K
it&
\
V
/
ü l l u s t r o ç à o
Dcasíleíco
JULHO
NUMERO 27
ANNO
XV
DE
1937
MENSARIO
EDITADO
PEIA
SOCIEDADE ANONYMA " O MALHO"
DIRECTOR-GERENTE
A N T O N I O A. DE S O U Z A E SILVA
Administração e escriptorios: T r a v . do Ouvidor, 3 4
Redacção e officinas: R. Visconde de Itauna, 4 1 9
Telephones 2 3 - 4 4 2 2 e 2 2 - 8 0 7 3
End. Tel. O M A L H O -
PREÇO D A S
N O
Caixa Postal 8 8 0 -
RIO
ASSIGNATURAS
BRASIL
N O
EXTERIOR
A N N O . . .
355000
A N N O ...
50$000
6
18$000
6
2ó$000
MEZES.
SOB
REGISTRO
N U M E R O
ME'ZES
«SOB
A V U L S O
REGISTRO
3 S 0 0 0
r
RASILEIRA
m
a
n
h
a
.
.
.
SUMMAHK) DOS PKINCIFAES
ASSUMPTOS DESTE NUMERO
ESMOLA
UM
O
A
UM
BAILADO
LITTORAL
AS
VIDA
Redacção
ESTAÇÕES
DE
Dc
DE
MARMORE
SANT'ANNA
OLIVEIRA
Poesia
de O l e g á r i o
Chronica de Celso
Magalhães de Azeredo
E COSTUME
CARAJÁS
BRASILEIRA
NA
Redacção
PINTURA
Chronica de Flexa
SENTIMENTO
PLÁSTICO
mm
Marianno
ANGELI
DOS
n o i t e . . .
DO
Redacção
A BÍBLIA E O C Y C L O S A G R A D O
O
Peixoto
DO
BRASIL
Chronica de A l v a r o de las Casas
CAMPO
DIEGO
de A f r â n i o
NACIONAL
QUATRO
ALBERTO
RICO
Chronica
Ribeiro
Redacção
...eis o preceito tio novo
T r a t a m e n t o de B e l l e z a
Coty
S
IM,
ORIGENS
POÉTICAS
DA
VICTORIA
REGIA
m e n t o scientifico d e belleza C o t y .
ARTES
O
de Osvaldo
E ARTISTAS
PROBLEMA
LAUDELINO
Orico
Redacção
DA S E C C A N O N O R D E S T E
Chronica de Eusébio de O l i v e i r a
FREIRE
Redacção
—
a
ultima
creação
do
famoso
perfumista
NA
DA
VERTIGEM
GAVEA
Redacção
DA V E L O C I D A D E
Redacção
pela p r a t i c a .
H.
DOUBLÉS
Cavalleiro,
Helmut
E
DESENHOS
lsmailowitch |
e Julieta
de
Luiz
DE:
Gonzaga,
Não
requer preparações c o m p l i c a d a s , n e m v ã s e p r o l o n g a d a s
esperas
entre
rápido,
porque
feitamente
Uma
as
varias
phases
do
tratamento...
é efficaz, e, a l é m disso, d e
DEPOSITÁRIOS
per-
o
seu
deste
novo
n ã o i m p o r t a q u a l seja
estado
—
os
cuidados
Si
Carneiro
exigidas
para
DEPOSITÁRIO EM S. PAULO
a sua
natu-
Casa Fachada
que hão
de
S ã o estes
os a t t r i b u t o s d o n o v o t r a t a m e n t o d e belleza q u e
C o t y entrega á sua a p p r o v a ç ã o .
Perfumarias
tratamento
agora
deseja conhecel-o em
detalhes, solicite d e q u a l q u e r d a s casas a l a d o o elegante
Almeida.
folheto
LE
CHEMIN
DE
LA
BEAUTE*
PARIS - R I O
COTY.
DA PRÓXIMA EDIÇÃO
UM
VARÃO
DA
MOBILIÁRIOS-TAPEÇARIAS
REPUBLICA
Chronica
DA
ERA
DAS
BANDEIRAS
de H é l i o
A'
HYDRO-ELECTRICAS
Chronica de A f f o n s o
AMADEU
A
AMARAL
FAMÍLIA
TELHADO
de E.
de A f f o n s o
de
NESTE MEZ, GRANDE
VENDA
DE S A L D O S E P R E S E N T E S Ú T E I S
Taunay
Leile
Ceiso
A
ANDORINHA
Chronica
P E L O S M E N O R E S PREÇOS
Lobo
USINAS
NA
POLITICA
Chronica de A u r e i i a n o
Chronica
DE
DAS
Adelmar
S
A
VIDA
NO
BOJO DAS C A N Ô A S
A
( I RN
E
S
EGISTRADA
MAPCA
Tavares
e s
Redacção
RIO
Casa Hermanny
das grandes vantagens
nem
NO
Casa Cirio
accessivel.
d a r á sua pelle —
reza,
E'
custo
conserval-a em p e r m a n e n t e v i ç o e m o c i d a d e .
TRSCHROMIAS,
de
Paris — é d u m a s i m p l i c i d a d e m a r a v i l h o s a . . . e, a o m e s m o
está n o r e d u z i d o n u m e r o de preparações
FLAGRANTES
a S r a . ne-
Esse n o v o t r a t a m e n t o
t e m p o , d e u m a efficacia c o m p r o v a d a
Chronica
que
cessita reservar, c a d a d i a , p a r a fazer o n o v o trata-
Coty
AS
a p e n a s 20 m i n u t o s é o t e m p o
- R U A
D A
C A R I O C A
- 6 7
• D I O
D E
J A N E I R O
BANCO DO B R A S I L
TAXAS PARA AS CONTAS EM DEPOSITOS
€0111 j u r o » (sem limite)
3Ä°/o a. a.
• •
Deposito
inicial
lis. 1:000$000. Retiradas
livres. São rendem
juros
os saldos inferiores
a esta ultima
quantia,
nem a* contas
liquidadas antes de decorridos
60 dias da data da
abertura.
P o p u l a r e s (limite de Rs. 10:000$000)
AXXO
Dia
3o/0 a. a.
3%
Deposito
minimo
lis.
a.
a.
l:000$00i)
De aviso
3 %
a.
a.
Aviso prévio
de 8 dias para
retirada
até 10:000$000, de 15 dias
até SO.OOOSOOO, de 20 dias
até 30:000$000 e de 30 dias
vara
mais
de 30:000$000.
Deposito
inicial
Iis.
l:000$000.
L e t r a s a premio - (Sello proporcional)
Condições
idênticas
aos Depositos
O Banco do B r a s i l
faz
a Prazo
todas
fixo.
as
I"
(Segunda-feira}
Dia 2 —
O
Dia 3 —
3 1/2 o/0 a. a.
4 o/0 «. a.
de 9 a 11 mezes
de 12 mezes
operações bancarias :
Descontos, Empréstimos ein Conta Corrente Garantida.
Cobranças, Transferencias de Fundos, etc.
Na Capital Federal,, além da Agencia Central si Rua l.° d«» Março, 6G: estilo em
pleno funeclonamento as seguintes Agencias Metropolitanas que fazem, também,
todas as operações a c i m a enumeradas:
Gloria
— Largo do Machado - Edifício Rosa
M a d u r e i r a — Rua Carvalho de Souza N. 299
P . B a n d e i r a — Rua do Mattoso n. 12
serviço
'iiulo
O
Muitos
dependendo
de um
Historico
a seu
para o dia
ioçia
Directoria
de Obras
Dia 5 —
h* posta
em
cortas e
registrado;.
D; a 6 —
E'
da
irùnsferidos
Dia 7 —
E'
Dr.
os
Geographico
serviços
Dia 8 —
O
á
de
a
de
Dr.
passa a ser
S.
Paulo
José
illuminação
distribuição
Impronsa
o
feito
publica
Int.
da
e
o
meteoro-
Industria.
de
jornaes,
Telegraphico",
sobre a Télégraphia
ao museu da
confere
Calmon.
domiciliaria
"Almanach
que
traz
nova.
de Guerra
um canhão de
bronze
marechal Mallet solicita do Min. da Viação ligação telephonica
Dia 9 —
O
phonica
do
S.
Paulo
para estabelecimento
Dia 10 —
Gomes
• Dia I I
Governo
A
Casa
Vieira
assigna
de uma
Machado
contracto
linha
com
a Cia.
ligando Santos a São
lança
a
valsa
"Graciosa",
— A
Custodio
E* enfiado
á
o Presidente
imprensa
da
o
chionolog. da Leqisl. da Marinha",
de
João
Republica.
Io
do
vol.
de
"Compilação
I o tenente J. M .
alphab. o
Monteiro.
Dia
13 — Teíegramma de Aracajú annuncia o naufragio do brigue
que
era
commandado
te
15 —
inajg.
16 —
pelo
Apoiio,
escreva",
Constituição
Dia
Vicente.
Camara nomeia commissão para estudar a denuncia do almir.
de Mello contra
Dia 12 —
Dia
Te!o-
Junior.
cap.
Nicolau
prosegue
musica
o
de
F.
do Congresso
do
Duarte,
de
S.
"Pirajá",
Possolo.
successo
da
Rio
revista
de
Souza
Carvalho e
Faulo,
para
Bastos,
Filgueiras.
tratar
da
revisão da
Estado.
O heróo do dia é Santos Dumont, que conseguiu, no seu dirigive',
contornar
a torre
Di*
O
17 —
Eiffel,
eng.
8.
em
Paris.
Machado Coelho
de
Castro
propõe
linhas de electricos entre Cascatinha e A l t o da Serra,
Dia 18 — Acha-se
exposto
no
"Bric-á-Brac"
figurando
a nossa
Marinha
na
Independencia.
Dia 19 —
Realisam-se
os
tuneraes
do
um
a
constr.
do
( Petropolis).
quadro
marechal
Tude
de
De
Neiva,
Martir.o
que
fez
o
Humaytá.
Faiiece
o
general
Claudio
Savaget,
1845. O feretro soo da rua 28 de Setembro
que
nasceu
nesta
(V.
Isabel).
cidade,
Dia 21 —
No saião do Club de Xadrez de Nictheroy, o Conde de Affonso
Celso faz
importante
Dia 22 —
S.
Lobo
conferencia
& Cia.
no porto de
A
sobre
Fagundes
estabelecem
a
Dia 24 —
imprensa
de lucta
Pela
i"
do
gravação
O
Pará
Casa
valsa, extrahida
Dia 27 —
Os
noticia
(S.
logar
pelos
descarga
de
dos vapores
da
Cia.
do
inaugurada
O
Sr.
a
Parque
o
contrabando
Fluminense
uma
exhibição
Kentys.
na
Imprensa
de
a
"Histoire
pantomima
Nacional
Regional
de
d'un
Mario
solicitam
cujo capital é de
Exposição
réis,
Bernardelli.
vitrine
Neves da
Pensões,
E'
evitar
em Aricary.
e desenho
põe
Sellarmino
da
para
recebe um modelo das moedas de 200
Paris,
operários
que
no
irmãos
Bevilacqua
por
oa Caixa
Dia 28 —
tem
Min. da Fazenda
de Tersant,
Dia 26 — A
reforma
vez,
romana, feita
Dio 25 —
Varella.
Paranaguá.
do ouro, será creado um porto militar
J
Basti'hô
do forte de S. João com a Secretaria da Guerra.
Dia 23 —
NU
da
no qual se vó a effigie de Luiz X I V .
Costeira
.
da Tomada
Publicas para a Directoria
F. Bhering
recolhido
e
execução
distribuído
um artigo do
em
da educaçio de seus filhos ?
Certamente o Sr. n i o se re
cusará a conhecer — sem com
promisso — o meio com modo
e adequado de poder premer
var. desde j á . o futuro de sua
familia. Si é assim, faça uso
do coupon abaixo
Isto n i o
lhe traz despesa nem respon
sabitidade alguma
Apenas o
orientará na s o l u ç l o deste
importantíssimo problema
»»
Jardim.
socio correspondente
São
Dia 20 —
O
»
P.. G. dos Correios.
Dia 4 —
cerco de
c*U» m
Transfere-se
de carimbação das correspondências
de honorário
Talvez
A* S U L A M E R I C A
—
Instituto
Dia 14 —• N o
Sc j á considerou como t
parecida com a dos alpinista t a sua situação de chefe
de família ? De sua scgurançA.
pode-te dírer. depende a segurança de tua esposA e de seus
filhos no futuro Agora o Sc
c t t i forte, cheio de saúde e
vigor . . Trabalha, ganha, gas
ta. divrrte-ae
. N a d a deixa
faltar á sua f a m i l i a . . M a s
que succederá n o dia cm que
sc acabar casa calma e a esposa nüo puder ma rs contar
com o seu d e s v e l o e com
os p r o v e n t o s de seu traba
l h o ? Será poasivcl incumbir
ae ella sozinha do sustento e
%
1901
r.a Saia do Sello, da
21/2 o/o a. a.
de 6 a 8 mezc<
DE
a manifestação em memoria de Silva
Deposito
inicial
Iis.
200S000.
Depo si tos subsequentes
mínimos
lis. ÍOOSOOO. Retiradas
minimas
lis. ò0$000. Demais condições
idênticas aos Depositos
Populares.Cheques
sellados.
Prazo fixo de 3 a 5 mezes
"• "
S 1/2 o/0 a. a.
Denosito inicial
lis. ÍOOSOOO. Deposito*
subsequentes
mínimos
lis.
ôOÍOOO. Retiradas
mínimas
lts. 20$000. Não rendem juros os saldos:
a) inferiores
a lis. õoSOOO; b) excedentes ao limite,
e c)
encerrado*
antes
de decorridos
60 dias da data de abertura.
Os cheques
dexta
conta
estão
izentos
de sello desde que o saldo não
ultrapasse o limite
estabelecido.
Limitados (limite de Rs. 20:000$0G0)
•
da
pierrot",
Costa.
Camara
a
350:000$000.
de
Agricultura
de
Iguapé
Paulo).
FIRME
Qu+irmm remeiter-me grati*. e Mm compro
mi»»nt um folheto »obre Seguro dm hd+
5-NNMN-
Dia 29 —
C o m p a n h i a N a c i o n a l de Seguros de Vida
de
Sá.
celebre
por
seus coletes
lê
seu projecto elevando a 21 o numero de membros do Conselho
Dia 30 —
Sul America
Heredia
de
Sahe á iuz o
Nascimento
Dia 31 —
rtdactor
n.° do
"Correio
da
Semana",
sob
Camara
Municipal.
a direcção
Feiiosa.
Encontra-se
do
l.°
na
' Diário
no
de
Rio
o
Noticias"
estrada de ferro de Alcobaça.
jornalista
do
Parsondas
do
Carvalho,
Pará e ao qual se deve a idéa
exda
A
CREAÇAO
DO
TELEGRAPHO
NO
BRASIL
A
idca de o ministro da Justiça. Eusébio d c Queiroz M a t l o s o C amara, esforçar-se
por dotar o R i o d c Janeiro dc communicaçõcs telegraphicas nasceu-lhe q u a n d o viu
que as ordens emanadas dc seu Ministério para pontos longínquos levavam
muito
tempo a ser transmittidas. S. h x . incumbiu a magna tarefa ao professor d c Physica
da Polytechnica, Dr. G u i l h e r m e C a p a n e m a , descendente de uma distineta
familia
ausiriaca. os S c h u c h .
— Estou resolvido
disse-lhe o Ministro — a conceder-lhe tudo q u e precisar, com-
tanto que faça u m a realidade o estabelecimento d o
I elegrapho no
Rio!
Sc assim disse, assim fez. A s primeiras iinhas foram postas, aproveitando-se o concurso de sentenciados d a Casa da Correcção. Eram subterrâneas c ligavam o paço
dc São Christovão ao Q u a r t e l General, onde. hoje. se vê o Ministério d a ( «uerra.
O
I)r.
Capanema
nomeou
para
seus
auxiliares
os
acadêmicos
de
Engenharia
Bento José Ribeiro Sobragy, Ernesto G o m e s Moreira M a i a . José J o a q u i m de Oliveira. A
inauguração realfsou-se a
lelegra.mvnas cnire
( opanema.
Em
e
I).
Pedro
presentes
no
1858. contavainos
360
melros.
II
11 de M a i o de
e o Ministro
Quartel
General
14 postos e a
Achavam-se
ein
1852. consistindo na
Eusébio de
áqucllc
e o
professor
instante.
extensão das
íunccionamenlo
Qucfroz
troca de
16
linhas era dte
H
apparelhos.
Brcguet
8
kilomelros
e
8
Stohrer. N o a i m o seguinte, a extensão das linhas era de 64 Icil. e 982 metros.
De
18 d c M a r ç o de
1860 a
16 de M a r ç o de
expedidos loi de 5 . 9 7 6 e o de palavras de
1871. o numero de
lelegrammas
218.348.
A s despesas feitas com o Telegrapho. dc sua installação ate 30 dfc dezembro
1871.
foram
orçadas
em
138:863S372.
Mensalmente,
os
serviços
de
telegraphicos
custavam, no Rio. a pequena somina de 600S000.
O s Estados que possuíram primeiro estações telegraphicas foram ( cará.
Pernambuco. Bahia e Santa
Antes de
Maranhão.
Calharina.
1848. possuíamos postos de telegrapho semaphorico. q u e estavam
lados em C a b o
t^iio. em Itaipú. Ponta
CA SA
RECEBEU
DANIEL
OBJECTOS
de 4lte
NA
Exmros
EXPOSIÇÃO
NSLHVT
INTERNACIONAL
de
'Pcvus
m7
instal-
Negra, nos morros d o Castello e da
Ba-
byionict e na fortaleza de \ illcgaignon.
ONDE
O
REPOUSAM
famoso
AS
bandeirante,
desapparecimento
do
CINZAS
desde q u e
fidalgo
DE
ficou
luso
D.
BORBA
provada
Rodrigo
GATO
a
sua
de
innocencia
Castello
no
Branco,
caso
do
foi
no-
e
C A S A
D A N IE L
meado tesentc-gcncral d o M a t t o , lixou sua restacncia definitiva n u m povoado, q u e
elle mesmo f u n d o u , o dc S a n t A n n a d o R i o das V e l h a s .
depois d c ter conseguido, em J u l h o de
Elie se findou. 6 annos
1711. elevar Sabará á villa. e contava a
edade de 90 annos. Seus restos mortaes acham-se n u m a
capelía
de S a n t A n n a .
ao
lado da
qual
pode
cova rasa, na
ver-se um
velho
pendente de uma armação de madeira, sino esse fundido, cm
nave
sino d c
da
bronze,
1751. em
Sabará.
Borba G a l o prefeiiu fechar para sempre os olhos sob o céu esplcndentc de M i n a s ,
não se importando que os únicos seres, q u e estimava no m u n d o , se fossem
abençoada
terra
para
além-Atlantico.
deixando-o
só
com
seus
queridos
desta
c
fieis
sei vico las.
0
COMMLRCIO
DE
MUSICA
NO
BRASIL
Este anno. festejamos o centenário da chegada, ao R i o de Janeiro, d o sr. Pierro
G u i g u o n . negocicinte francez q u e a q u i fundou
pianos. O
seu estabelecimento abriu-se. em
a primeira c mais celebre casa
1849. á rua d c S ã o José. n.° 6 0 .
dc
Era
uma fabrica d c oigãos. harmoniuns e pianos Pleyel. oblíquos. G u i g u o n gosava da
protecção do
Imperador, q u e o fez nomear organista
que exerceu de 3 de março dc 1855 até
da C a p e l l a
Imperial,
1862. data d o seu trespasse. O s
cargo
succes-
sores do esforçado musico foram a viuva e o seu filho Frédéric. q u e o substituiu
nas funcçócs
dc
organista
na
Capella
Imperial.
Irédcric.
em
1877.
transferiu
a
sua casa para a rua dos O u r i v e s n.° 9 . Neste prédio, fabricou um orgão d c enormes proporções, que. em
em São P a u l o .
Auguste, A o
1920. ainda se encontrava no C o n v e n t o Santa
Morreu em setembro de
pioceder-se, em
gnon teve de ser trasladada
1901, passando o seu negocio ao
filho
1904, á abertura da A v e n i d a ( entrai, a casa
(»ui-
para a
rua
Sete do Setembro
entrou para a firma o Sr. Carlos Nascimento,
para o progresso d o
negocios. em
n.°
141.
Em
brasileiro, q u e bastante
nosso primeiro estabelecimento
1909. passou
I hereza.
a casa a A n t o n i o
dc
musica.
Moreira
Castro
1907,
concorreu
Retirando-se
Lima. que.
dos
pouco
depois, se m u d o u para o n.° 106 da mesma rua.
OS
VINHOS
PORTUGUEZES
NO
BRASIL
1'endosc cin conta a nossa p o p u l a ç ã o , ha 36 annos. era considerável a nossa importação dc vinhos
1.928.569.53
portuguezes.
litros,
tendo
Ein
1900.
diminuído
de
no
mez
de j u n h o ,
555.155.51
C o m o era natural, o Brasil, o que se verifica
ainda
litros,
no
foi
estimada
anno
em
immediato.
agora, occupava
o
primeiro
logar na qualidade de consumidor dos vinhos de Portugal. Para confronto, servem
estes algarismos,
litros;
Bélgica.
referentes
21.713.14:
ao
mez
Chile.
de
maio
6.034,38;
de
1901:
China.
Allemanha.
720;
151.146.49
Confederação
platina.
5.3S8.70; Dinamarca. 9 1 . 0 9 3 . 4 4 ; Estados U n i d os, 11.521.42; 1'rança. 4 6 . 1 2 4 . 0 2 ;
1 Icspanha.
153;
cias portuguezas
I lollanda.
(Africa).
Suécia c Noruega,
108. 103,8;
99.715;
169.057,86;
Inglaterra,
Prov.
port.
L ruguay,
1.695,899;
(Asia),
13.842.
740;
Quer
Italia,
101;
Rússia,
dizer q u e
112.850.5;
a
irmã ultramarina exportou 4 . 7 8 8 . 9 1 8 . 3 litros, n o valor de 5 9 5 ; 1 3 6 S 0 0 0 .
de
Provín-
Republica
Em
1901, o total acima auginentou. bastando dizer q u e só o nosso paiz
Maio
mandou
vir 2 . 2 5 5 . 8 5 4 . 4 9 litros, mais 9 7 . 0 8 9 . 1 9 litros q u e em egual data d o a n n o anterior.
Nossa
importação
dc
vinhos
do
Porto,
em
março
de
1901. orçou
por
897.238
litros.
Devemos encerrar estas linhas citando o nome d o saudoso almirante José
de Carvalho, que. como alto funccionario d o Ministério da Agricultura, em
Carlos
1901.
concorreu para a viticultura nacional, pedindo a protecção d o G o v e r n o para os vinhos de Minas, onde, então,
se iniciava
a
industria
vinhateira.
á
CIA. DE MINERAÇÃO C A R V Ã O
DO
BARRO BRANCO E CIA. BRASILEIRA
CARBONÍFERA
Aspectos
feros
dos
vostos
situodos
Estado
extrohido
neração
de
em
Santo
o
Louro
sul
de
do Cio.
do Barro
Carbonífero
corboni-
Müller,
Catharina,
producçoo
Carvão
Cio. Brasileira
fundoções
Bronco
de
onde
do
é
de
Mi-
e
da
Aroranguá.
DE
ARARANGUÁ
O//
usíra
ça o B r a s i l ei ca
r
E D I Ç Ã O
V»
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u
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*
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S - <>
1
tí
fj
D A
S O C I E D A D E
A N O N Y M A
" O
M A L H O "
o
O
4
É necessário, hoje, ter imensa coragem, quasi
outros a serem também
ser cínico e desfaçado, para louvar, desassom-
benemeritos, em vez de
bradamente, a um homem r i c o . . .
E
rem ser todos
os homens;
Ricos que-
entretanto,
todos
a quem
deu ?
\
i
Deu
benemeritos.
um...
á
Humanidade.^.
parte espontânea é igual á provocada.
A
Quis
lhes negamos quaisquer méritos, como o pró-
acabar com tres flagelos endemicos e epidêmi-
prio doce Jesus lhes negou o reino do c é u . . .
cos, assoladores —
Louvar, entretanto, os bons ricos, devera
ser
a m a r e l a . . . Esta, que aqui estava na America,
justiça,
vai em bom caminho; resta a Africa. A s outras
ao menos para incitar os outros ricos a serem
duas, asiaticas, não seriam vencíveis, por me-
bons r i c o s . . .
dicos europeus
função social benemerita,
se não f o r
ou
a peste, a cólera, a febre
americanos.
Bom
Instituiu, na China e na India, duas universi-
americano, fez, como todos, a business, e ven-
dades, para formarem medicos, principalmente
ceu, e chegou a ser o homem mais rico do
autoctonos, com os quaes trabalharia a " R o -
mundo. Porque até ahi, só fez negocios, atraiu
ckefeller Foundation",
a critica. Exatamente quando começou a apli-
ropeus
car sua imensa riqueza ao bem publico, caiu-
país.
lhe o raio, inevitável, sobre a c a b e ç a . . . Insti-
indo-chinos, começa a extinção da peste e da
tuirá
cólera, como se luta aqui, e na Africa contra
John
David
a
Rockefeller
Rockefeller
foi
um
destes.
e
Foundation"
para ela, a consideração legal de
de
interesse
publico.
O
Senado
pedira,
instituição
Americano
teriam
a prevenção
E agora,
a febre
pois americanos ou eudos
com medicos
naturais
indús,
do
chinos e
amarela...
Não só o que é deste m u n d o . . . O
espiritual
achou de n e g a r - l h ' o . . . Foi preciso insistir, pa-
também...
arqueológicas,
biblio-
ra poder dar o seu d i n h e i r o . . . poder dá-lo, ao
tecas, escolas, ginásios, universidades,
igrejas,
Povo...
museus,
»
excavações
play-grounds,
jardins,
sciencia
pura,
O que ele deu até a sua morte, como adianta-
publicações...
mento, foi cerca de 2 bilhões de dólares ou
bem, e até ao c é u . . . Este homem rico fez da
30 milhões de contos, isto é, dez vezes a re-
sua riqueza o mais belo, nobre e bom empre-
ceita de um grande país como o B r a s i l . . .
go
E
ha o que, após a sua morte, ficou de dar, com
assentimento de filho e netos, outro
que
com que a saúde se alça ao
já teve
imenso
cabedal
reunido
iia
burra de um milionário. Esse homem deu aos
tanto...
ricos o mais invejável dos m o d e l o s . . . Que os
E deu como ? Da maneira mais inteligente que
ricos não o imitem, é certo; mas que os pobres
é possível... Fazendo d a r . . . Rockefeller cons-
não o louvem, é ingratidão e i n d i g n i d a d e . . .
truía uma universidade, um hospital, dessecava
Nós
um pântano, extinguia uma e n d e m i a . . . a quem
mente, nossa gratidão a J . D. Rockefeller.
lh'o pedisse, contanto que o pedinte assumisse
campanha
a responsabilidade de 50 %
da d e s p e s a . . . A
gente e ensinou, por todo o Brasil que, com
França
a
erva de Santa Maria não se sofre ou se mor-
desejou
reconstruir
Catedral
de
Brasileiros
devemos
contra
confessar,
ancilostomíase
corajosa-
curou
A
muita
R e i m s : Rockefeller deu-lhe metade dos gastos.
re de opilação. A
Os jardins de Versailles careciam de imensos
amarela colabora, com o nosso governo, a ex
reparos, de vinte milhões de francos... Rocke-
tinguir o flagelo, do t e r r i t o r i o nacional. Já se-
feller contribuiu com 50 %
ria bastante, mas ha mais. A
desses
milhões...
campanha contra a febre
mais bela, e a
Isto, obras por todo o mundo. Escolas e uni-
modelar, das nossas Faculdades de Medicina,
versidades
a de São Paulo, 50 % , de meios e organiza-
e hospitaes,
em
toda
a
Europa,
Asia, America. Endemias e epidemias na A f r i -
ção, f o i
ca, Asia, Oceania, America, e mesmo Europa.
o padrão. E foi
Porque apenas metade ? Para forçar os inte-
mitiu. . .
ressados a outra m e t a d e . . . Para não ser ex-
Como
plorado pelos exploradores,
públicos e priva-
quem nos fez tanto bem ? Bemdita seja ! Sei
dos. Para que o dinheiro rendesse, á bondade
que represento a dignidade do meu País, re-
de seu emprego. Não era parcimônia só dar
conhecendo aqui, e de publico, o bem que nos
50 % aqui, se ali iam os outros 50 % . . .
Ma-
fez, e nos faz, J . D. Rockefeller, pela "Rocke-
neira americana de dar, forçando os outros a
feller Foundation", instituição de beneficencia
universal, que já pertence á H i s t o r i a . . .
darem. N o fim, a dadiva é dupla. Forçar os
"Rockefeller
Foundation"...
Foi, e ó
Rockefeller quem no-lo
per-
t
não
sermos
gratos
á
memória
m
iZ*'
U
ltimamente, entre nós, se vem desenvolvendo
animadoramente o gosto pelas artes nacionaes. A musica brasileira ó cultivada e estylizada
no pai/ e propagada no exterior. Revivem-se, tradições populares nas festas da alta socieda cie.
Apresentam-se authenticas macumbas
no radio e
nos theatros.
Il a choreographia nacional começa a lornar-sc
objecto de atlenção dos proprios educadores,
k m varias escolas do Rio, ensinam-se o rythmo, os
passos e as attitudes dos mais encantadores bailados ly picos.
Nestes flagrantes temos uma pequena amostra
pnotographica que basta para dar-nos uma idéa
da originalidade e o pittoresco de um desses bailados N a Bahia tem, côco de vintém., — dansa
typica das nossas Lahianas, representada por
alumnas da Lscola I Iondiiras, de u m mouo encantador.
Uma
o
clas pequenas
"torço
das
physionomia
aos
bailarinas,
haitianas
Ião
trajes
bem
typicos
com
c
cuja
se
adapta
do
bailado.
I
Na
Escola
Honduras,
em
répaguá,
como
em
tras das
nossas
escolas,
nado
o
bailado
verdadeira
joia
po de meninas,
das
"Na
nossas
Bahia
faca-
muitas
ou-
é ensi-
typico.
I Ima
representa
o gru-
executando
dansas
uma
nacionaes:
tem, coco c/c
vintém
Depois
phica,
da
exhibição
as meninas
flagrantes
I ijuca,
gnifica
praia
paisagem,
A
foi
divertem-se.
foram
ra da
choreogra-
tomados
na
aproveitando
e
como
dansa
delicados.
agrada vel,
Bar-
a
ma-
maravilhosa
moldura.
primitiva
adaptada
movimentos
a
(Js
e
das
bahianas
cultivada.
Seus
tornaram-se
mais
sua
ficando
melodia
mais
cncantadora.
A
Da
Ii V
A
Academia
K O
I> £
Nacional
li A S
de
Bellas
C
Artes
A S A S
de
Madrid
BRASIL
dia rompe luminoso ao oriente e ao occidente: á pôpa
de norte
do navio uma leve claridade rosada annuncia que o sol
O
está acabando de banhar-se, e á prôa uma gracil linha
ondas encrespam-se comi) no (lia de Isushima, e na symphonia habitual
indecisa antecipa a grande promessa brasileira. A s gaivotas
faz-se o andante majestoso das trompas. O littoral quer assustar-nos com
vôam acirna
um alto promonlorio desnudo,
de
nossos
mastros,
cm
solemnes círculos
litúrgicos. Rescendem plantas extranhas. de aromas nunca
presentidos, e o céu comprime-se contra nossas frontes em largos beijos,
que não
nos
daria
nunca.
O
littoral desenha-se um pouco melhor e
deixa perceber suas cores mais fortes, branco e verde, como a fita que
tremula na lança, do cavalleiro da lenda. O mar, limpido e claro, convida
a passeios de pés descalços, como os dos santos que andaram sobre as
ondas. Adivinham-se gemidos de violões, cadencias de samba e olhares
densos, desses em que parece que os olhos se põem entre os dentes
a
sul,
corno
oceano tornou-se
levada pelos
esquivo,
Sagres aos enamorados
que
como
o mar
como
vêm
cyclopes
do
á
conquista equatorial.
dos grandes combates; as
quando Europa sahe a gritar cm
Mediterrâneo. Passamos ao largo
de Cabo-Frio.
Pez-se noite; o mar. calmo, mais parece o Lethcs latino que enfeitiçava
de esquecimentos,
e
pesa
sobre
o
navio
o
silencio da eternidade.
Q u a n d o Deus descansou, depois de fazer o mundo, a Natureza deve
ter ficado
quieta
do romance;
em
assim. V o u
cada
contando
estrellas, imitando
conste!!ação quero
o
amante
ler um anagramma. A
lua.
como as namoradas, atira-me uma fita que vac a caminho de Santiago;
como si fossem bagos de uvas.
talvez por
Já se distinguem todos os detalhes pela divina amurada de Recife. Alta
e branca, como a vela de uma nau, a calhedral de O l i n d a se adeanta,
navegando numa tempestade de verdores, e em frente a cidade radiante
1
si escrevo nella minha
quero voltar. O
ancia
de
regresso. N ã o ,
não,
não
Brasil chama-me com um rumor de cânticos, fazendo
berço com os braços abertos, convidando-me a deitar em seu collo todas
as minhas melancolias infinitas.
— todas as casas espaçadas, como si acabassem de cahir das mãos de
Deus. J á
se vê a clansa luxuriosa dos coqueiros e o verde intenso e
Descubro no céu uma estrelia maior e mais brilhante que todas as outras,
carnoso das bananeiras offerecendo esconderijos tentadores. Já se percebem os mocambos, tantos, tão pequenitos e tão brancos; dir-se-ia anões
num bailado de Grieg.
Tudo
é alegre
e effusivo
nessa minha amadissima cidade de Recile,
onde góso as primeiras Iructas, os primeiros abraços e as primeiras ven-
.ouço
não
sei que
tadas
palavras
— 6 o Christo
de
do
entrecorboas-vindas
Corcovado...
turas do Brasil. Bem sei que não é verdade, mas tenho a impressão de
que estou numa cidade de conchas, dessas que os meninos constroem
nas praias quando têm sua primeira illusão de amor; uma cidade acabada de fazer-se no
O
mesmo
dia
dos
t
esponsaes da Terra e da A g u a .
littoral. baixo e intensamente colorido, se delinêa e dilata nas novas
jornadas; agora é cinzenta, opaca, e se levanta qual uma serra de montes
angulosos; no sol allucinante reflecte, ás vezes, como um grande escudo
de aço, e, outras, retrahe-se numa neblina feerica, como a poeira do
ouro. V e m da terra um forte cheiro, que ennerva c transfigura.
Na
nova alvorada, os magos dispõem
outro novo milagre:
pintaram,
no céu que principia a clarear, outra bandeira de gigantes como aquella
do littoral de 1 leligoland — uma bandeira que tem uma franja de prata,
outra de ouro e, no meio,
a
noite. E '
a
Bahia,
escada que nos leva
ao céu. N o primeiro plano, o areal dourado e a sépia dos armazéns,
no segundo
um
confuso arvoredo escuro onde os olhos se
prendem,
sedentos por abysmos e, no terceiro, o casario colonial, manchado, por
vezes, de ruinas, tal a face da lua. A ampla bandeira bahiana flammeja
mm
JJ
.. .que
estamos
Guanabara
dados
cheios
de
de
na
— inunluz
e
prazer...
uma estrella que guia como a dos pastores de Bethlem. Será um pharol?
da mão, imponente,
Não. não; é uma estrella...
ou a lua que. com inveja de meu gozo,
e se somem, como ao sopro de um sortilégio, montes elevados e calvos
se distingue. Neste momento, nota-se que o astro tem
que parecem sorver-nos com seu alento. Agora, a teria vomita uma praqa
foge, e já mal
pontas, não cinco, como
as estreitas que
geographia, mas quatro, como
Outro milagre, sim,
outro
as que
milagre:
a
os
icebergs polares, marcham, esmagadores,
tratados de
de vagalumes luminosos, que trepam ardorosos pelas ladeiras de S a n U
os mantos das fadas.
I heresa. Agora, os bailarinos pulam, uns em cima dos outros, e formam
estrella traça uma ligura
altíssimos cnstellos de luz no portico allucinante da Cinelandia.Já es-
apparecem
adornam
agora
como
nos
humana, e parece que distingo o fulgor dos seus olhos c que ouço não
tamos
sei que entrecortadas palavras de bons-vindas — é o Christo do Corcovado.
arrebata-nos, como
O
bailar também
navio avança. Brasil, como o Deus dos mundos, do seu throno de
na
apotheose
a
do
bailado:
correr
em
uma
sombra toma-nos pelas mãos e
zig-zag,
daqui
para ali, fazendo-nos
corn agilidade mercuriana, entre racimos de bailadores.
os melhores
que cantam cm côro hymnos ao amor e á eternidade. — Contornamos
deliciosas,
e
as iihas. A bombordo e a estibordo ouvem-se as choraes, grandiosamente
inicia-se a dansa mais grandiosa que pode conceber a imaginação dos
polyphonicas, e distingue-se a côr de cada voz que canta num reverbero
homens: um bando de meninas impúberes revoluteia num grande riso
de allucinação. O mar tremeluz, esmaltado de pés de ouro, que picotam,
clamoroso, e logo
mármore e ouro, ordena
bailarinos
da
que venham
corte, para
a
offerecer-nos
desapparece
Ipanema; de repente, pela
nosso encontro
suas
devorado
artes mais
pelos
praia
de
com beijos nervosos, sobre a superfície límpida de jades e amethystas.
surgem milhares
de
Achamos-nos dentro de uma grande opala, e vamos adormecendo
faunos,
orla de Copacabana,
na
no
moças de nacar, presas pelas mãos, todas cm fila, executando passos de
resfolego voluptuoso e fatigado de uma immensa floresta virgem; zumbem
conlradansa, que flautistas escondidos acompanham do alto dos morros;
a
súbito, qual um atum gigantesco,
vez
um penhasco enonne que fica
no amphithealro
de
e desapparece,
bailam
e bem
a
nosso lado,
cousas
nunca
vistas
e,
de
repente,
lobrigamos
que
não
se sabe onde; agora,
immovel, que tudo guarda a quieta altitude dos melhores
rythmos
guerreiros, verdadeiras
que toda a creação parou
mergulhado
Botafogo,
legiões de donzeis desnudos,
salta
nossos ouvidos divinas promessas, nossos olhos vêem pela primeira
em
derredor,
mesmo ao alcance
em
extase,
que
tudo
ficou
momentos,
estamos na Guanabara —
inundados de luz c cheios de prazer sereno.
r
U
m dos trechos do Rio cuja physionomia apreseni i
mais profundas alterações, no decorrer destes últimos 30 annos, é o Largo da Carioca. Por ali ficavam
umas dezenas de velhos prédios que pareciam carregar nas escuras paredes a memoria de todos os annos
do Império, senão dos últimos do Brasil colonia. Eram
umas pequenas casas acaçapadas, tão baixas que a
gente tinha a impressão de poder tocar-lhes o tecto
com a mão.
A pequena praça, onde não existiam ainda os frondosos oirizeiros, que todas as tardinhas e todas as madrugadas se enchem de pardaes bulnentos, estava
cheia de kiosques. Nas immediações paravam sempre
pequenos grupos que matavam o tempo em parolagens
ociosas, no meio das ruas ou das calçadas. Não havia
ainda —
boa época ! — o terror dos automoveis
assassinos.
H o j e , o Largo da Carioca é um dos pedaços mais
movimentados do Rio de Janeiro. Durante o dia inteiro, um formigueiro humano se espraia aii, em todas
as direcções, emquanto o barulho das businas dos automoveis e o rangido das ferragens dos bondes que
contornam a Galeria Cruzeiro deixam a gente tonta.
Ninguém pensa em parar um instante sob a sombra
bem convidativa das arvores, nem se demora a olhar
como o progresso vae demolindo, um a um, todos os
velhos edificios e plantando outros novos, altos, limpos, cujas paredes de cimento faíscam ao sol claro
das manhãs.
A s duas photographias que enfeitam esta pagina apresentam o mesmo ponto do Largo da Carioca em duas
épocas differentes. O aspecto moderno é de agora. Foi
tirado manhã cedo, quando o commercio ainda está
fechado e o movimento ainda não principiou. O aspecto antigo tem trinta annos. A h i onde se viam os
velhos prédios, ergue-se hoje o H o t e ! Avenida.
uaft(r €étaçò€è~
de nUaJimaie
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o
C A M P O
S A N
T'
I) E
A N N A
A
s vezes, além dos sujeitos que vão dar migalhas aos cysnes. aos pavões e ás cotias, e além
dos que vão ruminar tristezas e recordações nos bancos sol) as arvores, apparecem no C a m p o de Santanna curiosos que olham com interesse a poesia do
Nolho parque, dispersa entre as obras dos homens e
as da Natureza — frondes sussurrantes, aguas claras,
pontes rústicas, repuxos, canteiros* floridos; ilhotas
verdes, estatuas. Sim, as velhas estatuas do C a m p o
de Santanna atlrahem. ás vezes, a attenção dos que
se perdem á sombra das grandes arvores do Parque,
pelo prazer de sentir o hálito fresco da terra húmida,
da agua dos canaes e da vegetação tranquilla.
A s creanças, certamente, não reparam nos seus olhos
vagos, nem nos seus corpos brancos, sobre que se espalham, aqui e ali, pequenas manchas verdes que o
tempo e a humidade juntos formaram.
Mas os adultos hão perdem nada em contemplar
.Kiuellas'formas serenas, em que a graça e a lorça se
harmonizam.
Pôde estranhar que o O u t o m n o se apresente na figura de uma mulher tocada da belleza de uma vigorosa
maturidade, h que o Inverno se mostre tão enregelado sob esse suave clima dos tropicos, sem neves e
sem geadas. Mas levará na retina, para a luta da
vida e o indicio das ruas, a visão daquelles symboIos brancos que se acolhem á protecção das frondes
perennemente veidcs — as quatro estações de mármore do C a m p o de Santanna.
(kOâMJux
Não, nào morreste, mestre Alberto de Oliveira !
Ouço-te ainda a voz de ritmados acentos,
Ora no perpassar desenfreado dos ventos«
Ora no turbilhão das aguas em cachoeira.
Vejo-te o vulto erecto e firme de palmeira
A fronde desfraldada aos largos firmamentos,
E em teus poemas escuto os humanos lamentos,
O rugir das paixões no espasmo da cegueira.
Em cada arbusto, em cada fonte, em cada ser
Ficou, por tua ausência uma sombra de magua
Que lá dos altos céus tu não consegues ver.
E nas noites de luar, quando é mais triste o luar,
O Paraíba estende os longos braços de agua
Para as margens, num chôro triste, a te chamar.
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E te chama baixinho a cancella da estrada
E o fio dagua, entre begónias na floresta,
Pergunta onde andarás ás abelhas que em festa
Tecem poemas de mel na colmeia doirada.
1 1
M
V
m
O cavalheiro quando passa em disparada
Diz o teu nome ao vento e o vento á serra. E nesta
Velha paineira aberta em flores, inda resta
Chuva de pólen dos teus versos na ramada.
Festa de asas, cantar de passaros. •. Rumor
De insétos... Anda no ar transparente ligeira
A primavera clarinando em teu louvor.
E a casa que foi tua e hoje é casa de Deus,
Pelos braços da velha e esgalhada mangueira
Manda-te ao pôr do sol, o seu ultimo adeus.
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I
TvTao
sei
para
quantos
leitores
ilustre nu Itália e em
'
uma rcminiccncia:
a
ma vasta c bem
pouco a
pouco.
Cumpre,
entre
da
Ilustração
Brasileira
difusão, q u e
alemães,
aqueles
e.
sõbre
que
os
leva
tudo,
Oste
significado,
dos escritores italianos ainda
proporcionada
tanto,
F i S C R I P T O K
toda a Europa» terá u m
fama
dos escritores inglezes»
M
não
nome.
despertara
tem
a
aos confins d a
francezes.
conhecem,
e
Mas
podem
F I D A L G O
mes-
terra n
isso
virá.
fazel-os
co-
nhecer. a obrigação d e lhes pòr cm relevo os méritos, q u a n d o se trata
homens
como
Diego
Angcli,
que
pela
nobreza
caraler mesmo da sua obra. n ã o devem
ligente.
culta,
publico
brasileiro.
Em
c
curiosa
Diego A n g c l i ,
do
acabo
belo.
de
lia com maior gôso espiritual,
um
seu
talento,
ficar ignorados d e u m a
como
perder,
do
a
que
além
de
se
destaca
um
dos
de
e
pelo
elite
inte-
no
meio
do
que
eu
escritores
amigo caro. de longos a n n o s ;
por
?
que
as minhas afetuosas relações com êle d a t a v a m d o c o m ê ç o deste século —
de
um
período
feliz,
pleno esplendor da
hoje
evocado
mocidade,
o encontrava,
em todos os mais seletos ambientes
dição
seu
vasta,
profunda,
sentimento
mas
cxquisilo
uin dos recursos mais
Cidade
Diego
bem
de
saudosamente,
da
arnavel.
c
da
pouco
qual.
menos
cultura
imune
de
da
minha
um
cm
toscano,
toda
alma
Florença,
humanística,
não completara
Roma.
dc
e
antiga
tendo
vinte
annos.
desde
familia
nas
Trazia
jovens poelas. que» capitaneados
já
veias
na
a
no
aureolada
culto
academias
museus,
no género dos d a
dc
douta
Napoleão
Capatnoslle,
da
sóbria
garden-party»
ou
Costanzi ou
era
de
numa
um
entre
pasta
muitos
Independente,
d Annunzio.
conferências,
Lovatelli
Angeli.
alto.
gôsto.
num
de
de
baile
conde
ou
possua
tomava
esciitor
deccn-
corridas
belo.
com
do
o seu
Soubera
das
a
banquete,
naturalmente
fortuna
pessoal,
dos
do
então,
tinha
de
sua
problemas
olício
— com
a
de
frequência
capitais
das
da
jornalista
dupla
sua
de
perceberá
dia. q u e
o
a
própria
desvio,
Jornalista, assim,
gósto
por
dc
sel-o.
o
signo
fora
identidade
sua
visão
ofício,
poeta,
de
a
de
do
inventado,
clara
vida
Gabriele
apenas
as
vezes
são todos seus. Longe,
sem
dilacerante
dúvida,
a
e
c sincera
c
jor-
cTAnnunzio:
um
então
adaptado
quem
resultado»
melodia,
estão,
que
naquele
Essa
livre,
em
quanto
cousas.
quando
quanto
com
belo
saudosa
mocidade.
para
sempre,
emoção,
Acrecc
arte. o q u e foi realmente belo u m
e. q u a n t o
a
aqueles
versos
que
era
tempo
tão
que
um
mim.
me
dominante
aquêle
lhe
foi
um
seus
para
a
sentil-o» sumário
sociedade
elegante
século X I X
Vanni,
dc
ainda
encantaram
luminoso,
alguns,
evocada»
com
ventura,
confronto
entre o q u e
c galante
da
c aurora d o X X
Conloreile»
terríveis
e
tão
suas
de
a
II
sua
grandes
intrigas,
d oro,
no
mente
subtil
Piccola
e
mescla
suas
e
de
e
os
está
aristocratas
l'amour
ilusões
como
Lá
mulherinhas
de
e bizantina
collegione
ilustrado:
perfeitos
soledade,
os
breviário
de
paia
miniatura,
do
toda.
autênticos
et du
desilusões.
E
volumesinho
estética
que
da
Liliana
magistralmente
e
estrangeiros
de
amorosa,
os seus mexericos, as
corajosamente
ouso
dizer,
dc Gabriele
d'An-
complicado
vida mais imediata
torna
c ca-
hoje
nímia
fatigante,
a
tre-
E fôra uin crime n ã o citar,
sentimentale.
portátil,
gentilmente
dedicado
aos antigos
nele descobrissem
correspondência
de
dúbia
imunes d aquela persistente,
que
do
empolgantes,
obsequiosas
hasard,
os sítios predestinados
silêncio,
Refletem
atra vez
da
dc
Urbe.
arcana
impresso
pares
simpáticas
onde
entre
da
as
de
pai-
gosariam
suas
do
almas
c
êlcs mesmos.
Como
outros
pediu-se
da
muitos
escritores.
literatura
Diego
imaginativa,
Angeli.
c
frescos
e palpitantes
conservou
entrado
refugiou-se
muito, e tudo excelente, nesse outro campo,
os dotes
na
na
madureza,
erudição.
Ic. c d o místico lutador
"vidas"
Produziu
originaes
de
intuição,
de
velam
comentador
admiravels d o escultor M i n o
de Fieso-
Inácio d e L o i o l a , os estudos, opulentos de saber
e nas obras dos artistas, os ensaios d e crítica
arte inseridos nas revistas, Margocco
seriam
pintura
mais
ração c
Livros
italiana,
que
bastantes
e Nuova
apareceu
para
em
consagral-o
Rassegna,
vários
o vasto
fascículos
mestre
de
dc
panoraI legrea,
digníssimo
de
reputação
que
admi-
reverência.
mais
aureolava
que
rela-
U r b e m á x i m a , desde a sua f u n d a ç ã o , quais se re-
nos m o n u m e n t o s
da
que
sensi-
e gôsto. sôbie as egrejas e os palácios de R o m a , os três tomos q u e
tam as vicissitudes d a
des-
sendo a i n d a d e relevar
bilidade. d e estilo, aos quais devera a sua gloria dc poeta c
dc
La
para
— declínio
contos,
ela
demasiado
"preciosidade',
Marg/ierita,
amantes,
zagens em
mestre
então.
da
é. . .
período
c o m o traço c nota d c puro encanto, o volumesinho Roma
ma
que
vez.
limiar
ditoso,
e o que
naquele
assim
confessionale.
damas
as
Urbe
foi
comparando-os ao romance típico da época. II piacere,
de
ritmo
muita
os très romances d c D i e g o A n g c l i .
Lorda
origem, coin os seus jeux
(que.
pertencem,
pathos
já
coetâneos,
não
volvo
dia
moços, por certo, sõbre tudo. mas para o m u n d o mesmo, a final ! Basta,
de pecados m u n d a n o s . A s
lhe
epigono. N o s
por
em
letras ge-
das
mas
mais
nas três d i
mesmo
conlisla
e.
forte-
Iodas as adaptações): mas ha u m sentimento próprio, peculiar c u m
melancólica,
permanece
pseudo-poesi«, q u * le-
lorosa. nos personagens c nas paixões,
duvida.
por q u e
inteira,
romancista
"dilettantismo
fôra
mos hoje» porém, n o d o m í n i o d a
poesia e d a
logar.
assidua-
do
sem
espiritual,
foi sequer verdadeiramente
toques
exercido
poeta, á semelhança d a maioria dos
mágico
imitador do chefe, n ã o
faltam
do
foi
durou a juventude. C o m o
a
da
os mistérios psicológicos, ha maior naturalidade,
consistiu
valor
lhe custou
reções
possível, de qualquer
vida
homem
êle realisal-a. precisamente
intacta
d amore»
teatro
Estado, ou
viagens, q u e
— ofício
qualidade
matéria
c L oratorio
n u n z i o , q u e se neles o quadro social e menos vasto, c menos
vida.
com êxito lisongeiro o resolveu; mas
da
vila
numa
grangear
ganhar a
ser funcionário d o
a
a
di
chos quase insuportável, a leitura d e II piacere.
rara harmonia, conseguiu
não
Primoli.
primeira
fidalgo.
tanto, d e
experiência
conservou
so-
intelectuais
as
num
numa
geral.
e o esforço perseverante, d c cada
versos não
salões
mundanos,
esgrima»
Corte,
distinto
nuíno. c homem d o i n u n d o . E
sob
ambi-
freqüentavam
proporcionado,
respeito
mente. inícnsamentc
ó
e. em s u m a , todos os pontos o n d e
e favorecia» já
não precisava
se atiravam
volpe,
ao
Um
de
a glória mesma. . .
ou
e do
salões
ca-
alia
bem
as exigências
quer que
na
ser jornalista; a profissão era mais laboriosa, porém,
mente o atraíam.
conciliai
versos,
ainda
ao brilhante grupo
mais doce q u e
dada a sua formação, quase só podia
nalista. Piefcriu
lado
os
torneio
simpatia, e se i m p u n h a
pelo
ainda
recepção d a
logar
Desprovido,
redações,
fino
num
tradições
c d c projetos soberbos, justamente
condessa
Diego
e
Muito
mas
c as caceie
se divertia.
clcgancia
I;
por
francez
ciosos por q u e capazes d e realisar grandes cousas, n ã o
de
no
possuia
adolecência.
sangue
por G a b r i e l e
Êsscs rapazes, ricos d e fantasia
resto,
eru-
dos seus desejos, q u a n d o
sua
conquista da glória, e d o amor. ainda
estreou
sua
eu
iniciação
beça muitos outros em gestação, e cedo se j u n t o u
que
eu.
pretcnciosidade.
de
própria
romanisado
materno, viera para a Urbe. alvo e meta
gente
que
citlá
era
nacido.
dente
moço
em
eterna.
Angeii
mente
moço
sociedade romana, c na
maravilhoso
preciosos
no
recentes
vieram
nos ambientes
consolidar-lhe.
d e alta
cultura,
além
a
da
popularidade
conseguida
já
o
sem
r.
^
V
..YÏW
Photos Voltaire
Dofe
recantos
Campo
de
do
Sont
Anna.
estórço d e reclamo, c sem o m í n i m o sacrifício d a
Foram
as
Cajfé
o
amplas
Crego,
e
fascinantes
Sloria
di
trenlanni
insigne critico G o f f r e d o
viam
iniciar
infelizmente
mental :
trinta
o
do
pôde
de
grande
creador
Àngeli
completa
tamanha
que
em preza
ingiez.
ars
é
o
a
verdadeira
libri
delia
cronache
ao
diz
fortuna,
termo d o
levar
a
vila
cabo
ftles
júbilo
de
ver
eruditíssima
resurreição
Deviam:
Em
com-
labor,
monu-
d e Shakespeare,
impresso
e
do
brevis!
de-
c empol-
XIX.
outro
e poemas
dei
forlunati
loro
longa,
dos dramas
teve
Le
aristocrática.
o período, tão aventuroso
truncado:
Diego
volumes,
remate
romantica;
Bellonci —' e degni
ficou
tradução
e dois
romanas :
m e a d o d o século X V I I I .
labor
porém,
a
Roma
copiosa série a b i a n g e n d o
gante, q u e vem
pensação.
evocações
sua indole
todos.
encantadora
homem
em
Digno
"vida
e do
seu
do
tempo,
esteada cm consulta diligente das fontes, e cotejo escrupuloso dos últimos
resultados atingidos pela crílica
duas
e
d e capital
importância : a
poemas reconhecida
fortíssima
Ainda
título
Inglaterra c fóra. Entre as
inabalavel
certeza
a Shakespeare, e. se n ã o
probabilidade,
um
na
de
de
ter cie
altíssima
sido
autoria
dos
dramas
a certeza, pelo menos
sincero,
benemerência
da
conclusões,
fervente
grangeou
a
católico.
Diego
Angeli
nos
últimos dez a n n ò s d a sua rutilante e f e c u n d a existência, pela creaçao e a
direção
iluminada
coleção
riquíssima
mores. armas,
o
conde
Luciano,
ridas
museu
dc
os
de
ainda
cantos
juveniln.ente
sua
da
formado
autógrafos.
mobílias,
herdara
e desenvolveia
todos
napoleónico
documentos
tapeçarias,
Primoli
cm
trabalho
do
livros
concernentes
mãi.
filha
originariamente
á
do
raros,
família
principe
enormemente
com outras
Europa.
pouco
entusiástico.
Por
Diego
mais
Angeli
com
bronzes,
már-
Bonaparte,
que
Cenino.
neta
cimelias
dc
um
aparelhou
J928. e desde então, graças á
conservador \ tem
ainda
singular competência
aumentado
os
seus
tesouros.
e possui bastante cultura para gosar tal prazer d a
sar algumas
e
na
horas
companhia,
q u e de um
inolvidáveis
na
intimidade,
anno
com
o
foi
Diego
Angeli.
no
zelo d o
Ali.
a m b i e n t e d e elegancia
daquela
excepcional
de
ínclito
quer,
pode
pas-
c dc
ninhada
de
seu
quem
imaginação,
pobre c obscuro lar d a Córsega levantou
rear-se d e tantos tronos e tanta
Tal
naquele
e ao
de
adqui-
finíssimo gosto o n o v o m u s e u , q u e loi aberto ao p ú b l i c o em O u t u b r o
M
a
de
luxo.
águias,
o v ô o para
asenho-
gloria. . .
rápido
esforço
que
a
estreiteza
do
espaço
m e permite; e se a gentileza da sua presença, d a sua elevada e cintilante
conversa,
só na
memória
d aqueles q u e o trataram
d e perto p o d e
rar já agora, os seus livros a í estão para transmitir aos leitores
perdu-
inteligentes
as maravilhas d e u m
espírito nobremente d o t a d o c cultivado. Êsses livros
quero
com
eu
recomendar
caloroso
empenho
ao
escol
do
público
brasi-
leiro. q u e neles m u i t o aprenderá, exercendo o pensamento c a fantasia
no
deleitoso
ritmo
de
tédio
ou
de
mem
que.
um
de
uma
fadiga,
c
além
dos
gininástica
travará
piédicados
sem
conhecimento
um
momento
agradabilíssimo
propriamente
literários,
teve
nunca
com
o
um
de
vibrante, p r o f u n d o , sensibilíssimo amor d a sua grande pátria com
cortez, simpática, e acolhedora
tros
natural,
povos.
compreensão
d o génio c d a
alma
ho-
fundir
uma
dos ou-
Pilotos Baldi
istante cinco ieguas da margem do Araguaya, fica a povoa-
D
ção de Saiinas, conhecida desde os tempos imperiaes,
ern
cujo locai havia um quartel, uma casa de telhas, hoje destruída. A o
Norte de Salinas, encontra-se uma população indigena, composta
de indios Acuen, uma das numerosas tribus, que existem no centro
do Brasil. Alguns viajantes pretendem identificar com os Acuen,
os indios Carajás, mas o aspecto differente do typo, a diversidade
dos costumes, a lingua que usam, outras características, tendem a
contrariar essa opinião. O s Carajás conservam as maneiras primitivas, andam nús, nutrem-se de caça e de pesca. O historiador e o
ethnologo dos nossos dias, podem encontrar muitos rituaes e dansas, que se mantêem virgens, como
nas éras antigas. O Carajá parecenos menos robusto e bello do que
'os -Acuen, typo varonil,
musculoso.
A s mulheres, mais baixas, delicadas
COSTUME
e mais'formosas,
los compridos e soltos. O s
apresentam
por
cabelleiras,
que
bros,
livre
DOS
trazem os
ro
aparadas
sua
vez,
descem
Carajá
serve-se
de
homens
grandes
aos
na testa,
e desassombrada.
cabei-
hom-
que
O
fica
guerrei-
uma
corda
de algodão, para enrolar a trança
dos cabeilos, o que lhe dá um aspecto característico, muito
próprio.
Culheireiros,
passaros
aquaiicos cor de rosa
Carregam os seus mantimentos da roça para o rancho, num
enorme cesto, consrruido de fibras das palmeiras. Fazem
remos talhados de um só e único pedaço de madeira, leve,
porém muito resistenle e com os quaes deslocam as suas
canoas no Araguaya. Sabem pintar, empregam o preto com
genipapo e o vermelho com urucú nos adornos dos remos.
Descobrem-se muitas vezes, pequenos Carajás, que remam
canoas feitas de um tronco de arvore, inteiriços, trazendo
bonés de algodão.
Veado galheiro
que
vive em Matto Grosso
e Goyaz, cuja pelle
serve de commeroio
com
os
civilisados
Em certos acampamentos dos Carajás, na margem do A r a guaya, vêem-se creanças deitadas em redes, facto muito
importante para o ethnologo, porque esses autochtones não
usam redes. A extranha circumstancia se explica, em virtude de encontrarem-se entre eiles, algumas mulheres prisioneiras da tribu dos Tapirapés, agora casadas com guerreiros Carajás. O s Tapirapés empregam redes, a que denominam " H a m a c " e as mulheres prisioneiras tecem para
as suas creanças. A s s i m , os costumes de um povo selvagem,
modificam-se e recebem contribuições de outras tribus.
Todos os indios criam e domesticam muitas aves selvagens,
como papagaios, araras, garças, para a sua alegria, seja
para brincar com as creanças e também para aproveitar
de vez em quando, as plumagens, para fazer adornos de
Menina
Carajá
com
adornos mixtos, de origem civilizada e indigona
Ema,
o avestruz da America
Uma rede entre os
indios
Carajás,
nas
margens do Araguaya
.um
O guerreiro Carajá usa
trança,
enrolada
numa corda de algodão
oernas,
como
braceletes,
coroas
para
a cabeça,
enfeites
nas
interior
de
flechas.
Ema,
o
"avestruz
cia
America",
encontra-se
no
Matto G r o s s o e de Goyaz, em grupos, em grandes bandos. Veloz
extraordinariamente rápido, corre como um cavallo. Põe ovos enormes num grande ninho, cova rasa e chata na areia, porém chocam
somente os machos. Das suas pennas cor de cinza, ut'liza-se a industria dos espanadores.
O veado galheiro, a especie mais bella dos nossos veados, vive nas
espessas e virgens folhagens de Matto G r o s s o e Goyaz.
Muito
supersticiosos, os indios não comem a carne delle, nem aproveitam os chifres para fazer armas. Somente empregam a pelle, no
commercio com os civiiisados, trocando-a por roios de fumo, facões, utensiiios diversos.
O s Carajás vivem nas margens e terras banhadas pelo Araguaya,
onde se ergue o magestoso jequitibá, a arvore colossal das florestas
brasileiras.
O s Carajás
conduzindo os seus mantimentos
Raphaël
Sixto
— "Madona
— (Museu
té
A
o
de
mo,
dos
as
só
lica.
como
iconógraphos
uma
arvores
apenas
uma
próprias
Deus.
Creador.
apparcce
do
Deus
como
grandes
X\ .
em
1 B
hastes;
aberta
Ioda
se
Padre.
iconógraphia
E
I
uma
numa
Idade
o
tor-
Media,
proprio
mostra
Com
o
( hris-
muito
se
dos bvsantinos
V
Re-
differcnciaadvento
moraes
arte religiosa desce até á vida.
do
das
século
altera :
c
a
I o d o o con-
se esvac;
uma
»
vida
nova
cisco
de
definitivo
palpita :
Assis
c
c a
como
toma
acção
que
irradiação
se
na
de S.
evolução
Fran-
impregna
cm
unidade
es-
piritual e tcchnica d a vida c d a arte. C o m os artistas italianos d o século
completa-se a q u e l l a
seguinte,
plástica.
D e tal sorte u m a nova mythologia era crcada : correspondia, figuralivamentc, a u m
m u n d o de desejos e aspirações d a yente
nova. . . q u e a i n d a vivia, pelo
ente. dos iccalques d o paganismo, l i os r^nasccntes tanto d o século X V .
X\ í.
souberam
meihor exprimiu
christãs. C o m
expressar
aqueílas
remotas
a q u e l l e estado d e a l m a ,
aspirações.
fundindo
Botlicclli
o mytho
subconscicomo do
foi q u e m
pagão
com
talvez
as
idéas
R a p h a ë l o cyclo gorai se completa.
Por u m a feliz coincidência — ahi ficam citados os dois insignes mestres d a
compo-
sição. E . d e tal sorte, naturalmente, se réaffirma o q u e já disse sobre os dons necessários, priinordiacs para aqu^Ue gênero de arte.
Pedro
c
Américo
Abzay"
cional
de
~
* David
fEscola
Bellas
\aArtes}
R
»
eram
eslricto-eschema-
como
Creador
vencionalismo
K
figuras sagradas evoluem :
transformações
a
A
Christianis-
to. pois E l i e encarnava o V e r b o : só n a
o
X
principalmente
simples
poria
prefigurado
nascença.
É
conheci-
plásticas
como
eram
do
do
lechnica
re. . . A s
o
é
representações
a
As
cidade
XIII,
h
O
Prof. cathedratico da Escola Nacional
de B e l l a s Artes. Director do Curso
de Arte Decorativa.
convencionaes.
obedeciam
V
Sâo
Drcsda)
século
mento
nem
de
Raplioeí
A
Virgem
Cadeira "
(Palacio
da
Pilti)
NA
PINTURA
BRASILEIRA
—
Raphael
mento
da
(Museu
O
Casa-
Virgem
de
Brera-Miláo)
Rodolpho
cm
Amoédo
no
Brasil,
Jesus
Capliarnaum"
Nacional
Exactamente,
—
(Escola
de
Delias
o* nossos dois
Rodolpho A m o e d o e Fedro A m é r i c o ,
Artes)
maiores
hm
pintoras
do
a m b o s os doles
de compor loinam ascendencia c se assignalam
gênero
religioso
íundamenlaes
da
c o m o q u a l i d a d e s primazes,
são
muda
arte
deixa, demoradamente,
incon-
pelo aspecto bueolico.
na atmospnera d o episodio
Pedro A m é r i c o SO
bíblico.
R o d o l p h o A m o e d o deve ser t o m a d o c o m o o mestre exemplar d a arte d e
compor
fitiiviixeis. E creio ainda q u e a m b o s foram os q u e mais contribuíram para o referido
na pintura brasileira. N ã o sendo u m optico, isto é u m artista q u e n ã o v ê . primeiro,
gênero de pintura. Pedro A m é r i c o deixou
a t u r , c o m o Pedro A m é r i c o , e sim a l i n h a , é bom d e comprehender-se q u e
por Moisés,
David
e Abzag,
Judith
as leias famosas d e Jacobed
e I lolophernes.
ao
Segue-se R o d o l p h o
com os quadros prestimosos d e Jesus cm Capliarnaum,
Partida
de Jacob
ir ex-
Amoedo,
e
Renuncia.
Entre estes dois mestres perduram a i n d a os mesmos sentimentos, em certo conflu to
coin as kieus. de traduzir, n u m a sensibilidade pagã. a mystica christa. exactamente
cimo siiccedeu aos artistas italianos d o século X V e. principalmente, d o século X V I .
da
composição, por e u a mesma, c o m o linguagem d a belleza plastica
do
própria, fóra
assumpto. Precisamente os tnemas d e f u n d o historico ou lendário, pela nobresa d a
evocação, pela
grandesa
imaginativa
q u e nelles germina, deveriam
ciam
na
arte d e
Rodolpho
Amoôdo
mais a i n d a
deveriam
coiux>rrer para
tista vae mais lur.do n a pesquisa das realidades subjectivas. Pedro A m é r i c o
nos episodio* descriptos.
uma
u n i d a d e de superfície.
As
merecer,
prefe-
rentemente, sua predilecção. Certos dons d e clegancia c distineçao q u e sc evidenaquelle valor d e suggeslão evocativa, q u e nos leva a tomar parte,
como
antes
d'i realisação significativa d o q u a d r o , deveria empolgal-o a u n i d a d e e harmonia
h m Rodolpho A m o é d o o poder d e synihese é mais claro: e o sentimento d o arque sc satisfaz, nos quadros q u e estudamos, com
Jesus
em
Capliarnaum
e u m a pagina magnifica, realisada n u m a
attingir
emotivamente,
tcchnica larga
na
suas composições n ã o revelam penetração demorada e a g u d a : sente-se q u e clle logo
factura, e q u e nesse particular é tiJvez ú n i c a entre as demais composições d o ar-
se satisfez com
tista : ha naquelle c o n j u n c t o . grandesa. eloquência
as apparencias
plasticas.
fi
bastasse o jogo colorido das massas. . . E m
Abzag.
não
e mesmo Judith
nos
deixa
emoção
e Hollophernes,
funda
do
verdade
que
para
um
pintor
talvez
e
ceitos d e seus quadros, c o m o LX wid e
ha qualquer coisa de ôco. d e falho,
thema
exposto
picturalmente.
Dir-sc-ia
a l i o sentido espiritual ! C o m
a Partida
de
Jacob.
c h u m a n i d a d e , energias d e
o mestre pesquisa mais os evol-
vimentos. c os personagens appareccm secundários, pois t u d o vive d a q u c l l a
atmos-
que
phera irreai d c transição. E d e novo. por outro processo embora, o pintor
levanta
o v c u d e nosso sentimento, e faz q u e nos emocionemos c o m o compartes
rar nos assumptos versados, a
partida, d a q u c l l a
não
pensar
c repensar,
fazendo
as personagens
fica de longe, corno espectador apressado : aquellas
suas,
vi vendo-as.
d o drama.
scenas n ã o
O
artista
conseguem
parar aquelle ardoroso, vivo. irradiante temperamento d e objectivista. E m
tão
que
um processo summaiio levava o artista, por tantos títulos insigne, a n ã o sc demo(imidando-sc para aquelle ambiente m o r a l ) ,
_
a síluaçaô : fc. òinpolgado talvez
fazer
Jacobed
E
que
Rodoipho
separação...
Amoédo
Renuncia
possue
poder
c
de
uma
synihese :
meditação :
seus
a q u e l l e estado d e subjectivismo, onde, unicamente, os objectos
cxistcncia
real. . .
uma
daquclla
confissão.
quadros
traduzem
passam a ter
uma
Laudelino
Freire
na
ultima
sua
pholographia
UM A
P A R A
P E R D A
AS
L E T R A S
B R A S I L E I R A S
A
/i/c>ratara
siva
— Ixiudelino
defensor
h
orientação
intellectual
essa
em
morte
quando,
seu
que
estado
Laudelino
que
honrou,
Letras
CARLOS
DE
VASCONCELLOS"
Um
grande
concurso com a
elevada
finalidade de estimular a critica literaria
T
endo em visla offerecer uma Opportunidaíle
aos escriptores novos que se dedicam aos ensaios de critica literaria, a "Sociedade Carlos de
Vasconcellos,,, em collaboração com " O Malho,,
vêm de lançar as bases para um interessante cor.
curso que merece, pela sua finalidade, a mais
ampla divulgação.
Trata-se da instituição do "Premio Carlos de Vasconcellos,,, a ser conferido ao autor nacional que
elaborar o melhor e mais substancioso estudo crilico-Iiterario sobre um dos escriptores nacionaes
Afrânio Peixoto ou Gustavo Barroso, á sua
escolha.
que
Freire
deixou
occupava
I — Cada concorrente deverá apresentar, ao
julgamento da Commissão um ensaio critico so
bre a obra e personalidade literaria de um dos
escriptores brasileiros, Gustavo Barroso ou Afrânio Peixoto, á escolha do concorrente.
II — O s originaes deverão ser enviados, em dois
exemplares dactylographados, sob pseudonymo
acompanhados de uma carta fechada contendo
o nome verdadeiro do autor, e tendo no minirro
150 paginas dactylographadas.
i l l — A o melhor trabalho será conferido o premio de 3 : 0 0 0 $ 0 0 0 ; ao segundo classificado, o
premio de 1:000$000, podendo ainda ser conferidas menções honrosas. O autor que obtiver
mensão si o trabalho for publicado nos termos
do item IV, terá direito a 100 exemplares da
obra.
IV — A Sociedade Carlos de Vasconcellos ta.a
publicar os livros premiados e, si achar conve
niente, o que obtiver menção honrosa, pertencendo-lhe, sem outra qualquer remuneração, os
direitos inherentes á primeira edição de cada u;n
delles.
A s bases do certamen foram estabelecidas dentro
do critério de facilitar aos concurrentes um largo
prazo para a elaboração dos seus trabalhos, e o
espirito do concurso e estimular a critica literaria
constructiva, além de homenagear saudoso patro
no daquella Sociedade.
V — O prazo para entrega de originaes termi
nará em 3 I de Dezembro do corrente anno, ae
vendo os mesmos ser enviados á Redacção de
" O Malho", Travessa do Ouvidor n.° 34 — Rio
— com a indicação "Premio Carlos de Vasconcellos".
Transcrevemos com immenso gosto, por isso mesmo que applaudimos sem reservas aquelia iniciativa, as suas bases, que foram publicadas no " O
Malho,, de 24 de junho passado.
VI — A Commissão Juigadora será designada
em tempo opportuno, cabendo sua escolha a
" O Malho" e á Sociedade Carlos de Vasconcellos, em communhão de vistas.
pureza
entre
nós,
do
idioma,
da
num
forma.
súbito,
justamente
crises
da
moléstia,
satisfatório.
tradições
sua
joi,
expres-
o singularizou
modo
a constante
com
da
as primeiras
mais
— a cadeira
CONCURSO
de
jigura
Izlle
se cuida
parecia
as melhores
cadeira
//
sobreveio
se reflecte
servar
Elie
tão pouco
passadas
uma
Freire,
infatigável
Sua
P R E M I O
perdeu
o mais
meio
BASÉS DO
nacional
uma
bibliographia
preoccupação
de
actividade
na
de Ruy
eia
de
con-
linguagens.
e inlelligencia,
Academia
Brasileira
a
do
Barbosa.
V I I — O resultado do julgamento deverá se;
tornado publico em Março do anno vindouro
e os prêmios serão entregues durante o primei
ro semestre de 1938 — em datas que serão
previamente annunciadas em " O Malho" e peia
imprensa.
VIM — " O Malho" e a Sociedade Carlos de
Vasconcellos se reservam o direito de recusar
inscripção aos originaes que fujam á finalidade
primordial do certame, isto é, incentivo da
critica constructiva".
Carlos
de
saudoso
ciedade
Vasconcellos,
escriptor
que
homenageia
tem
com
que
a
o seu
este
o
Sonome
concurso
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1
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^
O
desejo de perpetuar as sensações intimas viverá emquanlo
subsistir a vida, da qual participa como um instinclo necessário á sociedade. Desde os tempos primitivos, quando o
homem aprendeu a discernir o mundo, as arvores, os campos,
as montanhas, os seres, os acontecimentos, que traça sobre a
pedra, o bronze, o mármore, a porcelana, o ouro. as impressões cia vida, os factos que ihe parecem mais singulares.
I )e formas grosseiras e incisivas, as inscripções humanas ga
nhaiam em subtileza, á proporção que a vida social evoluiu
e os usos se aperfeiçoaram. A arte da porcelana constituo
uma das mais delicadas e próprias á servir ás tendencias
plasticas do sentimento.
0 Primeiro Reinado c o Segundo Reinado conheceram, além
dos jairos de porcelana, toda uma serie de objectos de Icaohno, chicaras, pires, pequenas e grandes colheres, figuras de
animaes e estatuetas graciosas, vasilhames trabalhados artisticamente.
O s pratos de porcelana brasileiros e com scenas nacionaes,
recolhidos pelo Museu I lislorico, que pertenceram á família
real, apresentam lodos elles interessantes decorações, symbolos. paizagens. bustos de personalidades de mérito.
1 )ivulgamos hoie dois magníficos exemplares, que datam da
Independencia e que serviram no Paço Real, da Q u i n t a da
Boa \ istu.
PHOTO
HELMUT
Margens do Rio S U R U H Y ,
nas proximidades da an+iqa
Estação de Mauá.
RTE
PH'OTO'GRAPHICA
I L L U S T K A Ç Ã O
B RASI LEI KA
A
À m ^
N
n
t
c
r
o salão ouro c a z u l da A c a d e m i a de Letras o poeta 1). A l v a r o de I.as Casas —
Reitor da Universidade de M o y a . autor da antologia dos poetas galegos c q u e na
sua curta estadia no R i o já publicou dois livros :
panha'
fez uma
linda conferencia
q u e versou
Conselhos de A m o r
sobre os cancioneiros da
c
Es-
Galicia.
N a G r a n d e Mesa estavam, além do conferencista. D . Pedro de O r l é a n s e Bragança c os
académicos C l a u d i o de S o u z a . M u c i o L e ã o e Filinto de A l m e i d a a quem coube apresentar
D.
A l v a r o ao publico elegante e culto, d o qual
A l e m a n h a e da
faziam
parte os Srs. Embaixadores
Bélgica.
F a z e n d o a apresentação o sr. Tilinto de A l m e i d a ,
falou d o seu titulo
M a r q u e z de Liborin — da
depois de falar sobre o seu
talento,
mais nobre estirpe espanhola,
embora
ele soubesse q u e isso ia ferir a modéstia d o simpático c inspirado
0
da
poeta.
Sr. de Las Casas começou estudando as origens através d o testemunho dos geografos
clássicos tratando logo dos poetas d o século X dentre os quacs destacou a S a n Pedro de
Mtgonzo.
autor
da
"Salve
Regina
Mater".
Ocupou-se depois dos cancioneiros de A j u d a — Colocci. Brancuti e V a t i c a n a
analisando
a genial critica de I ) . Carolina Michaciis. recitando cantigas dos trovadores Martin
Pero
Meogo
e
Pero da
Ponte.
Justificou o porque da decadencia dos séculos X V I . X\ II e X Y I I I
pondentes a esta época d o Padre Feijó c da condessa de
Rosalia
Dos
de Castro.
atuaes
se
Pondal
ocupou
e Curros
especialmente
Enriquez.
de
Cabanellas.
também
da poesia popular lendo varias quadras das mais expressivas c
"Marineiro " .
"Fado
destes
Taibo.
1 ratou
inéditos :
poemas
Varella.
Alvarino
poemas
lendo
Noriege
Iglesias
seus
Cunqueiro,
1850 c comentou a obra
Albete.
recitando
e
e leu poemas corres-
Altamira.
Tratou largamente do renascimento poético operado a partir de
de
Codax.
e
Lopez
autores.
"Ainda
a
boca
me
terminou
sabe
a
melancia'.
E q u a n d o , sob os aplausos calorosos, a conferencia terminou, toda a gente lamentou
ela tivesse sido tão curta:
durara apenas duas
horas.
\ T o ambiente distinto d o novo griil-room d o Casino A t l â n t i c o um m u n d o
^
se acomoda cm grandes mesas.
Os
espelhos dourados refletem
tivas figuras d o nosso "grand-monde" q u e se deu
9
•
í
'
ri
1
:>
A
t!
suave e distinta Sra.
nas
'paillettes d o r
^
/
/
elegantíssimo
as mais
"rendez-vous" nesta noite
representamemorável.
Pedro l.atif trás uma a m p l a toilette branca guarnecida de peque-
fonce", a Sra.
veja a A n t o i n e . Sra. Melo Veiga
y
que
Baronesa de Saavedra, lindo penteado, q u e faria
in-
W i l l e m s e n s . de branco, prata e "strass , como sempre
elegantíssima; o vestido de tom " e n a m p a g n e *
da Sra.
suo linha grega, a S r a .
"née"
Theodoro X a n t h a c h i .
Y o l a n d a Silva Telles, adoravel
na
Isaura Liberal, toilette negra e linda
capa de "renards", a Srta. Maria Cecil ia Heitor de Mello, vestido de veludo "crevette": a
Sra.
Nathalia
Proença,
vestido
de
n.usseline"
de
tons
claros:
as
Sras.
Adalgisa
de
JULHO
19 37
DE
I aria Filho. Basavilbaso. Lillian cio ( aslro M a y a o Beatriz
Simonsen.
Sr. c Sra. Wladimir Aivcs de S o u / a . a Srla.
Lóa <1 Affonseca
"loilctte
c sua irmã Penha — cuja belosa impres-
negra guarnecida do
poi< do deutour
muito eloganle
siona — • ít Sra. Lourdes Gomes de Mattos. veslido de rendas, a pianista
a Sra. Mina Octávio Reis. "toilette
na
D y la
sua
Joselti,
de rendas azues c interessante arranjo de penteado;
a Sra. Bandeira Duarte, tão íina. a intelligeiite personalidade de Marina de Padua.
Ileloisa Melena, a joven estrela <Io cinerr.a brasileiro, trás nos cabelos encaracolados um laço
de fita de um azul lindíssimo, do mesmo tom do seu vestido longo, que a torna
mais
scintilante. fazendo realçar a sua pele bronseada.
As l i i s e
Anunciada:
apagam, as baterias
"Glorified
anunciam
que
vôo
dar
inicio
aos
números
da
tão
revue .
A corlina de veludo so descerra deixando ver uma pirâmide de jovens louras e morenas,
vestidas umas de ouro e outras de azul. cujas "paillettes" brilham intensamente ao clarão
dos holofotes.
\ ac começar o espectáculo.. .
M
irian Anderson, a celebre cantora norte americana, bem mereceu a super-lolaçao do
1 heatro Municipal,
o que
aplausos recebidos da platca
aconteceu
em
e os
calorosos
entusiasmada.
A sua voz extensa c educada e sobretudo a
musicas que canta justificam
todos os seus concertos
interpretação
intelligente que sabe dar
plenamente a consagração que obteve do publico
Beethoven. («Inclc. Debussy. Schubert. D o u a n d y . Scarlatti. I laendel, Meyerbeer.
ás
carioca.
Respighi.
foram executados com a incarna maestria dos " N e g o Spiritualis . onde se sente bem
lodo
o sentimento e toda a tristeza" do uma raça. descripta em musicas interessantíssimas.
Maestro \ illa Lobos. Andrade Muricy, C a n d i d o
nando Yalcnlim. Murilo Mendes. Santa
Miranda Nelio e S r a . . Sylvio Behring e Sra.
c do Jornalismo
Portinari. Fer-
Rosa. Celso Kelly e Sra. M a j o y — pscudoninio
no qual se esconde o espirito brilhante da Sra.
arch il cl ura. do poesia
Portlnori. Maria e O l g a
Paulo de Bettencourt
— l£dith
Behring.
figuras brrlhantos da musica, da pintura, da
afluíram
ao
nosso
principal
Carl Sylvester, Sra.
Douglas
teatro,
assim
como
outras personalidades do "smart set .
A distinta Sra.
Udefonso Dutra. Sra.
nhora Afrânio Peixoto. Sr. e Sra. Xauttrachi. Sr. e Sra.
( alder, Sr.
Piergile. Sr. A n t o n i o de
c SeMes-
quita IV>n:lim Sr. Epitácio Pessôa. Sra. Mary S a y ã o Pessoa. Sra. R a j a Gabaglia. Sr. I lime.
Sr. e Sra. Rodolfo Joselti. Sra. 1 lonold. Sr. O c t á v i o Reis. Srta. Vera Rocha
Miranda.
E quando os concertos terminavam a platea. insaciavel de belesa. aplaudia, aplaudia sempre e a arlista cantava dois. Ires, cinco, ás vezes mais. extras programas: mas o publico
não se retirava emquaiito nüo ouvia ainda urna vez a
interpretação é realmente
A v e Maria
de Schubert, onde a sua
maravilhosa.
G. DE
A.
Outro aspecto do tanque de
nenuphares
do orchidario.
OSVALDO
ORICO
Da Academia Paraense de Letras
A
s vitorias regias sempre exerceram uma alta
fascinação entre os nossos artistas, tanto
entre aqueles que as viram na pompa de
suas alvas bandejas, como entre os que apenas
lhe adivinharam o diâmetro floral aberto no seio
dos lagos amazonicos. Cantada em prosa e verso, festejada por naturalistas e poetas, são essas
ninfaceas o grande ornamento que emerge naquelas aguas longínquas, como um simbolo da
Torça e da magestade da natureza.
Constitui, realmente, um dos mais belos espetáculos para os olhos, surpreender-se de longe,
no circulo daquelas aguas paradas, silenciosas,
as imensas baixelas que parecem ter ali ficado
como sobejos de um banquete de deuses.
N o meio da profunda melancolia do verde, que
se observa em todas as direções,
rasga-se o
cristal de onde emerge a estranha rainha ou estrela das aguas amazônicas, estendendo á superfície imóvel as salvas em que a natureza luxuriante serve á nossa vista deslumbrada os prodígios de sua criação.
AS
ORIGENS
POÉTICAS
DA
U m tanque de nenuphares, no pavilhão
do orchidario do
Jardim Botânico.
Embora maravilhosa na sua compleição, imponente nos aspectos que nos oferece durante o
dia, só de noite se completa o ciclo da sua
força, do seu esplendor tropical. Só á noite ela
desabrocha inteiramente, acordando ao luar e
espreguiçando todo o corpo á tona dos lagos.
A s folhas alcançam um a dois metros de diâmet r o e as flores despem
os botões, respirando
intensamente aquele ar selvagem que lhes acaricia as sepalas.
Vê-se, então, como é diferente e possante no
seu "clima" a estranha ninfacea que Bompland
e D ' O r b í g n y batisaram em louvor da rainha Vitoria, de Inglaterra, estabelecendo a correspondência exata entre o poder da monarquia britanica, durante a victorian age e o reinado flutuante da soberana dos nelumbos. Transportada
ou transferida de seu habitat logico, natural,
aquelas aguas veludosas do subosque, onde cisma, sonha, se espreguiça, se estende e desabrocha, para as piscinas ou lagos artificiais dos
museus e jardins botânicos, a f l o r como que sof r e e desmaia, constrange-se, perturba-se, trocando a desenvoltura dos seus ímpetos sexuais
pelo pudor do espaço e pelo escrupulo do agasalho, onde se sente estranha e inadaptavel.
Capricho ou herança biologica, a verdade transparece na mudança; a flor se descolora e se
PHOTOS
HfcLMUT
A$ flores despem
os botões
_
Pequeno repuxo que
ornamenta um tanaue
de victorias-régias do
Jardim Botânico.
acanha, parecendo que uma especie de íinfatismo lhe suga as antigas energias, desnutrindo-lhe
os peciolos e sufocando a volutuosa desproporção das bandejas.
Pode-se dizer da vitoria-regia que ela é a condecoração selvagem das aguas amazônicas.
Tão fascinante relíquia, tão poderoso ornamento não deixaria de exercer sobre a imaginação
dos nossos caboclos o prestigio de reminiscências lendarias. Dai a explicação que se dá ao
aparecimento dos régios
nenúfares e que Alfredo Ladislau nos transmite em uma de suas
paginas.
Teria sido ainda no começo do mundo, no tempo da lua-homem. A lua costumava, então, seduzir e arrastar á perdição as virgens de sua
escolha.
Descia, sorrateira e macia, pela crista dos montes, insinuava-se por escalvados e colinas e vinha oferecer afagos ás cunhãs que se embalavam nas maqueiras. A o contacto da "deusa
hermafrodita", o sangue das virgens se transformava em luz e o corpo se desmaterializava,
ganhando a forma de estrela e aumentando cada vez mais o harém celestial. Atraida por esse
recanto, uma formosa india teria querido, também, eterisar-se, vaporisando a carne aos beijos da lua. Nessa aspiração doentia correu todas as elevações, esperando o momento do contacto. Uma noite, julgou alcançar a imagem fugitiva debruçada num laqo. Entregou-se ás
aguas iluminadas. Parecia haver desaparecido
para sempre; mas a lua, dona dos segredos das
aguas e das plantas, apiedou-se daquela paixão
sacrificada. E, não podendo mais levá-la para o
céu, criou a "estrela das aquas", fazendo surgir
nos lagos da planície o real nelumbo que recorda uma historia de amor.
"Depois, dilatando tão justo premio, estirou-lhe,
quanto poude, a palma das folhas, para maior
receptáculo dos afaqos de sua luz, amorosamente reconhecida. Esta é a lenda da vitoriaregia de Lindiey".
Graças a isso é que, segundo a lenda, podemos
admirar, no silencio dos lagos, a flor que f o i
uma paixão distante e que hoje expande a salva
de prata do corpo, como si houvesse improvisado um leito para as suas próprias núpcias com
o luar.
. . . A s tolhas alcançam um a dois metros
de diâmetro
Uma victoria-régia no
tanque destinado é
germinação das plantas aquaticas.
ARTES
E
ARTISTAS
MX
M
»/!
m**
I .) -
a#
p
v .
i\ isc
C
rcada
para
registrar o
C apital d a
cia
musical
notável
de
R e p u b l i c a , afora u m a
que
assignalará. d ora
mais
movimento
podessc
por deante
em
matéria
concertos
o u outra
interessal-a.
de
referen-
esta
o que aqui
na
secç&o
se passar
bellas-artes.
de
restringido
o
sentido desse v o c á b u l o a exposições d e pintura e d e escuiplura.
Porque a verdade ó q u e exposições o concei-
tos se succedem. c o m
augmenta
crescente d e
interesse,
e umas e outias p o d e m perfeitamente encontrar-se m u i t o
a vontade sob o titulo q u e encabeça estas linhas.
Não
é difiicil.
portanto,
d e concluir q u e
o
movimento
artístico carioca cresce c a d a vez mais. dando-nos a doce
illusão d e dias melhores em futuro proximo.
0
niez
uma
que
nota
passou,
que.
no
por
ter
que
interessa
sido
negra
ou
á
cantora
quazi
negra,
critico eminente,
Della,
de
exhala
o mínimo
concertos
Marian
um
consecutivos,
voz.
sensacio-
a
contralto
dizer
religioso
dizer é q u e .
conseguiu
esgotar
de
ou
em
a
Vários
motivos
se reúnem
na
um
fatai.
quatro
lotação
1 heatro M u n i c i p a l , q u e . bem poucas vezes, tem
tanto.
cantora,
do
vibrado
para
que
n e n h u m a outra, n o género a q u e se dedica, lhe tome a
dianteira
na preferencia d o
Lella, apesar
da
ingratidão
applauso publico.
do
timbre,
A
e tem
voz
todas
q u a l i d a d e s q u e se exigem d e u m a voz de classe.
porém,
o
que
mais
encanta
é
a o repertorio. e q u e maravilha
mundo.
a
interpretação
é
as
Neila,
que
dá
a todos os audilorios
do
Soberba !
Interessando, pela arte e pela excellente escolha dos números
mais
dos
seus
esquecerá
applaudiu
programmas,
o
publico
carioca
impressão
que
deiles
recebeu
a
nunca
c
que
triumphalmente.
N o mesmo capitulo d e canto, tivemos u m concerto muito a g r j d a v e l . para apresentarão d a soprano N a i r
Nunes,
que
nos
veio d a
proporcionou
ao
publico
Paulicéa.
A
convidado
Duarte
excellente
da
artista
Associação
Bra-
sileira d e M u s i c a , u m a hora deliciosa de musica b o a . e.
portanto,
de
Precedida
fino
uma
premio
Araujo
Musica
pianista :
Vianna.
daquelia
dotada, a
sua
technica
Capital.
artista,
cuja
I
intuição
se
revelou
Instituto
vocação
artística
brilhantemente
apenas
a
pianista
mas principalmente,
ainda
piano
fartos á
mp.is dois
J.
Ilibe rê
Levy.
artista q u e
vez mais n o conceito
proporcionou-nos
Beethoven.
Fernandes.
e Alexandre
e applausos
vae f i r m a n d o c a d a
O
Lorenzo
Dutra
escolhido
Executou
se
publico.
recilaes.
c uja
percussão merece registro : o d o pianista brasileiro
re-
Mario
N e v e s e o d o russo N i c o l a u O r l o f f . o primeiro em programma
do
Centro
conceito mensal
0
Artístico
Musical,
de Cultura
e o segundo
em
Artística.
pianista M a r i o Neves é u m desses nomes q u e se im-
põem
desde
logo.
pelas
raras q u a l i d a d e s
artísticas
com
mo. venceu
logo. E venceu porque tem. realmente, pre-
dicados q u e o tornam digno d a a d m i r a ç ã o d e todos. S u a
nos
bancos
a
de
pretações.
das mais sadias, têm
sonalissimo q u e lhes d á * u m
sabor.
que
Que
agradou,
foi obrigado
gramraa
lidade
a
1 edcsco.
cunno
n o v o e sempre
e muico.
de
havia
provaram-no
os
peças d e alta
Beethoven.
Mignone,
Falia.
( 'hopin.
pci-
interessante
números
torar. depois d e offerecer
forte, em q u e
technica.
sempre u m
um
pro-
responsabi-
Castelnuovo-
Godowslcy-Delibes.
/adora.
Strauss e Liszt.
Outro
grande m o m e n t o q u e
vemol-o
a
Nicolau
maiores pianistas
Não
E
era a
Orloff.
nos offereceu
que
o. sem
o p i a n o de-
favor,
um
cios
contemporâneos.
primeira
vez q u e
elle a q u i
isso justificava a sympathia
se
apresentava.
com q u e o seu
reappare-
I emperamento delicadamente
sensível á musica
romanti-
ca.
ter.
cimento era aguardado.
Orloff
tem.
ou
parece
uma
inclinação
mais
accerituada pela obra d e ( hopin. E e x e c u t a n d o o divin o polaco, toda gente viu c o m o se casam bem as d u a s
individualidades a q u e o p i a n o serviu d e traço d e u n i ã o :
a
do
interprete e a d o
interpretado.
O r l o f f 6 u m artista encantador. Sensível sem ser piegas,
romântico sem ser choramingas, ficamos a dever-lhe u m a
das boas noites d e e m o ç ã o d a
temporada.
Entre os concertos d o p i a n o e os d e violino, tivemos u m
sarau
da
Cultura
parte
Beatrice
e Carola
Se
cia
de
Burford.
Goya.
nenhum
Artística,
dos
de
cujo
harpista.
prograrnma
faziam
Emilio
Osla.
pianista
arrebatar,
por
deficiên-
bailarina.
tres conseguiu
elementos
para
tanto,
todavia
conquistaram
applausos.
Os
violinistas q u e se apresentaram —
I oltembcrg e Pe-
N i s e O b i n o é u m a esplendida promessa q u e surge.
que
Dotada
moca-
d a n d o interpretações personalíssimas aos programmas exhi-
segu
bidos. com mais ou menos bravura, com maior o u menor
reaux
i
e adiantada,
não
do
do
mas m u i t o
denota
Porto
portadora
ouro.
uma
Mignone.
da ( unha. Eduardo
Audilorio
Musica.
rediaz
de
talento
pianislica
rança, o alto
Anderson
íi
de
Lis/t.
de
Conservatório.
nica
Marion
joven.
veio-nos de
Poggi-Obino.
medalha
execução
segura
credenciaes.
Nise
q u e se affirma. M u i t o
de
espiritual.
d e excellentes
Alegre
de
goso
Chopin.
Instituto
technica é das mais brilhantes o impetuosas. S u a s inter-
no
encanto
q u e se p o d e
teve
logar.
Anderson,
cuja
do
q u e se propõem a enfrentar os auditorios. Por isso mes-
musica,
verdadeiramente
n a l . merece ser tratada em primeiro
Refcrimo-nos
á
certos
Poggi-Obino
invulgar,
que
ihe
repertorio.
reappareceu
dispondo
permitte
de
enfrentar,
uma
com
a pianista Y o l a n d a L r a n ç a
perante o
publico
habitual
dos
— conseguiram
fica. C a d a
no
um
produzir
com
a sua
Ma
encantamento
phrazoado.
con
tura d o renome d e q u e v i n h a m
na
assistência
individualidade
ambos
impressão
própria,
mostraram-se
precedidos.
á
al-
Carola
O corpo c!c bailes d o Theatro M u n i c i p a l , com a senhoi a
tanhas d o Brasil", n a Galeria Heuberger. Pintor d e pin-
Muna O I c n e w a
espe-
celadas
triumphos
quando
á
frente,
iniciou
uma
serie
de
ctáculos de dansas. registrando dois brilhantes
nos dois primeiros
realisados.
omo o musical n ã o
C
Gagarin
se apresenta
anseio louco das
sente
sobretudo
assim
dizer
por
Agulhas
Negras",
rante dos
"flamboyantsno
pesada
amarcllo oiro das
na
mento de bcllas artes, n o mez q u e se f i n d o u .
Nada
quelética dos cipós, n o verde forte das
Os
ciação dos Artistas
sempre
Brasileiros,
no
Palace
o Súlão de Maio. e as exposições d e
e Porciuncula de Moraes;
o
da
.1 rua Buenos Aires — com
I lotei,
com
1 Icnriquc
Galeria
Salvio
Meuberger —
as exlubições
de
Alfredo
Noríifii e Paulo Gagarin, e o d a G a l e r i a S a n t o
Antonio
— â rua da Q u i t a n d a — com a mostra a n n u a l d e J o ã o
Baptista de Paula
1'onseca.
que está deante de cinco nomes q u e
não
verificou
lhe são ex-
traímos. D e todos, talvez apenas u.n n ã o lhe seja mui1 Icnriquc
Henrique Salvio.
Salvio.
apesar
de
Isso. porém,
não
admira.
surgii
uma
arte
amadurecida, é. realmente, u m
soja um
artista
inédito,
com
n o m e novo. embora
i odos
os
demais
são
admiração dos q u e apreciam
tem
uma
a arle
obra
toda cila. a paizagem
carioca
característicos de côr.
de
nomes
pela
boa.
vasta
e espalhada.
se retrata,
transparência,
com
de
l£m
os
seus
poesia,
maravilhoso esplendor. N a collecção q u e reuniu na
leria Santo Antonio, o artista demonstrou
em pleno esplendor
de sua
já
não
que se projectaram através dos a n ã o s , consagrados
Paula Fonseca
brilhante
de
Ga-
q u e se a c h a
carreira.
natureza
brasileira,
mento. elle não se contenta
cercam no R i o de Janeiro.
Muito perto do
Rio.
novos
que
com
De
Por
toda
parte
grantes maravilhosos.
E
seduz
colheu
a
cada
mo-
os panoramas q u e
vez
em
horizontes
I herezopolis. Umuarama. Itatiaya
Jordão.
o
da
quando
o
o
viaja.
emocionam :
Petropolis. C a m p o s d o
impressões.
apresentou,
depois,
Pintou
as
fia
Mon-
Paulo
aquarelistas.
Porciuncula
exhihiu
de
uma
ficas
O
carregadas,
Gagarin
um
c
nova
na
ber-
acacias.
nudez
es-
montanhas.
são motivos
decorativos
e Alfredj
apreciados:
Norfini.
O
primeiro
Em
qualquer
seguro.
um
velho
delias,
Sempre
artista
agradavel
d e ver se.
l h a n d o . C o n h e c e o Brasil d e extremo a extremo.
1 odas
as gravou
no
papel,
desse collocar
se-ia u m a
finidade
de
pela
que
se
traba-
impressões q u e .
artista,
o
magni-
encaneceu
as
é
foram
a oleo. creador de ceramicas
sempre
segundo
outro,
m o d a l i d a d e d o seu talento artístico :
aquarelista.
ti
apoz
Moraes
pinior d e quadros
Norte a S u l .
em
pequenos
ordem,
um
ao
tem recebido,
quadros.
Sc
lado
outro,
do
de
impressões
colhidas
cm
pleno
ar
mais novo. sim. mas nem
vel.
um
se puter-
i lenrique S a l v i o surgiu
principiante
que
livre,
ao a m b i e n t e frio dos
Resta-nos falar d e H e n r i q u e Salvio. o mais
O
elle
visão deliciosa d o Brasil, através d e u m a
mormaço da A m a z ô n i a ,
indo
pampas.
novo.
por isso o menos
admira-
feito, appareceu. n ã o
como
pede condescendem ias. mas
como
u m artista q u e impõe a sua arte. I l m sua exposição d o
Palace-I lotei,
t u d o denotava
o
temperamento
differente.
a personalidade sensível, deante de cuja obra é necessário q u e
Paulo Gagarin é outro paizagista de elite. D i s c í p u l o
propria
Dois
de
das nuvens
no
deliciosos.
affirma.
leitor. se está familiarizado com o meio. já
to familiar:
quadros
natureza,
n o vermelho
movi-
massa
a
escandalosa :
foi menos interessante o
menos de tres salões estiveram em evidencia : o da Asso-
0
largas.
Goya
pouco.
copia
se pare. q u e
Porque
o que
elle
tem
se observe e q u e
não
é.
unicamente,
se medite
o
pintor
n a téla as suas próprias rellexõcs.
tem.
portanto,
no> fala á alma com
í\ u m
um
traduzir
I o d a a obra d e Hen-
caracter differente.
u m a eloquencia
valor novo. q u e começa
nem c o i ^ e g u e m
que
deante dos olhos, mas sim. e princi-
palmente. o espirito q u e reflecte e q u e procura
rique S a l v i o
um
que
extranha.
por o n d e muitos
acabar, e q u e se imporá
outros
rapidamente.
A n n i t
Um
recanto
ção
Paula
e
seu
autor
da
"
!
exposiFonseca
ao
lado
Ao,/,
N
O
GILBERTO
R
E
C
I
F
E
FREYRE
D
emelrio Ismailowitch foi ao Recife e viu a velha cidacle
do Norte com olhos arregalados de quem estivesse descobrindo os Iropicos. Mas não se deixou desorientar pelo excesso de sol e de côr que tantas vezes bota a perder a pintura dos artistas louros que vêm descobrir os Iropicos.
Seus quadros do Recife guardam o goslo da analyse e até do
pormenor
o pormenor significativo ^ dos seus estudos de
Constantinopla e do Sul do Brasil. Elie arregalou os olho«
contra o sol e viu as linhas, os traços e até as rugas das pessôas e das coisas, e não somente o brilho das suas côres. V i u
rugas de cansaço e até de dôr. V i u as quasi mil rugas de dôr
do rosto do preto velho, pescador dos arrecifes. \ iu as rugas
de velhice de S. Pedro dos Clérigos e das igrejas de Iguarassú.
Sente-se nos quadros que Demelrio pintou no Recife, c n
O l i n d a , em Serinhaem, o sol poderoso querendo dominar Ilido, querendo dissolver as coisas c até as pessoas cm borrões
amarei los, azues. verdes, roxos e pardos. Mas se sente principalmente o pintor reagindo con l ra o sol e procurando dar a
forma, a linha e o traço da paizagem.
O
Sino
da
Sc
de
pescador
Olinda
Por isso esses seus quadros são uma documentação valiosa. A
vida e a paizagem do Recife são retratadas com exactidão c
até com minúcia. Meios-dias
morosos de ruas de São José.
Lampeões tristes. Igrejas. Sobrados. Mucambos. Capellas.
Meninas de luto. Moços bonitos. Mulatas. Negras. Barcaças.
Canoas descendo o Capiberibe. I udo pintado com nitidez.
Mas não com uma exatidão
allcmã. N ã o esmagando a força poética que sane das figuras
c cias coisas dos tropicos.
Nos quadros que Demetrio Ismailowitch trouxe do Recife se
sente não só um pintor honesto procurando ver direito imagens deformadas pelo excesso
de sol, como um homem de
paiz frio procurando comprehender uma das paizagens
mais ardentes e cheias de mysterio do Brasil.
i
N
J
"
Jte,.
Solar
de
Monjope
M
M
U
C
A
M
8
0
S
TELAS
DE
,Z
SMAILOWITCH
Jímiu&m/fí
Café
cm
ce reja
São
O
BRASIL,
Paulo
LEADER ABSOLUTO DA PRODUCÇÃO DO CAFÉ-
Per mais que queiramos, não podemos ser pessimistas quanto á
Aqui estão as cifras, fornecidas pelo D . N . ( ., na parte referente
situação do café. Il
io Brasil, e colhidas no boletim da firma Steinwender, Stoffre-
verdade que chegou uma occasião em que
parecia que tudo estava perdido e vinha próxima
uma catas-
gen & ( ia. quanto á safra dos outros paizes:
trophe semelhante á que se verificara com a borracha.
PRODUCÇÃO
Mas o Departamento Nacional do C a f c enfrentou corajosamente
Sacras
as contingências do momento, impo/, a politica heróica do sacri-
I\ ao mesmo tempo que procedia a eliminação do excedente,
o I). N . C . tratou de obter a melhoria do producto, estimulando
a producção dos cafés finos. N ã o obstante os esforços dispendidos por esse iado, não perdemos a posição na estatística da
de
60
kilos
J U N I IO-JULI I O
licio de lodo o excesso da producção, caminhou, decididamente,
para o equilíbrio estatístico.
MUNDIAL DE CAFÉ
So/ros
fímtil
i')31/32
28.333.000
16.500.000
29.610.000
17.366.fKH)
20.857 (HH>
:93J/33
l<>33/31
<
1 »3 i / 3 5
1933/30
Oulros
Tolal
paizes
36.620.000
25.739.000
38.530.000
25.065.000
3O.883.00O
8 . 2 8 7 . 0 0 0
9 . 3 2 9 . 0 0 0
8 . 9 2 0
(KH)
7 . 6 9 9 . 0 0 0
I o . 0 2 8 .
(HM )
producção mundial.
O
A o contrario, pelos dados da ultima safra, que abaixo reprodu-
revela regularidade, harmonia, dando-nos a certeza de que não
zimos, póde-se
haverá excesso no mercado c de que o equilíbrio estatístico do
verificar
que
producção mundial do café.
o
Brasil
contribuo
com ~/3 da
augmento
da
producção — de 1931/35
producto scra mantido sem difficuldade.
para
1933/36 —
.
,
ne
Rio-
^
« r
Von S ^ f - c o r , e >
o
„cis
Je
NA
VELOCIDADE
\ o n Sluclc. o famoso volanle. vencedor d e varias provas internacionaes.
a p r o v e i t a n d o a sua estada
n o R i o d e Janeiro, tentou
mundiacs
milha
de
Icilometro
num
A u t o Union.
Essa
tentativa
realização
cercou
das
de
mais
d o seu
Victoria
de
parados,
êxito
do
os requisitos
de
na
estrada
absoluto,
Automovel
controle
R i o Petropolis,
assinalando
Club
exigidos
récords
do
a
Brasil,
para
sua
que
a
homologação
internacionaes.
pagina,
triumpharam
coroada
uma
todos
marcas
Nesta
foi
e
bater os
a
alguns
instantâneos
habilidade
e o
cia
arrojo
prova
de
Von
de
velocidade
Stuclc
c a
em
que
excellencia
carro.
V o n Stuck.
no dia
prova
da
grande
Photos
automobilística.
Von
de
que
O s apparelhos
tragem
quaes
na
electrica,
loi
controle
de
chronomzgraças
possível
perfeito.
homologação
obter
aos
um
indispensável
de
internacionaes.
I Ielmut
marcas
Stuck,
batendo
chegada,
no
terminava
no
momento
a
coriida.
fio
em
sensacional
Um aspecto
rida;
fraias
ao
Ui -
stantaneo
dc
um
dos
carros
de
cor
rida
sobre
a
pis*c.
fundo
e
montanhas
da
Impressionante
da cor-
Gavea.
molhada.
V o n Stuck
do
em
passan
frente
tribuna
An tes
o Hicial
da
os ires
corrida,
vencedores'
Pintacuda,
Stuck
e
Outro
da
Von
Brivio
instantanco
corrida
vea,
bello
da
Ga •
vendo-se
um
trecho
do
I rampolim
Diabo
O
M
da
do
.
Trampolim
Diabo''
na
do Leblon,
da
do
curva
entrada
Avenida
Niemeyer.
• VI
»'-Vv.-
. ^r.iL
M J t
i
áiu,'.
Pliolos I Iclmut
N
estas duas paginas, queremos relembrar o instante de grande vibração popular que foi a
corrida da C Javea deste anno.
Ella deu ensejo a que se realizasse uma extraordinaria exhibição de coragem c habilidade, mas
sobretudo offereceu opportunidade ao publico para rever e admirar a velha paisagem encantada da
Gavea, cheia de belleza e imprevisto, atravéz
praias, montanhas, nuas, á beira do canal ou entre rampas abruptas.
A população aproveitou bem a occasião e espalhou-se pelas immediações do
I rampolim do
Diabo,, que, se não 6 a prova automobilística mais
sensacional, tem, pelo menos, sobre as outras, a
vantagem* de desenrolar-se atra vez da pista mais
bella do mundo.
O s aspectos que aqui estampamos lixam alguns
instantâneos da corrida deste anno, em que tomaram parte diversos volantes de fama internacional, determinando uma competição fértil cm lances sensacionaes.
Mas o verdadeiro encanto dessa evocação reside,
antes de tudo, no panorama arrebatador da Gavea, em cuja imprevista composição topographica
a mão do homem rasgou uma pista que oflerece
todas as emoções do perigo e todos os attractivos
da belleza panoramica.
• -
Esplendido
e
aspecto
assistência,
conjuncto
ponto
da
pista
apanhando
o
da tribuna
offie tal,
de chegada,
etc.
Na
recta do fim
Avenida
da
Niemcyer.
Í L L U S T K A Ç A U
O
Dr.
reclor
Eusébio
do
Je
Serviço
que
assigna
te
do
Oliveira.
Ji-
Geologico"
e
este artigo.
Grange iro.
na
Ü K A S I L E I K A
ion-
em
Cr«;/o
E U S E B I O DE O L I V E I R A
Director
do Serviço
Geologico
o Problema
Seecd no
ESTUDOS
N
o u l t i m o trimestre de
PRELIMINARES
CONSIDERAÇÕES
1932 fiz u m a excursão ao ( cara com o intuito d e verificar a
possibilidade
da
appiicação
dos estudos geologicos
d a secca. O
primeiro trabalho q u e executei
meio d e se utilisar a formidável
massa d agua
á
solução
de
alguns
problemas
teve por objectivo determinar o
subterrânea a c c u m u l a d a
melhor
nas camadas are-
A
ECONOMICAS
C h a p a d a d o Araripe, u m
de comprimento e 2 0 em
antes d o
actual
SOBRE
A
CHAPADA
DO
ARARIPE
iminenso planalto cretáceo, m e d i n d o cerca d e
sua menor
desflorestamento,
largura, é u m
de
exuberante
180 Icilomctros
massiço d e arenito, q u e
floresta,
rica em
preciosas
se
revestia,
madeiras
de
nosas d a C h a p a d a d o Araripe. Para ex trahir essas aguas os geologos e engenheiros sempie
lei. H o j e serve-lhe d e coifa u m agreste castigado por successivas queimadas, sendo a área
propuzeram sondagens, executadas n o alto d a c h a p a d a . A s sondagens assim feitas, poucas
descoberta
aliás, provaram q u e a agua se acha a grande profundidade, nfio é artesiana, d e m o d o q u e
entre as áreas cultivadas e as desbravadas. Devastam-se pelo fogo áreas d e vários alquei-
a sua extracção seria extremamente dispendiosa
res para
tanto a
própria
consiste
pura
natureza
c
indica
simplesmente
qual
em
o
por exigir o emprego de bombas. N o en-
processo economico
abrir
galerias
na
base
para
da
utilizar
escarpa
da
essas aguas :
chapada,
onde
aproveitada
se plantar,
depois
ás
para
vezes,
uma
mal,
um
lavoura
hectare.
incipiente.
Seus
Não
recursos
ha
proporcionalidade
economicos
acluaes.
ponto d e vista vegetal, estão quasi completamente exgotados. N o emtanto. a reconstituição
d a riqueza florestal é alli tarefa q u e se impõe e q u e n ã o d e m a n d a
gindo porém continuidade.
o G r a n g e i í o . Nesta ultima fiz uai serviço preliminar para verificar como a agua surgia cíd
zados nas abas d a C h a p a d a , o n d e existem ricas jazidas d e gypsita. c u j o
rocha e consegui em p o u c o tempo lançar cm u m ú n i c o canal
tem sido u l t i m a m e n t e tentado, c grandes depositos de calcareo. cuja utilidade actual
lhava
em
innumeras
pequenas
fontes.
Installei ahi
um
encanamento
de
15 \ por
onde
Do
grandes recursos, exi-
nascem as fontes q u e lá existem a séculos, algumas de grande vasão. c o m o a Batateira e
toda a agua q u e se espa-
do
p o n t o d e vista mineralógico, os seus recursos estão
locali-
aproveitamento
tem
sido apenas c o m o lages para calçamento, mas q u e poderá futuramente ser aproveitado
no
passa toda a a g u a . ficando assim a fonte prompta para se utilisar a sua agua purissima n o
fabrico d o cimento. U m . porem, se nos depara de importanca capital em todo o Nordeste :
abastecimento
é a grande reserva aquífera q u e o arenito constituinte d a C h a p a d a retém e q u e . por nume-
da
cidade
do
Crato,
sobrando
ainda
bastante
para
a
cultura
permanente
d o u m a grande área d e terras d e primeira q u a l i d a d e , o n d e d á tudo. inclusive café.
depois a abertura d e u m a galeria d e l m . 3 0 x
Iniciei
l m . 2 0 n o sopé d a escarpa d a serra d o Ara-
ripe. aproveitando u m p e q u e n o olho d ' a g u a , para verilicar a posição d o lençol d'agua.
perfuração
foi proseguida
pelo auxiliar
Carlos G o m e s
u s a n d o somente picareta, a l a v a n c a , c u n h a
1'ilho até
e marreta. A
camada
d e u m arenito amarcilo d e grão grosso, coin estratificação
50
metros d e
permeável
e
A
extensão,
constituída
falsa, tão saturado d agua
que
rosas fontes naturaes brotando aos pés dos talhados d a C h a p a d a , alimenta já n ã o
pequena
área d e cultura
Araripe,
nos Estados
do
Ceará
e Pernambuco.
f\. pois. a C h a p a d a
immenso reservatório de agua subterranea. o q u e a torna
mento de uma
principal
grande z o n a dos dois Estados referidos. Q u e m
do
factor d o
conhece
desenvolvi-
a região n o
pe-
ríodo d e grande estiagem p o d e avaliar a extraordinaria preciosidade dessas nascentes,
que
conservam ahi em plena exuberância a vida vegetal, q u a n d o nas outras partes d o
a o passar-se a m ã o na rocha, se tem impressão d e haver tanta agua q u a n t o areia. A
es-
cila quasi desappareco. O
pessura d o arenito aquífero na bocca da galeria varia d e
Im. a 2m.l0
por
cm u m a irrigarão u m tanto primitiva. C u m p r e , porém, tirar maior e melhor proveito dessa
um
ausente.
arenito d e granulação
fina. na
qual
a agua
e quasi
A
tendo o arenito aquiíero
na
base desmontado á picareta e o arenito
montado
foi
preciso
ia
á
cunha.
augmentando
corpo
da
rocha
tamente
cerlo
que
um
dá
corrente
e
Não
progressivamente;
a
que
escoar-se
a
perímetro
perenne
em
abertura
d e cerca
para
fins
revestimento
de
porejamento
filetes.
de
de
e á
Este
numeiosas
400
no
galerias
que
começo
trabalho
kilometros.
agrícolas,
medida
em
fornecerá
abastecimento
galeria
fino
da
da
um
traçada
n o tecto, des-
galeria
provou
escarpa
grande
d'agua
íoi
se a v a n ç a v a
preliminar
tomo
e c capeada
das
a
agua
passou
ser
no
absolu-
do
Araripe,
a i n d a quasr virgem, mas c o m o t ti
p a d a . fazendo ali a p p h e a ç á o pratica d a solução q u e imaginou
os lavradores q u e delia tiveram conhecimento, e já n e n h u m
Alvim,
sar novos estudos na
Chapada,
com
assistente chefe d o
o intuito d e organisar
Serviço
um
Geologico.
paulatinamente
como
vem
sendo
feito.
O
dado
a
de
essa
pelo dito technico consta das notas seguintes, no Relalorio A r m u a l d o Director, de
pg. 4 6 :
de
geologicos
para o aproveitamento
ra-
todos
põe em d u v i d a os seus opti-
com a mesma sympathia, o u poi ter sido mal comprchendida o u porque a sua surprehen-
reah-
plano d e perfuração
desempenho
Euzcbio
visinhas.
de
galerias, o q u a l . embora n ã o pudesse ser atacado por absoluta insufficiencia d e verba, seria
executado
Dr.
mos resultados. Infelizmente, porém, n a esphera administrativa, a solução n ã o foi recebida
convenientemente
d e Faria
O
agu.i
cional d a agua desse immenso reservatório. S u a solução trouxe novas esperanças a
c na elavação da agua para irrigar as magnificas terras d a C h a p a d a . Por isso. encarreguei
Gersort
seguir.
utilisando a
n a região d a C h a p a d a , abriu novos horizontes ao futuro d a grande área q u e cerca a Cha-
dente
engenheiro
o q u e se verá a
partido,
O l i v e i r a , director d o Serviço G e o l o g i c o e Mineralógico, em viagem de estudos
e energia hydrauiica q u e . transformada em clectrica. será usada na i i l u m i n a ç ã o das cidades
ao
bom
d'agua
volume
cidades
riqueza
lavrador tira dessas fontes u m
Estado
missão
1951.
simplicidade
tivesse ferido
escolhidos,
trantes — formando
lontes
susceptibilidades.
galerias por o n d e
da
aos problemas
agua
se possa escapar.
cconomicoj
preciosa contribuição d o
d o Brasil, foi
geiro e desta distante cerca d e 5 0 0 metros. A
brotava
pontos
— galerias
iniciada
Doutor Euzebio de
por elle mesmo,
primeira galeria. nc;s proximidades d e urna grande fonte natural
pada, donde
d e abrir em
fil-
artificiaes.
Esta solução, q u e e o n i t i t u c mais u m a
veira
a
Trata-se. apenas,
urn m i n u s c u l o
com
conhecida
a
Oli-
abertura
por
Gran-
galeria foi c m b o c a d a n u m paredão d a C h a -
filete d agua. C o m
5 0 metros d e extensão com
que
J U L H O
DE
1937
V2 litros por segundo o u
ficou a galeria, a v a z ã o hoje é d e 3
sejam
12.600
litros por
hora. í\ preciso lembrar q u e esse trabalho foi realisado quasi sem ferramentas e com recursos mínimos. A
verba actual d o Serviço Geologico e Mineralógico, m u i t o p e q u e n a ern
relação á nossa grande extensão territorial, m a l comporta
menos d e metade dos Estados,
Araripe é uma
e a parle q u e
estudos d e pequenas zonas
tem tocado aos estudos d a
Chapada
fracção bastante reduzida, d e sorte q u e os serviços n ã o p o d e m
desenvolvimento. O s
estudos j á realisados nessa C h a p a d a
em
do
ter maior
c suas adjacências n ã o
deixam
mais d u v i d a sobre o valor d a região, q u e será, n o concerto das actividades d o paiz, futuramente. mais u m
grande centro economico. Esses estudos n ã o
p ó j em.
porém,
prescindir
d o estabelecimento d e u m a rêde d e triangulação, pelo menos, d e 3.* ordem, com
amarrados
qual
em
pontos
se apoiarão
Isto
feito,
de
coordenadas
os levantamentos
poder-se-á.
com
astronómicas
topographicos
segurança,
atacar
q u e é a aberluia das galerias íiltrantes, cm
previamente
determinadas
e sobre
o
objectivo
principal
torno d a C h a p a d a .
do
plano
de
necessitaria d e u m orçamento minisno d e 2 0 : 0 0 0 $ 0 0 0 mensaes. q u a n t i a
levar a efícito u m a
bòa campanha
serviço
Para pôr em execução
180 klm. x 2 0 Idm.. com u m perímetro consequentemente enorme, o Serviço
poderia
a
parciaes.
seu programma. na C h a p a d a d o Araripe, considerando as dimensões m i n i m a s da
de
vcrtices
o
Chapada
Geologico
esta com q u e se
d e estudos geologicos e levantamentos
topo-
graphicos, localisando as fontes naturaes e fixando os pontos das futuras galerias
filtran-
tes. Trata-se dc uina questão q u e , pelo seu alcance economico, está a exigir u m a
solução
decisiva, sem mais delongas. N ã o obstante os seus modestíssimos recursos, o Serviço Geologico e Mineralógico c o n t i n u a os seus trabalhos n a q u e l l a C h a p a d a , tendo iniciado já ou-
Uma
paizagem
oxisem
tra galeria d o lado d c Pernambuco, proximo a N o v o - E x ú . q u e , a i n d a em começo, já pre-
da
do Nordeste.
nuncia
a
preciosa
O
Açude
do
Cedro.
no
Estado
do
Ceará
optimos resultados. C o m o complemento, á questão das galerias filtrantes seria ne-
a g u a
cessário q u e o G o v e r n o promovesse a desapropriação d c u m a certa área d o lado d o C e a r á
nas proximidades dc C r a t o e outra d o
o
estabelecimento
de campos
dc
lado d e Pernambuco,
experimentação,
com
o
proximo a N o v o - E x ú ,
fim
não
só d c
facilitar
para
ao
la-
vrador a acquisição d e plantas c sementes, c o m o d c introduzir n o seio d a classe os novos
conhecimentos
exigidos
pela
geral, d o m i n a
o homem
da
agricultura
lavoura
moderna
c que,
por u m desperdício d u p l a m e n t e nocivo
das
populações
charcos
como
aqui
já
por
carência
e aiii . N a
dissemos,
dc
acha-se
a
combate
em relação á
á
rotina
agua.
secular
se caracteriza
desbaratada
do
grandes
Araripe,
e pela
insalubridade
propriamente
profundidades,
economia
verdadeiros
agua
alta
região
subterranea,
da
rocha arenosa, d c sorte q u e a agua usada é a das chuvas a c c u m u l a d a em exeavações
do
mes F i l h o : citado no Rclatorio A n n u a l
a
a
dc
cm
permeabilidade
solo d e n o m i n a d a s barreiros. Eis a descripção de u m
devido
dita.
que,
na
á planta por excesso d e irrigação e á
agua
Chapada
em
barreiro, pelo engenheiro Carlos
d o Director, dc
Go-
1954. pg. 5 6 :
B A R R E I R O
"Barreiro
é
nome
1
dado
uma
exeavaçõo
no
sólo
para
deposito
dc
agua.
Aproveita-se
o suave declive da estiada d e rodagem para se abrir n o seu eixo u m a pequena valeta, com
o
fim d e encaminhar
as aguas para
o reservatório. O
sólo
geralmente
argilloso, após
exeavação. soffre u m a cspecic d e pilonagem q u e o torna impermeável. O
pto acima,
assemelhado
a
uma
calote
espherica.
com
o
diâmetro
dc
a
barreiro, descri-
50
metros
c
uma
p r o f u n d i d a d e de 3 metros; presentemente a c c u m u l a v a u m v o l u m e d agua d c mais o u menos 2 . 0 0 0 melros cúbicos, tendo resistido perfeitamente á sêcca d c 32. E
totalmente cer-
cado d e arame farpado, sendo q u e o seu proprietário vende a carga d agua.
litros, por u m cruzado. A
isto c,
100
agua n ã o é perfeitamente cristalina, apresentando u m a côr mais
ou menos leitosa, n ã o tendo, entretanto, sabôr desagradável; grandes potes de barro servem
a
uma
obtidas,
prévia
soube-se q u e
idealisado
mente
decantação,
em
o
primeiro
191-1 pelo
proseguc-sc
a
tornando-a
barreiro d a
sr. A n t o n i o
abertura
fresca,
da
ao
paladar.
região, construído
Tavares,
galeria
N o v o - E x ú , Estado de Pernambuco. O
satisfazendo
no
filtrante
acima
logar d e n o m i n a d o
na
aba
da
mais ou menos na altura d o nível d a g u a ,
o
d agua.
paia
galeria, d a n d o
depois d c
assim
concluída
verte
para
nivel
da
galeria
a perfuração,
franco escoamento
á
galeria,
constituído d e tabatinga q u e encharcada
para
o
que
foi
Presente-
Por ser o c h ã o d a
fica m u i t o atoladiça. d i l f i c u l t a n d o o m o v i m e n t o d e transporte d o
deixado
Chapada,
Jandaia'.
Chapada
agua
tem-se
da
informações
serviço nesta galeria tem sido mais trabalhoso, d a d a
a p o u c a rcsistencia d o material, q u e exige forte escoramento.
exterior,
Por
ligeiramente
material
superior
fazer o rebaixamento
geral
ao
do
pela
escavado
do
lençol
chão
da
agua.
arragern
ide
ao
" Acarano
Ceará
Arenito
com
estratificações
falsas.
Fonte
do
Jaicôs
A S GLORIAS D O AR
(<3
esquerda) e
M l l e t N*,d<A
Claire Roman, que #««(*•
saram o vôo Paris - Pondiche^Y (lncí«áf|
Photo tirada pouco antes da pa«* d*
^
campo de Bourgct.
O
•"'O
r/
'ents*
>
Có
t*
S-
u
A MODA EM HOLLYWOOD
Ira,* r
{•ntar, em seda prêta, com enfeites de piqué branco.
- E* Uchàdo em cima por um laço de piqué, que
desce até a orla da saia. M*nsà% curtas bouffantes
ott\èdâ% com t\oft% de piqué branco. Apresenta-o
Kathryn M è A o w t .
A C A M I N H O D A FELICIDADE
D o d e que
recebeu a noticia do divorcio da Sra. Simpson, o
e x - R e i da Inglaterra deixou a Á u s t r i a , seguindo
para a França, afim de encontrar-se com a sua futura
esposa. Instantaneo da descida do Duque de
W i n d s o r na gare de V e r n e u i l , onde tomou um
automovel, d i r i g i n d o - s e para o sul de França.
O DIA DAS MÀES, N A A L L E M A N H A
Commemorando o « dia das M ã e s » , o - « C o r p o
Automobilístico » de Berlim $c collocou k disposição da Municipalidade, para levar a passeio, como
homenagem, ás senhoras que o desejassem. Tomaram
parte nessa excursão 1.400 «má*t a l U m i v * .
Al E z
li i:
A
Plínio
A
EXTINCÇÂO
DO
Salgado
ESTADO
DÊ
Antonio Corrêa de Oliveira
GUERRA
N o mez passado, extincto o praso de vigência do estado de guerra, não foi pedida sua prorogação, como
vinha sendo feito, desde dezembro de 1935.
Voltaram, assim, a vigorar todas as garantias conshtucionaes, inclusive a liberdade de imprensa.
Desie
modo, a campanha politica da successão presidencial
poude ter um inicio realmente democrático, formando-se o ambiente propicio á jornada que culminará
com a livre manifestação da vontade popular.
A
UNIÃO
DEMOCRATICA
NACIONAL
A s diversas agremiações partiaarias
didatura do sr. Armando de Salles
cia da Republica uniram-se num
extensão nacional, que recebeu
Democratica Nacional.
que apoiam a canOliveira á Presidênbloco politico, ae
o nome de União
A
reunião inicial foi
presidida
pelo sr.
Antonio
Carlos, tendo falado diversos leaders opposicionistas.
entre os quaes os srs. A r t h u r Bernardes, Octávio Mangabeira e João Carlos Machado.
Espera-se, igualmente, a articulação das forças politicas que apoiam a candidatura do sr. José Américo
de Almeida.
O TERCEIRO
M E Z
CANDIDATO
O
terceiro candidato á Presidoncia da
Republica
é o s r . Plinio Salgado e foi escolhido em plebiscito
realizado pela Acção Integralista Brasileira, por um
total de mais de 8 0 0 . 0 0 0 votos.
O resultado do plebiscito foi commemorado na Capital
da Republica com uma grande parada.
Uma commissão de integralistas foi ao Palacio do
Cattete e em seguida ao M i n i s t é r i o da Justiça, afim
de communicar ao Chefe do Governo e ao titular da
pasta
politica
o
lançamento
da
candidatura
do
sr. Plinio Salgado á magistratura suprema da Nação.
A
LIBERTAÇÃO
DOS
PRESOS
POLÍTICOS
Antes mesmo de expirar o estado de guerra, o novo
titular da pasta da Justiça, sr. José Carlos de Macedo Soares, tomou providencias para que fossem
postos em liberdade os presos políticos que se encontravam recolhidos á Casa de Detenção, sem processo.
O numero de detidos
algumas centenas.
nesta
Capital
se
elevava
a
lambem se abriram as portas das prisões dos Estados
para todos os que ali se achavam sem culpa formada.
O
MEZ
LITERÁRIO
E
ARTÍSTICO
Junho foi um mez assignalado por notáveis acontecimentos na vida artística e literaria.
Tivemos a visita do poeta Antonio Corrêa de Oliveira
uma das mais altas expressões da literatura contemporânea de Portugal.
Nas manifestações de carinho e sympathia que cercaram a figura do notável homem de letras, uniram-se
brasileiros e portuguezes, ligados pela mesma admiração ao mais festejado poeta da Patria lusitana.
Antonio Corrêa de Oliveira
tomou parte
saliente
nas commemorações do " D i a da Raça".
O u t r o acontecimento de repercussão nos meios inteliectuaes do paiz, foi o jubileu literário de Felinto de
Almeida.
O cincoentenario da pubiicação de " L y ricas" foi commemorado com festas de intensa espiritualidade e de extraordinaria significação.
A Academia Brasileira de Letras, por sua vez, marcou
Antonio
Felinto de Almeida
Arthur
Souza
Costa
Carlo:
dois factos importantes. Um foi a eleição de Oliveira
Vianna, o autor de "Populações Meridionaes do Bras i l " e outros valiosos estudos, para a vaga de A l b e r t o
de Oliveira. O u t r o foi a recepção de João Neves da
Fontouia, escolhido para occupar a cadeira de Coelho
N e t t o . O novo " i m m o r t a l " foi recebido pelo académico Fernando Magalhães e pronunciou uma bella
oraçãc, estudando a vida e a obra do creador d ' " A
Conquista".
A
VIAGEM
DO
ESTADOS
MINISTRO
DA
FAZENDA
AOS
UNIDOS
A s relações economicas do Brasil com os Estados U n i dos oevem entrar numa phase nova, por dois motivos:
encerra-se agora o praso de vigência do convénio
commerciai teuto-brasileiro e termina em abril do anno
proximo o accordo financeiro a que se deu o nome de
"Schoma" Oswaldo Aranha.
O governo norte-americano entende que o convénio
teuto-brasileiro offende á clausula de Nação mais favorecida do tratado commercial celebrado em W a s h i n gton entre o Brasil e os Estados Unidos. Por sua vez, o
governo brasileiro conta prorogar o "schema" Oswaldo
Aranha ou realizar outro entendimento que não nos
exija um esforço maior no pagamento das nossas dividas externas.
São ambos assumptos importantissimos para nós. Comprohende-se, assim, a razão da viagem do ministro da
Fazenda, sr. A r t h u r de Souza Costa, para os Estados
Unidos, afim de resolver estes o outros problemas das
relações economicas yankee-brasileiras.
<Í0
•
Sala
de
•
Rejeições
INSTITUTO
BENJAMIN
CONSTANT
^ ^
Instituto Benjamin Constant está incluído no rol do
nossos mais notáveis estabelecimentos de
Inaugurou-se
creado poi
aos
17 de
Derreio de
Setembro
Bom
Retiro.
1351.
tendo
sido
12 dos mesmos mez e anno. assi-
gnado pelo ministro I.uiz
conde d o
de
cducaçüo.
Pedreira d o ( outo Ferraz, vis-
Primitivamente,
denominou-se
í a
Im-
se por iniciativa
na Cbacara
de seu
n.°
111, na Saúde,
primeiro director José
fez-
Francisco
em
sua
fiyfwlee
Êscûù/os
perial Instituto dos Músicos ( egos. A sua installaç&o. num
prédio, que existia
se/ryzle
casa
esfoÁÚa
/ M a
lêcetkl
suas
{///ca
cfucala
de
u/fca
é a í i
d
Âoia
tíccs
p i ^ a k u á i
</<xá> Jeuc/w
cmxgas
cá/s
db-
c / u z .
¥
Xavier Sigaud. medico do Paço. Fallecido este. substituiu-o
no cargo o sr. C laudio
min
Constant.
que
de 28 de maio de
I.uiz da Costa, sogro de Benja-
lambem
1869.
dirigiu
O
o
Instituto,
a
actual director do
Praça da Republica
Cardoso de ( u í s m ã o .
fundador
da
n.°
Desde
Republica,
seu
17. cm
1864. é o
mudou
Dr.
17 de Setembro de
patrono,
t/ísax/o
Instituto,
cuja sede é á rua das Laranjeiras, para onde se
da
partir
no
cerebro
de
um
cégo,
José
q u a n d o regressou a esta capital, em
seus
estudos
na
Institution
de
des
/
i
a
cázs
//cais
sua
BISCOITOS
Azevedo,
Aveugles
de
AYMORE
Paris, c foi uma ceguinha, a filha do Dr. Sigaud. a inspiradoura
do
notável
Uma
emprebendimento.
aula
Instituto
de
geograph ia
Benjamin
cúâxíosas
~
1853, terminados os
Impériale
s
um/fato-
1933. o
tem ali erecta
Alves
u
de
Sady
idéa da fundação do Instituto Benjamin Constant bro-
tou
'
aco//^auÂacáz
amj^üuxcâes.
berma.
A
cAa
do
Constant
S b ï V / ç û
...
o
p b / m ô i à o
CERTIFICADO
PUBLIC
•
e m
P l a ç a i *
â / d o
I L L U S T R A Ç À O
INSTITUTO
E
DE
PENSÕES
APOSENTADORIA
DOS
CONTADORIA
Balanço
Geral
encerrado
m
COMMERCIARIOS
GERAL
cm 31 de dezembro
de
1936
ACTIVO
DISPONIBILIDADES.
B a n c o do B i a s i l
Agentes Arrecadadores
Depósitos á Ordem
Caixa
D e p a r t a m e n t o s Reíçionaes —
TÍTULOS
DE
RENDA
12.264 :122$600
7.925:8895300
18.460:8655200
1:517$800
175 :361$õ00
c/supp.
33.827 :753$400
65.622:451$700
.
IM M O B I L I Z A Ç Õ E S .
Moveis & Utensílios
Immoveis
1.535:472$400
1.687 :140$300
DIVERSAS CONTAS ACTIVAS.
Depósitos & Cauções
A d e a n t a m e n t o s Diversos
J u r o s a Receber
Ministério do Trabalho, i n d u s t r i a e C o m m e r c i o :
E m p r é s t i m o autorizado peia lei n. 201 —
de 4-2-936
Governo da U n i ã o :
Saldo de contribuições debitadas
3.222:6125700
1:603$500
804 :834$900
4.025:379$700
F
6.000:0005000
_ J L_
27.866 :744$100
17.034 :9265000
O
/ V A A.
polo
Presidente
da
Brasileiro ao
Republica
o decreto. q u e
tomou
o
numero
1.708. icorganisando a C o m p a n h i a de N a v e g a ç ã o Lloyd Brasileiro, incorporando
patrimonio
da
decreto
referido determinou
União
e transferindo
ao
governo
federal
o
companhia.
também
que
deverão
os cartorios
de
registro
de
immoveis e de navios c embarcações, bem c o m o as capitanias dos portos c demais
135.539 :564$900
repartições competentes,
proceder
immcdlatamente.
ex-officio, a
transferencia
o Thesouco N a c i o n a l d e todo o acervo da actual C o m p a n h i a d e N a v e g a ç ã o
17.100 :2915500
212.639 :856$400
GERAL
PASSIVO
Brasileiro,
fazendo
109 :448$300
e
incorporados á
a i n d a q u e a nova
e administrada
pela
iranscripções
empresa
União,
por
respectivas
e Obras
para
Lloyd
a annotação
nova empresa d e navegação
de
denomi-
União.
terá Inteira a u t o n o m i a
intermedio
de
um
administrativa,
Director d e
livre
m e a ç ã o d o Presidente d a R e p u b l i c a , ficando subordinada ao Ministério d a
O
53 :734$900
55 :713$400
transferencias
nada L l o y d Brasileiro, d e propriedade d a
dirigida
116.208:6365500
18.852:463$400
230 :320$900
nas
q u e os aliudidos bens ficam
Estabeleceu
FUNDO DE CAPITALIZAÇÃO
.
FUNDO DE REPARTIÇÃO
....
FUNDO DE DEPRECIAÇÃO
. ..
BENEFÍCIOS A PAGAR:
Aposentadoria por Invalidez
Pensões
I
CONOMICO
activo e o passivo daquella grande
76.528 :500$000
571:791$500
TOTAL
1
63
A
todo o seu acervo ao
TOTAI.
ACTIVO DE
COMPENSAÇÃO:
B a n c o do Brasil — c/custodia
Diversas Contas
a
*
A incorporação do L l o y d
patrimonio da União
oi assignado
B R A S I L E I R A
será
no-
Viação
Publicas.
decreto d o C h e f e d o Executivo se baseou n a Lei n.° 420. em
mo approvada
pela C a m a r a dos
10 d e A b r i l ulti-
Deputados.
10:779$000
C O N T R I B U I Ç Ã O
DIVERSAS
%
A
CONTAS
R E C O L H E R
O
PASSIVAS:
113
4
6
4
Restos a Pairar
Gerentes c/Deposito
Depósitos de Terceiros
Vencimentos n ã o
Reclamados
:661$100
:000$000
:021$400
:234$000
li
DEMONSTRAÇÃO
DA
CONTA
DE
r a s i l e i r o
77.100:291$500
212.639:8565400
GERAL
RESULTADO
Lloyd
135.539:564*900
76.528:5005000
571:791$500
TOTAL
I. do
127 :916$500
TOTAL
PASSIVO DE COMPENSAÇÃO.
Titulo» Custodiados
Diversas Contas
Pedro
DO
EXERCÍCIO
—
1936
RECEITA
CONTRIBUIÇÕES.
Associados
Empresas
28.701:592$200
28.713 :126$900
QUOTA DE PRE VIDÊNCIA.
C o n t r i b u i ç ã o da U n i ã o .
28.701:592$200
RENDAS FATRIMONIAES.
J u r o s B a n c a rios
J u r o s de Titulos
J u r o s de E m p r é s t i m o s
86.116:311$300
1.096 :697$900
2.635 :258$900
150 :000$000
Prêmios aos plantadores
F
az
3.881:955$800
parle d o projecto d e lei approvudo
DESPESAS ADMINISTRATIVAS.
A<iministraçáo Central
Departamentos
Regionaes
205 :707$200
A
a)
D e z m i l rtis por tonelada a ser conferido ao lavrador q u e
produzir no m í n i m o mil ícilos d e trigo em grão por hectare.
cem
Premio
fixo.*-* Q u i n z e m i l reis por tonelada ao agricultor q u e produzir cm
hectares.
c)
8.768:8055100
Fornecimento
para
de
transporte
requigratuito
nas estradas d e ferro c
253 :029$600
532.5025600
Contrib.
fixo
m e d i a mais d e m i l e quinhentos ícilos por hectare, n u m a area m í n i m a d e plantio d e
1.401:8295900
7.366:975$200
de
Premio
b;
785:5325200
INVALIDEZ
281:7415800
241:4655600
523:2075400
DEPRECIAÇÃO
Kr cri Unte
c'editado
230 :320$900
TOTAL
DA
10.307:8655600
DESPESA
a:
de
navegação,
tinado
d)
ao
das
linhas
sementes
M en ou :
Restituições
e
57.414:7195100
3.881:9565800
Transferencias
FUNDO DE REPARTIÇÃO.
C o n t r i b u i ç ã o da U n i ã o
Receitas Diversas
;
61.043:6465300
da
machinaria
Menos:
Despesas A d m i n i s t r a t i v a s
Despesas Diversas
Benefícios Regulamentares
F u n d o de Depreciação
J.
P.
MACHADO
Presidente.
DA
de
iri a
0'
brasileiro
ou
moi-
beneficiamento.
Abatimento
o
de
transporte
nacional
nos
I lu\ iaes.
ferroviários,
fretes
60
de
%
trigo
marítimos,
rodoviá-
rios, das empresas officiacs de
lavores
28.907:2995400
da
União,
gozam
qualquer
q u e seja a natureza desses favores.
8.768:8055100
532 :5025600
523 :207$100
230:3205900
10.054 :8365000
18.852 :463$400
90.203:9755300
a.)
agrícola,
transportes ou das q u e
28.701:5925200
205:7075200
^°
ço d e custo das apresentações,
sobre
253:0295600
trec
grupo d e lavradores, pelo pre-
e)
61.296:6755900
^m
plantio.
V e n d a a agricultores
nhos e
FIJNDO DE
CAPITALIZAÇÃO.
Contribuições
Rendas Patrimoniaes
sobre a
1942 :
d e trigo nacional q u a n d o des-
DE
Deputados,
titulo d o estimulo, durante o praso d e cinco annos, fica instituído :
sição,
FUNDO
dos
cultura d o trigo n o paiz, o instituição de u m a serie d e prêmios a serem con-
ató o a n n o de
DESPESA
POR
pela C a m a r a
Brasil
mesmos ás seguintes condições q u e vigorarão pelo espaço de cinco annos. ou seja
2 :9115700
162:063$900
18 :626$000
27 :105$600
90.203 :975$300
APOSENTADORIA
PENSÕES
no
cedidos aos lavradores q u e cultivarem essa gramínea, obedecendo a concessão dos
RECEITAS DIVERSAS.
C o n t r i b u i ç ã o de Aposentados
Multas Regulamentares
Doações e Legados
Eventuaes
DESPESAS DIVERSAS.
Restituições e Transferencias
Serviços Hollerith
de trigo
SILVA
a.)
R I N ALDO
G.
Contador.
DE
Movimento aereo commercial em 1936
resce dia a dia o m o v i m e n t o aereo commercial n o nosso p a i / , promovido pelas
SOUZA
^ ^
companhias
aulorisadas a fuaccionar a q u i . e o v o l u m e desse m o v i m e n t o
1936 é bastante curioso, c o m o se p o d e ver pelo q u a d r o q u e se segue.
em
J U L H O
DE
1937
Ilsj). do movimento
Rio
Aviões chegados.
780
983
Aviões
7S2
990
partidos.
'. Alegre
Paulo
Sa/lios
640
24 1
642
235
591
591
Bahia
S.
Recife
Pelotas
632
632
404
403
•coKtiequtxa
1
PASSAGEIROS
desembarcados
.
6.2! 5
embarcados
.
..
5.965
cm transito
.
..
287
4.208
4.231
1.612
2.058
1.899
2.836
1.053
1.049
4
1.816
1.766
4.947
1.788
1.740
1.888
c7
a lijOia (M UmxeMLCL
1.172
1.129
412
^macutaa
am
v
usa
ROGER
GÀLLET
O Sr. Joaquim Leite, inventor do tijolo refractario,
(á
esquerda,
falando
a
um
jornalista)
DErÀQQOZ
EXT&ÀCTO
LO C Ã O
BQJLWANTINA
Um invento brasileiro
ma importante descoberta acaba de ser feita pelo Sr. Joaquim C orreia Leite,
collecior federal em Bomfim. no Listado de G o y a z , da qual advirão para a
economia nacional vantagens dignas de apreciação.
U
PAVOTS
A I R
F R A N C E
Misturam-se 2 terços de argila mineral com um terço de areia vegetal c 30 c/o de
agua para formar a liga. depois leva-se a um apparelho arnassador, dahi para a
prensa, da prensa para seccar sobre uma prateleira c dahi para o forno, onde são
queimados tijollos.
A MAIOR
F E C H A M E N T O
O valor ouro da nossa exportação
va!or-ouro das nossas exportações, nos primeiros mezes do a n n o em curso, foi
bastante favoravel em confronto com o mesmo periodo de
gumas mcicadorias
melhoraram
a
sua
posição
nos
mercados
1936 c 1935. Alexternos,
como
a m o u r ,
D A R G E N T
ROGERGALLET
A descobeila do nosso patrício consiste cm ter verificado, graças a longos estudos,
que com 6 6 °/c de argila mineral e 33 r/c de areia vegetal, se obtém um preparado solido para fabricação de aríigos refractários, taes como tijolos, cadinhos, etc.
A areia vegetal é extrahida da casca de uma madeira branca, conhecida por Pau
Areia. Este preparado só se funde a uma temperatura elevadíssima de muitos mil
gráos de calor. Para fabricar o novo preparado referido, procede-se da seguinte maneira : a argila depois de bem sccca, inóc-se bem fina; queima-se a casca c móe-se
o carvão, reduzindo-se a pó finíssimo.
O
t)
c R e u b s
I rata-se de un» processo para fabricação de matéria refractária ulilisavel cm tijolos
e cadinhos. A primeira experiencia publica foi rcalisada em G o y a n i a , cm presença
dos autoridades do governo, sendo derretida considerável porção de garnierita (niclccl de S ã o josé de locantins) no cadinho fabricado com o novo material, o
qual, além de resistir á mais alta temperatura do maçarico pclogenco. conservouse. externamente, absolutamente frio.
se
REDE AEREA
DAS
MALAS
MUNDIAL
NO
RIO
DE
JANEIRO
Todas as Terça-feiras:
Todos os Sabbados:
Para o Sul do Brasil - Uruguay
Argentina e Chile.
Para o Norte do Brasil - Africa
Europa e Asia.
pôde verificar pelas cifras abaixo :
Libras - ouro
MERCADORIAS
/
1935
1936
1937
52.000
105.000
9.000
55.000
92.000
116.000
59.000
137.000
139.000
27.000
102.000
185.000
Pellcs
105.000
97.000
64.000
Sêbo c graxa
Manganez
Pedras preciosas
77.000
37.000
-
68.000
21.000
12.000
126.000
28.000
17.000
1.000
1.000
38.000
1.071:000
520.000
853.000
52.000
197.000
65.000
210.000
136.000
185.000
2.997.000
3.353.000
3.438.000
97.000
204.000
193.000
..
34.000
33.000
56.000
..
35.000
6.000
31.000
23.000
24.000
27.000
Caroço de algodão
44.000
104.000
135.000
Castanhas com casca
Côco de babassú
Outros frutos para oleos
57.000
4.000
2.000
24.000
12.000
6.000
60.000
16.000
17.000
46.000
42.000
f> 1 . OCO
120.000
81.000
101.000
49.000
53.000
93.000
29.000
40.000
27.000
38.000
98.000
88.000
193.000
278.000
217.000
5.650.000
5.833.000
6.433.000
Banha
Carne cm conserva
Carnes
Couros
Lã
congeladas
Algodão
cm rama
Borracha
*
Cacáo
Café
Céra de carnaúba
Farelos
Bananas
Castanhas descascadas
Baga de mamona
Fumo
!
Hcrva malte
Madeiras
Oleos
Tortas
vegetaes
oleaginosas
Diversos
Total
AS
18
AS
22
HORAS
NA
HORAS
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impressa em off-set e rotogravura e que,
Um
trecho
encantador
de
Bello Horizonte
Esse
ce
lindo
a Bello
poética
cos.
pedaço
Horizonte,
das
ruas
Íí o bairro
galows
de paizagem
novos
a cidade
rectas
de
urbana
e dos
Lourdes,
e a sua
perten-
remançosa
parques
com
bucóli-
os seus
majestosa
e
bun-
cathedral.
ás quintas-feiras, é a leitura de toda gente.
(Photo Elpídio)
T
O I» ( I S
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A L F A I A T E S
devem ter em seus ateliers os melhores
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NORTE DO PARANÁ
FUTURO
/Uuz
Nesta
j u a  d a c f e ^
zona
Terras
DO
salubre
Norte
BRASIL
e ubérrimo
onde
do Po r o n á
a C i a . de
está
realizando
emprehendimentos de vulto. a /erro tem uma attroçõo
irresistível
á
O
e dia o dia
o floresto
voe cedendo
lugar
civilização.
cliché
do Colonio
que estampamos
Heimtol
da gleba
com 300
do que é o maravilhoso
familias
matfa dessa
Jacutinga
o liemos
perto
do idéo
regido.
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A
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RIO
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JANEIRO
Redaccâo e Olicinas
R. Vsc
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JULHO 1937 (com OCR)