Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Engenharia Elétrica Curso de Graduação em Engenharia Elétrica Tecnologia de Máquinas Elétricas Parte 4 Estrutura das Máquinas de Indução Aspéctos construtivos Estrutura mecânica 1. Carcaça: estrutura de suporte do conjunto; ferro fundido, aço ou alumínio injetado; 2. Núcleo do estator: chapas de aço magnético, tratadas termicamente para redução de perdas; 3. Núcleo do rotor: mesmas características do núcleo do estator; 4. Tampa: fechamento da máquina e suporte mecânico do rolamento; 5. Ventilador; 6. Tampa defletora; 7. Eixo: transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. É tratado termicamente para evitar problemas como empenamento e fadiga; 8. Enrolamento trifásico; 9. Caixa de ligação; 10. Terminais; 11. Rolamentos; 12. Barras e anéis de curto-circuito: alumínio injetado sob pressão numa única peça. 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas Foto: WEG 2 Montagem Foto: WEG 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 3 Estrutura mecânica • Funções da estrutura mecânica: – Transmissão do conjugado para o suporte do motor: deve ser projetada para suportar forças de torção e impactos; – Ventilação: direcionamento do fluxo de ar; – Isolamento das partes vivas e rotativas; • Tipos de estrutura: – Aberta (protegida contra respingos); – Fechada; • Construção: – Ferro fundido; – Peças soldadas (Motores de alta potência) 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas Fotos: WEG 4 Dimensões padrão • Necessidade de estabelecer-se um conjunto de dimensões nas quais os usuários de motores elétricos possam se basear; • Agências normalizadoras: – NEMA: National Electrical Manufacturers Association; – IEC: International Electrotechnical Commission; – ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas: • NBR-5432; • A grande maioria dos motores elétricos no mumdo são fabricados seguindo uma destas dimensões padrão; • Apenas as dimensões de montagem são padronizadas: – O dimensionamento do núcleo magnético fica a cargo do projetista; 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 5 Dimensões Padrão Fonte: Alger Fonte: WEG Foto: WEG 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 6 Padrão NEMA • Código: XXYT – XX: Quatro vezes a altura do eixo, H (em polegadas); – Y: Comprimento da carcaça (B) ou distância entre os pés do motor; 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 7 Formas construtivas padronizadas • Arranjo das partes contrutivas das máquinas com relação a sua fixação, a disposição dos mancais e a ponta do eixo: – NBR-5031, IEC 34-7, DIN-42955, NEMA MG 1-4.03 • NBR-5432: – A caixa de ligação do motor deve ficar situada de modo que a sua linha de centro se encontre num setor compreendido entre o topo do motor e 10 graus abaixo da linha de centro horizontal deste, do lado direito, quando o motor for visto do lado do acionamento. 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 8 Fonte: WEG Formas construtivas padronizadas 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 9 Núcleo Magnético • • • • Aço silício (1 a 3.5% de silício); Laminação para redução das correntes parasitas; Isolação entre lâminas: verniz, oxidação, etc. Estampagem em peça única para máquinas com diâmetro menor que 1m [Alger]; • Máxima densidade de fluxo no núcleo: ≈1.5T; • Recozimento do aço para recuperar as propriedades magnéticas após a estampagem (em geral não é feito); 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 10 Enrolamentos • Enrolamentos de estator: baixa indutância de dispersão; distribuição senoidal; • Estruturas mais comuns: – Dupla camada, passo encurtado; – Camada simples, concêntrico; • Conexão de circuitos em paralelo: – Redução da bitola dos condutores; – Balanceamento da distribuiçao de fluxo (conexão de pólos em paralelo); • Número de espiras: Tensão; • Bitola: Corrente e espaço disponível na ranhura; • Enrolamento de rotor: – Enrolamentos trifásicos; – Gaiola de esquilo: Alumínio ou bronze; 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 11 Ventilação e variação de temperatura • Necessidade da limitação de temperatura: – A deterioração dos isolantes e lubrificantes cresce com a temperartura. Um aumento de 8 a 10 graus na temperatura da isolação reduz sua vida útil pela metade; – A resistividade do cobre cresce linearmente com a temperatura; – Estresse mecânico devido aos diferentes coeficientes de dilatação do materiais que compõe a máquina; • Classes de isolação (NBR-7094): – – – – – A: 105 oC; E: 120 oC; B: 130 oC; F: 155 oC; H: 180 oC; 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 12 Aquecimento do enrolamento • • • • Calor gerado pelas perdas elétricas e magnéticas; Dissipação através da superfície externa da carcaça; Ventilação forçada em motores fechados; Fatores que influenciam a dissipação de calor: – Eficiência do sistema de ventilação; – Área total de dissipação da carcaça; – Diferença de temperatura entre a superfície externa da carcaça e do ar ambiente (text – ta); • Um sistema de resfriamento eficiente é aquele que consegue dissipar a maior quantidade de calor disponível, através da menor área de dissipação: – A queda interna de temperatura deve ser minimizada: deve haver uma boa transferência de calor do interior do motor até a superfície externa. 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 13 Aquecimento do enrolamento • • • • • • • Diferença ∆T: elevação de temperatura; A: Ponto mais quente do enrolamento; AB: Queda de temperatura na transferência de calor do ponto mais quente até os fios externos. O fator de empacotamento é muito importante pois o ar não é bom condutor de calor; B: Queda através do isolamento da ranhura; BC: Queda de temperatura por transmissão através do material das chapas do núcleo; C: Queda no contato entre o núcleo e a carcaça; CD: Queda de temperatura por transmissão através da expessura da carcaça; 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas Fonte: WEG 14 Eixo e rolamentos 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 15 Graus de proteção • Os invólucros de equipamentos devem oferecer determinados graus de proteção; • A norma NBR-6146 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos (IPxy): Fonte: WEG 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 16 Fonte: WEG Graus de proteção 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 17 Limite de ruído (NBR 7565) Fonte: WEG 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 18 Conjugado Fonte: WEG 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 19 Conjugado - Categorias • • • • • Fonte: WEG 1o. Semestre/2002 • NBR-7094 N: Conjugado de partida normal, corrente de partida normal; H: Conjugado de partida alto, corrente de partida normal, baixo escorregamento; D: Conjugado de partida alto, corrente de partida normal, alto escorregamento (>5%) NY: Semelhante à N, porém previstos para partida estrelatriângulo. HY: Semelhante à H, porém previstos para partida estrelatriângulo. Tecnologia de Máquinas Elétricas 20 Conjugado – Categoria N Fonte: WEG 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 21 Conjugado – Classificação NEMA • • • • A: Conjugado de partida normal, corrente de partida normal, 200% a 250% de conjugado máximo; B: Conjugado de partida normal, corrente de partida reduzida; Barras profundas no rotor; Menor conjugado máximo; C: Conjugado de partida alto, corrente de partida baixa. Rotor de dupla gaiola; D: Conjugado de partida alto; alto escorregamento; Fonte: Lipo 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 22 Tensão de alimentação Tensões recomendadas (EUA) Tensão nominal (V) Faixa de potência (hp) 230 ou 460 Até 100 460 ou 575 100 - 600 2300 200 - 4000 4000 400 - 7000 6600 1000-12000 13200 3500-25000 Fonte: Lipo 1o. Semestre/2002 Tecnologia de Máquinas Elétricas 23