“Viver é a Melhor Opção: envelhecer... faz parte!”
Dr. José Horácio Aboudib
Antes de falarmos sobre as opções cirúrgicas para o rejuvenescimento (até porque internet
está cheia de informações), acho importante tratarmos de outros assuntos mais sutis, que
muitas vezes devem ser pensados e refletidos no período que antecede à consulta médica.
Como escolher meu cirurgião? Será que é muita vaidade querer me operar? A cirurgia plástica
é séria mesmo ou está repleta de charlatões? Será que tem risco a cirurgia que quero? Quanto
tempo irá durar uma cirurgia? Da para fazer a cirurgia no consultório? Existe cirurgia sem
cicatriz? Será que aquele tratamento substitui a cirurgia? Qual é a real responsabilidade do
cirurgião com minha operação? Quanto tempo sem fazer ginástica? E o Trabalho?
Vamos tentar abordar todas estas questões, iniciando pela primeira pergunta.
Certamente a melhor maneira de escolher seu cirurgião não é pela imprensa leiga ou por
propaganda e marketing. Existem bons cirurgiões que por motivos diversos tem acesso mais
fácil a imprensa, e ótimos outros que não tem ou não querem ter esta via de contato com seus
pacientes. Isto pode dar notoriedade, mas não qualifica ninguém. O primeiro passo é saber se
ele é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Para isto o
médico tem que fazer a Faculdade de Medicina (seis anos), Residência ou Pós Graduação em
Cirurgia Geral (dois a três anos) e Residência ou Pós Graduação em Cirurgia Plástica, em
Serviço Credenciado pela SBCP em parceria com o MEC, AMB (Associação Médica
Brasileira) e CFM (Conselho Federal de Medicina), com duração de três anos. Após isto, ele
faz prova escrita, oral e curricular para receber o Título de Especialização e ser Membro da
Sociedade. Se ele quiser fazer parte do corpo docente e/ou das Diretorias da SBCP, terá que,
após dois anos de especialista, fazer uma dissertação sobre tema de cirurgia plástica,
apresentar a aula e ser aprovado por uma Comissão constituída para este fim, e então receber
o Certificado de Membro Titular. Se o cirurgião que você escolheu está entre estes, você terá
certeza que ele passou por um aprimorado treinamento e por um serio processo seletivo. Caso
contrário, fuja dele! E por favor, não confunda com “Medicina Estética” que não é sequer
reconhecida pelo CFM como especialidade médica!
Outra questão é o preço pago pela cirurgia. É claro que cirurgiões e equipe mais experiente e
por vezes mais especializada em determinadas cirurgias, assim como Hospitais e Clínicas
mais qualificadas em termos de equipamentos, recursos e conforto, deverão ter um preço um
pouco mais alto. Você terá que avaliar as vantagens ou não. O grande problema é o preço
muito baixo. Se você faz uma pesquisa sobre um produto, e encontra preços entre 8 e 12 reais,
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e depois acha o mesmo produto por 4 reais, você não vai desconfiar que algo está errado? É
roubado, está quebrado, é cópia? Está vencido? Pois deveria pensar igual quanto aos custos do
seu tratamento. Outro ponto importante é ter indicação de alguém que foi operada por ele com
sucesso, ou mesmo a opinião de um médico de sua confiança. Ele certamente terá melhores
dados para avaliar, do que você. O Hospital ou Clínica também tem grande importância para
sua segurança. Não há necessidade de CTI (Centro de Terapia Intensiva) para os
procedimentos habituais de cirurgia plástica, o que é fundamental é um Centro Cirúrgico
muito bem equipado e um excelente Centro de Recuperação Pós Anestésica. Além disso, a
presença de um bom anestesista é fundamental. Ele poderá optar por anestesia geral, local
com sedação, peridural com sedação ou qualquer outra, pois todas elas em mãos hábeis e com
equipamentos adequados, apresentam hoje em dia, grande segurança. Claro que isto tudo está
precedido por exames pré-operatórios adequados a cada caso. Só com a paciente em bom
estado geral, a cirurgia eletiva é admissível.
Uma coisa é certa. Em consultório, sem o anestesista somente procedimentos pequenos, como
sutura de feridas, retirada de sinais ou de pequenos tumores.
Temos que ter em mente que toda cirurgia tem seu risco, quanto maior e mais prolongada,
quanto maior a idade, quanto pior a saúde, quanto menor a capacitação do anestesista e do
cirurgião, quanto pior a qualidade técnica da Clínica ou Hospital, maior ele será.
O tempo de cirurgia e de recuperação irá depender de acordo com diversas variáveis, como
características do cirurgião, tipo de cirurgia, idade e características outras do paciente etc...
Iremos abordar em detalhes mais à frente.
A cirurgia plástica brasileira ocupa um lugar de destaque cientifico, a nível mundial e goza do
respeito e admiração de cirurgiões em todo o planeta. Os maiores centros da especialidade são
o Brasil e os USA, porém nos últimos anos o nosso país tem alcançado alguns índices de
grande importância. O Brasil, embora tenha quase metade da população e do número de
cirurgiões plásticos, que o USA, é há vários anos, o maior Centro de Ensino da especialidade,
contando com número maior de Residentes e Pós-graduado, que qualquer outro país. Há dois
anos, o nosso Congresso Brasileiro, tem mais participantes que o Congresso Americano,
sendo, portanto o maior evento científico de cirurgia plástica no mundo. Se formos considerar
a diferença sócia econômica entre estes países, temos um dado ainda mais significativo.
Apesar disto, embora é claro que exista um reconhecimento em nosso país, ainda há um certo
preconceito com estas cirurgias. Não é incomum ouvirmos que “é uma cirurgia
desnecessária”, “trata-se de muita vaidade” ou “para que correr riscos à toa” entre outras
expressões.
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Observamos também, uma maior tolerância das pessoas com as cirurgias ditas “reparadoras”
do que com as “estéticas”. Este fato é de grande relevância uma vez que mesmo o poder
judiciário (por sorte na interpretação de um número cada vez menor de juizes), tem a idéia de
que a cirurgia “estética” representa um “contato de fim”, enquanto todos os outros eventos
médicos, representam um “contato de meio”. Este último entende que o profissional deve
utilizar todos os meios e conhecimentos que tiver ao seu alcance, para obter o melhor
resultado possível a determinado tratamento ou cirurgia. O outro entende que o cirurgião se
obriga a ter um determinado “resultado”, que atenda as expectativas dos pacientes. Ora, veja
como isto é difícil e de alta subjetividade. Diferentes pessoas podem analisar o resultado de
uma determinada cirurgia, das maneiras mais variadas, assim como uma mesma pessoa, pode
analisar vários bons (ou maus) resultados, também de forma muito pessoal e com poucos
dados objetivos. O mesmo raciocínio pode ser utilizado no que se refere às expectativas que
diferentes pessoas possam ter em relação ao resultado de uma cirurgia. O que é a beleza? É
fácil de identificar, porém impossível de definir...
Além do mais, na visão da maioria dos médicos, não há diferença real entre cirurgia
reparadora ou estética. Primeiro porque os princípios que regem seus alicerces científicos,
suas bases técnicas e anatômicas, são os mesmos. Também os tecidos humanos envolvidos na
cirurgia (pele, gordura, músculos, facias, etc.) são rigorosamente semelhantes, assim como os
processos de cicatrização e de reação ao trauma cirúrgico, em qualquer tipo de cirurgia.
Portanto a avaliação da cirurgia plástica reparadora ou estética deve ser rigorosamente igual,
até porque cada ato reparador tem um fundo estético, assim como cada mudança estética é,
essencialmente, uma reparação.
Eu acredito que boa parte do problema da expectativa do paciente ocorra por conta de
propagandas enganosas, ou entrevistas sensacionalistas ou autopromotoras, que por vezes
vemos na imprensa leiga. Ora, vamos pensar sobre isto. Existem hoje em torno de 5.000
membros
da
Sociedade
Brasileira
de
Cirurgia
Plástica,
e
quantos
“aparecem”
sistematicamente na imprensa em notas, entrevistas ou reportagens? Um número mínimo, que
se valem de alguns atributos pessoais, relacionamentos sociais ou mesmo eficiente assessoria
de imprensa, para parecerem aos olhos do público que são melhores que os outros, (que são a
grande maioria), o que não é verdade. Acho que seria razoável, cobrar juridicamente,
especificamente de quem promete milagre ou resultados inatingíveis, os contratos de
resultados, enquadrando a enorme maioria dos outros cirurgiões plásticos, como os demais
médicos, em contrato de meio.
Mas chega de aspectos jurídicos. Vamos falar sobre a “necessidade” de uma determinada
cirurgia. Qual é o conceito de Saúde, segundo a O.M.S. (Organização Mundial de Saúde)?
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“Saúde é o bem estar, social, físico e mental”. Portanto, não basta ter um bom fígado, um bom
coração, ou ser um atleta, para ter saúde, se você não está bem adequado ao seu meio social
ou mesmo à sua auto-imagem. Uma menina que não sai, não namora, não vai a praia, porque
suas mamas são muito grandes, não é uma garota saudável. Um menino que não pratica
esporte, não tira a camisa, não se socializa porque tem as mamas grandes e “pneus na cintura”
por deposição de gordura (Lipodistrofia) tampouco. Isso também se aplica a um homem ou
mulher, que se sente jovem, ativo, produtivo, mas que se depara ao espelho com uma imagem
envelhecida, que não se adequa ao seu estado de espírito. A cirurgia plástica pode ajudar estas
pessoas a encontrar a imagem de “normalidade”, que permita se enxergarem da forma como
se sentem.
Neste sentido também, podemos encarar o que seja vaidade. Esta característica, em doses
adequadas, nos faz andar limpos, arrumados, procurar sucesso pessoal e profissional, enfim
nos impulsiona a tentar melhorar na vida de forma geral. É também o que com freqüência,
estimula as pessoas a tratamentos e cirurgias, que melhorem sua autoconfiança e seu bem
estar. O problema é claro, seria a vaidade excessiva, que escaparia de um comportamento
fraterno, dentro da normalidade. O defeito não é a vaidade, mas o seu excesso.
O que deve ser sempre esperado de um bom cirurgião, além do seu conhecimento científico e
atualização com o que há de melhor na especialidade é uma absoluta honestidade e
sinceridade, ao apresentar aos pacientes as opções que possam ser aplicadas a cada caso, com
suas vantagens e limitações além das possibilidades de complicações e intercorrências
desfavoráveis, inerentes a qualquer atividade humana e a qualquer processo cicatricial. Chego
a sentir um frio nas costas, quando me deparo com a utilização da expressão “precisão
cirúrgica”, a uma situação de precisão extrema, quase de impossibilidade de insucesso, a fatos
corriqueiros das nossas vidas.
Por que não “precisão jurídica”, “precisão estrutural”, “precisão cibernética” ou termo que
associe a qualquer outro ramo a atividade humana. Está expressão e outras formas de pensar o
ato médico, nos coloca em um plano de acerto e infalibilidade, absolutamente ilusório e irreal.
O médico é falível como qualquer profissional que exerça com seriedade seu trabalho, mesmo
utilizando todos os conhecimentos e avanços científicos hodiernos.
Após este preâmbulo, que espero devolver a imagem do médico como de um “reles mortal”,
vamos falar sobre algumas formas de retardar ou “enganar” o envelhecimento, ou depois,
tratar seus sinais e marcas.
A primeira forma de obter sucesso neste campo, é uma vida saudável, com atividades físicas
moderadas, porém constantes. Em todo grupo humano, com alta incidência de longevidade,
vamos encontrar como constantes, fatores genéticos, alimentação composta de alimentos
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naturais (nunca em excesso e o vinho é uma constante), atividade física e mental além de vida
social, familiar e amorosa rica. A falta de alguns ou todos destes elementos já nós deixarão
em grande desvantagem.
A utilização moderada da exposição solar (que é altamente benéfica) irá evitar o
envelhecimento precoce da pele e também diminuirá a ocorrência de câncer cutâneo.
Os tratamentos clínicos da pele com cremes hidratantes e protetores solares também vão
contribuir na luta contra o envelhecimento. Os protetores solares são altamente benéficos à
manutenção de uma pele saudável, porém parece haver um consenso, que os protetores 30, já
seriam suficientes e que sua renovação, após algum tempo ou imersão na água, tem maior
importância que um fator de proteção mais alto. Cuidados devem ser tomados para observar
algumas reações alérgicas que possam provocar. Neste caso procure seu dermatologista para
ver o produto adequado a ser caso.
Os cremes variados de proteção, manutenção ou rejuvenescimento não um caso a parte. Tratase de uma industria com um faturamento semelhante à da industria bélica, sendo, portanto dos
maiores do mundo. Contam com grande poder de sedução, marketing irresistível e não adianta
o médico falar com a sua própria mulher que não há evidência cientifica do que o produto
promete, que ela irá comprar assim mesmo.
De fato alguns são de boa eficácia, outros nem tanto, mas sem dúvida o melhor é consultar
seu cirurgião plástico ou dermatologista, sobre o que é mais adequado ao seu caso. No caso de
alergia, irritação ou qualquer outra reação adversa, a procura do médico é obrigatória.
Quando por motivos diversos, já nos deparamos com um tegumento envelhecido, podemos
obter uma sensível melhora da textura da pele e do tratamento das rugas e manchas cutâneas
com os mais variados “peelings”.
Existem várias formas de peeling químico, de maior ou menor agressividade, que deverão ser
programados em função disto, com seção única, ou várias em seqüência. Está indicação irá
depender da experiência do médico, do tipo de pele, do clima que a pessoa vive e claro do
desejo do paciente por um tratamento mais longo ou curto, mais ou menos doloroso, com uma
recuperação mais rápida ou lenta. O somatório destas informações irá direcionar
adequadamente o tratamento mais favorável.
O mesmo raciocínio se aplica a utilização do laser. Assim como os peelings químicos, o
grande objetivo é remover a camada externa e envelhecida da pele, assim como melhorar as
rugas e manchas escurecidas. Existem diversos tipos de laser que na dependência do que já foi
exposto e também da disponibilidade técnica, será escolhido para aquele tratamento. Não
existe, na realidade, um melhor ou um pior, mas características diferentes, que com a
experiência do médico deverá ser mais indicado para cada ocasião.
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Por fim existe o peeling cirúrgico, que tem basicamente os mesmos objetivos, e é realizado
com a remoção física do tegumento superficial, através de lixas manuais, ou aparelhos
específicos para este fim. Por ser realizado obrigatoriamente com anestesia geral ou local e
em ambiente cirúrgico, tem uma utilização mais restrita, para os casos que, na avaliação do
seu médico, será o mais adequado.
É importante ter em mente, que qualquer que seja a escolha, o objetivo é remover a pele
envelhecida e promover uma renovação do tegumento cutâneo.
Além da prevenção (sempre o melhor caminho), manutenção e tratamento do envelhecimento
da pele, existem algumas outras abordagens terapêuticas para tratar suas conseqüências.
Botox:
O botox é um dos nomes comerciais da toxina botulinica, que a exemplo do nome “bic” para
canetas, acabou como sinônimo da própria. Porém existem outros produtos comerciais, tão
eficazes quanto o Botox.
A toxina botulinica tem como característica paralisar os músculos estriatos (musculatura
normal) ao agir bloqueando o estimulo na placa neuro-motora (conecção dos nervos com o
músculo). Ao fazer isto há uma paralisia temporária do músculo (em geral ao redor de cinco
meses) eliminando assim, as rugas que sua contração iria provocar. Em nenhuma hipótese a
toxina botulinica é usada para preenchimento. Os locais mais comumente utilizados são o
músculo frontal (testa), os músculos orbiculares (“pés de galinha”) e o músculo corrugador
(entre as sombracelhas). Existem alguns casos de utilização no músculo platisma (pescoço) ou
no músculo orbicular dos lábios (lábios mesmo). A utilização no platisma gera alguma
controvérsia sobre seu real beneficio e nos lábios há que se ter grande cuidado de não
interferir na movimentação adequada da boca. Nas outras regiões os benefícios são evidentes
e sua utilização não para de crescer. É interessante citar, que no inicio a toxina foi utilizada
para tratamento dos “tics” nervosos (paralisando os músculos envolvidos) e ai se observou
que as rugas desapareciam nestes locais. Hoje existem técnicas cirúrgicas que podem retirar
os músculos orbiculares dos olhos na região do “pé de galinha”, assim como o músculo
corrugador, obtendo assim um “botox permanente”. É claro que a realização destas cirurgias
só tem sentido nas pacientes que já fizeram a toxina inúmeras vezes e tem certeza que querem
aquele efeito para sempre, porque o resultado é definitivo. As cirurgias plásticas de face, em
geral, tratam as alterações do músculo platisma (pescoço) de forma bastante eficaz. Para os
lábios não há alternativa cirúrgica, exceto os peelings químicos, cirúrgicos ou laser.
No inicio, acreditava-se que o uso continuo da toxina poderia levar a uma atrofia
(enfraquecimento) dos músculos, mas isto não foi observado, portanto o uso deve ser
constante para se ter desaparecimento das rugas.
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Não há descrição de doenças ou problemas pelo uso continuado da toxina, e por enquanto é a
melhor opção para tratar estes problemas.
Existem anestésicos cutâneos, que passados na pele, eliminam ou reduzem a dor das picadas
das agulhas para realização do tratamento.
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Preenchimento:
Quando as rugas ou sulcos já se encontram muito fundos, ou são em áreas que não foram
abordadas anteriormente (“bigode chinês”, sulco naso geniano etc...) uma boa opção é se
utilizar substâncias ou tecidos para preenchimento da alteração.
Para os casos que necessitam maior volume os próprios tecidos da paciente tem grande
utilidade. Assim os enxertos de gordura (os mais usados), as chamadas lipoenxertia, são
ótimos e seguros, uma vez que, não há possibilidade de rejeição. Quando se está fazendo uma
plástica de face, também podemos obter segmentos do músculo platisma, da fascia do
músculo temporal, segmentos do SMAS (tecido conectivo que se continua ao músculo
platisma) que podem ser utilizados para preenchimentos que desejamos.
Quando queremos um preenchimento mais fino, mais delicado, os grandes nomes são os
ácidos hialuronicos, com vários nomes comerciais. Este acido faz parte da matriz extracelular
que unem nossas células. Portanto todo mundo tem e por isto também não provoca rejeição. O
maior problema (e às vezes vantagens) é que seu efeito dura em torno de 18 meses, após o que
é totalmente absorvido, e deverá ser repetido.
Qualquer outro material de preenchimento, no momento que este artigo é escrito, não tem
autorização da Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso em procedimento estético.
Claro que nenhum destes métodos estancam o envelhecimento, portanto após alguns anos
(existe grande variação individual, por diversos motivos) ele irá suplantar os benefícios
obtidos, necessitando então de uma avaliação do seu cirurgião para escolher qual caminho
tomar no seu tratamento.
Todos os tratamentos citados até agora podem ser realizados no consultório, a nível
ambulatorial. Os próximos passos, as cirurgias, devem ser obrigatoriamente realizados em
Centro Cirúrgico, Hospitais ou clínicas Especializadas (autorizadas pela ANVISA), com a
presença do cirurgião plástico especialista da SBCP e por anestesista também qualificado pela
Sociedade de Anestesia. Como já foi dito, estas Instituições não precisam ter CTI, porém tem
que ter um Centro de Recuperação Anestésica plenamente equipado para atender aos
pacientes.
Cirurgias:
Até agora, todos os tratamentos citados (exceto o peeling cirúrgico) podem ser realizados em
consultório.
Os procedimentos cirúrgicos, que passaremos agora a abordar, devem ser realizados
exclusivamente com Clínicas Especializadas ou Hospitais, com as devidas autorizações pela
ANVISA, que tenham Centro Cirúrgico e Recuperação Pós Anestésicas adequadas à
segurança do paciente. A grande maioria destes procedimentos deve ser realizado com a
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presença em sala, de anestesista devidamente qualificado pela Sociedade Brasileira de
Anestesia.
Mesmo com todos os cuidados e avaliações pré-operatórias, temos que ter em mente que toda
cirurgia tem risco. Eles serão menores, quanto melhor for a Instituição onde for feita a
cirurgia, assim como, mais qualificada e experiente à equipe medica que assiste ao paciente.
Pessoas diferentes irão reagir também diferentemente, ante o mesmo procedimento e mesma
equipe cirúrgica. Nenhum médico pode prometer o resultado de uma cirurgia e sim o seu
maior empenho, conhecimento cientifico e dedicação a obter o melhor resultado possível.
Caso você abra mão de um ou mais dos tópicos citados, em busca de uma redução do preço de
sua cirurgia, saiba que estará sendo conivente com o aumento do risco que irá correr. Não
vale achar que em um consultório, sem presença do anestesista e assistente qualificado, você
terá a mesma segurança que com todos os cuidados citados!
A sua segurança, portanto, dependerá em muito, de sua forma de escolher!
Plástica de Face, Ritidoplastia, Face Lifting:
Estes são alguns nomes para a mesma cirurgia, que é a do rejuvenescimento facial. É uma
cirurgia que não é “embelezadora” em si, uma vez que tem como objetivo voltar alguns anos
no tempo, porém sem modificar as características da face. Algumas vezes deve ser associada
a mentoplastia (prótese de queixo) ou rinoplastia, para deixar a paciente mais jovem e mais
bela. O ideal é que as pacientes pareçam mais jovens e “descansadas”, porém sem evidências
de que a cirurgia foi realizada.
É provavelmente, a cirurgia que mais evoluiu tecnicamente, nos últimos anos. Hoje não se
limita a esticar a pele como no passado, mas ao contrario, tratar todas as estruturas profundas
(gordura, músculos, glândulas, fascias) devolvendo sua tonicidade e contorno, e ai
suavemente adequar a pele a este novo contorno facial. Isto tornará o resultado mais natural,
com menor chance de complicações, e mais duradoura, uma vez que estas estruturas
profundas, pesarão menos sobre a pele e resistirão mais tempo à ação da gravidade. É uma
cirurgia de grande complexidade técnica, que deverá ser feita por cirurgião com bastante
experiência no assunto.
Cada paciente, na dependência do problema que apresenta, deverá ser submetida a
procedimentos específicos ao seu caso. Nem mais, nem menos, sendo, portanto muito difícil
haver cirurgias absolutamente iguais. Claro que uma paciente mais envelhecida, necessitando
de um maior número de procedimentos, deverá inchar mais e ter uma recuperação mais lenta,
que outra mais jovem ou com menores problemas. O ideal é não deixar que haja grandes
sinais de envelhecimento, antes de fazer sua cirurgia, sendo, portanto melhor fazer, em media,
antes dos 60 anos. Dentro do já exposto, posso então afirmar, que não acredito no
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“minilifting”, pois na minha opinião teremos um mínimo resultado, com retorno muito rápido
aos sinais de envelhecimento. Uma plástica de face deve “durar”, em media, de 08 a 12 anos,
ou seja, deve ser este o tempo até que voltem as características de antes da cirurgia. É claro
que a velocidade de envelhecimento, com ou sem cirurgia, irá depender de vários fatores
como características pessoais, estilo de vida, doenças ou grandes sofrimentos emocionais.
Essa cirurgia pode ser feita (e freqüentemente é) mais de uma vez durante a vida, e deverá
manter sua naturalidade apesar disto.
Pode ser realizada sob anestesia geral ou local com sedação feita pelo anestesista. O tempo de
cirurgia dependerá do que for realizado ou do cirurgião (existem os mais rápidos e os mais
lentos), mas deverá ficar entre 02 horas e meia e quatro horas. É em geral, a mais longa das
cirurgias plásticas
A idade ideal pode variar muito, dependendo das alterações observadas, iniciando ao redor
dos 40 anos e não devendo ultrapassar os 60 anos, para a primeira cirurgia.
A recuperação irá depender de vários fatores, porém com 30 dias, na maioria dos casos (em
pacientes mais jovens e saudáveis 10 a 15 dias) já pode voltar a vida normal. Lembrar sempre
que qualquer cirurgia deverá demorar entre 6 a 12 meses para ter concluído seu processo de
“amadurecimento” e cicatrização.
O período de internação deve ser de 24 ou 48 horas.
Plástica de Nariz, Rinoplastia:
Ao contrário da ritidoplastia, a rinoplastia é uma cirurgia que tornará a paciente mais bela. É,
na minha opinião, a mais difícil de todas as cirurgias plásticas, e sem sombra de dúvida não é
para um iniciante na especialidade. Assim como a plástica de face está literalmente “na cara”,
não podendo ser escondida no caso de um resultado insatisfatório.
Existem inúmeras opções de tática ou técnicas, cuja decisão de quais utilizar é tão difícil
quanto sua própria realização. Talvez seja a única cirurgia, que por vezes tenho resultados
decepcionantes (sob minha avaliação) e não sei exatamente porque como também outros
soberbos, que também não sei exatamente porque. Pequenos detalhes do processo de
cicatrização podem se tornar muito aparentes, comprometendo a graciosidade do resultado.
A forma que o nariz terá na vida adulta, já se define ao final da puberdade e do processo de
crescimento, porém as cartilagens do nariz, assim como as orelhas, irão crescer ao longo de
toda a vida. Por este motivo, apesar de ser uma cirurgia muito procurada pelos jovens,
também o são nas idades mais avançadas, sendo freqüente sua associação com a plástica de
face.
A anestesia pode ser geral ou local com sedação, feia pelo anestesista. O tempo de cirurgia
pode variar, em condições normais entre 01 e 03 horas. As técnicas e táticas, são inúmeras
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envolvendo ou não utilização de enxertos de cartilagem, fascia ou osso e envolvendo ou não
fraturas dos ossos do nariz.
O período de internação costuma ser de 08 a 24 horas.
Se houver fratura, cujo tempo de consolidação é de ± 21 dias, o período de recuperação
exigirá maior repouso. Em geral com 07 dias pode-se voltar as atividades laborativas e com
30 dias as atividades físicas. A regressão total do edema (inchação) irá demorar 06 meses.
Plástica de Pálpebras, Blefaroplastia:
É uma das cirurgias mais realizadas no mundo, porque é muito procurada por ambos os sexos
e será “necessária” em quase toda as pessoas que passarem dos 60 anos. As bolsas gordurosas,
principalmente nas pálpebras inferiores, causam grande desconforto, dando um eterno aspecto
de cansaço, mal dormido ou mesmo de abuso de bebidas alcoólicas. O seu tratamento
cirúrgico pode ser feito com incisão na pele ou mesmo, por dentro na conjuntiva, não
deixando qualquer cicatriz externa.
Os excessos de pele nas pálpebras superiores, além dos problemas estéticos, podem ser um
grande incomodo para leitura e absolutamente enlouquecedor na hora da maquiagem
feminina. A cirurgia inclui a ressecção dos excessos de pele, de bolsas gordurosas e
ocasionalmente da correção de ptose (queda) das pálpebras.
É uma cirurgia de ocorrência em geral acima dos 40 anos (existem casos em mais jovens).
Com grande freqüência, está associada a ritidoplastia.
A anestesia pode ser geral, porém é mais freqüente a local com sedação feita pelo anestesista.
A cirurgia deve demorar entre 01 e 02 horas e a paciente pode ter alta no mesmo dia,
utilizando compressas com gelo nos olhos, para diminuir o edema (inchação). O edema reduz
bastante com 7 a 10 dias, permitindo volta às atividades laborativas. O que irá incomodar
mais tempo, serão as equimoses (arroxeamento da pele) que irão evoluir para amarelo, até
sumir em ± 3 semanas. Uma boa maquiagem pode esconder bem estas manchas roxas após a
primeira semana. Atividades físicas normais com 01 mês de pós-operatório. Aspecto final da
cicatriz que ficará suave ao tato e imperceptível em até 06 meses.
Otoplastia, Orelha em Abano:
Esta alteração é congênita (o paciente já nasce com ela) com um grande componente
hereditário e se manifesta pelas orelhas “abanadas”, afastadas do crânio.
Nos primeiro anos incomoda mais aos pais que a criança, que realmente só irá perceber e
reclamar do problema ao redor dos 07 anos, quando a implicância dos colegas na escola, se
acentua.
O ideal é que só seja realizada a cirurgia nesta ocasião, pois ai teremos a cooperação do
paciente, o que ajudará muito no pós-operatório.
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A cirurgia é realizada com uma incisão por trás das orelhas (portanto imperceptível depois) e
remodelagem das curvaturas da cartilagem auricular. Como na maioria dos casos esta cirurgia
é realizada em crianças que dificilmente colaboram com a anestesia local e sedação, a
anestesia geral é mais freqüente. A cirurgia demora de 01 a 02 horas e infelizmente não é
infrequente, por problemas cirúrgicos ou cicatriciais, observamos pequenas assimetrias no
pós-operatório. Caso isto ocorra, a reoperação deve ser realizada após 06 meses de pósoperatório, quando já se consumou a maturação cicatricial.
O paciente pode ter alta hospitalar no mesmo dia, e irá para casa com um curativo,
envolvendo toda a cabeça com crepom, para proteger as orelhas de traumatismo nos pósoperatório, quase sempre provocado por brincadeiras. Em caso de adultos este curativo é
retirado com 24 horas e substituído por uma faixa de bale.
Com 01 semana pode-se cumprir as atividades laborativas e com 01 mês atividades físicas
normais.
Mamoplastia de Aumento, Próteses de mama:
Há alguns anos, as pacientes procuravam os consultórios, querendo ficar “retas”, com a menor
mama possível. O conceito estético mudou, hoje a procura é por um corpo mais curvilíneo e
com mamas maiores (com o que eu concordo plenamente). Assim pacientes que realizaram
Mamoplastias Redutoras ou Mamoplastias de Aumento com próteses muito pequenas, voltam
agora querendo aumentar as mamas. Algumas mais exageradas acham que tem um “zíper”
nas mamas, pois procuram seguidamente o cirurgião plástico querendo trocar a cada
momento, por uma prótese maior. Claro que todo o exagero é reprovável. Uma conversa
franca com seu cirurgião poderá definir qual o tamanho e forma mais adequada a seu caso. As
próteses evoluíram muito nos últimos anos, no que se refere à constituição do seu envoltório
assim como do conteúdo, de forma que são sem dúvida mais muito mais seguras e duráveis
que antes. A despeito disso não há um consenso no que se refere à durabilidade das próteses.
Eu pessoalmente já retirei, para troca por maiores, próteses que havia sido colocadas há 23
anos e estavam perfeitamente integras. O que há entendimento geral é que após 10 anos da
prótese, mesmo que esteja tudo bem, é fortemente aconselhável uma consulta para avaliação e
exames que possam evidenciar o estado que elas se encontram. Nesta ocasião poderá ser
discutida que atitude tomar.
Houve também grande evolução na oferta de próteses, de tamanhos, forma e projeções muito
variadas, que poderão ser muito úteis para atingir com maior precisão o desejo e limitações de
cada paciente. Tem que se ter em mente que quanto maior a prótese, maior a chance de se ter
alterações da sensibilidade nas mamas.
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Outro aspecto que deve ser discutido com seu cirurgião são as vias de acesso, para introdução
das próteses. As mais habituais são as periareolares (na junção da pele com a aréola), as no
sulco mamário e as axilares. Todas têm vantagens e desvantagens que deverão ser discutidas
com o cirurgião, para se definir o melhor para cada caso.
Outro detalhe diz respeito ao plano anatômico da localização da prótese, que pode ser
retroglandular (atrás da glândula mamaria) ou retromuscular (atrás do músculo peitoral). Cada
uma também tem suas vantagens e desvantagens que deverão ser conversadas com seu
cirurgião.
Embora seja uma cirurgia muito procurada por pacientes jovens, nulíparas (que não tiveram
filhos) o uso da prótese é cada vez mais comum mesmo nas reduções mamarias, com objetivo
de ficar com as mamas mais firmes. Diversos detalhes de táticas cirúrgicas tem sido discutidas
nos nossos Congressos, no sentido de aprimorar estas técnicas. Assim, mesmo pacientes com
mais idades, após algumas gestações, têm sido beneficiadas pelo uso de próteses de silicone
seguida de redução ou pexia (levantamento) das mamas. A anestesia pode ser geral, peridural
ou local com sedação feita pelo anestesista. O tempo de cirurgia costuma ser entre 01 e 02
horas e em geral a alta hospitalar pode ser no mesmo dia.
Com 01 semana a paciente pode ter mais atividades laborativas e com 01 mês o retorno a
exercícios físicos.
É bom frisar, que começa a aumentar a procura por próteses mamaria masculinas, que são
mais baixas, com forma do músculo peitoral, mais firme, colocada por via axilar e em posição
retromuscular.
Gluteoplastia de Aumento, Próteses Glúteas:
É provavelmente a cirurgia que mais cresce em sua realização atualmente no Brasil, e cujo
convite para dar aulas e palestras no exterior está em explosiva expansão.
Grandes evoluções na técnica baseada em princípios anatômicos tem permitido resultados
seguros, bonitos e consistentes, com diminuição importante das complicações. Não é ainda
uma técnica de amplo domínio pela maioria dos cirurgiões, mas a divulgação destes avanços
técnicos, com a colocação das próteses dentro do músculo grande glúteo, tem tornado-a cada
vez mais popular. Em setembro de 2011, organizamos nosso 3º Curso Avançado de
Gluteoplastia, aqui no Rio de Janeiro, com grande sucesso. A incisão para introdução da
prótese é realizada no sulco intergluteo (na região do cóccix), ficando, portanto bastante
imperceptível. Existem próteses redondas e ovais (nome comercial “Quartzo”) que serão
utilizadas na dependência das características anatômicas das pacientes.
É cirurgia cuja procura não envolve idade especifica indo de 18 a 65 anos na nossa
experiência.
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É feita sob anestesia geral ou peridural, com duração de 01 a 02 horas. É comum queixa de
dor nos 03 primeiros dias, que serão controladas com uso de analgésicos e antiinflamatórios.
Em torno dos 10 dias a paciente pode andar normalmente, mas talvez ainda apresente
incomodo para ficar muito tempo sentada, devido a extensão do músculo sobre a prótese.
Lembre-se que a paciente não senta sobre a prótese e sim sobre os ossos do quadril. Com 30
dias (às vezes antes) pode levar vida normal.
Prótese de Panturrilha:
Foi uma cirurgia, olhada com desconfiança pela maioria dos cirurgiões por um longo tempo.
O pequeno número de colegas que as realizava, e algumas complicações que ocorreram,
desanimaram a maioria.
O maior problema era a idéia ( e alguns casos ocorreram) que pela pouca elasticidade de pele
da perna, a introdução das próteses levaria ao aumento da pressão sobre vasos e nervos, que
poderia provocar alterações vasculares e problemas neurológicos.
Com a melhoria da técnica devida a melhor compreensão da anatomia aplicada a cirurgia,
assim como a evolução da qualidade e forma das próteses, tornaram esta cirurgia mais segura,
e sua utilização também apresenta uma curva claramente ascendente.
Foi inicialmente utilizada em casos de reconstrução, mormente em seqüelas de paralisia
infantil e hoje a grande procura é por melhoria estética, tanto em homens como em mulheres
(estas sempre em maior número).
É cirurgia sem idade definida variando da adolescência até os 70 anos, de maneira geral.
Pode ser realizada sob anestesia geral ou peridural, com tempo de cirurgia entre 01 e 02 horas.
A técnica mais difundida é a sub-fascia (fascia superficial da perna) embora alguns bons
cirurgiões prefiram a sub-muscular. A alta hospitalar pode ser no mesmo dia.
A deambulação é imediata e o uso do salto alto (sem exageros) é benéfico nos pós-operatório.
Com uma semana pode-se voltar as funções laborativas e exercícios com 30dias.
Mamoplastia Redutora:
No nosso pais, talvez pela influencia étnica européia e africana, é uma das cirurgias mais
utilizadas. Visa redução das mamas grandes (quase sempre caídas) ou das mamas que não são
tão grandes, mas são caídas (ptosadas). As técnicas são semelhantes para ambos os casos. Há
uma tendência atual das pacientes solicitarem, mesmo nos casos de redução, uma inclusão de
prótese de silicone, com o objetivo de deixar as mamas mais firmes e projetadas.
As técnicas de Mamoplastia Redutora podem resultar em uma cicatriz ao redor das aréolas e
em “T” invertido, nas aréolas e em forma de “L”, indo para a lateral, nas aréolas e vertical ou
apenas nas aréolas. A escolha das técnicas dependerá do tamanho das mamas, da quantidade
de pele a ser ressecada, e também da experiência do cirurgião, e dentro de certo limite, da
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vontade da paciente. Tem que se ter em mente que nas cirurgias, assim como na vida, “cada
escolha pressupõe uma renuncia”, e assim uma cicatriz menor pode resultar em uma mama
maior ou menos projetada. Uma conversa franca com seu cirurgião é fundamental.
É cirurgia absolutamente eclética indo da adolescência à pacientes com 80 anos.
Pode ser realizada sob anestesia geral, peridural ou local com sedação, e tem duração habitual
entre 02 e 04 horas. A internação costuma ser por 24:00 horas, tendo alta no dia seguinte ao
da cirurgia.
A movimentação dos braços terá limitações por 30 dias (menos, dependendo da técnica), as
atividades laborativas com 15 dias e exercícios após 30 dias.
Plástica de Abdome, Abdominoplastia, Dermolipectomia Abdominal:
É uma cirurgia que evoluiu muito nos últimos anos, principalmente no que se refere à
associação com lipoaspiração e redução da área descolada, diminuindo muito as
intercorrências, tempo de recuperação e complicações.
A cirurgia, além da lipoaspiração, faz grande ressecção da pele flácida e tecido gorduroso e
promove um descolamento da pele e tecido gorduroso sobre a musculatura abdominal. Este
fato permitirá o tratamento da flacidez da musculatura, muito freqüente após gestações.
Em geral a cicatriz resultante é semelhante a da cesariana, ampliada em ± 6cm de cada lado,
além da cicatriz ao redor do umbigo. Em alguns casos pode evitar a do umbigo. Mesmo
quando ela é feita, pode ficar bastante imperceptível com táticas adequadas. Algumas
deformidades previas, como hérnia umbilical, hérnia incisional ou cicatrizes previas, vão
dificultar a cirurgia e as vezes o aspecto das cicatrizes.
É cirurgia que deve ser evitada nas nulíparas (sem gestações) ou nas mulheres que ainda
planejam novas gestações. Sendo assim, é mais freqüente acima dos 35 anos indo até os 80 ou
mais.
A anestesia deverá ser geral ou peridural com uma duração de 02 a 04 horas, drenos poderão
ser necessários, e embora da deambulação deve ser precoce para evitar o tromboembolismo
(trombo das pernas, embolia pulmonar) exigirá um repouso maior que as outras cirurgias,
entre 10 e 15 dias. A partir de 15 a 20 dias, algumas atividades laborativas são permitidas e
inicio de exercícios (de forma moderada) com 30 dias de pós-operatório.
Lipoaspiração, Lipoescultura:
De propósito esta ficou para a última das cirurgias mais freqüentes da cirurgia plástica.
Cirurgia “jovem”, iniciada em 1980, é sem dúvida, a mais realizada no Brasil e no mundo e,
também a mais “mal realizada”. É a cirurgia que apresenta o maior índice de complicações,
incluindo lamentavelmente a morte, e com grande freqüência associada em suas
complicações, à realização com condições inadequadas.
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Você faria a instalação hidráulica da sua casa com um excelente eletricista? Certamente não,
embora seja um ótimo profissional, de sua área de atuação. Portanto, CIRURGIA PLÁSTICA
é com CIRURGIÃO PLÁSTICO.
Claro que esta escolha não a isentará de uma possível complicação, mas pode ter certeza que
aumentará em muito as possibilidades de sucesso. Se você prescindir desta escolha, está sendo
cúmplice se houver um resultado desfavorável.
Outra coisa, cirurgia é para ser realizada em Centro Cirúrgico, de um Hospital ou Clínica
Especializada, avalizada pela ANVISA. É errado realiza-la em consultório ou clínicas
inadequadas, o que às vezes acontece, na busca por menor preço. Novamente você estará
sendo cúmplice se algo de ruim acontecer.
Lipoaspiração é a retirada de gordura, maior ou menor, dependendo do caso em questão.
Lipoescultura é quando parte deste tecido gorduroso é utilizado para enxertia em outra área. O
resto, “mini lipo”, “hidrolipo”, “lipo light” etc... é marketing puro, quase sempre oferecendo
serviços a baixo do preço, por pessoa sem qualificação e em ambiente cirúrgico inadequado.
Fuja disto!
A lipoaspiração pode ser realizada em qualquer área corporal, porém obedecendo ao principio
de não ultrapassar 7% do peso corporal. Se a necessidade da cirurgia é de grande área e
grande volume, é bastante sensato realiza-la em duas etapas, com intervalo adequado a
reposição de toda a perda sanguínea da primeira cirurgia.
A lipoaspiração pode ser realizada como procedimento principal ou com grande freqüência
associada à outra cirurgia. Quando for feita isoladamente, deve-se evitar em áreas com grande
flacidez de pele, pois pode piorá-la. Não há, portanto limite de idade e sim de flacidez
cutânea.
Deverá ser realizada com anestesia geral, peridural, local com sedação ou associação delas, na
dependência da área a ser tratada. O tempo da cirurgia também dependerá disto, em geral indo
de 01 a 03 horas, com alta no mesmo dia ou no dia seguinte.
Embora possa haver um pouco de dor nos 03 primeiros dias (tratável com analgésicos) o
repouso não é necessário, e atividades laborativas podem ser iniciadas entre 01 e 05 dias de
pós-operatório, dependente da magnitude do ato operatório. Com 20 dias pode se iniciar
exercícios físicos. Exposição solar quando o “roxo” sumir em geral entre 03 e 04 semanas.
Estas são informações gerais e poderão e deverão ser aprofundadas, com o seu cirurgião
plástico, principalmente no que se referirá a seu caso especifico.
É sempre bom lembrar que toda cirurgia tem riscos. Mesmo eventos aleatórios como embolia
pulmonar (ocorre muito em que fica imóvel em viagens longas), infecção, ruptura de
aneurismas ou infarto agudo do coração que acontecem mesmo não associados às cirurgias, se
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forem manifestados antes, durante ou logo depois de uma cirurgia, haverá a tendência a
associa-la ao ato operatório, embora sem haver uma relação entre eles.
Para sua segurança procure sempre um médico que seja membro da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica e que você tenha referências por amigos ou outros médicos.
Nunca faça sua cirurgia em consultórios ou clínicas não autorizadas pela ANVISA para este
fim. O barato poderá ficar muito caro...
Com um cirurgião e equipe qualificados, bem como um Hospital ou Clínica devidamente
aparelhados para sua cirurgia, são muito grandes as chances de sucesso. Que sua cirurgia
possa de fato lhe ajudar a obter o que há de mais precioso nesta vida; a felicidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1) Você e a Cirurgia Plástica. Ribeiro C., Aboudib J.H. – Editora Record.
2) Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte. Mélega J.M. -Editora Medsi – 2003
3) Cirurgia Plástica. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Editora Atheneu – 2005.
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A cirurgia plástica brasileira ocupa um lugar de destaque cientifico a