K it& \ V / ü l l u s t r o ç à o Dcasíleíco JULHO NUMERO 27 ANNO XV DE 1937 MENSARIO EDITADO PEIA SOCIEDADE ANONYMA " O MALHO" DIRECTOR-GERENTE A N T O N I O A. DE S O U Z A E SILVA Administração e escriptorios: T r a v . do Ouvidor, 3 4 Redacção e officinas: R. Visconde de Itauna, 4 1 9 Telephones 2 3 - 4 4 2 2 e 2 2 - 8 0 7 3 End. Tel. O M A L H O - PREÇO D A S N O Caixa Postal 8 8 0 - RIO ASSIGNATURAS BRASIL N O EXTERIOR A N N O . . . 355000 A N N O ... 50$000 6 18$000 6 2ó$000 MEZES. SOB REGISTRO N U M E R O ME'ZES «SOB A V U L S O REGISTRO 3 S 0 0 0 r RASILEIRA m a n h a . . . SUMMAHK) DOS PKINCIFAES ASSUMPTOS DESTE NUMERO ESMOLA UM O A UM BAILADO LITTORAL AS VIDA Redacção ESTAÇÕES DE Dc DE MARMORE SANT'ANNA OLIVEIRA Poesia de O l e g á r i o Chronica de Celso Magalhães de Azeredo E COSTUME CARAJÁS BRASILEIRA NA Redacção PINTURA Chronica de Flexa SENTIMENTO PLÁSTICO mm Marianno ANGELI DOS n o i t e . . . DO Redacção A BÍBLIA E O C Y C L O S A G R A D O O Peixoto DO BRASIL Chronica de A l v a r o de las Casas CAMPO DIEGO de A f r â n i o NACIONAL QUATRO ALBERTO RICO Chronica Ribeiro Redacção ...eis o preceito tio novo T r a t a m e n t o de B e l l e z a Coty S IM, ORIGENS POÉTICAS DA VICTORIA REGIA m e n t o scientifico d e belleza C o t y . ARTES O de Osvaldo E ARTISTAS PROBLEMA LAUDELINO Orico Redacção DA S E C C A N O N O R D E S T E Chronica de Eusébio de O l i v e i r a FREIRE Redacção — a ultima creação do famoso perfumista NA DA VERTIGEM GAVEA Redacção DA V E L O C I D A D E Redacção pela p r a t i c a . H. DOUBLÉS Cavalleiro, Helmut E DESENHOS lsmailowitch | e Julieta de Luiz DE: Gonzaga, Não requer preparações c o m p l i c a d a s , n e m v ã s e p r o l o n g a d a s esperas entre rápido, porque feitamente Uma as varias phases do tratamento... é efficaz, e, a l é m disso, d e DEPOSITÁRIOS per- o seu deste novo n ã o i m p o r t a q u a l seja estado — os cuidados Si Carneiro exigidas para DEPOSITÁRIO EM S. PAULO a sua natu- Casa Fachada que hão de S ã o estes os a t t r i b u t o s d o n o v o t r a t a m e n t o d e belleza q u e C o t y entrega á sua a p p r o v a ç ã o . Perfumarias tratamento agora deseja conhecel-o em detalhes, solicite d e q u a l q u e r d a s casas a l a d o o elegante Almeida. folheto LE CHEMIN DE LA BEAUTE* PARIS - R I O COTY. DA PRÓXIMA EDIÇÃO UM VARÃO DA MOBILIÁRIOS-TAPEÇARIAS REPUBLICA Chronica DA ERA DAS BANDEIRAS de H é l i o A' HYDRO-ELECTRICAS Chronica de A f f o n s o AMADEU A AMARAL FAMÍLIA TELHADO de E. de A f f o n s o de NESTE MEZ, GRANDE VENDA DE S A L D O S E P R E S E N T E S Ú T E I S Taunay Leile Ceiso A ANDORINHA Chronica P E L O S M E N O R E S PREÇOS Lobo USINAS NA POLITICA Chronica de A u r e i i a n o Chronica DE DAS Adelmar S A VIDA NO BOJO DAS C A N Ô A S A ( I RN E S EGISTRADA MAPCA Tavares e s Redacção RIO Casa Hermanny das grandes vantagens nem NO Casa Cirio accessivel. d a r á sua pelle — reza, E' custo conserval-a em p e r m a n e n t e v i ç o e m o c i d a d e . TRSCHROMIAS, de Paris — é d u m a s i m p l i c i d a d e m a r a v i l h o s a . . . e, a o m e s m o está n o r e d u z i d o n u m e r o de preparações FLAGRANTES a S r a . ne- Esse n o v o t r a t a m e n t o t e m p o , d e u m a efficacia c o m p r o v a d a Chronica que cessita reservar, c a d a d i a , p a r a fazer o n o v o trata- Coty AS a p e n a s 20 m i n u t o s é o t e m p o - R U A D A C A R I O C A - 6 7 • D I O D E J A N E I R O BANCO DO B R A S I L TAXAS PARA AS CONTAS EM DEPOSITOS €0111 j u r o » (sem limite) 3Ä°/o a. a. • • Deposito inicial lis. 1:000$000. Retiradas livres. São rendem juros os saldos inferiores a esta ultima quantia, nem a* contas liquidadas antes de decorridos 60 dias da data da abertura. P o p u l a r e s (limite de Rs. 10:000$000) AXXO Dia 3o/0 a. a. 3% Deposito minimo lis. a. a. l:000$00i) De aviso 3 % a. a. Aviso prévio de 8 dias para retirada até 10:000$000, de 15 dias até SO.OOOSOOO, de 20 dias até 30:000$000 e de 30 dias vara mais de 30:000$000. Deposito inicial Iis. l:000$000. L e t r a s a premio - (Sello proporcional) Condições idênticas aos Depositos O Banco do B r a s i l faz a Prazo todas fixo. as I" (Segunda-feira} Dia 2 — O Dia 3 — 3 1/2 o/0 a. a. 4 o/0 «. a. de 9 a 11 mezes de 12 mezes operações bancarias : Descontos, Empréstimos ein Conta Corrente Garantida. Cobranças, Transferencias de Fundos, etc. Na Capital Federal,, além da Agencia Central si Rua l.° d«» Março, 6G: estilo em pleno funeclonamento as seguintes Agencias Metropolitanas que fazem, também, todas as operações a c i m a enumeradas: Gloria — Largo do Machado - Edifício Rosa M a d u r e i r a — Rua Carvalho de Souza N. 299 P . B a n d e i r a — Rua do Mattoso n. 12 serviço 'iiulo O Muitos dependendo de um Historico a seu para o dia ioçia Directoria de Obras Dia 5 — h* posta em cortas e registrado;. D; a 6 — E' da irùnsferidos Dia 7 — E' Dr. os Geographico serviços Dia 8 — O á de a de Dr. passa a ser S. Paulo José illuminação distribuição Impronsa o feito publica Int. da e o meteoro- Industria. de jornaes, Telegraphico", sobre a Télégraphia ao museu da confere Calmon. domiciliaria "Almanach que traz nova. de Guerra um canhão de bronze marechal Mallet solicita do Min. da Viação ligação telephonica Dia 9 — O phonica do S. Paulo para estabelecimento Dia 10 — Gomes • Dia I I Governo A Casa Vieira assigna de uma Machado contracto linha com a Cia. ligando Santos a São lança a valsa "Graciosa", — A Custodio E* enfiado á o Presidente imprensa da o chionolog. da Leqisl. da Marinha", de João Republica. Io do vol. de "Compilação I o tenente J. M . alphab. o Monteiro. Dia 13 — Teíegramma de Aracajú annuncia o naufragio do brigue que era commandado te 15 — inajg. 16 — pelo Apoiio, escreva", Constituição Dia Vicente. Camara nomeia commissão para estudar a denuncia do almir. de Mello contra Dia 12 — Dia Te!o- Junior. cap. Nicolau prosegue musica o de F. do Congresso do Duarte, de S. "Pirajá", Possolo. successo da Rio revista de Souza Carvalho e Faulo, para Bastos, Filgueiras. tratar da revisão da Estado. O heróo do dia é Santos Dumont, que conseguiu, no seu dirigive', contornar a torre Di* O 17 — Eiffel, eng. 8. em Paris. Machado Coelho de Castro propõe linhas de electricos entre Cascatinha e A l t o da Serra, Dia 18 — Acha-se exposto no "Bric-á-Brac" figurando a nossa Marinha na Independencia. Dia 19 — Realisam-se os tuneraes do um a constr. do ( Petropolis). quadro marechal Tude de De Neiva, Martir.o que fez o Humaytá. Faiiece o general Claudio Savaget, 1845. O feretro soo da rua 28 de Setembro que nasceu nesta (V. Isabel). cidade, Dia 21 — No saião do Club de Xadrez de Nictheroy, o Conde de Affonso Celso faz importante Dia 22 — S. Lobo conferencia & Cia. no porto de A sobre Fagundes estabelecem a Dia 24 — imprensa de lucta Pela i" do gravação O Pará Casa valsa, extrahida Dia 27 — Os noticia (S. logar pelos descarga de dos vapores da Cia. do inaugurada O Sr. a Parque o contrabando Fluminense uma exhibição Kentys. na Imprensa de a "Histoire pantomima Nacional Regional de d'un Mario solicitam cujo capital é de Exposição réis, Bernardelli. vitrine Neves da Pensões, E' evitar em Aricary. e desenho põe Sellarmino da para recebe um modelo das moedas de 200 Paris, operários que no irmãos Bevilacqua por oa Caixa Dia 28 — tem Min. da Fazenda de Tersant, Dia 26 — A reforma vez, romana, feita Dio 25 — Varella. Paranaguá. do ouro, será creado um porto militar J Basti'hô do forte de S. João com a Secretaria da Guerra. Dia 23 — NU da no qual se vó a effigie de Luiz X I V . Costeira . da Tomada Publicas para a Directoria F. Bhering recolhido e execução distribuído um artigo do em da educaçio de seus filhos ? Certamente o Sr. n i o se re cusará a conhecer — sem com promisso — o meio com modo e adequado de poder premer var. desde j á . o futuro de sua familia. Si é assim, faça uso do coupon abaixo Isto n i o lhe traz despesa nem respon sabitidade alguma Apenas o orientará na s o l u ç l o deste importantíssimo problema »» Jardim. socio correspondente São Dia 20 — O » P.. G. dos Correios. Dia 4 — cerco de c*U» m Transfere-se de carimbação das correspondências de honorário Talvez A* S U L A M E R I C A — Instituto Dia 14 —• N o Sc j á considerou como t parecida com a dos alpinista t a sua situação de chefe de família ? De sua scgurançA. pode-te dírer. depende a segurança de tua esposA e de seus filhos no futuro Agora o Sc c t t i forte, cheio de saúde e vigor . . Trabalha, ganha, gas ta. divrrte-ae . N a d a deixa faltar á sua f a m i l i a . . M a s que succederá n o dia cm que sc acabar casa calma e a esposa nüo puder ma rs contar com o seu d e s v e l o e com os p r o v e n t o s de seu traba l h o ? Será poasivcl incumbir ae ella sozinha do sustento e % 1901 r.a Saia do Sello, da 21/2 o/o a. a. de 6 a 8 mezc< DE a manifestação em memoria de Silva Deposito inicial Iis. 200S000. Depo si tos subsequentes mínimos lis. ÍOOSOOO. Retiradas minimas lis. ò0$000. Demais condições idênticas aos Depositos Populares.Cheques sellados. Prazo fixo de 3 a 5 mezes "• " S 1/2 o/0 a. a. Denosito inicial lis. ÍOOSOOO. Deposito* subsequentes mínimos lis. ôOÍOOO. Retiradas mínimas lts. 20$000. Não rendem juros os saldos: a) inferiores a lis. õoSOOO; b) excedentes ao limite, e c) encerrado* antes de decorridos 60 dias da data de abertura. Os cheques dexta conta estão izentos de sello desde que o saldo não ultrapasse o limite estabelecido. Limitados (limite de Rs. 20:000$0G0) • da pierrot", Costa. Camara a 350:000$000. de Agricultura de Iguapé Paulo). FIRME Qu+irmm remeiter-me grati*. e Mm compro mi»»nt um folheto »obre Seguro dm hd+ 5-NNMN- Dia 29 — C o m p a n h i a N a c i o n a l de Seguros de Vida de Sá. celebre por seus coletes lê seu projecto elevando a 21 o numero de membros do Conselho Dia 30 — Sul America Heredia de Sahe á iuz o Nascimento Dia 31 — rtdactor n.° do "Correio da Semana", sob Camara Municipal. a direcção Feiiosa. Encontra-se do l.° na ' Diário no de Rio o Noticias" estrada de ferro de Alcobaça. jornalista do Parsondas do Carvalho, Pará e ao qual se deve a idéa exda A CREAÇAO DO TELEGRAPHO NO BRASIL A idca de o ministro da Justiça. Eusébio d c Queiroz M a t l o s o C amara, esforçar-se por dotar o R i o d c Janeiro dc communicaçõcs telegraphicas nasceu-lhe q u a n d o viu que as ordens emanadas dc seu Ministério para pontos longínquos levavam muito tempo a ser transmittidas. S. h x . incumbiu a magna tarefa ao professor d c Physica da Polytechnica, Dr. G u i l h e r m e C a p a n e m a , descendente de uma distineta familia ausiriaca. os S c h u c h . — Estou resolvido disse-lhe o Ministro — a conceder-lhe tudo q u e precisar, com- tanto que faça u m a realidade o estabelecimento d o I elegrapho no Rio! Sc assim disse, assim fez. A s primeiras iinhas foram postas, aproveitando-se o concurso de sentenciados d a Casa da Correcção. Eram subterrâneas c ligavam o paço dc São Christovão ao Q u a r t e l General, onde. hoje. se vê o Ministério d a ( «uerra. O I)r. Capanema nomeou para seus auxiliares os acadêmicos de Engenharia Bento José Ribeiro Sobragy, Ernesto G o m e s Moreira M a i a . José J o a q u i m de Oliveira. A inauguração realfsou-se a lelegra.mvnas cnire ( opanema. Em e I). Pedro presentes no 1858. contavainos 360 melros. II 11 de M a i o de e o Ministro Quartel General 14 postos e a Achavam-se ein 1852. consistindo na Eusébio de áqucllc e o professor instante. extensão das íunccionamenlo Qucfroz troca de 16 linhas era dte H apparelhos. Brcguet 8 kilomelros e 8 Stohrer. N o a i m o seguinte, a extensão das linhas era de 64 Icil. e 982 metros. De 18 d c M a r ç o de 1860 a 16 de M a r ç o de expedidos loi de 5 . 9 7 6 e o de palavras de 1871. o numero de lelegrammas 218.348. A s despesas feitas com o Telegrapho. dc sua installação ate 30 dfc dezembro 1871. foram orçadas em 138:863S372. Mensalmente, os serviços de telegraphicos custavam, no Rio. a pequena somina de 600S000. O s Estados que possuíram primeiro estações telegraphicas foram ( cará. Pernambuco. Bahia e Santa Antes de Maranhão. Calharina. 1848. possuíamos postos de telegrapho semaphorico. q u e estavam lados em C a b o t^iio. em Itaipú. Ponta CA SA RECEBEU DANIEL OBJECTOS de 4lte NA Exmros EXPOSIÇÃO NSLHVT INTERNACIONAL de 'Pcvus m7 instal- Negra, nos morros d o Castello e da Ba- byionict e na fortaleza de \ illcgaignon. ONDE O REPOUSAM famoso AS bandeirante, desapparecimento do CINZAS desde q u e fidalgo DE ficou luso D. BORBA provada Rodrigo GATO a sua de innocencia Castello no Branco, caso do foi no- e C A S A D A N IE L meado tesentc-gcncral d o M a t t o , lixou sua restacncia definitiva n u m povoado, q u e elle mesmo f u n d o u , o dc S a n t A n n a d o R i o das V e l h a s . depois d c ter conseguido, em J u l h o de Elie se findou. 6 annos 1711. elevar Sabará á villa. e contava a edade de 90 annos. Seus restos mortaes acham-se n u m a capelía de S a n t A n n a . ao lado da qual pode cova rasa, na ver-se um velho pendente de uma armação de madeira, sino esse fundido, cm nave sino d c da bronze, 1751. em Sabará. Borba G a l o prefeiiu fechar para sempre os olhos sob o céu esplcndentc de M i n a s , não se importando que os únicos seres, q u e estimava no m u n d o , se fossem abençoada terra para além-Atlantico. deixando-o só com seus queridos desta c fieis sei vico las. 0 COMMLRCIO DE MUSICA NO BRASIL Este anno. festejamos o centenário da chegada, ao R i o de Janeiro, d o sr. Pierro G u i g u o n . negocicinte francez q u e a q u i fundou pianos. O seu estabelecimento abriu-se. em a primeira c mais celebre casa 1849. á rua d c S ã o José. n.° 6 0 . dc Era uma fabrica d c oigãos. harmoniuns e pianos Pleyel. oblíquos. G u i g u o n gosava da protecção do Imperador, q u e o fez nomear organista que exerceu de 3 de março dc 1855 até da C a p e l l a Imperial, 1862. data d o seu trespasse. O s cargo succes- sores do esforçado musico foram a viuva e o seu filho Frédéric. q u e o substituiu nas funcçócs dc organista na Capella Imperial. Irédcric. em 1877. transferiu a sua casa para a rua dos O u r i v e s n.° 9 . Neste prédio, fabricou um orgão d c enormes proporções, que. em em São P a u l o . Auguste, A o 1920. ainda se encontrava no C o n v e n t o Santa Morreu em setembro de pioceder-se, em gnon teve de ser trasladada 1901, passando o seu negocio ao filho 1904, á abertura da A v e n i d a ( entrai, a casa (»ui- para a rua Sete do Setembro entrou para a firma o Sr. Carlos Nascimento, para o progresso d o negocios. em n.° 141. Em brasileiro, q u e bastante nosso primeiro estabelecimento 1909. passou I hereza. a casa a A n t o n i o dc musica. Moreira Castro 1907, concorreu Retirando-se Lima. que. dos pouco depois, se m u d o u para o n.° 106 da mesma rua. OS VINHOS PORTUGUEZES NO BRASIL 1'endosc cin conta a nossa p o p u l a ç ã o , ha 36 annos. era considerável a nossa importação dc vinhos 1.928.569.53 portuguezes. litros, tendo Ein 1900. diminuído de no mez de j u n h o , 555.155.51 C o m o era natural, o Brasil, o que se verifica ainda litros, no foi estimada anno em immediato. agora, occupava o primeiro logar na qualidade de consumidor dos vinhos de Portugal. Para confronto, servem estes algarismos, litros; Bélgica. referentes 21.713.14: ao mez Chile. de maio 6.034,38; de 1901: China. Allemanha. 720; 151.146.49 Confederação platina. 5.3S8.70; Dinamarca. 9 1 . 0 9 3 . 4 4 ; Estados U n i d os, 11.521.42; 1'rança. 4 6 . 1 2 4 . 0 2 ; 1 Icspanha. 153; cias portuguezas I lollanda. (Africa). Suécia c Noruega, 108. 103,8; 99.715; 169.057,86; Inglaterra, Prov. port. L ruguay, 1.695,899; (Asia), 13.842. 740; Quer Italia, 101; Rússia, dizer q u e 112.850.5; a irmã ultramarina exportou 4 . 7 8 8 . 9 1 8 . 3 litros, n o valor de 5 9 5 ; 1 3 6 S 0 0 0 . de Provín- Republica Em 1901, o total acima auginentou. bastando dizer q u e só o nosso paiz Maio mandou vir 2 . 2 5 5 . 8 5 4 . 4 9 litros, mais 9 7 . 0 8 9 . 1 9 litros q u e em egual data d o a n n o anterior. Nossa importação dc vinhos do Porto, em março de 1901. orçou por 897.238 litros. Devemos encerrar estas linhas citando o nome d o saudoso almirante José de Carvalho, que. como alto funccionario d o Ministério da Agricultura, em Carlos 1901. concorreu para a viticultura nacional, pedindo a protecção d o G o v e r n o para os vinhos de Minas, onde, então, se iniciava a industria vinhateira. á CIA. DE MINERAÇÃO C A R V à O DO BARRO BRANCO E CIA. BRASILEIRA CARBONÍFERA Aspectos feros dos vostos situodos Estado extrohido neração de em Santo o Louro sul de do Cio. do Barro Carbonífero corboni- Müller, Catharina, producçoo Carvão Cio. Brasileira fundoções Bronco de onde do é de Mi- e da Aroranguá. DE ARARANGUÁ O// usíra ça o B r a s i l ei ca r E D I Ç Ã O V» \ u \ V * \ S - <> 1 tí fj D A S O C I E D A D E A N O N Y M A " O M A L H O " o O 4 É necessário, hoje, ter imensa coragem, quasi outros a serem também ser cínico e desfaçado, para louvar, desassom- benemeritos, em vez de bradamente, a um homem r i c o . . . E rem ser todos os homens; Ricos que- entretanto, todos a quem deu ? \ i Deu benemeritos. um... á Humanidade.^. parte espontânea é igual á provocada. A Quis lhes negamos quaisquer méritos, como o pró- acabar com tres flagelos endemicos e epidêmi- prio doce Jesus lhes negou o reino do c é u . . . cos, assoladores — Louvar, entretanto, os bons ricos, devera ser a m a r e l a . . . Esta, que aqui estava na America, justiça, vai em bom caminho; resta a Africa. A s outras ao menos para incitar os outros ricos a serem duas, asiaticas, não seriam vencíveis, por me- bons r i c o s . . . dicos europeus função social benemerita, se não f o r ou a peste, a cólera, a febre americanos. Bom Instituiu, na China e na India, duas universi- americano, fez, como todos, a business, e ven- dades, para formarem medicos, principalmente ceu, e chegou a ser o homem mais rico do autoctonos, com os quaes trabalharia a " R o - mundo. Porque até ahi, só fez negocios, atraiu ckefeller Foundation", a critica. Exatamente quando começou a apli- ropeus car sua imensa riqueza ao bem publico, caiu- país. lhe o raio, inevitável, sobre a c a b e ç a . . . Insti- indo-chinos, começa a extinção da peste e da tuirá cólera, como se luta aqui, e na Africa contra John David a Rockefeller Rockefeller foi um destes. e Foundation" para ela, a consideração legal de de interesse publico. O Senado pedira, instituição Americano teriam a prevenção E agora, a febre pois americanos ou eudos com medicos naturais indús, do chinos e amarela... Não só o que é deste m u n d o . . . O espiritual achou de n e g a r - l h ' o . . . Foi preciso insistir, pa- também... arqueológicas, biblio- ra poder dar o seu d i n h e i r o . . . poder dá-lo, ao tecas, escolas, ginásios, universidades, igrejas, Povo... museus, » excavações play-grounds, jardins, sciencia pura, O que ele deu até a sua morte, como adianta- publicações... mento, foi cerca de 2 bilhões de dólares ou bem, e até ao c é u . . . Este homem rico fez da 30 milhões de contos, isto é, dez vezes a re- sua riqueza o mais belo, nobre e bom empre- ceita de um grande país como o B r a s i l . . . go E ha o que, após a sua morte, ficou de dar, com assentimento de filho e netos, outro que com que a saúde se alça ao já teve imenso cabedal reunido iia burra de um milionário. Esse homem deu aos tanto... ricos o mais invejável dos m o d e l o s . . . Que os E deu como ? Da maneira mais inteligente que ricos não o imitem, é certo; mas que os pobres é possível... Fazendo d a r . . . Rockefeller cons- não o louvem, é ingratidão e i n d i g n i d a d e . . . truía uma universidade, um hospital, dessecava Nós um pântano, extinguia uma e n d e m i a . . . a quem mente, nossa gratidão a J . D. Rockefeller. lh'o pedisse, contanto que o pedinte assumisse campanha a responsabilidade de 50 % da d e s p e s a . . . A gente e ensinou, por todo o Brasil que, com França a erva de Santa Maria não se sofre ou se mor- desejou reconstruir Catedral de Brasileiros devemos contra confessar, ancilostomíase corajosa- curou A muita R e i m s : Rockefeller deu-lhe metade dos gastos. re de opilação. A Os jardins de Versailles careciam de imensos amarela colabora, com o nosso governo, a ex reparos, de vinte milhões de francos... Rocke- tinguir o flagelo, do t e r r i t o r i o nacional. Já se- feller contribuiu com 50 % ria bastante, mas ha mais. A desses milhões... campanha contra a febre mais bela, e a Isto, obras por todo o mundo. Escolas e uni- modelar, das nossas Faculdades de Medicina, versidades a de São Paulo, 50 % , de meios e organiza- e hospitaes, em toda a Europa, Asia, America. Endemias e epidemias na A f r i - ção, f o i ca, Asia, Oceania, America, e mesmo Europa. o padrão. E foi Porque apenas metade ? Para forçar os inte- mitiu. . . ressados a outra m e t a d e . . . Para não ser ex- Como plorado pelos exploradores, públicos e priva- quem nos fez tanto bem ? Bemdita seja ! Sei dos. Para que o dinheiro rendesse, á bondade que represento a dignidade do meu País, re- de seu emprego. Não era parcimônia só dar conhecendo aqui, e de publico, o bem que nos 50 % aqui, se ali iam os outros 50 % . . . Ma- fez, e nos faz, J . D. Rockefeller, pela "Rocke- neira americana de dar, forçando os outros a feller Foundation", instituição de beneficencia universal, que já pertence á H i s t o r i a . . . darem. N o fim, a dadiva é dupla. Forçar os "Rockefeller Foundation"... Foi, e ó Rockefeller quem no-lo per- t não sermos gratos á memória m iZ*' U ltimamente, entre nós, se vem desenvolvendo animadoramente o gosto pelas artes nacionaes. A musica brasileira ó cultivada e estylizada no pai/ e propagada no exterior. Revivem-se, tradições populares nas festas da alta socieda cie. Apresentam-se authenticas macumbas no radio e nos theatros. Il a choreographia nacional começa a lornar-sc objecto de atlenção dos proprios educadores, k m varias escolas do Rio, ensinam-se o rythmo, os passos e as attitudes dos mais encantadores bailados ly picos. Nestes flagrantes temos uma pequena amostra pnotographica que basta para dar-nos uma idéa da originalidade e o pittoresco de um desses bailados N a Bahia tem, côco de vintém., — dansa typica das nossas Lahianas, representada por alumnas da Lscola I Iondiiras, de u m mouo encantador. Uma o clas pequenas "torço das physionomia aos bailarinas, haitianas Ião trajes bem typicos com c cuja se adapta do bailado. I Na Escola Honduras, em répaguá, como em tras das nossas escolas, nado o bailado verdadeira joia po de meninas, das "Na nossas Bahia faca- muitas ou- é ensi- typico. I Ima representa o gru- executando dansas uma nacionaes: tem, coco c/c vintém Depois phica, da exhibição as meninas flagrantes I ijuca, gnifica praia paisagem, A foi divertem-se. foram ra da choreogra- tomados na aproveitando e como dansa delicados. agrada vel, Bar- a ma- maravilhosa moldura. primitiva adaptada movimentos a (Js e das bahianas cultivada. Seus tornaram-se mais sua ficando melodia mais cncantadora. A Da Ii V A Academia K O I> £ Nacional li A S de Bellas C Artes A S A S de Madrid BRASIL dia rompe luminoso ao oriente e ao occidente: á pôpa de norte do navio uma leve claridade rosada annuncia que o sol O está acabando de banhar-se, e á prôa uma gracil linha ondas encrespam-se comi) no (lia de Isushima, e na symphonia habitual indecisa antecipa a grande promessa brasileira. A s gaivotas faz-se o andante majestoso das trompas. O littoral quer assustar-nos com vôam acirna um alto promonlorio desnudo, de nossos mastros, cm solemnes círculos litúrgicos. Rescendem plantas extranhas. de aromas nunca presentidos, e o céu comprime-se contra nossas frontes em largos beijos, que não nos daria nunca. O littoral desenha-se um pouco melhor e deixa perceber suas cores mais fortes, branco e verde, como a fita que tremula na lança, do cavalleiro da lenda. O mar, limpido e claro, convida a passeios de pés descalços, como os dos santos que andaram sobre as ondas. Adivinham-se gemidos de violões, cadencias de samba e olhares densos, desses em que parece que os olhos se põem entre os dentes a sul, corno oceano tornou-se levada pelos esquivo, Sagres aos enamorados que como o mar como vêm cyclopes do á conquista equatorial. dos grandes combates; as quando Europa sahe a gritar cm Mediterrâneo. Passamos ao largo de Cabo-Frio. Pez-se noite; o mar. calmo, mais parece o Lethcs latino que enfeitiçava de esquecimentos, e pesa sobre o navio o silencio da eternidade. Q u a n d o Deus descansou, depois de fazer o mundo, a Natureza deve ter ficado quieta do romance; em assim. V o u cada contando estrellas, imitando conste!!ação quero o amante ler um anagramma. A lua. como as namoradas, atira-me uma fita que vac a caminho de Santiago; como si fossem bagos de uvas. talvez por Já se distinguem todos os detalhes pela divina amurada de Recife. Alta e branca, como a vela de uma nau, a calhedral de O l i n d a se adeanta, navegando numa tempestade de verdores, e em frente a cidade radiante 1 si escrevo nella minha quero voltar. O ancia de regresso. N ã o , não, não Brasil chama-me com um rumor de cânticos, fazendo berço com os braços abertos, convidando-me a deitar em seu collo todas as minhas melancolias infinitas. — todas as casas espaçadas, como si acabassem de cahir das mãos de Deus. J á se vê a clansa luxuriosa dos coqueiros e o verde intenso e Descubro no céu uma estrelia maior e mais brilhante que todas as outras, carnoso das bananeiras offerecendo esconderijos tentadores. Já se percebem os mocambos, tantos, tão pequenitos e tão brancos; dir-se-ia anões num bailado de Grieg. Tudo é alegre e effusivo nessa minha amadissima cidade de Recile, onde góso as primeiras Iructas, os primeiros abraços e as primeiras ven- .ouço não sei que tadas palavras — 6 o Christo de do entrecorboas-vindas Corcovado... turas do Brasil. Bem sei que não é verdade, mas tenho a impressão de que estou numa cidade de conchas, dessas que os meninos constroem nas praias quando têm sua primeira illusão de amor; uma cidade acabada de fazer-se no O mesmo dia dos t esponsaes da Terra e da A g u a . littoral. baixo e intensamente colorido, se delinêa e dilata nas novas jornadas; agora é cinzenta, opaca, e se levanta qual uma serra de montes angulosos; no sol allucinante reflecte, ás vezes, como um grande escudo de aço, e, outras, retrahe-se numa neblina feerica, como a poeira do ouro. V e m da terra um forte cheiro, que ennerva c transfigura. Na nova alvorada, os magos dispõem outro novo milagre: pintaram, no céu que principia a clarear, outra bandeira de gigantes como aquella do littoral de 1 leligoland — uma bandeira que tem uma franja de prata, outra de ouro e, no meio, a noite. E ' a Bahia, escada que nos leva ao céu. N o primeiro plano, o areal dourado e a sépia dos armazéns, no segundo um confuso arvoredo escuro onde os olhos se prendem, sedentos por abysmos e, no terceiro, o casario colonial, manchado, por vezes, de ruinas, tal a face da lua. A ampla bandeira bahiana flammeja mm JJ .. .que estamos Guanabara dados cheios de de na — inunluz e prazer... uma estrella que guia como a dos pastores de Bethlem. Será um pharol? da mão, imponente, Não. não; é uma estrella... ou a lua que. com inveja de meu gozo, e se somem, como ao sopro de um sortilégio, montes elevados e calvos se distingue. Neste momento, nota-se que o astro tem que parecem sorver-nos com seu alento. Agora, a teria vomita uma praqa foge, e já mal pontas, não cinco, como as estreitas que geographia, mas quatro, como Outro milagre, sim, outro as que milagre: a os icebergs polares, marcham, esmagadores, tratados de de vagalumes luminosos, que trepam ardorosos pelas ladeiras de S a n U os mantos das fadas. I heresa. Agora, os bailarinos pulam, uns em cima dos outros, e formam estrella traça uma ligura altíssimos cnstellos de luz no portico allucinante da Cinelandia.Já es- apparecem adornam agora como nos humana, e parece que distingo o fulgor dos seus olhos c que ouço não tamos sei que entrecortadas palavras de bons-vindas — é o Christo do Corcovado. arrebata-nos, como O bailar também navio avança. Brasil, como o Deus dos mundos, do seu throno de na apotheose a do bailado: correr em uma sombra toma-nos pelas mãos e zig-zag, daqui para ali, fazendo-nos corn agilidade mercuriana, entre racimos de bailadores. os melhores que cantam cm côro hymnos ao amor e á eternidade. — Contornamos deliciosas, e as iihas. A bombordo e a estibordo ouvem-se as choraes, grandiosamente inicia-se a dansa mais grandiosa que pode conceber a imaginação dos polyphonicas, e distingue-se a côr de cada voz que canta num reverbero homens: um bando de meninas impúberes revoluteia num grande riso de allucinação. O mar tremeluz, esmaltado de pés de ouro, que picotam, clamoroso, e logo mármore e ouro, ordena bailarinos da que venham corte, para a offerecer-nos desapparece Ipanema; de repente, pela nosso encontro suas devorado artes mais pelos praia de com beijos nervosos, sobre a superfície límpida de jades e amethystas. surgem milhares de Achamos-nos dentro de uma grande opala, e vamos adormecendo faunos, orla de Copacabana, na no moças de nacar, presas pelas mãos, todas cm fila, executando passos de resfolego voluptuoso e fatigado de uma immensa floresta virgem; zumbem conlradansa, que flautistas escondidos acompanham do alto dos morros; a súbito, qual um atum gigantesco, vez um penhasco enonne que fica no amphithealro de e desapparece, bailam e bem a nosso lado, cousas nunca vistas e, de repente, lobrigamos que não se sabe onde; agora, immovel, que tudo guarda a quieta altitude dos melhores rythmos guerreiros, verdadeiras que toda a creação parou mergulhado Botafogo, legiões de donzeis desnudos, salta nossos ouvidos divinas promessas, nossos olhos vêem pela primeira em derredor, mesmo ao alcance em extase, que tudo ficou momentos, estamos na Guanabara — inundados de luz c cheios de prazer sereno. r U m dos trechos do Rio cuja physionomia apreseni i mais profundas alterações, no decorrer destes últimos 30 annos, é o Largo da Carioca. Por ali ficavam umas dezenas de velhos prédios que pareciam carregar nas escuras paredes a memoria de todos os annos do Império, senão dos últimos do Brasil colonia. Eram umas pequenas casas acaçapadas, tão baixas que a gente tinha a impressão de poder tocar-lhes o tecto com a mão. A pequena praça, onde não existiam ainda os frondosos oirizeiros, que todas as tardinhas e todas as madrugadas se enchem de pardaes bulnentos, estava cheia de kiosques. Nas immediações paravam sempre pequenos grupos que matavam o tempo em parolagens ociosas, no meio das ruas ou das calçadas. Não havia ainda — boa época ! — o terror dos automoveis assassinos. H o j e , o Largo da Carioca é um dos pedaços mais movimentados do Rio de Janeiro. Durante o dia inteiro, um formigueiro humano se espraia aii, em todas as direcções, emquanto o barulho das businas dos automoveis e o rangido das ferragens dos bondes que contornam a Galeria Cruzeiro deixam a gente tonta. Ninguém pensa em parar um instante sob a sombra bem convidativa das arvores, nem se demora a olhar como o progresso vae demolindo, um a um, todos os velhos edificios e plantando outros novos, altos, limpos, cujas paredes de cimento faíscam ao sol claro das manhãs. A s duas photographias que enfeitam esta pagina apresentam o mesmo ponto do Largo da Carioca em duas épocas differentes. O aspecto moderno é de agora. Foi tirado manhã cedo, quando o commercio ainda está fechado e o movimento ainda não principiou. O aspecto antigo tem trinta annos. A h i onde se viam os velhos prédios, ergue-se hoje o H o t e ! Avenida. uaft(r €étaçò€è~ de nUaJimaie l> o C A M P O S A N T' I) E A N N A A s vezes, além dos sujeitos que vão dar migalhas aos cysnes. aos pavões e ás cotias, e além dos que vão ruminar tristezas e recordações nos bancos sol) as arvores, apparecem no C a m p o de Santanna curiosos que olham com interesse a poesia do Nolho parque, dispersa entre as obras dos homens e as da Natureza — frondes sussurrantes, aguas claras, pontes rústicas, repuxos, canteiros* floridos; ilhotas verdes, estatuas. Sim, as velhas estatuas do C a m p o de Santanna atlrahem. ás vezes, a attenção dos que se perdem á sombra das grandes arvores do Parque, pelo prazer de sentir o hálito fresco da terra húmida, da agua dos canaes e da vegetação tranquilla. A s creanças, certamente, não reparam nos seus olhos vagos, nem nos seus corpos brancos, sobre que se espalham, aqui e ali, pequenas manchas verdes que o tempo e a humidade juntos formaram. Mas os adultos hão perdem nada em contemplar .Kiuellas'formas serenas, em que a graça e a lorça se harmonizam. Pôde estranhar que o O u t o m n o se apresente na figura de uma mulher tocada da belleza de uma vigorosa maturidade, h que o Inverno se mostre tão enregelado sob esse suave clima dos tropicos, sem neves e sem geadas. Mas levará na retina, para a luta da vida e o indicio das ruas, a visão daquelles symboIos brancos que se acolhem á protecção das frondes perennemente veidcs — as quatro estações de mármore do C a m p o de Santanna. (kOâMJux Não, nào morreste, mestre Alberto de Oliveira ! Ouço-te ainda a voz de ritmados acentos, Ora no perpassar desenfreado dos ventos« Ora no turbilhão das aguas em cachoeira. Vejo-te o vulto erecto e firme de palmeira A fronde desfraldada aos largos firmamentos, E em teus poemas escuto os humanos lamentos, O rugir das paixões no espasmo da cegueira. Em cada arbusto, em cada fonte, em cada ser Ficou, por tua ausência uma sombra de magua Que lá dos altos céus tu não consegues ver. E nas noites de luar, quando é mais triste o luar, O Paraíba estende os longos braços de agua Para as margens, num chôro triste, a te chamar. • & s, v/v / / ! / / « m rrJtti l (m&J. s? l; i•!j 0i r mmm ! *V, V" mm M mm mi ! Ht V » k i « t \ y i\Ï E te chama baixinho a cancella da estrada E o fio dagua, entre begónias na floresta, Pergunta onde andarás ás abelhas que em festa Tecem poemas de mel na colmeia doirada. 1 1 M V m O cavalheiro quando passa em disparada Diz o teu nome ao vento e o vento á serra. E nesta Velha paineira aberta em flores, inda resta Chuva de pólen dos teus versos na ramada. Festa de asas, cantar de passaros. •. Rumor De insétos... Anda no ar transparente ligeira A primavera clarinando em teu louvor. E a casa que foi tua e hoje é casa de Deus, Pelos braços da velha e esgalhada mangueira Manda-te ao pôr do sol, o seu ultimo adeus. i f cv, „ 1 // V,' m •m O l i R <« A R I O (la A c a d e m i a M A K I A W O ltra*il<>ira T í w À •5L fR- M C a r l o * .11 a lli à r s de A z e r e d o á## r. .. J J j l *rtÍL'Jmnf..l D a Academia Brasileira de Letras • K ' 7 TTcíífl^v* * sa® I TvTao sei para quantos leitores ilustre nu Itália e em ' uma rcminiccncia: a ma vasta c bem pouco a pouco. Cumpre, entre da Ilustração Brasileira difusão, q u e alemães, aqueles e. sõbre que os leva tudo, Oste significado, dos escritores italianos ainda proporcionada tanto, F i S C R I P T O K toda a Europa» terá u m fama dos escritores inglezes» M não nome. despertara tem a aos confins d a francezes. conhecem, e Mas podem F I D A L G O mes- terra n isso virá. fazel-os co- nhecer. a obrigação d e lhes pòr cm relevo os méritos, q u a n d o se trata homens como Diego Angcli, que pela nobreza caraler mesmo da sua obra. n ã o devem ligente. culta, publico brasileiro. Em c curiosa Diego A n g c l i , do acabo belo. de lia com maior gôso espiritual, um seu talento, ficar ignorados d e u m a como perder, do a que além de se destaca um dos de e pelo elite inte- no meio do que eu escritores amigo caro. de longos a n n o s ; por ? que as minhas afetuosas relações com êle d a t a v a m d o c o m ê ç o deste século — de um período feliz, pleno esplendor da hoje evocado mocidade, o encontrava, em todos os mais seletos ambientes dição seu vasta, profunda, sentimento mas cxquisilo uin dos recursos mais Cidade Diego bem de saudosamente, da arnavel. c da pouco qual. menos cultura imune de da minha um cm toscano, toda alma Florença, humanística, não completara Roma. dc e antiga tendo vinte annos. desde familia nas Trazia jovens poelas. que» capitaneados já veias na a no aureolada culto academias museus, no género dos d a dc douta Napoleão Capatnoslle, da sóbria garden-party» ou Costanzi ou era de numa um entre pasta muitos Independente, d Annunzio. conferências, Lovatelli Angeli. alto. gôsto. num de de baile conde ou possua tomava esciitor deccn- corridas belo. com do o seu Soubera das a banquete, naturalmente fortuna pessoal, dos do então, tinha de sua problemas olício — com a de frequência capitais das da jornalista dupla sua de perceberá dia. q u e o a própria desvio, Jornalista, assim, gósto por dc sel-o. o signo fora identidade sua visão ofício, poeta, de a de do inventado, clara vida Gabriele apenas as vezes são todos seus. Longe, sem dilacerante dúvida, a e c sincera c jor- cTAnnunzio: um então adaptado quem resultado» melodia, estão, que naquele Essa livre, em quanto cousas. quando quanto com belo saudosa mocidade. para sempre, emoção, Acrecc arte. o q u e foi realmente belo u m e. q u a n t o a aqueles versos que era tempo tão que um mim. me dominante aquêle lhe foi um seus para a sentil-o» sumário sociedade elegante século X I X Vanni, dc ainda encantaram luminoso, alguns, evocada» com ventura, confronto entre o q u e c galante da c aurora d o X X Conloreile» terríveis e tão suas de a II sua grandes intrigas, d oro, no mente subtil Piccola e mescla suas e de e os está aristocratas l'amour ilusões como Lá mulherinhas de e bizantina collegione ilustrado: perfeitos soledade, os breviário de paia miniatura, do toda. autênticos et du desilusões. E volumesinho estética que da Liliana magistralmente e estrangeiros de amorosa, os seus mexericos, as corajosamente ouso dizer, dc Gabriele d'An- complicado vida mais imediata torna c ca- hoje nímia fatigante, a tre- E fôra uin crime n ã o citar, sentimentale. portátil, gentilmente dedicado aos antigos nele descobrissem correspondência de dúbia imunes d aquela persistente, que do empolgantes, obsequiosas hasard, os sítios predestinados silêncio, Refletem atra vez da dc Urbe. arcana impresso pares simpáticas onde entre da as de pai- gosariam suas do almas c êlcs mesmos. Como outros pediu-se da muitos escritores. literatura Diego imaginativa, Angeli. c frescos e palpitantes conservou entrado refugiou-se muito, e tudo excelente, nesse outro campo, os dotes na na madureza, erudição. Ic. c d o místico lutador "vidas" Produziu originaes de intuição, de velam comentador admiravels d o escultor M i n o de Fieso- Inácio d e L o i o l a , os estudos, opulentos de saber e nas obras dos artistas, os ensaios d e crítica arte inseridos nas revistas, Margocco seriam pintura mais ração c Livros italiana, que bastantes e Nuova apareceu para em consagral-o Rassegna, vários o vasto fascículos mestre de dc panoraI legrea, digníssimo de reputação que admi- reverência. mais aureolava que rela- U r b e m á x i m a , desde a sua f u n d a ç ã o , quais se re- nos m o n u m e n t o s da que sensi- e gôsto. sôbie as egrejas e os palácios de R o m a , os três tomos q u e tam as vicissitudes d a des- sendo a i n d a d e relevar bilidade. d e estilo, aos quais devera a sua gloria dc poeta c dc La para — declínio contos, ela demasiado "preciosidade', Marg/ierita, amantes, zagens em mestre então. da é. . . período c o m o traço c nota d c puro encanto, o volumesinho Roma ma que vez. limiar ditoso, e o que naquele assim confessionale. damas as Urbe foi comparando-os ao romance típico da época. II piacere, de ritmo muita os très romances d c D i e g o A n g c l i . Lorda origem, coin os seus jeux (que. pertencem, pathos já coetâneos, não volvo dia moços, por certo, sõbre tudo. mas para o m u n d o mesmo, a final ! Basta, de pecados m u n d a n o s . A s lhe epigono. N o s por em letras ge- das mas mais nas três d i mesmo conlisla e. forte- Iodas as adaptações): mas ha u m sentimento próprio, peculiar c u m melancólica, permanece pseudo-poesi«, q u * le- lorosa. nos personagens c nas paixões, duvida. por q u e inteira, romancista "dilettantismo fôra mos hoje» porém, n o d o m í n i o d a poesia e d a logar. assidua- do sem espiritual, foi sequer verdadeiramente toques exercido poeta, á semelhança d a maioria dos mágico imitador do chefe, n ã o faltam do foi durou a juventude. C o m o a da os mistérios psicológicos, ha maior naturalidade, consistiu valor lhe custou reções possível, de qualquer vida homem êle realisal-a. precisamente intacta d amore» teatro Estado, ou viagens, q u e — ofício qualidade matéria c L oratorio n u n z i o , q u e se neles o quadro social e menos vasto, c menos vida. com êxito lisongeiro o resolveu; mas da vila numa grangear ganhar a ser funcionário d o a a di chos quase insuportável, a leitura d e II piacere. rara harmonia, conseguiu não Primoli. primeira fidalgo. tanto, d e experiência conservou so- intelectuais as num numa geral. e o esforço perseverante, d c cada versos não salões mundanos, esgrima» Corte, distinto nuíno. c homem d o i n u n d o . E sob ambi- freqüentavam proporcionado, respeito mente. inícnsamentc ó e. em s u m a , todos os pontos o n d e e favorecia» já não precisava se atiravam volpe, ao Um de a glória mesma. . . ou e do salões ca- alia bem as exigências quer que na ser jornalista; a profissão era mais laboriosa, porém, mente o atraíam. conciliai versos, ainda ao brilhante grupo mais doce q u e dada a sua formação, quase só podia nalista. Piefcriu lado os torneio simpatia, e se i m p u n h a pelo ainda recepção d a logar Desprovido, redações, fino num tradições c d c projetos soberbos, justamente condessa Diego e Muito mas c as caceie se divertia. clcgancia I; por francez ciosos por q u e capazes d e realisar grandes cousas, n ã o de no possuia adolecência. sangue por G a b r i e l e Êsscs rapazes, ricos d e fantasia resto, eru- dos seus desejos, q u a n d o sua conquista da glória, e d o amor. ainda estreou sua eu iniciação beça muitos outros em gestação, e cedo se j u n t o u que eu. pretcnciosidade. de própria romanisado materno, viera para a Urbe. alvo e meta gente que citlá era nacido. dente moço em eterna. Angeii mente moço sociedade romana, c na maravilhoso preciosos no recentes vieram nos ambientes consolidar-lhe. d e alta cultura, além a da popularidade conseguida já o sem r. ^ V ..YÏW Photos Voltaire Dofe recantos Campo de do Sont Anna. estórço d e reclamo, c sem o m í n i m o sacrifício d a Foram as Cajfé o amplas Crego, e fascinantes Sloria di trenlanni insigne critico G o f f r e d o viam iniciar infelizmente mental : trinta o do pôde de grande creador Àngeli completa tamanha que em preza ingiez. ars é o a verdadeira libri delia cronache ao diz fortuna, termo d o levar a vila cabo ftles júbilo de ver eruditíssima resurreição Deviam: Em com- labor, monu- d e Shakespeare, impresso e do brevis! de- c empol- XIX. outro e poemas dei forlunati loro longa, dos dramas teve Le aristocrática. o período, tão aventuroso truncado: Diego volumes, remate romantica; Bellonci —' e degni ficou tradução e dois romanas : m e a d o d o século X V I I I . labor porém, a Roma copiosa série a b i a n g e n d o gante, q u e vem pensação. evocações sua indole todos. encantadora homem em Digno "vida e do seu do tempo, esteada cm consulta diligente das fontes, e cotejo escrupuloso dos últimos resultados atingidos pela crílica duas e d e capital importância : a poemas reconhecida fortíssima Ainda título Inglaterra c fóra. Entre as inabalavel certeza a Shakespeare, e. se n ã o probabilidade, um na de de ter cie altíssima sido autoria dos dramas a certeza, pelo menos sincero, benemerência da conclusões, fervente grangeou a católico. Diego Angeli nos últimos dez a n n ò s d a sua rutilante e f e c u n d a existência, pela creaçao e a direção iluminada coleção riquíssima mores. armas, o conde Luciano, ridas museu dc os de ainda cantos juveniln.ente sua da formado autógrafos. mobílias, herdara e desenvolveia todos napoleónico documentos tapeçarias, Primoli cm trabalho do livros concernentes mãi. filha originariamente á do raros, família principe enormemente com outras Europa. pouco entusiástico. Por Diego mais Angeli com bronzes, már- Bonaparte, que Cenino. neta cimelias dc um aparelhou J928. e desde então, graças á conservador \ tem ainda singular competência aumentado os seus tesouros. e possui bastante cultura para gosar tal prazer d a sar algumas e na horas companhia, q u e de um inolvidáveis na intimidade, anno com o foi Diego Angeli. no zelo d o Ali. a m b i e n t e d e elegancia daquela excepcional de ínclito quer, pode pas- c dc ninhada de seu quem imaginação, pobre c obscuro lar d a Córsega levantou rear-se d e tantos tronos e tanta Tal naquele e ao de adqui- finíssimo gosto o n o v o m u s e u , q u e loi aberto ao p ú b l i c o em O u t u b r o M a de luxo. águias, o v ô o para asenho- gloria. . . rápido esforço que a estreiteza do espaço m e permite; e se a gentileza da sua presença, d a sua elevada e cintilante conversa, só na memória d aqueles q u e o trataram d e perto p o d e rar já agora, os seus livros a í estão para transmitir aos leitores perdu- inteligentes as maravilhas d e u m espírito nobremente d o t a d o c cultivado. Êsses livros quero com eu recomendar caloroso empenho ao escol do público brasi- leiro. q u e neles m u i t o aprenderá, exercendo o pensamento c a fantasia no deleitoso ritmo de tédio ou de mem que. um de uma fadiga, c além dos gininástica travará piédicados sem conhecimento um momento agradabilíssimo propriamente literários, teve nunca com o um de vibrante, p r o f u n d o , sensibilíssimo amor d a sua grande pátria com cortez, simpática, e acolhedora tros natural, povos. compreensão d o génio c d a alma ho- fundir uma dos ou- Pilotos Baldi istante cinco ieguas da margem do Araguaya, fica a povoa- D ção de Saiinas, conhecida desde os tempos imperiaes, ern cujo locai havia um quartel, uma casa de telhas, hoje destruída. A o Norte de Salinas, encontra-se uma população indigena, composta de indios Acuen, uma das numerosas tribus, que existem no centro do Brasil. Alguns viajantes pretendem identificar com os Acuen, os indios Carajás, mas o aspecto differente do typo, a diversidade dos costumes, a lingua que usam, outras características, tendem a contrariar essa opinião. O s Carajás conservam as maneiras primitivas, andam nús, nutrem-se de caça e de pesca. O historiador e o ethnologo dos nossos dias, podem encontrar muitos rituaes e dansas, que se mantêem virgens, como nas éras antigas. O Carajá parecenos menos robusto e bello do que 'os -Acuen, typo varonil, musculoso. A s mulheres, mais baixas, delicadas COSTUME e mais'formosas, los compridos e soltos. O s apresentam por cabelleiras, que bros, livre DOS trazem os ro aparadas sua vez, descem Carajá serve-se de homens grandes aos na testa, e desassombrada. cabei- hom- que O fica guerrei- uma corda de algodão, para enrolar a trança dos cabeilos, o que lhe dá um aspecto característico, muito próprio. Culheireiros, passaros aquaiicos cor de rosa Carregam os seus mantimentos da roça para o rancho, num enorme cesto, consrruido de fibras das palmeiras. Fazem remos talhados de um só e único pedaço de madeira, leve, porém muito resistenle e com os quaes deslocam as suas canoas no Araguaya. Sabem pintar, empregam o preto com genipapo e o vermelho com urucú nos adornos dos remos. Descobrem-se muitas vezes, pequenos Carajás, que remam canoas feitas de um tronco de arvore, inteiriços, trazendo bonés de algodão. Veado galheiro que vive em Matto Grosso e Goyaz, cuja pelle serve de commeroio com os civilisados Em certos acampamentos dos Carajás, na margem do A r a guaya, vêem-se creanças deitadas em redes, facto muito importante para o ethnologo, porque esses autochtones não usam redes. A extranha circumstancia se explica, em virtude de encontrarem-se entre eiles, algumas mulheres prisioneiras da tribu dos Tapirapés, agora casadas com guerreiros Carajás. O s Tapirapés empregam redes, a que denominam " H a m a c " e as mulheres prisioneiras tecem para as suas creanças. A s s i m , os costumes de um povo selvagem, modificam-se e recebem contribuições de outras tribus. Todos os indios criam e domesticam muitas aves selvagens, como papagaios, araras, garças, para a sua alegria, seja para brincar com as creanças e também para aproveitar de vez em quando, as plumagens, para fazer adornos de Menina Carajá com adornos mixtos, de origem civilizada e indigona Ema, o avestruz da America Uma rede entre os indios Carajás, nas margens do Araguaya .um O guerreiro Carajá usa trança, enrolada numa corda de algodão oernas, como braceletes, coroas para a cabeça, enfeites nas interior de flechas. Ema, o "avestruz cia America", encontra-se no Matto G r o s s o e de Goyaz, em grupos, em grandes bandos. Veloz extraordinariamente rápido, corre como um cavallo. Põe ovos enormes num grande ninho, cova rasa e chata na areia, porém chocam somente os machos. Das suas pennas cor de cinza, ut'liza-se a industria dos espanadores. O veado galheiro, a especie mais bella dos nossos veados, vive nas espessas e virgens folhagens de Matto G r o s s o e Goyaz. Muito supersticiosos, os indios não comem a carne delle, nem aproveitam os chifres para fazer armas. Somente empregam a pelle, no commercio com os civiiisados, trocando-a por roios de fumo, facões, utensiiios diversos. O s Carajás vivem nas margens e terras banhadas pelo Araguaya, onde se ergue o magestoso jequitibá, a arvore colossal das florestas brasileiras. O s Carajás conduzindo os seus mantimentos Raphaël Sixto — "Madona — (Museu té A o de mo, dos as só lica. como iconógraphos uma arvores apenas uma próprias Deus. Creador. apparcce do Deus como grandes X\ . em 1 B hastes; aberta Ioda se Padre. iconógraphia E I uma numa Idade o tor- Media, proprio mostra Com o ( hris- muito se dos bvsantinos V Re- differcnciaadvento moraes arte religiosa desce até á vida. do das século altera : c a I o d o o con- se esvac; uma » vida nova cisco de definitivo palpita : Assis c c a como toma acção que irradiação se na de S. evolução Fran- impregna cm unidade es- piritual e tcchnica d a vida c d a arte. C o m os artistas italianos d o século completa-se a q u e l l a seguinte, plástica. D e tal sorte u m a nova mythologia era crcada : correspondia, figuralivamentc, a u m m u n d o de desejos e aspirações d a yente nova. . . q u e a i n d a vivia, pelo ente. dos iccalques d o paganismo, l i os r^nasccntes tanto d o século X V . X\ í. souberam meihor exprimiu christãs. C o m expressar aqueílas remotas a q u e l l e estado d e a l m a , aspirações. fundindo Botlicclli o mytho subconscicomo do foi q u e m pagão com talvez as idéas R a p h a ë l o cyclo gorai se completa. Por u m a feliz coincidência — ahi ficam citados os dois insignes mestres d a compo- sição. E . d e tal sorte, naturalmente, se réaffirma o q u e já disse sobre os dons necessários, priinordiacs para aqu^Ue gênero de arte. Pedro c Américo Abzay" cional de ~ * David fEscola Bellas \aArtes} R » eram eslricto-eschema- como Creador vencionalismo K figuras sagradas evoluem : transformações a A Christianis- to. pois E l i e encarnava o V e r b o : só n a o X principalmente simples poria prefigurado nascença. É conheci- plásticas como eram do do lechnica re. . . A s o é representações a As cidade XIII, h O Prof. cathedratico da Escola Nacional de B e l l a s Artes. Director do Curso de Arte Decorativa. convencionaes. obedeciam V Sâo Drcsda) século mento nem de Raplioeí A Virgem Cadeira " (Palacio da Pilti) NA PINTURA BRASILEIRA — Raphael mento da (Museu O Casa- Virgem de Brera-Miláo) Rodolpho cm Amoédo no Brasil, Jesus Capliarnaum" Nacional Exactamente, — (Escola de Delias o* nossos dois Rodolpho A m o e d o e Fedro A m é r i c o , Artes) maiores hm pintoras do a m b o s os doles de compor loinam ascendencia c se assignalam gênero religioso íundamenlaes da c o m o q u a l i d a d e s primazes, são muda arte deixa, demoradamente, incon- pelo aspecto bueolico. na atmospnera d o episodio Pedro A m é r i c o SO bíblico. R o d o l p h o A m o e d o deve ser t o m a d o c o m o o mestre exemplar d a arte d e compor fitiiviixeis. E creio ainda q u e a m b o s foram os q u e mais contribuíram para o referido na pintura brasileira. N ã o sendo u m optico, isto é u m artista q u e n ã o v ê . primeiro, gênero de pintura. Pedro A m é r i c o deixou a t u r , c o m o Pedro A m é r i c o , e sim a l i n h a , é bom d e comprehender-se q u e por Moisés, David e Abzag, Judith as leias famosas d e Jacobed e I lolophernes. ao Segue-se R o d o l p h o com os quadros prestimosos d e Jesus cm Capliarnaum, Partida de Jacob ir ex- Amoedo, e Renuncia. Entre estes dois mestres perduram a i n d a os mesmos sentimentos, em certo conflu to coin as kieus. de traduzir, n u m a sensibilidade pagã. a mystica christa. exactamente cimo siiccedeu aos artistas italianos d o século X V e. principalmente, d o século X V I . da composição, por e u a mesma, c o m o linguagem d a belleza plastica do própria, fóra assumpto. Precisamente os tnemas d e f u n d o historico ou lendário, pela nobresa d a evocação, pela grandesa imaginativa q u e nelles germina, deveriam ciam na arte d e Rodolpho Amoôdo mais a i n d a deveriam coiux>rrer para tista vae mais lur.do n a pesquisa das realidades subjectivas. Pedro A m é r i c o nos episodio* descriptos. uma u n i d a d e de superfície. As merecer, prefe- rentemente, sua predilecção. Certos dons d e clegancia c distineçao q u e sc evidenaquelle valor d e suggeslão evocativa, q u e nos leva a tomar parte, como antes d'i realisação significativa d o q u a d r o , deveria empolgal-o a u n i d a d e e harmonia h m Rodolpho A m o é d o o poder d e synihese é mais claro: e o sentimento d o arque sc satisfaz, nos quadros q u e estudamos, com Jesus em Capliarnaum e u m a pagina magnifica, realisada n u m a attingir emotivamente, tcchnica larga na suas composições n ã o revelam penetração demorada e a g u d a : sente-se q u e clle logo factura, e q u e nesse particular é tiJvez ú n i c a entre as demais composições d o ar- se satisfez com tista : ha naquelle c o n j u n c t o . grandesa. eloquência as apparencias plasticas. fi bastasse o jogo colorido das massas. . . E m Abzag. não e mesmo Judith nos deixa emoção e Hollophernes, funda do verdade que para um pintor talvez e ceitos d e seus quadros, c o m o LX wid e ha qualquer coisa de ôco. d e falho, thema exposto picturalmente. Dir-sc-ia a l i o sentido espiritual ! C o m a Partida de Jacob. c h u m a n i d a d e , energias d e o mestre pesquisa mais os evol- vimentos. c os personagens appareccm secundários, pois t u d o vive d a q u c l l a atmos- que phera irreai d c transição. E d e novo. por outro processo embora, o pintor levanta o v c u d e nosso sentimento, e faz q u e nos emocionemos c o m o compartes rar nos assumptos versados, a partida, d a q u c l l a não pensar c repensar, fazendo as personagens fica de longe, corno espectador apressado : aquellas suas, vi vendo-as. d o drama. scenas n ã o O artista conseguem parar aquelle ardoroso, vivo. irradiante temperamento d e objectivista. E m tão que um processo summaiio levava o artista, por tantos títulos insigne, a n ã o sc demo(imidando-sc para aquelle ambiente m o r a l ) , _ a síluaçaô : fc. òinpolgado talvez fazer Jacobed E que Rodoipho separação... Amoédo Renuncia possue poder c de uma synihese : meditação : seus a q u e l l e estado d e subjectivismo, onde, unicamente, os objectos cxistcncia real. . . uma daquclla confissão. quadros traduzem passam a ter uma Laudelino Freire na ultima sua pholographia UM A P A R A P E R D A AS L E T R A S B R A S I L E I R A S A /i/c>ratara siva — Ixiudelino defensor h orientação intellectual essa em morte quando, seu que estado Laudelino que honrou, Letras CARLOS DE VASCONCELLOS" Um grande concurso com a elevada finalidade de estimular a critica literaria T endo em visla offerecer uma Opportunidaíle aos escriptores novos que se dedicam aos ensaios de critica literaria, a "Sociedade Carlos de Vasconcellos,,, em collaboração com " O Malho,, vêm de lançar as bases para um interessante cor. curso que merece, pela sua finalidade, a mais ampla divulgação. Trata-se da instituição do "Premio Carlos de Vasconcellos,,, a ser conferido ao autor nacional que elaborar o melhor e mais substancioso estudo crilico-Iiterario sobre um dos escriptores nacionaes Afrânio Peixoto ou Gustavo Barroso, á sua escolha. que Freire deixou occupava I — Cada concorrente deverá apresentar, ao julgamento da Commissão um ensaio critico so bre a obra e personalidade literaria de um dos escriptores brasileiros, Gustavo Barroso ou Afrânio Peixoto, á escolha do concorrente. II — O s originaes deverão ser enviados, em dois exemplares dactylographados, sob pseudonymo acompanhados de uma carta fechada contendo o nome verdadeiro do autor, e tendo no minirro 150 paginas dactylographadas. i l l — A o melhor trabalho será conferido o premio de 3 : 0 0 0 $ 0 0 0 ; ao segundo classificado, o premio de 1:000$000, podendo ainda ser conferidas menções honrosas. O autor que obtiver mensão si o trabalho for publicado nos termos do item IV, terá direito a 100 exemplares da obra. IV — A Sociedade Carlos de Vasconcellos ta.a publicar os livros premiados e, si achar conve niente, o que obtiver menção honrosa, pertencendo-lhe, sem outra qualquer remuneração, os direitos inherentes á primeira edição de cada u;n delles. A s bases do certamen foram estabelecidas dentro do critério de facilitar aos concurrentes um largo prazo para a elaboração dos seus trabalhos, e o espirito do concurso e estimular a critica literaria constructiva, além de homenagear saudoso patro no daquella Sociedade. V — O prazo para entrega de originaes termi nará em 3 I de Dezembro do corrente anno, ae vendo os mesmos ser enviados á Redacção de " O Malho", Travessa do Ouvidor n.° 34 — Rio — com a indicação "Premio Carlos de Vasconcellos". Transcrevemos com immenso gosto, por isso mesmo que applaudimos sem reservas aquelia iniciativa, as suas bases, que foram publicadas no " O Malho,, de 24 de junho passado. VI — A Commissão Juigadora será designada em tempo opportuno, cabendo sua escolha a " O Malho" e á Sociedade Carlos de Vasconcellos, em communhão de vistas. pureza entre nós, do idioma, da num forma. súbito, justamente crises da moléstia, satisfatório. tradições sua joi, expres- o singularizou modo a constante com da as primeiras mais — a cadeira CONCURSO de jigura Izlle se cuida parecia as melhores cadeira // sobreveio se reflecte servar Elie tão pouco passadas uma Freire, infatigável Sua P R E M I O perdeu o mais meio BASÉS DO nacional uma bibliographia preoccupação de actividade na de Ruy eia de con- linguagens. e inlelligencia, Academia Brasileira a do Barbosa. V I I — O resultado do julgamento deverá se; tornado publico em Março do anno vindouro e os prêmios serão entregues durante o primei ro semestre de 1938 — em datas que serão previamente annunciadas em " O Malho" e peia imprensa. VIM — " O Malho" e a Sociedade Carlos de Vasconcellos se reservam o direito de recusar inscripção aos originaes que fujam á finalidade primordial do certame, isto é, incentivo da critica constructiva". Carlos de saudoso ciedade Vasconcellos, escriptor que homenageia tem com que a o seu este o Sonome concurso TÉuA X A DE T U JULIETA R E / DE A ALMEIDA M O R T A ® 1 li H T L r' J is n (J ^ O desejo de perpetuar as sensações intimas viverá emquanlo subsistir a vida, da qual participa como um instinclo necessário á sociedade. Desde os tempos primitivos, quando o homem aprendeu a discernir o mundo, as arvores, os campos, as montanhas, os seres, os acontecimentos, que traça sobre a pedra, o bronze, o mármore, a porcelana, o ouro. as impressões cia vida, os factos que ihe parecem mais singulares. I )e formas grosseiras e incisivas, as inscripções humanas ga nhaiam em subtileza, á proporção que a vida social evoluiu e os usos se aperfeiçoaram. A arte da porcelana constituo uma das mais delicadas e próprias á servir ás tendencias plasticas do sentimento. 0 Primeiro Reinado c o Segundo Reinado conheceram, além dos jairos de porcelana, toda uma serie de objectos de Icaohno, chicaras, pires, pequenas e grandes colheres, figuras de animaes e estatuetas graciosas, vasilhames trabalhados artisticamente. O s pratos de porcelana brasileiros e com scenas nacionaes, recolhidos pelo Museu I lislorico, que pertenceram á família real, apresentam lodos elles interessantes decorações, symbolos. paizagens. bustos de personalidades de mérito. 1 )ivulgamos hoie dois magníficos exemplares, que datam da Independencia e que serviram no Paço Real, da Q u i n t a da Boa \ istu. PHOTO HELMUT Margens do Rio S U R U H Y , nas proximidades da an+iqa Estação de Mauá. RTE PH'OTO'GRAPHICA I L L U S T K A Ç Ã O B RASI LEI KA A À m ^ N n t c r o salão ouro c a z u l da A c a d e m i a de Letras o poeta 1). A l v a r o de I.as Casas — Reitor da Universidade de M o y a . autor da antologia dos poetas galegos c q u e na sua curta estadia no R i o já publicou dois livros : panha' fez uma linda conferencia q u e versou Conselhos de A m o r sobre os cancioneiros da c Es- Galicia. N a G r a n d e Mesa estavam, além do conferencista. D . Pedro de O r l é a n s e Bragança c os académicos C l a u d i o de S o u z a . M u c i o L e ã o e Filinto de A l m e i d a a quem coube apresentar D. A l v a r o ao publico elegante e culto, d o qual A l e m a n h a e da faziam parte os Srs. Embaixadores Bélgica. F a z e n d o a apresentação o sr. Tilinto de A l m e i d a , falou d o seu titulo M a r q u e z de Liborin — da depois de falar sobre o seu talento, mais nobre estirpe espanhola, embora ele soubesse q u e isso ia ferir a modéstia d o simpático c inspirado 0 da poeta. Sr. de Las Casas começou estudando as origens através d o testemunho dos geografos clássicos tratando logo dos poetas d o século X dentre os quacs destacou a S a n Pedro de Mtgonzo. autor da "Salve Regina Mater". Ocupou-se depois dos cancioneiros de A j u d a — Colocci. Brancuti e V a t i c a n a analisando a genial critica de I ) . Carolina Michaciis. recitando cantigas dos trovadores Martin Pero Meogo e Pero da Ponte. Justificou o porque da decadencia dos séculos X V I . X\ II e X Y I I I pondentes a esta época d o Padre Feijó c da condessa de Rosalia Dos de Castro. atuaes se Pondal ocupou e Curros especialmente Enriquez. de Cabanellas. também da poesia popular lendo varias quadras das mais expressivas c "Marineiro " . "Fado destes Taibo. 1 ratou inéditos : poemas Varella. Alvarino poemas lendo Noriege Iglesias seus Cunqueiro, 1850 c comentou a obra Albete. recitando e e leu poemas corres- Altamira. Tratou largamente do renascimento poético operado a partir de de Codax. e Lopez autores. "Ainda a boca me terminou sabe a melancia'. E q u a n d o , sob os aplausos calorosos, a conferencia terminou, toda a gente lamentou ela tivesse sido tão curta: durara apenas duas horas. \ T o ambiente distinto d o novo griil-room d o Casino A t l â n t i c o um m u n d o ^ se acomoda cm grandes mesas. Os espelhos dourados refletem tivas figuras d o nosso "grand-monde" q u e se deu 9 • í ' ri 1 :> A t! suave e distinta Sra. nas 'paillettes d o r ^ / / elegantíssimo as mais "rendez-vous" nesta noite representamemorável. Pedro l.atif trás uma a m p l a toilette branca guarnecida de peque- fonce", a Sra. veja a A n t o i n e . Sra. Melo Veiga y que Baronesa de Saavedra, lindo penteado, q u e faria in- W i l l e m s e n s . de branco, prata e "strass , como sempre elegantíssima; o vestido de tom " e n a m p a g n e * da Sra. suo linha grega, a S r a . "née" Theodoro X a n t h a c h i . Y o l a n d a Silva Telles, adoravel na Isaura Liberal, toilette negra e linda capa de "renards", a Srta. Maria Cecil ia Heitor de Mello, vestido de veludo "crevette": a Sra. Nathalia Proença, vestido de n.usseline" de tons claros: as Sras. Adalgisa de JULHO 19 37 DE I aria Filho. Basavilbaso. Lillian cio ( aslro M a y a o Beatriz Simonsen. Sr. c Sra. Wladimir Aivcs de S o u / a . a Srla. Lóa <1 Affonseca "loilctte c sua irmã Penha — cuja belosa impres- negra guarnecida do poi< do deutour muito eloganle siona — • ít Sra. Lourdes Gomes de Mattos. veslido de rendas, a pianista a Sra. Mina Octávio Reis. "toilette na D y la sua Joselti, de rendas azues c interessante arranjo de penteado; a Sra. Bandeira Duarte, tão íina. a intelligeiite personalidade de Marina de Padua. Ileloisa Melena, a joven estrela <Io cinerr.a brasileiro, trás nos cabelos encaracolados um laço de fita de um azul lindíssimo, do mesmo tom do seu vestido longo, que a torna mais scintilante. fazendo realçar a sua pele bronseada. As l i i s e Anunciada: apagam, as baterias "Glorified anunciam que vôo dar inicio aos números da tão revue . A corlina de veludo so descerra deixando ver uma pirâmide de jovens louras e morenas, vestidas umas de ouro e outras de azul. cujas "paillettes" brilham intensamente ao clarão dos holofotes. \ ac começar o espectáculo.. . M irian Anderson, a celebre cantora norte americana, bem mereceu a super-lolaçao do 1 heatro Municipal, o que aplausos recebidos da platca aconteceu em e os calorosos entusiasmada. A sua voz extensa c educada e sobretudo a musicas que canta justificam todos os seus concertos interpretação intelligente que sabe dar plenamente a consagração que obteve do publico Beethoven. («Inclc. Debussy. Schubert. D o u a n d y . Scarlatti. I laendel, Meyerbeer. ás carioca. Respighi. foram executados com a incarna maestria dos " N e g o Spiritualis . onde se sente bem lodo o sentimento e toda a tristeza" do uma raça. descripta em musicas interessantíssimas. Maestro \ illa Lobos. Andrade Muricy, C a n d i d o nando Yalcnlim. Murilo Mendes. Santa Miranda Nelio e S r a . . Sylvio Behring e Sra. c do Jornalismo Portinari. Fer- Rosa. Celso Kelly e Sra. M a j o y — pscudoninio no qual se esconde o espirito brilhante da Sra. arch il cl ura. do poesia Portlnori. Maria e O l g a Paulo de Bettencourt — l£dith Behring. figuras brrlhantos da musica, da pintura, da afluíram ao nosso principal Carl Sylvester, Sra. Douglas teatro, assim como outras personalidades do "smart set . A distinta Sra. Udefonso Dutra. Sra. nhora Afrânio Peixoto. Sr. e Sra. Xauttrachi. Sr. e Sra. ( alder, Sr. Piergile. Sr. A n t o n i o de c SeMes- quita IV>n:lim Sr. Epitácio Pessôa. Sra. Mary S a y ã o Pessoa. Sra. R a j a Gabaglia. Sr. I lime. Sr. e Sra. Rodolfo Joselti. Sra. 1 lonold. Sr. O c t á v i o Reis. Srta. Vera Rocha Miranda. E quando os concertos terminavam a platea. insaciavel de belesa. aplaudia, aplaudia sempre e a arlista cantava dois. Ires, cinco, ás vezes mais. extras programas: mas o publico não se retirava emquaiito nüo ouvia ainda urna vez a interpretação é realmente A v e Maria de Schubert, onde a sua maravilhosa. G. DE A. Outro aspecto do tanque de nenuphares do orchidario. OSVALDO ORICO Da Academia Paraense de Letras A s vitorias regias sempre exerceram uma alta fascinação entre os nossos artistas, tanto entre aqueles que as viram na pompa de suas alvas bandejas, como entre os que apenas lhe adivinharam o diâmetro floral aberto no seio dos lagos amazonicos. Cantada em prosa e verso, festejada por naturalistas e poetas, são essas ninfaceas o grande ornamento que emerge naquelas aguas longínquas, como um simbolo da Torça e da magestade da natureza. Constitui, realmente, um dos mais belos espetáculos para os olhos, surpreender-se de longe, no circulo daquelas aguas paradas, silenciosas, as imensas baixelas que parecem ter ali ficado como sobejos de um banquete de deuses. N o meio da profunda melancolia do verde, que se observa em todas as direções, rasga-se o cristal de onde emerge a estranha rainha ou estrela das aguas amazônicas, estendendo á superfície imóvel as salvas em que a natureza luxuriante serve á nossa vista deslumbrada os prodígios de sua criação. AS ORIGENS POÉTICAS DA U m tanque de nenuphares, no pavilhão do orchidario do Jardim Botânico. Embora maravilhosa na sua compleição, imponente nos aspectos que nos oferece durante o dia, só de noite se completa o ciclo da sua força, do seu esplendor tropical. Só á noite ela desabrocha inteiramente, acordando ao luar e espreguiçando todo o corpo á tona dos lagos. A s folhas alcançam um a dois metros de diâmet r o e as flores despem os botões, respirando intensamente aquele ar selvagem que lhes acaricia as sepalas. Vê-se, então, como é diferente e possante no seu "clima" a estranha ninfacea que Bompland e D ' O r b í g n y batisaram em louvor da rainha Vitoria, de Inglaterra, estabelecendo a correspondência exata entre o poder da monarquia britanica, durante a victorian age e o reinado flutuante da soberana dos nelumbos. Transportada ou transferida de seu habitat logico, natural, aquelas aguas veludosas do subosque, onde cisma, sonha, se espreguiça, se estende e desabrocha, para as piscinas ou lagos artificiais dos museus e jardins botânicos, a f l o r como que sof r e e desmaia, constrange-se, perturba-se, trocando a desenvoltura dos seus ímpetos sexuais pelo pudor do espaço e pelo escrupulo do agasalho, onde se sente estranha e inadaptavel. Capricho ou herança biologica, a verdade transparece na mudança; a flor se descolora e se PHOTOS HfcLMUT A$ flores despem os botões _ Pequeno repuxo que ornamenta um tanaue de victorias-régias do Jardim Botânico. acanha, parecendo que uma especie de íinfatismo lhe suga as antigas energias, desnutrindo-lhe os peciolos e sufocando a volutuosa desproporção das bandejas. Pode-se dizer da vitoria-regia que ela é a condecoração selvagem das aguas amazônicas. Tão fascinante relíquia, tão poderoso ornamento não deixaria de exercer sobre a imaginação dos nossos caboclos o prestigio de reminiscências lendarias. Dai a explicação que se dá ao aparecimento dos régios nenúfares e que Alfredo Ladislau nos transmite em uma de suas paginas. Teria sido ainda no começo do mundo, no tempo da lua-homem. A lua costumava, então, seduzir e arrastar á perdição as virgens de sua escolha. Descia, sorrateira e macia, pela crista dos montes, insinuava-se por escalvados e colinas e vinha oferecer afagos ás cunhãs que se embalavam nas maqueiras. A o contacto da "deusa hermafrodita", o sangue das virgens se transformava em luz e o corpo se desmaterializava, ganhando a forma de estrela e aumentando cada vez mais o harém celestial. Atraida por esse recanto, uma formosa india teria querido, também, eterisar-se, vaporisando a carne aos beijos da lua. Nessa aspiração doentia correu todas as elevações, esperando o momento do contacto. Uma noite, julgou alcançar a imagem fugitiva debruçada num laqo. Entregou-se ás aguas iluminadas. Parecia haver desaparecido para sempre; mas a lua, dona dos segredos das aguas e das plantas, apiedou-se daquela paixão sacrificada. E, não podendo mais levá-la para o céu, criou a "estrela das aquas", fazendo surgir nos lagos da planície o real nelumbo que recorda uma historia de amor. "Depois, dilatando tão justo premio, estirou-lhe, quanto poude, a palma das folhas, para maior receptáculo dos afaqos de sua luz, amorosamente reconhecida. Esta é a lenda da vitoriaregia de Lindiey". Graças a isso é que, segundo a lenda, podemos admirar, no silencio dos lagos, a flor que f o i uma paixão distante e que hoje expande a salva de prata do corpo, como si houvesse improvisado um leito para as suas próprias núpcias com o luar. . . . A s tolhas alcançam um a dois metros de diâmetro Uma victoria-régia no tanque destinado é germinação das plantas aquaticas. ARTES E ARTISTAS MX M »/! m** I .) - a# p v . i\ isc C rcada para registrar o C apital d a cia musical notável de R e p u b l i c a , afora u m a que assignalará. d ora mais movimento podessc por deante em matéria concertos o u outra interessal-a. de referen- esta o que aqui na secç&o se passar bellas-artes. de restringido o sentido desse v o c á b u l o a exposições d e pintura e d e escuiplura. Porque a verdade ó q u e exposições o concei- tos se succedem. c o m augmenta crescente d e interesse, e umas e outias p o d e m perfeitamente encontrar-se m u i t o a vontade sob o titulo q u e encabeça estas linhas. Não é difiicil. portanto, d e concluir q u e o movimento artístico carioca cresce c a d a vez mais. dando-nos a doce illusão d e dias melhores em futuro proximo. 0 niez uma que nota passou, que. no por ter que interessa sido negra ou á cantora quazi negra, critico eminente, Della, de exhala o mínimo concertos Marian um consecutivos, voz. sensacio- a contralto dizer religioso dizer é q u e . conseguiu esgotar de ou em a Vários motivos se reúnem na um fatai. quatro lotação 1 heatro M u n i c i p a l , q u e . bem poucas vezes, tem tanto. cantora, do vibrado para que n e n h u m a outra, n o género a q u e se dedica, lhe tome a dianteira na preferencia d o Lella, apesar da ingratidão applauso publico. do timbre, A e tem voz todas q u a l i d a d e s q u e se exigem d e u m a voz de classe. porém, o que mais encanta é a o repertorio. e q u e maravilha mundo. a interpretação é as Neila, que dá a todos os audilorios do Soberba ! Interessando, pela arte e pela excellente escolha dos números mais dos seus esquecerá applaudiu programmas, o publico carioca impressão que deiles recebeu a nunca c que triumphalmente. N o mesmo capitulo d e canto, tivemos u m concerto muito a g r j d a v e l . para apresentarão d a soprano N a i r Nunes, que nos veio d a proporcionou ao publico Paulicéa. A convidado Duarte excellente da artista Associação Bra- sileira d e M u s i c a , u m a hora deliciosa de musica b o a . e. portanto, de Precedida fino uma premio Araujo Musica pianista : Vianna. daquelia dotada, a sua technica Capital. artista, cuja I intuição se revelou Instituto vocação artística brilhantemente apenas a pianista mas principalmente, ainda piano fartos á mp.is dois J. Ilibe rê Levy. artista q u e vez mais n o conceito proporcionou-nos Beethoven. Fernandes. e Alexandre e applausos vae f i r m a n d o c a d a O Lorenzo Dutra escolhido Executou se publico. recilaes. c uja percussão merece registro : o d o pianista brasileiro re- Mario N e v e s e o d o russo N i c o l a u O r l o f f . o primeiro em programma do Centro conceito mensal 0 Artístico Musical, de Cultura e o segundo em Artística. pianista M a r i o Neves é u m desses nomes q u e se im- põem desde logo. pelas raras q u a l i d a d e s artísticas com mo. venceu logo. E venceu porque tem. realmente, pre- dicados q u e o tornam digno d a a d m i r a ç ã o d e todos. S u a nos bancos a de pretações. das mais sadias, têm sonalissimo q u e lhes d á * u m sabor. que Que agradou, foi obrigado gramraa lidade a 1 edcsco. cunno n o v o e sempre e muico. de havia provaram-no os peças d e alta Beethoven. Mignone, Falia. ( 'hopin. pci- interessante números torar. depois d e offerecer forte, em q u e technica. sempre u m um pro- responsabi- Castelnuovo- Godowslcy-Delibes. /adora. Strauss e Liszt. Outro grande m o m e n t o q u e vemol-o a Nicolau maiores pianistas Não E era a Orloff. nos offereceu que o. sem o p i a n o de- favor, um cios contemporâneos. primeira vez q u e elle a q u i isso justificava a sympathia se apresentava. com q u e o seu reappare- I emperamento delicadamente sensível á musica romanti- ca. ter. cimento era aguardado. Orloff tem. ou parece uma inclinação mais accerituada pela obra d e ( hopin. E e x e c u t a n d o o divin o polaco, toda gente viu c o m o se casam bem as d u a s individualidades a q u e o p i a n o serviu d e traço d e u n i ã o : a do interprete e a d o interpretado. O r l o f f 6 u m artista encantador. Sensível sem ser piegas, romântico sem ser choramingas, ficamos a dever-lhe u m a das boas noites d e e m o ç ã o d a temporada. Entre os concertos d o p i a n o e os d e violino, tivemos u m sarau da Cultura parte Beatrice e Carola Se cia de Burford. Goya. nenhum Artística, dos de cujo harpista. prograrnma faziam Emilio Osla. pianista arrebatar, por deficiên- bailarina. tres conseguiu elementos para tanto, todavia conquistaram applausos. Os violinistas q u e se apresentaram — I oltembcrg e Pe- N i s e O b i n o é u m a esplendida promessa q u e surge. que Dotada moca- d a n d o interpretações personalíssimas aos programmas exhi- segu bidos. com mais ou menos bravura, com maior o u menor reaux i e adiantada, não do do mas m u i t o denota Porto portadora ouro. uma Mignone. da ( unha. Eduardo Audilorio Musica. rediaz de talento pianislica rança, o alto Anderson íi de Lis/t. de Conservatório. nica Marion joven. veio-nos de Poggi-Obino. medalha execução segura credenciaes. Nise q u e se affirma. M u i t o de espiritual. d e excellentes Alegre de goso Chopin. Instituto technica é das mais brilhantes o impetuosas. S u a s inter- no encanto q u e se p o d e teve logar. Anderson, cuja do q u e se propõem a enfrentar os auditorios. Por isso mes- musica, verdadeiramente n a l . merece ser tratada em primeiro Refcrimo-nos á certos Poggi-Obino invulgar, que ihe repertorio. reappareceu dispondo permitte de enfrentar, uma com a pianista Y o l a n d a L r a n ç a perante o publico habitual dos — conseguiram fica. C a d a no um produzir com a sua Ma encantamento phrazoado. con tura d o renome d e q u e v i n h a m na assistência individualidade ambos impressão própria, mostraram-se precedidos. á al- Carola O corpo c!c bailes d o Theatro M u n i c i p a l , com a senhoi a tanhas d o Brasil", n a Galeria Heuberger. Pintor d e pin- Muna O I c n e w a espe- celadas triumphos quando á frente, iniciou uma serie de ctáculos de dansas. registrando dois brilhantes nos dois primeiros realisados. omo o musical n ã o C Gagarin se apresenta anseio louco das sente sobretudo assim dizer por Agulhas Negras", rante dos "flamboyantsno pesada amarcllo oiro das na mento de bcllas artes, n o mez q u e se f i n d o u . Nada quelética dos cipós, n o verde forte das Os ciação dos Artistas sempre Brasileiros, no Palace o Súlão de Maio. e as exposições d e e Porciuncula de Moraes; o da .1 rua Buenos Aires — com I lotei, com 1 Icnriquc Galeria Salvio Meuberger — as exlubições de Alfredo Noríifii e Paulo Gagarin, e o d a G a l e r i a S a n t o Antonio — â rua da Q u i t a n d a — com a mostra a n n u a l d e J o ã o Baptista de Paula 1'onseca. que está deante de cinco nomes q u e não verificou lhe são ex- traímos. D e todos, talvez apenas u.n n ã o lhe seja mui1 Icnriquc Henrique Salvio. Salvio. apesar de Isso. porém, não admira. surgii uma arte amadurecida, é. realmente, u m soja um artista inédito, com n o m e novo. embora i odos os demais são admiração dos q u e apreciam tem uma a arle obra toda cila. a paizagem carioca característicos de côr. de nomes pela boa. vasta e espalhada. se retrata, transparência, com de l£m os seus poesia, maravilhoso esplendor. N a collecção q u e reuniu na leria Santo Antonio, o artista demonstrou em pleno esplendor de sua já não que se projectaram através dos a n ã o s , consagrados Paula Fonseca brilhante de Ga- q u e se a c h a carreira. natureza brasileira, mento. elle não se contenta cercam no R i o de Janeiro. Muito perto do Rio. novos que com De Por toda parte grantes maravilhosos. E seduz colheu a cada mo- os panoramas q u e vez em horizontes I herezopolis. Umuarama. Itatiaya Jordão. o da quando o o viaja. emocionam : Petropolis. C a m p o s d o impressões. apresentou, depois, Pintou as fia Mon- Paulo aquarelistas. Porciuncula exhihiu de uma ficas O carregadas, Gagarin um c nova na ber- acacias. nudez es- montanhas. são motivos decorativos e Alfredj apreciados: Norfini. O primeiro Em qualquer seguro. um velho delias, Sempre artista agradavel d e ver se. l h a n d o . C o n h e c e o Brasil d e extremo a extremo. 1 odas as gravou no papel, desse collocar se-ia u m a finidade de pela que se traba- impressões q u e . artista, o magni- encaneceu as é foram a oleo. creador de ceramicas sempre segundo outro, m o d a l i d a d e d o seu talento artístico : aquarelista. ti apoz Moraes pinior d e quadros Norte a S u l . em pequenos ordem, um ao tem recebido, quadros. Sc lado outro, do de impressões colhidas cm pleno ar mais novo. sim. mas nem vel. um se puter- i lenrique S a l v i o surgiu principiante que livre, ao a m b i e n t e frio dos Resta-nos falar d e H e n r i q u e Salvio. o mais O elle visão deliciosa d o Brasil, através d e u m a mormaço da A m a z ô n i a , indo pampas. novo. por isso o menos admira- feito, appareceu. n ã o como pede condescendem ias. mas como u m artista q u e impõe a sua arte. I l m sua exposição d o Palace-I lotei, t u d o denotava o temperamento differente. a personalidade sensível, deante de cuja obra é necessário q u e Paulo Gagarin é outro paizagista de elite. D i s c í p u l o propria Dois de das nuvens no deliciosos. affirma. leitor. se está familiarizado com o meio. já to familiar: quadros natureza, n o vermelho movi- massa a escandalosa : foi menos interessante o menos de tres salões estiveram em evidencia : o da Asso- 0 largas. Goya pouco. copia se pare. q u e Porque o que elle tem se observe e q u e não é. unicamente, se medite o pintor n a téla as suas próprias rellexõcs. tem. portanto, no> fala á alma com í\ u m um traduzir I o d a a obra d e Hen- caracter differente. u m a eloquencia valor novo. q u e começa nem c o i ^ e g u e m que deante dos olhos, mas sim. e princi- palmente. o espirito q u e reflecte e q u e procura rique S a l v i o um que extranha. por o n d e muitos acabar, e q u e se imporá outros rapidamente. A n n i t Um recanto ção Paula e seu autor da " ! exposiFonseca ao lado Ao,/, N O GILBERTO R E C I F E FREYRE D emelrio Ismailowitch foi ao Recife e viu a velha cidacle do Norte com olhos arregalados de quem estivesse descobrindo os Iropicos. Mas não se deixou desorientar pelo excesso de sol e de côr que tantas vezes bota a perder a pintura dos artistas louros que vêm descobrir os Iropicos. Seus quadros do Recife guardam o goslo da analyse e até do pormenor o pormenor significativo ^ dos seus estudos de Constantinopla e do Sul do Brasil. Elie arregalou os olho« contra o sol e viu as linhas, os traços e até as rugas das pessôas e das coisas, e não somente o brilho das suas côres. V i u rugas de cansaço e até de dôr. V i u as quasi mil rugas de dôr do rosto do preto velho, pescador dos arrecifes. \ iu as rugas de velhice de S. Pedro dos Clérigos e das igrejas de Iguarassú. Sente-se nos quadros que Demelrio pintou no Recife, c n O l i n d a , em Serinhaem, o sol poderoso querendo dominar Ilido, querendo dissolver as coisas c até as pessoas cm borrões amarei los, azues. verdes, roxos e pardos. Mas se sente principalmente o pintor reagindo con l ra o sol e procurando dar a forma, a linha e o traço da paizagem. O Sino da Sc de pescador Olinda Por isso esses seus quadros são uma documentação valiosa. A vida e a paizagem do Recife são retratadas com exactidão c até com minúcia. Meios-dias morosos de ruas de São José. Lampeões tristes. Igrejas. Sobrados. Mucambos. Capellas. Meninas de luto. Moços bonitos. Mulatas. Negras. Barcaças. Canoas descendo o Capiberibe. I udo pintado com nitidez. Mas não com uma exatidão allcmã. N ã o esmagando a força poética que sane das figuras c cias coisas dos tropicos. Nos quadros que Demetrio Ismailowitch trouxe do Recife se sente não só um pintor honesto procurando ver direito imagens deformadas pelo excesso de sol, como um homem de paiz frio procurando comprehender uma das paizagens mais ardentes e cheias de mysterio do Brasil. i N J " Jte,. Solar de Monjope M M U C A M 8 0 S TELAS DE ,Z SMAILOWITCH Jímiu&m/fí Café cm ce reja São O BRASIL, Paulo LEADER ABSOLUTO DA PRODUCÇÃO DO CAFÉ- Per mais que queiramos, não podemos ser pessimistas quanto á Aqui estão as cifras, fornecidas pelo D . N . ( ., na parte referente situação do café. Il io Brasil, e colhidas no boletim da firma Steinwender, Stoffre- verdade que chegou uma occasião em que parecia que tudo estava perdido e vinha próxima uma catas- gen & ( ia. quanto á safra dos outros paizes: trophe semelhante á que se verificara com a borracha. PRODUCÇÃO Mas o Departamento Nacional do C a f c enfrentou corajosamente Sacras as contingências do momento, impo/, a politica heróica do sacri- I\ ao mesmo tempo que procedia a eliminação do excedente, o I). N . C . tratou de obter a melhoria do producto, estimulando a producção dos cafés finos. N ã o obstante os esforços dispendidos por esse iado, não perdemos a posição na estatística da de 60 kilos J U N I IO-JULI I O licio de lodo o excesso da producção, caminhou, decididamente, para o equilíbrio estatístico. MUNDIAL DE CAFÉ So/ros fímtil i')31/32 28.333.000 16.500.000 29.610.000 17.366.fKH) 20.857 (HH> :93J/33 l<>33/31 < 1 »3 i / 3 5 1933/30 Oulros Tolal paizes 36.620.000 25.739.000 38.530.000 25.065.000 3O.883.00O 8 . 2 8 7 . 0 0 0 9 . 3 2 9 . 0 0 0 8 . 9 2 0 (KH) 7 . 6 9 9 . 0 0 0 I o . 0 2 8 . (HM ) producção mundial. O A o contrario, pelos dados da ultima safra, que abaixo reprodu- revela regularidade, harmonia, dando-nos a certeza de que não zimos, póde-se haverá excesso no mercado c de que o equilíbrio estatístico do verificar que producção mundial do café. o Brasil contribuo com ~/3 da augmento da producção — de 1931/35 producto scra mantido sem difficuldade. para 1933/36 — . , ne Rio- ^ « r Von S ^ f - c o r , e > o „cis Je NA VELOCIDADE \ o n Sluclc. o famoso volanle. vencedor d e varias provas internacionaes. a p r o v e i t a n d o a sua estada n o R i o d e Janeiro, tentou mundiacs milha de Icilometro num A u t o Union. Essa tentativa realização cercou das de mais d o seu Victoria de parados, êxito do os requisitos de na estrada absoluto, Automovel controle R i o Petropolis, assinalando Club exigidos récords do a Brasil, para sua que a homologação internacionaes. pagina, triumpharam coroada uma todos marcas Nesta foi e bater os a alguns instantâneos habilidade e o cia arrojo prova de Von de velocidade Stuclc c a em que excellencia carro. V o n Stuck. no dia prova da grande Photos automobilística. Von de que O s apparelhos tragem quaes na electrica, loi controle de chronomzgraças possível perfeito. homologação obter aos um indispensável de internacionaes. I Ielmut marcas Stuck, batendo chegada, no terminava no momento a coriida. fio em sensacional Um aspecto rida; fraias ao Ui - stantaneo dc um dos carros de cor rida sobre a pis*c. fundo e montanhas da Impressionante da cor- Gavea. molhada. V o n Stuck do em passan frente tribuna An tes o Hicial da os ires corrida, vencedores' Pintacuda, Stuck e Outro da Von Brivio instantanco corrida vea, bello da Ga • vendo-se um trecho do I rampolim Diabo O M da do . Trampolim Diabo'' na do Leblon, da do curva entrada Avenida Niemeyer. • VI »'-Vv.- . ^r.iL M J t i áiu,'. Pliolos I Iclmut N estas duas paginas, queremos relembrar o instante de grande vibração popular que foi a corrida da C Javea deste anno. Ella deu ensejo a que se realizasse uma extraordinaria exhibição de coragem c habilidade, mas sobretudo offereceu opportunidade ao publico para rever e admirar a velha paisagem encantada da Gavea, cheia de belleza e imprevisto, atravéz praias, montanhas, nuas, á beira do canal ou entre rampas abruptas. A população aproveitou bem a occasião e espalhou-se pelas immediações do I rampolim do Diabo,, que, se não 6 a prova automobilística mais sensacional, tem, pelo menos, sobre as outras, a vantagem* de desenrolar-se atra vez da pista mais bella do mundo. O s aspectos que aqui estampamos lixam alguns instantâneos da corrida deste anno, em que tomaram parte diversos volantes de fama internacional, determinando uma competição fértil cm lances sensacionaes. Mas o verdadeiro encanto dessa evocação reside, antes de tudo, no panorama arrebatador da Gavea, em cuja imprevista composição topographica a mão do homem rasgou uma pista que oflerece todas as emoções do perigo e todos os attractivos da belleza panoramica. • - Esplendido e aspecto assistência, conjuncto ponto da pista apanhando o da tribuna offie tal, de chegada, etc. Na recta do fim Avenida da Niemcyer. Í L L U S T K A Ç A U O Dr. reclor Eusébio do Je Serviço que assigna te do Oliveira. Ji- Geologico" e este artigo. Grange iro. na Ü K A S I L E I K A ion- em Cr«;/o E U S E B I O DE O L I V E I R A Director do Serviço Geologico o Problema Seecd no ESTUDOS N o u l t i m o trimestre de PRELIMINARES CONSIDERAÇÕES 1932 fiz u m a excursão ao ( cara com o intuito d e verificar a possibilidade da appiicação dos estudos geologicos d a secca. O primeiro trabalho q u e executei meio d e se utilisar a formidável massa d agua á solução de alguns problemas teve por objectivo determinar o subterrânea a c c u m u l a d a melhor nas camadas are- A ECONOMICAS C h a p a d a d o Araripe, u m de comprimento e 2 0 em antes d o actual SOBRE A CHAPADA DO ARARIPE iminenso planalto cretáceo, m e d i n d o cerca d e sua menor desflorestamento, largura, é u m de exuberante 180 Icilomctros massiço d e arenito, q u e floresta, rica em preciosas se revestia, madeiras de nosas d a C h a p a d a d o Araripe. Para ex trahir essas aguas os geologos e engenheiros sempie lei. H o j e serve-lhe d e coifa u m agreste castigado por successivas queimadas, sendo a área propuzeram sondagens, executadas n o alto d a c h a p a d a . A s sondagens assim feitas, poucas descoberta aliás, provaram q u e a agua se acha a grande profundidade, nfio é artesiana, d e m o d o q u e entre as áreas cultivadas e as desbravadas. Devastam-se pelo fogo áreas d e vários alquei- a sua extracção seria extremamente dispendiosa res para tanto a própria consiste pura natureza c indica simplesmente qual em o por exigir o emprego de bombas. N o en- processo economico abrir galerias na base para da utilizar escarpa da essas aguas : chapada, onde aproveitada se plantar, depois ás para vezes, uma mal, um lavoura hectare. incipiente. Seus Não recursos ha proporcionalidade economicos acluaes. ponto d e vista vegetal, estão quasi completamente exgotados. N o emtanto. a reconstituição d a riqueza florestal é alli tarefa q u e se impõe e q u e n ã o d e m a n d a gindo porém continuidade. o G r a n g e i í o . Nesta ultima fiz uai serviço preliminar para verificar como a agua surgia cíd zados nas abas d a C h a p a d a , o n d e existem ricas jazidas d e gypsita. c u j o rocha e consegui em p o u c o tempo lançar cm u m ú n i c o canal tem sido u l t i m a m e n t e tentado, c grandes depositos de calcareo. cuja utilidade actual lhava em innumeras pequenas fontes. Installei ahi um encanamento de 15 \ por onde Do grandes recursos, exi- nascem as fontes q u e lá existem a séculos, algumas de grande vasão. c o m o a Batateira e toda a agua q u e se espa- do p o n t o d e vista mineralógico, os seus recursos estão locali- aproveitamento tem sido apenas c o m o lages para calçamento, mas q u e poderá futuramente ser aproveitado no passa toda a a g u a . ficando assim a fonte prompta para se utilisar a sua agua purissima n o fabrico d o cimento. U m . porem, se nos depara de importanca capital em todo o Nordeste : abastecimento é a grande reserva aquífera q u e o arenito constituinte d a C h a p a d a retém e q u e . por nume- da cidade do Crato, sobrando ainda bastante para a cultura permanente d o u m a grande área d e terras d e primeira q u a l i d a d e , o n d e d á tudo. inclusive café. depois a abertura d e u m a galeria d e l m . 3 0 x Iniciei l m . 2 0 n o sopé d a escarpa d a serra d o Ara- ripe. aproveitando u m p e q u e n o olho d ' a g u a , para verilicar a posição d o lençol d'agua. perfuração foi proseguida pelo auxiliar Carlos G o m e s u s a n d o somente picareta, a l a v a n c a , c u n h a 1'ilho até e marreta. A camada d e u m arenito amarcilo d e grão grosso, coin estratificação 50 metros d e permeável e A extensão, constituída falsa, tão saturado d agua que rosas fontes naturaes brotando aos pés dos talhados d a C h a p a d a , alimenta já n ã o pequena área d e cultura Araripe, nos Estados do Ceará e Pernambuco. f\. pois. a C h a p a d a immenso reservatório de agua subterranea. o q u e a torna mento de uma principal grande z o n a dos dois Estados referidos. Q u e m do factor d o conhece desenvolvi- a região n o pe- ríodo d e grande estiagem p o d e avaliar a extraordinaria preciosidade dessas nascentes, que conservam ahi em plena exuberância a vida vegetal, q u a n d o nas outras partes d o a o passar-se a m ã o na rocha, se tem impressão d e haver tanta agua q u a n t o areia. A es- cila quasi desappareco. O pessura d o arenito aquífero na bocca da galeria varia d e Im. a 2m.l0 por cm u m a irrigarão u m tanto primitiva. C u m p r e , porém, tirar maior e melhor proveito dessa um ausente. arenito d e granulação fina. na qual a agua e quasi A tendo o arenito aquiíero na base desmontado á picareta e o arenito montado foi preciso ia á cunha. augmentando corpo da rocha tamente cerlo que um dá corrente e Não progressivamente; a que escoar-se a perímetro perenne em abertura d e cerca para fins revestimento de porejamento filetes. de de e á Este numeiosas 400 no galerias que começo trabalho kilometros. agrícolas, medida em fornecerá abastecimento galeria fino da da um traçada n o tecto, des- galeria provou escarpa grande d'agua íoi se a v a n ç a v a preliminar tomo e c capeada das a agua passou ser no absolu- do Araripe, a i n d a quasr virgem, mas c o m o t ti p a d a . fazendo ali a p p h e a ç á o pratica d a solução q u e imaginou os lavradores q u e delia tiveram conhecimento, e já n e n h u m Alvim, sar novos estudos na Chapada, com assistente chefe d o o intuito d e organisar Serviço um Geologico. paulatinamente como vem sendo feito. O dado a de essa pelo dito technico consta das notas seguintes, no Relalorio A r m u a l d o Director, de pg. 4 6 : de geologicos para o aproveitamento ra- todos põe em d u v i d a os seus opti- com a mesma sympathia, o u poi ter sido mal comprchendida o u porque a sua surprehen- reah- plano d e perfuração desempenho Euzcbio visinhas. de galerias, o q u a l . embora n ã o pudesse ser atacado por absoluta insufficiencia d e verba, seria executado Dr. mos resultados. Infelizmente, porém, n a esphera administrativa, a solução n ã o foi recebida convenientemente d e Faria O agu.i cional d a agua desse immenso reservatório. S u a solução trouxe novas esperanças a c na elavação da agua para irrigar as magnificas terras d a C h a p a d a . Por isso. encarreguei Gersort seguir. utilisando a n a região d a C h a p a d a , abriu novos horizontes ao futuro d a grande área q u e cerca a Cha- dente engenheiro o q u e se verá a partido, O l i v e i r a , director d o Serviço G e o l o g i c o e Mineralógico, em viagem de estudos e energia hydrauiica q u e . transformada em clectrica. será usada na i i l u m i n a ç ã o das cidades ao bom d'agua volume cidades riqueza lavrador tira dessas fontes u m Estado missão 1951. simplicidade tivesse ferido escolhidos, trantes — formando lontes susceptibilidades. galerias por o n d e da aos problemas agua se possa escapar. cconomicoj preciosa contribuição d o d o Brasil, foi geiro e desta distante cerca d e 5 0 0 metros. A brotava pontos — galerias iniciada Doutor Euzebio de por elle mesmo, primeira galeria. nc;s proximidades d e urna grande fonte natural pada, donde d e abrir em fil- artificiaes. Esta solução, q u e e o n i t i t u c mais u m a veira a Trata-se. apenas, urn m i n u s c u l o com conhecida a Oli- abertura por Gran- galeria foi c m b o c a d a n u m paredão d a C h a - filete d agua. C o m 5 0 metros d e extensão com que J U L H O DE 1937 V2 litros por segundo o u ficou a galeria, a v a z ã o hoje é d e 3 sejam 12.600 litros por hora. í\ preciso lembrar q u e esse trabalho foi realisado quasi sem ferramentas e com recursos mínimos. A verba actual d o Serviço Geologico e Mineralógico, m u i t o p e q u e n a ern relação á nossa grande extensão territorial, m a l comporta menos d e metade dos Estados, Araripe é uma e a parle q u e estudos d e pequenas zonas tem tocado aos estudos d a Chapada fracção bastante reduzida, d e sorte q u e os serviços n ã o p o d e m desenvolvimento. O s estudos j á realisados nessa C h a p a d a em do ter maior c suas adjacências n ã o deixam mais d u v i d a sobre o valor d a região, q u e será, n o concerto das actividades d o paiz, futuramente. mais u m grande centro economico. Esses estudos n ã o p ó j em. porém, prescindir d o estabelecimento d e u m a rêde d e triangulação, pelo menos, d e 3.* ordem, com amarrados qual em pontos se apoiarão Isto feito, de coordenadas os levantamentos poder-se-á. com astronómicas topographicos segurança, atacar q u e é a aberluia das galerias íiltrantes, cm previamente determinadas e sobre o objectivo principal torno d a C h a p a d a . do plano de necessitaria d e u m orçamento minisno d e 2 0 : 0 0 0 $ 0 0 0 mensaes. q u a n t i a levar a efícito u m a bòa campanha serviço Para pôr em execução 180 klm. x 2 0 Idm.. com u m perímetro consequentemente enorme, o Serviço poderia a parciaes. seu programma. na C h a p a d a d o Araripe, considerando as dimensões m i n i m a s da de vcrtices o Chapada Geologico esta com q u e se d e estudos geologicos e levantamentos topo- graphicos, localisando as fontes naturaes e fixando os pontos das futuras galerias filtran- tes. Trata-se dc uina questão q u e , pelo seu alcance economico, está a exigir u m a solução decisiva, sem mais delongas. N ã o obstante os seus modestíssimos recursos, o Serviço Geologico e Mineralógico c o n t i n u a os seus trabalhos n a q u e l l a C h a p a d a , tendo iniciado já ou- Uma paizagem oxisem tra galeria d o lado d c Pernambuco, proximo a N o v o - E x ú . q u e , a i n d a em começo, já pre- da do Nordeste. nuncia a preciosa O Açude do Cedro. no Estado do Ceará optimos resultados. C o m o complemento, á questão das galerias filtrantes seria ne- a g u a cessário q u e o G o v e r n o promovesse a desapropriação d c u m a certa área d o lado d o C e a r á nas proximidades dc C r a t o e outra d o o estabelecimento de campos dc lado d e Pernambuco, experimentação, com o proximo a N o v o - E x ú , fim não só d c facilitar para ao la- vrador a acquisição d e plantas c sementes, c o m o d c introduzir n o seio d a classe os novos conhecimentos exigidos pela geral, d o m i n a o homem da agricultura lavoura moderna c que, por u m desperdício d u p l a m e n t e nocivo das populações charcos como aqui já por carência e aiii . N a dissemos, dc acha-se a combate em relação á á rotina agua. secular se caracteriza desbaratada do grandes Araripe, e pela insalubridade propriamente profundidades, economia verdadeiros agua alta região subterranea, da rocha arenosa, d c sorte q u e a agua usada é a das chuvas a c c u m u l a d a em exeavações do mes F i l h o : citado no Rclatorio A n n u a l a a dc cm permeabilidade solo d e n o m i n a d a s barreiros. Eis a descripção de u m devido dita. que, na á planta por excesso d e irrigação e á agua Chapada em barreiro, pelo engenheiro Carlos d o Director, dc Go- 1954. pg. 5 6 : B A R R E I R O "Barreiro é nome 1 dado uma exeavaçõo no sólo para deposito dc agua. Aproveita-se o suave declive da estiada d e rodagem para se abrir n o seu eixo u m a pequena valeta, com o fim d e encaminhar as aguas para o reservatório. O sólo geralmente argilloso, após exeavação. soffre u m a cspecic d e pilonagem q u e o torna impermeável. O pto acima, assemelhado a uma calote espherica. com o diâmetro dc a barreiro, descri- 50 metros c uma p r o f u n d i d a d e de 3 metros; presentemente a c c u m u l a v a u m v o l u m e d agua d c mais o u menos 2 . 0 0 0 melros cúbicos, tendo resistido perfeitamente á sêcca d c 32. E totalmente cer- cado d e arame farpado, sendo q u e o seu proprietário vende a carga d agua. litros, por u m cruzado. A isto c, 100 agua n ã o é perfeitamente cristalina, apresentando u m a côr mais ou menos leitosa, n ã o tendo, entretanto, sabôr desagradável; grandes potes de barro servem a uma obtidas, prévia soube-se q u e idealisado mente decantação, em o primeiro 191-1 pelo proseguc-sc a tornando-a barreiro d a sr. A n t o n i o abertura fresca, da ao paladar. região, construído Tavares, galeria N o v o - E x ú , Estado de Pernambuco. O satisfazendo no filtrante acima logar d e n o m i n a d o na aba da mais ou menos na altura d o nível d a g u a , o d agua. paia galeria, d a n d o depois d c assim concluída verte para nivel da galeria a perfuração, franco escoamento á galeria, constituído d e tabatinga q u e encharcada para o que foi Presente- Por ser o c h ã o d a fica m u i t o atoladiça. d i l f i c u l t a n d o o m o v i m e n t o d e transporte d o deixado Chapada, Jandaia'. Chapada agua tem-se da informações serviço nesta galeria tem sido mais trabalhoso, d a d a a p o u c a rcsistencia d o material, q u e exige forte escoramento. exterior, Por ligeiramente material superior fazer o rebaixamento geral ao do pela escavado do lençol chão da agua. arragern ide ao " Acarano Ceará Arenito com estratificações falsas. Fonte do Jaicôs A S GLORIAS D O AR (<3 esquerda) e M l l e t N*,d<A Claire Roman, que #««(*• saram o vôo Paris - Pondiche^Y (lncí«áf| Photo tirada pouco antes da pa«* d* ^ campo de Bourgct. O •"'O r/ 'ents* > Có t* S- u A MODA EM HOLLYWOOD Ira,* r {•ntar, em seda prêta, com enfeites de piqué branco. - E* Uchàdo em cima por um laço de piqué, que desce até a orla da saia. M*nsà% curtas bouffantes ott\èdâ% com t\oft% de piqué branco. Apresenta-o Kathryn M è A o w t . A C A M I N H O D A FELICIDADE D o d e que recebeu a noticia do divorcio da Sra. Simpson, o e x - R e i da Inglaterra deixou a Á u s t r i a , seguindo para a França, afim de encontrar-se com a sua futura esposa. Instantaneo da descida do Duque de W i n d s o r na gare de V e r n e u i l , onde tomou um automovel, d i r i g i n d o - s e para o sul de França. O DIA DAS MÀES, N A A L L E M A N H A Commemorando o « dia das M ã e s » , o - « C o r p o Automobilístico » de Berlim $c collocou k disposição da Municipalidade, para levar a passeio, como homenagem, ás senhoras que o desejassem. Tomaram parte nessa excursão 1.400 «má*t a l U m i v * . Al E z li i: A Plínio A EXTINCÇÂO DO Salgado ESTADO DÊ Antonio Corrêa de Oliveira GUERRA N o mez passado, extincto o praso de vigência do estado de guerra, não foi pedida sua prorogação, como vinha sendo feito, desde dezembro de 1935. Voltaram, assim, a vigorar todas as garantias conshtucionaes, inclusive a liberdade de imprensa. Desie modo, a campanha politica da successão presidencial poude ter um inicio realmente democrático, formando-se o ambiente propicio á jornada que culminará com a livre manifestação da vontade popular. A UNIÃO DEMOCRATICA NACIONAL A s diversas agremiações partiaarias didatura do sr. Armando de Salles cia da Republica uniram-se num extensão nacional, que recebeu Democratica Nacional. que apoiam a canOliveira á Presidênbloco politico, ae o nome de União A reunião inicial foi presidida pelo sr. Antonio Carlos, tendo falado diversos leaders opposicionistas. entre os quaes os srs. A r t h u r Bernardes, Octávio Mangabeira e João Carlos Machado. Espera-se, igualmente, a articulação das forças politicas que apoiam a candidatura do sr. José Américo de Almeida. O TERCEIRO M E Z CANDIDATO O terceiro candidato á Presidoncia da Republica é o s r . Plinio Salgado e foi escolhido em plebiscito realizado pela Acção Integralista Brasileira, por um total de mais de 8 0 0 . 0 0 0 votos. O resultado do plebiscito foi commemorado na Capital da Republica com uma grande parada. Uma commissão de integralistas foi ao Palacio do Cattete e em seguida ao M i n i s t é r i o da Justiça, afim de communicar ao Chefe do Governo e ao titular da pasta politica o lançamento da candidatura do sr. Plinio Salgado á magistratura suprema da Nação. A LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS Antes mesmo de expirar o estado de guerra, o novo titular da pasta da Justiça, sr. José Carlos de Macedo Soares, tomou providencias para que fossem postos em liberdade os presos políticos que se encontravam recolhidos á Casa de Detenção, sem processo. O numero de detidos algumas centenas. nesta Capital se elevava a lambem se abriram as portas das prisões dos Estados para todos os que ali se achavam sem culpa formada. O MEZ LITERÁRIO E ARTÍSTICO Junho foi um mez assignalado por notáveis acontecimentos na vida artística e literaria. Tivemos a visita do poeta Antonio Corrêa de Oliveira uma das mais altas expressões da literatura contemporânea de Portugal. Nas manifestações de carinho e sympathia que cercaram a figura do notável homem de letras, uniram-se brasileiros e portuguezes, ligados pela mesma admiração ao mais festejado poeta da Patria lusitana. Antonio Corrêa de Oliveira tomou parte saliente nas commemorações do " D i a da Raça". O u t r o acontecimento de repercussão nos meios inteliectuaes do paiz, foi o jubileu literário de Felinto de Almeida. O cincoentenario da pubiicação de " L y ricas" foi commemorado com festas de intensa espiritualidade e de extraordinaria significação. A Academia Brasileira de Letras, por sua vez, marcou Antonio Felinto de Almeida Arthur Souza Costa Carlo: dois factos importantes. Um foi a eleição de Oliveira Vianna, o autor de "Populações Meridionaes do Bras i l " e outros valiosos estudos, para a vaga de A l b e r t o de Oliveira. O u t r o foi a recepção de João Neves da Fontouia, escolhido para occupar a cadeira de Coelho N e t t o . O novo " i m m o r t a l " foi recebido pelo académico Fernando Magalhães e pronunciou uma bella oraçãc, estudando a vida e a obra do creador d ' " A Conquista". A VIAGEM DO ESTADOS MINISTRO DA FAZENDA AOS UNIDOS A s relações economicas do Brasil com os Estados U n i dos oevem entrar numa phase nova, por dois motivos: encerra-se agora o praso de vigência do convénio commerciai teuto-brasileiro e termina em abril do anno proximo o accordo financeiro a que se deu o nome de "Schoma" Oswaldo Aranha. O governo norte-americano entende que o convénio teuto-brasileiro offende á clausula de Nação mais favorecida do tratado commercial celebrado em W a s h i n gton entre o Brasil e os Estados Unidos. Por sua vez, o governo brasileiro conta prorogar o "schema" Oswaldo Aranha ou realizar outro entendimento que não nos exija um esforço maior no pagamento das nossas dividas externas. São ambos assumptos importantissimos para nós. Comprohende-se, assim, a razão da viagem do ministro da Fazenda, sr. A r t h u r de Souza Costa, para os Estados Unidos, afim de resolver estes o outros problemas das relações economicas yankee-brasileiras. <Í0 • Sala de • Rejeições INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT ^ ^ Instituto Benjamin Constant está incluído no rol do nossos mais notáveis estabelecimentos de Inaugurou-se creado poi aos 17 de Derreio de Setembro Bom Retiro. 1351. tendo sido 12 dos mesmos mez e anno. assi- gnado pelo ministro I.uiz conde d o de cducaçüo. Pedreira d o ( outo Ferraz, vis- Primitivamente, denominou-se í a Im- se por iniciativa na Cbacara de seu n.° 111, na Saúde, primeiro director José fez- Francisco em sua fiyfwlee Êscûù/os perial Instituto dos Músicos ( egos. A sua installaç&o. num prédio, que existia se/ryzle casa esfoÁÚa / M a lêcetkl suas {///ca cfucala de u/fca é a í i d Âoia tíccs p i ^ a k u á i </<xá> Jeuc/w cmxgas cá/s db- c / u z . ¥ Xavier Sigaud. medico do Paço. Fallecido este. substituiu-o no cargo o sr. C laudio min Constant. que de 28 de maio de I.uiz da Costa, sogro de Benja- lambem 1869. dirigiu O o Instituto, a actual director do Praça da Republica Cardoso de ( u í s m ã o . fundador da n.° Desde Republica, seu 17. cm 1864. é o mudou Dr. 17 de Setembro de patrono, t/ísax/o Instituto, cuja sede é á rua das Laranjeiras, para onde se da partir no cerebro de um cégo, José q u a n d o regressou a esta capital, em seus estudos na Institution de des / i a cázs //cais sua BISCOITOS Azevedo, Aveugles de AYMORE Paris, c foi uma ceguinha, a filha do Dr. Sigaud. a inspiradoura do notável Uma emprebendimento. aula Instituto de geograph ia Benjamin cúâxíosas ~ 1853, terminados os Impériale s um/fato- 1933. o tem ali erecta Alves u de Sady idéa da fundação do Instituto Benjamin Constant bro- tou ' aco//^auÂacáz amj^üuxcâes. berma. A cAa do Constant S b ï V / ç û ... o p b / m ô i à o CERTIFICADO PUBLIC • e m P l a ç a i * â / d o I L L U S T R A Ç À O INSTITUTO E DE PENSÕES APOSENTADORIA DOS CONTADORIA Balanço Geral encerrado m COMMERCIARIOS GERAL cm 31 de dezembro de 1936 ACTIVO DISPONIBILIDADES. B a n c o do B i a s i l Agentes Arrecadadores Depósitos á Ordem Caixa D e p a r t a m e n t o s Reíçionaes — TÍTULOS DE RENDA 12.264 :122$600 7.925:8895300 18.460:8655200 1:517$800 175 :361$õ00 c/supp. 33.827 :753$400 65.622:451$700 . IM M O B I L I Z A Ç Õ E S . Moveis & Utensílios Immoveis 1.535:472$400 1.687 :140$300 DIVERSAS CONTAS ACTIVAS. Depósitos & Cauções A d e a n t a m e n t o s Diversos J u r o s a Receber Ministério do Trabalho, i n d u s t r i a e C o m m e r c i o : E m p r é s t i m o autorizado peia lei n. 201 — de 4-2-936 Governo da U n i ã o : Saldo de contribuições debitadas 3.222:6125700 1:603$500 804 :834$900 4.025:379$700 F 6.000:0005000 _ J L_ 27.866 :744$100 17.034 :9265000 O / V A A. polo Presidente da Brasileiro ao Republica o decreto. q u e tomou o numero 1.708. icorganisando a C o m p a n h i a de N a v e g a ç ã o Lloyd Brasileiro, incorporando patrimonio da decreto referido determinou União e transferindo ao governo federal o companhia. também que deverão os cartorios de registro de immoveis e de navios c embarcações, bem c o m o as capitanias dos portos c demais 135.539 :564$900 repartições competentes, proceder immcdlatamente. ex-officio, a transferencia o Thesouco N a c i o n a l d e todo o acervo da actual C o m p a n h i a d e N a v e g a ç ã o 17.100 :2915500 212.639 :856$400 GERAL PASSIVO Brasileiro, fazendo 109 :448$300 e incorporados á a i n d a q u e a nova e administrada pela iranscripções empresa União, por respectivas e Obras para Lloyd a annotação nova empresa d e navegação de denomi- União. terá Inteira a u t o n o m i a intermedio de um administrativa, Director d e livre m e a ç ã o d o Presidente d a R e p u b l i c a , ficando subordinada ao Ministério d a O 53 :734$900 55 :713$400 transferencias nada L l o y d Brasileiro, d e propriedade d a dirigida 116.208:6365500 18.852:463$400 230 :320$900 nas q u e os aliudidos bens ficam Estabeleceu FUNDO DE CAPITALIZAÇÃO . FUNDO DE REPARTIÇÃO .... FUNDO DE DEPRECIAÇÃO . .. BENEFÍCIOS A PAGAR: Aposentadoria por Invalidez Pensões I CONOMICO activo e o passivo daquella grande 76.528 :500$000 571:791$500 TOTAL 1 63 A todo o seu acervo ao TOTAI. ACTIVO DE COMPENSAÇÃO: B a n c o do Brasil — c/custodia Diversas Contas a * A incorporação do L l o y d patrimonio da União oi assignado B R A S I L E I R A será no- Viação Publicas. decreto d o C h e f e d o Executivo se baseou n a Lei n.° 420. em mo approvada pela C a m a r a dos 10 d e A b r i l ulti- Deputados. 10:779$000 C O N T R I B U I Ç Ã O DIVERSAS % A CONTAS R E C O L H E R O PASSIVAS: 113 4 6 4 Restos a Pairar Gerentes c/Deposito Depósitos de Terceiros Vencimentos n ã o Reclamados :661$100 :000$000 :021$400 :234$000 li DEMONSTRAÇÃO DA CONTA DE r a s i l e i r o 77.100:291$500 212.639:8565400 GERAL RESULTADO Lloyd 135.539:564*900 76.528:5005000 571:791$500 TOTAL I. do 127 :916$500 TOTAL PASSIVO DE COMPENSAÇÃO. Titulo» Custodiados Diversas Contas Pedro DO EXERCÍCIO — 1936 RECEITA CONTRIBUIÇÕES. Associados Empresas 28.701:592$200 28.713 :126$900 QUOTA DE PRE VIDÊNCIA. C o n t r i b u i ç ã o da U n i ã o . 28.701:592$200 RENDAS FATRIMONIAES. J u r o s B a n c a rios J u r o s de Titulos J u r o s de E m p r é s t i m o s 86.116:311$300 1.096 :697$900 2.635 :258$900 150 :000$000 Prêmios aos plantadores F az 3.881:955$800 parle d o projecto d e lei approvudo DESPESAS ADMINISTRATIVAS. A<iministraçáo Central Departamentos Regionaes 205 :707$200 A a) D e z m i l rtis por tonelada a ser conferido ao lavrador q u e produzir no m í n i m o mil ícilos d e trigo em grão por hectare. cem Premio fixo.*-* Q u i n z e m i l reis por tonelada ao agricultor q u e produzir cm hectares. c) 8.768:8055100 Fornecimento para de transporte requigratuito nas estradas d e ferro c 253 :029$600 532.5025600 Contrib. fixo m e d i a mais d e m i l e quinhentos ícilos por hectare, n u m a area m í n i m a d e plantio d e 1.401:8295900 7.366:975$200 de Premio b; 785:5325200 INVALIDEZ 281:7415800 241:4655600 523:2075400 DEPRECIAÇÃO Kr cri Unte c'editado 230 :320$900 TOTAL DA 10.307:8655600 DESPESA a: de navegação, tinado d) ao das linhas sementes M en ou : Restituições e 57.414:7195100 3.881:9565800 Transferencias FUNDO DE REPARTIÇÃO. C o n t r i b u i ç ã o da U n i ã o Receitas Diversas ; 61.043:6465300 da machinaria Menos: Despesas A d m i n i s t r a t i v a s Despesas Diversas Benefícios Regulamentares F u n d o de Depreciação J. P. MACHADO Presidente. DA de iri a 0' brasileiro ou moi- beneficiamento. Abatimento o de transporte nacional nos I lu\ iaes. ferroviários, fretes 60 de % trigo marítimos, rodoviá- rios, das empresas officiacs de lavores 28.907:2995400 da União, gozam qualquer q u e seja a natureza desses favores. 8.768:8055100 532 :5025600 523 :207$100 230:3205900 10.054 :8365000 18.852 :463$400 90.203:9755300 a.) agrícola, transportes ou das q u e 28.701:5925200 205:7075200 ^° ço d e custo das apresentações, sobre 253:0295600 trec grupo d e lavradores, pelo pre- e) 61.296:6755900 ^m plantio. V e n d a a agricultores nhos e FIJNDO DE CAPITALIZAÇÃO. Contribuições Rendas Patrimoniaes sobre a 1942 : d e trigo nacional q u a n d o des- DE Deputados, titulo d o estimulo, durante o praso d e cinco annos, fica instituído : sição, FUNDO dos cultura d o trigo n o paiz, o instituição de u m a serie d e prêmios a serem con- ató o a n n o de DESPESA POR pela C a m a r a Brasil mesmos ás seguintes condições q u e vigorarão pelo espaço de cinco annos. ou seja 2 :9115700 162:063$900 18 :626$000 27 :105$600 90.203 :975$300 APOSENTADORIA PENSÕES no cedidos aos lavradores q u e cultivarem essa gramínea, obedecendo a concessão dos RECEITAS DIVERSAS. C o n t r i b u i ç ã o de Aposentados Multas Regulamentares Doações e Legados Eventuaes DESPESAS DIVERSAS. Restituições e Transferencias Serviços Hollerith de trigo SILVA a.) R I N ALDO G. Contador. DE Movimento aereo commercial em 1936 resce dia a dia o m o v i m e n t o aereo commercial n o nosso p a i / , promovido pelas SOUZA ^ ^ companhias aulorisadas a fuaccionar a q u i . e o v o l u m e desse m o v i m e n t o 1936 é bastante curioso, c o m o se p o d e ver pelo q u a d r o q u e se segue. em J U L H O DE 1937 Ilsj). do movimento Rio Aviões chegados. 780 983 Aviões 7S2 990 partidos. '. Alegre Paulo Sa/lios 640 24 1 642 235 591 591 Bahia S. Recife Pelotas 632 632 404 403 •coKtiequtxa 1 PASSAGEIROS desembarcados . 6.2! 5 embarcados . .. 5.965 cm transito . .. 287 4.208 4.231 1.612 2.058 1.899 2.836 1.053 1.049 4 1.816 1.766 4.947 1.788 1.740 1.888 c7 a lijOia (M UmxeMLCL 1.172 1.129 412 ^macutaa am v usa ROGER GÀLLET O Sr. Joaquim Leite, inventor do tijolo refractario, (á esquerda, falando a um jornalista) DErÀQQOZ EXT&ÀCTO LO C à O BQJLWANTINA Um invento brasileiro ma importante descoberta acaba de ser feita pelo Sr. Joaquim C orreia Leite, collecior federal em Bomfim. no Listado de G o y a z , da qual advirão para a economia nacional vantagens dignas de apreciação. U PAVOTS A I R F R A N C E Misturam-se 2 terços de argila mineral com um terço de areia vegetal c 30 c/o de agua para formar a liga. depois leva-se a um apparelho arnassador, dahi para a prensa, da prensa para seccar sobre uma prateleira c dahi para o forno, onde são queimados tijollos. A MAIOR F E C H A M E N T O O valor ouro da nossa exportação va!or-ouro das nossas exportações, nos primeiros mezes do a n n o em curso, foi bastante favoravel em confronto com o mesmo periodo de gumas mcicadorias melhoraram a sua posição nos mercados 1936 c 1935. Alexternos, como a m o u r , D A R G E N T ROGERGALLET A descobeila do nosso patrício consiste cm ter verificado, graças a longos estudos, que com 6 6 °/c de argila mineral e 33 r/c de areia vegetal, se obtém um preparado solido para fabricação de aríigos refractários, taes como tijolos, cadinhos, etc. A areia vegetal é extrahida da casca de uma madeira branca, conhecida por Pau Areia. Este preparado só se funde a uma temperatura elevadíssima de muitos mil gráos de calor. Para fabricar o novo preparado referido, procede-se da seguinte maneira : a argila depois de bem sccca, inóc-se bem fina; queima-se a casca c móe-se o carvão, reduzindo-se a pó finíssimo. O t) c R e u b s I rata-se de un» processo para fabricação de matéria refractária ulilisavel cm tijolos e cadinhos. A primeira experiencia publica foi rcalisada em G o y a n i a , cm presença dos autoridades do governo, sendo derretida considerável porção de garnierita (niclccl de S ã o josé de locantins) no cadinho fabricado com o novo material, o qual, além de resistir á mais alta temperatura do maçarico pclogenco. conservouse. externamente, absolutamente frio. se REDE AEREA DAS MALAS MUNDIAL NO RIO DE JANEIRO Todas as Terça-feiras: Todos os Sabbados: Para o Sul do Brasil - Uruguay Argentina e Chile. Para o Norte do Brasil - Africa Europa e Asia. pôde verificar pelas cifras abaixo : Libras - ouro MERCADORIAS / 1935 1936 1937 52.000 105.000 9.000 55.000 92.000 116.000 59.000 137.000 139.000 27.000 102.000 185.000 Pellcs 105.000 97.000 64.000 Sêbo c graxa Manganez Pedras preciosas 77.000 37.000 - 68.000 21.000 12.000 126.000 28.000 17.000 1.000 1.000 38.000 1.071:000 520.000 853.000 52.000 197.000 65.000 210.000 136.000 185.000 2.997.000 3.353.000 3.438.000 97.000 204.000 193.000 .. 34.000 33.000 56.000 .. 35.000 6.000 31.000 23.000 24.000 27.000 Caroço de algodão 44.000 104.000 135.000 Castanhas com casca Côco de babassú Outros frutos para oleos 57.000 4.000 2.000 24.000 12.000 6.000 60.000 16.000 17.000 46.000 42.000 f> 1 . OCO 120.000 81.000 101.000 49.000 53.000 93.000 29.000 40.000 27.000 38.000 98.000 88.000 193.000 278.000 217.000 5.650.000 5.833.000 6.433.000 Banha Carne cm conserva Carnes Couros Lã congeladas Algodão cm rama Borracha * Cacáo Café Céra de carnaúba Farelos Bananas Castanhas descascadas Baga de mamona Fumo ! Hcrva malte Madeiras Oleos Tortas vegetaes oleaginosas Diversos Total AS 18 AS 22 HORAS NA HORAS AGENCIA NO I N F . : AV. RIO B R A N C O DA CORREIO 62 CIA. GERAL TELEPHONE 23-0010 Recebe diariamente as mais lindas e variadas flores das culturas de PETROPOLIS e BARBACENA E s p e c i a l i d a d e em bouquets de noiva, cestas, coroas e decorações para banquetes e casamentos. r - k ' l JORGE RlM — I GONÇALVES 11 •-- m I 0//)í I I 1? • R/0 • -•-•• M L, # m HEVSELER £ TBL.21-8260 — J TUDO QUE ÁS INTERESSA SENHORAS . . . e s t á n ' 0 M A L H O , a primorosa revista, impressa em off-set e rotogravura e que, Um trecho encantador de Bello Horizonte Esse ce lindo a Bello poética cos. pedaço Horizonte, das ruas Íí o bairro galows de paizagem novos a cidade rectas de urbana e dos Lourdes, e a sua perten- remançosa parques com bucóli- os seus majestosa e bun- cathedral. ás quintas-feiras, é a leitura de toda gente. (Photo Elpídio) T O I» ( I S OS A L F A I A T E S devem ter em seus ateliers os melhores figurinos londrinos, que orientam a moda masculina em todo o mundo — LONDON STYLES MEN'S FASHIONS IDEM - (PEQUENA EDIÇÃO) IDEM — (MAPA DE PAREDE) Figurinos de preferencia mundial. Ultimas edições agora chegadas de Londres. Distrib. exclusiva no Brasil, S. A. O M A L H O - T r . Ouvidor, 34-Rio A' venda em todas as casas de figurinos- Livrarias e jornaleiros NORTE DO PARANÁ FUTURO /Uuz Nesta j u a  d a c f e ^ zona Terras DO salubre Norte BRASIL e ubérrimo onde do Po r o n á a C i a . de está realizando emprehendimentos de vulto. a /erro tem uma attroçõo irresistível á O e dia o dia o floresto voe cedendo lugar civilização. cliché do Colonio que estampamos Heimtol da gleba com 300 do que é o maravilhoso familias matfa dessa Jacutinga o liemos perto do idéo regido. CIA. de TERRAS NORTE DO PARANÁ A Rua maior 3 de empresa Dezembro, colonizadora 48 — Caixa da America do Postal, 2771 — São Sul Paulo f w \Xk O T I Co h il ^ , y v . • m y ( > > r /vi: 2S« De ricçào e fscnpo i ro i w i essa do Ouyd io,r 31 ^jiicm^j RIO DE JANEIRO Redaccâo e Olicinas R. Vsc ionde lie llaii, 419