CONTEÚDO POLlNICO ATMOSF~RICO NA CIDADE OE CAXIAS DO SUL, RIO GR ANDE DO SUL (BRASIL), E SUA CORRELAÇAO AlERGOGENA Maria Luisa Lorscheirter' Francisco Machado Vieira' Fernando de OliveifiJJ ABSTRACf lhe presenl paper deals with lhe collection and anaJylis of me atmosphenc pol.linic contem in Caxial do Sul. Rio Grande do Sul. Brazil. during one year. Pollinic diagrams w<:rc used and compa· red with immunologic and clinical data 011 100 patienu living in Cuias do S\lI. who prfienled pro. blemsofhayfe.'er. There appeared to be a characteriltic pollinic seiUOO coinClding wilh lhe time of year wh en lhe a1lergic symptoms among lhe patients appear and are moeu pronounced. Thus. lhrough lhe 5tudy of pollinic rain iI h3Jl been pouible to increue me already e:.;isting data abolll lhe o.;currence of hay· fevcrin Ihisregion RESUMO o presente trabõtlho envolve colel8 e análise do conteúdo polínico atmosférico em Cuias do Sul, Rio Grande .:!o Sul (Brasil), durante um ano. Foram elaborados diagram3Jl polínicos, posterior· mente comparados com dados imunológicos e clínicos de 100 pacientes com polinose. residentes ness.acidade Observou·se uma caracteristica estação poHnica, coincidente com a época do ano em que apa· recem e se C:>;lICCrbarn os sinlomas alérgicos enlre OS pacientes. Pôde·se assim. através dn estudo de chuva polínica, ampliar OS dados já existentes lobre a ocorrência de polinose na regiio INTRODuçAo A polinose 00 febre do feno é uma doen· ça alérgica da$ vias respirat6ri.u. causada por inalaçlo de pólen atmosférico, nriginando es· pecialmente rinite, conjuntivite e asma brÔII' quica. Caracteru:a-se pejo paclrlo cíelico dos sintomas, que surgrm na época do 1110 na qllll o pólen de espécies alergógenas esti presente no ar, deu.parecendo nos meses resUfltes. A literatura médica brasileira em geral afinna nto eltinir polinO$e nO Brasil. coruid~· rando esti moléstia uma rari dade no país (GRE· CO &. UMA, 1949; UMA et al., 1958; NEGREIROS et aI., 1977; MENDES, 1980; CAR· VAUiO &. RIOS , 1982; TEBYRlÇA &. TEBY· RIÇA, 1983) Segundo alguns autores, a ausência de fIO' I linose no Bruil estarialigadaàescassarepresen· tatividade po1ínica lU atmosfera, causada pel a alta IIrnidade telativa do ar em grande pane do país (MENDES, 1980) Trabalhos sobre IICropalinologia no Brasil mostram au~ncia de estaçio polínica em cid. des como as de Belém (Regilo Norte), Natal, T eresina e Recife ( Regifo Nordeste), Salvador (Regilo Leste), Campo Grande (Regilo Centro. Oe.te), Porto Alegre , Alegrete e P3lII50 Fundo (Regilo Sul), segundn COSTA et al .. 1945; U· MA et al .. 19451; UMA el al.. 1945b ; UMA et aI.. 19461; UMA f I ai .. 1946b; UMA el al .. 1946c; BERND & UMA , 1951 Outros trabalhos evidenciam l1fI\iI e$ta~io polínici de maio B junho. causada especial· mente por pólen de Gramineae. em cidades co. mo as do Rio de Janeiro e Niterói (Regiio le$. Profouon Adjllllla do o.panammlo d. Bow.ica da Uni .....id.:l. Fwual do Rio Gnllde do Sul, Brasil. ~ Médiev, Prof....... lítlllar do Depvtammto de ~cias 1Ii<lmód;,- do Upiftnidode de Cax,as do Sul. arasiL l Tea\ioo d. ~u; ... Upi ... nid.:le de Caxlu do Sul, ilnsiL te), S,fo Paulo (Região Sudestej. CurHiba e FIorianópo1is (Região Sul) sem. entretanto. associar ii. polinose (UMA et al. . 1944; UMA el ai" 1945c; UMA et al.. 1945d;LJMAet 31.• 19451:; UMA el al .. 1949; UMA, 19S5;UldA&GUI MARÃES, \958; RIZZrNl, 1959; MENDEZ & LACAZ. \965 ; BARTH, 1978: MEUffiM & MAKlNO, 1978). Em Aparecida (Região Cen· , 1· , , V~ "0" , ~ ~/ ~~ '" '" .., '"' , - ""'- h- h . ,"" '"c .00 m 0"' 1\ "0" P,,_' .• P.,inol.no ........riCl<!OSul_188l;_ Boi . IG·USP. Imt. G..,.,ótroc .. Un, •. S.P"ulo. 17 : 1·147. 19118 tr~este) SALGADQ..LABOURIAU (1973) de· tecta uma estaç.!l"o polínicade abril a maio. Para Curiliba. ROSÂRlO FILHO (1983) ,0nSlata duas estações polínicas bem defilÚdas: a das Cuprena~ae, de julho a agosto, e a das Grami· nue, de outubro a abril. O autor menciona tambofm o surgimento de ca<;OJ de polinO$epor pólen de Gramineae nos meses de outubro a janeiro. A maioria dos trabalhos sobre chuva polí· IÚCa, acirnacitadO$, foram realiz.adOl há mais de vinte anOl. Como avegetaçl0 do país foi muito alterada pelo homem nos illtimos aJl05, há ne· Cf:s$idade de se voltaranovoseslud0$100rep&lenatrnosféricoparaumareavalia.çlodapolinose no Brasil. llad05irnunológicoseclínicosdepacien· tel da cidade de Caxias do Sul levaram adiag· nosticar polinosc em numero ,ilPlificativo (VIEIRA , 1986), determinando um estudo mais NC?dn " 02 03 04 05 06 07 08 09 10 uma análise qualítativa e quantitativa da chuva polílÚcasobreacidade duranteumano,compa rando-se com 0$ meses de maior incidencia de pacientes com e&SeS sintomas alérgicos. " ,." " " '"" A REGIÃO EM ESTUDO 23 abrangenle~breoa.ssunto.Paratanto.foifeita A cidade de Caxias do Sul pertence ao munici pio de me!imonc:me, no Rio Grande do Sui.estado mais meridional do Bt:lSil (Fig. 1). Omunicípio,itua-se a urna altitude enlre 760 e 800m, na reg;10 da Encosta Superior do Nordeue. Seus limites sio a<; coordenadas 28°22' e 29 0 19' de latitude Sul. 51Ü91'e 500 46' de loogitude OeSte, cobrindo uma írea de ISOOlan l de extendo O clima é sublropical de altitude , com temperatura média anual de 16OC. A umidade relativa do ar é alta (Fig. 2), e~peclalmente nos me&es de inverno. A paisagem está caracteristicamente mar· eada por mawde ArauCllrúr atualmente re~tri· W. na zona circunvizinha à cidade, acapões espan0i5. 13 16 17 21 22 29/0UT/1984 2O/NOV/1984 23/NOV/1984 26/NOV/1984 2OIDEZ/ 1984 26/DEZ/1984 05/JAN/ t 985 14/JAN/ t 985 01/FEV/1985 28/FEV/1985 03/MAR/1985 tl/ABR/1985 06/MAIl1985 14/JUN/1985 21/JUN/1985 18/JUN/1985 26/JUL/1985 06/SET/1985 27/SET/1 985 031OUT/19B5 241OUT/19B5 3110UT/1985 14/NOV/ 1985 Como ameIa de trabalhofQl Bl181isarain· fluência de espécies "gelais da periferia da cidade na chuvapolínicaincidente~bre Imes, ma, fo.am feilas coletas de pólen e e~porO$ a 17 metros de altura. utilizando-s.e o topo do prédio da UTÚvemdade de Caxias do Sul. local de amplacirculaçioatnJOIiférica. Para cada coleta usaram·se 4 lâlllinl5 de llIÍcrosc6pio como superfície coletora: 3 em posiç.!l"o vertical t 1 em posiçio horizontal, fi· xadas ao colelo, de DURHAM (MIDDLETON et ai., 1978). Como substância adesiv:a foi US<l· da vaselina cobrindo, em fina camada, umasu· perficie de IS.Scm 1 em cada lâmina. O tempo de exposiç.!l"o, em todas I I coletas, foi de 72 horu. Coletou'iie um total de 23 MATERIAL E MUODOS Estudo da chuva pol ínic.a Co/eta de maun'a/ - O estudo da chuva polínicafoiiniciadonofinaldeoutubrode 1984, prolongando,se até no..-embro de 1985 (Tabela 1). As coletas de material foram de, tuadas, em geral, mais de uma vez por mês, e ti, veram cornofatorlimitante as condiçõt:s me leorol6gicas. N.!I"o houve coletas no mês de agosto devido ao per íodo de chuva e grande umidade relativa do ar, associada a nevoeiro Proceuam enw das Il11105fraJ - Ao ténnino das 72 horas as 4 lâminas coletoraseram recolhidas, rlspando-se a superfície das mesmas com lâmina de barbeare COIIcentrando-se todo o material em um UTÚCO tubo de ~ntrifuga. O processamento quónúco constava de fervura em KO H I 10% durante 4 minut0i5. Seguia-se a lavagem, pauando-se depoiJ à Coloriç.!l"o. durante um minuto, com fuccill.l búka, diluída emsoluçlo aquosa. AJ'lÓSnOl'alavagem P6lenltmoo!trio;o.Ca..i8IdoSuI .. 1I. 1J1-139 col.tu Ti pO' ~ 01 02 O) O< O~ O, O> 01 o, 10 II 12 11 H a u -- - -------------------- .! " i ] S o., ! • 11 1 , S 2 O O OI U • 010 U IH.II"" o S o lo EstudosimllllolôgicosedlWitomllologUi o re5iduo era montado. em uma lâmina de mi· croscópio. com gelati na gUcerinada e lutado com parafina, sel!1lndo SALGADO-LABOU· R1AU (1973). cli~dos plCien{es Foi enudado um total de 437 pacientes residentes em Caxias doSuJ. que apresentavam sintomas de alergia respiratória. DenlJo <lesse grupo foram diagnosticados 100 paciente5 (22.8%) corno pos$uidores de polinose (VIEI· RA.19S6). O diagnóstico foi eferuado alravt$ de da· dos clínicoscaracteristicos. associados àpes· quisa imunológica. Para cada caso foi anotada a data de iní· cio, exacerbaç'o e declínio dos sintomas. Todos poloSuiamsintomatologiadecaráteruzonal,nos meses de primavera. Os 100 pacientes submeteram·se _ teste epicutâneo com antígeno de urna mi5tuTl de pólen de Gramineae. Desses, 77 foram subme· tidos tamNm a teste5 com antigenos individua· liudos de pólen de AcaciD. ArauCtUitl. Euca/yf'" tus, Ligustrum. Pia/AnUI Acuifolw Willd. e Vitif vinifmt Linn. A escolha de antígenOlpolínicos dos vegetais acima mencionados deveu·se ao comprovado poder a1erg6geno dop6lmdessas plantas e à presença abundante das mesmas. como nativas ou eJlóticas. na regillo em eftudo. Os dados imunol6gicos e clínicos foram comparados com as curvas dos diagramas poli· Análiu do mIllerial - Para cada amostra foi feita uma análise qualitativa. determinandose o material poIinico. dentro das pombilida· des, at~ o nível de ordem. família ou gênero botânico. Quando a determinaçâonio foi possivel ser fella,denominou·se o material de a.:ordo com as características de seutipopolínico (ex. : grlos tricolporados). GrlO1 raros foram agrupados como "outros" A análise quantitativa foi abloluta. contando-setodo&osgrloscontidosemcadalâmi_ namontada(cof1'espondenteaumacoleu.~ A seguir foram elaborados os diagramas polinicos (Figs. 3 e 4). Para a confeççlo dos diagramas calculou·se. em cada amostra. onú· IDerO de grim/ IOO em' J72 h (Tabela 2). par_ tindo-se de uma superfíCIe colelOra total de 62 cm' em cada colell(soma da área das 4 lâ· minascoletoru). Os dadO$sobre umidade relauvado ar foram obtidos daenaçio de recolhimen to de in· fnrmes meteorológicos em Caxiu do Sul. do 8!? Distrito de Meteorologia do Miniuerio da Agricultura Foi elaborado um diagrama sobre a dinribuiçlo da umidade relativa do ar em Ca· xias do Sul durante operiodo du coletas(Fig. 2). Paraomhde ag<)$toessesdadosniopude· ram ser obtidos. '" .. p. "obot . • Polin,,1. n. Amlrico do Sul - 1985 - Boi. IG·USP. 1m•. Go-oeitnc .• Uroiv. S. Po~I" , 11: 1-10. 1986 - , 0.' 4 • 1 -. RESULTAOOS Através dos diagramas polínicos compara· tivos (Figs. 3 e 4) pôdNe detectar na regiâo uma estaçiio polínica característica, que come ça no inicio de setembro, terminando no final de dezembro (primavera e inicio do verão) O número de gr10s de pólen e esporos na atmosfera aumenta consideravelrnente em ootu bro. atinge o máximo em novembro. decai rapidamente ué o final de dezembro e permanece muito restnto nos demais meses do ano. EMa distribuiçiio foi coincidente para quase todos os tipos polínicos encontrados, desde os mais abundantes aos menos expressivos: Gramineae. ArauCQria, Myrtaceae. Compositae. Urticales. Cypence<te. Planlago,ltxJoazrpus. gr~os tricol· poradO:!!. esporO:! monoletes. "outros" e esporos de fungos Um dos componentes polínicos. Omning1wmw (Taxodiaceae), apre!ietlta o diagrama marcadamente discrepante dos demall, pois os gr~os de pólen aparecem repentinamente em junho. decaindo após. Reaparecem. em número muito mais redu7ido, nos meses de primavera (setembro. outubro e novembro), conforme a Figura 4. A espécie correspondente, OmnirwhD' mw lanC«Jlata Lamb., é uma planta ex6tica. introduzida no Rio Grande do Sul e cultivada ne$$l regiSo. A aproximadamente 2 km da cida_ de de Caxias do Sul existe uma área com cultivo de C Ianceola/a que, certamente, influenciou no material polinico incidente sobre a mesma. O número total de pólen + esporos au· mentou muito na estação polínica de ]985 se comparado com o da de 1984, possivelmente devido à reduçiio da umidade relativa do ar. nesSa época do ano. em 1985 (Fig. 2) O aumento do pólen atmosftrico de Myrtaceae foi mi.ior na estação polínica de 1985. chegando a 1735 gr<los/lOO cm ' /12 h, o que pode ser explicado não .. 6 pela reduçlo da umi· dade relativa do ar como tambêm pelo maior florescimento de Euca/yprus, planu introduzida e cultivad. junto à cidade de Caxias do S.t Um leve aumento no número de grãos de pólen e esporos surge no mês de março (outo;>no), concspondendo a Gramineae. Myrtacue, Composilae, Urticales, grlos tricolporados e fungos. Os dados clínicos dos 100 pacientes estudados mostraram o início dos sintomas alérgi· cos em setembro, com franca exacerbaçlo nos meses de outubro e nO'l'embro_ A segunda quinzena de dezembro e o mês de janeifO ooincidiram com a diminuiçlo da sintomatologia. Poucos (apenas 20%) apresentaram leves sintomas da doença tam~m nos meses de fevereiro e março. A concentração de pólen e esporos foi baixa na estaçllo polinica(menos de 15 gr!ios! cm'/24 horas) não preenchendo os requisitos em geral aceit05paracaracterizaçfo depolinose em uma regiâo. Entretanto, os dados clíniC05 apresentados do coincidentes com a curva anual dos diferentes tipos políniC05. permitindo amplia/ e reforçar os resultados já obtidos (VIEIRA. 1986) sobre polinose em Caxias do S"' Nos 100 Casol estudados, os testes de sensibilização pe/miliram diagnosticar 99% de pacientes com alergia a pólen de Gramineae. No grupo dos 77 indivíduos submetidos a tenes com antígenos distintos. a sensibilização em c... da paciente se deu a um ou mais de um tipo po- ~~ç~~.o~rr~n:!~3~~ ,:~~~.~~~: Plaranus acerifolill: 25%; Viris ~inifeTIl: 195: e Eucu/yptlls: l8%(VlEIRA, ]9&6). A~sar de atingir uma porcentagem signi· ficati"a de pacientes. o pólen de Ligus/rum. I'kuanul acenfo/ia e de Vi/is ~inifero nlo apllreeeU nas amostras, e o pólen de Acacia ocorreu t!io raramente que foi incluído entre o grupo "OUltO:$" Provavelmente o pólen desses três vegetais se encontre em estratos atmosféricos mais baixos, o que impossibilitou sua presença nas amostras estudadas. Ligustrum, Plarllllus e Aalcw são utilizados na arboriz,...iio da cidade e os respectivos griios de pólen devem ter maior influência em detenninados locais da mesma. Vi/is vinifero t amplamente cultinda na região para a indústria vinicola e, provavelmente. !leU p6len ocorre tarnbêm em estratos atmosféricos mais baixos Gramine~_ Aroucsuw e Mynaceae encon· tram-se entre os principais componentes do pólen atmosférico da cidade (Fig. 4). coinci· dindO aMim com os testes de sensibiJiuç!io. O pólen de Cu.nninghDmia, apesar da maior incidencia na atmosfera nOS me!lel de ju· nho e julho. parece nlo apresentar características alerg6genas. visto ser essa a tpoca do ano em que não há registro de pacientes com alergiapolínica. A cstaçlo polínlca em Cuios do Sul coincide com a de Curitiba. observada por ROSÂRIO FILHO (1983), sugerindo futuros es rudos sobre o lema na Região Sul do Brasil. CONCLUSÕES Os resultados ora oblidospennitemasseguintesconclU5Ôes: 1) Apesar da alta umidade rel.tiva do ar, r-~~ I' ___.._ 1~lÀ++-+-+++"'f9 ~ ~.::. . . . --t!I existe I,lma ql,lantidade significativa de pólen at· mOiSférieo soble aeldade <k Caxias do Sul. em detenninadas épocas do ano 2) O núme rO de grlOiS de pólen de OmninghDmia na almOiSfera da cidade. nOiS meses de inverno. permite afirmai que a escassez dos demais eomponentu polínicos nesta esta· c~odo anonlo se deve ii a1tal,lmidade relativa do ar. e sim. à falta de floraç~o das espécies. 3) Exis\(! umamalcanteeslaçlopolinica na cidade. que se iniciaemsetembro.enendendo.se até o final de dezembro. Nos demais me· ses do ano pól en e esporos silo. em geral.pou· co expressivos na atmosfera 01,1 mesmodeliapa· recem. Exine um leve aumento de grilos no mes demalço. 4) Os dados imunológicos e cl inicos, rela· cionad0$8oinício.exacerbaçloedesaparecim.. nto da sintomatologia alérgica entre 05 Pi' cientescolDcidem com as ,urvll$de distribuiçlo anual <k pólen atmosférico. corroborando resul· tadO$aI\teriores sobre ocorrência <kpoHnose em Caxias do Sul. nos meses de primavera até início do verlo. Cabe salientar que, apelial disw. a concentraçilo de grlO$ na atmosferaniloé alia durante I estaçlo políniCII- O pblen de Omninghamia. apesar de mais abundante no ar em junho e julho. parece nIOcausarproblemas alérgicos S) Gramineae. Anuu:aria e Eucu!yptus (Myrtaceae). que fuem pIDe dos componentes polínicO$prindpaisdosdiagrarnas.estloen· tre 0iS vegetais estudados que causam maiores porcentagens de pacient", com polin05e. Isso evidencla a inlluência dopblen de espécies da periferia da cidade sobre os habitantes dimes- 6) As alteraçOes ecológicas causadas pelo homem podem aumentar a quantidade de pólensalerg6genOli naatmOlifera.collloficouevidendado com Eucillyprns (Myrtaceae) na com· paraçSodo espeetropolínicode 1984comode 1985. Isso pode contribuir para a propagaçlo da polin05e na regilo 7) A comprovaçilo de uma euaçilopoli· nica caracterínica. usociada à alta incidência de polinOliCna popwaçl0.torna a serra do nordeste gaúcho significativa na análise dena mol~$lia no Brasil RE FER.ÍNCIAS BlBLlOGRÁFICAS BARTH. O.M. (1978) A eotaçio potínla Da> proximidade$ do Rio de I .... ,ro. ROY. bru. Boi .• I : lt3-llS. BERN~8~i~ UMA. A.O. (t9~t) O probl.ma da pobno.e no •• Udo do Rio Grande do Sul. O HO$pilal. 39m : CARVALHO. L. 80 RIOS. M, (1982) Alerli" clóni".. Rio'" lan.,ro, Ed.Guanabul Koop.n. 4371' . COSTA. I'.D.: LI MA. A.O.: AZEVEDO. A.E. 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