FACULDADE SANTO AGOSTINHO- FSA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA PARA ENGENHEIROS Capítulo 4 Profª: Acilayne Freitas de Aquino FACULDADE SANTO AGOSTINHO- FSA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA •Cargas Distribuídas Sobre Vigas -Centróides de Superfícies Planas -Cargas Pontuais Equivalentes a um Sistema de Cargas Distribuídas •Momento de Inércia Profª: Acilayne Freitas de Aquino Cargas Distribuídas sobre Vigas Estudamos até agora apenas forças aplicadas de forma pontual. Neste capítulo estudaremos situações de carregamentos Distribuídos. Entre os vários exemplos comuns de cargas distribuídas podemos citar o carregamento de uma laje sobre uma viga, força das águas sobre as comportas de uma barragem etc. Em nosso curso só veremos aplicações sobre vigas. Pré-requisitos: Conceitos de centro geométrico de área (centróide) e sistemas equivalentes de força vistos em Física. Profª: Acilayne Freitas Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE GRAVIDADE Vamos supor que o eixo L esteja na posição horizontal e imaginemos que ele possa girar livremente em torno de um ponto P, como se nesse ponto fosse colocada uma articulação. Sistema de uma alavanca Profª: Acilayne Freitas Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE GRAVIDADE Se colocarmos sobre L um objeto de peso w1 a uma distância d1, à direita de P, o peso do objeto fará girar L no sentido horário. Colocando um objeto de peso w2, a uma distância d2 à esquerda de P, o peso desse objeto fará L girar no sentido anti-horário. Colocando simultaneamente os dois objetos sobre L o equilíbrio ocorre quando w1.d1 = w2.d2 (I) Sistema de uma alavanca em equilíbrio Profª: Acilayne Freitas Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE GRAVIDADE Agora, iremos coincidir L com o eixo dos x do sistema de coordenadas cartesianas. Se duas partículas de peso w1 e w2 estão localizadas nos pontos x1 e x2, respectivamente podemos reescrever a equação I como w1.(x1 – P) = w2.(P - x2) ou w1.(x1 – P) + w2.(x2 - P) = 0 Sistema de uma alavanca em equilíbrio Profª: Acilayne Freitas Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE GRAVIDADE Supondo que n partículas de pesos w1, w2, …, wn estejam colocadas nos pontos x1, x2, …, xn, respectivamente, o sistema estará em equilíbrio ao redor de P quando n wi i xi P 0 1 Sistema de uma alavanca em equilíbrio Profª: Acilayne Freitas Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE GRAVIDADE Supondo que o ponto P esteja em uma posição x teremos: n n wi i xi P 0 wi 1 i n wi i x 0 1 n n wi xi x 1 wi i n wi x 1 xi 1 i x n wi i xi i 1 n wi i 1 xi 1 0 0 Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE GRAVIDADE Denominamos de centro de gravidade o ponto de um determinado eixo de referência, de coordenada x , onde a soma dos momentos de um sistema é nulo. n wi x i 1 n wi i 1 xi Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE MASSA Se a aceleração da gravidade for constante em todo o sistema, este ponto coincide com o centro de massa do corpo. n wi i x xi 1 n wi i 1 n n mi x i g xi 1 x n mi i 1 1 n mi i 1 n g .mi i mi i i g n x g mi 1 xi 1 xi Centro de Gravidade e Centro de Massa CENTRO DE MASSA A última equação mostra a localização do centro de massa de um sistema na direção x. Analogamente poderíamos analisar as demais coordenadas y e z deste ponto, a partir das seguintes equações: Centróides de Superfícies Planas Suponha um sistema tridimensional constituído por regiões A1, A2, A3 e A4 em uma distancia L , cujo material possui densidade volumétrica (ρ) constante e volumes V1, V2, V3 e V4 a equação II poderá ser representada da seguinte maneira. massa Volume m V Centróides de Superfícies Planas n n mi x i n xi 1 Vi x n i x n 1 i 1 i 1 Ai e n y i 1 n Ai i 1 1 n i xi Ai i Ai L n Ai i Vi n x L 1 mi i xi 1 yi 1 Ai xi CENTRO DE GRAVIDADE DE FIGURAS COMPOSTAS E USUAIS n Ai x xi 1 Atotal n Ai y yi 1 A total Profª: Acilayne Freitas Centróides de Superfícies Planas A última equação nos oferece as coordenadas “x e y“ do centro de massa projetadas na face que gerou o corpo. Estas são as coordenadas do centróide ou centro geométrico da referida face. Todo desenvolvimento feito até aqui foi baseado em somatória de partes discretas. Porém quando analisamos um corpo ou uma área real eles são compostos de infinitas partes e representam a integração destas partes. Desta maneira, deveremos utilizar na equação III o processo de integração ao invés de somatórios. x x dA A y e y A dA A dA dA A Centróides de Superfícies Planas Para melhor compreender y A4 A1 x4 •C.G x1 y4 A3 y y3 •C.G x3 •C.G y1 x2 A1 A4 x •C.G x y2 •C.G A2 x Superfície Plana x y x A3 A2 dA A y e y A dA A dA dA A Centróides de Superfícies Planas Coordenadas do Centróide de áreas elementares determinadas com base nas equações anterior. EXERCÍCIOS Exercício Resolvido Determine as coordenadas do centróide dos perfis ilustrados abaixo 01 02 EXERCÍCIOS Solução 01 Todas as medidas são em relação a O. EXERCÍCIOS Solução 02 Todas as medidas são em relação a O. EXERCÍCIOS Solução 02 Carga Distribuída sobre Vigas CARGAS PONTUAIS DISTRIBUÍDAS EQUIVALENTES A UM SISTEMA DE CARGAS Relembrando o que já foi visto anteriormente, dizemos que dois sistemas de forças são equivalentes quando satisfazem simultaneamente dois quesitos: •Mesma força resultante •Para qualquer pólo adotado eles devem produzir um momento resultante equivalente. No caso de um sistema submetido a um carregamento distribuído, temos que este é equivalente a um sistema de carga pontual aplicada no centróide da área do perfil do carregamento cuja intensidade é numericamente igual referida área. Carga Distribuída sobre Vigas CARGAS PONTUAIS DISTRIBUÍDAS EQUIVALENTES A UM SISTEMA Sistema de cargas distribuídas Sistema de carga pontual equivalente DE CARGAS EXERCÍCIOS Exercício Resolvido 03 Determine o módulo e a localização da força resultante sobre a viga ilustrada. Solução: O módulo da força resultante é numericamente igual a área do perfil do carregamento distribuído, ou seja, a área do trapézio. Centróides deEXERCÍCIOS Superfícies Planas Exercício Resolvido 03 Determine o módulo e a localização da força resultante sobre a viga ilustrada. Solução: O módulo da força resultante é numericamente igual a área do perfil do carregamento distribuído, ou seja, a área do trapézio. A força resultante localiza-se no centróide da área do perfil do carregamento distribuído. Centróides deEXERCÍCIOS Superfícies Planas Centróides deEXERCÍCIOS Superfícies Planas Exercício Resolvido 04 Ainda de acordo com a questão anterior, determine as reações nos apoios. Solução: Determinado o sistema equivalente de carga pontual para o sistema equivalente de carga distribuída determinamos as reações nos apoios da mesma forma que resolvemos nas aulas anteriores. EXERCÍCIOS Exercício Proposto 01 Determine o módulo e a localização da força resultante sobre a viga ilustrada e as reações no apoio A. FACULDADE SANTO AGOSTINHO- FSA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS PLANAS Profª: Acilayne Freitas de Aquino MOMENTO DE INÉRCIA DEFINIÇÃO Momento de Inércia ou Momento de 2ª ordem é uma grandeza que mede a resistência que uma determinada área oferece quando solicitada ao giro em torno de um determinado eixo. Normalmente representamos pelas letras I e J. Profª: Acilayne Freitas MOMENTO DE INÉRCIA DEFINIÇÃO Seja uma figura plana qualquer, posicionada em relação a um par de eixos de referência. Define-se: dI dI 2 x y da y x da 2 onde da e um elemento de área da figura , x é a distância do elemento de área ao eixo y e y é a distância do elemento de área ao eixo x. Profª: Acilayne Freitas MOMENTO DE INÉRCIA DEFINIÇÃO Assim a resistência que a figura oferece ao giro em torno do eixo x é representada por Ix 2 y da e em torno do eixo y e representada por I y Unidades empregadas : m4, cm4, pol4, etc. Será adotada a unidade de m4 Profª: Acilayne Freitas 2 x da OBTENÇÃO DO MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMUNS Iy Iz z y 2 2 ds b 2 ds 0 h 0 y 2 z z h dz h 3 3 b dy b y 3 3 b Iy h b 3 0 h Iz 0 3 b h 3 3 Profª: Acilayne Freitas Momento de Inércia Considerações: -Apesar de ser usado um par de eixos de referência (X e Y), o cálculo do Momento de Inércia (Ieixo) é feito em relação a cada um deles separadamente, Podendo os eixos serem quaisquer ou baricêntricos (G). -À medida que o eixo de referência se afasta do baricentro da figura plana, o resultado do momento de inércia, em relação ao eixo de referência, aumenta. Profª: Acilayne Freitas TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS TEOREMA DE STEINER I I Ad 2 Profª: Acilayne Freitas Aplicação do Teorema Profª: Acilayne Freitas Momento de Inércia das figuras básicas Momento de Inércia das figuras básicas Exercício