O Crack de 1929
A Primeira Crise Capitalista
nos EUA
Edson Roberto – O Bode
1929 - O Impasse do Liberalismo
Causas Centrais
Expansão descontrolada do crédito
bancário;
 Especulação financeira;
 Superprodução agrícola e industrial
O American way of life;
A reconstrução econômica da Europa

O Crash da Bolsa de Valores de
Nova Iorque
Conseqüências Gerais
Falência de 9.000 bancos;
Falência de 85 mil empresas;
 Queda de 85% no valor das ações (1929-32);
 Redução salarial de 60%;
 Desemprego: 13 milhões, somente nos EUA;
Financiamento de Regimes Totalitários;
Crise econômica e recessão mundial.
Milhares de acionistas aglomeram-se diante
da Bolsa de Valores de Nova Iorque a espera
de boas notícias que não viriam
Mundialização da crise Capitalista
 Drástica redução do crédito dos EUA a outros
países;
 Elevação das tarifas alfandegárias igual
retração do comércio mundial;
Eliminação de Importação de supérfluos;
Fragilidade política-econômica do Capitalismo.
O cinema e, em especial a genialidade de
Charles Chaplin, criticou os efeitos da crise e
a alienação produzida pelo capitalismo
Reflexos na Política do Café com Leite
Quebrou a Oligarquia Latifundiária Coronelística
 corte nos subsídios do café;
 O café representava 71% das exportações ;
 Em 1929 US$ 445 milhões de exportações, em
1930 US$ 180 milhões;
 Preços em queda e estoques elevados;
Falência dos Barões do Café;
Regionalismo: aumento da crise na Cia. Matte
Laranjeira.
New Deal - 1933
A fome aliada ao desemprego, mais o abandono
social, marcaram os EUA da primeira metade dos
“Sopões” urbanos procuravam aliviar a fome. Até
criminosos, como Al Capone, incumbia-se de
distribuir comida para a imensa horda de
marginalizados
New Deal - 1933
 Política intervencionista colocada em prática pelo
presidente Roosevelt, influenciada pelas idéias do
economista inglês John Maynard Keynes;
 Programa de reformas econômicas: frentes de
trabalho, controle de crédito, financiamento das
exportações, fixação do salário mínimo, limite a
jornada de trabalho e ampliação da previdência
social;
 EUA, 1937: desemprego reduzido a metade, com
aumento de 70% na renda.
Obras públicas tornaram prioridade e espalharam-se pelo
país: construíram-se 2.500 hospitais, 6 mil escolas e 13 mil
centros de lazer, além de hidrelétricas, rodovias etc
Franklin Delano Roosevelt reconstruiu o país, assumindo após derrotar o
“presidente da fome”, Herbert Hoover (foto abaixo), cuja preocupação
primordial era ajudar as empresas
Franklin Delano Roosevelt
A Ressaca neoliberal: a crise financeira
de 2007/08
Pós-março 2007: 150 empresas médias e
pequenas de crédito imobiliário “quebram”
(falência) – a primeira foi a New Century
Financial (13 de março), incapaz de saldar
suas dívidas fraudulentas;
Quebra mutuaria com reflexos no capital volátil.
A tendência de queda na apreciação
do dólar acentuou-se com a crise
subprime. Sua importância como
referência é declinante
A Evolução da Crise
 2002: juros baixos (1% ao ano): euforia, com dinheiro
para crédito sobrando = demanda para aquisição de
imóveis se aquece = elevação dos preços e os
empréstimos alcançam US$ 1,5 trilhão (mais de 10%
do PIB dos EUA e cerca de 3% do PIB global);
 Empréstimos são realizados até para pessoas de
poucos recursos;
2004: aumento das taxas de juros para conter a
inflação;
Agosto 2007: taxa de juros chega a 5,25%
Inadimplência chega a 20% = impossibilidade
de pagar as hipotecas, devido ao aumento das
prestações dos imóveis = “crise das
hipotecas de alto risco” (subprime);
Aumento do número de execuções: estouro da
bolha imobiliária = aumento da oferta de
imóveis com a queda acelerada dos preços;
Investidores buscam investimentos mais
seguros e saem da Bolsa de Valores: maior
oferta de papéis = baixo preço das ações
(venda para cobrir os prejuízos com a
inadimplência);
Perdas de US$ 5,5 trilhões em um mês (23/07
a 21/08/07): mais de US$ 180 bilhões por dia;
 Não há como conter o contágio global da crise
financeira oriunda da especulação acionária
atrelada ao mercado imobiliário estadunidense
Reação em cadeia: população perdeu seu
imóvel, bancos e financeiras não receberam
pagamentos, incapacitando-as de fornecer
novos empréstimos; queda no número de
construção de novas casas;
Pânico: intervenção estatal dos bancos
centrais dos EUA, União Européia e Japão =
“injeção” de US$ 700 bilhões;
Desemprego: atinge 300 mil pessoas,
somente nos EUA.
Atitude Governamental dos EUA
 Pacote de estímulo à economia (18/01/08): alívio nos
impostos em US$ 168 bilhões (restituições de parte
dos impostos pagos por empresas e pessoas físicas),
contrariando o que o próprio governo e o Fundo
Monetário Internacional (FMI), recomendam as
demais nações, ou seja, cortes nas despesas do
governo;
 Redução na taxa de juros: 3% (30.01.08);
 Pretensão: aquecimento da economia, pois os juros
mais baixos reduzem os valores dos financiamentos e
facilitam a concessão de novos empréstimos.
O Fim de uma Era
“Recordem a sexta-feira, 14 de março de 2008:
foi o dia em que o sonho de um capitalismo de
livre mercado morreu. Por três décadas
avançamos na direção de sistemas financeiros
movidos pelo mercado. Com sua decisão de
resgatar o Bear Stearns, o Federal Reserve,
instituição responsável pela política monetária
dos EUA e principal defensor do capitalismo de
livre mercado, decretou o fim de uma era. (...) A
desregulamentação atingiu os seus limites”.
(Martin Wolf – Financial Times / Valor, 26.03.08).
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Nas sombras de 1929: A crise financeira nos EUA