MEMÓRIAS A M O R Celso Martins E P A Z Distribuição Interna Número 132 Fevereiro de 2012 O primeiro livro de memórias que li foi exatamente o 1º volume de uma obra de Humberto de Campos, em 1963, comprada num sebo quando começava a fazer o meu 1º ano do curso de História Natural, quer dizer, Biologia mais Geologia, na antiga Universidade do Estado da Guanabara. E até hoje, não encontrei o 2º volume. Creio deva encontrá-lo na Academia Brasileira de Letras ou na Biblioteca Nacional. O caso é que aquela leitura marcou-me muito, eu que fui muito influenciado pelo querido poeta e cronista de Miritiba, Maranhão. Com ele e com Rubem Braga aprendi escrever crônicas. Trinta anos depois entrei em contato com o querido confrade Juvanir Borges de Souza, então Presidente da Federação Espírita Brasileira, graças a cujo amável apoio consegui em novembro daquele ano, lançar, com o selo da FEB, o Análises Espíritas, enfeixando artigos do saudoso e estimado Deolindo Amorim, esparramados em dezenas de periódicos do Brasil e do Exterior. Naquela ocasião, muito mais experiente do que eu, Juvanir me aconselhou não fazer constar da obra um artigo do velho Amorim no qual ele pedia aos confrades elaborassem um compêndio de suas memórias. Juvanir disse, e com ele tive de concordar, que muita gente em nosso meio elaboraria um amontoado de dados inexpressivos, sem valor doutrinário nem histórico. Nos meus então 51 anos de idade não havia ainda olhado o assunto sob esta óptica, eu que nos anos 70 havia lido, com lamentável atraso, os escritos de Leopoldo Machado, estampados na Revista Internacional de Espiritismo, de Matão (SP) as Memórias de um Espírita Baiano, interrompidas em agosto de 1957 com a volta do seu Leopoldo ao mundo incorpóreo, donde viera em 1891. Com ele aprendi a escrever sonetos. Porém os dedos se me comicharam desde então. Ao invés de passar a pomada antipruriginosa Nupercainal, indicada para esta dermatose, deslizei as polpas digitais no teclado da Olivetti 98 e soltei, pela Madras, com apoio moral e fotográfico do saudoso historiador Eduardo de Carvalho Monteiro o Três Espíritas Baianos, que está curando a insônia crônica de algum leitor por aí. Mas o diacho da coceira não me deu sossego e elaborei depois Minhas Memórias Alheias (editora ICEB), com fatos e fotos de dezenas de confrades aos quais conheci e com os quais muito aprendi, a saber Zarur, Atlas de Castro, dona Ruth Sant’anna, dona Idalinda de Aguiar Mattos, dona Laura Babo, Altivo Pamphiro, Newton G. de Barros, Geraldo de Aquino, Silvio Brito de Soares, Telêmaco Gonçalves Maia, Jacques Aboabs, Gérson Monteiro, Milton O’Reilly de Souza, o espírito Dr. Fritz pelo médium Zé Arigó, seu Sabino, seu Deocleciano e muitos mais companheiros. A CASCA DE BANANA Secundino renasceria entre os homens para socorrer crianças desamparadas, e, para isso, organizou-se-lhe grande missão no Plano Espiritual. Deteria consigo determinada fortuna, a fortuna produziria trabalho, o trabalho renderia dinheiro e o dinheiro lhe forneceria recursos para alimentar, vestir e educar duas mil criaturinhas sem refúgio doméstico. Atendendo à empreitada, Lizel, o instrutor desencarnado que o seguiria entre os homens, dar-lhe-ia, em tempo devido, o necessário suprimento de inspirações. Estariam juntos, e Secundino, internado no corpo terrestre, assimilaria as ideias que o mentor lhe assoprasse. A experiência começou, assim, promissora... Da infância à mocidade, o tarefeiro parecia encouraçado contra a doença. Extravagante como ninguém, descia, suarento, de vigoroso cavalo do sítio paterno, mergulhando no sorvete, sem qualquer choque orgânico, e ingeria frutos deteriorados, como se possuísse estômago de resistência invencível. Em todas as particularidades da luta, contava com a afeição de Lizel, e, muito cedo, viu-se em contato com o amigo espiritual, que não só lhe aparecia em sonhos, como também através dos médiuns, com os quais entrasse em sintonia. O benfeitor falava-lhe de crianças perdidas, pedia-lhe proteção para crianças sem rumo, rogava-lhe, indiretamente, a atenção para o noticiário sobre crianças ao desabrigo. E tanto fez Lizel que Secundino planeou o grande cometimento. Seria, sim, o protetor dos meninos desamparados... Entretanto, considerando as necessidades do serviço, pedia dinheiro em oração. E o dinheiro chegou, abundante... Ao influxo do amor providencial de Lizel, sentia-se banhado em ondas de boa sorte... Explorou a venda de manganês e ganhou dinheiro, negociou imóveis e atraiu dinheiro, comprou uma fazenda e dinheiro, plantou café e ajuntou dinheiro... Começou, porém, a batalha moral. Lizel falava em crianças e Secundino falava em ouro. –– “Protegeria a infância desditosa – meditava, con- FAÇA EVANGELHO NO LAR, ESTA PRÁTICA TRAZ EQUILÍBRIO E PAZ victo; contudo, antes, precisava escorar-se, garantir a família, assegurar a tranquilidade e arranjar cobertura.” Casado, organizou fortuna para a mulher e para o pai, acumulou fortuna para os filhos e para o sogro, amontoou riquezas para noras e genros e, avô, adquiriu bens para os netos... Porque tardasse demais na execução dos compromissos, a Esfera Superior entregou-o à própria sorte. Apenas Lizel o seguia, generoso. E seguia-o arrasado de sofrimento moral, assinalando-lhe a frustração. Secundino viciara-se nos grandes lances da vantagem imediata e algemara-se francamente à ideia do lucro a qualquer preço. Lembrava os antigos projetos como sonhos da mocidade... Nada de assistência a menores abandonados, que isso era obra para governos... Queria dinheiro, respirava dinheiro, mentalizava novas rendas e trazia a cabeça repleta de cifras. Lizel, apesar disso, acompanhava-o, ainda... Agoniava-se para que Secundino voltasse a pensar nos meninos sem ninguém... Ansiava por rever-lhe o ideal de outra época!... Tudo seria diferente se o pobre companheiro despertasse para as bênçãos do espírito!... Aconteceu, no entanto o inesperado. Ao descer de luzido automóvel para estudar o monopólio do leite, Secundino não percebe pequena casca de banana estendida no chão. Lizel assinala o perigo, mas suplica em vão o auxílio de outros amigos espirituais. O negociante endinheirado pisa em cheio no improvisado patim, perdendo o equilíbrio em queda redonda. Fratura-se a cabeça do fêmur e surge a internação no hospital; contudo, o coração cansado não corresponde aos imperativos do tratamento. Aparece a cardiopatia, a flebite, a trombose e, por fim, a uremia... No leito luxuoso, o missionário frustrado pensa agora nas criancinhas enjeitadas, experimentando o enternecimento do princípio... Chora. Quer viver mais tempo na Terra para realizar o grande plano. Apela para Deus e para Lizel, nas raias da morte... Seu instrutor, ao notar-lhe o sentimento puro, chora também, tomado de alegria... No entanto, emocionado, consegue dizer-lhe apenas: Instituição Espírita e Beneficente "Amor e Paz" Fundada em 01/05/1945 Alameda dos Arapanés, 707 04.524-001 São Paulo SP Telefone: (0xx) 11 5055-1635 Presidente: Anésia T. Schultz Expediente 2ª feira às 15:00 e às 19:30 3ª feira às 10:00 4ª feira às 19:30 5ª feira às 14:00 e às 19:00 6ª feira às 19:00 Sábado às 14:30 [email protected] – Meu amigo”... meu amigo!... Agradeça ao Senhor e à casca de banana a felicidade do reequilíbrio!... Seu ideal voltou intacto, mas agora é tarde... Esperemos que o berço lhe seja de novo propício... (Transcrito do livro CONTOS DESTA E DOUTRA VIDA, pelo espírito Irmão X, FEB 4ª edição - lição 19 - página 91) RECANTO DE PRECES Sua casa é ampla? Há muitas dependências? Possui quintal sua residência? Uma salinha ou um cômodo singelo dedicado a meditações, preces, leituras, culto de Evangelho. Nesse ambiente não se deve fazer outra coisa, será um santuário nas dependências do lar. Tudo simples: mesa, cadeiras, flores, livros, decoração adequada, aparelho de som. Ambiente arejado, limpo e agradável, próprio ao repouso de que as almas necessitam. Sem dúvida, esse recanto também será para Entidades Amigas, protetoras da família. Pense nisto. Se possível, faça isto. Em favor de nossa espiritualização, todo esforço é válido. (transcrito do livro BOA IDEIA, pelo espírito Pastorino, editora LIVREE - 1ª edição - 1987 - lição 33, página 79) O QUE É O ESPIRITISMO? O tempo de Deus vai celeremente, Quando a alma humana mantém passos curtos, Urdindo sombras em horrendos surtos, Espalhando problemas, tristemente. É tempo de mudar a situação. O mundo espera que nos renovemos, Entendendo que tudo o que fazemos Será cadeia ou libertação. Peçamos, pois, inspiração feliz, Inda que em meio às mais acerbas lutas, Rumando pelas trilhas sempre justas, Impondo-nos a honrada diretriz. Trazendo-nos Jesus as nossas lidas, Irmanamos no esforço de servir Sempre, e a paz verdadeira em nós , Multiplicando o amor em nossas vidas. O Espiritismo é o Cristo revivido! José Grosso (Transcrito do livro QUANDO A VIDA RESPONDE, de Raul Teixeira, espíritos diversos - Editora Frater - 1ª edição - 2010, ASSISTÊNCIA SOCIAL Participe dos trabalhos de Assistência Social do Amor e Paz. Informe-se no dia em que frequenta a Casa.. Necessitamos de doações de roupas para adulto, jovens e crianças e enxoval para bebes. LEIA KARDEC - SEM UMA BOA BASE NENHUM EDIFÍCIO SE MANTÉM