BÊNÇÃO E EXÉQUIAS
27/10/2006
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BÊNÇÃO
Bênção:
Significa: Bem dizer/Boa
palavra dirigida a Deus em
nome dos homens ou
dirigida aos homens em
nome de Deus.
• Fonte e origem de toda bênção é
Deus.
• Bendito acima de tudo, o Deus
de bondade, que fez todas as
coisas para cobrir de bênçãos as
suas criaturas, e que sempre
abençoou, mesmo depois da
queda do homem, em sinal de
misericórdia.
• Conforme
o testemunho da
Bíblia, todas as coisas que Deus
criou, e que sua providência
perenemente
conserva
no
mundo, representam sua bênção
e que servem para levar os
homens
a
bendizê-lo.
• As bênçãos da Igreja são ações
litúrgicas.
• As fórmulas das bênçãos, visam
antes de tudo a glorificar a Deus
por seus dons e a implorar os
seus benefícios, como também
reprimir o poder do maligno no
mundo.
• Para que se obtenha plena
eficácia das bênçãos, é mister
que os fiéis se acerquem da
Sagrada Liturgia com disposições
de reta intenção.
• Por isso os que pretendem a
bênção de Deus através da
Igreja, reforcem suas disposições
com aquela fé que tudo crê, tudo
é possível.
• Apóiem-se numa esperança que
não decepciona; renovem-se por
uma caridade que insiste na
observância dos mandamentos
de Deus.
• Assim, pois, os homens que
buscam conhecer a vontade de
Deus hão de entender
plenamente a bênção e hão de
verdadeiramente consegui-lá.
BÊNÇÃO NA BÍBLIA
• Gn 1, 22-28: Bênção sobre a
criação
• Gn 12,3: Bênção sobre as
famílias
• Hb 6, 1-3: Imposição das Mãos
• Gn 48, 14-16: Utilizada para
conferir uma bênção.
BÊNÇÃO NA BÍBLIA
• Usado por Jesus no ministério
de cura de enfermidade:
(Mt 8,3-15; Mc 1,41; Lc 4,40;
Mc 5,13; ...).
• Usada pelos discípulos no
mesmo ministério: (At 5,12; At
9,17; At 14,3; Mc 16,18).
BÊNÇÃO NA BÍBLIA
• Também usada por Paulo
nesse ministério: (At 28,8; At
19,11).
• Usada em conexão com o
recebimento do Espírito Santo:
(At 8,17; At 9,17; At 19,6).
BÊNÇÃO NA BÍBLIA
• Usada em conexão com a
comunicação de dons espirituais:
(1 Tm 4,14; 2 Tm 1,6).
• Usada para a comunicação de
uma benção: (Mc 10,16).
• Usada para investir pessoas de
um ministério: (At 13,2-3)
BÊNÇÃO NA BÍBLIA
• Quando Jesus abençoou os
pequeninos (Mt 19,13)
• ou Jacó abençoou José e seus filhos
(Gn 48, 14-16).
• A plenitude da bênção de Deus
na terra se manifestou em Jesus
Cristo, fruto Bendito da Virgem
Maria (Lc 1, 42).
• Na oração de bênção pronunciada
por Jesus na última ceia, a bênção
se verifica na sua perfeição total.
• É um dom expresso numa palavra
eficaz; é um dom perfeito do Pai
para os filhos, que oferece sua vida
ao
Pai,
e
todo
o
nosso
agradecimento unido ao Dele.
• A Eucaristia constitui o ápice e o
centro do todo o universo das
bênçãos.
MINISTROS DAS BÊNÇÃOS
• Bispo, Presbíteros e Diáconos
• Acólitos e Leitores (instituídos)
• Leigos, em virtude do sacerdócio
comum cuja graça lhes foi
comunicada no batismo e na
confirmação.
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
• Estrutura básica:
• Basicamente são duas partes
principais:
• a primeira a proclamação da
Palavra de Deus e,
• a segunda, o louvor da bondade
divina com impetração do auxílio
celeste.
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
• Meta da primeira parte:
• É que a bênção se torne
realmente um sinal sagrado;
este adquire sentido e eficácia
da Palavra de Deus.
•
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
O centro, portanto, desta
primeira parte é a proclamação
da Palavra de Deus, à qual,
normalmente, faz referência
quer a exortação introdutória,
quer a breve explicação,
exortação ou homilia, que
podem ser oportunamente
acrescentadas.
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
• E para melhor despertar a fé
dos participantes, intercalamse oportunamente um salmo,
ou canto, ou um sinal sagrado,
especialmente no caso de
várias leituras.
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
• O objetivo da segunda parte é
que Deus seja louvado e seu
auxílio impetrado, por Cristo, no
Espírito Santo.
• E o centro desta parte é
constituído pela fórmula da
bênção, ou oração da Igreja, que
é muitas vezes acompanhada de
um sinal particular.
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
• Para favorecer mais a oração dos
presentes, pode-se acrescentar
uma prece comum, que
geralmente precede a oração e
às vezes se lhe segue.
•
•
•
•
•
•
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
Os sinais a serem usados:
a) estender ou levantar as mãos,
b) juntar ou impor as mãos
c) sinal da cruz
d) aspersão de água benta
e) incensação.
CELEBRAÇÃO DA BÊNÇÃO
• Embora os sinais usados nas bênçãos,
principalmente o sinal-da-cruz, sirvam
para exprimir certa evangelização e
comunicação da fé, para garantir
participação mais ativa e evitar o perigo
de superstição, não é permitida a
realização habitual da bênção de objetos
e lugares somente usando-se sinais
externos, sem qualquer referência à
Palavra de Deus, ou de alguma oração.
EXÉQUIAS
EXÉQUIAS
• Significa “seguir por toda
parte, acompanhar,
escoltar”.
O QUE É O RITO DAS EXÉQUIAS?
• É o conjunto de ritos e
orações que a Igreja faz, por
ocasião da morte de um fiel
cristão, desde o momento que
expira até seu cadáver ser
colocado ou incinerado.
O QUE É O RITO DAS EXÉQUIAS?
• O ritual vai além de uma
simples
cerimônia
de
encomendação de defuntos
durante o velório. Ele é um
direito do cristão e um dever
dos ministros da Igreja e da
comunidade eclesial para com
os irmãos falecidos.
O QUE É O RITO DAS EXÉQUIAS?
• Celebrar o rito com o corpo presente
e acompanhá-lo até o fim e realizar
a
sua
entrega
a
Deus.
• O Rito das Exéquias deve imprimir a
índole Pascal da morte cristã.
O QUE É O RITO DAS EXÉQUIAS?
• O Mistério da morte para os cristões,
ilumina-se à luz da Morte e Ressurreição
de Jesus Cristo. Por isso o CV II, ao
recomendar a revisão do Ritual das
Exéquias, pediu que nelas se exprimisse
“mais claramente o sentido pascal da
morte cristã”, respeitando as condições e
as tradições de cada região.
• Ex: Brasil – dor lágrimas, velório 24 hrs,
sepultamento
O QUE É O RITO DAS EXÉQUIAS?
• EUA: coquetel, tratamento químico,
•
convidados vão embora sem o
sepultamento.
Cuidar
para
que
não
haja
contradição entre os costumes e o
Evangelho.
•
SENTIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS
Pelas exéquias, a Igreja confia o
defunto à misericórdia de Deus e,
através da aspersão, da incensação,
das flores, dos cânticos e das
orações, exprime a veneração que
dispensa
ao
corpo
que
foi
regenerado pelas águas batismais,
se tornou templo do Espírito Santo e
foi alimentado com o Pão da Vida.
SENTIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS
• Consola
os
vivos
enlutados,
garantindo-lhes, pela fé, a união
futura com o defunto na comunhão
dos santos.
SENTIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS
• Desta forma a celebração da morte
alimenta em todos os fiéis a
esperança e afirma o caráter
escatológico da vida cristã, pois os
que foram “configurados com Cristo
na morte, com Cristo tomarão parte
na Ressurreição.”
SENTIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS
• A Igreja sempre dedicou e continua
a dedicar uma especial atenção ao
culto dos defuntos e à celebração da
morte, que considera dotados de
uma extraordinária potencialidade
pastoral, tanto pelo número elevado
de participantes como pela sua
qualidade e disposições.
SENTIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS
• É
nesta ocasião que tem
possibilidade de anunciar a
Palavra
revelada
a
muitas
pessoas
com
pouca
disponibilidade
interior
para
escutar ou mesmo a pessoas com
as quais não contata em outras
ocasiões.
SENTIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS
• Através das exéquias a Igreja
reza pelos defuntos e dá
ensinamentos aos vivos e
celebra a morte como um
evento de salvação.
VENERAÇÃO CRISTÃ DO CORPO
• O Ritual atual prevê que o corpo
do defunto seja aspergido com
água benta, iluminado com luzes
(velas) e tratado com o máximo
respeito.
• O corpo é algo sagrado para o
cristão e é objeto da salvação.
VENERAÇÃO CRISTÃ DO CORPO
• Para o cristão os ritos fúnebres tem
•
razões relacionadas a fé: o corpo do
cristão foi instrumento do Espírito
Santo e é chamado à ressurreição
gloriosa.
A mesma realidade corporal que, em
vida, havia sido banhada pela água
do batismo, ungida com
VENERAÇÃO CRISTÃ DO CORPO
• A mesma realidade corporal que, em
vida, havia sido banhada pela água do
batismo, ungida com óleo santo,
alimentada com o Pão e Vinho
Eucarístico, marcada com o sinal da
salvação, protegida com a imposição das
mãos, isto é, aquele cristão que durante
sua vida foi instrumento da eficácia dos
sacramentos, e que após sua morte é
convertido em cadáver, continua sendo
objeto de cuidado solícito da Mãe Igreja.
COMUNHÃO ENTRE VIVOS E MORTOS
• a) presença da comunidade junto ao
morto, no início tratava-se de um
grupo familiar, com o passar dos
tempos a comunidade paroquial
começou a participar, nem que seja
pelo menos um padre, diácono, ou
ministro instituído.
COMUNHÃO ENTRE VIVOS E MORTOS
• b) Nos ritos mortuários, e nas
orações e cânticos, há invocações a
Virgem Maria, Anjos e Santos. Além
de ser um aspecto de petição e
intercessão, é preciso ressaltar a
intenção primeira da liturgia, a de
convocar
todos
os
membros
celestiais para que recebam em sua
companhia.
COMUNHÃO ENTRE VIVOS E MORTOS
• c) A liturgia das exéquias tem como
objetivo orar pelo defunto, elevar
preces de intercessão pelo defunto,
nas dimensões do perdão dos
pecados, da libertação das penas do
inferno e na entrada na glória
celestial.
COMUNHÃO ENTRE VIVOS E MORTOS
• E também de criar uma íntima
•
relação entre os vivos e os mortos.
Tudo isto demonstra a estreita
relação entre a comunidade dos
vivos e dos mortos.
ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO
• E também de criar uma íntima
•
relação entre os vivos e os mortos.
Tudo isto demonstra a estreita
relação entre a comunidade dos
vivos e dos mortos.
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS
EXÉQUIAS
• a) Dos Ritos pagãos os ritos cristãos
• b) O ritual romano do Século VII
• C) A celebração das Exéquias depois
do Vaticano II
MUDANÇAS DO RITO - 1971
• A cremação é admitida com a
condição que não constitua um
gesto anticristão, mas é válido
lembrar que a Igreja tem preferência
pela inumação pelo fato de confiar o
corpo à terra de onde foi tirado.
Neste caso, o ritual exequial pode
ser celebrado onde se acha o
crematório.
MUDANÇAS DO RITO - 1971
• O
Ministro
das
Exéquias
normalmente é o Presbítero ou o
Diácono. A Conferência Episcopal
(CNBB) pode decidir que em sua
ausência que os funerais sejam
presididos por leigos.
•
•
•
•
PRINCIPAIS MOMENTOS DA
CELEBRAÇÃO DAS EXÉQUIAS
a) Cuidados:
Se apresentar a alguém da família
que esteja em condições de
conversar
(importância
da
Secretária, ou quem recebe a
solicitação).
Ser discreto.
Anotar o nome do falecido (ter
sempre papel e caneta).
PRINCIPAIS MOMENTOS DA
CELEBRAÇÃO DAS EXÉQUIAS
• Anotar o nome do falecido (ter sempre
papel e caneta).
• Procurar saber, idade, causa da morte,
que familiares deixou (de maneira
discreta).
• Se não canta bem, levar alguém que o
faça de maneira adequada.
• Se possível, estar acompanhado de outro
MECE ou alguém de outra pastoral.
•
•
•
•
•
•
PRINCIPAIS MOMENTOS DA
CELEBRAÇÃO DAS EXÉQUIAS
b) Estrutura do Rito:
Acolhida
Celebração da Palavra
Oração do Pai-Nosso
Rito de Encomendação
Despedida
• b.1) Acolhida: No início da celebração,
o ministro acolhe, simultaneamente, o
defunto e a comunidade. Trata-se de
um gesto próprio: acolher o cadáver e
os irmãos. O fundamental é que a
acolhida
seja
um
convite
à
transcendência, a uma aproximação
com o mundo divino, em que se crê
que de uma forma ou de outra o
defunto foi incorporado, Neste sentido,
vão a oração inicial e as preces.
• b.2) Cel Palavra: Nas Exéquias
reúnem-se
dois
pólos:
evangelização e liturgia. A Palavra
deve ser ouvida! Os ministros
devem ler e falar claramente. Para
a Igreja, somente a Palavra
proclamada e aceita, assegura às
Exéquias seu caráter de expressão
da fé cristã. No novo rito, a Palavra
é um elemento imprescindível e
fundamental.
• b.3) A Oração do Pai Nosso: A
oração do Pai Nosso dá início à
entrega simbólica do irmão falecido
nas mãos de Deus. Essa oração
nos abre as portas do céu, é uma
forma de evocar, ao longo de toda
a vida, nossa vida, nossa filiação a
Deus. No batismo, a comunidade
reza o Pai-Nosso em nome da
criança recém-batizada.
• b.3) A Oração do Pai Nosso: O
cristão retoma esta oração em
cada missa. E, cada cerimônia
religiosa, nos momentos de alegria
e de tristeza, no desespero e no
júbilo. No ritual das Exéquias, mais
uma vez a comunidade reunida,
rezará o Pai-Nosso em nome e pelo
irmão falecido.
• b.4) O Rito de Encomendação e a
A
última
recomendação
e
despedida
ocupa o lugar da absolvição do
Rito Romano, trata-se da última
despedida
com
que
a
comunidade cristã saúda um de
seus membros e reza por ele,
antes que o corpo seja levado
para a sepultura.
Despedida:
• b.4) O Rito de Encomendação e a
Despedida: O ritual se desenvolve
da
seguinte
maneira:
o
presidente
introduz
uma
monição, depois segue alguns
momentos em silêncio, o gesto
da aspersão e o cântico da
despedida, elemento importante
já que sublinha o caráter pascal e
festivo de todo rito.
• b.4) O Rito de Encomendação e a
Despedida: Pode-se autorizar um
representante dos parentes ou
amigos do defunto que pronuncie
algumas palavras de despedida e
gratidão aos presentes.
SÍMBOLOS E AÇÕES SIGNIFICATIVA
• a) Cor litúrgica: Roxo (alguns
•
afirmam que deveria ser o branco –
representa a ressurreição).
b) Aspergir o corpo com água benta
na casa do morto e na última
encomendação:
lembrança
do
batismo. Agora está completando
sua Páscoa, sua ida para a casa do
Pai.
• c) Procissão com o corpo tendo a cruz na
Expressa nossa vida de
seguimento de Jesus, desemboca na
morte e na ressurreição, comunhão
com todos(as) na casa do Pai.
• Antigamente: cortejo fúnebre, última
viagem do falecido pelas ruas da
cidade
em
que
vivera.
Hoje: pertuba a circulação dos carros.
No século da velocidade não há lugar
para a lentidão dos falecidos.
frente:
• d) Em cima do caixão, o livro do
•
•
Evangelho ou a Bíblia.
e) Ao redor velas acessas ou o Círio
Pascal.
f) Bênção do túmulo (com aspersão
de água):
Pedindo o repouso
tranqüilo da pessoa falecida nesta
“última morada”, na espera da
ressurreição definitiva.
CONCLUSÃO
• Ao término deste trabalho e com
uma visão mais ampla do conceito,
do sentido das Exéquias cristãs, do
desenvolvimento histórico e das
ações litúrgicas das exéquias, é
possível perceber a riqueza deste
rito para o cristão.
Que a Paz e a Serenidade de Cristo
esteja sempre convosco!
"Ensinai-me a fazer vossa vontade,
pois sois o meu Deus. Que vosso
Espírito de Bondade me conduza
pelo caminho reto." (Salmo 142,
10).
Muito Obrigado!
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Exéquias e Bênção