ONILDO
Diretor:
BENÍCIO
ROGANO
Secretário:
ALBERTO MARIA DE LUCA
Órgão oficial do
Acadêmico « Osw aldo Cruz, »
São Paulo» Maio-Junho de 1953
ANO XX
N* 65
Conquistou brilhantemente a sua Cátedra
o Prof. Dr. Carlos da Silva Lacaz
e Medicina
as Clínicas
U m a comissão nomeada pe- simples observador. Neste parla diretoria do C.A.O.C. estu- ticular, achamos que o estudando o problema supra che- dante, em u m Hospital-Escola
como é o Hospital das, Clínicas'
gou d conclusões que procurada nossa Faculdade, deveria ser
quem não teve suficiente- treiremos^ resumir:
acolhido como elemento atiyq, namento q u a n d o estudantes
devendo tomar parte-éfetiva jia dando-lhe assim o ^ireite íJe
Os estudantes desta Faculvida das en-fermarias. Ás equi- executar qualquer operação.
dade, de pouco tempo para cá, pes cirúrgicas deveriam ter,
Por outro lado notamos, há
passaram a não mais poder de- sempre que possível, ^estudan- algum temp^ a-diminuição do
sempenhar funções que tradi- tes -em sua constituição. Des- movimento ., (pode-sí mesmo
3
cionalmente exerciam. **Assim, vendo-se notar que* aspiramos dizer o. desaparecimento) 4a
' a-ter o estudante, na equipe ci- pequenajfiirurgia em nosso hossempre integraram os grupos
rúrgica, como ápice . de ,sua pital, alegando-se tal fato ser
das diversas enfermarias. Semem favor ífe pesquisa e da mecarçeira, aS fimçõéâ 4e' primeipre elaboraram observações ro auxiliai e nesta qualidade lhoria de nivel hospitalar. ^Não
í-offcordamos' com este raciocíclínicas, que corrigidas ou am- poderia, a critério e seb responnio* pois a pesquisa deve corpliadas, passavant para o pron- sabilidade* do cirurgião, execu- íer paralelamente ao e n s í n o
luário^dc-s pacientes. Nas en- ^ta* determinados tempos de graduado, s e m prejudicá-lo.
üma intervenção cirúrgica.
Neste mesmo Hospital das Clífermarias de cirurgia sempre
., Já • foi dito ser pouco ético nicas sempre, e com proveito,
acompanharam o doente, desde
Prof. Carlos da Silva L-acaz
entregar u m doente a u m estu- se ampararam reciprocamente.
o seu ingresso até sua~alta, fa- dante. É nosso ponto de vista
Quanto ao nivel hospitalar,
fica,
traz-nos
a
certeza
de
que
Ninguém, como os alunos,
devemos
lembrar que é grande
zendo
observação
clínica,
cuque, mais do que tal, é de pouse sentiu tão jubiloso com a as nossas esperanças e s t ã o
o número de indivíduos afasco
proveito
para
o
aprendizado
rativos, colheita de material
conquista da Cátedra de Mi- bem depositadas;
tados do seu trabalhe por uma
O Prof. Carlos da Silva La- para exames, entrando na médico, pois um aluno como simples hérnia.
crobiologia e Imunologia pelo
responsável por operação ou
Prof. Carlos da Silva Lacaz. caz é formado pela F M U S P equipe cirúrgica e acompaN ã o seria defeituosa uma
tratamento, pouco se beneficia
Natural
de
Guaratinguetá,
E se compreende, pois de há
orientação
visando principalnhando os cuidados pré e post com a execução, se não tiver
mente a pesquisa avançada.
muito conheciam seu estofo co- nascido a 19 de Setembro de
operatórios. Atualmente suas u m mestre
orientá-lo. Pouco deixando o aluno desamparado
m o cientista e como didata, ca- 1915, filho do Prof. Rogerio'da
(Conclui n a 2.a pagina) íunções estão reduzidas às de razoável, sim, seria diplomar nos seus primeiros passos?
paz de arregimentar em torno
Nada adianta para o ensino
de si, tal o núcleo dos cristagraduado,
finalidade primeira
loides, elementos valiosos pade uma faculdade, o alto nivel
ra a formação de escola, para
de u m dos seus institutos se o
a pesquisa em equipe e para o
mesmo não reverter em favor
delicado entrosamento de ciendo aprendizado.
tistas especialisados.
Já falou-se também que o
O novel detentor da cátedra
ensino prático só é possível nos
de Microbiologia e Imunologia
gratuita e, principalchamados Cursos Post-GraT o m o u posse no dia 9 de vo e, essa mocidade, não pode médica
moço realmente, será uma in- Abril, as 20 horas e 30 minutos se limitar às suas atividades esmente, pela sua grandiosa con-duados e Internatos Post-Grajeção de mocidade, de dinamis- a nova diretoria do Centro colares, esquecendo-se de que
tribuição ao quase completo duados.
mo, de renovação de valores, Acadêmico Osvaldo Cruz, que já pode, já deve participar da
Discordamos, pois a finalidade de u m Curso Post-Graimprescindível para a marcha está assim constituído:
causa final de uma sociedade,
duado é, como o nome já' indido progresso.
Presidente —- Tharcillo To- que é o bem comum. E deste,
ca, recordar e ampliar conheDurante sua defesa de tese, ledo Filho; Vice-presidente — o C.A.O.C. jamais descurou,
cimentos já adquiridos no Curfoi com grande emoção que ou- João Pagenotto; Primeiro Se- pois em momento algum perso Graduado. A formação de
vimos de sua própria voz, o cretario —' Joamel Bruno de maneceu à margem dos problemédicos feita no pressuposto
assentamento de sua f u t u r a Mello; Segundo Secretário —
mas médico-sociais de nossa
de que os mesmos farão o curconduta, assim resumida: vivi- Adelôncio Faria de Santana;
so Post-Graduado eqüivaleria
gente. Pelo interior afora, saem
ficação da cadeira, por novas Primeiro Tesoureiro -— Enio
à criação de uma nova figura
anualmente os estudantes de
pesquisas cientificas e revisão Orlando dos Santos; Segundo
jurídica: o diploma condiciomedicina, trabalhando de modo
das anteriores; encadeamento Tesoureiro — Mário Cinelli
nal, o que seria absurdo. Desde
incansável, junto às escolas prida Microbiologia com as Cli- Júnior; Primeiro O r a d o r —>
que a matéria seja ensinada
márias, escolas normais, colénicas Médicas, a t r a v é s de Lauro Roberto Fogaça; Segunpela primeira vez nos Cursos
gios, associações rurais, visanmaior contacto entre os seus do Orador - Wilhelm Kenzler.
Post-Graduados, estes na realidade não serão Post-Graduaassistentes e, principalmente, • Usando da palavra, em no- do, desinteressadamente, a medos, com a desvantagem de dar
trazendo para o plano princi- m e da nova diretoria, fêz-se lhoria das condições de saúde
conhecimentos básicos somenpal o estudo do paciente; e, por ouvir o primeiro orador, Lauro e de higiene de nosso povo.
\ fim, fazer com que o aluno se
Mantemos ligas de combates à
te aos que possam fazê-los, paRoberto Fogaça, que foi ammoléstias
que
são
verdadeiros
tenteando-se então que o eninteresse de medo claro e inso- plamente aplaudido, após suas
males sociais. Não falaremos
sino dos demais (que não pufismável pelos assuntos da Ca- brilhantes palavras.
deram fazê-los foi deficiente.
de todos esses departamentos. Tharcillo de Toledo Filho
deira, não como futuros espeD e seu discurso destacamos
Basta
atentar
pelo
que
tem
feiTemos « lembrar também
afastamento
desse
mal,
que
até
cialistas em Microbiologia, mas esta palavras, que definem a
to
a.
Liga
de
Combate
à
Sífilis,
que
o médico, indo exercer sua
bem
pouco
revestia-se
de
um
como médicos práticos que real- orientação da nova diretoria: ^
atendendo e tratando em algunscaracter endêmico, o Congres-profissão no interior do Paí$
mente serão.
Colegas, o honesto e sincero
anos, nesta capital, mais pa- so Nacional reconheceu o C. precisa estar em condições de
ATIVIDADES D O
bem querer a Pátria não se encientes que todos os serviços
executar a pequena cirurgia e
A. O. C. como sendo- instituitrevê em clamores vãos! Ele se
PROFESSOR CARLOS
a cirurgia de urgência*pois os
oficiais para isso existentes.
ção
de
Utilidade
Pública!
traduz pelas obras. A mocidaD A SILVA L A C A Z
casos que necessitam equipe e
O
Centro
Acadêmico,
não
é
Pelo
seu
amparo
ao
estuSuas atividades acadêmicas, de acadêmica, constitue a nata
(Cont.,na ult. pág.).
(Conclui
na
pág.
6)
dante pobre, pela assistência
profissional, didática e cienti- da consciência cívica de um po-
7ornou
a
posse
solenemente
nova diretoria c/o C A O C
Paq. 2
«O
B IST U R I»
o
!
ROSA ALBA D E O. LIMA
(Da Escola de Enfermagem de São Paulo)
H á muita gente que diz ser j magem pode ter u m valor pród enfermagem uma carreira ad- prio, uma expressão particular.
mirável pela abnegação e pelo
A enfermagem é para aquesacrifício que impõe. N ã o me les que a abraçam uma verdaparece, entretanto, que seja es- deira revelação. Cada dia, cate o lado forte da propaganda da hora, ficamos surpreendidas
da carreira. Primeiro, porque pelo conteúdo humano que eno sacrifício não se constitui contramos na carreira, pelas
atração num mundo materiali- oportunidades que se nos depazado como o nossc; segundo, ram para utilizarmos todos os
pcrque o tanto de abnegação conhecimentos que os livros e
e fibra moral que a carreira n vida nos dão.
exige é altamente compensado
A enfermagem não tem napelos momentos de real felicida de mecânico ou autemátito.
dade que podemos experimenM e s m o a aplicação de injetar. Naturalmente, é bem granções, anotações dos prontuáde o número de pessoas que
rios, são ações vivas e se perpensam na Enfermagem como
uma técnica de repetição sem dem se executadas como atos
mecânicos e pouco raciocinaum interesse realmente vivo.
dos.
A enfermeira deverá ser
N ã o vêm nada de pessoal nos
uma colaboradora ativa e intemisteres da enfermeira que
pensam ser uma simples exe- ligente do médico na orientacutante das ordens do médico, ção do tratamento, porquanto,
uma auxiliar altamente eficien- ela tem mais oportunidades de
conhecer a personalidade do
te para aplicar injeções, tomar
temperatura e preencher pron- doente em todas as suas fatuários. N u m a palavra: reali- cetas.
A Medicina psico-somática
zar toda a parte técnica do tratamento sem nenhuma partici- dá uma ênfase toda especial ao
pação intelectual no mesmo. trabalho da enfermeira que deN ã o atinam em como a enfer- verá ser cada vez mais, melhor
a farmácia do estudante
É verdadeiramente lastimá- imprestável e as prateleiras...
preparada para o desempenho
vel
o estado em que se encon- vazias, empoeiradas, escondede sua carreira. Outro ponto
rijo de tudo, menos de medicaem que a enfermeira mostra a tra a farmácia do C A O C .
sua capacidade é na compreenH á pouco t e m p o ainda, mentos.
Q U A L A RAZÃO?
são do doente com as suas ini- aquela secção do nosso Centro,
Não se entende a razão de
bições, recalques e sua quase-' se bem que não funcionando às
sempre exagerada e mórbida mil maravilhas, supria favora- tal descaso. Se há fração do
sensibilidade. E, ainda, na ca- velmente os seus fins. Assim nosso Centro que mereça verpacidade que tem de guiá-lo é que colegas nossos, necessi- dadeiro apoio, esta é a "Farna conquista da meta visada: a tados de medicamentos, cs en- mácia do Estudante" N e l a ,
saúde.
contravam muitas vezes na? qualquer um de nós, pode e
A enfermagem, não é,vde prateleiras. E quando isso não deve encontrar o medicamento
modo nenhum, uma profissão acontecia, era o bastante man- que necessita para si ou para
desprovida de atrativos. É, pe- dar u m oficio ao laboratório os seus. É algo paradoxal um
lo contrário, uma carreira fas- em questão para que logo mais estudante de medicina recorrer
cinante, cheia de imprevistos e se tivesse às mãos o produto à uma drogaria, gastar uma
quantia muitas vezes exorbiforte conteúdo humano, pró- exigido.
tante p o r um medicamento
Daí,
conquanto que lerdaprio para enriquecer a nossa
quando poderia encontrar este
personalidade 2 nos dar uma mente, a Farmácia do C A O C
mesmo lá na prateleira da farvisão mais serena e mais justa servia a estudantes, médicos e
mácia do seu Centro Acadêda vida. Se soubermos aprovei- funcionários da Faculdade e do mico.
tar das lições que recebemos é H. C.
OS LABORATÓRIOS
certo que nos tornaremos mais
COLABORAM
MUDOU
tolerantes,
mais compreensivas,
Não
vá
alguém
dizer que os
mais generosas e mais simples
Mas... sabe-se lá por que ra- |
laboratórios farmacêuticos reno contacto diário com os nos- zão, as ultimas diretorias co- í
cusam a remessa de drogas. Essos doentes. Muito pouco se meçaram a descuidar de tal
sa desculpa não existe. É sofaz necessário para apreender secção, verdadeiramente indisbejamente conhecida a boa
c lado bonito da enfermagem: pensavel ao bom andamento |
vontade com que o nosso Cenum espírito bem disposto, um dum grêmio como o nosso que i
tro tem-sido distinguido pela
coração aberto.
reúne estudantes de medicina. |maioria das industrias farmaE o que se vê hoje? Lamen- | cêuticas do país.
tavel o estado em que se enFaçamos portanto novamencontra aquele pequeno espaço te da "Farmácia do Estudan(Conclusão da l.a pag.)
destinado à farmácia. Imundite . algo que dignifique ainda
das Infecções (Em pu- cie por todos os lados, papeis mais o bom nome do nosso
blicação).
1 rasgados e sujos no chão. taCAOC. cos de bilhar fazendo deposito
O DOENTINHO
ATIVIDADES
Conquistou brilhantemente,..
Silva Lacaz,e de Dona Judith
Lacaz; é casado com a Sra. Dinãh Maria Martins Lacaz.
Concluiu os cursos primários
e ginasial em Guaratinguetá,
ingressando então na F M U S P . ,
onde fez o curso de 1934 $
1940, tendo conquistado o prêmio. La Rcyale pelas melhores
notas da turma em todo o curso. Obteve igualmente o prêmio Fundação Rockefeller pelas melhores médias nas cadeiras de curso básico.
D e 1937 a 1940 foi monitor
da cadeira de Microbiologia e
Imunologia, t e n d o realizado
numerosos trabalhos de pesquisas ou de divulgação sobre Micologia Médica. E m 1938-3940 exerceu as funções de secretario, secretario geral e Presidente do Departamento Cientifico do C A O C , e redator
chefe < presidente da Revista
de Medicina do C A O C . E m
1939 fundou a liga de Combate ao Câncer do C A O C , tendo
sido seu primeiro presidente.
Ainda q u a n d o estudante,
conquistou vários outros prêmios quer pelos seus trabalhos
EXPEDIENTE
"O BISTURI"
OrgâO
oficial do Centro Acadêmico
"Oiwaldo Cruz"
Faculdade de M:dicina da Universidade
de São Paulo
(Jornal registrado no D . N . I.)
Diretor: O N I L D O B E N I C I O R 0 3 A N 0
Redator - chefe
Maurício Grimberg
Secretario: Alberto M . de Luca
Rídalorea : Ivon; Facuri, Heladio José
Martins, Jaime Murahowackl, Maria
José Martins, M a n Berezovsky ( Nicola C. I. PaIa:so
«O Bisturí» aceita colaborações dos colegas da nossa e de
outras Faculdades. Os originais
deverão ser escritos à maquina,
espaço duplo e assinados, mesmo se publicados sob pseudônimo. Todos os redatores recebem colaborações. O Conselho
Redatorial não se responsabiliza pelas idéias e opiniões dos
colaboradores e reserva-se o
direito de publicar ou não os
artigos recebidos.
Publicidade: Todos os redatores deste jornal e colegas em geral tem o direito de obter autorizações de anúncios, mas somente à diretoria é outorgado
o direito de passar recibos.
de pesquisa, quer pelas suas
notas.
ATIVIDADE
PROFISSIONAL
De 1940 a 1948 exerceu o
cargo de assistente da cadeira de Microbiologia e Imunologia, tendo nesse ano deixado esse cargo para ocupar _
chefia da Secção de*Microbio-
DIDÁTICAS
O Prof. Carlos da Silva Lacaz ministrou diversos cursos
teóricos e práticos, quer na Faculdade de S. Paulo, quer em
Salvador, em Belo Horizonte e
em Sorocaba.
logia do Instituto Pinheiros de
Freqüentou vários cursos de
São Paulo.
especialisação após sua formaDurante os anos de 1949 e tura, tendo também participado
50, continuou ~ exercer, sem de varias Comissões Julgadovencimentos, o cargo de assis- ras de teses de doutoramento.
tente numerário de MicrobioMinistrou 19 cursos de félogia z Imunologia,
rias, e 224 conferências e palesE m Setembro de 1950, após tras e participou de v á r i o s
concurso de titulos e trabalhos, Congressos, quer no Brasil,
foi escolhido para Catedrálíco quer no exterior, inclusive code Microbiologia e Imunologia m o relator.
da Faculdade de Medicina de
Sorocaba.
Dr,
Rogano
ATIVIDADES
CIENTIFICAS
Moléstia de Senhoras — Vias
Desde 1936, o Dr. Carlos S. urinárias - Clínica Geral - CirurLacaz tem publicado uma serie gia — Consultório: R. Jaceguai,
ininterrupta de trabalhos, prin425 — Fone: 32-5826 —
cipalmente sobre fator Rh, soRes.: Fone: 70-1510
bre temas de Micologia Médica, sendo q u a s e impossível
transcrever ... serie de todos
seus trabalhos, pois eles atinT. AGUIAR
gem 179. Só esse dado nos dá
Avenida
Brigadeiro
Luiz Antônio
idéia da intensa atividade
cientifica do novel catedrático. u. 26 - Telef.: 33-2802 S. Paulo
CONSERTAM-SE SERINGAS
Casa das Seringas
Tem excelente programa o
Departamento de Cinema Educativo
O nosso D.C.E., já conseguiu u m projetor de 16mm a
arco-voltaico e a adaptação do
Teatro da Faculdade para a
projeção diurna de filmes de
longa metragem, graças à iniciativa louvável do Exmo. Sr.
Diretor, Prof. Jaime Cavalcanti.
suas atividades, entrará em
contato com os snrs. Professores, pondo à sua disposição os
filmes emprestados ou adquil i d o s , pedindo-lhes também
cooperação, caso disponham de
filmes científicos de interesse
dos alunos.
O Q U E F A L T A A O D.C.E.
A execução imediata do programa está por enquanto enO Departamento de Cinema travada, só se esperando o forEducativo tem em vista, ini- necimento pelo Sr. Campilia,
cialmente, a exibição de filmes chefe da Secção de Divulgação
de longa metragem, sonoros, Cinematográfica da Reitoria
de caráter artístico ou recreati- da U.S.P., da tela apropriada
vo, filmes educativos eu de
para as projeções.
cunho científico, uma vez por
PRECISA AUXILIARES
semana, mediante o ingresso de
O diretor do D.C.E., quintoCr$ 3,00 por aluno, nas primeiras sessões, até que a ver- anista Roberto de Godoy Moba arrecadada seja suficiente reira, necessita de 3 ou 4 aupara « aquisição inicial da fil- xiliares que tenham vontade de
moteca do Centro, que con- cooperar no bom andamento do
tinuará a ser organizada pelos departamento, cargos para os
diretores futuros.
quais, quaisquer dos nossos coPosteriormente, ampliando legas podem se candidatar.
ATIVIDADES FUTURAS
LIVROS PUBLICADOS
1 ) Micoses bronco pulmonares E m colaboração.
2) Lições de virologia médica - E m colaboração.
3) Diagnostico de Laboratório das Moléstias V e néreas - E m colaboração
com o dr. Aderbal Cardoso da Cunha.
4) Flora Intestinal.
5) Parotidite Epidêmica.
6) Contribuição para o Estudo das Micoses com
Lesões Osteo-Articulares.
7) Contribuição para o Estudo do Actinomicetos
Produtores de Micetoses
(tese de Livre Docência)
8) Diagnostico, Profilazia e
Tratamento da Doença
Hemolitica do R e c é m
Nascido (Eritroblastose
Fetal).
9) Manual de Micologia
Médica.
10) Terapêutica
Biológica
Í-••.
t
Estrada Santo Amaro
11
1.239
Caixa Postal 7.230 - Telefone 8-2138
São
Paulo
«O
B IS T U R I »
Á Socialização da
Pag. 3
Agradecimento
no
por ONILDO BENICIO ROGANO
Os tema apresentado por nós compõe-se de três substantivos; iremos analizá-los isoladamente, e depois e m conjunto
a fim de que a conclusão decorra dos próprios princípios da
lógica.
I - Socialização: Muitos dizem que o término da experiência social será a absorção do valor individual por aquele denominado social da criatura humana. O primeiro existe c o m o
corolário natural da existência do Homo
Sapiens, independente de suas relações societárias; é o que distingue e eleva
o ser racional no concerto das espécies vivas terrestres; é o
patrimônio sagrado inalienável e não-usurpavel do H o m e m .
Posterguem-no e tirarão a aura de dignidade que o reveste
e nobilita; olvidem-no e terão o h o m e m reduzido a u m número
entre outros, u m a peça mínima e m imensa máquina acéfala e
caótica, que recebeu vários nomes c o m o Fascismo, Nazismo,
Sovietismo, etc...
Por outro lado, esquecendo o valor social deste m e s m o
H o m e m , verão que a razão é atraída para as idéias de Locke,
resumidas pelo Homo
hominis lúpus. Avantaja-se o egocentrismo, congênito e inestinguivel na espécie pensante e caim o s fragorosamente no Individualismo, fruto sangrento e
malsão da Revolução Francesa, que excedeu, embora necessariamente, os propósitos de libertação da tirania e do subservismo.
Liberalismo, livre-cambismo, açambarcamento, chomage'
truste, cartel, "dumping", favoritismo, imperialismo, mercadonegro, miséria e corrupção vêm-lhe na esteira.
Dosem-nos, valor individual e valor social, proporcionalmente, e m a m b o s os pratos da balança, cujo fulcro é a Dignidade H u m a n a e o fiel é a Justiça e terão o equilíbrio social
proveitoso ao indivíduo, que tem u m a missão a cumprir e à
sociedade, que lhe irá propiciar os meios para executá-la.
E verão que o fiel aponta o centro da graduação, onde se
lê: Doutrina Social Cristã. O s pontos extremos devem ser
evitados: à direita está o Individualismo dissecante e à esquerda o Socialismo absorvente. In médio Virtus, segundo o
aforisma cristalino de conteúdo imperecível.
II
Medicina: Pode-se configurar c o m o profissão, exclusivamente, não há duvida. M a s isso não significa que deva
ser integralmente mercantilizada.
H á caracteres que u distinguem e ^ colocam no r a m o das
Profissões Liberais, já pelo agente, o médico, pessoa de grande
cultura especializada e muitas vezes geral, jungido a u m corpo
de normas éticas e profissionais, que constituem a Deontologia Médica, já pela avaliação dos serviços que não pode
obedecer a tabelas, pois se determina e m cada caso particularmente, sob d denominação de honorário; quer, ainda, pela
sua natureza intrínseca, inestimável argentariamente, pois se
refere à vida h u m a n a , tão sabiamente encarecida e respeitada
e m conseqüência dos princípios cristãos, que a encimaram e m
devido pedestal de respeito e amor, c o m o preconizou o Nazareno. A Medicina é pois u m a profissão liberal, compreendendo-se também nessa qualidade liberal, a escolha que o paciente
deve ter e m seu médico, ditada pela confiança <_ admiração,
esteio seguro e profícuo do processo de cura, quando almejado
bilateralmente.
A Socialização da Medicina, e m qualquer parte do m u n d o ,
trará ipso fato o desvirtuamento do valor dessa profissão, que
tem mais de sacerdócio do que de mercancia. Desde que D
médico, cônscio de sua função social, prodigalize os seus serviços a todos, não visando tão somente u m a classe de pessoas
mais abastadas, o que via de regra soe acontecer, é prescindivel a interveniencia da autoridade governamental, para o
m e s m o fim. M e s m o porque dessa forma o médico será transformado n u m mero funcionário publico, coagido a fazer o que
por sua Ética e Juramento deve executar.
Ao lado disso, sabemos que em todos os setores das relações particulares e pessoais, c o m o é a procura de u m médico,
onde o Estado intervém, o fracasso é inevitável e fragoroso,
c o m o nos ensina o emérito publicista prof. Dr. Mario M a z a g ã o .
Tanto mais, como no caso em questão, em que é essencial,
antes de mais nada, o recíproco entendimento e grande depósito de confiança na pessoa do médico, quer pelos seus dotes
atrativos naturais, quer pelo renome e reconhecido valor que
o reveste, c o m o necessário complemento à sua personalidade.
Particularizando, temos o problema da Socialização da M e dicina no Brasil. N ã o devemos ser antipatrioticos, m a s também
devemos evitar o ufanismo, afim de não mascararmos
verdade, perpetuando ou avalizando os defeitos que aos olhos
extranhos ressaltam, ao mais ligeiro exame.
Confessemos ser uma nação de imatauro amadurecimento
político, o que vale dizer, claudicante e inexperiente evolução
política. E m b o r a « tendência é abandonar o velho hábito do
caudilhismo, que ainda campeia nos países limítrofes, c o m o
nos ensina o emérito jornalista, Dr. João de Scatimburgo, o
filhotismo é u m de nossos vicios quase incorrigíveis. A conciência partidária é antes u m proselitismo e m torno de u m
n o m e do que u m acervo de maduras reflexões e opiniões decantadas e m programas governamentais e administrativos.
Cerâmica Marafiotti
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A socialização da arte-ciencia dos discípulos de Galeno,
aqui, e m nosso país. redundaria no mais completo fracasso,
c o m u m acervo de frustrações dos mais capazes, apadrinhamento dos bajuladores ou parentes dos chefetes, e m suma descontentamento no seio da classe e decréscismo dos benefícios
que a Medicina pode proporcionar, quando exercida liberal
e concienciosamente.
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Vestibular de
o Curso
Cruz O s w a
edicina
do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, da
Faculdade de Medicina de São Paulo
O Curso Oswaldo Cruz, funciona em instalações próprias na Faculdade de Medicina, apresentando salas de
aulas e laboratórios especialmente construídos.
O s professores do Curso O s w a l d o Cruz são acadêmicos da Faculdade de Medicina escolhidos anualmente
por concurso, perante as bancas examinadoras do exame
vestibular.
LIVROS D E M E D I C I N A
H O S P I T A L D A S CLINICAS
Charles Edward
E m conclusão, as poucas vantagens que p o d e m existir, e
talvez viáveis, não compensarão ao nosso ver, o número incontável de malefícios que trará a Socialização da Medicina
e m nosso país.
Guaianaz Linha Paulista Caixa Postal n. 15
Livraria Âiheneu Ltda.
São Paulo, 4 de novembro
de 1952
Sr. José Velensck
Diretor de " O Bisturí"
À direção de " O Bisturí"
manifesto o meu agradecimento pela homenagem a mim
prestada no último número deste jornal. Sensibilizou-me, de
modo particular, a nota assinada por J. V., que acompanha o sumário do meu curriculum.
S i n t o - m e profundamente
grato por este duplo motivo:
de um lado,
delicada lembrança v., de outro, a maneira
muito amável pela qual se exprimiu o articulista.
Mantenho o propósito de
submeter aos estudantes desta
Faculdade os meus préstimos,
dentro do que estiver ao meu
alcance, para estimulá-los nas
iniciativas elevadas e sadias.
E, se isto eu conseguir, estarei
atendendo à minha própria satisfação.
Inicio de nova turma e m Agosto.
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«O
BlSTURI»
Tristezas de u m acadêmico
quando a aula já começou
de clínic
O estudante (E) ao examipor TORRADOR AFOBADO
nar a criança, pergunta « sua
mãe ( M , mais duas pancadiEquanto escrevo isto e dou uma corrida da enfermaria para
o anfiteatro para ver se chego ontem (esquisitamente, uma nhas), da criança.
E: Quantos anos tem seu
aula começa 5 minutos antes da outra terminar), tomo meu
lanche (3 pílulas de Hidrato de carbono, proteína e lipide), filho?
M: O Zezinho tem d o i s
durmo um pouco enquanto o elevador nunca está onde eu
méis.
seu" dotor.
estou e, ainda deu umas respiradas no tubo de oxigênio que
E: E qual é a sua queixa?
o enfermeiro leva, porque depois não dá tempo. E penso tamM: Prá fala a verdade num
bém: embrulhou tudo a reforma; é boa para os calouros e
para os que já estão no fim mas, os do meio, vão bem, obri- tô m e queixano de nada; tudo
gado? Não, c eu digo porque. H á mais matéria que aula e, o pissóa deste hospitá tão me
se a gente quer estudar tem que sacrificar uma aula. Se assim tratando múto bem. I n t é o
se faz, perde-se toda a matéria porque a matéria toda é dada "seu" Paulo, no ilivadô me disse...
em uma aula.
E (zangadinho) : Quero diChego ao anfiteatro. Desta vez o professor foi mais esperto
zer,
a queixa da criança.
que eu; consegiu fechar a porta antes que eu chegasse- GaM: Pois é, o mininu num si
nhou. Então assisto tudo pelo vizor do porta aos pulinhos ( O
queixa de nada. Só que cli
Enge que é feliz, hein?!).
está obrano dimais nesta urtima simana.
E: (Ah!... Já sei que é uma
dispepsia, e só vou continuar
para '.'confirmar" o meu diagnostico) : E que é que êle está
comendo?
M: Sabe, seu doto, pur inquanto ele está de leite. E vomita tudo o que mama, o pobrezinho.
E: E quem foi que receitou
a mamadeira? (Pensando: quero só saber quem está prescrevendo leite errado).
M : É do peito, mêmo, seu
dotoô. M a s eu achu qui isto
com o sangue grossu i é purissu que a criança está refugano
o bico.
Neste momento, o estudante
resolve interromper seu impecável interrogatório. Tenta
desembrulhar a criança, mas
acha mais fácil ao cabo de
alguns esforços, pedir à mãe
que a dispa. Arregaça, então as
mangas, começa a cotucar a
barriguinha do nenê, não encontrando nada digno de nota.
Põe o esteto frio nas costas da
criança, não ouve nada e dáse por satisfeito. M a s por um
escrúpulo de conciencia resolve consultar o pediatra de plantão e acaba mesmo chamando
o bamba, "só para discutir o
caso" é claro.
Sacador do Araçá
Ainda outro dia uma colega disse: "Você se queixa sem
razão: ou assiste às aulas mesmo ou então come e dorme à
espera dos elevadores. Escolha. E a coisa não é tão negra com o pintas; a gente ainda pode piscar de vez em quando e
assoar o nariz, embora, naturalmente, se deva fazer isso com
engenhe e arte para que consuma o minimo de tempo possível" Essa colega já, brilhantemente, conseguiu isso, mas de
tal modo, que tão magra ficou, que só se vê a mascara quando
distraidamente entra na aula vinda do hospital. M a s analizando bem e friamente os fatos, embora a colega ache ao
contrário, desse jeito não ha tempo para nada, nem para isso
nem para aquilo (principalmente para aquilo). Talvez de
outro jeito dê e já andei pensando como se pode aproveitar
os intervalos, à imitação de muita gente que calcula bem as
coisas; sabem aproveitar as corridas de uma sala para outra:
se na extenção de u m corredor, pode-se ler umas 5 linhas, em
2 ou 3 corredores, se lê quase, ou mais de meia página. E há
ainda escadas sem fim, com muitos e muitos degraus e, eventualmente, o estribo do bonde, se não se achar melhor completar a mudança para a caixa do porão ("Fulano de Tal, morador na caixa X, porão da Faculdade de Medicina, convida-o
para u m chazinho na dita caixa)"
Outra coisa que m e ensinaram: levando em conta que durante o intervalo que medêia entre uma palavra e outra do
mestre, existe u m espaço de tempo médio de 0,1 segundos e,
como numa aula normal são ditas, bem ou mal, umas 1.50C
palavras temos u m tempo total de 0,1 vezes 1.500, ou seja,
150 segundos, que podem servir para vêr outras coisas. Caso
o professor extranhar o negocio e começar a ter idéias de psiquiatra, vai no Braile mesmo, por baixo da carteira e se possível com os dois pés e mãos. Se quizermos mesmo aproveitar,
no duro, devemos procurar dessincronizar os olhos; u m para o
professor e outro na Patológica (olho na Patológica, hein?).
Se apesar de tudo isso não se aprender nada, não faz mal,
pelo menos <* conciencia não fica pesada.
Deve também haver outras maneiras de ajeitar a situação:
como diminuir o almoço de 30 para 2 minutos (se é que alguém ainda usa almoço) e eliminar uma serie de coizinhas inúteis e assim todo tempo supérfluo e dispensável como seja, de
lavar dentes, tomar banho (salvo levando livro), conversar
com colegas, bons dias, tapinhas nas costas, etc. (principalmente), e o que é mais importante, escrevendo artigos e indo
em assembléias de assembléias de "assuntos que não são de
nossa alçada" Julgo que ir ao cinema com a garota, não faz
mal, conquanto se leve a lanterna e o livro de Parasito para
ver quantos músculos tem a ventosa do bicho e saber para
que servem. Se se souber aproveitar os períodos em que se
corre, não para tomar lanche ou dormir mas sim para mordiscar a Micro ou a Farmaco, ainda pode ser que dê certo.
E é mesmo conveniente que se vá torrando para o ano que
vem, nos intervalos disso tudo. Se não der mesmo jeito para
tudo isso ou contratas u m irmaõzinho gêmeo para dar a maozinha ou então vá para casa dormir e ouvir musica.
SiMULadas,
1) O s colegas que souberem à quem dedico as simuladas deste numero dirão que sou "pato...lógico"
2) Será que u m infarto em 'cunha, mata"?
3) Quando é que o Foca pode agir como bacteriofago? Resposta: É quando "foca...lisa" as bactérias.
4) Q u e m vai comer u m fillet 'mignon' deve colocar
bastante "pimenta" até formar u m "monte...negro"
5) "Pimenta" no "lombo...arde"?
6) A expressão ondas hertezianas é homenagem, à
Hertz, logaritmos neperianos é homenagem à N e ger. Neste caso a expressão necrose "focai" é
homenagem a quem?
7) Sabem qual é o assistente que ensina tudo "bem...
er...rado"?
8) D e todos os departamentos a Anatomia Patológica é o maior; as "dependências" ali são mais numerosas.
9) Procurem evitar a dependência, caros colegas;
lembrem-se do que disse D. Pedro I: Independência ou Morte.
10) Observem que as "bombas' que a Anatomia Patológica distribue aos estudantes constituem apenas u m empréstimo; tanto assim que elas são devolvidas por estes no fim do curso.
11) A fumaça que então se forma por ocasião das explosões "su...foca".
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BISTURÍ»
Paq» 5
7&mp.e6tacLe£ cCoima,
sA minha mãe
Trovões, ao longe, estrondam e reboam.
Ventos úmidos gemem e sibilam.
O s céus raivosos sobre a terra instilam
a fúria de Deus, que os homens magoam!
D e u m século, a metade já carregas!
Sofres te, porém nunca te queixaste,
pois que aos filhos cuidados não negaste,
com a louca ânsia de amar às cegas.
Nossas ilusões, quais aves, revoam,
sem rumo, frágeis; rápidas, desfilam
pelos ares, e, tímidas, se asilam,
quando negras borrascas longe atroam.
Chegando já vem os brancos cabelos,
coroa de prata, troféu de glória,
duro preço pela sua vitória,
reflexo de ímpar senda de desvelos,
Cessado o temporal, tudo se acalma.
Logo deixam as aves os seus ninhos;
os ideais, porém, fenecem n'alma!
Oxalá dê-lhe. Deus outros cinqüenta,
afim da obra os frutos contemplar,
pois que ao autor deslumbra o que inventa.
Que bom, se as ilusões, quais passarinhos,
voltando ao nosso seio a antiga calma,
tornassem, nos cercando de carinhos!
Como o Criador, possa descansar,
depois de ter findado sua lide:
admirando a geração que progride!
ONILDO BENICIO R O G A N O
Odila sozinha
S e eu voltar
N ã o era linda e não era feia. interlocutor. E acompanhava piração dela "Não a tomes em
Odila. Seus olhos verdes, mui- com trejeitos quase graciosos, teus braços. Ela não é para ti"
Se eu voltar u m dia, pelos te os olhos que deixei choto verdes, não eram sonhado- mas não graciosos, cada pala- dizialhe o intimo. Êle continuou
mesmos
caminhos vida mi- rosos, quando parti aquele
res. Eram até incisivos. Quan- vra. Conversar com ela era co- lutando; e foi em vão. U m dia,
nha,
os
lábios chorosos de dia.
do o mirava, parecia querer ler m o segurar uma bolinha de e foi o ultimo, levou-lhe u m a
Se eu voltar u m dia, a
alegria,
hão
de gritando teu
os mais recônditos segredos da mercúrio em mão trêmula. Sem- rosa. C o m o adorava <x beleza
nome acordar-te do sono meus sonhos, e encontrar-te
sua alma. Porisso êle nunca a pre dominava... Essa a Odila colorida da rosa! M a s ela não
mau que te deixei quando sonhando os sonhos meus,
fitou. Teria vergonha de a de- que chegou a êle.
via o espirito do homem apaihei de partir vida minha, não
parti aquele dia.
sapontar, pois não lhe tinha,
Havia u m brilho róseo ao re- xonado e as suas paixões. N e m
sosinho como parti aquele
Se
eu
voltar
u
m
dia,
a
guardado, nenhum segredo.
acreditava que êle tivesse nodia.
mim
mesmo
2
voltando
enSua vista esquerda, (ou dibresa de caráter. E, ao receber
contrar-me preso aos braços
reita? êle nunca a fitou!) tia oferta do semiapaixonado,
teus,
hei de sorrindo beijar- Wilian Nicolau
nha uma miopia de 4 graus.
ela, moleca até o ultimo, matou
Odila, moleca, não usava ócucom poucas palavras, a semilos. O s dias de infância paspaixão que êle ainda lutava pasados com moleques pretinhos
ra manter. Êle ficou em silenem terrenos baldios, marcaramcio muito tempo. O pensamenSonhar é trazer dentro da lado de quem sofre e em sofrilhe u m temperamento rebelde,
to, distante. Muito distante. alma o poder oculto e a força mento iluminar
dor com a
acentuado pelas discussões em
N ã o teve palavras para res- desejada. O sonho destroi mu- razão. O s sonhos serenizam o
que vencia sempre seu pai, ao
ponder. M u d o u de assunto, es- ralhas, aniquila povos, constrói semblante dos raivosos e bonichegar em casa. Era muito boquecendo a rosa. Passou ainda nações.
ficam os maus.
nitinha u sua Odila, para raa tarde com ela. Só pensava em
O s sonhos atiram por terra a
O sonho endeusa a musa.
lhar-lhe mais severamente. A
ir embora, em não voltar, em que nos segue, leva-as aos pín- gaivota que voa e eleva aos
mãe concordava.
não vê-la mais, nunca mais. caros, os sonhes destroem co- ares a serpente que rasteja.
Mais crescidinha, chegava
Êla o via olhando distante, e rações.
Sonhar é reviver a murcha
aos meninos c dizia-lhes, faainda não o comprendia, mesO s sonhos levam ao altar a flor, é unir em flor as pétalas
ceira e coquete:
m o com varias frases mais in- virgem que nos despresa e des- essarsas, é perseguir, é proAlberto Maria de Luca
— "Quer ser meu namoracisivas que denotavam u m es- presam a mulher que nos ama. teger.
dor dos olhos verdes quando
do? Quer? Então somos natado de alma agitada.
Sonhar é fazer milagres, é
O s sonhos enciumam, maêle a olhou pela primeira vez.
morados!" E imediatamente,
Foi enorme a sensação de tam e dão vida.
ter esperança.
A paixão dele sempre f o r a
ainda o rapazinho envergonhaO s sonhos pedem, os sonhos
olhos pretos. Porque gostou lo- felicidade que o invadiu quanO s sonhos dão alegrias a
do, marcava u m encontro no
go dela! Talvez nem êle acre- do <x tarde caiu e a deixou. uma mãe angustiada, a u m mandam, glorificam, eternizam
cinema, na matinée seguinte.
e esmagam. Sonhar é ter entre
ditasse na sua paixão. N o pri- Nunca mais voltou...
amigo desesperado.
Corria então a refugiar-se no
Alberto Maria
meiro dia foi tudo bem. N ã o
O s sonhos elevam u m cão e as mãos u m filho amado. A
rabo da saia da mãe, de onde
saudade é sonho. O s sonhos
conversaram muito. M a s quandeprimem a u m herói.
ficava fazendo caretas "amido conversavam nos dias seO s sonhos odeiam, os so- falam, gemem, choram; os sogas" ao menino.
nhos vivem.
guintes todo o fogo de paixão
nhos embelezam.
Oh! como falava a menina inicial, que era grande, mesmo
ADVOGADO
Enfim, sonhar é ver-te ao
Sonhar é beijar a mulher de
Odila. 80 palavras por uma do enorme, ela foi destruindo aos
Barão de Paranapiacaba, 24
nossos sonhos; é edenizar a meu lado. deusa de meus sopoucos, com uma palavra ago3.o a n d a r - Sala 38 - TeL
vida. O s sonhos amenizam os nhos.
Wilian Nicolau
ra, outra mais tarde, uma ação
32-3520 - Res.: 52-3288
rancorosos. Sonhar é sofrer ao
mais de leve, u m ciúme injustificado, uma distração simples,
Perfumaria Aventais Bijuteria
mas que o feriam até o ultimo
HOSPITAL D A S CLINICAS
de sua alma sensível.
Av. Dr. Adhemar de Barros, 476
Mas, êle gostava dela. E lu4.o andar Fone 8-2161 — S. Paulo tou contra os fracassos de insB R A Z MARTORELLI Filho
brotos, meninos, meninas,
O acidentado sofreu esma- — Sim, era perfeita, notável,
bonecas ou outra coisa do
maravilhosa:
contorgamento da bacia. O s osg ê n e r o . Aquele tarado..»
nos magníficos, andar bamsos esmigalhados foram
"matava" aulas.
boleante,
olhar
indefinido...
substituídos por platina. O
Publicações Cientificas e Técnicas
pena que fosse uma vaca
indivíduo ficou bom. U m
holandesa puro sangue.
Encomendas de revistas e livros nacionais e estrangeiros caso notável de "troca d'íleo".
—* Ao longe o mar, o sussurro
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Ah! se eu pegar o desgradas ondas, a brisa cálida,
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o eterno azul... aqui, eu
çado que disse que vida
com uma dor miserável nos
de estudante é moleza...
Nos elevadores do H. C
calos.
transita tudo junto: médi— Cínico era aquele indivíduo cos, enfermeiros (com másque matara o pai e a mãe
cara ), estudantes (também
e no dia do julgamento discom máscara) doentes t
se aos jurados com ar inoI M P O R T A D O R A
alimentos;
repetimos: os
cente: "Por favor, não
doentes
e
as
refeições dos
condenem u m pobre órfão".
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internados. Está certo?
— Aquela moça era mais sem
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graça do que piada de proExistem bolsas de estudo,
de 10 por cento sobre todas as compras efetuadas e m
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tomando nesso lugar e tempo. Está certo?
O caminho da Faculdade
ao Hospital está semeado
de doentes, mendigos, aleijados. Está certo?
Wilty Kenzlet
Pag.
6
«O
BISTURÍ»
Lendo Velhos "Bisturis"
Devem as livrarias editoras auxiliar os estudantes pobres
Precisamos tornar amigo
IOSSOS colegas de estudo
Todos sabem que o preço do
livro no Brasil, acompanhando
ascenção geral, atingiu alturas espetaculares, que não permitem ao pobre adquiri-los.
N o campo dos livros de M e dicina, mais ainda que dos livros em geral, o preço se tornou proibitivo, eliminando, quase, os pobres dos cursos médicos. Aqueles que conseguem
fazer o curso, fazem-no deixando de comprar muitos livros, seja estudando em bibliotecas, seja emprestando de colegas, deixando assim de iniciar a construção da sua biblioteca, imprescindível a todo médico.
É por isso que se torna assaz> louvável a oferta que nos
fêz, no ano passado, i Livraria Ateneu, quando nos enviou, para ser distribuídos a
estudantes reconhecidamente
pobres, vários livros de medicina.
A iniciativa foi muito apre-
N a solidão de meu quarto, comecei a folhear alguns alfarrábios amarelados pela ação do tempo, que traziam o nome de
M"EO UB I SPTEU N
discussões sobre Higiene e TeR ÍS"A M E N T O
N O P A P E L rapêutica, sobre Neurologia e
Pareceu-me de repente en- Medicina Legal, sobre a Fisiocontrar impressos os meus pró- logia, etc. etc. Parece que nada
prios pensamentos e ouvir a se fez ou que nada adianta
voz dos colegas de minha tur- fazer. Talvez engano meu; talma. Falava o articulista da de- vez exceso de casmurrice dos
sagregação social porque pas- catedráticos, que insistem nos
samos, da crise, de demago- velhos métodos; talvez inefigia, e de caráter e da necessicácia dos métodos usados pedade de criarmos algo indefeclos estudantes em resolver seus
tível e duradouro. Demonstrava
problemas: muita lamúria e
u m descortinio de horizonte e
pouca ação.
uma flagrante boa vontade em
acolher as idéias alheias, quaDEVEMOS AMAR-NOS
lidades que julgamos tão soC O M O IRMÃOS
mente nossas. Pedia a colaboração dos colegas, para que
Guardei aqueles papeis, donum esforço conjunto, resolcumento escrito de emoções
vessem as dificuldades por que
pretéritas, semelhantes as
passavam, afim de elevar mais atuais, senão as mesmas, tirane sempre o nome do Centro do a seguinte conclusão:
Acadêmico "Oswaldo Cruz".
Colegas, devemos amar-nos
Todavia, alquebrado p e l o s
anos de estudo e pela antevi- como irmãos, neste longo consão da vida prática, lá fora da vívio imposto pelo estudo. DeFaculdade e do meio estudan- vemos por de lado aquelas faltil, depositava sua esperança sas impressões de superioridanos novos colegas, de sangue de, e classes sociais que não
novo e não minado pela fadi- existem e que não devem exisga, que acabavam de ingres- tir. Procuremos os professores,
sar na Faculdade. Dizia L. e como homens, tão livres e raFerrão: "Cultivai esta virtu- cionais quanto eles, expor os
de que nos faltou: cultivai o problemas comuns de didática
coleguismo, desenvolvei a ami- e aprendizagem, para que no
zade, difundi a tolerância, a final resulte maior aprimoracomprensão e o bom senso, mento de nossa Faculdade, esporque somente unidos e con- trela que brilha na constelação
fiantes, alcançareis a meta fi- universitária.
Onildo Benício Romano
nal.
encerrar a presente edição de
" O Bisturi", recebemos uma
gentil oferta da Edit. Guanab a r a (Waissman - Koogan ,
Ltda.), que consiste na coleção "Tratado de Medicina"
de Cecil e colaboradores.
À Editora Guanabara os
sinceros agradecimentos da reÉ PRECISO C O N T I N U A R , dação de " O Bisturi"
ciada, tendo os livros (2 volumes da Histologia do Schumacher, 1 de Fisiologia do Houssay e 1 volume da Química
Biológica do Deulofeu-Marenzi) sido distribuídos incontinenti a estudantes da nossa
faculdade que deles necessitavam.
SRS.
LIVREIROS
Este ano ainda não recebemos da parte de nenhuma editora, seguindo o bom exemplo
da Livraria Ateneu, nenhum
entre nós, faço-as minhas porque elas expressam u m real
pensamento e u m voto comovido.
Vocês caros colegas, devem
criticar, porque a crítica é cromossomica e protoplasmatica, no dizer de Walter Belda,
e apanágio da mocidade idealista e construtora.
Livraria Luso-Espaeiseía e Brasileira Ltda.
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MUITO
Comentem
LONGE
os senões dos
professores, ridicularizem as
peculiaridades dos assistentes,
arrazem com mofa e sátira os
erros e defeitos de tudo e de
todos. M a s parem aí, não derivem para o escárneo malsão,
para a repulsa amarga ou para
o repúdio sistemático e malorientado, transformando seu
jovem cérebro em deposito de
fel,
povoado de desilusões
precoces e muitas vezes sem
causa.
Colaborem também com os
professores, reconhecendo suas
virtudes, o sacrifício de seus
esforços, homenageando-os nas
ocasiões j u s t a s e oportunas,
com sua palavra amiga e agradecida.
Porque não há fator mais
conspurcante que o sentimento
rancoroso, nem acrisolamento
mais excelso que o baseado na
sintonia da amizade e nos impulsos da gratidão.
Continuei a ler os velhos
Bisturis e topei com as eternas
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apelo a todas elas, que nos
Médicos Especializados:
mandem livros.
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zer em distribuir esses livros,
que podem ser endereçados ao
Diretora Administrativa:
seu secretário, e divulgará em
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breve o nome das livrarias beRua Quintino Bocaiúva, 307 - 2.o
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mais necessitados da nossa fa- Praça João Mendes - Horário: das
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Estimado calouro, estas
palavras não são originariamente m i n h a s ; eu que
sou veterano, também cansado de esperar a melhoria
utópica de nosso ensino, de
nosso esporte e do gregarismo
Clinica Sta. Maria
Composição -• modo de usar
8-2161
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C O L E G A S :
Leiam e difundam
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BISTURI»
Tomou
posse
(Conclusão)
um órgão a mercê de interesses políticos.
"O Centro Acadêmico O. C.
é, parcela sadia, vibrante, desta consciência estudantil paulistana, que sempre soube e saberá adaptar-se às necessidades, imprimindo mais vigor às
lutas quanto maiores forem
aquelas.
"O Centro Acadêmico é, o
espírito desta Faculdade, berço
Indicações terapêuticas
Dispepsias
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Estojos com tubos de 24, 48
Hipoquilia
Pancreatina 150 mg.
e 480 enterocaps de dupla Duas enterocaps três vezes Gástrica
Discinesias
etapa de desintegração.
ao dia de preferência depois Biliares
das principais refeições
Estados
Carenciais
PEPSICAP
Líquido
Gargarejo antisséptico contendo tirotricina.
Para a higiene e desinfecção
Líquido: Vidros de 100 cm3 da boca e como colutório.
Pastilhas: Tubos com 12
Pastilhas, contendo tirotricina e benzocaína.
NEO-GORGESAN
NEO-RINOSAN
Vidros de 20 cm3
Tratamento das infecções
da boca e garganta. Indicado como profilático das infecções depois das extrações
alvéolodentárias.
Tirotricina e cloridrato de
Tratamento das rinofarindl-desoxiefedrina
Instilações nasai, pulveriza- gites e suas manifestações.
ções e tamponamentos, de
acordo com a prescrição Resfriado comum. Sinusites.
médica.
Solução de Novocaina a 1
por cento em Ringer modi100 cc. ficado com ou sem adrenalina.
SINALGAN
5
10
20
50
Anestesia regional.
Lauro R. Fogaça
de tantos mestres, sementes de
ouro a germinar em outros pontos.
"O Centro Acadêmico é, esta Casa Sagrada, de formação
do plasma contribuinte para a
solução do problema da saúde
de nosso povo.
O Centro Acadêmico é, este
pugilo de jovens, de sentimento
grande, desconhecedores do
desalento, do marasmo -— jovens que costituem a chama
viva do esclarecimento, que não
se apaga ao sopro de manobras
subversivas, que inquietam, que
traduzem indisciplina.
"O Centro Acadêmico será
o vagalhão intrépido da vontade pelo trabalho cuja marcha,
barreira alguma deterá"
«O
BISTURI»
Pag, 7
eixo e falta d e
departamentos da A A A O C
U m a excursão a que ninguém queria ir — Todos nos esperavam em São Sebastião da Grama — O s diretores « mancam », os atletas « mancaram » *— Tudo pago, alojamentos de primeira.
São Sebastião da Grama é nha uniforme para seus atletas tisado. Outros porque tinham se feito, melhor! M a s não foi
uma pequena cidade próxima apresentarem-se à peleja! Pas- plantões no H C ; outro porque feito com antecedência. À s 16 C O M A P A L A V R A
a Casabranca c S. José do Rio m e m colegas!
ia sair com a noiva.
horas do dia 30 é que os direTHARCILLO
Pardo. Qual sua relação com
tores se afobaram e foram busEstará assim tão pobre a
a nossa F.M.U.S.P.? É seu fi- nossa associação atlética que A ESCALAÇAO
car o passe, e como era de es- Alguma coisa deve ser feita.
lho Enio Vitali. que é nosso não pode comprar fardamento
perar, nada conseguiram. Por Será feita? N ã o sabemos! Pucolega. E Enio, sabendo que para as disputas esportivas? Ao final "arrumou-se" a
desleixo de u m deles, o passe nição para os desleixados? Paem nossa faculdade se "prati- Então será melhor que se fe- delegação que iria: 2 ou 3 do não fora pedido.
rece não ser possível, porque o
cam" diversos esportes, tam- che o departamento e não se primeiro quadro, alguns do semal vem dos que deveriam ser
bém praticados em S. Sebas- alardeie que praticamos u m es- gundo e outros que nem esca- NAO VAMOS MAIS
os punidores. Acabar com as
tião, conversou com seus con- porte, se nem as camisas do lação em quadro da faculdade
excursões? É viável. Já que
terrâneos e trouxe-nos u m ofe- dito temos. O u se levantem os têm. Estes ao menos tinham Passavam das 18 horas
ninguém se interessa por elas»
recimento: u m passeio à sua fundos para a compra do ma- vontade de cooperar. Louve-se- quando voltaram à faculdade
cidade, com tudo pago, para terial. Assim é que não pode os, porque boa vontade é coi- com a noticia de que não ha- seria melhor não atrapalharmos
uma caravana de volibolistas, continuar. E pensar que temos sa rara nesta escola. M a s iria- veria excursão; que os gramen- ninguém, maculando inclusive
n o s s a palavra (que palacestobolistas, nadadores
fu- o melhor estádio universitário mos ao menos dar uma satis- ses nos esperariam em vão no
tebolistas, acadêmicos de medi- de São Paulo e, quiçá, do fação à boa gente de Grama, dia seguinte e podiam fazer de vra?! ), e comprometendo o nocina, que lá fossem disputar Brasil!
com nossa pequena delegação, nós o j u i z o que quisessem. me de terceiros. O u então o
partidas desses três esportes.
mas amistosa e de bôa vontade. Avisou-se uns quatro dos que sr. Presidente do C A O C por
O oferecimento foi l o g o FALTA DE
Ficamos então assim: Gra- iriam viajar para não compa- as coisas em seus devidos luaceito. U m a mudança de ares
gares, chamando os culpados
m
a
esperando uma delegação recerem a estação.
COOPERAÇÃO
para nós, passeio a granel, praã
palavra z à ação, para que
de universitários de medicina
tica de esportes e aproveita- Desde logo se acharam os
semelhante
não venha Q suprepara seus campos, jogado- NOVA DECEPÇÃO:
mento integral do l.o, 2 e 3 diretores de voleibol e natação res, alojamento, amisade e u m N I N G U É M N A E S T A Ç Ã O ceder futuramente.
de Maio, era o ideal para es- a braços com a falta de coope- baile em homenagem para reSe assim suceder, talvez não
quecermos um pouco o nosso ração dos seus atletas, que, cebe-los. Vende, até, as entra- Na manhã seguinte, à hora
continue a M E D a sofrer derafã de dias inteiros estudando. com motivos vários se escusa- das para as competições! E combinada, o novo diretor de
rotas nas competições em que
Cientçs os diretores dos res- vam da viagem. Q u e os terá nós, cá, os esperados, temos futebol, Nelson Proença, foi à
tema parte, pois os atletas se
pectivos departamentos, era só intimidado? A distancia ou o onze elementos avisados para estação avisar que não havededicarão
aos esportes apoiaavisar os militantes c, no dia avencarismc? O fato é que fal- comparecer à estação às 7 ho- ria mais passeio. Nova decepdos
na
confiança
em diretores
l.o, encontrar-se a caravana taram ao dever de defender o ras de l.o de maio, para em- ção! Apenas três elementos lá
honestos e trabalhadores
em frente a estação da Luz, que se piopuseram e... restou barque.
se encontravam. Ê para desespara a viagem.
i delegação de futebol.
perar. Faltaram, simplesmente,
PERDOEM. GRAMENSES
O "PASSE"
à palavra dada, horas antes:
POBRESA?
ficaram dormindo. LamentaEra só, se não estivéssemos TREINAM OS
Aqui surge uma bôa, arma- velmente ficaram dormindo, o Agora, uma mensagem a
na A A A O C . Porque aqui paFUTEBOLISTAS
da pelos nossos diretores de que não se perdoa, m e s m o Grama: perdoem, por favor (e
rece que ninguém manda e tofancaria.
considerando o quanto dormi- não temos o direito de pedirdos não se submetem! Poucos Ao treine para seleção dos
Para a viagem, que seria de ram antes e faltaram à pala- lhe nada) seu filho, ao qual
trabalham e muitos querem valores que iriam excursionar
aparecer, n u m antagonismo compareceram quase 30 ele- trem até S. José do Rio Pardo, vra, alguns colegas que se ar- devem ter culpado de tudo.
contraproducente. E o que ve- mentos. Mas alguns não pode- onde nos esperaria u m ônibus voram em diretor, por vaidade, Enio Vitali merece ser perdoamos na A A A O C é o seguinte: riam ir; uns por motivos justos, para Grama, deveriam os "di- para aparecer, não para tra- do do blefe que sem querer
a delegação de basket foi des- outros por futilidades; vários retores" da A A A O C retirar balhar pela n o s s a A A A O C , lhes deu, porque, coitado, não
de logo eliminada da excursão do primeiro quadro. U m por- um passe gratuito para a dele- que não a estimam, pensam tem culpa de ter os colegas
que tem.
porque o departamento não ti- que ia ser padrinho em u m ba- gação. Isso, quanto antes fos- apenas em si.
Nadadores, a M A C - M E D está ai
por Willy Kenzler
Indústria Química e Farmacêutica
Rua Carlos Gomes, 294 - Santo Amaro - São Paulo
"Que há com o Depto. de
Natação? T e m piscina, tem
técnico, tem tudo! Porque não
se projeta, porque não ganha a
Mac-Med? Deve ser deficiência de direção..."
É a ponderação, aparentemente justa, que fazem os que
conhecem a piscina aos sábados, ao c a l o r do meio-dia,
quando não há exames próximos. M a s quem, mais freqüentemente, procura a carícia de
suas águas tépidas e ialinas
(ou gélidas e obscuras), com
certeza, já viu o próprio Diretor de Natação, de mangueira
cm punho, suando valentemente, a puxar o pesado aspirador
para u m e outro lado, a fim de
"salviar" um pouco a situação,
fazendo uma limpeza, ainda
que sumaria e... aprimorando
também o físico por meio de
u m catabolismo lipidico intensificado.
como meio de conservação da
saúde e aperfeiçoamente físico
e espiritual, como meio de
aprender a lutar, vencer e perder, como meio de trabalhar
em conjunto, de intensificar
amizades, como meio de aprender a observar nos outros os
defeitos <i serem corrigidos em
si mesmo, enfim para aprender
tudo o que ensina o esporte no
sentido amplo do termo.
NAO É PRECISO
SER CAMPEÃO
Não. São precisos, isso sim,
colaboradores, elementos que
tenham prazer em conviver algumas horas semanais à beira
da piscina, não só para tomar
sol, mas para melhorar setl
estilo, observando os companheiros, ouvindo o técnico, fazendo planos de competições,
de viagens, de vitorias da M e d ,
JÁ A L G U M A S
VITORIAS
Não, realmente não temos
AGORA MELHOROU
Mas esse tempo já passou. nenhum Tetsuo, mas mesmo
Felizmente. E m vez de puxar com os poucos elementos que
mangueira, conseguiu-se da A- temos, venceu-se o Torneio EsA A O C e do C A O C um apoio timulo de 52 e conquistou-se o
financeiro, que mesmo sendo Vice-Campeonato da F U P E
fabricantes de produtos farmacêuticos marca LABOR
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LABOR) TB LABOR - HORMÔNIOS - AMINOÁCIDOS - EXTRATOS OPOTERÁPICOS - INSULINA LABOR, ALTAMENTE PURIFICADA, PADRONIZAÇÃO PERFEITA E CONTROLE
RIGOROSO.
Capitais, Direção, Orientação e Técnica, brasileiros.
Uma instituição apoiada na confiança ao médico)
insuficiente, constitui, a base
da receita, que é então completada com a boa vontade de alguns professores e dos elementos da turma de natação. Talvez até você já tenha entrado
nessa história. (Obrigado!).
M a s falamos em "turma de
natação", e queremos esclarecer aos menos avisados, que o
termo "turma" aqui tem o sentido de "equipe", de conjunto
de indivíduos reunidos por u m
ideal comum: cultivar a natação metódica e tecnicamente
de 53, contra as escolas onde
existem os Tetsuos, mas onde
não existe turma de natação»
E se mais não se faz é porque você está faltando, você
que sabe nadar mas que não
tem tempo" não tem vontade,
isto é, tem preguiça, ou tem
"zapparolite" mas se sempre
há tempo para conversar nos
corredores, no bar, para os
cinemas, para as "torrações"
infindas deve haver também
para u m esporte integral como
a Natação.
Desleixo e falta de cooperação nos departamentos da AAAOC
(Como não se faz uma excursão: leia na pag» 7)
Âlferada d seriacão das matérias do Curso Médico
Decreto do Governador do Estado
O Sr. Governador do Estado, Lucas Nogueira Garcez,
assinou aos 4 de março de
1953, o decreto 22.096-B, que
altera a distribuição das matérias nas diferentes series do
curso médico, em nossa Faculdade de Medicina.
D e acordo com o referido decreto a seriacão das disciplinas que constituem o Curso
A nova ordem das disciplinas ~ Mais eficiente ainda, o nosso novo curso —
Melhor entrosamento da matéria.
Normal de Ciências Médicas
da Faculdade de Medicina, da
Universidade de São, Paulo,
passa d ser seguinte:
l.o ANO: J
Anatomia (Parte descritiva),
Histologia
Embriologia,
Fisiologia,
Química Fisiológica
FísicoQuímica Aplicada,
Estágio Laboratorial.
0 ISTUR
(Registrado no D. N . I.)
São Paulo, Maio-Junho de 1953
ANO XX
N 9 65
2.o A N O :
Anatomia (Parte descritiva),
Histologia
Embriologia,
Fisiologia,
Química Fisiológica
Físico-
4.o A N O :
Clínica Cirúrgica (Cirurgia
Anatomia Patológica (PatoGeral e Patologia Cirúrgica),
logia Especial),
Clínica Obstétrica e PuericulTécnica Cirúrgica
Cirurgia
tura Neonatal,
Experimental,
Estágio Hospitalar de MediciClínica Médica (Propedêutica.
na de Urgência.
Medicina Geral
Patologia
6.o ANO:
Médica),
Clínica Dermatológica
SifiClínica de Doenças Tropicais
ligráfica,
Infectuosas,
Clínica Neurológica,
Clínica Cirúrgica (Cirurgia
Clínica Psiquiátrica,
Geral e Patologia Cirúrgica),
Química Aplicada,
Microbiologia e Imunologia,
Parasitologia,
Estágio Laboratorial.
3.o ANO:
Anatomia (Parte topográfica),
Clínica Pediátrica,
Clinica Psiquiátrica.
5.o A N O :
Higiene e Tisiologia,
Medicina Legal,
Clínica Médica (Medicina Geral
Patologia Médica),
Terapêutica Clínica,
Física. Biológica (Fisioterapia),
Farmacologia,
Anatomia Patológica (Patologia Geral),
Física Biológica (Fisio-diagnóstico),
Clínica Médica (Propedêutica
Laboratório Clínico),
Clinica Cirúrgica (Propedêutica Cirúrgica
Patologia
.Cirúrgica),
Estágio Hospitalar.
Clínica Oftalmológica.
Clínica Otorrinolaringológica,
y
Clínica Ginecológica,
Clinica Ortopédica
Traumatológica,
Clínica Urológica,
Medicina Legal,
Estágio vocacional Clínica ou
Laboratório).
Não pode o estudante
FUTEBOL
(Continuação da primeira pág.)
temos
A equipe de Futebol da A.
A. A. O. O , tomando parte
no Torneio Inicio da F.U.P.E.,
realizado em Parque Antártica, foi vencida pelo esquadrão
da Faculdade de Odontologia
de Campinas por u m gol e u m
escanteio a zero.
O quadro alinhou
i— Arlindo, Walderez e Zuzu.
Pigossi, Baccalá e Montelato.
Gianini, André, Mogiana, Reis
e Gordils.
Coisas qoe
incomodam
a) O gabinete dentário do
C A O C sempre cheio. Ê uma
maldição; quando nos assalta
uma dor de dentes tremenda, e
se espera auxilio dele nessa
contingência..
b) A obstinação do livreiro
Lofiego em nos prometer livros
de real urgência e só nos entregar os mesmos após... u m ano
mais ou menos de espera!
c) A ausência, pode-se dizer total, de alguém que atenda
ao café no nosso bar nas horas
de maior movimento.
d) Fazer plantão no H. O ,
se desdobrar em mil esforços
e às duas da madrugada, não
encontrar leito para descançar
por algumas horas o corpo fustigado.
O Observador
chance na FÍIPE
VITORIA
CATEGÓRICA
D A PAULISTA 3 A O
meta.
Nosso onze alinhou: Giba,
Walderez e Zuzu. Fogaça, PiJogando em nosso campo,
gossi e Montelato. Gordils
foi realizado' pelo Torneio da (De Luca), André, Mogiana,
F U P E o jogo entre as equipes Baccalá e Gianini.
da A A A O C e Pereira Barreto,
saindo vancedora esta ultima
José Pinotti «entrou»
por 3 a 0.
Baseando-se no erro de SeLutaram n o s s o s rapazes
com a falta de sorte, pois A n - cretaria que o colocou entre os
dré perdeu uma bola que se 80 que deveriam entrar na
chocou com o travessão, quan- F M U S P , o sr. José A. Pinotti,
do a contagem era ainda u m a em verdade 94.o colocado,
zero e D e Luca perdeu u m gol apelou para o Conselho Unicerto, tendo <x sua frente o ar- versitário e conseguiu seu inco desguarnecido, não conse- gresso, antes negado pelo C.
guindo alcançar uma bola que T. A. desta faculdade.
cruzou toda a extensão da
E m assembléia, o C A O C re-
material hospitalar especializados serão remetidos para u m
Centro Médico, após assistência por parte do facultativo local. N ã o depõe favoravelmente ao bom nome e às tradições
desta Faculdade, tendo u m
hospital da envergadura do
Hospital das Clínicas, o êxodo
de alunos para hospitais particulares (principalmente para o
da Santa Casa de Misericórdia) visando o aprendizado das
coisas mais simples.
N ã o nos conformando com
a presente situação e com o in-
Q u e seja facultado ao aluno
tomar parte ativa na rotina das
enfermarias . s o b orientação
docente.
solveu que êle será bem recebido peles colegas.
O s 13 candidatos que têm
média superior à do colega Pinotti, já contrataram advogado
e também tentarão seu ingresso.
Que se reserve, em cada enfermeria de cirurgia, u m certo
número de leitos para casos
simples e de pequena cirurgia,
não se esquecendo que o aluno
deve começar o seu aprendizado pelo mais simples.
tuito de colaborar com a Direção e douto C o r p o Docente
desta Faculdade, sugerimos as
seguintes medidas:
Que sejam regulamentadas
as funções dos estudantes nas
enfermarias, visando melhorar
o nivel do aprendizado prático,
harmonizando-o com o exercício da assistência médica aos
indigentes.
Q u e sejam tomadas medidas
afim de que, sempre que possível, as equipes cirúrgicas tenham estudantes em sua constituição.
Q u e nas equipes cirúrgicas
os estudantes possam desempenhar até as funções de priJá não é de hoje o nosso de- treinos para a Mac-Med, que Será que o Esporte está de- meiro auxiliar.
sinteresse pelos esportes na Es- até nem sei como pudemos fa- caindo entre nós, que já não
Q u e sejam tomadas outras
cola. Senão vejam o que já se zer bôa figura em alguma coi-sabemos conservar as tradições
providências, à medida das
escreveu em 1942:
sa. A nossa derrota no remo esportivas que nos legaram?
necessidades para sanar as fafoi um peso, mas a do xadrez Ou será que dormimos profunlhas citadas.
foi decepcionadora. E pensar damente sobre os louros já co"A MAC-MED DE 1942
quemperdemos devido a... reló- lhidos?
Resumindo, nada mais esNem podia ser outro o resul-gios. A nossa atuação no polo Ê preciso despertar e treinar
peramos que meios de aprentado dessa competição. Os nos-não poderia ser também pior. com afinco para conservar dizado efetivo, não somente
sos colegas deram, durante o Quanto ao salto nem tomamos sempre bem alto o nome do teóricos mas também práticos.
ano, tão pouca importância aosparte!
Centro e elevar-lhe cada vezFormando-se d e s t a maneira
profissionais que possam, efemais o seu prestigio!
Ê preciso que o entusiasmotivamente, no exercício da noCirurgia - Móveis para Consultórios - Artigos em geral para;
dos colegas avivem o animo bre profissão médica, continuar
Médicos, Parteiras, Hospitais e Farmácias Gazes p* Anestesia
dos competidores e não ficaremhonrando a Casa de Arnaldo
e Filmes p* Raio X
sapeando os jogos, meditabun- Vieira de Carvalho.
dos, com caras de 7.o dia!...".
Será que é preciso acrescentar alguma coisa para este ano?
E hora d e c o m e ç a r a
treinar para a M A C - M E
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Os jogos esportivos, nos quais
fito principal é «* vitória^
marcara os disputantes com o
selo do d e s e j o perene de
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