Terça-feira, 03.11.15
Veja os destaques de hoje e do fim de semana:
1. CGV abre inscrições para capacitação de voluntários
2. Doação de benefícios na OVG
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31/10/2015 - O Hoje - Essência - Estilo - Palestra CGV
03/11/2015 - Site de Notícias: www.goiasagora.go.gov.br
Atendimento com critério garante benefício a quem realmente precisa
Edimilson Vieira da Silva (Foto: Adelino de Paula/OVG)
Jackeline Moraes
Os pais do serralheiro Edimilson Vieira da Silva, de 50 anos, moram com uma irmã dele
no Setor Novo Horizonte, em Goiânia. Manoel Vieira da Silva tem 80 anos e Maria
Gonçalves da Silva, 78. Os dois estão acamados. A filha não trabalha porque precisa
dedicar cuidado em tempo integral a eles. Os gastos são muitos – cada um dos idosos
usa três fraldas geriátricas por dia – e os recursos poucos.
Por isso, Edimilson resolveu buscar apoio na Organização das Voluntárias de Goiás
(OVG). Lá, ele recebeu dois kits de fraldas descartáveis, com 40 unidades cada. “Essa
ajuda é bem-vinda. A gente ganha pouco. Se fosse para compramos fraldas para os
dois todos os meses ficaria muito difícil.”
Assim como Edimilson, a diarista Genezi Salos da Costa, de 52 anos, também buscou
apoio da Organização. Em setembro, a irmã dela, Josefa Ferreira de Santana, de 86
anos, saiu de Bela Vista e foi passar uns dias em sua casa, em Aparecida de Goiânia,
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mas a visita teve que ser prolongada. Josefa caiu e quebrou o fêmur. Desde então,
Genezi teve que parar de trabalhar para cuidar da irmã, que também sofre de
Alzheimer.
Genesi Salos e funcionária da OVG (Foto: Sérgio Luiz)
As duas estão vivendo com a aposentadoria de Josefa e as economias da diarista. As
dificuldades poderiam ser ainda maiores, se não fosse a ajuda que Genezi recebeu da
OVG. No início de outubro, ela foi até a Organização para solicitar cadeiras de rodas
para a irmã.
No mesmo dia, saiu de lá com uma cadeira higiênica e dias depois, no aniversário de
Josefa, buscou uma padrão. “Essas cadeiras fizeram toda a diferença. Sem a higiênica
eu não teria como dar banho na minha irmã direito. A padrão também ajuda muito
porque a minha irmã não pode ficar na cama o tempo todo. Ela precisa sair, ver gente.
O médico pediu para eu movimentar as pernas dela em casa para não atrofiar. Com a
cadeira isso fica mais fácil porque ela fica apoiada.”
Tanto Genezi quanto Edimilson precisavam realmente de apoio e concordam com a
análise social que é feita pela OVG antes do repasse de benefícios. Para o serralheiro,
“isso evita que gente que tem condições financeiras para comprar acabe prejudicando
quem não tem”. Já a diarista afirma que as pessoas precisam aprender a olhar para
trás. “Tem gente que precisa e que não tem condições mínimas. São essas pessoas
que devem ser atendidas.”
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Esse é o objetivo dos critérios estabelecidos pela Organização das Voluntárias de Goiás
para atender a população. A instituição realiza a entrega de benefícios como
andadores, bengalas, cadeiras de rodas, colchões d’água e caixa de ovo, kits de bebê,
fraldas descartáveis geriátricas e infantis, malhas compressivas, muletas e leites
especiais (Aptamil 1 e 2 e Aptamil Soja 1 e 2), mas para isso, é preciso que a pessoa
comprove renda individual de até dois salários mínimos ou renda per capita de até um
salário mínimo.
Nos casos em que o beneficiário recebe aposentadoria ou outro benefício, a renda
pode ser comprovada através do comprovante de recebimento, e no caso de
autônomos, isso por ser feito por meio de uma declaração de insuficiência de renda. A
OVG fornece um modelo dessa declaração, mas ela também pode ser de próprio
punho e não é preciso reconhecimento de firma.
Documentação
Além da apresentação do comprovante de renda, são exigidos original e cópia de:
documento de identificação com foto (RG / CTPS / CNH / Carteira Profissional) ou
Certidão de Nascimento, no caso de menores de idade; CPF; comprovante de
endereço, sendo aceitos talões de energia, água ou telefone dos últimos três meses.
Também é preciso apresentar o atestado ou relatório médico. E no caso dos kits de
bebê, é necessário apresentar o cartão da gestante.
Helca Nascimento (Foto: Adelino de Paula/OVG)
A diretora de Ação Social da OVG, Helca Nascimento, ressalta que os critérios para o
repasse de benefícios são estabelecidos pela Organização com base na Lei Orgânica de
Assistência Social (Loas) e Resolução nº 109/2009 do Conselho Nacional de Assistência
Social e que o cumprimento dessas exigências são importantes para que o
atendimento chegue a quem realmente precisa.
“Por meio desses critérios, nós conseguimos alcançar o público-alvo da assistência
social, que são aquelas pessoas que de fato não podem pagar por esses benefícios de
apoio à saúde. Além disso, damos transparência às ações. A OVG é parceira do
Governo de Goiás na execução da Política de Assistência Social. Portanto, temos a
preocupação e o dever de prestar contas ao Estado e à sociedade.”
Nos casos em que o beneficiário não pode se deslocar até a OVG, a solicitação pode
ser feita por um parente que conheça a situação familiar e social do solicitante, pois é
preciso informar dados como, por exemplo, quem mora na casa. Para as pessoas que
moram no interior, o pedido pode ser feito também por meio de assistente social do
Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município.
Retirada
A retirada de benefícios na Organização das Voluntárias de Goiás pode ser feita pelo
próprio beneficiário; por um parente, mediante apresentação de documento de
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identificação que comprove o vínculo familiar; ou por qualquer outra pessoa que
apresente autorização assinada pelo beneficiário. Essa autorização pode ser de próprio
punho e não precisa de reconhecimento de firma. A OVG também aceita declaração
simples de união estável, que pode ser feita através de modelo fornecido pela própria
organização ou de próprio punho.
Quando o beneficiário não tem condições de ir até a sede da Organização ou mesmo
assinar a autorização para retirada do benefício, uma equipe da OVG vai até a
residência da pessoa para fazer a entrega, momento que é usado também para
verificar a real situação do beneficiário e encaminhar o caso, se necessário, a
instituições como o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas),
Ministério Público e delegacias especializadas.
Caroline Ferreira (Foto: Adelino de Paula/OVG)
A chefe do Departamento da Rede Socioassistencial da Organização, Caroline Ferreira,
ressalta que a ida de assistentes sociais até a casa do beneficiário é relevante em
diversos aspectos. “A visita é a ferramenta mais importante do trabalho do assistente
social. É através dela que nós conseguimos conhecer a situação da pessoa e da
família. (…) Ela também é usada para monitoramento, além de possibilitar a
verificação e encaminhamento de casos de vulnerabilidade social, seja por negligência,
violência ou abandono.”
As visitas são utilizadas ainda em situações de dúvida ou omissão de informações e
para o acompanhamento de situações temporárias, como quando uma pessoa
necessita do uso de cadeira de rodas por tempo determinado. Nestes casos, é feito um
Termo de Empréstimo e o acompanhamento é feito através das visitas e por telefone.
No caso de benefícios de uso contínuo, como é o caso de leites especiais e fraldas
geriátricas, a retirada pode ser feita a cada dois meses. Não é necessário abrir novo
processo junto à OVG. No entanto, o atestado médico tem validade de 12 meses,
devendo, portanto ser apresentado um novo atestado no final deste período. Outra
informação importante diz respeito aos leites especiais, que, de acordo com o tipo, são
destinados apenas a lactentes de zero a seis meses ou de seis meses a um ano.
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