RODOLFO MOREIRA DE CASTRO JUNIOR TOPOGRAFIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro Tecnológico Laboratório de Topografia e Cartografia – LTC - CTUFES Recolhido, Montado e Adaptado por Prof. Rodolfo Moreira de Castro Junior VITÓRIA 1998 2 SUMÁRIO Pg. 1-) INTRODUÇÃO...................................................................... 04 2-) OBJETIVO GERAL............................................................... 05 3-) OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................... 05 4-) CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA...................... 05 5-) MÉTODOS DE LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO...... 11 6-) MÉTODOS DE LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO........ 64 7-) AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS.............................. 95 8-) A PROJEÇÃO UTM (COORDENADAS PLANAS)........... 96 9-) CONCLUSÃO........................................................................ 99 10-) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................. 100 3 1-) INTRODUÇÃO Segundo [ESPARTEL69] "a Topografia tem por finalidade determinar o contorno, a dimensão e a posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre". Esta determinação se dá a partir do levantamento de pontos planimétricos e altimétricos, através de medidas angulares e lineares, com o uso de equipamentos apropriados. O conjunto de pontos devidamente calculados e corrigidos, dão origem, via de regra, ao desenho topográfico, que se denomina Planta Topográfica, que é a própria representação da "porção da superfície terrestre", que fora objeto de levantamento. Os métodos de cálculos e a forma de tratamento e transformação dos pontos planimétricos e altimétricos, formam as técnicas que objetivamente serão apresentadas neste trabalho. As técnicas topográficas para cálculos de levantamentos planimétricos e altimétricos, bem como os cálculos geodésicos de transformação de coordenadas, possuem conceitos e métodos consagrados no mundo científico, e fazem uso, muito, e principalmente, dos conceitos básicos da geometria clássica. Neste Estudo Dirigido, serão apresentadas e discutidas as principais definições e os métodos mais relevantes para os cálculos planimétricos e hipsométricos de levantamentos topográficos clássicos, além da apresentação da metodologia de transformação de coordenadas geográficas em coordenadas planas, e vice-versa, com a oportuna conceituação dos termos apresentados. 4 2-) OBJETIVO GERAL O objetivo desta apostila é dar subsídios conceituais e metodológicos de Topografia e Geodésia, para a aplicação nas aulas teóricas de práticas da disciplina de Topografia do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo. 3-) OBJETIVO ESPECÍFICO Conceituar e apresentar os métodos topográficos (planimétricos e altimétricos) e conceitos básicos geodésicos a serem ministrados na disciplina de Topografia para facilitar o acompanhamento do aluno nas discussões de sala e servir de material de estudo para as avaliações a serem efetuadas. 4-) CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA Planimetria ⇒ Operação que tem por finalidade a determinação, no terreno, dos dados necessários à representação em plano horizontal, da forma e da posição relativas de todos os acidentes que nele se encontram, comportando, assim, a medida de ângulos e de distâncias referidas àquele plano. Altimetria ⇒ Operação no terreno, que nos fornece os dados necessários à representação, em um plano horizontal do relevo da superfície terrestre objeto de levantamento. Plano Meridiano⇒ é todo e qualquer plano que contém a linha que passa pelos pólos Norte e Sul da Terra. 5 Linha Norte-Sul ou Meridiana ⇒ é a intersecção do plano meridiano com o plano do horizonte. Ponto de Estação⇒ ponto de onde se realizam as visadas de Ré e de Vante. Ré⇒ visada no sentido contrário ao do caminhamento. Vante⇒ visada no sentido do caminhamento. Meridiano Verdadeiro⇒ Plano do Meridiano geográfico determinado por observações astronômicas. Para qualquer ponto da terra, sua direção será sempre a mesma, permanecendo invariável, independente do tempo. Meridiano Magnético⇒ A Terra tem propriedades de um grande corpo magnético, portanto, funciona como tal, tendo as extremidades da agulha de uma bússola atraídas pôr duas forças atuando em dois pontos diametralmente opostos, que são os pólos magnéticos da Terra. O meridiano magnético não é paralelo ao verdadeiro e sua direção não é constante, ainda assim, ele é empregado como uma linha de referência constante em um levantamento topográfico Norte Magnético⇒ Direção Norte de um Meridiano Magnético, assinalada pela agulha de uma bússola imantada. Declinação Magnética⇒ Ângulo formado entre o Norte Magnético e o Norte geográfico. Como já vimos o Norte Magnético é variável, logo o ângulo de declinação também varia. 6 Oeste Leste Ângulo Horizontal ou Azimutal⇒ Ângulo formado entre as projeções horizontais de duas linhas que passam através desses dois pontos e convergem a um terceiro ponto. Ângulo Vertical ou Zenital⇒ Ângulo de elevação ou depressão em relação ao horizonte. Medido a partir de algum plano de referência, o ângulo é positivo, se o ponto estiver acima do horizonte do observador. Negativo, se o ponto estiver abaixo do horizonte do observador. α: Ângulo vertical Zênite⇒ Ponto da esfera celeste, imediatamente acima do observador, perpendicular ao horizonte do mesmo. Rumos⇒ é o menor ângulo que o alinhamento faz com o meridiano ( direção Norte-Sul ). Os rumos são contados a partir do Norte 7 ou do Sul, no sentido horário ou anti-horário, conforme os quadrantes em que se encontram, e variam de 0º a 90º. Exemplo: Onde: R1 = 30º NE R2 = 80º SE R3 = 30º SW R4 = 45ºNW Casos Especiais: Azimutes ⇒ Ângulo contado a partir da ponta Norte do meridiano, no sentido horário, variando de 0º a 360º, entre o meridiano e o alinhamento. Podem ser: Verdadeiros, Magnéticos ou Assumidos, conforme o meridiano adotado como referência. Exemplo: 8 Onde : Az 1 = 45 º Az 2 =130º Az 3 = 220º Az 4 = 310º Deflexão⇒ é o ângulo formado pelo prolongamento do alinhamento anterior do caminhamento e o novo alinhamento. Esses ângulos podem ter sentido a direita ou a esquerda, conforme a direção do novo alinhamento. Se o novo alinhamento for a direita do prolongamento anterior, o ângulo será chamado de deflexão à direita, caso contrário será chamado deflexão à esquerda. Varia, portanto, entre 0º e 180º. Prolongamento do Alinhamento 1 - 2 Baliza⇒ Haste reta usada para demarcar ou balizar um alinhamento no terreno. Mira ⇒ Régua graduada de 4m de comprimento, dividida centimetricamente. Pode ser para leituras diretas ou invertidas.É usada 9 juntamente com o teodolito para obtenção dos parâmetros para cálculos de distâncias horizontais e verticais. Círculo ou Limbo Horizontal ⇒ É um círculo graduado de 0º a 360º em ambos os sentidos, horário e anti-horário. Apenas um trecho do círculo graduado é que aparece por uma fenda ou janela de leitura nos teodolitos.. Círculo ou Limbo Vertical ⇒ É semelhante ao horizontal. Os ângulos verticais são utilizados, principalmente, para os cálculos de Distância Horizontal e Diferenças de Nível entre alinhamentos. Estadimetria⇒basicamente é a medida de distâncias (tanto horizontal como vertical ) obtida por cálculos, depois de se obter a medida do ângulo de inclinação da luneta em relação ao plano horizontal e as leituras na mira (com auxílio do teodolito ). Teodolitos⇒ Aparelhos que medem ângulos e distâncias. Retículos⇒ Marcação colocada no plano focal da ocular de um instrumento óptico, (no caso, o teodolito) e que serve como referência para uma visada. Em topografia, eles são: • Retículo Superior • Retículo Médio • Retículo Inferior 10 Seu conceito é importante para a leitura na mira., pois através deles lê-se na mira 3 (três) valores, cada um em um retículo (Superior, Médio e Inferior). Esses valores são utilizados para calcular as distâncias horizontais e verticais. Memorial Descritivo⇒ Descrição pormenorizada, realizada ao final do levantamento, onde são descritos os dados pertinentes a área levantada, tais como: proprietários, localização, confrontantes, área, perímetro entre outros. 5-) MÉTODOS DE LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO • Método por Irradiação : Este processo é utilizado para levantamento de pequenas áreas ou, principalmente como método auxiliar à Poligonção, e consiste em escolher um ponto conveniente para instalar o aparelho, podendo este ponto estar 11 dentro ou fora do perímetro, tomando nota dos azimutes e distâncias entre a estação do teodolito e cada ponto visado. Além de ser simples , rápido e fácil , ele tem a vantagem de poder ser associado a outros métodos (como o do caminhamento, por exemplo) como auxiliar na complementação do levantamento, dependendo somente dos cuidados do operador, já que não há controle dos erros que possam ter ocorrido. Devido a esses erros é aconselhável ao operador não abandonar imediatamente o ponto de origem, para verificar se todos os dados necessários foram levantados. A conferência pode ser feita através da soma dos ângulos em torno do ponto de origem que deverá dar 360º , como já sabemos. 12 É importante lembrar que se houver lados curvos ao longo da poligonal, haverá a necessidade de se fazer um maior número de irradiações, de forma que estas permitam um bom delineamento das curvas. • Método por Intersecção : Chamado assim por fazer a intersecção entre as medidas de dois pontos (duas estações). Este método se resume em visar da estação A (que chamaremos base) os vértices do polígono, e ler os azimutes de cada um. Logo depois transporta-se o teodolito para uma segunda estação B, da qual lê-se pontos já visados por A, lendo-se as deflexões. Para maior exatidão escolhe-se uma base que pode ser dos lados do polígono, ou então, um ponto no interior do mesmo. A exatidão do processo depende essencialmente da escolha da base. Este é o único processo que se emprega quando alguns vértices do polígono são inacessíveis. Apresenta também a vantagem da rapidez das operações, mas exige que o polígono seja livre de obstáculos. 13 Ele pode ser empregado como um levantamento único para uma área ou como auxiliar no caminhamento, desde que as áreas sejam relativamente pequenas. Como o método de irradiação não há possibilidade ou controle do erro. • Método por Caminhamento : Este processo consiste, na medida dos lados sucessivos de uma poligonal e na determinação dos ângulos que esses lados formam entre si, percorrendo a poligonal , isto é, caminhando sobre ela. Método trabalhoso, porém de grande precisão, o Caminhamento adapta-se a qualquer tipo e extensão de área, sendo largamente utilizado em áreas relativamente grandes e acidentadas. Associam-se ao caminhamento, os métodos de irradiação e intersecção como auxiliares. Ele ainda se divide em: Aberto ou Tenso : quando constituído de uma linha poligonal apoiada sobre dois pontos distintos e denominados – um o ponto de origem e o outro, o ponto de fechamento. 14 Fechado : quando constituído de um polígono que se apoia sobre um único ponto, o ponto de origem, com o qual se confunde o ponto de fechamento. No levantamento por caminhamento as distâncias normalmente são obtidas indiretamente, isto é, por estadimetria, a não ser quando são pequenas, ocasiões em que se utiliza a trena para obtê-las. Já os ângulos horizontais podem ser obtidos por dois processos : pelas deflexões, as quais permitem calcular os azimutes, que é o caso mais comum, ou pelos ângulos internos dos vértices do polígono. Com as medições prontas no campo, pode-se determinar os erros acidentais durante o levantamento tanto nos ângulos como nas distâncias, os quais serão comparados com os chamados limites de tolerância, isto é, com os erros máximos permissíveis para os ângulos e para as distâncias. 15 • MEDIDA DE DISTÂNCIA: Ao se definir a operação Planimetria mostrou-se a necessidade da medida das distâncias entre os pontos que se pretende representar em um plano horizontal, ou seja, em um desenho. Quando são medidas distâncias inclinadas, elas são utilizadas reduzindo-as à projeção horizontal equivalente, que satisfaz às principais ou mesmo todas as necessidades para execução do projeto. Essa projeção é suficiente para qualquer fim, visto que as construções se apoiam sobre projeções horizontais e a grande maioria das plantas úteis cresce na direção vertical. As distâncias podem ser avaliadas diretamente ou indiretamente. É chamada medição direta quando se aplica diretamente sobre o terreno um instrumento que permita marcar distâncias (trena, fita de aço e corrente ou Cadeia de Agrimensor) e medição indireta ou estadimétrica, quando se calcula com o auxílio da trigonometria, a distância desejada. • Distância Horizontal: A distância horizontal pode ser obtida através da trena (método direto) ou por estadimetria, que como já vimos na parte conceitual, utiliza mira e teodolito (método indireto). Depois de obtidos os dados de campo, encontraremos a distância horizontal através da fórmula: DH = 100 × H × cos 2 α + C Nos instrumentos analáticos, em que C =0, ter-se-á : DH = 100× H × cos2 α 16 Onde : DH – distância horizontal H – retículo superior – retículo inferior α - ângulo da inclinação da luneta Mas como a luneta pode se encontrar na posição horizontal ou inclinada esta fórmula pode ter pequenas modificações, que citaremos a seguir : a) Visada Horizontal : Seja na figura : Onde: ab = h = a'b' ⇒ distância que separa os dois retículos extremos (estadimétricos), no anel do retículo. f ⇒ distância focal da objetiva F ⇒ foco exterior da objetiva c ⇒ distância que vai do centro ótico do instrumento à objetiva C ⇒ c + f (constante) 17 d ⇒ distância que vai do foco à mira AB = H ⇒ diferença entre as leituras dos retículos extremos, na mira M ⇒ leitura na mira DH = d + C (distância horizontal que se deseja obter, e que se para o ponto de estacionamento do aparelho do ponto sobre o qual está a mira) Nos triângulos a'b'F e ABF, semelhantes, e nos quais f e d são as suas respectivas alturas, tem-se : f d = h H d= f ×H h DH = d + C DH = f ×H + C h O fator f , constante para cada instrumento, é na maioria deles h igual a 100, por construção. Nestes, teremos : DH =100H + C Esta equação permite obter a distância horizontal nos instrumentos aláticos, que apresentam um valor para a constante C. Nos instrumentos analáticos, mais modernos, nos quais C = 0, tem-se : 18 DH = 100H OBS.: Como a grande maioria dos instrumentos apresenta a relação f = 100 , nas deduções seguintes será utilizado sempre este valor. h b) Visada Vertical : 19 Neste caso têm-se os mesmos valores do anterior (visada horizontal), com a introdução de um fator novo, que é o ângulo α, de inclinação da luneta em relação à horizontal, o qual é determinado com o auxílio do círculo vertical do instrumento. Os raios visuais aqui incidem obliquamente sobre a mira atingindo-a nos pontos A, M e B. Traçando-se o segmento A’B’, perpendicular a OM no ponto m, de tal forma que A’ se situe sobre o prolongamento de FA e B’ sobre o segmento FB, ficam construídos os triângulos AA’M e BB’M. Nesses dois triângulos, os ângulos que têm como vértice o ponto M são iguais a α, pois têm lados perpendiculares àquele. Podem-se considerar, sem erro prejudicial, como retos os ângulos em A’ e B’, visto serem muito pequenas as distâncias MA’ e MB’ ao pé da perpendicular OM, em relação às distâncias OA’ e oB’. Assim sendo, tendo os lados MB’ e MA’ como sendo catetos, e MB e MA como hipotenusas, dos triângulos BB’M e AA’M, respectivamente, como se vê no detalhe acima. Nos triângulos AA’M e BB’M, temos : MA’ = MA x Cos α MB’ = MB x Cos α MA’ + MB’ = (MA + MB) Cos α MA’ + MB’ = A’B’ MA + MB = H A’B’ = Hx Cos α Reportando-se à figura (visada inclinada), vê-se que no triângulo OMR, retângulo em R, tem-se : 20 OR = OM x cos α OM = 100 A’B’ + C (equação da distância horizontal, com visada horizontal ). OM = 100H x Cos α + C OR = (100 H x cos α + C) cos α OR = DH DH = 100H cos2 α + C x cos α Como o ângulo α é geralmente muito pequeno, e portanto o valor do seu cosseno é quase sempre muito próximo da unidade, sem erro apreciável pode-se desprezar o fator cos α na 2ª parcela, e então: DH = 100 H cos 2 α + C Nos instrumentos analáticos, em que C = 0, ter-se-á : DH = 100H cos 2 α • Distância Vertical ou Diferença de Nível: Aqui as distâncias são obtidas da mesma forma que as horizontais através de fórmulas, só que estas fórmulas são diferentes para visadas ascendentes e visadas descendentes, e os valores positivos ou negativos indicarão o aclive ou declive, existente no terreno. A fórmula utilizada é : DN = 100 × H × sen 2 α ⊕ m − i 2 21 Onde : DN – diferença de nível H – retículo superior – retículo inferior α - ângulo de inclinação da luneta m – retículo médio i – altura do instrumento a) Visada Ascendente : Na figura tem-se : i = altura do instrumento = RS m = leitura do retículo médio = MQ OR = distância horizontal QS = diferença de nível QS = RS + RM MQ 22 Do triângulo ORM tiramos o valor de RM : RM = OR x tg α RM = DH x tg α RM = (100H x cos 2 α + C x cos α ) sen α cos α RM = 100H x sen α x cos α + C x sen α Como o ângulo α é geralmente muito pequeno, seu valor e quase sempre muito próximo de zero e sem erro apreciável pode-se desprezar a segunda parcela C x sen α sen α× cos α = RM = 100 H sen 2α 2 sen α 2 Voltando a equação inicial : QS = RS + RM - MQ e substituindo-se cada parcela pelo seu valor : DN = 100 H sen 2α − m+i 2 Ao empregar-se esta equação, o resultado será sempre positivo quando a visada for ascendente, e quando o ponto onde está a mira for mais alto que aquele onde está estacionado o instrumento. Caso 23 contrário (visada ascendente e ponto seguinte mais baixo), ter-se-á um resultado negativo para a diferença de nível. b) Visada Descendente Na figura , tem-se : I = altura do instrumento = RS M = leitura do retículo médio = MQ OR = distância horizontal QS = diferença de nível QS = QM + MR – RS MR = 100H DN = 100 H sen 2α + m − i (veja a dedução anterior) 2 sen 2α + m−i 2 Do emprego desta equação resultará um valor positivo para a diferença de nível sempre que visada for descendente e o ponto onde está a mira for mais baixo que aquele onde está estacionado o instrumento. Em caso contrário (ponto seguinte mais alto que o de estação), ter-se-á um resultado negativo. Em resumo teremos : 24 Em resumo : VISADA ASCENDENTE DN = 100 H VISADA DESCENDENTE ( +) = aclive sen 2α − m + i 2 ( −) = declive OBSERVAÇÃO GERAL: DN = 100 H (+) = declive sen 2α + m − i 2 (−) = aclive Para visadas horizontais (α= 0º ) o valor de: 100H sen 2α =0 2 Para o cálculo da Diferença de Nível, é indiferente aplicar qualquer uma das fórmulas (ascendentes ou descendentes), e as suas respectivas convenções (sinais positivo e negativo) para se determinar se o terreno sobe ou desce. 5.3) MEDIDA DE ÂNGULOS : Em topografia, os ângulos estão contidos em dois planos: Um horizontal ou azimutal e outro vertical ou zenital. Os aparelhos usados são os Teodolitos. Através do teodolito pode-se determinar: rumos, azimutes, deflexões e declinações, ou seja, todos os ângulos necessários para os cálculos e desenhos utilizados em uma planta topográfica . Os ângulos formados pelos alinhamentos de uma determinada área a ser trabalhada, são medidos: 25 Ø a partir de uma estação Ø ou com mudança do aparelho, estacionando-o em mais de uma estação. Se as visadas forem feitas a partir de uma estação, os ângulos serão referenciados por azimutes; entretanto se houver mudança de estação, ao invés de se ajustar a zero e orientar o aparelho em cada estação, será conveniente trabalhar-se com os chamados ângulos de deflexão, os quais permitem o cálculo dos azimutes. Assim, os alinhamentos terão seus azimutes obtidos indiretamente, evitando-se o erro cometido na orientação magnética. • Azimutes lidos e calculados : São chamados azimutes “lidos” os ângulos lidos no teodolito a partir do meridiano de referência. Os azimutes “calculados” são aqueles obtidos indiretamente, pelas deflexões. Relaciona-se o azimute do alinhamento anterior com o ângulo de deflexão do novo alinhamento e assim sucessivamente. No primeiro ponto de estação do aparelho, como este foi ajustado a zero e orientado, obtém-se diretamente os azimutes na bússola do teodolito. Quando há necessidade de mudança do aparelho, como no caso de poligonais por caminhamento, os demais pontos após o primeiro vértice terão seus azimutes calculados pelas deflexões que serão somadas ou subtraídas do azimute do alinhamento anterior, conforme o sentido da deflexão. O cálculo dos azimutes é feito pelas seguintes relações: 26 Azimute do novo alinhamento = Azimute do alinhamento anterior + deflexão a direita Azimute do novo alinhamento = Azimute do alinhamento anterior deflexão a esquerda Exemplo: Onde : Az = azimute DD = Deflexão a Direita DE = Deflexão a Esquerda Alinhamen Distância Esquerd to Direita a Azimute Azimute- Lido Calculado MP - 1 193,81 - - 305º16' - 1 -2 210,94 - 80º03' - 25º19' 2 -3 111,89 27º29' - - 357º50' 3 -4 76,62 - 68º00' - 65º50' 4 -5 17,58 16º51' - - 48º59' 5 -6 22,82 - 34º24' - 83º23' 6 -7 65,67 - 88º32' - 171º55' 7 -8 114,54 - 4º21' - 176º16' 27 8 -9 133,46 - 3º39' - 179º55' 9 - 10 97,71 - 0º27' - 180º22' 10 - MP 69,87 - 45º11' - 225º33' MP - 1 - - 79º48' - 305º21' •Rumos e azimutes verdadeiros e magnéticos: Pode-se ter duas referências para a medição de um ângulo de orientação (Azimute ou Rumo): Os meridianos magnético e verdadeiro. Quando a referência tomada é o meridiano verdadeiro, os rumos e azimutes serão verdadeiros e quando referenciados ao meridiano magnéticos, serão rumos e azimutes magnéticos . Para a conversão de um caso em outro, basta que se conheça a declinação magnética. 28 • Conversão de rumos em azimutes e vice-versa: Sempre será útil, quer para os trabalhos de campo como para cálculos e desenho, a conversão do valor de um rumo em seu correspondente azimute ou vice-versa. • Atualização de rumos : Atualizar um rumo é reproduzir na época atual a demarcação de um alinhamento já demarcado, em época anterior, mas cujos vestígios se perderam ou se tornaram confusos. Os alinhamentos levantados no campo e posteriormente desenhados na planta são caracterizados ou medidos em relação ao norte magnético, já que a bússola assim indica. Como o NM varia e consequentemente a declinação também, de acordo com o lugar e tempo, evidentemente um rumo magnético obtido para um alinhamento em determinada época, diferirá do rumo magnético do mesmo alinhamento medido em outra ocasião. Sendo o alinhamento imutável, o que irá variar será o rumo ou o azimute magnético. 29 Frequentemente surgem problemas de verificação, retificação ou demarcação de uma propriedade, cuja planta foi confeccionada anos atrás e os alinhamentos têm seus marcos perdidos ou se têm dúvidas. Três são os casos que podem surgir, na prática, para atualização, a saber: a) A planta ou o memorial descritivo apresenta os rumos verdadeiros dos alinhamentos : Como os rumos são imutáveis, para aviventar basta que se determine no local a direção do meridiano verdadeiro e em função deste, assinalar os pontos indicados pelos ângulos registrados no título de propriedade. Outra solução é , conhecendo-se ou determinando-se o valor da declinação do local na ocasião da atualização, locar os pontos em função dos rumos magnéticos atuais, convertendo os rumos verdadeiros em magnéticos. Não há necessidade de se determinar o valor da variação da declinação. Por exemplo, o rumo verdadeiro de um alinhamento levantado em 1940 era 30º20′ NE. Sabendo-se que a declinação local na época atual é 13º15′ W, o rumo magnético atual será : 30º20′ + 13º15′ = 43º35′ NE. b) A planta ou o memorial apresenta os rumos magnéticos dos alinhamentos e também o valor da declinação local na época do levantamento: Para se determinar o rumo magnético atual será necessário conhecer o valor da declinação atual. Por diferença entre os dois dados de declinação magnética, tem-se a variação da mesma durante 30 o espaço de tempo decorrido entre o levantamento e a atualização. Exemplo : o rumo magnético de um alinhamento levantado em 1960 era 62º10′SE, quando a declinação magnética local era 12º25′E e atualmente, ao determiná-la, é de 14º11′E. A variação foi de 14º11′E - 12º25′E = 1º46′, crescendo no sentido este. E o rumo magnético atual será 62º10′ + 1º46′ = 63º56′SE. Como não se conhece a declinação da época do levantamento, a solução é recorrer-se à variação média anual da declinação. Esta pode ser obtida por uma carta isogônica-isopórica ou, se possível, obtendo-se dados do local que permitam calcular essa variação; esses dados referem-se a plantas de levantamentos realizados na região e que forneçam os valores da declinação em épocas diferentes, obtendo-se por interpolação, a variação média anual. Exemplo: o rumo magnético de um alinhamento levantado em 1950 era 18º40′SW. Informações locais indicam que a declinação magnética local em 1945 era 10º30′W e em 1952 era 11º26′W. A variação média anual será a diferença~entre os dois valores conhecidos da declinação dividido pelo espaço de tempo decorrido, ou seja : 1952 1945 = 7 anos 11º26′ 10º30′ = 10º86′ - 10º30′ = 0º56′ variação média = 56′/7 = 8′W por ano O tempo entre a época do levantamento (1950) e a época da aviventação (1973) é igual a 23 anos, donde a variação total havida foi de : 23 x 8 = 184 = 3º04′W 31 O rumo magnético atual será: 18º40′ + 2º41′ = 20º81′ Outra maneira, como já foi dito seria basear-se na variação anual dada pelas isopóricas e outra solução ainda, seria calcular o valor da declinação da época do levantamento com informações como no exemplo dado e determinar o valor atual da declinação; pela diferença obtém-se o valor da variação da declinação no local. • Posição da luneta para a medição de deflexões A nível de cálculo é importante saber como valor da deflexão foi obtido em campo, pode ter sido: a) Com a luneta na posição normal: Ao invés de se ajustar a zero o círculo horizontal, coloca-se 180º coincidindo com o 0º do Vernier; mantém-se o círculo preso e dirigese a luneta para o ponto de ré; automaticamente, o prolongamento do alinhamento marcará 0º00′ bastando então soltar o círculo e efetuar a visada de vante. 32 b) Com inversão da luneta: Ajustar a zero o círculo horizontal e inverter a posição da luneta; dirigir nessa posição e com o círculo preso, a luneta para o ponto de ré; ao fazê-la voltar ao normal, ficará apontando para o prolongamento do alinhamento e marcando 0º00′; soltar o círculo e visar vante. ERROS : • Nas Medições Diretas : Aqui as medições são feitas duplamente (ida e volta), mas qualquer discrepância encontrada entre medições feitas sob condições similares, não revela nenhum erro sistemático. As medições duplas servem para detectar enganos, frequentemente cometidos. Em condições médias, para a medição direta, um trabalho razoável é representado pela relação 1/2000 ou 1/1000 para levantamentos expeditos. 33 As principais fontes de erro nas medições diretas são as seguintes: a) comprimento incorreto do diastímetro: O comprimento de uma trena de aço varia com as condições de temperatura, tração e flexão; portanto um diastímetro é dito de comprimento correto somente sob determinadas condições. Isto produz um erro sistemático que pode ser praticamente anulado, aplicando-se correções. b) Diastímetro não na horizontal : Frequentemente, um declive engana o operador e a tendência é segurar a corrente, na parte mais baixa do declive, em posição mais baixa. Em trabalhos comuns, esta é uma das maiores fontes de erros. Será um erro acumulativo, para mais. c) Alinhamento incorreto : O operador cravando as fichas ora de um lado, ora de outro do alinhamento correto, causam erros provenientes da má orientação do auxiliar de ré. Isto produz um erro sistemático variável, que poderá ser reduzido pelo cuidado nas operações. Resultam valores maiores e portanto são erros positivos. d) Inclinação das balizas : Se, por falta de cuidado, o auxiliar inclina a baliza, ao invés de mantê-la na vertical, o diastímetro estará medindo um valor maior ou menor, conforme a inclinação da baliza. 34 e) Catenária : É um erro que ocorre sempre que o diastímetro for suportado pelas extremidades; devido ao peso próprio da corrente, faz que surja uma curvatura ao invés de se medir em reta, ficando a distância horizontal entre os pontos menor do que usando a corrente estivesse inteiramente suportada ou colocada sobre o solo. A flecha formada ou catenária pode ser diminuída, aplicando-se tensões mais fortes. • Nas Medições Indiretas Enquanto na medição direta de distâncias, a maioria dos erros é sistemática, e por isto a precisão de tais levantamentos varia diretamente com a distância, nas medições indiretas, por estadimetria, a precisão dependerá dos erros cometidos nas leituras dos ângulos horizontais e verticais e nas leituras dos retículos. Como os erros provenientes da leitura de ângulos são acidentais, o erro principal cometido é na observação dos retículos interceptando a mira, que também é um erro acidental, supondo a mira mantida na posição vertical. Assim, é de se esperar que os erros variem com a raiz quadrada da distância, o que é uma das mais importantes vantagens que a estadimetria apresenta sobre a medição direta. • Nos Ângulos de fechamento a) Determinação : O erro pode ser determinado, logo no final do levantamento no campo, por duas maneiras: • por diferença entre azimutes: 35 Tomando-se por base o azimute inicial MP-1 (de saída), que foi lido no círculo horizontal e comparando com o azimute final MP-1 ( de chegada) que foi calculado em função das sucessivas deflexões e azimutes dos alinhamentos anteriores, tem-se por diferença, o erro angular de fechamento. Pelos dados da planilha, observa-se que o valor de MP-1 (de saída) é 305º16’ e no final obteve-se por cálculo o valor de 305º21’ para o mesmo alinhamento MP-1. Donde, o erro angular de fechamento será: e.a.f = 305º21’ – 305º16’ = 0º05’ por excesso, o qual deverá ser anulado pela compensação . OBS.: É bom lembrar que o primeiro azimute é lido, e os outros serão calculados, como já vimos antes no tópico : Azimutes lidos e calculados. • pelas deflexões : Como a poligonal é fechada, evidentemente, deveria “fechar” com 0º ou 360º. E como tem-se deflexões á direita e á esquerda, a diferença entre os somatórios das duas colunas de deflexões deveria teoricamente ser igual a 0º ou 360º. A diferença para mais ou para menos de 360º, será o erro angular de fechamento, que logicamente será igual ao valor encontrado pelas diferenças de azimutes do alinhamento MP - 1. Assim, o erro angular será : Σdeflexão direita = 404º25’ 36 Σdeflexão esquerda = 44º20’ 360º05’ – 360º = 0º05’ (erro angular de fechamento) b) Limite do erro - tolerável: O erro angular de fechamento encontrado ao final do levantamento será comparado com o erro máximo permissível, que será função do número de estações ou vértice do polígono. Os diversos autores não são unânimes quanto ao valor deste limite, que é baseado na lei da propagação dos erros; entretanto, a maioria deles recomenda que o limite de tolerância N ou até o dobro desse valor, sendo N o número de estações do aparelho usadas no levantamento e o erro será expresso em minutos. Assim, poder-se-ia dizer que o valor do erro angular estando dentro desses limites indicariam: N = índice de um bom trabalho 2* N = índice de um trabalho aceitável Acima desses limites os trabalhos não devem ser aceitos. Na planilha utilizada como exemplo, o erro angular de fechamento sendo de 0º05’ e N = 12 estações, o limite máximo seria 2 * 12 = 2 x 3,5 = 7, portanto se enquadrando o erro angular de fechamento dentro do máximo permissível. O erro angular de fechamento, dependendo do cuidado do operador é relativamente fácil de se encaixar dentro dos limites preconizados, pois os instrumentos vêm sendo sucessivamente aperfeiçoados na 37 parte ótica, aumentando a precisão e a aproximação dos mesmos. Entretanto, a bibliografia mostra que o erro angular de fechamento não dá total segurança quanto ao julgamento de um levantamento. O valor encontrado é simplesmente um resíduo dos erros acidentais, pois podem ocorrer as compensações naturais durante o trabalho; assim errando-se um ângulo num sentido, esse erro poderá ser total ou parcialmente anulado pelo erro seguinte cometido em direção oposta. Na verdade, houve um erro duplo, mas nos cálculos desaparecerá pela compensação natural. Embora não seja um índice rígido quanto á qualidade de um trabalho, é uma das maneiras com que se depara para tal julgamento e portanto terá que ser levado em conta. O que se pode afirmar é que, estando o erro angular dentro dos limites preconizados, provavelmente o trabalho foi bem executado, mas não garantidamente. Já ao contrário, estando o erro angular de fechamento acima dos limites, garantidamente foi um mau trabalho, pois além das compensações naturais houve um excesso de resíduo dos erros acidentais. c) compensação do erro angular de fechamento: O erro angular estando dentro do limite de tolerância deverá ser anulado, para que a planta “feche” nos ângulos. E isto é feito pela compensação, que será positiva quando erro é por falta e negativa quando por excesso. Teoricamente, o ideal seria distribuir equitativamente o erro por todos os vértices, pois provavelmente errou-se em todas as visadas. Mas na prática isto seria supérfluo e desnecessário pois ter-se-ia que trabalhar com segundos, o que não é feito em trabalhos de rotina, no campo. Como o valor do erro aparece no final (MP – 1 de chegada), isto não significa que o erro foi 38 cometido nesse alinhamento final, mas sim que veio se acumulando desde o início e refletindo no final. Sendo os azimutes calculados em função das deflexões, o erro cometido num alinhamento irá se propagar por todos os alinhamentos subsequentes. Assim sendo, o erro que aparece no final é resultado do erro cometido nesse alinhamento mais os erros dos alinhamentos anteriores que foram se acumulando. Consequentemente, será mais racional que a anulação do erro seja feita na planilha de baixo par cima, decrescendo, isto é, no último alinhamento adiciona-se ou retira-se o tatal do erro, no penúltimo o total menos um minuto e assim por diante, como se observa na continuação da planilha tomada como exemplo: Alinhamen Azim. (- Azim. Calc. to Calculado ) Comp MP – 1 305º16’ - 305º16’ 1 –2 25º19’ - 25º19’ 2 –3 357º50’ - 357º50’ 3–4 65º50’ - 65º50’ 4–5 48º59’ - 48º59’ 5–6 83º23’ - 83º23’ 6–7 171º55’ - 171º55’ 7–8 176º16’ 1 176º15’ 8–9 179º55’ 2 179º53’ 9 –10 180º22’ 3 180º19’ 10 –MP 225º33’ 4 225º29’ MP - 1 305º21’ 5 305º16’ 39 Outra maneira de se compensar o erro seria semelhante à anterior, mas abragendo um maior número de alinhamentos, sem alterar o valor de MP – 1 inicial, como mostra o exemplo a seguir. Pode-se usar uma maneira ou outra, indiferentemente. Alinhamen Azim. (- Azim. Calc. to Calculado ) Comp MP – 1 305º16’ - 305º16’ 1 –2 25º19’ 1 25º18’ 2 –3 357º50’ 1 357º49’ 3–4 65º50’ 2 65º48’ 4–5 48º59’ 2 48º57’ 5–6 83º23’ 3 83º20’ 6–7 171º55’ 3 171º52’ 7–8 176º16’ 4 176º12’ 8–9 179º55’ 4 179º51’ 9 –10 180º22’ 5 180º17’ 10 –MP 225º33’ 5 225º28’ MP - 1 305º21’ 5 305º16’ A coluna de azimutes calculados compensados será preenchida pelos valores corrigidos dos azimutes, quando então o polígono se “fechará”, pela eliminação do erro angular de fechamento. 40 • Erro linear de fechamento : Para a determinação do erro linear, necessário será a transformação dos dados em coordenadas, trabalhando-se com um sistema de eixo ortogonais. São as chamadas coordenadas retangulares ou cartezianas. E as mesmas serão úteis também par o desenho da planta topográfica, bem como para o cálculo analítico da área da poligonal de base. Os eixos coordenados são constituídos de um meridiano de referência que pode ser verdadeiro, magnético ou assumido, chamado de eixo das ordenadas ou eixos dos “Y”, dando a direção N-S é um paralelo de referência, situado perpendicularmente ao meridiano, dando a direção E-W e chamado de eixo das abscissas ou eixo dos “X”. Ordenada de um ponto é a distância desse ponto ao paralelo de referência, medida portanto no sentido N-S no eixo dos “Y”, podendo ser positiva quando na direção norte ou negativa na direção sul. Abscissa de um ponto é a distância desse ponto ao meridiano de referência medida no sentido E-W, no eixo dos “X”, podendo ser positiva quando na direção este ou negativa na direção oeste. Em outras palavras, ordenada ou latitude de um ponto é a projeção do ponto no eixo dos “Y” e será positiva (N) ou negativa (S); abscissa ou longitude será a projeção do ponto no eixo dos “X”, podendo ser E (+) ou W ( -). a) Coordenadas parciais ou relativas : 41 Convertendo-se os azimutes calculados compensados em rumos e tendo-se o seno e o cosseno do rumo de cada alinhamento, o produto desses valores pela respectiva distância dará a projeção ( longitude ou latitude) de cada alinhamento. No triângulo formado, tem-se que : Sen rumo = cateto oposto / hipotenusa = longitude / distância, donde, Longitude parcial = distância x sen rumo Cos rumo = cateto adjacente / hipotenusa = latitude / distância , donde, Latitude parcial = distância x cos rumo 42 Essas projeções são chamadas coordenadas parciais, porque são contadas à partir da origem do próprio alinhamento; equivale a transportar a origem do sistema de eixos para cada vértice do polígono. Como as longitudes poderão ser E (+) ou W (-) e as latitudes N (+) ou S (-), ao se multiplicar a distância do alinhamento pelo seno do rumo, tem-se a longitude parcial, cujo valor será anotado ou na coluna E ou na coluna W, de acordo com o quadrante do rumo; igualmente, o produto da distância pelo cosseno do rumo dará a latitude parcial, a ser lançada na coluna N ou na S, dependendo também do quadrante do rumo. Dando continuidade ao exemplo, a planilha será acrescida agora das colunas necessárias para o cálculo das coordenadas parciais, incluídos os espaços reservados à compensação do erro linear. Exemplo: Alinh. Distância MP - 1 Azim. Rumos Seno cos E ( +) W ( - ) N (+ ) S ( - ) Comp. 193,81 305º16' 54º44'NW 0,8165 0,5774 158,25 111,91 1-2 210,94 25º18' 2-3 111,89 357º49' 3-4 76,62 65º48' 4-5 17,58 48º57' 5-6 22,82 83º20' 6-7 65,67 171º52' 7-8 114,54 176º12' 8-9 133,46 179º51' 9 - 10 97,71 160º17' 10 69,87 225º28' MP Perímetro = 1.114,91 m 25º18' NE 2º11'NW 65º48' NE 48º57' NE 83º20' NE 8º08' SE 3º48' SE 0º09' SE 0º17'SW 45º28'SW 0,4274 0,0381 0,9121 0,7541 0,9932 0,1415 0,0663 0,0026 0,0049 0,7128 0,9041 0,9993 0,4099 0,6567 0,1161 0,9899 0,9978 1,0000 1,0000 0,7013 90,16 69,89 13,26 22,66 9,29 7,59 0,35 190,71 4,26 111,81 31,41 11,54 2,65 0,48 49,8 65,01 114,29 133,46 97,71 49 213,20 212,79 460,03 459,47 43 b) Determinação do erro linear de fechamento : Uma vez determinado e distribuído o erro angular de fechamento, considera-se a poligonal “fechada” em termos angulares. Resta determinar o valor do erro linear de fechamento, compará-lo com seu respectivo limite de tolerância e caso seja inferior a este, efetua-se a compensação do erro linear. Como a soma algébrica das projeções dos lados de um polígono sobre um sistema de eixos ortogonais deve ser nula, é óbvio que a soma das longitudes parciais este (E) deverá ser igual a soma das longitudes parciais oeste (W), o mesmo ocorrendo para as latitudes, onde deverão ser iguais as somas norte (N) e sul (S). Se não houvesse erro linear, como iniciou-se o caminhamento em um ponto e retornou-se a ele, o trajeto percorrido ou as projeções, têm o mesmo valor, mas em sentido contrário, ficando o comprimento de uma direção anulado pelo comprimento da outra. Entretanto, devido aos erros nas medições de campo, isto não acontece; havendo erro de fechamento, este será refletido pelas diferenças entre as direções E e W para as longitudes e entre N e S para as latitudes. O erro linear é proveniente das imprecisões de leituras da mira e também pelos erros nas leituras dos ângulos; embora o erro angular já tenha sido anulado pela compensação, as distâncias ficarão afetadas, pois o erro de campo ainda persiste e provoca distorção nos alinhamentos. 44 Então, confrontando-se a soma das colunas das coordenadas parciais, tem-se : Σ E - Σ W = ∆X = erro de longitude Σ N - Σ S = ∆Y = erro de latitude Estes dois erros é que compões o erro linear existente. No exemplo, a planilha apresenta os seguintes totais para as colunas de coordenadas parciais: ΣE = 213,20 Σ N =460,03 ΣW = 212,79 ΣS =459,47 0,41 ∆Y = 0,56 ∆X = E o erro linear será : E = 0,41 2 + 0,56 2 = 0,17 + 0,31 = 0,48 = 0,69m Entretanto, o valor encontrado para o erro linear (E) por si só pouco representa; necessário será compará-lo com outra grandeza, estabelecendo termos de proporcionalidade e esta grandeza é o perímetro (P) do polígono levantado. Então : e= E P Onde e = erro linear de fechamento. 45 Costuma-se expressar o valor de e em termos de % , donde : e= E ×1000 P que na planilha será : e= 0,69 ×1000 = 0,62% 1.114,91 c) Limite de tolerância do erro linear de fechamento : Da mesma forma que ocorre para o erro angular, existe o erro máximo permissível para as distâncias, com as mesmas discrepância entre os diversos autores. Na prática, pode-se estabelecer os limites para o erro linear de fechamento como sendo: 1/1.000 = índice de um bom trabalho e, 2/1.000 = índice de um trabalho aceitável. Assim, para cada 1.000m de perímetro, tolera-se um erro de 1 a 2 metros. As mesmas restrições que foram feitas para o erro angular quanto ao julgamento de um trabalho, são válidas para o erro linear de fechamento, já que ao determiná-lo apenas aparece o resíduo dos erros acidentais, excluídas portanto as compensações naturais que podem ter ocorrido no campo. Assim, um trabalho cujo erro linear de fechamento esteve abaixo dos limites preconizados, indica que provavelmente o levantamento foi bem feito, mas não garantidamente. Por outro lado, toda vez que ultrapassar os referidos limites, garantidamente não foi um bom trabalho de campo. 46 d) Compensação do erro linear de fechamento : Estando o erro linear dentro do limite pré-estabelecido, efetuase a compensação, distribuindo-o proporcionalmente pelos comprimentos dos lados do polígonos. Duas são as maneiras de se compensar : • proporcional às coordenadas : Se na direção E-W foi encontrado um erro longitude ∆X, e na direção N-S um erro de latitude ∆Y, a distribuição será feita proporcionalmente em cada direção. Como o erro ∆X foi encontrado no percurso Leste-oeste, esse erro corresponderá ao total das colunas E e W; o mesmo ocorre para o erro ∆Y em relação à soma N e S. Então, para cada coordenada faz-se a distribuição proporcionalmente ao comprimento da mesma. Como a soma das colunas E e W deveriam ser iguais, o mesmo acontecendo para as colunas, duas a duas. Isto equivale a repartir o erro de longitude (∆X) entre E e W e o erro de latitude (∆Y) entre N e S, somando-se metade do erro à coluna de menor soma e subtraindo-se a outra metade da coluna de maior soma. Para cada coordenada haveria uma correção (c) a ser adicionada ou subtraída e proporcional ao seu comprimento. Para as longitudes : Para as latitudes : Σ E + Σ W → ∆X Σ N - Σ S → ∆Y Longitude → c Latitude → c 47 Tomando-se o alinhamento MP-1 da planilha, como exemplo, a compensação a ser efetuada seria: Para Longitude : Σ E + Σ W = 213,20 + 212,79 = 425,99 m 425,99 ∆X = 0,41 158,25 c c = 0,15 m = 15 cm longitude corrigida = 158,25 + 0,15 = 158,40 m Para Latitude : Σ N + Σ S = 460,03 + 459,47 = 919,50 m 919,50 ∆Y = 0,56 111,91 c’ c’ = 0,07 m = 7 cm latitude corrigida = 111,91 – 0,07 = 111,84 cm E assim seriam feitas as correções para todos os alinhamentos. Na prática a compensação é facilitada, organizando-se tabelas de correções para as longitudes e para as latitudes, 48 fazendo-se aproximações dos centímetros a serem compensados, bem como dos comprimentos das coordenadas. Como a soma das compensações efetuadas nas longitudes (E e W) deverá ser igual ao erro de longitude (∆X), pode ocorrer que devido à essas aproximações não se obtenha exatamente o valor do erro a ser distribuído; poderá haver uma pequena diferença e então faz-se um ajuste, eliminando-se essa diferença por falta ou por excesso, no alinhamento de coordenada de maior comprimento. O mesmo se faz para as latitudes. No presente exemplo, as tabelas de correções seriam: Para Longitude : Σ E + Σ W = 426,00 m em 426,00 para cada 10 m 41 cm de erro c c = 0,96 cm 10 - 0,96 m cm 20 - 1,92 m cm 30 - 2,88 m cm 40 - 3,84 m cm 50 - 4,80 m cm = 1 cm 60 m - 5,76 = 6 cm cm = 2 cm 70 m - 6,72 = 7 cm cm = 3 cm 80 m - 7,68 = 8 cm cm = 4 cm 90 m - 8,64 = 9 cm cm = 5 cm 100m - 9,60 cm = 10cm 49 Ainda tomando o alinhamento MP-1 como exemplo, de longitude = 158,25 = 160,00 m, a compensação seria feita adicionando-se 16 cm, por ser oeste (de menor soma), resultantes de 10 cm correspondentes a 100 m e 6 cm a 60m, de acordo com a tabela. A longitude parcial compensada seria : 155,25 + 158,41 m. Para Latitude : Σ N + Σ S = 919,50 = 920,00 m em 920 m 56 cm de erro para cada 10 m c’ c’ = 0,60 cm 10 - 0,60 m cm 20 - 1,20 m cm 30 - 1,80 m cm 40 - 2,40 m cm 50 - 3,00 m cm = 1 cm 60 m - 3,60 = 4 cm cm = 1 cm 70 m - 4,20 = 4 cm cm = 2 cm 80 m - 4,80 = 5 cm cm = 2 cm 90 m - 5,40 = 5 cm cm = 3 cm 100m - 6,00 cm = 6 cm 50 Para o alinhamento MP-1, a latitude será = 110,00m, correspondendo a tomar 6 cm para 100m e 1 cm para 10m, totalizando 11 cm de compensação, negativa, já que a latitude é norte, a coluna de maior soma. A latitude parcial compensada seria: 111,91 – 0,07 = 111,84 m. Eliminando-se dessa forma o erro linear, distribuído pelos alinhamentos, a planilha prossegue pela adição de mais quatro colunas, compostas dos valores corrigidos das longitudes e das latitudes. São as coordenadas parciais compensadas, as quais quando efetuadas as somas terão que apresentar totais iguais para as colunas E e W, o mesmo ocorrendo em relação às colunas N e S. A esta altura, com os dados corrigidos, a poligonal se “fechará” totalmente e a planilha ficará: Exemplo (continuação): Longitudes Latitudes Parciais Long.Compen Lat. Parciais sada Compensada Alinh. Distância E (+) (-) W (-) (+) N (+) (-) S (-) (+) E (+) W (-) N (+ ) S (-) MP - 1 193,81 158,25 16 111,91 7 158,41 111,84 1_2 210,94 90,16 9 190,71 12 90,07 190,59 2_3 111,89 4,26 111,81 7 4,26 111,74 3_4 76,62 69,89 7 31,41 2 69,82 31,39 4_5 17,58 13,26 1 11,54 13,25 11,54 5_6 22,82 22,66 2 2,65 22,64 2,65 6_7 65,67 9,29 1 65,01 4 9,28 65,06 7_8 114,54 7,59 114,29 7 7,59 114,36 8_9 133,46 0,35 133,46 8 0,35 133,54 9_10 97,71 0,48 97,71 6 0,48 97,77 10_M 69,87 49,80 5 49,00 3 49,85 49,03 P P = 1.114,91 m 213,20 20 212,79 21 460,03 28 459,47 28 213,00 213,00 459,75 459,75 51 ⇒ proporcional às distâncias: ao invés de se compensar proporcionalmente às coordenadas, pode-se efetuar a compensação proporcional às distâncias relacionando os valores de ∆X e de ∆Y com o perímetro (P) do polígono. A correção (c) para cada distância (D) será : • Para Longitude: em P houve um erro ∆X, para cada distância D haverá uma correção c : ∆x c = p D c= ∆x ×D p Reportando-se ao alinhamento MP-1 como exemplo, cuja distância é 193,81 m ≈194,00 e sendo o perímetro P = 1.114,91 ≈ 1.115,00 m, a correção a ser feita seria: c= 41cm ×194 m ≈ 7 cm = 0,07 m 1.115m A longitude parcial compensada seria = 158,25 + 0,07 = 158,32 m 52 • Para Latitude: P ∆Y D c’ c' = ∆y ×D p c' = 56cm × 194m ≈ 10m 1.115m A latitude parcial compensada seria = 111,91 – 0,10 = 111,81 m. e) Rumo e distância de um alinhamento omitido : Quando, por qualquer razão, um dos alinhamentos não apresenta seu rumo nem sua distância nas anotações, não haveria possibilidade de se determinar suas coordenadas parciais. No caso, as coordenadas parciais serão obtidas de uma forma indireta, baseada nas relações entre as longitudes (E e W) e entre as latitudes (N e S). Admitindo-se que não houvesse erro linear num levantamento, evidentemente a soma da coluna este (E) deveria ser igual à soma da coluna oeste (W), para as longitudes parciais e também deveriam ser iguais as colunas norte (N) e sul (S) para as latitudes parciais. ΣE= ΣW ΣN= ΣS 53 Quando não se têm as coordenadas parciais de um alinhamento, logicamente essas somas não se equivaleriam, já que faltam as respectivas longitudes e latitude. A diferença encontrada ao se somar E e W, será o valor da longitude parcial do alinhamento omitido; e a diferença entre as somas N e S será igual à sua latitude parcial. Σ E - Σ W = ∆X = longitude parcial Σ N - Σ S = ∆Y = latitude parcial Como as somas terão que ser iguais, os valores encontrados para ∆X e para ∆Y deverão ser colocados na coluna de longitude que apresente menor soma e na coluna de latitude de menor soma. Uma vez conhecidas as coordenadas parciais do elemento omitido, podem ser calculados seu rumo e sua distância. 54 No triângulo retângulo formado, são conhecidos os catetos (longitude e latitude), donde tgrumo = longitude parcial latitude parcial E o valor do rumo será dado pelo arco cuja tangente foi obtida acima. O quadrante do rumo será função do sentido das coordenadas parciais do alinhamento omitido; se o valor ∆X será colocado na coluna W e o valor ∆Y na coluna S ( colunas de menores somas), evidentemente o alinhamento situar-se-á no quadrante SW. Para o cálculo da distância, observando-se o mesmo triângulo, tem-se que: (distância)2 = (longitude)2 + (latitude)2 , donde : D = longitude 2 + latitude 2 Exemplo 2: Alinh. E W N MP – 1 50,00 10,00 1 – 2 20,00 20,00 2–3 ? ? ? 3 – MP 80,00 30,00 S Σ E - Σ W = 10,00 Σ N - Σ S = 60,00 ? 70,00 80,00 60,00 0,00 Long.parcial 2-3 = 10,00 E Latit. Parcial 2-3 = 60,00 S 55 tgR = 10,00 = 0,1666 60,00 Arc tg 0,1666 = 9º26’ R = 9º26’ SE D = 10 2 + 60 2 = 3700 D = 61,00 m Aplicação prática: quando se quer obter a distância e o rumo de um alinhamento formado por dois pontos não inter-visíveis, inicia-se o levantamento a partir do ponto inicial, fazendo-se uma poligonal até que se aproxime do ponto final. Forma-se uma poligonal aberta, que será “fechada” por cálculo do alinhamento omitido. 56 f) Coordenadas totais ou absolutas Quando mantém-se o sistema de eixos fixo, fazendo-se a origem coincidir com um ponto do polígono, os demais vértices terão suas coordenadas contadas a partir desse ponto de origem. São as coordenadas totais ou absolutas. Estas são obtidas pela soma algébrica das coordenadas parciais, já que convencionou-se que as longitudes parciais serão positivas quando este e negativas quando oeste e as latitudes serão positivas quando norte e negativas quando sul. As coordenadas totais facilitam o desenho da poligonal e permitem também o cálculo analítico da área do polígono, sem que haja necessidade de se desenhar a planta. As coordenadas dizem respeito aos pontos (aqueles situados à direita na coluna de alinhamentos), isto é aos pontos finais ou 57 extremos dos alinhamentos. Assim sendo, as coordenadas totais do primeiro vértice situado após a origem do sistema de eixos serão sempre iguais às suas próprias coordenadas parciais; os demais vértices terão suas totais calculadas pela soma algébrica das parciais, até retorna-se ao ponto de origem, que deverá Ter valores zero tanto para longitude como para a latitude total, pois foi onde situou-se o sistema de eixos. A verificação, por cálculo, desses valores zero para o ponto inicial deve ser feita como garantia da exatidão dos cálculos. A totalização é mostrada abaixo, completando-se a planilha, com as colunas de longitudes e latitudes totais, tomando-se como origem o vértice MP. Long.Compensada Lat. Compensada Longitude Alinh. E (+) W (-) N (+ ) S (-) Total MP - 1 158,41 111,84 -158,41 1_2 90,07 190,59 -68,34 2_3 4,26 111,74 -72,6 3_4 69,82 31,39 -2,78 4_5 13,25 11,54 10,47 5_6 22,64 2,65 33,11 6_7 9,28 65,06 42,39 7_8 7,59 114,36 49,98 8_9 0,35 133,54 50,33 9_10 0,48 97,77 49,85 10_MP 49,85 49,03 0,00 213,00 213,00 459,75 459,75 Latitude Total 111,84 302,43 414,17 445,56 457,10 459,75 394,70 280,34 146,80 49,03 0,00 g) Totalização em torno de um ponto qualquer: Como as totais são obtidas pela soma algébrica das parciais, pode-se situar o sistema de eixos passando em qualquer dos vértices do plígono e não necessariamente sobre o ponto MP. As longitudes e latitudes parciais conservam seus valores; apenas as totais é que terão valores diferentes, conforme a localização do sistema de eixos, mas 58 de qualquer forma o ponto situado mais a oeste permanecerá sendo mais a oeste, o mesmo acontecendo para aqueles situados mais a norte, sul ou este do polígono. Escolhido o ponto por onde passará o sistema de eixos, este terá coordenadas totais igual a zero, o vértice seguinte terá totais iguais ás parciais e os demais serão calculados algebricamente. Como exemplo, serão reproduzidas as coordenadas parciais compensadas da planilha e feita a totalização em torno, agora, do ponto 5. Long.Compensada Lat. Compensada Longitude Latitude Alinh. E (+) W (-) N (+ ) S (-) Total Total MP - 1 158,41 111,84 -168,88 -345,26 1_2 90,07 190,59 -78,81 -154,67 2_3 4,26 111,74 -83,07 -42,93 3_4 69,82 31,39 -13,25 -11,54 4_5 13,25 11,54 0,00 0,00 5_6 22,64 2,65 22,64 2,65 6_7 9,28 65,06 31,92 -62,40 7_8 7,59 114,36 39,51 -176,76 8_9 0,35 133,54 39,86 -310,30 9_10 0,48 97,77 39 ,38 -408,07 10_MP 49,85 49,03 -10,47 -457,10 213 213 459,75 459,75 • CÁLCULO DE ÁREAS : Os métodos para cálculos da área levantada são três: gráficos, analíticos e mecânicos, cada um apresentando suas limitações e vantagens. 59 •Métodos Analíticos : São os que apresentam melhor precisão e com a vantagem de não ser necessário se utilizar do desenho para o cálculo da área. Entretanto, os métodos analíticos possibilitam a avaliação de áreas de lados retos apenas, o que equivale a avaliar a área da polígonal da base. Toda vez que a planta apresentar lados curvos, a mesma não poderá ser, em sua totalidade, avaliada por este processo. E, no levantamento por caminhamento, mesmo que o perímetro se constitua tão somente de lados retos, na prática dificilmente a poligonal irá coincidir com o perímetro, já que torna-se problemático o estacionamento do aparelho exatamente sobre as divisas (caso de cercas, etc.). Como grande parte da área é abrangida pela poligonal, emprega-se um método analítico para a área do polígono, mas para a parte extra-poligonal, ter-se-á que recorrer à decomposição em figuras geométricas, com os inconvenientes anteriormente citados. • Método das Coordenadas (Gauss) Este processo se utiliza das coordenadas totais para o cálculo da área e é relativamente mais simples que o método das DDM. 60 Na figura, o polígono situado no sistema de eixos, terá suas coordenadas totais referenciadas por X1, X2 ,..., como as longitudes totais dos vértices e por Y1,Y2,...., as latitudes totais. Área (S)01234 = S OD234E - SOB1 – SBD21 – SO4E Decompondo a área total (S OD234E) em figuras geométricas : SOD234E = S (trapézio)CD23 + S(trapézio)AC34 + S(quadrado)OA4E Substituindo : S01234 = S(trapézio)CD23 + S(trapézio)AC34 + S(quadrado)OA4E – S(triângulo)OB1 – S(trapézio)BD21 - S(triângulo)O4E Para o cálculo da área de cada figura as dimensões serão dadas em função dos valores das totais: S01234 = X2 + X3 (Y2 – Y3) + X3 + X4 (Y3 – Y4) + X4 Y4 – X1Y1 - X2 + X1 (Y2 – Y1) + X4 Y4 Multiplicando-se todos os termos por 2 e efetuando os produtos, temse : 2 S = X2 Y2 - X2 Y3 + X3 Y2 - X3 Y3 + X3 Y3 - X3 Y4 + X4 Y3 – X4 Y4 + 2 X4 Y4 – X1 Y1 – X2 Y2 + X2 Y1 –X2 Y1 – X1 Y2 + X1Y1 – X4 Y4 Para melhor memorização da fórmula, dispõe-se as longitudes totais sobre suas respectivas latitudes, totais e efetuam-se as multiplicações em cruz respeitando os sinais das coordenadas e 61 adotando-se o critério de que numa direção os produtos serão positivos e na outra negativos. 2S = X1 X X X X X ↔ 2 ↔ 3 ↔ 4 ↔ 0 ↔ 1 Y1 Y2 Y4 Y4 Y0 Y1 - x + O cálculo da área fica facilitado, chamando de X1 e Y1 as coordenadas do ponto seguinte ao que se totalizou (0,00) e assim por diante. Com os dados da planilha que serviu como ilustração desse texto, a mesma terá a área da poligonal calculada pelo método das coordenadas (Gauss). Alinh. MP - 1 1_2 2_3 3_4 4_5 5_6 6_7 7_8 8_9 9_10 10_MP 2S = Longitude Total -158,41 -68,34 -72,6 -2,78 10,47 33,11 42,39 49,98 50,33 49,85 0 Latitude Total 111,84 302,43 414,17 445,56 457,1 459,75 394,7 280,34 146,8 49,03 0 − 158,41 − 68,34 − 72,60 − 2,78 10, 47 33,11 42,39 49,98 50,33 49,85 0,00 × × × × × × × × × × 111,84 302, 43 414,17 445,56 457,10 459,75 394,70 280,34 146,80 49,03 0,00 2 S = - (-158,41 x 302,43) – (-68,34 x 414,17) – (-72,60 x 445,56) – (-2,78 x 457,10) – (10,47 x 459,75) – (33,11 x 394,70) – (42,39 x 280,34) – (49,98 x 146,80) – (50,33 x 49,03) – (49,85 x 0,00) + (-68,34 x 111,84) + 62 (-72,60 x 302,43) + (-2,78 x 414,17) + (10,47 x 445,56) + (33,11 x 457,10) + (42,39 x 459,75) + (49,98 x 394,70) + (50,33 x 280,34) + (49,85 x 146,80) + (0,00 x 49,03). 2 S = (+190.273,70 – 70.321,41) = 119.952,29 S = 59.976,15 m 2 = 5,9976 ha 6-) MÉTODOS DE LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO A altimetria ou hipsometria tem por fim a medida da distância vertical ou diferença de nível entre diversos pontos. Sempre há necessidade de se estabelecer um plano de referência para comparar alturas de pontos diferentes. Logo seguem as seguintes definições : - Quando um ponto é medido verticalmente em relação à superfície de nível verdadeira, ou seja, nível médio das marés, esta distância vertical pode ser chamada de altitude, ou cotas absolutas, por permitirem comparações entre pontos situados em quaisquer locais, já que sua superfície de referência e a mesma em qualquer lugar. - Agora quando se mede a distância entre um ponto e um plano de referência arbitrário, que é a superfície de nível aparente, essa distância vertical pode ser chamada de cota, ou cota relativa. Essas só permitem comparações dento de um sistema homogêneo, isto é 63 para o trecho levantado tendo como base uma superfície aparente, que pode ser um plano qualquer. É evidente que um outro trecho, baseado numa superfície aparente, mas não coincidente com a do trecho anterior (são paralelas), poderão ter pontos com o mesmo valor numérico do que o trecho anterior, mas absolutamente significa que têm as mesmas distâncias verticais, pois foram duas as superfícies de nível aparente tomadas. Não se pode comparar cotas de sistemas independentes, que não estejam interligados. • MÉTODOS DE NIVELAMENTO A altimetria compreende dois métodos gerais. O primeiro método refere todas as medidas ao nível verdadeiro; e o segundo ao nível aparente. • Referência ao nível verdadeiro – Método barométrico • Referência ao nível aparente – Método geométrico e trigonométrico • Nivelamento Barométrico O nivelamento barométrico baseia-se na relação que existe entre a pressão atmosférica e a altitude num ponto, o que se expressa pela fórmula, chamada barométrica. Este processo parte do princípio em que a pressão do ar menor nas camadas superiores da atmosfera do que nas inferiores, assim pode-se , pela avaliação da diferença de pressão entre dois pontos, determinar a sua 64 diferença de altitude. Em média para cada milímetro de variação de pressão, há uma diferença de altitude de aproximadamente 11 metros. Esse processo de levantamento altimétrico do ponto apresenta-nos a vantagem de não ser condicionado à medida de distâncias; e, de verdade, se ele não nos apresenta grande precisão, entretanto, a rapidez de suas operações nos aconselham seu mais amplo emprego nos levantamentos expeditos de grandes extensões. Os instrumentos usados são os barômetros, que podem ser: a) Barômetros de Mercúrio; b) Barômetros Aneróides; c) Barômetros Hipsômetro. Apesar de ser simples, tal processo não tem a precisão requerida para serviços topográficos, apontado neste estudo, para simples registro. • Nivelamento Geométrico ou Diferencial a) Definição A operação assim se denomina quando executada por um instrumento de visadas horizontais asseguradas por um nível de bolha de ar. Este método de nivelamento é também chamado de nivelamento direto, justamente porque os resultados são obtidos apenas com a leitura na mira. Por isso a mira deve ser mantida sempre verticalmente e em casos de grande precisão, pode-se colocar um nível esférico nas costas da mira. Fora da vertical, a leitura será a de uma hipotenusa e não do cateto que lhe corresponde. 65 b) Tipos de Nivelamento Geométrico • Nivelamento Geométrico Simples : Este processo é utilizado quando não há mudança de estação, ou seja, quando uma estação é suficiente para visar todos os pontos desejados para o projeto a ser executado. Por diferença de leituras da mira, obtém-se as diferenças de nível entre os pontos visados. Este método é executado estacionando-se o nível num ponto conveniente, de preferência, em um ponto equidistante dos extremos, mas que pode ser dentro ou fora da linha a ser nivelada. As diferenças de nível (DN) em um nivelamento geométrico simples podem ser obtidas por duas maneiras: - por diferença de leitura na mira : DNA – B =3,0 – 2,0 = 1,0 (estando A num plano inferior a B) - por diferenças de cotas : Desde que se atribua cota a um ponto, em geral aquele onde se faz a primeira visada, equivale a se admitir um Plano de Referência (PR), situado a uma distância vertical = cota, arbitrária. Nesse caso, é necessário se conhecer a altura do instrumento (A.I.), que é a distância vertical entre o eixo ótico do aparelho até o plano de referência (PR). 66 Para tal, chamamos a visada correspondente ao 1º ponto visado, A no exemplo, de visada de ré. Todas as demais serão visadas de vante. A.I. = cota + ré O instrumento estará em relação ao PR, de uma altura igual a cota atribuída na visada de ré mais leitura da mira nesse ponto. As cotas dos demais pontos serão calculadas baseadas nessa A.I. os valores das leituras das visadas de vante, teremos as cotas. cotas = A.I. – vante No exemplo : A.I. = 100,00 + 3,00 = 103,00 m Demais cotas : 2 , 00 = 101 , 00 = B 103 , 00 − 1 , 20 = 101 , 80 = C 0 , 80 = 102 , 20 = D E as DN entre cada 2 pontos serão : DNA – B = 101,00 – 100,00 = 1,00 m DNB – C = 101,80 – 101,00 = 0,80 m DNC – D = 102,20 – 101,80 = 0,40 m 67 Valores iguais, evidentemente, àqueles encontrados por diferença de leitruas da mira. ES RÉ A.I. T. A 3,00 103,0 0 B C D VANT COTA E S 100,00 2,00 101,00 1,20 101,80 0,80 102,20 Para se saber se o terreno é em aclive ou declive, sem se calcular as cotas (considerando a linha que une os pontos extremos A e D), basta relacionar a visada de ré e a última visada de vante. DN total = ré – última vante Quando : ré > última vante = terreno em aclive figura ré < última vante = terreno em declive figura 68 • IRRADIAÇÃO ALTIMÉTRICA Uma aplicação do nivelamento geométrico simples é a irradiação altimétrica, semelhante àquela ffeita em planimetria, mas obtendo-se as diferenças de nível. De um ponto dentro ou fora de uma área a ser levantada, visam-se todos os pontos de interesse. Como exemplo, temos o nivelamento de um lote de terreno, para fins de construção. Para se conhecer as diferenças de nível, bastariam relacionar os valores das leituras da mira, entre si. Quando a finalidade é deixar em nível o terreno, atribuese um valor zero a um dos pontos. Pode ser o ponto mais alto no terreno (leitura mais baixa), ou o ponto mais baixo (leitura mais alta), ou um ponto qualquer, como um que proporcionasse aproximadamente as mesmas alturas de corte e de aterro (ponto médio). 69 • Nivelamento Geométrico Composto : O nivelamento geométrico composto é formado por trechos de nivelamento geométrico simples, usado quando as áreas são relativamente acidentadas ou grandes, de forma a impedir que de uma estação se consiga visar a mira em todas as estacas. Cada estação corresponde a um nivelamento simples. Como os trechos têm que estar "amarrados" uns aos outros, atribue-se uma cota arbitrária a um dos pontos, tendo os demais as cotas calculadas, relacionadas a esta cota atribuída. Forma-se, então, um sistema homogêneo. Em geral, atrigue-se um número inteiro à essa cota arbitrária por facilidade de cálculo (100,00m ; 500,00m), tendo-se o cuidado de se evitar cotas negativas no decorrer do levantamento. A primeira visada feita, após instalar-se convenientemente o nível, é chamada VISADA DE RÉ, independendo da localização da estaca (não é obrigatório que na visada de ré, a estaca situe-se para trás do instrumento). Como no nivelamento geométrico simples, as demais visadas são chamadas VISADAS DE VANTE. Assim, para cada trecho de uma estação, tem-se uma visada de ré e uma ou mais visadas de vante. 70 Essas visadas de vante recebem duas denominações : Ponto de Intermediários e Ponto de Mudança. São Pontos Intermediários (P.I.) as visadas de vante efetuadas até uma penúltima estaca que se avista para aquele trecho. E a última estaca visada, antes de se transportar o aparelho é aquela correspondente ao Ponto de Mudança (P.M.). Como há a necessidade de um trecho se ligar ao seguinte, essa ligação é feita através de uma estaca comum aos dois trechos, que é o P.M. O P.M. é a última visada do 1º trecho e também corresponde à primeira visada após a mudança do aparelho. Assim, a todo P.M. corresponde uma visada de ré, exceto a 1º e a última estaca do serviço. A primeira é sempre uma visada de ré e a última é um P.M., pois supõem-se que o trabalho poderá continuar. Analisando o primeiro trecho, que corresponde a um nivelamento simples : A.I. = cota atribuída + ré E as cotas calculadas dos demais pontos serão : Cotas = A.I. - vante Assim têm as cotas calculadas até a última estaca do trecho (P.M). Ao se mudar para outra estação conveniente, visa-se novamente aquela última estaca (P.M), numa visada de ré. O instrumento estará distando do Plano de Referência, uma nova altura. Essa nova altura do instrumento, para segundo trecho será: 71 A.I. = cota do P.M. + ré E, as cotas dos demais pontos serão calculadas por : Cotas = nova A.I. - vante Assim prossegue-se o levantamento, sempre calculando-se as novas A.I., toda vez que se muda o aparelho, e por essa A.I., determinamse as cotas seguintes. Exemplo numérico : A caderneta de nivelamento apresentará os dados obtidos no campo, acrescida da coluna das cotas calculadas correspondentes a cada estaca. Estacas RÉ A.I. P.I. P.M. Cotas 0 3,000 103,000 100,000 1 2,000 101,000 2 4,000 106,000 1,000 102,000 3 3,000 103,000 4 2,000 104,000 5 1,000 105,000 Por aí se verifica a importância da precisão nas leituras, principalmente nas estacas de ré e P.M., que influirão diretamente no cálculo das demais cotas. Com os dados da caderneta são obtidas as DN entre cada duas estacas ou entre as estacas extremas, dando a DN total. Quando o terreno é íngreme, poderá ocorrer o caso que de uma estação se vise apenas duas estacas: uma de ré e outra de vante – P.M.. 72 Estacas Ré A.I. P.I. P.M. Cotas 0 3,00 103,00 100,00 1 4,00 105,00 2,00 101,00 2 3,00 106,00 2,00 103,00 3 1,00 105,00 Verificação dos cálculos : ∑Ré - ∑PM = Diferença entre cotas inicial e final. C = C2 – C0 = C F- CI C=A+B A = R1 – PM1 B = R2 – PM2 C = (R 1 – PM1) + (R 2 – PM2) C = (R 1 + R2) – (PM1 – PM2) CN – C0 = (R 1 + R 2 + ...+ RN) – (PM1 + PM2 + ... + PMN) Exemplo : ∑Ré = 10,00 ∑PM = 5,00 ∑Ré - ∑PM = 10,00 – 5,00 = 5,00 m Cf – Ci = 105,00 – 100,00 = 5,00 m 73 Esta verificação diz respeito à correção dos cálculos e não quanto à qualidade do trabalho de campo. PRECISÃO DOS NIVELAMENTOS GEOMÉTRICOS • Classificação pelo grau de precisão 1º) De alta precisão: O erro médio admitido é da ordem de ±1,5 mm/km percorrido. É uma classe especial. 2º) De 1º ordem ou nivelamento de precisão : O erro médio admitido é da ordem de ± 2,5 mm/km percorrido. 3º) De 2º ordem : 74 O erro médio admitido é da ordem de ± 1,0 mm/km percorrido. 4º) De 3º ordem : O erro médio admitido é da ordem de ± 3,0 cm/km percorrido. 5º) De 4º ordem : O erro médio admitido é da ordem de ± 10 cm/km percorrido. Os nivelamentos geométricos com erros maiores do que os citados são desclassificados ou inaceitáveis. Em Topografia, exige-se uma precisão da 2ªordem = 1 cm/km percorrido. A classificação acima foi baseada na Apostila “Topografia”, do Prof. Paulo Ferraz de Mesquita, da Escola politécnica de São Paulo. • Nivelamento Taqueométrico Os nivelamentos taqueométricos tem sobre os outros processos a vantagem de rapidez e exatidão, visto que todas as medidas são tomadas pelo operador no Teodolito com uma maior independência na escolha e distribuição dos pontos essenciais do terreno a fixar na planta. Aqui as distâncias são medidas estadimetricamente. a)Para visada ascendente: (0º < α < 90º ou 180º < α < 75 DN = 100H sen 2α − m+i 2 (+) = terreno em aclive ( - )= terreno em declive b)Para visada descendente : DN = 100H sen 2α + m−i 2 (+) = terreno em declive ( - ) = terreno em aclive c)Visadas Horizontais : c.1) visada ascendente: DN = 100H sen 2α − m+i 2 α = 0º / sen 2α =0 2 DN = -m + i (+) = terreno em aclive (-) = terreno em declive 76 c.2) visada descendente : DN = 100H sen 2α + m−i 2 α = 0º / sen 2α =0 2 DN = +m - i (+) = terreno em declive (-) = terreno em aclive • CURVA DE NÍVEL A curva horizontal ou de nível é a linha de intersecção obtida por planos paralelos, equidistantes, com o terreno a representar. Também conhecida como hipsométrica, ela é a maneira de se projetar a altimetria na planimetria. A distância entre os planos paralelos é chamado intervalo de contorno ou equidistância vertical . A equidistância vertical depende do rigor que a finalidade exige. Quanto menor a equidistância , melhor será a representação do terreno. Para trabalhos que exigem grande precisão, como aqueles que envolvem condução e distribuição de água (irrigação), as curvas são determinadas de 0,50 m em 0,50 m. Sendo relativamente grande a equidistância vertical, poderá ocorrer o fato da não representação real do trecho compreendido entre um plano ou 77 curva e outro. As irregularidades entre uma curva e outra, no terreno, não constarão na planta. Cada curva recebe um número de identificação. Esse número corresponde à cota dos pontos que unidos darão o traçado da curva. Há necessidade de tal numeração, para se saber se é uma elevação ou depressão. Assim admitindo como exemplo dois acidentes no terreno – uma elevação e uma depressão, ambos de diâmetro semelhante ou forma inversa, sem a numeração não seria possível identificar qual uma, qual a outra. As curvas de nível podem ser obtidas, quer diretamente, quer por interpolação. O primeiro método é o mais moroso pois cada curva deve ser amarrada planimetricamente por pontos, mais resulta mais exato em seu conjunto. O segundo método, menos preciso, porém mais cômodo e rápido, tem maior aplicação; desde que haja bastante critério na escolha dos pontos no terreno e na indicação dos esquemas de campo, os resultados são também satisfatórios. O diapasão ou afastamento para curvas mestras, na hipótese de serem retos os alinhamento entre os pontos, escolhidos e nivelados no terreno, se determina em função da declividade. 78 Uma planta topográfica em curva de nível mostra não somente as elevações e depressões do terreno, mas também as formas das várias características topográficas, tais como montanhas, vales, etc... • Características das Curvas de Nível a) Todos os pontos de uma mesma curva têm a mesma elevação ou cota. b) Duas curvas de nível nunca se cruzam: se isto ocorresse, o ponto de intersecção dessas duas curvas teria ao mesmo tempo 2 números, portanto duas elevações, o que não ocorre na natureza. c) Duas curvas de nível não podem se encontrar e continuar numa só: pela mesma razão anterior, ficariam duas curvas superpostas, resultando num plano vertical, o que também não existe na natureza. 79 d) O espaçamento entre as curvas indica o tipo de terreno, quanto ao declive. d.1) Curvas relativamente afastadas significam terreno pouco inclinado ou pouco acidentado. d.2) Curvas muito próximas indicam um terreno com declive acentuado. 80 d.3) Curvas regularmente espaçadas indicam que o terreno apresenta um declive uniforme e)A menor distância entre duas curvas de nível representa a linha de maior declive do terreno. Se d = DN , sendo DN constante para DH quaisquer 2 pontos de duas curvas, quanto menor o denominador DH, maior será o declive. f)As curvas de nível na planta ou se fecham ou correm aos pares. 81 • PERFIL LONGITUDINAL É a representação gráfica do nivelamento. Chama-se perfil de um terreno, segundo determinada direção, a intersecção da superfície do solo com o plano vertical que passa pelo alinhamento que define aquela direção. Isoladamente considerada, essa intersecção constitui o que chamamos de alinhamento, que materializa, no terreno a direção a seguir nas medições e tem, em geral, a forma de uma curva sinuosa no sentido vertical. Se o perfil refere-se ao eixo do caminhamento, é chamado Perfil Longitudinal; se em direção que atravessa esse eixo, é Perfil Transversal. Para obtenção do perfil são necessárias distâncias horizontais e diferenças de nível entre os pontos do terreno. 82 •Estaqueamento Na direção desejada (em linha reta ou não), faz-se o estaqueamento segundo a orientação dada pelo operador no Teodolito e medindo-se a distância entre as estacas diretamente, com a corrente. Em geral, o espaçamento entre estacas é de 20,00 m; esse espaçamento varia conforme a precisão requerida pela finalidade a que se destina o serviço. Quanto menor o espaçamento logicamente deverá se obter um serviço mais preciso. Sempre a distância horizontal entre duas estacas ser[á representada no gráfico do perfil, por um segmento reto, o que equivale a admitir ser o declive uniforme nesse trecho do terreno. É evidente que, se algum acidente aí houver e forem niveladas apenas as duas estacas extremas, esse acidente não constará do gráfico. O espaçamento usual é de 20,00 m, embora em alguns casos e conforme a configuração superficial do terreno, use-se 10,00 m ou 30,00 m ou até mesmo 50,00 m entre as estacas. Além das estacas regularmente espaçadas, de acordo com o espaçamento pré-estabelecido, comumente há necessidade de se cravar estacas intermediárias, isto é, situadas entre duas estacas inteiras e que servirão para possibilitar o nivelamento de pontos importantes aí existentes (elevações ou depressões). Essas estacas intermediárias são referenciadas, em distância horizontal, à estaca inteira imediatamente anterior. Assim uma estaca caracterizada pelo número 8 + 12,00, por exemplo, significa que se localiza entre as estacas 8 e 9 (inteiras) e a 12,00m da estaca 8. Quando o perfil a ser levantado não for em linha reta, necessário será anotar os ângulos de deflexão formados pelos trechos retos. 83 Adotando-se um espaçamento uniforme, 20,00 m , por exemplo, calcula-se rapidamente a distância horizontal que envolve os segmentos constituintes do perfil ou a distância de uma determinada estaca em relação à estaca inicial. A distância será o produto do número da estaca multiplicado pelo espaçamento adotado, como: DIST. DA EST. 15 = 15x 20 = 300 m Quando a estaca em questão for uma intermediária, evidentemente soma-se a fração que ela representa. DIST. DA EST. 10 + 3,50 = (10 x 20) + 3,50 = 200 + 3,50 = 203,50 m No caso inverso : conhecendo-se a distância horizontal para se determinar a numeração da estaca, basta dividir a DH pelo espaçamento adotado. Nº DA EST. = 149,00 = 7 + 9,00m 20 84 • Obtenção das Cotas Inteiras no Perfil Desenhado um perfil, pode-se obter os pontos de cotas inteiras nele compreendidas. Em geral, um perfil é constituído de pontos de cotas fracionários; obtidas no levantamento. Principalmente para o traçado de curvas de nível, é interessante se conhecer quais os pontos de cotas inteiras e sua localização no perfil e posteriormente ( se necessário) no campo. Para tal, desenha-se o perfil longitudinal, preferivelmente adotandose para a escala horizontal, a mesma que foi adotada na planimetria. Isto facilita a localização dos pontos de cotas inteiras, na planta. Assim, se esta foi desenhada na escala 1/1000, adota-se esse valor para a escala horizontal do perfil. E, para a escala vertical do perfil, geralmente 10 vezes maior, 1/100. A obtenção das cotas inteiras é feita, procurando-se a intersecção de planos horizontais com o perfil do terreno. Equivale a traçar greides horizontais, iniciando-se nos valores das ordenadas, inteiros. Os pontos de passagem destes greides serão as cotas inteiras. 85 • Rampas – Traçado de Greide Uma das finalidades do levantamento de um perfil longitudinal é a obtenção de dados para a locação de rampas de determinada declividade, como para a locação de eixos de estradas, linhas de condução de água, (canais e encanamentos), obtenção das chamadas “cotas inteiras”, etc. Resulta isso, não só no próprio estudo da posição mais conveniente dessas rampas, como também no movimento de terra necessário (cortes e aterros), em cada ponto da rampa. Greide ou “Grade” é a linha que une dois a dois, um certo número de pontos dados num perfil. É o eixo de uma rampa. Ou a representação da rampa sobre o gráfico do perfil. Ao se locar um greide sobre o gráfico de um perfil longitudinal, surgem distâncias verticais entre o ponto por onde passa o greide e o ponto correspondente no terreno. São as “COTAS VERMELHAS” 86 Ao se locar um greide que una diretamente as estacas 0 e 3 do perfil acima, vê-se que : COTA VERMELHA – distância vertical entre um ponto do greide e o ponto correspondente no terreno. COTA VERMELHA POSITIVA (+) - é quando o ponto do greide estiver acima do ponto correspondente no terreno. Equivale a um Aterro (“por terra”) COTA VERMELHA NEGATIVA (-) – é quando o ponto do greide estiver abaixo do ponto correspondente no terreno. Equivale a um Corte (“tirar terra”) PONTO DE PASSAGEM – é o ponto de transição entre corte e aterro. O ponto do greide coincide com o ponto do terreno. Não há corte nem aterro, tendo portanto cota vermelha nula. Declive do greide : o declive total de um greide é dado pela diferença de nível entre os seus pontos inicial e final, em relação à distância horizontal compreendida por estes pontos. Geralmente expresso em %. D= Cotamaior − cot amenor Dist .Horizontal d% = DN x100 DH 87 • DECLIVIDADE DO TERRENO A declividade do terreno é expressa por : d = tgα = DN [metro] = = [s / unidade ] DH [metro] onde: DN = diferença de nível entre as duas curvas de nível consecutivas DH = distância horizontal entre duas curvas α = ângulo de inclinação (suplemento do ângulo zenital) A diferença de nível pode ser obtida por: a) Diferença de altitude. DN = 520 – 500 = 20 metros b) Diferença de cotas. DN = 106 – 102 = 4 metros 88 c) Diferença de leituras da mira. DN = 1,80 – 1,00 = 0,80 metros (leitura de valor mais alto indica ponto mais baixo) A declividade é geralmente expressa em %. Equivale a uma DN para 100 m de distância horizontal. d= DN = 10m DN x100 DH DH = 200m d= 10 × 100 1000 = = 5% 200 200 ; para 100 metros, haverá uma DN de 5 metros. Pode ser também expressa em função do ângulo de inclinação (α) em relação ao horizonte. d = tgα = DN 10,00 = =1 DH 10,00 arc tg 1,000 = 45º ∴ d= 10 x100 = 100% 10 que corresponde em termos de % a : 89 declividade de 45º = 100% Como a tg varia de 0º a ∞, também a declividade pode variar de 0º a ∞. • MÉTODOS DE LEVANTAMENTO PLANI-ALTIMÉTRICO Os levantamentos plani-altimétricos propiciam a confecção de uma planta onde estão representados os detalhes planimétricos e o relevo do solo. Como o relevo do solo é representado pelas curvas de nível, a parte altimétrica do levantamento consiste em se obter dados no campo, para posteriormente serem obtidas as curvas de nível. Nada mais é do que a obtenção das curvas de nível em planta. 90 Os processos ou os métodos de obtenção das curvas de nível, variam de acordo com a precisão requerida e a extensão e o relevo da área a ser levantada. São 03 os processos mais usados : 1 – Nivelamento taqueométrico 2 – Perfis unindo vértices 3 – Secções transversais • Nivelamento Taqueométrico É a parte da topografia que ocupa da medida indireta distâncias e das diferenças de nível, quer por meios ópticos, quer por meios mecânicos, com a maior rapidez possível, de acordo com as condições atmosféricas, clareza e precisão do instrumento empregado. A Planimetria é feita conjuntamente com a altimetria, e o aparelho usado é o teodolito. Em geral, este processo é utilizado para áreas relativamente grandes ou acidentadas ou ainda quando a área acha-se ocupada por árvores, obstáculos que dificultariam o estaqueamento e as visadas, se utilizado o nível, que não possui movimento vertical da luneta. Como áreas relativamente grandes são levantadas planimetricamente por caminhamento, aproveita-se cada estação que comporá a poligonal de base, para dessas estações se fazer irradiações altimétricas de pontos situados no interior da área. Este tipo de levantamento é de menor precisão do que os métodos em que se usa o nível já que a própria constituição do nível ( muito mais sensível ) é um dos fatores da melhor precisão. Além disso, no nivelamento com o nível de precisão, faz-se a anotação de um valor, que é a leitura do retículo horizontal, para cada ponto visado. Já no nivelamento 91 taqueométrico, as fontes de erros são bem maiores : são 03 os valores lidos para os retículos, há o valor do ângulo de inclinação da luneta a ser anotado e também a altura do instrumento em cada estação. • Perfis Unindo Vértices Este método se aplica para áreas relativamente pequenas e quando o releva permite que sejam intervisíveis os vértices da poligonal. A planimetria geralmente é feita por irradiação ou intersecção ou para áreas pouco maiores, por dupla irradiação ou dupla intersecção. A altimetria é feita com o nível de precisão, levantando-se perfis que unirão dois vértices não consecutivos e também as linhas que formam o perímetro. Formam-se assim, perfis que correspondem ao perímetro, cada lado da figura com seu perfil e também perfis de linha internas. Quanto maior o número dessas linhas internas, melhor representação do relevo da área se obterá. Cada perfil é estaqueado, em geral de 20 em 20 , fazendo-se o estaqueamento com o auxílio, para orientação, do teodolito ou, mais rapidamente, seguindo à orientação visual do operador. • Secções Transversais Para áreas estreitas e longas, este é o método mais indicado. Os pontos ficam melhor distribuídos no terreno, dando uma melhor representação de seu relevo. A planimetria é feita em geral por irradiação ou intersecção (simples, dupla, etc.), e a altimetria é feita, locando-se uma linha principal – "nivelada básica" e tirando-se perpendiculares a esta. 92 Normalmente, escolhe-se a posição dessa linha nivelada básica, de forma a atravessar longitudinalmente, ao meio, a área. Ou, preferivelmente, que siga a direção da linha de maor declive. Como os perfis transversais serão levantados, essa disposição de linhas permite que as mudanças do aparelho sejam mínimas, ao contrário do que ocorreria se ests perfis transversais se situassem na direção da linha de maior declive do terreno, o que implicaria em sucessivas mudanças para levantar cada perfil. 7-) AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS É o sistema mais antigo de coordenadas. Nele, cada ponto da superfície terrestre é localizado na interseção de um meridiano com um paralelo. Meridianos são círculos máximos da esfera cujos planos contêm o eixo de rotação ou eixo dos pólos, corresponde as linhas que unem os dois pólos ao redor da terra. Meridiano de origem (também conhecido como inicial ou fundamental) é aquele que passa pelo antigo observatório britânico de Greenwich, escolhido convencionalmente como a origem(0°) das longitudes sobre a superfície terrestre e como base para a contagem dos fusos horários. A leste de Greenwich os meridianos são medidos por valores crescentes até + 180°. A oeste, suas medidas são decrescentes até o limite mínimo de - 180°. Os paralelos são círculos da esfera cujo plano é perpendicular ao eixo dos pólos. O Equador é o paralelo que divide a Terra em dois hemisférios(Norte e Sul), considerado como o paralelo de origem (0°). Partindo do equador em direção aos pólos temos vários planos 93 paralelos ao equador , cujo tamanho vão diminuindo, até se torna um ponto nos pólos Norte(+90°)e Sul(-90°). Representa-se um ponto na superfície terrestre por um valor de latitude e longitude. Longitude de um lugar é a distância angular entre um ponto qualquer da superfície terrestre e o meridiano inicial ou de origem. Latitude é a distância angular entre um ponto qualquer da superfície terrestre e a linha do Equador. Por ser um sistema que considera desvios angulares a partir do centro da Terra, o sistema de coordenadas geográficas não é um sistema conveniente para aplicações em que se buscam distâncias ou áreas. 94 Para este casos, utilizam-se outros sistemas de coordenadas, mais adequados, como, por exemplo, o sistema de coordenadas planas, descrito a seguir. 8-) A PROJEÇÃO UTM (COORDENADAS PLANAS) O sistema de coordenadas planas, também conhecido por sistema de coordenadas cartesianas, baseia-se na escolha de dois eixos perpendiculares, usualmente os eixos horizontal e vertical, cuja interseção é denominada origem, estabelecida como base para a localização de qualquer ponto do plano. Nesse sistema de coordenadas, um ponto é representado por dois números: um correspondente à projeção sobre o eixo x (horizontal), associado à longitude, e outro correspondente à projeção sobre o eixo y (vertical), associado à latitude. Os valores de x e y são referenciados conforme um sistema cartesiano, que representa, como exemplo, as coordenadas de Leme - SP. onde : x = 254.000 m e y = 7.545.000 m Estas coordenadas são relacionadas matematicamente às coordenadas geográficas, de maneira que umas podem ser convertidas nas outras. 95 • Projeção UTM - "Universal Transverse Mercator" O mapeamento sistemático do Brasil é feito na projeção UTM (1:250 000, 1:100 000, 1:50 000). Relacionam-se, a seguir, suas principais características: • a superfície de projeção é um cilindro transverso e a projeção é conforme; • o meridiano central da região de interesse, o equador e os meridianos situados a 90o do meridiano central são representados por retas; • os outros meridianos e os paralelos são curvas complexas; • o meridiano central é representado em verdadeira grandeza; • a escala aumenta com a distância em relação ao meridiano central. A 90o deste, a escala torna-se infinita; • a Terra é dividida em 60 fusos de 6o de longitude. O cilindro transverso adotado como superfície de projeção assume 60 posições diferentes, já que seu eixo mantém-se sempre perpendicular ao meridiano central de cada fuso; • aplica-se ao meridiano central de cada fuso um fator de redução de escala igual a 0,9996, para minimizar as variações de escala dentro do fuso. Como conseqüência, existem duas linhas aproximadamente retas, uma a leste e outra a oeste, distantes cerca de 1o 37' do meridiano central, representadas em verdadeira grandeza; • apesar da característica "universal" de projeção, enfatiza-se que o elipsóide de referência varia em função da região da superfície terrestre. Geralmente os Sistemas de Informações Geográficas permitem que o usuário defina, para a projeção UTM, a orientação dos dados em relação ao norte geográfico ou ao norte da quadrícula. Os meridianos (norte geográfico) coincidem com as linhas verticais das 96 quadrículas (norte da quadrícula) da projeção UTM, apenas nos meridianos centrais. Com o aumento da longitude e da latitude, ocorre o aumento do ângulo formado entre os meridianos e as linhas verticais da quadrícula, formando entre estas um ângulo chamado de convergência meridiana. Nos SIG´s, de um modo geral, para a definição de um projeto, deve-se fornecer informações adicionais, como escala e características de cada projeção: datum, modelos de elipsóide, latitude reduzida ou paralelo padrão, latitude de origem e longitude de origem. 9-) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLACHUT, Tordon. J.. Urban Surveying and Mapping.1979 COMASTRI, José A.. Topografia: Planimetria. 1ed. UFV. ViçosaMG.1977. COMASTRI, José A.. Topografia: Altimetria. 2ed. UFV. ViçosaMG.1990. DAVIS, Raymond E.. Tratado de Topografia. 3ed. Aguillar. Madrid.1979. DOMINGUES, Felipe A. A.. Topografia e Astronomia de Posição para Engenheiros e Arquitetos. MacGraw-Hill. São Paulo.1979. ESPARTEL, Lélis.. Curso de Topografia. 9ed. Globo. Rio de Janeiro. 1987. 97 ESPARTEL, Lélis; LUDERITZ, João . Caderneta de Campo. 10ed. Globo. Rio de Janeiro.1977. FUNDAÇÃO INSTITUTO ESTATÍSTICA. BRASILEIRO Manual de DE Normas, GEOGRAFIA E Especificações e Procedimentos Técnicos para a Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo - CIM 1:1.000.000. 1ed. IBGE. Rio de Janeiro. 1993. INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Divisão de Processamento de Imagens(INPE/DPI). FSPRING. [online] <http://www.inpe.br/spring/home>.1997. GODOY, Reynaldo . Topografia. 10ed. ESALQ. Piracicaba-SP.1988. SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO. Manual Técnico- Transformação de Coordenadas Geodésicas. 1ed. EGGCF. Brasília DF.1978