UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS NA ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Por: Márcio Antonio Ribeiro Silva Orientador Prof. Antonio Fernando Vieira Ney Brasília 2008 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS NA ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em gestão estratégica e qualidade. Por: . Márcio Antonio Ribeiro Silva 3 AGRADECIMENTOS Agradeço aos colegas de trabalho pela disposição em colaborar construção desta monografia. com a 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha esposa e filhos que me souberam compreender os momentos de ausência, dedicados à realização desta monografia. 5 RESUMO Este trabalho destaca a utilização da gestão de pessoas por competências, como uma moderna e importante ferramenta de gestão, alinhada às estratégias empresariais para obtenção de vantagens competitivas em um ambiente de hipercompetitividade e de transformação veloz de cenários de atuação. Procurou-se fazer um retrospecto da introdução da gestão de pessoas por competências no meio empresarial, apresentar seus conceitos fundamentais e sistemáticas de implementação, destacando-se as principais etapas a serem seguidas para realizar a transição com sucesso. Foi analisada a adoção do modelo na Caixa Econômica Federal, por meio do levantamento de opiniões dos empregados sobre as premissas básicas que amparam a gestão de pessoas por competências, com a finalidade de verificar a compreensão sobre seus objetivos e o importante papel que o empregado assume neste novo perfil de relacionamento com a empresa e de sua importância na superação de metas e desafios da organização. 6 METODOLOGIA Para elaboração deste trabalho tomou-se como base nos critérios básicos propostos por Vergara (2004), onde os tipos de pesquisa dividem-se em duas categorias: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins esta pesquisa é descritiva pois descreve as expectativas e percepções dos empregados da CAIXA quanto à GPC. Quanto aos meios, foi realizada pesquisa de campo e bibliográfica. A pesquisa de campo foi realizada por meio da aplicação de questionários e a pesquisa bibliográfica pela utilização de livros dos principais autores que tratam do tema tais como Vicente Picarelli, Enio Rezende, Gary Hamel e C.K. Prahalad, Zarifian, Chiavenato, Maria Rita Gramigna, dentre outros, Internet e artigos de revistas de acesso ao público. Universo Para Roesch (1999), a finalidade da amostragem é extrair da população alvo de interesse da pesquisa, um subconjunto que represente esta população. Easterby-Smith apud Roesch (1999), classificam as amostras em quatro tipos: aleatória simples; aleatória estratificada; amostra por quotas e amostra por blocos. Para a presente pesquisa, utilizamos a amostra aleatória simples, onde foram aplicados 50 questionários a empregados lotados em várias gerências do prédio matriz da CAIXA, abrangendo pessoas detentoras de cargos de chefia, de cargos técnicos e não ocupantes de função de confiança. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - A Gestão de Pessoas por Competências na Administração Estratégica 10 CAPÍTULO II - Metodologia para Implementação do Modelo de Gestão Por Competências 21 CAPÍTULO III Métodos utilizados em testes e sistemas de avaliação 26 CAPÍTULO IV A Empresa Objeto da Pesquisa 29 CAPÍTULO V – Análise dos Dados Coletados 33 CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47 ANEXOS 41 ÍNDICE 49 FOLHA DE AVALIAÇÃO 51 8 INTRODUÇÃO O tema que será abordado nesta monografia é a gestão de pessoas, especificamente como a gestão de pessoas por competências pode contribuir para o êxito do planejamento estratégico da Caixa Econômica Federal. Sob a perspectiva pessoal, a abordagem do assunto “gestão de pessoas por competências” constitui-se n uma reflexão sobre a utilização deste modelo de gestão na empresa CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, da qual sou empregado, que, em face de suas diretrizes estratégicas e pela necessidade de adequação estrutural às exigências do mercado, tem buscado implementar soluções de administração condizentes com o atual e extremamente competitivo cenário empresarial brasileiro e mundial. Embora voltado especificamente para a Caixa Econômica Federal, este assunto é de interesse do meio empresarial em geral por ser um modelo de gestão de pessoas em franca ascensão, carecendo de uma visão mais crítica para que o empresário possa decidir com segurança em adotá-lo para sua própria empresa, de acordo com sua especificidade e desafios a serem enfrentados. Sob o prisma acadêmico, este trabalho contribuirá para o enriquecimento das fontes de pesquisa bibliográficas e poderá vir a ser útil como material de apoio a outros estudantes que no futuro abordem o tema. O objetivo geral deste trabalho é o de fazer uma análise do modelo de gestão de recursos humanos denominado Gestão de pessoas por Competências – GPC, enfatizando suas origens e técnicas de implementação e a percepção que o corpo gerencial da empresa CAIXA tem sobre a utilização deste modelo nas estratégias competitivas da empresa. a) Analisar as causas históricas do surgimento do modelo de gestão de pessoas por competências; b) Explicitar o que é competência organizacional e competência humana; 9 c) Apresentar as ferramentas de implementação do modelo de gestão pela competência; d) Realizar pesquisa organizacional junto ao corpo gerencial dos empregados da CAIXA, com vistas a conhecer a percepção que estes têm sobre as vantagens competitivas que a gestão de pessoas por competências propicia à empresa. No primeiro capítulo será apresentada uma contextualização do modelo de gestão de pessoas por competências e sua utilização nas estratégias empresariais e suas origens históricas. Ainda neste capítulo serão apresentados os conceitos de competências humanas e competências organizacionais. No segundo capítulo apresentaremos uma metodologia para implantação da gestão de pessoas por competências em uma empresa, apontando as fases necessárias para que o plano de implementação seja bem sucedido em todas as esferas de comando da empresa. A propósito do capítulo três é o de apresentar os métodos de testes e os sistemas de avaliação que podem ser utilizados após a implementação da gestão de pessoas por competências, consistindo as ações a serem tomadas ao longo do tempo para dar continuidade ao plano. O capítulo quatro é dedicado à apresentação da empresa objeto da pesquisa de campo e da estratégia de implementação da gestão de pessoas por competências por ela utilizado; Por fim, no capítulo cinco, serão apresentados os resultados das respostas consignadas nos questionários aplicados, com a estatística das opiniões às questões direcionadas, bem como será feita analise da opinião aberta daqueles que a manifestaram espontaneamente. 10 CAPÍTULO I A GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS NA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Na opinião de GREEN (1999), a função recursos humanos está rapidamente se tornando a locomotiva da direção e da mudança nas organizações. Através das competências essenciais, valores centrais e habilidades individuais é possível vincular o que as pessoas dizem e fazem em seu dia-a-dia de trabalho à missão, à visão e aos valores da organização. Após explicar o que são competências, Green (1999), mostra como descrevê-las de maneira a captar as características peculiares de uma organização e seus associados. Mostra ainda como essas descrições podem ser utilizadas para encorajar ações observáveis e promover o alinhamento dos associados com os objetivos estratégicos da organização, como esquematizado na figura 01. Figura 01 – Competências essenciais e competências pessoais.Fonte Green 1999 Visão de Futuro Missão da Empresa Direcionament o Estratégico Competências Pessoais Competências Essenciais do Negócio Competências Genéricas Competências Específicas 11 Segundo Wood e Picarelli (1999), os sistemas tradicionais reforçam a manutenção de estruturas rígidas e constituem barreiras ao trabalho por processo enquanto na GPC, como a base de sustenção são as competências requeridas pela organização, estas estão diretamente ligadas aos objetivos organizacionais. Continuando, ressaltam que a GPC conduz a um melhor entendimento da organização; contruibui para melhora na performance da empresa, já que o conhecimento é melhor disseminado, bem como as estratégias da empresa. Como resultado da melhor disseminação do conhecimento, obtem-se a evolução profissional do empregado, com a qual obtem-se flexibilidade, inovação, agilidade e velocidade na empresa. FLEURY e FLEURY (2001) apontam que as tendências às mudanças nas práticas de gestão de pessoas tem sido verificada não só em empresas americanas e européias, mas em empresas brasileiras. Ressaltam que nos tradicionais processos de recrutamento e seleção, novos instrumentos, novas técnicas vêm sendo empregados, visando identificar pessoas com potencial de crescimento, flexibilidade para enfrentar incidentes críticos e as novas demandas da empresa. Todo o processo de desenvolvimento das pessoas deve estar alinhado à definição das estratégias de negócio e competências essenciais da organização. O GUIA DE GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS da CAIXA descreve a GPC como um sistema integrado de gestão que tem como referência os contextos organizacionais (missão, valores, estratégias) e os conhecimentos, habilidades, atitudes e características individuais dos colaboradores para orientar a captação, retenção e desenvolvimento das pessoas e para alcançar os objetivos empresariais. Esta integração está baseada nas competências que alimentam os vários contextos organizacionais, e permite regular as práticas e políticas de recrutamento, seleção, desenvolvimento e reconhecimento entre outras. Destaca ainda que as competências dos colaboradores subsidiam o planejamento estratégico, que orienta os rumos da organização e sinaliza as competências necessárias aos colaboradores, numa troca contínua. Partindo deste principio estabelece o conceito de competências organizacionais e de competências individuais. 12 1.1 Histórico da Gestão de Pessoas Por Competências Sobre as origens da remuneração por competências, Deluz (2004), relata que a discussão sobre o modelo de competências começa a ser realizado no mundo empresarial a partir dos anos 80, no contexto da crise estrutural do capitalismo, acarretada taylorista/fordista; pelo pelo esgotamento crescimento da do esfera sistema financeira produtivo advinda da internacionalização do capital e pelo acirramento da concorrência e pela desregulamentação do mercado de trabalho. Em resposta a essa crise estrutural, reestruturou-se o processo produtivo e estabeleceram-se novos modos de gerenciamento da organização e do saber dos trabalhadores. Os elementos dessas novas práticas de gestão que configuram o modelo de competências são: valorização dos altos níveis de escolaridade, valorização da mobilidade e acompanhamento individual da carreira; novos critérios de avaliação que valorizam comprometimento com as a competências empresa; relativas incentivo à à mobilização formação e contínua; desvalorização do antigo sistema de hierarquia e classificação, ligando carreira ao desempenho e formação. Sobre o sistema taylorista/fordista citado, Chiavenato (2001) descreve-o como aquele iniciado por Frederick W. Taylor, no começo do século XX, fundador da escola científica. O sistema introduziu o conceito de divisão do trabalho e a especialização do operário, proporcionando uma profunda reestruturação das operações industriais. Pelos princípios de Taylor, operário passou a ser especializado na execução de tarefas simples e elementares para se ajustar aos padrões estabelecidos. A limitação do operário à execução de sua tarefa de maneira contínua e repetitiva, tornou-a muito adequada às linhas de produção e foi rapidamente adotado pelas indústrias americanas e em seguida pelos demais países. Estes princípios tiraram do operário a liberdade e a iniciativa de estabelecer sua maneira de trabalhar, tornando o trabalho numa execução automática, repetitiva e padronizada. A administração científica preconiza ainda 13 o conceito de homem econômico, onde o trabalhador é influenciado exclusivamente por recompensas salariais, econômicas ou materiais, isto é, o homem só é impulsionado a trabalhar em busca de recompensas salariais. Henry Ford, o fundador da Ford Motors Co. com sua idéia de produzir carros populares, por meio da produção em massa, inovou a organização do trabalho com a produção de um maior número de produtos, com qualidade e ao menor custo possível. Esta melhoria foi possível graças ao aumento da produtividade da mão-de-obra, por meio da especialização e da linha de montagem. O operário era mais bem remunerado tanto quanto maior fosse a sua produção. Zarifian (2003), refere-se ao desenvolvimento do modelo de gestão por competências como uma transformação de longo prazo, ainda em curso, cujo objetivo é substituir dois grandes modelos dominantes até então: o modelo da profissão, cuja origem remonta às antigas corporações artesanais urbanas, altamente hierarquizadas, caracterizadas pela transmissão de ofício pelo mestre a seus aprendizes e o modelo do posto de trabalho, concebido a partir do século XVIII com a industrialização, dada a necessidade de adequação do trabalhador a uma área especializada do processo produtivo, não lhe sendo requerida nenhuma iniciativa pessoal. Então, a partir dos anos 80, com o surgimento de novas organizações produtivas, influenciadas pelo modelo japonês, a qualidade e complexidade do trabalho cresceram enormemente o que propiciou aos operários autonomia e conduziu-os à primeira linha do processo produtivo. Em relação ao panorama brasileiro, Wood e Picarelli (1999) observam que a gestão de pessoas por competências assume importância no meio empresarial a partir da década de 90, pois até então as empresas brasileiras viveram momentos confusos, marcados pela política de stop and go alternando momentos de crescimento com momentos de recessão -, e pela persistência de altas taxas de inflação. A conjuntura econômica desfavorável e uma cultura empresarial pouco atenta ao fator humano levavam a um modelo de gestão imediatista, voltado para o curto prazo. 14 Ao mesmo tempo, aconteceram nas empresas inúmeros processos de mudança (enxugamentos, downsizings, reengenharias etc.) nem sempre bem conduzidos que tiveram conseqüências negativas como, perda de know-how, piora da relação entre líderes e liderados, impactos negativos sobre a qualidade dos produtos e serviços, etc Impulsionada pela abertura da economia, redução e estabilização da inflação, onde as empresas passaram a se preocupar com questões de médio e longo prazo, em contrapartida à visão imediatista dominante até então, voltada para o curto prazo, provocada por períodos de alta inflação e momentos de crescimento e recessão. Para estes autores, esta era de mudanças trouxe para o mundo empresarial um novo patamar de competição e um tema que se discute muito em torno dessa nova era de competição é o que diz respeito à qualificação da mão-de-obra. O trabalhador deixou de ter uma atuação meramente mecânica e passou a ser substituído por um novo perfil de trabalhador que tem melhor formação, melhor treinamento e melhor qualificação, capaz de entender como seu trabalho se relaciona com os resultados da empresa. Nestas condições, o profissional passa a necessitar de menos supervisão e passa a ter mais autonomia. Sabe agir diante de imprevistos e procura melhorar os processos sob sua atuação. Nessa nova relação empresa-colaborador, este passa a ser visto como um investimento e fonte de vantagens competitivas e não mais um custo para a empresa. O desenvolvimento de competências organizacionais e individuais deve ser alicerçado sobre essa nova relação de trabalho. Para Rezende (2002), em tempos de menor competitividade empresarial, as organizações eram voltadas à produtividade e qualidade e o estilo de administração era autocrata, valorizava a disciplina e o comportamento, em detrimento dos resultados. Com o aumento da competitividade nos negócios, fator que introduz a necessidade de altos padrões de qualidade e produtividade, tornaram-se importantes as competências e habilidades como fatores determinantes ao bom desempenho. 15 Nesse sentido, o tempo de serviço e o bom comportamento no emprego, tiveram suas importâncias reduzidas, dando lugar a uma nova metodologia de avaliação por habilidades e competências. Ainda segundo Rezende (2002), a remuneração por competências não é um modismo e sim a evolução do modelo tradicional, com correções em suas deficiências e métodos e acréscimos inovadores. Os critérios de diferenciação recaem agora sobre as pessoas e não mais sobre os cargos. O autor sugere ainda que se trata da maior evolução ocorrida na administração de recursos humanos nos últimos tempos. 1.2 Definição de Competências Humanas Zarifian (2003, p.139) descreve: “competência é a tomada de iniciativa e o assumir de responsabilidade do indivíduo sobre problemas e eventos que ele enfrenta em situações profissionais”. Para esse autor, o assumir responsabilidade não está associada ao aspecto negativo da responsabilização por não fazer algo corretamente ou não fazê-lo, mas sim pelo aspecto positivo de responder por e ir até o fim pela sua tomada de iniciativa, que pode ser chamada profissionalmente de ‘consciência profissional’. Sobre competências individuais, Lyle M. Spencer e Signe M. Spencer apud Nisembaum (2000), fornecem-nos a seguinte definição: Uma competência é uma característica fundamental de um indivíduo que está causalmente relacionada a um critério de eficácia e/ou performance superior num trabalho ou situação. A característica fundamental significa que a competência é uma parte profunda e permanente da personalidade da pessoa e que pode prever comportamentos numa variedade ampla de situações e trabalhos. Continuando em sua definição, competências individuais 16 são características profundas da personalidade de uma pessoa e que são difíceis de serem mudados. Esta definição não inclui de uma forma clara a perspectiva de aprendizagem e evolução das pessoas e remete a que padrões específicos a mensurar são de ordem comportamental que por sua vez leva a uma avaliação de performance por indicadores subjetivos. Uma outra definição de Competências individuais é a de F.A. Olafson apud Nisembaum (2000), segundo o qual: Competências são capacidades internas que as pessoas trazem aos trabalhos delas. Elas podem expressar-se de múltiplas formas através da performance no trabalho. Entendemos por competência a capacidade treinada ou a habilidade de desenvolver alguma atividade ou desempenhar alguma função mais ou menos por conta própria, e esta atividade envolve tanto operações concretas como operações simbólicas, e na maioria dos casos uma combinação de ambas. Para o especialista Scott B. Parry, apud Wood e Picarelli (1998), competência é um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados, que afeta parte considerável da atividade de alguém, que se relaciona com o desempenho, que pode ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que poder ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento. Gramigna (2002), por sua vez, define competências como repertórios de comportamentos e capacitações que algumas pessoas dominam melhor que outras, fazendo-as eficazes em uma determinada situação. 1.3 Definição de Competências Organizacionais 17 Para Hamel e Prahalad (1995), competir pelo futuro é competir pela criação e domínio das oportunidades emergentes. Abrir caminho é mais compensador que seguir o outros. O desafio é desenvolver uma grande capacidade de prever para onde o mercado de amanhã estará. Esta visão de estratégia reconhece algo mais que o planejamento anual incrementalista, necessitando de uma arquitetura estratégica que elabore a planta para construção das competências necessárias para dominar os mercados futuros. Preocupa-se menos em garantir uma adequação total entre metas e recursos e preocupa-se mais em criar metas que superem os limites e desafiem os funcionários a conseguir o que parece impossível. Continuando com sua abordagem, Hamel e Prahalad (1995) acrescentam que esta visão de estratégia reconhece que a competição pela liderança das competências essenciais, ou core competences, precede a competição pela liderança de produtos e concebe a corporação como um portfólio de competências. Na visão de Nisembaum (2000), para que as empresas possam perseguir os desafios futuros e acompanhá-los é necessário que esta crie um mapa das competências essenciais, que são aquelas diferenciadas e difíceis de serem copiadas pela concorrência, que as permitam manter e desenvolver sua competitividade. A estratégia de uma empresa que adotou a gestão pela competência deve ser a de identificar essas capacidades e competências a partir da perspectiva interna de seus processos, associando-os à perspectiva dos clientes, selecionando segmentos de mercado onde essas competências ofereçam maior valor agregado. Essa abordagem permite à organização um diferencial competitivo e a possibilidade de manter sua participação no mercado futuro. Ainda sobre as competências organizacionais, Nisembaum (2000) ensina-nos que estas são constituídas pelo conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias e comportamentos que uma empresa possui e consegue manifestar de forma integrada na sua atuação, impactando na 18 performance e contribuindo para os resultados. Para esse autor as competências organizacionais dividem-se em: Competências básicas: São aquelas essenciais ao negócio da empresa, sem as quais não é possível alcançar eficácia administrativa e nem alcançar liderança e diferenciação no mercado. Competências essenciais: Quando possui valor percebido pelos clientes, contribui para a diferenciação entre concorrentes e aumenta a capacidade de expansão. Hamel e Prahalad (1995), citam os perigos que ameaçam uma empresa quando esta não é capaz de compreender as competências essenciais próprias e as de seus concorrentes. O fator inicial a ser destacado pelos autores é o de que as empresas correm o risco de que as oportunidades de crescimento passem despercebidas, pois é freqüente entre as empresas a perda de oportunidades, pela inabilidade de conquistarem novos espaços competitivos. Quando alguém na organização identifica uma nova oportunidade, se as competências necessárias para responder a essa oportunidade pertencerem a outra unidade de negócios, não existe uma redistribuição das pessoas que detêm essas competências, fruto da proteção de gerentes para com o seu pessoal. Poucas empresas possuem mecanismos claros para garantir que os melhores talentos sejam alinhados atrás das novas oportunidades mais atraentes. O resultado são competências aprisionadas e subalavancadas. Outro fator de risco é a divisão de empresa em pequenas unidades de negócios, acarretando a fragmentação das competências e o enfraquecimento das mesmas. As fronteiras das unidades de negócios dificultam a aplicação cruzada e retardam os processos de aprendizado cumulativo através dos quais as competências são aprimoradas. O isolamento das unidades acaba predispondo-as a se esforçarem no desenvolvimento somente de competências que contribuam para a competitividade dos atuais produtos de sua responsabilidade. Releva destacar ainda que a ausência de uma perspectiva das competências essenciais também pode fazer com que a empresa perca a 19 sensibilidade de sua dependência crescente em relação aos fornecedores externos de produtos essenciais.Uma empresa concentrada apenas nos produtos finais talvez não consiga investir adequadamente em novas competências essenciais capazes de estimular o crescimento futuro. Para crescer no futuro, a empresa precisa desenvolver competências no presente. O investimento em novas competências essenciais proporciona as sementes para a colheita de produtos no futuro. Uma empresa incapaz de compreender as competências essenciais que servem de base para a competição em seu setor pode ser surpreendida por novas empresas que contam com competências desenvolvidas em outros mercados finais. Por fim, as empresas insensíveis à questão da competência essencial podem imperceptivelmente abrir mão das habilidades valiosas quando fazem desinvestimentos em negócios com desempenho insatisfatório. Partindo para a tipologia das competências organizacionais, Gramigna (2002), classifica as competências organizacionais em quatro grupos distintos: Diferenciais: localizadas em nível estratégico, constituem a vantagem competitiva da empresa e são definidas quando do estabelecimento da missão empresarial. Essenciais: são as mais importantes para o sucesso do negócio e devem ser percebidas pelos clientes. Básicas: voltadas para o ambiente interno, mantêm a organização funcionando, através da promoção do clima de produtividade; Terceirizáveis: são aquelas que não colaboram na atividade fim da empresa, podendo ser repassadas a um agente externo com maior competência e valor agregado. 20 CAPÍTULO II METODOLOGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS A implantação do modelo de gestão de pessoas por competências deve ser realizada em blocos interventivos que podem ser acontecer de maneira concomitante ou seqüencialmente, pelo que sugere Gramigna (2002). Ainda segundo esta autora, para que a implementação do modelo de gestão por competências seja bem sucedida, é preciso estar ciente de que, para cada tipo de negócio, são requeridos perfis adequados ao ramo. É preciso reconhecer também que as demandas por competências são mutáveis, isto é, um perfil requerido hoje poderá estar inadequado amanhã, exigindo novos desenvolvimentos de competências. Wood e Picarelli (1999, p. 168), sobre a implementação de um projeto de gestão de pessoas por competências, observam que o propósito do projeto deve ser bem definido e para que sua execução seja facilitada, é preciso considerar os seguintes fatores: primeiro: a estratégia do negócio que inclui a visão de futuro e o conhecimento do core business e das competências organizacionais; segundo: os sistemas de gestão, de informações e de comunicação interna e externa; terceiro: a cultura organizacional, incluindo a relação líder-liderado, a prontidão para mudança, a dinâmica de poder, os processos decisórios e atitude diante de riscos; quarto: a estrutura organizacional, em particular o grau em que o modelo utilizado favorece a agilidade e a flexibilidade; quinto: os sistemas de educação e desenvolvimento; e 21 sexto: o grau em que as práticas gerenciais favorecem o aprendizado organizacional. 2.1 Sensibilização Para Gramigna (2002), sensibilizar é conquistar a adesão de pessoaschave da administração e dos postos de trabalho, na busca de comprometimento com o processo. A sensibilização tem a finalidade de “vender” a idéia à direção da empresa. Hamel e Prahalad (1995), ressaltam que a perspectiva das competências essenciais crie raízes dentro de uma organização, toda a equipe de gerência precisa compreender detalhadamente e participar das cinco tarefas fundamentais da administração das competências: 1) identificar as competências essenciais existentes; 2) definir uma agenda de aquisição de competências essenciais; 3) desenvolver as competências essenciais; 4) distribuir as competências essenciais e 5) proteger e defender a liderança das competências essenciais. 2.2 Definição de perfis Para Hamel e Prahalad (1995), uma empresa não pode administrar ativamente as competências essenciais se os gerentes não compartilharem de uma visão de quais são essas competências. Portanto, a clareza de uma empresa na definição de suas competências essenciais e o grau de consenso que ela atribui a essa definição são os testes mais rudimentares da capacidade de uma empresa de gerenciar suas competências essenciais. Embora a maioria dos gerentes tenha alguma noção do que se faz bem feito na empresa, talvez tenha bastante dificuldade em delinear qualquer tipo específico de ligação entre um determinado conjunto de habilidades e a competitividade de produtos finais e serviços. Portanto, a primeira tarefa na administração de competências essenciais é fazer um levantamento dessas competências. 22 Ainda segundo Hamel e Prahalad (1995), quando foram observadas empresas tentando definir suas competências essenciais, verificou-se que o processo era casual e político. O resultado é um rol de habilidades, tecnologias e capacidades, a maioria não essenciais.. O aspecto político refere-se ao que os participantes do processo tentam garantir que as atividades gerenciadas por ele sejam consideradas essenciais. O tempo necessário para chegar a uma definição original, criativa e compartilhada das competências essenciais em uma grande empresa provavelmente será medido em meses, não em semanas. No caminho da identificação das competências essenciais, geralmente as empresas incorrem em dois erros básicos: Delegar a tarefa a técnicos da empresa e definição incorreta de ativos e infra-estrutura como competências essenciais. As competências essenciais são a alma da empresa e, como tal, precisam ser parte integrante do processo administrativo como um todo. Quando apenas a comunidade técnica se sente dona do processo, a utilidade do conceito no desenvolvimento de novos negócios fica consideravelmente ameaçada. A definição incorreta de ativos e infra-estrutura como competências essenciais e a incapacidade de escapar de uma visão ortodoxa das capacidades da empresa centrada no produto. Além disso, se os executivos tiverem muita pressa em concluir o trabalho, talvez não consigam fazer com que todos compreendam realmente os rótulos criados para descrever as competências essenciais. Um grande grupo de pessoas deve ser capaz de descrever a compartilhar competência de uma em termos compreensão razoavelmente das habilidades semelhantes e incorporadas à competência. Outro erro comum às empresas é que estas freqüentemente não conseguem aplicar o teste do valor percebido pelo cliente à sua lista de competências, que é realmente crítico para as competências específicas da organização. 23 É importante não só identificar e chegar a um acordo com relação às competências essenciais, mas também identificar os elementos que contribuem para cada umas dessas competências. Para tanto é imprescindível que a empresa construa e mantenha um banco de dados para saber inventariar as competências e quem as detém. Além disso, as empresas precisam adotar o benchmarking de suas competências essenciais com base em outras empresas. Entretanto, os concorrentes tradicionais talvez não devem ser alvo das maiores preocupações. Os gerentes sêniores precisam participar inteiramente do processo de identificação de competências essenciais. A tarefa de descobrir as competências essenciais de uma empresa não pode ser delegada pela gerência sênior, nem pode ser concluída em uma reunião de um ou dois dias fora do local de trabalho. O objetivo do processo é desenvolver uma compreensão ampla e detalhada das habilidades que mantêm atualmente o sucesso da empresa, escapar à miopia dos mercados servidos, ressaltar a propriedade compartilhada da empresa, indicar um caminho para novos negócios, aumentar a sensibilidade à realidade da competição pela competência e fornecer a base para gerenciar ativamente aquilo que, afinal, constitui o recurso mais valioso da empresa. O exercício de identificação de competências essenciais não pode adotar uma abordagem mecanicista, baseada em um checklist. 2.3 Avaliação de competências O projeto de avaliação visa à busca de caminhos que levem a harmonizar características individuais com necessidades organizacionais, ensina-nos Wood e Picarelli (1999), e deve ser planejado pela área de RH em conjunto com uma consultoria especializada externa, com objetivo de buscar a isenção e a neutralidade na condução do processo. Uma das ferramentas mais utilizada para a avaliação de competências é o chamado método do assessment center, definido por Wood e Picarelli 24 (1999) como um procedimento de avaliação do potencial das pessoas, seus atributos, habilidades e competências individuais, verificando sua compatibilidade com as exigências da área onde atua ou irá atuar. É necessário ainda analisar se estas características são adequadas à cultura organizacional e se estão alinhadas com as core competences da empresa, cujo esquema pode ser visualizado na figura 02. Figura 02 – Método do assessment center.Fonte: Wood e Picarelli 1999 Indivíduo Organização Avaliação de potencial e competências Avaliação das competências essenciais necessárias Estratégia Imagem Auto-imagem Estrutura Estilo gerencial Identidade Plano de Desenvolvimento Individual Educação continuada Mudança de área Sugestões para a organização Mudança de estrutura Implantação de sistemas e processos. Este método pode ser utilizado, pela empresa na seleção de candidatos a cargos gerenciais ou de direção, para diagnosticar pontos fortes e fracos em termos de habilidades competências e atributos de profissionais, utilizando-se os resultados na orientação de capacitação e desenvolvimento de carreira e, por fim, o método pode ser utilizado como instrumento de apoio na condução de processos de desenvolvimento organizacional ou mudança organizacional. 25 CAPÍTULO III MÉTODOS UTILIZADOS EM TESTES E SISTEMAS DE AVALIAÇÃO O método do assessment center utiliza vários testes, sistemas de avaliação, exercícios grupais, testes de personalidade e perfis de atitudes para cumprir seus objetivos, conforme definição de Wood e Picarelli (1999). Continuando em suas definições, os autores relatam que os testes situacionais - work simulations - são utilizados para observar comportamentos específicos dos participantes em simulações do ambiente de trabalho. Em uma situação típica, solicita-se ao avaliado que analise um problema real da empresa. Em seguida, ele (ou ela) deve apresentar suas conclusões por meio de um relatório ou de uma apresentação oral. Os exercícios grupais são usados para avaliar o comportamento do analisado em relações interpessoais. Em uma avaliação desse tipo, observadores treinados acompanham os exercícios situacionais, analisando as reações e os comportamentos dos participantes. Muitos assessment centers restringem suas atividades a essa metodologia de análise. Como resultado dessa sistemática, o obtém-se um relatório que contém o perfil de competências dos avaliados, o potencial de desenvolvimento, os gaps em relação às necessidades organizacionais e recomendações para que esses gaps sejam superados. De forma sintética, um relatório de avaliação demonstra à empresa sua situação atual, qual o patamar que precisa ser atingido e o que precisa ser feito para atingir o resultado ideal. 3.1 Capacitação Gramigna (2002), argumenta que o modelo de competências está baseado na premissa de que o potencial de desenvolvimento humano é ilimitado. Assim, após a definição das competências organizacionais e dos 26 levantamentos internos, os colaboradores da empresa podem ser classificados conforme a figura 03: POTENCIAL Figura 03 Classificação por grupos. Fonte: Gramigna (2002) PP T AM M DESEMPENHO AM – Abaixo da Média, são casos que devem ser estudados atenciosamente, visando descobrir o motivo do baixo desempenho, alocando-o em outras funções (aproveitamento em outra área), fornecer feedback. M – Mantenedores, são essenciais à empresa e obtêm bom desempenho com sua dedicação. Para esse grupo é indicado um plano de desenvolvimento para ampliação e domínio de competências. PP – Potenciais prodígios – possuem alto potencial não manifesto e necessitam de análise para verificação do baixo desempenho. Podem estar desmotivados, em ambientes de trabalho ruim, sem estímulos por parte da gerência, em funções incompatíveis com seu potencial, baixo nível de desafio na atividade e falta de reconhecimento. T – Talentos - constituem a maior riqueza de uma organização, sendo extremamente necessário aproveitar seu potencial. Devem ser chamados a participar de projetos desafiadores para ampliar sua responsabilidade. As empresas devem manter sempre um programa de desenvolvimento para os talentos a fim de retê-los na organização. 3.2 Certificação 27 Como sugere Rezende (2002), certificar é validar e dar credibilidade aos resultados de uma aprendizagem e condições especiais adquiridas, atendendo a requisitos e outras situações. Certificar competência é dar credibilidade e seriedade a um plano de remuneração por competência. A certificação torna mais exigentes os critérios de promoção e aumentos salariais, por que exige efetivo desenvolvimento profissional, contrapondo-se ao modelo tradicional de planos de cargos e salários, já que este não exige o desenvolvimento e nem a melhora de desempenho para ascensão profissional. Para implementação de um plano de certificações, leva-se em conta o que certificar, constituído pelos requisitos considerados no recrutamento interno, nas promoções, transferências e aumentos salariais, o como certificar, constituído pelo instrumento a ser utilizado (diplomas, provas práticas, testes de habilidades), atestado de alguma autoridade, parecer favorável de um comitê, avaliação de potencial/desempenho e por fim quem fará a certificação – escola, centro de treinamento, comitês, auditores, superiores, que dependerá da certificação a ser dada. 3.3 Gestão de desempenho Depois de definir os perfis desejados, verificar as performances, manter o banco de talentos, capacitar e certificar, os resultados devem ser avaliados, por meio de ferramentas e metodologias específicas. Pela avaliação, a gerência verifica se a sua equipe evoluiu ou involuiu, obtendo nova base de informações. A verificação do desempenho tem foco nas competências definidas nos perfis, agregadas a atitudes e comportamentos só observáveis no dia-a-dia do trabalho, descreve Gramigna (2002). 28 CAPÍTULO IV A EMPRESA OBJETO DA PESQUISA A empresa alvo desta pesquisa, a Caixa Econômica Federal, CAIXA, uma instituição financeira sob a forma de empresa pública de direito privado, criada nos Termos do Decreto-Lei n. 759, de 12 de agosto de 1969, que unificou as Caixas Econômicas Federais existentes nos estados até então. Em 1986 a CAIXA absorveu o Banco Nacional da Habitação – BNH, transformando-se na maior agência de desenvolvimento social da América Latina. A CAIXA é o principal agente das políticas sociais do governo federal, sendo atualmente a instituição financeira com maior capilaridade no país, estando presente em todos os municípios brasileiros. Sua rede física de atendimento conta atualmente com 17 mil pontos de atendimento, integrados por agências e postos, complementadas por casas lotéricas e correspondentes bancários. Ao priorizar os setores de habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, a CAIXA exerce um papel fundamental na promoção do desenvolvimento urbano e da justiça social no País, contribuindo para a melhoria na qualidade de vida da população, especialmente a de baixa renda. 4.1 Modelo de Gestão de Pessoas por Competências Adotado na CAIXA Segundo Rego (2002), a gestão de pessoas por competências foi instituída na CAIXA a partir de meados de 2002, com a execução de um projeto piloto em duas Superintendências Nacionais do edifício sede e em uma unidade de negócios da empresa denominado Escritório de Negócios do Sul de Minas. O modelo de gestão por competências adotado pela CAIXA alinha o desempenho de seu público interno à estratégia da empresa, utilizando-se 29 para tanto das seguintes etapas: identificação das competências corporativas; identificação das competências das pessoas; seleção das competências que compõem os perfis dos cargos; mapeamento de competências; certificação de competências; plano de desenvolvimento individual (PDI); plano de desenvolvimento corporativo (PDC) e banco de competências. A estratégia da empresa foi baseada no recrutamento, seleção, treinamento, formação, gestão de carreira, desempenho do empregado e orientação ao estabelecimento de parcerias, com base em competências. As competências corporativas foram definidas pela CAIXA como aquelas que necessitam ser reconhecidas no mercado como de difícil imitação pelos concorrentes, que permitem à empresa acesso aos mercados específicos atuais e futuros e que são percebidas pelos clientes. Com relação às competências das pessoas estas foram compostas pelos conhecimentos, habilidades e atitudes que influenciam o resultado da empresa e agregam valor à pessoa. Suas características básicas são a geração de diferencial no desempenho da organização, são mensuráveis, treináveis e observáveis e independem da estrutura da organização. Ainda segundo Rego (2002), após a identificação das competências descritas acima, a CAIXA definiu o perfil de competências dos cargos, caracterizada pelo grau mínimo recomendado de competência para cada cargo constante no plano de cargos e salários. O grau refere-se ao comportamento mínimo a ser apresentado pelos ocupantes do cargo. O mapeamento de competências foi constituído pela comparação entre os comportamentos de competências exigidos pela organização com os comportamentos apresentados pelo empregado. Esta etapa objetiva subsidiar o gestor e o empregado para a etapa de certificação de competências e registrar a presença ou não dos comportamentos de competências requeridas. O quadro 01 apresenta a metodologia utilizada pela CAIXA no mapeamento de competências, composta pelos seguintes tipos de mapeamento: automapeamento, pelo gestor imediato, pela equipe e por vinculação técnica. 30 Quadro 01 – Processos de mapeamento. Fonte: Manual Normativo CAIXA, vigência 26/09/2007 Tipo de mapeamento Quem faz o Quem é mapeado mapeamento Automapeamento O próprio ocupante do O próprio ocupante do cargo em comissão de cargo em comissão de natureza gerencial, natureza técnica, Pelo Gestor Imediato gerencial, de técnica, de assessoramento.. assessoramento. O gestor imediato O ocupante de cargo de natureza gerencial, técnica e assessoramento diretamente subordinado. Pela Equipe O empregado O gestor imediato dessa diretamente equipe, com exceção do subordinado gerente regional de negócios. Pelos pares Pares Gestor ou o ocupante de cargo técnico e de assessoramento. A metodologia de certificação de competências utilizada pela CAIXA compreende o consenso, o feedback e o registro do perfil final de competências do empregado. O feedback neste caso objetiva a troca de observações entre o gestor e o empregado logo após o conhecimento dos resultados da certificação, constituída por uma informação direta e clara, que o empregado mapeado obtém, sobre a eficácia do desempenho da execução das atividades inerentes ao cargo que ocupa. Além disso, subsidia o gestor e o empregado no estabelecimento das ações de desenvolvimento, de forma sistemática e estruturada. Com base no resultado das certificações, dos planos 31 de desenvolvimentos individuais e, seguindo a estratégia da empresa, elaborou-se o Plano de Desenvolvimento Corporativo – PDC, que são ações de desenvolvimento corporativo para o ano. A conclusão das etapas descritas possibilita a CAIXA a montagem de um banco de competências, na forma descrita por Rego (2002): Banco informatizado que contém a relação de empregados e suas competências nos respectivos graus, que permite ao gestor identificar os gaps e talentos existentes no âmbito de sua equipe e da CAIXA. O banco de competências fornece a área de RH da organização e aos gestores estratégicos a identificação de gaps e competências corporativas e racionalizar a aplicação de recursos em Treinamento e Desenvolvimento. Dessa forma, a CAIXA pode conhecer melhor seus empregados para prover cargos, alocar empregados para participar de projetos, identificar potenciais sucessores e elaborar planos de desenvolvimento corporativo. 32 CAPÍTULO V ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS Para Roesch (1999), em pesquisas quantitativas, como é o caso desta pesquisa, os dados coletados devem ser submetidos à análise estatística. As medidas são codificadas e podem então ser manipuladas de acordo com o objetivo do plano. A primeira análise da amostra foi direcionada à obtenção do perfil dos entrevistados, primeiramente pela distribuição das faixas etárias em relação ao sexo, cujo resultado demonstramos no gráfico 01. O gráfico mostra que a população feminina com mais de 40 anos representa 34% do total, seguida da população masculina com mais de 40 anos, com 20% do total, mostrando um perfil maduro dos pesquisados. A análise seguinte constituiu-se na comparação do tempo de serviço na instituição com sexo dos entrevistados, conforme gráfico 02: Verificamos que o universo de empregados do sexo feminino cujo tempo de serviço situa-se entre 16 e 25 anos é dominante com 36% do total, seguido pelos empregados do sexo masculino com tempo de serviço entre 16 e 25 anos com 26% da amostra. O gráfico 03 apresenta o perfil funcional dos entrevistados onde os dados estatísticos mostram que a população de ocupantes de cargos técnicos representa 80% da amostra, 18% ocupam cargos gerenciais e 2% não ocupam cargos comissionados. Passamos então a averiguar as opiniões dos empregados em relação ao pressupostos da gestão pela competência, principalmente no que se refere às potencialidades do modelo tanto no contexto corporativo, onde este é tido como diferencial competitivo na busca da excelência e produtividade quanto no contexto humano, onde a relação empresa x empregado torna-se um dos elementos chave do sucesso da empresa, cujos resultados estão demonstrados no quadro 02: 33 Quadro 02 – Distribuição percentual das respostas ao questionário. Questão A gestão de pessoas por competências é fundamental para que a empresa atinja seus objetivos estratégicos? A gestão de pessoas por competências possibilita à empresa diferencial competitivo frente a concorrentes? Com relação às competências essenciais, você considera que a CAIXA indentificou suas competências cujo valor é percebido pelos clientes e a diferenciam dos concorrentes? A identificação e certificação das competências individuais está em sintonia com as competências da organização? Em sua opinião, o plano de desenvolvimento individual, pode suprir as lacunas de competências identificadas nos mapeamentos já realizados? A gestão de pessoas por competências é um moderno instrumento de gestão que pode abrir novos horizontes na carreira profissional interna para os empregados da CAIXA? Em sua atuação profissional, consideradas suas habilidades e atitudes frente aos desafios impostos, contribuem para o resultado da empresa? Concordo Plenamente Concordo Parcialmente Discordo Parcialmente Discordo Plenamente 56,00% 34,00% 4,00% 6,00% 40,00% 40,00% 12,00% 8,00% 18,00% 48,00% 22,00% 12,00% 16,00% 56,00% 22,00% 6,00% 20,00% 32,00% 30,00% 18,00% 50,00% 42,00% 6,00% 2,00% 72,00% 24,00% 4,00% 0,00% Inicialmente, foi dada ênfase à questão da utilização estratégica da gestão de pessoas por competências qual seja a importância percebida para que a empresa atinja seus objetivos institucionais. Observou-se que a concordância total em 56% das opiniões é significativamente maior que as demais opiniões. Esta constatação reafirma a opinião de Wood e Picarelli (1999), de que vivemos uma era de mudanças e 34 que estas mudanças trouxeram para o mundo empresarial um novo patamar de competição. Neste contexto, o trabalhador deixou de ter uma atuação meramente mecânica e passou a ser substituído por um novo perfil de trabalhador que tem melhor formação, melhor treinamento e melhor qualificação, capaz de entender como seu trabalho se relaciona com os resultados da empresa. Houve também concordância total e parcial em 40% das opiniões a respeito da afirmativa que a gestão de pessoas por competências oferece à empresa um diferencial competitivo frente aos concorrentes. Aprofundando-se um pouco mais na questão do diferencial competitivo, a teoria indica a necessidade de que as competências essenciais da organização tenham valor percebido pelos clientes. Sobre este pressuposto, foi solicitado aos entrevistados que se manifestassem quanto à definição que a empresa realizou quanto às suas competências essenciais e se estas são efetivamente de valor para seus clientes. 48% disseram concordar parcialmente com este enunciado, o que nos permite concluir que as opiniões refletem positivamente a teorias de Nisembaum (2000), para quem uma competência essencial deve ter valor percebido pelo cliente; Gramigna (2002), segundo a qual uma competência é essencial quando possui valor percebido pelos clientes, contribui para a diferenciação entre concorrentes e aumenta a capacidade de expansão. Em seguida, passando a questões relativas à implementação prática do modelo, os entrevistados foram questionados sobre a identificação das competências, certificações e planos de desenvolvimento pessoal, cujos resultados apresentaram-se variados. A avaliação e certificação de competência tiveram concordância parcial para 54% dos entrevistados, enquanto que a opinião sobre a eficácia de estabelecimento de um plano de desenvolvimento pessoal teve concordância parcial para 32%. Ressalta-se a discordância parcial para 30% dos entrevistados, indicando uma possível falha na sistematização dos planos de desenvolvimento pessoais. Para verificar a percepção dos empregados com relação ao impacto funcional e perspectiva de carreira com a adoção do modelo de gestão de pessoas por competências, 50% relataram a concordância plena com o método. 35 Na verificação da parcela de contribuição individual como resultado do modelo, os empregados consultados mostraram concordância plena em 72% dos questionários, indicando boa receptividade pelo corpo funcional do modelo adotado. Quando solicitados a opinar espontaneamente sobre o modelo de gestão de pessoas por competências, os depoimentos foram dados em 12 questionários, cujos conteúdos estão abaixo transcritos: “Há um longo caminho a percorrer, mas alguns passos foram dados.” “Vejo como uma forma dos gestores estarem avaliando sua equipe de trabalho, podendo contribuir para o desenvolvimento das pessoas e motivação da equipe, mas como está em desenvolvimento, só o tempo dirá se vai ser produtivo.” “Seria interessante a organização investir mais em treinamentos para melhor utilização das competências internas.” “As ações adotadas pela CAIXA para gestão de pessoas por competência ainda são incipientes e precisam ser melhoradas e principalmente aplicadas pelos gestores e direção da empresa.” “A gestão de pessoas por competências é um moderno instrumento de gestão que pode abrir novos horizontes na carreira profissional interna para os empregados da CAIXA sendo que é fundamental a maturidade profissional de seus empregados, principalmente os gestores para os quais percebe-se uma grande carência de maturidade profissional. A competência é um dos principais critérios de seleção de pessoas uma vez que permite verifica se o empregado possui conhecimento, habilidade e atitude para exercer a função exigida dentro da empresa.” “Processo teórico e parcialmente assimilado e visualizado na prática. Aplicação efetiva e sincera ausente.” 36 “É uma ferramenta importante na gestão de pessoas dentro da empresa, porém não deve ser ‘sufocador’ dos demais instrumentos estratégicos” “Os critérios de avaliação devem ser claros e objetivos.” “Percebo a necessidade de sensibilização e desenvolvimento dos gestores para o sucesso do GPC, pois os gestores não estão devidamente preparados para contribuir com seus subordinados em relação ao PDI.” “O PDI da CAIXA é um projeto válido, mas não foi devidamente implantado nas unidades.” “A gestão de pessoas por competência vai contribuir para melhoria dos processos internos e resultados.” “O grau de competência de um profissional deve ser mensurado não somente através de ferramentas e instrumentos técnicos, mas também através da ação consistente e de dialética deste profissional em seu cotidiano, gerando parâmetros para análise de resultados, alcance de objetos e práticas satisfatórios para a organização. Neste contexto, é necessário o desenvolvimento de ações e critérios que possam viabilizar as oportunidades para uma ampla e efetiva gestão de pessoas.” As manifestações espontâneas sugerem que os empregados entrevistados possuem uma boa compreensão dos objetivos da gestão de pessoas por competências, porém indicam que a gestão de pessoas por competências na CAIXA encontra-se em estágio de desenvolvimento ou não está completa. Podemos inferir que esta se encontra atualmente na fase definida por Wood e Picarelli (1999) como avaliação de competências, ou seja, aquela na qual está sendo procedida a avaliação do potencial das pessoas, seus atributos, habilidades e competências individuais e procurando 37 compatibilizá-las com as exigências da área onde o empregado atua ou pretende atuar. Assim sendo, não é possível a continuidade da implementação do processo, onde Gramigna (2002) orienta ao próximo passo, quando os empregados serão mapeados e agrupados de acordo com os vários perfis definidos pela autora - abaixo da média, mantenedores, potenciais prodígios e talentos, tornando possível a inicialização de vários procedimentos possíveis para cada grupo individualizado, ou seja: Para os empregados classificados abaixo da média – destinar ações de verificação do motivo do baixo desempenho e, sendo necessário, alocá-lo em outras funções; Para empregados mantenedores: aplicação de um plano de desenvolvimento, visando a melhoria do desempenho, já que são essenciais à empresa; Para empregados prodígios: Considerando o seu alto potencial manifesto, investigar as causas do baixo desempenho, com vistas a incrementar o desenvolvimento individual; Para empregados de talento: Implementar planos de aproveitamento máximo de seu potencial, já que são extremamente necessários à organização. Com relação à continuidade do processo, não é possível a introdução da gestão do desempenho, sugerida por Gramigna (2002), vez que as etapas precedentes e indispensáveis à continuidade do processo não foram finalizadas, ou seja, antes que seja possível verificar as performances, capacitar e certificar, não é possível a realizar nenhuma avaliação de resultados, para obter a evolução ou involução do desempenho. 38 CONCLUSÃO Ao final desse trabalho de pesquisa, é importante ressaltar que, pela retrospectiva histórica da gestão de pessoas por competências, conclui-se que o sistema taylorista/fordista que relegou os empregados, de uma maneira geral, à categoria de autômatos, especializados na execução de tarefas puramente mecânicas, desprovidos de qualquer possibilidade de interferirem subjetivamente no processo produtivo, passa rapidamente a dar lugar a uma nova categoria de trabalhadores dotados de autonomia e capacidade de contribuir no processo produtivo, utilizando-se para tanto de suas habilidades e competências. É correto, então, afirmar que se vive em uma época em que o conhecimento humano e a capacidade de superação de desafios encontram no meio empresarial hipercompetitivo sua razão de existir, sem a qual a simbiose entre empresa e empregados torna-se frágil. Com estas constatações foi possível concluir satisfatoriamente o objetivo proposto de fazer uma análise histórica do surgimento do modelo de gestão de pessoas por competências. Com relação à distinção entre competências organizacionais e humanas, a teoria as distingue de maneira clara, pois enquanto esta significa a disponibilização por parte do empregado de seus repertórios pessoais de talentos e habilidades na execução de suas atribuições profissionais, tomando iniciativas e assumindo a responsabilidade pelo fazer bem feito, conferindo-lhe uma performance superior, aquela relaciona-se com conhecimentos habilidades e tecnologias que uma empresa possui e que conferem à empresa um diferencial sobre seus concorrentes e podem conduzi-la à liderança de mercado. O objetivo de apresentar ferramentas de implementação da gestão de pessoas por competências encontra-se amplamente amparado, principalmente pelos métodos de Wood e Picarelli, juntamente com Gramigna, conforme pôde ser visto no desenvolver deste trabalho. 39 Atendido também está o objetivo de realizar pesquisa junto ao empregados da CAIXA, visando conhecer o ambiente organizacional interno proporcionado pela implementação da GPC, pelo que foi amplamente mostrado no capítulo específico de discussão dos dados levantados na pesquisa. Os dados da pesquisa trazem uma inquietante constatação de que até o presente momento não é possível à CAIXA estabelecer qualquer parâmetro de desempenho vinculado à gestão por competências, considerando que a instrumentalização do método não foi concluída. Da mesma forma, resta prejudicada a manutenção de suas competências essenciais, bem como a prospecção de novas competências competitivas, vez que suas forças internas não estão corretamente orientadas. Pelo identificado, pode-se estar diante do dilema de que a tarefa possa ter sido delegada a técnicos, ferindo a premissa de que as competências são parte do processo administrativo como um todo ou, muito provavelmente, a gerência sênior da empresa não ter sido sensibilizada adequadamente, ou que a direção da empresa desconheça as potencialidades do método. Por fim, o propósito de fazer uma análise do modelo de gestão de recursos humanos denominado Gestão de Pessoas por Competências – GPC, enfatizando suas origens e técnicas de implementação e o impacto que a adoção deste modelo produziu entre os empregados da CAIXA foi cumprido em sua íntegra, pelo que foi comprovado por meio da investigação in loco proposta originalmente no projeto. 40 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 Questionário; Anexo 2 Gráficos; 41 ANEXO 1 QUESTIONÁRIO Prezado, O objetivo deste questionário é o de obter sua opinião sobre os conceitos e pressupostos da gestão de pessoas por competências, que constituirão a base do estudo de campo para meu trabalho monográfico de pós-graduação em Gestão Estratégica e Qualidade. Desde já agradeço seu apoio e sinceridade nas respostas. 1 Indique sua idade: ( ) – até 18 anos; ( ) – de 19 a 30 anos; ( ) – de 31 a 40 anos; ( ) – mais de 41 anos. 2 Qual o seu sexo? ( ) masculino 3 Há quanto tempo você é empregado da empresa: a) b) c) d) e) 4 – menos de 01 ano; – de 1 a 5 anos; – de 6 a 15 anos; – de 16 a 25 anos; – mais de 25 anos. É ocupante de cargo comissionado gerencial? ( ) sim 5 ( ) feminino ( ) não É ocupante de cargo comissionado técnico? ( ) sim ( ) não Uma série de afirmações é listada a seguir para representar pressupostos da gestão de pessoas por competências. Com relação ao seu entendimento sobre esses pressupostos, indique o grau em que concorda ou discorda de cada sentença, assinalando a alternativa adequada ao seu posicionamento: 42 6 A gestão de pessoas por competências é fundamental para que a empresa atinja seus objetivos estratégicos? a) b) c) d) Concordo plenamente Concordo parcialmente Discordo parcialmente Discordo plenamente () () () () 7 A gestão de pessoas por competências possibilita à empresa diferencial competitivo frente a concorrentes? a) Concordo plenamente () b) Concordo parcialmente ( ) c) Discordo parcialmente ( ) d) Discordo plenamente () 8 Com relação às competências essenciais, você considera que a CAIXA identificou suas competências cujo valor é percebido pelos clientes e a diferenciam dos concorrentes? a) b) c) d) Concordo plenamente Concordo parcialmente Discordo parcialmente Discordo plenamente () () () () 9 A identificação e certificação das competências individuais está em sintonia com as competências da organização? a) b) c) d) Concordo plenamente Concordo parcialmente Discordo parcialmente Discordo plenamente () () () () 10 Em sua opinião, o plano de desenvolvimento individual, pode suprir as lacunas de competências identificadas nos mapeamentos já realizados? a) b) c) d) Concordo plenamente Concordo parcialmente Discordo parcialmente Discordo plenamente () () () () 11 A gestão de pessoas por competências é um moderno instrumento de gestão que pode abrir novos horizontes na carreira profissional interna para os empregados da CAIXA? a) Concordo plenamente () b) Concordo parcialmente ( ) 43 c) Discordo parcialmente d) Discordo plenamente () () 12 Em sua atuação profissional, consideradas suas habilidades e atitudes frente aos desafios impostos, contribuem para o resultado da empresa? a) b) c) d) 13 Concordo plenamente Concordo parcialmente Discordo parcialmente Discordo plenamente () () () () Registre, caso julgue necessário, suas impressões sobre a gestão de pessoas por competência, ora em implantação na empresa: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 44 ANEXO 2 GRÁFICOS Gráfico 01 – Distribuição da amostra por idade e gênero. Total MASC Mais de 40 anos 20% FEM De 19 a 30 anos 2% FEM De 31 a 40 anos 18% FEM De 19 a 30 anos FEM De 31 a 40 anos FEM Mais de 40 anos MASC De 31 a 40 anos 18% MASC De 19 a 30 anos MASC De 31 a 40 anos MASC Mais de 40 anos FEM Mais de 40 anos 34% MASC De 19 a 30 anos 8% Gráfico 02 – Tempo de serviço na instituição, distribuído por gênero. Mais de 25 anos FEM 6% De 16 a 25 anos MASC 26% De 01 a 05 anos FEM 4% De 01 a 05 anos MASC 12% De 06 a 15 anos FEM 8% De 01 a 05 anos FEM De 01 a 05 anos MASC De 06 a 15 anos FEM De 06 a 15 anos MASC 8% De 06 a 15 anos MASC De 16 a 25 anos FEM De 16 a 25 anos MASC Mais de 25 anos FEM De 16 a 25 anos FEM 36% 45 Gráfico 03 – Distribuição da amostra por cargo comissionado. DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA POR CARGOS TECNICA; 40 40 35 30 25 20 Total GERENCIAL; 9 15 SEM FUNÇÃO; 1 10 5 0 GERENCIAL SEM FUNÇÃO TECNICA 46 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Disponível em <http://www.caixa.gov.br/acaixa/index.asp>. Acesso em 24 abr 2008. __________. Manual Normativo RH 071021. Gestão de Pessoas por Competências. Vigência 26/09/2007. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. DELUIZ, Neise. O modelo das competências profissionais no mundo do trabalho e na educação: implicações para o currículo. Disponível em: <http://www.senac.br/BTS/273/boltec273b.htm>.Acesso em: 13 mar. 2008. GARY, Hamel, PRAHALAD, C K. Competindo pelo futuro: Estratégias Inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. 9 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. GRAMIGNA, Maria Rita. Competência e gestão dos talentos. São Paulo: Makron Books, 2002. NISEMBAUM, Hugo. A competência essencial. São Paulo: Infinito, 2000. REGO, Miriam Ataíde Silva. Gestão de Pessoas por Competências: O caso CAIXA. 2002. Monografia (Especialista em MBA) - Coordenação Geral da PósGraduação, da Pesquisa e Extensão, do Instituto de Ciências Sociais - ICS da Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal – AEUDF, Distrito Federal. REZENDE, Enio. Remuneração e carreira baseadas em competências e habilidades. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. (Coleção Recursos Humanos). REZENDE, Enio. O livro das competências: 47 desenvolvimento das competências: a melhor auto-ajuda para pessoas, organizações e sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. WOOD Júnior, Thomaz. PICARELLI Filho, Vicente. Remuneração e carreira por habilidades e competências: preparando a organização para a era das empresas de conhecimento intensivo. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. ZARIFIAN, Phelippe. O modelo da competência: trajetória histórica, desafios atuais e propostas. Tradução de Eric Roland René Heneault. São Paulo: SENAC SÃO PAULO, 2003. 48 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I A GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS NA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 10 1.1 - Histórico da Gestão de Pessoas por Competências 12 1.2 – Definição de Competências Humanas 15 1.3 – Definição de Competências Organizacionais 17 CAPÍTULO II METODOLOGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS 21 2.1 – Sensibilização 22 2.2 – Definição de Papéis 22 2.3 – Avaliação de Competências 24 CAPÍTULO III MÉTODOS UTILIZADOS EM TESTES E SISTEMAS DE AVALIAÇÃO 26 3.1 – Capacitação 26 3.2 – Certificação 28 3.3 – Gestão de desempenho 28 49 CAPÍTULO IV A EMPRESA OBJETO DA PESQUISA 29 4.1 – Modelo de Gestão de Pessoas por Competências Adotado na CAIXA 29 CAPÍTULO V ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS 33 CONCLUSÃO 39 ANEXOS 41 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47 ÍNDICE 49 50 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - PÓSGRADUAÇÃO “LATO SENSU” - PROJETO A VEZ DO MESTRE Título da Monografia: GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS NA ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Autor: Márcio Antonio Ribeiro Silva Data da entrega: Avaliado por: Conceito: