Física Setor B Prof.: Bienal – Caderno 7 – Código: 828282310 Índice-controle de Estudo Aula 25 (pág. 102) AD TM TC Aula 26 (pág. 102) AD TM TC Aula 27 (pág. 104) AD TM TC Aula 28 (pág. 105) AD TM TC Aula 29 (pág. 107) AD TM TC Aula 30 (pág. 107) AD TM TC Aula 31 (pág. 107) AD TM TC Aula 32 (pág. 110) AD TM TC Aula 33 (pág. 110) AD TM TC Aula 34 (pág. 114) AD TM TC Aula 35 (pág. 116) AD TM TC Aula 36 (pág. 116) AD TM TC 25 e 26 Aulas 4. Significado físico do trabalho da força de pressão de um gás • Expansão: O trabalho da força de pressão exercida pelo gás na parede do recipiente mede a energia mecânica transferida do sistema gasoso ao meio. • Compressão: O trabalho da força de pressão exercida pelo gás na parede do recipiente mede a energia mecânica transferida do meio para o sistema gasoso. Trabalho da força de pressão de um gás Fgás Êmbolo (área: S) Fgás ⌬V = Vf – Vi d Estado A Uma porção gasosa, contida em um recipiente ao qual se adapta um êmbolo, sofre a sequência de transformações indicada no diagrama pV. Determine o trabalho realizado pela força exercida no êmbolo nos seguintes casos: Estado B 1. Cálculo do trabalho da força de pressão do gás, na transformação A → B I) Transformação isobárica Pressão (105Pa) τA → B = p ⋅ ΔV = p ⋅ (VB – VA) 3 2 2 II) Transformação qualquer 1 p pA 0 B pB τ | | τ A≅| | V VB 0,1 3 0,2 0,3 Volume (m3) a) na transformação de 1 para 2; b) na transformação de 2 para 3; c) na transformação de 3 para 1; d) na transformação do estado 1 até que o sistema gasoso retorne ao estado 1. A VA 1 a) Pressão (105Pa) 3 2 2. Unidade de trabalho no SI 2 N [p] = 2 ; [V] = m3; [τ] = J m 1 0 3. Sinal do trabalho • Transformação isométrica ⇒ ensino médio – 2ª- série – bienal 0,1 0,2 0,3 Volume (m3) Uma vez que, na transformação de 1 para 2, a pressão varia, o trabalho não pode ser calculado pela expressão p ⋅ ΔV. Mas pode ser calculado pela área assinalada, que é um trapézio. τ⬎0 Compressão ⇒ τ ⬍ 0 • Expansão ⇒ • 1 τ=0 102 sistema anglo de ensino τ12 = d) (p2 + p1) ⋅ ΔV 2 Pressão (105Pa) 3 τ12 = ⎞⎠ 1 ⎞⎠ ⋅ (1 + 2,5) ⋅ 105 ⋅ (0,25 – 0,10) 2 2 τ12 = 26250J 1 (Interpretação: na transformação 1 → 2, o gás transferiu 26250J de energia para o meio exterior.) b) 0 2 2 1 0 0,2 0,2 0,3 Volume (m3) 2 τciclo = 11250J 0,3 Interpretação: A cada ciclo, o gás transfere e recebe energia mecânica do meio. Nesse caso, o gás transferiu 26250J e recebeu 15000J de energia mecânica. Ou seja, a cada ciclo o gás perde 11250J de energia. Volume (m3) Como a transformação de 2 para 3 é isométrica, o trabalho é nulo: τ23 = 0 (Interpretação: na transformação 2 → 3, o gás não transferiu, nem recebeu energia mecânica do meio externo.) c) 0,1 τciclo = ⎞⎠ 1 ⎞⎠ ⋅ (0,25 – 0,10) ⋅ (2,5 – 1) ⋅ 105 3 0,1 3 1 O trabalho na transformação cíclica pode ser calculado pela soma dos trabalhos em cada uma das transformações: τciclo = τ12 + τ23 + τ31 τciclo = 26250 + 0 + (– 15000) τciclo = 11250J, ou pela área da figura assinalada: Pressão (105Pa) 3 2 Pressão (105Pa) 3 2 1 0 3 1 0,1 0,2 0,3 Consulte Volume (m3) Livro 2 – Capítulo 22 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 22 Como a transformação de 3 para 1 é isobárica, o trabalho pode ser calculado pela expressão p ⋅ ΔV: τ31 = pΔV τ31 = 105 ⋅ (0,1 – 0,25) = – 0,15 ⋅ 105 τ13 = – 15000J (Interpretação: na transformação de 3 → 1, o gás recebeu 15000J de energia mecânica do meio.) Tarefa Mínima AULA 25 1. Leia os itens 9 e 10. 2. Faça os exercícios 4 e 5. AULA 26 1. Leia os itens 11, 12 e 13. 2. Faça os exercícios 9 e 10. Tarefa Complementar AULA 26 Faça os exercícios 11, 12 e 13. ensino médio – 2ª- série – bienal 103 sistema anglo de ensino Aula 27 Energia interna (U) de um gás ideal Energia interna (U) U = ∑εC Gás monoatômico: gás ideal Gás diatômico: U = 3 nRT = 3 pV 2 2 U = 5 nRT = 5 pV 2 2 As partículas que constituem um gás estão em movimento caótico. Cada uma dessas partículas apresenta uma certa velocidade e, portanto, uma certa energia cinética. A soma das energias cinéticas das partículas que constituem um gás perfeito monoatômico é denominada energia interna (U) do gás. Vamos estudar um modelo extremamente simplificado do gás. Suponha uma porção de 0,1 kg de neônio a uma temperatura de 417 K. Suponha que 20% das partículas do gás estejam a uma velocidade de 1000 m/s, que 50% estejam a uma velocidade 700 m/s, e que os 30% restantes estejam a 500 m/s. Pede-se, então, que seja determinada a soma das energias cinéticas das partículas que constituem o gás. É possível demonstrar que a energia interna do gás perfeito depende exclusivamente de sua tempera- ⎞ tura e que, sendo o gás monoatômico, ela pode ser calculada pela expressão ⎠ U = ⎞ 3 n RT ⎠ . 2 Nessa expressão, n é o número de mols, T é a temperatura absoluta, e R = 8,31J/mol ⋅ K é a constante dos gases perfeitos. Verifique, para o gás citado no exercício, se essa expressão está correta, sabendo-se que a massa molar do neônio é 20 ⋅ 10–3 kg/mol. Se a massa do gás é 0,1 kg, 20% do gás tem massa 0,02 kg, 50% do gás tem massa 0,05 kg, e 30% do gás tem massa 0,03 kg. Para cálculo da energia interna, podemos considerar o gás como sendo constituído de três corpos, de massas 0,02 kg, 0,05 kg e 0,03 kg, a velocidade de 1000 m/s, 700 m/s e 500 m/s, respectivamente. Portanto, sua energia interna vale: U= ⎞ 1 ⎞ ⋅ 0,02 ⋅ (1000)2 + ⎞ 1 ⎞ ⋅ 0,05 ⋅ (700)2 + ⎞ 1 ⎞ ⋅ 0,03(500)2 ⎠2⎠ ⎠2⎠ ⎠2⎠ n= m 0,1 = = 5mol M 0,02 R = 8,31 J mol ⋅ K T = 417K ensino médio – 2ª- série – bienal 1442443 U = 0, 01 ⋅ 106 + 0,025 ⋅ 49 ⋅ 104 + 0,015 ⋅ 25 ⋅ 104 = U = 104 + 1,225 ⋅ 104 + 0,375 ⋅ 104 U = 2,6 ⋅ 104J U= ⎞ 3 ⎞ ⋅ (5) ⋅ (8,31) ⋅ (417) ⎠2⎠ U ≈ 2,6 ⋅ 104J 104 sistema anglo de ensino Tarefa Mínima 1. Leia os itens 14, 15 e 16. 2. Faça os exercícios 15 e 16. Consulte Tarefa Complementar Livro 2 – Capítulo 22 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 22 Faça os exercícios 17 e 18. Aula 28 1ª- Lei da Termodinâmica Estado A Estado B UB UA A variação de energia interna de um sistema gasoso (ΔU) é a diferença entre o calor trocado com o meio e o trabalho realizado pela força que o gás exerce na parede do recipiente. Em símbolos: ΔU = Q – τ Considerações: ΔU ⬎ 0 ⇔ o gás aquece. ΔU ⬍ 0 ⇔ o gás esfria. Q ⬎ 0 ⇔ o gás recebe calor (o sistema está na presença de uma fonte quente). Q ⬍ 0 ⇔ o gás cede calor (o sistema está na presença de uma fonte fria). τ⬎0⇔ τ⬍0⇔ expansão, o gás cede energia mecânica ao meio. compressão, o gás recebe energia mecânica do meio. ensino médio – 2ª- série – bienal 105 sistema anglo de ensino 3. Um recipiente contendo um certo gás tem seu volume aumentado graças ao trabalho de 1664J realizado pelo gás. Neste processo, não houve troca de calor entre o gás, as paredes e o meio exterior. Considerando que o gás seja ideal, a energia de 1mol desse gás e a sua temperatura obedecem à relação U = 20,8T, onde a temperatura T é medida em kelvins e a energia U em joules. Pode-se afirmar que nessa transformação a variação de temperatura de um mol desse gás, em kelvins, foi de a) 50. d) 100. b) – 60. e) 90. ➜ c) – 80. 1. Determine a variação de energia interna de um sistema gasoso que recebe 1000J na forma de calor e cede 600J na forma de energia mecânica. Um sistema armazena a energia (ΔU) correspondente à diferença entre a energia recebida e a energia cedida. No caso: • recebe 1000J • cede 600J Armazena 1000 – 600 = 400J ΔU = 400J | Q | = 1000 J SISTEMA GASOSO (UNESP) De acordo com a primeira Lei da Termodinâmica, temos: ΔU = Q – τ Do enunciado: | τ | = 600 J 123 τ = 1664J Q=0 ΔU = 20,8 ⋅ ΔT U aumenta O gás aquece 20,8 ⋅ ΔT = 0 – 1664 ΔT = – 80k 2. Ainda com relação ao exercício anterior, são feitas quatro afirmações. Julgue cada uma delas. a) Para o sistema receber calor (Q ⬎ 0), ele deve ser colocado na presença de uma fonte quente (corpo a uma temperatura maior que a do sistema). b) Para o sistema gasoso fornecer energia mecânica para o meio, tem de haver uma expansão. c) Se a energia interna do gás aumenta, a sua temperatura aumenta. d) A resposta do exercício anterior poderia ser obtida pela expressão ΔU = Q – τ a) Certa. Ver teoria. b) Certa. Ver teoria. c) Certa. Ver teoria. d) Certa. ΔU = 1000 – 600 = 400J Consulte Livro 2 – Capítulo 22 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 22 Tarefa Mínima 1. Leia os itens de 1 a 8, 17 e 18. 2. Faça os exercícios 19 e 20. Tarefa Complementar Faça os exercícios de 21 a 24. ensino médio – 2ª- série – bienal 106 sistema anglo de ensino Aulas 29 a 31 Aplicações da 1ª- Lei da Termodinâmica Diagrama p × V Transformação Q τ ΔU p Q = m ⋅ cp ⋅ ΔT τ = p ⋅ ΔV ΔU = m ⋅ cp ⋅ ΔT – pΔV cV: calor específico a volume constante τ=0 ΔU = m ⋅ cV ⋅ ΔT Q=τ | τ | → área Q=0 | τ | → área cp: calor específico a pressão constante Isobárica V p Q = m ⋅ cV ⋅ ΔT Isométrica V p Isotérmica τ ΔU = 0 ∴ Q=τ | | V p Adiabática ΔU = – τ τ | | V | τciclo | → área p Cíclica Qtotal = τciclo 6474444448 Qrecebido – Qcedido τ | | V ensino médio – 2ª- série – bienal 107 sentido horário τ⬎0 sentido anti-horário τ⬍0 ΔU = 0 ∴ Qtotal = τciclo sistema anglo de ensino 2. 1. Um sistema constituído por uma certa massa gasosa sofre quatro transformações sucessivas, AB, BC, CD e DA, conforme mostra o diagrama p × V na figura. (UFSC) 6 Pressão (atm) 5 4 B A C 3 2 D 1 0 1 2 3 4 5 Volume (litros) olharmos ao redor, perceberemos como o mundo evoluiu a partir do século XVIII e início do XIX, com a Revolução Industrial. O advento da máquina, em suas variadas formas, alargou os horizontes do homem, proporcionando novos recursos para o desenvolvimento urbano e industrial, desde as descobertas de fontes de energia até a expansão de mercados e de territórios dentro e fora da Europa. O esquema a seguir representa o ciclo de operação de determinada máquina térmica cujo combustível é um gás. Quando em funcionamento, a cada ciclo o gás absorve calor (Q1) de uma fonte quente, realiza trabalho mecânico (W) e libera calor (Q2) para uma fonte fria, sendo a eficiência da máquina medida pelo quociente entre W e Q1. 6 W Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as proposições seguintes. a) ( F ) Na transformação AB houve diminuição da energia interna do sistema. b) ( V ) Na transformação AB o sistema absorveu calor do meio ambiente. c) ( V ) Não houve variação da energia interna do sistema na transformação BC. d) ( F ) Na transformação DA o sistema absorveu calor do meio externo. e) ( V ) Na transformação CD não houve realização de trabalho e a energia interna do sistema diminuiu. f) ( V ) Na transformação AB, o calor que o sistema absorveu foi maior do que o trabalho que ele realizou. g) ( F ) A energia interna do sistema no estado C é menor do que no estado A. a) De A → B, houve aumento de temperatura. Logo, houve aumento de energia interna. b) De A → B, o sistema perdeu energia na forma de trabalho. Para atingir uma temperatura superior, o gás tem que absorver energia na forma de calor. c) De B → C, a transformação é isotérmica, pois pBVB = pCVC. Logo, U é constante. d) De D → A, não há variação de temperatura, pois pDVD = pAVA. Logo, ΔU = 0 e, portanto, Q = τ. Como houve uma compressão: τ ⬍ 0. Portanto, Q ⬍ 0 (o gás cede calor ao meio exterior). e) De C → D, V é constante ⇒ τ = 0. Há diminuição de temperatura. Logo, há diminuição de energia interna. f) De A → B, há aumento na energia interna (veja item a). Logo ΔU = Q – τ ⬎ 0 ∴ Q⬎τ g) Como TC ⬎ TA ⇒ UC ⬎ UA ensino médio – 2ª- série – bienal (UFF) Se Ciclo Q2 Fonte Fria Q1 Fonte Quente Uma dessas máquinas, que, a cada ciclo, realiza um trabalho de 3,0 × 104 J com uma eficiência de 60%, foi adquirida por certa indústria. Em relação a essa máquina, conclui-se que os valores de Q1, de Q2 e da variação da energia interna do gás são, respectivamente: a) 1,8 × 104 J; 5,0 × 104 J; 3,2 × 104 J b) 3,0 × 104 J; zero; zero c) 3,0 × 104 J; zero; 3,0 × 104 J ➜ d) 5,0 × 104 J; 2,0 × 104 J; zero e) 5,0 × 104 J; 2,0 × 104 J; 3,0 × 104 J 4 η = W ⇒ 0,6 = 3 ⋅ 10 Q1 Q1 4 ∴ Q1 = 5 ⋅ 10 J Como a transformação é cíclica, ΔU = 0 e QTOTAL = τciclo QREC. – QPERD. = τciclo 5 ⋅ 104 – QPERD. = 3 ⋅ 104 4 ∴ Q2 = QPERD. = 2 ⋅ 10 J 108 sistema anglo de ensino 3. Com a instalação do gasoduto Brasil-Bolívia, a quota de participação do gás natural na geração de energia elétrica no Brasil será significativamente ampliada. Ao se queimar 1,0 kg de gás natural obtém-se 5,0 × 107 J de calor, parte do qual pode ser convertido em trabalho em uma usina termoelétrica. Considere uma usina queimando 7200 quilogramas de gás natural por hora, a uma temperatura de 1227ºC. O calor não aproveitado na produção de trabalho é cedido para um rio de vazão 5000 L/s, cujas águas estão inicialmente a 27ºC. A maior eficiência teórica da conversão de calor em trabalho é dado por Pela definição de potência (UNICAMP) τ P= Δt = 1,44 × 1011 J 3600 s ∴ P = 4 × 107W P = 40 MW ou b) A cada 3600 s (1h) a quantidade de calor transferida às águas do rio corresponde a: Q = 60% ⋅ QTOTAL Q = 0,6 ⋅ 3,6 × 1011 Q = 2, 16 × 1011 J. Lembrando: Q = m ⋅ c ⋅ ΔT ⎛ Tmín ⎞ ⎟, ⎝ Tmáx ⎠ Dividindo essa expressão por Δt, temos: h=1–⎜ Q = m ⋅ c ⋅ ΔT Δt Δt sendo Tmáx e Tmín as temperaturas absolutas das fontes quente e fria respectivamente, ambas expressas em kelvin. Considere o calor específico da água Fazendo-se as substituições numéricas: J kg 2,16 × 10 11 ⋅ 4000 ⋅ ΔT = 5000 s kg ⋅ ºC 3600 s c = 4000 J/kgºC. a) Determine a potência gerada por uma usina cuja eficiência é metade da máxima teórica. b) Determine o aumento de temperatura da água do rio ao passar pela usina. ∴ ΔT = 3ºC a) A eficiência máxima é: η=1– Tmín Tmáx para Tmín = 27ºC = 300K e Consulte Tmáx = 1227ºC = 1500K Livro 2 – Capítulo 22 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 22 300 Logo: η = 1 – 1500 η = 0,8 = 80% Tarefa Mínima AULA 29 1. Leia os itens 19, 20 e 21. 2. Faça os exercícios 26 e 27. Assim, a eficiência da usina (metade da máxima teórica) é ηusina = 40% AULA 30 1. Leia os itens 22 e 23. 2. Faça o exercício 28. A cada hora, são queimados 7200 kg de gás. Logo, são gerados, por hora, QTOTAL = 7200 × 5 × 107J AULA 31 1. Leia os itens 24 e 25. 2. Faça os exercícios 25 e 34. QTOTAL = 3,6 × 1011 J Apenas 40% dessa energia é convertida em trabalho. Ou seja, Tarefa Complementar τ = 0,4 × 3,6 × 1011 τ = 1,44 × 1011 J ensino médio – 2ª- série – bienal AULA 31 Faça os exercícios 29, 30 e 31. 109 sistema anglo de ensino Aulas 32 e 33 Ondulatória 1. Propriedade fundamental Pulso massa: m A Ep = 0 h=0 A Ep = mgh h=0 Energia Ep = 0 h=0 A Onda Avanço da energia Pulso ou onda transferem energia de um ponto a outro de um meio, sem que ocorra o transporte de matéria. 2. Classificação I) Onda transversal: a direção de propagação da onda é perpendicular à direção de vibração dos pontos do meio. Exemplo: onda em um cordão elástico. Propagação da onda Direção de oscilação dos pontos do meio ensino médio – 2ª- série – bienal 110 sistema anglo de ensino II) Onda longitudinal: a direção de propagação da onda é a mesma direção de vibração das partículas do meio. Exemplo: onda sonora. Propagação da onda Direção de oscilação dos pontos do meio III) Onda mecânica: associada à vibração de massa. Exige a presença de meio material (gás, líquido ou sólido). Exemplo: onda sonora e ondas em superfície de líquidos. Ao gritar, uma pessoa produz uma perturbação que gera uma onda sonora, a qual se propaga através do ar. IV) Onda eletromagnética: associada à oscilação de campos elétricos (E) e de campos magnéticos (B). Não exige a presença de meio material. Propaga-se até mesmo no vácuo. Exemplo: luz. E Comprimento de onda (m) 105 104 ensino médio – 2ª- série – bienal 103 102 105 106 10 1 10–1 10–2 10–3 108 10–5 10–6 10–7 10–8 1013 1014 1016 Ra G ios am a X s Ra io ltr av io U Vi s ív el er m fr av In 10–4 1012 111 le ta el h o Rá on dio da de s lo ng as Ba n de da rá pa di d o rã A o M Rá d on io da de s cu rta Te s le vi sã o, rá M di ic o ro FM -o nd as B 10–9 10–10 10–11 10–12 1018 Frequência (Hz) (Energia) sistema anglo de ensino 3. Nomenclatura e definições I) O ponto F da corda realiza um movimento oscilatório, em uma dada direção, com uma determinada amplitude (A) e uma certa frequência (f), que acabam por definir a amplitude e a frequência da onda gerada. Ao longo de uma onda, pode-se observar a formação de regiões denominadas cristas e vales. Sentido de propagação da onda Cristas A F A Vales Frequência (f): número de oscilações realizadas por qualquer ponto do meio, por unidade de tempo. Período (T): intervalo de tempo necessário para que qualquer ponto do meio realize uma oscilação completa. No SI: [T] = s e [f] = hertz (Hz) Relação entre frequência e período: f = 1 T II) O comprimento de onda (λ) corresponde à distância percorrida pela onda quando a fonte realiza uma oscilação completa, ou seja, após um intervalo de tempo correspondente a um período. Comprimento de onda: λ F A fonte realizou uma oscilação completa Propagação da onda III) A distância entre duas cristas consecutivas ou dois vales consecutivos corresponde a um comprimento de onda λ. λ F λ λ 2 Para a onda longitudinal λ ensino médio – 2ª- série – bienal λ 112 sistema anglo de ensino As melhores estimativas para o comprimento de onda λ e para o período T dessa onda são: a) λ = 0,20 m e T = 0,50s. b) λ = 0,20 m e T = 0,20s. c) λ = 0,50 m e T = 0,50s. ➜ d) λ = 0,50 m e T = 0,20s. A partir da 1ª- figura: λ = 0,5m A partir do gráfico: T = 0,2s 1. Assinale certo (C) ou errado (E) para as afirmações a seguir. a) ( E ) As ondas de rádio constituem exemplos de ondas mecânicas. b) ( E ) As ondas eletromagnéticas somente se propagam no vácuo. c) ( C ) Todo corpo na natureza emite ondas eletromagnéticas. d) ( C ) O som emitido por um alto-falante é um exemplo de onda longitudinal. e) ( E ) Não se define comprimento de onda para onda longitudinal. f) ( C ) A radiação violeta tem frequência superior às micro-ondas. g) ( E ) Todas as ondas eletromagnéticas transferem a mesma quantidade de energia. h) ( E ) No vácuo, a radiação gama é mais veloz que o infravermelho. a) Ondas de rádio são ondas eletromagnéticas. b) As ondas eletromagnéticas também se propagam no interior de líquidos e de alguns sólidos. e) Comprimento de onda é definido para qualquer onda. g) A quantidade de energia de uma onda eletromagnética é diretamente proporcional à sua frequência. h) No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas têm a mesma velocidade. 3. As figuras a seguir representam a configuração de um pulso transversal em uma corda, que se propaga em direção horizontal e no sentido indicado pela seta. Nas figuras, estão identificados os pontos do meio, X e Y. Por meio de vetores, indique a direção e o sentido de propagação desses pontos no instante considerado. propagação Caso A Y Caso B propagação X Y Y X X 2. X A figura I mostra, em um determinado instante de tempo, uma mola na qual se propaga uma onda longitudinal. Uma régua de 1,5 m está colocada a seu lado. A figura II mostra como o deslocamento de um ponto P da mola, em relação a sua posição de equilíbrio, varia com o tempo. Y (UFMG) λ Consulte Livro 2 – Capítulo 23 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 23 P Tarefa Mínima 0,0 1,5 1,0 0,5 AULA 32 1. Leia os itens de 1 a 4. 2. Faça os exercícios 1 e 2. Deslocamento (m) Figura I AULA 33 1. Leia os itens de 5 a 8. 2. Faça os exercícios 12 e 13. T 0,1 0,0 0,1 0,2 – 0,1 ensino médio – 2ª- série – bienal 0,3 Figura II 0,4 0,5 Tarefa Complementar 0,6 AULA 33 Faça os exercícios 14, 15 e 16. Tempo (s) 113 sistema anglo de ensino Aula 34 Ondas em cordas Reflexão e refração de pulsos em cordas I) Reflexão de pulso transversal que se propaga em uma corda a) Extremidade fixa b) Extremidade livre Velocidade: V Pulso incidente V Pulso incidente V Pulso refletido Velocidade: V Pulso refletido O pulso refletido é invertido em relação ao pulso incidente. O pulso refletido tem a mesma forma do pulso incidente. II) Refração de pulso transversal que se propaga em uma corda a) Um pulso viaja inicialmente em uma corda fina, com velocidade de propagação V1. V1 Pulso incidente V2 ⬍ V1 Pulso refratado V1 Pulso refletido Uma parcela do pulso é refletida e a outra, refratada. O pulso refratado mantém a forma do pulso incidente. O pulso refletido possui forma invertida em relação ao pulso incidente. A velocidade de propagação do pulso na corda mais grossa é menor que a velocidade de propagação do pulso na corda mais fina (V2 ⬍ V1). ensino médio – 2ª- série – bienal 114 sistema anglo de ensino b) Um pulso viaja inicialmente em uma corda grossa, com velocidade de propagação VA. VA Pulso incidente VA Pulso refletido VB ⬎ VA Pulso refratado O pulso refratado e o pulso refletido mantêm a forma do pulso incidente. A velocidade de propagação do pulso na corda mais fina é maior que a velocidade de propagação do pulso na corda mais grossa (VB ⬎ VA). Nos esquemas a seguir temos a representação de um pulso que se propaga em uma corda. O lado 1 representa o pulso incidente, e o lado 2 representa o pulso após ocorridos os fenômenos de reflexão, de refração ou ambos. Diante do exposto, assinale C (certo) ou E (errado) nos itens abaixo. (UFMT) Lado 1 Lado 2 a) ( C ) b) ( C ) c) ( E ) d) ( C ) ensino médio – 2ª- série – bienal 115 sistema anglo de ensino Tarefa Mínima 1. Leia o item 9. 2. Faça o exercício 29. Consulte Tarefa Complementar Livro 2 – Capítulo 23 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 23 Faça o exercício 30. Aulas 35 e 36 Relação fundamental da Ondulatória I) Velocidade de propagação de um pulso avanço da energia (t) (t’) Δspulso v= Δs Δt II) Velocidade de propagação de uma onda t=0 avanço da energia t =T Δsonda v= ensino médio – 2ª- série – bienal Δs = λ =λ⋅f Δt T 116 sistema anglo de ensino 1. A frequência de uma fonte é f = 120 Hz e ela produz ondas numa corda cuja configuração, em um certo instante, está representada na figura a seguir. 6 cm F 6 cm 12 cm Determine a velocidade de propagação da onda na corda. A frequência da onda que percorre a corda é a mesma da fonte, ou seja: f = 120 Hz λ = 48 cm = 0,48 m De acordo com a figura: V = 0,48 ⋅ 120 Utilizando a relação fundamental da Ondulatória, vem: Logo: 2. V = 57,6 m/s (UFRJ) O gráfico a seguir registra um trecho de uma corda esticada, onde foi gerada uma onda progressiva, por um menino que vibra sua extremidade com um período de 0,40s. H D O C E G 15 cm F B 49 cm A partir do gráfico, obtenha as seguintes informações: a) amplitude e comprimento de onda; b) frequência e velocidade de propagação. a) A partir da figura: • A = 7,5 cm • λ = DH = 28 cm 1 1 b) • f = = T 0,4 s ∴ f = 2,5Hz •V=λ⋅f V = 28 ⋅ 2,5 V = 70 cm/s ensino médio – 2ª- série – bienal 117 sistema anglo de ensino 3. O eletrocardiograma é um dos exames mais comuns da prática cardiológica. Criado no início do século XX, é utilizado para analisar o funcionamento do coração em função das correntes elétricas que nele circulam. Uma pena ou caneta registra a atividade elétrica do coração, movimentando-se transversalmente ao movimento de uma fita de papel milimetrado, que se desloca em movimento uniforme com velocidade de 25mm/s. A figura mostra parte de uma fita e um eletrocardiograma. 4. (UNIFESP) Considere um lago onde a velocidade de propagação das ondas na superfície não dependa do comprimento de onda, mas apenas da profundidade. Essa relação pode ser dada por v = 公僓僓僓 gd , onde g é a aceleração da gravidade e d é a profundidade. Duas regiões desse lago têm diferentes profundidades, como ilustrado na figura. (UNESP) superfície do lago 2,5 m plataforma 10 m plataforma λ = 25mm O fundo do lago é formado por extensas plataformas planas em dois níveis; um degrau separa uma região com 2,5m de profundidade de outra com 10m de profundidade. Uma onda plana, com comprimento de onda λ, forma-se na superfície da região rasa do lago e propaga-se para a direita, passando pelo desnível. Considerando que a onda em ambas as regiões possui mesma frequência, pode-se dizer que o comprimento de onda na região mais profunda é a) λ/2. d) 3λ/2. ➜ b) 2λ. e) 2λ/3. c) λ. Da equação fundamental da ondulatória: v v=λ⋅f ⇒ f= Sabendo-se que a cada pico maior está associada uma contração do coração, a frequência cardíaca dessa pessoa, em batimentos por minuto, é ➜ a) 60. d) 95. b) 75. e) 100. c) 80. V=λ⋅f 25 mm/s = 25 mm ⋅ f ∴ f = 1,0 Hz = 1 batidas/s Ou seja: f = 1 ⋅ 60 batidas/min ∴ f = 60 batidas/min λ como frasa = fprofunda vrasa vprofunda = λrasa λprofunda 公僓 drasa 公僓 g僓 g僓 ⋅僓僓僓 ⋅ d僓僓 pro僓僓僓 funda = λrasa λprofunda λprofunda = λrasa 公 g ⋅ dprofunda 僓僓僓僓僓僓僓僓僓僓僓 g ⋅ drasa Do enunciado: 123 λrasa = λ dprofunda = 10 m drasa = 2,5 m ⇒ λprofunda = λ ⋅ ∴ λprofunda = 2 λ ensino médio – 2ª- série – bienal 118 公 2,510 僓僓僓僓 sistema anglo de ensino A propagação de ondas na água é estudada em grandes tanques, com detectores e softwares apropriados. Em uma das extremidades de um tanque, de 200m de comprimento, um dispositivo D produz ondas na água, sendo que o perfil da superfície da água, ao longo de toda a extensão do tanque, é registrado por detectores em instantes subsequentes. Um conjunto de ondas, produzidas com frequência constante, tem seu deslocamento y, em função do tempo, representado ao lado, tal como registrado por detectores fixos na posição x = 15m. Para esse mesmo conjunto de ondas, os resultados das medidas de sua propagação ao longo do tanque são apresentados a seguir. Esses resultados correspondem aos deslocamentos y do nível da água em relação ao nível de equilíbrio (y = 0m), medidos no instante t = 25s para diversos valores de x. A partir desses resultados: (FUVEST) D y x x = 15 m Detectores Perfil da superfície da água registrado, em função do tempo, pelo detector posicionado em x = 15 m y(m) 5. 0,5 0 – 0,5 A 0 B C D 10 E 20 30 t(s) a) Estime a frequência f, em Hz, com que as ondas foram produzidas. b) Estime o comprimento de onda L, em metros, das ondas formadas. c) Estime a velocidade V, em m/s, de propagação das ondas no tanque. d) Identifique, no gráfico abaixo (t = 25s), as posições das ondas A, B, C, D e E, assinaladas na figura anterior, ainda que, como pode ser observado, as amplitudes dessas ondas diminuam com sua propagação. y(m) E 0,5 D Perfil da superfície da água para t = 25 s C B A 40 60 0 – 0,5 0 20 80 100 120 140 160 180 200 x(m) a) f = 0,2 Hz b) L = 25 m c) V = 5 m/s f= y(m) a) Do gráfico do deslocamento y em função do tempo, observam-se dois períodos entre os instantes B(t = 10s) e D(t = 20s). Logo, 2T = 20 – 10 T T ∴ T = 5s 0,5 1 ⇒ f = 1 ⇒ f = 0,2 Hz T 5 A 0 – 0,5 0 B C 10 D 20 E 30 t(s) b) Do gráfico apresentado na página de respostas, observa-se que o comprimento de onda L é a distância entre, por exemplo, duas cristas consecutivas (as duas primeiras): L = 40 – 15 ∴ L = 25 m c) Equação Fundamental da Ondulatória: v = λf ∴ v = 25 ⋅ 0,2 ⇒ v = 5 m/s d) Observe, no gráfico do deslocamento y em função do tempo t, para x = 15 m, que, entre os pulsos A, B, C, D e E, o pulso A é o primeiro a ser gerado (instante t = 5 s), e o pulso E corresponde ao último a ser gerado (instante t = 25 s). Como a onda se propaga da esquerda para direita, o ordenamento dos pulsos deve ser: y avanço da onda E D C B A x Observe ainda, no mesmo gráfico, que em t = 25 s o pulso E corresponde a uma crista. ensino médio – 2ª- série – bienal 119 sistema anglo de ensino Assim sendo, a figura a seguir mostra as localizações dos pulsos A, B, C, D e E, em t = 25 s. y(m) E D 0,5 Perfil da superfície da água para t = 25 s C B A 0 – 0,5 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 x(m) AULA 36 1. Leia o item 12. 2. Faça os exercícios 17, 18 e 19. Consulte Tarefa Complementar Livro 2 – Capítulo 23 Caderno de Exercícios 2 – Capítulo 23 AULA 36 Faça os exercícios 24, 25 e 26. Tarefa Mínima AULA 35 1. Leia os itens 10 e 11. 2. Faça os exercícios 20 e 21. ensino médio – 2ª- série – bienal 120 sistema anglo de ensino