CANA-DE-AÇÚCAR NA
PRODUÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Profa. Dra. Cristiane de Conti Medina
Departamento de Agronomia
[email protected]
AGRICULTURA

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

PRODUÇÃO DE ENERGIA
“A GRANDE REVOLUÇÃO ESTÁ NA CANA E NÃO NO ÁLCOOL”
(Jayme Buarque de Hollanda)
CANA-DE-AÇÚCAR
ÁLCOOL COMBUSTÍVEL
BAGAÇO E PALHA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
BIODIESEL DO BAGAÇO
PROÁLCOOL

CRIAÇÃO: 1975

HOJE: 12% DA MATRIZ ENERGÉTICA

RESULTADOS:
-
MELHORIA DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE
NOVAS VARIEDADES DE CANA
GERAÇÃO DE EMPREGO
DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
SUBPRODUTOS DE ALTO VALOR ECONÔMICO
-
1000 KG DE CANA

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170 kg Resíduos Colheita
430 kg Caldo
110 kg Açúcar
26 kg Mel Final
13 L ou 80 L Álcool
220 kg Bagaço
35 kg Torta de Filtro
156 L ou 1040 L Vinhaça
10 kg Cinzas
CONTEÚDO ENERGÉTICO DA BIOMASSA

1 T CANA = 1.718 x 103 KCAL

1 T CANA = 1,2 BARRIL PETRÓLEO
CO-GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
O BAGAÇO DE CANA
HISTÓRICO

USINAS  COMPRAVAM ENERGIA
ELÉTRICA E QUEIMAVAM ÓLEO
COMBUSTÍVEL
 NÃO PERCEBIAM
POSSIBILIDADE DE
APROVEITAMENTO DO BAGAÇO
E DA PALHA

1897:
CONSTRUÇÃO DA USINA ITAICY (MT):
 PRIMEIRAS LÂMPADAS ELÉTRICAS DO
ESTADO
 LUZ OBTIDA DA QUEIMA DO BAGAÇO
 MODELO DE CO-GERAÇÃO MANTIDO ATÉ
HOJE

BAGAÇO  USO CORRIQUEIRO  PERMITIA
PRODUZIR, CONCOMITANTEMENTE:
- ENERGIA TÉRMICA: PARA O PROCESSO DE
TRANSFORMAÇÃO DA CANA
- ENERGIA ELÉTRICA: MOVIMENTAÇÃO MECÂNICA
DA INDÚSTRIA E ILUMINAÇÃO

INEXISTÊNCIA DE EXPORTAÇÃO:
- MONOPÓLIO DE COMERCIALIZAÇÃO
- OPÇÃO DO SETOR ELÉTRICO POR HIDRELÉTRICAS DE
GRANDE PORTE
- BAGAÇO  SOMENTE PARA PROCESSO INDUSTRIAL
- QUANTIDADES SIGNIFICATIVAS DE ENERGIA FORAM
DESPERDIÇADAS POR MUITO TEMPO

FATORES DECISIVOS PARA MUDANÇA
- FIM DA VIDA ÚTIL DAS PRIMEIRAS UNIDADES
- EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DE EQUIPAMENTOS E
CULTIVO.
- MUDANÇAS LEGAIS
- POSSIBILIDADE DE COMPARTILHAMENTO DAS
LINHAS DE TRANSMISSÃO E DAS REDES DE
DISTRIBUIÇÃO.
FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA
INVESTIMENTOS EM UNIDADES PRODUTORAS DE
CO-GERAÇÃO DE ENERGIA DO BAGAÇO DA CANA

2001 – APAGÃO: PROINFA  OBJETIVO: DIVERSIFICAR A
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA A PARTIR DE FONTES
ALTERNATIVAS.

2005 - PROTOCOLO DE KYOTO: PRODUÇÃO DE ENERGIA
MAIS LIMPA E SUSTENTÁVEL, REDUÇÃO DE IMPACTOS
AMBIENTAIS E NÃO UTILIZAÇÃO DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL
 REQUISITOS RELEVANTES À CERTIFICAÇÃO DE MDL
(MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO), PARA
OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS DE CARBONO.
FUNCIONAMENTO

BAGAÇO: QUEIMADO EM CALDEIRAS, GERANDO VAPOR
VAPOR DE BAIXA PRESSÃO:

DIRECIONADO ÀS TURBINAS ACOPLADAS ÀS MOENDAS
(ENERGIA MECÂNICA)
VAPOR DE ALTA PRESSÃO:

TURBINAS LIGADAS A GERADORES (ENERGIA ELÉTRICA)

GOVERNO (2007-2010): CRESCIMENTO DE 5% a.a.

OFERTA DE ENERGIA: LIMITA EXPANSÃO ENTRE 3,5% E 4%
a.a.

2008: NECESSIDADE 106,6 MIL MW - SIGNIFICA INJETAR
NO SISTEMA 45 MIL MW DE NOVAS FONTES.

SETOR SUCROALCOOLEIRO: 11% DESSE VOLUME PELA COGERAÇÃO DE ENERGIA.

CO-GERAÇÃO: ALTERNATIVA PARA DIMINUIR OS IMPACTOS
DA CRISE ENERGÉTICA.
PROINFA: PROGRAMA DE INCENTIVO ÀS
FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
ELÉTRICA

CRIADO PARA PERMITIR A DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ
ENERGÉTICA BRASILEIRA COM A UTILIZAÇÃO DE FONTES
RENOVÁVEIS DE ENERGIA.

LIBERADA IMPLANTAÇÃO DE 1.100 MW DE CAPACIDADE
PARA ENERGIA CO-GERADA.

GARANTIA COMPRA DA ENERGIA PELAS CENTRAIS
ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A - ELETROBRÁS, NO PERÍODO
DE 20 ANOS, A UM PISO DE R$ 93,77 POR MWH.
POTENCIAL DE GERAÇÃO

USINAS: POTENCIAL DE GERAÇÃO:
20 A 30 KWh/TC (ENERGIAS ELÉTRICA E
MECÂNICA)

BRASIL: 397 USINAS
597 MILHÕES DE T CANA EM 2012

AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA: CAPACIDADE DE OFERECER
6 MIL MW AO SETOR ELÉTRICO

USINAS:
- MAIOR INVESTIMENTO NA CAPACIDADE DE
PROCESSAMENTO
- MENOR INVESTIMENTO NA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
ALTOS CUSTOS DE TECNOLOGIAS MAIS EFICIENTES

17 MW: ABASTECE CIDADE DE 80.000 HABITANTES
SAFRA 2014/2015 - META

913 MIL HA

672 MILHÕES DE T CANA

39,5 MILHÕES T AÇÚCAR


28,4 BILHÕES L ÁLCOOL – 12,85 BILHÕES ANIDRO
15,55 BILHÕES HIDRATADO
160 MILHÕES DE T BAGAÇO: COM TECNOLOGIA MAIS
AVANÇADA = 6 MIL MW DE ENERGIA ELÉTRICA
CUSTOS

BAIXA DENSIDADE DO BAGAÇO: GERAÇÃO DE
ELETRICIDADE NA USINA É MAIS BARATA 
NÃO HÁ CUSTO ADICIONAL DE TRANSPORTE

CUSTO: US$ 600 A US$ 1200 / kW CONFORME
POTÊNCIA DA TURBINA

4 MIL MW: NECESSÁRIOS US$ 4 BILHÕES
FINANCIAMENTO

BNDES: LINHAS DE CRÉDITO PARA INVESTIMENTO
EM CO-GERAÇÃO.

INVESTIMENTOS PRIVADOS + INCENTIVO OFICIAL:
R$ 5 BILHÕES – JÁ FORAM OU ESTÃO SENDO
APLICADOS NAS INDÚSTRIAS
VANTAGENS DA CANA-DE AÇÚCAR NA
GERAÇÃO DE ENERGIA

FOTOSSÍNTESE: CAPTURA DO CO2 EMITIDO NO PROCESSO
DE GERAÇÃO DE ENERGIA.

FONTE RENOVÁVEL

PROXIMIDADE DOS CENTROS DE CONSUMO: GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA (GD)

ENERGIA PRODUZIDA NÃO DEPENDE DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO

PERÍODO DE SAFRA: CORRESPONDE À “ENTRESSAFRA
HÍDRICA”.
Impactos da Cultura
Impacto Ambiental = Impacto Ecológico + Impacto Socioeconômico
Impactos na Atmosfera
Fases do Cultivo
Plantio ou rebrota
Crescimento
Colheita
Principais
Operações
Preparo do solo
reforma
Tratos culturais
Colheita manual ou
mecanizada
Técnicas e
Tecnologias
Corretivos e
fertilizantes
Vinhaça
Restos culturais
Controle biológico
Inseticidas
Herbicidas
Cana queimada ou
cana crua
Impactos nos Solos e nos Aquíferos
Estas interações variam no tempo com
o desenvolvimento e a introdução de
novas tecnologias (reaproveitamento de
vinhaça, controle biológico, colheita
mecanizada) e no espaço (solo, relevo,
clima).
Colheita Mecanizada: cana colhida sem queima
(cana crua)
Safra 2014/15 - 140 milhões t palha
Efeito da Palhada no Solo
• Controle de Erosão
• Umidade e Temperatura
• Fertilidade
COMENTÁRIOS FINAIS

CO-GERAÇÃO DE ENERGIA: PRIORIDADE DAS USINAS 
PREÇO MÍNIMO COMPENSATÓRIO (R$ 93,77 O MW).

PROTOCOLO DE KYOTO: DO PONTO DE VISTA AMBIENTAL, A
CO-GERAÇÃO DE ENERGIA ATENDE OS PARÂMETROS
ESTABELECIDOS.

BAGAÇO E PALHA: A MÉDIO PRAZO, SERÃO IMPORTANTES
COMPONENTES DA MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL.

CANA: AVANÇO DO PLANTIO NÃO VAI AMEAÇAR OUTRAS
CULTURAS (REORDENAMENTO: PRODUTIVIDADE,
RENDA, VALOR DA TERRA)

BRASIL: 9 MILHÕES HECTARES COM CANA (13% ÁREA
AGRÍCOLA)
30 MILHÕES HECTARES DE PASTO DEGRADADO OU
COM ALGUM GRAU DE DEGRADAÇÃO

CANA: PRÓXIMOS 8 ANOS  INCORPORAÇÃO DE 3 MILHÕES
DE HECTARES
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Cristiane de Conti Medina