Embassy of Brazil in Moscow
BRASIL E RUSSIA:
Convergências e Perspectivas
Moscou, Dezembro de 2011
Estrutura da Apresentação
I.
i.
ii.
II.
i.
ii.
iii.
III.
i.
ii.
iii.
IV.
I.
II.
III.
O Brasil dos Dias Atuais
Democracia, Desenvolvimento e Distribuição de Renda
Similaridades entre Brasil e Rússia: “Brasil como Rússia Tropical”
Breve Histórico das Relações Bilaterais
Dos primórdios até 1917
Relativo Distanciamento, de 1917 a 1961
Normalização das Relações, de 1961 até 2002
Relações Bilaterais no Início do Século XXI
Intercâmbio de Visitas Bilaterais de Alto Nível
Posições Similares sobre Temas da Agenda Internacional
Parceria no agrupamento BRICS
Relações Econômicas e Agenda de Cooperação
Cooperação Comercial
Cooperação Aeroespacial
Cooperação Tecnico-Militar
Objetivos Principais da Apresentação

Apresentar a complexidade e as realidades do Brasil
contemporâneo;

Comentar as relações bilaterais entre Brasil e Rússia,
sob a perspectiva histórica;

Demonstrar que as relações entre Brasil e Rússia
estão em um patamar sem precedentes em nossa
histórica; e

Identificar áreas de maior potencial de cooperação.
Brasil: Algumas Percepções Externas
Brasil no Século XXI

Um País Diferente: Estereótipo e Realidade

Imagem Internacional Positiva do Brasil
Brasil, país complexo e em transformação


Transformações no Brasil: Democracia,
Desenvolvimento e Distribuição de Renda

Sólidos fundamentos democráticos.
Estabilização macroeconômica: tripé metas de inflação,
flexibilidade cambial e responsabilidade fiscal.
Modelo de Desenvolvimento: Elevado de crescimento
econômico com distribuição de renda.


Brasil, País Emergente

8ª maior economia do mundo

PIB de US$ 2,2 Trilhões PPP
1º maior exportador de carnes (1º bovina, 1º de frango,
4º suína)
3º maior exportador agrícola do mundo (1º soja, 1º café)
6ª maior produção de automóveis.
1ª maior produção de jatos regionais
7ª maior indústria química.
Pioneiro em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias:
- exploração de petróleo em águas profundas
- biocombustíveis






Brasil: Novas Realidades
Brasil e Rússia: Similaridades e Potenciais

Complexidade Demográfica


Pluralidade e Diversidade
Relações com a “Civilização Ocidental”

Dimensão Territorial


Grandeza do Território
Recursos Naturais e Potencialidades Econômicas

Desenvolvimento Econômico

Crescimento Econômico Acelerado
BRICS


Brasil e Rússia estão presentes, simultaneamente, na
listas de 10 países com maiores: População,
Território e Produto Interno Bruto.
Perspectivas Históricas das
Relações Bilaterais
i.
ii.
iii.
iv.
Início das Relações
Primórdios-1917
Período de Distância Relativa
1917-1961
Normalização das Relações
1961-2002
Parceria Estratégica
2002-2011
Início das Relações Bilaterais:
dos Primórdios até 1917
 Na primeira metade do século XIX : “período de
estabelecimento”.
 Entre 1821 e 1829, expedição Langsdorff.
 O Brasil”: primeiro país da América do Sul com o qual a
Rússia estabeleceu relações diplomáticas, em 1828.
 Primeiro enviado russo ao Brasil, Franz Borel.
Início das Relações Bilaterais:
dos Primórdios até 1917

Entre a segunda metade do século XIX e o início do
século XX, observaram-se marcos notáveis das
relações bilaterais:


Visita em caráter privado do Imperador Dom Pedro II à Rússia, em
1876,
Atividades no Brasil do enviado russo Alexandr Iónin, e
Realização de nova expedição científica russa, 1914-1915.

I Guerra Mundial: Brasil e Rússia no mesmo lado.

Em 1917, rompimento das relações diplomáticas
entre Brasil e Rússia.

Período de Relativa Distância
1917-1961
 De 1917 até a década de 1940, quando Brasil e Rússia
lutaram, novamente juntos, na Segunda Guerra
Mundial, os contatos entre nossos povos foram tímidos.

Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, Brasil e
URSS estabeleceram relações diplomáticas.

No entanto, as relações foram novamente rompidas,
em 1947, contaminadas pelo contexto da Guerra Fria.

Do final dos anos 1940 até o início dos anos 1960, no
auge da Guerra Fria, as relações foram distantes,
embora corretas.
Normalização das Relações Bilaterais
1961-2002

Em 1961, em sua Política Externa Independente,o
Brasil restabeleceu as relações com a União
Soviética.

De 1961 até 1991: Pragmatismo, sem contaminações
ideológicas, nas relações entre o Brasil e a URSS.

Brasil e URSS adotaram nos anos 1960 e 1970
posições similares nos centros decisórios mundiais
sobre:

a relevância do movimento de descolonização na África e na Ásia;
a centralidade na agenda internacional das questões afetas ao
desenvolvimento dos países menos desenvolvidos.

Normalização das Relações
19612002
 Marco do esforço de reaproximação: Visita em 1988 do
Presidente José Sarney, a primeira visita oficial à
URSS de um Chefe de Estado e Governo do Brasil.

Na décade de 1980, foram iniciadas profundas
transformações nos dois países que nos aproximaram.

Novas circunstâncias políticas em superação daquelas
ditadas pelo contexto de Guerra Fria.

Mundo em globalização: novas realidades também
contribuíram para aproximar nossos países.
Parceria Estratégica Brasil-Rússia
2002-2011

As relações bilaterais alcançam o patamar mais
elevado, no contexto da Parceria Estratégica (2002) e
da Aliança Tecnológica (2004).

As relações entre Brasil e Rússia adensaram-se:

Visitas de alto nível;
Diálogo mais fluido no âmbito multilateral e no contexto do BRICS;
Aumento das trocas comerciais e dos fluxos de investimentos
Aprofundamento da cooperação bilateral.



Desde 2000, em quase todos os anos, foram registradas
visitas de Chefes de Estado e Ministros das Relações
Exteriores.
Parceria Estratégica Brasil-Rússia
2002-2011

Em maio de 2010, vista à Rússia do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.

Foram firmados importantes instrumentos bilaterais que
reforçaram o arcabouço jurídico da cooperação bilateral,
como o “Plano de Ação da Parceria Estratégica”.

Em maio de 2011, o Vice-Presidente Michel Temer
esteve em Moscou para participar da V Comissão
Brasileiro-Russa de Alto Nível de Cooperação (CAN).
Parceria Estratégica Brasil-Rússia
2002-2011

Em setembro de 2011, o Ministro das Relações
Exteriores Antonio Patriota reuniu-se em Moscou com o
Chanceler Lavrov.

Pelo lado russo, destacam-se a visita do então
Presidente Putin ao Brasil em 2004, a primeira de um
Chefe de Estado russo ao Brasil, e a do Presidente
Medvedev, em 2008.
 Os Mandatários de Brasil e Rússia participaram das
Cúpulas do BRICS realizadas em Ecaterimburgo
(2009); e em Brasília (2010).
Sintonia de Posições sobre Temas da
Agenda Internacional

Brasil e Rússia são aliados na defesa dos fundamentos
coletivos da ordem mundial contemporânea:

Construção de um sistema internacional multipolar.
Papel central da Organização das Nações Unidas (ONU).
Supremacia do direito internacional.
Repúdio às medidas de força unilaterais.
Opção pela solução negociada de crises e conflitos.





Os dois países defendem a reforma das estruturas de
governança:

Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
Fundo Monetário Internacional (FMI).
Banco Mundial (BIRD).


Sintonia de Posições sobre Temas da
Agenda Internacional

Visões convergentes sobre:

Premência do combate ao terrorismo,
Conveniência da “Solução de 2 Estados” para a questão palestina.
Distorções da operação militar da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) e da chamada “coalizão” na Líbia,
Desdobramentos da crise política na Síria.




Presidenta Dilma Rousseff e “Responsabilidade ao
Proteger”: impedir excessos e desvios nas ações
destinadas a proteger direitos vitais das populações.
Parceria no Grupo BRICS

Brasil e Rússia organizaram as duas primeiras Cúpulas
do BRICS: Ecaterimburgo/2009 e Brasília/2010.

Ambos os países têm incentivado o alargamento do
escopo temático do BRICS (assuntos políticos e
estratégicos) e o aprofundamento das iniciativas de
cooperação setorial.

O BRICS logrou papel decisivo na arena
internacional: esforços de reforma das estruturas de
governança, como CSNU, FMI e Banco Mundial.
Quadro Geral das Relações Econômicas

O Brasil é o principal parceiro comercial da Rússia
na América Latina. Em 2008, o intercâmbio atingiu
quase US$ 8 bilhões.

Após a crise financeira internacional, o volume de
comércio está se recuperando progressivamente:
em 2010, alcançou US$ 6 bilhões; e, em 2011, deverá
aproximar-se dos US$ 7 bilhões ao final de 2011.

Nos próximos anos, deveremos alcançar a meta de
US$ 10 bilhões, estabelecida por nossos Governos.
Quadro Geral das Relações Econômicas

Pauta do intercâmbio bilateral: exportação de carnes
pelo lado brasileiro e exportação de fertilizantes pelo
lado russo.

Esforços com vistas a diversificar o intercâmbio
comercial com produtos de maior valor agregado.

Esse esforço com vistas à diversificação do intercâmbio
bilateral é o fundamento principal da Comissão
Brasileiro-Russa de Alto Nível de Cooperação (CAN).
Cooperação Comercial

Dada a relevância do setor de carnes nas exportações
para a Rússia (mais de 50% do total), a melhora do
acesso das carnes brasileiras ao mercado russo é
tema prioritário.

O Brasil apoiou o ingresso da Rússia na Organização
Mundial do Comércio (OMC).

Outro tema relevante: estabelecimento de um sistema
de pagamento em moedas locais no comércio bilateral.
Investimentos

Oportunidades de investimentos mútuos:

Obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
Obras para megaeventos esportivos, como Copa do Mundo FIFA e
Jogos Olímpicos.
Obras que serão requeridas para a extração de petróleo da camada
do pré-sal, no Brasil
A recente abertura do escritório da GAZPROM no Rio de Janeiro
(11/2011): cooperação bilateral no setor energético.



 Presença crescente de empresas brasileiras na
Rússia: Brazil Foods, Inbev, JBS Friboi e Marcopolo.
 Desde setembro de 2011, EMBRAER já está habilitada
a vender aeronaves na Rússia.
Cooperação Aeroespacial

Em 2006, com a colaboração russa, o primeiro vôo de
um astronauta brasileiro (Marcos Pontes).

Os principais programas de cooperação bilateral são os
projetos de desenvolvimento de Veículos Lançadores
de Satélites (VLS).

O Brasil tem também interesse em aprofundar a
cooperação com a Rússia em matéria de transmissão
de dados do GLONASS.
Cooperação Técnico-Militar

Ao Brasil não interessa apenas a aquisição de
produtos acabados ou semi-acabados.

Exemplo de projeto bem sucedido nessa área é o
contrato para a entrega dos helicópteros de combate
Mi-35, os primeiros aparelhos do gênero a integrar a
Força Aérea Brasileira.

Não se trata de mera aquisição das aeronaves, já que o
contrato prevê compensação comercial em valor
equivalente ao da compra, o que significa “investimentos
russos no Brasil”.
Conclusões

O Brasil is um país diferente no início do século XXI.

Estágio atual das Relações Brasil-Rússia: melhor
momento em 180 anos de História.

Parceria Estratégica: planos bilateral, multilateral, bem
como no contexto do BRICS.

Brasil e Rússia são atores-chave na arena internacional:

Pesos geopolíticos
Grau de entendimento entre Brasil e Rússia
Amplo potencial de cooperação


Download

Parceria Estratégica Brasil