Guia do Professor Vídeo Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática 1 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Ficha de Catalogação Tema: Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática. Tempo de duração do vídeo: aprox. 10 minutos. Tempo sugerido/previsto para utilização do vídeo: 2 aulas de 50 minutos. Pré-requisitos: Não são necessários pré-requisitos para o tema abordado, este vídeo pode ser um motivador para o início do estudo da eletrostática ou um complemento dos tópicos já estudados. Objetivos da atividade: Entender o conceito de eletrostática, os princípios de conservação de carga, atração e repulsão e os processos de eletrização; Relacionar e reconhecer a aplicação dos conceitos e dos dispositivos no cotidiano. Introdução Caro professor, este vídeo foi desenvolvido visando discutir e problematizar com os alunos do ensino médio o tema “Eletrostática”. A abordagem do tema pode ter um caráter histórico, assim recomenda-se utilizar elementos da trajetória de William Thomson – Lorde Kelvin, grande cientista e tecnologista. Kelvin escreveu 660 artigos e desenvolveu mais de 70 invenções em 83 anos de vida. Entre suas invenções, podemos destacar sua máquina eletrostática gotejante, considerada o primeiro ancestral do gerador de Van de Graaff. 2 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Porém, para entender o desenvolvimento das ideias da Física e especialmente a eletricidade estática, voltamos há 2600 anos, quando, aproximadamente em 600 a.C., o filosofo grego Tales de Mileto observou determinados fenômenos elétricos, atribuindo-lhes explicações científicas. Muitos séculos se passaram até que William Gilbert (1544-1603) retomou os estudos de Tales e criou o termo “elétrico”, a partir da palavra grega elektron, que significa “âmbar”, resina utilizada por Tales em seus experimentos de eletrização. Essa história seguiu ao longo dos séculos com muitas descobertas e como resultado temos a invenção de grandes aceleradores de partículas, máquinas de xerografia, pára-raios, etc. Conceitualmente, pode-se definir a eletrostática como sendo aquela em que não há deslocamento considerável de cargas, porém é possível observar a sua atração ou repulsão. Devem-se levar em conta concepções errôneas em relação às cargas elétricas, especialmente sobre o princípio da conservação da carga. Outros pontos a serem levantados são a série tribo-elétrica, os processos de eletrização, polarização da carga de um objeto, e eventualmente, pode-se avançar no conteúdo trabalhando conceitos como campo, força e energia elétrica, capacitores e blindagem eletrostática. 3 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT A utilização de simuladores em conjunto com os experimentos facilita o entendimento de conceitos abstratos contidos nos fenômenos apresentados. Consulte os links: http://phet.colorado.edu/en/simulation/balloons e http://phet.colorado.edu/en/simulation/travoltage, e verifique exemplos desses esquemas. A leitura de artigos científicos e de caráter histórico também podem ser motivadores para a aprendizagem. Acreditamos que o vídeo é um excelente meio de comunicação integrador e motivador para os alunos. Ele aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade, assim como também introduz novas questões no processo educacional. Para o desenvolvimento dessa temática, são apresentadas situações referentes ao cotidiano dos alunos, de forma lúdica, curiosa e inusitada, vividas por nossos jovens curiosos, sempre se baseando em questionamentos e situações problematizadoras. Mas afinal, qual a diferença entre polarização e eletrização? Como aparece em nosso vídeo, ao atritarmos corpos de diferentes materiais irá ocorrer a eletrização, ou seja, haverá uma troca de cargas, onde um corpo perderá elétrons, ficando carregado positivamente, e o outro ganhará esses elétrons, ficando carregado negativamente. 4 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT A polarização das cargas ocorre quando um determinado corpo neutro fica sujeito à ação de um campo elétrico, gerado, por exemplo, por um corpo eletrizado/carregado. Deve-se distinguir entre a eletrização que ocorre quando o corpo neutro for um condutor ou um isolante. No primeiro caso ocorre uma redistribuição das cargas positivas e negativas. Isto é, os elétrons por serem mais leves fluirão opondo-se às extremidades positivas do corpo carregado indutor. Já no segundo caso haverá uma redistribuição das cargas positivas e negativas dos átimos ou moléculas cada um se transformando em um dipolo elétrico e, finalmente o campo elétrico externo poderá orientar os dipolos polarizando o corpo como um todo. 5 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Um corpo condutor polarizado na presença de um campo pode tornar-se eletrizado, desde que façamos o procedimento de ligarmos este corpo a Terra e logo depois desfazer a ligação. A presença de um campo cria no corpo neutro uma diferença de potencial (ddp) que faz com que cargas se desloquem tornando-o positivo ou negativo, o que chamamos de eletrização por indução. Outra forma de eletrizar corpos que é apresentada no vídeo é o contato. Por exemplo, quando os jovens atritam um canudo no cabelo e o encostam no anel metálico isolado do gerador de Kelvin, o anel passa a ter o excesso de cargas de mesmo sinal do canudo, ou seja, parte das cargas presentes no canudo passam para o anel, buscando uma igualdade de potencial elétrico. Os corpos possuem uma capacidade máxima de armazenar cargas, dessa forma, podemos observar no gerador de Kelvin que os recipientes que recebem a água possuem um revestimento metálico, onde as cargas se depositarão. Esse dispositivo representa um capacitor. Outro fenômeno interessante é o poder dar pontas, que pode ser observado no faiscador. Caso tenhamos objetos eletrizados não esféricos, a distribuição de cargas nesse corpo não será uniforme, havendo um acúmulo de cargas em seus vértices. Devido a esse fenômeno, temos aplicações, como o pára-raios, que é um eficiente dispositivo para proteção de áreas sujeitas a descargas elétricas. 6 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Por fim, temos um simples dispositivo chamado eletroscópio, que se utilizando da polarização das cargas, é capaz de indicar a presença de corpos eletrizados. Dicas para utilização do vídeo Os vídeos do projeto “Acessa Física” foram desenvolvidos pensando em problematizar situações físicas presentes no cotidiano dos alunos. Em cada episódio, alguns jovens curiosos resolvem problemas e/ou vivenciam situações inusitadas e curiosas, instigadas inicialmente por um professor de Física. Todas as mídias têm por objetivo ser um meio de comunicação integrador e motivador para os alunos. No entanto, a maneira como você, professor, irá utilizá-lo pode variar. O vídeo pode ser motivador – Nesse caso, o professor poderá utilizá-lo antes da discussão e explicação do tema do vídeo. As tramas podem ser utilizadas para introduzir um novo assunto, já que objetivam despertar a curiosidade e motivação para o tema a ser discutido. Ou, o vídeo pode ser demonstrativo – Nesse caso, deverá ser utilizado após a discussão e explicação do tema do vídeo. O professor pode optar por abordar e explicar a temática em questão antes de sua utilização, e assim a mídia ajudará a mostrar e levantar novas questões referentes às explicações e discussões já vividas em sala. 7 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Há também a possibilidade do vídeo ser utilizado como suporte de ensino – Nesse caso, pode ser usado durante a explicação do professor, não antes ou depois. As tramas podem ser utilizadas para responder questões, assim como para levantar outras Todos os vídeos têm duração de aproximadamente 10 minutos, mas é importante que o professor se prepare e planeje suas aulas da melhor maneira, visando cumprir os seus objetivos específicos de ensino e levando em consideração o tempo previsto para execução da atividade e discussão da temática. É importante destacar também, que cada turma reage de uma maneira frente à exibição dos vídeos; o guia do professor traz algumas sugestões de como utilizar e também se preparar para a aplicação da peça, dá subsídios para questões prévias e desafios interessantes para que essa atividade atenda ao propósito para o qual você, professor, se planejou. Leia atentamente o guia a seguir, assista ao vídeo proposto e boa atividade a todos! Sinopse Esta atividade irá trabalhar os conceitos de eletrostática, fenômenos como eletrização por indução, atrito ou contato. A equipe vermelha demonstrará o fenômeno da polarização e atração elétrica entre corpos, enquanto a equipe azul construirá um gerador eletrostático. O vídeo se inicia com o Físico apresentando os principais pontos a serem trabalhados, introduzindo os conceitos de carga, eletrização, polarização e fornecendo exemplos claros e situações curiosas do cotidiano, nos quais se manifesta a eletricidade estática. Posteriormente, a equipe Vermelha realizará experimentos com materiais de baixo custo, que possibilitam a visualização dos processos de eletrização por atrito e indução, e demonstrarão que a polarização ocorre tanto em materiais condutores quanto isolantes. Ao atritarem um cano de PVC com uma flanela, observarão, devido à polarização das moléculas de água, a atração eletrostática. Perceberão o mesmo fenômeno de atração quando aproximarem o cano de uma latinha de alumínio, onde haverá polarização de cargas por indução. A equipe azul, por outro lado, construirá um gerador eletrostático de Kelvin; com ele, eles observarão a armazenagem de cargas em um capacitor 8 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT rudimentar, onde ocorrem descargas elétricas quando o valor da diferença de potencial atinge o potencial de ruptura da rigidez dielétrica do ar. Por fim, o físico explica detalhadamente o processo de funcionamento do gerador de Kelvin, fornece outros exemplos do cotidiano em que ocorre a eletrização e cita a importância do aterramento elétrico. Preparação Antes da exibição do vídeo, sugerimos a você, professor, que: Assista ao vídeo com antecedência para conhecê-lo. É importante assistir atentamente ao material. Atente-se para as questões e situações levantadas. Cheque a qualidade da cópia e deixe a mídia preparada no ponto exato para a exibição. Informe aos alunos somente aspectos gerais do vídeo (autor, duração, tema). Não interprete, nem antecipe as questões que serão tratadas no vídeo, para que ele não se torne mera demonstração do que já foi discutido. Deixe que cada um possa fazer a sua leitura. O professor, sem antecipar as situações do vídeo, pode instigar os alunos com questionamentos para que eles reflitam sobre o tema da atividade. Exemplos de questionamentos: É possível atrair a água? De onde vêm os raios? Por que levamos pequenos choques na porta do carro ou ao utilizar roupas de Poliéster? Possivelmente, os alunos irão resgatar as ideias de modelos atômicos, considerando o átomo como elemento irredutível ou até mesmo o elétron como elemento fixo ao átomo. O elétron é comumente entendido como elemento “consumido” quando se pensa em corrente elétrica. Esses questionamentos deverão surgir ao longo do curso, mas como elemento inicial e motivador, a eletrostática traz fundamentos básicos para o desenvolvimento dos conteúdos de eletricidade, como o princípio de conservação de cargas, atração e repulsão, campo elétrico, enfim, as bases para um curso de eletricidade. Para explicar as questões colocadas acima, o professor pode recorrer aos 9 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT conhecimentos químicos prévios dos alunos e ao empirismo experimental. A atração eletrostática da água pode levantar ideias de moléculas polares e apolares, e caso o professor queira se aprofundar mais, pode-se discutir também a ideia de orbitais quânticos, normalmente trabalhada no 1° ano do ensino médio. Quando se fala a respeito de raios, podem surgir algumas dúvidas como, por exemplo, o sentido do raio, se ele sobe ou desce; a diferença entre raio, relâmpago e trovão; ou até mesmo o porquê de ouvimos o trovão após vermos o raio. No artigo “A Física das Tempestades e dos Raios”, temos uma explicação detalhada sobre raios, mas de forma simplificada é possível afirmar que o raio (descarga elétrica) pode subir, descer ou apenas ocorrer entre nuvens ou intranuvem. Ele surge devido à eletrização das nuvens em sua formação, ocorrendo através do atrito das partículas com o ar ou até mesmo do granizo com os cristais de gelo presentes na nuvem. A eletrização por atrito também é a responsável pelos choques que levamos na porta dos carros; isso ocorre, pois nós podemos estar eletrizados ao atritarmos nossos corpos com o tecido do banco do carro, ou o próprio carro pode estar eletrizado ao atritar sua lataria com o ar. Não se preocupe, nesse momento da atividade, em encontrar respostas corretas e únicas, mas sim em despertar as dúvidas e questionamentos sobre os conceitos que serão abordados e desenvolvidos no vídeo. O professor pode optar também por somente informar aos alunos do que se trata o vídeo e pedir a eles que apresentem ideias e hipóteses sobre a temática a que irão assistir. Essas informações podem ser anotadas coletivamente ou individualmente pelos alunos em um exercício de reflexão sobre “o que eu sei”. Nessa atividade, os alunos poderão escrever o que sabem sobre o tema a ser abordado. Discutir a geração de energia elétrica, a conservação de energia e da carga e a armazenagem dessas cargas e da energia são fundamentais para entender o funcionamento do gerador de Kelvin. Durante a atividade Atente-se para as cenas mais importantes e anote-as para uma posterior discussão. É importante também observar as reações do grupo: como eles reagem à exibição do vídeo. 10 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Se achar necessário, pause a exibição do vídeo para esclarecer e discutir a(s) passagem(s) que julgar interessante(s). Pode-se também propor uma tarefa aos alunos relacionada ao conteúdo do segmento do vídeo a que estão prestes a assistir (uma questão, uma pesquisa ou mesmo uma observação). Os alunos, por exemplo, deverão anotar as informações que foram solicitadas. Dessa forma, dois objetivos serão atingidos por meio desta atividade: primeiro, que as crianças prestem atenção durante o segmento, e, segundo, que estejam alerta às respostas que foram solicitadas. A seguir, segue a discussão das questões abordadas no vídeo: 1. Por que a água e a lata de refrigerante foram atraídas pelo tubo de PVC? Resposta: O tubo de PVC, ao ser atritado com a flanela, eletriza-se. Ao aproximarmos o cano eletrizado da lata de alumínio (condutora neutra), esta passa a ter suas cargas polarizadas, fazendo com que a atração elétrica seja mais forte do que a repulsão. 2. Como funciona o gerador de Kelvin? Resposta: Primeiro, temos os reservatórios com água normal e neutra. Em seguida, um gotejador para controlar os pingos de água. Logo abaixo de cada um deles, temos um anel de metal que, por enquanto, também está sem carga. O anel DA DIREITA está ligado por um fio condutor ao coletor isolado DA ESQUERDA e vice versa. Quando fornecemos carga elétrica ao anel da direita, tanto ele quanto o balde coletor da esquerda ficam carregados. O fato de ter carga positiva no anel da direita faz com que a água acima do anel fique induzida negativamente. Quando a água com carga negativa que cai do reservatório da direita passa pelo anel positivo e cai no balde, ela carrega o balde da direita negativamente. Como o balde está ligado ao anel oposto, ele também fica carregado negativamente, o que induz cargas positivas na água acima do anel. Isso fará com que o balde da esquerda fique carregado positivamente. Conseguimos assim, uma montagem autossustentável, onde as cargas dos baldes alimentam os anéis indutores opostos. O ciclo se reforça, mas ele foi iniciado pela transferência de carga por contato entre o tubo de PVC e o anel indutor da direita. Quando o sistema fica carregado o suficiente, os condutores conectados a cada 11 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT balde e separados por uma distância de aproximadamente 2 milímetros, rompem a rigidez dielétrica do ar e abrem um arco voltaico, que é a nossa popular faísca. Como conhecemos o valor da rigidez dielétrica do ar e a distância de separação, podemos calcular a voltagem da faísca, que neste caso, é de aproximadamente seis mil volts. Depois da atividade Depois da exibição do vídeo, o professor pode rever os diálogos mais importantes ou que considerar difíceis. Se achar necessário, ele poderá exibi-los uma segunda vez, chamando a atenção para determinados diálogos ou situações. É importante que o grupo (professor e alunos) desenvolva uma discussão sobre o vídeo, destacando questões, dúvidas e comentários sobre a mídia. Após a aula, pode-se também resgatar a dinâmica em que os alunos refletem e escrevem inicialmente em uma folha de papel sobre “o que aprenderam”. Eles escreverão sobre algo novo que tenham aprendido com o vídeo. Podem ainda trocar a folha com os colegas para incentivar discussões. A seguir, sugestões de algumas questões que podem ser feitas após a exibição do vídeo. Questões Sugestão de Resposta Quais os tipos de eletrização e qual destas formas foi utilizada para eletrizar o tubo de PVC? Qual a diferença entre um objeto eletrizado e um objeto polarizado? Basicamente, temos três formas de eletrização: Contato; Atrito e Indução. No caso do tubo de PVC, tivemos a eletrização por atrito ao esfregá-lo com uma flanela. Um corpo eletrizado possui desequilíbrio de cargas, ou seja, não está neutro. Já um corpo polarizado ainda está neutro, porém possui uma distribuição diferenciada de cargas, havendo maior concentração de elétrons em um determinado ponto. 12 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Questão - Desafio Se o gerador produz uma ddp de mais de 6000 V, por que não morremos ao receber o choque? O que pode causar a morte é a razão entre o número de cargas e o tempo que passam no corpo humano. Essa razão é denominada corrente elétrica. Quanto maior o número de cargas transportando determinada energia, mais perigoso é o choque. Como a corrente obtida no gerador é muito pequena, mesmo com a alta tensão, a energia é muito pequena para nos causar danos. Avaliação Avalie o efeito do segmento apresentado. Você pode perguntar aos seus alunos o que eles aprenderam, se o vídeo lhes forneceu ideias claras, se ficaram dúvidas ou, ainda, se eles gostariam de assistir a outros vídeos sobre a temática. Sugerimos como possibilidade de avaliação um momento em que os alunos opinem e comentem a atividade. O professor pode solicitar aos alunos que, em pequenos grupos, realizem apresentações sobre alguns dos fenômenos apresentados no vídeo, utilizando experimentos e demonstrações de forma qualitativa e quantitativa. Atividades complementares Áudio do Projeto Acessa Física – Raio. Para saber mais Hewitt, P.G, Física Conceitual, 9ª Edição-Porto Alegre: Bookman, 2002. 13 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Livro com todos os conceitos e ótimas questões para trabalhar qualitativamente a Física. Máximo, A., Alvarenga, B. Física. Volume Único. São Paulo: Editora Scipione, 1997. Livro didático com inserções históricas sobre Lord Kelvin e a eletricidade. Penteado, P.C.M., Física – ciência e tecnologia. São Paulo: Editora Moderna, 2005. Livro didático aprovado pelo PNLEM 2009, contendo inúmeras aplicações tecnológicas, exercícios e exemplos relevantes. Camillo, J., Construção de um gerador eletrostático gotejante: chuva elétrica de Kelvin. Revista Física na Escola, v. 9, n.1, 2008. pag 29-32. Disponível em: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num1/gerador.pdf Artigo com o detalhamento da montagem do gerador de Kelvin. http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/Kelvin-demonstrado.pdf Artigo publicado na revista Brasileira de Ensino de Física traduzindo um paper originalmente publicado na conceituada The Physics Teacher. Traz a história de Kelvin e suas principais contribuições para a Ciência, detalhando o seu gerador eletrostático. http://servlab.fis.unb.br/matdid/2_2005/fstutz/eletroscopio/pontas.htm Texto traz a montagem de um eletroscópio e a verificação do poder das pontas. http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol2/Num1/raios.pdf Texto “A Física das Tempestades e dos Raios”, sobre Raios, Relâmpagos e Trovões. http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/editorial_vol29_num4.pdf; http://www.sbpcnet.org.br/livro/60ra/textos/CO-NelsonStudart.pdf; http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/Kelvin-nuvens.pdf; http://www.sbfisica.org.br/rbef/indice.php?vol=29&num=4 Textos em tributo a Kelvin, suas realizações, fatos históricos reais ou fictícios. http://phet.colorado.edu/en/simulation/balloons http://phet.colorado.edu/en/simulation/travoltage Simuladores sobre fenômenos da Eletrostática. e http://educar.sc.usp.br/ciencias/fisica/mf2.htm Texto sobre eletrização e choques elétricos. http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_01.asp; http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_s em2_2002/970362_CarlosRodrigues_Gerador.pdf; Material explicando a montagem do gerador eletrostático de Kelvin. 14 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_10.asp Experimento com a montagem de um eletroscópio. http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_12.asp Demonstrações experimentais com o gerador de Van der Graaff, como o poder das pontas, vento elétrico, etc. http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_24.asp Construção de uma garrafa de Leiden. Créditos Projeto Acessa Física Instituição Executora IBTF - Instituto Brasileiro de Educação e Tecnologia de Formação a Distância Parceiros CDCC - Centro de Divulgação Científica e Cultural – USP IEA - Instituto de Estudos Avançados - São Carlos – USP Concepção de Linguagem Cao Hamburger Concepção e Revisão de Prof. Carlos Alfredo Argüello Roteiros Prof. Dietrich Schiel Prof. Yvonne Primerano Mascarenhas Prof. Carolina Rodrigues de Souza Prof. Paulo Roberto Mascarenhas Prof. Márcio Leandro Rotondo Prof. Naylor Ferreira de Oliveira Prof. Ana Aleixo Diniz Prof. Felipe Castilho de Souza Prof. Herbert Alexandre João Carolina Codá Coordenador Pedagógico Hamilton Silva 15 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Apresentação Professores – Márcio Miranda e Luis Nunes Patrícia – Bruna P. dos Santos Marina – Yasmim Karina Reis Marcelo – Thomas Canton Miranda Jana – Natália Belasalma Edu – David Narciso Jonathan – Renato Capella Livia – Zoe Yasmine Miranda Sá Dall’igna Luize – Ana Carolina Garbuio Pietro - Bruno Garbuio Iara – Letícia Ferreira Maurício – Lauro De Paiva Pirolla Fernanda – Nicole Santaella Carol – Andressa Barbosa C. Gomes Bruno – Lucas Matsukura Caio – Wesley Soalheiro de Souza Pedro – Victor Casé de Souza Oliveira Beto – Renato Augusto G. Rodrigues Renata – Luiza Campos Martins Felipe – Adans Paulo Paulo – Rafael Augusto Montassier Direção Glauco M. de Toledo José Pinotti Julio Peronti Carlos Henrique Branco Wagner Netto Produção Danny Santos José Pinotti Paulo Mascarenhas Taciana Previero Wagner Netto Roteiros Claudio Ferraraz Jr. Francisco R. Belda Glauco M. de Toledo Luiz Salles Renato Capella Roger Mestriner Direção de Fotografia Adriano S. Barbuto Fabio Tashiro 16 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT Edição e Finalização Danny Santos Elói Beltrami Doltrário Fernando Rodrigues Ivan M. Franco Rodrigo Pio Animação 3D André Fonseca Silva Som Direto Wagner Netto Adans Paulo Sound Designer Alexey Rodrigo Adans Paulo Projeto financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT Ministério da Ciência e Tecnologia 17 Guia do Professor – Vídeo – Os Curiosos - Cargas elétricas e eletrização - Eletrostática - Versão 1.1 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em outubro de 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT