Introdução O vetor campo elétrico em um ponto do espaço é definido como a relação entre a força que uma carga sente, se for colocada naquele ponto, e o valor dessa carga. Isto é, se colocarmos uma carga q em um ponto em que o campo é , a força sobre esta carga será: logo Para se medir o campo elétrico, portanto, deve-se medir a força que age sobre uma carga conhecida. Uma forma alternativa, e mais prática, de se medir o campo elétrico é fazê-lo a partir do potencial elétrico. Quando uma carga q é deslocada de um ponto com potencial VA para outro ponto com potencial VB, o campo elétrico realiza sobre ela um trabalho q (VA - VB). Como o trabalho é a projeção da força na direção do deslocamento multiplicada pela distância percorrida, a força poderá ser calculada se conhecermos o potencial e a distância, sempre que a força for paralela a direção do deslocamento. Ou seja, Se conhecermos duas superfícies, nas quais o potencial elétrico é constante – as equipotenciais – podemos calcular o campo elétrico médio entre elas lembrando que o campo é sempre perpendicular às equipotenciais e utilizando a fórmula acima para calcular seu valor. Infelizmente, é muito difícil medir diretamente os campos eletrostáticos, pois as cargas envolvidas, em geral, são muito pequenas e podem ser alteradas no processo de medição. Neste experimento, substituímos o dielétrico, que normalmente separa as cargas (vácuo ou isolante), por uma solução condutora. Como em todo condutor, as cargas se movimentam dentro da solução e devem 1 Cuba Eletrolítica – Versão 1.0 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em 05 de março 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT ser rapidamente substituídas de modo a manter o campo constante. Isso se consegue com o uso de uma fonte de tensão constante. Como veremos, o potencial elétrico dentro da solução pode ser facilmente medido e a partir dele podemos calcular o campo elétrico. Um conceito bastante útil na visualização de um campo elétrico é o de linha de força. Uma linha de força é uma linha que é paralela ao campo elétrico em qualquer ponto. Assim, quando desenhamos uma linha de força temos uma idéia bastante clara da "forma" do campo elétrico. Na figura 1, o campo elétrico é representado por linhas de força e por equipotenciais em duas situações simples. Uma propriedade importante das linhas de força é que elas são sempre perpendiculares às equipotenciais. As linhas de força têm a mesma orientação que o campo elétrico,dessa forma elas saem das cargas positivas e entram nas cargas negativas. Observe como a forma das linhas de força na figura 1 se dobram para fora sugerindo visualmente a repulsão que acontece entre as duas cargas. Como seriam as linhas de força se todas as cargas positivas da figura 1 fossem substituídas por cargas negativas? E se apenas uma delas fosse substituída por uma carga negativa? Uma limitação da figura é que ela representa as equipotenciais e as linhas de força apenas no plano do desenho, no entanto, o campo eletrostático ocupa 2 Cuba Eletrolítica – Versão 1.0 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em 05 de março 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT todo o espaço em torno das cargas. Sendo assim, as equipotenciais não são curvas, mas são superfícies e existem linhas de força que saem dos dois lados do papel, que não conseguimos reproduzir neste tipo de figura. As unidades que usaremos em nossos experimentos são: carga elétrica – q – coulomb (C) campo elétrico – E – newton por coulomb (N/C) ou volts por metro (V/m) potencial elétrico – V – volt (V) Fique atento às condições de segurança! 3 Cuba Eletrolítica – Versão 1.0 IBTF - Projeto Acessa Física - Atualizado em 05 de março 2010 Projeto Financiado pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura e pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - © 2010 – MEC e MCT