CULTIVO DE PINUS GUIA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE O CULTIVO Espécies de Pinus são plantadas em todo mundo, e valorizadas pelas seguintes características: a) madeira de cor clara, variando de branca a amarelada; b) madeira de fibra longa, apropriada para fabricação de papel de alta resistência para embalagens, papel de imprensa e outros tipos de papel; c) possibilidade de extração de resina, em escala comercial, em algumas espécies; d) rusticidade e tolerância, possibilitando o plantio em solos marginais para agricultura e, assim, agregar valor à terra com a produção adicional de madeira, formação de cobertura protetora do solo e reconstituição de ambiente propício à recomposição expontânea da vegetação nativa em ambientes degradados; e) valor ornamental para arborizações e paisagismo. No Brasil, os pinus vêm sendo plantados há mais de um século, tendo sido, inicialmente, introduzidos para fins ornamentais. Somente a partir de 1950 é que foram plantadas em escala comercial para produção de madeira. O principal uso deles é como fonte de matéria-prima para as indústrias de madeira serrada e laminada, chapas, resina, celulose e papel. O estabelecimento e o manejo de florestas plantadas com pinus vem possibilitando o abastecimento de madeira que, anteriormente, era suprido com a exploração do pinheiro brasileiro. Assim, essa prática estabeleceu-se como uma importante aliada dos ecossistemas florestais nativos pois vem suprindo uma parcela cada vez maior da necessidade atual de madeira. 1. APRESENTAÇÃO Espécies de Pinus vêm sendo plantadas, em escala comercial, no Brasil, há mais de 30 anos. Inicialmente, os plantios mais extensos foram estabelecidos nas Regiões Sul e Sudeste, com as espécies P. taeda para produção de matéria-prima para as indústrias de celulose e papel e P. elliottii para madeira serrada e extração de resina. Atualmente, com a introdução de diversas espécies, principalmente das regiões tropicais, a produção de madeira de Pinus tornou-se viável em todo o Brasil, constituindo uma importante fonte de madeira para usos gerais, englobando a fabricação de celulose e papel, lâminas e chapas de diversos tipos, madeira serrada para fins estruturais, confecção de embalagens, móveis e marcenaria em geral. A grande versatilidade das espécies para crescer e produzir madeira em variados tipos de ambiente, bem como a multiplicidade de usos da sua madeira possibilita a geração desse recurso natural em todo o território nacional, em substituição às madeiras de espécies nativas. O desenvolvimento da tecnologia de utilização da madeira de pínus e a ampliação das alternativas de uso tornaram essas espécies cada vez mais demandadas no setor florestal. Em decorrência disso, vem aumentando o número de produtores, especialmente pequenos e médios proprietários rurais, interessados no plantio e manejo de Pinus, em busca de dados técnicos para plantio, manejo e viabilização do agronegócio com estas espécies. Este trabalho foi elaborado na tentativa de suprir as informações básicas necessárias aos produtores, visando elevar a cultura de pínus como alternativa estratégica e rentável nos setores florestal e agroflorestal brasileiro. Moacir J. S. Medrado Chefe Geral da Embrapa Florestas 2. ESPÉCIES DE PINNUS As espécies de Pinus que se destacaram, inicialmente, na silvicultura brasileira, foram P. elliottii e P.taeda, introduzidas dos Estados Unidos, visto que as atividades com florestas plantadas eram restritas às Regiões Sul e Sudeste. A partir dos anos 60, iniciaram-se as experimentações com espécies tropicais como P. caribaea, P.oocarpa, P. tecunumanii, P. maximinoi e P. patula possibilitando a expansão da cultura de Pinus em todo o Brasil, usando-se a espécie adequada para cada região ecológica. A partir dos anos 80, experimentos com amostras de uma ampla variedade de procedências das espécies já conhecidas, bem como de espécies tropicais possibilitou a ampliação de opções de espécies e o potencial econômico desses Pinus em plantios comerciais. Espécies como P. maximinoi, P. chiapensis e P. greggii poderão, brevemente, ser incorporadas, operacionalmente, como produtoras de madeira, assim que estudos de produtividade e adaptação das diferentes procedências chegarem à maturidade e os povoamentos entrarem em fase de produção de sementes. 3. PREPARO DA AREA Para se estabelecer um plantio de Pinus por mudas, devem ser consideradas várias situações na tomada de decisão sobre o preparo da área. Um dos fatores que mais influenciam no crescimento do Pinus é a profundidade efetiva do solo. Mesmo sendo árvores que atingem grandes dimensões, poucas raízes são encontradas a mais de 60 cm de profundidade. Assim, se o plantio for em áreas que eram anteriormente utilizadas com cultivos agrícolas mecanizados, é recomendável preparar o solo com subsolador pois é provável que ele esteja compactado. O mesmo procedimento deve ser adotado em áreas com solos pedregosos na superfície e com profundidade efetiva maior que 50 cm. Em áreas previamente utilizadas com pastagem, a profundidade da subsolagem pode ser reduzida, uma vez que a compactação, decorrente de pisoteio, é superficial. Nestes casos, o mais importante é o controle das gramíneas, durante o primeiro ano do plantio. Em áreas de plantio de segundo ciclo de Pinus, o preparo do solo será necessário somente se a colheita e a retirada da madeira tiverem sido mecanizadas pois estas operações sempre causam compactação do solo. Quanto maior o teor de umidade no solo, mais profunda e mais severa serão os efeitos desses equipamentos na compactação do solo. 4. DOENÇAS O pínus pode ser atacado por patógenos, principalmente fungos, desde a fase de viveiro até em plantios adultos. Os principais problemas de doenças em pínus são: tombamento de mudas; podridão-de-raiz; mofo-cinzento; queima de mudas por Sphaeropsis; armilariose; queima de acículas por Cylindrocladium; seca de ponteiros e morte de árvores por Sphaeropsis; ausência de micorrizas; fumagina; afogamento do coleto; enovelamento de raízes; geadas; descargas elétricas e; granizo. 4.1 Tombamento de mudas Sintomas e sinais Lesão necrótica na região do colo da plântula; murcha, enrolamento e secamento de cotilédones; tombamento de plântulas em reboleira e morte. Causas Ataque dos fungos dos gêneros Cylindrocladium, Fusarium, Phytophthora, Pythium e Rhizoctonia na fase de germinação, destruindo as plântulas; uso de substratos contaminados por fungos de solo; condições de alta umidade no viveiro Controle a) Cultural: a.1) usar sementes, substrato e água de irrigação livres de patógenos; a.2) adotar substratos com boa drenagem; a.3) semear diretamente em tubetes suspensos; a.4) evitar sombreamento excessivo das mudas; a.5) ralear as plântulas o mais cedo possível; a.6) selecionar e descartar plantas doentes e mortas; a.7) retirar recipientes sem mudas, com mudas mortas e com plantas de folhas caídas e senescentes; a.8) aplicar adubação equilibrada nas mudas; a.9) usar sistema de irrigação adequado. b) Químico - fumigar o substrato com produtos de amplo espectro e aplicar fungicidas; c) Físico - desinfestar o substrato com calor (vapor, água quente ou solarização); d) Biológico - usar linhagens ou espécies de agentes de controle biológico. 4.2 Podridão-de-raiz Sintomas e sinais Murcha e morte de mudas; lesões necróticas em raízes Causas Ataque dos fungos Cylindrocladium sp. e Fusarium sp. Controle As mesmas recomendações dadas para tombamento e evitar o plantio de mudas infectadas com a doença em viveiro. Mofo cinzento Sintomas e sinais Enrolamento de folhas, seca e queda das mesmas; formação de mofo acinzentado sobre as plantas afetadas. Causas Ataque do fungo Botrytiscinerea logo após a ocorrência de queima pela geada em brotos jovens de mudas. Controle As mesmas recomendações dadas para tombamento Queima de mudas por Sphaeropsis Sintomas e sinais Murcha e secamento de gemas Causas Ataque do fungo Sphaeropsissapinea (ex-Diplodia pinea) Controle As mesmas recomendações dadas para tombamento Armilariose Sintomas e sinais Amarelecimento geral da copa seguido de murcha, bronzeamento e seca das acículas; apodrecimento de raízes; colonização da entre-casca de raízes e colo por uma trama micelial espessa; produção de cogumelos do patógeno em árvores mortas. Causas Ataque do fungo Armillaria sp. Controle Remover restos vegetais de áreas recém-desmatadas durante o preparo do solo para plantio; evitar o plantio de mudas passadas ou com sistema radicular enovelado; plantar espécies suscetíveis em áreas isentas do patógeno ou já cultivadas com espécies agrícolas não hospedeiras do fungo; possibilidade de uso de controle biológico. Queima de acículas por Cylindrocladium Sintomas e sinais Formação de lesões de cor marron-avermelhada, que estrangulam a acícula; copa com aparência de chamuscada por fogo. Causas Ataque do fungo Cylindrocladiumpteridis Controle Plantio de espécies resistentes Seca de ponteiros e morte de árvores por Sphaeropsis Sintomas e sinais Lesões deprimidas com exsudação de resina na base de ponteiros; encurvamento, s morte de ponteiros; lesões resinosas e pequenos cancros em tronco de árvores jovens; mo árvores injuriadas; colonização e azulamento da madeira. Causas Ataque do fungo Sphaeropsissapinea (ex-Diplodia pinea) Controle Plantar espécies ou procedências resistentes; efetuar manejo adequado dos plantios (de e desbaste); secar e processar, prontamente, a madeira após a derrubada da árvore o produtos químicos (caso do azulamento da madeira). Ausência de micorrizas Sintomas e sinais Desenvolvimento lento de mudas e de árvores jovens Causas Ausência de fungos ectomicorrízicos no sistema radicular das plantas Controle Inocular os substratos com cama de acículas coletada de plantios adultos com presença dos fungos. 4.9 Fumagina Sintomas e sinais Crescimento de fungos, de coloração escura, sobre acículas e hastes de mudas e árvores jovens; diminuição dos processos de fotossíntese, respiração e transpiração da planta. Causas Desenvolvimento de fungos sobre substâncias excretadas por pulgões Controle Controle dos pulgões 4.10 Afogamento do coleto Sintomas e sinais Intumescimento do colo; plantas pouco desenvolvidas; seca e morte de plantas. Causas Enterrio de parte do caule das mudas; aterramento da muda no campo, decorrente de descuido nos tratos culturais ou enxurrada. Controle Cuidados no plantio e no preparo de solo para evitar o afogamento. 4.11 Enovelamento de raízes Sintomas e sinais Plantas pouco desenvolvidas; seca e morte de plantas Causas Plantio de mudas com sistema radicular enovelado; entortamento de raízes na ocasião do plantio. Controle Evitar o uso de mudas passadas e com raízes enoveladas; evitar o entortamento de raízes durante o plantio. 4.12 Ocasionada por geada Sintomas e sinais Desde queima de ponteiros até a perda total da copa; queima e bronzeamento das acículas; morte de mudas e árvores jovens. Causas Declínio brusco da temperatura ambiente e congelamento, com ou sem formação de crosta de gelo sobre a planta. Controle Proteger as mudas em viveiros; usar espécies ou procedências tolerantes ou resistentes. 1. Descargas elétricas Sintomas e sinais Queima e quebra de ramos; fendilhamento da casca e do lenho; explosão do tronco e da árvore; morte de árvores. Causas Descargas elétrica (raios) Controle Somente registrar e acompanhar as ocorrências para não confundir com sintomas decorrentes de outros agentes. Granizo Sintomas e sinais Desfolhamento e descascamento de ramos, hastes e árvores; surgimento de pequenos cancros em ramos e hastes; seca de ramos e morte de árvores. Causas Precipitação de granizo ou chuva de pedra Controle Como o problema decorre de evento climático ocasional e localizado, não existe meio de ser evitado. 5. PRAGAS Aspectos gerais O pínus pode ser atacado por diveras pragas, destacando-se dentre ela, as seguintes: formigas, vespa-da-madeira e pulgões. Formigas cortadeiras As saúvas(Atta spp.) e os quenquéns(Acromyrmex spp.) são herbívoros dominantes na Região Neotropical, consumindo mais vegetação do que qualquer outro grupo animal, incluindo-se os mamíferos. Elas atacam quase todas as espécies de plantas cultivadas, podendo causar desfolha total e até a morte, tanto de mudas quanto de árvores adultas. Os maiores prejuízos ocorrem nos dois primeiros anos após o plantio, podendo causar a mortalidade das plantas. Reconhecimento A identificação das formigas é baseada na forma das operárias: As operárias da saúva variam de tamanho, de 12 a 15 mm de comprimento, apresentam três pares de espinhos dorsais e seus ninhos podem atingir profundidades de mais de 5 m, sendo caracterizados, externamente, pelo monte de terra solta. As operárias da quenquém, com 8 a 10 mm de comprimento, apresentam cinco pares de espinhos no tórax. Seus ninhos, geralmente, não apresentam terra solta aparente. O monitoramento do ataque de formigas requer observações constantes das colônias e dos prejuízos causados. O controle das formigas cortadeiras deve ser feito antes do preparo do solo para o plantio pois o revolvimento do solo, no caso de quenquéns, poderá multiplicar o número de colônias. O manejo integrado de formigas cortadeiras pode ser implementado mediante controle mecânico ou químico. VESPA-DA-MADEIRA A vespa-da-madeira (Sirex noctilio) é um inseto originário da Europa, Ásia e norte da África e,no Brasil, atingiu, aproximadamente 350.000 ha de Pinus taeda nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, até o ano 2002. As iniciativas para o controle desta praga, no Brasil, foram tomadas pela Embrapa Florestas, com estudos bioecológicos desse inseto. Os danos provocados são severos, podendo acarretar prejuízo estimado em U$6,6 milhões anuais. Os insetos adultos variam de 1,0 a 3,5 cm de comprimento, apresentam coloração azul escura metálica; os machos apresentam partes alaranjadas em seu corpo e as fêmeas, ovipositor em forma de ferrão de até 2 cm de comprimento, partindo do abdômen. As larvas de S. noctilio apresentam coloração geral branca, formato cilíndrico, fortes mandíbulas denteadas e um espinho supra-anal. As pupas são de cor branca e apresentam tegumento fino e transparente. Durante a postura, além dos ovos, a fêmea introduz na árvore os esporos de um fungo simbionte, Amylostereum areolatum e uma mucosecreção. O fungo e o muco, juntos, são tóxicos à planta, causando clorose nas acículas. As larvas eclodem cerca de 20 dias após a postura e logo iniciam a sua alimentação, construindo galerias no interior da madeira. A secreção salivar e os nutrientes são ingeridos e os fragmentos de madeira, em forma de serragem, são regurgitados e depositados em forma compacta, obstruindo as galerias. Na fase de transformação em pupa, as larvas dirigem-se para próximo à casca. Na maioria dos casos, o ciclo biológico dura um ano. Entretanto, em árvores muito estressadas ou quando o ataque ocorre em uma bifurcação, pode ocorrer um ciclo curto, de 3 a 4 meses. As árvores atacadas pela vespa-da-madeira apresentam os seguintes sintomas: respingos de resina que surgem das perfurações feitas pelas fêmeas para depositar seus ovos; em alguns casos observa-se o escorrimento de resina; amarelecimento da copa após o ataque, variando desde um tom amarelado, em um estágio inicial, passando pelo marron-avermelhado e seca, até a queda das acículas; orifícios de emergência facilmente visíveis na casca, por onde os adultos emergem; manchas azuladas em forma radial na madeira atacada, causadas por um fungo secundário, Botryodiplodia; galerias no interior da madeira, construídas pelas larvas. A vespa-da-madeira é atraída para árvores estressadas que apresentam condições ideais para o desenvolvimento das suas larvas. As preferidas são as árvores de menor diâmetro e as dominadas. O dano principal é provocado na ocasião da postura. O fungo e o muco injetados desencadeiam várias reações nas árvores, culminando com a sua morte. A madeira das árvores atacadas torna-se imprópria para uso. O ataque da vespa-da-madeira ocorre, geralmente, da segunda quinzena de outubro até a primeira quinzena de janeiro. A partir do mês de março, grande parte das árvores já apresenta os sintomas de ataque. 2. Medidas preventivas contra a vespa-da-madeira A vespa-da-madeira é, essencialmente, uma praga secundária e a prevenção contra ela pode ser feita mediante vigilância e tratos silviculturais. Assim, é importante a observação das seguintes recomendações: • desbastar os povoamentos de Pinus nas épocas adequadas para evitar a ocorrência de plantas estressadas; • remover do povoamento as árvores mortas, dominadas, bifurcadas, doentes e danificadas, bem como restos de poda e desbaste com diâmetro maior que 5 cm; • intensificar o manejo em sítios de baixa qualidade, onde haja solos rasos e pedregosos; • não efetuar poda e desbaste dois meses antes e durante o período de revoada (segunda quinzena de outubro à primeira quinzena de janeiro); • evitar o plantio em áreas declivosas, onde seja difícil realizar tratos silviculturais; • tomar medidas de prevenção e controle de incêndios florestais; • treinar empregados rurais, de serrarias e de transporte de madeira na identificação da praga; • manter e intensificar a vigilância de rotina; O transporte de madeira das regiões infestadas para outras aumenta a probabilidade de dispersão do inseto. Assim, as medidas de quarentena são importantes. O monitoramento da vespa-da-madeira é realizado instalando-se árvores-armadilha. Como a vespa é atraída para árvores estressadas, aplicase herbicida para promover esse estressamento, tornando-as atrativas ao inseto. Isso facilita a detecção precoce da praga, auxiliando na tomada de medidas rápidas como a liberação de inimigos naturais. As árvores-armadilha devem ser instaladas em povoamentos com nível de ataque de até 1%. Em áreas com níveis maiores que este, deve-se interromper a instalação das árvores-armadilha e investir mais nas medidas de controle. Medidas de controle após a detecção da vespa-da-madeira O monitoramento aéro-expedito é uma técnica muito eficiente, usada, rotineiramente, nos Estados Unidos, no monitoramento de danos causados por pragas e doenças em florestas. Esta técnica, agora disponível no Brasil, através da Embrapa Florestas, auxilia no monitoramento da vespa-da-madeira. O controle biológico da vespa-da-madeira é feito utilizando-se o nematóide Deladenus siricidicola e os parasitóides Ibalia leucospoides, Megarhyssa nortoni e Rhyssa persuasoria. O nematóide é o principal inimigo natural da vespa-da-madeira. Ele é criado, massalmente, no laboratório da Embrapa Florestas. Ele parasita as larvas da vespa-da-madeira e se instala no aparelho reprodutor de machos e das fêmeas da vespa-da-madeira. Assim, uma fêmea parasitada, ao emergir, faz posturas em outras árvores mas seus ovos estarão inférteis, podendo conter de 100 a 200 nematóides cada um. Para o controle biológico, os nematóides são inoculados em tronco de árvores atacadas para que infectem as larvas da vespa-da-madeira que estiverem nesse tronco. A quantidade de troncos a serem inoculados é determinada após um levantamento da intensidade de ataque. A vespa-da-madeira pode ser controlada mediante uso de parasitóides que são, também espécies da vespas. As fêmeas perfuram a madeira, com o seu ovipositor, até encontrar uma larva da vespa-da-madeira que recebe uma picada e é paralisada. Um ovo é colocado sobre a larva hospedeira e, quando eclode, sua larva inicia a alimentação sobre o corpo do hospedeiro, destruindo-o totalmente. As espécies utilizadas como parasitóides são Rhyssa persuasoria e Megarhyssa nortoni. Após atacarem as larvas da vespa-damadeira, as larvas de Rhyssa e de Megarhyssa permanecem nas galerias construídas pelas larvas da vespa-da-madeira. Rhyssa persuasoria que é uma espécie de vespa, de corpo preto, com manchas brancas localizadas na cabeça, tórax e abdômen. As pernas são de cor marron-avermelhada e as antenas totalmente pretas. O comprimento do corpo varia de 9 mm a 35 mm. As fêmeas apresentam ovipositor ligeiramente mais longo que o corpo. O abdômen do macho é alongado e levemente alargado na região posterior; Megarhyssa nortoni, também, uma vespa, de coloração marrom, preta e amarela, com uma fileira de manchas ovais ao longo de cada lado do abdômen. O comprimento do corpo varia de 15 a 45 mm, com pernas amarelas ou levemente marrons e antenas pretas. As fêmeas apresentam ovipositor semelhante ao de R. persuasoria. No entanto, de comprimento duas vezes maior que o comprimento do corpo. O abdômen do macho é geralmente longo e estreito mas, nos espécimens muito pequenos, este é levemente alargado; Ibalia leucospoides, também, é uma espécie de vespa, cujas fêmeas adultas, de tamanho variando de 7 a 14 mm, apresentam cabeça preta com antenas quase tão longas quanto o abdômen. Seu tórax é preto e alongado. As asas apresentam coloração cinza e as pernas escuras, tendendo para cores avermelhadas. O abdômen, em vista dorsal, é semelhante a uma lâmina. A principal distinção nos machos, que medem entre 6,5 mm a 12 mm de comprimento, está no abdômen. Este, em vista lateral, apresenta um contorno distinto, com a porção posterior menos aguda. Este parasitóide é um endoparasitóide que coloca os ovos em larvas da vespa-da-madeira de primeiro e segundo estágios de desenvolvimento. Ele passa por quatro estágios de desenvolvimento larval, sendo três dentro das larvas da vespa e o último, externamente, quando saem da larva, destruindo-a. Nesta fase, permanecem nas galerias construídas pela vespa-da-madeira para empupar próximo à casca e emergir, normalmente, um ano após a postura. 3. PULGÕES Cinara pinivora e Cinara atlantica – pulgões do Pinus Os pulgões (Cinara spp.) são pequenos insetos sugadores, exclusivamente fitófagos, que causam danos diretos, pela sucção da seiva e, algumas espécies, pela injeção de saliva tóxica. Esses insetos ocorrem em coníferas, encontrando-se distribuídos por várias regiões do mundo. As espécies C. pinivora e C. atlantica atacam somente os Pinus. Elas sãonativas da América do Norte, de onde foram introduzidas, estão presentes nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, de onde poderão se dispersar por todos os plantios de Pinus no Brasil. C. pinivora tem sido encontrada atacando Pinus taeda e P. elliottii e, raramente, as espécies tropicais. No entanto, C. atlantica ataca, também, as espécies de pínus tropicais. Os pulgões atacam as brotações, os ramos, o caule e as raízes dos pínus. Eles apresentam características que, geralmente, os tornam praga de importância econômica, tais como: polimorfismo, com presença de formas sem asas e aladas; formas de reprodução: a) assexuada, através da partenogenia, na qual as fêmeas vivíparas dão origem a formas jovens (ninfas), sem a passagem pelo estágio de ovo; e b) sexuada que, em regiões temperadas, ocorre no final do outono e no início do inverno, dando origem a machos e fêmeas ovíparas; alta fecundidade e alta velocidade de reprodução, com ciclo de 12 dias desde a fase de ninfa até adulto e cada fêmea vive cerca de 27 dias, podendo gerar, em média, 44 ninfas. Embora similares, Cinara pinivora e C. atlantica apresentam algumas características distintas. A mais marcante é a forma dos sifúnculos, estrutura de coloração escura, localizada no abdomen, uma em cada lado do corpo. Em C. pinivora, ele apresenta uma base menor e o formato assemelha-se a um cone. Em C. atlantica, o sifúnculo é achatado, com a base mais larga, assemelhando-se a um "ovo frito". A diferenciação do sifúnculo é mais facilmente visível em insetos adultos. Os pulgões ocorrem em maiores populações entre o outono e o inverno. Entretanto, C. atlantica é encontrada, também, na primavera e no verão. Normalmente, em Pinus tropicais, ocorre maior incidência desta espécie quando a temperatura é mais alta. Os pulgões se alimentam em colônias localizadas nos brotos, ramos, caule e nas raízes. Onde há alternância de períodos secos e úmidos, os pulgões são mais abundantes em períodos secos. Os ataques mais intensos e com danos severos ocorrem em mudas e em plantios novos. As árvores atacadas pelos pulgões podem apresentar os seguintes sintomas: • clorose; • deformação e queda prematura das acículas; • redução significativa do crescimento em diâmetro e altura da planta; • entortamento do fuste; • seca dos brotos e superbrotação devido à destruição do broto apical; • presença de um fungo, denominado fumagina, de coloração escura, que se desenvolve sobre a substância açucarada ("honeydew") produzida pelos pulgões. Este fungo recobre os ramos e a folhagem, interferindo no desenvolvimento da planta; • associação com formigas que se alimentam do "honeydew" e protegem os pulgões de seus inimigos naturais; • seca progressiva dos ramos e, eventualmente, a morte das plantas infestadas; • desaciculação e distúrbio no crescimento, assim como redução da resistência ao ataque de outros insetos ou patógenos. Os pulgões são atacados por predadores que incluem as joaninhas, as moscas, o bicho lixeiro e outros insetos. Contudo, estes predadores são de baixa eficiência no controle dos pulgões, por não serem específicos para C. pinivora e C. atlantica e por ocorrem em populações pequenas durante o inverno (período em que a população de pulgões é maior). Existem, também, alguns inimigos naturais específicos como as pequenas vespas que parasitam as ninfas dos pulgões. 6. SISTEMAS DE PLANTIO A operação de plantio é formada de várias ações e constitui uma das etapas mais importantes para o sucesso do estabelecimento de florestas plantadas. O sistema de plantio mais adequado é definido com base no objetivo do empreendimento e nos usos a que se destinarão os produtos da floresta. O sucesso desse empreendimento depende de decisões e ações cuidadosas nas diversas etapas de sua implementação como a escolha e a limpeza da área, o espaçamento, o controle de pragas e doenças, a definição do método de plantio e os tratos culturais. MÉTODOS DE PLANTIO O plantio de pínus pode ser manual, mecanizado ou semi-mecanizado. O método mais apropriado depende da topografia da área, bem como da disponibilidade de recursos financeiros, mão-de-obra e de equipamentos adequados. Os métodos mecanizado e o semi-mecanizado podem ser aplicados em locais com topografia plana, onde se possa usar plantadoras tracionadas por tratores. As plantadoras, normalmente, fazem o sulcamento, a distribuição do adubo e efetivam o plantio. No sistema semi-mecanizado, somente as operações de preparo de solo e os tratos culturais são mecanizados e o plantio em si é manual. O plantio manual é recomendado em áreas declivosas ou em situações onde, mesmo em áreas planas, não e´ viável o uso de máquinas agrícolas devido à presença de obstáculos como rochas, tocos ou outras culturas. 7. ADUBAÇÃO Os principais fatores que interferem no crescimento das árvores de Pinus, no Brasil, são a qualidade do material genético e as condições de solo onde é plantado. Geralmente, são utilizados solos de baixa fertilidade natural, o que, de certa forma, afeta a produtividade. Para se evitar isso, são necessárias correções com aplicação de fertilizantes. Avaliações nutricionais nesses plantios são importantes para se fazer recomendações de fertilizantes. O conhecimento das deficiências possibilita indicar os nutrientes que devem ser aplicados e, com isto, propicia melhor aproveitamento dos nutrientes pelas árvores. Os solos destinados ao plantio de Pinus, nas pequenas propriedades rurais, são, normalmente, os de baixa fertilidade natural ou os que não servem para cultivos agrícolas. Embora a adubação do Pinus não seja uma prática normalmente utilizada no Brasil, existem situações em que ela é necessária para que as árvores sejam produtivas. Os nutrientes mais freqüentemente utilizados nas adubações minerais para espécies florestais são o N, P, K e, com menor freqüência, B e Zn. Em plantações florestais, é comum o uso de adubo simples, formado por apenas um composto químico. Neste caso, são utilizados: Sulfato de amônio e uréia, como fontes de nitrogênio; Superfosfato simples, superfosfato triplo e fosfato natural, como fontes de fósforo; Cloreto de potássio e sulfato de potássio, como fontes de potássio; ou Bórax, como fonte de boro. A formulação do fertilizante varia de uma região para outra e com a cultura em que será aplicada. De maneira geral, o fósforo é aplicado em maior quantidade do que os demais elementos, por estar presente em menor concentração no solo. Para se obter os melhores resultados com o uso de fertilizantes contendo NPK, o adubo deve ser aplicado o mais próximo possível da muda, para garantir o aproveitamento, sem causar danos às raízes. Deve-se tomar o cuidado de misturar bem o fertilizante com a terra, para evitar danos e até morte da muda devido à concentração salina. O ideal é esperar pelo menos um dia após a aplicação do adubo antes de efetuar o plantio, principalmente quando a adubação e o plantio são feitos na mesma cova. Existem diferentes formas de se aplicar o adubo: • no fundo do sulco: distribuído no fundo do sulco de plantio, aberto pelo sulcador, ou outro implemento; • na cova de plantio: colocado no fundo da cova, antes do plantio, bem misturado com a terra para evitar danos à raiz das mudas; • em cobertura: aproximadamente três meses após o plantio. Normalmente, colocado ao lado da planta, em faixas ou em coroa. Esta forma é utilizada para aplicar o N e o K, elementos que se perdem facilmente por volatilização e lixiviação. Não existe recomendação de adubação baseada apenas nas análises de solo, nem especifica para cada espécie florestal nos diferentes tipos de solo. De maneira geral, a adubação é feita para suprir os elementos nutrientes que estejam em níveis menores que os críticos no solo. Com base nos diagnósticos de cada sítio e os níveis críticos estabelecidos, são recomendadas as formulações de abubação para culturas de Pinus. As quantidades de adubo sugeridas foram estimadas com base em um plantio no espaçamento 3 m x 2 m, o que representa uma população de 1.666 árvores/ha. A aplicação de resíduos orgânicos em plantios florestais é prática recente. Por conterem quantidades limitadas de nutrientes minerais, esses resíduos não substituem a adubação mineral. O benefício adicional destes resíduos é que incorporam a matéria orgânica e favorecem a ação de microorganismos no solo. Estes são importantes no processo de decomposição da serapilheira depositada pelas árvores durante o ciclo. Assim, caso haja disponibilidade de resíduos, estes devem ser utilizados, devidamente compostados, pois potencializam os efeitos da adubação mineral. Os resíduos orgânicos para aplicação em plantios de pínus podem ser lixo e lodo urbanos, resíduos agrícolas e de algumas atividades industriais. Os tipos normalmente utilizados são cinza, resíduos de celulose, resíduos orgânicos urbanos e estercos. Os resíduos só devem ser utilizados após devidamente curtidos e livres de contaminantes químicos e biológicos. Recomenda-se utilizar os resíduos orgânicos compostos nas dosagens de 6 até 12 kg/planta. Esses devem ser distribuídos em faixas de 2 m a 3 m ao longo da linha de plantio ou na projeção da copa das árvores. Essa operação deve ser realizada 6 meses após o plantio e repetida, anualmente ou, pelo menos quando as árvores estiverem com 2 anos de idade. Após a aplicação, recomenda-se a incorporação superficial do resíduo para que este tenha maior efeito. Recomenda-se, ainda, incorporá-lo até uma profundidade de 5 cm para que o sistema radicular das árvores não seja afetado. MANEJO Pinus taeda é uma espécie amplamente utilizada em plantações florestais nos planaltos da Região Sul do Brasil. Durante a década de 90, nessa região, plantações de P. taeda foram estabelecidas, também, em pequenas propriedades rurais. Estas florestas têm sido importante fonte de matéria-prima. O manejo de plantações de Pinus pode ser examinado segundo as seguintes vertentes • básicas: plantações em pequenas propriedades rurais – em que os componentes florestais são um complemento da sua atividade produtiva e o proprietário busca a maximização do retorno desse empreendimento; e • plantações em grandes empreendimentos – nas quais grandes extensões de terra, dedicadas aos plantios florestais, são propriedades de empresas, muitas vezes, proprietárias, também, de indústrias processadoras de madeira. Esta particularidade faz com que a prioridade seja o abastecimento da indústria e não, necessariamente, na obtenção do máximo retorno monetário ao investimento na floresta. Para os grandes empreendimentos, pode-se usar modelos matemáticos de otimização do manejo (em especial, os modelos de "programação linear"). Dependendo do objetivo com que é produzida a madeira, devem ser tomadas decisões importantes como o espaçamento inicial, os regimes de desbastes e de podas e a idade para o corte final. Os objetivos finais da madeira podem ser para: • produção de fibras ou biomassa, que requer toras de pequenas dimensões para indústrias de celulose e papel, chapas de partículas de madeira aglomerada, de fibras e similares; • processamento mecânico, que requer toras de grandes dimensões, para processamento em serrarias e laminadoras. As plantações de pínus devem ser estabelecidas, preferencialmente, em: • áreas com declividade inferior a 25 graus para se obter maior eficiência e menor custo nas operações de plantio, manutenção e cortes; • áreas próximas a estradas e ao mercado para reduzir os custos de transporte; • solos de melhor qualidade possível para maximizar o retorno monetário. Para produzir a maior quantidade de madeira no menor número de árvores possível, deve-se adotar um espaçamento inicial amplo, com densidade de 1.100 a 1.300 árvores por hectare. Para tanto, recomenda-se adotar o espaçamento de 2,50 m x 3,00 m (1.333 mudas/ha). Recomenda-se realizar dois a três desbastes, ou cortes intermediários, durante a rotação, removendo cerca de 40% das árvores em cada operação, nas idades aproximadas de 10, 14 e 18 anos. Na produção de madeira para processamento mecânico, recomendase efetuar a poda ou desrama, das árvores. Devem ser podados os ramos verdes, em duas operações, às idades de 4 e 7 anos. A primeira operação deve ser realizada no final do inverno, até uma altura de 2,70 m a 3,00 m. A segunda deve ser feita até uma altura de 6,00 m a 7,00 m. Pode-se realizar podas até maiores alturas mas o custo da operação será maior. O propósito da poda é a produção de tora com cerca de 6,00 m a 7,00 m de comprimento, com um cilindro central nodoso de aproximadamente 10 cm de diâmetro. As empresas que produzem madeira para biomassa para processamento industrial (por exemplo, as de celulose e papel) têm adotado uma rotação entre 18 e 20 anos. Na produção de madeira para processamento mecânico, pode-se considerar, em princípio, uma rotação entre 20 e 25 anos. Em qualquer caso, uma análise das condições de mercado (preços, demanda, perspectivas futuras) poderá indicar a rotação mais apropriada. O uso de modelos matemáticos, como suporte ao processo de tomada de decisões gerenciais, tem se tornado bastante intenso no Sul do Brasil. Estimativas de produção de madeira podem ser obtidas por meio de um simulador ou modelos de crescimento e de produção. Com este propósito, a Embrapa Florestas disponibilizou um software denominado SisPinus. 8. IMPORTANCIA SOCIO-ECONOMICA E AMBIENTAL O setor florestal brasileiro contribui com 3% no PIB, um milhão de empregos diretos e indiretos, envolve mais de 600 municípios e tem um forte apelo social como atividade ambientalmente adequada para a conservação dos solos, dos animais e da água. Medidas com preocupações na área ambiental são implementadas tanto por parte do governo quanto de empresas que buscam, em parcerias, proteger áreas de mananciais, reservatórios de água e outras que tenham como objetivo formar uma consciência ecológica. A consciência ambiental, bem como a produção sustentável de florestas plantadas, faz parte desse contexto. No ano 2000, a demanda nacional por madeira chegou a 150 milhões de metros cúbicos. Para o ano 2010, espera-se um crescimento até 240 milhões de metros cúbicos. Neste quadro, inclui-se a participação fundamental dos povoamentos de Pinus. Com a evolução de sua produção, os principais usos da matéria prima estão sendo direcionados para o processamento industrial em serrarias, laminadoras, fábricas de chapas e para indústrias de celulose e papel. Na década de 50, o governo estimulou o investimento na indústria de papel e celulose. Com isso, plantios de Pinus passaram a ser implementados com o objetivo de suprir a matéria-prima, em substituição à madeira de araucária. Para atender a crescente demanda de papel e celulose pelo setor industrial, foi instituído, em meados dos anos 60, o incentivo fiscal para plantio de florestas. Esse incentivo vigorou por 20 anos e, a partir de então, os plantios, praticamente, cessaram, exceto nas rotinas das empresas verticalizadas como do setor de celulose e papel. Os Pinus, dado o seu rápido crescimento e boa qualidade da madeira, é muito usado em vários segmentos industriais, gerando uma diversidade de produtos. Em 1999, os plantios de Pinus abrangiam uma área estimada em 1,94 milhões de hectares, concentrados nos estados do Paraná (33,9%), Santa Catarina (17,3%), Bahia (13,0%) e São Paulo (11,0%). Segundo dados do Censo Agropecuário de 1995/96, os principais plantios se concentravam em áreas maiores que 1.000 ha, destacando-se o Paraná com 71%, Santa Catarina 54%, São Paulo, 69% e Minas Gerais 83%. Plantios em áreas menores que 50 ha são inexpressivos. Aproximadamente 70% das áreas plantadas são de empreendimentos verticalizados, predominantemente do segmento de papel e celulose, mostrando a preocupação destas em garantir a matéria prima para sua planta industrial. Os plantios anuais de Pinus, estabelecidos pelas empresas ligadas à Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), no período de 1991 a 1998, variaram, anualmente, tendo atingido as maiores extensões no período de 1993 a 1996. O segmento industrial de papel e celulose passou a utilizar, de forma mais intensiva, sementes provenientes de povoamentos melhorados, obtendo, assim, ganhos de produtividade. Atualmente, a produtividade dos povoamentos de Pinus varia de 25 a 35 m³/ha.ano, dependendo do tipo de solo e do manejo aplicado. A produção florestal com Pinus está bem desenvolvida no Sul do Brasil, onde existe uma área estimada em 1,8 milhões de hectares. O sistema de produção predominante preconiza uma rotação maior que 21 anos. São plantadas, inicialmente, 1.667 árvores/ha, Nas idades de 8 e 12 anos são efetuados, respectivamente, o primeiro e segundo desbastes. Isto significa uma redução no número de plantas, em média, de 40% no primeiro e 30% do remanescente no segundo desbaste. O corte final é feito após a idade de 21 anos, quando restam, em média, 500 árvores/ha. Nesse período, é possível obter uma produção média de 50 até 70 m3 aos 8 anos, 70 a 120 m3 aos 12 anos e, aos 21 anos, a produção deve ultrapassar 450 m3. Isto significa, em média, uma produção maior que 30 m3/ha.ano. 9. COEFICIENTES TÉCNICOS E CUSTOS No primeiro desbaste de Pinus, aos 8 anos, pode-se obter uma receita de R$ 350,00 a R$ 600,00/ha, oriunda da comercialização da matéria prima. Esses recursos auxiliam na amortização das despesas de manutenção dos povoamentos. No segundo desbaste, aos 12 anos, haverá uma entrada adicional de renda em torno de R$ 1.618,00/ha. Este valor está associado ao preço da madeira, em média, de R$ 15,00/m3, posto fábrica. No corte final, aos 21 anos, obtém-se uma renda de R$ 12.451,23/ha, ao preço médio de R$ 28,00/m3, livre de impostos. Assim, a receita total da venda da madeira, no período de 21 anos, é estimado em R$ 15.451,00/ha. O sistema de preparo de solo, no primeiro ano, despende R$ 225,46/ha para enleirar, aplicar herbicidas e subsolar. Os custos de plantio, que envolvem a compra ou a produção de mudas, mão-de-obra, e controle de formigas, correspondem a R$ 232,23/ha. Por sua vez, o custo dos tratos culturais, que incluem a aplicação de herbicidas, a manutenção de aceiros contra fogo e o controle de formigas, é estimado em R$ 1.320,20/ha. O custo da terra, nesse período, é estimado em R$ 1.998,50/ha. Para o sistema de produção de Pinus, em discussão, não estão sendo considerados os custos de administração das empresas. Todavia, por envolver grandes áreas, isso representa 2% a 3% dos custos totais da produção. Verificam-se variações nos custos de produção de Pinus, dependendo do destino da matéria prima. Os preços da madeira se diferenciam, dependendo da forma de aproveitamento da matéria-prima. Por exemplo, o metro cúbico de Pinus pode custar R$ 4,00/m3, se for para energia e celulose, até R$ 30,00 a 70,00/m3, dependendo da qualidade da tora, para serraria e laminação. No aspecto do manejo florestal, em uma área de 1 ha, plantada com 1.667 árvores, se produz 52 m3 (600 árvores) no primeiro desbaste, aos 8 anos se for removida uma em cada três linhas. No segundo desbaste, aos 12 anos, retiram-se, aproximadamente, 500 árvores que podem chegar a 72 m3. No corte final, aos 21 anos, colhem-se 480 m3 (500 árvores). Nesse modelo, a distribuição da matéria-prima destinada aos diferentes segmentos industriais varia conforme a idade do povoamento. Mas, a maioria dos compradores de toras de Pinus não tem elasticidade operacional suficiente que lhe permita dar destinação diferenciada à matériaprima. Isso faz com que paguem, pelo "blend", um preço determinado pela combinação dos preços das diferentes categorias. Assim, toras de Pinus vendidas no 8o. ano têm um preço médio de R$ 5,00/m3, que é equivalente ao valor pago pela matéria-prima predominante para energia e celulose. Aos 12 anos, a ponderação das proporções de matéria-prima para serraria, energia e celulose determina um preço médio em torno de R$ 15,00/m3. Aos 21 anos, quando a maioria (92%) das toras são de grandes dimensões e apropriada para laminação e madeira serrada, o preço estimado é R$ 28,00/m3. No comércio mundial de produtos florestais, a participação brasileira não ultrapassa 2%, considerando-se os dados agregados de diferentes espécies. O Brasil ocupa o 11o. lugar no comércio de papel (2,2% de participação), 7o. lugar (4,2%) de celulose, 5o. lugar (4,3%) de madeira serrada, 2,9% de compensados, 3% de painéis reconstituídos e 11,1% de chapas duras. Em decorrência da interrupção no ritmo de plantios florestais, após meados dos anos 80, já está ocorrendo déficit de madeira de Pinus no mercado, estimado em aproximadamente 6 milhões de metros cúbicos, em 2001. Esse déficit poderá chegar a 19 milhões de metros cúbicos em 2010 e 27 milhões em 2020. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda deverá resultar em um ajuste nos preços das toras para um patamar superior aos praticados atualmente. No período de 1995 a 2000, o aumento dos custos no processamento de papel e celulose foi de 37%, enquanto que na produção de toras para serrarias foi de 115% e, na produção de lâminas, 162%. Com base nisso, o aumento na produção de celulose deve ocorrer numa taxa anual de 5% no período de 2000 a 2005. Espera-se que a ampliação na produção nacional de celulose fique em torno de 3 milhões de toneladas até 2005. Há uma expectativa de incremento no consumo de madeira serrada, da ordem de 3% ao ano, oriunda de florestas nativas e de 5% de florestas plantadas. Porém, isso deverá ser ajustado à limitação na capacidade de oferta das florestas plantadas. Está previsto, também, um aumento na produção de MDF (chapas de fibra de média densidade) para 2005, equivalente a quatro vezes a produção de 1995. Por outro lado, a instalação de indústrias de OSB (chapas de fibras orientadas) aumentará a demanda de matéria-prima de florestas plantadas, principalmente Pinus. O aumento na produção de móveis, até 2004, está estimado em 12%. Nesse segmento, há uma participação significativa da madeira de Pinus. A demanda de madeira de Pinus que, atualmente, é de 40 milhões de metros cúbicos, deverá crescer para 78 milhões no ano 2020. 10. SISTEMAS AGROFLORESTAIS Os plantios convencionais de Pinus formam densos maciços florestais, dispostos em espaçamentos regulares e, normalmente, com uma única espécie. Entretanto, existem outras formas de plantio, de maneira integrada com as atividades agrícola e pecuária ou, ainda, como prestadora de serviços como quebra-ventos, cercas vivas, proteção de animais, preservando o seu potencial para gerar produtos de valor econômicos. Nesses sistemas, normalmente, são usadas baixas densidades de plantio, em diferentes arranjos espaciais. Na produção de madeira para celulose, o espaçamento normalmente usado é de 3 m x 2 m, correspondendo a 1.667 árvores/ha e o povoamento é conduzido sem desbaste. Sob este tipo de manejo, há limitação de luz para o crescimento de pastagens no sub-bosque. No entanto, um regime de manejo visando à diversificação produtos como toras finas nos desbastes e toras de grandes dimensões e de alto valor no final, para processamento mecânico, requererá desbastes até se chegar à densidade final de 250 árvores/ha. Esse processo visa não só reduzir a população para um número limitado de árvores de alta qualidade e, também, aumentar o espaço livre entre elas, bem como a luminosidade no sub-bosque, oferecendo oportunidades para o estabelecimento de sistemas de produção mistos, integrando as atividades agrícola, pastoril e florestal. Regimes de manejo caracterizados por espaçamentos iniciais amplos, desbastes precoces e pesados, e podas altas (4 a 5 m) produzem madeira de boa qualidade, com altos rendimentos econômicos. Plantios em linhas duplas ou triplas (1,5 m entre plantas e 3,0 m entre linhas), distanciadas entre si de 10 a 40 m, permitem a produção simultânea de madeira e alimentos, pois esta configuração possibilita desenvolver culturas agrícolas ou pastagens nas entre-linhas. Em áreas planas, recomenda-se direcionar as linhas de plantio no sentido leste-oeste para evitar o excesso de sombra para as culturas associadas. Em terrenos acidentados, pode-se plantar as árvores em curvas em nível. Essa prática é comum no noroeste do Paraná, com diferentes espécies de eucalipto e grevílea diretamente sobre os terraços construídos para estabilizar o solo. Uma desvantagem aparente da introdução do Pinus em pastagens é a necessidade de se isolar a área plantada, por um período de dois a três anos, para que os animais não causem danos às plantas. Uma alternativa é instalar cercas para proteger as mudas. Entretanto, não é o caso em situações em que a pastagem necessita de reforma e os animais são retirados da área para permitir essa operação. Em áreas onde a pastagem ainda não foi implantada pode-se associar a espécie florestal com culturas agrícolas nos primeiros anos. 11. REGIME DE MENEJO DE PINNUS Os plantios de Pinus para produção de toras para laminação e serraria devem ser manejados para diminuir a competição entre árvores e estimular o crescimento em diâmetro. A aplicação de desbastes adequados e de desrama resultam em toras de melhor qualidade e valor, gerando maior renda ao produtor. As dimensões das toras para laminação e serraria variam de acordo com exigências específicas de cada indústria. Normalmente, elas são definidas pelo diâmetro da extremidade mais fina: Diâmetro mínimo Destino maior que 35 cm Laminação especial 25 – 35 cm Laminação comum 15 – 25 cm Serraria Veja um exemplo de regime de manejo de Pinus taeda, visando à produção de madeira para laminação e serraria, com um desbaste comercial tardio, que permite antecipar renda. As dimensões das toras são as especificadas acima, com 2,4 m de comprimento. Os desbastes mais cedo rendem maior volume de madeira para laminação especial na colheita final. O desbaste aos 18 anos não é recomendável por estar muito próximo da idade de corte final (22 anos). As estimativas de rentabilidade em Valor Presente Líquido anualizado com juros de 8% ao ano, auxiliam o produtor a decidir quanto à idade ideal para realizar o desbaste, levando-se em consideração os fatores como a necessidade de antecipar a renda, a rentabilidade total, a perspectiva de aumento do preço da madeira ao longo dos anos e as ofertas de mercado. Esse regime de manejo possibilita flexibilizar a idade do desbaste comercial sem perdas significativas na renda. Deve-se considerar, também, a possibilidade de alterar a idade de corte final, principalmente mantendo o povoamento por mais alguns anos, visando obter toras ainda mais grossas. 12. CERTIFICAÇÃO DO MANEJO DE PLANTAÇÕES DE PINNUS NO BRASIL Introdução Conforme dispõe a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT (Associação ..., 2002), denomina-se “certificação” ao conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente de uma relação comercial (entre produtor e consumidor) com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados. Tais requisitos podem ser nacionais, estrangeiros ou internacionais. De outro lado, pode-se certificar produtos, como, por exemplo, utilizando-se das normas da série ISO-9000, ou processos, fazendo uso das normas da série ISO 14000 (e que dizem respeito aos Sistemas de Gestão Ambiental, SGA. Sistemas de certificação florestal A expressão Certificação Florestal, tão amplamente popularizada nos últimos anos, diz respeito à certificação das boas práticas de manejo florestal. O conceito aplica-se tanto para florestas plantadas como para florestas naturais (ou florestas nativas). Na atualidade, determinados mercados importadores, principalmente aqueles de países europeus, exigem que produtos florestais como papel, celulose ou madeira serrada e móveis sejam produzidos com madeira cujos meios de produção tenham sido certificados. O tema tem sido amplamente documentado, como, por exemplo, nas obras de Upton e Bass (1996), Viana et al. (1996) e Maser (1997). A essência do conteúdo técnico dos sistemas de certificação florestal diz respeito à noção de sustentabilidade, segundo suas dimensões econômica, social e ambiental. Existem diversos sistemas de certificação florestal já operacionalizados no planeta. Smerandi & Veríssimo (1999) e Azevedo & Freitas (2001), descrevem alguns efeitos positivos obtidos em resultado à adoção do sistema Forest Stewardship Council, FSC. Os procedimentos adotados por esse sistema de certificação (concebido originalmente para a certificação de florestas nativas) podem ser examinados em www.fsc.org.br e www.imaflora.org. Um exame do estudo documentado por Roxo (1999) também é pertinente, em especial no que diz respeito ao conteúdo normatizador de diferentes sistemas de certificação. No presente estudo, no entanto, a iniciativa brasileira denominada Abnt-Cerflor será brevemente examinada como segue. O sistema Abnt-Cerflor de certificação florestal Por uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Silvicultura, SBS, evidenciou-se, em 1991, a necessidade de que pudesse ser desenvolvido algum sistema nacional de certificação das “boas práticas de manejo florestal’. Garlipp (1995) indica as diversas vantagens que poderiam ser verificadas com o desenvolvimento de um “certificado” brasileiro. Já em 1993, a Embrapa Florestas engajou-se em parceria com a SBS, produzindo-se uma primeira aproximação de uma proposta de uma sistema de certificação que pudesse representar as condições brasileiras. Durante alguns anos o sistema proposto foi sendo aprimorado com a participação de diferentes “partes interessadas” como, por exemplo, instituições de ensino e pesquisa, empresas florestais e organizações não-governamentais. Em 1998 a proposta foi recepcionada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, Abnt. Após as devidas adequações o sistema Abnt-Cerflor foi finalmente materializado por meio da publicação, em fevereiro de 2002, das seguintes normas brasileiras: NBR 14789: Manejo Florestal - Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais NBR 14790: Manejo Florestal - Cadeia de custódia NBR 14791: Diretrizes para Auditor Florestal - Princípios Gerais NBR 14792: Diretrizes para Auditor Florestal - Procedimentos de auditoria – Auditoria de manejo florestal NBR 14793: Diretrizes para auditoria florestal - Procedimentos de auditoria, Critérios de qualificação para auditores florestais. Informações detalhadas acerca destas normas podem ser obtidas consultando-se www.inmetro.gov.br, www.sbs.org.br e www.abnt.org.br. É oportuno mencionar que o sistema Abnt-Cerflor foi desenvolvido para possibilitar a certificação da sustentabilidade do manejo de plantações florestais (ou florestas plantadas, ou plantios florestais) estabelecidas com quaisquer espécies florestais, nativas ou exóticas. O sistema, aplica-se, portanto, também àquelas plantações estabelecidas com espécies de Pinus. A aplicação dos procedimentos de auditoria florestal (que devem ser observados na certificação pelo sistema Abnt-Cerflor), fundamenta-se na verificação de indicadores, no contexto de diversos critérios e que atendem a cinco princípios fundamentais, identificados como segue: Princípio 1. obediência à legislação; Princípio 2. Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e longo prazos, em Princípio Princípio 3. 4. busca Zelo Respeito da pela às águas, sua sustentabilidade; diversidade ao solo biológica; e ao ar; Princípio 5. Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em que se insere a atividade florestal. 13. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AHRENS, S. Manejo e silvicultura de plantações de Pinus na pequena propriedade rural. In: GALVÃO, A. P. M. (Org.). Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e ambientais: um guia para ações municipais e regionais. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia; Colombo: Embrapa Florestas, 2000. p. 219-239. AHRENS, S. O manejo de recursos florestais no Brasil: conceitos, realidades e perspectivas. In: CURSO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL, 1., 1997, Curitiba. Tópicos em manejo florestal sustentável. Colombo: EMBRAPACNPF, 1997. p. 5-18. (EMBRAPA-CNPF. Documentos, 34). ANJOS, N. dos; DELLA LÚCIA, T.; MAYHÉ-NUNES, A. Guia prático sobre formigas cortadeiras em reflorestamentos. Ponte Nova: Graff Cor, 1998. 97 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Certificação. Disponível em: <http//www.abnt.org.Br>. 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