Copyright © 2008 by Discovery Knowledge Ltda.
Copyright © 2008 by Carla Cruz, Caroline Hoffmann & Uirá Ribeiro.
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sem autorização prévia e escrita da Editora.
Capa: Cassimiro de Jesus Andrade
Editoração: Cassimiro de Jesus Andrade
Ilustrações: Uirá Ribeiro
Software: Uirá Ribeiro
Foto Capa: Carla Cruz
CRUZ, Carla; HOFFMANN, Caroline, RIBEIRO,
Uirá. TCC - Trabalho de Conclusão de Curso.
Belo Horizonte: 2008.
ISBN: 85-60095-04-7
Os conceitos emitidos nesta obra são de
responsabilidade dos autores.
Edição Eletrônica em formato E-BOOK
Editora Discovery Knowledge Ltda.
www.softwaretcc.com.br
PREFÁCIO
A necessidade de se encontrar explicações e buscar equacionamentos, que procurem dar conta
das várias demandas e questionamentos envolvidos nas relações que construímos em nosso cotidiano
e das novas e múltiplas questões que surgem da crítica a respostas aparentemente plenas e imutáveis,
têm movido o caminhar do conhecimento ao longo dos tempos, gerando os conflitos e impulsionando
o refinamento dos conceitos. Esse caminhar não linear em busca de uma maior compreensão do
entorno gera novos e constantes desafios a serem ultrapassados.
Em um contexto de tal complexidade e diversidade, o desafio que se apresenta é a estruturação e
construção desse conhecimento proporcionando a comunidade em geral, acadêmica ou não, uma
melhor apresentação deste novo saber, de forma que desenvolvam competências para análise crítica
dos embates atuais, contribuindo assim para uma melhoria das condições do meio sócio-cultural.
Este é o objetivo de deste livro, desenvolver competências para análise crítica dos embates atuais.
Consciente desse compromisso com a comunidade e com a importância da estruturação do método
e da técnica em pesquisa, os autores contemplam objetivos bem definidos, os quais tornam mais
simples e didáticos à produção/construção de conhecimento por pesquisadores discentes e docentes.
Porém, mais do que a técnica está o despertar para o raciocínio lógico, o interesse científico, a
analise criteriosa dos dados, a postulação dos questionamentos. Isto sim, desperta o saber e o
amor pelo conhecimento, pelo novo, pelo inusitado.
Com o software desenvolvido pelos autores, a parte técnica, muitas vezes dita como entediante e
enfadonha-mas sempre necessária; fica leve, fácil; e permite que o tempo do pesquisador seja
investido em outras áreas. Isto é fantástico, isto é adaptação e utilização do conhecimento.
Finalmente, o autores desmistificam o trabalho de conclusão de curso –TCC, levando os profissionais
a atingirem a autonomia intelectual e a competência técnica, especificidades necessárias ao
desempenho eficiente de suas atividades no ambiente social em que estiverem inseridos.
Foi um prazer o convite e a leitura! Obrigado!
Prof. Dr. Marcio Barros Dutra
Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa
UNIVERSO
APRESENTAÇÃO
A motivação deste livro nasceu dentro da sala de aula, presenciando a dificuldade e
até mesmo sofrimento de nossos alunos na tentativa, por tantas vezes frustradas, de
expressar suas idéias, após pesquisa, durante a elaboração de um texto de tema
objetivo: projetos de pesquisa, artigos científicos, monografias e dissertações.
Após uma caminhada considerável enquanto professoras da disciplina de Metodologia
da Pesquisa Jurídica, entendemos, mais do que nunca, que ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção.
Estamos agora mais convictas de que nossos alunos possuem potencialidades, mas
também existem limitações que os impossibilitam de alguma forma. Daí a necessidade
de ‘possibilitar’ a não ‘dar’ o conhecimento, e reforçar a capacidade crítica, a curiosidade
e a insubmissão. E foi nesta via de mão dupla ensinar/aprender, aprender/ensinar
que criamos um projeto pedagógico que se dedica, modestamente, a todas as pessoas
que buscam a EXCELÊNCIA ao trabalharem temas objetivo-científicos.
Dedicado aos nossos queridos alunos, este livro discorre didaticamente sobre: Ciência
e conhecimento; Escolha de temas com vistas à necessidade de reformular os
instrumentos de realização das diversas àreas de conhecimento; elaboração do projeto
de pesquisa; elaboração da monografia de conclusão de curso; seminários de pesquisa,
orientação de Trabalho de Conclusão de Curso - TCC; técnicas de pesquisa e
pesquisa na internet; orientações para a defesa oral da monografia; redação científica,
dentre outros. Finalmente, as normas técnicas de documentação padronizadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são contempladas em um software
que acompanha este livro, com o intuito de facilitar a sua aplicação. A novidade desta
edição é a ampliação desta ferramenta de trabalho com os modelos de algumas
Instituições de Ensino Superior, facilitando ainda mais o trabalho de nossos queridos
alunos.
Saudações acadêmicas e o nosso sincero agradecimento à todos os alunos que
sempre apoiam os nossos projetos.
Professora Carla Cruz,
Professora Caroline Hoffmann
& Professor Uirá Ribeiro
Belo Horizonte, 2008.
Sumário
A IMPORTÂNCIA DO TCC ......................................................................................................... 14
OBJETIVO DO TCC ....................................................................................................................... 16
O que fazer? ....................................................................................................................................... 18
O CONHECIMENTO ................................................................................................................... 22
O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento .............................................. 22
Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico ........................... 23
Conhecimento filosófico ................................................................................................................. 24
Conhecimento religioso ou teológico ......................................................................................... 25
Conhecimento científico ................................................................................................................. 26
CIÊNCIA ............................................................................................................................................ 27
O que é ciência? ............................................................................................................................... 27
O que é ciência? ............................................................................................................................... 28
A Verdade, a Certeza e a Evidência ........................................................................................... 29
Então, o Que Seria a Verdade? ................................................................................................... 29
Pressuposto da Ciência: o Espírito Científico ......................................................................... 30
A Natureza da Ciência ..................................................................................................................... 31
Características da Ciência ............................................................................................................ 32
A Neutralidade Científica ................................................................................................................ 33
Divisão da Ciência ............................................................................................................................ 33
METODOLOGIA CIENTÍFICA .................................................................................................. 33
Metodologia, método e técnica .................................................................................................... 33
Desenvolvimento histórico do método ...................................................................................... 34
Técnicas de pesquisa qualitativa ................................................................................................ 37
Técnicas de pesquisa quantitativa ............................................................................................. 40
Procedimentos estatísticos ........................................................................................................... 42
Análise estatística ............................................................................................................................. 42
Outros Tipos de Métodos .............................................................................................................. 43
Método de pesquisa ......................................................................................................................... 45
Como proceder a uma investigação científica? ..................................................................... 46
O QUE VOCÊ PRECISA PARA ELABORAR UM TRABALHO CIENTÍFICO? ....... 48
O método de estudo ........................................................................................................................ 51
PESQUISA ELETRÔNICA ......................................................................................................... 53
Internet - Biblioteca ........................................................................................................................... 54
Fontes de informações digitais com acesso público ........................................................... 55
Como Buscar Informações de Acesso Público na Internet .............................................. 56
Como Buscar as Informações? .................................................................................................. 57
Comandos utilizandos na busca de informações: ................................................................ 57
O uso de aspas " " ............................................................................................................................ 58
O uso do sinal de mais + ............................................................................................................... 58
O uso do sinal de menos - ............................................................................................................ 58
O uso do asterisco * ........................................................................................................................ 58
Como avaliar a informação disponibilizada na internet? ..................................................... 59
LEITURA, FICHAMENTO E RESUMO ................................................................................. 59
Leitura .................................................................................................................................................... 59
Fichamento.......................................................................................................................................... 63
Ficha Bibliográfica por Autor ......................................................................................................... 63
Ficha Bibliográfica por Assunto .................................................................................................... 64
Ficha de Transcrição (ou de Citação) ....................................................................................... 64
Ficha Resumo/Analítica .................................................................................................................. 65
Resumo ................................................................................................................................................ 67
Resenha ou Resumo Crítico ....................................................................................................... 68
A REDAÇÃO CIENTÍFICA .......................................................................................................... 73
Linguagem, Redação e Organização do Texto ...................................................................... 74
Texto dissertativo de caráter científico ...................................................................................... 75
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA CIENTÍFICA .............................................................. 80
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CORREÇÃO DE UM TEXTO ............................................ 85
Exercícios micro estruturais: estruturação do período e do parágrafo ......................... 87
Exercícios micro estruturais: a dissertação científica da monografia ........................... 94
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA ..................................................................................... 97
A escolha do assunto ...................................................................................................................... 97
A delimitação do assunto: definição do tema.......................................................................... 98
A Hipótese ......................................................................................................................................... 101
O estabelecimento de um plano provisório de trabalho ....................................................102
PESQUISAS CIENTÍFICAS: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE ................ 103
Monografias ...................................................................................................................................... 103
Dissertações .................................................................................................................................... 103
Teses ................................................................................................................................................... 104
PROJETO DE PESQUISA: Etapas de Elaboração ..................................................... 104
Momento Decisório ........................................................................................................................ 104
Momento de Elaboração .............................................................................................................. 104
Coleta de Dados .............................................................................................................................. 106
Análise dos Dados .........................................................................................................................107
Momento Redacional..................................................................................................................... 107
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM PROJETO DE PESQUISA .................. 108
Capa .................................................................................................................................................... 108
Listas ................................................................................................................................................... 110
Sumário .............................................................................................................................................. 110
Introdução .......................................................................................................................................... 111
Justificativa........................................................................................................................................ 111
Objetivos - Para quê? / Finalidade ............................................................................................ 112
Hipóteses ........................................................................................................................................... 113
Referencial Teórico - A Partir de quê? ..................................................................................... 113
Metodologia - Como? .................................................................................................................... 114
Pesquisa Bibliográfica ................................................................................................................... 114
Pesquisa de Campo ...................................................................................................................... 115
Cronograma - Quando? ................................................................................................................ 115
Recursos Necessários (item opcional) .................................................................................. 116
Referências ....................................................................................................................................... 116
Glossário ............................................................................................................................................ 116
Exemplo de um pré-projeto de pesquisa ............................................................................... 118
TRABALHO CIENTÍFICO DE CONCLUSÃO DE CURSO ......................................... 123
Elementos Pré-Textuais, Textuais e Pós-Textuais ................................................... 126
Capa .................................................................................................................................................... 126
Lombada ............................................................................................................................................ 128
Folha de Rosto ................................................................................................................................. 129
Página de Aprovação..................................................................................................................... 131
Dedicatória e Oferecimentos ...................................................................................................... 132
Agradecimentos .............................................................................................................................. 133
Resumo .............................................................................................................................................. 134
Epígrafe ............................................................................................................................................... 134
Sumário .............................................................................................................................................. 135
Listas - Ilustrações, Quadros, Tabelas e Siglas ..................................................................136
Introdução .......................................................................................................................................... 139
Referencial Teórico ou Revisão de Literatura ....................................................................... 141
Metodologia ou Material e Métodos ......................................................................................... 143
Resultados e Discussão dos Resultados ..............................................................................145
Conclusões ou Considerações Finais ....................................................................................145
Referências ....................................................................................................................................... 147
Glossário ............................................................................................................................................ 148
Anexos ou Apêndices .................................................................................................................... 148
AQUISIÇÃO E DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS ...................... 153
Preparação de slides ..................................................................................................................... 154
Preparação da apresentação oral dos trabalhos ................................................................154
ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................................................... 156
Artigo científico: apresentação .................................................................................................. 157
Título .................................................................................................................................................... 157
Autor e colaboradores ................................................................................................................... 157
Resumo na língua do texto .......................................................................................................... 158
Palavras-chave ................................................................................................................................ 158
Elementos textuais ......................................................................................................................... 160
Introdução .......................................................................................................................................... 160
Desenvolvimento ............................................................................................................................ 160
Material e métodos ou Metodologia .........................................................................................161
Resultados e discussão ............................................................................................................... 161
Conclusão .......................................................................................................................................... 161
Elementos Pós-Textuais .............................................................................................................. 161
Título e subtítulo ...............................................................................................................................161
Resumo em língua estrangeira .................................................................................................. 161
Agradecimentos (opcional)..........................................................................................................162
Anexos e apêndices (elemento opcional) ..............................................................................162
Referências ....................................................................................................................................... 162
O RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO ........................................................................... 163
Tipos de relatórios .......................................................................................................................... 163
Fases de um relatório .................................................................................................................... 164
Estrutura do relatório técnico-científico ...................................................................................165
Capa .................................................................................................................................................... 165
Folha de rosto ................................................................................................................................... 166
Prefácio ou apresentação (opcional) .......................................................................................168
Resumo .............................................................................................................................................. 168
Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos .....................................168
Sumário .............................................................................................................................................. 168
Texto .................................................................................................................................................... 168
Anexos (opcional) ........................................................................................................................... 168
Agradecimentos (opcional)..........................................................................................................169
Referências ....................................................................................................................................... 169
Glossário ............................................................................................................................................ 169
Ficha de identificação .................................................................................................................... 169
ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................................................... 172
PALAVRAS OU EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM PESQUISA .............. 177
NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DAS SEÇÕES DE UM DOCUMENTO: NBR-6024
(2003) da ABNT ..................................................................................................................... 178
FIGURAS E TABELAS .............................................................................................................. 179
NOTAS DE RODAPÉ ................................................................................................................ 183
REFERÊNCIAS: NBR-6023 (2002) da ABNT ................................................................... 188
Utilização de Publicações em sua Totalidade ......................................................................190
Dois Autores ..................................................................................................................................... 191
Três Autores ...................................................................................................................................... 192
Mais de Três Autores..................................................................................................................... 192
Autor Desconhecido ......................................................................................................................192
Pseudônimo ...................................................................................................................................... 192
Organizador, Compilador, Coordenador .................................................................................192
Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas, Instituições) ..................................193
Órgãos Governamentais .............................................................................................................193
Livros e Folhetos ............................................................................................................................. 194
Dupla Editora .................................................................................................................................... 194
Monografias, Dissertações e Teses ........................................................................................195
Normas Técnicas ........................................................................................................................... 195
Bíblia .................................................................................................................................................... 196
Citação de Citação ......................................................................................................................... 196
Leis e Decretos ................................................................................................................................ 197
Pareceres .......................................................................................................................................... 197
Portarias, Resoluções e Deliberações ................................................................................... 198
Acórdãos, Decisões, Deliberações e Sentenças das Cortes ou Tribunais ...............199
Utilização de Parte de uma Publicação ..................................................................................201
Capítulos de Livros, Volumes, Páginas e Coleções ..........................................................202
Parte com Autoria Própria de Congressos e Conferências ............................................203
Separatas ........................................................................................................................................... 203
Publicações Periódicas Consideradas no Todo ..................................................................203
Coleções ............................................................................................................................................ 204
Fascículos ......................................................................................................................................... 204
Fascículos com Título Próprio .................................................................................................... 204
Partes de Publicações Periódicas ............................................................................................ 205
Artigos de Jornal com Autoria .................................................................................................... 205
Artigos de Revista com Autoria ................................................................................................. 205
Artigos de Jornal ou Revista sem Autoria (Sem o Nome do Autor) .............................205
Referências com Notas Especiais ...........................................................................................205
Traduções .......................................................................................................................................... 205
Trabalhos Não Publicados (Inéditos) .......................................................................................206
Trabalhos Escolares e Notas de Aula .....................................................................................206
Ensaios ............................................................................................................................................... 206
Resenhas ........................................................................................................................................... 206
Bula de Remédio ............................................................................................................................. 207
Atas de Reuniões ............................................................................................................................ 207
Discos e CD (Compact Discs) ................................................................................................. 207
Fita Cassete ...................................................................................................................................... 208
Filmes e Vídeos ............................................................................................................................... 208
Material Cartográfico (Atlas e Globos) ....................................................................................208
Entrevistas ........................................................................................................................................ 209
Documentos Eletrônicos .............................................................................................................. 209
CD-ROM ............................................................................................................................................ 209
Arquivos em Disquetes ................................................................................................................ 209
Monografias, Bases de Dados e Softwares Considerados no Todo (On-Line) ........210
Publicações Periódicas Consideradas no Todo (On-line) ...............................................210
Partes de Publicaçõe Periódicas (On-line)............................................................................ 211
Artigos de Periódicos..................................................................................................................... 211
Artigos de Jornais ........................................................................................................................... 211
Lista de Discussão ......................................................................................................................... 211
Mensagens Recebidas via Lista de Discussão ..................................................................212
E-mail .................................................................................................................................................. 212
CITAÇÕES: NBR-10520 da ABNT ....................................................................................... 212
Citação Textual ................................................................................................................................ 215
Citação Textual Curta (Citação com até Três Linhas) ......................................................215
Citação Textual Longa (Mais de Três Linhas) ......................................................................215
Citação Livre ..................................................................................................................................... 216
Citação de Citação .........................................................................................................................216
SUMÁRIO: NBR- 6027 da ABNT .......................................................................................... 217
NORMAS MAIS UTILIZADAS PARA APRESENTAÇÃO ............................................... 218
O SOFTWARE DE FORMATAÇÃO DE TEXTOS .......................................................... 222
Como Instalar o Software .............................................................................................................222
Como Ativar o Software ................................................................................................................223
Como Salvar Cada Elemento de seu Trabalho Científico ...................................... 226
Como Compor seu Documento Final ............................................................................... 234
Formatando seu Trabalho Científico: Monografias, Dissertações e Teses .. 237
Capa .................................................................................................................................................... 237
Folha de Rosto ................................................................................................................................. 238
Página de Aprovação..................................................................................................................... 239
Dedicatória e Oferecimentos ...................................................................................................... 239
Agradecimentos .............................................................................................................................. 240
Epígrafe ............................................................................................................................................... 240
Listas ................................................................................................................................................... 241
Resumo .............................................................................................................................................. 242
Abstract .............................................................................................................................................. 242
Sumário .............................................................................................................................................. 243
Introdução .......................................................................................................................................... 243
Revisão de Literatura ou Referencial Teórico .......................................................................244
Subcapítulos ..................................................................................................................................... 245
Citações ............................................................................................................................................. 246
Metodologia ou Material e Métodos .........................................................................................247
Resultado e Discussão ................................................................................................................. 247
Análise e Discussão dos Resultados ......................................................................................248
Conclusão .......................................................................................................................................... 249
Referências ....................................................................................................................................... 249
Anexos ................................................................................................................................................ 252
Glossário ............................................................................................................................................ 255
Formatando seu Artigo Científico ...................................................................................... 257
Elementos pré-textuais ................................................................................................................. 257
Elementos textuais .........................................................................................................................258
Introdução .......................................................................................................................................... 258
Desenvolvimento: ........................................................................................................................... 260
Material e métodos ou Metodologia: ........................................................................................260
Resultados e discussão: .............................................................................................................. 260
Conclusões ....................................................................................................................................... 260
Elementos pós-textuais ................................................................................................................260
Resumo em língua estrangeira .................................................................................................. 260
Agradecimentos .............................................................................................................................. 261
Anexos ................................................................................................................................................ 262
Referências ....................................................................................................................................... 262
Compor o Documento Final do Artigo Científico ..................................................................263
Formatando seu Projeto de Pesquisa ............................................................................. 264
Capa .................................................................................................................................................... 264
Folha de Rosto ................................................................................................................................. 265
Sumário .............................................................................................................................................. 265
Listas ................................................................................................................................................... 265
Introdução .......................................................................................................................................... 267
Justificativa........................................................................................................................................ 268
Objetivos ............................................................................................................................................ 268
Hipótese ............................................................................................................................................. 268
Formulação do problema ............................................................................................................. 268
Referencial Teórico......................................................................................................................... 268
Metodologia ....................................................................................................................................... 268
Plano de Desenvolvimento.......................................................................................................... 269
Recursos necessários .................................................................................................................. 269
Glossário ............................................................................................................................................ 269
Referências ....................................................................................................................................... 270
Anexos ................................................................................................................................................ 271
Compor o Documento Final do Projeto de Pesquisa.........................................................271
Formatando seu Relatório Técnico .................................................................................. 272
Capa .................................................................................................................................................... 273
Folha de Rosto ................................................................................................................................. 274
Prefácio ............................................................................................................................................... 275
Resumo .............................................................................................................................................. 275
Lista de Símbolos ............................................................................................................................ 275
Corpo ................................................................................................................................................... 275
Anexos ................................................................................................................................................ 276
Agradecimentos .............................................................................................................................. 276
Referências ....................................................................................................................................... 277
Glossário ............................................................................................................................................ 277
Ficha de Identificação .................................................................................................................... 278
Compor Relatório Técnico Final ................................................................................................ 278
Formatando seu Trabalho Acadêmico ............................................................................. 280
Folha de Rosto ................................................................................................................................. 280
Sumário .............................................................................................................................................. 280
Elementos Textuais ........................................................................................................................ 281
Pós-Textuais ..................................................................................................................................... 281
Referências ....................................................................................................................................... 281
Glossário ............................................................................................................................................ 282
Compor o Documento Final do Trabalho Acadêmico ........................................................ 282
Exemplo de Elementos Formatados com o Software .............................................. 283
Referências ................................................................................................................................. 310
12
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
13
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
14
A IMPORTÂNCIA DO TCC
A educação, processo de desenvolvimento essencial ao ser humano, não é estática
porque acompanha a evolução e, portanto, é dinâmica e adaptável a cada novo tempo
que chega. Não obstante, são criados modelos de se educar que permanecem por
determinado período, às vezes longo, nas famílias, escolas e organizações. Há uma
constante preocupação quanto à validade de cada modelo, a sua obsolescência ou
tempo de vida útil, levando muitos estudiosos a compreender o momento em que vive
a sua sociedade e as novas demandas educacionais.
Quando se trata da educação no âmbito da graduação superior, vêem-se constantes
debates a respeito das formas mais adequadas para se promover as relações que
permeiam o conhecimento. Percebe-se, cada vez melhor, a sutileza com que se
processa a relação ensino-aprendizagem. Nomes consagrados do meio, a exemplo de
Paulo Freire, revelam que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.
Surgem, então, novos desafios para quem deseja construir métodos e estratégias
educacionais de forma refinada, levando-se em conta a evolução pela qual trafegam
mestre e aluno. A experiência tem demonstrado que a busca pela informação deve ser
sempre motivada, para que o senso de pesquisa seja internalizado e a obtenção dos
dados seja como um esforço desprendido, sem perder de vista a qualidade de ensino
e a adequação de conteúdos à realidade em permanente evolução.
Baseados nesse sentimento, a nossa intensão não é impor estratégias, mas
instrumentalizar melhor nossos alunos que vivenciam uma rotina diária preenchida
com leituras e produção de textos necessários à apreensão dos conteúdos, tornando
esta conduta “árdua” e “fascinante” em um instrumento que viabilize seu papel de
cidadãos do mundo, através de uma comunicação mais eficaz.
Acreditamos que a disciplina de Metodologia e Técnicas de Pesquisa supõe muito
mais do que obediência às normas da metodologia científica, aspecto diferenciador
dessa composição. Esta disciplina tem, hoje, novas tarefas, muito mais importantes
que a de verificar se as regras normativas foram observadas na escritura dos trabalhos
acadêmicos:
!
O de instilar nos alunos o gosto pela pesquisa, pela investigação e pelo
espírito crítico e que realmente quer preparar cientistas cidadãos.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
15
Mais do que fundamentar um raciocínio científico, buscamos desmanchar um mito: o
de que a disciplina de Metodologia e Técnicas de Pesquisa deve necessariamente ser
mal-humorada e pomposa.
Ora, se nos referimos a um curso superior estamos naturalmente nos referindo a uma
"academia" de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de aquisição de
conhecimento deveriam ser buscadas através do rigor científico e apresentadas através
das normas acadêmicas vigentes. Isso porque, qualquer instituição educacional nada
mais é do que o próprio local da busca incansável do saber científico. O que torna a
disciplina Metodologia e Técnicas de Pesquisa eminentemente prática e com a função
de estimular os alunos para que busquem motivações para encontrar respostas às
suas dúvidas. Dito isto, parece que fica claro que esta disciplina não é um simples
conteúdo a ser decorado pelos alunos ou para ser verificado num dia de prova. Ao
contrário, trata-se de estimular a prática do raciocínio e de fornecer aos alunos um
instrumental indispensável para que sejam capazes de atingir o estudo e a pesquisa
em qualquer área. Trata-se então de se aprender fazendo, como sugere os conceitos
mais modernos da pedagogia.
OBJETIVO DO PROJETO
O objetivo desse projeto pedagógico é despertar o aluno para a importância da
pesquisa, enquanto instrumento divulgador de seu discurso crítico sobre a formação
da instância jurídica, além de implicar numa importante relativização de dogmas até
hoje assentes entre os operadores do direito, tal como a inevitabilidade da lei, ou a
inevitabilidade de sua forma e seu modo de aplicação, dentre outros.
Objetivos específicos
Com a implementação do projeto pedagógico proposto por este livro, os autores
alcançaram os objetivos a seguir:
1.
Orientar o aluno na elaboração de seu projeto científico e desenvolvimento de
sua pesquisa. E neste percurso o aluno é o agente de construção do seu conhecimento,
que ao concluir o curso de graduação, será capaz de conduzir suas atividades de
maneira autônoma;
2.
Fornecer informações importantes de metodologia da pesquisa servindo de guia
à elaboração do projeto de pesquisa e da monografia de graduação;
3.
Esclarecer princípios teóricos e fornecer orientações práticas que ajudarão o
aluno/pesquisador a aprender a pensar criticamente, ter disciplina, escrever e
apresentar trabalhos conforme padrões metodológicos e acadêmicos;
4.
Possibilitar ao aluno o exercício de habilidades intelectuais mais complexas,
como aplicação, análise, síntese e julgamento;
5.
Melhoria nas pesquisas, a democratização do conhecimento, o enriquecimento
da experiência de ensino, onde a comunicação independe de tempo e espaço, melhora
nos processos de decisão, dentre outros;
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
16
!
Para aprender a pesquisar, a estudar, precisamos entrar em contato com o
problema, perceber as lacunas, aprender a questionar, abandonando os
maus hábitos de mera repetição e reprodução dos conhecimentos já
consagrados pela ciência, em função da busca por uma construção de
novos saberes. O desejo de saber nos leva a respostas autênticas às nossas
perguntas.
6.
Estimular professores/pesquisadores a incorporarem estudantes de graduação nos
seus trabalhos de pesquisa;
7.
Contribuir para diminuição das disparidades regionais na distribuição da competência
científica no país;
8.
Preparar alunos para a pós-graduação;
9.
Proporcionar a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa ao aluno orientado;
10. Estimular o desenvolvimento do pensar de modo científico e criativo nos alunos, em
decorrência de condições criadas confrontadas diretamente com os problemas de pesquisa;
11. Enfatizar as metodologias inovadoras e não-convencionais, capazes de sensibilizar
os alunos e estimulá-los a proporem questionamentos atuais e com preocupação social;
12. Consolidar um espaço para o preparo sistematizado, além do diálogo e intercâmbio
dos trabalhos científicos, através da realização de palestra científica semestral;
13. Estimular a excelência da produção científica jurídica mediante a realização de
concursos, cuja premiação compreenda a publicação de trabalhos, participação em
congressos e a apresentação dos mesmos em workshop;
14. Atribuir à disciplina de Metodologia e Técnicas de Pesquisa identidade específica
enquanto um agente catalisador que fará com que a aprendizagem seja conduzida e
encarada como uma meta a ser conquistada;
15. Tornar a interdisciplinaridade um dos pontos principais da atividade, através de
leitura e produção de dissertações científicas, buscando o referencial teórico nas disciplinas
jurídicas;
16. Criar um espaço de interlocução e atuação articulada e integrada entre o professor
e o aluno;
OBJETIVO DO TCC
O objetivo de um Trabalho de Conclusão de Curso é despertar o aluno para a
importância da pesquisa, enquanto instrumento divulgador de seu discurso crítico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
17
Objetivos específicos
Com a implementação do projeto pedagógico proposto por este livro, os autores
alcançaram os objetivos a seguir:
1. Orientar o aluno na elaboração de seu projeto científico e desenvolvimento
de sua pesquisa. E neste percurso o aluno é o agente de construção do seu
conhecimento, que ao concluir o curso de graduação, será capaz de conduzir
suas atividades de maneira autônoma;
2. Fornecer informações importantes de metodologia da pesquisa servindo
de guia à elaboração do projeto de pesquisa e da monografia de graduação;
3. Esclarecer princípios teóricos e fornecer orientações práticas que ajudarão
o aluno/pesquisador a aprender a pensar criticamente, ter disciplina, escrever
e apresentar trabalhos conforme padrões metodológicos e acadêmicos;
4. Possibilitar ao aluno o exercício de habilidades intelectuais mais complexas,
como aplicação, análise, síntese e julgamento;
5. Melhoria nas pesquisas, a democratização do conhecimento, o
enriquecimento da experiência de ensino, onde a comunicação independe de
tempo e espaço, melhora nos processos de decisão, dentre outros;
6 . Estimular professores/pesquisadores a incorporarem estudantes de
graduação nos seus trabalhos de pesquisa;
7. Contribuir para diminuição das disparidades regionais na distribuição da
competência científica no país;
8. Preparar alunos para a pós-graduação;
9 . Proporcionar a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa ao aluno
orientado;
10. Estimular o desenvolvimento do pensar de modo científico e criativo nos
alunos, em decorrência de condições criadas confrontadas diretamente com
os problemas de pesquisa;
11. Enfatizar as metodologias inovadoras e não-convencionais, capazes de
sensibilizar os alunos e estimulá-los a proporem questionamentos atuais e com
preocupação social;
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
18
12. Consolidar um espaço para o preparo sistematizado, além do diálogo e
intercâmbio dos trabalhos científicos, através da realização de palestra científica
semestral;
13. Estimular a excelência da produção científica mediante a realização de
concursos, cuja premiação compreenda a publicação de trabalhos, participação
em congressos e a apresentação dos mesmos em workshop;
14. Atribuir à disciplina de Metodologia e Técnicas de Pesquisa identidade
específica enquanto um agente catalisador que fará com que a aprendizagem
seja conduzida e encarada como uma meta a ser conquistada;
15. Tornar a interdisciplinaridade um dos pontos principais da atividade, através
de leitura e produção de dissertações científicas, buscando o referencial teórico
nas disciplinas;
16. Criar um espaço de interlocução e atuação articulada e integrada entre o
professor e o aluno;
O que fazer?
A argumentação, o saber ouvir, a empatia, o altruísmo e o exercício constante da
sensibilidade nos fortalecem.
Para transformarmos nossos alunos em cidadãos conscientes, capazes de respeitar e
conviver com o outro, precisamos estar em dia com os nossos deveres de cidadãos
também. Uma instituição educacional preocupada com o aluno cidadão não precisa
ser rica em recursos, necessita de riqueza de sentimentos, de pessoas preparadas
para lidar com as diferenças. Um corpo docente experiente e com alto grau de
sensibilidade para gerar momentos de grande aprendizado. Um corpo docente capaz
de "tocar o canto das estrelas do coração de cada um" e "povoar o céu da vida" que
viabiliza a pesquisa e a permanente reconstrução humana ao longo do tempo da
realidade em que estamos inseridos, sem se referir ao corpo discente simplesmente
como turma "X" (CORNELI, 2004).
Nenhuma instituição educacional pode se dar ao luxo de passar por cima de sentimentos,
de vivências, de oportunidades de fazer crescer. Ao contrário, deve mostrar a
necessidade do espírito de cooperação, lealdade, dignidade e da compreensão, e que
tais sentimentos são pontos fundamentais para se viver em sociedade. É preciso levar
em consideração a carga de experiências trazidas pelos alunos, como também seus
sonhos e aspirações.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
19
Como fazer?
A previsão de um leque de contatos com a disciplina de Metodologia e Técnicas de
Pesquisa fornecerá ao aluno mais segurança, criando uma estrutura de apoio e que
sirva como uma fonte de informações que se processa por meio de seminários dinâmicos,
com três objetivos centrais:
1. O primeiro objetivo visa não só à relação palavra/sujeito, mas também à relação
palavra-objeto, matéria-prima da eficiência textual científica.
2. O segundo objetivo pretende reforçar a busca pela excelência, fazendo com que os
alunos demonstrem melhor compreensão sobre:
a) conceitos e fatos científicos;
b) métodos e técnicas científicas;
c) terminologia científica;
d) formas de comunicação da informação científica.
Usem e apliquem:
a) fatos e conceitos científicos;
b) métodos e técnicas científicas;
c) terminologia científica para a comunicação efetiva;
d) métodos apropriados para a apresentação da informação científica.
Construam, analisem e avaliem:
a) hipóteses, questões e probabilidades científicas;
b) métodos e técnicas científicas;
c) explanações científicas.
3. O terceiro objetivo pretende colocar em prática tudo aquilo que o pesquisador
precisa para fazer o seu trabalho científico através do software que acompanha este
livro. Este software é uma ferramenta de trabalho que assimilou as normas técnicas de
documentação e as tornaram instrumentos de simples e fácil aplicação mediante a
organização de um trabalho científico, seja ele uma monografia, uma dissertação ou
até mesmo uma tese, além de projetos e relatórios científicos. Trata-se de uma nova
abordagem que propõe inovações facilitadoras à arte de redigir, sem desconsiderar a
20
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
utilização de metodologia específica que orienta a formatação de trabalhos científicos.
O que se pretende é um desenvolvimento comunitário!
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
21
O conhecimento
22
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O CONHECIMENTO
É importante distinguir o homem na realidade em que se encontra hoje e sua relação
com o conhecimento. A cabeça humana pode: fazer conhecimento; usar conhecimento;
posicionar-se diante do conhecimento. Então, para que serve o conhecimento?
Se buscarmos a palavra francesa connaissance, podemos observar que conhecimento
é nascer (naissance) com (com). O homem se marca como diferente dos outros seres
exatamente pela sua capacidade de conhecer. Diferentemente dos outros animais, o
homem é o único ser que possui razão, isto é, capacidade de relacionar e ir além da
realidade imediata. O homem é o ser que supera a sua animalidade com a racionalidade.
Assim, o homem ao entrar em contato com a realidade, imediatamente apreende essa
realidade em relação ao seu eu, à sua cultura, à sua história. O homem interpreta a
realidade e se mostra nessa interpretação. Aí ele diz da realidade e diz de si mesmo.
E quando diz, ele nasce como ser pensante juntamente com aquilo que ele pensa ou
conhece. (GARCIA, 1997: 45)
Por aí evolui o conhecimento humano. Quanto mais evolui o conhecimento, tanto mais
o homem se afirma à parte dos outros animais e seres. Quanto mais evolui o
conhecimento, tanto mais o homem se conhece e se elabora. Assim, o conhecimento é
uma forma de estar no mundo. E o processo do conhecimento mostra ao homem que
ele jamais é alguma coisa pronta na medida em que está sempre nascendo de novo
quando tem a coragem de se mostrar aberto diante da realidade.
Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento popular, filosófico,
religioso e científico, estas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa:
um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de
determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de
sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum.
Para melhor entender cada um desses tipos de conhecimento, vamos inicialmente
traçar um paralelo entre o conhecimento científico e o conhecimento popular, para
depois sinteticamente identificar o que caracteriza cada um deles.
O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento
Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de
outros tipos de conhecimentos existentes.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
23
Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento
Científico
O conhecimento vulgar ou popular, também chamado de senso comum, não se distingue
do conhecimento nem pela veracidade, nem pela natureza do objeto conhecido. O
que diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do conhecer.
O conhecimento empírico (popular) é aquele adquirido através da observação sensível
e casual da realidade cotidiana e circunstancial; faz-se através de tentativas e erros.
Sem método (ametódico e assistemático), é de nível intelectual inferior, mas de enorme
utilidade prática como base do conhecimento.
!
A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade. Um
objeto ou um fenômeno pode ser matéria de observação tanto para o cientista
quanto para o homem comum. O que leva um ao conhecimento científico e
outro ao vulgar ou popular é a forma de observação. Tanto o "bom senso",
quanto a "ciência" almejam ser racionais e objetivos.
Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos níveis
e estruturas, de um mesmo objeto podemos obter conhecimento da realidade em
diversos níveis distintos.
Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela,
teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento. Tem-se, então, além do conhecimento
científico e empírico, conforme o caso citado, o conhecimento Filosófico e o conhecimento
Teológico.
Verificamos que o conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais no que
se refere ao seu contexto metodológico do que propriamente ao seu conteúdo. Essa
diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosófico e religioso (teológico).
Apresentamos a seguir, em linhas gerais, as características principais dos quatro tipos
de conhecimento: empírico ou popular, filosófico, teológico e científico
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
24
Conhecimento popular
!
SUPERFICIAL - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode
comprovar simplesmente estando junto das coisas.
SENSITIVO - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da
vida diária.
SUBJETIVO - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e
conhecimentos.
ASSISTEMÁTICO - a organização da experiência não visa a uma
sistematização das idéias, nem da forma de adquiri-las, nem na tentativa
de validá-las.
ACRÍTICO - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos
o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.
Conhecimento filosófico
É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para
decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para
o universal, exige um método racional, diferente do método experimental (científico),
levando em conta os diferentes objetos de estudo.
!
VALORATIVO - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não
poderão ser submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiamse na experiência e não na experimentação.
NÃO VERIFICÁVEL - os enunciados das hipóteses filosóficas não
podem ser confirmados nem refutados.
RACIONAL - consiste num conjunto de enunciados logicamente
correlacionados.
SISTEMÁTICO - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação
coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua
totalidade.
INFALÍVEL E EXATO - suas hipóteses e postulados não são submetidos
ao decisivo teste da observação, experimentação.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
25
Emergente da experiência, suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão
ser submetidos ao decisivo teste da observação. O objeto de análise da filosofia são
idéias, relações conceituais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades
materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou
indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Exemplos
são os textos filosóficos.
Hoje, os filósofos, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões:
A maquina substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma
prática aceita universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o
homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? Dentre outros.
A filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela
formulação de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura
responder às grandes indagações do espírito humano, buscando até leis mais universais
que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.
Conhecimento religioso ou teológico
Este tipo de conhecimento é adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica,
é fruto da revelação da divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam
respostas aos mistérios que permeiam a mente humana, pode ser dados da vida
futura, da natureza e da existência do absoluto. Exemplos são os textos sagrados, tais
como a Bíblia, o Alcorão, entre outros.
A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e, que os textos Bíblicos
foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos
como verdades absolutas e incontestáveis. A fé não é cega baseia-se em experiências
espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhes dá sustentação. Nos dias
atuais, a detenção do conhecimento é um tipo de poder disputado entre as nações.
Contudo o conhecimento pode ser usado como mecanismo de opressão. Quantas
pessoas e nações se utilizam do conhecimento que detêm para oprimir?
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
26
Conhecimento científico
!
REAL, FACTUAL - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de
existência que se manifesta de algum modo.
CONTINGENTE - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade
ou falsidade conhecida através da experimentação e não pela razão, como
ocorre no conhecimento filosófico.
SISTEMÁTICO - saber ordenado logicamente, formando um sistema
de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.
!
VERIFICÁVEL - as hipóteses que não podem ser comprovadas não
pertencem ao âmbito da ciência.
FALÍVEL - em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final.
APROXIMADAMENTE EXATO - novas proposições e o
desenvolvimento de novas técnicas podem reformular o acervo de teoria
existente.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
27
CIÊNCIA
Lewis Carrol era professor de matemática na Universidade de Oxford quando escreveu
o seguinte em Alice no país das maravilhas:
- "Gato Cheshire [...] quer fazer o favor de me dizer qual é o caminho que eu devo
tomar?
Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. Disse o Gato.
- Não me interessa muito para onde... Disse Alice.
- Não tem importância, então, o caminho que você tomar? Disse o Gato.
- [...] contanto que eu chegue a algum lugar... Acrescentou Alice, como uma explicação.
- Ah! Disso pode ter certeza - disse o Gato - desde que caminhe bastante "(DUBOS,
1972).
A resposta do Gato oferece um exemplo de como popularmente se pensa acerca do
trabalho dos cientistas, entendendo que, envolvidos com suas descobertas, se distanciam
de se preocuparem para onde o conhecimento pode levar a humanidade e que, para
eles, isto não os importa muito.
Na verdade, há entre os cientistas, a preocupação de contribuir para a busca de
melhor qualidade de vida da humanidade, tornando o homem mais consciente das
conseqüências e do valor de seus atos. Este conhecimento das conseqüências, no
ato de tomar decisões, está implícito na resposta, poderia ser o desejado, se as
escolhas que fizesse fossem conscientes e não estivessem submetidas ao acaso. O
que Dubos assinala é a preocupação que um cientista deve ter com os fins a que se
destina a sua pesquisa, a ciência.
O problema do aprendizado da ciência ou da criação científica gira, portanto, em torno
de saber se há alguma coisa de místico no pensamento científico ou alguma coisa de
científico no pensamento místico. Faz-se necessário então, neste momento respondermos
claramente a seguinte pergunta:
O que é ciência?
28
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Critérios da Ciência
UNIVERSALIDADE
COERÊNCIA
Produz conhecimentos que contenham
validez universal (leis universais), pela
certeza de seus dados e resultados.
Significando argumentação estruturada,
ausência de contradição, corpo de
enunciados bem deduzidos; argumentação;
CONSISTÊNCIA
Significando capacidade de resistir a
argumentos contrários; capacidade de se
ligar à atualidade da argumentação;
OBJETIVAÇÃO
Que é a tentativa de descobrir a realidade
como ela é;
ORIGINALIDADE
Significando produção não repetitiva,
baseada na pesquisa criativa, inventiva.
O que é ciência?
A ciência é "todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático
conhecimento com objeto delimitado, capaz de ser submetido à verificação" (TRUJILLO
FERRARI, 1974). Trata, exclusivamente, do conhecimento e da compreensão dos
fenômenos. Busca permanente e constantemente a verdade. Não existe um critério
único que determine sua extensão, natureza ou caracteres, pois vários critérios têm
fundamentos filosóficos que extravasam a prática científica.
Pluridimensional, sua característica é a de apresentar-se como um pensamento racional,
objetivo, lógico e confiável, tendo como particularidade ser sistemático, exato e falível,
pois deve ser verificável, o que significa dizer que deve ser submetido à experimentação
para a comprovação de seus enunciados e hipóteses, procurando-se as relações
causais. É geral e não fruto de um conhecimento particular.
Assim, a ciência acaba por exigir do pesquisador um domínio de técnicas de coleta de
dados, manuseio e uso de dados, capacidade de manusear bibliografia, versatilidade
na discussão teórica e conhecimento de teorias e autores.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
29
Para este novo milênio, o desafio é despertar o aluno para a importância da pesquisa,
enquanto instrumento divulgador de seu discurso crítico científico. No Brasil, os cursos
de pós-graduação alavancaram as pesquisas. Procure se informar quais Escolas no
seu estado oferecem cursos de mestrado e doutorado.
Visite as bibliotecas dessas Instituições Educacionais e conheça as dissertações e
teses do acervo. Observe os temas estudados, os nomes dos autores e orientadores.
Comece a se iniciar na comunidade científica.
A Verdade, a Certeza e a Evidência
A ciência é um processo de busca da verdade. Não é uma coleção de "verdades"
incontestáveis. É, todavia, uma disciplina autocorretiva. Tais correções podem levar
um longo tempo (a prática médica das sangrias foi realizada por séculos antes que
sua futilidade fosse percebida, por exemplo), mas, conforme o conhecimento científico
se acumula, a chance de se cometerem erros substanciais diminui. Conseqüentemente,
quer seja no âmbito dos conceitos ou mesmo no âmbito das hipóteses ou teorias, não
podemos falar em "verdades" últimas. Certas idéias que são tomadas como verdades
absolutas, podem a mercê de novas descobertas, ser abandonadas ou aprimoradas.
Quando se fala em conhecer, saber, ter a certeza, as pessoas se empolgam e muitas
vezes discordam umas das outras por julgarem que o seu conhecimento está mais
próximo ou é a própria verdade. A verdade que pode estar tão evidente quanto for
possível pela certeza de cada um. Isso porque nós humanos carecemos de acesso a
qualquer mecanismo pelo qual possamos descobrir a verdade sobre uma realidade
objetiva que existe independente dos processos mentais humanos. Certamente, a
ciência conta com os processos mentais e nem sempre segue um caminho claro,
lógico para chegar a conclusões que faz a respeito da realidade. Todavia, as previsões
das teorias científicas são muito freqüentemente e suficientemente próximas da certeza,
de modo que todos nós confiamos nossa vida a elas, como quando estamos em um
avião ou em uma mesa de cirurgia. Quando as previsões são tão fidedignas, podemos
racionalmente concluir, se não provar, que os conceitos nos quais estão fundamentadas
devem ter alguma validade universal. Ou seja, devem estar, de alguma forma,
conectadas com a maneira com que as coisas realmente são.
Então, o Que Seria a Verdade?
A verdade, genericamente, consiste em alguma conformidade entre o intelecto e as
coisas.
A essência das coisas se manifesta, torna-se translúcida, visível ao olhar, à inteligência
e à compreensão humanas. Ou ainda a verdade "é o encontro do homem com o
desvelamento, com o desocultamento e com a manifestação do ser" (Cervo e Bervian,
30
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
1975: 24). O objeto, porém, nunca se manifesta inteiramente e, por outro lado, o que
pode o espírito humano considerar como existente irá depender da teoria que o
suporta. Por isso, a ciência não tem certeza de nada sobre o mundo e deve sempre
expor seus resultados em termos de probabilidades ou indícios.
A certeza é impalpável na ciência, e é freqüentemente difícil dar respostas categóricas
"Sim" ou "Não" para questões científicas. Para determinar se a água engarrafada é
preferível à água de torneira, por exemplo, alguém teria que desenvolver um estudo
em longo prazo de dois grupos grandes de pessoas cujos estilos de vida fossem
similares em todos os aspectos exceto pelo tipo de água que consomem. Isto é
virtualmente impossível. Temos desse modo que contar com evidências menos diretas
para formular muitas de nossas conclusões. Assim, temos que a certeza resulta da
evidência, que é uma manifestação clara e transparente do conhecimento do ser, no
qual o indivíduo se torna convicto da veracidade.
Pressuposto da Ciência: o Espírito Científico
O homem é um ser que faz questionamentos existenciais, e que interpreta a si e o
mundo em que vive, atribuindo-lhes significados. Cria representações significativas da
realidade, as quais chamamos de conhecimento. Do conhecimento baseado puramente
na observação, começando pelos casos individuais que eram acidentais e imprevisíveis,
a adivinhação tornou-se um conhecimento a priori, mesmo antes do período dos
nossos primeiros Tratados, ou seja, antes do final do terceiro milênio, pelo menos. Tal
conhecimento era dedutivo, sistemático, capaz de prever fatos, tendo um objeto abstrato
(de certa forma) e universal, e seus próprios manuais. Surge então, a necessidade de
se propor um conjunto de métodos que funcionem como uma ferramenta adequada
para essa investigação e compreensão do mundo que o cerca.
A curiosidade enciclopédica, a forma de abordar a realidade universal pela observação
de um conhecimento analítico, necessário, dedutivo e a atitude científica e abstrata
ante as coisas, estas foram aquisições definitivas para a mente humana. Elas
representaram um grande enriquecimento e um progresso considerável, que não
pode ser perdido uma vez alcançado, como o fogo ou a arte de fazer cerâmicas.
Assim, o método e o espírito científicos, uma vez estabelecidos, não dependiam do
objeto primário, e mantiveram seu valor mesmo quando o objeto era ignorado. Ou
seja, o método científico e o espírito científico do homem vêm permitindo a construção
conceitual de imagens da realidade que sejam verdadeiras e impessoais, passíveis de
serem submetidas a testes de suas hipóteses de uma forma mais rígida e controlada.
O espírito científico manifesta-se ainda, na atividade científica, pela vontade de romper
com as perspectivas puramente subjetivas do conhecimento vulgar. Enfim, o espírito
científico surge da vontade do homem de estar sempre querendo ir além da realidade
imediatamente percebida e lançar princípios explicativos que sirvam de base para a
organização e classificação que caracterizam o conhecimento. "Não basta conhecer o
espírito científico", diz muito bem Ruiz (1988), "quem conseguir admirá-lo já está
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
31
caminhando para o seu cultivo. E quem cultivá-lo tirará bom proveito de seu curso
universitário e será profissional voltado a um trabalho sério e profícuo no seu campo
de atividades e influências".
A Natureza da Ciência
O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta
característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado
de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas descobertas e de
transmiti-las a seus descendentes.
Logo, o desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua
característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a
outro, que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a
ciência. E como atividade humana, a ciência é aquela que tenta explicar, através de
um conjunto de leis, os fenômenos da natureza. No entanto, a ciência não é o único
caminho para que se construa o conhecimento e se estabeleça uma verdade sobre a
natureza e, muito menos, sobre a sociedade. Os fenômenos ou objetos de estudo
podem ser observados tanto pelo cientista quanto pelo homem comum. E o que
determina a construção dos vários tipos de conhecimento é a forma de observação, a
maneira de obtenção do conhecimento ou o método. Sendo que o método científico
vem oferecer uma maneira objetiva de avaliar informações, suas aplicações práticas e
determinar o que é falso. Num sentido mais amplo, o caráter social da ciência depende
de sua aplicabilidade e aceitação por parte da sociedade. De acordo com Ziman
(1979) a ciência é "um produto consciente da humanidade, com suas origens históricas
bem documentadas, um escopo e um conteúdo bem definidos", sendo a investigação
científica uma arte prática que se aprende através da imitação e da experiência.
A pesquisa científica, seja em forma de descobertas, seja em forma de invenções,
reveste o cientista de um papel social, sendo que a ciência, por sua natureza, constitui
um conjunto de conhecimentos públicos, aos quais cada pesquisador acrescenta sua
contribuição pessoal. A ciência foi responsável por grandes revoluções na física, na
química, na matemática e em outras áreas, e demonstra constantemente que, através
de observações e experimentos podemos interferir e alterar a própria natureza ou
fenômeno observado.
Seja através de aumento e melhoria do conhecimento e/ou descoberta de novos
fatos e fenômenos, além do estabelecimento de certo tipo de controle sobre a natureza
e do aproveitamento material e espiritual do conhecimento (supressão de falsos milagres,
superstições), a ciência procura alcançar seu objetivo: possibilitar explicações em
termos de finalidades e interesses.
32
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Características da Ciência
Com base em Ruiz (1988: 124-126), descrevemos de maneira mais sistemática as
características da ciência:
Conhecimento pelas causas: A ciência se caracteriza por demonstrar as
razões dos enunciados, relacionando o fenômeno às suas causas.
Profundidade e generalidade de suas conclusões: A ciência exprime
suas conclusões em enunciados gerais que traduzem a relação constante do
binômio causa-efeito; generalizando o porquê atinge a constituição íntima e a
causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie, conferindo à ciência a
prerrogativa de fazer prognósticos seguros.
Finalidade teórica e prática: Temos que da pesquisa fundamental e da
descoberta da verdade decorrem inúmeras conseqüências práticas.
Objeto formal: É a maneira peculiar, o aspecto ou o ângulo sob o qual a
ciência atinge seu objeto material (realidades físicas), com o controle experimental
das causas reais próximas (evidência dos fatos e não das idéias).
Método e controle: É uma investigação rigorosamente metódica e controlada,
derivando-se daí a razão da confiança nas conclusões científicas.
Exatidão: A ciência pode demonstrar, por via de experimentação ou evidência
dos fatos objetivos, observáveis e controláveis, o mérito de seus enunciados.
Aspecto social: A ciência é uma instituição social, com os cientistas membros
de uma sociedade universal para a procura da verdade e melhoria das condições
de vida da humanidade.
Como exemplo das características da ciência, temos Albert Einstein e a teoria geral da
relatividade. Einstein observou que a teoria da física de que uma substância chamada
éter permeava tudo no universo não fazia sentido, já que não era possível detectar se
uma pessoa estava ou não em movimento no espaço e que a velocidade da luz era a
mesma em todo o universo (conhecimento pelas causas). Então, com base nestes
preceitos ele cria a teoria geral da relatividade (profundidade e generalidade de suas
conclusões). Uma conseqüência importante desta teoria é a relação entre a massa e
a energia, conhecida pela fórmula E=mc2 (finalidade teórica e prática). Com esta
fórmula os cientistas perceberam que, se um núcleo de um átomo pesado de urânio
se fissionasse em dois núcleos de massa ligeiramente menor, uma tremenda quantidade
de energia seria liberada (objeto formal). Entre as aplicações desta teoria temos o
raio-X na medicina, a geração de energia elétrica pela energia nuclear e as bombas
atômicas que explodiram em Hiroshima e Nagazaki (exatidão e aspecto social).
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
33
A Neutralidade Científica
É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, é necessário
que o pesquisador mantenha certa distância emocional do assunto abordado. Mas
será isso possível? Seria possível um padre, ao analisar a evolução histórica da
Igreja, manter-se afastado de sua própria história de vida? Ou, ao contrário, um
pesquisador ateu abordar um tema religioso sem um conseqüente envolvimento
ideológico nos caminhos de sua pesquisa?
Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta
realidade pode nos preparar para trabalhar esta variável de forma que os resultados
da pesquisa não sofram interferências além das esperadas. É preciso que o pesquisador
tenha consciência da possibilidade de interferência de sua formação moral, religiosa,
cultural e de sua carga de valores para que os resultados da pesquisa não sejam
influenciados além do aceitável.
Divisão da Ciência
A ciência se divide em ciências formais e ciências factuais. As ciências formais se
preocupam com enunciados, que consistem em relações entre símbolos. Sua
fundamentação metodológica, que visa demonstrar seus teoremas rigorosamente, se
concretiza através do emprego da lógica. Conseqüentemente, o conhecimento depende
da coerência do enunciado, dado com um sistema de idéias que foram admitidas
previamente. Enfim, como o próprio nome enuncia, as ciências formais são constituídas
pela lógica formal, ou seja, são racionais, sistemáticas e verificáveis.
As ciências factuais (materiais ou empíricas), por sua vez, preocupam-se com os
processos e as coisas e, portanto, precisam mais da experimentação e da observação
do que da simples conjectura.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
Metodologia, método e técnica
A finalidade da ciência é a busca da verdade, no trato da realidade, de maneira
teórica e prática. Para alcançar esse fim, colocam-se vários caminhos. E desses trata
a Metodologia.
Através da Metodologia estudam-se os passos através dos quais se pretende conhecer
a respeito de um determinado assunto. Contudo, não se deve valorar a Metodologia
em detrimento do próprio fato de fazer ciência. Importante chegar onde se propõe
chegar: fazer ciência. Os meios utilizados para alcançar esse fim são essenciais,
34
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
conquanto meramente instrumental. O que interessa é o ato da pesquisa. A Metodologia
é somente instrumento para que se possa alcançar o fim determinado. Ocorre como
na Arte.
É preciso aprender a técnica para adquirir base suficiente, mas não se pode sacrificar
a criatividade em favor da técnica. Ao contrário, o bom artista é aquele que supera os
condicionamentos da técnica e consegue voar sozinho. Assim, as sugestões
metodológicas são importantes à medida que favorecem a criação da pesquisa.
A palavra método significa o conjunto de etapas e processos a serem ultrapassados
ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade. Propicia, portanto,
o controle da busca do conhecimento, ou seja, é o que permite, na ciência, delimitar o
campo da pesquisa. Com o método é possível descobrir a regularidade que existe nos
fatos e esta é a grande preocupação do cientista: a partir da observação da regularidade
dos fenômenos, verificar, inferir, explicar e generalizar o fenômeno e, então, transformálo em lei. Esta é, como já referido anteriormente, uma característica da ciência: geral e
não fruto de um conhecimento particular. É, portanto, o método, um caminho racional
para se chegar a determinado fim e será executado através de técnicas adequadas e
convenientes.
A técnica é a forma utilizada para percorrer esse caminho. Consiste nos diversos
procedimentos ou na utilização de diversos recursos peculiares a cada objeto de
pesquisa, dentro das diversas etapas do método. Assim, um determinado método
pode eventualmente ser executado por diferentes técnicas.
O método é mais geral, mais amplo, menos específico, é o traçado das etapas
fundamentais; a técnica é a instrumentação específica da ação. O método é estável;
as técnicas são variáveis, de acordo com o progresso tecnológico. O método indica o
que fazer e a técnica indica o como fazer. O método é a estratégia da ação ao passo
que a técnica é a tática da ação. Com a tática (técnica) adequada vence-se a
batalha; com a estratégia (método) apropriada, vence-se a guerra.
Desenvolvimento histórico do método
A preocupação em descobrir e, portanto, explicar a natureza vem desde os primórdios
da humanidade, quando as duas principais questões referiam-se às forças da natureza,
a cuja mercê viviam os homens, e à morte. O conhecimento mítico voltou-se à explicação
desses fenômenos, atribuindo-os a entidades de caráter sobrenatural. A verdade era
impregnada de noções supra-humanas e a explicação fundamentava-se em motivações
humanas, atribuídas a "forças" e potências sobrenaturais.
À medida que o conhecimento religioso também se voltou para a explicação dos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
35
fenômenos da natureza e do caráter transcendental da morte, como fundamento de
suas concepções, a verdade revestiu-se do caráter dogmático, baseada em revelações
da divindade. É a tentativa de explicar os acontecimentos através de causas primeiras,
os deuses, sendo o acesso dos homens ao conhecimento derivado da inspiração
divina. O caráter sagrado das leis, da verdade, do conhecimento, como explicações
sobre o homem e o universo, determina uma aceitação sem crítica dos mesmos,
deslocando o foco das atenções para a explicação da natureza da divindade.
O conhecimento filosófico, por sua vez, parte para a investigação racional na tentativa
de captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e das leis da
natureza.
O senso comum, aliado à explicação religiosa e ao conhecimento filosófico, orientou
as preocupações do homem com o universo. Somente no século XVI é que se iniciou
uma linha de pensamento que propunha encontrar um conhecimento embasado em
maiores garantias, na procura do real. Não se buscam mais as causas absolutas ou a
natureza íntima das coisas; ao contrário, procuram-se compreender as relações entre
elas, assim como a explicação dos acontecimentos, através da observação científica,
aliada ao raciocínio.
Da mesma forma que o conhecimento se desenvolveu, o método, a sistematização de
atividades, também sofreu transformações. O pioneiro a tratar do assunto, no âmbito
do conhecimento científico, foi Galileu Galilei, primeiro teórico do método experimental.
Discordando dos seguidores do filósofo Aristóteles, considera que o conhecimento da
essência íntima das substâncias individuais deve ser substituído, como objetivo das
investigações, pelo conhecimento das leis que presidem os fenômenos. As ciências,
para Galileu, não têm, como principal foco de preocupações, a qualidade, mas as
relações quantitativas. Seu método pode ser descrito como indução experimental,
chegando-se a uma lei geral através de da observação de certo número de casos
particulares. Os principais passos de seu método podem ser assim expostos: observação
dos fenômenos; análise dos elementos constitutivos desses fenômenos, com a finalidade
de estabelecer relações quantitativas entre eles; indução de certo número de hipóteses;
verificação das hipóteses aventadas por intermédio de experiências; generalização do
resultado das experiências para casos similares; confirmação das hipóteses, obtendose, a partir delas, leis gerais.
Contemporâneo de Galileu, Francis Bacon também partiu da crítica a Aristóteles, por
considerar que o processo de abstração e o silogismo (dedução formal que, partindo
de duas proposições, denominadas premissas, delas retira uma terceira, nelas
logicamente implicadas, chamada conclusão) não propiciam um conhecimento completo
do universo. Parte do pressuposto de que o conhecimento científico é o único caminho
seguro para a verdade dos fatos, devendo seguir os seguintes passos: experimentação;
formulação de hipóteses; repetição; testagem das hipóteses, formulação de
generalizações e leis.
36
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Ao lado de Galileu e Bacon, no mesmo século, surge Descartes. Com sua obra,
Discurso do Método, afasta-se dos processos indutivos, originando o método dedutivo.
Para ele, chega-se à certeza através da razão, princípio absoluto do conhecimento
humano. Postula, então, quatro regras:
Evidência, que diz para não acolher jamais como verdadeira uma coisa que
não se reconheça evidentemente como tal, isto é, evitar a precipitação e o
preconceito e não incluir juízos, senão aquilo que se apresenta com tal clareza
ao espírito que torne impossível a dúvida;
Análise, que consiste em dividir cada uma das dificuldades em tantas partes
quantas necessárias para melhor resolvê-las, ou seja, o processo que permite
a decomposição do todo em suas partes constitutivas, indo sempre do mais
para o menos complexo;
Síntese, entendida como o processo que leva à reconstituição do todo,
previamente decomposto pela análise, consistindo em conduzir ordenadamente
os pensamentos, principiando com os objetos mais simples e mais fáceis de
conhecer, para subir, em seguida, pouco a pouco, até o conhecimento dos
objetos que não se disponham, de forma natural, em seqüências de complexidade
crescente;
Enumeração, que consiste em realizar sempre enumerações tão cuidadosas e
revisões tão gerais que se possa ter certeza de nada haver omitido.
Com o passar do tempo, muitas outras visões foram sendo incorporadas aos métodos
existentes, fazendo com que surgissem também outros métodos, como veremos adiante.
Antes, porém, cabe apresentar o conceito de método moderno, independente do tipo.
Para tal, será considerado que o método científico é a teoria da investigação e que
esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando cumpre ou se propõe a
cumprir as seguintes etapas:
Descobrimento do problema - ou lacuna, num conjunto de acontecimentos.
Se o problema não estiver enunciado com clareza, passa-se à etapa seguinte;
se estiver, passa-se à subseqüente;
Colocação precisa do problema - ou ainda, a recolocação de um velho
problema à luz de novos conhecimentos (empíricos ou teóricos, substantivos
ou metodológicos);
Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema -
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
37
ou seja, exame do conhecido para tentar resolver o problema;
Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte, em caso contrário,
à subseqüente;
Invenção de novas idéias - hipóteses, teorias ou técnicas ou produção de
novos dados empíricos que prometam resolver o problema;
Obtenção de uma solução - exata ou aproximada do problema, com o
auxílio do instrumental conceitual ou empírico disponível;
Investigação das conseqüências da solução obtida - em se tratando de
uma teoria, é a busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio.
Em se tratando de novos dados, é o exame das conseqüências que possam
ter para as teorias relevantes;
Prova ou comprovação da solução - confronto da solução com a totalidade
das teorias e da informação empírica pertinente. Se o resultado é satisfatório,
a pesquisa é dada como concluída, até novo aviso. Do contrário, passa-se
para a etapa seguinte;
Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados
na obtenção da solução incorreta - esse é, naturalmente, o começo de um
novo ciclo de investigação.
Técnicas de pesquisa qualitativa
Várias são as técnicas utilizadas pelas pesquisas que se pautam no método qualitativo.
Descrevemos duas delas que de certo modo permeiam quase todas as modalidades
de tradição de pesquisa.
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE - forma complementar de captação da
realidade empírica. Para tanto, há necessidade de o pesquisador imergir na
realidade, colocar-se sob o ponto de vista do pesquisado, ter em mente os
38
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
aspectos relevantes da teoria, e abandonar, nesta convivência, a postura de
"cientista." Contudo, para a produção da teoria, o pesquisador deverá romper
com o senso comum (representações sociais) do grupo pesquisado e ainda
colocar em questão os pressupostos inerentes à sua qualidade de pesquisador.
ENTREVISTAS - A técnica da entrevista pode ser entendida como uma conversa
orientada para um fim específico, ou seja, recolher dados e informações. O
que torna necessário ao pesquisador ter sempre um plano para a entrevista,
para que, no momento em que ela esteja sendo realizada, as informações
necessárias não deixem de ser colhidas. Então, procure selecionar pessoas
que realmente tenham o conhecimento necessário para satisfazer as
necessidades de informação. E diante do entrevistado, estabeleça uma relação
amistosa e não trave um debate de idéias; ao contrário, procure encorajar o
entrevistado para as respostas e deixe que as questões surjam naturalmente,
evitando que a entrevista se torne um "questionário oral". O pesquisador
intencionalmente coleta as informações através da fala dos atores sociais.
Pode ser decomposta em: entrevista aberta (o entrevistado discorre livremente
sobre o tema proposto), estruturada, semi-estruturada (combina perguntas
fechadas e abertas), entrevista por meio de grupos focais e histórias de vida,
entre outras formas de classificação. Os dados obtidos podem ser objetivos ou
subjetivos. Os primeiros referem-se a outras fontes como censos, por exemplo.
Já os segundos tratam diretamente do indivíduo entrevistado, de seus valores,
atitudes e opiniões.
QUESTIONÁRIO - O questionário é um instrumento que se utiliza quando se
pretende atingir um número considerável de pessoas. Contém um conjunto de
questões formuladas pelo pesquisador. O seu preenchimento é feito por
informantes, no próprio local da pesquisa, ou enviados pelos correios ou por
outras formas. A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta
para que o informante compreenda com clareza o que está sendo perguntado.
Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça necessário em se
tratando de características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, por
exemplo). Submeter o questionário a um pré-teste, ou seja, aplicá-lo em um
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
39
grupo reduzido, permite ao pesquisador corrigir eventuais erros de formulação.
As perguntas do questionário podem ser:
a. Abertas: "Qual é a sua opinião?";
b. fechadas (duas escolhas): sim ou não;
c. e múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis.
As instruções de preenchimento e para devolução devem ser fornecidas antes de
iniciar o preenchimento do questionário, o qual pode apresentar: itens sim/não, certo/
errado e verdadeiro/falso; questões de múltipla escolha; respostas livres, abertas ou
curtas (variando de acordo com o objetivo da pesquisa).
Por sua vez, a elaboração de formulários de consentimentos, esclarecendo a proposta
da pesquisa e autorizando o pesquisador a fazer uso dos dados coletados, preserva a
imagem do pesquisador e mantém sua postura ética.
Young e Lundberg (apud PESSOA, 1998) fizeram uma série de recomendações úteis
à construção de um questionário.
Entre elas destacam-se:
v
o questionário deverá ser construído em blocos temáticos obedecendo a
uma ordem lógica na elaboração das perguntas;
v
a redação das perguntas deverá ser feita em linguagem compreensível ao
informante. A linguagem deverá ser acessível ao entendimento da média da
população estudada;
v
a formulação das perguntas deverá evitar a possibilidade de interpretação
dúbia, sugerir ou induzir a resposta;
v
cada pergunta deverá focar apenas uma questão para ser analisada pelo
informante;
v
o questionário deverá conter apenas as perguntas relacionadas aos
objetivos da pesquisa. Devem ser evitadas perguntas que, de antemão, já se
sabe que não serão respondidas com honestidade.
40
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
FORMULÁRIO - O formulário é semelhante ao questionário na sua estruturação
e possui o mesmo formato, todavia é o entrevistador que preenche as respostas,
após a consulta ao entrevistado. As perguntas de um formulário podem ser
mais complexas, pois o entrevistador poderá esclarecer as dúvidas e também
poderá fazer as anotações sobre as suas próprias observações.
Técnicas de pesquisa quantitativa
No método quantitativo a veracidade é avaliada quanto ao manejo da validade interna
e pela validade dos testes e instrumentos usados para mensurar o fenômeno sob
investigação. Somam-se a estes fatores outros relativos à validade externa
(generalização dos achados), à fidedignidade (estabilidade dos procedimentos em
teste, permitindo a replicação), à objetividade (neutralidade do pesquisador), à
credibilidade (interpretações fiéis da experiência), à adequação (os achados refletem
os elementos típicos e atípicos), à verificabilidade (condição de replicação) e à
confirmação (quando credibilidade, adequação e verificabilidade estão estabelecidas).
A escolha pelo método varia conforme o problema levantado ou a hipótese de trabalho.
São vários os tipos de fenômenos e problemas de pesquisa. Variados também são os
métodos quantitativos.
No método experimental o pesquisador é um agente ativo em relação ao fenômeno
estudado. Ao contrário da concepção popular, um estudo experimental não é
necessariamente conduzido em laboratório e suas técnicas não são exclusivas da
metodologia quantitativa. O que caracteriza uma pesquisa experimental é a manipulação
do experimento pelo pesquisador, o controle da situação experimental (grupo teste e
controle) e a distribuição aleatória ou randômica da amostra.
O método Quase-experimental compreende a manipulação de uma variável
independente como, por exemplo, o núcleo de assistência jurídica de uma instituição
educacional. A diferença em relação à pesquisa experimental é que, neste caso, não
há distribuição aleatória da amostra, o que enfraquece a possibilidade do pesquisador
fazer inferências causais. As técnicas referentes a esta metodologia são o grupo de
controle não-equivalente (grupo de controle encontra-se fora da situação do
experimento), a série de tempo (observação ao longo de um período de tempo), entre
outros.
Já o método não experimental apresenta duas categorias de pesquisa, a pesquisa ex
post facto e a pesquisa descritiva. A pesquisa ex post facto (a partir do fato ocorrido),
ou correlacional, visa determinar as relações entre as variáveis e a qualidade destas
relações com o propósito de determinar as causas e os efeitos dos fenômenos. A
pesquisa descritiva tem por propósito obter um conjunto de dados detalhados sobre
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
41
um fenômeno, no que se refere ao seu significado e freqüência, principalmente. A
pesquisa não experimental tende a ser realista, ampliando a compreensão do
pesquisador sobre o fenômeno observado. Sua desvantagem refere-se ao fato da sua
ineficiência para revelar as relações de causalidade.
As técnicas de pesquisa quantitativa são inúmeras e variadas, temos, por exemplo:
v
Estudos de séries cruzadas que envolvem a coleta de dados em um
determinado momento no tempo, durante a manifestação do fenômeno;
v
Estudos longitudinais - organizados para coletar os dados em mais de um
momento no tempo, de modo a observar as tendências e a seqüência temporal
do fenômeno. São exemplos os estudos de follow-up ou acompanhamento;
v
Surveys - organizados para obtenção de informações quanto à prevalência,
distribuição e relação de variáveis no âmbito de uma população. Utilizam como
técnica de pesquisa a entrevista.
Temos ainda as técnicas de controle da pesquisa quantitativa que visam potencializar
o controle do investigador sobre o experimento e as variáveis do estudo. Há as
técnicas para o controle dos fatores externos à pesquisa como o ambiente, o tempo e
a constância da comunicação aos sujeitos e do experimento em si (estabelecimento
de protocolos).
Para o controle dos fatores intrínsecos (a amostra), o pesquisador recorre, entre
outras técnicas, à distribuição aleatória dos sujeitos da pesquisa nos grupos teste e
controle. Quando isto não é possível, observa a homogeneidade entre os sujeitos da
amostra. As variáveis estranhas à pesquisa podem ser arrumadas em um bloco como
variáveis independentes.
O método estatístico gera uma verdade provável, não absolutamente verdadeira. Este
método significa a redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos e jurídicos,
dentre outros, em termos quantitativos. A manipulação estatística permite comprovar
as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza,
ocorrência ou significado. O método estatístico se apóia na aplicação da teoria estatística
da probabilidade. Pela utilização de testes estatísticos, é possível determinar, em
termos numéricos, a probabilidade de acerto de uma conclusão, assim como a margem
de erro de um valor alcançado.
Exemplo:
42
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
"Verificar a correlação entre o nível de violência contra os filhos e número de
pais desempregados."
Procedimentos estatísticos
Os registros e a organização dos dados poderão apresentar quadros, gráficos ou
tabelas e, desde que recebam um tratamento estatístico, auxiliarão a verificação dos
resultados e quais as possibilidades de acerto ou erro.
Análise estatística
A análise estatística é feita em dois níveis: descrição dos dados e avaliação de
generalizações obtidas a partir dos dados (GIL, 1995). Segundo Dencker (2000), a
análise e a descrição dos dados procuram estabelecer:
a) A tipicidade de um grupo;
b) A variação dentro do grupo;
c) As distribuições dentro do grupo em relação a determinadas variáveis;
d) A relação das diferentes variáveis entre si;
e) A descrição das diferenças entre dois ou mais grupos de indivíduos.
Nesses casos, a análise lança mão de medidas estatísticas, como média, mediana e
moda, desvio padrão, quartis, amplitude, polígono de freqüência, correlação, distribuição
na curva normal, entre outros. De acordo com Dencker (2000), existem dois tipos de
análise: condicional, que busca identificar os fatores que determinam a ocorrência de
um determinado fenômeno ou situação; funcional, que procura as relações que os
vários fenômenos estabelecem entre si.
A avaliação das generalizações obtidas com os dados consiste em determinar se as
conclusões obtidas com a pesquisa, que normalmente é feita com uma amostra,
podem ser generalizadas para a população ou universo de pesquisa. Para isso, de
acordo com Gil (1995), deve-se utilizar o teste estatístico de hipóteses, que procura
verificar a existência de diferenças entre as populações representadas pelas amostras.
Interpretação dos dados
De acordo com Dencker (2000, p. 172), o processo de interpretação "consiste em
expressar o verdadeiro significado do material em termos do propósito do estudo. O
pesquisador fará as ligações lógicas e comparações, enunciará princípios e fará
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
43
generalizações". O processo de interpretação, portanto, deve ser considerado como
a fase final da pesquisa, em que os dados coletados foram convenientemente tratados
e analisados. Nem sempre esse processo pode ser facilmente dissociado da análise,
como nota Gil (1995), uma vez que esta já pode ser considerada como uma preparação
para a interpretação, com a preparação dos dados.
De acordo com Gil (1995), o principal aspecto que deve ser considerado no processo
de interpretação é a ligação entre as informações e dados empíricos coletados e a
teoria subjacente aos mesmos. A teoria é essencial para o estabelecimento de
generalizações, mas não pode ser considerada como o principal aspecto; é preciso ter
em mente que teorias são construtos da mente humana, interpretações da realidade,
e como tal, podem apresentar falhas. Da mesma forma, uma pesquisa, normalmente,
não permite refutar uma teoria já estabelecida, ainda que possa lançar dúvidas em
relação à sua validade.
Dencker (2000) sugere: o pesquisador precisa elaborar modelos de análise dos
dados, em vez de se procurar fórmulas prontas, e deve encarar a interpretação como
a busca de um sentido mais amplo nos resultados da pesquisa, procurando estabelecer
a continuidade dos resultados de uma pesquisa com os de outro, tentando criar
conceitos explicativos.
Outros Tipos de Métodos
As pesquisas e os formatos a serem utilizados definem os métodos mais adequados.
Sinteticamente, citaremos outros tipos de métodos, com o intuito de ilustrar este capítulo:
Método Dialético: método que penetra o mundo dos fenômenos, através de sua
ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que
ocorre na natureza e na sociedade. Pressupõem uma atitude concreta em relação ao
fenômeno e estão limitadas a um domínio particular. Toda a abordagem dialética
identifica-se com o princípio da unidade e luta dos contrários, onde todos os objetos e
fenômenos apresentam aspectos contraditórios, os opostos não se apresentam
simplesmente lado a lado, mas num estado constante de luta entre si. A dialética é
contrária a todo conhecimento rígido. Tudo é visto em constante mudança: sempre há
algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega e se transforma (GIL,
1994).
Método Monográfico: consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões,
instituições, condições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter
generalizações.
Método Tipológico: apresenta certas semelhanças com o método comparativo. Ao
comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais
(que não existam de fato na sociedade), construídos a partir da análise de aspectos
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
44
essenciais do fenômeno.
Método Funcionalista: é a rigor mais um método de interpretação do que de
investigação. Estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, isto
é, como um sistema organizado de atividades.
Método Estruturalista: o método parte da investigação de um fenômeno concreto e
eleva-se, a seguir, ao nível abstrato, por intermédio da construção de um modelo que
represente o objeto de estudo, retomando por fim o nível concreto, dessa vez como
uma realidade estruturada e relacionada com a experiência social do sujeito.
!
Os métodos de estudo e pesquisa tornam mais eficaz e rápida a busca da
resposta ao problema, o saneamento da inquietação, a resolução da dúvida.
Método origina-se do latim methodus, que significa caminho para se chegar
a um objetivo ou a um determinado resultado. Portanto, a metodologia do
estudo é um caminho que o estudante trilha, adquirindo durante o percurso
os instrumentos exigidos para obter êxito no seu trabalho intelectual.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
45
Método de pesquisa
O método de pesquisa nas diversas áreas da ciência é um método de resolução de
problema. Neste sentido, toda a pesquisa inicia com um problema que será abordado
por meio de um método visando o alcance de um determinado resultado.
Contudo, pode ser que este resultado esperado só seja alcançado após anos de
trabalho árduo e sistematizado. Porém, neste meio tempo, o pesquisador utilizou
várias estratégias para divulgar os seus relatórios (parciais) de pesquisa.
A identificação de um problema de pesquisa é, portanto, a principal etapa de todo o
processo. Nela, o pesquisador deve ser capaz de demonstrar o seu discernimento
sobre o que pretende estudar.
A pesquisa exploratória sobre literatura profissional é útil para a definição do problema
e para justificar a sua importância em termos de pesquisa, assim como os fatos
observados na sua prática profissional. As fontes dos problemas de pesquisa são,
geralmente, as lacunas da teoria ou da experiência profissional que geram problemas
ou indagações de pesquisa que vão provocar a inteligência do pesquisador para a
formulação de hipóteses.
Uma hipótese é uma previsão experimental ou uma explicação da relação entre duas
ou mais variáveis. É a hipótese, e não o enunciado do problema, que está sujeita à
testagem empírica. As hipóteses são, portanto, as soluções experimentais ao problema
ou as respostas prováveis à indagação da pesquisa. A verificação das hipóteses
constitui o cerne dos estudos empíricos tanto quantitativos quanto qualitativos.
Todo pesquisador precisa ter em mente que para se chegar a uma descoberta científica
é necessário saber antes o que está procurando. Isto é o mínimo exigido.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
46
ð
A formulação do problema da pesquisa deve ter relevância
ser passível de ser pesquisado.
Uma vez definido o problema de pesquisa deve-se estabelecer o objetivo a ser alcançado
ao final do processo, ou a hipótese que será confirmada ou refutada, ou a questão
norteadora que será respondida.
Hipótese, objetivo, questão norteadora, um ou outro depende do referencial teórico do
pesquisador para a pesquisa em andamento.
Como proceder a uma investigação científica?
O referencial teórico de certo modo está presente em todas as etapas da pesquisa.
Desde a definição do problema até às conclusões e seleção da literatura de apoio. De
certo modo ele fica mais evidente na etapa da metodologia.
Conforme o referencial filosófico ou teórico há um método (positivista, materialista
dialético, fenomenológico) correspondente e diversas técnicas de coleta de dados
(pesquisa-participante, entrevista, questionário, etc.) e de análise dos dados
(epidemiológico-estatístico, análise do discurso, etc.) escolhidos poderemos atingir
resultados diferentes para uma mesma questão.
Neste caso não é uma questão de certo ou errado, mas de quão mais próximos ou
distantes estamos do referencial filosófico/teórico (parâmetro).
A escolha do método (apresentados anteriormente) deve refletir a intencionalidade do
pesquisador, sua forma particular de observar e interpretar determinado fenômeno e
isto, de alguma forma, deve estar explicitado na pesquisa, para evitar a manipulação
das idéias e dos conceitos, especialmente na fase de interpretação dos resultados e
conclusão.
!
A natureza do problema a ser estudado é que determina qual método de pesquisa
a ser utilizado.
ð
Lembrem-se de que qualquer método diz respeito ao modo
de pensar para esclarecer determinado fenômeno e isto se dá á luz
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
47
de um contexto histórico. Por sua vez, a técnica de pesquisa
corresponde a todo o instrumental escolhido pelo pesquisador para
possibilitar a expressão coerente e congruente do pensamento.
Nunca é demais repetir que nenhuma pesquisa é neutra, independente do método
que orienta sua realização, seja ele quantitativo ou qualitativo.
Isto porque todo o estudo para elucidação da realidade, por mais objetivo que possa
parecer, tem a norteá-lo um arcabouço teórico que influencia o olhar do pesquisador
desde a seleção do objeto, até a interpretação dos resultados e formulação das
conclusões.
Da mesma forma, tendo a premissa de que nenhuma pesquisa é neutra, podemos
afirmar que nenhum método ou técnica tem o monopólio da compreensão total e
completa da realidade.
Afinal, sempre nos acedemos à realidade por aproximação.
48
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Como Proceder uma Investigação Científica?
1ª. ETAPA: descrever com precisão
os fatos sobre os quais se deseja
desenvolver um conhecimento. E,
para isso, é preciso observá-los
sistemática e criteriosamente. Essa
observação, por sua vez, pode se
dar numa situação de ocorrência
natural, ou seja, observando-se os
fatos tal como ocorrem na
natureza ou na sociedade; ou em
situação de experimentação,
mediante o controle obtido por
intervenção planejada sobre a sua
ocorrência.
2ª. ETAPA: Partindo de hipóteses,
afirmações sobre fatos do mundo,
chega-se,
através
da
demonstração,
a
novas
afirmações sobre esses mesmos
fatos.
3ª. ETAPA: O resultado desse
processo é a construção de um
argumento. O argumento
construído precisa conseguir
reunir
adequadamente
a
descrição dos fatos com a
demonstração da verdade das
afirmações feitas sobre estes
mesmos fatos.
4ª. ETAPA: Esta demonstração feita
na etapa 3 vai caracterizar o
argumento de prova das
afirmações em questão (teses).
O QUE VOCÊ PRECISA PARA ELABORAR UM TRABALHO
CIENTÍFICO?
A primeira etapa envolve a escolha e delimitação do assunto (tema). Ao escolher
um tema para seu trabalho de pesquisa, procure algo original. Será considerado
original um assunto que, mesmo versando sobre algo já conhecido, aborde-o sob
novo ângulo, acrescentando-lhe uma particularidade até então desconhecida. Escolha
algo pelo qual você já tenha algum interesse ou que, de alguma forma, seja um
desafio para seu pensamento, algo intrigante e instigante para a sua imaginação.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
49
Podem ser boas pistas investigar alguma experiência particular anterior sua, ou a área
profissional para a qual você está se encaminhando, ou algum campo da Ciência
sobre o qual você tem se interessado ultimamente.
Lembre-se de que você vai ter que se dedicar a este assunto por muitas horas e que,
por isso, é importante que ele seja verdadeiramente de seu interesse.
Certifique-se, também, se você dispõe dos recursos e dos materiais necessários para
a realização a contento de sua pesquisa, se a mesma é compatível com suas aptidões
e conhecimentos, e se você dispõe do tempo necessário para a sua execução antes
do prazo final delimitado por sua instituição educacional. Quando a instituição determina
um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, por exemplo, não podemos
nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema
escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.
Um outro fator a ser considerado na escolha do tema é a disponibilidade de
material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por
outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes
obriga o pesquisador a buscar fontes primárias que demandam um tempo maior para
a realização do trabalho. Este fator, porém, não impede a realização da pesquisa, mas
deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.
O próximo passo é o levantamento e fichamento das citações relevantes e
posteriormente busca-se o aprofundamento e expansão da pesquisa com consultas
às publicações terciárias. Faz-se então a seleção e obtenção das fontes a serem
utilizadas. Uma vez selecionadas, são feitas as leituras e sumarização das referências
bibliográficas para auxiliar na redação da pesquisa propriamente dita.
Fazer o levantamento bibliográfico bem feito significa buscar com eficácia tudo o que
já foi feito na área em que se inscreve sua pesquisa, que trabalhos já foram
desenvolvidos, a que conclusões chegaram. Não se esqueça, também, de buscar
pistas e informações em artigos de jornais e revistas e, na Internet. Por fim, assegurese da disponibilidade da bibliografia levantada sobre o assunto. Os livros e os artigos
mais especializados que tratam do assunto escolhido com maior profundidade, também
devem ser consultados.
ð Convém lembrar que o orientador desempenha um papel muito importante
na fase da pesquisa bibliográfica, indicando sugestões de textos, discutindo
idéias desenvolvidas pelos autores e revisando o material escrito pelo acadêmico.
Outra dica importante: não deixe a pesquisa bibliográfica para o final do trabalho.
Na maioria das vezes, a bibliografia sobre o tema ajudará bastante no
desenvolvimento da pesquisa, na escolha da metodologia de trabalho e na
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
50
definição das melhores técnicas para atingir os objetivos.
Tendo sempre em mente seus objetivos, escolha os métodos mais adequados para
alcançá-los. Verifique se serão necessários experimentos, quais serão eles e quantas
vezes as medidas deverão ser repetidas. Antes de iniciá-los, planeje cuidadosamente
como serão estruturados.
Se o método escolhido englobar observações, planeje-as criteriosamente: quantas
sessões de observação serão feitas, qual a sua duração, que instrumentos ou técnicas
serão utilizados para auxiliar essa observação. Lembre-se de que muitas técnicas e
instrumentos já foram desenvolvidos e testados, e poderão ser reaplicados por você.
Certifique-se quais os mais adequados para o seu caso e/ou que adaptações poderão
ser feitas.
Por exemplo, se você optar pela técnica de entrevista deverá decidir: quem será
entrevistado? Quem será o entrevistador? Como será o roteiro da entrevista? Como
ela será conduzida? Como ela será registrada? E, principalmente, como os dados
obtidos serão analisados?
ð Em síntese, projete detalhadamente todas as etapas do trabalho. Por fim,
elabore um cronograma aproximado para o seu desenvolvimento e, registre
no seu caderno de notas os dados obtidos nos experimentos e/ou observações
planejadas.
Nos experimentos, todos os fenômenos ou variáveis que podem influenciar os resultados
deverão ser identificados, isolados e testados em experimentos independentes. Desta
maneira, a ação de cada um deles poderá ser mais facilmente determinada e, se for o
caso, quantificada. Dependendo da quantidade de dados fornecidos pelo seu trabalho
é bom testar um tratamento estatístico.
ð A disposição dos dados em tabelas e gráficos pode facilitar muito a
visualização dos resultados em conjunto e, conseqüentemente, a interpretação
dos mesmos. Se necessário, peça auxílio ao seu professor de matemática para
esses dois tipos de tratamento dos dados.
Todos os resultados de seu trabalho deverão estar discriminados e perfeitamente
claros para você. Tente analisá-los criticamente, quanto ao método adotado, ao controle
das variáveis, à relatividade ou à previsão dos resultados, à refutação ou ao apoio
que fornecem às hipóteses que você inicialmente propôs como objetivos, e quanto às
informações encontradas na bibliografia que lhe serviu de subsídio.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
51
Enfim, verifique se seus objetivos foram ou não cumpridos através de seu método.
O método de estudo
Gostar e saber estudar são condições básicas para a pesquisa científica. A aquisição
das habilidades referentes à leitura crítica, ao fichamento de um texto, à produção de
um artigo científico é uma etapa necessária para na formação do pesquisador.
O principal método de estudo é a leitura trabalhada. A leitura trabalhada é aquela na
qual se aproveita o máximo do artigo, livro ou tese, com uma boa assimilação de seu
conteúdo. Apresentamos a seguir, resumidamente, as quatro etapas sugeridas por
MATOS (1994) para uma leitura trabalhada:
Reconhecimento global do texto/fonte: nesta etapa, o
estudante observa o título, o (s) autor (es), a instituição de
origem. Faz uma leitura do resumo (artigo) ou sumário (livro)
porque ele dá ao leitor a estrutura global do texto. Lê a introdução
onde o autor apresenta a situação problema (artigo) ou as
grandes linhas temáticas (livro). Faz uma leitura diagonal
(dinâmica) do texto (artigo), ou folheia o livro, para adquirir as
noções gerais do trabalho (metodologia, resultados, conclusões,
referências bibliográficas, anexos, etc.). Anota perguntas ou
dúvidas que surgem espontaneamente.
Detectar as idéias-chave do texto: uma vez conhecendo a
estrutura do texto, o estudante faz uma leitura dinâmica para
ter uma idéia global do artigo ou livro. Em seguida, realiza uma
segunda leitura, mais profunda, assinalando na margem do texto,
a lápis, a idéia central a cada parágrafo lido. Há textos onde o
autor inicia o parágrafo com a idéia-chave, sendo o restante do
parágrafo um desenvolvimento do conceito apresentado. Em
outros, o autor fecha o parágrafo com a idéia-chave. Há textos
nos quais o autor acentua a idéia-chave com o negrito ou o
itálico ou com indicações verbais, tais como, "portanto", "em
síntese", etc.
Armazenamento de dados. Esta etapa será tratada mais
adiante quando discutiremos o fichamento bibliográfico.
Organização do material pesquisado: nesta etapa todos os
fichamentos necessários ao estudo ou pesquisa são revistos,
visando à classificação das fichas conforme os argumentos
apresentados. Deste trabalho surge um esquema provisório
para compreensão do tema em estudo. Este esquema inicial
servirá de base para o esquema definitivo utilizado para redação
52
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
do artigo científico ou tese.
Se você tem um tema escolhido, proponha um título provisório para o seu trabalho.
Afinal um espírito criativo não teme correr riscos.
O título provisório do meu estudo é:
_______________________________________________
Relacione três palavras-chave sobre o seu tema ou sub-tema:
a)
b)
c)
Uma vez identificadas as palavras-chave relacionadas ao tema de sua pesquisa ou
estudo, passe a procurar as referências dos artigos no Index (Índices) ou Sumário
de Periódicos. Cabe observar que a busca de livros, teses e dissertações geralmente
é feita por intermédio do arquivo da própria biblioteca ou de uma publicação denominada
Alerta Bibliográfico.
Iniciaremos a nossa aprendizagem com a pesquisa bibliográfica sobre os artigos
publicados nos periódicos ou revistas científcas especializadas. Peça a bibliotecária
para lhe mostrar as estantes onde estão os índices e Sumários de Periódicos de sua
área.
Caso tenha dúvidas sobre sua utilização não tenha vergonha em pedir ajuda. A
característica mais importante da (o) pesquisadora (o) é a curiosidade.
Os Índices disponíveis na (s) biblioteca (s) para consulta são:
_________________________________________________
Há algum índex brasileiro?
( ) não
( ) sim. Qual? ______________________________________
Os Sumários de Periódicos disponíveis na (s) biblioteca (s) para consulta são:
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
53
_________________________________________________
Relacione três referências nacionais exatamente como estão no Index (ou Sumário):
a)
b)
c)
Relacione três referências estrangeiras exatamente como estão no Index:
a)
b)
c)
Mais adiante, nos capítulos sobre referência bibliográfica de trabalhos científicos,
conforme a ABNT, você deverá reconhecer as diferenças nas formas de descrever um
trabalho.
Uma vez identificadas as referências de seu interesse no Index, veja se a biblioteca
possui estes artigos.
Relacione pelo menos quatro revistas científicas brasileiras de sua área de estudo
(com comitê editorial e normas de publicação), atuais (dos últimos cinco anos) e
regulares, no acervo da biblioteca.
Habitue-se a freqüentar regularmente a biblioteca e a folhear os periódicos e livros
recém adquiridos para ficarem informados sobre as mais recentes publicações. Preste
uma atenção especial aos autores dos artigos, aos temas que eles costumam pesquisar,
às suas instituições de origem.
Agora que você aprendeu a fazer uma pesquisa bibliográfica manualmente, você
pode, e deve, aprender a realizar a pesquisa por computador.
Contudo, o computador é apenas um instrumento que torna este processo todo mais
rápido. Ele é de pouca ajuda quando não se conhece as fontes bibliográficas nacionais
e internacionais.
54
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
PESQUISA ELETRÔNICA
Quando encarada sob a perspectiva educacional, a Internet possui uma grande riqueza
de recursos e possibilidades. No entanto, o conjunto de linguagens e padrões disponíveis
na mesma privilegia determinadas perspectivas de ensino/aprendizagem.
Como afirma Pierre Babin et al.:
"[...] o meio tecnológico moderno, em particular a invasão das mídias e o emprego de
aparelhos eletrônicos na vida quotidiana, modela progressivamente um outro
comportamento intelectual e afetivo" [BABIN].
Por este motivo, não é possível mais se adotar a mesma abordagem perante o
computador e a educação após o advento da Internet. Cada computador deixou de
ser uma ilha isolada e passou a ser, de outra maneira, exatamente uma porta de
comunicação com outros computadores e consequentemente com outros indivíduos.
Diversas são as formas de interação usando a Internet, o que tem dado origem a
diversas propostas pedagógicas. A seguir, apresentaremos algumas dicas importantes
para garantir como fazer uma pesquisa de forma eficaz na internet com base em Edna
Lúcia da Silva e Estera Muszkat Menezes (2001), doutoras da Universidade Federal
de Santa Catarina.
Internet - Biblioteca
A World Wide Web (WWW) tem como uma de suas principais expressões a apresentação
de informações sobre diversas modalidades. Inicialmente a sua linguagem HTML (Hyper
Text Markup Language) dava subsídios à construção de documentos compostos de
textos e imagens. O uso de ligações entre estes documentos possibilitou a sua
organização de forma hipertextual. Posteriormente foram agregados recursos adicionais
de áudio, vídeo, animação e pequenas rotinas de programação.
Dentro do contexto educacional a Internet, encarada como repositório de informações,
constitui uma excelente fonte para a realização de pesquisas e de material para a
elaboração de aulas.
O aluno ou professor se vê diante de uma enorme biblioteca global que não apenas
guarda as informações, mas as apresenta das mais diversas maneiras, interligadas
sob uma complexa rede de ligações e com uma variedade de recursos, tais como
mecanismos de pesquisa, que facilitam a localização da informação desejada.
Da mesma maneira que a WWW pode ser uma rica fonte de informações, de certa
forma ela democratizou a produção e divulgação destas informações. Pode-se afirmar
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
55
que qualquer usuário que tenha acesso a esta rede pode publicar informações, sob a
forma de páginas, que estarão disponíveis para qualquer outra pessoa no mundo.
O processo de busca de informações na internet envolve a capacidade de reunir,
sintetizar e organizar informações, que são proveitosas e de fontes confiáveis, bem
como habilidades artísticas para a apresentação estética destas informações em
conjunto com as normas de formatação pertinente a cada tipo de trabalho acadêmico.
Neste contexto, o aluno ultrapassa o papel de mero receptor de informações, e passa
a ser atuante.
Esta fonte de informações implica também em intercâmbio, o que tem dado origem a
atividades de aprendizado colaborativo entre diferentes comunidades, através da troca
de informações em web-foruns.
Fontes de informações digitais com acesso público
A internet é um enorme banco de dados, é um canal de comunicação onde são
oferecidos serviços de informação. Os principais serviços oferecidos pela internet são:
WWW: a World Wide Web (rede de alcance mundial) é o principal serviço da internet.
Nela estão hospedados os sites de instituições, empresas e pessoas;
GOPHER (Servidores Gopher): existem vários servidores gopher, cada qual contém
uma lista de diretórios e subdiretórios de diversos tópicos e subtópicos, que permitem
localizar rapidamente uma informação. O navegador pode ser usado para pesquisar
essas listas, mas o ideal é utilizar programas específicos, como o WS-Gopher (Winsock
gopher) ou o VERONICA (Very Easy Oriented Net-Wide Index to Computerized Archive);
FTP (File Transfer Protocol): é um protocolo para transferência de arquivos, que em
geral é utilizado quando fazemos download e upload. Download significa copiar arquivos
de um computador qualquer que esteja conectado à rede para o nosso computador, e
upload significa a transferência de um arquivo do nosso computador para um computador
remoto;
Usenet (Newsgroup): são grupos de discussões sobre os mais variados assuntos. As
mensagens enviadas são armazenadas em um servidor e podem ser consultadas por
todos os participantes; para ler as mensagens enviadas é necessário utilizar um
programa de leitura como, por exemplo, o Netscape News ou a Internet News;
Mailing List: é uma lista de discussão utilizada para troca de informações (dos mais
variados assuntos) entre pessoas que se interessam por assuntos comuns. Essa
troca de informações é feita via e-mail;
Lista de Avisos: listas para você receber informações sobre produtos ou serviços. O
56
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
prestador de serviços geralmente pergunta se a pessoa quer ficar a par das novidades
da sua loja ou empresa e solicita autorização para enviar um novo e-mail sempre que
houver novidades, lançamentos, etc.;
IRC (Internet Relay Chat): é um canal de comunicação que pode ser criado na internet
e que permite que duas ou mais pessoas possam conversar em tempo real;
E-mail (eletronic mail): correio eletrônico que você pode usar para enviar mensagens,
arquivos, imagens, sons, fotos, etc.;
Telnet: possibilita o acesso, pelo computador do usuário, a um prompt de um
computador remoto, isto é, você pode operar um outro computador através do seu
micro;
Talk: é um sistema de telefone via internet, no qual dois usuários falam um com o
outro. Possuindo um microfone e um programa específico, você pode se comunicar
com qualquer parte do mundo pelo preço de uma tarifa telefônica local;
Videoconferência: recurso sofisticado pelo qual é possível falar com uma pessoa ou
com várias pessoas (multicast), ou ainda várias pessoas podem falar entre si como
em uma reunião (multipoint).
Como Buscar Informações de Acesso Público na Internet
Para buscar informações na internet você deve usar as ferramentas de busca. As
ferramentas de busca são sistemas que fazem a indexação dos documentos. A forma
como é feita essa indexação vai influir diretamente na quantidade e na qualidade dos
resultados que serão obtidos na pesquisa. As ferramentas de busca utilizam programas
de indexação denominados "robôs" ou "aranhas", que periodicamente vasculham a
rede em busca de novos documentos a serem indexados no seu banco de dados,
atualizam endereços que tenham mudado e apagam aqueles que já não possuem
nenhum documento (BRAD, 1999). Atualmente estão à disposição para efetuar suas
buscas na internet diversas ferramentas de busca (nacionais e internacionais).
O endereço das principais são:
•http://www.google.com.br
•http://www.achei.com.br/
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
57
•http://www.cade.com.br/
•http://bookmarks.com.br/
•ttp://www.surf.com.br/
•http://www.radaruol.com.br/
•http://www.altavista.digital.com
•http://www.yahoo.com/
•http://www.excite.com/
•http://infoseek.go.com/
Como Buscar as Informações?
A busca de informações na internet pode ser feita de duas maneiras:
Ì por assuntos/categorias: a busca é feita por tópicos que estão
indexados por categorias e subcategorias de assuntos;
Ì por assuntos específicos: a busca é feita utilizando as ferramentas de
busca. Nesta forma de busca você deve informar a palavra-chave ou a
frase que caracteriza o que quer pesquisar. Essa forma de pesquisa pode
ser feita de dois modos:
• pesquisa simples: pode ser feita na própria home page das
ferramentas e oferece a opção de uso de comandos mais gerais;
• pesquisa avançada: ou mais refinada, só pode ser feita na home
page das ferramentas de busca, abrindo uma janela especial, na
qual é possível usar comandos mais específicos para aproximar
ao máximo o resultado da pesquisa daquilo que se quer encontrar.
Comandos utilizandos na busca de informações:
Geralmente os comandos utilizados na busca de informações são:
•
•
•
•
•
•
sinal de inclusão + (mais)
sinal de exclusão - (menos)
aspas " "
asterisco *
operadores booleanos: AND (e), OR (ou) e AND NOT (não)
parênteses ( ).
58
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O emprego dos comandos em buscas simples possibilita:
O uso de aspas " "
As aspas são utilizadas para que a ferramenta de busca considere as palavras como
sendo uma frase. Por exemplo, ao colocar duas palavras entre as aspas, "Mediação
Familiar", a busca ficará limitada a documentos que contenham exatamente essa
frase.
O uso do sinal de mais +
O sinal de inclusão + deve ser utilizado antes de uma palavra ou frase para informar
ao programa de busca que ele deve selecionar os documentos que tenham
obrigatoriamente todas as palavras precedidas do sinal +, em qualquer ordem que
seja. Por exemplo:
+Direito + "Mediação familiar"
O uso do sinal de menos O sinal de exclusão deve ser utilizado antes de uma palavra ou frase para informar ao
programa de busca que ele não deve incluir os documentos que contenha aquela
palavra(s) ou frase(s). Por exemplo:
+Direito -"Mediação familiar"
O uso do asterisco *
O asterisco é utilizado para solicitar ao programa de busca que busque todos os
documentos que contenham a parte inicial da palavra (até o asterisco) com qualquer
terminação. Por exemplo:
produ*
para recuperar produção, produtivo, produto, produtos, produtividade
O uso de sinais pode ser combinado, e estes devem ser utilizados de forma lógica; a
primeira palavra ou frase deve ser sempre a de inclusão. Veja este exemplo:
+ "Direito de família" -"Conciliação familiar"
No exemplo anterior, a ferramenta trará como resultado da pesquisa uma lista de
documentos que tenha a expressão "Direito de família", mas não contenha a expressão
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
59
"Conciliação familiar".
Como avaliar a informação disponibilizada na internet?
A internet, como vimos, é uma fonte inesgotável de recursos. Você deve utilizá-la para
busca de informações, mas deve ser igualmente seletivo no uso dessas informações.
Alguns critérios de seleção devem ser adotados como, por exemplo, verificar as
credenciais do autor, como está escrito o documento (linguagem, correção ortográfica
e gramatical) e a atualidade do site.
Outro cuidado que você deve tomar é com os direitos autorais. Referenciar os
documentos usados e indicar como fontes de consulta é ético e de bom tom. A ABNT
publicou normas para referenciar documentos digitais na NBR6023: 2002.
LEITURA, FICHAMENTO E RESUMO
A organização do material pesquisado antecede a redação do texto de seu trabalho
ou estudo, seja na forma de fichamento bibliográfico/didático, resumo, resenha, revisão
de literatura, relatório de pesquisa, dissertação ou tese.
Leitura
Para a realização do projeto de pesquisa qualquer dissertação científica e,
principalmente, para a elaboração do referencial teórico, os processos de leitura e
fichamentos de textos são fundamentais.
Ter condições de elaborar resumos é importante na medida em que facilita o processo
de síntese e análise dos documentos lidos.
Citações e referências elaboradas de acordo com as normas da ABNT facilitam o
processo de identificação dos documentos lidos e permitem que você dê crédito, por
uma questão de honestidade intelectual, aos autores das idéias usadas em sua
pesquisa.
60
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
ð Saber ler e interpretar um texto é fundamental.
Na leitura com a finalidade específica de redigir um trabalho científico faz-se necessário
identificar as informações e os detalhes relevantes indicados no material impresso,
relacionando-os com o problema a ser resolvido. É imprescindível analisar a consistência
das informações e dados coletados dos diversos autores.
Para facilitar o processo de leitura Severino (2000) recomenda que esta seja feita
com base nas seguintes dimensões de análise:
Análise textual: preparação do texto para a leitura. Requer o levantamento
esquemático da estrutura redacional do texto. Objetiva mostrar como o texto foi
organizado pelo autor permitindo uma visualização global de sua abordagem. Devemse buscar: esclarecimentos para o melhor entendimento do vocabulário, conceitos
empregados no texto e informações sobre o autor;
Análise temática: compreensão da mensagem do autor. Requer a procura de
respostas para as seguintes questões: de que trata o texto? Qual o objetivo do autor?
Como o tema está problematizado? Qual a dificuldade a ser resolvida? Que posições
o autor assume? Que idéias defende? O que quer demonstrar? Qual foi o seu
raciocínio, a sua argumentação? Qual a solução ou a conclusão apresentada pelo
autor?
Análise interpretativa: interpretação da mensagem do autor. Requer análise dos
posicionamentos do autor situando-o em um contexto mais amplo da cultura filosófica
em geral. Deve-se fazer avaliação crítica das idéias do autor observando a coerência
e validade de sua argumentação, a originalidade de sua abordagem, a profundidade
no tratamento do tema, o alcance de suas conclusões. E, ainda, fazer uma apreciação
pessoal das idéias defendidas.
Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três
questões básicas propostas pelo professor Francisco Platão Savioli (Professor Assistente
Doutor de Língua Portuguesa, Redação e Expressão Oral do Departamento de
Comunicações e Artes da ECA-USP):
1. Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a
essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da
principal, isto é, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor
não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira
genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de
que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante
de seus olhos.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
61
2. Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão?
Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem
escreve. Por isso, uma leitura competente não terá dificuldade em identificála. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e
dispersiva.
3. Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião
dada? Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor
para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer
os argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal
claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade,
entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso
argumentativo.
A leitura trabalhada é registrada, por meio do fichamento bibliográfico, ou didático, da
seguinte forma:
v
Identificação da fonte quando é feito o registro dos dados bibliográficos da
obra, segundo as normas da ABNT.
v
Detecção das idéias centrais do texto quando após a pré-leitura, busca-
se, na segunda leitura mais concentrada e profunda, assinalar as unidades de
pensamento das partes ou parágrafos do texto.
v
Coleta dos dados quando se documenta no fichamento as partes essenciais
da leitura, seja por meio de transcrições literais de trechos do texto (sempre
entre aspas), por meio do resumo feito pelo leitor ou por uma síntese
esquemática do texto lido. A opinião do leitor aborda a inteligibilidade do texto,
sua estrutura, articulação interna, grau de dificuldade (linguagem, estilo,
neologismos, etc.) e atualidade do tema e bibliografia. Nesta parte o leitor
demonstra o quanto conseguiu assimilar e interpretar do texto.
Para redigir suas considerações gerais sobre o texto, observe a seguinte sugestão de
roteiro:
62
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
01. TÍTULO: Retrata o conteúdo do trabalho? 02. INTRODUÇÃO: Apresenta
seqüência lógica? Apresenta justificativa? 03. REVISÃO DA LITERATURA:
Corresponde ao tema proposto? Tem profundidade e pertinência? 04.
OBJETIVO: O trabalho apresenta objetivo, objeto de estudo ou questão
norteadora? 05. MATERIAL E MÉTODO O conteúdo explicita a utilização
do referencial teórico/metodológico? O método empregado é apropriado
ao tipo de estudo proposto? Descreve detalhadamente a metodologia
utilizada? 06. RESULTADOS: Ilustrações, tabelas, gráficos e anexos
adequados? Erros? Os achados correspondem aos objetivos propostos?
07. CONCLUSÕES: Estão coerentes com objetivo, objeto de estudo ou
questão norteadora, o desenvolvimento e achados do trabalho? O trabalho
contribui para o conhecimento e/ou prática na área abordada? 08.
RESUMO: Contempla os passos do planejamento do trabalho: introdução,
objetivos, método, discussão, resultados e conclusões? 09. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS: Pertinentes? Atualizadas?
Finalmente, a pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e com o resultado
que poderá obter, deve pensar no ato de ler como um comportamento que requer alguns
cuidados, para ser realmente eficaz.
Atitude: Pensamento positivo para aquilo que deseja ler. Manter-se descansado é muito
importante também. Não adianta um desgaste físico enorme, pois a retenção da
informação será inversamente proporcional. Uma alimentação adequada é muito
importante.
Ambiente: O ambiente de leitura deve ser preparado para ela. Nada de ambientes com
muitos estímulos que forcem a dispersão. Deve ser um local tranqüilo, agradável, ventilado,
com uma cadeira confortável para o leitor e mesa para apoiar o livro a uma altura que
possibilite postura corporal adequada. Quanto à iluminação, deve vir do lado posterior
esquerdo, pois o movimento de virar a página acontecerá antes de ter sido lida a última
linha da página direita e, de outra forma, haveria a formação de sombra nesta página, o
que atrapalharia a leitura.
Objetos necessários: Para evitar, durante a leitura, levantarmos para pegar algum objeto
que julguemos importante, devemos colocar lápis, marca-texto e dicionários sempre à
mão. Quanto sublinhar os pontos importantes do texto, é preciso aprender a técnica
adequada. Não o fazer na primeira leitura, evitando que os aspectos sublinhados parecemse mais com um mosaico de informações aleatórias.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Fichamento
Fazer um fichamento significa traçar o esqueleto da obra, organizar o texto com
lógica, colocando em destaque a inter-relação das idéias. O fichamento ajuda o
pesquisador a assimilar a matéria e levantar as idéias do texto (análise), ordenandoas (síntese). É uma forma ativa de se tomar contato com o assunto, obrigando o
estudioso a retirar do texto as idéias principais, os detalhes importantes e as idéias
secundárias que subsidiam as idéias principais.
É uma parte importante na organização da pesquisa de documentos, pois permite um
fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho.
Existem quatro tipos de fichamento: o fichamento bibliográfico por autor, o fichamento
bibliográfico por assunto, o fichamento de transcrição e o fichamento de resumo/
analítico.
Ficha Bibliográfica por Autor
Conforme o pesquisador vai tomando contato com o material impresso, deve organizálo. Poderá fazê-lo através do fichamento bibliográfico por autor, onde ficarão anotados
o nome do autor (na chamada), o título da obra, edição, local de publicação, editora,
ano da publicação, número do volume se houver mais de um e número de páginas
(MOTA, 2002, p. 45).
Ficha bibliográfica por autor.
63
64
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Ficha Bibliográfica por Assunto
"Esse tipo de fichamento é mais fácil de trabalhar. As instruções indicadas no item
anterior repetem-se aqui, sendo que desta vez o assunto deve estar encabeçando a
ficha (na chamada)" (MOTA, 2002, p. 45).
Ficha bibliográfica por assunto.
Ficha de Transcrição (ou de Citação)
Este tipo de fichamento serve para que o pesquisador selecione as passagens que
achar mais interessantes no decorrer da obra. É necessário que seja reproduzido
fielmente o texto do autor (cópia literal). Após a transcrição, indica-se a referência
bibliográfica cabível, ou então se encabeça a ficha com a referência bibliográfica
completa da obra e após a(s) citação (ões), coloca(m)-se o(s) número(s) da(s)
página(s) de origem. Se o trecho for citado entre aspas duplas, e no seu curso houver
uma palavra ou expressão aspeada, estas aspas deverão aparecer sob a forma de
aspas simples (') (MOTA, 2002, p. 46).
Ficha bibliográfica por assunto (de citação).
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
65
Ficha Resumo/Analítica
Uma ficha resumo/analítica consiste numa síntese de um livro, capítulo, trecho ou de
vários livros com a intenção de elaborar um trabalho ordenado de conclusões pessoais
ou mesmo de um grupo. Para fazer uma ficha resumo/analítica é necessário: verificar
a indicação bibliográfica, fazer um esquema, e elaborar o resumo propriamente dito.
A indicação bibliográfica mostra a fonte da leitura; o resumo sintetiza o conteúdo da
obra em redação do próprio fichador e/ou através de transcrições literais e, neste
caso, com indicação parentética da(s) página(s); as citações dizem respeito às
transcrições significativas da obra; a análise crítica do conteúdo lido apresenta as
apreciações do fichador, através de análise e críticas coerentes e cientificamente
responsáveis, sustentadas nas idéias do próprio fichador e/ou em outros textos, os
quais serão devidamente referenciados conforme ABNT, no corpo deste item ou em
notas de rodapés da ficha; a ideação coloca em destaque as novas idéias surgidas
frente à leitura reflexiva (MOTA, 2002, p. 46-47).
Ficha bibliográfica por assunto (analítica).
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
66
Em suma temos:
FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Ø
Ø
Contém dados bibliográficos;
Servirá de suporte para notas de rodapé, feitura da bibliografia final e
localização do texto;
Ø
Ø
Permite localizar um texto e fazer sua ligação com uma pesquisa;
Pode conter observações que indiquem sua utilidade para a pesquisa, por
exemplo, fonte primária ou secundária e que parte deve ser lida.
FICHAMENTO DE CITAÇÃO
Ø
Ø
Permite localizar facilmente um texto que dever ser citado;
Se o texto for de fácil acesso não é preciso a transcrição, caso contrário,
a transcrição é importante;
Ø
A transcrição ipsis litteris deve vir entre aspas e a página de onde foi
extraída entre parênteses;
Ø
Pode-se optar pela paráfrase em vez de copiar o texto ao pé da letra com
o cuidado de manter o sentido do pensamento do autor, a página deve também
ser mencionada entre parênteses;
Ø
Estas fichas serão muito úteis no momento de redigir a monografia.
FICHAMENTO DE LEITURA
Ø
Ø
Ø
Ø
Permite que o texto lido possa ser revisto de forma breve e precisa;
Não deve conter transcrições ou citações;
Pode ser uma ficha-resumo ou ficha-esquema;
Deve ser uma reformulação sintética e de compreensão do texto lido.
FICHAMENTO DE ASSUNTO / TEMA
Ø
Ø
Ø
A entrada na ficha ocorre por assunto ao invés de por autor;
As referências bibliográficas podem ser resumidas;
Não há necessidade de transcrições;
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Ø
67
Todo texto levantado na pesquisa bibliográfica deveria remeter a pelo menos
uma ficha de assunto;
Ø
Ø
Será muito útil no momento de redigir a monografia;
Permitirá recuperar a pesquisa realizada em trabalhos futuros.
FICHAMENTO DE NORMAS JURÍDICAS
Ø
Ø
Cópia ipsis litteris, com número data de publicação no Diário Oficial;
Ao usar a transcrição de norma jurídica na redação final precedê-la coma
expressão in verbis.
FICHAMENTO DE JURISPRUDÊNCIA
Ø
Anotar todas as informações necessárias: tribunal, turma ou câmara, grupo
regular ou especial que julgou, nome do relator, resultado dos votos (se unânime
ou por maioria) data do julgamento, número ou tipo de recurso, data da
publicação da decisão, veículo da publicação (DOU, DOJ Estado... etc.).
Ø
Pode-se anotar apenas a ementa, um resumo ou a indicação do sentido
da decisão (favorável ou contra), caso seja fácil o acesso ao texto completo
das decisões.
FICHAMENTO DE ANOTAÇÕES PESSOAIS
Ø
Ø
Registra-se tudo o que o pesquisador quiser incluir em seu trabalho
Serve de preliminar de posições que serão assumidas.
Resumo
Segundo a NBR-6028 (ABNT, 2003e), resumo é a apresentação consistente e seletiva
de um texto. E deve ressaltar, de forma clara e sintética, a natureza do trabalho, seus
resultados e conclusões mais importantes.
O resumo deve constituir-se num texto redigido de maneira concisa (quando as idéias
são bem expressas com um mínimo de palavras), objetiva (resultado das seleções das
palavras adequadas para expressão de cada conceito) e clara (característica
68
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
relacionada à compreensão, que remete a uma escrita de estilo fácil e transparente).
O resumo tem como função explicitar as informações mais significativas do texto
original, tais como: o objetivo do trabalho, o método que foi empregado, os resultados
e as conclusões mais importantes, seu valor e originalidade.
Um resumo não deve ser uma simples enumeração de tópicos, sendo que as duas
primeiras frases devem ser significativas e explicar o tema principal do trabalho. O uso
de parágrafos, símbolos, frases negativas, tabelas, equações complexas, bem como
figuras e ilustrações deve ser evitado.
A norma recomenda que o resumo contenha de 150 a 500 palavras, para teses,
relatórios de pesquisa e livros. E com até 250 palavras, para artigos de periódicos e
monografias.
O resumo não admite o juízo valorativo, o comentário, a crítica. Quando o resumo for
um produto subjetivo do repertório particular de conhecimentos de quem o está
elaborando, ou seja, um resumo que depende de interpretação, este se denomina
resenha.
Resenha ou Resumo Crítico
"Cabe salientar que a resenha não é um simples resumo. Este é apenas um elemento
da estrutura da resenha" (MOTA, 2002, p. 44). A resenha exige uma crítica congruente
do autor onde se evidenciam os juízos de valor de quem a está elaborando, além de
explicitar as informações mais significativas do texto original. Em uma resenha, expõese claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra e o
método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo,
da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da
apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro.
A resenha ou resumo crítico apresenta as seguintes exigências:
•
Conhecimento completo da obra e não deve se limitar à leitura do índice,
prefácio e de um ou outro capítulo.
•
Competência na matéria exposta no livro, bem como a respeito do método
empregado.
•
Capacidade de juízo crítico para distinguir claramente as idéias essenciais.
•
Independência de juízo, ou seja, o que importa não é saber se as conclusões
do autor coincidem com as nossas opiniões, mas se foram deduzidas
corretamente.
•
Correção e urbanidade, respeitando sempre a pessoa do autor e suas
intenções.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
69
•
Fidelidade ao pensamento do autor, não falsificando suas opiniões, mas
assimilando com exatidão suas idéias, para examinar cuidadosamente e com
acerto sua posição.
A estrutura da resenha apresenta os elementos pré-textuais Capa e Sumário, os
elementos textuais Introdução, Descrição do assunto, Apreciação crítica e Considerações
finais, além dos elementos pós-textuais Referência bibliográfica e Anexos.
A resenha facilita o trabalho do profissional ao trazer um breve comentário sobre a
obra e uma avaliação da mesma. Na introdução, o acadêmico deve apresentar o
assunto de forma genérica até chegar ao foco de interesse, ou ao ponto de vista o
qual será focalizado. Uma vez apresentado o foco de interesse, o acadêmico procura
mostrar a importância do mesmo, a fim de despertar o interesse do leitor. Por último,
deixa-se claro, o caminho/método que orienta o trabalho.
A descrição do assunto do livro, texto, artigo ou ensaio compreende a apresentação
das idéias principais e das secundárias que sustentam o pensamento do autor. Para
facilitar a descrição do assunto sugere-se a construção dos argumentos por progressão,
que consiste no relacionamento dos diferentes elementos, mas encadeados em
seqüência lógica, de modo a haver sempre uma relação evidente entre um elemento e
o seu antecedente.
A apreciação crítica deve ser feita em termos de concordância ou discordância, levando
em consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo autor. Para
fundamentar a apreciação crítica, deve-se levar em conta a opinião de autores da
comunidade científica, experiência profissional, a visão de mundo e a noção histórica
do país.
Nas considerações finais, deve-se apresentar as principais reflexões e constatações
decorrentes do desenvolvimento do trabalho.
As referências bibliográficas seguem a NBR-6023 da ABNT sobre referências
bibliográficas.
Observe o esquema das etapas de uma resenha apresentado a seguir:
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
70
Etapas de uma Resenha
Movimento 1
APRESENTANDO O LIVRO
Passo 1
Definindo o tópico geral do livro
Passo 2
Informando sobre a virtual audiência e/ou
Passo 3
Informando sobre o autor/a
Passo 4
Fazendo generalizações
Passo 5
Inserindo o livro na área
Movimento 2
ESQUEMATIZANDO O LIVRO
Passo 6
Delineando a organização geral do livro e/ou
Passo 7
Definindo o tópico de cada capítulo e/
Passo 8
Citando material extra texto
Movimento 3
RESSALTANDO PARTES DO LIVRO
Passo 9
Avaliando partes específicas
Movimento 4
Passo 10a
Passo 10b
e/ou
e/ou
e/ou
FORNECENDO AVALIAÇÃO FINAL DO LIVRO
Recomendando/desqualificando o livro
Recomendando o livro apesar das falhas
ou
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exemplo de resenha ou resumo crítico:
Movimento 1
APRESENTANDO O LIVRO
Passo 5
Este livro é surpreendentemente bom.
Enquanto a maioria dos livros desse tipo
(introdução à tecnologia), na tentativa de dar
um tratamento simples a uma variedade de
tópicos, não têm profundidade suficiente em
nenhum tópico a ponto de se tornar útil, este
fornece excelente cobertura para químicos ou
outros cientistas ou tecnólogos que não tenham
formação específica em testagem e
caracterização de polímeros.
"Inserindo
o livro na
área"
Movimento 2
ESQUEMATIZANDO O LIVRO (descrevendo
o livro)
Passo 6
"Delineando a
organização
geral do livro"
Passo 8
"Citando
material extra
texto"
Os tópicos incluem estrutura molecular e
química, morfologia, tecnologia (composição,
processamento, adesivos, fibras, etc.), e
propriedades mecânicas, térmicas, elétricas,
óticas e químicas.
ESQUEMATIZANDO O LIVRO (descrevendo o
livro)
Métodos de testagem são descritos (inclusive
referências ASTM) com desenhos de
instrumentos e gráficos de dados, estes últimos
acompanhados de discussões e interpretação.
71
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
72
Movimento 3
RESSALTANDO PARTES DO LIVRO
Passo 9
Há tratamento matemático de cada tópico o
bastante para fornecer uma boa base para a
compreensão, mas não em excesso. As
bibliografias, ao final de cada capítulo, são
completas e divididas por sub-tópicos do
capítulo, um detalhe muito útil. O livro termina
com índices completos de autores e tópicos, um
glossário, e um apêndice de nome e
abreviaturas.
"Avaliando
p a r t e s
específicas"
Movimento 4
Passo 10a
"Recomendando
o Livro"
FORNECENDO AVALIAÇÃO FINAL DO
LIVRO
Este livro faz uma cobertura ampla, mas, ao
mesmo tempo, suficientemente profunda para
se tornar muito útil. Deveria estar na prateleira
de químicos, engenheiros, ou tecnólogos que
estejam envolvidos de alguma maneira com
tecnologia ou testagem de polímeros
FONTE: MOTTA-ROTH, D. A construção social do gênero resenha acadêmica. In:
MEURER, MOTTA-ROTH (org) Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o
ensino de linguagem. Bauru, São Paulo, EDUSC, 2002.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
73
Veja outro exemplo de resenha de obra considerada no todo, apresentado por MOTA
(2002):
MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de direito internacional público.
12. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. 2 v. 1644 p.
O Direito Internacional Público (DIP) é o ordenamento jurídico da
sociedade humana na sua ampla acepção e, assim, há de ser
eminentemente dinâmico, acompanhando-lhe a evolução. Interessa não
apenas ao especialista, mas a todos. Toda a vida política, econômica,
social e cultural está se internacionalizando, e o Direito Internacional é
o instrumento deste processo. O Autor revela a preocupação de produzir
obra de profundidade aliada à informação científica atualizada,
indispensável ao estudo de um Direito que exige um cotejo permanente
com os fatos, no seu desdobramento interminável. Esta 12ª edição
apresenta-se revista, ampliada e atualizada, levando em consideração
as transformações ocorridas no DIP após a última edição. Inicia a obra
com uma excelente resenha doutrinária. Enumera e critica o melhor do
pensamento jurídico internacionalista, sem que o Autor omita a sua
posição, definida com clareza. A bibliografia citada não pretende ser
exaustiva. Ela representa, de um modo geral, as fontes consultadas
para a elaboração do capítulo ou parágrafo. Serve também de guia aos
alunos para a elaboração de seus trabalhos práticos. Referindo-se a
esta obra, disse o grande internacionalista Professor Franchini Netto:
"o Autor, com modéstia, afirma que o livro se destina aos estudantes.
Tenho a segurança de que maior é a área de sua utilidade. É obra que
consagra seu jovem e brilhante Autor. Um trabalho que merece o aplauso
dos estudiosos".
A REDAÇÃO CIENTÍFICA
Recomenda-se que um texto científico apresente sua redação de forma impessoal,
evitando-se a primeira pessoa.
A sua redação exige respeito às normas técnicas de documentação, requisitos de
comunicação, de lógica e de estilo. É importante dar ao texto que se escreve elegância,
precisão, objetividade e clareza.
No trabalho redigido provisoriamente são feitas emendas ou correções necessárias,
para depois se passar para sua redação definitiva. A estrutura definitiva do trabalho
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
74
vai exigir do pesquisador atenção em relação aos requisitos de coerência e consistência
na organização das idéias. É a busca de explicações claras e robustas para conclusões
ou fatos inseridos na pesquisa. Após o trabalho pronto (e mesmo durante cada
passo), se a idéia que o pesquisador quis transmitir não ficou clara, o conteúdo
deverá ser reformulado (não dispense a ajuda do orientador, principalmente neste
momento).
O domínio de ortografia e gramática, focalizando aspectos como: uso correto de
acentuação, vírgulas, ponto-e-vírgula, sujeito concordando com predicado e assim por
diante, é de suma importância. Lembre-se: um trabalho, por melhor que esteja quanto
aos aspectos técnicos, se cheio de erros ortográficos (por exemplo), não passa
credibilidade.
ð A linguagem é a embalagem de suas idéias. Capriche!
Linguagem, Redação e Organização do Texto
O princípio básico é o de que tudo o que é bom pode ser melhorado, mas isso nem
sempre é relevante. Todavia, há características que fazem toda a diferença entre uma
pesquisa medíocre, boa ou excelente, como conteúdo e precisão dos conceitos
econômicos utilizados e sua perfeita compreensão e correção ortográfica. Nesses
casos, busque sempre a perfeição; nos demais, a decisão é sua (ACCARINI, 2002).
A habilidade de escrever bem pode ser adquirida com a prática por meio do estudo e
do trabalho sistematizado. Aqui se encaixa muito bem aquela fórmula tradicional:
escrever bem = 10% inspiração + 90% de transpiração.
Assim, antes de caracterizar a redação científica, vamos considerar a seguinte estrutura
lógica de um texto: introdução, desenvolvimento e conclusão. Esta estrutura deve
estar presente em qualquer texto independente de seu gênero, seja ele um texto:
Ø
Narrativo, ou seja, gênero de texto usado para contar uma história e que
tem como elementos principais: ação, personagem, espaço, tempo, enredo e
narrador;
Ø
Descritivo, quando se tratar de um texto figurativo, o qual tem como finalidade
maior descrever as características das pessoas e das coisas, sem a preocupação
em analisar, até pode, mas isso não é fundamental;
Ø
Dissertativo, que consiste em um texto argumentativo sobre um assunto
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
75
bem delimitado e que tem como objetivos: expor, analisar, explicar, criticar,
classificar e defender o tema em questão com argumentos bem fundamentados.
O que exige do autor conhecimento prévio e domínio do assunto.
Como a redação científica também busca analisar, argumentar e concluir distinguindose, assim, da linguagem literária, que é mais subjetiva, vamos enfatizar as características
de um texto dissertativo de caráter científico.
Texto dissertativo de caráter científico
A clareza é um aspecto importante na redação científica. Um texto científico deve dizer
o máximo com o menor número possível de palavras. A simplicidade e a elegância
devem ser elementos sempre presentes neste tipo de redação.
A redação científica envolve a observação de alguns aspectos indispensáveis muito
valorizados pela comunidade científica, tais como objetividade, vocabulário e correção
gramatical:
Objetividade: A linguagem utilizada nos trabalhos científicos deve procurar
evitar a explicitação de pontos de vista pessoais, não fundamentados em fatos
concretos. Por exemplo: "eu penso", "eu acho", etc. Algumas expressões
subjetivas podem comprometer o valor do trabalho.
Observe os dois enunciados abaixo:
a) A inflação corrói o salário do operário;
b) Eu afirmo que a inflação corrói o salário do operário.
No primeiro caso, pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade, pois se
enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo, o que se quer é criar um
efeito de sentido de subjetividade, mostrando que a informação veiculada é o ponto
de vista de um indivíduo sobre a realidade.
O texto dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um
efeito de sentido de objetividade, pois pretende dar destaque ao conteúdo das
afirmações feitas.
O discurso dissertativo de caráter científico procura destacar o conteúdo de verdade
76
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
dos enunciados. Esse valor de verdade é criado pela fundamentação das idéias e pela
argumentação (BRETAS, 2004, p. 1).
Existem algumas técnicas argumentativas que servem para fundamentar o valor de
verdade do enunciado e aumentar o seu poder de persuasão. São elas:
a) O argumento de autoridade.
"Apóia-se uma afirmação no saber notório de uma autoridade
reconhecida num certo domínio do conhecimento. É um modo de trazer
para o enunciado o peso e a credibilidade da autoridade citada"
(BRETAS, 2004, p. 2).
Ex.: Conforme afirma Bertrand Russell, não é a posse de bens materiais o que mais
seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela.
b) O apoio na consensualidade.
"Há certos enunciados que não exigem demonstração nem provas
porque seu conteúdo de verdade é aceito como válido por consenso,
ao menos dentro de certo espaço sociocultural" (BRETAS, 2004, p.
2).
Ex.: O investimento na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico
de um país, ou, as condições de saúde são mais precárias nos países subdesenvolvidos.
c) A comprovação pela experiência ou observação
"O conteúdo de verdade de um enunciado pode ser fundamentado por
meio da documentação com dados que comprovem ou confirmem sua
validade" (BRETAS, 2004: 2).
Ex.: O acaso pode dar origem a grandes e importantes descobertas científicas, o que
pode ser demonstrado pela descoberta da penicilina por Alexander Flemming, que
cultivava bactérias quando, por acaso, percebeu que os fungos surgidos no frasco
matavam as bactérias que ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à
penicilina.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
77
d) A fundamentação lógica.
"A argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico,
tais como as implicações de causa e efeito, conseqüência e causa,
condição e ocorrência." (BRETAS, 2004, p. 3).
Ex.: Se admite que a vida humana seja o bem mais precioso do homem, não se pode
aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro
jurídico e que, no caso, o erro seria irreparável.
Vocabulário: O vocabulário usado nos trabalhos científicos envolve, muitas vezes,
terminologia técnica específica. No entanto, o texto deve apresentar clareza para que
o leitor possa compreender as idéias expostas no trabalho. Se houver necessidade,
para não comprometer a compreensão, os termos devem ser definidos num glossário.
Deve ser evitado o uso de gírias ou expressões que possam ter conotação pouco
ética ou deselegante.
Correção Gramatical: A correção gramatical é um fator muito importante. O autor do
trabalho deve estar atento a aspectos como: ortografia, concordância e pontuação.
Os parágrafos e os capítulos devem apresentar-se de forma encadeada e representar
a ligação lógica das idéias que o autor pretende expor no texto. Em outras palavras,
ao elaborar um texto dissertativo de caráter científico, deve-se considerar seus elementos
qualificadores. São eles: concisão, coesão, coerência e unidade.
Ø
Um texto conciso é aquele que transmite um máximo de informações com
um mínimo possível de palavras, sem prejuízo da compreensão.
Ø
Coesão é o uso correto de termos como advérbios, conjunções, termos da
língua portuguesa que são responsáveis pelo encadeamento do texto e que
garante a união entre as partes de um todo. Sem coesão, o texto fica
incompreensível, com o autor partindo de uma idéia para outra sem critério,
sem ligação.
Ø
E, como resultado da presença de coesão entre as idéias expressas no
texto e do perfeito entrosamento entre a idéia principal e as secundárias,
temos presente a coerência de um texto. Logo, um texto coerente mantém a
argumentação sem contradições.
Ø
Já a unidade é o elemento que garante a lógica entre as partes. Assim,
78
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
um texto com unidade não mistura assuntos diferentes em um mesmo
parágrafo, ou expõe uma idéia central sem desenvolvê-la com argumentos
bem fundamentados, ou, ainda, cria um parágrafo sem idéia principal. Um texto
com unidade não interrompe uma idéia em um parágrafo para concluí-la no
parágrafo seguinte.
Observe um exemplo de texto sem coesão, mas com coerência:
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental,
água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina,
sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente.
Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó.
Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de
cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato,
bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo.
Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com
lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de
saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja,
xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas,
notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio.
Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro,
fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis,
cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi.
Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo,
xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta,
água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro,
fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e
papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone,
caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo,
papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó,
gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos,
talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro.
Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras,
camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga,
pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta,
cama, travesseiro (RAMOS, 1978).
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
79
Exemplo de texto com coesão, mas sem coerência, apresentado por Ferreira (2001):
"O homem é um ser criativo. A criatividade é inventividade. Esta, por
sua vez é muito importante para a vida. Também a vida é muito
importante, pois os cientistas até hoje estudam sua origem."
Exemplo de texto com coesão e coerência em cada parágrafo, mas sem unidade,
apresentado por Ferreira (2001):
Os meios de comunicação, em especial a televisão, cumprem um papel
fundamental na sociedade, pois além de proporcionarem às pessoas
alguns momentos de distração, mostram-se bastante úteis por seu
caráter informativo.
Na verdade, essa enorme influência da televisão* sobre o povo não é
privilégio somente de países subdesenvolvidos, pesquisas mostram que,
mesmo em países europeus como Itália e França, a opinião pública é
bastante influenciada pela televisão. Assim, percebe-se que a televisão
é um meio de comunicação essencial para a formação intelectual e
política da população, já que veicula valores e princípios fundamentais
para tal formação.
Observe que, neste último exemplo, a frase destacada em itálico no segundo parágrafo,
trata de um elemento que não estabelece uma unidade com o que foi dito anteriormente,
pois, apesar de parecer lógico, estabelece uma descontinuidade entre o início do texto
e a continuação do mesmo.
As citações (ver capítulo Citações - com base na NBR-10520 da ABNT) são importantes
e enriquecem o trabalho. Entretanto, devem ser dosadas para que o trabalho não
fique fragmentado.
80
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA CIENTÍFICA
Falar ou escrever não é apenas uma questão de gramática, de
morfologia ou de sintaxe, não é apenas uma questão de executar,
certo ou errado, determinados padrões lingüísticos. Não é
tampouco formar frases, nem sequer juntá-las, por mais bem
formadas que elas estejam. Falar ou escrever é ativar sentidos
e representações já sedimentados que sejam relevantes num
determinado modelo de realidade e para um fim específico; é,
antes de tudo, agir, atuar socialmente; é, nas mais diferentes
oportunidades, realizar atos convencionalmente definidos,
tipificados pelos grupos sociais, atos normalizados, estabilizados
em gêneros, com feição própria e definida. É uma forma a mais
de, tipicamente, externar intenções, de praticar ações, de intervir
socialmente, de "fazer", afinal. Desse modo, a gramática, se é
necessária, se é imprescindível, se é constituinte da linguagem,
não chega, no entanto, a ser suficiente, a bastar, a preencher
todos os requisitos para a atuação verbal adequada. [...] Que
se chegue a uma escola em que o estudo da língua não se
reduz a um conteúdo insípido e inócuo, destituído de sentido
social e de relevância comunicativa. Que o estudo da língua
possa significar o acesso à expressão, à compreensão e à
explicação de como as pessoas se comportam quando pretendem
comunicar-se de forma mais eficaz e obter êxito nas interações
e nas intervenções que empreendem. Para que o acesso à
palavra possa resultar numa forma de acesso das pessoas ao
mundo e recobre, assim, um sentido humanizador, o eu, nesse
vasto mundo, não é rima, mas pode ser uma solução. (Trecho
do texto "No meio do caminho tinha um equívoco: gramática,
tudo ou nada" apresentado durante o 3º Encontro de Nacional
de Língua Falada e Escrita, realizado na Universidade Federal
de Alagoas, Maceió, de 12 a 16 de abril de 1999. Disponível no
site www.marcosbagno.com.br).
Um argumento é dedutivamente válido se e somente se é impossível que sua conclusão
seja falsa quando suas premissas são verdadeiras. E um argumento é indutivamente
forte se e somente se é improvável que sua conclusão seja falsa quando suas premissas
são verdadeiras e o argumento, além disso, não é dedutivamente válido.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
81
Todo argumento, que tenta convencer um ou vários interlocutores, presume que suas
premissas (ou hipóteses) forneçam a prova de verdade na sua conclusão. Mas somente
um argumento dedutivo envolve a pretensão de que suas premissas forneçam uma prova
conclusiva. No caso dos argumentos dedutivos, os termos válidos e inválidos são usados
em lugar de correto e incorreto.
Um raciocínio dedutivo é válido quando suas premissas são verdadeiras e fornecem
provas convincentes para sua conclusão. É absolutamente impossível que as premissas
sejam verdadeiras sem que a conclusão o seja, ou seja, se alguém parte de premissas
não verdadeiras, dificilmente chegará a uma conclusão verdadeira.
Por outro lado, um raciocínio indutivo é aquele que envolve a pretensão de que suas
premissas forneçam algumas provas, não necessariamente todas, de que o que se quer
comprovar é verdadeiro, a fim de que se chegue a uma conclusão final.
Ao discutir esses elementos, as premissas e a conclusão, a primeira idéia que nos ocorre
é associá-los à Lógica Formal Aristotélica, sendo a mesma, por definição, o estudo
sistemático dos métodos para distinguir o raciocínio correto do incorreto, ou seja, o
conjunto de preposições que geram uma argumentação falsa, ou uma verdadeira. Quanto
à validade racional ou irracional da argumentação, isto cabe ao bom senso da língua
falada, bem como ao sentido das idéias vigentes instituídas.
Entretanto, Chaim Perelman e Lucie Olbrechts Tyteca (1996), autores do "Tratado de
Argumentação" afirmam, desde o início, que sua idéia é "contrapor-se à concepção
clássica da demonstração e, mais especialmente, à lógica formal". Segundo eles:
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
82
"Quando se trata de demonstrar uma preposição, basta indicar quais os procedimentos
utilizados para chegar a uma seqüência dedutiva". Mas, quando se trata de argumentar,
de influenciar, por meio do discurso (oratória), "é preciso levar em conta, também, as
condições psíquicas e sociais do auditório, a fim de que este possa ser convencido
pela argumentação. Pois toda argumentação visa à adesão dos espíritos".
Perelman e Olbrechts (1996) também sugerem algumas regras de comunicação valiosas:
1. para argumentar é preciso ter apreço (levar em conta) a adesão do
interlocutor, seu consentimento, sua participação mental;
2. para convencer alguém, o orador precisa de certa modéstia, para não se
apresentar como "dono da verdade";
3. não basta falar ou escrever. É preciso ser ouvido, ser lido, a fim daqueles
que nos ouvem ou lêem possam (ou não) aceitar nossos pontos de vista;
4. o orador precisa entrar em contato com seu público. Não basta relatar
experiências, mencionar fatos ou enunciar certas verdades;
5. a palavra do orador, com certeza, tem mais força do que o livro à venda
nas livrarias.
!
"O contato entre o orador e seu auditório não concerne unicamente às condições
prévias da argumentação: é essencial também para todo o desenvolvimento
dela. Com efeito, como a argumentação visa obter a adesão daqueles a quem
ela se dirige, ela é, por inteiro, relativa ao auditório que procura influenciar"
(PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 1996).
Parelman e Olbrechts nos advertem que da mesma maneira que: "(...) ao auditório
cabe o papel principal de determinar a qualidade da argumentação e o comportamento
dos oradores, (...)". Assim também: "(...) o importante na argumentação não é saber
o que o próprio orador considera verdadeiro, ou probatório, mas qual é o parecer
daqueles a quem ela se dirige".
O orador tem a obrigação de adaptar-se ao auditório, e o fato de tratar de um tema
técnico, não deve afastá-lo da retórica e da dialética. Assim, concluem os autores:
"Há apenas uma regra para o orador, que é a adaptação do discurso ao auditório".
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
!
O orador que visa a uma ação precisa, a ser desencadeada pelo auditório,
"(...) deverá excitar as paixões, emocionar seus ouvintes, de modo a desencadear
uma adesão intensa, capaz de vencer a inércia e as forças que atuam em sentido
diferente ao desejado pelo orador" (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA,
1996).
83
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
84
Aspectos importantes a serem observados:
Na PROPOSIÇÃO INICIAL de sua dissertação argumentativa, faça uma retomada do
tema, de forma genérica. Observe a forma genérica: "É comum", "É corrente...".
Exemplo:
"É costume citar...."; "É corrente o pensamento de que a pena de morte
resolveria ou limitaria a ocorrência de crimes hediondos...".
Durante o desenvolvimento, mostre-se "aberto" a discutir o tema e verificar em que tal
atitude, antes exposta pela proposição inicial, poderia contribuir beneficamente, por
exemplo, para mudar a atual situação. Observe o conectivo coesivo "assim",
estabelecendo a coesão e coerência com o exemplo de parágrafo anterior.
Exemplo:
"Assim, a pena de morte poderia atender aos anseios da sociedade,
preenchendo esse vazio inicial da falta de uma legislação que coibisse tais
práticas sem limites...".
A seguir coloque sua REFUTAÇÃO. Ou seja, apresente suas contra-argumentações
(os aspectos contrários) à proposição inicial, sempre estabelecendo uma coesão
entre o parágrafo anterior e o atual. Observe o conectivo "no entanto", estabelecendo
a coesão entre os parágrafos.
Exemplo:
"No entanto, tal instrumento legal não garantiria necessariamente uma mudança
social, além de ser algo irreversível no caso de um engano jurídico. Nos países
onde já existe essa lei, não houve mudanças significativas, uma vez que
aqueles crimes bárbaros continuam ocorrendo...".
Na CONCLUSÃO da dissertação aponte uma sugestão, um caminho, corroborando o
que já disse anteriormente, sem, no entanto, consistir numa mera repetição. Observe
o conectivo "portanto", iniciando o parágrafo da conclusão.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exemplo:
"Portanto, a pena de morte por si só não traz mudança social. Necessário se
faz que as autoridades brasileiras, revejam o código penal, e proponha uma
nova forma de pena que seja ao mesmo tempo punitiva e corretiva, como por
exemplo, trabalhos monitorados em presídios, preparando o detento para a
reintegração na sociedade...".
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CORREÇÃO DE UM TEXTO
Escrever é um ato individual e solitário. É o momento em que se fecham as portas do
exterior e se abrem as portas do mundo interior para nele o indivíduo mergulhar.
E essa tarefa não é tão simples. As pessoas não estão acostumadas a viver sós com
seus pensamentos e sensações. Procura-se de uma forma ou de outra alternativas
que favoreçam um contato mais constante com uma realidade física ou social. Recorrese a situações que conduzam a uma comunicação seja como emissor, seja como
receptor. A própria tecnologia de comunicação (televisão, rádio, telefone, cinema,
internet) oferece aos indivíduos oportunidades para fugir a uma situação de solidão.
Se o estar só assusta as pessoas, é evidente que o ato da escrita, uma atividade
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
essencialmente solitária, também assusta as pessoas. Ao se colocar diante de uma
folha em branco, o indivíduo perde um contato mais estreito com a realidade física e
social e embarca só para um vôo em seu universo interior.
Quem não está acostumado a realizar este vôo se perde no emaranhado de suas
idéias, pensamentos e sentimentos. O mundo interior está confuso e desorganizado.
Não se sabe qual caminho a seguir. Não se sabe o que existe neste mundo tão
próximo, mas ao mesmo tempo tão distante.
Mesmo que o objeto da escrita seja um acontecimento, algo relacionado a uma realidade
basicamente física, é difícil para o indivíduo escrever. Isso porque a realidade interior
somente adquire significado e organização a partir de uma realidade interior. E o
escrever significa reorganizar a realidade exterior sob o prisma da realidade interior.
Dentro desse quadro, fica difícil entender a proposta de uma redação que não seja
antecedida de uma preparação adequada. O professor que exige dos alunos uma
redação porque eles estavam tendo atitudes indisciplinadas, ou o professor que
simplesmente escreve na lousa um tema e, sem qualquer comentário, pede aos alunos
que escrevam, esse professor certamente não está oferecendo aos alunos as condições
mínimas para o ato da escrita. É evidente que a maioria dos alunos terá sérias
dificuldades para escrever. Faltou aquecimento para o ingresso no universo interior.
Faltou preparação mínima para um contato inicial com as idéias, os pensamentos e os
sentimentos. E o aluno entra cego no seu mundo interior e nada vê. Conseqüentemente,
escreverá coisas tão confusas ou superficiais quanto confuso e distante será o seu
interior.
Por isso, estimular o ato da escrita é sinônimo de ensinar ao aluno o mergulho em sua
interioridade e os caminhos do raciocínio (in Metodologia do Ensino de Redação,
Hermínio Sargentim).
Neste processo de desenvolvimento do texto, elaborar o rascunho deve ser um
caminho natural. Como sugere muito bem Hélio Consolaro, o professor deve exigir a
apresentação do rascunho anexo ao texto definitivo. Isso se faz necessário para criar
o hábito. O aluno precisa saber o motivo da exigência e a utilidade do rascunho, pois
tal fase é feita naturalmente pelo escritor, pelo jornalista, pelo advogado. Só os broncos
e arrogantes dispensam o rascunho.
Precisa ficar bem claro para o aluno que o rascunho não é apenas uma exigência
chata do professor, assim como ele precisa saber usá-lo. Se o aluno mecanicamente
passa do rascunho para o texto definitivo, sem uma leitura crítica (sua ou de seu
colega) ele de fato vai se tornar uma atividade enfadonha.
Como forma de educar o aluno para a feitura do rascunho, é bom pedir para cada um
entregá-lo a um colega para que olhos estranhos procedam à revisão. Quando a
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
redação é feita em casa, peça para o aluno "deixar o texto descansar", ou seja, só
passar a limpo horas depois ou no dia seguinte. Dessa forma, ele ganhará distanciamento
crítico e descobrirá os erros que seriam despercebidos caso passasse o texto a limpo
imediatamente.
Assim como estimular o ato da escrita deve ser um momento de educarmos o pensamento
e nossa interioridade, a correção dos textos também deve ser um ato de prazer. Hélio
Consolaro em seu portal de língua portuguesa na internet apresenta oito princípios
básicos que merecem ser considerados:
1. O erro é uma oportunidade para que se dê o processo ensinoaprendizagem. Não fazer drama em cima do erro do aluno: banho de sangue.
2. Ninguém erra voluntariamente. Não inibir o aluno de escrever, mesmo que
erre muito.
3. Escrever para alguém corrigir é uma situação artificial. Ninguém escreve
para as gavetas, esta é a função social da linguagem.
4. Uma boa correção começa numa proposta de redação bem elaborada.
Estabelecer critérios previamente.
5. Discutir o conteúdo, mas privilegiar a forma.
6 . Um rascunho é muito importante, e a reescrita do texto avaliado também
se faz necessária.
7. A obediência às regras da Gramática Normativa é apenas um aspecto a
ser avaliado porém, não é tudo.
8. Fazer exercícios micro estruturais: estruturação do período e do parágrafo.
Exercícios micro estruturais: estruturação do período e do parágrafo
A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação de uma determinada idéia.
Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade
na exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão.
No discurso dissertativo propriamente dito, não se verifica, como na narração, progressão
temporal entre as frases e, na maioria das vezes, o objeto da dissertação é abstraído
do tempo e do espaço.
Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são:
♦ Toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade de pleno
domínio do assunto e habilidade de argumentação;
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
88
♦ em conseqüência disso, impõem-se a fidelidade ao tema;
♦ a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
♦ impõem-se sempre o raciocínio lógico;
♦ a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer ambigüidade pode
ser um ponto vulnerável na demonstração do que se quer expor. Deve ser
clara, precisa, natural, original, nobre, correta gramaticalmente. O discurso
deve ser impessoal (evitar-se o uso da primeira pessoa).
O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: uma frase contendo a
idéia principal (frase nuclear) e uma ou mais frases que explicitem tal idéia.
Exemplo: "A televisão mostra uma realidade idealizada (idéia central) porque oculta
os problemas sociais realmente graves" (idéia secundária).
Exercício 1:
Desenvolva as idéias apresentadas, construindo frases adequadas:
1. Muitas pessoas que vivem em grandes cidades sonham com a vida no
campo por que...
2. O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a
não ser que...
3. As mulheres vêm conquistando um espaço cada vez maior na vida social
e política de muitos países, no entanto...
4. Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a
violência; outras, porém,...
5. Muita gente acha que arte é dispensável, mas...
6 . Devemos lutar para a preservação do meio ambiente, pois...
7. O lazer é necessário ao homem, no entanto...
8. Muitos são contra as pesquisas espaciais, por que...
9 . Geralmente os alunos acham dificuldade em elaborar uma dissertação,
pois...
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exercício 2:
Com base no exemplo a seguir, desenvolva as frases apresentadas, colocando
argumentos que apóiem as idéias expressas:
Exemplo:
Idéia central - A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente.
Desenvolvimento - A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente,
pois a alta concentração de elementos tóxicos põe em risco a vida de milhares
de pessoas, sobretudo daquelas que sofrem de problemas respiratórios.
1. A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado muita gente ao
vício.
2. A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação criados pelo
homem.
3. A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades e hoje parece
claro que esse problema não pode ser resolvido apenas pela polícia.
4. O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise atualmente.
5. O problema dos sem-terra preocupada cada vez mais a sociedade
brasileira.
O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras:
Enumeração - Caracteriza-se pela exposição de uma série de coisas, uma a
uma. Presta-se bem à indicação de características, funções, processos, situações,
sempre oferecendo o complemente necessário à afirmação estabelecida na
frase nuclear. Pode-se enumerar, seguindo-se os critérios de importância,
preferência, classificação ou aleatoriamente.
Exemplo: O adolescente moderno está se tornando obeso por várias causas: alimentação
inadequada, falta de exercícios sistemáticos e demasiada permanência diante de
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
90
computadores e aparelhos de tv.
Exercício 3:
Em seu caderno, coloque a frase núcleo. Abaixo dela, apenas enumere os elementos
que completarão a frase. Depois monte um parágrafo.
Exemplo: Devido à expansão das igrejas evangélicas, é grande o número de emissoras
que dedicam parte da sua programação à veiculação de programas religiosos de
crenças variadas.
Enumeração
a.
b.
c.
d.
e.
A Santa Missa em seu lar
Terço Bizantino
Despertar da Fé
Palavra de Vida
Igreja da Graça no Lar
1.
Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo brasileiro
diante de tantos desmatamentos desequilíbrios sociológicos e poluição.
2.
Existem várias razões que levam um homem a enveredar pelos caminhos
do crime.
3. A gravidez na adolescência é um problema seriíssimo, porque pode trazer
muitas conseqüências indesejáveis.
4. O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua sobrevivência no
mundo atual e vários são os tipos de lazer.
5. O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em várias categorias.
Comparação - A frase nuclear pode-se desenvolver através da comparação, que
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
confronta idéias, fatos, fenômenos e apresenta-lhes a semelhança ou a
dessemelhança.
Exemplo: "A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade; a velhice, pelo contrário,
é dominada por um vago e persistente sentimento de dor, porque já estamos nos
convencendo de que a felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real". (Arthur
Schopenhauer).
Exercício 4:
A partir das frases abaixo, desenvolver parágrafos com comparações.
1. A tensão do futebol é igual à tensão da vida.
2. Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador.
3. Assim como as palavras, as expressões fisionômicas também têm a sua
linguagem.
4. Indubitavelmente, o vestibular pode ser comparado a uma angustiante
corrida de obstáculos.
5. Comparando-se o antigo Código Nacional de Trânsito com o atual, percebese claramente que a lei exige mais responsabilidade do motorista.
Causa e conseqüência - A frase nuclear, muitas vezes, encontra no seu
desenvolvimento um segmento causal (fato motivador) e, em outras situações, um
segmento indicando conseqüências (fatos decorrentes).
Exemplo 1: O homem, dia a dia, perde a dimensão de humanidade que abriga em si,
porque os seus olhos teimam apenas em ver as coisas imediatistas e lucrativas que o
rodeiam.
Exemplo 2: O espírito competitivo foi excessivamente exercido entre nós, de modo que
hoje somos obrigados a viver numa sociedade fria e inamistosa.
91
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
92
Exercício 5:
Para cada assunto apresentado, redija um parágrafo dissertativo com relações de
causa ou conseqüência.
1. O homem atua com vantagem sobre os outros animais pela sua capacidade
de transformar elementos naturais em instrumentos de dominação.
2. A tecnologia desenvolveu meios que possibilitam a comunicação entre
pessoas separadas por milhares de quilômetros.
3. Todo município conta, geralmente, com um sistema de tratamento da
água a ser consumida pela população.
4. Na maioria dos povos primitivos e civilizados, o casamento monogâmico é
encontrado com maior freqüência que o poligâmico.
5. A punição dos infratores está mais rigorosa e cara.
Tempo e Espaço - Muitos parágrafos dissertativos marcam temporal e espacialmente
a evolução de idéias, processos.
Exemplo - Tempo: A comunicação de massas é resultado de uma lenta evolução.
Primeiro, o homem aprendeu a grunhir. Depois deu um significado a cada grunhido.
Muito depois, inventou a escrita e só muitos séculos mais tarde é que passou à
comunicação de massa.
Exemplo - Espaço: O solo é influenciado pelo clima. Nos climas úmidos, os solos são
profundos. Existe nessas regiões uma forte decomposição de rochas, isto é, uma forte
transformação da rocha em terra pela umidade e calor. Nas regiões temperadas e
ainda nas mais frias, a camada do solo é pouco profunda (Melhem Adas).
Exercício 6:
Partindo das frases nucleares abaixo, construir parágrafos dissertativos ordenados
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
por tempo e espaço.
1. Em todos os tempos, o mar tem exercido fascinante atração sobre o
homem.
2. O homem sempre buscou proteção ao longo de sua história.
3. O Brasil conta com tipos de aficionados por vários esportes.
4. As novelas brasileiras tentam mostrar não mais apenas o Rio de Janeiro,
mas também outras regiões brasileiras.
5. O homem sempre quis voar como os pássaros.
6 . O uso do cinto de segurança tem evitado mortes em acidentes de trânsito.
Explicitação - Num parágrafo dissertativo, pode-se conceituar, exemplificar e aclarar
as idéias para torná-las mais compreensíveis.
Exemplo: A prática jurídica une-se à argumentação, compreendendo a inter-relação
entre indivíduos que necessitam equacionar suas opiniões com vistas a uma decisão
racional. Descobre-se assim, uma nova área de pesquisa capaz de fundamentar uma
metodologia jurídica de orientação argumentativa. Foi assim que, em dado momento
histórico, o direito fundamental à saúde aliou-se indissociavelmente ao direito à vida,
este, cultuado em todas as constituições mundiais.
Exercício 7:
Explicitar as idéias contidas nas frases nucleares.
1. Cada pessoa define a seu modo, quais as pessoas que devem presentear,
e com o quê.
2. Os benefícios do esporte são muito apregoados hoje em dia.
3. A Internet é um auxílio rápido e eficaz às pesquisas escolares.
4. Uma mãe que vai buscar seu filho na escola pode somar muitos pontos e
arcar com uma grande quantidade de dinheiro em multas, se não obedecer ao
93
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
94
novo Código Nacional de Trânsito.
Exercícios micro estruturais: a dissertação científica da
monografia de conclusão do curso
Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação, deve delimitar-se o tema que
será desenvolvido e que poderá ser enfocado sob diversos aspectos. Se, por exemplo,
o tema é a questão indígena, ela poderá ser desenvolvida a partir das seguintes idéias:
a.
b.
c.
d.
A violência contra os povos indígenas é uma constante na história do Brasil.
O surgimento de várias entidades de defesa das populações indígenas.
A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio brasileiro.
A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena.
Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver, deve fazer a estruturação do
texto.
A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:
Introdução - deve conter a idéia principal a ser desenvolvida (geralmente um ou dois
parágrafos). É a abertura do texto, por isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a
atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento.
Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a hipótese ou a tese
a ser defendida.
Desenvolvimento - exposição de elementos que vão fundamentar a idéia principal
que pode vir especificada através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da
causa e da conseqüência, das definições, dos dados estatísticos, da ordenação
cronológica, da interrogação e da citação. No desenvolvimento são usados tantos
parágrafos quantos forem necessários para a completa exposição da idéia. E esses
parágrafos podem ser estruturados de acordo com as seguintes finalidades:
Enumeração; Comparação; Causa e conseqüência; Tempo e Espaço; Explicitação.
Conclusão - é a retomada da idéia principal, que agora deve aparecer de forma muito
mais convincente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da
dissertação. Deve, pois, conter de forma sintética, o objetivo proposto na introdução, a
confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argumentação básica empregada
no desenvolvimento.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Observe o texto Vida ou Morte:
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
A grande produção de armas nucleares, com
seu incrível potencial destrutivo, criou uma
situação ímpar na história da humanidade: pela
primeira vez, os homens têm nas mãos o poder
de extinguir totalmente a sua própria raça da
face do planeta.
A capacidade de destruição das novas armas
é tão grande que, se fossem usadas num
conflito mundial, as conseqüências de apenas
algumas explosões seriam tão extensas que
haveria forte possibilidade de se chegar ao
aniquilamento total da espécie humana. Não
haveria como sobreviver a um conflito dessa
natureza, pois todas as regiões seriam
rapidamente atingidas pelos efeitos mortíferos
das explosões.
Só resta, pois, ao homem uma saída: mudar
essa situação desistindo da corrida armamentista
e desviando para fins pacíficos os imensos
recursos econômicos envolvidos nessa
empreitada suicida. Ou os homens aprendem a
conviver em paz, em escala mundial, ou
simplesmente não haverá mais convivência de
espécie alguma, daqui a algum tempo. (Texto
adaptado do artigo "Paz e corrida armamentista"
in Douglas Tufano, p. 47).
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
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Na introdução, o autor apresenta o tema (o desenvolvimento científico levou o homem
a produzir bombas que possibilitam a destruição total da humanidade).
No desenvolvimento, ele expõe os argumentos que apóiam a sua afirmação inicial e
na conclusão, conclui o seu pensamento inicial, com base nos argumentos.
Na dissertação, pode-se construir frases de sentido geral ou de sentido específico,
particular. Às vezes, uma afirmação de sentido geral pode não ser inaceitável, mas se
for particularizada torna-se aceitável. Exemplo: É proibido falar ao telefone celular
(sentido geral). É proibido falar ao telefone celular dirigindo (sentido específico).
Exercício 1
Faça as especificações das afirmações, tornando-as aceitáveis.
a.
b.
c.
d.
A liberdade é perigosa.
Caminhar faz mal ao coração.
Assistir a televisão é prejudicial à criança.
Conduzir motocicleta é proibido.
Quando o autor se preocupa principalmente em expor suas idéias a respeito do tema
abordado, fica claro que seu objetivo é fazer com que o leitor concorde com ele.
Nesse caso, tem-se a dissertação argumentativa.
Para que a argumentação seja eficiente, o raciocínio deve ser exposto de maneira
lógica, clara e coerente.
O autor de uma dissertação deve ter sempre em mente, as possíveis reações do leitor
e por isso, deve-se considerar todas as possíveis contra-argumentações, a fim de que
possa "cercar" o leitor no sentido de evitar possíveis desmentidos da tese que se está
defendendo.
As evidências são os melhores argumentos.
Exercício geral de dissertação: Escrever textos dissertativos sobre os temas a seguir.
Sugerimos aos professores que substituam os temas deste exercício, por temas de
interesse da coordenação de trabalhos de conclusão de curso da sua instituição
educacional.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
a. O menor abandonado
b. A droga é uma droga
c.
d.
e.
f.
g.
h.
i.
j.
k.
l.
m.
n.
O jeitinho brasileiro
O mês da moleza
O jornal serve para informar e para embrulhar
O problema do menor é o maior
A TV une e separa as pessoas
O dinheiro não compra tudo
Computador, a invenção do século
Ser jovem hoje
Legalização do aborto
A atuação humana sobre a natureza
A queda de qualidade no ensino oficial de I e II graus
Os benefícios do esporte
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
A pesquisa bibliográfica compreende etapas: a escolha do assunto; a delimitação do
assunto: definição do tema; o estabelecimento de um plano provisório de trabalho.
A escolha do assunto
O assunto é amplo, é o universo de referência. A escolha do assunto implica alguns
questionamentos. Primeiramente: Você tem algo a dizer? Em seguida, pergunta-se: O
que você tem a dizer? O que você tem a expor? O que você tem a transmitir?
São fontes principais de inspiração na escolha do assunto: a observação direta, a
reflexão, a experiência pessoal/profissional, a observação documental e/ou mercado
de idéias, os seminários, os temas controversos.
Na escolha do assunto, alguns critérios devem ser levados em conta, tais quais: as
próprias aptidões, as tendências e preferências do pesquisador; o significado e relevância
do assunto na atualidade (relevâncias operativas, contemporâneas, humanas); o tempo
disponível do pesquisador para poder desenvolver a pesquisa; a existência de bibliotecas,
pois se deve verificar a disponibilidade de material de pesquisa (fontes e bibliografia)
para consulta, incluindo a possibilidade de consultar especialistas da área em estudo;
97
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
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a escolha do orientador adequado.
A delimitação do assunto: definição do tema
Escolhido o assunto a próxima etapa envolve a escolha e delimitação do assunto
(tema).
"Freqüentemente acontece de alunos terem projetos espetaculares de
monografia ou tese, investirem tempo e esforço na definição do tema,
objetivo, hipótese, metodologia, etc. e acabam "morrendo na praia"
por falta de dados e informações. Minimize esse risco escolhendo pelo
menos dois temas econômicos que o atraiam, o estimulem a investigar
e a elaborar sua monografia. Faça um projeto preliminar e vá,
imediatamente, em busca de dados. Se eles lhe permitirem elaborar o
trabalho que mais lhe agrada, ótimo; caso contrário, parta para a
segunda opção e assim por diante". (ACCARINI, 2002)
Escolher um tema atual, relevante e que mereça ser investigado cientificamente exige
do pesquisador: originalidade e unicidade.
Um assunto já tratado pode ser considerado original se estabelece uma abordagem
nova ou se consegue estabelecer novas relações, propondo-se a apresentar uma
interpretação diferente das já apresentadas a questões ou temas polêmicos e
controversos.
Delimitação do tema (unicidade) é a característica que nos permite constatar quais
aspectos de um dado assunto se deseja provar ou desenvolver, isto é, determinar o
objetivo central de uma investigação científica.
A delimitação do tema poderá iniciar-se pela apresentação da dificuldade com a qual
o pesquisador se defronta e que pretende resolver - formulação do problema; limitando
o seu campo de pesquisa; contextualização do problema - além de apresentar as
suas características. Destacando-se "[...] a gênese do problema, ou seja, como o
autor chegou a ele, explicitando-se os motivos mais relevantes que o levaram à
abordagem do assunto" (Severino, 1993; p. 124).
Na escolha do tema, também temos que levar em consideração o tempo disponível
para a realização do trabalho de pesquisa. Quando a instituição determina um prazo
para a entrega do relatório final da pesquisa, por exemplo, não podemos nos enveredar
por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar
delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Um outro fator a ser considerado na escolha do tema é a disponibilidade de material
para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e
não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga o pesquisador
a buscar fontes primárias que demandam um tempo maior para a realização do
trabalho. Este fator, porém, não impede a realização da pesquisa, mas deve ser
levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.
Ao se escolher um tema para o trabalho de pesquisa, é preciso ter um alto grau de
interesse pessoal pelo assunto a ser trabalhado. Além de entusiasmo e dedicação, é
preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para
não pesquisar um assunto em uma área em que não possui experiência ou vivência.
Na escolha do tema também devemos considerar a significação do tema escolhido,
sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais.
Exemplo:
Assunto: Violência
Tema: A violência contra a mulher
Em suma, delimita-se um tema, dividindo o assunto em partes; definindo ou
conceituando; indicando sob que ponto de vista será focalizado o assunto; fixando
circunstâncias: espaço-temporal e ideológicas; problematizando, isto é, levantando
uma pergunta que ainda não foi respondida; suscitando uma curiosidade; formulando
hipóteses.
99
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
100
Exemplo:
Assunto:
Tema:
Delimitação do tema e
título provisório:
Relações humanas
Violência
Violência urbana envolvendo
adolescentes
Problema:
Quais as causas da crescente violência
urbana envolvendo adolescentes como
agentes e como vítimas?
Hipótese(s):
A violência urbana é decorrência da
exclusão social.
A violência é resultado da inversão de
valores, ou da falta de valores positivos
dos jovens.
A violência dos jovens é resultado da
desestruturação da família.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
101
A Hipótese
As hipóteses são suposições que se fazem na tentativa de explicar o que se desconhece.
São provisórias devendo, portanto, ter suas validades verificadas.
Características: Uma hipótese possui caráter explicativo. Trata-se de uma solução
provisória para o problema, com coerências externa (conhecimento científico) e interna
(lógica), e passível de verificação empírica.
Fontes de Elaboração de Hipóteses: São fontes de elaboração de hipóteses o
conhecimento comum, a observação, a comparação com outros estudos, dedução
lógica de uma teoria, cultura geral na qual a ciência se desenvolve, analogias,
experiência pessoal e casos discrepantes na própria teoria.
A hipótese escolhida deve explicar novas observações e novos
fenômenos. O modelo relacionado a esta hipótese deve ser capaz de
fazer previsões sobre fenômenos que ainda vão ocorrer. Se a hipótese
estiver errada, dependendo do grau de erro, ela deve ser melhorada,
parcialmente corrigida ou abandonada (trocada por outra hipótese).
Se a hipótese é comprovada pelos testes, ela se torna uma tese. Uma
tese é uma hipótese comprovada. A partir de teses também se criam
modelos. Uma teoria é um conjunto de teses que explicam um mesmo
fenômeno ou alguns fenômenos relacionados entre si e que já foi
testada e comprovada em um grande número de experiências.
(PENNAFORT).
Uma hipótese aplicável deve:
♦
♦
♦
♦
♦
♦
ser conceitualmente clara;
ser específica (identificar o que deve ser observado);
ter referências empíricas (verificável);
ser parcimoniosa (simples);
estar relacionada com as técnicas disponíveis;
estar relacionada com uma teoria.
102
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O estabelecimento de um plano provisório de trabalho
O planejamento da pesquisa é a fase eminentemente provisória, onde nada é verdadeiro.
A investigação é global, concretizada no levantamento bibliográfico e coleta de dados,
na análise dos dados, na redação e revisão.
O levantamento bibliográfico é a localização e obtenção de documentos para avaliar a
disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. É realizado
junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes.
A regra da pesquisa científica é o esgotamento do levantamento bibliográfico, que se
dá amplamente desde as obras científicas clássicas até os artigos publicados nos
periódicos científicos.
A procura de informações nas monografias, dissertações e teses é relevante, por
serem essas ricas fontes de indicação bibliográfica científica. Dependendo do assunto
escolhido, o material bibliográfico encontrado nas bibliotecas não será suficiente, sendo
necessário captar ajuda em centros de documentação especializados e sites científicos.
A coleta de dados se faz através técnicas utilizadas no processo de busca; refere-se
à parte prática da pesquisa, realizada através de entrevistas, questionários, formulários
(consulte o capítulo "Técnicas de pesquisa qualitativa").
A análise dos dados, juntamente com a redação, é um dos mais belos momentos da
criação científica. Exige esforço de interpretação. A finalidade da pesquisa não é a
acumulação de fatos, mas a sua compreensão e esta só se obtém aventurando e
desenvolvendo hipóteses precisas. É a fase decisiva da pesquisa, que determinará o
sucesso ou fracasso da redação. Uma análise bem realizada indica redação bem
sucedida.
A redação significa passar para o papel, em forma de escrita, aquilo que pertence ao
mundo das idéias. Não é uma tarefa fácil. São etapas da redação: a redação provisória
(rascunho e esboço) e a redação definitiva (capa, apresentação, introdução, tabelas,
gráficos, bibliografias, glossário, entre outros elementos).
As interpretações devem ser cuidadosas até o final do trabalho a fim de evitar
entendimentos superficiais e perigosamente apressados, que darão origem a uma
redação lacunosa, omissa, e, não raro, equivocada.
A revisão é a fase de reflexão global ou contemplação. Examina-se a obra dando-lhe
os retoques finais. É o momento de avaliar o resultado do trabalho. Aconselha-se ser
a revisão feita por uma outra pessoa que não seja o próprio pesquisador.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
103
PESQUISAS CIENTÍFICAS: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO
E TESE
Dentre tantos trabalhos monográficos que estudam um tema específico, abordaremos
aqueles exigidos para obtenção de graus: monografias, dissertações (ou tese de
mestrado) e teses (ou tese de doutorado).
O que distingue os tipos de trabalhos monográficos, listados anteriormente, é o nível
de investigação científica ou o tratamento aprofundado que cada um faz de um tema
bem delimitado.
Monografias
Etimologicamente, o termo monografia vem do grego mónos (um só) graphein
(escrever). A palavra monografia significa, portanto, um estudo por escrito de um só
tema, bem delimitado, estudado exaustivamente.
De modo geral, a monografia deve apresentar como característica a originalidade, não
no sentido de novidade ou singularidade, mas no sentido de tratar um tema atual ou
relevante que mereça ser investigado cientificamente.
Outra característica que deve ser considerada é a reflexão. Sem reflexão o trabalho
monográfico se transforma em simples compilação de obras de autores sobre o tema
estudado. Este aspecto é fundamental na elaboração e na comunicação do trabalho.
A monografia, como todo trabalho científico escrito, deve apresentar simplicidade,
clareza e objetividade evitando-se, em sua redação, floreios literários, descrições
desnecessárias, preservando as características de coerência e consistência no que se
refere ao tema estudado.
O trabalho, propriamente dito, inicia-se a partir da definição do problema a ser tratado.
E, como todo trabalho científico, a elaboração de uma monografia exige a utilização de
metodologia específica que vai orientar tanto a coleta de dados quanto a elaboração
do trabalho.
Dissertações
Uma dissertação de mestrado, condição exigida para obtenção do grau de "mestre",
de acordo com o Conselho Federal de Educação, possui uma originalidade e um
aprofundamento maiores em se tratando das questões abordadas no trabalho científico,
quando comparada com a monografia.
Características tais como consistência lógica, simplicidade, relevância, apoio teórico,
104
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
especificidade, clareza (possibilidade de entendimento do que se propõe) e originalidade
(uma hipótese não deve ser formulada sobre as já existentes) devem nortear uma
dissertação.
Teses
Uma tese refere-se ao estudo de uma hipótese formulada com originalidade e de real
contribuição para a comunidade científica.
Além de apresentar todas as características (enquanto pesquisa científica) presentes
em uma monografia e em uma dissertação, uma tese de doutorado destaca-se quanto
ao aspecto profundidade. Ou seja, o tema é investigado e delimitado com hipóteses
mais específicas e, conseqüentemente, mais fortes e mais informativas.
PROJETO DE PESQUISA: Etapas de Elaboração
A elaboração de um trabalho de pesquisa envolve três momentos: momento decisório,
momento de elaboração e momento de redação final do trabalho.
Momento Decisório
Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo
limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. Nesta etapa
você deverá responder à pergunta: "O que pretendo abordar?" O tema é um aspecto
ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Você
deverá levar em conta, para a escolha do tema, sua atualidade e relevância, seu
conhecimento a respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema
escolhido.
Após a escolha do tema da pesquisa, será construído um projeto inicial (provisório,
pré-projeto) que vai orientar as etapas iniciais de elaboração do trabalho e dar origem
ao projeto definitivo.
Momento de Elaboração
Elabore um plano de trabalho (sumário) e submeta-o a seu orientador,
discuta-o com ele. Distribua os assuntos por capítulos, reservando
sempre os finais para a discussão dos resultados e as conclusões
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
105
(sugestões). A versão definitiva de sua monografia poderá ficar diferente
do plano inicial de trabalho. Isso é ótimo por duas razões principais: a)
evidencia que você evoluiu (plano é orientação e jamais "camisa-deforça"); b) é muito importante que você tenha um "plano de vôo" para
facilitar a organização das idéias, orientar suas pesquisas e oferecer
"sinais de alerta" para mudar o projeto original se necessário.
(ACCARINI, 2002)
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
106
Este segundo momento, a elaboração de um trabalho científico, é o momento de
busca ou de coletas de dados - que começou com o projeto inicial - e passou a ser
sistematizado a partir do projeto definitivo.
No momento da elaboração do projeto inicial deverá ser feito um levantamento
bibliográfico no qual serão identificadas as publicações que tratam do tema e do
problema que se quer focalizar.
Esta seleção é mais superficial e se constitui de leituras de elementos que fornecem
uma idéia sobre o tema, autores e o contexto de livros e outras publicações que
poderão servir para consultas posteriores, tais como: sumários, introdução, prefácios,
bibliografias e etc. Essa leitura superficial facilita a seleção das fontes bibliográficas
que fundamentam uma pesquisa científica. Já no projeto definitivo, torna-se necessária
uma leitura mais detalhada e crítica acompanhada de "anotações" que servirão de
fontes de consulta para melhor compreensão do assunto e para elaboração da redação
do trabalho.
Os dados obtidos na bibliografia consultada e os demais dados obtidos em outras
fontes de pesquisa, como entrevistas e questionários, serão a base para a reflexão e
para a discussão do problema que está sendo estudado. A partir desses dados, será
construída a fundamentação teórica da pesquisa.
Coleta de Dados
"Reúna-se com colegas e troque idéias e leituras. Se souberem o que
você pretende na monografia, poderão ajudá-lo de várias formas:
informando-o sobre textos de seu interesse, oferecendo sua opinião,
lendo os originais, descobrindo dados e informações, etc. A recíproca é
verdadeira e, no final, todos ganharão com isso. Vivemos num mundo
extremamente competitivo mas, no Curso, procure trabalhar
cooperativamente".(ACCARINI, 2002)
Elaborado o projeto, passa-se à etapa de coleta de dados.
Nesta etapa que se desenvolve a partir do roteiro de idéias previamente elaborado,
parte-se para a leitura da documentação tendo-se o cuidado de observar o critério de
atualidade, uma vez que as obras mais recentes costumam fazer uma retrospectiva das
contribuições do passado.
À medida que se faz a leitura do material como livros, revistas e outros, sempre tendo
presente o objetivo da pesquisa, torna-se necessário que seja feito o fichamento do
material lido que, segundo Severino (1993), constitui a matéria-prima para o trabalho
monográfico.
A coleta de dados também pode envolver uma pesquisa de campo. Uma vez adotada
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
107
esta metodologia torna-se necessário registrar os dados obtidos, seja em forma textual
e/ou seguindo as normas para tratamento estatístico, se for o caso.
Análise dos Dados
Os dados coletados apresentam-se muitas vezes dispersos, em função da multiplicidade
de fontes consultadas e das diferentes abordagens em relação ao tema de pesquisa.
Deste modo, estes dados deverão ser tratados considerando-se os objetivos do trabalho.
Esta etapa envolve a classificação e a organização de informações, verificação das
relações existentes entre os dados coletados: pontos de convergência e divergência,
tendências e regularidades. Algumas vezes, dependendo do recurso utilizado para a
coleta dos dados, torna-se necessário submetê-lo a tratamento estatístico. Os dados
quantitativos deverão ser seguidos de análise qualitativa.
O levantamento de dados e o teste empírico da hipótese formulada na monografia
constituem etapas estratégicas na elaboração de um trabalho. Procure cumpri-las o
quanto antes possível. Tendo pronto o cerne de sua monografia, você ficará
psicologicamente mais tranqüilo e solto para desenvolver o restante do trabalho com
muito mais eficiência.
Não somos os mesmos todos os dias (felizmente). Às vezes a inspiração para escrever
está em alta; aproveite ao máximo a fase e vá escrevendo sem muito compromisso
com a forma, tamanho e ortografia. Há, contudo, dias em que seu esforço parece em
vão: é difícil desenvolver idéias e a inspiração, cadê? A solução é parar e esperar a
inspiração voltar? Não pense assim. Existem diversas tarefas cujo desempenho não é
intensivo em inspiração: organizar tabelas, anexos, referências bibliográficas, consultar
novas referências teóricas e práticas sobre o assunto. Reler criticamente o que já
escreveu e, por que não? fazer uma pausa reflexiva e reparadora também é muito
produtivo. Se procurar, encontrará formas de conferir utilidade máxima às horas de
trabalho e estudo.
Momento Redacional
Estabeleça e cumpra metas e prazos, mas sempre deixe alguns dias
como 'reserva' para acomodar eventuais replanejamentos de cronograma.
Quanto antes tiver a primeira versão da monografia, mais tranqüilo
ficará e, assim, sua inteligência emocional trabalhará sinergicamente
com sua inteligência racional e tudo será mais fácil. Não se esqueça de
que o tempo de seu orientador é escasso e, assim, quanto antes você
entregar-lhe a versão preliminar da monografia, mais chance ele terá
de ajudá-lo. Antes de procurar seu orientador, faça um esforço para
encontrar a resposta; isso faz parte do processo de aprendizado. Se
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
108
não conseguir, pelo menos pense em alternativas de solução. Antes de
passar-lhe um texto para leitura, pergunte-se sempre: isto é o melhor
que posso fazer por enquanto? Você descobrirá que pode ir muito
mais longe se usar de forma mais criteriosa, seletiva e dirigida o tempo
de seu orientador (ACCARINI, 2002).
O terceiro momento pressupõe que a parte exploratória do trabalho esteja parcialmente
concluída.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM PROJETO DE
PESQUISA
Todo trabalho científico deve ser construído a partir da elaboração de um projeto ou
plano de pesquisa. O projeto de pesquisa vai possibilitar o delineamento das idéias
iniciais sobre o problema e sobre a metodologia que será usada no desenvolvimento
do estudo.
Evidentemente, o projeto de pesquisa pode ser modificado, adaptando-se às novas
contingências. A estrutura desse projeto é quase sempre definida pela instituição que
a requisita. Mas qualquer que seja esta estrutura, no projeto deve estar muito claro o
caminho a ser percorrido, as etapas a serem vencidas, os instrumentos e estratégias
a serem utilizados. Conseqüentemente, o pesquisador caminhará de forma mais segura
em todas as etapas de elaboração do trabalho científico, independentemente do nível
de aprofundamento da pesquisa.
A seguir, serão apresentados os elementos essenciais de um projeto de pesquisa e
suas características principais.
Capa
A capa de um projeto de pesquisa deve conter o nome da instituição a qual o projeto
será submetido, nome do(s) autor(es), título (ainda que provisório), subtítulo (sehouver),
local e ano de apresentação do projeto.
Folha de Rosto
Toda folha de rosto deve incluir os elementos identificadores do projeto de pesquisa.
São eles: nome do coordenador ou orientador do projeto; nome do autor do projeto de
pesquisa; título (ainda que provisório); nota descritiva (finalidade do projeto); local e
ano. As margens do papel devem ter as medidas de 2,0cm nas margens inferior e
direita e de 3,0cm nas margens esquerda e superior.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exemplo de Folha de Rosto
109
110
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Listas
As listas facilitam as consultas rápidas à ilustrações, tabelas, abreviaturas e siglas.
Elas devem relacionar os elementos ilustrativos na mesma ordem em que aparecem
no projeto, designados por seu tipo e número com a indicação da página
correspondente.
Sumário
O sumário facilita a consulta e a visualização do projeto e, portanto, deve indicar todos
os elementos estruturais do mesmo (partes, capítulos, subcapítulos, seções e títulos),
na mesma ordem e grafia em que aparecem no texto. Para a elaboração do sumário
consulte o capítulo Sumário (baseado na NBR-6027, ABNT, 2003d).
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Introdução
A palavra que o autor do projeto deve associar à introdução é contextualização. Neste
item, a critério do autor, pode ser incluído um breve histórico de forma a apresentar o
tema ou objeto de estudo.
Ao selecionar um tema, tenha certeza de que o mesmo se encontra de acordo com
as inclinações, possibilidades e tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho
científico.
Selecionar um tema é encontrar um objeto de estudo que mereça ser investigado
cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa.
Justificativa
A justificativa de um projeto consiste na apresentação de forma objetiva e precisa do
problema a ser estudado. Assim, o tema fica delimitado. É bastante enriquecedor
quando neste item o autor do projeto também apresenta as contribuições teóricas
ou práticas que a pesquisa pode trazer.
O tópico delimitação do tema e do problema poderá iniciar-se pela apresentação do
mesmo, objeto da pesquisa, destacando a sua gênese, ou seja, como o tema surgiu
para o pesquisador. Uma vez apresentado o tema, a fase seguinte é questioná-lo,
111
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
112
visando identificar as dificuldades que ele sugere.
Formular o problema como uma pergunta (ou várias) facilita a identificação do que se
deseja estudar. Além disso, é importante delimitar a sua abordagem em uma dimensão
viável para a pesquisa e redigir de modo claro a dificuldade. Ressaltamos que uma
adequada formulação do problema exige do pesquisador conhecimentos prévios sobre
o tema.
Exemplo:
Problema: O que leva os alunos de graduação a abandonarem o curso? Hipótese:
"As obrigações profissionais do aluno comprometem o seu horário de estudo". "Se há
excesso de obrigações profissionais, o aluno abandona o curso de graduação".
O tema deverá estar sempre relacionado ao curso de graduação ou pós-graduação
(latusensu ou strictusensu).
Objetivos - Para quê? / Finalidade
Redigido com o verbo no infinitivo, de forma clara e compreensível, normalmente em
um único parágrafo, o elemento objetivos deve expressar a finalidade maior da pesquisa.
Em outros termos, o pesquisador deverá explicitar a natureza do trabalho, o tipo de
problema a ser selecionado, o material a coletar e o resultado final que se pretende
alcançar com a investigação científica. Assim o projeto enunciará um pouco mais
sobre o tema escolhido, indicando o que o trabalho procurará estudar e até onde quer
chegar.
Ú Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e com o problema
proposto.
Ú O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os objetivos
específicos explicitarão os detalhes e serão um desdobramento do objetivo
geral.
Exemplo:
Tema: O pensamento crítico no Primeiro Mundo e no Terceiro.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Introdução: desenvolver um texto dissertativo de caráter científico que ressalte em
que aspectos é importante o pensamento crítico, além da apresentação do tema.
Formulação do problema: Qual o grau de importância do pensamento crítico?
Hipótese apresentada no item justificativa: O pensamento crítico é muito importante
para um país.
Objetivos:
♦ Objetivo geral: Mostrar o que acontece nos países em que a sociedade já
adquiriu um pensamento crítico;
♦ Objetivo específico: fundamentar o porquê no Terceiro Mundo não existe
uma preocupação em desenvolver o pensamento crítico nos cidadãos.
Hipóteses
o autor do projeto deverá não somente explicitar a importância do problema do
ponto de vista geral, como também propor hipóteses (uma "provável e suposta"
resposta) ao problema formulado.
A hipótese relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado e, portanto, orienta
a execução da pesquisa. Além disso, a hipótese deve ser testável e responder ao
problema. As hipóteses surgem da observação, de resultados de outras pesquisas, de
teorias e também da intuição. Os termos empregados na hipótese proposta devem
esclarecer de que forma as variáveis escolhidas podem ser operacionalizadas na
pesquisa.
Referencial Teórico - A Partir de quê?
Construída a partir das pesquisas bibliográficas já realizadas, a hipótese deve estar
fundamentada, até certo ponto, em conhecimento anterior (informações sobre a situação
atual do problema). O item referencial teórico representa a base teórica que vai
fundamentar a reflexão e a argumentação do pesquisador.
113
114
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Este elemento textual deverá responder às seguintes questões: quem já escreveu e o
que já foi publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados e quais as
lacunas existentes na literatura.
Pode objetivar determinar o "estado da arte", ser uma revisão teórica, ser uma revisão
empírica ou ainda ser uma revisão histórica.
Ú Ainda neste tópico deve ser explicitada a relação existente entre o tema
escolhido e a área de concentração do curso de graduação ou pós-graduação
que o aluno está concluindo.
Metodologia - Como?
Este elemento constitutivo do projeto apresenta as técnicas a serem adotadas para a
realização da pesquisa (entrevistas, questionários, etc.), ou seja, design. Em se tratando
de pesquisa experimental, devem ser descritos os instrumentos e materiais ou as
técnicas a serem usadas.
Os métodos e as técnicas de pesquisa podem envolver: pesquisa bibliográfica e/ou
pesquisa de campo.
A seguir, apresentamos duas sugestões de metodologia de pesquisa, que visam orientar
o aluno.
Pesquisa Bibliográfica
O trabalho será formulado a partir de:
♦ Pesquisas bibliográficas.
♦ Informações obtidas na Internet.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Pesquisa de Campo
O trabalho será formulado a partir de:
♦
Métodos e técnicas a serem utilizadas na coleta de dados;
♦
Caracterização da população ou da amostra;
♦
Explicitação dos instrumentos a serem utilizados na coleta de dados;
♦
Coleta de dados - explicitação dos aspectos relacionados à coleta tais
como: Quando? Onde? Quem? Como?
♦
Análise dos resultados - descrição de como o autor do trabalho pretende
fazer o tratamento e a análise dos dados coletados.
Cronograma - Quando?
Indicar com clareza o tempo necessário para a realização da pesquisa, em cada uma
de suas etapas, é uma forma de visualizar o trabalho no futuro, de forma dinâmica e
flexível. Um cronograma bem feito faz com que o projeto seja viável e econômico.
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(ODERUDomRGR3URMHWR
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2ULHQWDGRU
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115
116
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Tabela: Exemplo de cronograma simples.
Etapas
elaboração do projeto de monografia
levantamento bibliográfico
entrega do projeto
análise do material obtido
elaboração da monografia
entrega da monografia
Início
17/out/04
________
________
________
________
________
Término
________
________
30/nov/04
________
________
30/jan/05
Recursos Necessários (item opcional)
Neste item o pessoal envolvido no projeto, os materiais de consumo permanentes e
as despesas previstas com a pesquisa devem ser relacionados.
Referências
Apresentam a indicação do material consultado utilizado para a elaboração do projeto,
que certamente será enriquecido no momento da elaboração da monografia, em função
de novas consultas bibliográficas realizadas. As referências devem ser feitas de acordo
com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (NBR-6023 /
2002). Essas normas encontram-se esclarecidas e exemplificadas no capítulo
Referências conforme a NBR-6023 (2002) da ABNT.
Glossário
Para melhor compreensão do assunto a ser desenvolvido, muitas vezes é necessário
que alguns termos sejam definidos, principalmente nos trabalhos mais elaborados. Os
termos devem ser definidos em função da utilização que o autor da monografia fará
dos mesmos na elaboração de seu trabalho. Se houver necessidade, deve ser
explicitada a origem teórica dos termos.
As palavras devem ser listadas em ordem alfabética e destacadas tipograficamente,
seguidas por suas definições.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
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117
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EHQpILFRVLQFOXVLYHRRULJLQDO3RGHVHUGLUHWRRXLQGLUHWREHPFRPR
GHFRUUHUGHDo}HVSODQHMDGDVRXQmRSODQHMDGDV/$95$'25),/+2
5HFLFODJHPGHiJXDeRUHXVRLQWHUQRGDiJXDDQWHVGHVXDGHVFDUJDHPXPVLVWHPDJHUDO
GHWUDWDPHQWRRXRXWURORFDOGHGLVSRVLomRSDUDVHUYLUFRPRIRQWH
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UHXVRGLUHWR
6WUHVVKtGULFR (VWiEDVHDGRQDVQHFHVVLGDGHVPtQLPDVGHiJXDSHUFDSLWDSDUDPDQWHU
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GHVHQYROYLGDVVLWXDGDVHP]RQDViULGDV%((.0$1
9LQKDoD5HVtGXRSURYHQLHQWHGRWUDWDPHQWRGDFDQDFRPSRWHQFLDOSDUDVHU
UHFLFODGR
Exemplo de Glossário
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
118
!
Lembre-se que o glossário deve ser elaborado para favorecer o entendimento
de um leitor não especializado no tema. Portanto, algumas definições
especilizadas de uma área de conhecimento podem ser elucidadas neste item,
clareando ou pontuando uma definição diferente do senso comum.
Exemplo de um pré-projeto de pesquisa
A idéia do Projeto de Pesquisa sobre o tema: A MEDIAÇÃO COMO PRINCÍPIO DE
UMA JUSTIÇA CIDADÃ, ao aluno (a) ______ , nasceu do interesse por empreender o
estudo e a análise da contribuição da Mediação para o Direito.
Depois de discutirmos em sala de aula, ainda que bem pouco, a contribuição da
Mediação como campo científico, suas principais correntes e seus desdobramentos
nas interseções com a Ciência Jurídica, alguns alunos, e em especial o aluno (a)
________ , manifestou o interesse por desenvolver estudos sobre o tema A
MEDIAÇÃO COMO PRINCÍPIO DE UMA JUSTIÇA CIDADÃ e relacionar o conteúdo
da pesquisa à realidade vivida pelos alunos e futuramente no mercado de trabalho
contemporâneo.
Diante de seu interesse pela leitura e extensão da informação às diversas áreas do
conhecimento, o aluno (a) _________ , juntamente com seu orientador, propõe
desenvolver a seguinte pesquisa:
Tema: A MEDIAÇÃO COMO PRINCÍPIO DE UMA JUSTIÇA CIDADÃ
Formulação do Problema:
Qual a importância da regulamentação da mediação nos dias de hoje?
Justificativa
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
A hipótese que orienta o trabalho é que o desenvolvimento e o amadurecimento de um
sistema de inovação jurídica onde a mediação, uma vez legalizada, permitirá que as
interações entre as partes conflituosas ocorram de forma personalizada, levando em
conta o estilo genuíno de cada uma das partes envolvidas.
Cada vez mais se faz necessária uma abordagem do fenômeno jurídico não só como
um conjunto de regras positivadas, mas como um veículo de inserção e interseção
social. Para tanto, o indivíduo deve ser levado em conta. Compreender o indivíduo
como um ser ativo, social, histórico e sujeito de Direitos deve ser um objetivo a ser
alcançado pelo profissional das Ciências Jurídicas. Neste ponto é que o encontro
entre o Direito e a Mediação deve ocorrer. Esta pesquisa, então, visa uma interseção
entre a Técnica de Mediação e o Direito, compreender como tem ocorrido este encontro
dentro das Instituições Jurídicas, além de buscar analisar as relações entre indivíduo e
sociedade.
Possibilidades de Objetivo Geral:
♦ Criar condições para a compreensão do Direito e da Mediação enquanto
instrumentos de transformação da realidade social;
♦ Possibilitar a compreensão das diferentes correntes de práticas de Mediação
e sua interseção com o Direito;
♦ Promover a reflexão filosófica, crítica e ética, entre os alunos;
♦ Desenvolver a capacidade do aluno de pensar e de comunicar o pensado
de forma oral e escrita;
♦ Promover e incentivar os alunos para a produção acadêmica.
Possibilidades de Objetivos específicos:
♦ Confirmar que a pesquisa, como atribuição obrigatória do currículo, é
elemento da própria formação em todos os âmbitos possíveis do curso
jurídico: fundamental, sociopolítico, técnico-jurídico e prático, construindo
um perfil acadêmico para o bacharel que pressupõe ainda articulação
interdisciplinar;
119
120
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
♦ publicação de artigos de alunos, com a supervisão do orientador;
♦ integração da disciplina de Metodologia da Pesquisa Jurídica com disciplinas
afins do curso de Direito;
♦ conhecer a Mediação enquanto ciência, seu conceito. Identificar as
diferentes linhas teóricas da Mediação: Mediação, Conciliação e Arbitragem,
entendendo suas conexões e diferenças. Conhecer a visão social e psicológica
dos fenômenos humanos através de levantamentos histórico-sociais;
♦ discutir sobre os conceitos Direito e Justiça, suas implicações nos processos
de exclusão social e na consecução dos Direitos Humanos. Compreender as
novas práxis dos advogados com conhecimento interdisciplinar (Direito e
Mediação) nas discussões jurídicas: família, infância e juventude e área criminal.
Metodologia para o aluno:
♦ Primeira etapa: leitura e o estudo das referências bibliográficas indicadas
- tendo sempre em vista a questão-problema da pesquisa.
♦ Segunda etapa: discussão dos pontos cruciais das obras com os
coordenadores.
♦ Terceira etapa: a elaboração do primeiro esboço do trabalho.
♦ Quarta etapa: avaliação do texto dissertativo.
♦ Quinta etapa: a escrita do trabalho propriamente dito.
♦ Sexta etapa: consiste na tentativa de se publicarem o trabalho apresentado,
ou em revistas especializadas, ou em uma apostila de publicação própria para
circulação interna da própria instituição educacional.
Assim, do ponto de vista acadêmico, pesquisas como estas, parecem atender aos
objetivos propostos.
Do ponto de vista da formação dos nossos profissionais, futuros aplicadores do Direito,
é urgente a necessidade de uma reflexão rigorosa sobre uma justiça cidadã.
Num momento histórico onde campeia o individualismo exarcebado, a corrupção, a
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
busca de se levar vantagem em tudo, é absolutamente necessário que a universidade
desempenhe seu papel de formadora de profissionais com responsabilidade e
consciência moral elevada.
Finalmente, a reflexão sobre o tema A MEDIAÇÃO COMO PRINCÍPIO DE UMA JUSTIÇA
CIDADÃ justifica-se por nos levar a pensar em questões como a relação cidadania
versus justiça e o conflito realismo versus utopia.
Metodologia:
Pela própria multiplicidade de aspectos que a reflexão sobre o tema A MEDIAÇÃO
COMO PRINCÍPIO DE UMA JUSTIÇA CIDADÃ deve considerar, verifica-se a
impossibilidade de adotar um método único.
Conforme o ângulo que esteja sendo enfocado, haverá um método mais adequado.
Assim, será utilizada a indução para obtenção de generalizações a partir de fatos
considerados isoladamente; a dedução, sobretudo para a explicação de fatos particulares
ou para a fixação de perspectivas, e o método analógico para estudos comparativos.
Finalmente a utilização de entrevistas como técnica de coleta de dados para validação
ou não de hipóteses. Serão entrevistados professores e especialistas da área de
Mediação, além de profissionais que já atuam na área jurídica como Mediadores.
121
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
122
Cronograma:
Em Suma, um Projeto de Monografia deve apresentar em sua etapa mais importante:
Ì
Delimitação clara do tema (o que será investigado)
Ì
Gênese do problema (como o tema surgiu para o pesquisador)
Ì
Justificativa (por que será investigado)
Ì
Objetivos (para que e para quem será investigado)
Ì
Identificação de estudos já realizados por outros autores
(identificados nas pesquisas bibliográficas realizadas)
Ì
Relação do tema com o Curso de Pós-Graduação
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
TRABALHO CIENTÍFICO DE CONCLUSÃO DE CURSO:
Formatando Segundo as Normas
O termo trabalho científico é utilizado neste livro como referência a monografias,
dissertações e teses, exceto quando abordarmos uma característica particular de um
desses.
A produção intelectual de um trabalho científico é um dos requerimentos de cursos
acadêmicos de nível superior, notadamente as pós-graduações latu sensu e strictu
sensu.
Independente da natureza do trabalho científico, toda pesquisa deve apresentar as
suas referências bibliográficas (completa informação sobre seus dados tipográficos).
Portanto, o pesquisador deve registrar, desde o momento em que se iniciou o
levantamento bibliográfico, a documentação dessas fontes de referência.
Uma consulta aos requerimentos exigidos pelo departamento responsável por pesquisas
na própria instituição do aluno contribuirá para o cumprimento de possíveis exigências
específicas. Se nenhum requerimento especial for exigido, o modelo detalhado neste
livro é recomendado.
O trabalho deve ser feito em papel branco, no tamanho A4, usando para a impressão
tinta preta, editado em espaço duplo, com exceção das citações longas, em bloco, que
deverão ser feitas em espaço 1 (ver capítulo Citações). Algumas instituições
(modernamente) adotam espaço 1,5 entre as linhas. As margens do papel devem ter
as medidas de 2,0cm nas margens inferior e direita. As margens esquerda e superior
devem ter 3,0cm.
Quanto ao tipo de parágrafo é de responsabilidade do autor do trabalho acadêmico.
Sendo duas opções possíveis: parágrafo tradicional ou parágrafo moderno. A margem
de parágrafo tradicional tem a medida de 2,0cm considerada a partir da margem
esquerda do papel. Já no estilo de parágrafo moderno, todo o texto vem à margem
esquerda e os parágrafos vêm marcados por dois espaços entre eles.
123
124
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Folha com formatação de margens
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Ú As citações longas, as notas de rodapé, as referências bibliográficas e os
resumos devem ser digitados com espaçamento simples entre as linhas do
parágrafo.
Recomenda-se a utilização das fontes Arial ou Times New Roman. Fonte tamanho 12
para o texto e tamanho menor para as citações textuais longas, fonte das ilustrações
e tabelas e notas de rodapé (tamanho 10, por exemplo).
Os títulos das seções devem ser separados do texto que os precede ou que os
sucede por uma entrelinha dupla (um espaço duplo ou dois espaços simples).
Os títulos das seções primárias devem iniciar em folha distinta.
Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito,
itálico ou caixa alta conforme a NBR-6024.
As abreviaturas e siglas, quando aparecem pela primeira vez no texto, devem ter os
nomes colocados por extenso, acrescentando-se a abreviatura ou a sigla entre
parênteses.
Ú Não se usa pontuação no final dos títulos.
As notas de rodapé devem estar situadas após a parte textual de acordo com a norma
técnica.
Para numeração dos elementos constitutivos da pesquisa veja o capítulo Numeração
progressiva das sessões de um documento segundo a NBR-6024 da ABNT.
Um trabalho científico envolve três partes: a parte pré-textual (ou elementos prétextuais), a parte textual (ou elementos textuais) e a parte pós-textual (ou elementos
pós-textuais). Ao longo deste capítulo será detalhado cada um desses elementos
constitutivos de uma pesquisa.
Ú Todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, porém não
numeradas. A numeração deve ser indicada a partir da INTRODUÇÃO, que
poderá ser, por exemplo 8, se sete (7) folhas foram utilizadas anteriormente.
Quando forem utilizadas folhas em branco para abrir os capítulos, estas não
devem ser contadas para efeito de paginação.
As divisões de textos como o sumário, o resumo e as referências bibliográficas devem
abrir uma nova página e seus títulos digitados em letra maiúscula, centralizados na
linha.
125
126
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Trabalhos muito extensos são geralmente divididos em volumes. Se o trabalho tiver
mais de um volume, deve ser mantida uma única numeração das folhas, do primeiro
ao último volume, exceto quando a matéria for dividida por especialidade.
Tratando-se de relatório, a NBR-10719 (2002) determina que a numeração das páginas
(em números cardinais) comece na introdução.
Nem todo trabalho científico requer todos os elementos apresentados a seguir. Cabe
ao pesquisador a adequação do modelo sugerido aqui ao padronizado pelo
departamento de TCC da instituição à qual pertence.
TRABALHO CIENTÍFICO DE CONCLUSÃO DE CURSO:
Elementos Pré-Textuais, Textuais e Pós-Textuais da
Monografia Científica
Capa
A capa deverá conter somente os dados indispensáveis à identificação do trabalho:
nome da isntituição (opcional), autor do trabalho acadêmico, título em destaque (letras
em maiúsculo - caixa alta); subtítulo (se houver) em minúsculo; autor e ano. Esses
dados devem ser apresentados centralizados na folha e respeitando as margens
previamente indicadas.
Ressaltamos que o uso de dois-pontos (:) é indicado para separar o título e o subtítulo,
quando este último for explicativo. Quando o subtítulo tiver função complementar, este
deverá ser separado do título por ponto-e-vírgula (;).
Muitas instituições de ensino superior possuem seu próprio modelo de capa contendo
a formatação que melhor lhes atende.
O título deve ser escrito com fonte maior do que a utilizada para o nome do autor do
trabalho, além de se caracterizar por sua relevância e precisão.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exemplo de Capa
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
128
Lombada
Lombada (ou dorso) é a parte por onde as folhas são unidas. Pode conter o nome do
autor e o título, e sempre que possível grafados horizontalmente ou, no caso de
lombadas finas, de cima para baixo.
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Exemplo de Lombada
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TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Folha de Rosto
A folha de rosto é o elemento inicial do trabalho científico e deve conter os mesmos
dados apresentados na capa, acrescidos do motivo da realização do mesmo.
Assim teremos, centrado no alto da folha, observando a margem superior de 3,0cm, o
nome completo do autor. Abaixo é colocado o título, também centralizado e escrito
com letras maiores que as utilizadas para o nome do autor.
A nota descritiva, abaixo do título da pesquisa, deve informar o curso de graduação ou
pós-graduação, a área de concentração do curso escolhido pelo aluno e o grau
pretendido. Ou seja, deve apresentar esclarecimentos sobre o motivo da realização
da pesquisa. Após a nota de tese ou dissertação, indica-se a área de concentração
do curso escolhido pelo mestrando ou doutorando, quando houver linha de pesquisa,
esta também deve ser indicada.
O título (mestre, doutor, etc.) e o nome completo do orientador sucedem a nota
descritiva.
E considerando a margem inferior de 2,0cm, são colocadas as notas tipográficas:
cidade, instituição (opcional) e ano da entrega. Todas essas notas centralizadas.
No caso de Teses e Dissertações, o verso da folha de rosto deve conter a ficha
catalográfica do trabalho, preparada pela biblioteca da instituição onde
será apresentada.
!
Algumas instituições fornecem a nota descritiva padrão da folha de rosto.
Também é preciso estar atento ao título acadêmico do orientador.
129
130
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Folha de Rosto de Monografia
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Página de Aprovação
A página de aprovação deve conter o nome completo do autor (centralizado), título do
trabalho científico e nota descritiva acrescida do nome da instituição a que é submetido
(como descrita no item folha de rosto). Todos esses elementos acrescidos do título e
do nome completo dos membros da banca examinadora, seguidos da sigla da instituição
à qual pertencem. A data de aprovação, título e nome do orientador e as notas
tipográficas cidade, estado (escrito por extenso) também devem estar presentes.
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Exemplo de Página de Aprovação
131
132
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Dedicatória e Oferecimentos
É o elemento pré-textual no qual o autor dedica sua obra, presta uma homenagem a
alguém. O texto deve ser curto. Geralmente as palavras OFEREÇO e DEDICO finalizam
este texto sem a presença de ponto final (.).
Exemplo de Dedicatória e Oferecimentos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Agradecimentos
Os agradecimentos, diferentemente da dedicatória, destinam-se primordialmente às
pessoas e/ou entidades que contribuíram de forma direta ou indireta para a execução
e conclusão da pesquisa.
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Exemplo de Agradecimentos
133
134
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Epígrafe
O item epígrafe trata da citação de um pensamento que, de certa forma, embasou a
gênese (origem) do trabalho acadêmico.
Resumo
No resumo, o autor do trabalho científico deve redigir de forma breve e clara um texto
que sintetiza a abrangência da monografia, dissertação ou tese. Em outras palavras,
deve ser redigido um texto que ressalte o nível de profundidade da pesquisa, a idéia
principal e detalhes importantes, como o objetivo, o resultado e as conclusões.
O resumo é redigido em um único parágrafo, em espaço simples e em página distinta.
Suas frases são completas e não com seqüência de títulos. Deve-se expressar na
primeira frase do resumo o assunto tratado, caso o título do trabalho não seja
suficientemente explícito. Sugerimos que sejam empregados somente os termos geralmente
aceitos e não apenas os de uso particular, além de indicar, se for o caso, as novas
diretrizes de teorias, processos, técnicas e aparelhos, bem como o princípio básico de
novos métodos.
A apresentação do resumo em inglês denomina-se ABSTRACT ou SUMMARY.
Contudo, cada departamento de TCC tem suas próprias exigências quanto à formatação
do resumo (exigem ou não a apresentação das palavras-chave, por exemplo). Consulte
um responsável para apresentar esclarecimentos quanto ao conteúdo, estilo, localização
e formato do mesmo.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Sumário
O sumário consiste de uma apresentação das principais divisões (ou seções) e
subdivisões do trabalho, indicando a página em que cada parte se inicia. Para a
formatação do sumário consulte o capítulo Sumário (baseado na NBR-6027 da ABNT).
Exemplo de Sumário
135
136
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Listas - Ilustrações, Quadros, Tabelas e Siglas
Segundo a NBR-6029 da ABNT, este elemento pré-textual é a "relação seqüencial
dos títulos ou legendas das ilustrações, tabelas e quadros constantes do livro,
acompanhados dos respectivos números de página. Recomenda-se a elaboração de
lista própria para cada tipo de ilustração".
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Exemplo de Lista de Símbolos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Diferentemente das listas de ilustrações, quadros e tabelas, a relação da lista de
siglas e abreviaturas constitui uma relação alfabética. A presença da lista de siglas e
abreviaturas não dispensa o autor de apresentá-las por extenso no primeiro momento
em que aparecem no texto.
A lista de siglas e símbolos é relacionada alfabeticamente. Já as listas de tabelas e
ilustrações obedecem a uma relação seqüencial, ou seja, na ordem em que aparecem
no texto.
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Exemplo de Resumo
137
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
138
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Exemplo de Abstract
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
139
Introdução
Primeiro elemento textual, a introdução é equivalente ao capítulo 1 do trabalho científico.
Como mencionado no início deste capítulo, a paginação dos elementos textuais situase à direita da margem superior.
Ao elaborar este texto introdutório, o autor da pesquisa deve ter em mente que este
deve fornecer uma visão geral do trabalho realizado, mencionando os objetivos (gerais
e específicos), perguntas ou hipóteses e delimitação do tema.
Exemplo de Objetivos Geral e Específico:
♦ Pensar a festa como prática social do lugar (geral).
♦ Identificar os componentes simbólicos contidos nos festejos (específico).
♦ Estudar a festa como ritual do bairro através da fala dos organizadores e
dos festeiros (específico).
!
Geralmente a introdução é uma coletânia resumida de todo o trabalho
acadêmico. Pode ser até escrito ao término do trabalho.
140
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Introdução
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
141
Referencial Teórico ou Revisão de Literatura
O referencial teórico constitui-se no embasamento que dá sustentação ao objeto do
estudo. Este elemento textual pode vir subdividido em seções de acordo com a
necessidade identificada pelo autor, de modo a apresentar os aspectos teóricos claros
e consistentes. O referencial teórico é resultante das pesquisas bibliográficas realizadas,
enfocando a análise de autores que abordam o tema e o problema em questão.
Deve ser organizado de forma a permitir que o leitor do trabalho científico identifique
as idéias nas quais o autor do trabalho apoiou sua reflexão e sua argumentação.
Ú O texto científico deve ser redigido preferencialmente na terceira pessoa
do singular. Períodos muito longos devem ser evitados.
A utilização de muitas orações subordinadas e subdivisões, além da seção quaternária
(1.1.1.1; 1.1.1.2 e assim por diante), de um mesmo capítulo, dificulta a compreensão do
texto pelo leitor.
O uso de parágrafos, por sua vez, deve corresponder às etapas do raciocínio lógico
adotado no trabalho. Os parágrafos e os capítulos devem apresentar-se de forma
encadeada e representar a ligação lógica das idéias que o autor pretende expor no
texto.
As frases não devem ser sobrecarregadas com muitos dados e idéias. Devem ser
evitadas, numa mesma frase, idéias que não se relacionem e que podem vir a compor
uma outra frase para que a idéia a ser expressa fique mais clara.
142
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Referencial Teórico
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
143
Metodologia ou Material e Métodos
A escolha da metodologia depende da abrangência do trabalho e do conteúdo do
objeto do estudo. A metodologia pode envolver uma revisão bibliográfica e a
identificação dos dados relacionados ao objeto estudado a partir da aplicação de
instrumentos tais como: entrevistas, questionários, observações e outros. De acordo
com a estratégia de pesquisa adotada, se descritiva ou experimental, a metodologia
compreende os seguintes tópicos:
√
Pesquisa Descritiva
√
Descrição da área pesquisada.
√
Descrição da população e procedimento adotado.
√
Instrumentos de coleta de dados.
√
Procedimentos de coleta e análise dos dados.
√
Tratamento estatístico dos dados.
√
Pesquisa Experimental
√ Plano do experimento: tratamentos, número de repetições, número de
parcelas e delineamento experimental.
√
Procedimentos de coleta e análise dos dados.
√
Tratamento estatístico dos dados.
Por se tratar de uma descrição das técnicas e métodos empregados, é importante dar
a este texto elegância, precisão, objetividade e clareza.
144
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Metodologia
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
145
Resultados e Discussão dos Resultados
Esta fase envolve a classificação e organização de informações, verificação das relações
existentes entre resultados alcançados, ou seja, seus pontos de convergência,
tendências e regularidades. Algumas vezes, dependendo do recurso utilizado para a
coleta dos dados, torna-se necessário submetê-los a tratamento estatístico seguido
de análise qualitativa. Esses mesmos dados deverão ser confrontados e relacionados
aos objetivos do trabalho, ao problema e às questões propostas para estudo, no
capitulo denominado Discussão dos Resultados.
Ø
A inclusão de ilustrações, como gráficos e tabelas, contribui para a
compreensão dos dados apresentados na pesquisa.
Conclusões ou Considerações Finais
A conclusão constitui-se na ligação de todo o conteúdo trabalhado. Além de conter
uma organização lógica, resultante da integração das demais partes do trabalho, pode
conter as idéias pessoais do autor sobre o problema estudado. Pode ainda apresentar
propostas para mudanças a partir do diagnóstico realizado e das análises feitas no
material coletado e estudado. Porém não se permite a inclusão de novos dados neste
elemento textual.
146
Exemplo de Conclusão
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
147
Referências
Relação alfabética das fontes de informação consultadas durante a elaboração do
trabalho científico. O capítulo Referências deste livro, segundo a NBR-6023 (2002),
apresenta e ilustra "as condições exigíveis pelas quais devem ser referenciadas as
publicações mencionadas num determinado trabalho ou relacionadas em resumos".
Exemplo de Referências
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
148
Glossário
Segue as mesmas recomendações contidas no item glossário, do Projeto de pesquisa
deste livro.
O glossário presente em um trabalho científico, muitas vezes, tem seu início no projeto
de pesquisa. E por sofrer acréscimos constantes (com a evolução da pesquisa),
quando comparado ao apresentado no projeto, o glossário de um trabalho científico é
mais completo e possui definições mais elaboradas.
Anexos ou Apêndices
Tabelas, gravuras, gráficos, recortes de jornal, documentos ou qualquer informação
complementar não produzida pelo autor do trabalho são conteúdo do anexo. Já outros
materiais elaborados pelo próprio autor (questionários, formulários, etc.) compõem o
apêndice.
Apresentar esses materiais - que vão complementar as idéias desenvolvidas no texto
- somente neste elemento pós-textual tem a finalidade de evitar a interrupção da
seqüência lógica da exposição do trabalho científico.
O autor da pesquisa deve fazer menção aos anexos e apêndices ao desenvolver o
texto.
Exemplo:
O anexo A exemplifica o princípio básico descrito anteriormente.
Ou ainda:
Pesquisas realizadas pelo IBGE confirmam essas taxas (ANEXO A).
!
Não exagere no uso de anexos. Tudo aquilo que é necessário para a
compreensão do texto deve estar no próprio texto e não em um anexo. Aquilo
que completa o trabalho é passível de vir em um anexo.
E
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
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149
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Exemplo de Anexo de Tabelas (índice)
150
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Anexo de Tabelas (informação)
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
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Exempo de Anexo de Figura (índice)
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de Anexo de Figura (informação)
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
AQUISIÇÃO E DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
CIENTÍFICAS
Em função da dinâmica que é o processo de aquisição de conhecimento, cabe destacar
alguns meios de aquisição e divulgação das informações científicas. São eles: os
congressos, simpósios, conferências, semanas científicas, jornadas, dentre outros,
além da publicação de um artigo científico.
♦ Congresso: promovido por entidade associativa para debate de assunto
de uma ou várias áreas profissionais.
♦ Jornada: versão sintética de um congresso. Geralmente abrange uma
área geográfica.
♦ Mesa-Redonda: debate entre especialistas sobre tema de interesse
controverso.
♦ Seminário: exposição verbal de um tema por um ou vários apresentadores
para os participantes que devem ter conhecimento prévio do assunto.
♦ Simpósio: reunião de apresentações rápidas de vários estudiosos sobre
diferentes aspectos de um tema complexo.
Habitue-se a ler os murais informativos de sua universidade, de seu local de trabalho
ou estágio acadêmico, nesses ou murais encontramos as divulgações sobre os eventos.
Habitue-se na sua vida acadêmica tanto a participar destes encontros profissionais e
quanto a divulgar os seus trabalhos e estudos realizados nas disciplinas de graduação.
Você adquire conhecimento e incrementa o seu currículo.
Neste período, quais congressos profissionais estão previstos. Cite dois:
-________________________________________________________
-________________________________________________________
Em qual (is) você vai inscrever o seu estudo/pesquisa?
-________________________________________________________
De que forma você irá inscrevê-lo?
153
154
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
( ) pôster?
( ) tema livre?
( ) comunicação coordenada?
Preparação de slides
Nesta fase de divulgação, a apresentação oral pode ter como apoio slides, cartazes
ou transparências. Ao elaborar este material de apoio lembre-se das seguintes
orientações de Garson Jr. A. et. al. (1986):
a) Inicie com o título (sempre com todas as letras em maiúsculo), para as
demais informações faça uso de letras em minúsculo;
b) não polua o layout do material de apoio. Utilize no máximo 7 linhas e 7
palavras por linha;
c) não use letras pequenas demais, além de causarem desconforto, muitos
não conseguem ler à longa distância;
d) evite abreviações;
e) em apresentação de tabelas com 2 colunas, utilize no máximo 4 linhas;
f) em gráficos de barra use no máximo 8 barras por elemento;
g) se mostrar dados de outros autores, coloque as referências bibliográficas;
h) aponte os tópicos no material visual para orientar a platéia e use as
mesmas palavras dos tópicos.
Finalmente, durante a apresentação oral de seu trabalho acadêmico, devem ser evitados
os modismos de linguagem, que são expressões inexistentes no português, ou mesmo
existentes, mas usadas em sentido diferente ao original. São exemplos dos modismos:
abrir as comportas, administrar a vantagem, a nível de, chocante, conquistar o espaço,
correr atrás do prejuízo, deitar e rolar, em grande estilo, em termos de, em última
análise, entrar em rota de colisão, extrapolar, imperdível, junto a, pano de fundo,
praticar preços ou juros, receber sinal verde, sentir firmeza e trocar farpas.
Preparação da apresentação oral dos trabalhos
Uma boa apresentação oral começa com a elaboração de um bom resumo. Um resumo
que contenha uma ou duas frases introdutórias, os objetivos da pesquisa, a metodologia
utilizada e os resultados obtidos, além da conclusão. Faça isso com antecedência.
Escreva o que vai falar durante a apresentação, este procedimento deixará você mais
seguro(a) e, certifique-se de que sua apresentação oral responde as seguintes
perguntas:
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
♦ "O que te fez pensar no assunto?" = introdução;
♦ "Por que você fez a pesquisa?" = objetivos e hipóteses;
♦ "Como foi feita a pesquisa?" = delineamento da metodologia utilizada;
descrição da população: seleção, critérios de inclusão e exclusão;
♦ "Quais os resultados alcançados?"= procure uniformizar os resultados
alcançados;
♦ "O que você aprendeu?" = apresentar uma conclusão a qual deve estar
relacionada aos objetivos do trabalho. Para concluir, o palestrante ainda pode
apresentar a significância social do estudo, ou seja, em que a pesquisa irá
ajudar a comunidade, além de possíveis recomendações ou sugestões.
Heródoto Babeiro (2003) fez uma série de recomendações úteis à construção de
uma apresentação oral.
Entre elas destacam-se:
a) Tenha sempre um norte em sua apresentação. Antes da palestra, exerça
seu espírito crítico e veja se o que vai dizer tem coerência, por mais polêmico
que possa ser. Polêmica o auditório aceita, até gosta; incoerência não;
b) a dica é treinar. Fazer e refazer aquilo que provoca medo. Nada Melhor
para combater o medo de falar em público do que o treino. Não paga imposto.
Não tem contra-indicação. A prática constante aprimorará suas qualidades de
liderança e você estará apto (a) a fazer apresentações e palestras sempre
que necessário;
c) é preciso demonstrar entusiasmo sobre o que se está falando. Se o tema
proposto não é do seu agrado, só há duas saídas: prepare, treine, treine,
treine de novo, encha o peito e vá em frente, ou desista da apresentação.
Como você não é alguém de desistir, e sim de aceitar desafios... só há uma
alternativa;
d) não tema a si mesmo (a). Aprenda quem você é, pois assim vai saber
utilizar sua sabedoria em prol de uma boa apresentação;
e) prefira as apresentações construídas, treinadas e treinadas. O texto
decorado tira a naturalidade e dá a sensação de que o palestrante só sabe o
155
156
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
que decorou;
f) para aprender a falar em público é necessário entender que um fracasso
não é fatal e somos sempre capazes de nos recuperar de uma apresentação
não tão boa. A próxima sempre será melhor do que a atual, portanto só pode
dar certo;
g) não fique amuado (a) com as pessoas que o (a) criticaram mais
duramente. Lembre-se de que elas foram as que sempre mais influenciaram
sua vida. Elas querem a nossa melhoria. Os críticos não devem ser tomados
como inimigos;
h) mantenha uma seqüência lógica de idéias. Fácil de a platéia acompanhar;
i) realce as palavras e frases mais importantes;
j) cuide da linguagem corporal (Postura firme e segura; dê um objetivo a
seus movimentos);
k) apresentações devem ter começo, meio e fim. Na hora de escrever ou
preparar o tema, só não esqueça de que nada está tão bom que não possa
ser melhorado, nem tão ruim que não possa ser piorado;
l) saber encerrar bem uma palestra é uma atividade que a gente consegue
com a prática. Por mais óbvio que isso possa parecer, tem pessoas que
termina sem concluir o raciocínio ou então vai e volta e não encerra.
ARTIGO CIENTÍFICO
Hoje é prática corrente a elaboração de artigos destinados a serem apresentados em
conferências da sua especialidade. Como a generalidade das conferências satisfaz a
tradição das conferências científicas, é importante cumprir o formato típico dos artigos
científicos.
O artigo científico tem como finalidade maior, comunicar os resultados de pesquisas,
idéias e debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna. Além de ser um bom
veículo para clarificar e depurar suas idéias, os artigos científicos mensuram a
produtividade qualitativa e quantitativa individual dos autores e das instituições a qual
servem. Com isso explicitam a metodologia empregada, os objetivos da pesquisa, os
procedimentos empregados e os resultados alcançados.
Em outras palavras, o artigo científico é um estudo resumido sobre um tema, que trata
de questões de natureza científica sem, no entanto, se constituir em um livro. Pela sua
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
dimensão e conteúdo representam os resultados de estudos realizados. De modo
geral, são publicados em revistas, jornais e periódicos especializados.
Os artigos podem ser de dois tipos:
Ø Original: quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos e podem
ser comunicação, notas prévias ou relatos de caso.
Ø Revisão: quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas.
Artigo científico: apresentação
Para a apresentação do artigo científico, é necessário seguir as orientações da ABNT
para apresentação de artigos científicos impressos: a NBR 6022, 2003.
Ø O artigo científico deve conter abordagens atuais, novas, diferentes. E ao
submeter um artigo a uma revista, se informe sobre as normas editoriais da
mesma.
A estrutura de um artigo de publicação periódica é composta por elementos prétextuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.
Os elementos pré-textuais devem estar presentes na primeira folha do artigo. São
eles:
Título
O título deve descrever de forma lógica, rigorosa, breve e gramaticalmente correta a
essência do artigo. Por vezes, opta-se por títulos com duas partes, ou seja, título e
subtítulo, sendo que ambos devem figurar na página de abertura do artigo, na mesma
língua do texto, seguido de versões para outros idiomas, quando esta for uma orientação
do departamento de editorial da revista.
Autor e colaboradores
Indicação do nome completo do autor (ou autores) na forma direta, acompanhados de
um breve currículo (indicado em nota de rodapé) que qualifique o autor na área de
pesquisa do artigo.
O currículo
Inclui o endereço eletrônico (e-mail) para contato, deve aparecer em nota de rodapé.
157
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
158
Resumo na língua do texto
O resumo não deve exceder 250 palavras e deve especificar de forma concisa os
objetivos, a metodologia e os resultados alcançados. Não deve conter citações "Deve
ser constituído de uma seqüência de frases concisas e não de uma simples enumeração
de tópicos. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular."
(ABNT. NBR-6028, 2003, p: 2);
Ø "Deve-se entrar na essência do resumo logo na primeira frase, sem rodeios
introdutórios nem recorrendo à fórmula estafada 'Neste artigo... '. Não se
devem citar referências bibliográficas no resumo." (FIGUEIREDO, 1998).
Palavras-chave
Conforme a NBR 6028 (2003, p: 2), as palavras-chave devem figurar logo abaixo do
resumo, antecedidas da expressão 'Palavras-chave' separadas entre si por dois pontos
(:). Estas palavras são normalmente utilizadas para facilitar a elaboração posterior de
um índice de assunto, bem como para permitir que o artigo seja, por exemplo,
posteriormente encontrado em sistemas eletrônicos de pesquisa. Portanto, devem
escolher-se palavras-chave tão gerais e comuns quanto possível.
!
Cada instituição ou revista científica geralmente tem o seu próprio modelo de
elementos pré-textuais do artigo.
Os elementos apresentados aqui estão em 99% dos artigos em revistas
especializadas e podem ser adaptados a maioria delas.
Portanto, antes de submeter seu artigo, veja no website da revista se existe um
modelo a ser seguido.
E
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exemplo de Elementos Pré-textuais
159
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
160
Elementos textuais
Os elementos textuais compõem o texto do artigo. Dividem-se em introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Introdução
A introdução expõe o tema do artigo e relacioná-lo com a literatura consultada. Além
disso, deve apresentar os objetivos do artigo, juntamente com sua finalidade. Por ser
o primeiro elemento textual explicativo do autor para o leitor, a introdução também
deve esclarecer a natureza do problema cuja resolução se descreve no artigo.
Uma revisão de literatura, que faz referência à trabalhos anteriores que abordam o
mesmo tema e que tenham embasado o desenvolvimento do presente trabalho, pode
ser incluída na introdução.
A introdução fornece ao leitor o enquadramento para a leitura do artigo, e deve
esclarecer:
♦ A natureza do problema cuja resolução se descreve no artigo;
♦ A essência do estado da arte no domínio abordado (com referências
bibliográficas) e,
♦ O objetivo do artigo e sua relevância para fazer progredir o estado da
arte.
Quando for caso disso, deve incluir ainda:
♦ Indicação dos métodos usados para atacar o problema e,
♦ Descrição da forma como o artigo está estruturado.
Desenvolvimento
Constitui a descrição, ao longo de vários parágrafos, de todos os pontos relevantes
do trabalho realizado. E se necessário, o artigo pode ser subdividido em seções e
subseções (Material e métodos; Resultados e discussão) conforme a NBR6024, 2003.
Lembrando que o Indicativo Numérico da seção precede o título (da seção) alinhado à
esquerda.
Ø
"Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer outro sinal após o
indicativo da seção ou de seu título." (NBR 6024, 2003, p.2).
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
161
Material e métodos ou Metodologia
Descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados no
desenvolvimento da pesquisa, de modo a permitir a repetição do experimento ou
estudo por outros pesquisadores com a mesma exatidão que foi feita pelo autor do
artigo.
Resultados e discussão
Esta subdivisão envolve a classificação e organização de informações, verificação das
relações existentes entre resultados alcançados, ou seja, seus pontos de convergência,
tendências e regularidades. Esses mesmos dados deverão ser confrontados e
relacionados aos objetivos do trabalho, ao problema e às questões propostas para
estudo.
Ø
Os artigos de revisão, ou seja, os artigos que abordam, analisam ou
resumem informações já publicadas, não devem possuir as subseções material
e métodos e resultados e discussão.
Conclusão
A conclusão deve destacar os resultados obtidos na pesquisa ou estudo, principalmente
aos dados correspondentes aos objetivos e hipóteses inicialmente apresentados na
introdução e que respondem à questão-problema da pesquisa. O texto deve ser
breve, podendo incluir recomendações e sugestões para trabalhos futuros.
Elementos Pós-Textuais
Título e subtítulo
Se houver em língua estrangeira.
Resumo em língua estrangeira
Versão do resumo apresentado no idioma exigido pelas normas da revista. Seguido
das Palavras-chave no mesmo idioma deste segundo resumo.
Ø
O resumo é denominado abstract em inglês; resumen em espanhol; résumé
em francês; riassunto em italiano e Zusammenfassung em alemão.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
162
Agradecimentos (opcional)
Um artigo científico resulta com freqüência do empenho de muita gente, para além dos
que o assinam como autores - elementos da equipa e amigos que contribuíram, de
uma forma ou outra, para a sua existência e qualidade. É neste ponto de um artigo
científico (entre as "Conclusões" e as "Referências") que se colocam os
"Agradecimentos". Quando a atividade que conduziu ao artigo é total ou parcialmente
financiada por uma instituição diferente da que é indicada como sendo de filiação do
autor, é também aqui que se mencionam os apoios. Várias instituições de financiamento
exigem formalmente que o seu apoio seja referido neste ponto. Mesmo que tal não
fosse obrigatório, faz parte das regras de boa cordialidade científica mencionar aqui
as instituições que apoiaram o trabalho.
Anexos e apêndices (elemento opcional)
Os anexos são "textos ou documentos não elaborados pelo autor, que servem de
fundamentação, comprovação e ilustração" (NBR 14724, 2002, p. 2). Já os apêndices
são os "Textos ou documentos elaborados pelo autor a fim de complementar o texto
principal" (NBR 14724, 2002, p. 2).
Referências
Trata-se de uma listagem dos livros, artigos ou outros elementos bibliográficos que
foram referenciados ao longo do artigo de acordo com a NBR6023 da ABNT.
Dicas:
♦ Escreva parágrafos e sentenças curtos: nos parágrafos use no máximo
400 caracteres, o que significa 6 linhas de texto. As frases devem conter uma
ou duas idéias, não mais para facilitar a leitura;
♦ Sem floreios: o texto só deve ter as palavras suficientes. Cada frase, cada
palavra deve lutar para sobreviver. Se não fizer diferença, corte;
♦ Transforme grandes parágrafos em listas com destaque: as pessoas
compreendem melhor a informação dividida;
♦ Use verbos fortes em lugar de fracos e sempre a voz ativa: os verbos
fortes dão credibilidade ao texto e a voz ativa traz agilidade na leitura, além de
evitar a monotonia;
♦ Use sempre palavras curtas ao invés de seus sinônimos maiores: substitua
todas as expressões e palavras grandes por palavras curtas e fáceis;
♦
Evite metáforas elaboradas: muitas pessoas passam os "olhos no texto",
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
163
não lendo todo o conteúdo. Assim, os leitores podem pular trechos do seu
texto e perder 'o fio da meada';
♦ E, por último, imprima o texto e corrija-o: a tela do computador dificulta a
leitura, sugerimos, então que você imprima seu artigo para correção. Você
também deve ler seu texto em voz alta para descobrir as frases mal escritas;
♦ Os anexos e apêndices são indicados por letras maiúsculas e consecutivas,
por exemplo: ANEXO A; ANEXO B; APÊNDICE A; APÊNDICE B.
O RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
O Relatório é um registro escrito de uma atividade desenvolvida. No particular de uma
pesquisa, visa "relatar" esta atividade em toda sua dimensão, desde o planejamento
até as conclusões, de maneira concisa. Assim, o relatório de pesquisa encontra-se
entre os meios de divulgação de maior circulação nas Universidades, Congressos,
Associações diversas, além de outros.
Entretanto, existem normas padronizadas para a apresentação de relatórios de pesquisa
e de desenvolvimento de trabalhos, ainda que em casos de relatórios internos, algumas
organizações adotam regras específicas.
De um modo geral, podemos dizer que os relatórios são escritos com os objetivos de:
♦ divulgar os dados técnicos obtidos e analisados;
♦ registrá-los em caráter permanente.
Tipos de relatórios
Os relatórios podem ser dos seguintes tipos:
Relatórios técnico-científicos: é o documento original pelo qual se faz a
difusão da informação corrente, sendo ainda o registro permanente das
informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências,
investigações, processos, métodos e análises.
Relatórios de viagem: um relatório de viagem ou participação em eventos
deve descrever detalhes acerca de atividades desenvolvidas em viagens e/ou
eventos temáticos relacionados a estudos em desenvolvimento. Especifica data,
local e participantes do evento.
164
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Relatórios de estágio: o texto de um relatório de estágio deve conter,
principalmente, o registro de experiências vivenciadas na área de atuação
futura do formando. Além dos elementos básicos de um relatório, nele deve
constar o período de desenvolvimento do estágio, o local, bem como o registro
do tempo de duração do mesmo (em horas).
Relatórios de visita técnica: já os relatórios de visita técnica se destinam à
apresentação de informações técnicas de visitas a locais relacionados a alguma
área de estudo em desenvolvimento e, como essas informações contribuíram
para a formação prática do acadêmico. Além dos elementos básicos de um
relatório, nele devem constar o local e a data da visita.
Relatórios administrativos: ao elaborar um relatório administrativo, enfoque
o relato de determinada atuação administrativa dentro de uma organização.
Este tipo de relatório pode ser elaborado individualmente ou em grupo, desde
que especificado o período que está sendo relatado.
Relatórios com fins especiais: este tipo de relatório segue um padrão
específico de acordo com sua finalidade e orientações da instituição a qual
pertence.
Neste livro vamos dar ênfase aos relatórios técnico-científicos, com base na NBR10719 da ABNT (2002).
Fases de um relatório
Plano inicial: nesta fase inicial do processo de elaboração do relatório é
essencial a determinação da natureza do relatório e de uma programação
para o seu desenvolvimento.
Coleta e organização do material: nesta fase, a atenção será voltada para
a definição das principais técnicas de coleta e armazenamento de dados que
podem ser utilizadas no desenvolvimento do relatório.
Redação: a redação do relatório deve observar as características da redação
técnica, obedecendo a critérios de concisão, coesão, coerência, clareza das
informações e correção.
Revisão: a fase de revisão do relatório exige do redator uma leitura crítica
que verifique os seguintes aspectos: redação em uma linguagem clara e objetiva;
o texto deve ter uma seqüência lógica apresentando com precisão as idéias,
as pesquisas, os dados, os resultados dos estudos, sem prolongar-se por
questões de menor importância e, o modo de organização física e visual de um
trabalho, levando-se em consideração, entre outros aspectos, estrutura, formatos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
e paginação.
Estrutura do relatório técnico-científico
Elementos pré-textuais
•
•
•
•
•
•
Capa
Folha de rosto
Prefácio ou apresentação (opcional)
Resumo
Listas (quando houver)
Sumário
•
•
•
•
Introdução
Metodologia
Resultados e discussão
Conclusões e/ou recomendações
Texto
Elementos pós-textuais
•
•
•
•
•
Anexos e/ou apêndices (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Referências bibliográficas
Glossário
Ficha de identificação
Capa
Deve conter os seguintes elementos:
•
•
•
Autor;
Título e Subtítulo (se houver);
Local;
165
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
166
•
Ano de publicação, em algarismo arábico.
Folha de rosto
É a fonte principal de identificação do relatório, devendo conter os seguintes elementos:
• nome da organização responsável seguido do respectivo departamento
ou divisão, centralizado no alto da página;
• número do relatório, localizado na extremidade superior direita da folha
de rosto. "Frequentemente, porém, encontram-se relatórios não numerados"
(FRANÇA, 2003);
• título e subtítulo, se houver;
• nome do responsável pela elaboração do relatório, seguido da indicação
de sua função;
• local (cidade), mês (opcional) e ano da publicação em algarismos arábicos.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Exemplo de Folha de Rosto de Relatório Técnico
167
168
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Prefácio ou apresentação (opcional)
Deve conter um breve histórico da origem do trabalho, suas características e finalidades,
principais dificuldades encontradas.
Resumo
Síntese do trabalho enfatizando os pontos mais relevantes, resultados e conclusões.
Deve conter no máximo 500 palavras.
Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos
Listas de tabelas e listas de ilustrações são as relações das tabelas e ilustrações na
ordem em que aparecem no texto.
Sumário
Comporta as principais divisões e subdivisões do trabalho, na seqüência em que
aparecem no corpo do relatório indicando as respectivas páginas.
Texto
Parte do relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Conforme sua
finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta.
O texto dos relatórios técnico-científicos contém as seguintes seções fundamentais:
a) introdução: parte em que o assunto é apresentado como um todo, sem
detalhes;
b) metodologia: descrição das técnicas de coleta de dados;
c) resultados e discussão: parte mais extensa e visa a comunicar os resultados
obtidos e analisá-los qualitativamente;
d)conclusões e recomendações: consistem na recapitulação sintética dos
resultados obtidos, ressaltando o alcance e as conseqüências do estudo. Deve
ainda, conter as ações a serem adotadas, as modificações a serem feitas, os
acréscimos ou supressões de etapas nas atividades.
Anexos (opcional)
É a matéria suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a
um relatório como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir parte essencial.
Os anexos são enumerados com algarismos arábicos, seguidos do título.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
Ex.: ANEXO 1 - FOTOGRAFIAS
...... ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS
Ø A paginação dos anexos deve continuar a do texto. Os anexos se localizam
no final da obra.
Agradecimentos (opcional)
O agradecimento às pessoas e instituições que contribuíram, de uma forma ou outra,
para o desenvolvimento e qualidade da pesquisa e conseqüente publicação do artigo,
localiza-se em seguida ao texto e procede às referências.
Referências
Trata-se de uma listagem dos livros, artigos ou outros elementos que foram
referenciados ao longo do artigo de acordo com a NBR6023 da ABNT.
Glossário
Para melhor compreensão do assunto a ser desenvolvido, muitas vezes é necessário
que alguns termos sejam definidos, principalmente nos trabalhos mais elaborados. Os
termos devem ser definidos em função da utilização que o autor do relatório fez dos
mesmos, durante a elaboração de seu trabalho.
Ficha de identificação
A ficha de identificação deve conter todas as informações bibliográficas do documento,
além dos dados que o identifique. Observe o modelo de uma ficha de identificação de
relatório, a seguir, segundo a NBR-10719 da ABNT.
169
170
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Modelo de Ficha de Identificação de Relatório
Fonte: ABNT, 2002 (NBR-10719)
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
171
Normas Técnicas
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
172
ABREVIATURAS E SIGLAS
Para ajudá-lo no momento de compor as Listas de Abreviaturas e Siglas e lembrando
sempre que devemos utilizar as abreviaturas já existentes ao invés de criar novas,
colocamos a seguir algumas siglas e abreviaturas de uso mais freqüente:
Tabela: Abreviaturas e Siglas
Abreviaturas
Siglas
ABI
a.C. ou A.C.
A/C
BCG
CAN
CEP
CFE
cf.
Cia.
CNPq
Associação Brasileira de Imprensa
antes de cristo
ao(s) cuidado(s)
Bacilo de Calmette e Guérin (vacina da tuberculose)
Correio Aéreo Nacional
Código de Endereçamento Postal
Conselho Federal de Educação
confira ou confronte
companhia
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
caixa
Departamento Administrativo do Serviço Público
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
edição
et cetera (e as outras coisas)
Fundação Getulio Vargas
folha
folhas
ibidem (no mesmo lugar)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
idem (o mesmo)
limitada (comercialmente)
Ministério de Educação e Cultura
Cx.
DASP
DNER
ed.
etc.
FGV
fl.
fls.
ib.
IBGE
Id.
Ltda.
MEC
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Abreviaturas
Siglas
O. K.
op. cit.
pág.
págs.
P. S.
QG
S. A
Séc.
UNESCO
all correct (está tudo bem)
opus citatum (obra citada)
página
páginas
post scriptum (depois do escrito)
Quartel-General
Sociedade Anônima
século
United Nations Educational Scientific and Cultural
Organization (Organização Educacional, Científica e
Cultural das Nações Unidas)
verbi gratia (por exemplo)
.
v.g.
Tabela: Pontos cardeais
Pontos Cardeais
N
N. E.
N. O.
O
L
S
S. E.
S O.
norte
nordeste
noroeste
oeste
leste
sul
sudeste
sudoeste
173
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
174
Tabela: Tratamento pessoal
Tratamento Pessoal
D.
D. ª
DD.
Dr.
Dr. ª
Ex. mo
Il.ma
Il. mo
Ir.
Pe.
Prof.
Prof.ª
Rev.mo
S.
Sr.
Srs.
Sr.ª
Sr.as
V. S. ª
V. S. as
Dom ou Dona
Dona
Digníssimo
Doutor
Doutora
Excelentíssimo
Ilustríssima
Ilustríssimo
irmão, irmã
padre
professor
professora
Reverendíssimo
São, Santo (a)
Senhor
Senhores
Senhora
Senhoras
Vossa Senhoria
Vossas Senhorias
Tabela: Estados brasileiros
Estados Brasileiros
AC
Estado do Acre
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Estados Brasileiros
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
Estado de Alagoas
Estado do Amazonas
Estado do Amapá
Estado da Bahia
Estado do Ceará
Distrito Federal
Estado do Espírito Santo
Estado de Goiás
Estado do Maranhão
Estado de Minas Gerais
Estado de Mato Grosso do Sul
Estado de Mato Grosso
Estado do Pará
Estado da Paraíba
Estado de Pernambuco
Estado do Piauí
Estado do Paraná
Estado do Rio de Janeiro
Estado do Rio Grande do Norte
Estado de Rondônia
Estado de Roraima
Estado do Rio Grande do Sul
Estado de Santa Catarina
Estado de Sergipe
Estado de São Paulo
Estado do Tocantins
175
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
176
Tabela: Unidades de medida
Unidades de Medida
cm
dm
g
h
ha
centímetro (s)
decímetro
grama
hora
hectare
HP
kg
km
km2
Kw
l
lat.
lb.
long.
m
m2
m3
min
MW
mg
mm
ql.
horse power
kilograma
quilômetro
quilômetro quadrado
quilowatt
litro
latitude, latim
libra
longitude
metro (s)
metro (s) quadrado (s)
metro (s) cúbico (s)
minuto (s)
megawatt
miligrama
milímetro
quilate
v
w
volt
watt
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
177
PALAVRAS OU EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM
PESQUISA
♦ apud: Significa "citado por". Nas citações é utilizada para informar que o
que foi transcrito de uma obra de um determinado autor na verdade pertence
a um outro.
Ex.: (Napoleão apud Loi) ou seja, Napoleão "citado por" Loi
♦ et al. (et alli): Significa "e outros". Utilizado quando a obra foi executada
por muitos autores.
Ex.: Numa obra escrita por Helena Schirm, Maria Cecília Rubinger de
Ottoni, Rosana Velloso Montanari e Joaquim Maltinez, escreve-se:
SCHIRM, Helena et al.
♦
ibid ou ibidem: Significa "na mesma obra".
♦
idem ou id: Significa "igual a anterior".
♦
In: Significa "em".
♦ ipsis litteris: Significa "pelas mesmas letras", "literalmente". Utiliza-se para
expressar que o texto foi transcrito com fidelidade, mesmo que possa parecer
estranho ou esteja reconhecidamente escrito com erros de linguagem.
♦ ipsis verbis: Significa "pelas mesmas palavras", "textualmente". Utiliza-se
da mesma forma que ipsis litteris ou sic.
♦
opus citatum ou op.cit.: Significa "obra citada".
♦ passim: Significa "aqui e ali". É utilizada quando a citação se repete em
mais de um trecho da obra.
♦ sic: Significa "assim". Utiliza-se da mesma forma que ipsis litteris ou ipsis
verbis.
♦
supra: Significa "acima", referindo-se a nota imediatamente anterior.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
178
NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DAS SEÇÕES DE UM
DOCUMENTO: NBR-6024 (2003) da ABNT
A numeração progressiva consiste na divisão do trabalho em seções. Segundo a
norma da ABNT - NBR-6024 (2003), as divisões principais ou seções primárias são
numeradas a partir do algarismo 1. Os números, denominados indicativos, são escritos
em arábico e separados do título da seção, por espaço.
Ø "Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer outro sinal após o
indicativo da seção ou de seu título." (NBR 6024, 2003, p.2).
As seções primárias correspondem aos capítulos, e podem ser divididas em seções
secundárias; as secundárias, em seções terciárias, etc. Recomenda-se, para melhor
entendimento do texto, não subdividi-lo demais. Cada subseção recebe o número da
seção a que se subordina e mais seu número de ordem, dentro da seção, sendo os
dois números separados por um ponto. Recomenda-se não ultrapassar a seção quinária.
O título das seções deve apresentar caracteres tipográficos diferentes (usando-se os
recursos de negrito, itálico ou grifo, caixa alta, etc.), por níveis (secundário, terciário,
quaternário e quinário). Porém, os títulos das seções de um mesmo nível apresentam
a mesma forma gráfica.
1
Seção primária
1.1 Seção secundária
1.1.1 Seção terciária
1.1.1.1 Seção quaternária
1.1.1.1.1 Seção quinária
Para evidenciar a sistematização do conteúdo do texto de cada seção, o autor pode
adotar letras minúsculas do alfabeto latino e assim relacionar itens. Observe que, os
itens são pontuados com ponto e vírgula (;), exceto para o último item que será
pontuado com ponto final (.).
2
Seção primária
a) alínea ou item;
b) alínea ou item;
c) alínea ou item.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
3
179
Seção Primária
a) I ... Inciso;
II... Inciso;
b) I ... Inciso;
II... Inciso.
FIGURAS E TABELAS
As figuras e as tabelas constituem unidades autônomas e explicam, ou complementam,
visualmente a pesquisa. Devem ser inseridas no texto (enquadradas de acordo com
as margens adotadas para o texto) o mais perto possível do trecho a que se referem.
Devem-se dar dois espaços duplos do parágrafo para a tabela (ou figura) e desta
para o reinício do parágrafo. Porém, quando muito numerosas, as tabelas e as figuras
devem vir em anexo, para não sobrecarregarem o documento.
As figuras compreendem: desenhos, fluxogramas, fotografias, organogramas, gráficos,
diagramas, mapas, fotografias e ilustrações em geral.
A apresentação das figuras deve ser planejada. Quando inseridas no corpo do texto,
deve-se procurar não exceder as margens estabelecidas no texto, procurando sempre
reduzir as ilustrações de modo a caberem em uma única página e evitando ao máximo
o material desdobrável.
A numeração e a identificação das figuras devem estar localizadas na parte inferior da
ilustração. Escreve-se a palavra FIGURA, seguida de seu número de ordem de
ocorrência (numeração consecutiva), em algarismos arábicos; em seguida coloca-se
o respectivo título e/ou legenda, para então, se necessário, citar a fonte dos dados.
As legendas das figuras e das tabelas devem conter todas as informações sobre os
resultados, tais como: título, grupos experimentais, número de animais ou amostras,
nível de significância estatística e outros.
As tabelas constituem uma categoria específica de ilustração.
O título da tabela, ao contrário do que ocorre com as figuras, deve figurar na parte
superior da mesma, precedido da palavra TABELA e da numeração em algarismo
arábico. O título deve ser auto-explicativo indicando onde e quando o fato foi estudado.
180
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Já a fonte dos dados é indicada no rodapé da tabela. Quando apresentada pelo
próprio autor da pesquisa, torna-se desnecessária a apresentação da fonte dos dados.
Pode-se fazer uso de Notas de Rodapé, quando o conteúdo apresentado na tabela
exigir esclarecimentos de natureza geral. Também as "chamadas" são aceitas quando
se deseja dar uma informação de natureza específica sobre determinada parte da
tabela, destinada a conceituar ou esclarecer os dados. As "chamadas" são indicadas
no corpo da tabela, em algarismos arábicos, entre parênteses, à esquerda nas casas
e à direita, nas colunas e cabeçalho. A enumeração das "chamadas", na tabela, será
sucessiva de cima para baixo e/ou da esquerda para a direita. A distribuição das
"chamadas", no rodapé da tabela, obedecerá à ordem de sua sucessão na tabela,
separando-se uma das outras por ponto.
Exemplo de gráficos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
181
As tabelas não são delimitadas por linhas laterais, porém traços verticais podem ser
usados em seu interior para separar as colunas. Também não são usados traços
horizontais para separar os dados numéricos.
No corpo da tabela nenhuma casa deve ficar vazia, a ausência de dados numéricos
deve ser representada por símbolos, de acordo com a convenção internacional.
Tabela: Símbolos que devem ser utilizados em tabelas.
Símbolos
Descrição
-
Usa-se hífen quando o fenômeno não ocorre;
...
(três pontos) quando o dado é desconhecido, não
implicando se o fenômeno existe ou não;
Z
é
(zero) quando o fenômeno existe, porém sua expressão
tão pequena que não atinge a unidade adotada;
X
Quando o dado for omitido para evitar a individualização
da informação;
0; 0,0 ou 0,00
Quando a aplicação dos critérios de arredondamento
não permitir alcançar, respectivamente, os valores 1; 0,1;
0,01 e assim por diante.
Ø Se a tabela não couber em uma folha, deve ser continuada na folha
seguinte e, nesse caso, deve-se incluir após o título a indicação continua
(para as primeiras folhas) e conclusão (na folha de término da tabela), sendo
o título e o cabeçalho devem ser repetidos em todas as folhas.
182
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de página com duas tabelas.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
NOTAS DE RODAPÉ
As notas de rodapé são utilizadas para complementar alguma informação do texto
(explicações pessoais do autor, por exemplo), para indicar fontes bibliográficas e
ainda podem ser adotadas para definir conceitos e expressões, cujas inclusões no
próprio texto interromperiam a seqüência lógica da leitura.
As notas de rodapé devem aparecer na margem inferior da página em que foram
mencionadas, separadas do texto por uma linha contínua horizontal de 4cm, a qual é
feita a partir da margem esquerda. Devem ser datilografadas em espaço simples e em
letra menor que a do texto (fonte nº 10).
Já entre duas notas de rodapé, deixa-se um espaço duplo. A nota de rodapé é
sempre indicada por número sobrescrito que deverá ser repetido no rodapé da página.
Ø As notas não devem ocupar mais de 50% do espaço total da
página.
As notas de rodapé podem ser notas explicativas ou notas de referência. Assim
temos:
Notas explicativas: são utilizadas para esclarecimentos, apresentação de
comentários, explanações ou traduções que não devem ser incluídos no texto
para não interromper as idéias do autor.
Notas de referência: as notas de referência indicam as fontes consultadas
ou remetem a outras partes de um documento onde o assunto em questão foi
abordado. A primeira citação de uma obra deve ter sua referência COMPLETA,
já as demais poderão ser abreviadas com a utilização de expressões latinas
tais como: Ibidem (na mesma obra) e Passim (aqui e ali, em diversas
passagens), dentre outras (verifique o segundo capítulo Palavras ou
Expressões Latinas Utilizadas em Pesquisa apresentado anteriormente).
183
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
184
Exemplos:
a) No texto:
Num primeiro momento, reafirma a versão oficial de que o exército naquela
ocasião, como de costume, apenas patrulhou a cidade. Sem qualquer amparo
documental1, vê-se vencida...
No rodapé:
1 A sua única fonte comprobatória é a seguinte: "Várias pessoas que moravam
em Francisco Beltrão, na época, afirmaram isso, inclusive Walter Pecoits e Luis
Prolo, que eram da comissão" (GOMES, 1986, p. 104).
b) No texto:
KORMAN2, citado por PASQUALI (1981, p. 54), afirma que outra variável
que tem importância especial como característica de personalidade é a autoestima, isto é, a extensão em que o indivíduo se percebe como competente,
capaz e que pode prover a satisfação de suas necessidades.
No rodapé:
2 KORMAN, A. K. Task success, task popularity, and self-esteem as influences
on task liking. J. Appl. Psychol., Washington, D.C., v. 52, n. 6, p. 484-490,
1968.
c) No texto:
Para DEMO (1998), ideologia significa o modo como justificamos posições
políticas, interesses sociais e privilégios dentro da sociedade3.
No rodapé:
3 Comunicação pessoal do autor (24 de julho de 1998).
d) No texto:
A dialética acredita que a contradição mora dentro da realidade (DEMO, 1998)4.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
185
No rodapé:
4 Carta pessoal do autor (24 de julho de 1998).
e) Quando a obra é escrita por dois autores:
No rodapé:
5 Joel MARTINS, M. Antonieta Alba CELANI, Subsídios para redação de tese
de mestrado e doutoramento, p. 23.
f)
Havendo mais de três autores, utiliza-se a expressão "et al":
No rodapé:
6 Elza Salvatori BERQUÓ et al., Bioestatística, p. 82.
g) Em citação de citação, isto é, idéias de um autor citado por outro, após o
nome do autor da citação coloca-se o termo "apud", seguido do nome do
autor da obra:
No rodapé:
7 John DEWEY apud Franz Victor RUDIO, Introdução ao projeto de pesquisa
científica, p. 17.
h) Quando em notas sucessivas, na mesma página, são citadas obras
diferentes de um mesmo autor, o nome deste pode ser substituído pela
expressão "Idem" ou sua abreviatura "Id." (do mesmo autor):
No rodapé:
8 Mario Bunge, La investigación científica, p. 115.
9 Idem, Epistemologia, p. 37.
10 Idem, Teoria e realidade, p. 203.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
186
i) De forma semelhante, quando em notas sucessivas, sempre colocadas
na mesma página, faz-se referência à mesma obra do autor, variando apenas
a página de onde se tira a citação. Nesse caso além da expressão "Idem"
utiliza-se "Ibidem" (na mesma obra), ou de forma abreviada "Ibid.":
No rodapé:
11 Pedro DEMO, Metodologia científica em ciências sociais, p. 112.
12 Id., Ibid., p. 118.
13 Id., Ibid., p. 115.
j) op. cit. (Opus citatum, opere citato) :esta expressão latina pode ser usada
somente em notas de rodapé, sempre colocada na mesma página indica,
quando houver intercalação de outras notas, que se trata da mesma obra
citada anteriormente.
No rodapé
14 SALGUEIRO, 1998, p. 19.
15 SMITH, 2000, p. 213.
16 SALGUEIRO, op.cit., p.40-43.
17 SMITH, op.cit., p. 376.
k) passim (aqui e ali) : esta expressão latina indica que a infomação foi
retirada de diversas páginas do documento referenciado.
No rodapé
18 QUEIROZ, 1999, passim.
19 SANCHEZ; COELHO, 2000, passim.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
l) loc. cit. (loco citato): esta expressão latina indica que a infomação foi
retirada da mesma página de uma obra já citada anteriormente, mas com
intercalação de notas.
No rodapé
20 FIGUEIREDO, 1999, p.19.
21 SANCHEZ; CARAZAS, 2000, p. 2-3.
22 FIGUEIREDO, 1999, loc. cit.
23 SANCHEZ; CARAZAS, 2000, loc. cit.
m) Cf. (confira, confronte): esta expressão latina deve se usada para
recomendar uma consulta a um trabalho ou notas.
No rodapé
24 Cf. DIAS GOMES, 1999, p.76-99
25 Cf. nota 1 deste capítulo
n) et. seq. (sequentia; seguinte ou que se segue): esta expressão latina deve
ser usada quando não se quer citar todas as páginas da obra referenciada.
No rodapé
26 DIAS GOMES, 1999, p.76 et seq.
27 FOUCAULT, 1994, p. 17 et. seq.
187
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
188
REFERÊNCIAS: NBR-6023 (2002) da ABNT
As Referências são as citações das fontes bibliográficas efetivamente utilizadas pelo
autor, ou seja, foram citadas no texto da pesquisa.
As Referências podem obedecer a uma ordem alfabética única de sobrenome de
autor, entidade autora e título para todo tipo de material consultado, independentemente
do formato em que se apresente, ou uma ordem numérica crescente, obedecendo a
ordem de citação no texto. Caso seja conveniente incluir qualquer documento sem
menção específica no texto, isto deve ser feito sob o título de Obras Consultadas ou
Bibliografia Recomendada.
As referências em listas após o texto antecedem os anexos. Alinhadas somente à
margem esquerda, as referências devem ser datilografadas usando espaço simples
entre as linhas e espaço duplo para separá-las.
O uso de letras maiúsculas ou caixa alta é indicado em se tratando de:
a) Sobrenome do autor;
b) títulos de eventos, seminários, congressos;
c) quando a primeira palavra do título inicia a referência;
d) na entrada direta de entidades coletivas; e
e) quando nomes geográficos antecedem um órgão governamental de
administração.
Já a utilização de grifo, negrito ou itálico é indicada para título dos periódicos e das
obras que não iniciam a referência, além de nomes científicos.
As referências podem apresentar os seguintes elementos de pontuação:
Uso da pontuação
Pontuação
Ponto ( . )
Usa-se ponto após o nome do autor/autores, após
o título, edição e no final da referência;
Vírgula ( , )
A vírgula é usada após o sobrenome dos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
189
a excelência como diferencial
autores, após a editora, entre o volume e o
número, páginas da revista e após o título da
revista;
Ponto-e-vírgula (; )
Ponto-e-vírgula seguido de espaço é usado para
separar os autores;
Dois-pontos ( : )
Dois-pontos são usados antes do subtítulo, antes
da editora e depois do termo In;
Barra transversal ( / )
A barra transversal é usada entre números e datas
de fascículos não seqüenciais (ex: 3/4, 1988/
1992);
Reticências ( ... )
As reticências são usadas para indicar supressão
de títulos (ex: Anais ... );
Hífen ( - )
O hífen é utilizado entre páginas (ex: 75-103), e
entre datas de fascículos seqüenciais (ex: 20002001);
Colchetes [ ]
Colchetes são usados para indicar os elementos
de referência, que não aparecem na obra
referenciada, porém são conhecidos (ex: [1976]);
Parênteses ( )
Parênteses são usados para indicar série, grau
(nas monografias de conclusão de curso e
especialização, teses e dissertações) e para o título
que caracteriza a função e/ou responsabilidade,
de forma abreviada. (Coord., Org., Comp.).
A NBR-6023 recomenda não deixar nenhuma referência sem data e, portanto, quando
a data não constar na obra, deve-se registrar a data aproximada entre colchetes
como se segue abaixo:
[1981 ou 1982] um ano ou outro
[1976?] data provável
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
190
[1981] data certa não indicada na obra
[entre 1993 e 1999] use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1970] data aproximada
[198-] década certa
[199?] década provável
[19-] para século certo
[19-?] para século provável
Obedecendo a orientação da Norma da ABNT - NBR-6023 (2002) apresentaremos a
seguir exemplos de casos de referências bibliográficas:
Utilização de Publicações em sua Totalidade
Referem-se ao uso de livros, teses, dissertações, manuais, guias, enciclopédias,
dicionários, etc., em sua totalidade, para a elaboração do trabalho.
!
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação: Editora, data
de publicação (Nº de páginas ou volumes. Coleção ou Série). Notas
Um Autor
LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré-escola e alfabetização: uma
proposta baseada em Paulo Freire e Jean Piaget. 2ª ed. Petrópolis: Vozes,
1986. 228 p.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais:
estratégicas, táticas, operacionais. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Quando um autor for citado mais de uma vez, substitui-se seu nome por 6 traços e
ponto.
ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São
Paulo: Atlas, 1996.
______. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. São Paulo:
Atlas, 1996.
Nomes compostos:
D'ONOFRIO, S. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas,
1999.
Não se colocam como sobrenome final, ao começar a indicação de autor, os
indicativos - Junior, Sobrinho, Filho e similares.
BARBOSA FILHO, M. Introdução à pesquisa: métodos, técnicas e
instrumentos. Rio de Janeiro: LTC, 1980.
Consideram-se sobrenomes compostos:
- Sobrenomes ligados por hifen;
- Sobrenomes compostos de um substantivo + advetivo;
Exemplos:
ROQUETE-PINTO, Eduardo.
CASTELO BRANCO, Carlos.
Dois Autores
SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed.
London: MacMillan, 1994. 714 p.
191
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
192
Três Autores
COSTA, Maria Aída B.; JACCOUD, Vera; COSTA, Beatriz. MEB: uma
história de muitos. Petrópolis: Vozes, 1986. 125 p. (Cadernos de Educação
Popular, 10).
Mais de Três Autores
Quando há mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, seguido da expressão
"et al.". Sendo necessário, como em projetos de pesquisa, podem-se mencionar
todos os autores do trabalho.
BRITO, Edson Vianna, et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro
prático de consulta diária. 6. ed. atual. São Paulo: Frase Editora, 1996.
288 p.
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. Fazer universidade: uma proposta
metodológica. São Paulo: Cortez, 1989.
Autor Desconhecido
Em caso de autoria desconhecida a entrada é feita pelo título. O termo anônimo não
deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.
O pensamento vivo de Nietzsche. São Paulo: Martin Claret, 1991. 110 p.
Autor desconhecido.
PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira e. Gerência da vida:
reflexões filosóficas. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1990. 247. p. 212-213.
Autor desconhecido.
Pseudônimo
Nos casos dos documentos publicados sob pseudônimo, este deve ser considerado
para entrada. Quando o verdadeiro nome do autor for conhecido, deve-se indicá-lo
entre colchetes após o pseudônimo.
ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos. Rio de
Janeiro: Schmidt, 1931.
Organizador, Compilador, Coordenador
Quando não há autor, e sim um responsável intelectual, Editor, Organizador ou
Coordenador, a entrada é feita pelo sobrenome deste responsável acompanhado
entre parênteses pela abreviatura da função editorial.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
193
a excelência como diferencial
FERREIRA, Naura Syria C; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Orgs). Gestão
da educação. São Paulo: Cortez, 2000.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling (Org.). Obtendo resultados com relações
públicas. São Paulo: Pioneira, 1997. 247 p.
Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas, Instituições)
Os documentos de cunho administrativo ou legal de entidades independentes devem
entrar diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta e por extenso, ou pelo nome
geográfico, considerando a subordinação hierárquica (país, estado ou município),
quando houver.
INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Brasil). Classificação
Nacional e patentes. 3. ed. Rio de Janeiro, 1979. v. 9.
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI. Elaboração do relatório final de TCC:
orientações e regras. São Paulo: Curso de Pedagogia, 2002. Mimeo.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Programa de PósGraduação em Educação/PPGE-UFES. Avaliação educacional:
necessidades e tendências. Vitória, 1984. 143 p.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário
astronômico. São Paulo, 1988. 279 p.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade São
Paulo, 1992. São Paulo, 1993.
Quando a entidade, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica
que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome. Em se tratando de
nomes homônimos, usar a área geográfica, local.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro. Rio de
Janeiro: Divisão de Publicações, 1971.
Órgãos Governamentais
Órgãos governamentais entram pelo local de sua jurisdição. Seções subordinadas são
mencionadas após o nome da Instituição, separadas por ponto e com iniciais maiúsculas.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento
Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
194
sustentado. Brasília: SEFOR, 1995. 24 p.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros curriculares
Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 10v.
Livros e Folhetos
O título da obra é escrito em negrito (ou sublinhado ou itálico - mas sempre de uma
mesma forma). Se houver um subtítulo, ele não é escrito em negrito (ou outra forma
diferenciada).
!
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, data. Número de
páginas ou volumes.
KOROLKOVAS, Andrejus; BURCKALTER, Joseph. Química Farmacêutica. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987. 232 p.
MARTINELLI, M. L. Pesquisa qualitativa: um instigante desafio. São Paulo:
Veras, 1999, (Série Núcleo de Pesquisa 1).
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Uso de Medicamentos Esenciales.
Ginebra,1985 (Sede de Informes Técnicos, 685).
O local da editora é escrito sem abreviações, por exemplo, São Paulo e não S. Paulo.
A edição, se houver, é feita com um número, seguido de ponto (ex 2.ed.). A primeira
edição nunca é citada. Se não houver indicação de edição, escreve-se s/ed (sem
edição).
Dupla Editora
Havendo duas editoras, registram-se as duas. E para os documentos sem editora, indicase [s.n.], que significa sine nomine. As obras publicadas com recursos do próprio autor,
sem vínculo com qualquer editora comercial ou institucional, conhecidas como edição do
autor, devem incluir esta informação.
HUBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
195
dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo: Pioneira/Mackenzie,
1998.
Em se tratando de SÉRIES E COLEÇÕES, ao final da referência indicam-se os títulos
das Séries e Coleções e sua numeração tal qual figuram no documento, entre
parênteses.
PÁDUA, Marsílio. O defensor da paz. Tradução e notas de José Antônio
Camargo. Rodrigues de Souza, introdução de José Antônio Camargo
Rodrigues de Souza; Gregório Francisco Bertolloni. Petrópolis: Vozes,
1997. 701 p. (Clássicos do pensamento político).
Monografias, Dissertações e Teses
!
AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas.
Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição, local e ano da
defesa.
O ano da defesa deve ser indicado somente quando este difere do ano de apresentação.
MEDDA, Maria Conceição Gobbo. Análise das representações sociais de
professores e alunos sobre a avaliação na escola: um caminho construído
coletivamente. 1995. 201 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Faculdade
de Ciências Humanas. Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.
WEISS, Valéria. Avaliação tecnológica de suspensões e nebulizados
de nanocápsulas e nanoesferas contendo indometacina. 2001. 165 f.
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Normas Técnicas
!
AUTOR. Número da Norma: título e subtítulo. Local de Publicação:
editora, data. Número de páginas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6023:
informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro,
2002. 24 p.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
196
Patentes Requeridas por Empresas ou Pessoas Físicas
!
ENTIDADE RESPONSÁVEL. Autor. Título da invenção na língua
original. Número da patente, datas do período do registro. Indicação
da publicação da patente (quando houver).
ALFRED WERTLI AG. Bertrand Reymont. Dispositivo numa usina de
fundição de lingotes para o avanço do lingote fundido. Int CI3B22D29/
00.Den.PI 8002090. 2 abr. 1980, 25 nov. 1980. Revista da Propriedade
Industrial, Rio de Janeiro, n. 527, p.17.
EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação
Agropecuária (São Carlos). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multissensor
de temperatura para solos. BR nº PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30 maio
1995.
Congressos, Seminários, Simpósios e Outros
!
NOME DO CONGRESSO, número, ano, Cidade onde se realizou o
Congresso. Título: subtítulo. Local de publicação: Editora, data de
publicação. Número de páginas ou volumes.
SIMPÓSIO BRASIL-CHINA DE QUÍMICA E FARMACOLOGIA DE
PRODUTOS NATURAIS, 1., 1989, Rio de Janeiro. Programa e Resumos...
Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1989. 96 p.
Bíblia
BÍBLIA sagrada. A. T. Gêneses. 34. ed. São Paulo: Editora Ave-Maria,
1982. cap. 19, p. 65.
Citação de Citação
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3.
ed. Rio de Janeiro: Delta, v. 5, p. 13-17, 1980. apud DINA, Antonio. A
fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis:
Vozes,1987. p. 89-93.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
197
Apud Significa "citado por". Nas citações é utilizado para informar o que foi transcrito
de uma obra de um determinado autor, que na verdade pertence a um outro.
Ex.: (Napoleão apud Loi) ou seja, Napoleão "citado por" Loi.
Referências Jurídicas
Leis e Decretos
!
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto, número, data (dia,
mês e ano). Ementa. Dados da publicação que transcreveu a lei ou
decreto.
BRASIL. Decreto nº 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre
documentos e procedimentos para despacho de aeronave em serviço
internacional. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo,
v. 48, p. 3-4, jan./mar.,1. trim. 1984. Legislação Federal e Marginália.
BRASIL. Lei n. 5.517, de 23 de outubro de 1968. Dispõe sobre o exercício
da profissão de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regional
de Medicina Veterinária. Belo Horizonte: Conselho Regional de Medicina
Veterinária, 1970. 48 p.
BRASIL. Medida Provisória nº 581, de 12 de agosto de 1994. Dispõe
sobre os quadros de cargos de Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores da Advocacia Geral da União. Diário Oficial [da República
Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 132, nº 155, p. 12246, 15 ago. 1994.
Seção 1, pt. 1.
BRASIL. Lei nº 9.160, de 19 de fevereiro de 1998. Altera e atualiza e
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, nº 36, p. 39, 20 fev. 1998. Seção 1.
Pareceres
!
AUTOR (Pessoa física ou Instituição responsável pelo documento).
Ementa. Tipo, número e data (dia, mês e ano) do parecer. Dados da
publicação que transcreveu o parecer.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
198
BAHIA. Tribunal de Contas. Procuradoria Administrativa. Convênio...
Parecer H-62/77. Relator: Raimundo Viana. 14 abr. 1977. Revista da
Procuradoria Geral do Estado, Salvador, v. 2, p. 129-131, jan./dez. 1977.
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocante aos
financiamentos gerados por importações de mercadorias, cujo embarque
tenha ocorrido antes da publicação do Decreto-lei nº 1.994, de 29 de
dezembro de 1982. Parecer normativo, nº 6, de 23 de março de 1984.
Relator: Ernani Garcia dos Santos. Lex: Coletânea de Legislação e
Jurisprudência, São Paulo, p. 521-522, jan./mar. 1. Trim., 1984. Legislação
Federal e Marginália.
Portarias, Resoluções e Deliberações
!
AUTOR. (entidade coletiva responsável pelo documento). Ementa
(quando houver). Tipo de documento, número e data (dia, mês e ano).
Dados da publicação que transcreveu.
Exemplo de Resolução:
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha
dos delegados-eleitores, efetivo e suplente à Assembléia para eleição
de membros do seu Conselho Federal. Resolução n. 1.148, de 2 de março
de 1984. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p.
425-426, jan./mar., 1. Trim. de 1984. Legislação Federal e Marginália.
Exemplo de Portaria:
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios
e Telégrafos - ECT do sistema de arrecadação. Portaria n. 12, de 21 de
março de 1996. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São
Paulo, p. 742-743, mar./abr., 2. Trim. 1996. Legislação Federal e
Marginália.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
199
Acórdãos, Decisões, Deliberações e Sentenças das Cortes ou Tribunais
!
AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nome da
Corte ou Tribunal. Ementa (quando houver). Tipo e número do recurso
(apelação, embargo, habeas-corpus, mandado de segurança, etc.).
Partes litigantes. Nome do relator precedido da palavra "Relator". Data,
precedida da palavra (acórdão ou decisão ou sentença) Dados da
publicação que o publicou. Voto vencedor e vencido, quando houver.
SÃO PAULO (estado). Tribunal de Alçada Civil. Nula é a ação de cobrança
dirigida contra quem, como mandatário, emitiu cheque. Ação rescisória nº
186.609. Geraldo Marcos Pires versus Domingos Teixeira. Relator: Machado
Alvim. Acórdão de 27 fev. 1974. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 463, p.
158-159, maio 1974.
Constituições e códigos
Elementos essenciais: Jurisdição, título, edição, local, editora, data, número de
páginas.
Referência de Constituição:
BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília: Senado, 1988.168p.
MINAS GERAIS. Constituição (1989) Constituição do Estado de Minas
Gerais. Belo Horizonte: Inédita, 2001. 258p.
Referência de Emenda Constitucional:
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional n.41, de 19 de
dezembro de 2003. Modifica os arts. 37, 40, 42, 48, 96, 149 e 201 da
Constituição Federal, revoga o inciso IX do § 3 do art. 142 da
ConstituiçãoFederal e dispositivos da Emenda Constitucional nº 20, de
15 de dezembro de 1998, e dá outrasprovidências. Diário Oficial da União,
Brasília, 31 dez. 2003.
200
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Referência de Códigos:
BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices
por Juarez de Oliveira. 46.ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 913p.
GUANHÃES (MG). Código tributário do município de Guanhães.
Guanhães, MG: Prefeitura Municipal, 2003. 128p.
Referência de decreto publicado em jornal:
BRASIL. Decreto n.56.725, de 16 ago. 1965. Regulamenta a Lei n.4.084,
de 30 de junho de 1962, que dispõe sobre o exercício da profissão de
Bibliotecário. Diário Oficial, Brasília, 19 ago. 1965. p.7.
Referência de lei publicada em periódico:
BRASIL. Lei n.7.505, de 02 jul. 1986. Lex: Coletânea de Legislação e
Jurisprudência, Legislação Federal e Marginália, São Paulo, v.50, p.658662, jul. 1986.
Referência de lei publicada em livro:
BRASIL. Lei n. 9.958, de 12 de Janeiro de 2000. In: ARRUDA, Hélio Mário
de; DIONÍSIO, Sônia das Dores. A conciliação extrajudicial prévia : análise
interpretativa. Belo Horizonte: Líder, 2002. p.69-72.
Referência de medida provisória:
BRASIL. Medida provisória n.2.226 de 04 de setembro de 2001. Acresce
dispositivo à Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo DecretoLei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e à Lei no 9.469, de 10 de julho de
1997. Justiça do Trabalho: Doutrina, Jurisprudência, Legislação,
Sentenças e Tabelas, Porto Alegre , v.18, n.214 , p.7-10, out. 2001.
Referência de súmulas:
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.282. Cabe a citação por
edital em ação moratória. Diário de Justiça da União, Brasília, 13 de maio
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
2004. Seção 1, p.201.
201
Referência de habeas-corpus:
SERGIPE. Tribunal de Justiça. Habeas-corpus. Impetração suscitando
nulidade do processo perante o tribunal que já apreciou a matéria em
âmbito de apelação - inadmissibilidade – circunstância que torna a corte
de justiça... Revista dos Tribunais, São Paulo, Ano 93, v.828, p.669-672,
out. 2004.
Referência de apelação:
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça. Apelação civil n.70006270508.
Responsabilidade civil, dano material e moral, uso de cigarros. Apelante:
Adelar Grando. Apelado: Cibrasa Indústria e Comércio de Tabacos, Philip
Morris do Brasil e Souza Cruz. Relator: Dês. Leo Lima, Porto Alegre, 18
set. 2003. Revista Trimestral de Direito Civil, Rio de Janeiro, Ano 5, n.18,
p.137-149, abr./jun. 2004.
Referência de sentenças:
SANTA CATARINA. Ministério Público Estadual. Degradação ambiental.
Relator Nicanor Calírio da Silveira. Revista de Direito Ambiental, São
Paulo, Ano 9, n.33, p.295-308, jan./mar. 2004.
Utilização de Parte de uma Publicação
Quando apenas alguma parte da publicação consultada, tal como capítulo, volume,
etc. é utilizada na elaboração do trabalho. Tal situação é muito freqüente nos
casos de livros, por exemplo, que possuem um Organizador e diversos autores
que escrevem os capítulos.
Capítulo de Livro, Páginas e Volumes de Coleção
O autor da parte citada é também o autor da obra.
!
AUTOR. Título. Local da publicação: Editora, data da publicação.
Nº(s) da(s) página(s) ou volume(s) consultado(s).
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
202
BOGGS, James. Ação e pensamento. São Paulo: Brasiliense, 1969. 3v.
v.3: A revolução americana.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica.
Petrópolis: Vozes, 1997. p. 41-88.
Capítulos de Livros, Volumes, Páginas e Coleções
O autor da parte citada não é o autor da obra.
!
AUTOR da parte. Título da parte. Termo In: Autor da obra. Título da
obra. Número da edição. Local de Publicação: Editor, Ano de publicação.
Número ou volume, páginas inicial-final da parte.
MELO, Maria Teresa Leitão de. Gestão educacional - os desafios do cotidiano
escolar. In: FERREIRA, Naura Syria C.; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Orgs).
Gestão da educação. São Paulo: Cortez, 2000. 243-254.
SONNEDECKER, G. Evolution of Pharmacy. In: GENNARO, A.R. (Ed.)
Remington's Pharmaceutical Sciences. 17. ed. Easton: Mack, 1985. cap.2, p.
8-18.
Exemplo de Partes de Enciclopédia (Verbetes):
MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS. Enciclopédia Verbo da Sociedade
e do Estado: Antropologia, Direito, Economia, Ciência Política. São Paulo:
Verbo, 1987. v. 5, p. 266-278.
Exemplo de Partes de Dicionário (Verbetes):
HALLISEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William; BUTTOMORE,
Tom. Dicionário do pensamento social do século XX. Tradução de
Eduardo Francisco Alves; Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p.
47-49.
Exemplo de Partes Isoladas (Páginas):
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
203
a excelência como diferencial
BIER, O. Bacteriología e Imunologia. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos,
1970. p. 806-807, 816, 831.
Parte com Autoria Própria de Congressos e Conferências
!
AUTOR DO TRABALHO. Título do trabalho. In: NOME DO
CONGRESSO, número, ano, cidade onde se realizou o Congresso.
Título (Anais ou Proceedings ou Resumos…). Local de publicação:
Editora, data de publicação. Total de páginas ou volumes. Páginas
inicial e final do trabalho.
PILLI, R.A.; MURTA, M.M.A. A stereose approach to the total synthesis of
invietolide. In: SIMPÓSIO BRASIL-CHINA DE QUÍMICA E
FARMACOLOGIA
DE PRODUTOS NATURAIS, 1., 1989, Rio de Janeiro. Programas e Resumos.
Rio de Janeiro: Fundação oswaldo Cruz, 1989. p. 38.
PINHEIRO, Carlos Honório Arêas. Novas experiências em processos seletivos.
In: II ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO, 2 e 3 de junho de
1998, Bragança Paulista. Anais. Salvador: CONSULTEC, 1998. p. 62-64.
Separatas
!
AUTOR. Título: subtítulo. Local de publicação: Editora, data de
publicação. Nº de páginas. Separata de: AUTOR. Título. Local de
publicação: Editora, data. Número de Páginas.
MUÑOZ AMATO, P. Planejamento. Rio de Janeiro: FGV, 1955. 55 p.
Separata de: BERNARDES, Manoel. Introducción a la administración
pública. México, D.F.: Fondo de Cultura Económica, 1955. p. 34 - 41.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
204
Publicações Periódicas Consideradas no Todo
Coleções
!
TITULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, ano
do primeiro e último volumes. Periodicidade. ISSN (Quando houver).
O ISSN - Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (International
Standard Serial Number) é o identificador aceito internacionalmente para individualizar
o título de uma publicação seriada, tornando-o único e definitivo. O ISSN é
operacionalizado por uma rede internacional (www.issn.org), e no Brasil o Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT atua como centro nacional
dessa rede.
EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS. São Paulo: Centro Brasileiro de Pesquisas
Educacionais, 1956- Mensal. ISSN: 0005- 9217.
Fascículos
!
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora,
volume, número, mês e ano. Número de páginas.
REVISTA VEJA. São Paulo: Abril, nº 14, 11 de abril de 2001. 89 p.
Fascículos com Título Próprio
!
TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo. Local de publicação
(cidade): Editora, volume, número, mês e ano. Notas.
REVISTA DE BIBLIOTECONOMIA DE BRASÍLIA. Estudo e treinamento
de usuários da informação. Brasília: ABDF, v. 10, n. 12, jul./dez. 1982. 173
p.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
205
Partes de Publicações Periódicas
Artigos de Jornal com Autoria
!
AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, Local de publicação, dia,
mês, ano. Nº ou título do caderno, seção ou suplemento, p. inicialfinal.
NOGUEIRA, Salvador. Brasileiro cria analisador médico portátil. Jornal Folha
de São Paulo, São Paulo, 30 de jan. de 2002. Caderno Ciência, p. 12.
Artigos de Revista com Autoria
!
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista, (abreviado
ou não) Local de Publicação, Número do Volume, Número do
Fascículo, Páginas inicial-final, mês e ano.
MATOS, Francis Valdivia. Mitos do trabalho em equipe. Revista T&D.
São Paulo, v. 45, nº 107, p. 25-26. nov. 2001.
Artigos de Jornal ou Revista sem Autoria (Sem o Nome do Autor)
DESIGUALDADE não mudou, diz estudo. Jornal Folha de São Paulo. São
Paulo, 30 jan. 2002, p. C5. Caderno Cotidiano.
ÍNDIOS ganham universidade. Revista Pátio. Porto Alegre: ARTMED, n. 19,
nov./jan. 2002. p. 8
Referências com Notas Especiais
Traduções
Em casos de tradução do original indica-se o título do original no final da referência,
quando houver. Quando necessário, acrescenta-se a indicação do tradutor,
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
206
conforme aparece no documento.
LANGER, Susanne K. Ensaios filosóficos. Tradução de Jamir Martins,
São Paulo: Cultrix, 1971. 235 p. Título original: Philosophical sketches.
Já no caso de tradução feita com base em outra tradução, indica-se tanto a língua do
texto traduzido, como também a língua do texto original.
SAADI. O jardim das rosas. Tradução: Aurélio Buarque de Holanda. Rio de
Janeiro: J. Olympio, 1944. 124 p. Versão francesa de: Franz Toussaint. Original
árabe.
Trabalhos Não Publicados (Inéditos)
ALVES, João Bosco da Mota; PEREIRA, Antônio Eduardo Costa. Linguagem
Forth. Uberlândia, 100 p. Inédito.
Trabalhos Escolares e Notas de Aula
CRUZ, Cristiane. Preparo cavitário. Belo Horizonte: Escola de Odontologia da
Newton Paiva, 2002. 15 f. Notas de aula.
KNAPP, Ulrich. Separação de isótopos de urânio conforme o processo Nozzle:
curso introdutório, 5-30 de set. de 1977. 26 f. Notas de Aula. Mimeografado.
Ensaios
OLIVEIRA, Emiliano. Ensaios de baterias no-break. Belo Horizonte: Centro de
Extensão da Ecobusiness, 2000. 165 p. Ensaio.
Resenhas
MATSUDA, C. T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha
de: SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bola de gelo sujo?
Ciência Hoje. São Paulo, v. 5, nº 30, p. 20, abril. 1987.
PINHEIRO, Regina Célia (Org.). Produção científica. Arnica e sua
aplicabilidade. Lavras, MG, v. 9, nº 2, p.135-137, maio/ago. 2001. Resenha.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
207
Bula de Remédio
!
TÍTULO da medicação. Responsável técnico (se houver). Local:
Laboratório, ano de fabricação. Bula de remédio.
BARBATIMÃO. Responsável técnico: Regina Célia Pinheiro. Belo Horizonte:
Bauch, 2003. Bula de remédio.
NOVALGINA: dipirona sódica. São Paulo: Hoechst, [199?]. Bula de remédio.
Atas de Reuniões
!
NOME DA ORGANIZAÇÃO. LOCAL. Título e data. Livro, número,
páginas, inicial-final.
TRADECARD ON LINE. Biblioteca Central. Ata de reunião realizada no
dia 23 de abril de 2003. Livro 12, p. 1-11.
Discos e CD (Compact Discs)
!
AUTOR (compositor, executor, intérprete). Título. Direção artística
(se houver). Local: Gravadora, número de rotações por minuto, sulco
ou digital, número de canais sonoros. Número do disco.
A referência de discos compactos (compact discs) difere da do disco comum apenas
pela indicação de compacto e pela forma de gravação.
BEETHOVEN, Ludwig van (Conductor: KARAJAN, Herbert Von). 9 Symphonien.
EUA: Polygram Records, 1990. 1 CD.
KHADHU (compositor). Bigorna. Belo Horizonte: Studio Polifonia, 2002. 1
CD.
VILLA-LOBOS, Heitor (Reg.). Forest of the Amazon. São Paulo: Som, [s.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
208
d.] 1 disco de vinil, 33rpm. (Hi-Fi Copacabana Série Internacional)
OLDFIELD, Mike. Tubular Bells. EUA: Virgin Records, 1992. 1 CD.
Fita Cassete
HARTLEY, Bernard; VINEY, Peter. New American Streamline. Oxford: University
Press, 1994. 1 fita cassete (90 min.): estéreo.
Filmes e Vídeos
AMADEUS. Direção: Milos Forman. Produção: Saul Zaentz. Roteiro: Peter
Shaffer. Música: Neville marriner. [S.l.]: Warner Home Vídeo - Brasil c1998.
1 DVD (160 min.), widescreen, color., legendado.
NOME da rosa. Produção de Jean-Jaques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo
distribuidora, 1986. 1 Videocassete (130 min.): VHS, Ntsc, son., color.
Legendado. Port.
Slides
A MODERNA arquitetura de Brasília. Washington: Pan American Development
Foundation, [197?]. 10 slides, color. Acompanha texto.
AMORIM, Hélio Mendes de. Viver ou morrer. Rio de Janeiro: Sonoro-Vídeo,
[197?]. 30 slides, color, audiocassete, 95 min.
Material Cartográfico (Atlas e Globos)
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (Rio de JaneiroRJ). Atlas do Brasil; geral e regional. Rio de Janeiro, 1959. 705 p.
Ao indicar as dimensões do mapa, transcreve-se primeiro a altura. Referenciar globos
como mapas, substituindo o número de unidades físicas pela designação globo e
indicando, na dimensão, o diâmetro do globo em centímetros também é possível.
SANTA CATARINA. Departamento Estadual de Geografia e Cartografia. Mapa
geral do Estado de Santa Catarina. [Florianópolis], 1958. 1 mapa: 78 x 57
cm. Escala: 1:800:000.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Entrevistas
A entrada para entrevista é dada pelo nome do entrevistado. A entrada pelo nome do
entrevistador ocorrerá quando várias pessoas são entrevistadas ao mesmo tempo.
Para entrevistas publicadas em periódicos, proceder como em documentos considerados
em parte. Para referenciar entrevistas gravadas, faz-se descrição física de acordo
com o suporte adotado.
KELLO, Maurício. Economias necessárias. Ecobusiness Magazine, Belo
Horizonte, nº 16, p. 103-114, jul./dez. 2000. Entrevista concedida a Wagner
Capelo.
Documentos Eletrônicos
Podemos considerar como documento eletrônico toda informação armazenada em um
dispositivo eletrônico (disco rígido, disquete, CD-ROM, fita magnética) ou transmitida
através de um método eletrônico. Exemplos de documentos eletrônicos são os
softwares, os bancos de dados, os arquivos de som, texto ou imagem disponíveis em
CDs, discos ou fitas magnéticas, assim como as informações acessadas on-line - via
Internet, o que inclui as mensagens eletrônicas pessoais (e-mails), fóruns de
discussão, arquivos de hipertexto (http, em sites da WWW), ou arquivos da Internet
de formatos especiais, como FTP, Gopher, Telnet, entre outros, situados em seus
respectivos sites.
Em se Tratando de Documentos Eletrônicos:
Aos elementos essenciais de uma referência bibliográfica (autor (es); título e subtítulo
(se houver); edição; local da editora; data de publicação), devem-se acrescentar as
informações relativas à descrição física do meio ou suporte (dados que possibilitem a
localização e recuperação do documento).
CD-ROM
!
AUTOR. Título. Local: gravadora, data. Tipo de suporte.
MORAES, Anna Claudia S.; NUNES, Andréa; CARUSI, Tosca. Faça dar certo.
São Paulo: [s.c.p.], dez. 2001. CD-ROM.
209
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
210
Arquivos em Disquetes
!
AUTOR do arquivo. Título do arquivo. Extensão do arquivo. Local,
data. Características físicas, tipo de suporte. Notas.
RIBEIRO, Uirá Endy. Manual do aluno.doc. Belo Horizonte, 22 de maio
de 2001. 1 arquivo (605 bytes). Disquete 3 1/2. Word for windows 6.0.
Quando consultadas "on line", são essenciais as informações sobre o endereço
eletrônico.
O endereço eletrônico deve ser apresentado entre "brackets" < >. Precedido das
expressões : "Disponível em:" e a data do acesso ao documento precedida da expressão
"Acesso em:". Para as referências em inglês usar a expressão: "Available from www".
BELLO, José Luiz de Paiva. Estrutura e apresentação do trabalho. In: Pedagogia
em Foco, Metodologia Científica. 1998. Atualizada em: 14 fev. 2002.
Disponível em <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met07.htm> Acesso
em: 21 fev. 2002.
Monografias, Bases de Dados e Softwares Considerados no Todo (OnLine)
!
AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data. Disponível em:
<endereço eletrônico>. Acesso em: data. ISBN (quando houver)
COELHO, Fernanda. Psicomotricidade na pré-escola. São Paulo: 1999.
Disponível em: <http://www.hpg.psicoarte.com.br/redac/manual.html>.
Acesso em: 23 fev. 2000.
Publicações Periódicas Consideradas no Todo (On-line)
!
TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local (cidade): Editora, volume, número,
mês, ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
CONHECENDO O CORPO HUMANO. São Paulo: v. 05. Nº 5, 2002.
Disponível em: <http://www.eciencia.usp.br>. Acesso em: 23 mar. 2003.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
211
NA ERA DA INFORMÁTICA. São Paulo: v. 23. nº 4, 1993. Disponível em:
<http://www.info.br/online>. Acesso em: 30 nov. 2000.
SISTEMAS ADESIVOS ATUAIS. São Paulo: v.02. Nº 2, 2001. Disponível
em: <http://www.bases.bireme.br/online>. Acesso em: 01 jan. 2003.
Partes de Publicaçõe Periódicas (On-line)
Artigos de Periódicos
!
AUTOR. Título do artigo. Título da publicação seriada, local, volume,
fascículo, páginas, data. Disponível em: <Endereço.>. Acesso em: data.
FERNANDES, Joel. Clonagem de animais. Ciência da Informação, Rio de
Janeiro, v. 26, nº 3, 2002. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline/>.
Acesso em: 30 jan. 2003.
Artigos de Jornais
!
AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local, data de publicação,
seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente.
Disponível em: <Endereço>. Acesso em: data.
TAVES, Rodrigo França. Ministério corta pagamento de 46,5 mil professores.
Globo, Rio de Janeiro, 19 maio 1998. Disponível em:<http://
www.oglobo.com.br/>. Acesso em: 30 maio 1998.
Lista de Discussão
!
TÍTULO DA LISTA. Local: Editora, data de publicação [data de
citação]. Mensagem disponível em: <endereço da lista> data de
acesso.
ODONTOLOGIA. Belo Horizonte: Lista de alunos do D.A., 1999. Disponível
em: <http://www.odonto.com.br/>. Acesso em: 16 abr. 2001.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
212
Mensagens Recebidas via Lista de Discussão
!
AUTOR (da mensagem). Título da mensagem. In: Título da lista.
Local: Editora, data de publicação; [data de citação]. Mensagem
disponível em: <endereço da lista> data de acesso.
DUARTE, Marcos. Re: Calendário escolar. In: Odontologia. Belo Horizonte:
Lista de alunos do D.A., 1999. Disponível em: <http://www.odonto.com.br/
>. Acesso em: 19 abr. 2001.
E-mail
!
AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem
pessoal]. Mensagem recebida por <e-mail do destinatário> data de
recebimento, dia mês e ano.
MARINHO, Gustavo. Formatação do sumário. [mensagem pessoal].
Mensagem recebida por <[email protected]> em 12 dez. 2001.
CITAÇÕES: NBR-10520 da ABNT
As citações esclarecem, ilustram o assunto em discussão ou, ainda, podem sustentar
o que se afirma. E, portanto, elas têm a função de oferecer ao leitor condições de
comprovar a fonte das quais foram extraídas as idéias, frases ou conclusões,
possibilitando-lhe ainda aprofundar o tema em discussão. Têm ainda como função
acrescentar indicações bibliográficas de reforço ao texto.
Em todas as citações deve-se mencionar a autoria das mesmas, podendo seguir dois
modelos: AUTOR-DATA e SISTEMA NUMÉRICO.
!
AUTOR-DATA:
Quando o último sobrenome do autor é apresentado em letras maiúsculas,
seguido do ano de publicação. Pode-se indicar também a página. Estes
dados aparecem entre parênteses no texto.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplos:
Um autor:
(SILVA, 1981)
(SEVERINO, 2000, p. 190)
(SEVERINO,2000:190) Nesse exemplo, a palavra 'página' é substituída pelo
dois-pontos.
Dois a três autores: citar os respectivos sobrenomes separados por ponto e vírgula
(;), data da obra e página da citação. Exemplo:
"Documento é toda base de conhecimento fixado materialmente e suscetível
de ser atualizado para consulta, estudo ou prova" (CERVO; BERVIAN, 1978,
p. 52).
Mais de três autores: citar o sobrenome do primeiro autor seguido pela expressão
'et al.' Exemplo:
(CASTRO et al., 1995)
Citações de dois ou mais documentos de um mesmo autor, e publicados em
um mesmo ano: são diferenciadas pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto
após a data:
(SEIXAS, 1996a)
(SEIXAS, 1996b)
Havendo dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data: acrescentam-se
as iniciais de seus prenomes:
(SILVA, M.A., 1996)
(SILVA, J.E., 1996)
Sem autoria conhecida: citar o título e o ano.
Conforme análise feita em Conservacionistas [...] (1980) "os ecologistas
nacionais estão empenhados no tombamento da referida montanha".
"No diagnóstico das neoplasias utilizou-se a classificação histológica internacional
de tumores dos animais domésticos", segundo o Bulletin [...] (1974).
213
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
214
Entidade coletiva: citar o nome da instituição e ano. Nas citações subseqüentes,
usar apenas a sigla. Exemplo:
"O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões
do trabalho" (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1978, p.
46).
Omissão em citação: as omissões de palavras ou frases nas citações são indicadas
pelo uso de elipses [ . . . ] entre colchetes.
Acréscimo em citação: acréscimos e/ou comentários, quando necessários à
compreensão de algo dentro da citação, aparecem entre colchetes [ ].
Destaque em citação: para se destacar palavras ou frases em uma citação usa-se
o grifo ou negrito ou itálico seguido da expressão grifo meu ou grifo nosso entre
colchetes, após a chamada da citação.
Tradução em citação: quando a citação incluir texto traduzido pelo autor do texto,
deve-se incluir a expressão 'tradução nossa' entre parênteses, logo após a chamada
da citação.
As referências bibliográficas devem vir em ordem alfabética, ao final do trabalho.
!
Sistema numérico: neste sistema, a fonte bibliográfica é
representada por um número colocado entre parênteses, que
corresponde ao número da obra citada dentro da lista de referências
bibliográficas, que deve estar em ordem alfabética e numerada ou
por ordem de aparecimento no texto.
Exemplo:
A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que
aquela que poderia pesquisar diretamente(1).
As citações podem ser textuais ou livres, como veremos a seguir.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Citação Textual
Uma citação é textual, quando há a transcrição literal do texto de um autor ou parte
dele, conservado-se a grafia, a pontuação, o idioma e até eventuais incoerências,
erros de ortografia e/ou concordância. Poderá ser colocada a expressão [sic]
imediatamente após o erro - significa: estava assim mesmo no original. As citações
textuais devem ser transcritas entre aspas ou destacadas tipograficamente.
Citação Textual Curta (Citação com até Três Linhas)
A citação curta é transcrita entre aspas, com o mesmo estilo e tamanho da letra
utilizados no parágrafo do texto no qual será inserida. O uso de aspas delimita a
citação textual e, ao final da transcrição, faz-se a citação.
Exemplos:
O livro de Simonsen vem, pois preencher diversas lacunas, políticas e acadêmicas.
O livro destacará, segundo seu autor, a era colonial, por "... ter sido na era
colonial que se formou a trama social assegurada da estrutura unitária do país e
que continuam a atuar na modelagem da nossa formação econômica. (SIMONSEN,
1978, p. 10).
É neste cenário que (...) a AIDS nos mostra a extensão que uma doença pode
tomar no espaço público. "Ela coloca em evidência de maneira brilhante a
articulação do biológico, do político e do social" (HERZLICH e PIERRET, 1992,
p. 7).
Segundo Paulo Freire, "transformar ciência em conhecimento usado apresenta
implicações epistemológicas porque permite meios mais ricos de pensar sobre
o conhecimento..." (1994, p. 161).
Entradas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou pelo título incluídos
na sentença devem ser em minúsculo. Entradas pelo sobrenome do autor, pela
instituição responsável e pelo título, quando estiverem entre parênteses, devem ser
em letras maiúsculas, como pode ser observado nos exemplos anteriores.
Citação Textual Longa (Mais de Três Linhas)
As citações longas, com mais de 3 linhas, deverão ser separadas do texto por um
espaço. O trecho transcrito é feito em espaço simples de entrelinhas com letra menor
do que a utilizada no texto, sem aspas e com recuo de 4cm da margem esquerda. Ao
final da transcrição, faz-se a citação.
215
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
216
Exemplo:
A maior dificuldade de aplicação da lei de 1827 residiu no provimento
das cadeiras das escolas femininas. Não obstante sobressaírem as
mulheres no ensino das prendas domésticas, as poucas que se
apresentavam para reger uma classe dominavam tão mal aquilo que
deveriam ensinar que não logravam êxito em transmitir seus exíguos
conhecimentos. Se os próprios homens, aos quais o acesso à instrução
era muito mais fácil, se revelavam incapazes de ministrar o ensino de
primeiras letras, lastimável era o nível do ensino nas escolas femininas,
cujas mestras estiveram sempre mais ou menos marginalizadas do
saber (Saffioti, 1976, p. 193).
Citação Livre
Ocorrem quando são redigidas pelo(s) autor(es) do trabalho a partir das idéias e
contribuições de outro autor ou autores.
Portanto, consistem na reprodução do conteúdo e/ou idéia do documento original.
Nesse caso, as aspas ou o itálico não são necessários, todavia citar a fonte é
indispensável.
Exemplos:
De acordo com Freitas (1989, p. 37), a cultura organizacional pode ser
identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores,
crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas.
A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus
elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus
e normas. Existem diferentes visões e compreensões com relação à cultura
organizacional. O mesmo se dá em função de as diferentes construções teóricas
serem resultantes de opções de diferentes pesquisadores, opções estas que
recortam a realidade, detendo-se em aspectos específicos (FREITAS, 1989, p.
37).
Somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi concedido às
mulheres o direito à educação primária, mas mesmo assim o ensino da aritmética
nas escolas de meninas ficou restrito às quatro operações. Note-se que o
ensino da geometria era limitado às escolas de meninos, caracterizando uma
diferenciação curricular (COSENZA, 1993, p. 6).
Citação de Citação
A citação de citação é a menção a um documento ao qual não se teve acesso, mas do
qual se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho.
Só deve ser utilizada na total impossibilidade de acesso ao documento original. No
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
217
texto, a citação de citação obedece a seguinte ordem: autor do documento não consultado
seguido da expressão latina "apud" (conforme, citado por) e autor da obra consultada.
Exemplo: (BENFEY apud SOLOMONS, 1982)
A referência bibliográfica, neste caso, inicia pelo nome do autor do documento não
consultado.
Exemplo:
BENFEY, O.T. The names and structures of organic compounds. New York: Wiley,
1966 apud SOLOMONS, T.W.G. Química orgânica. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
V.1
SUMÁRIO: NBR- 6027 da ABNT
O sumário consiste de uma apresentação das principais divisões (ou seções) e
subdivisões do trabalho, indicando a página em que cada parte se inicia.
Ao formatar o sumário, respeitando a margem superior de 3,0 cm, inicie escrevendo o
termo SUMÁRIO (caixa alta) no centro da página.
A apresentação dos capítulos, subcapítulos (seções e subdivisões) deve ser feita na
ordem em que os mesmos aparecem no trabalho científico, sem omitir nenhum deles.
A numeração dos capítulos e suas possíveis divisões devem adotar o sistema de
numeração consecutiva e utilizar algarismos arábicos.
Aconselha-se o uso de letras maiúsculas para os capítulos e somente a primeira letra
maiúscula para os subcapítulos e/ou subdivisões.
Exemplo:
1 CAPÍTULO
(seção primária)
1.1 Subcapítulos
1.2 (seção secundária)
1.3 (...)
1.4
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
218
1.1.1
1.1.2
1.1.3
1.1.4
Subcapítulos
(seção terciária)
(...)
1.1.1.1
1.1.1.2
1.1.1.3
Subcapítulos
(seção quaternária)
(...)
A numeração (em números arábicos) das subdivisões situa-se à esquerda do papel e
respeita o alinhamento da margem esquerda (3,0cm). Por sua vez, o número indicativo
da página no texto é alinhado à direita, respeitando a margem de 2,0cm.
Uma distância consistente entre o número e a nomeação do capítulo deve ser considerada,
ou seja, utiliza-se apenas espaçamento entre eles. O espaçamento entre as linhas é
duplo. Veja o exemplo:
1 Introdução
2 Objetivos
3 Justificativa
4 Formulação do Problema
5 Metas
NORMAS MAIS UTILIZADAS PARA APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS ACADÊMICOS
♦
NBR-6023 (2002) - Referências bibliográficas
♦
NBR-6024 (2003) - Numeração progressiva das seções de um documento -
Procedimento
♦
NBR-6027 (2003) - Sumários
♦
NBR-6028 (2003) - Resumos
♦
NBR-6029 (2006) - Apresentação de livros e folhetos - Procedimento
♦
NBR-6032 (1989) - Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas
- Procedimento
♦
NBR-10520 (2002) - Apresentação de citações em documentos
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
219
♦
NBR-10719 (2002) - Apresentação de relatórios técnico-científicos
♦
NBR-12225 (2004)- Títulos de lombada - Procedimento
♦
NBR-14724 (2005) - Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos -
apresentação
220
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
221
O software de formatação de textos
222
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O SOFTWARE DE FORMATAÇÃO DE TEXTOS
O software, parte integrante deste livro, consiste de uma ferramenta de trabalho que
assimilou as normas técnicas de documentação e as tornou instrumentos de simples
e fácil aplicação mediante a organização de um trabalho científico, seja ele uma
monografia, uma dissertação, uma tese, um artigo científico, um relatório técnico, ou
um projeto de pesquisa.
Sua grande comodidade é o item Compor Documento, que formata o sumário da
pesquisa de forma completa, organizada e atualizada, e de acordo com as normas
mais utilizadas para trabalhos acadêmicos da ABNT.
A segunda edição deste livro vem com inéditos softwares para formatação de artigos
científicos, projetos de pesquisa e relatórios técnicos além de outras customizações e
melhorias no software para formatação de monografias, dissertações e teses.
Enfim, estes softwares representam de uma nova abordagem que propõe inovações
facilitadoras à arte de redigir, sem desconsiderar a utilização de metodologia específica
que orienta a formatação de trabalhos científicos.
Como Instalar o Software
Para instalar o software são necessários alguns requisitos mínimos de software e
hardware no seu computador:
♦ Computador Pentium 100MHz ou superior;
♦ 32 MB de memória RAM (mais é desejável);
♦ Monitor colorido SVGA;
♦ Mouse;
♦ Leitor de CD-ROM;
♦ 15 MB em disco disponível;
♦ Sistema operacional Microsoft Windows 95, Windows 98, Windows ME,
Windows 2000, Windows XP, Windows Vista ou superior;
♦ Microsoft Office com o Microsoft Word versão 95 ou superior;
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
223
Depois de satisfeitos estes requisitos você poderá instalar o software seguindo
os procedimentos abaixo:
1 Insira o CD-ROM do software no leitor de CD-ROM;
2 Execute o arquivo de instalação SETUP.EXE se ele não abrir
automaticamente na inserção do CD-ROM;
3 Siga as orientações da tela do seu computador que o programa de
instalação irá mostrar. A instalação é muito simples, bastando apertar o botão
"Próximo";
4 O software será instalado no diretório que você especificar durante a
instalação;
5 Um grupo de trabalho no seu computador será criado também com o
nome que você especificar durante a instalação. O nome padrão será
Metodologia Científica.
ComoAtivaroSoftware
O procedimento é muito simples. O Microsoft Word precisa estar trabalhando no nível
médio de segurança de macros. Para que o seu Word trabalhe no nível médio de
segurança de macros, você deve fazer o seguinte: abrir o Word, Menu de Ferramentas,
Opções, Segurança, Segurança de Macro, e selecionar Nível Médio. Conforme indicado
nas figuras a seguir:
Menu de ferramentas, opções no Word.
224
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Selecionar a orelha Segurança e depois Segurança de macro.
Selecionando o nível médio de segurança.
Em algumas versões do Word o caminho para ativar as macros em nível médio é
diferente: Menu Ferramentas, Macro, Segurança, Nível Médio.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
225
Menu de ferramentas, macro e segurança.
Assim, quando você abrir os arquivos que compõem o software (arquivos de macro
com a extensão .DOT), o seu Microsoft Word sempre vai perguntar se você quer
ativar macros para este documento. Responda sempre "ATIVAR MACROS", como na
figura a seguir:
Tela para ativar macros no Word.
Uma vez ativada a macro a instalação estará concluída.
Se no seu Word o caminho para ativar as macros em nível médio for diferente, clique
em AJUDA e procure as palavras segurança macro e siga as instruções fornecidas
pela ajuda do seu Word na tela.
Todos os arquivos deste software foram cuidadosamente verificados com a última
versão de antivírus disponível no mercado. Recomendamos que você utilize sempre
um software de antivírus atualizado para a sua segurança.
226
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O software adota uma metodologia que facilita muito o trabalho do
pesquisador na escrita de sua pesquisa científica.
Nesta metodologia, o trabalho científico foi dividido em vários arquivos que
constituem os elementos principais do texto. Cada elemento trata de uma
parte em particular, com regras e formulários de preenchimento específicos.
Desta maneira, o pesquisador tem maior mobilidade, mais facilidade e melhor
organização do seu trabalho.
Cada elemento do texto quando executado tem uma série de rotinas,
formulários ou menus que geram um documento específico de acordo com
as normas técnicas. É desta maneira que o software trabalha.
Depois que o pesquisador executar um elemento, preencher um formulário
específico e gerar o documento em questão, ele deverá salvar normalmente o
documento no Word, como nas figuras a seguir:
Como salvar o seu documento utilizando o ícone do disquete.
Para facilitar e organizar melhor o seu trabalho, sempre salve os arquivos em
uma pasta separada, de preferência dentro do diretório Meus Documentos
do seu computador.
No decorrer do seu trabalho, você deverá ir salvando cada elemento do seu
texto em arquivos individuais, além de nomeá-los.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
227
Como salvar seu documento utilizando o menu Arquivo e Salvar.
è
Sempre salve estes arquivos com nomes únicos, sem
espaços.
Como exemplo, vamos supor que o autor vai escrever o seu resumo. A seguir
descrevemos os passos:
Ele executa o arquivo "Parte 08 - Resumo.dot" com um duplo clique em cima do
arquivo.
♦ Depois disso, o computador vai automaticamente abrir o Microsoft Word.
♦
Na tela aparecerá um formulário para preenchimento dos campos do resumo.
♦
O autor preenche os campos, aperta o botão "Criar Documento".
♦
O software formatará o documento dentro das normas com as
respostas fornecidas pelo autor automaticamente.
228
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
♦
O autor então salva o documento no menu Arquivos, opção de
Salvar.
♦
O autor escolhe onde irá salvar e o nome do documento. Uma
boa idéia seria o nome RESUMO.DOC, lembrando da regra de colocar
um nome sem espaçamentos.
Agora vamos supor que o autor decidiu fazer uma modificação no elemento
RESUMO do seu trabalho. Dentro da metodologia do software, somente o
arquivo "RESUMO.DOC", que já foi previamente salvo, precisará ser alterado.
O autor executará o arquivo "Parte 08 - Resumo.dot" se ele quiser abandonar
totalmente o resumo feito por ele anteriormente.
Como Compor seu Documento Final
Compor o documento final é a parte mais simples e delicada do seu trabalho científico.
O procedimento para compor o documento final somente deverá ser
executado quando todas as possibilidades de modificar, alterar, acrescentar
ou diminuir as partes que compõem os diversos elementos do seu trabalho
estiverem esgotadas.
O arquivo "Parte 19 - Compor Documento Final - Arábico.dot" é responsável pela
seguintes tarefas:
♦ Ordenar corretamente todos os elementos dos diversos arquivos do
seu trabalho em um único documento final;
♦ Criar o sumário;
♦ Paginar corretamente o documento;
♦ Criar o índice de figuras e tabelas;
♦ Terminar de formatar o texto dentro das normas da ABNT;
Cada vez que você precisar alterar o seu trabalho científico depois de ter executado o
item compor documento final, recomendamos que você faça as alterações no arquivo
do elemento que necessita de alterações, para então executar novamente o
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
229
comando Compor Documento Final. Assim, a paginação e o sumário também
serão atualizados.
Ao executar o arquivo "Parte 19 - Compor Documento Final - Arábico.dot" a figura a
seguir será visualizada.
Tela do Compor documento final
O compor documento final arábico vai paginar o trabalho de acordo a última atualização
da norma no que se refere à paginação do texto. Assim teremos todas as folhas
a partir da folha de rosto contadas, porém não numeradas. A numeração será
indicada a partir da INTRODUÇÃO, que poderá ser, por exemplo 8, se sete folhas
foram utilizadas anteriormente.
Nesta tela você deverá preencher os campos correspondentes com o "caminho"
e o nome dos arquivos de cada elemento de seu trabalho. Por exemplo:
C:\Documentos\Resumo.doc.
Utilize o botão Procurar de cada elemento para facilitar o seu trabalho. Lembrese de que a nomeação de cada arquivo não deverá conter espaçamentos.
Alguns elementos são obrigatórios para que o seu trabalho fique completo e
230
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
para que o comando Compor Documento Final possa funcionar. São eles:
Capa, Folha de Rosto, Página de Aprovação, Resumo, Abstract, Introdução,
Referencial Teórico, Material e Métodos, Resultado e Discussão, Conclusões e
Referências Bibliográficas. Os demais elementos são opcionais e fica a seu
critério utilizá-los ou não.
Depois de preenchidos todos os campos obrigatórios e os opcionais (se for o
caso) com o "caminho" e o nome dos arquivos de cada elemento, você poderá
criar o documento final apertando o botão Compor Documento Final.
Dependendo do tamanho do seu texto e do seu hardware, este processo pode levar
até alguns minutos. O software vai, automaticamente, abrir e fechar algumas janelas
do Word durante a composição do documento final.
Por favor, não interrompa este processo até que o software apresente a mensagem
de término indicada na figura a seguir:
Mensagem de término do Compor Documento Final.
Se você receber alguma mensagem de erro durante este processo, verifique
qual é o erro apresentado na mensagem, corrija, e torne a executar o Compor
Documento Final.
Depois de terminada a composição do documento final você deve verificar o
seu trabalho na nova janela do Microsoft Word aberta pelo Compor Documento
e não esquecer de salvar o arquivo.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
231
Como dito anteriormente, caso seja necessário fazer uma grande alteração
no texto, prefira sempre fazer esta alteração nos arquivos individuais que
correspondem a cada elemento da pesquisa, para então executar novamente
o Compor Documento Final.
Procedimento de como preencher cada elemento será detalhado no capítulo
Formatando seu Trabalho Científico: Monografias, Dissertações e Teses, deste
livro.
Formatando seu Trabalho Científico: Monografias,
Dissertações e Teses
A seguir será detalhado cada elemento constitutivo de um trabalho científico e como
cada um desses elementos é tratado pelo software.
Este capítulo tem como objetivo proporcionar a familiarização do leitor com o software
e, portanto, é rico em ilustrações.
Como o leitor observará, para cada item abrirá uma janela específica contendo campos
a serem preenchidos pelo autor, além de dicas a serem utilizadas no momento
redacional, procedimento este que visa facilitar enormemente o trabalho do pesquisador.
Capa
Deve conter apenas os dados indispensáveis à identificação do trabalho: título em
letras maiúsculas, subtítulo (se houver, em letras minúsculas) e separado do título
por dois-pontos - quando explicativo - ou por ponto-e-vírgula - quando se tratar de
subtítulo complementar, autor e ano.
Preencha o formulário conforme a próxima figura e clique em Criar Documento.
O software vai utilizar os campos do formulário para formatar a capa do seu
trabalho científico conforme as normas.
Para escrever o título do seu trabalho, não se esqueça da regra: título em destaque
(letras em maiúsculo - caixa alta); subtítulo (se houver) em minúsculo; ressaltamos
232
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
que o uso de dois-pontos (:) é indicado para separar o título e o subtítulo,
quando este último for explicativo. Quando o subtítulo tiver função
complementar, este deverá ser separado do título por ponto-e-vírgula (;).
Formulário do elemento capa.
Folha de Rosto
Por ser o elemento inicial do trabalho, a folha de rosto contém os mesmos dados
apresentados na capa, acrescidos do motivo da realização do trabalho.
Formulário do elemento folha de rosto.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
233
Página de Aprovação
A Página de Aprovação deve conter o nome completo dos membros da banca
examinadora, local para assinatura dos mesmos, data de aprovação e demais dados
que identifiquem o trabalho científico, tais como título e nota descritiva.
Formulário do elemento página de aprovação.
Dedicatória e Oferecimentos
É a folha em que o autor dedica sua obra, presta uma homenagem a alguém. O
texto deve ser curto.
Formulário do elemento dedicatória.
234
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Agradecimentos
Nesta folha, são feitos os agradecimentos às pessoas ou entidades que contribuíram
para a realização do trabalho. Uma janela, como a ilustração a seguir, se abrirá, onde
o autor escreverá seu texto de agradecimento.
Como você observará, o texto de agradecimentos será formatado em parágrafo
único, com espaçamento 1,5 entre as linhas, considerando as margens
padronizadas. Centralizado no alto da folha teremos o título "Agradecimentos".
Tela do Word com o elemento agradecimento.
Epígrafe
Uma janela, como na Figura a seguir, se abrirá, onde o autor escreverá um
pensamento que inspirou o trabalho (item opcional).
A pesar de ser um item opcional na maioria das instituições, o autor poderá fazer
uso dele para poder divulgar seus outros trabalhos realizados. O texto deverá
ser escrito preferencialmente na terceira pessoa do singular.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
235
Tela do Word com o elemento epígrafe.
Listas
As listas contêm a apresentação das tabelas, quadros, ilustrações ou símbolos.
Formulário do elemento lista de símbolos.
Os símbolos inseridos em sua lista de símbolos devem vir necessariamente em
ordem alfabética. Posteriormente, se você quiser adicionar mais símbolos à sua
lista, abra diretamente o arquivo em que você salvou a sua lista de símbolos e vá
até o menu Lista de Símbolos conforme indicado na figura a seguir:
Menu Lista de Símbolos.
236
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
DICA
DICA: No Office 2007, os menus do software ficam no item SUPLEMENTOS.
Resumo
É uma apresentação concisa do assunto tratado no trabalho. É redigido pelo
autor do trabalho e deve estar contido em uma única folha com o máximo de 250
palavras para monografias; e 500 palavras para dissertações e teses. Deve
ressaltar o objetivo, o resultado e as conclusões do trabalho. Quando traduzido
para o idioma inglês denomina-se ABSTRACT.
Formulário do elemento resumo.
Abstract
Resumo traduzido para o idioma inglês.
Formulário do elemento abstract.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
237
Sumário
Este é o último elemento a ser feito. A macro "Compor Documento Final" é
responsável por produzir o sumário da monografia. Veja como esse procedimento
é simples no capítulo "Compor Documento Final".
É muito importante que durante a escrita do seu texto você indique para o software
os títulos de capítulo, os subcapítulos e o corpo do texto. Você verá como fazer
este procedimento no item Referencial Teórico.
Introdução
Para o elemento textual introdução uma janela como a ilustrada a seguir se abrirá,
onde o autor escreverá seu texto.
Ao elaborar este texto introdutório, o autor deve ter em mente que a introdução deve
fornecer uma visão geral da pesquisa realizada:
Pontos-chaves da introdução.
238
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Tela do Word com o elemento introdução.
Revisão de Literatura ou Referencial Teórico
Para o elemento referencial teórico, uma janela como a ilustrada a seguir se
abrirá, onde o autor escreverá seu texto.
Tela do Word com o elemento referencial teórico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
239
É de suma importância que, durante o momento redacional, o autor identifique e
informe ao software os capítulos e subcapítulos existentes em seu trabalho.
Este procedimento é necessário, não só para que os mesmos sejam apresentados no
sumário, como também para que a página de cada divisão e subdivisão do texto
seja indicada corretamente quando o software for compor o documento
posteriormente.
Capítulo
Para criar adequadamente o sumário do seu trabalho, o software precisa saber
quais partes do seu texto são títulos de capítulos, quais partes são títulos de
subcapítulos e quais partes são o corpo do texto.
Por isso, é muito importante que durante a escrita dos elementos Introdução,
Referencial Teórico, Material e Métodos, Resultados e Discussão e Conclusões
você utilize o menu Dissertação que foi criado no seu Word.
Tela do Word com o menu Dissertação
Toda vez que você for inserir um novo capítulo no seu texto, você deve
Subcapítulos
O mesmo procedimento se aplica quando se tratar de subcapítulos do texto. Ou seja,
no menu Dissertação, selecione o Título Nível 2 para indicar "subcapítulos". Selecione
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
240
Título Nível 3 para indicar "sub-subcapítulos" e Título Nível 4 para indicar "subsub-subcapítulos". Veja nos exemplos a seguir como ficará a numeração dos
títulos e formatação de suas fontes:
Título Nível 1
Título Nível 2
Título Nível 3
Título Nível 4
1.1 Exemplo de subcapítulo
1.1.1 Exemplo de subcapítulo
1.1.1.1 Exemplo de sub-subcapítulo
1.1.1.1.1 Exemplo de sub-sub-subcapítulo
O software possibilita até quatro níveis de título. Muitas subdivisões de um capítulo
devem ser evitadas, pois podem dificultar a compreensão do leitor.
Lembre-se que, caso não seja informado ao software, de forma diferenciada, quais
partes da pesquisa são títulos e subtítulos, o sumário ficará incompleto.
Citações
As citações são importantes e enriquecem o trabalho. Entretanto, devem ser dosadas
para que o trabalho não fique fragmentado. As citações podem ser textuais ou livres.
As citações textuais são a transcrição literal de textos de outros autores. Devem vir
entre aspas, exatamente como consta no original, destacada tipograficamente.
As citações textuais longas (com mais de três linhas digitadas) devem constituirse em um parágrafo independente, recuado 4cm da margem esquerda e digitado
em espaço 1 (um).
è
O software poderá formatar o texto de uma citação com mais de
três linhas bastando selecionar o mesmo e marcar a opção Citação Longa no
Menu Dissertação.
Lembre-se: As citações textuais devem vir identificadas, no próprio texto, pelo
sobrenome do autor, data da publicação e número da página de onde estão sendo
extraídas. A localização desses dados informativos da fonte, antes ou depois da
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
241
citação, deve ser escolhida de forma a evitar a interrupção da seqüência do
texto.
As citações textuais com menos de três linhas devem vir entre aspas, inseridas
no próprio texto, acompanhando o espaçamento em que o texto está sendo
editado pelo próprio software, isto é, 1,5.
Em citações livres, isto é, aquelas nas quais as idéias dos autores consultados
foram reproduzidas e o texto reescrito, menciona-se apenas o nome do autor e a
data da publicação da obra consultada.
Metodologia ou Material e Métodos
Neste item também se abrirá uma janela como a ilustrada abaixo, onde o autor
redigirá seu texto que deverá descrever a metodologia (processos empregados;
delineamento experimental) adotada para o desenvolvimento do trabalho.
Tela do Word com o elemento metodologia
242
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Resultado e Discussão
Uma janela se abrirá, como a ilustração seguinte, onde o autor escreverá um texto
científico contendo os dados obtidos (sejam na pesquisa bibliográfica ou na pesquisa
exploratória na qual foram utilizados instrumentos de coleta de dados). Os
resultados deverão ser confrontados e relacionados aos objetivos do trabalho,
ao problema e às questões propostas para o estudo. É a discussão e
demonstração das "novas verdades" a partir de "verdades garantidas".
Tela do Word com o elemento resultado.
Análise e Discussão dos Resultados
Neste item o autor deverá analisar e discutir os resultados obtidos na pesquisa.
Tela do Word com o elemento resultado e discussão.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
243
Conclusão
Uma janela se abrirá, onde o autor escreverá um texto científico contendo suas
idéias pessoais sobre o problema estudado. Pode ainda apresentar propostas
para mudanças a partir do diagnóstico realizado e das análises feitas no material
coletado e estudado. Enfim, a conclusão constitui-se na ligação de todo o
conteúdo trabalhado, Além de conter uma organização lógica, resultante da
integração das demais partes do trabalho.
Tela do Word com o elemento conclusões.
Referências
Este elemento pós-textual é a apresentação dos autores consultados para a
elaboração do trabalho científico e deve ser colocado de acordo com as normas
da ABNT.
O software facilitará muito nesta etapa, bastando ao usuário preencher os campos
como ilustrado na próxima figura , seguindo a própria orientação contida na janela.
Veja o exemplo:
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
244
Formulário do elemento referências.
Você pode colocar quantas referências forem necessárias. O software irá
acrescentá-los na mesma ordem em que forem adicionados. Ainda é possível
customizar o destaque do título da referência em negrito ou itálico de acordo
com o padrão adotado pela instituição que avaliará o trabalho científico. Note
que a ABNT não especifica qual deles usar, mas diz que o título deve ser destacado
dos demais elementos.
è
Sua referência deverá estar em ordem alfabética.
Se você quiser adicionar posteriormente mais referências, abra diretamente o arquivo
em que você salvou suas referências e vá até o menu Referências conforme a
figura a seguir:
Menu Referências.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
245
A seguir você poderá encontrar dois exemplos de referências formatadas
utilizando o software.
Exemplo de referência de documento eletrônico
Veja como ficará o exemplo ilustrado anteriormente depois de clicar no botão de
Adicionar Referência:
CODEVASF (BRASÍLIA, DF). Censo frutícola da Codevasf 2001.
Disponível em: <URL:http://www.codevasf.gov.br/fruticultura>. Consultado
em 21 de janeiro de 2003.
Exemplo de referência de lei.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
246
Depois de clicar no botão de Adicionar Referência:
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências.
Existe uma regra especial para a referência quando se trata de três ou mais
autores. É preciso acrescentar a expressão latina "et al" após o nome do primeiro
autor, pois somente o primeiro autor é citado. Veja o exemplo abaixo:
RIBEIRO, Uirá E. et al.
Anexos
Apresentam materiais que vão complementar as idéias desenvolvidas no texto. Apenas
os materiais que forem essenciais para a complementação do texto devem aparecer.
As figuras e as tabelas devem ser numeradas seqüencialmente.
è
O software executa dois tipos de anexos: Anexo de Figuras e
Anexo de Tabelas.
Não é necessário utilizar o item anexo quando as figuras e as tabelas forem inseridas
no próprio texto. Você poderá inseri-los no corpo de texto da pesquisa, utilizando o
menu Dissertação.
Isso é muito importante, pois é assim que o software reconhecerá as figuras e as
tabelas e posteriormente criará as respectivas listas.
Se for preferível o emprego de anexos, seja de figuras e/ou tabelas, o software
trabalhará separadamente com cada um desses itens.
O exemplo a seguir mostra o menu Anexos do elemento Anexos de Figuras.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
247
Menu anexos no elemento anexos de figuras.
Depois de selecionar Inserir Figura e Abaixo do Documento, o seguinte formulário
estará disponível para que você coloque o número da figura e a sua descrição. O
número da figura deverá ser seqüencial, inteiro e arábico.
Formulário para o número da figura e descrição.
Depois de clicar em OK o software abrirá a janela com o navegador para que você
selecione o arquivo com a figura desejada.
248
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Navegador para selecionar a figura desejada.
O próprio software se encarrega de colocar o título do capítulo anexos de figura e
cria a lista de figuras. Estas ações serão feitas durante a execução do arquivo
Compor Documento Final.
O próximo exemplo é o elemento Anexos de Tabela. Neste elemento você poderá
inserir todas as tabelas que complementam o seu trabalho a partir do menu Anexos.
Menu anexos do elemento anexos de tabela.
Depois de selecionar Inserir Tabela e Abaixo do Documento, o seguinte formulário
estará disponível para que você coloque o número da tabela e a sua descrição. O
número da tabela deverá ser seqüencial, inteiro e arábico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
249
Formulário para o número da tabela e descrição.
Depois de clicar em OK o software abrirá a janela para que você formate a tabela
a ser inserida.
As tabelas nunca são delimitadas por linhas laterais, porém traços verticais podem ser
usados em seu interior para separar as colunas. Também não são usados traços
horizontais para separar os dados numéricos.
Informações da tabela.
Glossário
Para melhor compreensão do assunto a ser desenvolvido, muitas vezes é
necessário que alguns termos sejam definidos. Os termos devem ser definidos
250
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
em função da utilização que o autor da monografia fará dos mesmos na
elaboração de seu trabalho. Se houver necessidade, deve ser explicitada a
origem teórica dos termos.
O glossário destina-se somente a definição de termos e, portanto em seu corpo
de texto não devem ser incluídas abreviações e siglas. Estas últimas deverão vir
no item Listas de Símbolos.
Formulário do elemento glossário.
O software irá inserir as palavras do Glossário na ordem em que forem digitadas.
Portanto, lembre-se que as palavras no glossário devem vir em ordem alfabética.
Posteriormente, caso necessite inserir mais itens no Glossário, utilize o menu
Glossário no próprio arquivo correspondente ao Glossário, que foi salvo
anteriormente.
Menu glossário no elemento glossário.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Formatando seu Artigo Científico
A seguir será detalhado cada elemento constitutivo de um artigo científico e como
cada um desses elementos é tratado pelo software. Este capítulo tem como
objetivo proporcionar a familiarização do leitor com o software e, portanto, é rico
em ilustrações. Como o leitor observará, para cada item abrirá uma janela
específica contendo campos a serem preenchidos pelo autor, além de dicas a
serem utilizadas no momento redacional, procedimento este que visa facilitar
enormemente o trabalho do pesquisador.
Gostaríamos de ressaltar que as orientações aqui apresentadas são baseadas
na norma da ABNT para apresentação de artigos científicos impressos: a NBR
6022, 2003. O software, portanto, apresenta os elementos que constituem um
artigo científico, numera suas seções e subseções, ordena os elementos
constitutivos de um artigo e os adequa as margens. Contudo, essa formatação
não dispensa o autor de verificar e se necessário adequar seu artigo às normas
editoriais da revista, a qual submeteu seu artigo à aprovação. A paginação do
mesmo também ficará à cargo das normas editoriais da revista.
Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais devem estar presentes na primeira folha do artigo.
São eles: título do artigo em letras maiúsculas, subtitulo (se houver) em letras
minúsculas, nome completo do autor e seu breve currículo e o resumo na língua
original do texto, seguido das palavras-chave que identifique o artigo.
Preencha o formulário conforme a Figura a seguir e clique em Criar Documento.
O software vai utilizar os campos do formulário para formatar a primeira folha do
artigo científico conforme as normas.
Para escrever o título do seu trabalho, não se esqueça da regra: título em destaque
(letras em maiúsculo - caixa alta); subtítulo (se houver) em minúsculo; ressaltamos
que o uso de dois-pontos (:) é indicado para separar o título e o subtítulo, quando
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
este último for explicativo. Quando o subtítulo tiver função complementar,
este deverá ser separado do título por ponto-e-vírgula (;).
Formulário do elemento cabeçalho
Elementos textuais
Introdução
Para o elemento textual introdução uma janela como a ilustrada a seguir será aberta,
onde o autor escreverá seu texto. Ao elaborar este texto introdutório, o autor deve ter
em mente que a introdução deve explicitar o tema do artigo e relacioná-lo com a
literatura consultada.
Além disso, deve apresentar os objetivos do artigo, juntamente com sua finalidade.
Por ser o primeiro elemento textual explicativo do autor para o leitor, a introdução
também deve esclarecer a natureza do problema cuja resolução se descreve no
artigo.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Tela do Word com o elemento corpo do artigo.
Como a organização do artigo científico é mais simples, todo o desenvolvimento do
texto deverá ocorrer no elemento corpo do artigo. O software irá criar um menu
"Corpo do Artigo" que contém a divisão das partes do texto conforme mostrado
na figura a seguir:
Menu Corpo do Artigo no Word com o elemento corpo do artigo.
Este procedimento é necessário, não só para que os mesmos sejam corretamente
apresentados no artigo, mas as regras de espaçamento cumpridas.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Desenvolvimento:
O Desenvolvimento constitui a descrição, ao longo de vários parágrafos, de todos
os pontos relevantes do trabalho realizado. E se necessário, o artigo pode ser
subdividido em seções e subseções (Material e métodos; Resultados e discussão)
Material e métodos ou Metodologia:
Descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados no
desenvolvimento da pequisa, de modo a permitir a repetição do experimento ou
estudo por outros pesquisadores com a mesma exatidão que foi feita pelo autor do
artigo.
Resultados e discussão:
Esta subdivisão envolve a classificação e organização de informações, verificação das
relações existentes entre resultados alcançados, ou seja, seus pontos de convergência,
tendências e regularidades. Esses mesmos dados deverão ser confrontados e
relacionados aos objetivos do trabalho, ao problema e às questões propostas para
estudo.
Conclusões
O autor escreverá um texto científico contendo os resultados obtidos na pesquisa
ou estudo, principalmente aos dados correspondentes aos objetivos e hipóteses
inicialmente apresentados na introdução e que respondem à questão-problema
da pesquisa. O texto deve ser breve, podendo incluir recomendações e sugestões
para trabalhos futuros.
Elementos pós-textuais
Resumo em língua estrangeira
Neste elemento o autor deverá fazer uma versão do resumo apresentado no idioma
exigido pelas normas da revista. Seguido das Palavras-chave no mesmo idioma
deste segundo resumo. Se a tradução de "palavras-chave" presente no software não
estiver idioma necessário, o autor poderá escrever no campo correspondente.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Formulário do elemento abstract
Agradecimentos
Nesta folha, são feitos os agradecimentos às pessoas ou entidades que
contribuíram para a realização do trabalho. Uma janela, como a ilustração a seguir,
se abrirá, onde o autor escreverá seu texto de agradecimento.
Tela do Word com o elemento agradecimento.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Anexos
Apresentam materiais que vão complementar as idéias desenvolvidas no texto. Apenas
os materiais que forem essenciais para a complementação do texto devem aparecer.
As figuras e as tabelas devem ser numeradas seqüencialmente.
O software para artigo suporta o uso de anexos que serão incluídos no documento
final. Como não existe um elemento próprio para os anexos, qualquer arquivo do word
poderá ser tratado como tal. O arquivo de anexos deverá ser indicado no elemento
Compor Artigo Científico.
Referências
Este elemento pós-textual é a apresentação dos autores consultados para a elaboração
do artigo científico e deve ser colocado de acordo com as normas da ABNT.
O software facilitará muito nesta etapa, bastando ao usuário preencher os campos
como ilustrado na Figura do exemplo, seguindo a própria orientação contida na janela.
Veja o exemplo:
Formulário do elemento referências.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
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a excelência como diferencial
Você pode colocar quantas referências forem necessárias. O software irá
acrescentá-los na mesma ordem em que forem adicionados.
è
è
Sua referência deverá estar em ordem alfabética.
Um truque útil é depois de escrever todas as referências, selecionar
todas com o mouse, ir ao menu TABELA e depois clicar em CLASSIFICAR. O
próprio Word se encarrega de ordenar as referências. A mesma dica vale
para o item de glossário.
Se você quiser adicionar posteriormente mais referências, abra diretamente o
arquivo em que você salvou suas referências e vá até o menu Referências.
Compor o Documento Final do Artigo Científico
Depois de montar todos os elementos do artigo científico, o elemento Compor
Artigo Científico mescla todos os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais
em um único documento.
Depois de indicar todos os elementos que compõe o artigo científico, o software
irá mesclar os diversos documentos em um único documento final.
Os elementos cabeçalho, corpo e referências são obrigatórios.
Formulário do elemento compor artigo científico.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
A velocidade do processo de criação do documento final depende da performance do seu computador. Espere até o término da operação que será
indicada pelo software.
Ao salvar os elementos do seu artigo, não esqueça de colocar nomes sem espaçamento.
Formatando seu Projeto de Pesquisa
A seguir será detalhado cada elemento constitutivo de um projeto de pesquisa e como
cada um desses elementos é tratado pelo software. Este capítulo tem como objetivo
proporcionar a familiarização do leitor com o software e, portanto, é rico em ilustrações.
Como o leitor observará, para cada item abrirá uma janela específica contendo campos
a serem preenchidos pelo autor, além de dicas a serem utilizadas no momento
redacional, procedimento este que visa facilitar enormemente o trabalho do
pesquisador.
IMPORTANTE
IMPORTANTE: Cada instituição possui regras próprias para a elaboração do
projeto de pesquisa. Consulte as regras daquela que você selecionou para
encaminhar o projeto. A utilização do modelo proposto aqui é facilmente adaptável
à qualquer outro modelo que o pesquisador venha a utilizar. Pois a essência do
projeto de pesquisa é o mesmo, o que muda são os nomes dos itens e sua
ordem de apresentação.
Capa
Por ser o elemento inicial do trabalho, a capa contém o nome da instituição, o
nome do autor, o título do trabalho, local e ano.
Formulário do elemento capa de projeto de pesquisa.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Folha de Rosto
Por ser o elemento inicial do trabalho, a folha de rosto contém os elementos que
identifiquem o projeto, tais como autor, título, nota descritiva, nome do orientador
e as notas tipográficas (local e ano). O formulário do elemento folha de rosto é
apresentado na próxima figura.
Formulário do elemento folha de rosto.
Sumário
Este é o último elemento a ser feito. A macro "Compor Projeto de Pesquisa" é
responsável por produzir o sumário do projeto. Veja como esse procedimento é
simples no final do capítulo.
É muito importante que durante a escrita do seu texto você indique para o software
os títulos de capítulo, os subcapítulos e o corpo do texto. Você verá como fazer
este procedimento adiante no elemento corpo do projeto.
Listas
As listas contêm a apresentação das tabelas, quadros, ilustrações ou símbolos.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
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Formulário do elemento lista de símbolos.
è
Os símbolos inseridos em sua lista de símbolos devem vir
necessariamente em ordem alfabética.
Posteriormente, se você quiser adicionar mais símbolos à sua lista, abra diretamente
o arquivo em que você salvou a sua lista de símbolos e vá até o menu Lista de
Símbolos.
Elementos Textuais
A estrutura textual do projeto de pesquisa foi reunida no software em um único
elemento chamado de corpo do projeto. Ele compreende a introdução, os objetivos, a
formulação do problema, a hipótese, a justificativa, o referencial teórico, a
metodologia, o cronograma de atividades e os recursos necessários.
Cada título deverá ser selecionado através do menu Corpo do Projeto, conforme
apresentado na figura a seguir:
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Menu Corpo do Projeto.
Introdução
Para o elemento textual introdução uma janela como a ilustrada a seguir se abrirá,
onde o autor escreverá seu texto. Ao elaborar este texto introdutório, o autor deve ter
em mente que a introdução deve fornecer, uma visão geral do tema, ou seja, sua
contextualização, além de apresentá-lo.
Tela do Word com o elemento corpo do projeto.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Justificativa
Este item do projeto deve ser explicada a importância do tema a ser estudado e
a relevância dos resultados a serem obtidos através da atividade científica.
Objetivos
Compreende-se que, para a correta formulação do projeto de pesquisa, é
necessário ter bem claramente definidos os objetivos que se deseja alcançar.
Os objetivos devem ser realistas diante dos meios e métodos disponíveis e manter
coerência com o tema apresentado na introdução.
Hipótese
Este elemento deve explicitar o que o autor espera encontrar ao final da pesquisa,
baseado nas pesquisas prévias e no seu entendimento daquilo que está sendo
pesquisado. Em outras palavras, trata-se da resposta 'provisória' ao
questionamento levantado no item anterior.
Formulação do problema
O elemento formulação do problema pode iniciar-se pela apresentação do objeto
de estudo seguido de seu questionamento, ou seja, seguido da identificação
das 'dificuldades' e indagações que o tema sugere.
Referencial Teórico
Para o elemento referencial teórico, uma janela como a ilustrada a seguir se
abrirá, onde o autor escreverá seu texto construído a partir das pesquisas
bibliográficas já realizadas, uma vez que a hipótese deve estar fundamentada,
até certo ponto, em conhecimento anterior. O item referencial teórico representa
a base teórica que vai fundamentar a reflexão e a argumentação do pesquisador.
Metodologia
Neste item também se abrirá uma janela como a ilustrada abaixo, onde o autor
redigirá seu texto que deverá descrever a metodologia (processos empregados;
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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delineamento experimental) adotada para o desenvolvimento do trabalho.
Plano de Desenvolvimento
Neste item deve ser apresentados às etapas da pesquisa e um cronograma a
ser seguido para a realização da pesquisa.
Recursos necessários
Quando solicitado, o autor deve indicar com clareza os recursos humanos,
materiais e financeiros para a realização da pesquisa, de forma dinâmica e flexível.
Um planejamento bem feito faz com que o projeto seja viável e econômico.
Pós-Textuais
Glossário
Para melhor compreensão do assunto a ser desenvolvido, muitas vezes é
necessário que alguns termos sejam definidos. Os termos devem ser definidos
em função da utilização que o autor do projeto fará dos mesmos na elaboração
de seu trabalho. Se houver necessidade, deve ser explicitada a origem teórica
dos termos.
O glossário destina-se somente a definição de termos e, portanto em seu corpo
de texto não devem ser incluídas abreviações e siglas. Estas últimas deverão vir
no item Listas de Símbolos.
Formulário do elemento glossário
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O software irá inserir as palavras do Glossário na ordem em que forem digitadas.
Portanto, lembre-se que as palavras no glossário devem vir em ordem alfabética.
Posteriormente, caso necessite inserir mais itens no Glossário, utilize o menu
Glossário no próprio arquivo correspondente ao Glossário, que foi salvo
anteriormente.
Referências
Este elemento pós-textual é a apresentação dos autores consultados para a
elaboração do projeto e deve ser colocado de acordo com as normas da ABNT.
O software facilitará muito nesta etapa, bastando ao usuário preencher os campos
como ilustrado na Figura a seguir, seguindo a própria orientação contida na janela.
Veja o exemplo:
Formulário do elemento referências.
Você pode colocar quantas referências forem necessárias. O software irá
acrescentá-los na mesma ordem em que forem adicionados.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
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è
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Sua referência deverá estar em ordem alfabética.
Se você quiser adicionar posteriormente mais referências, abra diretamente
o arquivo em que você salvou suas referências e vá até o menu Referências.
Anexos
Apresentam materiais que vão complementar as idéias desenvolvidas no texto. Apenas
os materiais que forem essenciais para a complementação do texto devem aparecer.
As figuras e as tabelas devem ser numeradas seqüencialmente.
O software para projeto suporta o uso de anexos que serão incluídos no documento
final. Como não existe um elemento próprio para os anexos, qualquer arquivo do
Word poderá ser tratado como tal. Assim, ele deve ser indicado no elemento
Compor Projeto de Pesquisa.
Compor o Documento Final do Projeto de Pesquisa
O elemento final Compor Projeto de Pesquisa mescla todos os documentos do
projeto de pesquisa em um único documento final.
Depois de indicar todos os elementos que compõe o projeto de pesquisa, o
software irá mesclar os diversos documentos em um único documento final. Os
elementos folha de rosto, corpo do texto e referências bibliográficas são
obrigatórios.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Formulário do elemento compor projeto de pesquisa.
A velocidade do processo de criação do documento final depende da performance do
seu computador. Espere até o término da operação que será indicada pelo software.
Ao salvar os elementos do seu projeto, não esqueça que ao nomeá-los.
Formatando seu Relatório Técnico
A seguir será detalhado cada elemento constitutivo de um Relatório Técnico e como
cada um desses elementos é tratado pelo software. Este capítulo tem como objetivo
proporcionar a familiarização do leitor com o software e, portanto, é rico em ilustrações.
Como o leitor observará, para cada item abrirá uma janela específica contendo campos
a serem preenchidos pelo autor, além de dicas a serem utilizadas no momento
redacional, procedimento este que visa facilitar enormemente o trabalho do autor do
relatório.
IMPORTANTE: O relatório técnico a ser elaborado depende principalmente de
sua finalidade. Cada instituição possui regras próprias para a elaboração do
relatório técnico. Portanto, é preciso que o autor do relatório consulte as regras
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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daquela que solicitou o mesmo. A utilização do modelo proposto aqui é
facilmente adaptável para qualquer outro modelo que o pesquisador venha
a utilizar.
Capa
Deve conter apenas os dados indispensáveis à identificação do relatório: título
em letras maiúsculas, subtítulo (se houver, em letras minúsculas) e separado do
título por dois-pontos - quando explicativo - ou por ponto-e-vírgula - quando se
tratar de subtítulo complementar, autor e ano.
Preencha o formulário conforme a Figura a seguir e clique em Criar Documento.
O software vai utilizar os campos do formulário para formatar a capa do seu
trabalho científico conforme as normas.
Para escrever o título do seu trabalho, não se esqueça da regra: título em destaque
(letras em maiúsculo - caixa alta); subtítulo (se houver) em minúsculo; ressaltamos
que o uso de dois-pontos (:) é indicado para separar o título e o subtítulo, quando
este último for explicativo. Quando o subtítulo tiver função complementar, este deverá
ser separado do título por ponto-e-vírgula (;).
Formulário do elemento capa
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Folha de Rosto
É a fonte principal de identificação do relatório, devendo conter os seguintes
elementos:
♦ Nome da organização responsável seguido do respectivo
departamento ou divisão, centralizado no alto da página;
♦ Número do relatório, localizado na extremidade superior direita da
folha de rosto. "Frequentemente, porém, encontram-se relatórios não
numerados" (FRANÇA, 2003);
♦ Titulo e subtítulo, se houver;
♦ Nome do responsável pela elaboração do relatório, seguido da indicação
de sua função;
♦ Local (cidade), mês (opcional) e ano da publicaçào em algarismos arábicos.
Formulário do elemento folha de rosto.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Prefácio
Nesta folha o autor deve fazer um breve histórico da origem do trabalho, suas
características, finalidades e principais dificuldades encontradas.
Formulário do prefácio.
Resumo
O resumo é uma síntese do trabalho enfatizando os pontos mais relevantes, resultados
e conclusões. Deve conter no máximo 500 palavras.
Lista de Símbolos
As listas de tabelas e listas de ilustrações são as relações das das tabelas e
ilustrações na ordem em que aparecem no texto.
Corpo
É no elemento corpo do relatório que o assunto é apresentado e desenvolvido.
As sessões básicas do relatório são introdução, metodologia, resultados e
discussão e conclusões.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Na introdução o assunto deverá ser apresentado como um todo, sem detalhes.
No item metodologia devem ser descritas as técnicas de coleta de dados. Em
resultados e discussão o autor deve comunicar os resultados obtidos e analisálos qualitativamente. Finalmente em conclusões e recomendações deverão ser
feita a recapitulação sintética dos resultados obtidos, ressaltando o alcance e as
conseqüências do estudo. Deve-se ainda, conter as ações a serem adotadas,
as modificações a serem feitas, os acréscimos ou supressões de etapas nas
atividades.
No software o corpo do relatório técnico é tratado como um único elemento. Desta
forma, o autor deverá selecionar através do menu Corpo do Relatório o capítulo
correspondente: Introdução, Metodologia, Resultados e Discussão e Conclusões
e Recomendações. Veja a disposição do menu no figura abaixo:
Menu Corpo do Relatório.
Anexos
Como o anexo pode ser qualquer arquivo do word, não existe um elemento próprio
no software para formatação dos anexos.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Agradecimentos
Nesta folha, são feitos os agradecimentos às pessoas ou entidades que
contribuíram para a realização do trabalho. Uma janela, como a ilustração a seguir,
se abrirá, onde o autor escreverá seu texto de agradecimento.
Como você observará, o texto de agradecimentos será formatado em parágrafo
único, com espaçamento 1,5 entre as linhas, considerando as margens
padronizadas.
Referências
Este elemento pós-textual é a apresentação dos autores consultados para a
elaboração do trabalho científico e deve ser colocado de acordo com as normas
da ABNT.
Vode colocar quantas referências forem necessárias. O software irá acrescentálos na mesma ordem em que forem adicionados.
è
Sua referência deverá estar em ordem alfabética.
Se você quiser adicionar posteriormente mais referências, abra diretamente o arquivo
em que você salvou suas referências e vá até o menu Referências.
Glossário
Para melhor compreensão do assunto a ser desenvolvido, muitas vezes é necessário
que alguns termos sejam definidos. Os termos devem ser definidos em função da
utilização que o autor do relatório fez dos mesmos, durante a elaboração de seu
trabalho.
O glossário destina-se somente a definição de termos e, portanto em seu corpo
de texto não devem ser incluídas abreviações e siglas. Estas últimas deverão vir
no item Listas de Símbolos.
272
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
O software irá inserir as palavras do Glossário na ordem em que forem
digitadas. Portanto, lembre-se que as palavras no glossário devem vir em
ordem alfabética.
Posteriormente, caso necessite inserir mais itens no Glossário, utilize o menu Glossário
no próprio arquivo correspondente ao Glossário, que foi salvo anteriormente.
Ficha de Identificação
A ficha de identificação deve conter todas as informações bibliográficas do
documento, além dos dados que o identifique. O modelo adotado pelo software
segue a norma NBR-10719 da ABNT. Este poderá ser alterado de acordo com
as exigências e particularidades do relatório.
Formulário do elemento ficha de identificação.
Compor Relatório Técnico Final
O elemento Compor Relatório Técnico mescla todos os documentos do relatório
em um único documento final.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
273
Depois de indicar todos os elementos que compõe o projeto de pesquisa, o
software irá mesclar os diversos documentos em um único documento final.
Os elementos capa, folha de rosto, resumo, corpo do texto e referências são
obrigatórios.
Formulário do elemento compor relatório técnico.
A velocidade do processo de criação do documento final depende da performance do
seu computador. Espere até o término da operação que será indicada pelo software.
è
Ao salvar os elementos do seu projeto, não esqueça de nomear os
arquivos com nomes sem espaçamento.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Formatando seu Trabalho Acadêmico
A seguir será detalhado cada elemento constitutivo de um trabalho acadêmico e como
cada um desses elementos é tratado pelo software. Este capítulo tem como objetivo
proporcionar a familiarização do leitor com o software e, portanto, é rico em ilustrações.
Como o leitor observará, para cada item abrirá uma janela específica contendo
campos a serem preenchidos pelo autor, além de dicas a serem utilizadas no
momento redacional, procedimento este que visa facilitar enormemente o trabalho
do pesquisador.
Folha de Rosto
Por ser o elemento inicial do trabalho, a folha de rosto contém os elementos que
identifiquem o trabalho, tais como autor, título, nota descritiva, nome do orientador e
as notas tipográficas (local e ano). O formulário do elemento folha de rosto é
apresentado na próxima figura.
Formulário do elemento folha de rosto.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Sumário
Este é o último elemento a ser feito. A macro "Compor Projeto de Pesquisa" é
responsável por produzir o sumário do trabalho. Veja como esse procedimento é
simples no final do capítulo.
É muito importante que durante a escrita do seu texto você indique para o software
os títulos de capítulo, os subcapítulos e o corpo do texto. Você verá como fazer
este procedimento adiante no elemento corpo do trabalho.
Elementos Textuais
A estrutura textual do trabalho acadêmico de pesquisa foi reunida no software
em um único elemento chamado de corpo do trabalho. Ele compreende a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Cada título deverá ser selecionado através do menu Corpo do Trabalho, conforme
apresentado na figura a seguir:
Menu Corpo do Trabalho.
Pós-Textuais
Referências
Este elemento pós-textual é a apresentação dos autores consultados para a elaboração
do projeto e deve ser colocado de acordo com as normas da ABNT.
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
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Glossário
Para melhor compreensão do assunto a ser desenvolvido, muitas vezes é necessário
que alguns termos sejam definidos. Os termos devem ser definidos em função da
utilização que o autor do projeto fará dos mesmos na elaboração de seu trabalho. Se
houver necessidade, deve ser explicitada a origem teórica dos termos.
O glossário destina-se somente a definição de termos e, portanto em seu corpo
de texto não devem ser incluídas abreviações e siglas.
O software irá inserir as palavras do Glossário na ordem em que forem digitadas.
Portanto, lembre-se que as palavras no glossário devem vir em ordem alfabética.
Posteriormente, caso necessite inserir mais itens no Glossário, utilize o menu
Glossário no próprio arquivo correspondente ao Glossário, que foi salvo
anteriormente.
Compor o Documento Final do Trabalho Acadêmico
O elemento final Compor Trabalho Acadêmico mescla todos os documentos do trabalho
em um único documento final.
Depois de indicar todos os elementos que compõe o Trabalho Acadêmico, o software
irá mesclar os diversos documentos em um único documento final.
Os elementos obrigatórios são:
♦ folha de rosto;
♦ corpo do texto;
♦ referências.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
277
Formulário do elemento compor trabalho acadêmico.
A velocidade do processo de criação do documento final depende da
performance do seu computador. Espere até o término da operação que será
indicada pelo software.
è Ao salvar os elementos do seu Trabalho Acadêmico, não esqueça que ao
nomeá-los, os nomes não devem conter espaçamento.
Para utilizar os outros softwares especialmente desenhados para as instituições
UNIVERSO, PUCMINAS e USP você deve se basear na utilização do software
padrão ABNT que foi apresentado nesta sessão.
Exemplo de Elementos de um Trabalho Científico
Formatado com o Software
As próximas páginas são ilustradas com exemplos de páginas de trabalhos de
conclusão de curso formatadas com o software que acompanha este livro.
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Exemplo de capa de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de folha de rosto de um Trabalho Científico.
279
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280
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Exemplo de página de aprovação de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de dedicatória e oferecimentos de um Trabalho Científico.
281
282
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
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Exemplo de agradecimentos de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de epígrafe de um Trabalho Científico.
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CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
฀
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Exemplo de lista de símbolos de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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Exemplo de resumo de um Trabalho Científico.
285
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
286
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Exemplo de abstract.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de sumário utilizando compor documento de um Trabalho Científico.
287
288
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de introdução.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de revisão de literatura ou referencial teórico de um Trabalho Científico.
289
290
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de metodologia ou material e métodos de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de resultado de um Trabalho Científico.
291
292
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de análise e discussão dos resultados de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de conclusão de um Trabalho Científico.
293
294
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de referências de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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295
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Exemplo de anexos de tabela de um Trabalho Científico.
296
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de anexos de tabela de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
฀
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Exemplo de anexos de figura de um Trabalho Científico.
297
298
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de anexos de figura de um Trabalho Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
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299
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Exemplo de glossário de um Trabalho Científico.
300
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de cabeçalho de um Artigo Científico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de capa de um Relatório Técnico.
301
302
CRUZ, HOFFMANN & RIBEIRO
Exemplo de folha de rosto de um Relatório Técnico.
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso:
a excelência como diferencial
Exemplo de ficha de identificação de um Relatório Técnico.
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