dos sócios ganhou atenção como uma importante frente de trabalho do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Antes disso, alguns núcleos fizeram atividades por conta própria, que datam da década de 80. A publicação do "Guia de Orientação Espiritual de Crianças e Adolescentes" e a decisão de formar um Grupo de Trabalho para elaborar a aplicação do conteúdo do Guia, proporcionaram um novo olhar para o tema e condições inéditas para implantação do Ensino Religioso no âmbito da UDV. Já há dois anos, o Ensino Religioso faz parte do calendário de núcleos em todas as regiões. Os conteúdos e atividades são planejados com envolvimento de pais e mães, dirigentes do Centro e educadores, utilizando conhecimentos pedagógicos. As experiências estão sendo catalogadas e o interesse cresce no âmtbito da UDV. 30 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Voluntários ANOS 60 E 70 - Conforme o número de associados, crianças frequentavam livremente o âmbito das sessões. A PARTIR DE 2000 - Surgem iniciativas de atividades com crianças e jovens em diferentes lugares do país. participam de Encontro da Coordenação do Ensino Religioso, no Núcleo Janaína, Rio de Janeiro. ANOS 80 - Em 1986, o então Conselho Federal de Entorpecentes Confen proíbe, temporariamente, a comunhão do vegetal a menores de 18 anos. 2000 A 2006 - Continuidade de encontros e sessões para jovens. Em 2003 e 2004, a Diretoria Geral abre este assunto na lista de emails “Udvpresidência”. Têm início as atividades recreativas e a regulamentação interna da comunhão do vegetal para menores de idade. Primeiras sessões p/crianças e jovens. O Guia foi distribuído em arquivo digital e as unidades responderam a uma pesquisa. Ficou clara a necessidade de fazer um trabalho dirigido. Lançamento do Livro Infantil José O Menino de Coração de Maria texto de Laura Casaca, pesquisa de Yuugi Makiuchi, ilustração de Priscilla Pessoa, e muitos outros colaboradores. A história da infância do Mestre Gabriel, para crianças. Edição limitada, à venda através das secretarias nos núcleos do Centro. Arrecada fundos para a Campanha dos 50 Anos da UDV (pág. 32). ANOS 90 - A pedido da Representação Geral foi elaborado o Guia de Orientação Espiritual de Crianças e Adolescentes, com distribuição limitada, em forma de apostila (fotocópia). Alguns núcleos realizaram atividades com base no seu conteúdo. 2007 - Por determinação do Conselho da Representação Geral é criado o Grupo de Trabalho do Ensino Religioso (GTER) da UDV. Acontecem os primeiros encontros de jovens da UDV. 2008 - Lançado o Guia de Orientação Espiritual de Crianças e Adolescentes da UDV (foto), impresso e distribuído em todo o país, dentro e fora da UDV. Pesquisa e texto: Ruy Fabiano – Supervisão: Raimundo Monteiro de Souza e Mª Ivone de Castro Menão. Grupo de Trabalho cria Biblioteca de Investigação, Experimentação e Soluções para atividades com base nos temas do Guia de Orientação Espiritual. Temas já trabalhados Desde novembro de 2008, a aplicação dos temas do Guia segue um calendário comum a todos os núcleos. A cada ano, alguns temas fundamentais, como Deus, Jesus, e Maria são repetidos. Veja o que já foi trabalhado: 2009 - 1º Encontro do Ensino Religioso reúne voluntários de diferentes núcleos em Brasília. 2011 - Em março, os voluntários das Bases do Grupo de Trabalho DEUS --> DEUS --> DEUS --> DEUS --> GRUPOS DE TRABALHO GT de Ensino Religioso [email protected] Primeira atividade simulânea (1º/11) em mais de 20 unidades da UDV, com o tema 'Deus: O Criador', abrindo a agenda de temas do ER ( à direita ). YUUGI MACHIUCHI Participantes do 1º Encontro do Ensino Religioso da União do Vegetal, na Sede Geral 29 voluntários formam o Grupo de Bases do Ensino Religioso, responsável pela gestão, pedagogia e pesquisa para aplicação dos conteúdos propostos no Guia de Orientação Espiritual da UDV. Ao todo, 306 pessoas participam da lista de e-mails, que é aberta a todos os sócios do Centro. O CRIAÇÃ > ADOR -- CRI JESUS --> JESUS --> FILHO PERDÃO E SALVAÇÃO MARIA --> MÃE DE JESUS RELIGIÃO --> CRISTIANISMO --> AMOR AO PRÓXIMO RELIGIÃO --> CR ISTIANISMO --> AMIZADE E AUTO R IGIÃO -–ESTIMA REELLIG > C R IS TIANISMO -IÃO --> > S O LIDARIEDA CRISTIA DE E FRATE NISMO FAMÍL RNIDADE --> IA --> ESPIRIT FAMÍ UALIDA PAIS E LIA -DE FILHOS > RELIG UNIÃ AFETIV O IDADE REL IÃO --> I REL GIÃO U C ÉLUL A MÃ REL IGIÃ --> DV --> E, VA MEST (Brasília/DF), em novembro de 2009 IGI O --> U LORE D R E GA V --> S ÃO B R I U EL - A --> DV AS P U T OR D LAN UD --> A UD TAS GT IDENTIDADE VISUAL - Está elaborando o V V -SAG R A > Sistema de Identidade Visual do Centro, que define DAS a imagem externa da UDV, perante a sociedade. Além do Ensino Religioso, e dos trabalhos dos próprios departamentos, também há equipes desenvolvendo atividades de interesse do Centro e que não pertencem a nenhum dos departamentos já existentes. Por isso, foram criados Grupos de Trabalho temporários: GT COOPERATIVA DE TELEFONIA - Buscando sustentabilidade financeira para o Centro através da avaliação do potencial econômico de serviços de telefonia móvel para associados da UDV. GT INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO - Designado para estudar reformulação do REUNI e apontar novas ferramentas de comunicação e tecnologia da informação. GT EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA - Buscando ferramentas digitais para de reuniões virtuais e treinamentos a distância, como capacitação de tesoureiros e secretários e cursos de agrofloresta. A PA 50 A NO ZN SD - TES OM EH OUR IST UND O O ÓR IA LEIA MAIS A RESPEITO DO GRUPO DE TRABALHO DO ENSINO RELIGIOSO, TAMBÉM NAS REGIÕES, NA EDIÇÃO ESPECIAL DO ALTO FALANTE DE MAIO/2009. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 31 Presenteando a UDV Em 22 de julho de 2011 a UDV faz 50 anos. Os voluntários da Diretoria Geral deram uma idéia: reunir doações de todas as regiões para oferecermos um bom presente para a União do Vegetal. As contribuições podem ser feitas até dezembro/2011 e os presentes são para os próximos 50 anos,ou mais. Nos 50 anos da União do Vegetal, observando-se todo o trabalho administrativo desenvolvido e, pensando nas futuras gestões, os membros da atual Diretoria Geral decidiram mobilizar os sócios, convidandoos para participarem da compra de valiosos presentes para a UDV e o seu futuro. A proposta é unir doações espontâneas, em todas as regiões, para oferecer quatro grandes presentes à esta grande e querida instituição: dois imóveis - salas comerciais e uma residência, que vão oferecer melhores condições para as pessoas estiverem se dedicando, a serviço da União do Vegetal; novas soluções tecnológicas, que representam grandes avanços para a administração do Centro e um Fundo para Investimentos futuros, para estarmos prontos às novas necessidades que surgirão. Esta idéia foi apresentada ao Conselho de Administração Geral (CONAGE) que, reconhecendo a necessidade de reforçar a estrutura do Centro, autorizou a Campanha de Doação do Cinquentenário, que já está sendo divulgada desde novembro passado em todas as regiões. Há monitorias nos núcleos e a doação pode ser coletiva ou individual. As doações podem ser feitas até o final do ano. Salas comerciais p/o escritório da Diretoria Geral. Imóvel para moradia em Brasília para o Mestre Geral Representante e sua família. Em torno de R$ 2 milhões. "Calculamos os objetivos da Campanha (soma de R$ 2 milhões) com base na nossa realidade econômica. Por isso, elegemos itens estruturais, duradouros, como os imóveis, que serão incorporados ao patrimônio do Centro. E também na estrutura gerencial, administrativa, que ganham porte com tecnologia e recursos para ações mais imediatas e estruturantes. Pensamos a longo prazo: nas próximas décadas de administração e o muito que poderemos fazer pela União do Vegetal com o dinheiro economizado. Mas o mais importante, ainda, é o bemestar e a segurança das pessoas que servem à UDV", ou seja, melhores condição de trabalho aos irmãos do escritório e uma boa moradia ao Mestre Geral Representante e sua família, para uso durante sua gestão - diz o Vice-presidente e coordenador das atividades dos 50 anos do Centro, Carcius Azevedo dos Santos. www.udv50anos.org.br CEBUDV Sede Geral Campanha de Doações Banco Bradesco Agência: 1228 - Conta: 22711-0 CNPJ: 05 899.588/0001-80 Acesse o site, leia o Regulamento e faça sua doação com Mastercard ou Visa em até 9 vezes, ou boleto gerado on-line. *CÓDIGO DE TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL (SUIFT) P/DEPÓSITOS NO EXTERIOR: BBDEBRSPBHE. 32 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV Novas soluções tecnológicas, como o REUNI, p/ gerenciamento do Centro. Fundo de Investimentos, para dar suporte à contínua estruturação do CEBUDV. Escritório: um lugar melhor. "O escritório funciona hoje em um local que já não é apropriado. Seu espaço físico é já não adequado para integrar melhor as pessoas em suas área de trabalho. Por ser um imóvel antigo, para instalarmos tecnologias de comunicação mais atuais, deveremos fazer reformas - o que não achamos interessante por ser tratar de imóvel alugado", explica Carcius. Segundo os funcionários do escritório, após as 18h há forte incidência de prostituição e pessoas drogadas nos arredores, causando medo e insegurança aos funcionários e todos que precisam usar as dependência para as reuniões, que muitas vezes acontecem à noite. "Não merecemos passar por isso, apesar de sermos gratos pelo o que temos e pelas pessoas que por lá já passaram, fazendo o melhor possível", lembra. Os 50 anos da União do Vegetal ganharam uma marca, desenvolvida pelo m. Roberto Evangelista (Manaus - 2ª Região). Horizontes mais amplos. Só em 2010 gastamos próximo de R$ 84 mil reais com aluguel entre a casa do mestre geral e o escritório. E quantos anos passamos pagando aluguel? e quantos ainda iremos pagar se não houver esse investimento? Estamos pensando no futuro da União do Vegetal, pois com o Reuni realmente funcionando na forma como está sendo preparado, a relação dos núcleos com a Diretoria Geral ganhará outra dimensão. A comunicação é rápida e tudo fica documentado com segurança e níveis de acesso às informações. Os dados são aproveitados de forma inteligente pelo sistema, oferecendo informações preciosas à administração do Centro. A tecnologia é um investimento necessário, fundamental, quando se trata de uma instituição no porte atual da UDV com cerca de 17 mil sócios (sem contar os filhos e os ainda não-sócios). Mobilização acontece nas regiões O Presente para a UDV também foi calculado estimando a participação de todas as regiões, mas proporcional ao seu número de sócios. A coordenação da mobilização nas regiões é um trabalho que está sendo realizado pelos Mestres Centrais, junto à Direção nos núcleos. Aluns núcleos estão fazendo promoções para aumentar a sua participação, como o livro infantil «José - O Menino de Coração de Maria» (pág. 30). Enfim, cada um a seu modo, todos podem participar. As doações também podem ser individuais, fazendo sua contribuição através das várias formas divulgadas no site da Campanha, onde também está publicado o seu Regulamento. Há várias opções de participação e o montante arrecadado, e sua aplicação, serão observados pelo Conselho Fiscal e, na ocasião dos acontecimentos, divulgados aos sócios do Centro. Acompanhe e apóie a mobilização no seu núcleo. Fale com o Presidente ou com o monitor da Campanha. Auxilie na divulgação, dê idéias, organize e mobilize os amigos para conseguir uma boa quantia, que faça a diferença. O prazo é até dezembro de 2011. Site: - E-mail: [email protected] - Telefone: (61) 3225-3945 ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 33 Devidos créditos MESTRE GERAL 1961 A 1971 JOSÉ GABRIEL DA COSTA MESTRES REPRESENTANTES, NA PRESENÇA DO MESTRE GABRIEL: DIRETORIAS M. BRAGA M. JOSÉ LUIZ M. MODESTO M. PAIXÃO M. MONTEIRO M. FLORÊNCIO* M. VICENTE* MESTRES ASSISTENTES: M. RAMOS M. ROBERTO SOUTO M. JOANICO M. PERNAMBUCO M. SIDON ( * ) Em Manaus 1968 A 1972 1972 A 1979 1979 A 1982 M. BRAGA M. SIMÃO (M. Assistente) M. MANOEL NOGUEIRA M. JOSÉ CARLOS (M. Assistente) M. JOANICO CONSELHO FISCAL PRESIDÊNCIA VICE-PRESIDÊNCIA SECRETARIA HILTON PEREIRA PINHO RAIMUNDO MONTEIRO DE SOUZA FRANCISCO ADAMIR DE LIMA RAIMUNDO MONTEIRO DE SOUZA MESSIAS PAULA DE SÁ JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA ANTONIO C.DE DEUS (“GIA”) JOÃO F. DE SOUZA (JOANICO) FRANCISCO ADAMIR LIMA HILTON PEREIRA PINHO RAIMUNDO CARNEIRO BRAGA JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA RAIMUNDO CARNEIRO BRAGA LUIS CARLOS CARDOSO FRANCISCO ROBERTO EVANGELISTA RAIMUNDO PEREIRA DA PAIXÃO FRANCISCO ADAMIR DE LIMA LUIS CARLOS CARDOSO RAIMUNDO MONTEIRO DE SOUZA CÍCERO ALEXANDRE LOPES LUIS CARLOS CARDOSO BARTOLOMEU P. DO NASCIMENTO RUBENS RODRIGUES HILTON PEREIRA PINHO DANIEL CASTOR GOMES LUIS CARLOS CARDOSO DE SOUZA JOSÉ CARLOS GARCIA EDISON SARAIVA NEVES RAIMUNDO MONTEIRO DE SOUZA JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA LUIS CARLOS CARDOSO DOUVEL SOUZA MORAES JOSÉ BENJAMIN PEREIRA RAIMUNDO MONTEIRO DE SOUZA MARIA IVONE DE CASTRO MENÃO ROMEO ELIAS MESTRE GERAL REPRESENTANTE M. MONTEIRO M. JOANICO Desde a primeira diretoria, formada em 1968, milhares de sócios se dedicam à construção desta história, contada resumidamente nesta Edição especial de aniversário do Centro. Conheça aqui as diretorias executivas e os conselhos fiscais, que respondem legalmente pelos feitos de cada época. A eles, e a todos os voluntários anônimos, nossa gratidão nesses 50 anos da União do Vegetal. JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA BARTOLOMEU P. DO NASCIMENTO HILTON PEREIRA PINHO DANIEL CASTOR GOMES LUIS C. CARDOSO DE SOUZA DOUVEL SOUZA MORAES TESOURARIA ORADOR OFICIAL ÓRGÃO INDEPENDENTE RAIMUNDO CARNEIRO BRAGA MODESTO ALVES DE SOUZA ANTONIO DOMINGOS RAMOS FLORÊNCIO CARVALHO (Diretor Social) MANOEL E. DE LIMA (Diretor Geral) RAIMUNDO PEREIRA DA PAIXÃO BARTOLOMEU P. DO NASCIMENTO RAIMUNDO MONTEIRO DE SOUZA FRANCISCO HERCULANO DE OLIVEIRA, FRANCISCA MACÊDO, JOÃO DA CRUZ REIS. ANA MARIA DE LIMA SOUZA, MANOEL SEVERINO FÉLIX. TRANSFERÊNCIA DA SEDE GERAL DE PORTO VELHO/RO PARA BRASÍLIA/DF, EM 31.10.1982 1982 A 1990 M. MONTEIRO M. BRAGA A instituição da Diretoria Geral, um órgão para administrar a UDV como um todo, deu-se por determinação do Conselho da Representação Geral da União do Vegetal, em agosto de 1989. JOSÉ MAURO F. DA SILVEIRA EDSON LODI CAMPOS SOARES MARCOS COUTINHO MÁRCIO DA RÓS AGO/1989 DIRETORIA GERAL ABR/1990 1990 A 1994 EDSON LODI 1994 A 1997 M. MONTEIRO EDISON SARAIVA NEVES JOÃO LUIZ COTTA NETO FERNANDO POLIGNANO MÁRCIO LUIZ DA RÓS CÉSAR A. GUSMÃO MOREIRA 1997 A 2000 M. MANOEL NOGUEIRA M. CLÓVIS (MAG) M. NONATO M. FLORÊNCIO EDISON SARAIVA NEVES JAMES ALLEN S. PARANAYBA MÁRCIO LUIZ DA RÓS PAULO TASSO MONTEIRO FREIRE JOÃO BOSCO BAPTISTA RABELLO 2000 A 2003 M. JOSÉ LUIZ EDSON LODI CAMPOS SOARES JAMES ALLEN S. PARANAYBA MARCELO UCCI PINHEIRO PEDRO DIAS DE MORAES ROSELY APARECIDA FERRAZ MÁRCIO LUIZ DA RÓS PAULA CABRERA DA SILVA JOÃO BOSCO BAPTISTA RABELLO OTACÍLIO AUGUSTO G. RIOS MARIA IZABEL R. DA SILVA JORGE LUIS DANTAS NOVAES, MÁRCIO LUIZ DA RÓS, ANTONIO PEDRO DA SILVA NEVES FERRÃO. MARCOS MESQUITA DA SILVA, MÁRIO CECÍLIO SALOMÃO JÚNIOR. 2003 A 2006 M. JOSÉ LUIZ JAMES ALLEN S. PARANAYBA MÁRCIO LUIZ DA RÓS FLAVIO MESQUITA DA SILVA CLOTÁRIO MENNA BARRETO FILHO ROMEO ELIAS MÁRCIO ROSSI GONÇALVES CARMEN C. RÜBENICH PALLET JOÃO BOSCO BAPTISTA RABELLO JOCIMAR NASTARI OTACÍLIO AUGUSTO G. RIOS MARIA IVONE DE CASTRO MENÃO LAURÉTI LOPES MASCARIN JORGE LUIS D. NOVAES, MÁRIO TEDESCHI, IZIDORO JOSÉ P. CASTRO, WLADIMIR F. FERRAZ. CÉSAR AUGUSTO B. SOUZA, PAULO JOSÉ O. EVANGELISTA, ANTONIO PEDRO S. NEVES FERRÃO, CARLOS EDUARDO, JUSSARA DIAS, JOÃO ROBERTO. 2006 A 2009 M. MONTEIRO JAMES ALLEN EDSON LODI FLÁVIO MESQUITA DA SILVA SAMIR DIAS REZENDE S. ENTORNO RENATO PAOLIELLO PALET MÁRCIO GONÇALVES MARCELO NORONHA ALEXANDRE RETAMAL OTACÍLIO AUGUSTO G. RIOS JOCIMAR NASTARI CESAR BASTOS CARMEN C. RÜBENICH PALLET WLADIMIR FOGAGNOLI, CÉSAR AUGUSTO BASTOS, PAULO EVANGELISTA, PEDRO FERRÃO, FÁBIO GABRIEL FREITAS, JOSÉ VICENTE MARIN E JOSÉ ROBERTO AZAMBUJA. M. HERCULANO FLAVIO MESQUITA DA SILVA CARCIUS AZEVEDO DOS SANTOS MARCELO UCCI PINHEIRO ALEXANDRE RETAMAL BARBOSA IURA CASTRO MENÃO ARAÚJO JOCIMAR NASTARI CESAR BASTOS WILSON BATISTA FERREIRA EMANUELLA GOMES S. OLIVEIRA DADJA MICHELLE WIDER CARLOS VITÓRIO GORRERI, JOSÉ ROBERTO AZAMBUJA, LUIZ CLÁUDIO PINHO, NARCISO CAMILO DE ANDRADE, ENZIO EICHHORST E NABIL EL BIZRI 2009 A 2012 EXPEDIENTE DIRETORIA GERAL M. BRAGA M. FELIPE BELMONTE . 34 DIRETORIA NACIONAL PROVISÓRIA ANTONIO PEDRO FERRÃO, JORGE LUIZ DANTAS NOVAES, ADALBERTO CARVALHO, CÉSAR AUGUSTO GUSMÃO MOREIRA, JOCIMAR NASTARI, RAIMUNDO NONATO BRAGA. CENTRO ESPÍRITA BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL Fundador: José Gabriel da Costa. Representação - Mestre Geral Representante: Francisco Herculano de Oliveira. Mestres Assistentes Gerais: José Luiz de Oliveira, Jair Gabriel da Costa, Edison Saraiva Neves, Paulo Afonso Amato Condé. DIRETORES DOS DEPARTAMENTOS - Beneficência: Tânia Batista, Médico Científico: Ariovaldo Ribeiro Filho, Jurídico: Bruno Wider, Plantio: José Henrique Cattânio, Memória e Documentação: Luiz Cláudio Machado, Patrimônio: Klaus Marcus Paranayba. COORDENADORES - Relações Institucionais: Edson Lodi Campos Soares, Comunicação: Thiago do Val Simardi Beraldo Souza. ESCRITÓRIO EXECUTIVO - Gerente: Iber Pancrácio, Secretária: Maria Ivone de Castro Menão, Tesoureiro: Fábio Rocha. Auxiliares - Financeira: Aurinete Timbo B. Lima, Administrativo: Deusdeluz Ferreira Alves, Coordenadora do Projeto Luz do Saber: Lauréti Lopes Mascarin, Coordenador de Pesquisa do DMD: Yuugi Makiuchi. Assessoria Jurídica: Romeo Elias. DIRETORIA GERAL - Presidente: Flavio Mesquita da Silva. Vice-presidentes: Carcius Azevedo dos Santos, Marcelo Ucci Pinheiro. 1º Secretário: Alexandre Retamal, 2º Secretário: Iura Menão; 1º Tesoureiro: César Augusto Bastos, 2º Tesoureiro: Wilson Batista; Oradora Oficial: Dadja Michelle Wider. Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico Presidente: Genis Garcia Pereira. Conselho Fiscal - Presidente: Carlos Vitório Gorreri. Endereço: SCS Qd.06 – Bl. A – Nº 157 – Ed. Bandeirantes – salas 101/102 CEP: 70300-910. Caixa Postal 08610 – ACSHS CEP: 70.312-970 – Brasília-DF. Telefone: (61) 3225-3945 / (61) 3225-3945 - Web - Site: www.udv.org.br Blog: www.udv.org.br/blog - E-mail: [email protected] ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV ALTO FALANTE ESPECIAL – Edição Histórica de 50 Anos da UDV - Supervisão: Carcius Azevedo e Thiago Beraldo. Editores: José Roberto Azambuja e Adriana Porfírio. Colaboradores: Alexandre Retamal, Jocimar Nastari, Renato Palet, Silas Paixão. Arte: Adriana Porfírio. Pesquisa histórica: Yuugi Makiuchi e Ivone Menão. Revisão ortográfica: Mateus Luz Campos Souza. Fotógrafos: Júlio Trazzi, Isaac Amorim, Bento Viana, Genilson de Lima. As fotos com autoria ainda não identificadas são creditadas ao DMD do CEBUDV. Impressão: Gráfica Brasil. Tiragem: 12 mil unidades. Publicação dirigida aos sócios da União do Vegetal. Distribuição gratuita, de acordo com a disponibilidade de exemplares, através das secretarias nos núcleos da UDV. ALTOFALANTE EDIÇÃO HISTÓRICA • 22 DE JULHO DE 2011 50 ANOS DA UDV 35