CULTIVO DE PINUS
GUIA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE O CULTIVO
Espécies de Pinus são plantadas em todo mundo, e valorizadas pelas
seguintes características:
a) madeira de cor clara, variando de branca a amarelada;
b) madeira de fibra longa, apropriada para fabricação de papel de
alta resistência para embalagens, papel de imprensa e outros tipos de papel;
c) possibilidade de extração de resina, em escala comercial, em
algumas espécies;
d) rusticidade e tolerância, possibilitando o plantio em solos marginais
para agricultura e, assim, agregar valor à terra com a produção adicional de
madeira, formação de cobertura protetora do solo e reconstituição de
ambiente propício à recomposição expontânea da vegetação nativa em
ambientes degradados;
e) valor ornamental para arborizações e paisagismo.
No Brasil, os pinus vêm sendo plantados há mais de um século, tendo
sido, inicialmente, introduzidos para fins ornamentais. Somente a partir de 1950
é que foram plantadas em escala comercial para produção de madeira. O
principal uso deles é como fonte de matéria-prima para as indústrias de
madeira
serrada
e
laminada,
chapas,
resina,
celulose
e
papel.
O
estabelecimento e o manejo de florestas plantadas com pinus vem
possibilitando o abastecimento de madeira que, anteriormente, era suprido
com a exploração do pinheiro brasileiro. Assim, essa prática estabeleceu-se
como uma importante aliada dos ecossistemas florestais nativos pois vem
suprindo uma parcela cada vez maior da necessidade atual de madeira.
1. APRESENTAÇÃO
Espécies de Pinus vêm sendo plantadas, em escala comercial, no Brasil,
há mais de 30 anos. Inicialmente, os plantios mais extensos foram
estabelecidos nas Regiões Sul e Sudeste, com as espécies P. taeda para
produção de matéria-prima para as indústrias de celulose e papel e P. elliottii
para madeira serrada e extração de resina. Atualmente, com a introdução
de diversas espécies, principalmente das regiões tropicais, a produção de
madeira de Pinus tornou-se viável em todo o Brasil, constituindo uma
importante fonte de madeira para usos gerais, englobando a fabricação de
celulose e papel, lâminas e chapas de diversos tipos, madeira serrada para fins
estruturais, confecção de embalagens, móveis e marcenaria em geral.
A grande versatilidade das espécies para crescer e produzir madeira
em variados tipos de ambiente, bem como a multiplicidade de usos da sua
madeira possibilita a geração desse recurso natural em todo o território
nacional, em substituição às madeiras de espécies nativas. O desenvolvimento
da tecnologia de utilização da madeira de pínus e a ampliação das
alternativas de uso tornaram essas espécies cada vez mais demandadas no
setor florestal. Em decorrência disso, vem aumentando o número de
produtores, especialmente pequenos e médios proprietários rurais, interessados
no plantio e manejo de Pinus, em busca de dados técnicos para plantio,
manejo e viabilização do agronegócio com estas espécies. Este trabalho foi
elaborado na tentativa de suprir as informações básicas necessárias aos
produtores, visando elevar a cultura de pínus como alternativa estratégica e
rentável nos setores florestal e agroflorestal brasileiro.
Moacir J. S. Medrado
Chefe Geral da Embrapa Florestas
2. ESPÉCIES DE PINNUS
As espécies de Pinus que se destacaram, inicialmente, na silvicultura
brasileira, foram P. elliottii e P.taeda, introduzidas dos Estados Unidos, visto que
as atividades com florestas plantadas eram restritas às Regiões Sul e Sudeste. A
partir dos anos 60, iniciaram-se as experimentações com espécies tropicais
como P. caribaea, P.oocarpa, P. tecunumanii, P. maximinoi e P. patula
possibilitando a expansão da cultura de Pinus em todo o Brasil, usando-se a
espécie adequada para cada região ecológica.
A partir dos anos 80, experimentos com amostras de uma ampla
variedade de procedências das espécies já conhecidas, bem como de
espécies tropicais possibilitou a ampliação de opções de espécies e o
potencial econômico desses Pinus em plantios comerciais. Espécies como P.
maximinoi, P. chiapensis e P. greggii poderão, brevemente, ser incorporadas,
operacionalmente, como produtoras de madeira, assim que estudos de
produtividade e adaptação das diferentes procedências chegarem à
maturidade e os povoamentos entrarem em fase de produção de sementes.
3. PREPARO DA AREA
Para se estabelecer um plantio de Pinus por mudas, devem ser
consideradas várias situações na tomada de decisão sobre o preparo da
área. Um dos fatores que mais influenciam no crescimento do Pinus é a
profundidade efetiva do solo. Mesmo sendo árvores que atingem grandes
dimensões, poucas raízes são encontradas a mais de 60 cm de profundidade.
Assim, se o plantio for em áreas que eram anteriormente utilizadas com cultivos
agrícolas mecanizados, é recomendável preparar o solo com subsolador pois
é provável que ele esteja compactado. O mesmo procedimento deve ser
adotado em áreas com solos pedregosos na superfície e com profundidade
efetiva maior que 50 cm.
Em áreas previamente utilizadas com pastagem, a profundidade da
subsolagem pode ser reduzida, uma vez que a compactação, decorrente de
pisoteio, é superficial. Nestes casos, o mais importante é o controle das
gramíneas, durante o primeiro ano do plantio.
Em áreas de plantio de segundo ciclo de Pinus, o preparo do solo será
necessário somente se a colheita e a retirada da madeira tiverem sido
mecanizadas pois estas operações sempre causam compactação do solo.
Quanto maior o teor de umidade no solo, mais profunda e mais severa serão
os efeitos desses equipamentos na compactação do solo.
4. DOENÇAS
O pínus pode ser atacado por patógenos, principalmente fungos,
desde a fase de viveiro até em plantios adultos. Os principais problemas de
doenças em pínus são: tombamento de mudas; podridão-de-raiz; mofo-cinzento;
queima
de
mudas
por
Sphaeropsis;
armilariose;
queima
de
acículas
por
Cylindrocladium; seca de ponteiros e morte de árvores por Sphaeropsis; ausência de
micorrizas; fumagina; afogamento do coleto; enovelamento de raízes; geadas;
descargas elétricas e; granizo.
4.1
Tombamento de mudas
Sintomas e sinais
Lesão necrótica na região do colo da plântula; murcha, enrolamento e
secamento de cotilédones; tombamento de plântulas em reboleira e morte.
Causas
Ataque
dos
fungos
dos
gêneros
Cylindrocladium,
Fusarium,
Phytophthora, Pythium e Rhizoctonia na fase de germinação, destruindo as
plântulas; uso de substratos contaminados por fungos de solo; condições de
alta umidade no viveiro
Controle
a) Cultural:
a.1) usar sementes, substrato e água de irrigação livres de patógenos;
a.2) adotar substratos com boa drenagem;
a.3) semear diretamente em tubetes suspensos;
a.4) evitar sombreamento excessivo das mudas;
a.5) ralear as plântulas o mais cedo possível;
a.6) selecionar e descartar plantas doentes e mortas;
a.7) retirar recipientes sem mudas, com mudas mortas e com plantas de
folhas caídas e senescentes;
a.8) aplicar adubação equilibrada nas mudas;
a.9) usar sistema de irrigação adequado.
b) Químico - fumigar o substrato com produtos de amplo espectro e aplicar
fungicidas;
c) Físico - desinfestar o substrato com calor (vapor, água quente ou
solarização);
d) Biológico - usar linhagens ou espécies de agentes de controle biológico.
4.2
Podridão-de-raiz
Sintomas e sinais
Murcha e morte de mudas; lesões necróticas em raízes
Causas
Ataque dos fungos Cylindrocladium sp. e Fusarium sp.
Controle
As mesmas recomendações dadas para tombamento e evitar o plantio
de mudas infectadas com a doença em viveiro.
Mofo cinzento
Sintomas e sinais
Enrolamento de folhas, seca e queda das mesmas; formação de mofo
acinzentado sobre as plantas afetadas.
Causas
Ataque do fungo Botrytiscinerea logo após a ocorrência de queima
pela geada em brotos jovens de mudas.
Controle
As mesmas recomendações dadas para tombamento
Queima de mudas por Sphaeropsis
Sintomas e sinais
Murcha e secamento de gemas
Causas
Ataque do fungo Sphaeropsissapinea (ex-Diplodia pinea)
Controle
As mesmas recomendações dadas para tombamento
Armilariose
Sintomas e sinais
Amarelecimento geral da copa seguido de murcha, bronzeamento e
seca das acículas; apodrecimento de raízes; colonização da entre-casca de
raízes e colo por uma trama micelial espessa; produção de cogumelos do
patógeno em árvores mortas.
Causas
Ataque do fungo Armillaria sp.
Controle
Remover restos vegetais de áreas recém-desmatadas durante o
preparo do solo para plantio; evitar o plantio de mudas passadas ou com
sistema radicular enovelado; plantar espécies suscetíveis em áreas isentas do
patógeno ou já cultivadas com espécies agrícolas não hospedeiras do fungo;
possibilidade de uso de controle biológico.
Queima de acículas por Cylindrocladium
Sintomas e sinais
Formação de lesões de cor marron-avermelhada, que estrangulam a
acícula; copa com aparência de chamuscada por fogo.
Causas
Ataque do fungo Cylindrocladiumpteridis
Controle
Plantio de espécies resistentes
Seca de ponteiros e morte de árvores por Sphaeropsis
Sintomas e sinais
Lesões deprimidas com exsudação de resina na base de ponteiros; encurvamento, s
morte de ponteiros; lesões resinosas e pequenos cancros em tronco de árvores jovens; mo
árvores injuriadas; colonização e azulamento da madeira.
Causas
Ataque do fungo Sphaeropsissapinea (ex-Diplodia pinea)
Controle
Plantar espécies ou procedências resistentes; efetuar manejo adequado dos plantios (de
e desbaste); secar e processar, prontamente, a madeira após a derrubada da árvore o
produtos químicos (caso do azulamento da madeira).
Ausência de micorrizas
Sintomas e sinais
Desenvolvimento lento de mudas e de árvores jovens
Causas
Ausência de fungos ectomicorrízicos no sistema radicular das plantas
Controle
Inocular os substratos com cama de acículas coletada de plantios
adultos com presença dos fungos.
4.9 Fumagina
Sintomas e sinais
Crescimento de fungos, de coloração escura, sobre acículas e hastes
de mudas e árvores jovens; diminuição dos processos de fotossíntese,
respiração e transpiração da planta.
Causas
Desenvolvimento de fungos sobre substâncias excretadas por pulgões
Controle
Controle dos pulgões
4.10 Afogamento do coleto
Sintomas e sinais
Intumescimento do colo; plantas pouco desenvolvidas; seca e morte de
plantas.
Causas
Enterrio de parte do caule das mudas; aterramento da muda no
campo, decorrente de descuido nos tratos culturais ou enxurrada.
Controle
Cuidados no plantio e no preparo de solo para evitar o afogamento.
4.11 Enovelamento de raízes
Sintomas e sinais
Plantas pouco desenvolvidas; seca e morte de plantas
Causas
Plantio de mudas com sistema radicular enovelado; entortamento de
raízes na ocasião do plantio.
Controle
Evitar o uso de mudas passadas e com raízes enoveladas; evitar o
entortamento de raízes durante o plantio.
4.12 Ocasionada por geada
Sintomas e sinais
Desde queima de ponteiros até a perda total da copa; queima e
bronzeamento das acículas; morte de mudas e árvores jovens.
Causas
Declínio brusco da temperatura ambiente e congelamento, com ou
sem formação de crosta de gelo sobre a planta.
Controle
Proteger as mudas em viveiros; usar espécies ou procedências
tolerantes ou resistentes.
1. Descargas elétricas
Sintomas e sinais
Queima e quebra de ramos; fendilhamento da casca e do lenho;
explosão do tronco e da árvore; morte de árvores.
Causas
Descargas elétrica (raios)
Controle
Somente registrar e acompanhar as ocorrências para não confundir
com sintomas decorrentes de outros agentes.
Granizo
Sintomas e sinais
Desfolhamento
e
descascamento
de
ramos,
hastes
e
árvores;
surgimento de pequenos cancros em ramos e hastes; seca de ramos e morte
de árvores.
Causas
Precipitação de granizo ou chuva de pedra
Controle
Como o problema decorre de evento climático ocasional e localizado,
não existe meio de ser evitado.
5. PRAGAS
Aspectos gerais
O pínus pode ser atacado por diveras pragas, destacando-se dentre
ela, as seguintes: formigas, vespa-da-madeira e pulgões.
Formigas cortadeiras
As saúvas(Atta spp.) e os quenquéns(Acromyrmex spp.) são herbívoros
dominantes na Região Neotropical, consumindo mais vegetação do que
qualquer outro grupo animal, incluindo-se os mamíferos. Elas atacam quase
todas as espécies de plantas cultivadas, podendo causar desfolha total e até
a morte, tanto de mudas quanto de árvores adultas. Os maiores prejuízos
ocorrem nos dois primeiros anos após o plantio, podendo causar a
mortalidade das plantas.
Reconhecimento
A identificação das formigas é baseada na forma das operárias:
As operárias da saúva variam de tamanho, de 12 a 15 mm de
comprimento, apresentam três pares de espinhos dorsais e seus ninhos podem
atingir profundidades de mais de 5 m, sendo caracterizados, externamente,
pelo monte de terra solta.
As operárias da quenquém, com 8 a 10 mm de comprimento,
apresentam cinco pares de espinhos no tórax. Seus ninhos, geralmente, não
apresentam terra solta aparente.
O
monitoramento
do
ataque
de
formigas
requer
observações
constantes das colônias e dos prejuízos causados. O controle das formigas
cortadeiras deve ser feito antes do preparo do solo para o plantio pois o
revolvimento do solo, no caso de quenquéns, poderá multiplicar o número de
colônias.
O manejo integrado de formigas cortadeiras pode ser implementado
mediante controle mecânico ou químico.
VESPA-DA-MADEIRA
A vespa-da-madeira (Sirex noctilio) é um inseto originário da Europa,
Ásia e norte da África e,no Brasil, atingiu, aproximadamente 350.000 ha de
Pinus taeda nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, até o
ano 2002. As iniciativas para o controle desta praga, no Brasil, foram tomadas
pela Embrapa Florestas, com estudos bioecológicos desse inseto. Os danos
provocados são severos, podendo acarretar prejuízo estimado em U$6,6
milhões anuais.
Os insetos adultos variam de 1,0 a 3,5 cm de comprimento, apresentam
coloração azul escura metálica; os machos apresentam partes alaranjadas
em seu corpo e as fêmeas, ovipositor em forma de ferrão de até 2 cm de
comprimento, partindo do abdômen.
As larvas de S. noctilio apresentam coloração geral branca, formato
cilíndrico, fortes mandíbulas denteadas e um espinho supra-anal. As pupas são
de cor branca e apresentam tegumento fino e transparente.
Durante a postura, além dos ovos, a fêmea introduz na árvore os
esporos
de
um
fungo
simbionte,
Amylostereum
areolatum
e
uma
mucosecreção. O fungo e o muco, juntos, são tóxicos à planta, causando
clorose nas acículas.
As larvas eclodem cerca de 20 dias após a postura e logo iniciam a sua
alimentação, construindo galerias no interior da madeira. A secreção salivar e
os nutrientes são ingeridos e os fragmentos de madeira, em forma de
serragem, são regurgitados e depositados em forma compacta, obstruindo as
galerias.
Na fase de transformação em pupa, as larvas dirigem-se para próximo à
casca. Na maioria dos casos, o ciclo biológico dura um ano. Entretanto, em
árvores muito estressadas ou quando o ataque ocorre em uma bifurcação,
pode ocorrer um ciclo curto, de 3 a 4 meses.
As árvores atacadas pela vespa-da-madeira apresentam os seguintes
sintomas:
respingos de resina que surgem das perfurações feitas pelas fêmeas
para depositar seus ovos; em alguns casos observa-se o escorrimento de
resina;
amarelecimento da copa após o ataque, variando desde um tom
amarelado, em um estágio inicial, passando pelo marron-avermelhado e
seca, até a queda das acículas;
orifícios de emergência facilmente visíveis na casca, por onde os
adultos emergem;
manchas azuladas em forma radial na madeira atacada, causadas por
um fungo secundário, Botryodiplodia;
galerias no interior da madeira, construídas pelas larvas.
A
vespa-da-madeira
é
atraída
para
árvores
estressadas
que
apresentam condições ideais para o desenvolvimento das suas larvas. As
preferidas são as árvores de menor diâmetro e as dominadas.
O dano principal é provocado na ocasião da postura. O fungo e o
muco injetados desencadeiam várias reações nas árvores, culminando com a
sua morte. A madeira das árvores atacadas torna-se imprópria para uso.
O ataque da vespa-da-madeira ocorre, geralmente, da segunda
quinzena de outubro até a primeira quinzena de janeiro. A partir do mês de
março, grande parte das árvores já apresenta os sintomas de ataque.
2. Medidas preventivas contra a vespa-da-madeira
A vespa-da-madeira é, essencialmente, uma praga secundária e a
prevenção contra ela pode ser feita mediante vigilância e tratos silviculturais.
Assim, é importante a observação das seguintes recomendações:
•
desbastar os povoamentos de Pinus nas épocas adequadas para
evitar a ocorrência de plantas estressadas;
•
remover do povoamento as árvores mortas, dominadas, bifurcadas,
doentes e danificadas, bem como restos de poda e desbaste com
diâmetro maior que 5 cm;
•
intensificar o manejo em sítios de baixa qualidade, onde haja solos
rasos e pedregosos;
•
não efetuar poda e desbaste dois meses antes e durante o período
de revoada (segunda quinzena de outubro à primeira quinzena de
janeiro);
•
evitar o plantio em áreas declivosas, onde seja difícil realizar tratos
silviculturais;
•
tomar medidas de prevenção e controle de incêndios florestais;
•
treinar empregados rurais, de serrarias e de transporte de madeira
na identificação da praga;
•
manter e intensificar a vigilância de rotina;
O transporte de madeira das regiões infestadas para outras aumenta a
probabilidade de dispersão do inseto. Assim, as medidas de quarentena são
importantes.
O monitoramento da vespa-da-madeira é realizado instalando-se
árvores-armadilha. Como a vespa é atraída para árvores estressadas, aplicase herbicida para promover esse estressamento, tornando-as atrativas ao
inseto. Isso facilita a detecção precoce da praga, auxiliando na tomada de
medidas rápidas como a liberação de inimigos naturais. As árvores-armadilha
devem ser instaladas em povoamentos com nível de ataque de até 1%. Em
áreas com níveis maiores que este, deve-se interromper a instalação das
árvores-armadilha e investir mais nas medidas de controle.
Medidas de controle após a detecção da vespa-da-madeira
O monitoramento aéro-expedito é uma técnica muito eficiente, usada,
rotineiramente, nos Estados Unidos, no monitoramento de danos causados por
pragas e doenças em florestas. Esta técnica, agora disponível no Brasil, através
da Embrapa Florestas, auxilia no monitoramento da vespa-da-madeira.
O controle biológico da vespa-da-madeira é feito utilizando-se o
nematóide Deladenus siricidicola e os parasitóides Ibalia leucospoides,
Megarhyssa nortoni e Rhyssa persuasoria.
O nematóide é o principal inimigo natural da vespa-da-madeira. Ele é
criado, massalmente, no laboratório da Embrapa Florestas. Ele parasita as
larvas da vespa-da-madeira e se instala no aparelho reprodutor de machos e
das fêmeas da vespa-da-madeira. Assim, uma fêmea parasitada, ao emergir,
faz posturas em outras árvores mas seus ovos estarão inférteis, podendo conter
de 100 a 200 nematóides cada um.
Para o controle biológico, os nematóides são inoculados em tronco de
árvores atacadas para que infectem as larvas da vespa-da-madeira que
estiverem nesse tronco. A quantidade de troncos a serem inoculados é
determinada após um levantamento da intensidade de ataque.
A vespa-da-madeira pode ser controlada mediante uso de parasitóides
que são, também espécies da vespas. As fêmeas perfuram a madeira, com o
seu ovipositor, até encontrar uma larva da vespa-da-madeira que recebe
uma picada e é paralisada. Um ovo é colocado sobre a larva hospedeira e,
quando eclode, sua larva inicia a alimentação sobre o corpo do hospedeiro,
destruindo-o totalmente. As espécies utilizadas como parasitóides são Rhyssa
persuasoria e Megarhyssa nortoni. Após atacarem as larvas da vespa-damadeira, as larvas de Rhyssa e de Megarhyssa permanecem nas galerias
construídas pelas larvas da vespa-da-madeira.
Rhyssa persuasoria que é uma espécie de vespa, de corpo preto, com
manchas brancas localizadas na cabeça, tórax e abdômen. As pernas são de
cor marron-avermelhada e as antenas totalmente pretas. O comprimento do
corpo varia de 9 mm a 35 mm. As fêmeas apresentam ovipositor ligeiramente
mais longo que o corpo. O abdômen do macho é alongado e levemente
alargado na região posterior;
Megarhyssa nortoni, também, uma vespa, de coloração marrom, preta
e amarela, com uma fileira de manchas ovais ao longo de cada lado do
abdômen. O comprimento do corpo varia de 15 a 45 mm, com pernas
amarelas ou levemente marrons e antenas pretas. As fêmeas apresentam
ovipositor semelhante ao de R. persuasoria. No entanto, de comprimento duas
vezes maior que o comprimento do corpo. O abdômen do macho é
geralmente longo e estreito mas, nos espécimens muito pequenos, este é
levemente alargado;
Ibalia leucospoides, também, é uma espécie de vespa, cujas fêmeas
adultas, de tamanho variando de 7 a 14 mm, apresentam cabeça preta com
antenas quase tão longas quanto o abdômen. Seu tórax é preto e alongado.
As asas apresentam coloração cinza e as pernas escuras, tendendo para
cores avermelhadas. O abdômen, em vista dorsal, é semelhante a uma
lâmina. A principal distinção nos machos, que medem entre 6,5 mm a 12 mm
de comprimento, está no abdômen. Este, em vista lateral, apresenta um
contorno distinto, com a porção posterior menos aguda. Este parasitóide é um
endoparasitóide que coloca os ovos em larvas da vespa-da-madeira de
primeiro e segundo estágios de desenvolvimento. Ele passa por quatro estágios
de desenvolvimento larval, sendo três dentro das larvas da vespa e o último,
externamente, quando saem da larva, destruindo-a. Nesta fase, permanecem
nas galerias construídas pela vespa-da-madeira para empupar próximo à
casca e emergir, normalmente, um ano após a postura.
3. PULGÕES
Cinara pinivora e Cinara atlantica – pulgões do Pinus
Os
pulgões
(Cinara
spp.)
são
pequenos
insetos
sugadores,
exclusivamente fitófagos, que causam danos diretos, pela sucção da seiva e,
algumas espécies, pela injeção de saliva tóxica. Esses insetos ocorrem em
coníferas, encontrando-se distribuídos por várias regiões do mundo. As
espécies C. pinivora e C. atlantica atacam somente os Pinus. Elas sãonativas
da América do Norte, de onde foram introduzidas, estão presentes nos estados
do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, de
onde poderão se dispersar por todos os plantios de Pinus no Brasil. C. pinivora
tem sido encontrada atacando Pinus taeda e P. elliottii e, raramente, as
espécies tropicais. No entanto, C. atlantica ataca, também, as espécies de
pínus tropicais.
Os pulgões atacam as brotações, os ramos, o caule e as raízes dos
pínus. Eles apresentam características que, geralmente, os tornam praga de
importância econômica, tais como:
polimorfismo, com presença de formas sem asas e aladas;
formas de reprodução: a) assexuada, através da partenogenia, na qual
as fêmeas vivíparas dão origem a formas jovens (ninfas), sem a passagem pelo
estágio de ovo; e b) sexuada que, em regiões temperadas, ocorre no final do
outono e no início do inverno, dando origem a machos e fêmeas ovíparas;
alta fecundidade e alta velocidade de reprodução, com ciclo de 12
dias desde a fase de ninfa até adulto e cada fêmea vive cerca de 27 dias,
podendo gerar, em média, 44 ninfas.
Embora similares, Cinara pinivora e C. atlantica apresentam algumas
características distintas. A mais marcante é a forma dos sifúnculos, estrutura de
coloração escura, localizada no abdomen, uma em cada lado do corpo. Em
C. pinivora, ele apresenta uma base menor e o formato assemelha-se a um
cone. Em C. atlantica, o sifúnculo é achatado, com a base mais larga,
assemelhando-se a um "ovo frito". A diferenciação do sifúnculo é mais
facilmente visível em insetos adultos.
Os pulgões ocorrem em maiores populações entre o outono e o
inverno. Entretanto, C. atlantica é encontrada, também, na primavera e no
verão. Normalmente, em Pinus tropicais, ocorre maior incidência desta
espécie quando a temperatura é mais alta.
Os pulgões se alimentam em colônias localizadas nos brotos, ramos,
caule e nas raízes. Onde há alternância de períodos secos e úmidos, os
pulgões são mais abundantes em períodos secos. Os ataques mais intensos e
com danos severos ocorrem em mudas e em plantios novos. As árvores
atacadas pelos pulgões podem apresentar os seguintes sintomas:
•
clorose;
•
deformação e queda prematura das acículas;
•
redução significativa do crescimento em diâmetro e altura da planta;
•
entortamento do fuste;
•
seca dos brotos e superbrotação devido à destruição do broto apical;
•
presença de um fungo, denominado fumagina, de coloração escura, que
se desenvolve sobre a substância açucarada ("honeydew") produzida
pelos pulgões. Este fungo recobre os ramos e a folhagem, interferindo no
desenvolvimento da planta;
•
associação com formigas que se alimentam do "honeydew" e protegem os
pulgões de seus inimigos naturais;
•
seca progressiva dos ramos e, eventualmente, a morte das plantas
infestadas;
•
desaciculação e distúrbio no crescimento, assim como redução da
resistência ao ataque de outros insetos ou patógenos.
Os pulgões são atacados por predadores que incluem as joaninhas, as
moscas, o bicho lixeiro e outros insetos. Contudo, estes predadores são de
baixa eficiência no controle dos pulgões, por não serem específicos para C.
pinivora e C. atlantica e por ocorrem em populações pequenas durante o
inverno (período em que a população de pulgões é maior). Existem, também,
alguns inimigos naturais específicos como as pequenas vespas que parasitam
as ninfas dos pulgões.
6. SISTEMAS DE PLANTIO
A operação de plantio é formada de várias ações e constitui uma das
etapas mais importantes para o sucesso do estabelecimento de florestas
plantadas. O sistema de plantio mais adequado é definido com base no objetivo
do empreendimento e nos usos a que se destinarão os produtos da floresta. O
sucesso desse empreendimento depende de decisões e ações cuidadosas nas
diversas etapas de sua implementação como a escolha e a limpeza da área, o
espaçamento, o controle de pragas e doenças, a definição do método de plantio
e os tratos culturais.
MÉTODOS DE PLANTIO
O plantio de pínus pode ser manual, mecanizado ou semi-mecanizado. O
método mais apropriado depende da topografia da área, bem como da
disponibilidade de recursos financeiros, mão-de-obra e de equipamentos
adequados. Os métodos mecanizado e o semi-mecanizado podem ser aplicados
em locais com topografia plana, onde se possa usar plantadoras tracionadas por
tratores. As plantadoras, normalmente, fazem o sulcamento, a distribuição do
adubo e efetivam o plantio. No sistema semi-mecanizado, somente as operações
de preparo de solo e os tratos culturais são mecanizados e o plantio em si é
manual. O plantio manual é recomendado em áreas declivosas ou em situações
onde, mesmo em áreas planas, não e´ viável o uso de máquinas agrícolas devido
à presença de obstáculos como rochas, tocos ou outras culturas.
7. ADUBAÇÃO
Os principais fatores que interferem no crescimento das árvores de Pinus,
no Brasil, são a qualidade do material genético e as condições de solo onde é
plantado. Geralmente, são utilizados solos de baixa fertilidade natural, o que,
de certa forma, afeta a produtividade. Para se evitar isso, são necessárias
correções com aplicação de fertilizantes. Avaliações nutricionais nesses
plantios são importantes para se fazer recomendações de fertilizantes. O
conhecimento das deficiências possibilita indicar os nutrientes que devem ser
aplicados e, com isto, propicia melhor aproveitamento dos nutrientes pelas
árvores.
Os solos destinados ao plantio de Pinus, nas pequenas propriedades
rurais, são, normalmente, os de baixa fertilidade natural ou os que não servem
para cultivos agrícolas. Embora a adubação do Pinus não seja uma prática
normalmente utilizada no Brasil, existem situações em que ela é necessária
para que as árvores sejam produtivas.
Os nutrientes mais freqüentemente utilizados nas adubações minerais
para espécies florestais são o N, P, K e, com menor freqüência, B e Zn. Em
plantações florestais, é comum o uso de adubo simples, formado por apenas
um composto químico. Neste caso, são utilizados:
Sulfato de amônio e uréia, como fontes de nitrogênio;
Superfosfato simples, superfosfato triplo e fosfato natural, como fontes
de fósforo;
Cloreto de potássio e sulfato de potássio, como fontes de potássio; ou
Bórax, como fonte de boro.
A formulação do fertilizante varia de uma região para outra e com a
cultura em que será aplicada. De maneira geral, o fósforo é aplicado em
maior quantidade do que os demais elementos, por estar presente em menor
concentração no solo.
Para se obter os melhores resultados com o uso de fertilizantes contendo
NPK, o adubo deve ser aplicado o mais próximo possível da muda, para
garantir o aproveitamento, sem causar danos às raízes. Deve-se tomar o
cuidado de misturar bem o fertilizante com a terra, para evitar danos e até
morte da muda devido à concentração salina. O ideal é esperar pelo menos
um dia após a aplicação do adubo antes de efetuar o plantio, principalmente
quando a adubação e o plantio são feitos na mesma cova.
Existem diferentes formas de se aplicar o adubo:
•
no fundo do sulco: distribuído no fundo do sulco de plantio, aberto pelo
sulcador, ou outro implemento;
•
na cova de plantio: colocado no fundo da cova, antes do plantio, bem
misturado com a terra para evitar danos à raiz das mudas;
•
em cobertura: aproximadamente três meses após o plantio. Normalmente,
colocado ao lado da planta, em faixas ou em coroa. Esta forma é utilizada
para aplicar o N e o K, elementos que se perdem facilmente por
volatilização e lixiviação.
Não existe recomendação de adubação baseada apenas nas análises
de solo, nem especifica para cada espécie florestal nos diferentes tipos de
solo. De maneira geral, a adubação é feita para suprir os elementos nutrientes
que estejam em níveis menores que os críticos no solo.
Com base nos diagnósticos de cada sítio e os níveis críticos
estabelecidos, são recomendadas as formulações de abubação para culturas
de Pinus. As quantidades de adubo sugeridas foram estimadas com base em
um plantio no espaçamento 3 m x 2 m, o que representa uma população de
1.666 árvores/ha.
A aplicação de resíduos orgânicos em plantios florestais é prática
recente. Por conterem quantidades limitadas de nutrientes minerais, esses
resíduos não substituem a adubação mineral. O benefício adicional destes
resíduos é que incorporam a matéria orgânica e favorecem a ação de
microorganismos no solo. Estes são importantes no processo de decomposição
da serapilheira depositada pelas árvores durante o ciclo. Assim, caso haja
disponibilidade
de
resíduos,
estes
devem
ser
utilizados,
devidamente
compostados, pois potencializam os efeitos da adubação mineral.
Os resíduos orgânicos para aplicação em plantios de pínus podem ser
lixo e lodo urbanos, resíduos agrícolas e de algumas atividades industriais. Os
tipos normalmente utilizados são cinza, resíduos de celulose, resíduos orgânicos
urbanos e estercos. Os resíduos só devem ser utilizados após devidamente
curtidos e livres de contaminantes químicos e biológicos.
Recomenda-se utilizar os resíduos orgânicos compostos nas dosagens
de 6 até 12 kg/planta. Esses devem ser distribuídos em faixas de 2 m a 3 m ao
longo da linha de plantio ou na projeção da copa das árvores. Essa operação
deve ser realizada 6 meses após o plantio e repetida, anualmente ou, pelo
menos quando as árvores estiverem com 2 anos de idade. Após a aplicação,
recomenda-se a incorporação superficial do resíduo para que este tenha
maior efeito. Recomenda-se, ainda, incorporá-lo até uma profundidade de 5
cm para que o sistema radicular das árvores não seja afetado.
MANEJO
Pinus taeda é uma espécie amplamente utilizada em plantações
florestais nos planaltos da Região Sul do Brasil. Durante a década de 90, nessa
região, plantações de P. taeda foram estabelecidas, também, em pequenas
propriedades rurais. Estas florestas têm sido importante fonte de matéria-prima.
O manejo de plantações de Pinus pode ser examinado segundo as seguintes
vertentes
•
básicas:
plantações em pequenas propriedades rurais – em que os componentes
florestais são um complemento da sua atividade produtiva e o proprietário
busca a maximização do retorno desse empreendimento; e
•
plantações em grandes empreendimentos – nas quais grandes extensões
de terra, dedicadas aos plantios florestais, são propriedades de empresas,
muitas vezes, proprietárias, também, de indústrias processadoras de
madeira.
Esta
particularidade
faz
com
que
a
prioridade
seja
o
abastecimento da indústria e não, necessariamente, na obtenção do
máximo retorno monetário ao investimento na floresta. Para os grandes
empreendimentos, pode-se usar modelos matemáticos de otimização do
manejo (em especial, os modelos de "programação linear").
Dependendo do objetivo com que é produzida a madeira, devem ser
tomadas decisões importantes como o espaçamento inicial, os regimes de
desbastes e de podas e a idade para o corte final. Os objetivos finais da
madeira podem ser para:
•
produção de fibras ou biomassa, que requer toras de pequenas dimensões
para indústrias de celulose e papel, chapas de partículas de madeira
aglomerada, de fibras e similares;
•
processamento mecânico, que requer toras de grandes dimensões, para
processamento em serrarias e laminadoras.
As plantações de pínus devem ser estabelecidas, preferencialmente,
em:
•
áreas com declividade inferior a 25 graus para se obter maior eficiência e
menor custo nas operações de plantio, manutenção e cortes;
•
áreas próximas a estradas e ao mercado para reduzir os custos de
transporte;
•
solos de melhor qualidade possível para maximizar o retorno monetário.
Para produzir a maior quantidade de madeira no menor número de
árvores possível, deve-se adotar um espaçamento inicial amplo, com
densidade de 1.100 a 1.300 árvores por hectare. Para tanto, recomenda-se
adotar o espaçamento de 2,50 m x 3,00 m (1.333 mudas/ha).
Recomenda-se realizar dois a três desbastes, ou cortes intermediários,
durante a rotação, removendo cerca de 40% das árvores em cada operação,
nas idades aproximadas de 10, 14 e 18 anos.
Na produção de madeira para processamento mecânico, recomendase efetuar a poda ou desrama, das árvores. Devem ser podados os ramos
verdes, em duas operações, às idades de 4 e 7 anos. A primeira operação
deve ser realizada no final do inverno, até uma altura de 2,70 m a 3,00 m. A
segunda deve ser feita até uma altura de 6,00 m a 7,00 m.
Pode-se realizar podas até maiores alturas mas o custo da operação
será maior. O propósito da poda é a produção de tora com cerca de 6,00 m a
7,00
m
de
comprimento,
com
um
cilindro
central
nodoso
de
aproximadamente 10 cm de diâmetro.
As
empresas
que
produzem
madeira
para
biomassa
para
processamento industrial (por exemplo, as de celulose e papel) têm adotado
uma rotação entre 18 e 20 anos. Na produção de madeira para
processamento mecânico, pode-se considerar, em princípio, uma rotação
entre 20 e 25 anos. Em qualquer caso, uma análise das condições de mercado
(preços, demanda, perspectivas futuras) poderá indicar a rotação mais
apropriada.
O uso de modelos matemáticos, como suporte ao processo de tomada
de decisões gerenciais, tem se tornado bastante intenso no Sul do Brasil.
Estimativas de produção de madeira podem ser obtidas por meio de um
simulador ou modelos de crescimento e de produção. Com este propósito, a
Embrapa Florestas disponibilizou um software denominado SisPinus.
8. IMPORTANCIA SOCIO-ECONOMICA E AMBIENTAL
O setor florestal brasileiro contribui com 3% no PIB, um milhão de
empregos diretos e indiretos, envolve mais de 600 municípios e tem um forte
apelo social como atividade ambientalmente adequada para a conservação
dos solos, dos animais e da água. Medidas com preocupações na área
ambiental são implementadas tanto por parte do governo quanto de
empresas que buscam, em parcerias, proteger áreas de mananciais,
reservatórios de água e outras que tenham como objetivo formar uma
consciência ecológica. A consciência ambiental, bem como a produção
sustentável de florestas plantadas, faz parte desse contexto.
No ano 2000, a demanda nacional por madeira chegou a 150 milhões
de metros cúbicos. Para o ano 2010, espera-se um crescimento até 240
milhões
de
metros
cúbicos.
Neste
quadro,
inclui-se
a
participação
fundamental dos povoamentos de Pinus. Com a evolução de sua produção,
os principais usos da matéria prima estão sendo direcionados para o
processamento industrial em serrarias, laminadoras, fábricas de chapas e para
indústrias de celulose e papel.
Na década de 50, o governo estimulou o investimento na indústria de
papel e celulose. Com isso, plantios de Pinus passaram a ser implementados
com o objetivo de suprir a matéria-prima, em substituição à madeira de
araucária. Para atender a crescente demanda de papel e celulose pelo setor
industrial, foi instituído, em meados dos anos 60, o incentivo fiscal para plantio
de florestas. Esse incentivo vigorou por 20 anos e, a partir de então, os plantios,
praticamente, cessaram, exceto nas rotinas das empresas verticalizadas como
do setor de celulose e papel.
Os Pinus, dado o seu rápido crescimento e boa qualidade da madeira,
é muito usado em vários segmentos industriais, gerando uma diversidade de
produtos. Em 1999, os plantios de Pinus abrangiam uma área estimada em 1,94
milhões de hectares, concentrados nos estados do Paraná (33,9%), Santa
Catarina (17,3%), Bahia (13,0%) e São Paulo (11,0%).
Segundo dados do Censo Agropecuário de 1995/96, os principais
plantios se concentravam em áreas maiores que 1.000 ha, destacando-se o
Paraná com 71%, Santa Catarina 54%, São Paulo, 69% e Minas Gerais 83%.
Plantios em áreas menores que 50 ha são inexpressivos. Aproximadamente 70%
das
áreas
plantadas
são
de
empreendimentos
verticalizados,
predominantemente do segmento de papel e celulose, mostrando a
preocupação destas em garantir a matéria prima para sua planta industrial.
Os plantios anuais de Pinus, estabelecidos pelas empresas ligadas à
Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), no período de 1991 a
1998, variaram, anualmente, tendo atingido as maiores extensões no período
de 1993 a 1996.
O segmento industrial de papel e celulose passou a utilizar, de forma
mais intensiva, sementes provenientes de povoamentos melhorados, obtendo,
assim,
ganhos
de
produtividade.
Atualmente,
a
produtividade
dos
povoamentos de Pinus varia de 25 a 35 m³/ha.ano, dependendo do tipo de
solo e do manejo aplicado.
A produção florestal com Pinus está bem desenvolvida no Sul do Brasil,
onde existe uma área estimada em 1,8 milhões de hectares. O sistema de
produção predominante preconiza uma rotação maior que 21 anos. São
plantadas, inicialmente, 1.667 árvores/ha, Nas idades de 8 e 12 anos são
efetuados, respectivamente, o primeiro e segundo desbastes. Isto significa
uma redução no número de plantas, em média, de 40% no primeiro e 30% do
remanescente no segundo desbaste. O corte final é feito após a idade de 21
anos, quando restam, em média, 500 árvores/ha. Nesse período, é possível
obter uma produção média de 50 até 70 m3 aos 8 anos, 70 a 120 m3 aos 12
anos e, aos 21 anos, a produção deve ultrapassar 450 m3. Isto significa, em
média, uma produção maior que 30 m3/ha.ano.
9. COEFICIENTES TÉCNICOS E CUSTOS
No primeiro desbaste de Pinus, aos 8 anos, pode-se obter uma receita
de R$ 350,00 a R$ 600,00/ha, oriunda da comercialização da matéria prima.
Esses recursos auxiliam na amortização das despesas de manutenção dos
povoamentos. No segundo desbaste, aos 12 anos, haverá uma entrada
adicional de renda em torno de R$ 1.618,00/ha. Este valor está associado ao
preço da madeira, em média, de R$ 15,00/m3, posto fábrica. No corte final,
aos 21 anos, obtém-se uma renda de R$ 12.451,23/ha, ao preço médio de R$
28,00/m3, livre de impostos. Assim, a receita total da venda da madeira, no
período de 21 anos, é estimado em R$ 15.451,00/ha.
O sistema de preparo de solo, no primeiro ano, despende R$ 225,46/ha
para enleirar, aplicar herbicidas e subsolar. Os custos de plantio, que envolvem
a compra ou a produção de mudas, mão-de-obra, e controle de formigas,
correspondem a R$ 232,23/ha. Por sua vez, o custo dos tratos culturais, que
incluem a aplicação de herbicidas, a manutenção de aceiros contra fogo e o
controle de formigas, é estimado em R$ 1.320,20/ha. O custo da terra, nesse
período, é estimado em R$ 1.998,50/ha.
Para o sistema de produção de Pinus, em discussão, não estão sendo
considerados os custos de administração das empresas. Todavia, por envolver
grandes áreas, isso representa 2% a 3% dos custos totais da produção.
Verificam-se variações nos custos de produção de Pinus, dependendo do
destino da matéria prima.
Os preços da madeira se diferenciam, dependendo da forma de
aproveitamento da matéria-prima. Por exemplo, o metro cúbico de Pinus
pode custar R$ 4,00/m3, se for para energia e celulose, até R$ 30,00 a 70,00/m3,
dependendo da qualidade da tora, para serraria e laminação.
No aspecto do manejo florestal, em uma área de 1 ha, plantada com
1.667 árvores, se produz 52 m3 (600 árvores) no primeiro desbaste, aos 8 anos se
for removida uma em cada três linhas. No segundo desbaste, aos 12 anos,
retiram-se, aproximadamente, 500 árvores que podem chegar a 72 m3. No
corte final, aos 21 anos, colhem-se 480 m3 (500 árvores). Nesse modelo, a
distribuição da matéria-prima destinada aos diferentes segmentos industriais
varia conforme a idade do povoamento.
Mas, a maioria dos compradores de toras de Pinus não tem elasticidade
operacional suficiente que lhe permita dar destinação diferenciada à matériaprima. Isso faz com que paguem, pelo "blend", um preço determinado pela
combinação dos preços das diferentes categorias. Assim, toras de Pinus
vendidas no 8o. ano têm um preço médio de R$ 5,00/m3, que é equivalente
ao valor pago pela matéria-prima predominante para energia e celulose. Aos
12 anos, a ponderação das proporções de matéria-prima para serraria,
energia e celulose determina um preço médio em torno de R$ 15,00/m3. Aos
21 anos, quando a maioria (92%) das toras são de grandes dimensões e
apropriada para laminação e madeira serrada, o preço estimado é R$
28,00/m3.
No comércio mundial de produtos florestais, a participação brasileira
não ultrapassa 2%, considerando-se os dados agregados de diferentes
espécies. O Brasil ocupa o 11o. lugar no comércio de papel (2,2% de
participação), 7o. lugar (4,2%) de celulose, 5o. lugar (4,3%) de madeira
serrada, 2,9% de compensados, 3% de painéis reconstituídos e 11,1% de
chapas duras.
Em decorrência da interrupção no ritmo de plantios florestais, após
meados dos anos 80, já está ocorrendo déficit de madeira de Pinus no
mercado, estimado em aproximadamente 6 milhões de metros cúbicos, em
2001. Esse déficit poderá chegar a 19 milhões de metros cúbicos em 2010 e 27
milhões em 2020. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda deverá resultar
em um ajuste nos preços das toras para um patamar superior aos praticados
atualmente.
No período de 1995 a 2000, o aumento dos custos no processamento de
papel e celulose foi de 37%, enquanto que na produção de toras para
serrarias foi de 115% e, na produção de lâminas, 162%. Com base nisso, o
aumento na produção de celulose deve ocorrer numa taxa anual de 5% no
período de 2000 a 2005. Espera-se que a ampliação na produção nacional de
celulose fique em torno de 3 milhões de toneladas até 2005. Há uma
expectativa de incremento no consumo de madeira serrada, da ordem de 3%
ao ano, oriunda de florestas nativas e de 5% de florestas plantadas. Porém, isso
deverá ser ajustado à limitação na capacidade de oferta das florestas
plantadas. Está previsto, também, um aumento na produção de MDF (chapas
de fibra de média densidade) para 2005, equivalente a quatro vezes a
produção de 1995. Por outro lado, a instalação de indústrias de OSB (chapas
de fibras orientadas) aumentará a demanda de matéria-prima de florestas
plantadas, principalmente Pinus. O aumento na produção de móveis, até
2004, está estimado em 12%. Nesse segmento, há uma participação
significativa da madeira de Pinus. A demanda de madeira de Pinus que,
atualmente, é de 40 milhões de metros cúbicos, deverá crescer para 78
milhões no ano 2020.
10. SISTEMAS AGROFLORESTAIS
Os plantios convencionais de Pinus formam densos maciços florestais,
dispostos em espaçamentos regulares e, normalmente, com uma única
espécie. Entretanto, existem outras formas de plantio, de maneira integrada
com as atividades agrícola e pecuária ou, ainda, como prestadora de serviços
como
quebra-ventos, cercas vivas, proteção de animais, preservando o seu
potencial para gerar produtos de valor econômicos. Nesses sistemas,
normalmente, são usadas baixas densidades de plantio, em diferentes arranjos
espaciais.
Na produção de madeira para celulose, o espaçamento normalmente
usado é de 3 m x 2 m, correspondendo a 1.667 árvores/ha e o povoamento é
conduzido sem desbaste. Sob este tipo de manejo, há limitação de luz para o
crescimento de pastagens no sub-bosque. No entanto, um regime de manejo
visando à diversificação produtos como toras finas nos desbastes e toras de
grandes dimensões e de alto valor no final, para processamento mecânico,
requererá desbastes até se chegar à densidade final de 250 árvores/ha. Esse
processo visa não só reduzir a população para um número limitado de árvores
de alta qualidade e, também, aumentar o espaço livre entre elas, bem como
a
luminosidade
no
sub-bosque,
oferecendo
oportunidades
para
o
estabelecimento de sistemas de produção mistos, integrando as atividades
agrícola, pastoril e florestal.
Regimes de manejo caracterizados por espaçamentos iniciais amplos,
desbastes precoces e pesados, e podas altas (4 a 5 m) produzem madeira de
boa
qualidade,
com
altos
rendimentos
econômicos.
Plantios em linhas duplas ou triplas (1,5 m entre plantas e 3,0 m entre linhas),
distanciadas entre si de 10 a 40 m, permitem a produção simultânea de
madeira e alimentos, pois esta configuração possibilita desenvolver culturas
agrícolas ou pastagens nas entre-linhas.
Em áreas planas, recomenda-se direcionar as linhas de plantio no
sentido leste-oeste para evitar o excesso de sombra para as culturas
associadas. Em terrenos acidentados, pode-se plantar as árvores em curvas
em nível. Essa prática é comum no noroeste do Paraná, com diferentes
espécies
de
eucalipto
e grevílea diretamente sobre os terraços construídos para estabilizar o solo.
Uma desvantagem aparente da introdução do Pinus em pastagens é a
necessidade de se isolar a área plantada, por um período de dois a três anos,
para que os animais não causem danos às plantas. Uma alternativa é instalar
cercas para proteger as mudas. Entretanto, não é o caso em situações em
que a pastagem necessita de reforma e os animais são retirados da área para
permitir essa operação. Em áreas onde a pastagem ainda não foi implantada
pode-se associar a espécie florestal com culturas agrícolas nos primeiros anos.
11. REGIME DE MENEJO DE PINNUS
Os plantios de Pinus para produção de toras para laminação e serraria
devem ser manejados para diminuir a competição entre árvores e estimular o
crescimento em diâmetro. A aplicação de desbastes adequados e de
desrama resultam em toras de melhor qualidade e valor, gerando maior renda
ao produtor.
As dimensões das toras para laminação e serraria variam de acordo
com exigências específicas de cada indústria. Normalmente, elas são
definidas pelo diâmetro da extremidade mais fina:
Diâmetro mínimo
Destino
maior que 35 cm
Laminação
especial
25 – 35 cm
Laminação
comum
15 – 25 cm
Serraria
Veja um exemplo de regime de manejo de Pinus taeda, visando à
produção de madeira para laminação e serraria, com um desbaste comercial
tardio, que permite antecipar renda. As dimensões das toras são as
especificadas acima, com 2,4 m de comprimento.
Os desbastes mais cedo rendem maior volume de madeira para
laminação especial na colheita final. O desbaste aos 18 anos não é
recomendável por estar muito próximo da idade de corte final (22 anos).
As estimativas de rentabilidade em Valor Presente Líquido anualizado
com juros de 8% ao ano, auxiliam o produtor a decidir quanto à idade ideal
para realizar o desbaste, levando-se em consideração os fatores como a
necessidade de antecipar a renda, a rentabilidade total, a perspectiva de
aumento do preço da madeira ao longo dos anos e as ofertas de mercado.
Esse regime de manejo possibilita flexibilizar a idade do desbaste comercial
sem
perdas
significativas
na
renda.
Deve-se
considerar,
também,
a
possibilidade de alterar a idade de corte final, principalmente mantendo o
povoamento por mais alguns anos, visando obter toras ainda mais grossas.
12. CERTIFICAÇÃO DO MANEJO DE PLANTAÇÕES DE PINNUS NO BRASIL
Introdução
Conforme dispõe a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT
(Associação ..., 2002), denomina-se “certificação” ao conjunto de atividades
desenvolvidas por um organismo independente de uma relação comercial
(entre produtor e consumidor) com o objetivo de atestar publicamente, por
escrito, que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade
com os requisitos especificados. Tais requisitos podem ser nacionais,
estrangeiros ou internacionais. De outro lado, pode-se certificar produtos,
como, por exemplo, utilizando-se das normas da série ISO-9000, ou processos,
fazendo uso das normas da série ISO 14000 (e que dizem respeito aos Sistemas
de Gestão Ambiental, SGA.
Sistemas de certificação florestal
A expressão Certificação Florestal, tão amplamente popularizada nos
últimos anos, diz respeito à certificação das boas práticas de manejo florestal.
O conceito aplica-se tanto para florestas plantadas como para florestas
naturais (ou florestas nativas). Na atualidade, determinados mercados
importadores, principalmente aqueles de países europeus, exigem que
produtos florestais como papel, celulose ou madeira serrada e móveis sejam
produzidos com madeira cujos meios de produção tenham sido certificados. O
tema tem sido amplamente documentado, como, por exemplo, nas obras de
Upton e Bass (1996), Viana et al. (1996) e Maser (1997). A essência do
conteúdo técnico dos sistemas de certificação florestal diz respeito à noção
de sustentabilidade, segundo suas dimensões econômica, social e ambiental.
Existem diversos sistemas de certificação florestal já operacionalizados
no planeta. Smerandi & Veríssimo (1999) e Azevedo & Freitas (2001), descrevem
alguns efeitos positivos obtidos em resultado à adoção do sistema Forest
Stewardship Council, FSC. Os procedimentos adotados por esse sistema de
certificação (concebido originalmente para a certificação de florestas
nativas) podem ser examinados em www.fsc.org.br e www.imaflora.org. Um
exame do estudo documentado por Roxo (1999) também é pertinente, em
especial no que diz respeito ao conteúdo normatizador de diferentes sistemas
de certificação. No presente estudo, no entanto, a iniciativa brasileira
denominada Abnt-Cerflor será brevemente examinada como segue.
O sistema Abnt-Cerflor de certificação florestal
Por uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Silvicultura, SBS,
evidenciou-se, em 1991, a necessidade de que pudesse ser desenvolvido
algum sistema nacional de certificação das “boas práticas de manejo
florestal’. Garlipp (1995) indica as diversas vantagens que poderiam ser
verificadas com o desenvolvimento de um “certificado” brasileiro. Já em 1993,
a Embrapa Florestas engajou-se em parceria com a SBS, produzindo-se uma
primeira aproximação de uma proposta de uma sistema de certificação que
pudesse representar as condições brasileiras. Durante alguns anos o sistema
proposto foi sendo aprimorado com a participação de diferentes “partes
interessadas” como, por exemplo, instituições de ensino e pesquisa, empresas
florestais e organizações não-governamentais. Em 1998 a proposta foi
recepcionada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, Abnt. Após as
devidas adequações o sistema Abnt-Cerflor foi finalmente materializado por
meio da publicação, em fevereiro de 2002, das seguintes normas brasileiras:
NBR 14789: Manejo Florestal - Princípios, critérios e indicadores para
plantações florestais NBR 14790: Manejo Florestal - Cadeia de custódia
NBR
14791:
Diretrizes
para
Auditor
Florestal
-
Princípios
Gerais
NBR 14792: Diretrizes para Auditor Florestal - Procedimentos de auditoria –
Auditoria
de
manejo
florestal
NBR 14793: Diretrizes para auditoria florestal - Procedimentos de auditoria,
Critérios de qualificação para auditores florestais.
Informações detalhadas acerca destas normas podem ser obtidas
consultando-se www.inmetro.gov.br, www.sbs.org.br e www.abnt.org.br.
É oportuno mencionar que o sistema Abnt-Cerflor foi desenvolvido para
possibilitar a certificação da sustentabilidade do manejo de plantações
florestais (ou florestas plantadas, ou plantios florestais) estabelecidas com
quaisquer espécies florestais, nativas ou exóticas. O sistema, aplica-se,
portanto, também àquelas plantações estabelecidas com espécies de Pinus.
A aplicação dos procedimentos de auditoria florestal (que devem ser
observados na certificação pelo sistema Abnt-Cerflor), fundamenta-se na
verificação de indicadores, no contexto de diversos critérios e que atendem a
cinco princípios fundamentais, identificados como segue:
Princípio
1.
obediência
à
legislação;
Princípio 2. Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e longo
prazos,
em
Princípio
Princípio
3.
4.
busca
Zelo
Respeito
da
pela
às
águas,
sua
sustentabilidade;
diversidade
ao
solo
biológica;
e
ao
ar;
Princípio 5. Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em
que se insere a atividade florestal.
13. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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propriedade rural. In: GALVÃO, A. P. M. (Org.). Reflorestamento de
propriedades rurais para fins produtivos e ambientais: um guia para ações
municipais e regionais. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de
Tecnologia; Colombo: Embrapa Florestas, 2000. p. 219-239.
AHRENS, S. O manejo de recursos florestais no Brasil: conceitos,
realidades e perspectivas. In: CURSO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL, 1.,
1997, Curitiba. Tópicos em manejo florestal sustentável. Colombo: EMBRAPACNPF, 1997. p. 5-18. (EMBRAPA-CNPF. Documentos, 34).
ANJOS, N. dos; DELLA LÚCIA, T.; MAYHÉ-NUNES, A. Guia prático sobre
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FONTE:
EMBRAPA FLORESTAS
Sistemas de Produção, 5
ISSN 1678-8281 Versão Eletrônica
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CULTIVO DE PINUS - Triunfo Empreendimentos Florestais