Rumo à Sociedade da Informação:
Situação Atual,
Desafios e Perspectivas para o Brasil
(Preparado para a I Jornada de Prospectiva e
Gestão do Conhecimento - CGEE
Brasília, 19 de Dezembro de 2002)
Tadao Takahashi
Programa SocInfo/MCT
SOCINFO/PAL/0144
Sociedade da Informação:
Uma Visão “Instantânea”
Introdução

O termo “Sociedade da Informação” circula desde os Anos 70 para
descrever o estágio seguinte das sociedades industrializadas
(~ Pós-Industrial)

O termo ganhou impulso nos Anos 90, em contra-posição ao termo
“National Information Infra-structure” cunhado pelos EUA.

O problema central que uma Sociedade da Informação deve vencer,
em primeira instância, é o da Exclusão Digital, discutido
globalmente pela primeira vez em meados da década de 80.
The Road to Digital Opportunity
Missing Link
Global Information
Infrastructure
Global Digital
Divide
Global Information
Society
Information Society
Development
&
Digital
Opportunities for
Development
1985
1993
1995
1996
2000
2001
Geneva
Buenos
Aires
Brussels
South
Africa
Okinawa
New
York
2003
Introdução (cont.)

Há iniciativas de Inclusão Digital nos principais países e regiões do
mundo, sob variados nomes (ex.: Soc. Informação, Soc.
Conhecimento, Infra-estrutura de Informações, Agenda de
Conectividade, etc.)

Há iniciativas de Inclusão Digital nos principais organismos
internacionais (ONU, PNUD,UIT, etc.) e associações privadas
mundiais (WEF, ICC, GBDe, etc.)

A Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (Genebra,
Dezembro de 2003) pretende se converter em um divisor de águas
sobre o tema no mundo.
O Desafio

O uso intensivo de Tecnologias da Informação e da Comunicação
(TICs) em todos os setores e atividades da sociedade, buscando o
desenvolvimento econômico e social integrado e auto-sustentável.

A Exclusão Digital: uma exclusão de segunda ordem. Soma-se e
agrava a Exclusão Econômica, Social, etc.

Governo, Setor Privado e a Sociedade têm de desempenhar papéis
complexos e inter-dependentes.
Atividades rumo à Sociedade da Informação no Brasil

Ações concretas no âmbito do Governo Federal

Votação Eletrônica (TSE)

Imposto de Renda (Receita Federal)

Compras Eletrônicas (MPO)

Tratamento de Saúde (MS)

Previdência Social (MS)

Acesso a Informações Públicas (MC)

Telecentros para Negócios (MDIC)

Escolas na Internet (MEC)

Bibliotecas e ONGs na Internet (MCT & MINC)

Acesso Público a Internet (CORREIOS)

Conteúdos para TV/Vídeo (MEC)

Legislação (PRODASEN)
O Programa SocInfo em uma Figura
Dimensão
Social
Dimensão
Econômica
Dimensão
C&T
Inovação
f16500pb.cdr
Foco Central: Universalização com TICs
Foco Central: Universalização

A Universalização do acesso a TICs como requisito ou condicionante
do Desenvolvimento Social e Econômico universalizado no país.

O “Brasil que da’ certo” é um “pedaço universalizado” do país
(inclusive em Tecnologias)


Esportes: Futebol, Volei, etc.

Conteúdos Televisivos

Automação Bancária

Votação Eletrônica
Universalização propicia “lógica de integração” de ações.
Exemplo 1: Bibliotecas e ONGs na Internet
(via FUST, com MINC)

Cadastro atual contempla:

4833 Bibliotecas Públicas

5794 Bibliotecas Comunitárias (ONGs)
 Participantes








Pastoral da Criança
Viva Rio / Viva Favela
Comunitas
Navegar Amazonia
Movimento GLS – Rio
Escolas Francesas
etc.
SocInfo tem “kit” de software e Manuais prontos para teste em
escala.
Exemplo 2: Inclusão Digital de MPMEs

Pergunta: Terão as MPMEs “perdido o bonde”
em Comércio Eletrônico, no Brasil?

Resposta: O tema é tão urgente que deve ser “tocado” com
toda a calma!
Exemplo 2: Inclusão Digital de MPMEs (cont.)
Comércio Eletrônico em MPMEs

Fomento à conectividade de MPMEs no Brasil corrige “falha de
mercado” e põe o setor de Serviços do Brasil real na rede.

Modelo de Telecentro para Negócios é o equivalente empresarial do
modelo de Bibliotecas e ONGs na Internet, um para MPMEs, outro
para indivíduos.

SocInfo tem “kit” e materiais prontos para teste em escala.
Programa SocInfo: Frente de Ação Corrente
Dimensão
Social
Dimensão
Econômica
. Inclusão Digital
(Social & Empresarial)
. Conteúdos
Digitais
. Info. & Serviços
ao Cidadão
. MPMEs na
Internet
. Comércio
Eletrônico
. Arquiteturas Abertas
. Proc. Semântico
. Aplicações Nacionais
Dimensão de C&T
f16500pd.cdr
. Bibliotecas
& ONGs na
Internet
Diretrizes para Ações Estratégicas

COMPLETUDE
Dado um problema ou desafio, todos os aspectos precisam ser abordados e
resolvidos. Ações não nascem integradas e complementares.

ESCALA
Uma ação precisa ter efeito “bola-de-neve”, e propiciar ganho de escala sem
interferências posteriores. Para isso, em geral precisará de escala
significativa na partida.

SINCRONICIDADE
Se duas ações precisam complementar uma à outra, é inútil executar
somente uma delas.
Informática e Telecomunicações

Linguagens de Programação
- FORTRAN, COBOL, BASIC
- PASCAL

Bancos de Dados
- On-line: discos magnéticos compartilhados
- Off-line: fitas magnéticas
Informática e Telecomunicações (cont.)

Tendências Interessantes
-
Bases de Dados Relacionais
(obs.: Modelo Entidade-Relacionamento)
-
Estações de Trabalho em LANs
(obs.: Interface baseada em menus)
-
Inteligência Artificial
(obs.: Representação de conhecimento)
-
Redes de Computadores
(obs.: Comutação de pacotes de dados)
-
Software Aberto
(obs.: UNIX BSD, Projeto GNU)
Informações em C&T

Referências Bibliográficas
- Serviços de assinaturas (via fita magnética)
- Disseminação seletiva (para indivíduos)

Full Text
-
Via papel ou fita (em 30 a 60 dias)
Obs.: não “cabiam” nos computadores da época
Gestão de Conhecimento
Informação e Conhecimento
(de Nathan Shedroff)
Informação e Conhecimento (cont.)
- Geração
- Transformação
CONHECIMENTO
- Compreensão
- Síntese
- P&D
- Análise
- Replicação
INFORMAÇÕES
DADOS
- Educação
- Difusão / Acesso
- Padronização
- (De)composição
- Serviços
- Representação
- Infra-estrutura
- Codificação
- Instrumentação
Conhecimento Tácito e Explícito
A Espiral do Conhecimento
Comunidade
Memória
Sistemas
Treinamento
Tácito
Tácito
Explícito
Explícito
Tácito
Explícito
Explícito
Tácito
Socialização
Externalização
Combinação
Internalização
de: Nonaka e Takeuchi (1995)
Tecnologias da Informação e Comunicação

Uma arquitetura de TICs para Gestão de Conhecimento
inclui:
-
Comunicações
(Redes, Videoconferência, Groupware, etc.)
-
Repositórios
(Computadores, Vídeos, Bibliotecas, etc.)
-
Pesquisa, tratamento e difusão
(busca na Internet, serviços on-line, filtros, conversores,
classificadores, etc.)
-
Interfaces homem/máquina
(visualização de dados, síntese de voz, etc.)
Tópicos Estratégicos em TICs
 Plasticidade de TICs
 Busca na Internet
 Interfaces Visuais
 Relações Semânticas
 Línguas na Internet
Plasticidade de TICs

Arquiteturas de TICs serão totalmente plásticas em
alguns anos.

Sistemas e aplicações serão (re)distribuídas
segundo a arquitetura de times de trabalho e de
organizações.
Information Creation
Busca na Internet: O Modelo Geral
Goals
Information Storage
Indexers
to achieve
Representations
are examined
by
Sensors
and sorted
by
Analyzers
to create
that are
summarized by
and stored
in
Databases
Information Retrieval
to produce
combined by
that may
reference
that may
produce
Idexers
Knowledge Acquisition Context
Query Formation
Interpreters
Articulators
that consists of
understood by
ask
People
Synthesizers
and make clear by
are looked
up in
make
Results Sets
of a
Questions
to get
Source
to produce
Answers
require
Information
that should
supply
enabling
Actions
toward
Goals
de: Matt Leacock (1995 and later)
Busca na Internet (cont.)
Desafios Atuais

Muito dado de qualidade variável

Dependência excessiva de Máquinas de Busca
específicas

Processamento puramente sintático

Ferramentas incipientes para processamento
Interfaces Visuais
Visualizando Textos
de: Ben Fry (2000)
Relações Semânticas
The Semantic WEB
Navegação e processamento baseado em Ontologias
(i.é, relações entre conceitos)
Relações Semânticas (cont.)
...
Filomena
Casas Pernambucanas
Thesauri, Knowledge
estruturas baseadas em
Trabalha para
Filha de
Bases, etc. são
...
Maria
Vive em
Hobby
ITENS e RELAÇÕES
Música
Ama - 1
Suzana
...
Mãe
de
Zezinho
Ama - 2
Futebol
Brasília
Estudante
De
Arquitetura
Símbolo
de
...
Relações Semânticas (cont.)
Ontologias são baseadas em poucos tipos de relações
Generalização
Classificação
Decomposição
Composição
Instanciação
de: Bobrow (1985)
Especialização
Línguas na Internet

Língua é um problema de semântica e não de
síntaxe.

As mesmas ontologias que viabilizarão a introdução
de semântica na Web viabilizarão tradução entre
linguagens naturais.

Brasil está tentando sair na frente nessa área de
P&D.
Línguas na Internet (cont.)
O Projeto UNL
UNU/IAS
Línguas na Internet (cont.)
Exemplo de Decodificação para o Português
 English sentence
It shall function in accordance with the annexed Statute,
which is based upon the Statute of the Permanent Court
of International Justice and forms an integral part of the
present Charter.
 Portuguese (DeCo’s output)
A corte funcionará de acordo com o estatuto anexo que se
baseia no estatuto da corte permanente de justiça
internacional e constitui uma parte integrante da carta
presente.
Línguas na Internet (cont.)
Representação em UNL
It shall function in accordance with the annexed Statute, which is based upon the
Statute of the Permanent Court of International Justice and forms an
integral part of the present Charter.
UNL representation (partial)
obj(function(icl>event).@entry.@pred.@obligation,
court(icl>judiciary place):01.@def)
man(function(icl>event)@entry.@pred.@obligation,
in accordance with(icl>manner))
obj(in accordance with(icl>manner), statute(fld>law):01.@def)
aoj(annexed, Statute(fld>law):01.@def)
obj(base(icl>event).@pred, statute(fld>law):01.@def)
bas(base(icl>event).@pred, statute(fld>law):02.@def)
mod(statute(fld>law):02.@def, court(icl>judiciary place):02.@def)
aoj(permanent(icl>state), court(icl>judiciary place):02.@def)
mod(court(icl>judiciary place):02.@def, justice(equ>judiciary))
aoj(international(icl>state), justice(equ>judiciary))
and(form(equ>constitute).@pred, base(agt>organization,icl>set,
ppl>place).@pred)
Línguas na Internet (cont.)
Línguas Envolvidas (2000)
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